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Anamnese do sistema digest rio

Quadros cl nicos:
Quadros clínicos Fatores de Fatores de piora Diagnósticos
melhora diferenciais
Doença do • Pirose Ingestão de água, Dor desencadeada Angina de peito
refluxo • Regurgitação medicamentos pela ingestão de Úlcera péptica
Dispepsia (antiácidos, IBP) alimentos. Megaesôfago
gastroesofágico
Eructação Dor piora quando Colelitíase
(DRGE) Sialorreia deita após refeições,
Halitose ingestão de
• Odinofagia e disfagia alimentos
(sinais de alarme) gordurosos,
condimenta]dos,
ácidos.
Epigastralgia (azia) Uso de antiácidos, • Jejum DRGE
Empachamento pós IBP • Alimentação: Colelitíase
prandial Evitar jejum alimentos Pancreatite
Saciedade precoce prolongado gordurosos, Neoplasia
Diminuir ingestão condimentados,
Sinais de alarme: de alimentos ácidos.
Odinofagia condimentados,
Disfagia ácidos, gordurosos.
Hematêmese
Melena
Úlcera péptica Hematoquezia

As úlceras duodenais
são mais frequentes
que as gástricas, e
predominam em
pacientes com idade
entre 20 e 50 anos. Já
as úlceras gástricas são
raras antes dos 40 anos.

Apendicite Nas primeiras 4 à 6 Ficar em repouso Movimentação ou Diverticulite


aguda horas: dorperiumbilical Analgésicos podem aumento da pressão pielonefrite
ou epigástrica, em reduzir a dor. intra-abdominal gravidez tubária
cólica, de leve Sinal de Blumberg abscesso
intensidade. (Dor ou piora da dor tuboovariano
Posteriormente: dor Incidência em: à compressão e endometrite.
localiza-se no Crianças, descompressão
quadrante inferior adolescentes e súbita do ponto de
direito. adultos jovens McBurney)
Anorexia, náuseas e
vômitos
Diarreia, constipação
Febre baixa
Perfuração
Febre alta, taquicardia,
dor difusa.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Quadros clínicos Fatores de gFatores de Diagnósticos
melhora piora diferenciais
Dor no quadrante Ficar em Pielonefrite, Causas:
inferior esquerdo repouso Movimentação apendicite A pressão
Anorexia Analgésicos ou aumento da doença intraluminal
Náuseas e vômitos podem reduzir a pressão intra- inflamatória aumentada ou
Febre baixa dor. abdominal. pélvica (abscesso partículas de
Diverticulite Alteração do hábito Dor à tubo-ovariano comida espessadas
intestinal: diarreia ou descompressão endometrite) podem causar
aguda
constipação brusca. gravidez erosão na parede
Disúria tubária diverticular, que
Hematoquezia. Aumenta colite progride para
com idade isquêmica inflamação, necrose
sendo mais neoplasia focal e perfuração
comum em (micro ou
indivíduos macroscópica)
acima de 60
anos.
Divertículos
são mais
comuns no
cólon
sigmoide.
Dor epigástrica Analgésicos Alimentação Úlcera péptica Importante
intensa irradiando para (melhora (perfurada), perguntar:
o dorso associada à parcial). Posição colecistite, Faz uso abusivo
náuseas e vômitos de prece obstrução de álcool?
intensos (o vômito não maometana. intestinal Já foi diagnosticado
alivia a dor). com litíasebiliar?
Dor em fincada. Faz uso de algum
Geralmente de início medicamento
súbito com piora lenta, controlado?
Pancreatite de forma contínua, até Apresenta
aguda atingir um nível alguma
máximo. comorbidade? Ex:
Pode ter febre hipertrigliceridemia,
decorrente no processo diabetes,
inflamatório, mais hipertireoidismo
tardiamente, de História recente
infecção associada. de trauma
Icterícia pode ser abdominal?
notada em alguns HF de neoplasia
pacientes. de pâncreas?
Anorexia HF de
pancreatite?

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Quadros clínicos Fatores de Fatores de Diagnósticos Considerações
melhora piora diferenciais importantes
Fase inicial: sintomas Importante
influenza-like. perguntar:
Febre, fadiga, Faz uso de algum
mialgia, anorexia, medicamento?
náuseas, vômitos Comorbidades?
(menos intensos do Faz uso abusivo
que na pancreatite), de álcool?
cefaleia. Presença de
Desconforto no colelitíase?
quadrante superior Viagens
Hepatite viral direito. recentes?
aguda Fase ictérica: fase Condições de
mais prolongada. moradia
Icterícia, Colúria, (saneamento
Acolia fecal (icterícia básico)?
grave), piora das Vida sexual
náuseas e fadiga, ativa? Uso de
perda de peso. preservativo?
Múltiplo
parceiros(as)?
Transfusão de
sangue recente?
Acidente com
material biológico
recente?
Sintomas só ocorrem Repouso Alimentação, • Úlcera Fatores de risco:
em 1/3 dos casos. Analgésicos principalmente péptica Obesidade, sexo
Dor no quadrante gordurosa • Hepatite feminino, parentes
Colelitíase superior direito ou, • Pancreatite de primeiro grau,
epigastrio, que pode gravidez,
• Apendicite
irradiar para a multiparidade,
Também chamada • Isquemia
de colecistolitíase, escápula direita ou medicamentos,
miocárdica
calculose biliar ou ombro direito. É dieta gordurosa.
imprevisível, intensa • Pneumonia
litíase da vesícula • Neoplasia da
biliar, é uma e geralmente Causas:
constante. vesícula biliar
enfermidade que • Produção de bile
Qualidade: em • Cálculos
se manifesta por renais supersaturada
cálculos de fisgada ou aperto. com colesterol
Dor: conhecida
colesterol e/ou • Diminuição do
pigmentares como cólica biliar
teor de
formados e retidos (mas não é cólica
fosfolipídios ou de
na vesícula biliar. verdadeira). Duração
ácidos biliares na
de 1 a 6h.
bile
Náuseas, vômitos e
dispepsia. • Estase biliar
• Infecção biliar
(colangite)
•Doença
hemolítica

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Início: Dor no Tratar a Movimentação • Pancreatite Causa
quadrante superior colecistite: ou aumento da • Úlcera Fatores de risco:
Colecistite direito ou epigástrio, antibióticos, pressão intra- péptica • Colelitíase;
aguda podendo irradiar-se cirurgia, abdominal. • Diverticulite • Pacientes graves
para escápula direita analgesia Sinal de
• Pielonefrite em UTI;
Inflamação aguda ou ombro direito. (melhora Murphy;
• Pneumonia • Parasitoses;
ou crônica da Semelhante a parcial).
vesícula biliar, colelitíase, porém • Abscesso •
com duração hepático Politraumatismos
quase sempre
secundária a superior à 24h. • Neoplasias • Grandes
cálculos biliares. Anorexia, náuseas, hepáticas • Queimados
Ocorre com maior vômitos, febre. • Síndrome do
frequência após a Posteriormente: intestino
4a década de vida. Irritação peritoneal irritável
no QSD. • Apendicite.

namnese do sistema geniturinário


Glossário e sinais cl nicos:
Oligúria: diminuição da diurese (<400 ml/ dia)
Anúria: diminuição ou supressão da secreção urinária. (<100ml/dia)
Poliúria: Aumento da diurese e da frequência urinária (> 2500ml/dia).
Polaciúria: Aumento da frequência urinária e diminuição da diurese.
Algúria: dor ao urinar
Disúria: dificuldade, desconforto ao urinar.
Hesitação: Intervalo maior para que apareça o jato urinário. Geralmente por
obstrução da saída.
Urgência: necessidade súbita e imperiosa de urinar podendo ter esvaziamento
involuntário da bexiga.
Noctúria/nictúria: necessidade de esvaziar a bexiga durante a noite.
Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga.
Causas: obstrução da uretra ou colo vesical; neurológicas.
Incontinência urinária: eliminação involuntária da urina.

Causas: alteração dos mecanismos de contenção de urina, bexiga neurogênica, ITU.

Colúria: ina c de c ca c la => hi e bili binemia di e a.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Hematúria: sangue na urina. Macro ou microscópica.
Piúria (urina turva): pús na urina. Acompanhada de odor fétido.
Dor renal: Dor no flanco ou abaixo da rebordo costal posterior, próxima do ângulo
costovertebral. Pode irradiar-se para frente, na direção do umbigo. Dor do tipo
visceral, produzida pela distensão da cápsula renal. Dor surda, constante e
persistente.
Cólica renal: Dor lombar de forte intensidade, associada a mal estar geral,
inquietude, sudorese, náusea e vômitos. Acomete o quadrante inferior do
abdome do mesmo lado. Pode irradiar para a região superior da coxa, testículos
ou grandes lábios.
Causa: obstrução do trato urinário alto com dilatação súbita da pelve renal ou
ureter, com contração da musculatura lisa.
Desaparecimento súbito da dor: desobstrução natural.
Urolitíase: é uma desordem do trato urinário e ocorre devido a formação de
cristais e ou cálculos que se agregam de forma sólida, sendo denominados como
urólitos e/ou cálculos urinários.

Quadro clínico Diagnósticos Considerações importantes


diferenciais
Cistite aguda Sintomas irritativos: Pielonefrite Infecção da bexiga, ascendente.
polaciúria, urgência, Prostatite,
Reação disúria, retenção urinária. Vulvovaginite, DIP
inflamatória Desconforto Irradiação pélvica
aguda causada suprapúbico. Carcinoma de bexiga
por agentes Gotejamento pós Bexiga irritável
infecciosos miccional
(vírus, bactérias, Piúria, urina com odor
fungos) ou fétido, hematúria (macro
substâncias ou micro).
químicas. Ausência de febre e
outros sinais sistêmicos.
Dor uretral. Pielonefrite
Disúria, polaciúria, Prostatite
tenesmo vesical. Vulvovaginite
Uretrite
Corrimento uretral DIP
aguda mucoso ou purulento Irradiação pélvica
Diurese com odor Carcinoma de
fétido. bexiga.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Pielonefrite Febre, calafrios Urolitíase Infecção do parênquima renal ascendente
aguda Dor lombar (sinal de apendicite
Giordano); colecistite Causas: Escherichia coli (75% dos
Urgência, polaciúria, diverticulite casos), Klebsiella, Enterococcus, Proteus
Infecção
disúria; prostatite mirabilis, Enterobacter, Staphylococcus, Serratia
compreendendo
Náusea, vômitos, pancreatite , Mycoplasma
o parênquima
diarreia;
renal e o
Palpitações;
sistema coletor.
Piúria, hematúria, urina
Pode ser aguda
com odor fétido.
ou crônica.

Dor perineal, sacral e Pielonefrite Infecção da próstata ascendente.


supra-púbica; epididimite,
Febre; diverticulite, Causas:
Sintomas irritativos; neoplasia de E.coli, Pseudomonas sp., Klebsiella sp., Proteus s
Prostatite Sintomas obstrutivos e próstata p., Streptococcus faecalis, Staphylococcus
aguda retenção urinária; hiperplasia aureus, Neisseria gonorrhoeae, clamídia.
Sensibilidade prostática prostática benigna.
(dor ao toque);
Piúria, hematúria, urina
com odor fétido.
Hiperplasia • Polaciúria Câncer da próstata
prostática Nictúria Litíase uretral
Urgência Bexiga neurogênica
benigna
Incontinência Prostatite
Hesitação Uretrite
Crescimento Tenesmo vesical Neoplasia
nodular da Gotejamento pos- (carcinoma vesical).
próstata, miccional
causando graus Incontinência urinaria
variados de
obstrução
uretral com
dificuldade de
esvaziamento
vesical.

Semiologia Ginecol gica:


Ciclo menstrual
Idade menarca.
Duração do ciclo menstrual (comparar com ciclos anteriores).
Regularidade.
Volume do fluxo.
Sintomas associados (dor suprapúbica em cólica, sudorese, náuseas, cefaleia).
Sintomas pré-menstruais.
Uso de medicações contraceptivas

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Sexualidade
Avaliar orientação sexual.
Conhecimento de parceria fixa.
Número de parceiros/tempo fixo (mês/6 meses/12 meses).
Passado de DST.
Uso de métodos de barreira.
Hábito de realizar de forma periódica exames para DST

História obstétrica
G P (c e n) A.
Intercorrências no parto.
Necessidade de transfusão de sangue.
Idade dos filhos (atual).
Realização de salpingotripsia.

Não esquecer de perguntar


Data do último exame preventivo se for o caso.
Data da última mamografia se for o caso.
Há história familiar de neoplasia mama/ovário/útero?

Anormalidades prevalentes
Alteração do fluxo menstrual
Hipermenorreia (menorragia);
Hipomenorreia;
Amenorreia: Pode ser primaria, após os 14 anos sem caracteres sexuais
secundários ou após os 16 anos, independentemente da existência de
caracteres sexuais secundários, ou secundária, falta de menstruação por pelo
menos 3 ciclos consecutivos.
Pode ter como causas: amamentação, menopausa, gestação, Síndrome do
hímen imperfurado, Síndrome dos ovários policísticos, hipotireoidismo, dentre
outras

Alterações do ciclo menstrual


Oligomenorreia (intervalo entre os ciclos longo - > 45 dias).
Polimenorreia (intervalo entre os ciclos curto - < 25 dias).

Hemorragia extra menstrual


Espontâneas ou provocadas (esforço ou ato sexual).
Ocasional ou frequente.
Regular ou irregular.
Volume do sangramento
Causas: Uso incorreto de anticoncepcional, tumor benigno de endométrio
(miomas) ou colo de útero, gravidez, tumor maligno de colo de útero ou endométrio,
desregulação hormonal

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Corrimento vaginal (Leucorreia)
Odor, cor, presença de sintomas associados (ardor, prurido).
Fatores desencadeantes: coito, uso de antimicrobiano
Presença de sintomas no cônjuge
Causas: Corrimento fisiológico; candidíase vaginal; vaginose;
DST: tricomoníase, gonorreia, infecção por clamídia, herpes simples.

Dispareunia: dor no ato sexual.

Alterações miccionais: Incontinência urinária

Semiologia Urol gica:


Sempre avaliar
Data do último exame urológico se for o caso.
História familiar de neoplasia de próstata?
Sexualidade.

Questionar a presença de
Sintomas urinários obstrutivos e irritativos
Corrimento
Disfunção sexual: impotência, priapismo (exagero do apetite ou da excitação
sexual) ejaculação precoce.

Anamnese do sistema nervoso


Glossário e sinais cl nicos:
Cognição: É o ato ou processo da aquisição do conhecimento. É a capacidade de
aprender e organizar dados.
Volição: Vontade, voluntária ou involuntária. É o processo cognitivo pelo qual um
indivíduo se decide a praticar uma ação em particular.
Afeto: Representa a capacidade de relacionamento com o outro.
→ ofuscação da vista
Nível de consciência: alerta, sonolento, obnubilado, torporoso, comatoso.
✓ ↳ coma
Orientação: pessoa, tempo e espaço ✓ sem

✓ mau corporais
Agnosia: Perda ou deterioração da capacidade para reconhecer ou identificar
objetos apesar de manterem a função sensorial intacta (visão, audição e tato).
Apraxia: Diminuição da capacidade para executar atividades motoras previamente
aprendidas. A capacidade motora, função sensorial e a compreensão da tarefa
requerida estão intactas.
Ex: pentear o cabelo, dizer adeus acenando com a mão

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Afasia: Dificuldade em se expressar verbalmente e/ou compreender o que está
sendo dito.
Causas: 50% AVC, tumor, infecção e TCE.
Afasia de broca: motora ou de expressão. Paciente apresenta grande
dificuldade em falar, porem a compreensão da linguagem encontra-se
preservada. Pacientes costumam ter consciência do déficit, o que pode levar
à depressão.
Afasia de Wernicke: sensorial ou receptiva. Dificuldade na compreensão da
mensagem falada. A fala é fluente mas faz pouco sentido. Os pacientes falam
o9espontaneamente, mas de modo vago. Pode ter parafasia. Paciente não
tem consciência do déficit.
Afasia de condução: Dificuldade de repetição de sílabas (os fonemas de
uma palavra são trocados). A linguagem de compreensão verbal e a
compreensão escrita estão preservados. Escrita e leitura encontram-se
também comprometidas. O doente não consegue ler alto mas compreende
tudo ou grande parte do que lê. - Discurso rico em parafasias.
Afasia Global: Perda de todas as capacidades de linguagem: compreensão,
fala, leitura e escrita.
Causa: infarto completo no território da artéria cerebral média esquerda.
Prognóstico: reservado
Dislalia: má pronúncia das palavras decorrente de: omissão ou Troca
Disartria: dificuldade na articulação ou pronúncia de palavras. Problema muscular
ou central.
Cefaleia: d de cabe a . Uma da ei a mai f e en e da ica cl nica.
Acomete desde os olhos até o final da implantação dos cabelos.
Primária: migrâneas, cefaleia do tipo tensional, cefaleia em salvas e outras
cefaleias autonômicas trigeminais e cefaleia não associada a lesão estrutural
(primaria ou idiopática em pontada).
Secundária:
Trauma de cabeça e/ou pescoço.
Distúrbios vasculares cranianos (hemorragia intracraniana, trombose de seios
venosos, dissecção de artérias, arterite de células gigantes).

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Distúrbios cranianos não vasculares (tumor, hidrocefalia, meningite,
encefalite, abscesso cerebral). Uso de substâncias ou sua supressão
(abstinência).
Infecção não cefálica (dengue, pneumonia, pielonefrite). Distúrbios
metabólicos (hipoxemia, grandes altitudes).
Distúrbio de crânio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios da face, dentes,
boca.
Transtorno psiquiátrico.

Anamnese do paciente com cefaleia


História da Doença Atual História Patológica História Familiar História Social
Pregressa
Idade de aparecimento. • História de neoplasia Neoplasia Hábitos
Início súbito e/ou recente. • Infecção pelo HIV doença vascular alimentares
Evolução progressiva (dor com piora • Transplantado doenças autoimunes Vícios:
progressiva, episódios cada vez mais • Outras doenças que cefaleia primária. tabagismo
frequentes). causem imunodepressão etilismo
Fatores que desencadearam a dor (ex. lúpus, artrite drogas ilícitas
(estresse, alimento, atividade). Intensidade reumatoide, diabetes, etc.) Atividades
da dor (escala de dor). esportivas
• Trauma
Fatores que pioram a dor (ex. luz, som). Condições de
• Glaucoma
Fatores que aliviam a dor (ex. analgésicos, moradia e
massagem). • Vacinação trabalho
Mudança de padrão (comparado a outros • Mulheres: ciclo menstrual, Lazer
episódios de cefaleia). alterações hormonais
Presença de aura. (menopausa), etc.

Sintomas associados:
Febre
Náuseas e/ou vômitos
Fotofobia, fonofobia
Sintomas neurológicos focais (ex. déficit de
força, anisocoria, desvio de comissura labial,
etc.)
Distúrbios da consciência
Descarga nasal purulenta
Queixas visuais.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Epidemiologia Quadro clinico Fatores preciptantes
Também conhecida Pelo menos duas das seguintes Jejum ou falta de uma das
como “enxaqueca” características: refeições
É uma das causas mais • Localização unilateral. Redução ou excesso de horas
comuns de cefaleia • Qualidade pulsátil. dormidas
recorrente. Esforço físico
• Intensidade moderada ou forte
Acomete 15% das Fadiga
(limitando/impedindo atividades
mulheres e 6% dos Odores
diárias).
homens em um período Distúrbios emocionais (estresse)
de um ano. • Agravamento por atividade física Alteração dos níveis hormonais
Nas crianças não há ou mesmo pelo movimento da (menstruação) Mudanças de
predomínio por sexo. cabeça. clima e altitude
Migrânea Pelo menos um dos sintomas: Bebidas e alimentos
Paciente típico: mulher • Náuseas (87%) e/ou vômitos.
entre 30-50 anos, cujo • Fotofobia e fonofobia.
quadro iniciou-se na
infância ou adolescência, Aura:
havendo um familiar • É o conjunto de manifestações
próximo acometido em neurológicas de origem central, que
60-80% dos casos podem ou não estar relacionados à
cefaleia, surgindo antes ou durante
a crise ou mesmo em sua ausência,
com duração de até uma hora.
Sintomas neurológicos após 5 a 20
min -> CEFALEIA.
• “Enxaqueca clássica” com aura):
20% das migrâneas.
• Exemplos: alterações visuais
(escotomas, escurecimento da
visão), distúrbios da fala e da
linguagem, parestesia perioral, das
mãos ou pés, distúrbios auditivos.
Cefaleia primária mais Pelo menos duas das seguintes
frequente. características da dor:
Prevalência estimada Qualidade de aperto/pressão
entre 40-70%. (não pulsátil).
Cefaleia Pico: 4ª década de vida. Intensidade leve a moderada
tensional Discreto predomínio no (não impede atividades).
sexo feminino (1,2:1). Localização bilateral.
Não é agravada por esforço
físico.
Ambos os seguintes:
Ausência de náuseas ou vômitos.
Fotofobia e fonofobia estão
ausentes ou apenas uma está
presente.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Tonteira:
Vertigem
Pré-síncope
Desequilíbrio
Indefinido

Diante de uma queixa de tonteira temos que pensar nas seguintes causas:

Causas clínicas
Causas cardiológicas
Comprometimento vestibular central
Comprometimento vestibular periférico.

Anamnese tonteira:

Modo de início (abrupto ou lento), relação com movimento ou posição,


sintomas neurológicos, idade.
Fatores desencadeantes: mudanças na posição da cabeça, episódios
espontâneos, infecção viral, estresse, imunossupressão, TCE.
Uso de medicamentos, drogas, álcool.
Para diferenciar rotação de outros sintomas você pode perguntar: a
sensação é de estar no meio de um redemoinho, de um furacão, de um
carrossel ou de estar em barco ou estar pisando em falso?

Principais características Causas


Sensação de desmaio iminente. • Síndrome vasovagal
Associada à palidez, sudorese, • Hipotensão ortostática
taquicardia.
• Arritmia cardíaca
Não estão associadas ao sistema
vestibular.
• Hipoglicemia
Pré sincope Podem ter causas clínicas ou • Hiperventilação
cardiológicas. • Síndrome do pânico
• Induzida por drogas
Síncope por Desordens autonômicas primárias e Queda excessiva da pressão arterial (PA)
hipotensão secundárias, as hipotensões induzidas por quando se assume a posição ortostática
drogas e as depleções de volume.
ortostática
Compreendeas arritmias e as Anemia cerebral causada por assistolia
Síncope cardíaca doençasestruturais do coração. ventricular, bradicardia extrema ou fibrilação
ventricular.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Síncope vasovagal Pródromos como náuseas, vômitos, dor Fisiopatologia não é muito conhecida, mas
(é uma sincope abdominal, sudorese fria, palidez, estímulos como dor, ansiedade e estresse podem
palpitações e tontura podem ocorrer. desencadear uma resposta exacerbada do
neurocardiogenica)
Mais comuns nos jovens. sistema nervoso autônomo, ocorrendo
estimulação vagal e inibição simpática.
• A diminuição dos níveis pressóricos leva a um
estado de hipoperfusão cerebral acarretando
comprometimento da consciência.

Diagn sticos diferenciais para sincope:


Perda transitória da consciência sem hipoperfusão cerebral global:

Crise epiléptica
Ataque isquêmicotransitório(AIT)
Metabólico (Hipoglicemia, alcaloserespiratória porhiperventilação)

Perda do tônus postural sem perda da consciência:

Queda
Pseudosíncope psicogênica

Principais características Causas


Causas periféricas: Lesão estrutural do labirinto
Episódios de ilusão de movimento, ou nervo vestibular com consequente
geralmente rotatórios, decorrentes de desbalanço do tônus vestibular.
súbito desequilíbrio da atividade Neurite vestibular
vestibular. Labirintite viral ou bacteriana
Associada a náuseas e vômitos. Isquemia labiríntica
Pode ser acompanhada de zumbido e Trauma
outros distúrbios auditivos. Doenças que afetam a endolinfa
Não cessa com o fechar dos olhos.
Vertigem
Causas centrais:
AVC
Hematomas de ponte ou cerebelo
Doença neurodegenerativa (esclerose
múltipla) Traumatismo cranioencefálico(TCE)
Tumores
Expresso por dificuldade no caminhar. Pesquisar origem central.
Desequilibrio Associação com sinais neurológicos.

Tradicionalmente, epilepsia é definida pela • Crise não provocada: não há uma causa
Epilepsia ocorrência de duas crises epilépticas não conhecida para a crise
É a predisposição provocadas, separadas por mais de 24 horas.
persistente do
cérebrpara gerar crises Aura epiléptica:
epilépticas recorrentes. São sensações referidas pelo paciente e
que antecedem as crises.
Curta duração(segundos).

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Tipos:
- Somatossensitivas: formigamento,
entorpecimento, sensação de choques,dor,
etc.
- Visuais:escotomas, amaurose.
- Auditivas:som repetitivo e simples.
- Olfatórias:alucinação olfativa ,em geral
desagradável

Crises epilépticas:
Súbitas e transitórias;
Alterações da consciência, eventos motores, sensitivos/sensoriais,
autonômicos ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por um
observador.
Não é em toda crise epiléptica que se perde a consciência.

Sinais e/ou sintomas decorrentes de atividade neuronal síncrona ou


excessiva no cérebro.
Podem ser restritas a uma parte do cérebro (crise focal) ou podem se
espalhar para os dois hemisférios cerebrais (crise generalizada).

Principais características Causas


Grande mal. Período neonatal: doenças congênitas,
Crise epiléptica Crise generalizada. trauma, hipóxia, infecciosa.
Perda súbita da consciência. Crianças entre 3 meses e 5 anos:
tonico-clonica: Os quatro membros são afetados. convulsões febris, infecções.
con ulsão Pode ocorrer sialorreia com liberação de Entre 5-12 anos: genética (epilepsia).
esfíncter. Adultos jovens: TCE, neurocisticercose,
Crise epiléptica do tipo Período pós-ictal: 15 – 30 min => abuso de drogas ilícitas, abstinência
generalizada letargia, confusão mental e sonolência. alcoólica,neoplasias.
Idosos: AVC, TCE, tumores, metabólicas,
doenças neurodegenerativas
Pequeno mal.
Crise de ausência Perda súbita e breve (até 30 segundos) da
Crise epiléptica do tipo consciência, várias vezes ao dia.
generalizada Alterações motoras discretas como piscamento,
automatismos orais e manuais.
Crise focal perceptiva: • Ativação de um grupo de neurônios em
Percepção preservada significa que a pessoa uma parte de um hemisfério cerebral.
está consciente de si e do ambiente durante uma
crise, mesmo que imóvel.
Sintomas motores (clônicos, tônicos), sensoriais
(parestesias, sintomas visuais, auditivos,
olfatórios, autonômicos).
Crises focais Crise focal disperceptivas:
Há comprometimento da percepção em algum
momento da crise, e é marcada por automatismos
faciais com movimentos repetitivos.
Normalmente dura de 45 a 90 segundos.
Período pós-ictal marcadopor desorientação.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Finos ou grosseiros Fisiológicas:
Tremores Frio intenso
Movimentos Semiologia:
involuntários, oscilantes e Ritmo Patológicas:
rítmicos, que Distribuição Parkinson
comprometem uma ou Efeito do movimento, do repouso Tremor essencial
mais partes do corpo Frequência Medicamentos:cafeína,anfetaminas
(membros, cabeça), Tique
produzidos pelas Síndromede abstinência
contrações alternantes e Ansiedadeextrema
irregulares de grupos
musculares antagonistas.

Anamnese do sistema locomotor


Importância da identificação:
Predileção de gênero das doenças do aparelho locomotor:
Sexo Doenças
Gota, espondilite anquilosante, artrite séptica, espondilólise, e
Masculino espondilolistese.
Lupus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, osteoporose, escoliose
Feminino idiopática, luxação congênita de quadril

Predileção de gênero das doenças do aparelho locomotor:


Faixa etária Doenças
Idosos Osteoporose, osteoartrite, metástases ósseas, mieloma múltiplo.

Adultos de meia Gota, Artrite reumatoide, hérnia de disco, metástases, mieloma múltiplo.
idade
Adultos jovens AR, LES, espondilite anquilosante, hérnia de disco, tendinites, tumores
ósseos primários
Adolescentes Escoliose, tumores ósseos primários, cifose

Crianças Febre reumática, artrite crônica juvenil, artrite séptica, osteomielite

Neonatos Luxação congênita do quadril, pé torto congênito, artrite séptica,


osteomielite.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Ocupação:

Atividades que envolvem tarefas repetitivas estão associadas à maior


frequência de tendinites e sinovites.

Profissões que exigem esforço físico pesado, levantamento de peso,


exposição à vibração, postura estática prolongada e realização de
movimentos repetitivos de flexão e rotação da coluna lombar apresentam
risco aumentado para lombalgia e lombociatalgia.

Principais queixas:
Dor
Incapacidade funcional
Deformidade

HD : caracterização da dor muscular e osteoarticular.


Início Data ou época de início do sintoma
Duração Aguda, subaguda, crônica
Modo de inicio Súbito e intenso
Intensidade Leve, moderada ou grave (usar escala de dor)

Frequência Constante ou intermitente

Ritmo diário Matutina, vespertina ou noturna


Localização Difusa, localizada
Irradiação Presente, ausente, área de irradiação
Evolução Progressivo, estático
Fatores Traumatismos, medicações, distúrbios emocionais
desencadeantes
Fatores de alívio e Relação com o posicionamento do corpo, repouso, atividades, medicamentos, tosse,
agravo espirro
Tipo Pontada, agulhada, queimação

Presença de outras
manifestações Rigidez pós-repouso, crepitações
osteoarticulares
Outros sinais e Febre, emagrecimento, alterações no apetite, de marcha, do controle esfincteriano,
sintomas associados labilidade emocional, sinais flogísticos.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Antecedentes pessoais e familiares:
Avaliar comorbidades
Traumatismos prévios
Cirurgias prévias
Doenças previas
Uso prévio e prolongado de corticoide (osteoporose)
Algumas doenças tem predisposição familiar (gota, osteoartrite)

Principais manifestaç es cl nicas:


Lombalgia: dor localizada no dorso, entre a última costela e a prega glútea.
Lombociatalgia: dor irradiada no trajeto do nervo ciático (isquiático), podendo ser uni
ou bilateral.

São causas frequentes de morbidade e incapacidade, acometendo 80% dos adultos (30-35
anos H, 35-40 anos M) em pelo menos um episódio em alguma fase durante a vida.

Pode ser de etiopatogenia congênita, mecânico-postural, neoplásica, inflamatória,


psicogenética, infecciosa, traumática, degenerativa e funcional.

Causas de lombalgia/lombociatalgia:

Causas Principais características Manifestações clinicas


Estiramentos ou Início súbito Lombalgia/lombociatalgia
Lombalgia contraturas musculo- Matutino
ligamentares Leva a postura análgicas.
mecânico- alterações Afecções ortopédicas
postural degenerativas autolimitadas
esqueléticas
combinações entre
as condições acima.

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Esforço físico com a Ocorre geralmente na faixa Dor intensa no local da hérnia, com
coluna em má etária dos 30 aos 40 anos, quase irradiação para os membros superiores ou
posição sempre de modo súbito. inferiores, dependendo da raiz comprimida
Micro traumas Sensação de peso no pescoço e no braço
Hérnia de repetidos ou na região lombar e na perna
disco Impossibilidade ou dificuldade de se
locomover
Posição antálgica
Fratura Osteoporose Prevalência maior em Dor
secunária à pacientes idosos e do sexo Edema
feminino Limitação funcional
osteoporose
deformidade anatômica
Doença Não está associada somente Dor articular associada ao uso
degenerativa das ao envelhecimento Dor em repouso ou noturna
articulações sinoviais Mais prevalente das Rigidez articular pós repouso (< 30 min)
reumatopatias Sensação de insegurança e instabilidade
Fatores de risco: articular
< 45 anos Limitação funcional e incapacidade física
Osteoartrite Sexo feminino
(osteoartrose) Predisposição genética Alterações radiológicas:
Obesidade Presença de osteófitos (bico de papagaio)
Atividades profissionais Redução do espaço articular
e esportivas
Articulações acometidas:
Hálux, coluna vertebral,
interfalangeanas distais e
proximais, joelhos e quadril.
inflamatória Pode evoluir com limitação da Dor lombar baixa de ritmo inflamatório
flexão da coluna vertebral Rigidez matinal prolongada
Acomete preferencialmente: Evolução ascendente (inicia-se na coluna
Espondilite
Adultos jovens (pico entre 20- lombar, com posterior acometimento da
anquilosante 30 anos) coluna cervical – postura do esquiador)
Sexo masculino Artrite leve de grandes articulações e
Brancos membros inferiores (tornozelos, joelhos,
Portadores de HLA B27 coxofemorais)
(antígeno)
Autoimune, Sistêmica Causa deformidade articular (Dedos em
inflamatória Crônica ventania, deformidade em pescoço de cisne
Marcada por períodos de e deformidade em botoeira)
remissão e de atividade Poliartrite simétrica, de pequenas e
Predomina no sexo feminino grandes articulações, com caráter crônico e
(entre 4ª e 6ª década de vida) destrutivo
Tabagismo é um importante Dor, calor e rubor
fator de risco Coluna cervical frequentemente
Prevalência em 1% da envolvida
Artrite
população Rigidez articular matinal durando mais de
reumatoide Com a progressão da doença, horas
há destruição da cartilagem Acometimento de articulações
articular, podendo gerar interfalangianas proximais e
deformidades e levar a metacarpofalangianas em 90% dos casos.
incapacidade para realização de Pode apresentar:
atividades tanto diárias quanto Derrame pleural
profissionais. Nódulos reumatoides
vasculites

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Autoimune crônica, Apresenta períodos de Fadiga (queixa mais prevalente)
que leva ao exacerbações e remissões Polifagia e mialgia (em 95% dos casos)
desenvolvimento de Pode comprometer: pele Artralgias transitórias, simétricas e
Lupus
focos inflamatórios (dermatite), articulações distais (sintomas duram de 1-3 dias em cada
eritematoso em vários tecidos e (artrite) serosas (serosite) articulação) sendo mais comum nas
sistêmico órgãos. glomerulos renais (glomerulite) articulações das mãos, punhos, joelhos e
(LES) e SNC (cerebrite) pés
Acomete na maioria dos casos Rigidez matinal
mulheres jovens (20-40 anos)
9:1
Bactérias, fungos e Fatores de risco que podem Febre alta (39 a 40 ° C)
vírus. desenvolver o quadro: Calafrios
Lesão articular prévia Flogose articular (edema, dor, rubor, calor
(osteoartrite, artrite e limitação funcional)
reumatoide) Perda do arco do movimento
Presença de prótese
Artrite séptica Diabetes mellitus
Idade > 60 anos
Imunodepressão (HIV)
Infecções cutâneas
Uso de cateter venoso
profundo
Hemoglobinopatias
Deposição de Crises acontecem a noite ou de Artrite inflamatória aguda,
cristais de madrugada monoarticular, recorrente, intensa e
monourato de sódio Fatores de risco: autolimitada
(ácido úrico) nas • História familiar Acomete principalmente MMII (Primeiro
articulações, ossos e • Ingestão de bebidas alcoólicas articulação metatarsofalangeana,
Gota tecido subcutâneo, tornozelos e joelhos)
• Cetose
em virtude de seu Presença de tofos
aumento no
• Obesidade
organismo • Hipertensão arterial
• Vasculites
• Diabetes
• Insuficiência renal

Imagens:

Osteoartrite Espondilose anquilosante com limitação da


flexão da coluna vertebral

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Artrite reumatóide

Artrite séptica

Gota

Sabrina Cordeiro A. Rodrigues


Sabrina Cordeiro A. Rodrigues

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