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Medicina

Preventiva

PROF. ESP. FRANCIELLY BORDON


Doença
Doença é um conjunto de sinais e sintomas
específicos que afetam um ser vivo, alterando o
seu estado normal de saúde. O vocábulo é de
origem latina, em que “dolentia” significa “dor,
padecimento”.
Doença

A doença não pode ser compreendida apenas


por meio das medições fisiopatológicas, pois
quem estabelece o estado da doença é o
sofrimento, a dor, o prazer, enfim os valores e
sentimentos expressos pelo corpo subjetivo
que adoece.
Saúde
“É o estado de completo bem estar
físico, mental e social, e não apenas
a ausência de enfermidade ou
doença.”

(Organização Mundial de Saúde)


Para a saúde, é necessário partir da dimensão do
ser, pois é nele que ocorrem as definições do
normal ou patológico. O considerado normal em
um indivíduo pode não ser em outro; não há rigidez
no processo. Dessa maneira, podemos deduzir que o
ser humano precisa conhecer-se, necessita saber
avaliar as transformações sofridas por seu corpo e
identificar os sinais expressos por ele.
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

As condições sociais, a posição de cada individuo na sociedade, as


condições de habitação e as condições ambientais do peridomicilio, a
existência de restrições no acesso à alimentação e a outros bens
fundamentais para a vida, as atividades realizadas no trabalho e as
condições oferecidas para este trabalho = São a base para o padrão
sanitário da população e base da própria saúde. São fatores que podem
implicar uma serie de riscos á saúde, em geral, estão além da
possibilidade do controle por parte dos indivíduos.
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

Essas condições são


essencialmente determinadas
pela posição dos indivíduos na
hierarquia social e na divisão
social do trabalho e renda
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

Não se trata de negar a


determinação genética das condições
de saúde, mas de precisar o seu peso
em relação
dos determinantes sociais.
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

São varias evidências históricas de graves


problemas de saúde que foram
controlados ou mesmo desapareceram
com a modificação das condições sociais
de vida das populações e a recursos
médicos terapêuticos ou preventivos
contra o problema.
SAÚDE COLETIVA

É a ciência de prevenir a doença, prolongar a


vida e promover a saúde física e mental
mediante esforços organizados da
comunidade para o saneamento básico, o
controle das doenças transmissíveis, a
educação dos indivíduos sobre higiene
pessoal, a organização dos serviços médicos.
MEDICINA PREVENTIVA
A medicina preventiva é voltada para a
prevenção de doenças e agravos existentes
na população, não focalizando apenas a
cura ou tratamento das patologias.
O trabalho de prevenção reflete nas
condições da saúde em geral do paciente,
diminuindo gastos com medicamentos,
aumentando a produtividade, diminuindo
o absenteísmo e na melhora do convívio
familiar.
Leavell e Clark (1965), em seu livro “Medicina Preventiva”,
desenvolvem a teoria da História Natural da Doença (HND).
Segundo os autores todas as doenças têm um curso natural
em que a situação de equilíbrio entre hospedeiro, agente
etiológico e meio ambiente corresponde à saúde.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
O modelo de HND sistematiza diferentes oportunidades de
prevenção que se abrem a cada momento da evolução de uma
doença. Agrupam, então, as ações de prevenção segundo três fases,
correspondentes a cada um dos períodos de evolução da doença
definidos no modelo de HND.

Leavell e Clark
Prevenção primária

É o conjunto de atividades que visam evitar ou remover a exposição


de um indivíduo ou de uma população a um fator de risco ou
agente causal antes que se desenvolva um mecanismo patológico.

Exemplo: Imunizaçõe, saúde ocupacional,


higiene pessoal e do lar, proteção contra
acidentes, aconselhamento genético ,
controle de vetores, etc.
Prevenção secundária
É aquela que tem como finalidade a detecção
de um problema de saúde em um indivíduo ou
em uma população numa fase precoce.

Exemplo: rastreamento de indivíduos doentes,


mas assintomáticos; inquéritos para descoberta
de casos na comunidade; isolamento para
evitar a propagação de doenças.
Prevenção terciária
É aquela que tem como finalidade reduzir os
custos sociais e econômicos dos estados de
doença na população, por meio da
reabilitação, reintegração precoce e da
potencializarão da capacidade funcional
remanescente dos indivíduos.

Exemplo: Tratamento e reabilitação de pessoas


com alguma doença; fisioterapia; terapia
ocupacional;
Prevenção quaternária
Proposto por Jamoulle, Médico de Família e Comunidade Belga, o
conceito de prevenção quaternária almejou sintetizar, de forma
operacional e na linguagem médica, vários critérios e propostas
para o manejo do excesso de intervenção e de medicalização,
tanto diagnóstica quanto terapêutica.

Colocou a prevenção quaternária como um quarto e último tipo de


prevenção, não relacionada ao risco de doenças e sim ao risco de
adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico
e terapêutico e a medicalização desnecessária.
O que vem a ser a prevenção
quaternária?
Prevenção quaternária foi definida como a detecção de
indivíduos em risco de tratamento excessivo, para
protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas
e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis.
Um novo nível de prevenção

U S A R
CA
NÃO s !!!
d a n o
Não expor as pessoas a intervenções
médicas desnecessárias e, possivelmente,
deletérias.
Fazer prevenção quaternária é utilizar
serviços e tecnologias apenas quando for
provável que os benefícios superem os
riscos.
Situações comuns em que o conceito é
aplicável

Excesso de rastreamentos Sobrediagnóstico


Excesso de solicitação de exames ou “overdiagnosis”

Abusos na medicalização de fatores de risco


Criação de doenças (“Disease mongering”)
O rastreamento (ou screening) é a realização de testes ou
de exames diagnósticos em populações/pessoas
assintomáticas, com o objetivo de diagnóstico precoce
(prevenção secundária) ou de identificação e controle de
riscos, visando como objetivo último reduzir a
morbidade e ou a mortalidade da doença, agravo ou
risco rastreado.
A medicalização de estados pré-doença e de
fatores de riscos se torna cada vez mais comum,
incluídas as metas para hipertensão, colesterol,
osteopenia e obesidade.
A perspectiva de comercializar medicações já existentes para
pessoas saudáveis expande enormemente o mercado dessas
drogas, enquanto aumenta os custos para a sociedade e para os
serviços em saúde, além de potencialmente reduzir a qualidade
de vida ao converter pessoas saudáveis em pacientes.
Deve-se ter em conta que podem surgir prejuízos
em função do fato de pessoas assintomáticas, após a
realização do rastreamento, passarem a ser
catalogadas como doentes, com as implicações
sociais de tais intervenções. Surgem nos
rastreamentos os falso-positivos, os efeitos físicos
decorrentes do desconforto provocado pelo
procedimento diagnóstico, assim como os efeitos
psicológicos nas pessoas que, muitas vezes, passam
a se sentir doentes simplesmente pela vivência dos
atendimentos e exames.
OBRIGADO!

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