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QUE REMEDIAR
1º PERÍDO- FECHAMENTO 1
TUTORA: LUÇANDRA DO ESPÍRITO SANTO
COORDENADORA: SÁDALA
O que a Promoção da Saúde propõe é uma atuação que reverta situações como más
condições socioeconômicas (definidas, por exemplo, por renda per capita menor que o
salário mínimo, moradia com problemas de conforto térmico ou ausência de água e/ou
saneamento básico, ausência de alimentos necessários para a sobrevivência, criam
condições iníquas entre os diferentes grupos da população, gerando diferenças de
condições de vida,) para que a eqüidade seja alcançada, isto é, possam ser criadas
oportunidades para a justiça social, em que diferenças biológicas e de livre escolha sejam
respeitadas, ao mesmo tempo que sejam asseguradas condições mínimas para uma
sobrevivência digna.
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É preciso deixar claro que ao falar de Promover Saúde estamos falando de abolição do
sedentarismo, prática frequente de atividades físicas, alimentação equilibrada e de
qualidade e, por último, mas não menos importante o investimento em saneamento
básico. A Promoção da Saúde busca atingir as causas mais básicas, melhorar a resistência
do indivíduo ou do coletivo, e não apenas evitar que as doenças se manifestem, “trata-se
de um horizonte, de uma imagem-objeto ou de uma utopia” (LEFEVRE, 2007, p.37).
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procedimentos e ações promotoras de saúde e de prevenção de doenças, aplicadas tanto
ao indivíduo quanto à coletividade de pessoas acometidas ou não por doenças
(transmissíveis ou não-transmissíveis), encontram eco no âmbito do conhecimento da
saúde humana.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA :
● Prevenção de incapacidades
● Reabilitação
Se comparada com os outros tipos de prevenção, ela ocupa uma posição diferenciada. Um
espaço onde a doença no paradigma anatomoclínico ( verificar a existência de um estado
mórbido pelo exame anatômico.) não existe, mas a pessoa apresenta sintomas e sente-se
doente.
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Compreendendo o conceito de P4, o próximo passo é entender como utilizá-la na nossa
prática diária. Abaixo temos uma situação clínica que poderia ser conduzida de três formas
diferentes dependendo do olhar do médico.
Uma delas poderia ser concordar com o paciente e solicitar os exames. Essa atitude
poderia reforçar o hábito de realizar exames desnecessários gerando mais adoecimento,
sobrediagnóstico e sobretratamentos.
Uma outra abordagem seria dizer para o paciente que ele não deveria realizar os exames,
pois muitos estudos científicos garantem que o uso de exames desnecessários causam
mais danos do que benefícios e por essa razão não solicitaria os exames. Nesse cenário, o
médico parece ter domínio da medicina baseada em evidência, porém desconsidera o
indivíduo como parte integrante de seu cuidado. A consulta é toda baseada no
conhecimento do médico e a pessoa atua apenas como um expectador. Essa abordagem
não consegue chegar no motivo real que trouxe o paciente ao consultório. Caso seja um
motivo que gere medo ou ansiedade no paciente este não terá espaço para abordar esse
sentimento.
Em nossa prática diária lidamos com situações onde a P4 deveria ser a base para o
raciocínio clínico, onde a tomada de decisão deveria ser compartilhada com o paciente.
Porém, muitas vezes, este acaba sendo negligenciado por uma medicina voltada para
estudos científicos que não refletem a sua realidade. A cada novo dia surgem estudos
baseados em uma medicina defensiva e o distanciamento entre o médico e o paciente é
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cada vez maior. Muitas publicações de sobrediagnóstico e sobretratamento são realizadas
mas acabam sendo utilizados conceitos mais voltados para a medicina anatomoclínica.
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● Excessos de exames complementares
● Medicalização de fatores de risco
Do ponto de vista histórico a prevenção migrou da Saúde Pública para a clínica das doenças.
Assim, a identificação de fatores de risco como parte da prevenção inaugurou uma nova era
na Saúde Pública e na Medicina. Fatores de risco, como a hipertensão arterial, são agora
considerados como "doenças".
O termo "fator de risco" diz respeito a um aspecto do comportamento pessoal, a uma
exposição ambiental ou a uma característica pessoal, biológica ou social em relação à qual
existe evidência epidemiológica de que está associada à determinada condição relacionada
com a saúde, condição essa que se considera importante prevenir. Numa linguagem mais
simples, usa-se o termo "fator de risco" para descrever características (fatores) que estão
associadas positivamente ao risco de desenvolvimento de doença, mas não são
necessariamente fatores causais. Um fator causal é aquele que ficou estabelecido com um
razoável consenso científico como agente causal de uma enfermidade.
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biológicos, os ambientais e os relacionados aos estilos de vida. Propusera, então, ampliar o
campo de atuação da Saúde Pública, priorizando medidas preventivas e programas
educativos que trabalhassem com mudanças comportamentais e de estilos de vida.
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Para Labonte (1996), esse terceiro enfoque corresponde à direção seguida pelos
profissionais da Saúde Pública que se filiam à “nova promoção de saúde”, dirigida aos
fatores gerais, estruturais. São problemas característicos dessa ordem a pobreza, o
desemprego, o estresse, as condições de trabalho e moradia precárias, o envelhecimento
populacional, a violência, o isolamento social, entre outros. Inspirada por estas novas
perspectivas, a promoção de saúde ampliou seu marco referencial e assumiu a saúde
como produção social, passando a valorizar mais intensamente determinantes sócio-
econômicos, a instigar o compromisso político e a fomentar as transformações
sociais.
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A 2ª Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, realizada em Adelaide
(Austrália) em 1988, enfatizou a elaboração de políticas públicas saudáveis. Na
Declaração é afirmado que o principal propósito das políticas públicas saudáveis é a
criação de ambientes físicos e sociais favoráveis à saúde.
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saúde pública, colocando como pré requisitos para a saúde, condições e recursos
fundamentais: a paz, habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável,
recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
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dimensão valorativa-afetiva Repactuar compromissos em torno da solidariedade, da
tolerância, da amorosidade, da esperança, da luta pela igualdade de direitos e pelo direito
a diferença.
Os estados, através dos seus organismos nacionais ou regionais podem e devem criar
planos que comtemplem ações concretas que visem melhorar a condição de saúde das
populações.
Estes planos devem ser elaborados tendo por base o conhecimento das principais doenças
que afetam uma determinada população. Por exemplo, se numa dada região as pessoas
morrem mais por enfarte, então devem ser tomadas medidas no sentido da sua
prevenção. Podemos criar, por exemplo, um plano para fazer chegar informação à
população alertando para os perigos da tensão arterial elevada (um dos fatores com forte
influência na doença), entre outras medidas que se julguem adequadas.
Estes planos devem ser levados a cabo por peritos em saúde pública e nas diferentes
especialidades da saúde.
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trabalho, por exemplo, é hoje em dia um fator preocupante nas empresas e organizações.
Levar a cabo programas de promoção de saúde que permitam combater este flagelo é de
capital importância.
Ações como flexibilização dos horários de trabalho e do local (como o teletrabalho por
exemplo), formação contínua, alargamento de tarefas e rotatividade (nos casos de
trabalhos repetitivos), incentivos ao bom ambiente de trabalho, melhorias na ergonomia,
melhorias nas condições das instalações, incentivo à alimentação saudável nas cantinas
das empresas, incentivos à prática de exercício físico, formação e ajuda no combate ao
stress, incentivo ao abandono do tabaco, etc são exemplos de algumas ações que as
empresas podem levar a cabo, de modo a efetuar a promoção da saúde no local de
trabalho para os seus trabalhadores.
A nível individual, cada vez mais as pessoas revelam preocupação em manter-se saudáveis,
prevenindo determinadas doenças. O homem tem vindo a tomar consciência de que está
nas suas mãos manter-se saudável, devendo, para isso, manter hábitos e práticas que o
conduzam nesse sentido. É exemplo disso, o cuidado com a nutrição, pois como é sabido
uma boa alimentação faz toda a diferença ou o exercício físico que é de enorme
importância na saúde e no bem estar. Ou seja, alimentação e saúde e exercício físico e
saúde são conjuntos de palavras indissociáveis, constituindo dois exemplos de
importantes desígnios na promoção da saúde.
A promoção da saúde está, antes de mais, nas mãos de cada um de nós, uma vez que nos
cabe tomar as decisões diárias que mais influenciam a nossa saúde e bem estar.
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OBJETIVO 5: Explicar a influência dos Determinantes
Sociais de Saúde (DSS) na promoção da saúde.
Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), os DSS são
(OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em
sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações
sintética, ao entende-los como as características sociais dentro das quais a vida transcorre.
vida indica que estes estão fortemente influenciados pelos DSS, pois é muito difícil
mudem de comportamento, mas logo eles serão substituídos por outros (ROSE, 1992).
Para atuar nesse nível de maneira eficaz, são necessárias políticas de abrangência
espaços públicos para a prática de esportes e exercícios físicos, bem como proibição à
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corresponde às comunidades e suas redes de relações. Como já mencionado, os laços
que se constituam em atores sociais e participantes ativos das decisões da vida social. O
FILHO, 2006). O outro modelo, proposto por Diderichsen et al., permite também identificar
políticas busca diminuir os diferenciais de exposição a riscos, tendo como alvo, por
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exemplo, os grupos que vivem em condições de habitação insalubres, trabalham em
resistência a diversas exposições, como por exemplo, a educação das mulheres para
intervenções sobre níveis macro, intermediário ou micro de DSS, com vistas a diminuir as
também acompanhadas por políticas mais gerais de caráter transversal que busquem
indica uma ênfase cada vez maior na atuação sobre os DSS, constituindo importante apoio
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Referências
Promoçã o da saú de. Porque sim e porque ainda nã o! Saude soc. vol.13 no.1 Sã o
Paulo Jan./Apr. 2004
● Artigo scielo: A Saú de e seus Determinantes Sociais, por PAULO MARCHIORI BUSS e
ALBERTO PELLEGRINI FILHO, 2007
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