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ESTADO DA PARAÍBA

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
EMEIF Professora Ruth Guedes da Costa -

Ana Helena Nunes Batista


Diretora da EMEIEF Professora Ruth Guedes da Costa, em Teixedira/PB, desde
2021.

PROJETO:

ESCOLA E COMUNIDADE: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA

TEIXEIRA-PARAÍBA
2022
RESUMO:

Este projeto tem como principal objetivo analisar a relação entre escola e
comunidade, apontando alguns fatores que influenciam de forma positiva ou
negativa a construção de conceitos e atitudes. O projeto identifica os benefícios
que esta parceria proporciona para a educação quando há participação e apoio
mútuo viabilizando resultados tanto na melhoria do ensino quanto na qualidade
da relação entre os pais de alunos e a instituição de ensino. Quando pensamos
em uma escola – organizada e articulada – que possa sobreviver e coexistir no
atual cenário do  século 21, entendemos que ela precise ganhar um movimento
novo. Esse processo precisa acontecer dentro e fora da sala de aula,
transcendendo inclusive seus próprios muros. É algo desafiador para muitas
escolas, mas inevitável para o presente e futuro da Educação.
A escola está inserida em uma comunidade e faz parte dela. Como tal,
precisa criar mecanismos de parcerias e de diálogo produtivo, em que cada
uma compreenda o seu papel a as suas responsabilidades. Ouvimos muito que
uma boa aula é aquela que também ganha algum significado fora do espaço
escolar, transformando uma vida toda ou partes importantes dela. Essa aula
“especial” tende a frutificar na comunidade em que o aluno está inserido,
respeitando assim a história e a cultura local, mas também possibilitando novos
olhares e novas possibilidades.

Palavras-chave: Escola. Comunidade. Participação


APRESENTAÇÃO:

É necessário que a comunidade e a escola se encarem


responsavelmente como parceiras de caminhada, pois, ambas são
responsáveis pelo que produz, podendo reforçar ou contrariar a influência uma
da outra. Comunidade e escola precisam criar através da educação, uma força
para superar as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e
coletiva, atuando juntas como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno
do educando.
É impossível colocar à parte escola, família e comunidade, pois, se o
indivíduo é aluno, filho e cidadão ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não
compete apenas à escola, porque o aluno aprende também através da família,
dos amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de
comunicação, do cotidiano. Sendo assim, é preciso que professores, família e
sociedade tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de
todos.
Essa preposição tem sido posta em prática nas escolas do município,
vários exemplos podem ser citados, entre eles, a comemoração especifica
dessa época. A escola sabiamente busca aliar o útil ao agradável. Promove
dentro do espaço escolar as festividades juninas, contribuindo para fomentar a
participação dos pais e da comunidade e, ao mesmo tempo, consegue
recursos financeiros para agilizar pequenos projetos.
Conforme Silva (2003, p.151), outra questão importante é referente à
participação da comunidade. A forma institucionalizada de participação da
comunidade, através dos setores locais, assemelha-se às reuniões de pais e
mestres (Associações de Pais e Mestre) (APM‟s), não caracterizando, portanto,
o comunitarismo. Por esse raciocínio, toda a escola que tivesse uma APM com
funcionamento efetivo não seria uma escola pública ou particular com
participação da comunidade (usuária), mas uma escola comunitária.
Em quase toda comunidade atualmente é possível encontrar uma
escola, então é correto falarmos que a escola faz parte da comunidade como
também os membros participantes da equipe desta instituição de ensino fazem
parte da comunidade escolar, porém, há a necessidade de estimular os pais no
tocante à participação mais efetiva na vida escolar de seus filhos enquanto
componentes da comunidade. Sabem-se da dificuldade de alguns genitores em
participar ativamente, contudo, a criança tem seu início de aprendizado por
meio da família e da própria comunidade a que pertence.
Quando os educadores são oriundos da própria comunidade e
permanecem com mesmas características sociais de outrora, não se tornando
opressores dos alunos, há a possibilidade de uma interação positiva entre a
comunidade e a escola. O conhecimento da comunidade será válido e eficaz
contribuindo para o crescimento necessário da população escolar. O educador
comprometido transmite seus conhecimentos e assume um trabalho lado a
lado com os alunos e a comunidade, contribuindo através desse seu ato para o
desenvolvimento de habilidade dos educandos, os quais participam mais
ativamente e desenvolvem melhor o seu cognitivo.
Preocupados com esta situação, apresentamos através deste projeto
alguns fatores relevantes nesta relação entre escola e comunidade que
causam distanciamento. É sábio manter um intercambio entre pais e toda
equipe pedagógica o que vai proporcionar uma troca de experiência e buscar
um melhor caminho a ser trilhado para a educação das crianças e jovens,
numa sociedade onde tanto pais como educadores estão sempre sufocados
nas suas tarefas diárias, o que dificulta o encontro entre ambos.
Apresentamos este nosso novo projeto por encontrar as dificuldades
enfrentadas por essa comunidade e escola para que haja uma interação entre
ambos.
A COMUNIDADE NA ESCOLA
Mas nem sempre os familiares dos educando tiveram livre acesso as
unidades de ensino para participar de alguma forma no processo educacional
dos seus filhos. Eles não eram visto com bons olhos pela equipe pedagógica e
a “sua presença ali só se dava através de convocação por parte da direção
para participarem de alguns eventos promovidos pela escola.
A presença da família na escola se dava apenas nas festas
comemorativas, nos momentos solenes e marcantes da vida escolar ou em
reuniões organizadas para „chamar a atenção‟ dos pais para o rendimento
escolar dos filhos. Qualquer presença da família e da comunidade fora dessas
chamadas era considerada uma inconveniência, uma presença incomoda. Esta
distancia se manteve por muito tempo, pois acreditava-se ou queria fazer-se
acreditar que o espaço escolar era espaço exclusivo daqueles que nele
trabalhavam. Assim a comunidade era convidada a participar de alguns
momentos para ver o que a escola estava produzindo de bom, de apreciável.
Ou convidada para ser responsabilizada por aquilo que a escola determinava
ser a causa de problemas e fracasso. Uma distancia fora criada e fortemente
sedimentada. Um sentimento de presença indesejada impedia os pais de
participarem do dia-a-dia da escola e da vida de seus filhos. (Secretaria
Municipal de Educação de Teixeira-PB).

COMO ORGANIZAR O HORÁRIO DE ENTRADA E SAÍDA DA

ESCOLA

Para isso, a comunidade precisa acreditar na escola que divide o


espaço com ela. Uma escola forte resulta em uma comunidade
igualmente forte – e vice-versa. Vamos usar o exemplo de uma escola
inserida em uma comunidade que tem problemas sociais. Eles
ultrapassam os muros e chegam na escola (afetando a frequência e
rendimento dos estudantes). Para que a escola, de fato, participe de
forma ativa na solução das adversidades encontradas em sala de aula
resultantes e com o engajamento de todos, ela precisa conhecer bem
esse cenário para que seja possível pensar ações conjuntas e conquistar
melhorias.

Atitudes como essas geram reconhecimento para a escola e criam uma


visão positiva junto aos moradores do bairro, o que a fortalece e promove o
serviço escolar. A comunidade também colhe frutos, já que passa a contar com
uma nova parceira.
Além disso, os benefícios chegam até os alunos, pois a escola, ao se
aproximar da comunidade, tem mais condições para atuar no desenvolvimento
integral de seus alunos, oferecendo uma Educação que faça sentido e
considerando sua trajetória.
 GESTOR PESQUISADOR: VOCÊ CONHECE DE VERDADE A ESCOLA E A
COMUNIDADE?

Por onde começar?

Para que aconteça a interação, é preciso que a escola encontre formas


de estar mais presente no dia a dia da comunidade e também o inverso. Para
que esse projeto alcance o nosso propósito, é necessário que toda a
comunidade escolar assuma o compromisso. Assim, estamos no caminho de
garantir que os objetivos se concretizem em ações com a participação de
todos, cada um na sua função.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A relação escola e comunidade é um fato social que deve ser tratado


com mais seriedade pelos profissionais em educação e pelos pais,
principalmente nos dias atuais em que a sociedade e a família vêm sofrendo
muito com a falta de políticas públicas que promovam o bem estar de ambas. A
escola é uma das instituições que tem um grande poder de transformação da
sociedade, através da educação, a família tem suas crianças e jovens que são
formados por ela. Desta forma a instituição de ensino e a comunidade devem
buscar parcerias em prol de uma qualidade melhor na educação para seus
filhos, como também infra-estrutura que garanta uma vida saudável e digna
para todos.
Nos dias atuais é quase impossível pensar em escolas que fiquem
isoladas dentro do bairro, entretanto é sabido que em muitos casos a forma de
gestão de algumas escolas inviabilizam aplicação do modelo de gestão
democrática, o que dificulta o bom andamento da parceria que poderia ser
firmada em beneficio do meio social.
Quando escola e comunidade trabalham juntos os resultados positivos
são bem visíveis tanto na qualidade do ensino quanto na forma de
relacionamento entre as pessoas que compõe estas duas instituições. Isto faz
com que a participação da escola na comunidade e desta na escola, seja um
fator relevante dentro do processo educacional.
Ações que podem fortalecer a relação entre escola e comunidade:
1. Apresente-se e coloque-se à disposição das famílias para além das
convocações para reuniões de pais ou para as conversas sobre
comportamento dos filhos. É necessário incentivar a participação da família no
cotidiano escolar e para isso é necessário, antes de assumir, criar uma boa
relação. Ao criar um diálogo mais próximo, se estabelece com ela a primeira
parceria para futuras ações e se ganha mais uma ponte para a relação entre
escola e comunidade. Nesse quesito, também vale considerar a
disponibilização de  canais efetivos de comunicação dentro da escola, para que
os familiares sejam incluídos em debates e possam opinar em diversos
momentos da rotina escolar.
2. Acolha pais, responsáveis e outros atores que buscam diálogo com a
escola. Não basta apenas abrir espaço na agenda para mais momentos de
conversas com a família se esta não se sentir confortável dentro do ambiente
escolar e com os diferentes funcionários da escola. A função de acolhida não
cabe apenas ao diretor, mas é um direcionamento válido à toda a equipe
escolar.
3. Faça da família uma embaixadora da escola na comunidade. Famílias
com uma visão positiva da escola conseguem expressar isso em suas relações
pessoais e sociais. Desta forma, elas podem ajudar na construção de novas
parcerias entre a gestão e a comunidade a partir da sua própria atuação e
vivência nela. Além disso, podem compartilhar suas habilidades no
desenvolvimento de ações e também suas experiências positivas sobre a
escola
4. Realize  projetos que envolvam a comunidade. Reuniões e encontros
podem deixar a comunidade a par dos projetos. Além disso, são oportunidades
de convidá-la a participar de ações – seja com ideias, indicações ou mão na
massa.
5. Trabalhar, a partir dessa parceria, a responsabilidade social e seus
valores. É importante que a equipe escolar conheça o bairro em que está
inserida e que pensem em formas de colaborar nas suas reivindicações.
6. Insira no planejamento temas que apoiem as causas da comunidade.
Elas são uma grande oportunidade de encontro frutífero entre os dois atores. O
bairro e a cidade onde os alunos nasceram e vivem fazem parte da vida delas.
Ver ações que resultam em impactos para a comunidade pode trazer mais
significado para os estudantes, bem como mais engajamento por parte deles. A
escola pode considerar temas locais no planejamento e elaboração de suas
aulas e projetos.
7. Considere práticas pedagógicas que abordem problemáticas do bairro
e sensibilizem a todos para a resolução dos problemas. Os projetos podem
enriquecer a aprendizagem dos alunos e ainda estimular a relação entre escola
e comunidade. Propicie ações simples, como caminhadas pelo bairro e entrega
de panfletos para as causas defendidas no projeto. Desta forma, os alunos
também podem ter contato com as temáticas desenvolvidas.
8. Crie uma página nas redes sociais para a sua escola. Este espaço
pode servir de canal de comunicação entre a equipe pedagógica, as famílias e
os moradores do bairro. Além disso, a página pode divulgar ações que está
desenvolvendo e até recrutar interessados em ajudar nas atividades que a
escola está planejando
9. Abra os portões da escola para a participação dos moradores nos
eventos escolares. Esse movimento acaba tendo uma ação bastante positiva já
que esta pode ser uma oportunidade para que a comunidade conheça o
espaço e o trabalho desenvolvido pela instituição para futuros contatos.

Na escola em que sou diretora (a EMEIEF Professora Ruth Guedes da


Costa, em Teixeira/PB), também temos dado passos rumo às parcerias. Para
isso, possamos realizamos o dia da Família na Escola, aberto a toda a
comunidade e ofertar – com o apoio de outros parceiros – várias ações para os
próximos anos:

- Apresentação de musicais e peças teatrais;

- Palestras de temas diversos;

- Brincadeiras;

- Aferição da pressão arterial;

- Teste de glicose;
- Aplicação de flúor;

- Curso de Corte de cabelo, Barba e maquiagem;

-Curso de alto maquiagem;

- Inscrição para abertura do CPF e da carteira de identidade

-Oficinas.(Artesanto com jornais; crochê, pinturas, docinhos e laços);

-Mini capeonato de pinbolim;

-Semana dos Jogos: Futsal, Basquete, Handebol, Volei, enis de mesa etc.

Entre outras ações! Mas é exatamente através de ações simples como


essas, que nossa parceria entre escola e comunidade têm ganhado um
alicerce poderoso. Afinal, é a partir e da união de propósitos em torno de
umobjetivo comum que laços importantes também são estreitados e fortalecem
as relações interpessoais de amizade, de solidariedade e de respeito.

REFERÊNCIAS:

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e


Prática. 5ªed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagem
qualitativa. São Paulo: EPU, 1986.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos:
São Paulo: Cortez, 2002.
PILETTI, Nelson. Sociologia da educação. São Paulo: Ática, 2004.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1999. SILVA, Ronalda Barreto. Educação comunitária:
além do estado e do mercado? A experiência da campanha nacional de
escolas da comunidade – CNEC (1985-1998). 3. Ed. São Paulo: Autores
Associados, 2003.

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