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HOSPITALAR

RESSALTAS:

A psicologia da saúde como disciplina informa como os fatores biológicos, sociais e


comportamentais influenciam os processos de saúde-doença. Visa a promoção de saúde.

SURGIU: 1969-1978

SAÚDE

Define saúde: um estado de completo bem-estar físico mental, social e espiritual.

PSICOLOGIA DA SAÚDE

É a aplicação dos conhecimentos e das técnicas psicológicas à saúde. Estuda o papel da


psicologia como ciência e como profissão nos domínios da saúde. Focando-se nas experiencias,
comportamentos e interação relacionados a saúde, a doença e os cuidados de saúde.

OBJETO DE ESTUDO

É o sujeito psicológico e suas relações (saúde, família, doença, técnicos de saúde)

OBJETIVO PRINCIPAL: É compreender como é possível através de intervenções psicológicas,


contribuir para a melhoria do bem-estar dos indivíduos.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

1. Estudar de forma cientifica as causas e origens de determinadas doenças: Investigam


por que as pessoas se envolvem em comportamentos que comprometem a saúde,
como hábito de fumar e sexo inseguro.
2. Promover a saúde: buscando maneiras de fazer com que as pessoas adotem
comportamentos que promovam a saúde, como praticar exercícios.
3. Prevenir e tratar doenças: Projetando programas para ajudar a parar de fumar, perder
peso, administrar o estresse entre outros fatores prejudiciais.
4. Promover políticas de saúde públicas: manter reuniões frequente com líderes
governamentais.

SAÚDE E DOENÇA: LIÇÕES DO PASSADO

Mesmo que todas as civilizações tenham sido afetadas por doenças, cada uma delas
compreendia e tratava de formas diferentes.

1. PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL (MENTE E CORPO)

A saúde e outros comportamentos são determinados pela interação entre mecanismos


biológicos, processos psicológicos e influências sociais.

2. PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL

Leva em consideração os fatores sociais e culturais

3. PERSPECTIVA DE GÊNERO

Diferenças entre homens e mulheres no risco de determinadas doenças e condições.


4. PERSPECTIVA BIOPSICOSSOCIAL

Forças biológicas, psicologias e sociais combinadas, agem em conjunto para determinar a


saúde e vulnerabilidade de um indivíduo a doença.

5. PERSPECTIVA SISTÊMICA

A saúde é compreendida como uma hierarquia de sistemas, na qual cada sistema é composto
simultaneamente de subsistemas menores e partes de sistemas maiores e mais abrangentes.

ONDE ATUA O PSICOLOGO DA SAÚDE?

Ensino, pesquisas e intervenções clínicas.

TRABALHAM:

em diversos cenários: hospitais, universidades, escolas médicas, clínicas de reabilitação,


consultórios particulares.

Não se restringem aos ambientes hospitalares, mas também aos centros de saúde ou qualquer
programa que enfocar em saúde coletiva.

PERSONALIDADE, ESTRESSE E DOENÇA

O estresse pode se acumular ao ponto de que a pessoa não consiga mais lidar com o que está
acontecendo.

As dificuldades em lidar com os problemas faz com que a resistência a doenças seja diminuída.

FASES DO ESTRESSE

1. PRIMEIRA FASE: ALERTA


SINTOMAS: Músculos contraídos, mãos e pés frios, boca seca, insônia
2. SEGUNDA FASE: RESISTÊNCIA
SINTOMAS: sensação de desgaste, problema com a memória, doenças de pele,
mudança de apetite
Nesta fase a pessoa tenta se adaptar à situação, tentando restabelecer o equilíbrio.
Conforme o equilíbrio vai se restabelecendo alguns sintomas vão desaparecendo.
3. TERCEIRA FASE: QUASE EXAUSTÃO
SINTOMAS: irritabilidade, gastrite, queda de cabelo, ansiedade e depressão,
diarreia.
4. QUARTA FASE: EXAUSTÃO
SINTOMAS: quem já tem tendencia pode desenvolver infarto, derrame cerebral,
câncer.

O QUE O ESTRESSE FAZ COM SEU CORPO?

CABEÇA: Humor instável, raiva, depressão, tristeza, falta de energia.


PELE: Acne, alergias, dermatite seborreica e envelhecimento precoce
ARTICULAÇÃO E MUSCULOS: Dores, tenções musculares.
CORAÇÃO: Aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e dos
níveis de colesterol.
ESTÔMAGO: Cólicas, refluxo, enjoos.
PÂNCREAS: Diabetes.
INTESTINO: Diarreia, síndrome do cólon irritado
SISTEMA REPRODUTIVO: Diminuição da Libido, nos homens ocorre a queda de
produção de espermas. Nas mulheres, aumento de cólicas.
SISTEMA IMUNOLÓGICO: Diminuição da capacidade de defesa. A recuperação de
doenças torna-se mais lenta em pessoas estressadas.

COMO MEDIR O ESTRESSE?

COMO PREVINIR O ESTRESSE

Algumas atitudes simples podem evitar ou amenizar o estresse

 Dormi direito
 Cuidar da saúde
 Se alimentar de forma saudável
 Atividades físicas
 Ter momentos de prazer
 Identificar os estressores

O QUE AVALIAR NO PACIENTE?


Avaliar o estressor.

SAÚDE E COMPORTAMENTO

COMPORTAMENTOS DE SAÚDE:

 Praticar exercícios
 Usar protetor
 Seguir dieta com baixo teor de gordura
 Dormir bem
 Praticar sexo seguro

COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE:

 Fumar
 Comer alimentos com alto teor de gordura
 Não fazer atividades físicas
 Participar de comportamentos violentos ou que possa causar lesões

TEORIA SOBRE O COMPORTAMENTO DE SAÚDE - O MODELO DE CRENÇA DE SAÚDE

Teoria em estágios que identifica quatro crenças que influenciam as tomadas de decisão
relacionadas a comportamentos de saúde:
1. A SUSCETIBILIDADE PERCEBIDA A UMA AMEAÇA DE SAÚDE: Crenças sobre as chances
de ter uma doença, visto que já houve casos na família. Pré-disposição a alguma
doença que tem caso na família. Avaliar a genética.
2. A GRAVIDADE PERCEBIDA DE DOENÇA OU CONDIÇÃO: Crenças sobre quão grave uma
condição e suas sequelas são. como o sujeito avalia/percebe a gravidade da doença
3. BENEFÍCIOS AO TRATAMENTO: Crença na eficácia da ação para reduzir danos. Quais
são os benefícios que o paciente vai ter com o tratamento
Obs: importante sempre dar ênfase primeiramente aos benefícios do tratamento, para
não assustar o paciente.
4. BARREIRA AO TRATAMENTO: Barreira geográfica, familiar, financeira.
Exemplo: onde ficar, como se alimentar, transporte, barreiras relacionadas a família,
quando a mesma não apoia ou ajuda no tratamento.

O modelo de crença de saúde propõe que as pessoas irão agir para afastar ou controlar
condições que induzem doenças:
1. Se considerarem que são suscetíveis à condição;
2. Se acreditarem que a condição possa trazer consequências
pessoais sérias;
3. Se acreditarem que uma linha de ação disponível irá reduzir
sua suscetibilidade ou a gravidade da condição;
4. Se acreditarem que os custos de agir dessa forma serão
superados pelos benefícios ocasionados por fazê-lo; e
5. Se as influências ambientais incentivarem a mudança.

Trata-se de um modelo que reúne contributos das teorias comportamentalistas e cognitivistas.

A disposição para colocar em prática comportamentos que promovem a saúde é determinada


pela percepção que o individuo tem da probabilidade de adoecer, e pela percepção da
gravidade das consequências de adoecer.

AS VARIÁVEIS QUE COMPÕEM O MODELO SÃO:

1. AMEAÇA:
 Percepção de susceptibilidade (pré-disposição por ter algum diagnostico que já
teve na família) à condição de doença (ou aceitação de um diagnóstico);
 Percepção da gravidade da situação.
2. EXPECTATIVA DE RESULTADO:
 Percepção dos benefícios de uma ação específica;
 Percepção das barreiras para iniciar essa ação
Obs: falar primeiro dos benefícios do tratamento/engajar primeiro a pessoa.
Não falar: vai ser muito difícil.
3. EXPECTATIVA DE EFICÁCIA:
 Convicção acerca da capacidade pessoal para realizar a ação recomendada

TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO

A teoria prevê o comportamento saudável com base em três fatores:

 A atitude pessoal para com o comportamento;


 A norma subjetiva em relação ao comportamento
 O grau de percepção de controle sobre o comportamento

INTENÇÃO COMPORTAMENTAL

É a decisão racional de realizar um comportamento relacionado à saúde ou de abster-se de


participar de tal comportamento. As intenções comportamentais são moldadas por três
fatores:

1. ATITUDE EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO: EX: Se fizer dieta, perderei peso e


serei mais saudável e atraente
2. NORMA SUBJETIVA (sociedade): EX: Minha família e amigos acham que eu devo
fazer dieta.
3. PERCEPÇÃO DE CONTROLE DO PENSAMENTO (como o sujeito consegue perceber p
seu comportamento): EX: eu consigo fazer dieta

OBS: TUDO TEM QUE TER UM INTENÇÃO PARA MUDAR O COMPORTAMENTO.

MODELO TRANSTEÓRICO

É uma teoria de estágios que afirma a passagem das pessoas por cinco estágios quando tentam
mudar o comportamento relacionados a saúde:

1. PRÉ-CONTEMPLAÇÃO: Não se percebe dentro do quadro e nem considera


possibilidade de mudar.
Ex: sujeito sedentário, rejeita e desconsidera os benefícios.
2. CONTEMPLAÇÃO: Admite o problema e considera adotar mudanças.
Ex: o sujeito é sedentário, mas se interessa pelos benefícios.
3. PREPARAÇÃO: inicia algumas mudanças, planeja, cria condições.
Ex: o sujeito ainda sedentário se organiza para colocar em prática.
4. AÇÃO: Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo.
Ex: o sujeito já inserido em programas almejando os benefícios.
5. MANUTENÇÃO: Da continuidade no trabalho para manter os ganhos e prevenir
uma recaída.
Ex: o indivíduo se mantem no programa e trabalha para evitar recaídas.

PREVENÇÃO

PRIMÁRIA: fazer exames de saúde; não fumar, etc.

SECUNDÁRIA: Exames regulares para monitoras os intimas, alteração na dieta, etc.

TERCIÁRIA: Radioterapia, quimioterapia, etc.

VIDA SAUDÁVEL

Os psicólogos da saúde buscam reduzir a quantidade de tempo que os idosos passam em


situação de deficiência, doença ou dor. A prática regular de exercícios e o sono saudável
contribuem para uma qualidade de vida do ser humano.

SONO SAUDÁVEL

SONO DEFICIENTE:
 Aumento no peso corporal
 Supressão do funcionamento imunológico
 Envelhecimento acelerado

SONO SAUDÁVEL (HABITOS SAUDÁVEIS)

 Evitar qualquer forma de cafeína


 Evitar álcool
 Estabelecer uma rotina relaxante antes de dormi
 Criar ambientes que conduzam ao sono

PROMOVENDO FAMÍLIAS E COMUNIDADES SAUDÁVEIS

BARREIRAS FAMILIARES: Hábitos de saúde que costumam ser adquiridos dos pais e de outras
pessoas que são modelos.

BARREIRAS DO SISTEMA DE SAÚDE: Os indivíduos que não têm seguro de saúde apresentam
menos probabilidade de consultar um médico.

BARREIRAS DA COMUNIDADE: As pessoas têm maior probabilidade de adoptar


comportamentos de saúde quando eles têm um sistema de apoio como comunidades, escolas,
agencias governamentais.

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE COMUNITÁRIA

É qualquer intervenção planejada envolvendo comunicações que promovam o aprendizado de


comportamentos mais saudáveis

PSICOLOGIA POSITIVA – vai potencializar os benefícios dessa mudança

O estudo do funcionamento humano adequado e da inter-relação saudável entre as pessoas e


seus ambientes.

PSICOLOGIA HOSPITALAR - HISTÓRICO

LINHA DO TEMPO DAS PRIMEIRAS AÇÕES DE PSICOLOGAS EM CONTEXTO HOSPITALAR

 1954 – MATILDE NEDER

Clínica Ortopédica e traumatológica = preparo psicológico pré e pós cirúrgico.

 1974 – BELKISS ROMANO

Constituição do serviço de psicologia do Instituto do coração = Psicologia hospitalar como


objeto de estudo de mestrado.

 1977 – MARIA MERCEDES CERCI

Atendimento do departamento de Tocoginecologia do Hospital de clínicas


 1978

Diversos hospitais incluem psicólogos e estagiários nas suas equipes de trabalho.

 1978 – MARISA DECAT DE MOURA

Hospital Materdei, em Belo Horizonte.

A história da psicologia hospitalar remonta a 1818, quando no hospital McLean, em


Massachussets, formou-se a primeira equipe multiprofissional que incluía o Psicólogo. Nesse
mesmo hospital foi fundado em 1904, um laboratório de psicologia onde foram desenvolvidas
pesquisas pioneiras sobre a psicologia hospitalar.

DÉCADA DE 50 – Matilda Neder instala um serviço de psicologia no hospital das clínicas da


faculdade de medicina em São Paulo.

DÉCADA DE 70 – Bellkiss Wilma é convidada para implantação do serviço de psicologia do


instituto do coração do Hospital das Clínicas da faculdade de medicina da universidade de São
Paulo.

EM 1979 – Regina D’aquino, em Brasília, um trabalho junto com pacientes terminais, tornando-
se um dos grandes marcos da atuação frente à morte e suas implicações.

HOSPITAL

As origens do hospital contemporâneo estão ligadas às instituições religiosas de atenção social


da Antiguidade. Os templos, conventos e mosteiros foram as primeiras instituições a receber
doentes e a lhes providenciar atenções especiais, sendo isso na Grécia antiga. Os monges
foram por muito tempo os únicos depositários da sabedoria médica clássica no Ocidente,
aplicando seus conhecimentos espirituais em prol dos doentes (ANTUNES, 1991).

MULTIDISCIPLINARIDADE – Modelo tradicional em saúde, caracterizado pela atuação de


diferentes profissionais que atendem de forma isolada o cliente.

INTERDICIPLINARIDADE – Substituição de uma concepção fragmentária para uma concepção


unitária do ser humano, através de compartilhamento de conhecimento entre os especialistas
e da integração das práticas em saúde.

TRANSDICIPLINARIDADES – Rompimento de paradigmas e modelos das disciplinas a fim de


ultrapassar barreiras que afastavam uma das outras e que, agora se fundem em uma coisa que
já transcende a todas.

SAÚDE X DOENÇA

DEFINIÇÃO DE DOENÇA DE ACORDO COM A OMS: Completo estado de bem-estar físico, mental
e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.

DOENÇA
Se constitui como um fenômeno social com características próprias que permeiam a relação
estabelecida entre o indivíduo e sistema de saúde, variando de acordo com o contexto cultural
de cada grupo.

PSICOLOGIA HOSPITALAR

OBJETIVO GERAL – Prestar assistência ao paciente, lidar com suas angústias, minimizar seu
sofrimento e o de seus familiares, trabalhando os aspectos emocionais da doença e da
hospitalização.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ASSISTENCIA:

 Assistir o paciente, sua família e a equipe de saúde;


 Triar;
 Realizar avaliação diagnostica em Psicologia;
 Realizar psicodiagnóstico;
 Formular e aplicar protocolos durante hospitalização e/ou em ambulatórios;
 Realizar interconsultas;
 Intervir de modo psicoterapêutico individualmente ou em grupo;
 Registrar dados.

ENSINO:

 Realizar supervisão e leitura técnica com estagiários;


 Realizar cursos de formação;
 Oferecer cursos de pós-graduação;
 Realizar capacitação, orientação e supervisão de estagiários para acadêmicos e
profissionais.

PESQUISA:

 Realizar pesquisar cientificas na área de saúde;


 Realizar publicações cientificas.

FORMAÇÃO

CONHECIMENTO – Informações adquiridas nas universidades e principalmente de muito


estudo e leitura;

HABILIDADE – Depende de treinamento continuado e do proveito que se tira do aprendizado


adquirido nas experiencias vivenciadas;

ATITUDES – Possibilidades de lidar com limitações e frustrações.

A formação do psicólogo deve contemplar conhecimentos sobre bases biológicas, sociais e


psicológicas da saúde e da doença.

ASPECTO PSICOLÓGICO
São as manifestações da subjetividade humana diante da doença, tais como sentimentos,
desejos, a fala, os pensamentos e comportamentos, as fantasias e lembranças, as crenças, os
sonhos, os conflitos.

FOCO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR

PACIENTE – EQUIPE - FAMÍLIA

A TAREFA DO PSICÓLOGO NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR

 Assistência direta ao paciente e sua família


 Contato com o doente
 Relação com o trabalho
 Recursos humanos
 Clima institucional

ASSISTÊNCIA DIRETA AO PACIENTE E SUA FAMILIA

HÁ BASICAMENTE TIPOS DE RELAÇÕES QUE INTERESSAM AO PSICÓLOGO HOSPITALAR:

1. Pessoa com pessoa (quem é o paciente e quem é o cuidador)


2. Paciente com grupos (grupo familiar, equipe e outros pacientes)
3. Paciente com o processo de adoecer e com a situação da hospitalização
4. Paciente consigo mesmo (personalidade, fantasias, mitos)

A psicologia hospitalar não estabelece uma meta ideal para o paciente alcançar, mas
simplesmente aciona um processo de elaboração simbólica do adoecimento. Ela se propõe a
ajudar o paciente a fazer a travessia da experiência do adoecimento, mas não o diz por que não
sabe.

O PROFISSIONAL DA SAÚDE E A PESSOA QUE ADOECE

 Humanização no atendimento: Encontro não há receitas: as atitudes devem ser


caracterizadas por uma atenção à pessoa que adoece e não à doença em si.
 É preciso disponibilidade para ouvir o paciente integrando os sentidos que ele atribui
à sua experiencia.
 Cuidar autêntico: Possibilitar ao outro que se perceba, tome consciência, que consiga
nomear e significar sua vivência, buscando transitar pelo adoecer.
 Cuidar inautêntico: Escolher pelo paciente, decidir por ele.

AJUDA X CUIDAR

AJUDAR – Fornecer ao outro condições necessárias para o seu desenvolvimento

CUIDAR – Possibilitar ao outro ser ele mesmo, assumir seus próprios caminhos, crescer,
amadurecer, encontrar-se consigo mesmo.
 É preciso que o profissional também se perceba como existente e com a realidade de
dor, angústia, morte e impotência que a situação de adoecimento traz.
 Quando não conseguem lidar com a própria humanidade, com o seu sofrimento vivido
na relação com o paciente –refugiam-se na técnica.
 Acolher o “paciente” com suas demandas e facilitar que ele se posicione diante de seu
sofrimento psíquico.
 Explorar e discutir com ele sua “queixa”, bem como o modo mais adequado de lidar
com ela.

PRINCIPAIS CARACTERISTICAS NA ESCUTA ATIVA

 Proporcionar ambiente físico de acolhimento (privacidade, conforto, proximidade


interpessoal adequado)
 Sustentar a atividade de respeito o interesse, sem criticar
 Manter contato visual frequente
 Iniciar a conversação com perguntas gerais e menos constrangedoras
 Preferir perguntas abertas (usar ‘’como?’’ ‘’eu posso imaginar’’ em vez de ‘’por que?’’)
 Compreender o conteúdo e a conotação da mensagem (postura, gestos, tom de voz)
 Observar reações emocionais do paciente, pontuando-as, quando pertinente.
 Resumir o que entendeu até dado momento e solicitar algum esclarecimento
 Respeitar momentos de silêncio e de choro, mas ajudar com delicadeza o paciente a
sair deles

SETTING TERAPÊUTICO

 Não possui setting terapêutico definido;


 O horário de atendimento

INCOMPLETO

VIVÊNCIAS DO ADOECER

“Esta doença mudou muita coisa na minha vida. Perdi o emprego. Sou doméstica e meus
patrões me demitiram...Não sei mais o que fazer da vida. Meu trabalho era tudo o que eu
tinha”.

ADOECER COMO POSSIBILIDADE DE REVISÃO DE VIDA

“Vivi a experiência de me sentir totalmente dependente. Tive medo de não voltar a fazer as
coisas que sempre fiz. Acho que amadureci e passei a dar valor em algumas coisas que nem
ligava.” – RELATOS DE FUNCIONARIOS DO HOSPITAL

ADOECER COMO BENEFÍCIO

“Quando venho pra cá, relaxo, fico tranquila. Não perco por nada meu horário...” – GRUPO DE
APOIO ÀS PACIENTES

O QUE É PRECISO PARA ATUAR EM PSICOLOGIA HOSPITALAR?

 Amor, interesse, curiosidade, dedicação


 Vivência – estágio em psicologia hospitalar
 Conhecimento de psicopatologia, Saúde mental, psicossomáticas, síndromes orgânicas
e trabalho em equipe (saber dividir para somar)
 Conhecimento da rede SUS
 Persistência na construção do serviço
 Tolerância às frustrações, perdas e sofrimento do outro;
 Lidar com o inesperado/ mudanças repentinas;
 Gostar de gente!

DESPERSONALIZAÇÃO

O psicólogo Hospitalar tem a atribuição de promover o resgate da identidade do paciente.

REAÇÕES PSICOLÓGICAS FRENTE A DOENÇA E AO ADOECER (COMO O PACIENTE EXERGA)

 O adoecer é encarado como uma ameaça do destino;


 Levar a pessoa a pensar nos limites físicas, psicológicas, sociais
 Revisão do projeto de vida, revalida metas a curto e médio prazo:
 Modifica a identidade da pessoa (mundo próprio e o mundo de relações):
 Restrições das possibilidades do existir consigo e com o mundo de relações;

ADOEÇER

 Tipo de personalidade do indivíduo;


 Circunstâncias Sociais;
 Natureza da patologia;
 Significado pessoal e subjetivo que a doença desperta

CARACTERISTICAS DO INDIVÍDUO ENFERMO

LABILIDADE EMOCIONAL: O paciente apresenta-se mais vulnerável ao choro, irritação voltadas


para a equipe médica ou para a família;
SENTIMENTO DE INFERIORIDADE: O paciente pode sentir-se inferiorizado diante do médico;

CARÊNCIA AFETIVA: Necessidade de carinho e afeto;

SENTIMENTO DE ATEMPORALIDADE: Dentro do hospital tem-se a sensação de não saber em


que data está;

GANHOS SECUNDÁRIOS: A partir do momento da hospitalização o paciente a ter mais atenção.

ESTRESSE PSICOLÓGICO NO PACIENTE HOSPITALIZADO (8)

1. AMEAÇA BÁSICA À INTEGRIDADE NASCÍSICA: São atingidas as fantasias onipotentes


de imortalidade, de controle sobre o próprio destino e de um corpo indestruitível.
2. MEDO DE ESTRANHOS: Ao entrar no hospital, o paciente coloca sua vida e seu corpo
em mãos de pessoas desconhecidas, cuja competência e intenções ele desconhece.
3. ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO: Não só de pessoas significativas, mas de objetos,
ambientes e estilos de vida.
4. CULPA E MEDO: Ideias de que a doença veio cono castigo por pecados e omissões,
fantasia de destruição de uma parte do corpo enferma ‘’traidora’’.
5. MEDO DA PERDA DO CONTROLE: De funções adquiridas durante o desenvolvimento
com a fala, os esfíncteres, a marcha, etc.
6. MEDO DA PERDA (OU DANO) DE PARTES DO CORPO: Mutilação ou disfunções de
membros e de órgãos que façam alterações corporais são perdas equivalentes à de
uma pessoa muito querida.
7. PERDA DE AMOR E DE APROVAÇÃO
8. MEDO DA MORTE, MEDO DA DOR

REAÇÕES DE AJUSTAMENTO

OS PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO:

 Humor Deprimido;
 Ansiedade;
 Preocupação;
 Sentimentos de incapacidade de adaptar-se;
 Perspectivas sombrias em relação ao futuro;
 Dificuldade no desempenho de atividades diárias.

MECANISMO DE ADAPTAÇÃO

REGRESSÃO: O paciente adota uma postura infantil, de dependência e egocentrismo.

NEGAÇÃO: É uma defesa contra a tomada de consciência da enfermidade. O paciente se recusa


parcialmente ou totalmente aceitar sua condição.

MINIMIZAÇÃO: O paciente tenta diminuir a gravidade do seu problema.

RAIVA E CULPA: Um dos primeiros alvos é médico: O paciente questiona a validade do


diagnostico, trocas várias vezes de profissional, fica nervosa e desacreditado.

DEPRESSÃO: Todo paciente independente da doença apresenta um componente depressivo.

REJEIÇÃO: O paciente já tomou conhecimento da doença, mas evita falar sobre o assunto.

PENSAMENTO MÁGICO: Acredita que algum ritual ou ‘’milagre’’ poderá reverter o seu quadro.

ACEITAÇÃO: Uma tentativa de buscar uma ‘’convivência razoável’’ com a doença. Não significa
uma aceitação passiva nem uma submissão à doença, mas sim que a reação depressiva
provocada pela doença pode ser elaborada e controlada pelo paciente.

LOCAIS HOSPITAIS E FAMÍLIAS

É de suma importância para a orientação do trabalho do psicólogo, entender sobre a dinâmica


dos espaços físicos hospitalares e a influência dos mesmos sobre o processo de hospitalização
do indivíduo.

AMBULATÓRIO: Na unidade ambulatorial junto ao paciente o papel do psicólogo hospitalar é o


de realizar atendimentos individual ou em grupo, em um espaço semelhante a consultórios.

UNIDADE DE EMERGÊNCIA OU PRONTO SOCORRO (PS): Essa é a porta de entrada do hospital.


O profissional terá que lidar com urgências e emergências, através de atendimento rápido e
pontual; identifica e acompanha os casos. Colabora com o atendimento médico.

EMERGENCIA X URGÊNCIA

EMERGÊNCIA: São situações com surgimento inesperado que afetam negativamente a vida e a
integridade física das pessoas.
URGÊNCIAS: São situações que precisam de atenção, mas não tem o mesmo caráter de
imediatismo da emergência.

ENFERMARIA: O atendimento aos pacientes é focal, devido a curta estada no local, porém
deve abranger os aspectos naturais à hospitalização, como doença, saúde, prognóstico,
diagnostico e relacionamento com a família e a equipe de saúde.

TIPOS DE INTERNAMENTO

INTERNAMENTO ELETIVO

 Permite que a pessoa se organize e planeje ida ao hospital;


 Promove a sensação de maior controle da situação;

INTERNAMENTO DE EMERGENCIA

 É motivado por uma situação inesperada, promovendo um rompimento inesperado da


rotina de vida;
 Os sentimentos de medo e desamparo são comuns, bem como a sensação de perda de
controle da própria vida.

INTERNAMENTO DE REPETIÇÃO

 Impede que a pessoa retorne sua vida, devido a recorrência;


 Nota-se maior dificuldade na construção de estratégias de ajustamento e maior
expressão de tristeza.

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

 Auxilia o paciente a restaurar o estado de ordem orgânica (organismo) e emocional,


muitas vezes abalados em níveis inesperados devido ao contexto.

UTI: LUGAR DE CUIDADO

 Restauração da Vida/ Reabilitação


 Humanização/ experiência do paciente
 Segurança do paciente
 Plano terapêutico multidisciplinar

CAMINHO TERAPÊUTICO

 Aliança terapêutica;
 Compreender a situação Clínica;
 Conhecer a rede de apoio e, com a maior brevidade possível, entender como se dá o
funcionamento das relações;
 Avaliar a demanda Real;
 Intervir.

FAMILIA NO HOSPITAL

 O adoecimento e a internação de um de seus membros causam nos familiares


sintomas de ansiedade e de estresse exigente a mobilização de recursos para
enfrentamento da crise.
De acordo com Alamy (2003) podemos citar tipos de famílias que ocorrem no processo de
hospitalização:

1. Família simbiótica: é aquela que não deixa o paciente ‘’respirar’’


2. Família Aglutinada: Família unida, onde todos dividem as tarefas
3. Família com características esquizoides: onde existe dissociação, ou seja, mantêm
distância, não ‘’incomodam’’ os médicos, não perguntam.
4. Família com características estáveis: funcionam adequadamente, mantendo vínculo e
apoiando o paciente, sem descompensação psicoafetiva
5. Família com características instáveis: Quando os familiares são de outro lugar onde há
instabilidade dos vínculos e o paciente perde a referência em caso de necessidades.

Para Romano (2012) A primeira dificuldade percebida pela família quando se vê atingida pela
doença e hospitalização de um ente querido é a brusca ruptura do cotidiano, que gera
sentimentos de desproteção, além da interrupção do curso da história.

FUNÇÕES DA FAMILIA COMO SISTEMA DE SUPORTE

 Coletora e disseminadora de informações sobre o mundo;


 Fornecedora de orientação e feedback;
 Fonte de ideologia;
 Guia e mediador na solução de problemas;
 Fonte de serviços práticos e ajuda concreta;
 Refúgio e recuperação;

A FAMÍLIA E A INTERNAÇÃO

Durante a internação os familiares passam por fase de adaptação com a necessidades


diferenciadas e que poderão ser satisfeitas à medida que a família avance na elaboração da
situação de crise:

 Período de flutuação: Caracteriza-se por confusão, stress e incerteza. Nesse momento


os familiares não conseguem perceber suas necessidades, nem as do paciente.
 Período de busca por informação: buscam compreender o que está acontecendo. Se
recebem informações adequadas, tem mais possibilidade de se adaptar.
 Período de acompanhamento da evolução: observam e analisam os detalhes do
cuidado recebido e ficam atentos aos respeitos com que o paciente é tratado.
 Período de busca de recursos: Período em que os familiares procuram suprir suas
necessidades e a do paciente.

SUPORTE PSICOLÓGICO PARA A FAMÍLIA

Os familiares necessitam ser amparados, sentir que não estão sozinhos e que não são únicos
responsáveis pelo bem-estar do paciente. Confiando na equipe de saúde e tendo espaço para
esclarecimento de suas questões, o sofrimento tende a ser amenizado.

Conforme Campo, o psicólogo ajudará a família conscientizando-a da real situação do doente e


da necessidade de tratamento ou hospitalização.

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