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O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma parceria com a escola

Paula Cristina Evangelista Guedes1 – UEG


Selma Pereira da Silva2 – UEG
Wanessa Siqueira Costa de Lima3 – UEG (Orientadora)

RESUMO
Este template tem como objetivo apresentar as normativas para a elaboração do Artigo Científico referente ao
Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Pedagogia do CEAR/UEG. No resumo devem vir descritos o tema,
o problema, o objetivo geral, a metodologia e os principais resultados apurados. O texto do resumo, em
parágrafo único, deve ter espaço simples entre linhas, texto justificado, fonte Times New Roman tamanho 10 e
um mínimo de 100 e um máximo de 250 palavras, além de 3 palavras-chave separadas entre si por ponto e
vírgula e finalizadas por ponto. Devem ser grafadas com as iniciais em letra minúscula, com exceção dos
substantivos próprios e nomes científicos.

Palavras-chave: formatação; artigo científico; Brasil.

1. 1 INTRODUÇÃO

No contexto contemporâneo da educação, a participação dos pais no processo


educativo dos filhos tem sido cada vez mais valorizada e reconhecida como um fator
determinante para o sucesso escolar. Na fase inicial da formação, na educação infantil, essa
colaboração entre a família e a escola desempenha um papel fundamental no desenvolvimento
integral da criança. É nesse contexto que se insere a presente pesquisa, que visa explorar a
dinâmica dessa parceria e compreender como ela influencia no processo educacional das
crianças.

Diante da relevância da participação dos pais na educação infantil, surge a seguinte


problemática: de que forma a parceria entre pais e escola na educação infantil pode ser
otimizada para promover um ambiente educacional mais enriquecedor e propício ao
desenvolvimento pleno da criança?

1
Graduanda em Pedagogia – e-mail: paulinhaguedes01@gmail.com
2
Graduanda em Pedagogia – e-mail: selmasilvacj@gmail.com
3
Mestra em Ciências Sociais e Humanidades - UEG (2020-2022), especialista em Metodologia do Ensino
Superior pela Universidade Estadual de Goiás – UEG (2007), bacharel em Ciências Sociais pela Universidade
Federal de Goiás - UFG (2005), graduada em Pedagogia pela Fundação Antares - FAESP (2014). E-mail:
wanessa.tiete@gmail.com.
2

Acredita-se que a implementação de estratégias que fomentem a comunicação eficaz


entre a escola e a família, aliada ao estímulo da participação ativa dos pais nas atividades
escolares, resultará em um ambiente educacional mais estimulante e propício ao aprendizado
das crianças na educação infantil.

O objetivo geral deste estudo é analisar a relação entre a família e a escola na educação
infantil, destacando a importância da parceria para o desenvolvimento educacional da criança.
Para tanto, os objetivos específicos incluem investigar as práticas de envolvimento dos pais na
escola, analisar os benefícios dessa colaboração para o desenvolvimento infantil e propor
estratégias para aprimorar a parceria entre pais e escola.

O interesse pela escolha do tema "Papel dos Pais na Educação Infantil: uma Parceria
com a Escola" surgiu a partir da percepção da importância crescente da colaboração entre a
família e a instituição educacional, especialmente nos primeiros anos de formação das
crianças. Observe-se que essa parceria desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento integral dos pequenos, influenciando não apenas no desempenho acadêmico,
mas também nos aspectos emocionais e sociais.

A relevância desta pesquisa reside na sua capacidade de contribuir para a construção


de um ambiente educacional mais eficaz e enriquecedor para as crianças na fase inicial de sua
formação. Além disso, ao evidenciar a importância da parceria entre pais e escola, este estudo
visa fomentar a reflexão e promover práticas mais inclusivas e participativas no âmbito
educacional, o que reverbera de forma positiva na sociedade como um todo.

A presente pesquisa será conduzida utilizando uma abordagem bibliográfica, com


análise crítica da literatura existente, bem como uma abordagem de campo, envolvendo uma
coleta de dados diretamente no ambiente de estudo. Através dessa metodologia, busca-se
obter uma visão abrangente e aprofundada do tema proposto.

O trabalho está estruturado em cinco tópicos. O primeiro capítulo apresenta a


introdução ao tema. O segundo capítulo, subdividido em dois depósitos, explora o papel da
família na participação escolar e as estratégias de aproximação entre pais e escola. O terceiro
capítulo aborda os benefícios da colaboração entre família e escola no desenvolvimento
infantil. O quarto capítulo "Resultados e Discussão”. Por fim, as considerações finais da
pesquisa.
3

2. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O papel da família na participação escolar

O envolvimento dos familiares, pais e responsáveis na escola é uma necessidade


almejada por todos os que integram a escola em geral, incluindo diretores e professores,
independentemente da fase em que o aluno se encontra inserido na educação infantil ou no
ensino fundamental. Segundo Prado (1981, p. 13), “a família é única no seu papel decisivo no
desenvolvimento da sociabilidade, da afetividade e do bem-estar físico dos indivíduos,
especialmente durante a infância e adolescência".

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996), nos seguintes artigos:

Art. 1º – Informa que a “[...] educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar [...]”.
Art. 2º – Designa que a educação, sendo dever da família e do Estado, “[...] tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Art. 6º – No que tange ao dever da família, os pais ou responsáveis precisam “[...]
efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de
idade”.
Art. 12 – Em seu inciso VI, salienta que a escola tem a incumbência de “[...]
articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da
sociedade com a escola”; e, no inciso VII, que tal instituição precisa “[...] informar
pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis
legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da
proposta pedagógica da escola”.

Diante disso, a família na vida escolar da criança mostra resultados de referência que
irão marcar pelo resto da vida. Esses princípios compartilhados favorecem o trabalho da
escola e têm efeitos na aprendizagem da criança e no seu desenvolvimento.

A Política Nacional de Educação Especial (Lei n. 10.172/2001), mostra que as


diretrizes da educação se dão na família, na comunidade e nas instituições. E um de seus
objetivos é criar mecanismos, como conselhos ou equivalentes, para incentivar a participação
da comunidade na gestão, manutenção e melhoria das condições de funcionamento das
escolas.
4

Muitas famílias delegam à escola a educação dos filhos, desde o ensino das disciplinas
específicas até a educação de valores, a formação do caráter, além da carência afetiva que
várias crianças trazem de casa, esperando que o professor supra essa necessidade. Por outro
lado, algumas “[...] famílias sentem-se desautorizadas pelo professor, que toma para si tarefas
que são da competência da família” (SZYMANSKI, 2003, p. 74).

Dessa forma, a família é essencial na vida da criança, para que ela possa se
desenvolver na leitura, na escrita, na soma e nos demais usos da matemática, bem como nos
conhecimentos gerais. Isso se torna uma influência no desenvolvimento do aprendiz, para ele
se desenvolver na sociedade.

O contexto familiar é o que uma criança tem para toda a vida. Ela é a sua referência
mais importante na vida do aluno. É importante corroborar que é nesta família que a criança
aprende a lidar com as lições da vida, aprende sobre valores e princípios. Através desse
conhecimento, a criança forma sua personalidade e comportamento. É por isso que o
envolvimento da família na educação de uma criança é tão importante. Hodiernamente lidar
com família é lidar com muita diversidade, a estrutura atual é diferente de antes, hoje temos
famílias modelo tradicional, famílias intactas, famílias separadas e assim por diante.
Observou-se que hoje há uma grande mudança no modelo familiar tradicional, para as
famílias do século XIX essas mudanças nos mostram uma nova realidade.

Apesar de todas essas transmutações na sociedade como a percepção da família, crises


e dificuldades relacionadas à educação e ao crescimento dos filhos, acontecimentos como
divórcios e entre outros, no ambiente familiar e em torno dos filhos a família ainda tem um
papel muito significativo em questões de desenvolvimento, sociedade, amor e
responsabilidade. Cada família definiu funções nas quais trabalham em conjunto para garantir
que o ambiente familiar cresça e as experiências sociais das crianças sejam promovidas.

Pode-se considerar que essa transformação é introduzida na estrutura e nas relações


familiares, que compreendem tensões e resistências provocando um desequilíbrio familiar,
essas mudanças acabam sendo importantes para a formação de novas restaurações, ajustando
novas situações familiares.

Pode-se afirmar que a convivência familiar serve de base para a formação de um


sujeito social, que saiba posicionar-se frente aos conflitos e vivências da sociedade na qual
5

está inserido. A família tem um papel central no desenvolvimento dos sujeitos, não somente
porque garante sua sobrevivência física, mas também porque é dentro dela onde se realizam
as aprendizagens básicas que serão necessárias para o desenvolvimento autônomo dentro da
sociedade (valores, linguagem, etc). É no ambiente familiar que o sujeito irá aprender a
respeitar o outro, a conviver com regras. Entretanto, a família não tem um poder absoluto
sobre a criança.

O ambiente familiar e suas relações humanas são o principal local de desenvolvimento


e aprendizagem das crianças, de acordo com a lei, é dever da família agir de forma carinhosa,
não invertendo os papéis, o que faz com que a escola tenha o dever de educar. Para Valente
(2002) é em casa que se inicia o processo de aprendizagem. Sua formação social é intensa
desde cedo, pois os pais começam a estipular horários, locais de passeio e até mesmo a
estimular a convivência com determinados grupos sociais. Ao mesmo tempo, também desde
cedo, a família começa a auxiliar na formação da personalidade da criança ensinando-lhe o
que pode ou não ser feito, corrigindo erros, incentivando acertos, dando-lhe conselhos.

De acordo com Cury (2003) é nessa fase que a criança aprende a gostar ou não da
escola. Uma situação que lhe cause um trauma pode torná-la uma criança com frequentes
problemas na escola. Com o apoio da família preparando e orientando para essa nova fase,
essa ruptura com seu mundo particular e seguro da exclusividade de atenção que a criança
vivencia em seu lar pode ser mais tranquila, estimulando o prazer pelas atividades escolares.
Já na escola, depois dessa fase de adaptação, a família continua a ter papel relevante na
educação infantil, pois ela pode influenciar no processo de aprendizagem. Essa participação
se torna mais efetiva à medida que os pais participam de reuniões, conhecem o projeto
político-pedagógico da escola e se inteirar das necessidades escolares de seus filhos.

De acordo com o “Art. 227 , da Constituição Federal”

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta p


6

Logo, é possível perceber que a construção da educação se dá com uma série de ações
vindas da família, da sociedade e do Estado, visando o aperfeiçoamento do menor, para a vida
em sociedade, tanto nas relações pessoais, como profissionais.

A família é a peça fundamental na formação cultural e social das crianças. Como


alicerce da sociedade, é importante que esta esteja presente no processo de ensino e
aprendizagem dos seus filhos e promova o sucesso escolar das crianças. A partir do momento
em que a família passa a ser a base da convivência social, os filhos dão os primeiros passos
rumo às relações humanas por meio dela.

Ribeiro e Béssia (2015) afirmam que a família é a primeira base que influencia a
criança, se desenvolvendo devido ao meio onde ela vive, pois daí se constrói a sua conduta. A
família é responsável por ensinar, educar e inserir a criança na sociedade. Dessa forma a
presença familiar na vida educacional da criança, é muito importante, a família desperta na
criança o interesse a curiosidade, além de sempre estar incentivando a vida escolar e a sua
aprendizagem. É dever da família desde cedo acompanhar o seu filho na vida escolar,
acompanhar seu desenvolvimento, ajudar e valorizar as atividades além de estimular as
crianças a estudarem.

Em outras palavras, isso significa que os primeiros conceitos de educação


são adquiridos no ambiente familiar e chamado conhecimento prévio. Esta
instituição, a família é aquela que transmite as regras e normas da sociedade que
estão incrustadas nos seus membros e os moldam como cidadãos. As famílias
devem ensinar os seus filhos a comportar-se em sociedade porque este é um
exemplo de comportamento socialmente aceitável.

A ideia de que a família, deve cumprir antes de qualquer outro círculo social a
responsabilidade de educar, enunciada e ratificada por diversas legislações nacionais advém
no entanto de pensadores como Émile Durkheim (1858 - 1917), para quem a educação jamais
poderia ser compreendida fora da influência das ações exercidas pelas gerações adultas.

Ainda sob essa perspectiva mais sociológica


de educação, à instituição família caberia a tarefa de i

a partir
disso a criança e molduraria suas primeiras referências de valores e de relações que se refletirão sob
7

familiar se encontra construída, ainda assim essa seria, de


acordo com
extrema Durkheim, na
importância de extrema importância
conformação dos na conformação
processos de dos processos de
socialização socialização
primária que primária qu
inelutavelmente
serão confrontados nos percursos participativos e formativos ao longo da vida, e mais ime

Sob bases epistemológicas o biólogo e psicólogo suíço Jean William Fritz Piaget
(1 896 - 1980) e
Lev Semionovitch Vigotski, psicólogo bielo-russo, proponente da Psicologia histórico-cu
(1 896 - 1934 ), firmaram ser a aprendizagem o resultado da interação dos
indivíduos , levando -se nessas concepções a consideração do conhecimento cultural e da
maturação biológica. Também despertaram-nos esses autores para as diversas diferenças
familiares no que diz respeito à aprendizagem acadêmica, pois é um processo pessoal.

Em seu estudo, Vygotsky (1998) argumentou que fatores sociais e culturais


influenciam o desenvolvimento intelectual. Dentre os termos e conceitos, ele destaca que a
mediação encabeçada por adultos desempenha um papel fundamental no processo de
aprendizagem, ou seja, as crianças precisam de mediação. De quem tem experiência, eles
podem se desenvolver.

Existe um caminho de desenvolvimento em parte determinado pelo processo de


maturação do organismo individual, que pertence à raça humana, mas através da
aprendizagem é possível despertar aqueles processos internos de desenvolvimento que, se não
houvesse contato com o indivíduo esse desenvolvimento não aconteceria no ambiente
cultural.

Nesse sentido, tanto o ambiente familiar quanto o escolar acabam se tornando grandes
influenciadores no desenvolvimento intelectual da criança sendo mediadores do processo de
aprendizagem. Consequentemente, é necessário que a família acompanhe a vida escolar do
seu filho, criando uma relação de confiança e colaboração com a escola e seus membros,
contribuindo assim positivamente para a aprendizagem e progresso da criança. Através desta
cooperação é possível criar uma educação de qualidade. Sem ignorar que a família é a base da
formação e educação das crianças e adolescentes.
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A colaboração família-escola acaba se tornando um elemento facilitador, tornando a


vida escolar das crianças mais tranquila, neste modo os pais acabam conseguindo transmitir
tranquilidade, segurança e conseguem deixar o processo de adaptação escolar mais fácil. O
processo de adaptação não ocorre apenas quando a criança está sendo inserida pela primeira
vez no ambiente escolar, mas também quando ela muda de escola, ou mesmo quando ingressa
em um novo ambiente, uma nova etapa educacional, uma nova turma. Consequentemente,
para que a adaptação ocorra de maneira tranquila, os pais precisam confiar no local onde estão
deixando os filhos.

Assim, o papel que a família desempenha na vida escolar da criança é de grande


importância para o seu desenvolvimento acad êmico, que em nenhum caso deve ser ignorado.
Sua função é acompanhar o desempenho acadêmico da criança e interceder os exercícios
diários.

Os responsáveis pela educação das crianças procuram ter respostas adequadas no final
do ano letivo. Hoje em dia nas escolas é difícil ter ações unificadoras, mas para os
responsáveis pelo ambiente escolar a falta de planejamento acaba afetando essa abordagem
que é tão significativa para a família.

A maioria das famílias conhece o seu compromisso e papel, mas tem dificuldade em
assumir essa responsabilidade para com a escola porque não sabe como fazê-lo. Vale dizer
que a instituição de ensino é um grande laboratório de convivência, inclui diferentes tipos de
valores e crenças, a família já encerra um espaço mais individual de valores próprios,
definindo que a instituição não é uma extensão da família, a família é responsável pelo
cuidado das crianças e a escola pelos alunos.

Como já argumentado, a família assume, sem dúvida, a responsabilidade pela


educação da criança porque a família é o lugar onde os indivíduos desenvolvem os seus
valores. Contudo, as escolas onde as crianças também adoptam valores éticos e humanos, têm
a responsabilidade de refletir os problemas da sociedade. O envolvimento das famílias na
escolarização das crianças é fundamental, pois os responsáveis devem estar atentos ao que
está acontecendo, verificar seu desempenho acadêmico, perguntar sobre a rotina da sala de
aula e fazer diversas perguntas que possibilitem essa compreensão.
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É necessário ressaltar que todos que fazem parte da vida do aluno, educadores, pais e
responsáveis, devem se oferecer para oferecer o melhor aos alunos. Faça-os procurar e sonhar
com oportunidades futuras para que possam tornar-se cidadãos engajados.

2.2 Relação escola e família

Segundo Gislaine Chiquetto (2020), na sociedade em que habitamos hoje, aproximar


as famílias da escola tornou-se um grande desafio para as escolas por motivos diversos dos
pais ou falta de tempo, trabalho, entre outros motivos. A família e a escola tendem a ter
consciência do seu papel na educação dos filhos. Não há dúvida de que os profissionais da
educação como diretores, professores e psicólogos, reconhecem a importância de um bom
relacionamento entre escola e família, contribuindo para o desenvolvimento social, emocional
e cognitivo da criança.

Além disso, é importante ressaltar que a relação escola e família tem a função
determinantes, ambientais e culturais, entende-se um certo conflito entre as finalidades
socializadoras da escola, com a educação doméstica, isto é a organização da família e os
objetivos da escola. Para que haja um bom rendimento escolar e uma boa relação, é preciso
que sejam utilizadas as mesmas estratégias por ambas partes. A vida familiar e a vida escolar
passam pelos mesmos caminhos. É impossível separar um filho/aluno, por isso, quanto maior
for a relação entre a família e a escola, melhor será o desempenho escolar dos mesmos. É
importante que os dois lados saibam aproveitar os benefícios que essa relação traz para a
formação do aluno.

Segundo Aoyama e Machado (2008, p. 33), em nossa sociedade tanto a família quanto
a escola são responsáveis pela educação das crianças e adolescentes, mesmo que os objetivos
de ambas sejam próximos entre si, os papéis sejam diferenciados, a família é o vínculo mais
forte do aluno e esse vínculo dura a vida toda. Assim, sua função é cuidar, proteger e incluir
os valores que formam a base da personalidade. […] A escola é uma instituição que foi criada
com o objetivo de transferir o conhecimento acumulado pela humanidade para novas
gerações, contribuindo para o desenvolvimento em todos os níveis, seja ele físico ou
cognitivo.
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Não há dúvida de que a família é extremamente importante como veículo educativo


para a participação das crianças na vida e é necessário criar um vínculo afetivo entre as duas
instituições: escola e família. Os responsáveis devem estar sempre ativamente envolvidos na
vida escolar dos seus filhos, tanto em casa como no ambiente escolar. A escola espera que as
famílias valorizem a educação dos filhos mostrando-lhes que estudar é um direito e um dever
de todos.

Ambas as instituições querem a mesma coisa, ou seja, aprontar os alunos para o


mundo, mas a família tem características diferentes da escola são as suas necessidades que os
aproximam da instituição. Mas a escola tem métodos e filosofia próprios. No entanto, ela
deseja que cada família conclua um projeto educacional.

A instituição escolar tem de estar sempre em busca de um bom relacionamento, com


os familiares, para que tanto a família e a escola, possam ter uma convivência, que seja
compatível com a realidade de ambos.

A necessidade que se encontra em cada um, em específico, para a relação com a


educação do aluno, se coloca acima de toda diferença que existe entre as instituições. A escola
acaba necessitando da parceria da família, assim como a família da escola. As duas
instituições devem estar sempre uma em função da outra, sempre abertas para uma grande
troca de experiências.

Apesar da escola saber a importância que a família exerce diante o rendimento do


aluno, ainda é visto muito a falta de compreensão que os mesmos transparecem naquilo que é
transmitido dentro de sala de aula e a escola não consegue trabalhar para promover uma boa
comunicação.

A escola deve buscar estratégias que atraiam a atenção dos pais, pois as duas
instituições escola / família sempre esperam algo uma da outra. A instituição de ensino deve
sempre se adaptar à vida dos alunos e estar sempre disposta a ouvir os pais e familiares.

Consequentemente, é responsabilidade da escola fortalecer o relacionamento com os


pais. Com a introdução de novas tecnologias, as escolas acabam tendo mais oportunidades de
ter um relacionamento mais próximo com a família por meio do uso de um aplicativo,
tornando a comunicação contínua.
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Ao restabelecer a comunicação entre a escola e os pais ao partilhar conteúdos, os pais


podem envolver-se mais, na aprendizagem dos filhos a escola pode conhecer melhor o perfil
dos pais dos alunos sempre atenta à família para que haja sempre essa preocupação com a
educação.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Analisar a escola e a sua prática pedagógica é uma tarefa que nos leva a uma visão
crítica da realidade escolar, à reflexão sobre o quotidiano escolar e suas consequências, enfim,
à investigação. A pesquisa deve ser entendida como uma posição política, mas também como
uma presença em todas as atividades educativas. Dessa forma é importante salientar que
Demo (1996, p.34) afirma que a pesquisa é atividade cotidiana , considerando-a como uma
atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na
realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.
Sendo a pesquisa uma atividade que visa estudar a realidade e as pessoas nela envolvidas, as
informações coletadas devem ser comparadas com as informações teóricas já desenvolvidas.

Conforme afirma Garcia (2003)

[...] é completamente interessada nos processos que buscam, simplesmente, mudar o


mundo. Indagando os processos permanentemente produzidos nas relações sociais
para ofuscar e ocultar as múltiplas dimensões da realidade e do ser humano, a
pesquisa amplifica as possibilidades de interpretação e compreensão do cotidiano e
vai encontrando meios para melhor compreender a complexidade humana.
(GARCIA, 2003, p. 128).

foi verificar a relação família e escola da educação infantil. Para tanto, foi assumida a
utilização de uma abordagem qualitativa, sendo essa, um conjunto de métodos para a coleta
de dados. Para Ludke e André (1986, p. 11), “A abordagem qualitativa envolve a atenção de
dados discretos obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatizando
mais o processo de que o produto se preocupa em relatar a perspectiva”. A pesquisa
12

qualitativa parece ser uma possibilidade importante como abordagem de pesquisa para o
estudo de um problema científico que envolve questões de relações humanas e sociais.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Texto em que se apresenta os resultados (de campo ou de pesquisa bibliográfica,


documental, etc.) incluindo as análises e interpretações devidamente embasadas pelos dados,
conceitos e informações apresentados até aqui.
Recomenda-se, caso seja possível, a inclusão de tabelas, figuras, gráficos,
fluxogramas, a fim de facilitar a leitura dos dados, bem como enriquecer a forma de
apresentação dos resultados. As tabelas, desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos, figuras, imagens devem ser
devidamente referenciados no corpo do texto e centralizados, obedecendo-se à ABNT (NBR
14724.2011).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos
objetivos e hipóteses, apresentados na Introdução. Aqui são apresentadas as resposta(s) ao(s)
problema(s) de pesquisa, se os objetivos do artigo foram alcançados e se as hipóteses
levantadas (quando houver) foram ou não confirmadas. Podem ser incluídas breves
recomendações, bem como sugestões para trabalhos futuros.

As reuniões são também um excelente momento para que seja desenvolvida


uma grande parceria entre os dois lados, tanto o da escola como o da família, para
que juntos possam trabalhar da melhor maneira para desenvolvimento da criança,
mostrando sempre aos pais o andamento da vida escolar das crianças, pois é a
escola que percebe outros motivos que em casa não são observados. Com essa
parceria, o desenvolvimento do aluno, tanto no comportamental ou em
relacionamento com os conteúdos curriculares, receberão ajuda dos dois lados,
tanto escolar como familiar. Dessa maneira o objetivo deste estudo REFERÊNCIAS

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integrado. Londrina : Editora,, 2008.

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Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.DIAS, Cláudia. Estudo de caso: ideias importantes e
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