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Atendimento da Criança
-Informante não é o paciente
-Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
PREVENÇÃO e EDUCAÇÃO
-“Ambiente estranho” (10 meses a 3 anos)
-Diferentes atendimentos para cada faixa etária:
◦ RN: 0 a 28 dias
◦ Lactente: 28 dias a 2 anos
◦ Pré-escolar: 2 anos a 5 anos
◦ Escolar: 5 anos a 10 anos
◦ Adolescente: 10 anos a 20 anos
O Adolescente
“Atuar com adolescentes é:
◦ Atender suas necessidades de saúde
◦ Acompanhar seu crescimento e desenvolvimento
◦ Respeitar sua diversidade e singularidade
◦ Escutá-los
◦ Sanar suas dúvidas
◦ Orientá-los a se protegerem
◦ Apoiá-los na busca por um projeto de vida”
Adolescência x Puberdade
Adolescência:
◦ ECA/MS: [12 ~ 18[ anos
◦ SBP: [10 ~ 20[ anos
Início da Puberdade:
◦ Meninas: 8 a 15 anos
◦ Meninos: 9 a 16 anos
A Consulta do Adolescente
Os desafios da 1ª consulta
◦ Empatia
◦ Confiança
Privacidade
- Procurar separar o espaço dos adolescentes das crianças
- O exame físico deve ser realizado em sala reservada
- É recomendável a presença de um acompanhante durante o exame físico
◦ Tendência fantasiosa
Lucas Machado – HAM IV
- Sem necessidade de um responsável durante a anamnese
Na Anamnese
- Atividade sexual
◦ Orientar sobre proteção, doenças e gravidez indesejada
- Uso de álcool ou drogas
- Conflitos
- Tristezas e angústias
- Pensamentos suicidas ou tentativas de automutilação
Confidencialidade e Sigilo
- Não transmitir aos pais, exceto:
◦ Consentimento
◦ Possibilidade de acarretar danos
Quebrar o sigilo?
Autonomia
- Responsável e capaz de avaliar seus próprios problemas
- Optar e assumir a responsabilidade sobre tratamentos
- Não exime o médico de suas responsabilidades!
- Aumenta o cuidado e o bom senso
“Menor Maduro”
-Avaliar cada paciente sob os aspectos:
◦ Cognitivos
◦ Emocionais
◦ Comportamentais
◦ Socioculturais
Pudor
- Comunicar sobre as etapas do exame físico e adquirir consentimento
- Evitar retirar peças de roupa sem necessidade
- Usar avental, sempre que possível
- Evitar ser desnecessariamente invasivo, especialmente na 1ª consulta
Ao Médico
1. Entender que o adolescente é progressivamente capaz
2. Renunciar a seus próprios valores e não tentar impor valores
3. Respeitar a individualidade
4. Saber quais condições podem necessitar de quebra de sigilo, e sempre informar ao adolescente
por que é necessário
5. Promover a participação da família, com consentimento do adolescente
BENEFÍCIOS E EVIDÊNCIAS
▪ Complementa a avaliação clínica tradicional e melhora a precisão diagnóstica
▪ Detecta problemas médicos inaparentes
▪ Identifica riscos de iatrogenia
▪ Avalia os riscos nutricionais
Atendimento ao idoso
Tentar objetivar o atendimento em três pontos:
1. O que mais incomoda o paciente naquele momento?
2. O que mais interfere em sua capacidade funcional?
3. O que o coloca em risco de vida neste momento?
Anamnese
- Idoso pode se apresentar com manifestações atípicas para patologias usuais;
- Coexistência de múltiplas patologias - Considerar sobreposição de sintomas;
- Impacto de poli farmácia - Possível origem de novos sintomas - Impacto de auto medicação
(própria ou de terceiros)
- “Inventário de medicações” → uso de medicações em doses dobradas, soma de receitas,
EQUILÍBRIO, MOBILIDADE E RISCO DE QUEDAS
Com o envelhecimento, o aparelho locomotor sofre importantes modificações:
Lucas Machado – HAM IV
Redução da amplitude dos movimentos dos braços (mantem-se mais próximos do corpo) e
alteração da marcha (passos curtos e arrastados), deslocamento do corpo em bloco quando
mudar de direção.
SARCOPENIA
A sarcopenia interfere no equilíbrio e na marcha e tende a aumentar o risco de quedas, sendo
importante avaliar a sua presença.
Segundo o Consenso do European Working Group on Sarcopenia in Older People, o diagnostico
de sarcopenia é definido com a diminuição de massa muscular associada a baixa função muscular
(força e/ou desempenho).
▪ A mensuração mais sensível e utilizada para avaliação da massa muscular em idosos é a
medida da circunferência da panturrilha (normal ≥31cm);
▪ A força muscular é avaliada pela preensão palmar (≥ 20kgf mulheres e ≥30kgf homens);
▪ O desempenho muscular é avaliado principalmente pelo teste do levantar e andar cronometrado
(Timed Get up And Go);
FUNÇÃO COGNITIVA E CONDIÇÕES EMOCIONAIS
▪ A cognição é o processo de aquisição de conhecimentos e inclui, atenção, raciocínio,
pensamento, memória, juízo, abstração, linguagem, entre outros.
▪ Por meio da avaliação cognitiva podem ser identificadas as principais alterações da saúde
mental do idoso – demência e depressão.
▪ Existem várias escalas e testes para a avaliação inicial do estado cognitivo.
▪ É importante que os testes sejam simples, rápidos e reaplicáveis, além de dispensarem material
complementar e conhecimento especializado para serem utilizados por toda equipe
interdisciplinar.
Lucas Machado – HAM IV
Avaliação estado mental:
-Minimental;
-Teste de fluência verbal;
> 8 anos escolaridade → 13 palavras;
< 8 anos escolaridade → 9 palavras;
-Teste do desenho do relógio;
-Escala depressão geriátrica;
Miniexame do Estado Mental
Interpretação:
9 pontos – totalmente dependente;
10 a 15 pontos – dependência grave;
POLIFARMÁCIA
> de 4 medicamentos (5 ou mais);
▪ Definida como o uso regular de múltiplos medicamentos e, com o envelhecimento, o número
deles aumenta pela necessidade de controlar várias crônicas coexistentes.
▪ A polifarmácia, muitas vezes, não é errada e até necessária, porém não deixa de ser uma
situação de risco, pois existe uma relação direta entre o número de medicamentos usados e
o risco de eventos adversos, incluindo aqueles mais graves com óbito.
▪ Cinco ou mais medicamentos seriam o número mais adequado para definir polifarmácia.
MEDICAÇÕES INAPROPRIADAS
Critérios de Beers: Listas com medicamentos inapropriados para idosos.
Sociedade Americana de Geriatra (AGS, 2015).
Teste da sacola de remédios
Desenvolvimento infantil
• Idade de aquisição dos principais marcos:
• firmar a cabeça → 4 meses;
• sorriso espontâneo → 4 meses;
• segurar objetos → 2-4 meses;
• sentar sem apoio → 6-9 meses;
• engatinhar
• andar sem apoio,
• controlar esfíncteres,
• primeiras frases,
• correr sem dificuldade,
Exame de físico
O exame físico se inicia quando a criança/adolescente entram no consultório.
Às vezes ainda na sala de espera.
Informações provenientes da linguagem corporal podem fornecer muitos dados úteis.
Habilidades necessárias
• Evitar deitar a criança de imediato.
• Evitar voz elevada e movimentos bruscos.
• Examinar Ouvido e garganta no final.
• Sucesso do exame físico – COOPERAÇÃO.
• Conquista x Abordagem.
• Boa iluminação do ambiente.
• Examinador à direita do paciente.
Sequência
• EM TODAS AS CONSULTAS, MESMO SEM QUEIXAS, DEVE SER FEITO UM EXAME
FÍSICO COMPLETO e RIGOROSO.
Definições de pediatria
• Período neonatal é aquele que começa ao nascimento e termina após 28 dias completos
de vida.
• Período neonatal precoce vai do nascimento até o 7º dia de vida, e período neonatal tardio
vai do 8º ao 28º dia de vida.
• Nascido vivo: produto de concepção que, após expulsão ou extração completa do corpo
materno, apresente qualquer sinal de vitalidade (respiração, batimento cardíaco, pulsação
de cordão umbilical ou contração muscular voluntária), estando ou não desprendida a
placenta.
• Óbito fetal ou natimorto: produto de concepção com idade gestacional de 22 semanas ou
mais, ou peso de 500g ou mais, que, após expulsão ou extração completa do corpo
materno, não apresente qualquer sinal de vitalidade.
• Aborto: produto de concepção com menos de 22 semanas completas de idade gestacional
ou peso menor que 500g.
SEMIOLOGIA AO NASCIMENTO
• Anamnese materna.
• Reanimação neonatal.
• Exame físico geral.
• Antropometria.
• Cálculo da idade gestacional.
Lucas Machado – HAM IV
• Classificação do RN.
Anamnese materna
As consultas de pré natal devem ser realizadas em 6 ou mais consultas, sendo a primeira feita até
a 12ª semana.
• FONTANELAS
• A fontanela posterior (Lambdóide) - mede cerca de 0,5 cm ao nascimento, fechando-se
pouco tempo depois.
Cabeça e pescoço
Fáceis - atípica ou sindrômica
Idade Gestacional
DPP: DUM +7 dias -3 meses ou para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março: DUM +7 +9
◦ 40 semanas
Classificação:
◦ Prematuro: <37 semanas (36 semanas e 6 dias)
◦ A termo: [37 a 42[ semanas (41 semanas e 6 dias)
◦ Pós-termo: ≥42 semanas
Lucas Machado – HAM IV
Na sala de parto: Existem outros testes para obter a IG mesmo que não se saiba a DUM;
◦ Ballard;
◦ Capurro;
Quando reaminar uma criança?
Faz-se 3 perguntas:
1) O neonato é a termo?
2) Está respirando ou chorando?
3) Tem bom tônus muscular?
Língua
Anquiloglossia
Pescoço
◦ Torcicolo Congênito: Aponeurose dos músculos do pescoço: Fazer liberação miofascial;
Lucas Machado – HAM IV
Clavícula e Tórax
Abdome
Genitália
• Hiperplasia Adrenal Congênita
Quadril: Displasia de quadril.
Exame Neurológico
Reflexos Primitivos:
◦ Busca;
◦ Sucção;
◦ Rotação / Tônico cervical (“esgrimista”);
◦ Preensão palmar e plantar;
◦ Moro;
◦ Reação da marcha;
◦ Galant (paravertebral);
São 3 vias;
-Branca (SMS);
-Amarela (Família → Cartório);
-Rosa (Unidade de Saúde – hospital);
-Atípicos:
Dor torácica, disfagia de condução, odinofagia.
Dor torácica:
-Importante diferenciar dor esofágica X dor anginosa (aumenta com a atividade física e cessa em
repouso).
-Sem relação com esforço, mais frequente em momentos pós prandiais, pode haver outros
comemorativos de alterações esofágicas.
-Atenção com nitrato em situações de espasmo esofageano.
Disfagia:
Disfagia de transferência:
-Dificuldade de transferir o alimento da boca para o esôfago proximal;
-Queixa-se de tosse ao se alimentar, regurgitação nasal ou impactação do alimento.
-À avaliação pós deglutição, percebe-se que o alimento permanece todo ou em partes, na
cavidade oral.
-Em etiologias neuromusculares pode haver a postura de “Pelicano”: Cabeça elevada, afasta o
ombro para trás e eleva o queixo para facilitar transferência do alimento.
Postura de “Pelicano”
Exames Diagnósticos
✓ Ultrassonografia;
✓ Contraste de bário;
Lucas Machado – HAM IV
✓ Endoscopia digestiva alta;
✓ Cintilografia;
✓ Manometria;
Não há comprovação e indicação para diagnóstico de DRGE em lactentes.
Tratamento
Regurgitação do lactente
✓ Posição vertical após a mamada;
✓ Durante o sono - elevação da cabeceira 30 a 40º;
✓ Lactentes em aleitamento materno exclusivo – corrigir erros técnicos de amamentação;
✓ Espessamento de fórmula;
✓ Fracionamento da dieta;
DRGE do lactente
✓ Fórmulas anti-regurgitação
✓ Exclusão da proteína do leite de vaca na dieta alimentar, caso APLV.
✓ Antiácidos e procinéticos devem ser utilizados em situações mais graves.
DRGE em crianças e adolescentes
✓ Teste de 4 a 8 semanas de inibidores de bomba de prótons para sintomas típicos (azia, dor
retroesternal ou epigástrica).
DRGE em Adultos
Sintomas típicos:
-Pirose retroesternal;
-Regurgitação;
Sintomas atípicos:
-Tosse crônica;
-Sensação de globus;
-Pigarro;
-Dor torácica;
-Disfonia;
-Asma;
-Pneumonia recorrente.
Sintomas de alarme: Hematêmese, emagrecimento, disfagia.
Diagnóstico:
-Endoscopia digestiva alta: EDA se suspeita de complicações, falha ao tratamento inicial ou
sinais de alarme.
- Manometria;
-pHmetria esofágica 24 h;
Complicações:
-Esôfago de Barrett:
Escamoso substituído por epitélio glandular intestinal, com células de Paneth;
-Alteração metaplásica da camada distal do esôfago - escamoso para colunar.
Lucas Machado – HAM IV
-Ocorre de 5-15% do DRGE não tratados.
-Associação com adenocarcinoma de esófago.
-Mais comum em homens caucasianos de 40- 50 anos, mas pode ocorrer em mulheres e
mais jovens.
-Importante identificação para definir frequência de EDA, ressecção endoscópica ou
abordagem agressiva.
-Adenocarcinoma esofageano:
Associação com displasias associadas ao Barrett. Acometimento de esôfago distal.
-Estenose péptica;
-Hemorragias, úlceras e perfurações;
-Erosões ou ulcerações esofágicas;
-Graduação de Los Angeles;
-Indica lesão celular associada ao refluxo;
-Pode anteceder complicações mais graves.
Classificação endoscópica – Los Angeles
Avaliação inicial:
◦ História clínica – qual o provável objeto ingerido, se alguém visualizou a ingestão, tamanho do
objeto, tempo de evolução e sintomas associados.
◦ Exame físico.
Avaliação inicial
-Complicações:
Dispepsia
◦ Moderada/forte intensidade
Tratamento
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Nos lactentes, duas situações clínicas podem ocorrer sem qualquer indício de anormalidade.
1- Pseudoconstipação do lactente — é caracterizada pelo aumento no intervalo de
evacuações em bebês saudáveis que recebem aleitamento materno exclusivo ou
predominante; as evacuações são amolecidas e sem desconforto, ocorrem em
intervalos de 3 dias e, raramente, no máximo, de 2 a 3 semanas; não há necessidade de
qualquer intervenção;
2- Disquesia do lactente — o critério de Roma IV inclui os seguintes itens em lactente com
idade inferior a 9 meses:
• no mínimo, 10 minutos de esforço e choro antecedendo eliminação, com êxito ou
não, de fezes amolecidas;
• ausência de problemas de saúde.
ANAMNESE
A anamnese da constipação intestinal deve incluir informações sobre:
• frequência e consistência das fezes.
• tipo das fezes (a escala de Bristol é útil).
• comportamento de retenção, dor ou esforço para evacuar.
• presença de sangue nas fezes e frequência de incontinência fecal.
• presença de dor abdominal.
• presença de sintomas urinários associados.
• Eliminação de mecônio ao nascimento > 48h de vida - doença de Hirschsprung.
• Hábitos alimentares, incluindo a ingestão de fibras e água.
• Fatores desencadeantes, como estresse familiar, social, viagens, mudança de ambiente,
pós operatório, infecções agudas.
Recomenda-se, ainda, que o médico investigue os seguintes antecedentes familiares:
• Constipação.
• doença de Hirschsprung – Eliminação de mecônio com > 48 h de vida.
• doenças tireoidianas.
• fibrose cística.
• doença celíaca.
Exame físico
Lucas Machado – HAM IV
O exame físico deve ser completo, incluir avaliação antropométrica e busca por sinais que
possam indicar doenças associadas.
Na inspeção abdominal avaliar presença ou não de distensão abdominal - doença de
Hirschsprung.
A palpação abdominal deve ser dirigida para pesquisar impactação fecal.
Deve-se realizar inspeção da região lombossacra - disrafismo espinhal oculto (dimple, tufos de
cabelo, etc.).
A inspeção anal é fundamental para avaliar alterações como posição anormal do ânus,
fissuras, eritema ou edema perianal, hemorroidas e lesões traumáticas ou abuso sexual.
Toque retal – quando possível.
-Farmacológico;
-PEG 3350 e 4000;
-Treinamento à toalete;
-Mudanças do hábito (dieta + exercícios);
- Helmintos
-Nematelmintos
-Ascaris lumbricoides (ascaridíase)
Ciclo de Loss
NASA - Ancilostoma duodenale ou Necator americanos (ancilostomíase)
- Strongyloides stercoralis (estrongiloidiase) Síndrome Loeffer
Parasitoses intestinais
HTS
- Maior incidência em locais com falta de saneamento básico e baixas condições socioeconômicas
Manifestações clínicas
- Larvas:
-Necrose hepática (infestações mais intensas).
-Síndrome de Löeffler – Pneumonite larvária, com febre, tosse, expectoração, dispneia,
eosinofilia periférica - duração de uma ou duas semanas.
-Vermes adultos:
- Assintomático ou sintomas inespecíficos.
- Ação espoliadora (competição por nutrientes – divisão dos nutrientes), com desnutrição
proteico-energética, baixa estatura e alterações de desenvolvimento (crianças).
- Semi-obstrução ou obstrução intestinal (bolo de áscaris) – cólicas, distensão abdominal,
vômitos. Pode haver eliminação de vermes. Pode haver massa cilíndrica na palpação periumbilical
ou flancos. Achados ao US típicos.
- Migração do áscaris – apendicite, pancreatite, colestase e colangite, abcesso hepático e
asfixia (crianças).
(Necator americanus nas Américas, África, sul da Índia e China; Ancylostoma duodenale na
Europa, costa do Mediterrâneo, Japão, norte da China e Índia – OBS: No Br as duas
coexistem!)
- Tamanho - 5 a 18mm de comprimento
- Fêmea é maior que o macho
- A. duodenale é quase o dobro do N. americanus.
A larva filarioide é a infectante → penetra a pele do hospedeiro e por via linfática ou venosa é
transportada até os pulmões.
Atenção em imunossuprimidos!
- Cerca de 2mm de tamanho.
- Na primo-infecção, as larvas presentes no solo penetram através da pele e depois migram para o
ciclo pulmonar.
- Manifestações clinicas
- Dermatite larvária
- Pneumonite larvária (menos frequente que no Ascaris)
- Quadro abdominal (acometimento de delgado – Sd pseudoulcerosa): náuseas, vômitos,
distensão abdominal, dor em cólica ou queimação
- Diarréia crônica
- Estrongiloidíase disseminada;
Protozoário
Contaminação - ingestão de cistos (forma de resistência) maduros presentes em alimentos ou
água contaminada.
- E. histolytica x E. díspar;
Manifestações clínicas
-Assintomática: grande parte dos portadores;
-Colite não disentérica: cólicas abdominais, períodos de diarreia, raramente com muco
ou sangue, intercalados com períodos de acalmia;
Lucas Machado – HAM IV
- Colite disentérica (sangue e muco): febre, distensão abdominal, flatulência, cólicas
abdominais difusas ou na fossa ilíaca direita, disenteria com mais de 10 evacuações muco
sanguinolentas por dia, tenesmo.
- Colite necrosante: úlceras profundas, isquemia, hemorragia, megacólon tóxico, colite
fulminante e às vezes perfuração do hemicolon D.
A- Microscopia direta
- Permite observação de ovos e larvas de helmintos
- Métodos de concentração: Hoffman, Pons e Janer (HPJ), Blagg, Ritchie e Coprotest...
- Métodos de contagem de ovos (Kato-Katz): útil para contagem de ovos e avaliação de
carga parasitária.
B- Métodos de Graham (Fita adesiva)
- Pesquisa de ovos de Taenia sp. e Enterobius vermicularis
C- Cultura
-Coprocultura;
Diarreia
Definição: diarreia - aumento da concentração de água, volume ou frequência das evacuações,
com diminuição da consistência fecal ou eliminação de mais de 250 g de fezes não formadas/dia;
■ Segundo a OMS diarreia é a ocorrência de três ou mais evacuações amolecidas ou
líquidas durante 24 horas.
■ Diarreia é uma das queixas mais frequentes na prática pediátrica.
■ De acordo com a OMS a doença diarreica é a terceira principal causa morte em
crianças abaixo de 5 anos de idade, apesar de poder ser prevenida e tratada.
-Sintomas de depleção volêmica: Redução de DU, urina concentrada, pele com turgor reduzido,
sintomas de hipotensão postural
-Alteração fecal importante: Fezes liquidas e muito volumosas, sangue, muco ou pus.
O soro para a reidratação oral é recomendado pela OMS e geralmente é vendido sem prescrição;
Maioria vem sob a forma de pó, que será misturado com água;
Manejo
Risco de sangramento
- Grau de disfunção hepática
-Child A > B > C.
-Localização:
-Esofágica, GOV 1 e 2, IGV 1 e 2.
-Tamanho:
-F1 > F2 > F3
-Sinais de pontos hemorrágicos em suas paredes.
Hemorragia digestiva baixa
-Sangramento que ocorre a jusante do ângulo de Treitz.
-Hematoquezia (fezes com sangue vivo) ou enterorragia (sangue saindo pelo ânus).
• Planejamento familiar;
• Métodos contraceptivos adequados;
• Orientação sobre riscos de gestação precoce e aborto espontâneo;
• Esclarecimento sobre riscos da indução de aborto;
• Chances de mortalidade materna;
• Índices de mortalidade fetal e infantil;
• Consequências de nascimento prematuro.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
PERFIL SOROLÓGICO
- Inspeção:
Intestino delgado
- Sinais e sintomas:
- Diarréia
- Esteatorréia (má absorção)
- Dor abdominal:
Associado a eventos inflamatórios ou obstruções;
Apresentação de abdômen agudo.
- Distensão abdominal e flatulência
- Hemorragia digestiva
- Exame do abdômen:
- Inspeção:
- Abdômen escavado, em síndromes disabsortivas;
- Abdômen globoso em distensão de alças;
Lucas Machado – HAM IV
- Peristaltismo visível, em obstruções.
- Ausculta:
- Aumento de ruídos hidroaéreos em peristaltismo de luta, síndromes disabsortivas.
- Redução de ruídos em situações de isquemia intestinal ou peritonite.
- Palpação:
- Palpação superficial: Contração muscular involuntária, dor.
- Palpação profunda:
- Perceber alças de delgado, mas quando dilatadas ficam bem
evidentes;
- Massas abdominais (neoplasias, extensão de processos inflamatórios,
...)
- Percussão:
- Timpanismo em distensão abdominal.
Cólon e reto
- Sintomas:
- Dor:
- Associado a eventos inflamatórios ou obstruções;
- Distensão assimétrica → considerar volvo;
- Apresentação de abdômen agudo.
- Diarreia
- Constipação
- Distensão abdominal
- Exame do abdômen:
- Inspeção:
- Abdômen escavado, em neoplasias por ex;
- Abdômen distendido, podendo ser assimétrico (sigmoide);
- Abdômen globoso, em ascite carcinomatosa por ex.
- Ausculta:
- Aumento de ruídos hidroaéreos em diarreias.
- Redução de ruídos em situações de isquemia intestinal, peritonite ou obstrução.
- Palpação:
- Palpação superficial: Contração muscular involuntária, dor.
- Palpação profunda:
- Palpação de ceco e TENTAR palpação de ascendente;
Lucas Machado – HAM IV
- Palpação do sigmoide;
- Dor em FIE, sugerindo doença diverticular;
- Massas em alças (fecaloma por ex.)
- Percussão:
- Timpanismo em distensão colônica, respeitando a localização do segmento.
- Sintomas relevantes:
- Icterícia
- Sinais associados a hepatopatia crônica
- Dor abdominal
- Origem hepática:
- Associado a processos que levam a distensão da cápsula hepática;
- Dor continua, “surda”, em hipocôndrio D.
- Origem vesícula e VBs:
- Dor intermitente;
- Em crescente e descente;
-Cólicas;
- Associado a náuseas e vômitos;
- Associação com alimentação.
- Exame físico:
- Ectoscopia:
- Icterícia
- Anel de Kayser-Fleischer em Doença de Wilson: acúmulo de cobre no organismo.
Causado por cirrose, que gera o acúmulo de cobre no fígado.
-Eritema palmar: causada por cirrose e gravidez.
- Redução de pelos;
- Ginecomastia: redução dos níveis de testosterona e aumento do estradiol, gerado
pela aromatização da testosterona, gerando a ginecomastia.
- Inspeção
- Telagiectasias
- Aumento de volume abdominal (ascite)
- Circulação colateral Anel de medusa → Hipertensão portal
Vesícula biliar
- Avaliação de ascite
- Piparote (1ª)
- Macicez móvel (2ª)
-Semicírculo de Skoda;
Pâncreas
- Sintomas
- Dor abdominal
- Em barra ou em faixa, progride para região posterior
- Associaçao com sintomas de colecistite prévio.
- Esteatorreia
- Icterícia
- Exame físico
Lucas Machado – HAM IV
- Inspeção
- Icterícia, sinal de Grey Turner, sinal de Culen
- Ausculta
- Redução de RHA em agudos
- Percussão
- Palpação
- Dor em andar superior de abdômen, Sinal de Couvoisier-Terrier. SEM manobras
específicas.
Abdômen agudo
- Toda condição dolorosa, de início súbito, demandando tratamento clínico e ou cirúrgico.
- Classificação:
- Perfurativo:
- Úlcera péptica perfurada
Irritação peritoneal
- Corpo estranho
- Obstrutivo:
- Secundário a brida, fecaloma, neoplasia.
- Inflamatório:
- DII, infecções.
- Hemorrágico:
- Ruptura aneurismática de aa renal, ....
- Vascular:
- Isquemia mesentérica
Manobras especiais
O local de palpação da vesícula biliar (ponto cístico) é determinado de duas maneiras: (1) nas
pessoas não obesas corresponde à interseção do arco costal com a borda externa do músculo
reto abdominal direito (A); (2) nas pessoas obesas corresponde à interseção da linha que une a
crista ilíaca anterossuperior esquerda ao arco costal, passando pelo umbigo (B).
Método de Lemos-Torres: Em que o examinador com a mão esquerda na região lombar direita
do paciente. Tenta evidenciar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede
anterior. Tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda.
Método de Mathieu: A segunda técnica é a “manobra em garra” ou processo de Mathieu, no qual
o examinador deve estar à direita do paciente, e apoia as polpas digitais no rebordo costal, como
Aula 15 - Propedêutica nas síndromes ictéricas na infância: icterícia fisiológica, colestase neonatal
e hepatites virais - estado vacinal e sorologia para hepatites.
As síndromes ictéricas são caracterizadas por aumento da bilirrubina no organismo devido à
diminuição ou interrupção da excreção de bile por obstrução do fluxo através da árvore biliar intra
ou extra-hepática ou por alteração funcional do hepatócito.
Existem inúmeras doenças que cursam com esse quadro, sendo necessário uma avaliação
clínica minuciosa para chegar ao diagnóstico correto.
ICTERÍCIA
A icterícia apresenta-se como a coloração amarelada da pele, esclera e membranas mucosas,
indicando aumento da bilirrubina sérica com acúmulo de bilirrubina nos tecidos.
SÍNTESE DA BILIRRUBINA
Para investigação adequada devemos lembrar as etapas da formação da bilirrubina no organismo
Captação: a bilirrubina formada a partir da degradação do grupo heme das hemácias é captada
pelos hepatócitos. Essa bilirrubina é ligada à albumina para ser transportada pelo sangue, já que é
insolúvel, sendo denominada BILIRRUBINA INDIRETA (não conjugada).
Conjugação: dentro do hepatócito a bilirrubina é convertida em um composto solúvel pela enzima
glucoroniltransferase, sendo denominada BILIRRUBINA DIRETA (conjugada).
Excreção: a bilirrubina é excretada no lúmen intestinal e é metabolizada por bactérias formando
o urobilinogênio. Uma parte desse composto é reabsorvida e excretada na urina e o restante é
excretado nas fezes dando a coloração característica.
ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
ANAMNESE
✓ Idade: a idade de início do quadro pode auxiliar na determinação da etiologia.
Exemplo: hepatite A em crianças e adolescentes e Icterícia fisiológica ou patológica em recém
nascidos.
✓ Profissão: exposição a infecções virais (hepatites B e C e HIV), como ocorre com médicos,
enfermeiros, dentistas, técnicos de laboratório e estudantes da área de saúde, ou a tóxicos.
✓ Procedência/viagens: o paciente pode proceder, ter residido ou viajado para regiões
endêmicas de esquistossomose, hepatites, febre amarela, leptospirose e outras doenças
que cursam com Icterícia.
✓ Raça: negros apresentam maior incidência de anemia falciforme.
✓ Antecedentes: transfusões de sangue ou derivados, contacto com ictéricos, história
familiar de hepatite, Icterícia ou anemia, antecedente de cirurgias, particularmente em vias
biliares, antecedente de tumores, tatuagens, tratamento dentário, entre outros.
✓ Pródromos de hepatite: queixas de náusea, anorexia e aversão ao cigarro, precedendo o
aparecimento de Icterícia, sugerem hepatite viral.
✓ Uso de medicamentos e exposição a tóxicos: uso ou exposição crônica, recente ou
esporádica. Lembrar de chás ou medicamentos feitos a partir de plantas ou ervas, pois
podem produzir lesão hepatocelular ou hemólise.
EXAME FÍSICO
✓ Icterícia
✓ Febre - Hepatites virais, sepse e colangite.
✓ Esplenomegalia - hemólise.
✓ Ascite e Edema periférico.
✓ Vesícula biliar palpável – obstrução de vias biliares (neoplasia ou coledocolitíase.
✓ Colúria - presença de pigmento biliar na urina indica hiperbilirrubinemia conjugada.
✓ Acolia fecal - deficiência ou obstrução à excreção de bilirrubina para o intestino sugere
obstrução biliar extra-hepática
✓ Dor abdominal.
✓ Prurido - secundário à retenção de sais biliares.
✓ Perda de peso.
✓ Esteatorreia – obstrução de vias biliares.
QUADRO CLÍNICO
Por meio da história e do exame físico, o médico já pode ter uma boa ideia da etiologia da
Icterícia, tentando responder principalmente as seguintes questões:
✓ A Icterícia é secundária a uma obstrução biliar?
✓ Existem evidências de doença hepática crônica?
✓ A Icterícia é possivelmente induzida por drogas, álcool ou agentes infecciosos?
✓ Existe alguma evidência de hemólise?
Exames Complementares
Exames Laboratoriais
✓ Bilirrubina Tota e Frações.
✓ AST, ALT, fosfatase alcalina e gama GT.
✓ Coagulograma
Lucas Machado – HAM IV
✓ Sorologias para Hepatite A, B, C.
✓ Hemograma Completo.
✓ Teste Coombs
✓ Urina – urobilinogênio e hemoglobinúria.
✓ Fezes – urobilinogênio.
Exames de Imagem.
✓ Ultrassonografia abdominal.
✓ TC de abdome.
✓ Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada (CPRE) e Colangiografia Percutânea
Trans-hepática (CPT).
✓ Colangiorressonância.
HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL
A icterícia aparece em cerca de 60% dos recém-nascidos (RN) termos e 80% dos RN pré-
Termos na primeira semana de vida.
Na maioria das vezes, reflete uma adaptação, considerada fisiológica, do metabolismo da
bilirrubina no período de transição fetal para a vida neonatal.
Entretanto, algumas vezes, decorre de um processo patológico, podendo alcançar
concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, instalando-se o quadro de encefalopatia
bilirrubínica que, ao exame anatomopatológico, caracteriza-se por coloração amarelada dos
gânglios da base, denominada kernicterus.
Icterícia patológica
-Início precoce (24/36 horas) ou tardio (prematuro - após 10 a 14);
-Icterícia persistente (dura mais que 7 a 10 dias);
-Aumento >5mg/dL/dia;
-Nível de BT >12mg/dL;
→ Sinais de doença ou colestase (aumento de BD);
Exames:
Lucas Machado – HAM IV
-Bilirrubina total e frações, tipagem sanguínea, Combs direto/indireta, hemograma, hematoscopia,
reticulócitos.
HIPERBILIRRUBINEMIA SIGNIFICANTE
O aparecimento de icterícia antes de 24-36 horas de vida ou de níveis de BT ≥12 mg/dL,
independentemente da idade pós-natal, alerta para a investigação dos fatores de risco para
desenvolvimento de hiperbilirrubinemia significante em RN de termo e investigação etiológica.
A história, o exame físico e a evolução clínica permitem detectar a presença desses fatores
clínico epidemiológicos de risco associados ao desenvolvimento de hiperbilirrubinemia significante
na primeira semana de vida.
A Síndrome da Icterícia do Leite Materno é aparente desde a primeira semana de vida com
persistência por duas a três semanas, podendo chegar ao 3º mês.
Nessa síndrome chama atenção o bom estado geral do RN e o ganho de peso adequado.
A causa ainda não está muito bem estabelecida na literatura, mas esta associada a fatores
presentes no próprio leite materno maduro (enzima betaglicuronidase e metabólito da
progesterona) que parecem ter a capacidade de aumentar a absorção intestinal e reduzir a
excreção de bilirrubina e a fatores genéticos, como mutação de gene.
Etiologia
Anemia hemolítica:
-Incompatibilidade materno-fetal;
-Incompatibilidade RH (DHRN): Mãe RH-/ RN RH+/ Pai RH+ → Combs indireta + e
direto +;
-Incompatibilidade ABO: Mãe O e RN A ou B → Combs direto + ou -;
-Esferocitose e deficiência de G6PD;
-Combs direto NEGATIVO;
-2º e 3º dia de vida;
-Hematoscopia: Corpúculos de Heinz (DG6PD);
Avaliação Clínica
-Exanguíneotranfusão:
A exsanguineotransfusão do recém-nascido é um procedimentomédico pelo qual o sangue do
bebê é removido e substituído por outro, de um doador compatível, para tratar condições clínicas
determinadas.
TRATAMENTO
FOTOTERAPIA
EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
DIAGNÓSTICO
Teste da fita reagente for sugestivo de ITU → suspeita diagnóstica for alta → prosseguir com
a avaliação do sedimento urinário (exame físico e químico), bacterioscópico (Gram) e
urocultura para confirmação diagnóstica.
Resistência antimicrobiana
O uso de antibiótico nos 90 dias anteriores ao quadro (em terapia ou profilaxia) aumenta a chance
de resistência bacteriana, sendo maior o risco se intervalo inferior a 30 dias.
Outros fatores associados à maior resistência incluem anomalias do trato urinário (refluxo
vesicoureteral, hidronefrose, displasia, litíase), hospitalização prévia e alteração funcional da
bexiga e intestino.
Tempo de tratamento
Na infecção urinária febril o tempo de tratamento com antibiótico é de 10 dias, em acordo com as
diretrizes inglesa (NICE), italiana (ISPN) e australiana (KHA-Cari). As diretrizes Canadense e
Americana (AAP) sugerem sete a 14 dias e a Colaboração Cochrane afirma serem necessários
novos estudos para definir tempo de tratamento.
Indicações de hospitalização
Tratamento Cistite:
-3 a 5 dias;
-Bactrim (Sulfametoxazol com Trimetoprima);
-Nitrofurantoína;
-Amoxicilina;
-Cefalecina;
Tratamento Pielonefrite:
-7 – 14 dias;
Grave ou < 2 meses = hospitalar;
-Ampicilina + aminoglicosídeo (gentamicina, estreptamicina);
PROFILAXIA
Tratamento
-Ambulatorial é preferencial
- Hospitalização se:
◦ Oligúria intensa, insuficiência cardíaca ou encefalopatia hipertensiva
- Restrição dietética
◦ Dieta de arroz e frutas nos primeiros dias;
◦ Reduzir ingestão de sódio;
- Repouso relativo (paciente-dependente)
Quadro Clínico
Evolução Clínica
Diagnóstico Laboratorial
Tratamento
- Restrição de Sódio
- Repouso relativo