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DIAGNÓSTICO CLÍNICO, EVOLUÇÃO E

IMPLICAÇÃO DAS DOENÇAS PULPARES E


PERIRRADICULARES

Maria Cleide da F. Azevedo


OBJETIVO
➢ Compreender a sequência ordenada de etapas para o
diagnóstico

➢ Identificar as causas

➢ Classificar as patologias de origem Pulpar e


Perirradicular
Conhecimento
Científico

Lógica

Raciocínio

(LOPES; SIQUEIRA, 2015)


DIAGNÓSTICO
(LEMOS, 2001)
(ESTRELA, 2004)
CARACTERÍSTICAS DA DOR

• Surgimento: Espontânea, Provocada;


• Natureza: Curta, Prolongada;
• Sede da dor: Localizada, difusa;
• Qualidade da dor: Pulsátil ou não;
• Frequência: Intermitente, contínua
• Intensidade: Leve, moderada ou Severa

• (ESTRELA, 2004)
(ESTRELA, 2004)
Exame Físico Extra-oral
Inspeção extra-oral Palpação extra-oral

Fonte: (BRAZ, 2019) Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm


Exame Físico Intra-oral
Inspeção Intra-oral Palpação Intra-oral

Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm
Exame Físico Intra-oral
Percussão Sondagem

Fonte: (BRAZ, 2019) http://www.lucianolealodontologia.com/


Exame Físico Intra-oral
Mobilidade
✓Graus da mobilidade:
•Grau 1: ligeiramente maior que
o normal
•Grau 2: moderadamente maior
que o normal
•Grau 3: mobilidade grave VL e
MD, combinada com
deslocamento vertical
http://www.lucianolealodontologia.com/
(ESTRELA, 2004)
Teste Térmico

➢ Teste de sensibilidade pulpar


ao frio-Substâncias refrigerentes
✓ Bastão de gelo
✓ Substâncias refrigerentes
Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm
(Diclorodifluorometano-DDM)
(Tetrafluoretano)
(Butano)

Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm (LOPES; SIQUEIRA, 2015)


Teste Térmico

➢ Teste de sensibilidade
pulpar ao calor
✓ ÁGUA MORNA
Fonte:http://www.endo-e.com/images/diagnostico/diagnostico.htm

✓ BASTÃO DE GUTTA-
PERCHA AQUECIDA
(LOPES; SIQUEIRA, 2015)
Outros Testes
➢ Teste pela anestesia
✓ DENTE ALGÓGENO
✓ DENTE SINÁLGICO

➢ Teste com Pulp Tester


➢ UTILIZA O PULP TESTER

(LOPES; SIQUEIRA, 2015)

➢ Teste de Cavidade

FOP-UNICAMP
Outros Testes
➢ Teste de mordida

(LOPES; SIQUEIRA, 2015)


Exame Radiográfico
FISTULOMETRIA
Exame AUXILIAR no
diagnóstico endodôntico

-Presta informações relativas


às estruturas dentárias e
anexos

-Não são conclusivas quanto à


vitalidade pulpar GADÊ-NETO
Exames Complementares

➢ Exame Hematológico

➢ Biópsia

➢Tomografia Computadorizada

➢Microscópio Operatório (LOPES; SIQUEIRA, 2015)


Etiologia das alterações pulpares

QUÍMICOS Fatores
FÍSICOS fisiológicos

BIOLÓGICOS
Patologias Pulpares
DIAGNÓSTICO PULPAR
Polpa Normal

Pulpite Reversível

Pulpite Irreversível Sintomática

Pulpite Irreversível Assintomática

Necrose Pulpar

Previamente Tratado

Terapia Previamente Iniciada


Nomenclatura – AAE/ABE (2013)
DIAGNÓSTICO PULPAR

➢ Assintomática
➢Resposta cessa logo que o
POLPA NORMAL estímulo é removido
➢ Ausência de dor à percussão e
palpação
DIAGNÓSTICO PULPAR

➢Radiograficamente câmara
pulpar e canal radicular bem
delineados
➢ Lâmina dura bem definida,
POLPA NORMAL
sem interrupção
➢ Ausência de calcificação ou
reabsorção radicular
DIAGNÓSTICO PULPAR ➢Causas – cáries incipientes,
erosão cervical, desgaste
oclusal, preparos cavitários,
materiais restauradores,
curetagem periodontal
profunda, fraturas de esmalte
Pulpite Reversível com exposição de túbulos
dentinários
➢ Pode progredir para pulpite
irreversível
DIAGNÓSTICO PULPAR

➢ É uma inflamação não


severa da polpa
Pulpite Reversível
➢Dor apenas provocada
➢Remoção da causa
DIAGNÓSTICO PULPAR

(LOPES; SIQUEIRA, 2004)

Pulpite Reversível

Leonardo, 2008
 É uma inflamação severa que
DIAGNÓSTICO PULPAR não regredirá mesmo se a causa
for removida
Restauração ou lesão de cárie
extensa
CALOR – positivo.
FRIO –
Pulpite Irreversível
✓ Estágios iniciais positiva
Sintomática
✓ Estágios mais avançados não há
resposta positiva
✓ alívio da dor, graças ao seu
efeito vasoconstrictor.
É frequentemente uma sequela e uma
DIAGNÓSTICO PULPAR evolução de uma pulpite reversível

Cárie, remoção extensa de dentina


durante os procedimentos operatórios,
traumatismo e movimentações
ortodônticas podem ser agentes causais

Pulpite Irreversível Dor espontânea,


intermitente ou contínua
irradiada,

Sintomática Dor muitas vezes não aliviada com o


uso de analgésicos comuns

Dor ao deitar (aumento da pressão


intra-pulpar)
DIAGNÓSTICO PULPAR

Leonardo, 2008

Pulpite Irreversível
Leonardo, 2008

Sintomática

(BRAZ,2015)
DIAGNÓSTICO PULPAR

Pulpite Irreversível PULPITE HIPERPLÁSICA


Assintomática PÓLIPO PULPAR
Conversão de uma pulpite
DIAGNÓSTICO PULPAR
sintomática

Pulpite Irreversível Inflamação da polpa torna-


Assintomática se crônica

Resultado da exposição
pulpar que permite a
drenagem do exudato
inflamatório
DIAGNÓSTICO PULPAR
Crescimento do tecido pulpar de
polpas jovens com inflamação
Pulpite Irreversível crônica
Assintomática
Natureza proliferativa deste tipo
de polpa irritação crônica de baixa
intensidade e à vascularização
abundante da polpa
Dor a mastigação
DIAGNÓSTICO PULPAR

Leonardo, 2008
Azevedo,2020

Pulpite Irreversível
Assintomática
Gadê-Neto, 2019
DIAGNÓSTICO PULPAR •Resulta da
interrupção
demorada de
suprimento sanguíneo
NECROSE
para a polpa, advinda
do processo
inflamatório.
(Lopes; Siqueira Jr., 2004)
DIAGNÓSTICO PULPAR

http://www.odontologiasanmartin.com.br

NECROSE

Estrela, 2004
Alterações Pulpares
Pulpite Reversível

Pulpite Irreversível Sintomática

Pulpite Irreversível Assintomática

Pulpite Irreversível Assintomática Hiperplásica

Necrose Pulpar
Alterações Periapicais
ALTERAÇÕES
PERIAPICAIS

FOP-Endo-UNICAMP (Adaptação Ademar Takahama Jr. de ANDREASEN)


Diagnóstico Diferencial
DIAGNÓSTICO APICAL
Tecidos Apicais Normais

Periodontite Apical Sintomática

Periodontite Apical Assintomática

Abcesso Apical Crônico

Abcesso Apical Agudo

Osteíte Condensante

Nomenclatura – AAE/ABE (2013)


Necrose
PERIODONTITE PERIODONTITE
APICAL AGUDA APICAL CRÔNICA

ABCESSO PERIAPICAL Granuloma ABCESSO PERIAPICAL


AGUDO PERIAPICAL Crônico
Cisto
PERIAPICAL
ALTERAÇÃO PERIAPICAL

Resposta inflamatória dos tecidos perirradiculares


à agressão

AGUDA

PERIODONTITE
ABSCESSO
APICAL
PERIODONTITE
APICAL AGUDA

SINAIS E SINTOMAS – desconforto espontâneo moderado a severo,


dor à mastigação ou contato oclusal. Sensação de dente crescido
FRIO e QUENTE – usualmente negativo. Nas raras vezes em que esta
patologia for uma extensão de uma pulpite, os testes serão similares ao
da pulpite irreversível.
PERCUSSÃO – positivo
PALPAÇÃO – positivo ou negativo dependendo da extenção da
resposta inflamatória
RADIOGRAFIA – aumento do espaço do ligamento periodontal
DIAGNÓSTICO APICAL OU PERIRRADICULARES

✓Dor: localizada, pulsátil, contínua e


exacerbada ao toque vertical
Periodontite
Apical ✓Na palpação tem uma leve sensibilidade dolorosa
Sintomática
✓Na percussão vertical a dor é exacerbada

✓Ligamento Periodontal espessado


PERIODONTITE
APICAL CRÔNICA

Resulta da necrose pulpar e geralmente é uma


seqüela da Periodontite Apical Aguda.

Todavia, se o agente agressor for inicialmente de


baixa intensidade, a inflamação crônica no ligamento
periodontal se estabelece sem ser precedida por uma
resposta inflamatória aguda

FOP-UNICAMP
DIAGNÓSTICO APICAL OU PERIRRADICULARES

✓Radiolucidez Apical
Periodontite
Apical
Assintomática

Gadê Neto
Abcesso Perirradicular Aguda

É formado pela presença de exudato purulento local na


região periapical
• Fases:
Inicial ausência de edema
Em evolução clínica edema consistente sem flutuação
Evoluído edema flutuante
Abcesso Perirradicular
Aguda

FOP-Endo-UNICAMP (Adaptação Ademar Takahama Jr. de ANDREASEN)


É formado pela presença
Abcesso agudo de exsudato purulento local na
região periapical
• Fases:

Inicial ausência de edema


Em evolução clínica edema
consistente sem flutuação
Evoluído edema flutuante
• Fase Inicial:
Abcesso agudo
✓ Dor lancinante, espontânea, pulsátil e
localizada
✓ Sensível à percussão e à palpação
✓ Poderá apresentar algum
grau de mobilidade
✓ Ausência de edema
Fase Abcesso em evolução clínica :
✓ Grau de mobilidade maior
que a fase inicial
✓ Edema consistente e sem flutuação
Fase Abcesso Evoluído:
Abcesso agudo
Características clínicas

✓ Dor menos intensa


✓ Mobilidade
✓ Cefaleia, febre e
prostração
✓ Edema flutuante
Fase Abcesso Evoluído:
Abcesso agudo
Radiograficamente
Aspecto radiográfico
Normal (por ser agudo)
ABSCESSO EXTRA ORAL
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

Antibióticos só devem ser prescritos


em casos de abscesso quando:

Trombose do seio cavernoso


✓Há o desenvolvimento de edema

Angina de Ludwig
generalizado, difuso (celulite);

✓Há envolvimento sistêmico, como


febre, mal estar e linfadenite
regional;

n
ANGINA DE LUDWIG

 A angina de Ludwig é um processo infecto-


inflamatório que acomete o assoalho da
boca e o pescoço, com marcado edema
tecidual, ocasionando severas dificuldades
respiratórias e de deglutição, trismo e
toxemia, podendo ter evolução fatal.
Hueb MM, et al. 2004
FLARE UP

No flare-up é uma Emergência verdadeira que


se desenvolve entre as sessões de Tratamento
Endodôntico, sendo caracterizado por dor e/ou
tumefação.
(LOPES; SIQUEIRA Jr, 2015).

n
DIAGNÓSTICO APICAL OU PERIRRADICULARES

Abcesso
✓Presença de Fístula
Crônico

Fonte: Própria Fonte: Própria Fonte: Própria


ABSCESSO
FÊNIX

É sempre precedido pela periodontite apical crônica. Se a periodontite apical crônica


piora sem uma fístula para aliviar a pressão, sintomas idênticos ao ao do abscesso
apical agudo aparecerão

FOP-UNICAMP
Osteíte Condensante

Crescimento
patológicos dos ossos
Maxilomandibulares
acompanhado de
sintomas clínicos
discretos
GADÊ-NETO
OBRIGADA!
Caso Clínico
OBRIGADA!!!

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