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Seminário do

Comportamento e
Sociedade
Componentes:
Angela Atanazio
Diego Sampaio
Luciana Bitencourt
Ludymilla Nascimento
Nina Ribeiro
Samira Reis
CORPO E SOCIEDADE:
PRATICAS CULTURAIS

A sociologia do corpo constitui um capítulo da sociologia especialmente dedicado à


compreensão da corporeidade humana como Fenômeno social e cultural, motivo
simbólico, objeto de representações e imaginários.
Moldado pelo contexto social e cultural em que o ator se insere, o corpo é o vetor
semântico pelo qual a evidência da relação com o mundo é construída: atividades
perceptivas, mas também expressão dos sentimentos, cerimoniais dos ritos de interação,
conjunto de gestos e mímicas,

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PREOCUPAÇÃO SOCIAL COM O CORPO

“Existir significa em primeiro lugar


mover-se em determinado espaço e
tempo, transformar o meio graças à
soma de gestos eficazes”

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CONDIÇÃO DO CORPO

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O PENSAMENTO DE DAVID Le BRETON
SOBRE O CORPO E A SOCIEDADE

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O PENSAMENTO DE DAVID Le BRETON SOBRE O CORPO E A SOCIEDADE

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O PENSAMENTO DE DAVID Le BRETON SOBRE O
CORPO E A SOCIEDADE

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BUSCA PELO O CORPO PERFEITO

• Na sociedade atual, o corpo se tornou


símbolo, definido pela midia, onde a
busca pelo corpo “perfeito" se tornou
incansável.
• Podemos visualizar tal fato em
academias, onde a busca pela
'perfeição"

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PROBLEMAS SOCIAIS

A inequação a este modelo de corpo pode trazer


inúmeros problemas sociais e consigo mesmo ,
o que por consequência Causa problemas
psicológicos e de saúde.
Temos como exemplos a depressão, anorexia,
bulimia, uso de esteróides, etc.

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SOCIOLOGIA DO CORPO:
SAUDE, DOENÇA E
ENVELHECIMENTO

A Sociologia do corpo

O campo de estudos conhecido como sociologia do


corpo investiga as formas como os nossos corpos são
afetados por influencias sociais.
Os nossos corpos são profundamentes afetados pelas
nossas experiencias sociais, bem como pelas normas e
valores dos grupos e que são abordados pela Sociologia
do Corpo através da saúde, a doença e o envelhecimento.

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

A Base social da saúde:

• Classe e saúde
A sociologia considera importante levar em conta o fato de que a saúde e a
doença não se distribuem da mesma forma entre a população, o que pode ser
denominado de desigualdades de saúde.
Variações nos padrões de saúde podem ocorrer em função da classe social,
gênero, raça e localização geográfica.

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

A Base social da saúde:

• Diferenças de saúde entre gêneros


Existem algumas explicações biológicas, como predisposições genéticas, quanto
explicações sociais, no entanto embora seja possível que alguns fatores biológicos
contribuíam para determinadas situações a nível da saúde, não é provável que estes
consigam explicar essas diferenças. De forma geral, em relação aos homens, as
mulheres são mais desfavorecidas economicamente e algumas vezes sofrem os
efeitos da pobreza.

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO
A Base social da saúde:

• Raça e saúde
Uma das dificuldades principais reside no facto de os conceitos de raça e de
etnicidade permanecerem ambíguos. Contudo, a incidência de certas doenças é
mais elevada entre os indivíduos do Caribe, de origem africana e os
asiáticos. Alguns tem proposto explicações genéticas para essas diferenças. Mas a
genética possivelmente não pode por si só explicar as amplas variações registadas
na distribuição racial da doença. Alguns estudiosos voltaram-se para explicações
de carácter cultural e comportamental, com ênfase nos estilos de vida
individuais e de grupo que se pensa terem como consequência uma saúde pior.
Outros, no entanto, fornecem explicações socio-estruturais desses padrões de
distribuição de saúde em relação a raça, como fatores de natureza material e os
efeitos do racismo.  13
SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

MEDICINA E SOCIEDADE

• “Saúde” e “doença” são termos cultural e socialmente definidos. O que se


considera ser saudável e normal varia de acordo com as culturas. Desde há mais
ou menos dois séculos, as ideias ocidentais dominantes acerca da medicina têm
sido expressas pelo modelo biomédico. O modelo biomédico de saúde define a
doença em termos objetivos e acredita que um corpo pode voltar a ser saudável,
submetendo-se a um tratamento médico de base científica. Esta concepção de
saúde e doença desenvolveu-se a par do crescimento das sociedades
modernas. A sua emergência esteve intimamente ligada ao triunfo da razão e da
ciência sobre os modos de explicar o mundo tradicionais ou de carácter
religioso. 
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MEDICINA E SOCIEDADE

• O conceito de Saúde definido pela OMS é amplo e não se restringe apenas a


ausência de enfermidades, sendo: “um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”.

• Chama-se doença ao processo e ao estado causado por uma afecção num ser
vivo, que altera o seu estado ontológico de saúde. Este estado pode ser
provocado por diversos fatores, podendo ser intrínsecos ou extrínsecos ao
organismo enfermo.

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MEDICINA E SOCIEDADE

O modelo biomédico de saúde assenta em três pressupostos fundamentais: (i) a


doença é uma ruptura do funcionamento normal do corpo humano: entende-
se que existe sempre um determinado agente identificável como estando
subjacente a cada doença; (ii) o espírito e o corpo podem ser tratados
separadamente: o doente representa um corpo doente e não um indivíduo na sua
totalidade; (iii) os especialistas médicos com formação académica são os únicos
profissionais com capacidade para tratar a doença: não há lugar para
curandeiros autodidatas e práticas médicas não-científicas. 

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO
MEDICINA E SOCIEDADE
Nas últimas décadas, o modelo biomédico de doença tem sido alvo de um número
cada vez maior de críticas, entre as quais podem ser citadas: (i) se exagera a
eficácia da medicina científica: a melhoria global da saúde pode ser atribuída
muito mais a mudanças sociais e ambientais do que à competência médica; (ii) a
medicina moderna ignora a opinião e experiências dos doentes que pretende
curar: não é muito sentida a necessidade de ouvir as interpretações dos próprios
doentes acerca da sua condição; (iii) a medicina científica se coloca a si própria
como algo superior a todas as outras formas alternativas de medicina ou
cura: tem sido perpetuada a ideia de que tudo o que não é “científico” é
necessariamente inferior; (iv) a profissão médica exerce um poder imenso na
definição do que é ou não doença: o que pode ser exemplificado
pela medicalização de condições “normais”. 
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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

PERSPECTIVAS SOCIOLOGICAS SOBRE A SAUDE E A DOENÇA

Há uma consciência cada vez maior de que não são apenas os médicos que detêm
saber e compreensão sobre a saúde e a doença. Todos estamos em posição de
interpretar e configurar o nosso bem-estar através do entendimento do nosso corpo
e de nossa experiência de saúde e doença. Duas formas de entender a experiência
da doença têm sido particularmente influentes no pensamento sociológico: (i)
abordagem funcionalista: debruça-se sobre as normas de comportamento que se
pensa que os indivíduos adotam quando doentes; (ii) abordagem interacionista: é
uma tentativa mais vasta de revelar as interpretações atribuídas à doença e a forma
como esses significados influenciam as ações e comportamentos das pessoas. 

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

PERSPECTIVAS SOCIOLOGICAS SOBRE A SAUDE E A DOENÇA

• Alguns funcionalistas propuseram o modelo do papel do doente. O papel de


doente assenta em três pilares: (i) a pessoa doente não é pessoalmente
responsável por estar doente: a doença é vista como o resultado de causas
físicas que estão para além do controle do indivíduo; (ii) são concedidos certos
direitos e privilégios à pessoa doente: dado a pessoa doente não ser
responsável pela doença, fica isenta de determinadas tarefas, papéis e
comportamentos pelos quais seria normalmente responsável; (iii) a pessoa
doente deve esforçar-se por recuperar a saúde, recorrendo à consulta de um
médico: o papel de doente é de natureza temporária e condicional, dependendo
do fato de a pessoa doente procurar ativamente recuperar a saúde. 

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

PERSPECTIVAS SOCIOLOGICAS SOBRE A SAUDE E A DOENÇA

Já os interacionistas se interessam nas formas pelas quais as pessoas interpretam o


mundo social e os significados que lhe atribuem. Eles exploram temas como: (i) o
modo que a doença é incorporada na biografia pessoal do indivíduo; (ii) a forma
como os doentes crónicos aprendem a lidar com as implicações práticas e
emocionais da sua doença; (iii) a forma como os indivíduos com uma doença
crónica conciliam as suas doenças com o contexto gera das suas vidas. 

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SOCIOLOGIA DO CORPO: SAUDE, DOENÇA E ENVELHECIMENTO

SAUDE E ENVELHECIMENTO

 Vivemos numa sociedade em envelhecimento, onde a proporção de pessoas com


idade superior a sessenta e cinco anos está a aumentar de forma sustentada. A
velhice, por si só, não pode ser identificada com a doença ou a incapacidade,
embora o avanço da idade tenda a causar problemas crescentes de saúde. O
envelhecimento do corpo é afetado por influências sociais, mas também ditado por
fatores genéticos. Tal como o de todos os animais, o corpo humano está
geneticamente programado para morrer. 

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SAUDE E ENVELHECIMENTO

 Numa sociedade que valoriza a juventude, a vitalidade e a aparência física, os


idosos tendem a tomar-se invisíveis. No entanto, à medida que se tornaram uma
parcela cada vez maior da população, os idosos adquiriram uma maior influência
política. Tornaram-se já um importante grupo de pressão política. Os últimos anos
de vida são vistos por muita gente cada vez com mais frequência como um tempo
de grande importância e mesmo de comemoração. É um tempo de reflexão acerca
dos feitos de uma vida, mas que permite também que os indivíduos continuem a
crescer, a aprender e a explorar. 

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https://youtu.be/2JJNDeUkVtI

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

Le Breton, David, 1953-


A Sociologia do corpo\ David Le Breton; 2. ed.
Tradução de Sônia M .S. Fuhrmann – Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

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