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CURSO: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: INTERVENÇÕES

PEDAGÓGICAS EM CONTEXTO DE INCLUSÃO – 2023.2


RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA

NOME: ROSE ANNE HOLANDA

QUESTÃO: É possível afirmar que a família e a escola compartilham funções


sociais, educacionais e políticas que afetam diretamente o processo de formação e
desenvolvimento de um indivíduo. Em vista disso, na relação família/escola precisa-se
estabelecer fatores como a confiança e a colaboração, além de que os familiares e os
profissionais devem conhecer as limitações de cada um e entender as dinâmicas
presentes em ambos os contextos, para que se tenha orientação e auxílio no processo da
melhor forma possível.

A família deve sempre estar atenta às funções sociais, educacionais e políticas que
ela exerce enquanto instituição, bem como as funções exercidas em conjunto com a
escola, instituição de extrema importância para a formação das crianças e adolescentes.
Essas funções formam e ajudam no desenvolvimento das crianças e adolescentes,
típicos ou atípicos, e devem ser percebidas as características de cada famílias para que a
escola possa conduzir a sua parte do processo de inclusão da melhor forma possível. O
contrário também é necessário, a família deve ser conhecedora de todo o processo
inclusivo que acontece dentro da escola.
Bernardo (2019) faz algumas sugestões para estimular um bom relacionamento
entre as famílias e escola: pesquisar sobre o assunto (deficiências; TEA) e pedir
informações para a família; realizar uma reunião com os outros pais; estabelecer um
diálogo constante entre família e escola; criar laços de confiança; conversar e alinhar as
expectativas dessas famílias com a entrada da criança na escola.
Sestari (2022) sugere que a escola faça investimentos em capacitações e
conhecimentos sobre o TEA, aprendendo na teoria e colocando em prática com a vivência
e especificidades de cada aluno e, dessa forma, construa uma boa relação com as
famílias. Outra sugestão que Sestari (2022) faz é sobre a organização de momentos de
conversas para a escuta das famílias e a criação de comunicação da escola com as
famílias, com a criação de grupos de WhatsApp específicos para essas famílias, tendo
como objetivo a troca de informações específicas com os pais.
Se educar filhos típicos demanda dificuldades, com a educação de filhos atípicos
essas dificuldades aumentam e, a depender da classe econômica da qual a família faz
parte, essas dificuldades aumentam ainda mais, já que é necessário conhecer o que é
ofertado e aguardar as vagas para as consultas e terapias pelo setor público. Sestari
(2022) sugere que a escola deve conhecer a rede de atendimento disponível no bairro ou
cidade, pois quanto maior um local, mais difícil de conhecer o que ela pode oferecer às
crianças com deficiências.
Na Educação Pública, além do Atendimento Educacional Especializado, AEE, tem
municípios que têm Núcleo de Especialistas, que atende ao público da Educação
Especial, onde alunos da rede pública e privada, têm acompanhamento com Psicólogo,
Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo, Neurologista, mesmo que seja quinzenal ou
mensal. Mas para muitas famílias essa é a terapia possível para seus filhos. Esse
acompanhamento das famílias demanda empenho e disponibilidade, já que as terapias,
nesse caso descrito, ocorrem no mesmo local, mas em dias alternados. Sestari (2022)
fala inclusive do encaminhamento inicial que a escola pode fazer, para que o aluno
comece a participar das terapias oferecidas.
Enfim, aceitar a matrícula de alunos com deficiência é algo inquestionável, mas o
que realmente tem relevância é que a escola precisa estabelecer uma relação sólida com
os responsáveis dos alunos, como coloca Bernardo (2019), já que o trabalho entre as
escolas e as famílias de alunos com deficiência tem algumas especificidades, mas que
com empenho é possível alcançar benefícios para todos, especialmente para o aluno.
A parceria que deve existir entre as famílias e escolas, além dos terapeutas, deve
ser pautada pela confiança e disponibilidade, cooperação, coparticipação para que os
resultados do trabalho realizado em conjunto possam ser alcançados.

REFERÊNCIAS

BERNARDO, Nairim. Autismo: como estabelecer uma boa relação entre escola e famílias
de alunos. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/18098/como-estabelecer-
uma-boa-relacaoentre-escola-e-familias-de-alunos-com-autismo. Publicado em Nova
Escola, 2019.

SESTARI. Paula. Autismo e Inclusão: 4 sugestões para fortalecer a parceria com as


famílias na Educação Infantil. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/21342/autismo-e-inclusao-4-sugestoes-para-fortalecer-
a-parceria-com-as-familias-na-educacaoinfantil. Publicado em Nova Escola, 2022.

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