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Relatório final
Fevereiro
2021
Índice
1-QUESTÃO 1 ...................................................................................................................................... 3
1.1-FUNCIONALISMO......................................................................................................................... 3
1.2-TEORIA DO CONFLITO E ANÁLISE DA SAÚDE ................................................................... 4
1.3-INTERACIONISMO SIMBÓLICO E SAÚDE ............................................................................. 5
2-QUESTÃO N.º 2................................................................................................................................ 6
3-QUESTÃO N.º 3................................................................................................................................ 7
4-BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 10
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1-QUESTÃO 1
1.1-FUNCIONALISMO
Émile Durkheim, nascido a 1858 e falecido a 1917, dedicou parte da sua vida ao
ramo da sociologia. Desenvolveu a teoria do funcionalismo tendo por base argumentos
da seleção nacional, adaptação e sobrevivência na sociedade. Desenvolveu a sua teoria
em dois trabalhos, a análise da religião e a análise do crime. Na análise da religião,
argumenta que os ritos e mitos criados ao longo da história da humanidade, refletem as
necessidades humanas. Na análise do crime, reflete que o mesmo é um integrante nas
sociedades saudáveis.
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Baseado na teoria funcionalista de Durkheim, o sociólogo Talcott Parsons (1952)
chamou a atenção para o facto de a doença ter uma dimensão social para além da
individual. Definiu assim o papel do doente baseado em três vertentes. A pessoa doente
não é pessoalmente responsável por estar doente. A pessoa doente tem certos direitos
e privilégios, incluindo o afastamento de algumas responsabilidades. Deve dedicar-se a
recuperar a saúde. Para ocupar o papel de doente, as pessoas devem receber a
confirmação de um profissional médico, que torne legitima a alegação de doença da
pessoa.
Karl Marx, nascido a 1818 e falecido a 1883, desenvolveu a teoria do conflito. Segundo
esta teoria, as desigualdades sociais condicionam a qualidade de saúde e de cuidados.
Pessoas inseridas em meios sociais desfavorecidos têm maior probabilidade de
adoecer e de receber cuidados de saúde inadequados. Marx identificou que as
principais causas das desigualdades em saúde são os recursos ambientais e
constrangimentos (alojamento, ambiente, trabalho…), os aspetos psicossociais
(ansiedade, depressão…), o acesso aos cuidados de saúde, a exposição aos agentes
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patogénicos ou carcinogénicos, a adoção de comportamentos de risco e situações de
stress.
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2-QUESTÃO N.º 2
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“Os principais desenvolvimentos dos estilos
de vida derivam do campo das ciências
humanas e sociais, tais como Sociologia e
Antropologia, a partir de referenciais como o
marxismo, a sociologia compreensiva de
Weber, a psicanálise e o culturalismo
antropológico americano.” (Madeira, F. B.,
Filgueira, D. A., Bosi, M. L. M., & Nogueira, J.
A. D. 2018)
3-QUESTÃO N.º 3
A criança de etnia cigana, recebeu uma pulseira verde no hospital. Esta pulseira
foi lhe dada com base na gravidade da sua condição e não com base na sua etnia.
Sendo que a pulseira verde significa pouca urgência, qualquer pessoa com pulseira
amarela, laranja ou vermelha, teria prioridade no atendimento.
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A cultura é definida pelo conjunto de crenças, costumes, maneiras de pensar e
de agir próprios de uma sociedade humana. “A cultura é um bem coletivo no qual os
indivíduos participam segundo modalidades diferentes” (Demartis, Lucia 2006). As
culturas e as crenças definem cada um de nós como ser unitário. Cada individuo é um
conjunto de vivências, experiências, influencias e interações. Os cuidados de saúde
devem ser adaptados a todas as culturas. Têm de existir competências interculturais,
que permitam que haja uma comunicação adequada consoante a cultura e etnia.
Para além da capacidade de interagir com as pessoas que nos rodeiam, também
devemos possuir a capacidade de compreender os seus comportamentos.
“A perceção social é condição para a interação humana (Rodrigues 2007, p. 203)”. “O
processo preceptivo é permeado por variáveis que se intercalaram entre o momento da
estimulação sensorial e a tomada de consciência daquilo que foi responsável pela
estimulação. Estas variáveis influenciam em como as pessoas percebem determinado
comportamento” (LUZA, 2008).
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A perceção social é um processo de
interpretação do comportamento das outras
pessoas; sendo entendida desta forma, ela
se dá em diferentes etapas. Na primeira
etapa, o comportamento do outro deve atingir
nossos sentidos, e para que isto aconteça,
eles devem estar funcionando corretamente,
além disso, é imprescindível que o ambiente
forneça as condições necessárias (fase pré-
psicológica do fenômeno preceptivo). A
segunda etapa acontece quando o
comportamento do outro já atingiu nossos
sentidos, a partir daí acontece a ação dos
nossos interesses, estes entendidos como
nossos “preconceitos, estereótipos, valores,
atitudes e ainda outros esquemas sociais”,
(fase psicológica do fenômeno preceptivo)
(RODRIGUES, 1996, p. 202)
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4-BIBLIOGRAFIA
Madeira, F. B., Filgueira, D. A., Bosi, M. L. M., & Nogueira, J. A. D. (2018). Estilos
de vida, habitus e promoção da saúde: algumas aproximações. Saúde e Sociedade, 27,
106-115.
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