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Cristiana Bello Dultra Nogueira

19.2
SAÚDE COLETIVA 2 Subsídios à implantação de programas e serviços de
saúde culturalmente sensíveis e coerentes com as
necessidades da população
SAÚDE COLETIVA X SAÚDE PÚBLICA

Do ponto de vista acadêmico, são sinônimos CAMPO CIENTÍFICO

Saúde pública -> conceito de saúde é a ausência de Relação entre os processos de trabalho e doenças
doença e o objetivo de trabalho são os problemas de graves
saúde no nível da coletividade
Intervenções de grupos e classes sociais sobre a
Saúde coletiva -> objetivos são as necessidades de questão sanitária e investigação sobre o estado
saúde no que tange a melhora da qualidade de vida, sanitário da população
liberdade humana e busca da felicidade
Estudo do fenômeno saúde/doença e a natureza das
Saúde coletiva nasce, no Brasil, de uma reflexão políticas de saúde
crítica feita ABRASCO (Associação Brasileira de
Saúde Coletiva) em 1979 como uma forma de crítica à Investiga a produção e a distribuição das doenças
prática da saúde pública tradicional voltada ao na sociedade como processo de produção e reprodução
combate das doenças, na formação através de
programas e voltada apenas para populações CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DOENÇA
específicas, práticas limitadas, focadas na doença,
sem envolver ações de prevenção e promoção da saúde Historicidade -> tem a ver com seu tempo
ABRASCO 1979: uma área do saber que toma como objeto
as necessidades sociais de saúde (e não apenas as
O QUE CAUSA A SAÚDE?
doenças, os agravos ou os riscos) entendendo a
situação de saúde como um processo social (o
Multiplicidade dos fatores determinantes:
processo saúde doença) relacionado à estrutura da
ambientais, psicológicos, sociais, biológicos etc
sociedade e concebendo as ações de atenção à saúde
como práticas simultaneamente técnicas e sociais Forma de produção e organização social e econômica
e associada ao conhecimento
EPIDEMIOLOGIA
Saúde como ausência de doença, como bem-estar e como
Análise da produção, distribuição e reprodução dos valor
agravos à saúde da população e de sua determinação,
subsidiando políticas e programas de saúde EVOLUÇÃO NAS IDEIAS SOBRE AS CAUSAS DAS DOENÇAS

Investigação das relações entre modos de vida e ANTIGUIDADE CLÁSSICA


saúde, considerando as condições materiais e
psicossociais explicação mágico-religiosa -> Hipócrates aponta a
interação com o ambiente e saúde e elabora a teoria
Inserção no âmbito dos serviços de saúde: vigilância Miasmática (miasmas estavam nos ares)
epidemiológica, sanitária, ambiental, imunização,
planejamento (análise da situação de saúde: perfil É atribuído para Hipócrates o início da investigação
de morbimortalidade etc) científica

PLANEJAMENTO DE GESTÃO IDADE MÉDIA

Produção de tecnologia no âmbito do planejamento em explicação religiosa -> saúde é dádiva e doença é
saúde e da gestão de sistemas de saúde, abrangendo um castigo/ pecado
sistemas de informação, formação de recursos
humanos, financiamento etc RENASCIMENTO

Formulação, implementação, organização e avaliação lógica do pensamento científico -> Descartes postula
de modelos, programas, serviços e procedimentos de um dualismo mente-corpo, o corpo como uma máquina
atenção à saúde (mecanicismo) -> estudo da anatomia e da fisiologia

SÉCULO XVIII E XIX


CIÊNCIAS SOCIAIS EM SAÚDE
medicina social: ações sanitaristas e sociais para
Análise das relações entre modos de vida e saúde, promover saúde em alguns países da Europa, como
considerando as condições materiais e psicossociais Alemanha, França, Inglaterra

Análise das relações entre cultura, saúde e doença, ENGELS


incluindo saberes e práticas científicas e
populares, sistemas e itinerários terapêuticos inquéritos populacionais
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
BACTERIOLOGIA PRÁXIS DA SAÚDE

pasteur Processo saúde doença no plano coletivo -> modelo


de vigilância em saúde -> determinantes macro
FENÔMENO NATURAL (estruturas sociais) + fatores individuais

TEORIA HIPOCRÁTICA OMS

água, fogo, terra e ar Um completo estado de bem-estar físico, mental e


social e não apenas a ausência de doença
EQUILÍBRIO
CONSTITUIÇÃO
doença é ruptura desses elementos, ou seja, excesso
ou falta Direito de todos e dever do Estado, garantidos por
políticas sociais e econômicas -> acesso universal
EQUILÍBRIO e igualitário para a ação, promoção, proteção e
recuperação da saúde
Equilíbrio entre corpo e mente, individual e social
CONSIDERAÇÕES
FUNCIONALIDADE
Saúde e doença são incomensuráveis
TEORIA BIOLÓGICA DA FUNÇÃO Falar em saúde não é falar sobre não saúde e vice-
versa
saúde é eficiência funcional e ausência de doença,
enquanto a doença é falha, defeito, déficit ou Interpretações culturais
desvio de função
Produção social da saúde
AUSÊNCIA DE DOENÇA
Causalidade e determinação -> causa direta e
Hegemonia da abordagem ideológica conceito mais amplo de determinação

Processos patológicos e seus correlatos


POLÍTICA DE SAÚDE
Foco: níveis individuais
CONCEITO

SAUDE COMO MEDIDA


ação ou omissão do Estado, enquanto responsável
social diante dos problemas de saúde e seus
PLANO INDIVIDUAL
determinantes que afetam a saúde dos indivíduos e
da sociedade; é aquilo que o governo escolhe ou não
nem todo os sujeitos sadios acham que são isentos
fazer
de doenças

Nem todos os isentos de doença são sadios REGIME MILITAR

PLANOS COLETIVOS FASES

medidas e indicadores de saúde (contagem) Institucionalização da ditadura

Necessidade de desenvolver métodos e técnicas Milagre econômico por conta da entrada de capital
capazes de avaliar positivamente os níveis de estrangeiro, o que se denomina de capitalismo
salubridade de uma população -> tempo de vida dependente
associado à qualidade de vida
Crise econômica e abertura política
SAUDE COMO VALOR
CARACTERÍSTICAS
Valor social
Altos investimentos em infraestrutura X baixos
DESIGUALDAE DE SAÚDE investimentos sociais

indicadores demográficos ou epidemiológicos Concentração de renda

Modo de produção em saúde Urbanização acelerada

Medidas (valor da pressão, glicemia)


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19.2
Insuficiência de investimentos na infraestrutura ® Documento que insere a bandeira da saúde como
urbana -> saneamento, transporte, poluição direito
ambiental, habitação
® Discutido na câmera
Assolamento de doenças infectocontagiosas, como a
expansão da poliomielite, hanseníase e tuberculose ® Usado na 8ª conferência nacional de saúde

® 1974: epidemia de meningite que foi proibida O QUE FOI


pelo governo de ser divulgada pela mídia
Proposta abrangente de mudança social e do sistema
® Desnutrição de saúde no Brasil e, ao mesmo tempo, um processo
de transformação da situação sanitária
® Altas taxas de mortalidade materno-infantil
Democratização da saúde: direito à saúde, cidadania,
PROGRAMAS SOCIAIS E SAÚDE acesso universal, descentralização, controle social

Institutos de previdência e assistência social Democratização do Estado e seus aparelhos + ética e


(INPS/1996): organizava serviços para determinadas transparência na gestão
categorias, estava subordinada ao Ministério do
Trabalho e Previdência e, pela falta de abrangência, Acusava as desigualdades no acesso aos serviços,
houve a contratação de serviços externos, como limitação na oferta dos serviços de saúde, causando
hospitais, ambulatórios e consultórios, o que gerou exclusão de quem não tinha vínculos empregatícios -
a compra da saúde como bem comercial e individual > cidadania invertida piorada com crise do regime
Algumas ações pontuais, como Programa saúde materno- militar
infantil e rural, foram feitas para proteger a
economia e a convulsão social, protegendo, dessa Produção e distribuição justa da renda e do saber
forma, a estrutura
Mudanças sustentáveis e propositais para melhorar a
Serviço de saúde privatista e baseado na previdência eficiência, eficácia e equidade do setor saúde
-> só acessava quem estava no mercado de trabalho e
começaram a ser criadas as Santas Casas de Definir prioridades, políticas e reformar
Misericórdia para atender aos miseráveis instituições por maio das quais as políticas são
implementadas
Saúde vista como uma mercadoria e não como um
direito, o que levou a construção do conceito de DESEJOS E CARACTERÍSTICAS
cidadania invertida
Reformulação do Sistema de Saúde
O direito se torna um privilégio, pois o acesso à
saúde é desigual e estigmatizante, além do que a Criação de um sistema único de saúde (em
assistência médica, a qual era precária, era contraposição ao comando duplo MS e INAMPS)
individual e só se tinha acesso por meio de
contribuição. Com isso, surgiu um processo de Contra a iniquidade do sistema
aumento das práticas individuais e diminuição de
ações coletivas Participação social

SERVIÇOS DE SAÚDE
8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
Insuficientes, mal distribuídos, desordenados,
CONCEPÇÃO AMPLA DE SAÚDE
inadequados

a saúde é resultante das condições de alimentação,


CRISE NA SAÚDE
habitação, educação, renda, meio ambiente,
transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso à
Baixa resolutividade e cobertura populacional; alto
posse de terra e acesso a serviços de saúde
custo e sucateamento da rede pública + estímulo ao
parque hospitalar
DIREITO À SAÚDE SIGNIFICA

MOVIMENTO SANITÁRIO a garantia, pelo Estado, de condições dignas de vida


e acesso universal e igualitário às ações de
Movimento surgido no final da década de 70, composto promoção, proteção e recuperação da saúde, em todos
por sanitaristas, doentes, médicos, estudante, os seus níveis, a todos os habitantes do território
acadêmicos, profissionais e movimentos de saúde nacional, levando ao desenvolvimento pleno do ser
humano em sua individualidade
CEBES (centro brasileiro de estudos de saúde)
CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
A gestão democrática na área da saúde
Cristiana Bello Dultra Nogueira
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estratificada, hierarquizada e desigual, o que leva 1998: lei 9656: regulamentação dos planos de saúde
à formação de fatores limitantes ao pleno privados
desenvolvimento de um nível satisfatório de saúde e
de uma organização de serviços socialmente adequada 1999: criação da ANVISA

2000: ANS: agência nacional de saúde suplementar +


CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
EC29: definição dos percentuais mínimos de aplicação
em ações e serviços públicos de saúde + 11ª CNS
Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao ASPECTOS CONCEITUAIS DO SUS
acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação Igualdade

Concepção ampla de saúde: a saúde é resultante das no SUS, representa uma conquista constitucional e
condições de alimentação, habitação, educação, rechaça de qualquer distinção ou preconceito em
renda, meio ambiente, transporte, emprego, lazer, relação à situação social, financeira, educacional,
liberdade, acesso à posse de terra e acesso a ocupacional, política, cultural, religiosa ou de
serviços de saúde raça, gênero e sexual

Direito à saúde significa a garantia, pelo Estado, Determinação social


de condições dignas de vida e acesso universal e
igualitário às ações de promoção, proteção e pressupõe que a saúde e a doença na coletividade não
recuperação da saúde, em todos os seus níveis, a podem ser explicadas, exclusivamente, pelas
todos os habitantes do território nacional, levando dimensões biológicas e ecológicas
ao desenvolvimento pleno do ser humano em sua
individualidade a organização econômica da sociedade determina o
modo de vida e as condições de trabalho que, em
última análise, expressam o estado de saúde de uma
ANTECEDENTES DO SUS
população

Governo Vargas: expansão


Políticas de saúde

Ditadura Militar: medicina liberal + expansão do


reflexo teórico resultante da RSB, vinculado à noção
complexo hospitalar = crise de saúde -> baixa
de trabalho: processo de transformação de um objeto
resolutividade da assistência médica; baixa
em um produto
cobertura; alto custo do modelo médico-hospitalar

Para que essas transformações se realizem são


Centro Nacional de Saúde (1976): fundamental para
necessários meios e o desenvolvimento de atividades
os princípios e diretrizes do SUS
(trabalho) sob determinadas ações técnicas e sociais

1977: INAMPS: assistência médica aos trabalhadores


Prevenção da saúde
que contribuíram com a previdência social

se orienta por ações de detecção, controle e redução


1979: ABRASCO: mecanismo de apoio, articulação e
de danos e/ou riscos de uma enfermidade específica
ensino de saúde coletiva
ou de um conjunto de enfermidades, buscando evita-
las
8ª conferência nacional de Saúde (1986): fundamental
para os princípios e diretrizes do SUS
Proteção da saúde

1987: SUDS: descentralização (estados e municípios)


medidas específicas, mas de caráter coletivo, que
reduzem ou eliminam o risco de adoecimento,
Constituição de 1988: 1º marco jurídico do SUS
violências ou acidentes (abastecimento de água,
(sendo que a OMS reconhece saúde como direito de
controle de qualidade do ar, alimentos,
cidadania desde 1948)
medicamentos, agrotóxicos)

1990: Lei 8080: regulamenta as ações e serviços de


procura identificar os macrodeterminantes do
saúde em todo o território nacional, incluindo o
processo saúde/doença para transformá-los em
setor privado e 8142: participação da comunidade na
orientação para saúde, mudando, para isso, as
gestão do SUS e as transferências financeiras
condições de vida
intergovernamentais

Universalidade
1993: extinção do INAMPS

as ações e os serviços devem ser garantidos a todas


1994: PSF
as pessoas, independente do sexo, raça, cor,
ocupação ou qualquer outra característica social
1996: CPMF + 10ª conferência nacional de saúde
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Equidade PORTARIA 399/2006

visa diminuir as desigualdades, ou seja, tratar pacto pela saúde: pacto pela vida, em defesa do SUS
desigualmente os desiguais e de gestão do SUS

Integralidade DECRETO LEI 7508/2011: ORGANIZAÇÃO DO SUS

conjunto articulado e contínuo de ações e serviços Comissão de gestores


preventivos e curativos, individuais e coletivos,
em todos os níveis de complexidade do sistema Regiões de saúde

Hierarquização Rede de atenção à saúde

organização em níveis crescentes de complexidade e Portas de entrada


circunscritos a uma determinada área geográfica
Relação nacional de medicamentos
Descentralização/municipalização
Relação nacional de serviços e ações de saúde
forma de aproximar o cidadão das decisões e de
responsabilidade do município conjugação das ações de serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde executados pelos
Participação popular entes federativos de forma direta ou indireta,
mediante a participação complementar da iniciativa
conselhos e conferências de saúde privada, sendo organizado de forma regionalizada e
hierarquizada
O QUE É SUS
espaço geográfico contínuo constituído por
Conjunto de ações e serviços públicos de saúde, agrupamento de municípios, delimitado a partir de
compondo uma rede regionalizada, hierarquizada, identidades culturais, econômicas e sociais e de
organizada a partir das diretrizes da redes de comunicação e infraestrutura de transportes
descentralização, integralidade e participação da compartilhados com a finalidade de integrar a
comunidade organização, o planejamento e a execução de ações e
serviços de saúde
Política pública construída pelos movimentos sociais
® atenção primária à saúde
Caminhos para a garantia do direito à saúde
® atenção ambulatorial especializada
Sistema de serviços de caráter público organizado
segundo princípios ® urgência e emergência

® atenção hospitalar
LEGISLAÇÃO BÁSICA
® atenção psicossocial
O conjunto de ações e serviços de saúde prestados
por órgãos e instituições públicas federais,
® vigilância em saúde
estaduais e municipais, da Administração direta e
indireta e das fundações mantidas pelo poder público
ESTABELECIMENTO DE SAÚDE E LEITOS HOSPITALARES
constituem o SUS, estando incluídas as instituições
públicas federais, estaduais e municipais de
Rede híbrida formada por vários tipos de
controle de qualidade, pesquisa e produção de
estabelecimentos
insumos, medicamentos, inclusive de sangue e
hemoderivados
Predomínios dos estabelecimentos municipais
A iniciativa privada poderá participar do SUS em
Internamentos: apenas um terço de todos os leitos
caráter complementar
hospitalares utilizados pelo SUS pertence a
hospitais públicos
NORMAS OPERACIONAIS BASICAS
Compra de serviços aos prestadores privados,
NOS (91, 93, 96) e NOAS (2001 e 2002):
sobretudo para a atenção em nível secundário e
descentralização
terciário

NOB (01/96): transferência de recursos por meio do


Outros equipamentos: centros de parto normal,
Piso de Atenção Básica (PAB), que é definido pelo
academias de saúde, CAPS e residências terapêuticas
número de habitantes e incentivos para implementação
dos PSF e PACS. NOB: norma operacional básica do SUS
FINANCIAMENTO DO SUS
-> instrumento de regulação do SUS
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19.2
Atenção básica porque a população estava com medo e estava
revoltada, porque não conheciam o que era a vacina
Atenção de média e alta complexidade e não queriam tomar, mas eram obrigados, o que foi
o estopim da revolta da vacina. O Estado declara
Vigilância em saúde estado de sítio e suspende a obrigatoriedade e pouco
tempo depois recomeçou programa de imunização
Assistência farmacêutica
Em 1973, foi criado o programa nacional de
Gestão do SUS imunização e, atualmente, esse programa faz parte
da OMS, é apoiado pela UNICEF e, junto com o SUS,
® Municípios recebem o maior percentual > estados promove a manutenção da saúde da população, além de
> federal ser responsável por distribuir imunobiológicos, como
vacinas e soros

O QUE NÃO É O SUS


1993: criação do centro de referência de
imunobiológicos especiais
Plano para pobres; mero meio de financiamento e
repasse de recursos; programa de assistência;
política de governo partidária; caridade CONSEQUÊNCIAS

diminuição de mortes
DIFERENTES VISÕES DO SUS
melhora da qualidade de vida
SUS PARA OS POBRES
diminuição dos custos, porque pessoas doentes tem
residual -> medicina simplificada para gente muito mais custos
simples, não tem direito de cidadania
erradicação da varíola
SUS LEGAL
controle de doenças imunopreviníveis, como
é reconhecido o direito à saúde na percepção de tuberculose, sarampo, hepatite B, difteria
gestores, entretanto, na medida em que são reféns
de ministros e secretários da área econômica e do erradicação da febre amarela
clientelismo político, resignam-se e terminam o
setor privado OBJETIVOS

SUS REAL conscientização da população da importância da


imunização
inscrito na Constituição federal, leis, decretos e
portarias vacinar 90% dos menores de 5 anos

vacinar mulheres em idade fértil contra tétano


PROGRAMA DE IMUNIZAÇÃO
ações de controle entre adolescentes de febre
ORIGEM amarela, raiva, hepatite e HPV

revolta da vacina
PANORAMA ATUAL

CONTEXTO HISTÓRICO doenças eliminadas/ em processo de eliminação:


poliomielite, rubéola tétano neonatal
vacina chegou no Brasil em 1840 para imunizar apenas
os ricos do Rio de Janeiro, mas perceberam que isso doenças em tendência de erradicação: tétano
não era suficiente, porque os pobres infectavam por acidental, meningites, rotavírus, difteria
transmissão, já que eram maioria
transmissão controlada: coqueluche
Em 1903, começou uma campanha de sanitarização no
Rio de Janeiro para que as doenças não tivessem tanto Sarampo estava erradicado até dois anos atrás, mas
poder de transmissão, então, demoliram os cortiços, a transmissão foi reestabelecida
alargaram as ruas, despejaram os moradores pobres
que contaminavam regiões, o que causou revolta, Financiamento ameaçado
porque as pessoas estavam sendo retirados de casa e
os moradores de rua estavam sendo retirados da rua.
Além disso, criou-se um boato de que as pessoas VIGILÂNCIA SANITÁRIA
estavam sendo mortas nos centros de tratamento
Conjunto de ações que são capazes de eliminar,
Em 1904, Oswaldo cruz criou a campanha que obrigava diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir
todos a se vacinarem, mas isso não foi bem aceito, nos problemas sanitários decorrentes do meio
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19.2
ambiente, da produção e circulação de bens e da Fiscalização de alimentos, drogas, insumos
prestação de serviços de interesse à saúde farmacêuticos e correlatos, como soros e vacinas,
sangue, equipamentos médicos, cosméticos, remédios
CONTEXTO HISTÓRICO e produtos de higiene

com chegada da família real, a política de saúde RISCOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE


buscou evitar epidemia para incentivar o mercado
econômico internacional riscos iatrogênicos causados no tratamento do doente

em 1842, na época de implantação da república, foi Riscos ambientais contaminação


instalado um subsetor que fiscalizava e aplicava
penalidades Riscos ocupacionais condições de trabalho

Em 1953, com o Ministério da Saúde, foi feita a Riscos institucionais higiene no trabalho ou física
iodação do sal de cozinha para controle de doenças do local

Código nacional de saúde, em 1961, disse que OBJETIVOS


ministério da saúde iria regulamentar serviços e
produtos garantir saúde para trabalhador, paciente e meio
ambiente por meio do reconhecimento com antecedência
1976: criação da secretaria nacional de vigilância dos riscos, para evitá-los
sanitária

1999: criação da ANVISA para o auxílio da


POLÍTICAS DE PROMOÇÃO EM SAÚDE
fiscalização sanitária
OBJETIVOS
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
reduzir vulnerabilidades, levado em consideração os
determinantes, acesso aos bens e serviços, com
PREVENÇÃO
ênfase na atenção básica
exige ação antecipada, baseada no conhecimento da
extinção das desigualdades
doença

aumento da resolutividade do sistema, garantindo


PROTEÇÃO
eficiência das ações em saúde
ações especifica de caráter defensivo, com a
estimular alternativas socialmente inclusivas
finidade de proteger indivíduos ou grupos contra
doenças e agravos
valorização e otimização do uso dos espaços públicos
de convivência
PROMOÇÃO

implementação de políticas que visem a melhoria da


medidas que servem para aumentar a saúde e o bem-
qualidade de vida
estar geral

estimulação da adoção da cultura de paz


ÁREAS DE ATUAÇÃO

DIRETRIZES
FEDERAL

Reconhecer, na promoção de saúde, uma parte


A ANVISA é caracterizada por estabelecer os limites
fundamental da busca da equidade, da melhoria da
e as fronteiras e por fazer fiscalização de
qualidade de vida e de saúde
aeroportos e portos

Estimular as ações intersetoriais, buscando


O INCQS garante o suporte laboratorial em ações de
parcerias que propiciem o desenvolvimento integral
vigilância no estado nacional
das ações de promoção de saúde
ESTADUAL
Fortalecer a participação social como fundamental
na consecução de resultados de promoção da saúde
MUNICIPAL

Promover mudanças na cultura organizacional com


Fiscalizações no processo e na proteção até
vistas a adoção de práticas horizontais de gestão e
comercialização, com análises laboratorial, análise
estabelecimento de redes e cooperação Inter
que garantem qualidade, além de verificação dos
setoriais
produtores se estão aptos ou não
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19.2
Incentivar a pesquisa em promoção da saúde, Produzir e distribuir material educativo para
avaliando eficiência, efetividade, e segurança as sensibilizar a população sobre os malefícios do uso
ações prestadas abusivo de álcool

Divulgar e informar as iniciativas voltadas para a


SAÚDE BUCAL
promoção da saúde para profissionais de saúde,
gestores e usuários da saúde para profissionais de
É a reorganização da prática e a qualificação das
saúde, gestores e usuários do SUS, considerando
ações e serviços oferecidos no país, reunindo
metodologias participativas e saber popular e
medidas para garantir ações de promoção, prevenção
tradicional
e recuperação da saúde bucal, com ampliação do
acesso ao tratamento odontológico gratuito por meio
ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO do SUS e da mudança do foco para prevenção

Ações de cuidados ao corpo e mente, sobretudo PSF conseguiu resolver muitos problemas por ampliar
através da alimentação saudável a adesão a tratamentos

Cuidado com prevenção e controle do tabagismo,


CONTEXTO HISTÓRICO
através de ações educativas

antes, a saúde bucal era voltada para o setor privado


Qualificação dos profissionais de saúde inseridos
no SUS
A saúde bucal pública começou a surgir com a
odontologia cirúrgica
Estímulo à articulação e parcerias entre municípios,
estados e governo federal
Começaram a perceber importância da coletividade
Ações educativas e sensibilizadoras para redução da
para reduzir índice de carie, por exemplo, e, então,
morbimortalidade do uso abusivos de álcool e outras
surge a odontologia sanitária, preventiva e social,
drogas
que, por meio da análise de determinantes sociais,
deram foco da prevenção
RESPONSABILIDADES DAS ESFERAS DE GESTÃO
A saúde bucal coletiva surge para se opor à prática
Divulgação anterior, visando a um atendimento integral, e a
melhora dos índices da saúde bucal no país, trazendo
Apoio financeiro também debates para ampliação da saúde e dos
direitos sociais
Acompanhar, avaliar e divulgar resultados
SUS desenvolve saúde odontológica e há inserção dos
Uso de tecnologias dentistas no PSF

Buscar parcerias
PROBLEMÁTICAS

Promover ações de promoção da saúde


grande participação e influência do setor privado,
porque, apesar de a saúde bucal coletiva vir sendo
Educação popular
discutida há um tempo e de a maioria dos dentistas
abraçar a ideia, ainda é executada a odontologia
Qualificação dos profissionais
antiga, que não analisa os determinantes de modo
integral
AÇÕES ESPECÍFICAS

BRASIL SORRIDENTE
Produção e distribuição de vídeos e materiais
instrucionais sobre a alimentação saudável nas
programa do governo federal que tem modificado a
escolas
atenção à saúde bucal, visando a garantir saúde,
prevenir doenças, promover recuperações e
Capacitar profissionais de saúde a estimular pessoas
tratamentos de graça
com deficiência em projetos de atividade física

CENTO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS (CEO)


Incentivar organizações intersetoriais para
melhoria dos espaços públicos, para a realização de
surgiu em 2004, com a necessidade do crescimento e
atividades corporativas, criação de ciclovias,
do financiamento total da saúde para garantir
pistas de caminhada etc
prevenção, próteses, cirurgias, exames
Realizar ações educativas de sensibilização da
® Tipo I: investimento mais barato
população para a promoção de comunidades livres de
tabaco
® Tipo II

® Tipo III: para cidades com maior população


Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Mensalmente, cada esfera contribui com percentagem vínculo entre profissionais e pacientes deve ser
para conseguir manter o serviço funcionando longo e deve haver acompanhamento

COORDENAÇÃO DO CUIDADO
ATENÇÃO BÁSICA
acompanhar e coordenar o fluxo dos usuários
Consolidação do SUS, o que envolveu movimentos
sociais, políticos e as esferas do governo
ORDENAÇÃO DE REDE

Política integral, gratuita e universal que vai


responsabilidade pelas necessidades dos usuários
contra à exclusão

PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Redes de atenção a saúde são estratégias que visam
a garantir integralidade e direcionamento das
estratégias que são abordadas de acordo com perfil ORGANIZAÇÃO
epidemiológico e determinantes sociais
Para a atenção básica ordenar a RAS é necessário
PSF é o principal programa reconhecer as necessidades da atenção

ATENÇÃO BÁSICA É A PORTA DE ENTRADA PREFERENCIAL


PRINCÍPIOS
DO SUS

UNIVERSALIDADE
Papel estratégico, ordenamento e efetivação da
integralidade
qualquer pessoa deve ser tratada com fácil acesso e
sem diferenciação para que ela tenha sua demanda
Alta resolutividade
resolvida

Articulação da atenção básica em outros níveis de


EQUIDADE
atenção da RAS

desiguais devem ser tratados desigualmente


Ferramentas como telessaúde auxiliam no
encaminhamento entre níveis de atenção da RAS
INTEGRALIDADE

Ampliação do cuidado clínico e da resolutividade


articulação entre os serviços
evita a exposição desnecessária das pessoas

DIRETRIZES
Uso racional dos recursos de saúde

REGIONALIZAÇÕES
RESPONSABILIDADES DA GESTÃO MUNICIPAL

divisão por territórios


ordenar fluxo de pessoas no RAS

HIERARQUIZAÇÃO
gerir referência e contra referência nos pontos de
atenção da RAS
forma de organização

estabelecer relações com os especialistas que cuidam


TERRITORIALIZAÇÃO
da população do território

planejamento de ações setoriais, circunscrever o


território e trabalhar com a população adstrita ao INFRAESTRUTURA E FUNCIONAMENTO
território
deve estar de acordo com as normas sanitárias e com
POPULAÇÃO ADSCRITA as necessidades

população que vive naquele território espaço físico deve ser acolhedor para profissionais
e população, ou seja, ambiente saudável, com
CUIDADO CENTRADO NA PESSOA recepção sem grade e adaptação para pessoas com
deficiências
ações singularizadas
ter explícito quais ações são realizadas naquele
RESOLUTIVIDADE local, horário de funcionamento e fluxo de pessoas

atenção básica deve resolver as questões Profissionais devem trabalhar 40h semanais, de
segunda a sexta, 12 meses por ano
LONGITUDINALIDADE DO CUIDADO
Cada equipe deve atender 2000 a 3000 pessoas e deve
haver 4 equipes em cada unidade
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19.2
TIPOS DE UNIDADE Realizar estratificação de risco e elaborar planos
de cuidado para pessoas com condições crônicas
unidade básica
Encaminhar os usuários ara outros níveis, quando
unidade básica de saúde fluvial necessário

unidade odontológica móvel Acompanhar pessoas

TIPOS DE EQUIPE Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas


pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros
equipe de saúde da família: é a estratégia da equipe
prioritária de atenção à saúde e visa a
reorganização da atenção básica PROCESSO DE TRABALHO

Equipe de atenção básica: esta modalidade deve Trabalho em equipe/multiprofissional


atender aos princípios e diretrizes para a AB
Acolhimento
Equipe de saúde bucal
Acesso
Núcleos ampliados de saúde da família e atenção
básica Adstrição de usuários e desenvolvimento de vínculos

Equipe de categorias de profissionais de saúde Porta de entrada preferencial


complementar à equipe da atenção básica, suporte a Responsabilização em saúde
ESF e UBS
Definição de território e territorialização
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS
Considerar pessoas em sua singularidade e inserção
COMUNS A TODOS OS PROFISSIONAIS DA EQUIPE sociocultural, buscando produzir atenção integral

processos de territorialização POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO

cadastramento A política nacional de humanização (PNH) existe


desde 2003 para efetivar os princípios do SUS no
transição UBS e domicílio cotidiano das práticas de atenção e gestão,
qualificando a saúde pública no Brasil e
longituginalidade do cuidado incentivando trocas solidárias entre gestores,
trabalhadores e usuários
gestão de referência e contra referência
A PNH deve se fazer presente e estar inserida em
ampliar o conhecimento todas as políticas e programas do SUS

diversos tipos de profissionais Vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde do


Ministério da Saúde, a PNH conta com um núcleo
conhecer local para dar o que a população precisa técnico sediado em Brasília e equipes regionais de
apoiadores que se articulam às secretarias estaduais
ATRIBUIÇÕES DO ACS e municipais à saúde

adstrição de indivíduos MÉTODO

registrar dados O HumanizaSUS, como também conhecida a Política


Nacional de Humanização, aposta na inclusão de
acompanhamento individual trabalhadores, usuários e gestores na produção e
gestão do cuidado e dos processos de trabalho
informar aos usuários as orientações sobre saúde (experiência colaborativa)

ARIBUIÇÕES DOS MÉDICOS A comunicação entre esses três setores (gestores,


trabalhadores e usuários) do SUS provoca movimentos
Atenção às pessoas e famílias de perturbação e inquietação que a PNH considera o
“motor” de mudanças e que também precisam ser
Realizar consultas clínicas e pequenos procedimentos incluídos como recursos para a produção de saúde

atividades na UBS e domicílio ou demais espaços Humanizar se traduz, então, como inclusão e
comunitários valorização das diferenças
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Valorizar os sujeitos é oportunizar uma maior Implantação de modelo de atenção com
autonomia, a ampliação da sua capacidade de responsabilização vínculo
transformar a realidade em que vivem, através da
responsabilidade compartilhada, da criação de Garantia dos direitos dos usuários
vínculos, da participação coletiva
Valorização do trabalho na saúde
COMO?
Gestão participativa nos serviços
As rodas de conversa, o incentivo às redes e
movimentos sociais e a gestão dos conflitos gerados REDE HUMANIZASUS
pela inclusão das diferenças são estratégias
experimentadas Rede social das pessoas interessadas ou já
envolvidas em processos de humanização da gestão e
Incluir os trabalhadores na gestão é fundamental do cuidado no SUS
para que eles, no dia a dia, reinventem seus
processos de trabalho e sejam agentes ativos das Local de colaboração, que permite encontro, troca,
mudanças, propiciando a ampliação da afeto, conhecimento, aprendizado, expressão livre,
corresponsabilização no cuidado de si -> dar, para multiplicidade de visões, arte da conversa,
os trabalhadores, certa autonomia e sentimento de participação de qualquer um
transformação, independente do “nível de poder”
O coletivo humanizaSUS se constitui em torno desse
PROPÓSITOS DA PNH DA ATENÇÃO E GESTÃO DO SUS imenso acervo de conhecimento comum, que se produz
sem cessar nas interações desta rede
Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS
com os princípios e as diretrizes de humanização DIRETRIZES DO HUMANIZASUS

Fortalecer iniciativas de humanização existentes ACOLHIMENTO

Desenvolver tecnologias relacionadas e de reconhecer o que o outro traz como legítima e


compartilhamento das práticas de gestão e de atenção singular necessidade de saúde depreende a construção
de relações de confiança, compromisso e vínculo
Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e entre as equipes/serviços, trabalhador/equipes e
metodologias de apoio a mudanças sustentáveis dos usuário com sua rede sócio-afetiva por meio de
modelos de atenção e gestão escuta qualificada

Implementar processos de acompanhamento e avaliação, GESTÃO PARTICIPATIVA E COPARTICIPAÇÃO


ressaltando saberes gerados no SUS e experiências
coletivas bem-sucedidas inclusão de novos sujeitos nos processos de análise
e decisão, lugar de formulação e de pactuação de
TRÊS MACRO OBJETIVOS DO HUMANIZASUS tarefas e de aprendizado coletivo por meio de
colegiados gestores, mesas de negociação, contratos
Ampliar as ofertas da Política Nacional de internos de gestão, grupo de trabalho de humanização
Humanização aos gestores e aos conselhos de saúde,
priorizando a atenção básica/fundamental e AMBIÊNCIA
hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e
universitários criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis,
que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no
Incentivar a inserção da valorização dos processo de trabalho e sejam lugares de encontro
trabalhadores do SUS na agenda dos gestores, dos entre as pessoas por meio de discussão compartilhada
conselhos de saúde e das organizações da sociedade
civil CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA

Divulgar a PNH e ampliar os processos de formação e ferramenta teórica e prática cuja finalidade é
produção de conhecimento em articulação com contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento
movimentos sociais e instituições e do sofrimento, que considere a singularidade do
sujeito e a complexidade do processo saúde/doença,
PNH BUSCA o que permite o enfrentamento da fragmentação do
conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos
Redução de filas e tempo de espera, com ampliação danos e ineficácias por meio da qualificação do
do acesso diálogo

Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR


critérios de risco
incluí-lo nos processos de decisão por meio do
programa de formação em saúde e trabalho e a
comunidade ampliada de pesquisa
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
DEFESA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS QUEM PODE SER AFETADO POR PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL?

incentivar o conhecimento dos direitos e assegurar Todos


que eles sejam cumpridos em todas as fases do
cuidado, desde a recepção até a alta, por meio da FASES DE GATILHO
informação sobre a saúde do usuário, o que é
assegurado por lei, para que ele possa ter autonomia Entrada na escola; adolescência; divórcio; separação
dos pais; conflitos familiares; perdas; dificuldades
PRINCÍPIOS DO HUMANIZASUS financeiras; menopausa; fatores genéticos;
envelhecimento; doenças crônicas; traumas
TRANSVERSALIDADE
ENTENDA QUE AS DOENÇAS MENTAIS
deve se fazer presente e estar inserida em todas as
políticas e ações do sus, ampliando o grau de contato Não são frutos da imaginação; a pessoa não escolhe
e de comunicação entre as pessoas, tirando-as do ter; algumas têm cura, outras não; pessoas com
isolamento e das relações de poder hierarquizadas doenças mentais são tão inteligentes quanto as que
não têm; pessoas com problemas mentais não são
INDISSOCIABILIDADE ENTRE ATENÇÃO E GESTÃO preguiçosas

participar ativamente do processo de tomada de TRATAMENTOS PARA A SAÚDE MENTAL


decisão por meio do conhecimento de como funciona a
gestão Ações de prevenção, promoção à saúde e tratamentos
devem ser baseados em evidências científicas
PROTAGONISMO, CORRESPONSABILIDADE E AUTONOMIA DOS
SUJEITOS E COLETIVOS Fomento à pesquisa deve se dar de forma equânime,
garantindo a participação de pesquisadores de
reconhecer o papel de cada um diferentes correntes de pensamento e atuação

SAÚDE MENTAL Apoio aos pacientes e familiares em articulação com


grupos, associações e entidades da sociedade civil,
CONCEITO incluindo as comunidades terapêuticas

segundo a OMS, saúde mental é um estado de bem-estar DIREITOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS
no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias
habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA
produtivo e contribuir com sua sociedade
inserção social das pessoas que passaram muito tempo
O QUE É POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL? internadas em hospitais psiquiátricos, por meio de
pagamento mensal de um auxílio-reabilitação aos
Ação do governo federal, junto o ministério da beneficiários
saúde, que visa a organizar o atendimento a pessoas
com necessidades de tratamento em saúde mental, como BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)
depressão, ansiedade, esquizofrenia, TOC,
dependência, através do acolhimento, alívio do garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com
sofrimento, identificação de necessidades e deficiência de qualquer idade com impedimentos que
intervenção, além do programa de prevenção do impossibilite sua participação plena e efetiva na
suicídio e centro de valorização à vida sociedade

BENEFÍCIOS DE PRESTAÇÃO CONTINUADA NA ESCOLA


O QUE É REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

tem como objetivo monitorar o acesso e a permanência


Conjunto de ações que buscam o fortalecimento,
na escola dos beneficiários com deficiência entre 0
inclusão e o exercício de direitos de cidadania de
e 18 anos, visando a identificar as barreiras que
pacientes e familiares mediante a criação e o
dificultem o acesso e permanência na escola
desenvolvimento de iniciativas articuladas com os
recursos do território nos campos de trabalho,
habitação, educação, cultura, segurança e direitos ESTRUTURAS DE ATENDIMENTO – REDES DE ATENÇÃO
humanos PSICOSSOCIAL

O QUE FAZER PARA TER UMA BOA SAÚDE MENTAL CENTROS DE ATENÇÃO PSCICOSSOCIAL (CAPS)

Jamais se isole; consulte o médico regularmente; Unidades que prestam serviços de saúde de caráter
faça o tratamento terapêutico adequado; mantenha o aberto e comunitário, constituído por equipe
físico e intelecto ativos; pratique atividades multiprofissional que atua sobre a ótica
físicas; reforce os laços familiares e de amizades interdisciplinar e realiza prioritariamente
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno psiquiátricas de longa permanência e que não possuam
mental suporte social e laços familiares. Além disso,
também podem acolher pacientes com transtornos
CAPS I mentais que estejam em situação de vulnerabilidade
pessoal e social, como, por exemplo, moradores de
rua
Atendimento a todas as faixas etárias, para
transtornos mentais graves e persistentes, inclusive
UNIDADES DE ACOLHIMENTO (UA)
pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades
e/ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes
oferece cuidados contínuos de saúde, com
funcionamento 24h/dia, em ambiente residencial, para
CAPS II pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas, que apresentem acentuada
vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem
Atendimento a todas as faixas etárias, para
acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter
transtornos mentais graves e persistentes, inclusive
transitório. O tempo de permanência nessas unidades
pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades
é de até seis meses. Essas unidades de acolhimento
e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes
são divididas em acolhimento adulto e infanto
juvenil (10-18 anos)
CAPS i
OS AMBULATÓRIOS MULTIPROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL

Atendimento a crianças e adolescentes, para serviços compostos por psiquiatra, psicólogo,


transtornos mentais graves e persistentes, inclusive assistente social, terapeuta ocupacional,
pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades fonoaudiólogo, enfermeiro e outros profissionais que
e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes atuam no tratamento de pacientes que apresentam
transtornos mentais. O atendimento é integrado e
CAPS AD – ÁLCOOL E DROGAS multiprofissional, por meio de consultas. Ampliam o
acesso à assistência em saúde mental para pessoas
com transtornos mentais de gravidade moderada,
Atendimento a todas faixas etárias, especializado atendendo, assim, às necessidades de complexidade
em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, intermediária entre a atenção básica e os Centros
atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil de Atenção Psicossocial (CAPS)
habitantes
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
CAPS III
serviços destinados a oferecer cuidados contínuos
de saúde, de caráter residencial transitório para
Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno pacientes, com necessidades clínicas estáveis,
e observação; todas faixas etárias; transtornos decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas
mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de
substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões ENFERMARIAS ESPECIALIZADAS EM HOSPITAL GERAL
com pelo menos 150 mil habitantes
serviços destinados ao tratamento adequado e manejo
de pacientes com quadros clínicos agudizados, em
CAPS AD III ÁLCOOL E DROGAS
ambiente protegido e com suporte e atendimento 24
horas por dia. Assim, as internações hospitalares
Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e devem ocorrer em casos de pacientes com quadros
observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; clínicos agudos, em internações breves, humanizadas
transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, e com vistas ao seu retorno para serviços de base
atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil aberta.
habitantes
HOSPITAL-DIA

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
assistência intermediária entre a internação e o
atendimento ambulatorial, para realização de
SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto
procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e
socorro: são serviços para o atendimento de
terapêuticos, que requeiram a permanência do
urgências e emergências rápidas, responsáveis pela
paciente na Unidade por um período máximo de 12 horas
classificação de risco e tratamento das pessoas com
transtorno mental em momentos de crise forte
POLÍCA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS (SRT)
INTRODUÇÃO
são casas destinadas a cuidar de pacientes com
transtornos mentais, egressos de internações
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Os desafios da humanidade sempre foram controlar, Ações voltadas à promoção, proteção e recuperação
diminuir os efeitos ou eliminar os sofrimentos da saúde individual e coletiva
ocasionados por enfermidades
Visa ao acesso e uso racional do medicamento ->
A assistência farmacêutica depende da alocação de medicamento como insumo essencial
grandes volumes de recursos públicos além da
resolubilidade da atenção e dos serviços em saúde GESTÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

Medicamentos, no Brasil, é um bem de consumo e não Envolve planejamento, organização, estrutura,


um insumo básico execução, acompanhamento e avaliação dos resultados
do conjunto das atividades desenvolvidas
HISTÓRICO
Baseado em descentralização; atendimento integral e
1971: CENTRAL DE ATENDIMENTOS (CEME) participação de comunidade

Aquisição e distribuição de medicamentos ARTIGO 7 DA LEI ORGÂNICA DE SAÚDE

Fornecimento de medicamento para pessoas carentes Universalidade; integralidade; autonomia; igualdade

1997: desativada -> MS ESTRUTURA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL Coordenação/gerência estadual -> efetivação das


ações farmacêuticas -> recursos físicos, humanos e
Mudanças de princípios: Art. 6º: “saúde como direito tecnológicos adequados
social”
DEFINIÇÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO ESTADO
A saúde era competência da união
Facilita a identificação dos problemas de maior
LEI ORGÂNCIA DE SAÚDE relevância do contexto estadual e a criação de
medidas que solucionem esse problema pode meio de
Regulamentação específica: Art. 6º - formulação da estratégias de financiamento, organização,
política de medicamentos, atribui ao setor saúde a pesquisa, uso racional de medicamentos, regulação e
responsabilidade pela “execução de ações de garantia da qualidade
assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica”
FINANCIAMENTO

POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS Continuidade das ações relacionadas ao acesso a


medicamentos
Substituiu a CEME
Bloco de financiamento da assistência farmacêutica
DIRETRIZES
Aquisição de medicamentos e insumos na assistência
Promoção da produção de medicamentos básica e dos programas de hipertensão, diabetes,
asma, rinite, saúde mental, saúde da mulher,
Regulação sanitária de medicamentos alimentação, nutrição e combate ao tabagismo

Desenvolvimento científico e tecnológico


GESTÃO DE PESSOAS

Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos


significado do trabalho e finalidade da tarefa;
capacitação permanente dos trabalhadores para
Tem como objetivo alcançar as principais finalidades
garantia da qualidade do serviço multidisciplinar
e responsabilidades da PNM

PRINCIPAIS FINALIDADES E RESPONSABILIDADES ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Garantir a necessária segurança, eficácia e OBJETIVO


qualidade dos medicamentos
solidificar o modelo da assistência farmacêutica,
Uso racional dos medicamentos ponta as principais conquistas, problemas ou
obstáculos e avaliando e discutindo os resultados
Acesso da população considerados essenciais
CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA 2004 –
medicamento ainda é considerado um bem de consumo e
conselho federal de saúde
não um insumo básico de saúde
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
desregulação dos serviços farmacêuticos abril 2004: normatização pelo decreto 5.055 -> maior
eficiência
OBS: gerências/coordenações estaduais têm a
responsabilidade de coordenar as atividades do ciclo potaria 1010 de 2012
de assistência farmacêutica -> seleção, programação,
aquisição, armazenamento, distribuição e ® central de regulação das urgências
dispensação dos medicamentos
® base descentralizada da SAMU
SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
atualmente é regido pela portaria 288 de 2018
EIXO DO CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
QUAL O OBJETIVO DO SAMU?
baseada nas morbi mortalidades de cada região
Chegar precocemente à vítima após ter ocorrido
realizada por uma comissão estadual de farmacologia alguma situação de urgência e emergência
e terapêutica
Trata-se de um serviço pré-hospitalar -> atendimento
PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS rápido às vítimas, de forma a minimizar ao máximo
os danos e oferecer um serviço pré-hospitalar
OBJETIVO
COMO FUNCIONA O SAMU?
garantir a disponibilidade dos medicamentos
previamente selecionados nas quantidades adequadas O SAMU 192 realiza os atendimentos em qualquer lugar
e no tempo oportuno para atender as necessidades da e conta com equipes que reúne médicos, enfermeiros,
população auxiliares de enfermagem e condutores socorristas

AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS O atendimento começa a partir do chamado telefônico


gratuito, quando é identificada a emergência, são
compra com adequadas quantidades e custo X benefício colhidas as primeiras informações e são prestadas
para uma efetiva distribuição orientações sobre as primeiras ações. Em seguida,
as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, que
aspectos jurídicos, financeiros, técnicos, presta orientações de socorro às vítimas e aciona
administrativos as ambulâncias quando necessário

ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS As ambulâncias do SAMU 192 são distribuídas


estrategicamente, de modo a otimizar o tempo-
ARMAZENAMENTO resposta entre os chamados da população e o
encaminhamento aos serviços hospitalares de
atividades de recebimento, estocagem, segurança e referência. A prioridade é prestar o atendimento à
conservação dos medicamentos vítima no menor tempo possível, inclusive com o
envio de médicos conforme a gravidade do caso. As
GERENCIAMENTO unidades móveis podem ser ambulâncias, motolâncias,
ambulanchas ou aeromédicos, conforme a
qualificação do recebimento de medicamento -> lote disponibilidade e necessidade de cada situação,
e validade sempre no intuito de garantir a maior abrangência
possível
DISTRIBUIÇÃO
A Rede de Urgências é pensada de forma integrada e
cronograma e distribuição e rapidez da entrega -> coloca à disposição da população serviços mais
fluxos e prazos para entrega próximos de sua residência. Com as Centrais de
Regulação do SAMU 192, o Ministério da Saúde
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS trabalha na organização da estrutura disponível.
Quando uma ambulância do programa é enviada para o
garantir a entrega do medicamento correto ao atendimento, os profissionais de saúde já sabem para
usuário, na dosagem e quantidade prescrita sob a onde levarão o paciente. É o fim da peregrinação à
óptica da integralidade das ações em saúde procura de um leito, com a ambulância buscando onde
deixar o paciente

SAMU SAMU 192 e UPA 24h trabalham integrados no


atendimento às urgências e emergências
ORIGEM DO SAMU
I – Unidade de suporte básico de vida terrestre (USB)
criado em 2003 e oficializado pelo Ministério da – viatura tripulada por no mínimo 2 (dois)
Saúde profissionais, sendo um condutor de veículo de
urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
II – Unidade de suporte avançado de vida terrestre 75-8 DECRETO
(USA) – viatura tripulada por no mínimo 3 (três)
profissionais, sendo um condutor de veículo de Regulamento da lei 8080
urgência, um enfermeiro e um médico
Organização do SUS -> planejamento da assistência à
III – Equipe de aeromédico – aeronave com equipe saúde
composta por no mínimo um médico e um enfermeiro
VIGILÂNCIA EM SAÚDE E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
IV – Equipe de embarcação – equipe composta por no
mínimo 2 (dois) ou 3 (três) profissionais, de acordo
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
com o tipo de atendimento a ser realizado, contando
com o condutor da embarcação e um auxiliar/ técnico
Processo contínuo e sistemático que busca a análise,
de enfermagem, em casos de suporte básico de vida,
coleta, consolidação e disseminação da saúde
e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte
pública, para que haja planeamento e implementação
avançado de vida
na promoção da saúde, garantindo integralidade em
níveis individuais e coletivos
V – Motolância – motocicleta conduzida por um
profissional de nível técnico ou superior em
Proteger, prevenir e controlar
enfermagem com treinamento para condução de
motolância
Vigiar fatores de risco para doenças crônicas
VI – Veículo de intervenção rápida (VIR) – veículo
Âmbitos físicos, mentais e ambientais da sociedade
tripulado por no mínimo um condutor de veículo de
urgência, um médico e um enfermeiro
Leva em consideração determinantes sociais

QUANDO CHAMAR O SAMU?


Orientada de acordo com os princípios do SUS:
integralidade, universalidade e equidade
Situações de PCR; intoxicação e envenenamento;
trabalhos de parto em que haja risco para mãe ou
VIGIGLÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
para o feto; tentativas de suicídio; acidentes e
traumas com vítimas; choque elétrico; AVC; infarto;
Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
afogamentos
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde
O SAMU E O SUS individual ou coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e
O Ministério da Saúde vem concentrando esforços no controle das doenças ou agravos
sentido de implementar a Política Nacional de
Atenção às Urgências, da qual o SAMU 192 é componente Portaria 1430 de 2018 -> EPI SUS = programa, com
fundamental. Tal Política prioriza os princípios do processo seletivo para profissionais da área de
SUS, com ênfase na construção de redes de atenção saúde para trabalhar na vigilância epidemiológica
integral às urgências regionalizadas e
hierarquizadas que permitam a organização da Coletar informações sobre os processos de saúde e
atenção, com o objetivo de garantir a universalidade doença para desenvolver estratégias de combate e
do acesso, a equidade na alocação de recursos e a erradicação das doenças
integralidade na atenção prestada
Coleta: vigilância passiva, em que cada nível de
PNAU: política nacional de atenção às urgências saúde envia informações sobre as principais doenças
(2003) encontradas no dia a dia e vigilância ativa, na qual
os profissionais da vigilância saem e buscam
Regulação médica informações nos registros diários das instituições
de saúde e observam os determinantes sociais dos
Integração dos níveis de assistência territórios

Regionalização Vigilância sentinela, na qual grupos, chamados


unidades sentinelas, se comprometem a estudar
Humanização dos profissionais indivíduos de um grupo populacional específico

Capacidade dos núcleos de ensino de urgência PROMOÇÃO DA SAÚDE

PORTARIA 1864/2003 Muito mais do que somente prevenção de doenças, é


melhorar a qualidade de vida
Implantação do processo de regulação das atenções
da urgência Conjunto de intervenções individuais, coletivas e
ambientais responsáveis pela atuação sob os
Institui o Componente pré-hospitalar móvel e determinantes sociais
financiamento pra custeio
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL Coronavírus

Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e CONTRIBUIÇÃO DO SUS


a detecção de mudanças nos fatores determinantes do
meio ambiente que interferem na saúde humana, com a SUDS -> formou base para atual constituição do SUS
finalidade de identificar as medidas de prevenção e
controle dos fatores de risco ambientais ® Programa de desenvolvimento de sistemas
relacionados às doenças ou outros agravos à saúde unificados e descentralização de saúde dos
estados no período imediatamente anterior à
Identifica agravos presentes no ambiente e a relação aprovação da Lei Orgânica de Saúde e que
com a comunidade atingida, buscando a minimização continuou no início da implantação do SUS
ou extinção do problema
® Iniciativa do INAMPS para universalizar sua
VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR assistência, que, até então, beneficiava
apenas os trabalhadores da economia formal e
Deve estabelecer intervenção, negociação de controle seus dependentes
e mudança no processo da organização do trabalho
para eliminar/ reduzir adoecimentos e acidentes Leis orgânicas da saúde (lei 8080/90) ->
relacionados ao trabalho regulamentação da definição constitucional
Processo de construção na rede de atenção à saúde
que visa a integralidade do cuidado Regulamentação da lei no 8080/90

VIGILÂNCIA SANITÁRIA PSF

Responsável por promover e proteger a saúde e Extinção do INAMPS (Instituto Nacional de


prevenir a doença por meio de estratégias e ações Assistência Médica da Previdência Social
de educação e fiscalização
Avanço na descentralização
A ANVISA tem como finalidade promover a proteção da
saúde da população por intermédio do controle Ampliação do PSF
sanitário da produção e comercialização de produtos
e serviços submetidos à vigilância sanitária, Medicamentos genéricos
inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos
e das tecnologias a eles relacionados Organização da ANVISA (Agência Nacional de
vigilância sanitária) e criação da ANS (Agência
SUS: DESAFIOS ATUAIS E PERSPECTIVAS Nacional de Saúde Suplementar), sendo que esta
última é uma agência reguladora vinculada ao
Anos de instabilidade: 1989-1994 Ministério da Saúde responsável pelo setor de planos
de saúde no Brasil
Social democracia conservadora: 1996-2002
SAMU e políticas de saúde mental
Conservação – mudança: 2003-2012
Brasil Sorridente
Ruptura institucional: 2014-1016
PERÍODO LULA
“ponte para o futuro”: 2016-2019
Equipe formada por quadros oriundos do MRS
Governo atual: 2019- (movimentos da reforma sanitária)

ESTADO DE SAÚDE Política econômica desfavorável ao crescimento do


sistema de saúde, com medidas limitantes, algumas
Erradicação da poliomielite que tentavam complementar orçamento, como CPMF, mas
os recursos foram utilizados para outros fins
Queda da mortalidade infantil
Persistência do subfinanciamento do SUS
Mudança das principais causas de mortalidade
SAMU
Estabilização das taxas de mortalidade por AIDS
Programa de farmácia popular, cujo objetivo foi
Aumento da mortalidade por causas externas – ampliar acesso da população aos medicamentos
homicídios e acidentes de trânsito considerados essenciais

Epidemias antigas (dengue) 12ª CNS/2003 -> criação da política nacional de


saúde bucal e política nacional de promoção da saúde
Novas epidemias (zika e chykungunia)
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Implementada a reforma psiquiátrica e criação da ® Cria as Regiões de Saúde e todas devem oferecer
rede de atenção psicossocial (CAPS) serviços de atenção primária, urgência e
emergência, atenção psicossocial (sendo que
2006: comissão nacional sobre determinantes sociais essas três devem ser as portas de entrada),
de saúde atenção ambulatorial especializada e
hospitalar e vigilância em saúde
® Composta por 16 especialistas e sua criação e
composição expressam o reconhecimento de que a ® RENASES: Relação Nacional de Ações e Serviços
saúde é um bem público, a ser construído com a de Saúde estabelece quais são os serviços de
participação solidária de todos os setores da saúde que estão disponíveis no SUS
sociedade brasileira
SEGUNDO PERÍODO DILMA
® Produção e disseminação de conhecimentos e
informações Abertura da saúde ao capital estrangeiro (lei
13.097/ 2015)
® Políticas e programas
Proposta de obrigatoriedade de planos de saúde para
® Mobilização da sociedade empregado, exceto domésticos (proposta de EC451/14)

® Comunicação Projeto de Lei das Terceirizações (projeto de lei


4.330)
® Cooperação internacional
Reconhecimento das OSS (organizações sociais de
Pacto pela saúde (defesa do SUS, de gestão e da vida) saúde) no SUS pelo STF, 2015
foi um conjunto de reformas institucionais do SUS,
pactuado entre as três esferas da gestão, com o Agenda Brasil, proposta pelo presidente do Senado,
objetivo de promover inovações nos processos e incluindo a cobrança de serviços no SUS
instrumentos de gestão, visando a alcançar maior
eficiência e qualidade das respostas do SUS, Novos pacotes de ajustes fiscais
redefinindo as responsabilidades de cada gestor
Empenho para a renovação da Desvinculação da
Não renovação da CPMF Receitas da União (DRU), que é um mecanismo que
permite ao governo federal usar livremente 20% de
Implantação das unidades de pronto atendimento (UPA) todos os tributos federais vinculados por lei a
24h em municípios com mais de 100 mil habitantes fundos ou despesas

Implantação dos Núcleos de Apoio à saúde da família Lançamento do documento Uma Ponte para o Futuro e
(NASF) Travessia Social, propondo a desvinculação total de
receitas e subversão à constituição e aos direitos
PERÍODO DILMA sociais (PMDB)

Rege cegonha: mulher, planejamento reprodutivo, Realização da 15ª CNS em 2015, que teve como foco a
atenção humanizada à gravidez, parto, puerpério defesa do direito à comunicação e à informação
(pós-parto) e primeira infância
PERÍODO TEMER
Programa mais médico: ampliar acesso nos lugares de
vazios assistenciais, investimentos em UBS, novas Ministro da saúde (Ricardo Barros) manifestou-se
vagas de graduação e residência contra o SUS e em favor do setor privado

Mais especialidades (não implementado) Prorrogação da desvinculação de receitas da União


(DRU)
Ampliação do PSF, que passou a ser dominado pela
Estratégia de Saúde da Família, com ampliação da Proposta a emenda constitucional (EC95/2016) ->
cobertura populacional congelamento dos 20 anos

14ª CNS/ 2011, cujo tema foi “todos usam o SUS! SUS ® Estabelece teto para as despesas primarias de
na seguridade social – política pública, patrimônio cada poder, que terá sua base fixada no valor
do povo brasileiro” e que organizou o programa de das despesas pagas no exercício de 2016,
saúde da família, bem como o financiamento para as congelando-a por 20 anos
ações
® Provável aumento das iniquidades o acesso a
Decreto Lei 7508/ 2011 – RENASES-RENAME-COAP bens e serviços de saúde

® Regulamenta a Lei 8080/90, regulando a ® Dificuldades para efetivação do direito a saúde


estrutura organizativa do SUS no Brasil
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
® Não considera transformações demográficas e CONASS
epidemiológicas no Brasil
conselho nacional de secretários de saúde ->
Modificação na política nacional de atenção básica entidade de direito privado, sem fins lucrativos,
-> financeiro e deixa de induzir o atual modelo de que se pauta pelos princípios que regem o direito
saúde da família -> não precisa constituir a equipe público e que congrega os Secretários de Estado da
de saúde da família como preconizado Saúde, cujo principal objetivo é fortalecer as
secretarias estaduais de saúde

CONASEMS

conselho nacional de secretarias municipais de saúde


-> agregar e representar um conjunto de todas as
secretarias municipais de saúde

OBSTÁCULOS

Valores culturais dominantes (diferenciação,


individualismo, distinção)
AVANÇOS
Limitadas bases sociais e políticas do SUS
Valores (igualdade, democracia, emancipação) e
arcabouço legal inscrito na Constituição e normas Interesses econômicos e financeiros (operadoras de
técnicas administrativas planos de saúde, das indústrias farmacêuticas e de
equipamento médico-hospitalares)
Rede de instituições de ensino e pesquisa
Resistência de profissionais de saúde
Descentralização em saúde
O desmonte do Welfare (com a crise econômica de 2008)
Experiências inovadoras e exitosas -> NOB, pactos,
plano diretor de investimento (PPI), participação O Estado não tem assegurado as condições objetivas
social por meio dos conselhos de saúde para sua estabilidade econômica e científico-
tecnológica
Vigilância epidemiológica e sanitária
Falhas nas políticas de controle do Aedes e na
Assistência farmacêutica segurança e qualidade do cuidado

Transplantes Insuficiência da infraestrutura física

Controle de tabagismo Dificuldades com a montagem de redes regionalizadas


e de mudança dos modelos de atenção e das políticas
HIV/AIDS e qualidade do sangue de saúde, provocando uma reprodução do modelo médico
hegemônico
SAMU e PNI
O SUS encontra-se constrangido pelas crises
Sistema de informação econômicas, políticas e sociais, limitadas bases de
sustentação políticas e pelas políticas de
Atenção primária em saúde austeridades fiscal

Saúde da família O maior desafio do SUS é político

CEBES DEBATE SOBRE CORONAVÍRUS

centro brasileiro de estudos de saúde -> luta pela Papel dos gestores públicos: ações orientadas pelas
democratização da sociedade e a defesa dos direitos evidências científicas relevantes para o
sociais, em particular o direito universal à saúde, enfrentamento da pandemia
formando o movimento da reforma sanitária
brasileira, produzindo e divulgando informações e Isolamento social e direitos humanos
tendo pensamentos e análises críticas sobre os
elementos essenciais a prática e ação política Defender fortalecimento do SUS para superação desta
emergência sanitária
ABRASCO
Medidas de organização, adequação e expansão da rede
atuar como mecanismo de apoio e articulação entre assistencial pública em articulação com rede privada
os centros de treinamento, ensino e pesquisa em
Saúde Coletiva
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Fortalecer sistemas e políticas de proteção social, unidades de produção de serviços desde os mais
com ações dirigidas para pacientes graves de COVID19 simples aos mais complexos
e populações vulneráveis, que estão mais expostas
aos impactos negativos diretos e indiretos desta ex: centros de saúde, policlínicas, hospitais
pandemia
Redes
BLOCO DOIS DE SACOL II
Conjunto de estabelecimentos voltados à prestação
de serviços comuns ou interligados
MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE
Ex: ambulatorial, hospitalar, laboratorial
TÓPICO I
Sistemas
O QUE É MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE?
Conjunto de instituições de saúde submetidas a leis
Representação esquemática e simplificada da e normas que regulam o financiamento, a gestão e a
realidade, que traz conteúdo e forma da organização provisão dos serviços
das práticas de saúde
Ex: SUS e SAMS (sistema médico de assistência
EXEMPLO suplementar = empresas de planos e sistemas de
saúde)
Modelo de mortalidade infantil causada pela diarreia
em um município DISTINGUE A ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA E OFERTA
ORGANIZADA (SUDS, 1987-1989)
Traz problema, causas e possíveis propostas de
intervenção para alcançar o objetivo de redução da Atenção à demanda espontânea (consultação)
mortalidade infantil por doenças gastrointestinais
Indivíduo procura serviço de saúde e ele próprio
identifica seu problema e procura o serviço

Unidades de saúde estão em determinada área e os


indivíduos recorrem de acordo com seus problemas
auto identificados

Oferta organizada/ ações programáticas


(programação)

Modalidade em que os programas são ofertados para o


controle de doenças de acordo com um planejamento e
CONCEPÇÕES DO MODELO ASSISTENCIAL conhecimento epidemiológico. Ações são programadas
e voltadas para determinada população

Forma de organização das unidades de prestação de


Ex: programas de controle de doenças
serviços

VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Forma de organização da atenção à saúde e do cuidado
médico
Adequação oferta/ demanda/ necessidade e problemas

Formas de organização da gestão


Incorporando território (espaço de identidade),
condições e modos de vida e baseado na integralidade
SISTÊMICA

O QUE SÃO MODELOS?

Formas de organização das relações entre sujeitos


(profissionais de saúde e usuários) mediados por
tecnologias (materiais e não materiais) utilizadas
no processo de trabalho em saúde, cujo propósito é
intervir sobre problemas (danos e riscos) e
necessidades sociais de saúde, historicamente
CONCEPÇÕES definidas (Paim, 2002)

FORMA DE ORGANIZAÇÃO DAS UNIDADES DE PRESTAÇÃO DE FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS DE SAÚDE
SERVIÇOS (OPAS, 1980)
PREVENTIVAS
Estabelecimentos
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Medidas específicas de prevenção de riscos e danos, Na França a higiene: a intervenção estatal sobre o
como ações de vigilância epidemiológica e sanitária espaço urbano

ASSISTENCIAIS Inglaterra a Saúde Pública: conjunto de medidas do


Estado para controle do ambiente, moradia e
Cuidados dispensados a pessoas doentes -> fábricas, bem como para a organização sanitária
recuperação da saúde e reabilitação das funções
vitais Medicina social -> originada na França, é medicina
como prática social e política
PROMOCIONAIS
Concentra atuação em agravos e riscos ou
Medidas inespecíficas de melhoria das condições determinados grupos populacionais
gerais de vida e trabalho, incluindo ações de
educação e comunicação em saúde Campanhas sanitárias

MODELOS DE ATENÇÃO HEGEMÔNICOS ® Programas são permanentes e campanhas são


esporádicas
SEGUEM O PRINCÍPIO DA INTEGRALIDADE
Pulverização de recursos e atividades
Fundamenta os modelos de atenção
No Brasil
Consiste na integração das ações
República Velha e as “campanhas sanitárias” de
Atuação profissional abrangendo as dimensões controles de epidemias (febre amarela, varíola,
biológicas, psicológicas e sociais peste)

Garantia da continuidade da assistência -> Século XX: programas especiais de controle de


longitudinalidade do cuidado doenças e agravos até a implantação de sistemas de
vigilância
Articulação de um conjunto de políticas que incidam
sobre os determinantes sociais ® Programas especiais são, de certa forma, a
institucionalização das antigas campanhas
PRIMEIRO EXEMPLO: MODELOS MÉDICO-ASSISTENCIAL sanitárias

® Programas de controle da malárica, HAS, dengue,


Prática médica originada no século XVIII, a partir
diabetes
da redefinição do papel do hospital como local de
prática da cura
Vigilância de pessoas -> vigilância de doenças ->
vigilância de riscos/ danos/saúde da população com
Fundada no desenvolvimento da medicina liberal (até
prevenção e promoção
a década de 1920) -> médico como profissional
liberal

Medida previdenciária (Vargas/ IAP)

Incorporação de tecnologia/ organização empresarial


-> medicina suplementar (planos de saúde)

Ação centrada na clínica, na atenção individual, na


demanda espontânea e no privilégio de serviços
especializados

Não contempla problemas de saúde da população

SEGUNDO EXEMPLO: MODELO SANITARISTA

Intervenção do Estado sobre as condições de vida e


saúde da população

® Foucault afirmava que o controle do Estado


sobre os corpos dos trabalhadores tinha como
objetivo a economia e proteção da burguesia

Alemanha no século XVIII: Estado absolutista e a


“política médica”
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
REFLEXÕES E CRÍTICAS

Concepção de saúde e doença como mercadoria e não


como direito

Tendência a elevação de custos com agregação da


tecnologia

Redução da efetividade diante da mudança do perfil


epidemiológico da população

Crescente insatisfação dos trabalhadores da saúde

Insatisfação da população com as dificuldades de


acesso, baixa qualidade e (des) humanização do
atendimento, levando a crise permanente Não é uma proposta de mudança de atitude do médico
em geral, mas a criação de uma nova especialidade:
MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE a do médico generalista

Atenção primária em saúde (1970/80)/ Alma Ata (1978)


TÓPICO II
Estratégia de reorganização de serviços (Starfield,
MODELOS MONOCAUSAIS X MODELOS MULTICAUSAIS 2002)
ORGANIZAÇÃO DAS PRÁTICAS: MODELOS DE DETERMINAÇÃO E
MODELOS DE INTERVENÇÃO Silos; SUDS; SUS; PNAB; ESF

Levar em consideração os determinantes sociais


HISTÓRICO

Propostas dos movimentos ideológicos de reforma em MODELO DE INTERVENÇÃO – PROPOSTAS DE MUDANÇA DO MODELO
saúde -> deias de um grupo de pessoas sobre como DE ATENÇÃO
intervir
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Medicina preventiva (1940)
1ª Conferência Internacional sobre PMS – Otawa/
Proposta de mudança parcial da prática médica a Canadá – 1986
partir de mudanças no ensino médico para que o
profissional viesse a adquirir uma cultura Redefinição do “Modelo do Campo de Saúde”
“preventiva” e não apenas diagnóstica e terapêutica

Resposta da associação médica sobre a forma como o


Estado lidava com a saúde

Integração de Saúde Pública com a clínica ->


epidemiologia, demografia e ciências sociais

Medicina comunitária (1960) Modelo de campo de saúde a partir da crítica do


modelo de saúde do Canadá
EUA – incorpora a comunidade como seu objeto de
conhecimento e intervenção, superando a visão
individualista e clínica da medicina preventitista

Organização das práticas: níveis de prevenção +


níveis de atenção à saúde -> participação da
comunidade

Modelo da história natural (Leavell e Clarck)

desenhar intervenção, inserindo prevenção em três


níveis

divido em dois momentos: pré patológico e


DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
patológico; e nesses dois períodos encontramos três
níveis de prevenção: primária, secundária e
terciária
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Promoção da saúde

Vigilância da saúde

A VISAU articula o enfoque populacional (promoção),


com o enfoque do risco (prevenção) e o enfoque
clínico (assistencial), constituindo-se em um
referencial para implantação e reorganização de um
conjunto de políticas e práticas de acordo com a
situação de saúde da população em cada país, estado
ou município (território)

MODELOS ALTERNATIVOS NO SUS

Propostas elaboradas e/ ou definidas no SUS

podem ser de acordo com as buscas individuais do


indivíduo ou pelas demandas gerais

Distritos sanitários: base territorial para


definição da população coberta; do perfil da oferta
de serviços, levando em conta a articulação dos
diversos níveis de complexidade e, principalmente,
o perfil da demanda e as necessidades de saúde da
Atenção programática
população

Casar demanda espontânea e oferta organizada


Oferta organizada / ações programáticas
(atender a pessoa pela demanda que ela procura, mas
vai fazer algo mais completo, medindo a pressão, por
Saúde da família – PSF (1944)
exemplo, promovendo um acompanhamento, dando mais
qualidade à busca espontânea, ofertando cuidado e
Estratégia prioritária para reorganização da atenção acompanhamento para formação de vínculos)
básica PNAB (20111)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte de uma estratégia maior de mudança do modelo
de atenção, na medida que se conjugue com Modelo médico hegemônico apresenta limites para uma
transformações na organização da atenção de alta e atenção comprometida com a equidade, efetividade e
média complexidade induzida por ações de controle e necessidades prioritárias em saúde
se articule com ações de vigilância, de promoção de
me melhora da qualidade de vida nas áreas cobertas O modelo sanitarista, apesar de ser voltado às
necessidades, encontra dificuldades para a promoção
Espaço de experimentação de modelos assistenciais e proteção da saúde
alternativos baseados na integralidade da atenção à
saúde Incorporação de modelos alternativos devido as
insatisfações em relação aos modelos predominantes
Acolhimento/ clínica ampliada e a crise da legitimação das práticas de saúde

Atitude do profissional de saúde frente ao usuário


em seu processo de trabalho individual e em equipe,
LÓGICA EPIDEMIOLÓGICA E CONCEITOS
respeito e disponibilidade à escuta do outro - ÉTICA
RISCO E FATOR DE RISCO
Mudança na recepção ao usuário dos serviços a partir
da “releitura” de suas necessidades e demandas e
Objeto da epidemiologia
reorientação do processo de trabalho na unidade de
saúde – TÉCNICA
Perigo potencial

Reorganização do gerenciamento da unidade visando a


Probabilidade de determinado evento
ampliar a capacidade de disponibilizar as
alternativas tecnológicas mais adequadas para o
Negativo – doença, dano, óbito
encaminhamento dos problemas dos usuários -
GERENCIAL
Positivo – cura ou recuperação

Diretriz para as políticas de saúde, com vistas a


O QUE É
implementar e consolidar práticas de saúde coerentes
com a defesa dos direitos dos usuários enquanto
Probabilidade de ocorrência de uma doença agravo ou
direitos humanos
condição relacionada a saúde, incluindo cura,
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
recuperação ou melhora em uma população ou grupo Permite diagnosticar as condições de vida e de saúde
durante um período determinado de tempo de uma população, implementar políticas para o
controle dessas doenças e avaliar a eficácia das
COMPOSIÇÃO PARA ESTIMATIVA DE RISCO ações desenvolvidas

Ocorrência de casos de óbito-doença saúde Importantes para profissionais da saúde da família


(numerador) utilizarem no dia a dia, porque o auxilio dos
indicadores de saúde e o conhecimento sobre o perfil
Base de referência populacional (denominador) epidemiológico da comunidade facilita os
planejamentos, avaliação das ações e melhorias na
Base de referência temporal (período) qualidade de vida da população

INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS PRINCIPAIS INDICADORES

MACROINDICADORES Morbidade

Taxa de mortalidade = O/P Mortalidade

Taxa de incidência (e prevalência) de doença = D/P Demográficos

Taxa de incidência e prevalência de infecção = I/P Relacionados a nutrição

*I=infectados ou predispostos Sócio econômicos


Relacionados a saúde ambiental
MICROINDICADORES
Relacionados aos serviços de saúde
coeficientes de patogenicidade = D/I
LIMITAÇÕES E SOLUÇÕES
coeficientes de virulência (e prevalência) da doença
= G/D Quando denominadores e numeradores são pequenos, o
que pode acontecer em municípios de menor porte
coeficientes de letalidade = O/D áreas de unidades de saúde. Nesses casos, a
alternativa é o uso de indicadores agregados por
MORBIDADE áreas ou períodos ou o uso dos valores absolutos

Número de casos de uma doença dividido pela INDICADORES DE MORTALIDADE


população e multiplicado pela constante
Mortalidade proporcional
PREVALÊNCIA
Indicador do tipo proporção, apresentando no
Número de casos conhecidos de uma doença, divide numerador os óbitos, que podem ser por região,
pela população e multiplica pela constante causa, sexo ou idade e no denominador o total de
óbitos no período
INCIDÊNCIA
Taxa de mortalidade
Número de casos novos de uma doença em determinada
comunidade em certo período de tempo, divide pelo Se refere a toda uma população
número de pessoas expostas ao risco de qualquer
doença no referido período e multiplica pela Calcula-se dividindo o total de óbitos em
constante determinado período pela população total do período
e multiplica-se pela constante

CONCEITOS E FERRAMENTAS DA EPIDEMIOLOGIA Pode ser específica por sexo, idade ou causa

INDICADORES DE SAUDE Taxa de mortalidade infantil

São frequências relativas, compostas por um Usada como indicador de qualidade de vida
numerador e um denominador que fornecem informações
relevantes sobre atributos e dimensões relacionadas Calcula-se dividindo o número de óbitos de menores
às condições de vida da população e sobre o de um ano no período pelo número de nascidos vivos
desempenho do sistema de saúde no período e multiplica pela constante escolhida

Para avaliar e descrever como vai o bem-estar da Limitações: problemas e erros nos registros
população
Divide-se em mortalidade neonatal 0-27 dias da
Podem ser medidas do tipo razão, proporção ou taxa criança, que estão mais ligadas a questões da
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
gestação e do parto e o pós-neonatal; 28 dias a um ESTADO DE SAÚDE
ano, que se relacionam mais com questões
socioeconômicas e ambientais, especialmente Indicadores de morbimortalidade
nutrição e infecções
SISTEMA DE SAÚDE
Taxa de mortalidade infantil alta: maior que 50
óbitos por 1000 nascidos vivos Programas e indicadores

Mortalidade materna NECESSIDADES

Do tipo razão Carências constituídas historicamente e com grande


variabilidade individual
Divide-se o número de óbitos de mulheres por causas
ligadas à gravidez, parto e puerpério no período DETERMINANTES
pelo número de nascidos vivos no período e depois
multiplica pela constante Podem ser identificados por meio de estudos
epidemiológicos e sociais que visem a explicar a
No Brasil, para tentar sanar o problema de determinação social do processo saúde doença na
subregistro, multiplica-se o número de óbitos das população
mulheres por 1,42

ANÁLISE DE SITUAÇÃO DE SAÚDE


INDICADORES DE FEDUNDIDADE

FONTE DE DADOS EPIDEMIOLÓGICOS


Taxa de fecundidade total

Mortalidade
Calcula-se pela soma das taxas específicas por
faixas etárias multiplicado pelo tamanho do
Morbidade
intervalo, em anos, de cada faixa etária

Inquéritos especiais
Representa o número de filhos por mulher

SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Conhecimento pode auxiliar no planejamento de ações
em saúde materno-infantis, assim como a atenção aos
SIM
idosos

SINASC
Essa taxa relaciona-se com a transição demográfica

SINAN
SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA
INDICADORES DE SAÚDE
PLANO DE EXPOSIÇÃO
Expectativa de vida ao nascer
Problemas, necessidades e determinantes de saúde
Situação e tendências da evolução demográfica, Coeficiente de mortalidade
social e econômica
Incidência
Políticas governamentais e serviços de saúde
Prevalência

OBJETIVO
QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DESAÚDE DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA?
Analisar a situação de saúde da população com ênfase
nos determinantes de saúde
Declínio de mortalidade por doenças infecciosas

QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DE SAÚDE? *corona vírus

Hospitais degradados, sem pessoal, sem equipamentos Doenças não transmissíveis são a principal causa de
e insumos básicos; ausência de ética profissional; mortalidade da população
falta de atenção básica; contratos irregulares;
precariedade do sistema de saúde; insuficiência de Causas externas: acidentes, homicídios -> problema
leitos de UTI importante no Brasil

PROBLEMAS DE SAÚDE DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE

Discrepâncias entre a realidade observada e a norma SÉCULO XX


socialmente construída
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Desenvolvimento econômico DEFINIÇÃO

Movimento migratório PENSAMENTO CIENTÍFICO (SEC. XVIII) E O MODELO


REDUCIONISTA
Reforma sanitária
Predominava análise e dissecação do objeto em
Urbanização pequenas partes -> desenvolvimento inicial na
anatomia e fisiologia e crítica ao mecanicismo
Aumento da expectativa de vida
Evolução do pensamento científico
DESIGUALDADES
Teoria da evolução e relatividade
Regionais; grupos e classes sociais; sociais/
educação; distribuição de renda TEORIA DA COMPLEXIDADE

iniquidades: desigualdades em saúde entre grupos Não dissociação e concepção sistêmica holística
populacionais que, além de sistemáticas e
relevantes, são evitáveis, injustas e desnecessárias Considero impossível conhecer a parte sem o todo e
o todo sem a parte (Pascal)
desigualdades: nem sempre o potencial econômico de
um país está relacionado à sua capacidade de Edgar Morin
promover o desenvolvimento humano de sua população;
nem sempre o desenvolvimento se reverte em melhorias TEORIA GERAL DOS SISTEMAS
nas condições de vida e saúde da população e nem
sempre países ricos são mais saudáveis Concebe sistema como unidades inter-relacionadas e
com objetivo em comum
REPERCUSSÃO PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE
Sistema de saúde vem daqui, mas precisa saber que
SUS nem sempre o funcionamento se dá de maneira
harmônica, porque também é o local de disputas
Ampliação do acesso aos cuidados de saúde
Sistemas do corpo
Expansão da atenção básica/ mais médicos
COMPONENTES
Ampliação dos serviços de urgência e emergência
(SAMU e UPA)
Cobertura populacional/ catálogo de serviços

Cobertura universal para a vacinação e a assistência Recursos econômicos


pré-natal
Recursos humanos
Expansão dos recursos humanos e das tecnologias em
saúde Rede de serviços

Desafios Insumos

DNT: controle e prevenção: tendências favoráveis Tecnologia e conhecimento

Epidemia de obesidade Organizações

Persistência das desigualdades na distribuição dos


QUESTÕES
fatores de risco

Quem proteger? Quanta proteção oferecer?


Crise atual: epidemia, desestruturação do Ministério
da Saúde, teto dos gastos públicos, viés ideológicos
Quem deve oferecer?

Intervenções
Como organizar a oferta de serviço?

Superar as desigualdades socioeconômicas Os serviços devem ser entendidos como um bem para
os que necessitam ou devem ser comprados no mercado
Oferta desigual para atender as desigualdades por aqueles que podem pagar? E se devem ser
comprados, o que fazer com aqueles que não têm
Consolidação do SUS condições?

SISTEMAS DE SAÚDE NO MUNDO PROTEÇÃO SOCIAL


Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Forma como Estado se organiza para responder Acidentes de trabalho
situações de vulnerabilidade dos cidadãos
Cuidados prolongados
PAÍSES DE INDUTRIALIZAÇÃO AVANÇADA
Maternidade
Proteção social tem três formatos
sistema de educação (direito ao ensino público)
Seguro social
Instituição central
Seguro (contrato entre as partes)
Seguro social da doença
Relação contratual
Financiamento
Contribuição por meio do seguro social
Contribuição compulsória (se você trabalha, uma
Focaliza os trabalhadores inseridos no mercado parte do seu trabalho vai para esse fundo e a
formal contribuição é de acordo com o que você ganha)

Ex: Era Vargas: as caixas de aposentadoria e pensão Solidariedade (diferença do seguro privado – planos
organizadas por determinadas categorias de saúde – que é baseado segundo o risco, numa
profissionais relação puramente econômica)
Admitem co-pagamento se optar por uso de serviço em
Exemplo: Alemanha e França -> caixas mantidos pela acomodação especial, chamado de hotelaria ou alguns
população inserida no mercado formal, mas dividida procedimentos eletivos, como área de estética
com restante da sociedade e não apenas com os que
contribuem Cobertura

Seguridade Os segurados têm direito a tratamento quando este


se fizer necessário para diagnóstico e cura das
Modelos nacionais estabelecidas por meio de doenças bem como para evitar a piora e minorar o
prestação de serviço para todos o país sofrimento

Ideia central = justiça social CANADÁ

Direitos assegurados pelo Estado Seguro Nacional de Saúde – Medicare

Acesso mediante necessidade dos indivíduos Todos os cidadãos têm acesso em todos os níveis de
atenção
Exemplo: Reino Unido e Canadá
Prestação de serviço
residual
Mercado privado restrito a áreas privadas, como home
care e cuidadores
responsabilidade do Estado se limita a assistência
pública
Financiamento
caráter complementar e compensatório
Fontes fiscais entre Governo Federal e Províncias
(70%)
organizado por fundos e doações

Gastos diretos (14%)


exemplo: EUA

Seguros privados (12%)


ANÁLISE COMPARADA
*indicadores de saúde:
ALEMANHA Esperança de vida: 80,8 anos
Mortalidade infantil: 4,9 óbitos/ 1000 nascidos
3ª economia no mundo vivos

Modelo: seguro social – Bismark = Início da EUA


conformação do modelo de bem-estar social
Maior potência econômica, militar e cultural do
Proteção social planeta

Seguro aposentadoria Modelo residual/ sistema de saúde misto

Seguro desemprego
Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Medicare – contribuição da força de trabalho <-> Gastos públicos com saúde no Brasil são os menores
medicaid – ajuda residual do Estado para os se compararmos com outros países (4,8%) e isso
necessitados expressa o quão estrangulados e insuficientes são
os recursos destinados à saúde pública no Brasil
Analogia: Brasil antes do SUS, em que os
necessitados, que não trabalhavam ou que não tinham Relação entre gastos públicos e privados: no Brasil,
condições de pagar, procuravam as casas de gastos privados são maiores que os públicos
misericórdia
LIMITES E PERSPECTIVAS
Prestação de serviço predominantemente privado –
Estado é mínimo REFORMAS DOS SISTEMAS DE SAÚDE

Maior volume de gasto total e per capita do mundo Décadas de 60/70: ênfase na organização e
coordenação dos cuidados para população
Saúde pública geograficamente definidas, na atenção privada e na
participação dos usuários
CDC: centro para controle e prevenção de doenças
Período neoliberal: contenção de custos estatais,
NIH: Institutos Nacionais de Saúde – pesquisas restrições de cobertura e co-pagamento (Chile e
biológicas Colômbia

FDA: administração de alimentos e drogas (segurança O formato dos sistemas de saúde é influenciado por
e controle de qualidade) uma permanente negociação entre três forças
reguladoras: governo, profissionais e usuários
*indicadores de saúde:
esperança de vida: 78,7 anos A proteção à saúde será tanto mais ampla quanto maior
Mortalidade infantil: 6,1 óbitos/ 1000 nascidos for a compreensão da sociedade acerca da saúde como
vivos problema coletivo, não de cada indivíduo ou família,
mas de toda a população
AMÉRICA LATINA

Características gerais

Heterogeneidade socioeconômica, política,


demográfica e cultural

Transição demográfica e epidemiológica:


sobreposição de desafios das sociedades modernas sem
resolução do atraso social e econômico

Trajetória de segmentação com Departamentos e


Ministérios da Saúde: controle das doenças
infecciosas e Programas especiais e assistências
(santas Casas/ beneficências)

Modelos

Público unificado (Cuba)

Contrato Público (Argentina e Brasil)

Privado Atomizado (Paraguai)

Segmentado (Chile)

Brasil

Desembolso direto: 11% dos gastos das famílias

Atenção médica supletiva: ¼ população CONSIDERAÇÕES FINAIS

Público: 75%
Os sistemas de saúde possuem semelhanças, como a
busca de políticas inclusivas e tecnológicas e
COMPARANDOS OS GASTOS: OS RECURSOS SÃO SUFICIENTES? divergências, como acesso, organização e desempenho

PIB X GASTOS PÚBLICOS EM SAÚDE


Cristiana Bello Dultra Nogueira
19.2
Categoria central: dilemas entre segmentação e
universalização do acesso

Não existem sistemas puros e nem sempre a riqueza


de uma sociedade se expressa por justiça social ou
por uma organização de serviços de qualidade

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