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Patologias da Polpa e do Periápice

Professor: João Antonio


Polpa dentária

Funções:

Formadora
Polpa coronária • Produção de dentina
Nutritiva
• Vascularização
Defensiva
Polpa Radicular
• Sensibilidade dolorosa
Sensorial
• Resposta aos estímulos nocivos da dor
Patologias da Polpa

Pulpites
Calcificações
Pulpite
Pulpite
Patogeni

Repercutir no tecido Inflamação da polpa


a

pulpar dentária;
Estímulo
Agressivo
(esmalte ou
dentina)
Pulpite

São liberados diversos mediadores


inflamatórios:
-Histamina
-Bradicinina
-Neurocinina
-Neuropeptídios
-Prostaglandinas

Causam: vasodilatação, aumento do fluxo


sanguíneo, extravasamento de vascular,
EDEMA
Pulpite

EDEMA

Aumento na pressão na câmara pulpar

DOR
Pulpite

Causas:

Danos Lesões Irritações Bacterianas


mecânicos térmicas
• Acidentes traumáticos;
• Oclusão
• Preparo de
cavidade sem
•químicas
Uso de ácidos
• Agentes clareadores Cárie
refrigeração; •Materiais
• Polimentos restauradores(Proteção
pulpar)
Pulpite
Classificação
Reversível

Irreversível

Crônica
Hiperplásica
Pulpite

Leve alteração inflamatória

Restauração ou lesão de cárie

Reversível Sintomas característicos:


-Dor provocada;
-Pequena intensidade
-Desaparece com a retirada do
estímulo
Pulpite

Reversível Tratamento

Remoção da causa

Proteção pulpar
Pulpite

Impossível a regressão do seu estado

Estágio inicial:
• Dor aguda com estímulo térmico que
irreversível persiste após remoção do estímulo /
• Dor pode ser espontânea
Pulpite

Tratamento

irreversível
Pulpite

Crianças e adultos jovens

Crônica Grande exposição pulpar

Hiperplásica Tecido de granulação hiperplásico

Dente assintomático
Pulpite

Tratamento

Crônica
Hiperplásica
Pulpite
Calcificações Pulpares

Deposição de tecido mineralizado na cavidade pulpar


Calcificações Pulpares

Comuns, são mais observadas em dentes com


processos de cárie e com traumatismos,
grandes restaurações ou
em indivíduos senis.

http://ead.ict.unesp.br/lamivir/2797_c
a
rie_calcificacao_periodontia/index.htm
Calcificações Pulpares
Polpa Normal
Tratamento
Patogênese

Agente Agressor

Pulpite
reversíve
l Lesões no

periapice
Persistência
Agente Agressor Endodontia
Persistência
Agente Agressor

Pulpite Persistência Necrose Pulpar


Agente Agressor
irreversíve
l
Lesões do Periápice
Lesões do Periápice

As lesões periapicais na maioria das vezes correspondem a


reações inflamatórias decorrentes da necrose pulpar,
traumas e contaminação bacteriana do canal
radicular.
Lesões do Periápice

Pericementites
Abscessos
Celulite (trombose do seio
cavernoso e Angina de
Ludwig)
Granuloma Periapical
Cisto dentário
Lesões do Periápice

Pericementites
Pericementite

(Pericementite apical aguda, periodontite apical aguda)

• Inflamação aguda que se localiza no Periápice dental,


restrita ao ligamento periodontal

• As pericementites podem ter origens traumáticas ou


bacterianas
Pericementite

Etiologia

• Fatores biológicos: bactérias e suas toxinas


• Fatores físicos: trauma, movimento ortodôntico brusco,
restaurações supra-oclusais
• Fatores químicos: produtos químicos (endodontia)
Pericementite

Patogênese

Injúria aos tecidos periapicais


Lesão celular
Liberação de mediadores químicos
Reação inflamatória
• Vasodilatação aumentando a permeabilidade causando
exsudação celular e líquida EDEMA

*Características clínicas em função do edema formado


Pericementite

Pericementite Apical Aguda Traumática

• Vitalidade Pulpar: Positiva


• Dor: localizada, moderada, exacerbada
ao toque vertical e exacerbada à
palpação apical
• Ligeira extrusão dentária: sensação de
dente crescido
• Tratamento: ajuste oclusal
Pericementite

Pericementite Apical Aguda Bacteriana


• Ligeira extrusão dentária
• Sensação de dente crescido
• Ausência de vitalidade pulpar
• Dor: Localizada, intensidade moderada (pulsátil)
e exacerbada ao toque vertical e a palpação
apical
• Características Radiográficas: Pequeno
espessamento
• Tratamento: Endodontia
Pericementite

Diagnóstico:
Pericementite
Pericementite

Tratamento: Abertura
coronária e acesso aos canais
radiculares com posterior
instrumentação e obturação
dos mesmos.
Lesões do Periápice

Abscessos

É um acúmulo de pus que se forma no interior


dos tecidos do corpo.
Abscesso Periapical

Processo infeccioso agudo que atinge os tecidos periapicais caracterizados pela


formação de pus no dente com necrose pulpar

Classificação clínica

• Sintomático
• Assintomático

Alguns pesquisadores classificam como:


Agudos e crônicos, porém não é adequada!!
(2 são respostas inflamatórias agudas)
Abscesso Periapical

Etiologia

Sempre necrose pulpar:

Bacterianos
Fisicos: trauma
Químicos: materiais restauradores
endodônticos

*Extensão da infecção para a região


periapical
Abscesso Periapical

Origem
• Alteração periapical inicial;
• Pericementite;
• Abscesso Fênix

Processo crônico que reagudiza


Abscesso periapical.
Parúlide. Nódulo vermelho-amarelado assintomático Fístula cutânea. Expansão sensível, firme e eritematosa da
na mucosa alveolar em região anterior de mandíbula. pele na região inferior ao corpo mandibular do lado direito.
• Rastreamento de fístula
Histopatologi
a
Neutrofilos misturados com histiócitos .
Abscesso Periapical

Tratamento

1. Combate a fase aguda

2. Tratamento posterior do dente


Abscesso Periapical
Extensão da infecção odontogênica

• Fatores gerais
• Competência imunológica;
• Virulência bacteriana.

• Fatores Locais
• Espessura do osso
• Inserções musculares

• Complicações: Angina de Ludwig


Sinusite maxilar
Septicemia
Osteomielite
Problemas
neurológicos.
Lesões do Periápice

Celulite
Quando um abscesso não é capaz de drenar para a
superfície cutânea ou para o interior da cavidade
bucal.

Ocorre a disseminação para os planos faciais


Celulite

Abscesso dentário
Celulite facial

• Causada pela alta virulência bacteriana e


imunossupressão

Característica clínica: Aumento de volume


em um lado da face, coloração
avermelhada e sensação dolorida.

Tratamento: antibioticoterapia +
trepanação
*Não é possível drenar a celulite.
Celulite

Celulite

Trombose do
seio Angina de
cavernoso Ludwig
Celulite

Aumento edemaciado periorbitário


Trombose do Podem ocorrer Febre, calafrios, sudorese,
seio taquicardia, náuseas e vômitos.
Progressão Alterações no
cavernoso SNC (meningites, abscessos
cerebrais)
Celulite

Trombose do
seio
cavernoso
Celulite

Tratamento

Trombose do Drenagem cirúrgica


Altas doses de ATB
seio Exodontia do dente
cavernoso afetado
Celulite

 Celulite agressiva que se espalha


rapidamente pelo assoalho da
boca, regiões sublingual e
submandibular.
Angina de Origem: molares inferiores.
 tumefação volumosa do pescoço que
Ludwig muitas vezes se estende ate uma região
próxima as clavículas
Celulite

Tratament
Angina de o
Ludwig
Manutenção das vias aéreas

Incisão e drenagem

(flutuação) Antibioticoterapia
Eliminação do foco infeccioso
original
Angina de Ludwig
Celulite agressiva que se espalha rapidamente pelo
assoalho
da boca, regiões sublingual e submandibular.
Origem: molares inferiores.
Características clínicas
• Tumefação volumosa do pescoço;
• Elevação do assoalho da boca e língua;
• Dor no pescoço e assoalho da boca;
• Restrição de movimentos;
• Disfagia;
• Disfonia;
• Sialorréia.
Angina de
Ludwig
Tratamento
• Manutenção das vias
aéreas (traqueostomia);
• Drenagem;
• Antibiótico terapia pesada –
amplo espectro;
• Eliminação do foco de
infecção.
Lesões do Periápice

Granuloma
dentário
Granuloma Periapical

Massa de tecido de granulação crônica ou agudamente


inflamado no ápice de um dente desvitalizado.

Após a necrose pulpar,


as bactérias que estão
dentro do canal
radicular, alcançam o
periápice apenas através
do forame apical.

Esta
denominação de
GRANULOMA

não é totalmente
correta!!
Tecido de granulação!!
• Faz parte de um processo de reparo, formado
por:
Fibroblastos
Miofibroblastos
Vasos sanguíneos neoformados
Macrófagos
Patogênese

Cárie extensa ou
outra agressão
M.O + toxinas Neutrófilos

Granuloma Periapical Agudo


Sem imagem no Rx
Prostaglandinas
Células ativam
inflamatórias osteoclastos
crônicas

Linfócitos
(mediadores)
↓ osteoclastos
↑ fibroblastos e vascularização
Origem

Lesão Inicial
Granuloma
Periapical
Estabilização de
um Abscesso

Cisto
Não são
Abscesso
estático
s Fênix
Características Clínicas e Radiográficas

Na fase inicial pode ocorrer uma dor pulsátil constante nao


localizada.
Teste de vitalidade negativo

Assintomáticos

Representam 75% das lesões apicais

Rx: imagem variável


Características Histopatológicas

Os granulomas periapicais consistem em tecido de granulação,


circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso.
Características Histopatológicas
O tecido de granulação é composto por um infiltrado de
linfócitos denso variável, que é muitas vezes permeado por
neutrófilos, plasmócitos, histiócitos.

Respostas específicas a
invasores, incluindo a produção
de anticorpos
Características Histopatológicas

Histiócitos

São macrófagos que não estão


Ingerem e destoem invasores. em ação.
Características Histopatológicas
E menos frequentemente, mastócitos e eosinófilos
mastócitos
eosinófilos

Liberam substâncias químicas Destroem invasores,


que medeiam respostas particularmente parasitas
inflamatórias e alérgicas. recobertos com anticorpos.
Características Histopatológicas
São encontrados em
Quando um elevado número de processos inflamatórios
plasmócitos está presente, inespecíficos de longa
duração, e atribuídos a
Corpúsculos de Russel produção de imunoglobulinas
podem ser observados. por plasmócitos.

Além disso, um agregado de partículas


levemente basófilicas (Corpúsculos
de pironina) também podem estar
presentes.

Não são específicos para o


granuloma periapical.

http://anatpat.unicamp.br
Características Histopatológicas

Não são específicos para o


granuloma periapical.

http://anatpat.unicamp.br
Características Histopatológicas
Os Restos Epiteliais de Malassez podem ser
identificados no tecido de granulação.

Coleções de cristais de colesterol, áreas hemorrágicas e


hemossiderina também podem ser observados.
Características Histopatológicas

Figura 1. Granuloma periapical. Tecido conjuntivo


permeado por infiltrado inflamatório denso (HE, 10x).
Características Histopatológicas

Figura 2. Granuloma periapical. Área mostrando


macrófagos espumosos e fendas de cristais de
colesterol (HE, 10x).
Características Histopatológicas

Figura 3. Granuloma periapical. Detalhe dos


macrófagos espumosos (HE, 40x).
Características Histopatológicas

Figura 4. Granuloma periapical. Infiltrado inflamatório


predominantemente plasmocitário (HE, 40x).
Características Histopatológicas

Figura 5. Granuloma periapical. Tecido de granulação


com infiltrado inflamatório misto (plasmócitos,
linfócitos e histiócitos).
Características Histopatológicas
http://ead.ict.unesp.br/lamivir/pb_15/index.htm
Tratament
o
 Endodontia e acompanhamento
 Exodontia dependendo das condições do elemento dentário
Cisto radicular
O que é cisto?

Uma Cavidade patológica revestida


por epitélio, e no interior pode ter
conteúdo líquido,
fluido ou semi-sólido e que
apresenta uma cápsula de tecido
conjuntivo fibroso.
Cisto radicular
Mais comum

Cisto de origem
inflamatória que se surge
após a NECROSE PULPAR
Cistos de Origem Inflamatória
Cisto
Radicular
• Periapical
• Lateral

Cisto
Residual
Cisto radicular
Patogenia:

Estimular os Restos Que se proliferam


Granuloma Epiteliais de Malassez fomando uma esfera

Pressão Hidrostatica As células do centro da


(osmose) esfera ficam sem
nutrientes, morrem
formando uma
cavidade
Bainha epitelial de Hertwig
Restos epiteliais de Mallassez
Granuloma Proliferaçã
Estimula
Periapical o
Epitelial

Escassez de Necrose Aumento da


nutrientes central pressão

Atração de Formação
líquidos do cisto
Cisto radicular
Cisto radicular
 Prevalência: metade a ¾ de todos cistos maxilares
 3° - 4°década de vida
 Crescem lentamente e não atingem grandes proporções
 Maioria: menos de 2 cm
 Variações observadas após remoção completa:
 Cisto Baia
 Cisto Verdadeiro
Cisto radicular

Assintomático – pode agudizar


Teste de vitalidade pulpar: negativo
Pode ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes
Revestimento epitelial Revestimento epitelial
incompleto Completo

Cisto Baia Cisto Verdadeiro


Características Histopatológicas

 Epitélio pode apresentar espongiose, exocitose e hiperplasia


 Lúmen com líquido e células descamadas
 Presença de infiltrado crônico inflamatório e cristais de colesterol
 Corpúsculos de Rushton e Russel
 Hemossiderina
Cisto periapical. Revestimento epitelial escamoso do
cisto exibindo diversos corpúsculos de Rushton irregulares
e curvilíneos.
Cristais de colesterol
Corpúsculos de Russel:
Imunoglobulinas secretadas por
plasmocitos
Cisto Periapical

Tratamento
 Endodontia + proservação

 Exo

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