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Claretiano Rede de Educação – Polo Vilhena

Licenciatura: Pedagogia
Disciplina: Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica
Discente: Douglas Santos Araújo RA: 8108732

PROJETO DE PRÁTICA

a) Primeira Etapa: A Leitura do texto


As autoras Jane Margareth Castro e Marilza Regattieri (orgs) na obra intitulada
Interação Escola Família: subsídios para práticas escolares, apontam amplas
questões que incidem sobre a relação escola e a família. Este tema faz parte de
alguns “jargões” verbalizados pelos professores, como por exemplo quando
afirmam que as famílias têm pouco interesse pelas escolas e pela vida escolar
dos seus filhos. Esta atividade tem como objetivo buscar respostas para
algumas questões que permeiam este enunciado e dessa forma, indicamos a
leitura das páginas 7 a 62.

b) Segunda Etapa: A produção do texto


Após a realização leitura do texto indicado, elabore um texto respondendo as
seguintes questões:
1) Do ponto de vista histórico, o que é possível dizer sobre a relação família-
escola?
2) Quais ações são necessárias para que ocorra uma maior relação de
proximidade entre a família e a escola?
3) A boa relação em entre a escola e a família contribuem para o bom exercício
da prática docente e a qualidade do ensino da escola?

A educação no Brasil intensificou-se após a proclamação da República em


1889 e, desde então, evoluiu lentamente para a forma escolar atual. A criação de
escolas públicas pela administração republicana fez com que os funcionários do
governo questionassem a capacidade das famílias de criarem os seus filhos,
contrariamente ao conceito de educação em casa que muitas famílias continuavam a
utilizar. Só no século XX é que as famílias voltaram a partilhar com o Estado a
responsabilidade de criar condições educativas para os alunos.
Nos últimos anos, com a globalização, o desenvolvimento da tecnologia e
da comunicação e o crescimento dos grandes centros urbanos no Brasil, o aumento
da violência e dos conflitos sociais tem afetado não só a rotina e a vida das famílias
brasileiras, mas também as escolas. A consolidação da democracia e a necessidade
de melhoria da rede educativa abriram espaço para a compreensão mútua e a
cooperação entre família e escola.
A família sem dúvidas é de estrema importância na formação de um a
criança como indivíduo, na construção do caráter e da personalidade, é através da
família que a criança tem o prime iro com o outro, e que desenvolve noções de afeto
e solidariedade, além de extrair desse contexto valores éticos. A escola também tem
um papel importante na formação desse indivíduo, uma vez que é responsável por
transmitir conhecimentos e permitir a convivência em coletividade, fazendo então que
a criança coloque em prática os valores apreendidos no seio familiar.
Nos últimos anos, com a globalização, o desenvolvimento da tecnologia e
da comunicação e o crescimento dos grandes centros urbanos no Brasil, o aumento
da violência e dos conflitos sociais tem afetado não só a rotina e a vida das famílias
brasileiras, mas também as escolas. A consolidação da democracia e a necessidade
de melhoria da rede educativa abriram espaço para a compreensão mútua e a
cooperação entre família e escola.
Ou seja, família e escola constituem pilares de sustentação no que diz
respeito a formação de um indivíduo. Por isso é de suma importância a relação
harmônica e dialogada entre escola e família, pois em complementaridade ambos
saem ganhando.
Quando dizemos que o ideal é que as famílias sejam ativas nas rotinas
escolares, sabemos que na prática isso nem sempre acontece. Muitas vezes a família
pensa que a sua presença na escola só é necessária quando é solicitada ou quando
há algum problema. A escola, por outro lado, também tende a transferir toda a
responsabilidade da iniciativa própria para os pais e, quando recorrem a eles, parece
que muitas vezes não estão preparados para ajudá-los. Algumas atitudes simples,
mas importantes, podem ajudar.
Convidar os pais para participarem de reuniões, exposições de trabalhos
desenvolvidos pelos alunos, debates é fundamental. Tal ação irá auxiliar para que as
famílias conheçam, frequentem e participem do ambiente escolar e das atividades ali
desenvolvidas. Ao perceberem tal envolvimento, os alunos terão o incentivo e o
reconhecimento necessários para cumprir suas tarefas.
Convidar os pais para reuniões, exposições e discussões dos trabalhos
desenvolvidos pelos alunos é fundamental. Esta atividade ajuda as famílias a se
familiarizarem, participarem e participarem do ambiente e das atividades escolares.
Quando os alunos veem essa participação, eles obtêm o incentivo e o reconhecimento
necessários para concluir suas tarefas.
Outra solução pode ser o uso da tecnologia. O uso de aplicativos para troca
de mensagens entre o grupo gestor, professores e pais, pode ser um modo de manter
o contato constante com a família que muitas vezes não pode comparecer a escola
devido a carga horária de trabalho. Para que a relação família e escola ocorra de
maneira natural e seja benéfica, a utilização de estratégias de aproximação que
utilizem da tecnologia a seu favor, mas sem abrir mão do contato físico, são
fundamentais.
A boa relação em entre a escola e a família contribuem para o bom
exercício da prática docente e a qualidade do ensino d a escola, pois o aluno motivado
e que pode contar com o suporte da família, sem como de professores e diretores,
naturalmente tende a se envolver mais com os estudos, consequentemente
conquistando melhores resultados.
A conquista de melhores resultados também é resultado do empenho
coletivo dos educadores junto a família, que ao identificarem alguma falha ou
dificuldade, podem discutir juntos formas de resolução e se auxiliarem na orientação
do aluno. Assim, em meio a fatores favoráveis, estudar passa ser algo prazeroso e as
notas boas se tornam consequências.

c) Terceira Etapa: Visita à escola.


Você deverá ir a uma escola de Ensino Fundamental para aplicar um
questionário junto a um membro da gestão (Diretor/vice-diretor ou coordenador
pedagógico), considerando as seguintes questões:
1) Como diretora, qual o seu entendimento sobre a participação das famílias
na escola?
R: A participação da família é fundamental para o melhor desenvolvimento do aluno,
a diferença de aprendizagem entre alunos que possuem a família presente em sua
vida escolar e aquele que a família não é participativa é muito grande. E é nesses
casos de famílias ausente que encontramos a maior parte dos casos de defasagem
escolar. Uma boa relação entre ambas as partes, faz a escola caminhar melhor e
ajuda os alunos a superar seus limites.
2) A Secretaria Municipal de Educação ou a Diretoria Estadual de Ensino
acompanham e contribuem para a consolidação dessa demanda? Se positivo,
de que forma?
R: A Secretaria sempre acompanha e incentiva através de projetos e relatório as
ações da escola, além de estar sempre presente nos eventos da escola. Temos
diversas políticas públicas sendo aplicadas esse ano, que advieram de resultados que
tivemos com o último IDEB.

3) Quais são as ações da equipe de gestão para efetivar a real participação


dos pais e da comunidade?
R: Sempre que possível buscamos a presença dos pais e da comunidade na escola.
Não somente na reunião de pais para entrega de boletins, mas mesmo essas reuniões
tentamos deixar mais acolhedor, servindo um chá ou algo do tipo entregando uma
lembrancinha, recebendo eles na entrada, além disso é votado o melhor dia e horário
para que as reuniões aconteçam. Realizamos ainda projetos, festas, feiras, sarais,
tudo que poça envolver os alunos e também a comunidade, para que a presença dos
pais na escola não seja algo incomum e que estreite ainda mais o laço entre escola e
família.

4) Quais os limites e possibilidades da participação popular na escola?


A escola precisa ter sua autonomia, então precisamos incentivar sim a participação
da família na escola, porém é necessário ter bom senso e um bom planejamento e
principalmente entender qual função que cada membro desempenha na educação do
aluno. Não impondo a escola uma função que é da família e a família por exemplo não
interferir ou diminuir a função do professor que é algo que temos visto muito em alguns
lugares. Alguns pais acabam distorcendo essa questão de gestão democrática e
participativa e querendo “mandar” e por muitas vezes interferir além do possível no
andamento da escola, entretanto é necessário levar em conta a formação de cada
profissional escolar, por exemplo em alguns momentos algo que foi sugerido pode não
ser viável por alguma questão burocrática, os pais podem não ter consciência disso,
pois faz parte da função do profissional que está na escola.
5) Em quais momentos os pais estão presentes na escola e neles, o que
fazem?
R: Como foi citado anteriormente buscamos a presença dos pais além daquela
reunião de entrega de boletins, então buscamos através de projetos como os pais
virem ler para os filhos na escola e outras ações como apresentações, sarais,
comemorações, festas, entre outras coisas.
6) Quais os ganhos possíveis com a participação?
R: É visível nos alunos a empolgação todas as vezes que é desenvolvido um projeto
em que os familiares estão envolvidos. Essa troca entre pais e alunos de forma
diferente, longe do ambiente familiar e com a intenção voltada não só para a interação,
mas sendo também planejada com o objetivo educativo é muito enriquecedor e todos
saem ganhando.
7) O que é necessário para que todas as escolas tenham uma participação
popular satisfatória?
R: Primeiramente precisamos entender que essa participação não acontece de um dia
para o outro em muitos momentos nos decepcionamos com a pequena participação,
então posso dizer que precisamos ser perseverantes e desenvolver ações bem
planejadas juntamente com o corpo escolar para que com o tempo venhamos ter
sucesso.
8) Há algo que você considera importante acrescentar e que não foi
abordado nas questões?
R: Acho que é interessante falar sobre como é importante a escola estar sempre se
renovando, a formação continuada é algo fundamental, se queremos buscar a
participação de todos na escola devemos sempre fazendo estudos para falar sobre as
formas de inovar na educação de fazer algo diferente.

d) Quarta Etapa: Elaboração do Relatório Reflexivo.


Após o cumprimento dos três momentos da prática, escreva um relatório
reflexivo discorrendo sobre as amplas questões que foram estudadas e
pesquisadas nesta prática. O relatório reflexivo deverá ter no mínimo uma
página inteira escrita e no máximo duas páginas.

A história da escola no Brasil começa em 1889, após a Constituição de


88.Nesta época a relação família-escola ainda não era muito clara. A escola era
baseada na diferença entre ricos e pobres. Os ricos iam a escola para aprender, ter
cultura, progresso; mas os pobres iam para a escola apenas para aprender o básico,
uma preparação para o trabalho.
É em 1906 que a escola muda de figura e as famílias não mais usa m da
educação doméstica. Passam a mandar os filhos para escola pois os familiares
também precisavam ser educados. E é aí que se inicia essa relação família-escola.
Na Era Vargas vemos evolução e passa-se a utilizar o aluno como intermediário dessa
relação. Nessa época o cenário não é de apoio à família educadora, mas a relação
existe na intenção do Estado ter poder e influenciar a educação da família através da
criança. O processo de educação se transforma de forma que a escola comanda o
processo da educação e a família passa a ocupar o l ugar de auxiliar apenas. A relação
é de sobreposição à família.
A partir dos anos 50 a importância dada à educação cresce, portanto,
vemos a aproximação escola-família. Ao perceberem o objetivo em comum de buscar
cada vez mais qualidade do ensino, abre-se espaço para uma colaboração maior
nessa relação. Hoje, que sabemos os benefícios dessa relação próxima, vemos que
essa relação é mais intensa do que nunca: os pais participam de eventos e atividades
cotidianas e a escola se relaciona de forma mais individual em favor do bem-estar
emocional de cada aluno. Porém é importante lembrar que nem sempre essa relação
é bem-sucedida. Quando avaliamos a relação escola-família de um aluno
indisciplinado ou com baixo rendimento, vemos que na maioria das vezes há um
afastamento dessa relação. Ao invés de colaborarem para encontrar as soluções, há
uma distribuição de culpa e falta escutar um ao outro. Por isso, nesse cenário, a escuta
bem trabalhada e a empatia, seriam de grande ajudam para melhorar essas relações.
Outras ações que podemos citar que poderiam deixar a relação escola-
família mais próxima são: a participação em conselho escolar, organização de eventos
temáticos para ensinar às famílias como lidar com seus filhos, eventos na escola, uso
da escola para atividades de interesse da comunidade, a escola buscar conhecer
melhor a vida de cada família através de formulários e visitas domiciliares,
envolvimento das famílias para arrecadar recursos para serem aplicados em alguma
melhoria na escola.
A estratégia escolhida pela instituição para aproximar e melhorar essa
relação escola-família não é o importante. O essencial é que ela aconteça e seja feita
de forma a garantir que a escola conheça melhor a vida do aluno, tanto na questão
apoio educacional em casa, como no incentivo que existe para que ele estude, e a
dinâmica familiar de forma geral.
Por fim, ainda acho importante comentar que ao compreender o aluno, o
professor se torna mais empático e pode entender o motivo de um comportamento
inadequado e consequentemente pensar em formas de resolver a causa ou minimizar
a ocorrência. Com todo o exposto vale ressaltar mais uma vez o impacto da boa
relação escola-aluno na qualidade do processo ensino-aprendizagem. E por isso a
importância de que os conhecimentos sobre a realidade individual sejam acurados de
forma verídica e não baseado em suposições

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