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RESUMO CIÊNCIAS SOCIAIS

Epidemiologia: trata a "enfermidade" a partir de uma definição profissional, a partir de


categorias médicas. Volta para determinar sua prevalência e incidência de forma quantitativa
(em valores, porcentagens). Aborda o estudo da distribuição e determinação da enfermidade
nas populações. (uma interação profissional)

Antropologia: indaga "problemas" a partir de uma definição "popular", não profissional, ou


seja, das experiências da pessoas, nos sentidos culturais e nas relações sociais.Utilizando
categorias mais amplas e menos definidas. (enfatiza o papel das pessoas como participantes na
solução de problemas de saúde)

Problema da noção biomédica: a enfermidade como processo natural e independente da


parte histórica, social e cultural da população, a ocultando. Essa naturalização esconde os
processos dos problemas da saude.

Outro problema os estudos dos chamados “grupo de risco”: que em sua maior parte, se
constróem a partir de uma seleção de condições ou propriedades atribuídas como inerentes a
ditos "grupos" ou "comportamentos", tais como os estudos de "homossexuais", "prostitutas"
ou "drogadictos". Utilizam senso comum nos discursos médicos: como põe em evidência o
peso que tem um termo como "promiscuidade" para descrever e explicar práticas sociais
desses grupos. As correntes críticas da epidemiologia, centram em um mundo econômico e
político nos processos de saúde e não pegam a dimensão social e nem uma contextualização
dos processos das práticas dos sujeitos e grupos sociais.

Modelos políticos que visam acumulação de capital se afundam em desigualdade,


fragmentação e exclusão social. Além de crescimento no desemprego, precarização das
condições de trabalho e no fim o aumento da pobreza. Ao mesmo tempo o setor da saúde
passa por uma restrição financeira, ou seja, ineficiência nos serviços públicos.

Fortalecimento e concentração no setor privado gera mercantilização da saúde.


Degrada as condições de vida, suspende programas por um desmantelamento do setor da
saúde. Há estatísticas oficiais disponíveis, o crescimento das pneumonias, tuberculose e
sobretudo infeções evitáveis como o cólera, o sarampo, etc.;

É necessário priorizar uma política que aborde os processos de saúde-enfermidade a partir das
relações de poder que constituem um campo social, heterogêneo, fragmentário e
conflitivo.(Ou seja com a antropologia junto) Uma perspectiva que inclua o problema do
gênero, dos grupos étnicos, das categorias de idade, como os jovens e os aposentados

SOBRE O HIV
As políticas públicas relacionadas ao HIV/Aids no Brasil tiveram seu auge na década de 90 e
apresentaram mobilização de diversas parcelas da sociedade, ONGs (Organizações Não
Governamentais) e até mesmo de instituições religiosas, como pela Igreja Católica. Esse foi o
pontapé inicial para que diversas outras ações fossem realizadas e que fazem do Brasil ainda
hoje uma referência no tratamento do HIV/Aids. Desde 2013 há o fornecimento gratuito, via
SUS (Sistema Único de Saúde), da terapia antirretroviral (Tarv – conhecido popularmente como
“coquetel”).

Acreditava-se que a infecção pelo HIV estaria restrita aos chamados “grupos de
risco”representados por homossexuais, profissionais do sexo e dependentes químicos. Porém,
trouxe muitos preconceitos até hoje para nossa sociedade que devem ser combatidos.
Os casos vem aumentando no Brasil.
Termo “vulnerabilidade” que é uma pessoa mais suscetível a se infectar por alguma condição.
Reforça-se que essas ações não são mais aplicadas a um grupo ou parcela da população, uma
vez que a vulnerabilidade acaba atingindo, em diferentes níveis, todas as parcelas da
população.
Atualmente, verifica-se um aumento na importância da atenção primária, desempenhando um
importante papel no que concerne à prevenção, educação, diagnóstico e, bem mais
recentemente, o tratamento ao indivíduo com HIV.
Outra importante contribuição que o SUS oferece atualmente está relacionada com um novo
método de prevenção à infecção pelo HIV chamado Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). O PrEP
consiste no uso preventivo de medicamentos antirretrovirais antes da exposição sexual ao
vírus, a fim de se prevenir a infecção pelo HIV e promover uma vida sexual mais saudável. eve-
se reforçar que sua indicação não é para todos, e sim para populações já tidas como
“vulneráveis” (como gays e homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais,
profissionais do sexo e casais sorodiferentes).

O atual cenário político apresenta uma estrutura mais conservacionista que acaba atribuindo
diversos temas como uma “questão familiar”. Porém, a educação sexual não deve ser limitada
às famílias, uma vez que, cultural e religiosamente, métodos contraceptivos podem ser
ignorados por algumas parcelas da população, o que é contra a política de prevenção. Além
disso, relegar apenas ao ambiente familiar assuntos como a educação sexual e saúde sexual.
Com cortes na saúde pública afetaram diretamente no combate ao HIV, prejudicando os
programas e a entrega de medicamentos.

SOBRE O NORMAL X PATOLÓGICO


Para Canguilhem, os próprios indivíduos tomados como parâmetro devem distiguir oque é
normal, tendo como ponto inicial a observação dos hábitos, reações de cada situação, levando
em conta as normas e regras criadas pelos indivíduos ditos NORMAIS.
Depois do normal ser estabelecido, caso fuja dessa linha já estabelecida, fica fácil diferencial o
normal com o patológico.

DOENÇA
individuo que está portador de qualquer tipo de doença não necessariamente é um ser doente
no âmbito geral, apenas no momento da patologia está apresentando uma impossibilidade de
se estabelecer como pessoa saudável, mas isso não faz desse indivíduo um ser anormal, e isso
não tira desse ser, provisoriamente doente sua consciência, sua capacidade de cognição, seu
potencial de se considerar sociável e adaptável à novas realidades, realidades estas que farão
dele um elemento totalmente em condições de interagir no seu meio social.

Quanto à doença, ela se estabelece quando o organismo passa por processo de modificações
intenso, que até suas reações tornam-se estranhas ao próprio meio que lhe é próprio, ou seja,
o indivíduo já não mais se reconhece no seu ambiente, e isso interfere no seu
desenvolvimento de suas ações, e essa modificação interfere não somente no indivíduo de
forma particular, mas também altera a sua dinâmica no sentido de desordenar os
comportamentos do organismo como um todo.( OU SEJA ELE NÃO CONSEGUE INTERAGIR COM
O AMBIENTE)
A doença conceituada passa a transmitir ameaça a existência e, consequentemente, a doença
se instala no organismo humano quando as reações catastróficas resultam do processo, passa
a existir no ambiente do indivíduo, desenvolvendo distúrbios funcionais capazes de interferir e
desordenar todo o ambiente do indivíduo, em consequência dessa transformação do
ambiente, esse mesmo indivíduo passa a desenvolver certas limitações, em decorrência ao
novo meio ao qual ele pertence.
Anormal: o que os tornam anormais é a incapacidade de participarem ativamente das
normas impostas a eles pela sociedade, a coerção exercida sobre tais indivíduos é o que os
tornam anormais, ou seja, a incapacidade de atenderem a essas normas é o que os tornam
anormais.

SAÚDE
O que caracteriza a saúde é a possibilidade de ultrapassar a norma que se define o normal
momentâneo, a possibilidade de tolerar infrações à norma habitual e de instruir normas novas
em situações novas “a saúde é uma é uma margem de tolerância às infidelidades do meio”

FOUCAULT
TIPOS DE EXCLUSÃO
1 tipo: a Loucura
o indivíduo dito “louco”, não tem a credibilidade legitimada a outros indivíduos considerados
normais.
O louco é aquele cujo discurso não pode circular como o dos outros: pode ocorrer que sua
palavra seja considerada nula e não acolhida, não tendo verdade nem importância

A importância da análise da história da loucura no pensamento de Foucault é a percepção da


construção ideológica de corpo, alienação e relações de poder.
Percebe-se que a história observa a loucura de diferentes formas. Como na antiguidade
doenças mentais eram por magias, na grécia antiga os loucos eram escolhidos por divinos. Ou
seja é um “fato de cultura” não algo de natureza ou uma doença.

Foucault faz uma análise dos hospitais psiquiátricos como formas de manifestação do poder
disciplinar, em que há separação entre normais e anormais.
a sociedade faz uso abusivo do poder através das instituições, escolas e prisões, por exemplo.
A era moderna é definida através da disciplina, que nada mais é do que um meio de
dominação que tem como objetivo domesticar o comportamento humano.
Loucura será vista pelos psiquiátricos como uma ameaca de uma “doença” para a sociedade.

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