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SAÚDE PÚBLICA
História Natural das Doenças e Processo Saúde – Doença/ Níveis de Prevenção
Natale Souza
Sumário
História Natural das Doenças e Processo Saúde – Doença/Níveis de Prevenção............ 3
1. Introdução...................................................................................................................................... 3
2. Processo Saúde-doença. . ........................................................................................................... 3
3. História Natural da Doença....................................................................................................... 6
4. Promoção da Saúde e Níveis de Prevenção segundo Leavell & Clark............................ 11
Questões de Concurso.................................................................................................................. 14
Gabarito............................................................................................................................................ 18
Gabarito Comentado......................................................................................................................19
Referências Bibliográficas. . ......................................................................................................... 27
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História Natural das Doenças e Processo Saúde – Doença/ Níveis de Prevenção
Natale Souza
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS E PROCESSO SAÚDE
– DOENÇA/NÍVEIS DE PREVENÇÃO
1. Introdução
É impossível falar de saúde e doença sem inserir a epidemiologia. Afinal, ela estuda a fre-
quência e distribuição dos eventos de saúde e dos seus determinantes nas populações huma-
nas, e a aplicação deste estudo na prevenção e controle dos problemas de saúde. Segundo
Rouquayrol (2013), sua finalidade última é contribuir para a melhoria da qualidade de vida e o
seguimento do nível de saúde das coletividades humanas.
Independente de todas as definições estabelecidas a respeito da saúde e doença, sabe-se
que tanto a saúde, quanto a doença, ao longo dos anos, são compreendidas ou enfrentadas se-
gundo as várias formas de existir das sociedades, expressas nas diferentes culturas e formas
de organização. Assim, o processo saúde-doença é considerado como resultante de fatores,
bio-psiquico-sociais.
2. Processo Saúde-doença
Constitui-se das etapas pelas quais passa o indivíduo, ou a população, durante o processo
de adoecimento, levando-se em consideração todas as variáveis que influenciam a saúde e as
doenças, bem como seus desfechos, a cura ou a morte (BRASIL, 2012).
Para melhor compreender – vamos aos conceitos.
Doenças
A doença não pode ser interpretada somente através das medições fisiopatológicas, pois
quem determina o estado da doença são os valores e sentimentos expressos pelo corpo sub-
jetivo que adoece, ou seja, é um sinal das alterações do equilíbrio entre o homem e o ambiente.
Saúde
A saúde não é só o biológico, não é só o individual – ela é tudo isso. Ela é social, ela é a
educação... Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definida como: “Um
estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade”.
A ideia de que a saúde está relacionada com a qualidade de vida ganhou força com a Con-
ferência Internacional sobre Promoção de Saúde, realizada no Canadá em 1986. Esse evento
gerou como produto a Carta de Ottawa, que, no Brasil, teve repercussões importantes na idea-
lização e regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS).
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A saúde é silenciosa em geral não a percebemos em sua plenitude, na maior parte das
vezes, apenas a identificamos quando adoecemos. Ouvir o próprio corpo é uma boa estratégia
para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite preciso entre a saúde e a
doença, mas uma relação de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na
qual “os mesmos fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação,
trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doença, se agem com deter-
minada intensidade, se pesam em excesso ou faltam, se agem sem controle”(BERLINGUER. In:
BRÊTAS; GAMBA, 2006).
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3. modelo sistêmico - Reconhece que fatores políticos e socioeconômicos, fatores cultu-
rais, fatores ambientais e agentes patogênicos estão relacionados sinergicamente de forma
que, ao ser modificado um dos níveis, os demais também serão afetados.
4. modelo mágico-religioso - A concepção de que cabia aos deuses definir o estado de
adoecimento e cura dos homens. Modelo marcado também pela noção de pecado-doença e
redenção-cura.
5. modelo de determinação social da doença - As sucessivas mudanças na forma de pen-
sar a doença, a preocupação com o bem-estar e conceito ampliado de saúde.
As teorias da unicausalidade, da multicausalidade e da determinação do processo
saúde-doença.
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Consoante Brasil (2010), a Tríade Epidemiológica é o modelo tradicional de causalidade
das doenças transmissíveis; nesse, a doença é o resultado da interação entre o agente, o hos-
pedeiro suscetível e o ambiente.
Assim, podemos dizer que a história natural das doenças é um processo que passa pelas
seguintes fases:
• Fase suscetível - Nesta fase ainda não há doença propriamente dita, mas existe o risco
de adoecer.
• Fase de doença subclínica - A doença ainda está no estágio de ausência de sintomas,
mas o organismo apresenta alterações patológicas.
• Fase de doença com manifestações clínicas - A doença já se encontra em estágio adian-
tado, com diferentes graus de acometimento.
• Fase de recuperação, incapacidade ou morte - a doença pode progredir para a morte, ou
as alterações se estabilizam.
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O modelo da HND visa:
• Ao acompanhamento do processo saúde-doença em sua regularidade, compreendendo
as inter-relações do agente causador da doença, do hospedeiro da doença e do meio
ambiente e o processo de desenvolvimento de uma doença.
O sistema de história natural das doenças dividi o processo saúde-doença em dois mo-
mentos: o pré-patogênico e o patogênico. O primeiro, também considerado período epidemio-
lógico, diz respeito à interação entre os fatores do agente, do hospedeiro e do meio ambiente.
O segundo corresponde ao momento quando o homem interage com um estímulo externo,
apresenta sinais e sintomas e submete-se a um tratamento.
• Pré-patogênese - A patologia ainda não está manifesta, os determinantes intrínsecos
ao sujeito estruturam disposições ao adoecimento: são os agentes físicos e químicos,
biopatógenos, agentes nutricionais, agentes genéticos, determinantes econômicos, cul-
turais e psicossociais.
Esse período etiológico está também designado no nível de atenção primária, porque pode-
mos atuar coletivamente agindo com ações de prevenção, promovendo a saúde (com educa-
ção, por exemplo) e fazendo a proteção específica da saúde (por exemplo, com vacinas).
Sociais
• Fatores econômicos
• Políticos
• Culturais
• Psicossociais
Ambientais
• Vetores
• Poluentes
• Estrutura sanitária
• Ocupação desordenada de ambientes naturais, (clima, geografia, hidrografia, desastres
naturais etc.)
Próprios do Susceptível
• Biológicos
• Genéticos
• Imunológicos
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• Patogênese – O processo patológico já se encontra ativo. Período em que a doença
se processa naturalmente no corpo do ser humano, iniciam-se as primeiras alterações
no estado de normalidade, pela atuação de agentes patogênicos. Seguem-se perturba-
ções bioquímicas em nível celular, provocando distúrbios na forma e função de órgãos
e sistemas, evoluindo para as seguintes possibilidades: defeito permanente (sequela),
cronicidade, morte ou cura.
NÃO ESQUEÇA! História natural da doença: refere-se à evolução de uma doença no indiví-
duo através do tempo, na ausência de intervenção.
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expressão severa da doença. Além disso, a depender de inúmeros fatores, o período de pato-
gênese pode ser manifestado de forma aguda ou crônica (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SAN-
TANA, 2013).
O período de desenlace representa a recuperação da saúde (de forma parcial ou completa)
ou a morte.
O período de cura pode ser representado por três momentos: a remoção dos fatores cau-
sais, a convalescença e a recuperação da saúde (ROUQUAYROL; GOLDBAUM; SANTANA, 2013).
Modelo 02
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf
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Modelo 03
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf
Esse modelo assume que os casos clínicos da doença passam por uma fase pré-clínica
detectável e que, na ausência de intervenção, a maioria dos casos pré-clínicos evoluem para a
fase clínica.
A Cadeia Epidemiológica
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/modulo_principios_epidemiologia_2.pdf
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Vamos entender o que é um AGENTE?
Um agente é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença - é considerado
uma causa necessária, porém não suficiente para a produção da doença.
Os agentes podem ser divididos em
• Biológicos - organismos vivos capazes de causar uma infecção ou doença no ser huma-
no e nos animais.
• Não biológicos - os agentes não biológicos, encontram-se os químicos e físicos.
Hospedeiro: é uma pessoa ou animal vivo, incluindo as aves e os artrópodes que, em cir-
cunstâncias naturais, permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso.
Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no orga-
nismo de uma pessoa ou animal.
Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se den-
tro de um hospedeiro.
Período prodrômico: Lapso de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o início dos
sinais ou sintomas com os quais o diagnóstico pode ser estabelecido.
Período latente (sinônimo: período de incubação aplicado a doenças não infecciosas):
Intervalo entre a exposição a agentes químicos tóxicos e o início dos sinais e sintomas
da doença.
Agente: Entidade biológica, física ou química cuja presença ou deficiência é capaz de cau-
sar doença.
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com o agente, o suscetível e o meio ambiente, e com a evolução da doença no acometido
(BRÊTAS, 2006).
O conceito de prevenção é definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da
história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença”. Na década de 70,
foram estabelecidos, por Leavell & Clark (1976), três níveis de prevenção que inter-relacionam
atividade médica e saúde pública.
Prevenção Primária:
• É a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde indi-
vidual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica.
• Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de ativida-
de física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade) (ALMEIDA. et al, 2002).
Prevenção secundária:
• É a ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial, muitas vezes
em estágio subclínico, no indivíduo ou na população, facilitando o diagnóstico definitivo,
o tratamento e reduzindo ou prevenindo sua disseminação e os efeitos de longo prazo
(ex.: rastreamento, diagnóstico precoce) (ALMEIDA. et al, 2002).
Prevenção terciária:
• É a ação implementada para reduzir em um indivíduo ou população os prejuízos funcio-
nais consequentes de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: preve-
nir complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – iam ou acidente vascular
cerebral) (ALMEIDA. et al, 2002).
Prevenção quaternária:
• A prevenção quaternária foi definida de forma direta e simples como - A detecção de
indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas intervenções
médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis (BRASIL, 2010).
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Prevenção quinquenária:
• Prevenir o dano para o paciente, atuando no médico constitui uma prevenção denomina-
da quinquenária – que pretende atuar na prevenção do Burnout.
O burnout é definido como um estado de plena exaustão física e/ou psicológica que germi-
na da produção contínua e intensiva de respostas concertadas perante as elevadas exigências
no local de trabalho (BUCK, C; et al, 1988).
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP) Em relação ao processo saúde-doen-
ça, é correto afirmar:
a) nesse processo, saúde e doença, são duas faces da mesma moeda agindo como fatores
imutáveis, rígidos e abstratos atrelados a forma como o ser humano atende as suas necessi-
dades vitais básicas e as suas relações com a população.
b) deve ser entendido por meio das medições fisiopatológicas estabelecidos pela presença de
sofrimento, dor e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece.
c) ocorre de maneira igual entre os indivíduos, as classes e os povos de mesma origem, que
recebem influência direta do local que esses seres ocupam na sociedade.
d) o conceito de saúde, no processo saúde-doença, é alcançado e estabelecido quando um
indivíduo ou população estão completamente livres de doenças ou enfermidades ao nível bio-
lógico, orgânico, fisiológico ou fisiopatológico.
e) é um dos pontos centrais para os profissionais de saúde que buscam promover a saúde,
cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida,
mesmo quando as limitações se estabelecem.
002. (2018/FUNRIO/AL-RR) O modelo que implica a teoria da interação recíproca entre vários
fatores envolvidos na origem das doenças, como o potencial patogênico do agente agressor, a
suscetibilidade do organismo e o ambiente, é denominado
a) multicausal.
b) sociocultural.
c) organizacional.
d) diferencial
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seu desenvolvimento. A respeito desse modelo, julgue o item subsequente. A história natural
da doença é dividida em período pré-patogênico e período patogênico.
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009. (FUNCAB/2010/SESAP-RN) O modelo da História Natural da Doença define períodos se-
quenciados para o desenvolvimento de uma doença. Um deles é o período de pré-patogênese,
que é caracterizado por:
a) incluir as relações entre agente, hospedeiro e meio ambiente.
b) ser a fase em que as intervenções possíveis são as de prevenção secundária.
c) definir a situação em que pode existir lesões, desde que inaparentes.
d) Englobar o processo de convalescença.
e) delimitar o horizonte clínico.
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b) A prevenção terciária é aquela na qual se estabelece a limitação da invalidez.
c) A prevenção é baseada na história natural da doença.
d) A prevenção secundária é medidas que visam desenvolver a reabilitação da saúde.
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GABARITO
1. e
2. a
3. e
4. C
5. d
6. C
7. e
8. a
9. a
10. c
11. e
12. c
13. c
14. d
15. a
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GABARITO COMENTADO
001. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP) Em relação ao processo saúde-doen-
ça, é correto afirmar:
a) nesse processo, saúde e doença, são duas faces da mesma moeda agindo como fatores
imutáveis, rígidos e abstratos atrelados a forma como o ser humano atende as suas necessi-
dades vitais básicas e as suas relações com a população.
b) deve ser entendido por meio das medições fisiopatológicas estabelecidos pela presença de
sofrimento, dor e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece.
c) ocorre de maneira igual entre os indivíduos, as classes e os povos de mesma origem, que
recebem influência direta do local que esses seres ocupam na sociedade.
d) o conceito de saúde, no processo saúde-doença, é alcançado e estabelecido quando um
indivíduo ou população estão completamente livres de doenças ou enfermidades ao nível bio-
lógico, orgânico, fisiológico ou fisiopatológico.
e) é um dos pontos centrais para os profissionais de saúde que buscam promover a saúde,
cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida,
mesmo quando as limitações se estabelecem.
O processo saúde-doença é um dos pontos centrais para os profissionais da saúde que bus-
cam promover a saúde, cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma
boa qualidade de vida, mesmo quando as limitações se estabelecem. Para essa relação espe-
cial com os usuários, é necessário o aprendizado do uso dos instrumentos e das tecnologias
para o cuidado que compõe a formação desses profissionais.
Letra e.
002. (2018/FUNRIO/AL-RR) O modelo que implica a teoria da interação recíproca entre vários
fatores envolvidos na origem das doenças, como o potencial patogênico do agente agressor, a
suscetibilidade do organismo e o ambiente, é denominado
a) multicausal.
b) sociocultural.
c) organizacional.
d) diferencial
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mico, entende-se o conjunto formado pelos fatores vinculados ao suscetível e ao ambiente,
incluindo aí o agente etiológico, conjunto este dotado de uma organização interna que define
as suas interações e também é responsável pela produção da doença.
Letra a.
A Prevenção Primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema
de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica. Inclui
promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de atividade física para
diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).
Letra e.
O conceito de história natural das doenças é definido como “todas as interrelações do agente,
do hospedeiro e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, des-
de as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer ou-
tro lugar (pré-patogênese), passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações
que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (patogênese)”. Assim, podemos dizer
que a história natural da doença é dividida em período pré-patogênico e período patogênico.
Certo.
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005. (CONPASS/2014/PREFEITURA DE PRATA-PB) A História Natural da Doença (HND) re-
fere-se a uma descrição da progressão ininterrupta de uma doença em um indivíduo desde o
momento da exposição aos agentes causais até a recuperação ou a morte. Na HND, identifique
a seguir o nome do período que se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos
exercem sobre o ser afetado, seguidas das perturbações bioquímicas em nível celular, con-
tinuando com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes,
cronicidade, morte ou cura:
a) Pré-patogênico
b) Risco
c) Prognóstico
d) Patogênico
e) Evolução
O primeiro período da história natural: é a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que
envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios
do suscetível, até que se chegue a uma configuração favorável à instalação da doença.
Certo.
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d) ao período no qual as alterações anatômicas e funcionais se estabilizam, deixando por ve-
zes sequelas.
e) à fase em que a doença se encontra em estágio adiantado, com manifestação dos
seus sintomas.
Na história natural da doença, a fase clínica significa o período em que a doença já se encontra
em estágio adiantado, com diferentes graus de acometimento.
Letra e.
O sistema de história natural das doenças apresenta uma dimensão basicamente qualitati-
va de todo o ciclo, dividindo em dois momentos sequenciais o desenvolvimento do proces-
so saúde-doença: o pré-patogênico e o patogênico. O primeiro, também considerado período
epidemiológico, diz respeito à interação entre os fatores do agente, do hospedeiro e do meio
ambiente. O segundo corresponde ao momento quando o homem interage com um estímulo
externo, apresenta sinais e sintomas e submete-se a um tratamento.
Letra a.
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O período de pré-patogênese - que diz respeito à interação entre os fatores do agente, do hos-
pedeiro e do meio ambiente - também designado no nível de atenção primária, porque pode-
mos atuar coletivamente agindo com ações de prevenção, promovendo a saúde (com educa-
ção, por exemplo) e fazendo a proteção específica da saúde (por exemplo, com vacinas).
Letra c.
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e) É o lapso de tempo que se estende, desde o momento em que surgem as primeiras manifes-
tações da doença, até que os sinais e sintomas característicos da doença se tornem claramen-
te definidos, possibilitando o estabelecimento do diagnóstico.
Período prodrômico significa - Lapso de tempo entre os primeiros sintomas da doença e o iní-
cio dos sinais ou sintomas com os quais o diagnóstico pode ser estabelecido.
Letra e.
O modelo tradicional da história natural da doença e sua relação com os níveis de prevenção
propostos por Level e Clark - é remarcada a importância das diferentes medidas de prevenção
que podem ser realizadas dependendo do momento em que se encontre a doença e deste
modo as atividades de prevenção primárias são efetuadas no período pré-patogênico e são
encaminhadas para promover a saúde e a proteção específica; na prevenção secundária, as
ações são o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a limitação do dano; e a prevenção
terciária está focada na reabilitação.
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Letra c.
A prevenção primária é a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema
de saúde individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica.
• Inclui promoção da saúde e proteção específica (ex.: imunização, orientação de ativida-
de física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade).
Letra d.
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SAÚDE PÚBLICA
História Natural das Doenças e Processo Saúde – Doença/ Níveis de Prevenção
Natale Souza
Letra e.
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História Natural das Doenças e Processo Saúde – Doença/ Níveis de Prevenção
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SAÚDE PÚBLICA
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Natale Souza
Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em 1999; pós-graduada
em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela
FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como Educadora/Pesquisadora
pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em
cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação
do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.
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