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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Nesse contexto, os Departamentos de Medicina Preventiva Nessa reunião, foram lançados os princípios da Reforma
(DMPs) constituíram a base institucional que produziu Sanitária e consagrou uma concepção ampliada de saúde e o
conhecimentos sobre a saúde da população e organizou as princípio da saúde como direito universal e como dever do
práticas sanitárias, iniciando o movimento sanitário. Foi nesse Estado, esses atributos seriam mais tarde plenamente
período que as ideias da Medicina Social penetraram nos contemplados na CF de 88
meios acadêmicos Nessa conferência que foi aprovada a criação de um
O estudo do processo de saúde-doença deixaria de ter foco Sistema Único de Saúde, que iria se constituir como um
no indivíduo e passaria para a coletividade (classes sociais e novo arcabouço institucional, com a separação total da saúde
frações) e a distribuição demográfica de saúde e da doença em relação à Previdência
E aí o movimento sanitário foi atuando sob forte pressão Criação do SUDS – Sistema Unificado e
contra o regime autoritário, se tornando como uma força Descentralizado de Saúde
política que foi construída a partir de várias contestações ao O SUDS foi o antecedente mais imediato da criação do SUS e
regime e ele buscou principalmente o exercício das diretrizes ele também tinha como principais diretrizes:
que transformam o sistema de saúde
o universalização e equidade no acesso aos serviços de
Alguns desses projetos no movimento sanitário tornaram-se saúde,
modelos de serviços oferecidos pelos sistema de saúde, entre o integralidade dos cuidados assistenciais,
eles o Projeto Montes Claros (MOC), que mais tarde iria o descentralização das ações de saúde
servir para nortear a proposta do SUS o implementação de distritos sanitários
Criação do Conselho Consultivo de Administração da Foi um momento marcante porque pela 1ª vez o Governo
Saúde Previdenciária (CONASP) Federal começou a destinar os recuros para os estados e
Criada no contexto de agravamento da crise da Previdência municípios ampliarem suas redes de serviço, prenunciando a
Social, que contava com a diminuição dos benefícios dos municipalização que viria com o SUS
aposentados e a diminuição na intervenção da assistência CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
médica na previdência
Os assuntos discutidos na 8ª conferência conseguiram chegar
O CONASP então buscou organizar e racionalizar a até a Assembleia Nacional Constituinte com sua proposta
assistência médica e instituir medicas na área da saúde, discutida, legitimada e completa, do ponto de vista ideário
criando então as Ações Integradas de Saúde (AIS) que do movimento sanitário
implementou avanços consistentes, como o fortalecimento da
rede básica ambulatorial Como resultado das diversas propostas para o campo de
saúde apresentadas na Assembleia, a CF de 88 aprovou a
O Conselho de saúde
SUBFINANCIAMENTO
São os recursos destinados à operacionalização e ao
financiamento do SUS, que fica muito abaixo das
necessidades
Essa insuficiência é sentida pelos trabalhadores da ESF
principalmente quando há a necessidade de se acessar os
outros níveis de maior complexidade do sistema, cuja oferta
sempre ficam abaixo das demandas
UNA-SUS UNIFESP
CONASS 2011 – Coleção para entender a gestão do SUS
CONASS 2003 – Legislação do SUS
ABC do SUS, doutrinas e princípios, Ministério da Saúde 1990
Políticas públicas de saúde: Sistema Único de Saúde, UNA-
SUS UNIFESP
Como procedimentos menos complexos, que são As principais áreas da alta complexidade estão organizadas
capazes de atender a maior parte dos problemas em ‘’redes’’
comuns de saúde da comunidade
Infraestrutura necessária: equipe multiprofissional (médico,
enfermeiro, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório
dentário/téc. Em higiene dental, auxiliar/téc. de enfermagem,
agente comunitário da saúde etc
Áreas de atuação: eliminação da hanseníase, controle da
HAS, saúde da criança, da mulher, bucal, controle da
tuberculose, controle de DM, eliminação da desnutrição
infantil etc
OBSERVAÇÕES
NOAS 01/01
É a lei que efetivamente normatiza o sistema de
regionalização
Objetivo: promover maior equidade na destinação de
recursos e no acesso da população às ações e
serviços de saúde em todos os níveis
Instituiu o PDR como instrumento de ordenamento da PLANEJAMENTO REGIONAL
regionalização da assistência nos estados e no DF, baseado
nos objetivos de definição de prioridades de intervenção O PDR e o PPI irão nortear a programação e a destinação
coerentes com a necessidade da população e garantia de dos recursos financeiros, a identificação e o reconhecimento
acesso dos cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde das regiões de saúde, além dos recursos de investimentos
necessários no processo de planejamento regional e estadual
NOAS 01/02
PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAÇÃO (PDR)
Assegura as diretrizes organizativas definidas pela NOAS
Estabelecido pelo NOAS 01, tem como função organiza de
01/01 e procura oferecer alternativas necessárias à
forma regionalizada e hierarquizada a assistência à
superação das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica
saúde
concreta de sua implementação
a elaboração deverá conter:
Objetivo: os mesmos do NOAS 01/01, porém por
meio de 3 grupos de estratégias articuladas: Desenhos das redes regionalizadas de atenção em
Regionalização e organização da assistência saúde
Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS Recursos de investimentos para atender as
Revisão de critérios de habilitação de municípios e necessidades regionais
estados Contemplar as necessidades da área da vigilância em
saúde
Esse NOAS estabelece o comando único sobre os
prestadores de serviços de média e alta complexidade O PDR nasce da pactuação entre os gestores municipais e
servirá como subsídio para a elaboração do PPI, que dará
Também fortalece a gestão dos estados sobre as
efetividade ao que foi pactuado
referências intermunicipais, para acompanhamento da
população não residente que busca atendimento no OBJETIVOS DA REGIONALIZAÇÃO
município de referência
Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações e
serviços de sapude
Garantir o direito à saúde, reduzir as desigualdades
sociais e territoriais e promover a equidade
Garantir a integralidade na atenção à saúde, por meio da
organização de redes de atenção à saúde integradas
ATENÇÃO INTEGRAL
A CF de 88, Art 198 ‘’atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais’’ e também definiu que a saúde é direito de
todos e dever do Estado
Sendo um dos princípios do SUS, o sistema deve estar
preparado para compreender o ser humano em sua condição
integral, ou seja: ouvir o usuário, entendê-lo inserido em seu
contexto social e partir daí atender suas demandas e
necessidades
A integralidade como eixo prioritário de uma política de
saúde, ou seja, ela que concretiza a saúde como questão de
cidadania, significa compreender seu modo de operação por
2 movimentos recíprocos a serem desenvolvidos pelos
sujeitos no processo organizativo:
1. A superação de obstáculos
2. Implantação de inovações no cotidiano dos serviços de
saúde, nas relações entre os níveis de gestão do SUS e
nas relações destes com a sociedade
ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
É uma estratégia frente à necessidade de concepção de um
novo modelo para a saúde, tendo como um dos segmentos
fortes a atenção primária e a ênfase na medicina
preventiva
É necessário fortalecer e qualificar a atenção primária
garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção aos
agravos evitáveis
REFERÊNCIAS
CONASS 2011: Assistência de Média e Alta complexidade
Integralidade em saúde, Roseni Pinheiro. Fiocruz 2009
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
TEMÁTICAS PRIORIZADAS NAS RAS As Redes de Atenção à Saúde, Eugenio Vilaça Mendes,
Brasília DF 2011
1. Rede cegonha estruturada com o pré-natal, parto,
nascimento e puerpério
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O SUS incorporou o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica (SNVE) na lei 8080, que definiu ela como:
‘’conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual/coletiva,
a fim de se recomentar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos’’
FUNÇÕES ESPECÍFICAS
Propósito: fornecer orientação técnica permanente para os
profissionais da saúde, que possuem a responsabilidade de
decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e
agravos. Assim, VE torna disponíveis informações
atualizadas sobre essas ações, assim como os fatores que as
condicionam, numa área geográfica ou população definida
A sua operacionalização compreende um ciclo de funções Todos esses dados devem ser reunidos, analisados e
específicas e intercomplementares, que permitem conhecer o apresentados na forma de informes técnicos que serão
comportamento da doença ou agravo selecionado como alvo distribuídos para pessoas que necessitem conhecer os
das ações, para que as medidas de intervenção possam ser resultados das atividades da vigilância, para fins de
desencadeadas com oportunidade e eficácia prevenção e controle de agravos importantes para a saúde
pública
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
É uma publicação de caráter técnico-científico, formato
eletrônico, mensal ou semanal para os casos de
monitoramento e investigação de doenças específicas
sazonais, e editado pela secretaria de vigilância em saúde
É um instrumento de vigilância para promover a
disseminação de informações qualificadas, com potencial
COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES
para contribuir com a orientação em saúde pública no país
Para se cumprir as funções da VE, vai depender da
disponibilidade de dados que sirvam para ajudar no processo
de produção de informação para a ação.
A qualidade dessa informação vai depender principalmente
da adequada coleta de dados gerado no local onde ocorre o
evento sanitário
A informação vai ser um instrumento poderoso capaz de
auxiliar no planejamento, avaliação, manutenção e
aprimoramento das ações
Outros
Constam ainda nesse sistema planilha e boletim de
acompanhamento de surtos (reproduzidos pelos
municípios) e os boletins de acompanhamento de
Hanseniase e tuberculose (emitidos pelo próprio sistema)
OPERAÇÃO
A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-
se calcular a incidência, prevalência, letalidade e
mortalidade, além de realizar análises de acordo com as
características de pessoa, tempo e lugar, principalmente
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE em relação às doenças transmissíveis de notificação
NOTIFICAÇÃO (SINAN) obrigatória.
Foi desenvolvido entre 1990-1993 para tentar sanar as De acordo com a Lei Orgânica da Saúde (lei 8080), a
dificuldades do sistema de notificação compulsória de vigilância sanitária é:
doenças (SNCD) e substitui-lo, o SINAN é para ser operado
a partir das Unidades de Saúde, considerando o objetivo de
coletar e processar dados sobre agravos de notificação,
em todo território nacional, desde o nível local
É alimentado principalmente pela notificação e investigação
de casos de doenças e agravos, que constam na lista
nacional de notificação compulsória
Além disso, a entrada de dados no SINAN é feita mediante a
utilização de alguns formulários padronizados:
REFERÊNCIAS
Diretrizes nacionais da vigilância em saúde – Ministério da
Saúde, 2010
Vigilância em saúde parte 1 – CONASS 2011
Vigilância em saúde parte 2 – CONASS 2011
Guia de Vigilância Epidemiológica 7ª edição – Ministério da
Saúde 2009
MEDICINA E PESQUISA
CONCEITO DE PESQUISA CIENTÍFICA 3. ELABORAÇÃO DE UM ESQUEMA
É um procedimento reflexivo e sistemático, Depois de decidir fazer uma pesquisa, deve-se pensar em
controlado e crítico, que permite descobrir novos um esquema que facilite sua viabilidade, auxiliando o
fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo pesquisador a conseguir uma abordagem mais objetiva,
do conhecimento imprimindo uma ordem lógica do trabalho
É um procedimento formal, com método de pensamento Planejar o estudo, a obtenção de recursos materiais,
reflexivo e se constitui como um caminho para conhecer a humanos e de tempo
realidade ou para descobrir verdades parciais
4. CONSTITUIÇÃO DA EQUIPE DE TRABALHO
O desenvolvimento de um projeto de pesquisa
compreende 6 passos: Recrutar pessoas para distribuir tarefas, indicação de
locais de trabalho e todo o equipamento necessário,
porém a pesquisa pode ser realizada por 1 pessoa só
também.
Responde a pergunta ‘’quem’’
5. LEVANTAMENTO DE RECURSOS E
CRONOGRAMA
Quando a pesquisa é solicitada por alguém ou vai ser
PREPARAÇÃO DA PESQUISA patrocinada por alguma entidade, o pesquisador deve
fazer uma previsão dos gastos, fazendo um orçamento
necessário
Também deve-se estipular um cronograma
Responde as perguntas: quanto e quando
FASES DA PESQUISA
1. DECISÃO
Momento que o pesquisador decide realizar a pesquisa,
por interesse próprio, de alguém ou de alguma entidade,
como o CNPq (conselho nacional de desenvolvimento
científico e tecnológico)
Exige dedicação, paciência, persistência etc
Porque, pra que e pra quem É selecionar um assunto de acordo com as inclinações,
as possibilidades e as tendências de quem se propõe a
elaborar um trabalho cientifico
MEDICINA E PESQUISA
Deve ser executável e adequado para a pessoa, como a comum, a hipótese sempre conduz uma verificação
disponibilidade do tempo, o interesse, as qualificações empírica
pessoais (formação universitária) e etc
A função dela na pesquisa é propor explicações para os
Deve ser preciso, bem determinado e especifico certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras
informações
Pergunta: o que será explorado
2. LEVANTAMENTO DE DADOS É necessário que haja um embasamento teórico para que
ela possa servir de guia na investigação
Podem ser utilizados
Os resultados finais da pesquisa poderão comprovar ou
Pesquisa bibliográfica apanhado geral sobre os rejeitar essas hipóteses e se isto acontecer, elas podem
principais trabalhos relacionados com o tema ser reformuladas e fazer outros testes para que ela seja
disponíveis na literatura comprovada
Pesquisa documental
Contatos diretos, pesquisa de campo ou de 6. INDICAÇÃO DE VARIÁVEIS
laboratório realizados com pessoas que fornecem Todas as variáveis que podem interferir ou afetar o objeto
dados que vão ser informações úteis em estudo, devem ser não só levadas em consideração
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA como serem devidamente controladas, para impedir o
Responde às perguntas o que e como comprometimento ou o risco de invalidar a pesquisa
8. AMOSTRAGEM
Uma parcela selecionada da população
O objetivo principal é tornar os termos claros, Diretamente relacionada com o problema a ser estudado
compreensivos e adequados, não podem ser ambíguos e e a escolha vai depender natureza dos fenômenos da
nem causar dúvidas nem confusão de ideias pesquisa, o objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a
equipe humana e outros elementos
O pesquisador está mais interessado no conceito que as
palavras indicam do que elas em si mesmas Utiliza-se todos os métodos e técnicas que são viáveis,
apropriados e necessários para o caso
5. CONSTRUÇÃO DE HIPÓTESES
É uma suposição que antecede a constatação dos fatos,
correta ou errada, de acordo ou contrária ao senso
MEDICINA E PESQUISA
10. ORGANIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL DE Seleção verificação crítica dos dados, a fim de
PESQUISA detectar falhas ou erros
Codificação técnica operacional usada para
As obras sobre pesquisa cientifica no geral oferecem categorizar os dados que se relacionam (transformar
esboços práticos que servem de orientação na qualitativo em quantificativo)
montagem de formulários, questionários, roteiro de
Tabulação disposição dos dados em tabela,
entrevistas, etc
facilitando a verificação das inter-relações entre eles
Também é necessário preparar não só os instrumentos de (permite sintetizar os dados de observação e
observação, mas também o dossier de documentação representar graficamente)
relativo à pesquisa pastas, cadernos, fichários etc
3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
11. TESTE DE INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS
A análise (ou explicação) é a tentativa de evidenciar as
Elaborados os instrumentos de pesquisa, deve-se testar relações existentes entre o fenômeno estudado e outros
eles sobre uma parte da amostra, antes de ser aplicado fatores é realizada em três níveis: interpretação,
definitivamente, a fim de evitar que a pesquisa chegue a explicação e especificação
um resultado falso
Na análise o pesquisador entra em maiores detalhes
O objetivo é verificar em até que ponto os instrumentos sobre os dados estatísticos, para que ele consiga
conseguem garantir resultados sem erros respostas às suas indagações
Em geral, é suficiente realizar a mensutação em 5 ou 10% Já a interpretação é a atividade intelectual que procura dar
do tamanho da amostram dependendo do numero um significado mais amplo às respostas, vinculando-as a
absoluto dos processos mensurados outros conhecimentos. Na interpretação pode ser feita a
ETAPAS DE EXECUÇÃO DA PESQUISA construção de tipos, modelos e esquemas ou uma
ligação com a teoria
1. COLETA DE DADOS Quando mais simples for, mais claro e mais objetivo ficam
as ideias
É a etapa em que aplica os instrumentos elaborados e
técnicas que foram selecionadas, a fim de efetuar a coleta Tabela construída usando dados obtidos pelo próprio
de dados previstos pesquisador
É fundamental que haja um rigoroso controle na aplicação Quadro elaborado tendo por base dados secundários,
dos instrumentos da pesquisa para evitar erros e defeitos obtidos de fontes como o IBGE, livros, revistas etc
resultantes de entrevistadores inexperientes ou de 5. CONCLUSÕES
informantes tendenciosos
Explicita os resultados finais, considerados relevantes e
2. ELABORAÇÃO DOS DADOS elas devem estar vinculadas à hipótese de investigação,
Após a coleta de dados, eles são elaborados e cujo conteúdo foi comprovado ou refutado
classificados de forma sistemática. Aqui eles devem
seguir os passos:
MEDICINA E PESQUISA
Ao se redigirem as conclusões, os problemas que ficaram Estudos observacionais
sem solução serão apontados, para que no futuro possam
Permitem que a natureza determine o seu curso: o
ser estudados pelo próprio autor ou por outros
investigador mede, mas não intervém
IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NA
Por exemplo, um estudo observacional descritivo de 4
FORMAÇÃO E PRÁTICA MÉDICA homens jovens com uma rara forma de pneumonia foi o
Todos os alunos possuem acesso ao conhecimento geral, primeiro entre vários estudos epidemiológicos sobre AIDS
porém o destaque as melhores qualificações, devido ao Estudos experimentais ou de intervenção
progresso da medicina e ao montante de novas
informações, são daqueles que buscam saber mais sobre Envolvem a tentativa de mudar os determinantes de uma
o ser humano, podendo utilizar a pesquisa científica para doença, como uma exposição ou comportamento, ou até
obter tais informações mesmo cessar o progresso de uma doença através de
tratamento
A qualidade da graduação é diretamente proporcional à
geração e ao domínio do conhecimento ESTUDOS OBSERVACIONAIS
4. ESTUDOS TRANSVERSAIS
Medem prevalência da doença, a questão chave é saber
se a exposição precede ou é consequência do efeito
MEDICINA E PESQUISA
São baratos, fáceis de conduzir e úteis na investigação Difere do caso-controle porque reúne 2 ou mais grupos
das exposições que são características individuais fixas de pessoas e os acompanha longitudinalmente no tempo,
(como grupo étnico e sanguíneo) partindo da exposição e indo ao encontro do desfecho
Permitem avaliar as necessidades em saúde de uma
população, sendo usado em planejamento em saúde
MEDICINA E PESQUISA
saúde e também dos laboratórios se manterem
atualizados com o que há de melhor em termos de
evidências científicas
MBE é uma ferramenta muito usada na prática clínica
atualmente, que se traduz no uso consciente das
melhores evidencias disponíveis (na literatura) para
tomada de decisão tanto na pratica clinica como para a
implantação de políticas públicas de saúde
É uma designação atribuída à atividade que avalia
cientificamente a eficácia e a efetividade das intervenções
2. ENSAIOS DE CAMPO de saúde
Envolve pessoas que estão livres da doença (em É comum que os profissionais de saúde adotem práticas
contraste com os ensaios clínicos), mas sob risco de que julguem eficazes porque as aprenderam na faculdade
desenvolver ela, os dados são coletados ‘’no campo’’, ou com outro profissional, mas sem base cientifica
usualmente entre pessoas da população geral não comprovada, e é por isso que existem tantas condutas
institucionalizadas divergentes entre eles
Propósito: prevenir ocorrência de doenças mesmo entre Exemplo: alguns serviços de saúde seguem utilizando
populações que apresentam baixa frequência, e esses lugol e ácido acético no rastreamento de câncer de colo
ensaios envolvem muitas pessoas, o que os tornam caro de útero por meio do Papanicolau, porém ambos são
e logisticamente complicados desnecessários, visto que o padrão-outo é a avaliação
Um dos maiores já realizados foi para testar a vacina Salk citopatológica do material colhido
para prevenção da poliomielite, que envolveu mais de 1M O uso da BEM exige a compreensão dos seguintes
de crianças pressupostos
Ex: teste para diferentes métodos para proteção a Os profissionais devem usar, quando possível,
exposição de pesticida, medida de chumbo sérico em informações provenientes de estudos sistemáticos,
crianças etc de forma a aumentar a confiança no prognóstico, na
eficácia da terapia e na utilidade dos testes
3. ENSAIOS COMUNITÁRIOS
diagnósticos
Os grupos de tratamento são comunidades ao invés de A compreensão da fisiopatologia da doença é
indivíduos, sendo apropriado para doenças que se necessária, mas insuficiente para a prática clínica
originam a partir de condições sociais e que possam ser A compreensão de determinadas regras de evidência
influenciadas por intervenções dirigidas ao é necessária para avaliar e aplicar de forma efetiva a
comportamento literatura médica, ou seja, saber avaliar um estudo
Ex: doenças cardiovasculares, campanhas de prevenção IMPORTÂNCIA DA MEDICINA BASEADA EM
de AIDS, fluoretação da água... estudo para avaliar
EVIDÊNCIAS
impacto de programa de intervenção
A principal vantagem está e proporcionar ao
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS profissional da saúde a tomada de decisões de forma
Um dos maiores desafios da prática da AP é manter-se segura e que é embasada no que há de melhor em termos
adequadamente atualizada, considerando a quantidade científicos do momento
cada vez maior de informações disponíveis Isso em detrimento à intuição ou viés de comportamento,
A área da saúde não é uma ciência exata, por causa seja do profissional ou da instituição onde ele atua
desse dinamismo há a necessidade do profissional da
MEDICINA E PESQUISA
A chance de fracasso, de erros médicos, é reduzida se o
profissional estiver embasado em trabalhos com poder
epidemiológico e estatístico elevados
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
CONCEITO
Uma evidência cientifica é o conjunto de elementos
utilizados para apoiar ou refutar uma hipótese ou teoria
científica
Deve ser uma evidencia empírica obtida e interpretada de
acordo com o método científico portanto, é passível de
repetição por outros pesquisadores
Os padrões das evidencias podem variar de acordo com
o campo de pesquisa, mas a força de uma evidencia é
geralmente baseada nos resultados das análises
estatísticas e no controle científico
Diariamente, são publicados centenas e milhares de Por exemplo, se a pesquisa for categorizada no nível
artigos científicos e o profissional da saúde deve saber 1-A o estudo é bem adequado, se for nível 1-D,
escolher e ranquear os trabalhos com base no seu nível significa que o delineamento do estudo contém falhas
de evidência e a confiança nos resultados deve ser questionada
DESFECHOS
Também é válido ressaltar que existem vários tipos de
desfechos medidos pelos estudos e ensaios clínicos que
MEDICINA E PESQUISA
podem gerar confusão, levando a práticas inapropriadas Podem ser usados como material educativo para os
ou contraindicadas profissionais da saúde, como auxilio administrativo para
os gestores, como parâmetro de boas práticas
Para os profissionais da saúde, o que interessa é saber
assistenciais e como documento de garantia de direito aos
se os pacientes submetidos às intervenções vão viver
usuários do SUS
mais e melhor
Os protocolos devem ser instrumentos claros e
Por isso, divide-se de maneira didática os estudos entre
objetivos com orientações relevantes ao cuidado
os que focam em desfechos intermediários e os
constituídos de recomendações baseadas em evidências
desfechos finais
de acordo com a realidade local, a fim de modificar o
DOE – DISEASE ORIENTED EVIDENCE processo de trabalho das equipes de saúde
Abordam desfechos intermediários, como a redução do Alguns que são adotados em hospitais brasileiros são
colesterol, da pressão, dos níveis de TSH, do controle de os de
arritima etc o Pneumonia, cefaleia, infarto, ou aqueles
voltados ao tratamento de pacientes que
São importantes principalmente no contexto da pesquisa sofreram queda durante a internação
e não deveriam influenciar a mudança na prática diária
no sentido da tomada de decisões e adoção de novas PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES
tecnologias ou medicamentos TERAPÊUTICAS
Por isso, elas podem ser enganosas: níveis de TAGS não Além dos protocolos clínicos, existem os PCDT que são
quer dizer um problema imediato elaborados pelo ministério da saúde, eles são
documentos que possuem como objetivo garantir melhor
POEM – PATIENT ORIENTED EVIDENCE THAT cuidado à saúde do paciente
MATTERS
São feitos individualmente para cada tipo de doença e
Evidência de que tem importância para o paciente fornecem informações e dados seguros de como se
É importante para a prática médica e para o paciente, proceder quanto ao diagnostico, tratamento, controle e
pois medem o impacto da intervenção em termos de acompanhamento dos pacientes
redução de mortalidade, de custos para o paciente, de São documentos oficiais do SUS que estabelecem:
tempo de internação, de ganho em qualidade de vida etc
Critérios para o diagnóstico de uma doença ou agravo
São estudos que tentam responder a perguntas clínicas
à saúde
PROTOCOLOS CLÍNICOS Tratamento preconizado, incluindo medicamentos e
demais tecnologias apropriadas
Protocolos são instrumentos empregados pelos serviços Posologias recomendadas
diante de problemas a serem superados, ou diante da Cuidados com a segurança dos doentes
necessidade de se organizar melhor as ações. Eles
Mecanismos de controle clínico
orientam fluxos, condutas e procedimentos clínicos na
área da saúde. Além disso, promovem uma São sempre elaborados por equipes técnicas do MS e
padronização das condutas médicas, auxiliando na baseados em dados confiáveis com qualidade científica,
uniformização dos tipos de tratamento para determinado o que permite nortear a equipe no atendimento médico
diagnostico
Podem ser adotados pelas instituições hospitalares para
a padronização de atendimentos
MEDICINA E PESQUISA
REFERÊNCIAS
Fundamentos da metodologia científia, Marina de
Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos – 5ª edição
Epidemiologia básica, R. bonita, R. Beaglehole e
T.Kjellstrom – 2ª edição
A importância da iniciação científica na graduação de
medicina – Pirola, Sarah, Padilha, Jadna et al – 2018
Caderno 29 da Atenção Primária – rastreamento – 2010
Trabalho de Conclusão de Curso: Construção,
composição e implantação de protocolos clínicos nas
ações de atenção primária – Jocely Márcia de Araújo 2011