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Índice

1. Introdução......................................................................................................................................2
2. A Doença Como Um Problema Social - Respostas E Intervenção Da Comunidade)...................3
2.1. Percurso histórico da doença.........................................................................................................3
2.2. Doença...........................................................................................................................................3
2.3. Significado social da doença.........................................................................................................4
2.4. Doença como um problema social.................................................................................................4
2.6. O Caráter Histórico-Social Do Processo Saúde-Doença...............................................................5
2.7. Ontologias E Processos..................................................................................................................6
3. Respostas e Intervenção da comunidade face a doença como um problema social......................7
3.1. Práticas Preventivas.......................................................................................................................7
3.2. Intervenções das Comunidades nas informacionais......................................................................7
3.3. Intervenções das Comunidades nas comunicações........................................................................8
3.4. Intervenções das comunidades nas discursos................................................................................8
3.5. Intervenções das comunidades nas Estratégias cognitivas............................................................8
3.6. Intervenções da comunidades socioculturais.................................................................................8
3.7. Intervenções da comunidade nas Estratégias educacionais...........................................................9
4. Conclusão....................................................................................................................................10
5. Referencias Bibliográficas...........................................................................................................11
1. Introdução
Ao longo deste trabalho vou abordar sobre um tema relacionada a doença como um problema social e
face a respostas e intervenções na comunidade, portanto, os problemas de doenças na sociedade são
modalidades historicamente distintas de apreensão teórica da doença, isto é, delimitam-se no tempo e
no espaço de modo tal que reconhecemos cada uma delas como parte de determinadas formas de
organização social da vida do homem, fora das quais, em consequência, estas modalidades têm
obscurecida a compreensão adequada dos seus conteúdos. A preocupação em combater a doença,
usufruir de melhor saúde e aumentar a esperança média de vida vem de tempos de antanho, embora só
muito tardiamente se começassem a sentir mais resultados. Os humanos tiveram de enveredar por uma
longa caminhada até conseguirem apreender os seus mecanismos e ultrapassar muitas das suas
contingências. No passado, a doença era associada à intervenção das forças transcendentais, ou seja, a
um sentido moral, religioso e metafísico em forma de punição. Coube a Hipócrates (séc. V a. C.) ter
criado uma teoria coerente dos humores, da doença e da saúde. Ao fazê-lo, ao mesmo tempo que
introduz uma medicina racional, retira à doença qualquer causalidade “trágica”, inscrevendo-a antes
em situações concretas da natureza e da existência dos humanos, como parte integrante do mundo.

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2. A DOENÇA COMO UM PROBLEMA SOCIAL - RESPOSTAS E INTERVENÇÃO DA
COMUNIDADE
Em outros termos, a doença na sociedade pode ser pensada como processo na medida em que é
traduzida em enunciados que renunciam à busca de uma verdade essencial e permanente de seu
objecto, e como ontologia enquanto portadora de um Ser, constantemente refeito, que expressa uma
identidade positiva, algo que se comporta .
2.1. Percurso histórico da doença
No âmbito deste trabalho, apenas podemos aflorar as sendas da doença, incidindo de sobremaneira
sobre as sociedades ocidentais. Tal não significa que não haja aspectos muito mais vastos, também
comuns a muitas outras regiões do mundo. Só que, por um lado, a limitação do espaço não o permite e,
por outro, os contextos sociais, económicos e culturais, sendo distintos ao longo dos tempos e das
regiões, fazem com que ao nível das diferentes sociedades e das condições sociais de existência se
tenham vindo a verificar grandes disparidades no atinente à doença e à saúde. Não obstante, também
se sabe hoje que à medida que certas sociedades se vão aproximando de padrões de desenvolvimento
similares às ocidentais mudam igualmente os seus padrões de doença e de saúde . Durante a Idade
Media, duas doenças ocuparam um lugar cimeiro nas sociedades e mentalidades religiosas da época: a
lepra e a peste. A primeira, sendo endémica na Europa desde os primeiros tempos do cristianismo (séc.
VI), embora já existisse muito antes, desenvolve-se intensamente no século X e apenas começa a
regredir por volta do século XIV. Já o vocábulo de peste em latim clássico significa toda a espécie de
doença epidémica e em sentido figurado flagelo social. Aos olhos de muitas pessoas pelas suas
distintas características aparecem como duas doenças opostas, embora sejam ambas bastante
mortíferas. Sendo altamente contagiosas, o que explica o seu objeto de exclusão, a primeira é lenta,
atinge de modo individual relativamente poucas pessoas e está

2.2. Doença
Uma doença é uma condição particular anormal que afecta negativamente o organismo e a estrutura
ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um trauma físico externo.
Doenças são frequentemente interpretadas como condições médicas que são associadas
a sintomas e sinais específicos. Uma doença pode ser causada por fatores externos tais como agentes
patogénicos ou por disfunções internas. Pode se entender que doença é a apresentação de
anormalidades na estrutura e no funcionamento de um organismo, afetando-o de forma negativa. Por

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exemplo, disfunções internas do sistema imunológico podem produzir uma variedade de diferentes
doenças, inclusive várias formas de imunodeficiência, hipersensibilidade, alergias e desordens ou
transtornos autoimunes.
2.3. Significado social da doença
Uma condição pode ser considerada uma doença em algumas culturas e épocas, mas não em outras.
Condições tais como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e a obesidade são
consideradas doenças por parte de alguns países desenvolvidos, mas têm sido considerados de forma
diferente em outras culturas. Por exemplo, a obesidade também pode representar riqueza e abundância
e é um símbolo de status em áreas propensas à fome e alguns lugares mais atingidos
pela caquexia decorrente da AIDS.
A doença confere a legitimação social de determinados benefícios, como auxílio-doença,
desnecessidade de comparecer ao trabalho e recebimento de cuidadas por outras pessoas. Em
contrapartida, existe uma obrigação por parte do doente a procurar tratamento e trabalho para voltar a
ficar bem. Como comparação, considere-se a gravidez, que não é normalmente interpretada como uma
doença ou uma enfermidade. Por outro lado, é considerada pela comunidade médica como uma
condição que exige cuidados médicos.
A identificação de uma condição como uma doença, ao invés de simplesmente como uma variação da
estrutura ou funcionalidade humana, pode ter importantes implicações sociais ou econômicas. Os
reconhecimentos controversos como doenças do transtorno de estresse pós-traumático, também
conhecido como o "coração do soldado", "choque de stress do combate" ou "fadiga do combate",
da lesão por esforço repetitivo e da síndrome da Guerra do Golfo teve uma série de efeitos positivos e
negativos sobre as finanças e outras responsabilidades governamentais, empresas e instituições para
indivíduos, assim como sobre os próprios indivíduos. A implicação social de considerar
o envelhecimento como uma doença pode ser profunda, embora esta classificação não está ainda
generalizada. Os leprosos eram um grupo de indivíduos socialmente evitados ao longo da história, e o
termo "leproso" ainda evoca estigma social. O medo da doença pode ainda ser um fenômeno social
amplo, embora nem todas as doenças evocam um estigma social extremo.
2.4. Doença como um problema social
Os problemas da saúde pública impactavam a economia. Sua solução era indispensável para o
desenvolvimento das sociedades. Prover a população trabalhadora de saúde e higiene tornava-se

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obrigação das “classes dirigentes”, pois disso dependeria a saúde das elites. A este respeito,
recorremos novamente ao jornal católico
2.5. Depressão
Desde a antiguidade, o homem é vítima da depressão, mas o que, antes, era visto como uma doença da
alma e “pecado da desesperança”, hoje, se tornou um problema social e, de fato, uma doença. No
conceito da palavra “saúde”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que é dado como "um
estado de completo bem-estar físico, mental e social”, a antiga “doença da alma” ao ferir o conceito,
passa a ser vista como enfermidade. Assim, a OMS remete à necessidade da busca do conhecimento
sobre a depressão, os impactos de tal doença na sociedade e, principalmente, como reduzir o número
de pessoas vítimas da mesma.
Desde o final dos anos sessenta, intensificou-se a polêmica sobre o caráter da doença. Discute-se se a
doença é essencialmente biológica ou, ao contrário, social. Ocorre, assim, um questionamento
profundo do paradigma dominante da doença que a conceitua como um fenômeno biológico
individual. As razões do aparecimento ou, melhor dizendo, do ressurgimento desta polêmica devem
ser buscadas tanto no desenvolvimento da medicina, como na sociedade com a qual ela se articula. O
auge desta polêmica, nos anos finais da década de 60, encontra explicação, fora da medicina, na
crescente crise política e social que acompanha a crise econômica e com ela se entrelaça. A partir
destes anos, vive-se uma nova etapa de lutas sociais, que, mesmo assumindo formas particulares nos
diferentes países, caracterizam a época. Um dos traços das lutas populares neste período é que elas
colocam sob suspeita, sob formas totalmente distintas e com perspectivas de alcance muito variável, o
modo dominante de resolver a satisfação das necessidades das massas trabalhadoras. Isto ocorre tanto
nos países capitalistas avançados como nos dependentes. Assim, no calor destas lutas, inicia-se uma
crítica que procura formular uma compreensão diferente dos problemas, mais de acordo com os
interesses populares e capaz de dar origem a práticas sociais novas. Desta maneira, as novas correntes
se inspiram nas lutas populares e se define, assim, a base social sobre a qual se sustentam.
2.6. O CARÁTER HISTÓRICO-SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
A melhor forma de comprovar empiricamente o caráter histórico da doença não é conferida pelo
estudo de suas características nos indivíduos, mas sim quanto ao processo que ocorre na coletividade
humana. A natureza social da doença não se verifica no caso clínico, mas no modo característico de
adoecer e morrer nos grupos humanos. Ainda que provavelmente a “história natural" da tuberculose,
por exemplo, seja diferente, hoje, do que era há cem anos, não é nos estudos dos tuberculosos que

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vamos apreender melhor o caráter social da doença, porém nos perfis patológicos que os grupos
sociais apresentem.
Neste sentido, antes de discutir-se a forma de constituir os grupos a estudar, deveria ser possível
constatar diferenças nos perfis patológicos1 ao longo dos tempos como resultantes das transformações
da sociedade. Mesmo assim, as sociedades que diferem em seu grau de desenvolvimento e
organização social devem apresentar uma patologia coletiva diferente. Finalmente, dentro de uma
mesma sociedade, as classes que a compõem mostrarão condições de saúde distintas.
Dependendo dos dados existentes, vemo-nos na obrigação de analisar o perfil patológico não em
termos da doença mas da morte, que obviamente é um indicador bastante deficiente da primeira,
principalmente quando os processos patológicos prevalentes são crônicos e, às vezes, não são, sequer,
mortais. Uma vez registradas todas a limitações, vamos adiante.
Isto significa que as mudanças registradas na mortalidade geral também se verificam nos grupos de
idade jovem. As transformações ocorridas não podem ser explicadas como simples resultado do
desenvolvimento médico.
O decréscimo ou a erradicação de algumas doenças infecciosas é devido, sem dúvida, a medidas de
prevenção específica, como as vacinas e as campanhas, mas não ao desenvolvimento do modelo
médico-hospitalar. Por outro lado, o decréscimo de outras doenças que necessitam de medidas
específicas de prevenção, como seriam as pneumonias ou as infecções intestinais, não pode ser
explicado como resultado o desenvolvimento médico.
Finalmente, apesar das contestações dos que se colocam contra a “medicalização" da sociedade e seus
efeitos iatrogênicos,3 os aumentos das doenças antes mencionadas não se explicam a partir da prática
médica.
Deve-se buscar a explicação não na biologia ou na técnica médica, mas nas características das
formações sociais em cada um dos momentos históricos. Outra forma de mostrar o caráter social da
doença e que permite também um aprofundamento nos determinantes sociais do perfil patológico, é a
análise das condições coletivas de saúde em diferentes sociedades, no mesmo momento histórico. No
Quadro 2 são apresentadas as dez principais causas de morte no México, em Cuba e nos Estados
Unidos da América do Norte. A comparação entre estes três países permite, grosso modo, avaliar o
resultado do desenvolvimento das forças produtivas e das relações sociais no perfil patológico.

2.7. ONTOLOGIAS E PROCESSOS.

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A crítica ao caráter processual do conhecimento epidemiológico acerca da doença na sociedade, que
permeou toda esta discussão, não deve ser entendida como rejeição, total ou parcial, do arsenal teórico
e metodológico que esta ciência veio desenvolvendo ao longo de sua história. O processo de "crítica",
infortunadamente, quase sempre carreia essa conotação negativa, de rejeição do objeto sobre o qual é
aplicada, quando deveria ser o contrário. A crítica, no sentido filosófico, só se detém sobre aquilo que
de algum modo valoriza. Em nosso caso, a questão que se quis destacar é que, através da dialéctica dos
dois pólos conceituais que examinamos, é possível vislumbrar necessidades e
3. Respostas e Intervenção da comunidade face a doença como um problema social
Na saúde pública são comuns as ações de intervenção social para promover a saúde e prevenir
doenças. Essas ações oferecem informação sobre saúde às comunidades, de maneira clara e acessível
para gerar mudança de comportamento e para proporcionar a transferência da informação
3.1. Práticas Preventivas
De um modo geral, os indivíduos consideram a prevenção importante para manter uma boa saúde e
para estar em forma, sobretudo no caso das mulheres com filhos. Há discursos que frisam a
importância das medidas de prevenção com o intuito de saber exatamente o que se passa ao nível da
saúde. Este discurso foi constante no grupo de elite enquanto no grupo popular refere-se mais às idas
ao médico sempre que algo não está bem, a aquisição de medicamentos. Pelo contrário, no grupo de
elite faz-se a alusão ao fato de manter o hábito de fazer análises e check-ups de rotina como forma de
prevenção. É necessário distinguir as idas ao médico, ou melhor, o recurso aos serviços de saúde,
como medida preventiva, evocado pela elite e o recurso que se prende com o sofrimento de uma
sintomatologia patológica e o pedido de medicamentos, referido, sobretudo, pelo grupo popular. Há
ainda, neste grupo, particularmente entre os “mais velhos” quem atribua a sua boa forma física aos
cuidados que tem com a saúde e a práticas de conservação de estilos de vida consideradas saudáveis
(associadas a não ter comportamentos nocivos para a saúde como beber, fumar, regime alimentar,
exercício físico...) e a levar uma vida regrada. Grande parte dos elementos do grupo de elite
pertencente à geração dos “mais velhos” refere ter uma preocupação com a alimentação, evitar
gorduras, fritos e açucares e praticar uma alimentação mais à base de grelhados, cozidos e vegetais.
Por sua vez, estes são também
3.2. Intervenções das Comunidades nas informacionais
Tanto na promoção da saúde quanto na prevenção de doenças, faz-se necessário o uso de estratégias,
entre as quais podem ser incluídas as informacionais.

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Usar estratégias, para captar a atenção dos indivíduos de um grupo e assim facilitar a transferência de
informações, utilizando elementos culturais dessa sociedade, é legítimo. É preciso, no entanto,
conhecer predisposições e processos internos como, por exemplo, mudança de atitude, dissonância
cognitiva ou expectativas sociais ou culturais complexas.
Elas foram construídas a partir de teorias de outras áreas do conhecimento, tais como a Comunicação,
Lingüística, Cognição, Sociologia, Antropologia e Educação, uma vez que elas não existiam,
conceitualmente, na Ciência da Informação.
3.3. Intervenções das Comunidades nas comunicações
As estratégias informacionais comunicacionais são construídas a partir de conceitos e modelos
teóricos da Comunicação e atuam no momento da transferência da informação do emissor para o
receptor da informação.
Entre as estratégias desse tipo, uma sobressai-se por ser largamente empregada, em projetos de
intervenção social: é a persuasão, que visa a mudar o comportamento de seus espectadores. A
persuasão aponta o tempo todo que há necessidade do indivíduo se cuidar.
3.4. Intervenções das comunidades nas discursos
As estratégias informacionais discursivas são construídas a partir de conceitos e modelos teóricos
extraídos da Comunicação e da Lingüística. Elas são empregadas na formatação dos diversos tipos de
discursos, inclusive os imagéticos.
Alguns conceitos da Lingüística, trabalhados para textos por Koch e Travaglia 24, são aqui oferecidos.
Por exemplo: a intencionalidade (ela vai desde a intenção de estabelecer contato com o espectador até
a de compartilhar opiniões ou a de provocar ações no indivíduo) e a coerência (ela oferece a
possibilidade de estabelecimento de sentido ao conteúdo do produto informacional por parte do
indivíduo).
3.5. Intervenções das comunidades nas Estratégias cognitivas
As estratégias informacionais cognitivas, em sua criação e uso, observam conceitos e modelos da
Cognição e atuam na percepção da informação pelo indivíduo.
A percepção, de acordo com a teoria cognitivista baseada no construtivismo, é uma construção
elaborada a partir de esquemas mentais com dados obtidos pelos órgãos dos sentidos. Ela também é
baseada no saber, nos sentimentos e nas crenças do indivíduo que, por sua vez, tem uma ligação com
uma classe social, época ou cultura.
3.6. Intervenções da comunidades socioculturais

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As intervenções informacionais socioculturais são construídas a partir de conceitos e modelos
extraídos da Sociologia e da Antropologia e atuam na contextualização da informação.
Esse tipo de estratégia atua a partir do conhecimento da realidade, da vida cotidiana do indivíduo, de
suas necessidades, comportamento, interacção e expectativa social, auxiliando a transferência da
informação.
Nas intervenções ocorridas na área da saúde, pode ocorrer resistência ao conteúdo dos produtos
informacionais. Pode acontecer uma não aceitação do que é comunicado por conta da diversidade de
valores culturais do indivíduo ou pela descontextualização desse conteúdo. A resistência é parte do
processo político e cultural dessa forma de comunicar.
3.7. Intervenções da comunidade nas Estratégias educacionais
As estratégias informacionais educacionais são construídas a partir de conceitos e modelos obtidos da
Educação e atuam na formação e renovação dos indivíduos pela informação, para a vida individual,
estando fortemente ligadas à Comunicação. Elas munem o indivíduo com informações,
proporcionando-lhe senso crítico e desenvolvendo capacidades para resolver problemas. Aprender
significa saber como agir.
Os projetos de intervenção social da área da saúde, em sua maioria, visam a reduzir os índices de
infestações de doenças nas áreas urbanas e rurais, impedindo que se transformem em epidemias.
Também visam a melhorar a qualidade de vida e educar o indivíduo e seu grupo.
Mas nem sempre isso ocorre, porque é necessário que a população tenha um nível educacional
suficiente para assimilar as informações que, por sua vez, devem ser transmitidas de maneira adequada
a essa população.

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4. Conclusão
Posso concluir que os projetos de intervenção da comunidade social da área da saúde, em sua maioria,
visam a reduzir os índices de infestações de doenças nas áreas urbanas e rurais, impedindo que se
transformem em epidemias. Também visam a melhorar a qualidade de vida e educar o indivíduo e seu
grupo.
Mas nem sempre isso ocorre, porque é necessário que a população tenha um nível educacional
suficiente para assimilar as informações que, por sua vez, devem ser transmitidas de maneira adequada
a essa população. Para compreender como os corpos traduzem a relação com o mundo social, os
trabalhos sobre meios populares, ainda que não incidam apenas sobre estas problemáticas, permitem
uma leitura em filigrana da “incorporação das desigualdades”. Corpos marcados, lesados, deformados,
usados, gastos, quando não são humilhados e violentados, são ainda uma realidade que interroga,
vindo a repercutir-se na morbilidade e na mortalidade. Segundo alguns estudos, nos últimos decénios,
por exemplo, não só a distância em termos de esperança média de vida entre quadros e operários não
diminuiu, como se acentuou. Assim sendo, a mortalidade diferencial varia segundo a pertença social e
profissional. Não se nasce, vive com mais ou menos saúde, adoece e até é tratado, e morre da mesma
maneira quando se exerce esta ou aquela profissão, vive nesta ou naquela região ou pertence a
diferentes estratos sociais.

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5. Referencias Bibliográficas
 AUSLOOS, G. (2003). A competência das famílias: Tempo, caos, processo. (2ª ed). Lisboa:
Climepsi.
 MYERS, David G. (2008). Psychologie. Heidelberg: Springer. (Original: Myers
(2007). Psychology, 8th Ed. New York: Worth Publishers.)
 ABREU-Lima, I., Alarcão, M., Almeida, A., Brandão, M., Cruz, O., Gaspar, M. & Santos, M.
(2010). Avaliação de intervenções de educação parental: Relatório 2007-2010. Recuperado em
2012,
 PERREZ, Meinrad & Baumann, Urs (2005). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie.
Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4

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