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A importância da família na escola para o desenvolvimento da criança

A base familiar é o alicerce no desenvolvimento humano. Principalmente na fase da


infância em que a família é o primeiro grupo social a qual pertence, os pais são os
principais referenciais na formação de seus filhos, independente da forma como se
apresenta na sociedade. Ela exerce uma grande força na formação de valores culturais,
éticos, morais e espirituais, que vêm sendo transmitidos de geração em geração.

Tais valores vivenciados no ambiente familiar contribuem significativamente para a


formação do caráter da criança para a sua socialização e para o aprendizado escolar.

Segundo Bourdieu, a família desempenha papel fundamental no que se refere à


transmissão dos valores e comportamentos nas diferentes classes sociais, uma vez que ela
possibilita a incorporação do habitus primário.

Porém, nos últimos anos, a família tem deixado para a escola a responsabilidade da
educação das crianças, não está havendo de fato, uma integração entre esses dois sistemas
no que concernem as tarefas relativas ao aprendizado das crianças.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9.394, de 20 de dezembro de 1996,

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996, on-line).

A aprendizagem envolve pensamento, afeto, linguagem e ação. Esses processos precisam


estar em harmonia para que o sucesso seja obtido, e a família tem papel essencial e
indispensável nesse processo, se essas questões já são essencialmente controversas para
a educação em geral, no campo da educação inclusiva elas ganham importância ainda
maior.

No caso de João que é inclusão e, apesar de ser uma criança alegre, vem apresentando
problemas em seu rendimento escolar, isso tem ocorrido devido à ausência da família nos
eventos escolar. Os pais apresentam inúmeras respostas para sua ausência na escola, como
reuniões no horário de trabalho não tendo tempo para participar, assim, fica
impossibilitado a comunicação e principalmente a relação entre família e escola.

As crianças se sentem desamparadas e desmotivadas em relação a sua educação quando


os pais não comparecem aos eventos da escola. Elas não podem ter a assistência apenas
das iniciativas de aprendizado vindas da escola, mas necessitam da participação dos pais
em sua rotina de estudos e formação integral.
É fundamental tanto o educador quanto a família assimilarem a concepção de afeto e a
responsabilidade pela estimulação, em referência aos cuidados e ao seu desenvolvimento
emocional para que auxilie e contribua com formação de identidade da criança. Segundo
Capelasso e Nogueira (2013) afetividade é expressar seus sentimentos, cuidado e carinho.
O afeto presume o ser humano, é a base da vida, conduz o progresso do sujeito, em
específico a construção da sua personalidade e se evidência no tempo de acolhimento, de
afinidade e compreensão consigo e com outros. Incentiva às interações, as trocas, as
soluções, o diálogo, a sensibilidade e envolve os membros promovendo a união.

A educação deve ser um compromisso que envolve tanto os pais quanto a instituição de
ensino.

O papel da família e da escola no que se refere ao processo educativo dos alunos com
necessidades especiais são de importância para Educação e deve garantir que a
aprendizagem dos alunos especiais aconteça de forma ética, democrática e cidadã.
Portanto, cabe aos profissionais da educação, ou seja, aos professores e gestores darem o
primeiro passo para que a parceria entre a escola e a família possa acontecer de forma
efetiva.

A escola deve incentivar a participação dos pais nos eventos escolares, deverá buscar a
parceria da família através de um trabalho conjunto, criando espaços para que esta família
participe do processo educacional de forma consciente do seu papel, que não é o de
submeter-se às imposições da escola, mas sim de colaborar para que o processo de ensino
e de aprendizagem de fato promova o desenvolvimento almejado. A participação não
pode se resumir apenas na entrega dos resultados das avaliações, mas deve acontecer de
modo que o vínculo entre a família e a escola seja fortalecido ou até mesmo criado, para
tanto a escola deve desenvolver atividades que possa atrair os pais para participar
efetivamente das atividades escolares, através da comunicação com os pais, através de
recado na agenda da criança, e-mail, WhatsApp, telefone entre outros, a escola deve
garantir que as famílias conheçam os objetivos pedagógicos, bem como as políticas e
regras.

A escola deve promover eventos que sejam chamativos, como feiras do livro, exposições, Comentado [VBdCN1]:

quadrilhas juninas, programas de Páscoa ou Natal, exposição de atividades realizadas


pelos alunos, agendar reuniões de acordo com a disponibilidade dos pais são alguns dos
tipos de eventos que podem fazer com que os pais estejam em sua escola.
Referências bibliográficas.

APELASSO, R.R.M. NOGUEIRA, A.S. Afetividade e aprendizagem. Presidente


Prudente, Ri o de Janeiro, 2013.

BRASIL, Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional. Diário Oficial da União. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 11 fev. 2021.

CAMPOS, A. R. Família e escola: um olhar histórico sobre as origens dessa relação no


contexto educacional brasileiro. Universidade Federal Fluminense, 2019. Disponível
em:https://ufsj.edu.br/portal2repositorio/File/vertentes/v.%2019%20n.%202/Alexandra
_Campos.pdf . Acesso em: 11 fev. 2021

Políticas públicas e educação [recurso eletrônico] / Caroline Costa Nunes Lima...[et al.];
[revisão técnica: Joelma Guimarães]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018

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