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ENSINO MÉDIO 1 - 2022 - VOLUME 1 - PROVA I
Língua estrangeira: Espanhol
LINGUAGENS, CÓDIGOS
E SUAS TECNOLOGIAS
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CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS De acordo com o texto, o optometrista Giles Edmonds
considera como um fator que provoca a fadiga visual
Questões de 01 a 45
A. fixar em vários objetos por muito tempo.
Questões de 01 a 05 (opção inglês) B. permanecer em ambientes muito escuros.
C. coçar os olhos com frequência.
QUESTÃO 01 DBYH
D. aproximar-se demais de um objeto.
Reporters Without Borders E. ler em locais com iluminação precária.
RSF defends the independence of journalists and media
Alternativa E
from political and corporate influence, conflicts of interests
Resolução: De acordo com o texto, um fator que provoca
and every other kind of pressure. It makes specific legislative
a fadiga visual é ler em locais com iluminação precária,
proposals with the aim of improving national laws affecting
conforme indica a alternativa E. O trecho do texto que justifica
the media, and it seeks to reinforce international norms that
protect journalistic freedom and independence vis-à-vis a alternativa como correta é o seguinte: “Any close work
all political, corporate and religious centres of power and such as reading in poorly lit rooms [...] can lead to fatigue
influence. of the eyes.” As demais alternativas estão incorretas pelos
Disponível em: <https://rsf.org>. Acesso em: 17 jan. 2020.
seguintes motivos: (A) a fadiga é causada quando fixamos
o olhar em um único objeto por muito tempo (to focus on
Os substantivos pressure, power e influence empregados na any one object for too long) e não em vários objetos; (B) o
página do Repórteres sem Fronteiras referem-se ao objetivo que causa a fadiga visual não é permanecer em ambientes
central do órgão de muito escuros, mas executar tarefas que exigem esforço
A. combater a manipulação dos veículos de comunicação. visual em ambientes pouco iluminados; (C) coçar os olhos
B. usar a imprensa para pôr fim a conflitos internacionais. é um sintoma e não uma causa do problema; (D) o esforço
C. investigar suspeitas de corrupção nas esferas do poder. visual que se faz ao executar um trabalho muito detalhado
(any close work) é que causa a fadiga, e não o fato de estar
D. oferecer assistência a jornalistas ameaçados em seus
muito próximo de um objeto.
países.
E. apoiar organizações que lutam pela liberdade de QUESTÃO 03 ZPNK
expressão.
Buried without a name
Alternativa A
The untold story of Europe’s drowned migrants
Resolução: O texto afirma que o RSF (Reporters sans
More than 1,000 migrants who have died crossing the
Frontières – sigla oficial em francês da organização
Mediterranean have been buried in unmarked graves in Italy,
Repórteres sem Fronteiras) defende a independência dos
jornalistas e da mídia da influência política e corporativa, Greece and Turkey.
de conflitos de interesses e de quaisquer outros tipos de Often bodies wash ashore days or even weeks after
pressão. Logo, as palavras em destaque no enunciado a shipwreck in a severely decomposed state, making the
referem-se à finalidade do órgão de impedir que a imprensa identification process difficult. In other instances entire
se sujeite a qualquer forma de manipulação que possa families have drowned in the same incident, leaving no one
privilegiar alguma entidade. A resposta correta é, portanto, behind able to identify the bodies.
a alternativa A. But obtaining a precise figure for the total number of
migrants buried in unmarked graves is difficult. BBC research
QUESTÃO 02 2RN5
is based on available data and interviews with local officials,
Preventing eye strain but figures are likely to be very approximate.
Eye strain or fatigue, with its symptoms of headaches, Some local authorities in Greece and Turkey, struggling
tired, watery, burning or itchy eyes and sometimes blurred to cope with the influx of migrants and the unprecedented
vision, is uncomfortable but not usually serious. Complaints number of bodies drifting on to their beaches, have admitted
are rising because so many of us are straining our eyes to the BBC they have been unable to keep accurate burial
more than usual by fixating on screens and books for long records.
periods of time. “Our eyes are not designed to focus on any
BBC research has also been limited to the northern
one object for too long,” says Giles Edmonds, an optometrist
Mediterranean countries of Italy, Greece and Turkey.
and clinical services director for Specsavers. “Any close work
Many shipwrecks have also occurred in the southern
such as reading in poorly lit rooms, needlework or detailed
Mediterranean. It is likely that migrants heading to Europe
DIY projects, and not just screens, can lead to fatigue of
the eyes.” have also been buried in unmarked graves in Libya, but the
country’s uncertain security situation has prevented data
Disponível em: <https://www.thetimes.co.uk/>.
Acesso em: 15 jun. 2020. [Fragmento adaptado] collection.
O artigo retrata a situação de imigrantes que perderam suas vidas na tentativa de cruzar o Mediterrâneo. Uma circunstância
que dificulta a identificação dos mortos é
A. o número impreciso de cadáveres enterrados anonimamente.
B. o estado avançado de decomposição dos corpos encontrados.
C. a localização remota das praias onde os corpos se encontram.
D. a utilização de vários cemitérios em diversos países da região.
E. a indiferença das autoridades locais com os imigrantes árabes.
Alternativa B
Resolução:
A) INCORRETA – O texto não atribui ao número impreciso de cadáveres enterrados anonimamente a dificuldade em reconhecer
os corpos.
B) CORRETA – A alternativa está de acordo com a seguinte passagem do texto: “Often bodies wash ashore days or even
weeks after a shipwreck in a severely decomposed state, making the identification process difficult”, ou seja, como muitas
vezes os corpos chegam à costa dias ou mesmo semanas após os naufrágios, seu estado de decomposição é avançado,
o que dificulta o processo de identificação.
C) INCORRETA – Tendo em vista o texto, o fato de que muitos corpos vão parar em lugares de difícil acesso (como as praias
da Líbia, por questões de segurança) não dificulta sua identificação, mas sim uma estimativa mais precisa de quantas
pessoas morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo.
D) INCORRETA – Conforme explicado na alternativa C, a localização dos corpos não interfere em sua identificação, mas
dificulta a sua contagem.
E) INCORRETA – O texto não aponta uma indiferença das autoridades europeias com os imigrantes árabes, mas sim a
dificuldade que elas têm de lidar com o grande número de corpos de imigrantes mortos que chegam às praias do continente.
QUESTÃO 04 ZLSJ
E. diminuição gradual do entusiasmo de turistas que B. uma forma de prevenir a infecção pelo vírus HIV.
começam suas viagens registrando todos os detalhes, C. um novo método de tratamento para portadores do HIV.
mas, eventualmente, perdem o interesse. D. o descobrimento de um medicamento contra o vírus HIV.
Alternativa E E. a importância dos antirretrovirais para portadores do HIV.
Resolução: Alternativa B
A) INCORRETA. Não existem elementos textuais que Resolução:
indicam que o autor da tirinha tenha o objetivo de
A) INCORRETA – A palavra “alternativa” dá a ideia de algo
satirizar o comportamento de turistas provenientes de
não convencional, o que não encontra fundamentação
nações desenvolvidas. De fato, a personagem com a
no texto. Além disso, a PEP serve para prevenir o HIV, e
câmera mostra-se entusiasmada no primeiro quadrinho,
não para combatê-lo.
fotografando tudo, o que sugere um certo encantamento
com o novo e o exótico. Contudo, isso, por si só, não é B) C ORRETA – Segundo o texto, a PEP (profilaxia
suficiente para sustentar a afirmação contida no item. pós-exposição), se feita no tempo certo, pode prevenir a
B) INCORRETA. No segundo quadrinho, a personagem com infecção pelo vírus HIV: “PEP (post-exposure prophylaxis)
a câmera recusa a sugestão de fotografar um templo. means taking antiretroviral medicines (ART) after being
Contudo, a justificava dada por ela não é falta de interesse potentially exposed to HIV to prevent becoming infected”.
pelas práticas religiosas locais, mas sim o fato de já ter C) INCORRETA – De acordo com o texto, a PEP é indicada
fotografado outros quinhentos templos idênticos, o que apenas para indivíduos que foram expostos ao vírus HIV,
faz com que aquele já não seja mais tão especial: “Well, mas não ainda infectados. Após a infecção, a profilaxia
I’ve already got about 500 photos of other magnificent não terá mais utilidade.
temples just like it”.
D) INCORRETA – Não há nenhuma passagem no texto
C) INCORRETA. No terceiro quadrinho, a personagem da
que corrobore a afirmativa. O excerto não anuncia o
direita afirma não saber onde está sua câmera. Isso,
descobrimento dos medicamentos utilizados na PEP,
contudo, não é um indicador de que ele seja displicente,
e sim orienta o público sobre como proceder após uma
mas sim de que ele perdeu o interesse em tirar fotos.
situação de exposição ao vírus HIV.
Por conseguinte, não é correto dizer que o autor busca
satirizar, com a tirinha, a displicência típica de alguns E) INCORRETA – O texto não menciona a importância de
turistas com seus objetos de valor. medicamentos antirretrovirais para portadores do vírus
D) INCORRETA. O fato de que uma das personagens está HIV, mas sim para indivíduos que foram expostos a ele.
com uma câmera nos dois primeiros quadrinhos, mas não
no terceiro, não indica uma substituição paulatina dessa
ferramenta por celulares, muito menos uma sátira autoral
desse fenômeno. Isso apenas ilustra a perda gradual do
entusiasmo da personagem.
E) CORRETA. No primeiro quadrinho, a personagem com a
câmera deseja fotografar tudo, desde a grama até o banco
local. No segundo, ela já se mostra menos animada,
recusando-se a fotografar um templo. Por fim, no terceiro
quadrinho, a personagem está com a câmera guardada,
indicando que não deseja fotografar nada. Portanto, o
que o autor satiriza é justamente a diminuição gradual
do entusiasmo de alguns turistas.
QUESTÃO 04 Z2GY
QUESTÃO 05 Y4TG
A zika é uma das doenças que podem ser transmitidas pelo Aedes aegypti e que vêm acompanhadas de uma série de
sintomas. Com a proximidade do fenômeno natural El Niño, a campanha de combate ao zika vírus alerta sobre os seguintes
sintomas em pessoas que podem ter sido infectadas:
A. Olhos vermelhos e secreção.
B. Febre sempre muito alta.
C. Dor de cabeça e dor nas costas.
D. Hematomas ao redor dos olhos.
E. Pontos brancos ou roxos na pele.
Alternativa C
Resolução: O texto-base, um infográfico, informa a respeito de sintomas da doença zika, que são: neurite e danos neurológicos;
olhos vermelhos sem secreção e sem coceira; febre, que pode ser não muito alta; erupção cutânea, com pontos brancos ou
vermelhos, e menos frequentemente; dor nas articulações e musculares, dor de cabeça e nas costas. Portanto, está correta
a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque, apesar de os olhos ficarem vermelhos, não há a presença de secreção
como sintoma. A alternativa B está incorreta porque a febre não se caracteriza por ser alta, mas justamente por não ser muito
alta. A alternativa D está incorreta porque não é sintoma da zika a presença de hematomas ao redor dos olhos. Ao afirmar que
os olhos ficam rojos, o texto informa que eles ficam vermelhos. É preciso ter atenção ao falso cognato rojo. A alternativa E
está incorreta porque tem-se como sintoma a presença de pontos brancos e vermelhos na pele, e não brancos e roxos. Como
mencionado na explicação da alternativa anterior, neste caso, também é preciso estar atento à utilização do falso cognato rojo.
de Buridan” apresenta um caráter metafórico, com objetivo de Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava
demonstrar como a indecisão pode gerar consequências ao de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu
indivíduo. Assim, a alternativa E está correta. A alternativa A a mínima.
está incorreta, pois não há, no texto, referência aos hábitos – Você está achando que vou ficar com medo de você só
alimentares atuais. A alternativa B está incorreta, pois não é porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida
abordado o assunto da escassez de água e as decisões que voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.
precisam ser tomadas para minimizá-la. Depreende-se do texto
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a
que o tema envolve escolhas, porém, diante do final da fábula, única coisa que conseguiu foi arranhar-se com as próprias
percebe-se que se trata de consequências para o indivíduo, garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou
e não para o todo, por isso a alternativa C está incorreta. a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto
A alternativa D está incorreta, pois o que se apresenta no texto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras,
é a indecisão do Burro entre elementos essenciais a sua vida, o o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para
que o leva a sucumbir, não havendo referência à grande oferta contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou
mundial de alimentos. direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais
encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.
QUESTÃO 19 O95Q
ESOPO. Fábulas. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
O presidente da Mercado Bitcoin, Rodrigo Batista,
uma das principais corretoras de moedas virtuais do país, A fábula é uma narrativa curta, geralmente com animais
ressalta que a criptomoeda é um ativo com diversos riscos personificados, que carrega um ensinamento moral.
envolvidos. Segundo ele, os interessados não devem aplicar Sobre o texto anterior, infere-se que a moral defende que o
parte significativa do patrimônio ou uma quantidade de A. oponente maior e mais forte pode ser vencido pelo
dinheiro que fará falta. “O bitcoin, sobretudo, ainda é uma cansaço.
tecnologia experimental. As pessoas precisam estudar o B. ato de persistência leva à vitória, mas deve ser mantida
negócio antes de investir”, detalha. De acordo com Guto no futuro.
Schiavon, sócio-fundador da FOXBIT, os interessados em C. vencedor deve ser humilde e guardar segredo de suas
aplicar em criptomoedas precisam ter noção de que esse é conquistas.
um mercado com grande volatilidade e é necessário o mínimo D. sentimento da raiva leva à derrota, ainda que o inimigo
de conhecimento antes de tomar a decisão de investimento. seja menor.
TIMÓTEO, A. Disponível em: <https://www.em.com.br>. E. adversário de aparente menor importância pode ser o
Acesso em: 18 dez. 2017. [Fragmento] mais temido.
QUESTÃO 21 VMH7
A namorada
Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
BARROS, M. Tratado geral das grandezas do ínfimo. Rio de Janeiro: Editora Record, 2001. p. 17.
A relação amorosa, o processo de criação literária e as cenas do cotidiano são temáticas recorrentes na obra de Manoel
de Barros. Em sua poética-prosaica “Namorada”, o eu lírico evoca a lembrança do amor em um tom
A. alegre e envaidecido.
B. nostálgico e incrédulo.
C. conflituoso e resignado.
D. melancólico e entristecido.
E. saudosista e bem-humorado.
Alternativa E
Resolução: Nota-se, no poema “Namorada”, um tom saudosista no que se refere aos modos como se davam os relacionamentos
amorosos de épocas anteriores, construído em conjunto com o humor, reconhecido no jogo entre “o pai era uma onça” e “no tempo
do onça era assim”, e na representação de uma situação inusitada. Está correta, assim, a alternativa E. A alternativa A está incorreta
porque não há indícios de vaidade na evocação da lembrança do eu lírico, apesar de transparecer certo tom alegre, ou contente
da memória. A alternativa B está incorreta porque, embora seja percebido um tom de nostalgia na lembrança do eu lírico, não há
incredulidade, mesmo porque não existem dúvidas quanto às experiências vividas por ele. A alternativa C também está incorreta
porque não há conflito, tampouco resignação, conformação, na evocação da memória do eu lírico, uma vez que suas lembranças
trazem bons sentimentos. Por fim, a alternativa D está incorreta porque, conforme dito anteriormente, as memórias do eu lírico
provocam sentimentos ligados à nostalgia, ao humor e ao contentamento, e não à melancolia ou à tristeza.
QUESTÃO 22 YXV5
Segundo quadro
(Uma sala da prefeitura. O ambiente é modesto. Durante a mutação, ouve-se um dobrado e vivas a Odorico, “viva o prefeito”
etc. Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, Vigário e Odorico. Este último, à janela, discursa.)
ODORICO
Povo sucupirano! Agoramente já investido no cargo de prefeito, aqui estou para receber a confirmação, ratificação, a
autenticação e por que não dizer a sagração do povo que me elegeu.
(Aplausos vêm de fora.)
Rubricas, ou didascálias, são instruções cênicas que orientam a interpretação do texto dramático e situam a leitura. No fragmento
de Dias Gomes, as rubricas são empregadas para
A. justificar as ações de cada uma das personagens.
B. descrever o ambiente e as ações de personagens.
C. interromper a leitura para esclarecimentos do autor.
D. narrar os acontecimentos paralelos à cena retratada.
E. preencher lacunas discursivas deixadas pelo narrador.
Alternativa B
Resolução: As rubricas no texto de Dias Gomes vêm entre parênteses e são usadas para situar o lugar em que as cenas acontecem: “Uma
sala da prefeitura. O ambiente é modesto.”Além disso, também mostram aos leitores quais personagens aparecem e o que estão fazendo em
cena: “Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, Vigário e Odorico. Este último, à janela, discursa.” Portanto, está correta a alternativa B.
A alternativa A está incorreta porque as rubricas não explicam o porquê de cada personagem desempenhar uma ou outra ação,
já que a motivação de cada uma delas é explicada pelo próprio universo narrativo do texto. A alternativa C está incorreta porque,
ainda que as rubricas possam ser entendidas como interrupções do autor do texto dramático, elas não apresentam qualquer tipo
de esclarecimento, já que não há interlocução entre autor e leitores. A alternativa D está incorreta porque as rubricas devem ser
consideradas como se estivessem fora do universo da trama; ainda, no texto de O bem-amado, elas não narram acontecimentos
paralelos, mas se limitam a descrever o que acontece fora do ambiente em que a cena ocorre, sempre do ponto de vista dos
personagens: “ouve-se um dobrado e vivas a Odorico”, “Aplausos vêm de fora”. Por fim, a alternativa E está incorreta porque não
há narrador em textos dramáticos; assim, qualquer lacuna da narrativa não será preenchida pelas rubricas, cujo objetivo é descrever
ou situar o ambiente e indicar a ação das personagens, uma vez que o texto principal consiste apenas em falas.
QUESTÃO 23 RCØA
Ombudsman é um profissional contratado por um órgão, instituição ou empresa que tem a função de receber críticas,
sugestões, reclamações e deve agir em defesa imparcial da comunidade. A palavra passou às línguas modernas pelo sueco
(“ombudsman” significa “representante”). De fato, em 1809, surgiram, na Suécia, normas legais que criaram o cargo de agente
parlamentar de justiça para limitar os poderes do rei. Atualmente, o termo é usado tanto no âmbito privado quanto no âmbito
público para designar um elo imparcial entre uma instituição e sua comunidade de usuários.
Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/usuario/id/27/>. Acesso em: 2 mai. 2014 (Adaptação).
Depreende-se do texto anterior que a representatividade do profissional que desempenha a função de ombudsman, atualmente,
está relacionada ao(à)
A. aumento da produtividade nas atividades públicas e privadas.
B. fortalecimento da ligação entre os governantes e a sociedade.
C. função exercida por certos cargos políticos em prol do bem comum.
D. manutenção da qualidade tanto do setor público quanto do privado.
E. representação delimitadora do poder delegado aos governantes.
Alternativa D
Resolução: Segundo o texto, o ombudsman é hoje contratado por empresas públicas e privadas para receber críticas, sugestões,
reclamações, para defender, de modo imparcial, a comunidade. Portanto, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta,
pois o fator de produtividade de uma empresa ou instituição não é mencionado pelo texto. A alternativa B está incorreta, pois a
descrição do cargo no fragmento não aborda se ocorreu mudanças na relação entre os governantes e a sociedade. A alternativa
C está incorreta, pois não há menção de que seja um cargo político, apenas aponta que pode atuar no âmbito privado e público.
A alternativa E está incorreta, pois apenas são mencionadas as atribuições do ombudsman, não as dos governantes, não ficando
evidente a delimitação ou amplitude do poder governamental.
QUESTÃO 25 JUFØ
O humor da tirinha ocorre devido a uma quebra de expectativa. Esse efeito de sentido decorre do(a)
A. escolha de canal comunicativo incompatível entre as personagens.
B. silêncio na resposta da personagem que solicita algo frente à ação.
C. incompreensão da expressão linguística usada pela personagem que realiza o pedido.
D. uso de conotação pela personagem que realiza o pedido e de denotação pela que o executa.
E. utilização de linguagem informal, pela personagem que realiza o pedido, contrastante com a formalidade de seu vestuário.
Alternativa D
Resolução: As tirinhas têm como característica a produção de humor, o que, muitas vezes, ocorre devido à quebra de expectativa,
seja em razão de ações ou de falas dos personagens. No caso em análise, a quebra de expectativa ocorre porque a personagem
que faz o pedido utiliza uma expressão em sentido conotativo, ou seja, figurado. Já a segunda personagem utiliza a denotação,
sentido literal. Assim, a alternativa D está correta. A alternativa A está incorreta porque a comunicação entre as personagens é feita
pela fala, ou seja, não há um canal comunicativo diferente. Apesar de parecer que há uma incompreensão da expressão “quebrar
um galho”, a alternativa C está incorreta porque, no último quadrinho, fica claro que a personagem compreendeu sim, porém não
no sentido desejado dentro do contexto em que as duas personagens se encontram, o que levou a uma falha na comunicação.
A alternativa E está incorreta, pois o vestuário da personagem em nada interfere na comunicação com seu interlocutor.
Se alguém passa, e te saúda, Quatro anos depois, o Fantástico voltou lá, e sabe
Bem que seja cortesia, o que encontramos? Postos de saúde que não atendem
ninguém, escolas caindo aos pedaços e verbas que saíam
Se acende na face a cor.
da prefeitura, para pagar serviços que jamais foram feitos.
Que efeitos são os que sinto?
Junho de 2010, Pernambuco. “O que chama a atenção
Serão efeitos de Amor?
aqui é que estamos no segundo andar do prédio do hospital
GONZAGA, T. A. Lira XXI. In: PROENÇA FILHO, D. (Org.).
A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.
e olha só a quantidade de lama”, disse o repórter na época.
Pernambuco, hoje, quatro anos depois. “Um buraco
O texto de Tomás Antônio Gonzaga pode ser identificado
enorme no teto. Chove dentro do prédio”, mostra o repórter.
como exemplar do gênero lírico por apresentar
Disponível em: <http://g1.globo.com>. Acesso em: 23 out. 2017.
A. expressão de sentimentos tristes por meio da descrição [Fragmento]
C. descrição valorizadora do livro e do cenário em que se A. exprimir a insatisfação do eu lírico pela vida escolhida
baseia a obra. por ele.
D. narração sobre a vida de Helena conforme visto em B. usar a criatividade para a expressão dos sentimentos
ambas as mídias. do eu lírico.
E. contextualização da importância da cidade de C. convencer o ouvinte da beleza das coisas em um
Diamantina para a trama. mundo diferente.
Alternativa C D. expor fielmente o mundo debaixo d’água sem qualquer
Resolução: É possível inferir que o autor recomenda parcialidade.
o filme Vida de menina para o leitor, pois apresenta E. chamar a atenção do ouvinte para o encanto da vida
comentários positivos a respeito do cenário em que embaixo d’água.
ocorreram as filmagens, que consiste em uma cidade
Alternativa B
tombada como Patrimônio da Humanidade. Além disso,
anteriormente, apresenta descrições que valorizam o livro Resolução: A letra de Arnaldo Antunes emprega a função
em que se baseia a obra, ao relatar que a publicação poética da linguagem, caracterizada pela criatividade do eu
imediatamente se tornou um grande sucesso, o que lírico para descrever o mundo embaixo d’água e expressar
deixou a autora perplexa, e ressaltar que foi publicada em como ele se sente. Para tal, ele recorre a comparações
diversos idiomas. A alternativa correta é, portanto, a C. subjetivas e a rimas, que conferem ritmo e sonoridade ao texto.
Quando hoje acordei, ainda fazia escuro A musicalidade da cidade não se restringia aos trompetes
(Embora a manhã já estivesse avançada). e atingia as camadas mais miseráveis da população.
Chovia. Os escravos se esqueciam da expectativa de 36
Chovia uma triste chuva de resignação anos entoando as chamadas canções de trabalho, as
Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da noite. canções religiosas de fé ou de lamentação e um tipo de
Então me levantei, interação aprendido nas igrejas, o “chamado e resposta”,
Bebi o café que eu mesmo preparei, em que o pastor conclamava, e os fiéis respondiam.
Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e fiquei De uma fusão dos elementos musicais africanos com o som
pensando... de bandas militares e a tradição erudita europeia, ensinada
– Humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei. a colonos e créoles (os filhos livres dos antigos colonos
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. europeus com suas amantes negras), nasciam os embriões
2. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar, 1967.
de um gênero musical que tornaria a vida dos negros de lá
A dimensão lírica do poema anterior, de Manuel Bandeira, mais feliz.
pode ser justificada pelo(a)
SEBBA, J. Aventuras na História. São Paulo, ano 6, n. 62, p. 37-38,
A. aspecto descritivo da linguagem, que reproduz com set. 2008. [Fragmento]
clareza a cena corriqueira.
B. caráter narrativo do texto, que dá nova roupagem à De acordo com o texto, o que tornou possível o surgimento
linguagem poética de cunho lírico. do jazz na cidade de Nova Orleans foi o
C. construção da linguagem poética, que distancia o texto A. comportamento tolerante dos ex-colonizadores, que
do falar cotidiano. permitiam aos escravos expressar sua cultura e credo.
D. escolha de um tema prosaico, que retrata de forma fiel
a rotina de um solitário. B. pioneirismo cultural dos habitantes, que influenciavam
E. tom subjetivo do texto, que apresenta uma realidade os hábitos até mesmo dos colonizadores vindos de
particular sob o prisma de um “eu”. Paris.
Alternativa E C. medo de uma morte prematura por parte dos escravos,
Resolução: O caráter lírico do poema reside na construção que almejavam ser lembrados por meio da arte.
de uma abordagem subjetiva do eu lírico, que transpõe suas D. número elevado de zonas boêmias, que funcionavam
emoções de forma textual, por meio de uma linguagem como antro da prostituição, mas também da criação
figurativa. Assim, está correta a alternativa E. A alternativa A
artística.
está incorreta, pois não há construção descritiva no poema.
A alternativa B está incorreta, pois o caráter do texto é E. Mardi Gras, que oferecia grandes oportunidades aos
lírico com características que remetem ao tipo narrativo. artistas locais de mostrar seus trabalhos.
QUESTÃO 34 Q37B
C. passagem do tempo percebida como algo cíclico. A. ambição das mulheres de terem os cabelos lisos.
B. intervenção das mulheres na natureza dos cabelos.
D. transitoriedade do corpo físico e à estabilidade da alma.
C. mudança contínua do visual para elevar a autoestima.
E. percepção do conhecimento como matéria inalcançável.
D. postura apática de algumas mulheres frente à vaidade.
Alternativa C
E. conscientização das dificuldades do tratamento capilar.
Resolução: No poema de Fernando Pessoa, revelam-se as
fases da vida humana, explícitas nos versos “Quando era Alternativa B
jovem, eu a mim dizia:”, “Mais velho, digo, com igual enfado:”, Resolução: O anúncio mostra Marge Simpson, personagem
“Assim, naturalmente, envelhecido,” e “Um dia virá o dia em do seriado Os Simpsons, em duas versões: com seu
que já não / Direi mais nada”. A enumeração dessas fases característico cabelo crespo e com um penteado bastante
aponta para o caráter cíclico do tempo, que, no entanto, é diferente. Há a sugestão de que ela os tratou com o produto
marcado por certa estagnação, evidenciada nos versos “Como divulgado, o que a teria deixado contente, como visto em
passam os dias, dia a dia, / E nada conseguido ou intentado!”. seu sorriso, em oposição ao seu anterior olhar vacilante.
QUESTÃO 38 OXX3
Mesclando dados da atualidade e a experiência pessoal do autor, o texto enquadra-se no gênero jornalístico crônica por
apresentar, entre suas características,
A. narração de histórias pessoais para sensibilizar o leitor e propor nova atitude diante do fenômeno da morte.
B. argumentação por autoridade ao citar o conceito de “banalização do mal” proposto por Hannah Arendt.
C. exposição de dados concretos sobre o tema ao citar o número de mortos e o local onde ocorreu o fato.
D. motivação da reflexão em acontecimentos cotidianos, como a recorrência de notícias da morte de pessoas.
E. investigação de cunho jornalístico para se desvendar o mistério da morte sob um aspecto ritualístico.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D é a correta, pois apresenta como característica o apoio em acontecimentos do cotidiano, tais
quais a guerra na Síria e as chacinas em São Paulo, como motivação para a reflexão sobre a morte, o que é um elemento
que caracteriza a crônica. A alternativa A sugere a proposição de uma nova atitude de enfrentamento da morte, o que está
incorreto por consistir na descrição de um procedimento argumentativo não identificado no texto. A alternativa B, no mesmo
sentido, sugere que seja uma argumentação por autoridade, o que não é um aspecto definidor de crônicas. A característica
sugerida na alternativa C, que seria a exposição de dados concretos sobre o tema, também consiste em um procedimento
argumentativo que não se limita à crônica jornalística. Por fim, a alternativa E sugere que haja investigação de cunho jornalístico
para desvendar o mistério da morte, o que está incorreto, pois a crônica não se caracteriza por empreender uma pesquisa
ou investigação, e sim por um ponto de vista subjetivo sobre os acontecimentos.
QUESTÃO 41 NROT
Língua e Poder
A linguagem é uma legislação, a língua é seu código. Não vemos o poder que reside na língua, porque esquecemos que
toda língua é uma classificação, e que toda classificação é opressiva. [...]
[...] Se chamamos de liberdade não só a potência de subtrair-se ao poder, mas também e sobretudo a de não submeter
ninguém, não pode então haver liberdade senão fora da linguagem. Infelizmente, a linguagem humana é sem exterior: é um
lugar fechado. Então, só nos resta, por assim dizer, trapacear com a língua, trapacear a língua. Essa trapaça salutar, essa
esquiva [...] eu a chamo, quanto a mim: literatura.
Considerando as ideias propostas no texto lido, Roland Barthes sugere que, na relação do homem com a linguagem, ocorre
um(a)
A. independência do homem, em detrimento da língua e da literatura.
B. normatização autoritária que somente é superada no universo da literatura.
C. processo de alienação universal, pois é impedida a comunicação efetiva do usuário.
D. série de situações arbitrárias em que o homem falha no uso da língua.
E. trapaça que leva à criação de normas de uso da língua mais rigorosas.
Alternativa B
Resolução: Roland Barthes defende que a linguagem e a língua são opressoras, uma vez que os detentores do seu
conhecimento têm poder sobre aqueles que não o detêm. Portanto, para se ver livre dessa relação de opressão, seja como
opressor ou como oprimido, deve-se recorrer à literatura, na qual não imperam as normas gramaticais e a qual os autores
podem manipular de acordo com os próprios interesses. Está correta, dessa forma, a alternativa B. A alternativa A está incorreta
porque a relação entre as pessoas e a linguagem, de acordo com o autor, cria opressão, que se opõe à independência ou à
liberdade. A alternativa C está incorreta porque a comunicação não é impedida; na verdade ela é sistematizada pelas regras
impostas. A alternativa D está incorreta porque, segundo o autor, a arbitrariedade está nas regras da língua, impostas por uma
elite opressora, e não no seu uso. Por fim, a alternativa E está incorreta porque a trapaça, também de acordo com Roland
Barthes, é a literatura, que subverte as rigorosas regras da língua.
QUESTÃO 43 Q9FT
QUESTÃO 45 WWSB
O peru de Natal
O nosso primeiro Natal de família, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequências decisivas
para a felicidade familiar. Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta,
sem crimes, Iar sem brigas internas nem graves dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente à natureza cinzenta
de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medíocre, sempre nos faltara
aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estação de águas, aquisição
de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos desmancha-prazeres.
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000. [Fragmento]
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepção das
relações humanas marcada por
A. distanciamento de estados de espírito acentuado pelo papel das gerações.
B. relevância dos festejos religiosos em família na sociedade moderna.
C. preocupação econômica em uma sociedade urbana em crise.
D. consumo de bens materiais por parte de jovens, adultos e idosos.
E. pesar e reação de luto diante da morte de um familiar querido.
Alternativa A
Resolução: O narrador, por meio de um tom confessional, trata de suas relações com o pai pelo estabelecimento de diferenças
que têm por consequência um distanciamento entre as duas gerações, já que a natureza restritiva do pai teria impedido que
seus filhos vivenciassem pequenos prazeres que tornassem suas vidas mais alegres ou mais fáceis. A alternativa correta é,
assim, a A.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema
“Desafios do consumo consciente”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Em outubro de 2011, jornais e revistas noticiaram que o planeta já possui mais de 7 bilhões de habitantes. Reportagens
especiais, artigos, infográficos e fotos exploraram várias questões sobre o significado de “sermos” 7 bilhões. No entanto, boa
parte do debate trouxe em destaque o crescimento populacional como o principal problema da pressão exercida sobre os
recursos naturais do planeta.
CRAICE, C. População e consumo: considerações para o debate ambiental. Revista Espinhaço, dez. 2012. Disponível em:
<www.revistaespinhaco.com>. Acesso em: 28 jun. 2020 (Adaptação).
A questão destacada pelo debate em relação ao alcance da marca de 7 bilhões de habitantes no planeta remete à teoria
demográfica
A. malthusiana, que previu o estabelecimento de um equilíbrio entre a produção de alimentos e o ritmo do crescimento
populacional.
B. marxista, que inspirou teorias que defendem mudanças na distribuição das riquezas para resolver o problema da fome.
C. reformista, que propõe que a desaceleração do crescimento populacional resulta da melhoria das condições de vida.
D. neomalthusiana, que é contrária à adoção de medidas antinatalistas para controlar o crescimento populacional.
E. ecomalthusiana, que defende que o crescimento populacional exagerado pode gerar problemas ambientais.
Alternativa E
Resolução: O texto aponta que o alcance da marca de 7 bilhões de habitantes no planeta suscitou um debate que destacou
a questão do crescimento populacional como uma causa da pressão exercida sobre os recursos naturais. Essa questão
remete à teoria ecomalthusiana, que entende que o crescimento populacional é uma das causas da degradação ambiental.
A alternativa A está incorreta, pois a teoria malthusiana defendia que a produção de alimentos cresce em ritmo menor do que
a população. As alternativas B e C estão incorretas, pois o marxismo inspirou a teoria demográfica reformista, que se opõe
às ideias malthusianas de que o crescimento populacional é a causa da fome e da pobreza. Para os reformistas, as causas
desse problema residem na má distribuição das riquezas. A alternativa D está incorreta, pois os neomalthusianos, na segunda
metade do século XX, retomaram as ideias de Malthus ao responsabilizar o crescimento populacional pelos problemas da fome
e do subdesenvolvimento. Assim, nessa perspectiva, o controle de natalidade seria uma forma de resolver esses problemas.
QUESTÃO 52 YEUT
TEXTO I
[...] A feição deles é parda, um tanto avermelhados, com bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma
cobertura. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas, e nisso têm tanta inocência como em mostrar
o rosto. Ambos traziam o lábio de baixo furado e metido nele seus ossos de verdade, brancos e do comprimento duma mão
travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como furador.
GANDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil. [Fragmento]
TEXTO II
Atahuallpa viu chegar os primeiros soldados espanhóis, montados em briosos cavalos: tomado pelo pânico, o inca caiu
de costas. O cacique Tecum, à frente dos herdeiros dos maias, decapitou o cavalo de Pedro Alvarado, convencido de que
formava parte do conquistador. Alvarado, levantou-se e o matou...
Citado por GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
De acordo com os textos, o processo de conquista da América pelos europeus foi marcado pelo(a)
A. compreensão mítica da cultura ameríndia pelos conquistadores europeus, que atribuíam aos nativos características
fantásticas.
B. pacifismo e pela ausência de violência, visto que os indígenas acreditavam que os invasores eram deuses.
C. esforço na compreensão da figura do “outro” com o intuito de definir ações diplomáticas condizentes com a nova
realidade.
D. impacto cultural provocado pelo contato entre indígenas e europeus nos primeiros anos da colonização devido às
profundas diferenças entre eles.
E. valorização dos aspectos sociais e culturais dos povos nativos do continente americano pelos europeus.
Alternativa D
Resolução: Os textos demonstram que o primeiro contato entre os invasores europeus e os povos ameríndios, durante
a colonização da América, revelou profundas diferenças culturais existentes entre eles, causando grande impacto, o que
torna válida a alternativa D. De acordo com o texto II, foram os povos nativos que atribuíram características fantásticas
aos conquistadores europeus, acreditando que homem e cavalo fossem um só ser, o que invalida a alternativa A.
Ri
Massilia
o
pelo intenso uso da violência e pela profunda resistência
Ib
er
us
empreendida pelos nativos, o que contraria a alternativa B. Roma
Temeroso de que o crescimento populacional As rotas das batalhas traçadas pelos exércitos cartaginês
prejudicasse o crescimento econômico, o Estado chinês, e romano, durante as Guerras Púnicas, indicam que esses
em 1979, instituiu a política do filho único. Em 2015, o Partido povos disputavam o domínio do
Comunista Chinês anunciou o fim dessa política diante do A. continente europeu, devido às riquezas e ao prestígio
rápido envelhecimento e do desequilíbrio de gênero na advindos da conquista de seu território.
população. Com esse controle, o governo conseguiu manter
B. Norte da África, devido ao seu importante comércio de
o número de dependentes mais baixo, gerando menos
escravos, base econômica das duas cidades.
gastos para os cofres públicos, o que poderia favorecer
outros investimentos. C. Oriente, devido ao comércio das especiarias
produzidas na região, muito utilizadas na culinária e
A política demográfica adotada pela China no século XX
como medicamentos.
tem características
D. Mar Mediterrâneo, devido às vantagens comerciais
A. marxistas.
adquiridas pela cidade que controlasse a navegação
B. darwinistas.
em suas águas.
C. reformistas.
E. território da Grécia, devido à sua posição estratégica
D. ecomalthusianas. entre Europa, Ásia e África e à sua rica herança cultural
E. neomalthusianas. legada pelos gregos.
Alternativa E Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a E, pois a teoria Resolução: A expansão romana pelo sul da Península Itálica
neomalthusiana ou alarmista argumenta que a eliminação e pelo Mediterrâneo transformou Roma na principal rival
da pobreza ocorre por meio do controle do crescimento de Cartago, colônia fenícia localizada ao norte da África,
acelerado da população. De acordo com essa teoria, que dominava a navegação e o comércio no ocidente do
o crescimento demográfico rápido absorveria a maior parte Mediterrâneo. Conforme observado no mapa, as rotas
dos recursos econômicos de um país, o que seria um entrave de batalhas das Guerras Púnicas, iniciadas em 264 a.C.,
ao desenvolvimento. Portanto, para o neomalthusianismo, entre romanos e cartagineses se concentraram no Mar
o controle da natalidade deveria ser uma prioridade das Mediterrâneo devido às vantagens comerciais que podiam
políticas públicas nos países de grande crescimento ser adquiridas pela cidade que controlasse a região, o que
demográfico. No caso da China, houve um amplo torna correta, portanto, a alternativa D.
controle da natalidade , que foi imposto também de
modo autoritário. As alternativas A e C estão incorretas, QUESTÃO 55 GQMK
Resolução: Brasília está fuso horário GMT –3 e Rio Enfim, no estado positivo, o espírito humano, reconhecendo
Branco está no fuso GMT –5. Portanto, a diferença horária a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia
entre essas duas cidades brasileiras é de 2 horas, sendo a procurar a origem e o destino do universo, a conhecer
que Brasília possui um horário local adiantado em relação as causas íntimas dos fenômenos, para preocupar-se
ao de Rio Branco. Assim, quando o morador da capital unicamente em descobrir, graças ao uso bem combinado
do Acre saiu de sua cidade em uma viagem de avião em do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a saber,
direção à capital federal, já eram 16h em Brasília (14h + 2h). suas relações invariáveis de sucessão e de similitude.
B. analisa a possibilidade de explicação dos fatos sem Agora, com a pólis, isto é, a cidade política, surge
o auxílio da ciência. a palavra como direito de cada cidadão de emitir em público
C. procura desvendar a origem do universo com base em sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar
generalizações abstratas. uma decisão proposta por ele, de tal modo que surge
D. examina o mundo com o intuito de perceber as noções o discurso político como a palavra humana compartilhada,
absolutas que o regem. como diálogo, discussão e deliberação humana, isto é, como
E. busca leis invariáveis que substituem a procura decisão racional e exposição dos motivos ou das razões para
abstrata pela essência das coisas. fazer ou não fazer alguma coisa.
Alternativa E CHAUI, M. Convite à Filosofia.
São Paulo: Ática, 2000. p. 36. [Fragmento]
Resolução: O positivismo pode ser entendido como um
conjunto de teorias científicas, sociais e políticas, fortemente De acordo com a análise dos textos, a formação da pólis foi
influenciado pelo otimismo, característico do século XIX, em fundamental para o nascimento da Filosofia na Grécia, entre
relação à ciência, devido ao sentimento de prosperidade os séculos VII e VI a.C., pois
que existia em torno da industrialização e do imperialismo A. contribuiu para a individualização política.
europeu. Em uma dessas teorias, de acordo com Comte, a B. favoreceu o fim das controvérsias públicas.
humanidade se desenvolveria em três estágios sucessivos,
C. promoveu a imposição da vontade individual.
correspondentes ao nível do progresso do espírito humano.
No estado positivo, a etapa final desse processo, não se D. valorizou os conhecimentos preestabelecidos.
busca mais o “porquê” das coisas, mas sim o “como”, por E. ajudou a instituir um critério para as explicações.
intermédio da descoberta e do estudo das leis naturais. Alternativa E
Então, o estudo do particular substitui a busca abstrata
Resolução: O debate das ideias entre os cidadãos gregos,
pela essência das coisas. Para Comte, no estado positivo,
com seus argumentos e deliberações, promoveu a instituição
a ciência é a base das explicações sobre o mundo. Com
da racionalidade como critério de explicação do mundo e
base nas informações anteriores, constata-se que a
das coisas a fim de tornar o discurso coerente e inteligível.
alternativa correta é a E. A alternativa A é incorreta, visto
A adoção dos princípios e das regras da razão foi
que o conhecimento metafísico, para Comte, corresponde
fundamental para o surgimento do pensamento filosófico.
à segunda etapa da lei dos três estados, isto é, ao estado
metafísico. A alternativa B é incorreta porque o conhecimento Portanto, a alternativa correta é a E. A alternativa A está
científico é imprescindível para Comte, uma vez que é por incorreta, pois os diálogos e as deliberações entre os
intermédio da ciência que se pode descobrir as leis, ou seja, cidadãos nos processos decisórios da cidade buscavam
as relações de causa e efeito, universais e imutáveis, que encontrar soluções e formular leis aplicáveis a todos,
estariam na base de todos os fenômenos. A alternativa C universais e não particularizadas, indicando o caráter coletivo
é incorreta, dado que, como dito anteriormente, no estado da política grega. A alternativa B está incorreta, uma vez que
positivo as generalizações são abandonadas e substituídas a experiência social promovida pelo surgimento da pólis e
pelo estudo do particular, pela busca das leis invariáveis. pela política democrática grega favoreceu o debate público
Por fim, a busca pelas noções absolutas, pela essência das entre ideias divergentes e fomentou, consequentemente,
coisas, é, de acordo com Comte, parte da caracterização as controvérsias e as polêmicas em torno dos assuntos de
dos estados teológico e metafísico, não do estado positivo interesse da cidade. A alternativa C está incorreta, já que
e, assim sendo, a alternativa D é incorreta. com a consolidação da pólis e a participação dos cidadãos
gregos nas decisões da cidade por meio das discussões
QUESTÃO 59 U1DC públicas na ágora, as leis passaram a refletir a vontade dos
TEXTO I seus cidadãos, não como vontade individual, mas como
Advento da pólis, nascimento da Filosofia: resultado do interesse de um todo coletivo. A alternativa D
entre as duas ordens de fenômenos os vínculos está incorreta, pois a política exercida na pólis grega, tal
são demasiado estreitos para que o pensamento como a filosofia que surgia, estimulava a discussão crítica
racional não apareça, em suas origens, solidário das das ideias, rechaçando conhecimentos preestabelecidos na
estruturas sociais e mentais próprias da cidade grega. resolução dos problemas da cidade.
Ver [...] a erva britânica ser trazida de ilhas do oceano situadas para além das terras; e de igual modo a etiópica [...];
e outras ainda, de todas as partes, de um lado para o outro, em todo o orbe, serem transportadas para o bem-estar da
humanidade, com a imensa majestade da paz romana a mostrar, uns aos outros, não apenas homens de terras e nações
tão afastadas entre si, mas também montanhas e cumes que se projetam para além das nuvens, com os seus produtos e
plantas. Eterna seja, eu imploro, esta dádiva dos deuses! Na verdade, eles parecem ter oferecido os romanos como uma
segunda luz para a humanidade.
BRANDÃO, J. L.; OLIVEIRA, F. História de Roma Antiga. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015. p. 240 (Adaptação).
O fragmento anterior é parte do tratado de Ciências e História Natural dedicado a Tito Flávio, futuro imperador de Roma, e
produzido por Plínio, o Velho. Seus escritos expressam
A. o prejuízo comercial provocado pela instabilidade política do Império Romano.
B. a percepção da inferioridade dos produtos obtidos fora das fronteiras imperiais.
C. a inviabilidade do comércio entre províncias romanas devido às longas distâncias territoriais.
D. a dificuldade enfrentada pela administração imperial na transposição de barreiras geográficas.
E. o elogio à integração econômica e cultural possibilitada pela constituição de um extenso Império.
Alternativa E
Resolução: Plínio, o Velho, no trecho de seu compêndio sobre História Natural, realiza um vasto elogio ao Império Romano e à
possibilidade de integração econômica e cultural dentro de toda a extensão imperial. Ao dedicar sua obra ao futuro imperador,
seu elogio pôde se estender à própria estrutura imperial, o que torna a alternativa E correta. A administração e a expansão
das províncias foram facilitadas pela estrutura imperial de poder, que garantiu centralização política na figura do imperador
e, com isso, o estabelecimento da chamada paz romana (Pax Romana), o que invalida a alternativa A. Nesse período de
relativa pacificação, a circulação de mercadorias se intensificou e permitiu a observação realizada por Plínio: produtos das
mais longínquas províncias estavam presentes por todo o Império, independentemente das distâncias territoriais ou barreiras
geográficas, invalidando as alternativas C e D. E, por fim, a alternativa B está incorreta, pois o texto não aborda o aspecto de
uma percepção de inferioridade acerca de produtos adquiridos além das fronteiras imperiais.
QUESTÃO 61 Z2NI
A fase do Caribe torna-se ainda mais complexa porque os espanhóis não eram um povo anteriormente imóvel ocupando
sua primeira área nova. Em vez disso, tendiam a ver o Caribe à luz da sua própria tradição já existente de expansão [...].
Assim, a tradição marítima de comércio e exploração competiu com as velhas tradições ibéricas de conquista total, imigração
expressiva e governo permanente e, no final, cedeu lugar a ela.
SCHWARTZ, S.; LOCKHART, J. A América Latina na época colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. p. 88 (Adaptação).
A ocupação da região do Caribe pelos espanhóis, iniciada ainda no final do século XV, demonstra que a Coroa interessava-se em
A. promover empreendimentos expansionistas divergentes do modelo lusitano.
B. limitar as estruturas de dominação colonial na região insular da América Espanhola.
C. formar alianças com os portugueses na conquista e colonização dos novos territórios.
D. desenvolver a exploração colonial sem povoar seus domínios no continente americano.
E. dar continuidade ao projeto político inaugurado com as Guerras de Reconquista Ibéricas.
Alternativa E
Resolução: O texto indica que a ocupação da região do Caribe – primeira porção do território americano encontrada pelos
espanhóis, ainda no fim do século XV – inseriu-se em uma lógica expansionista que já fazia parte da tradição política espanhola.
Nos séculos anteriores, os hispânicos empenharam-se nas batalhas de Reconquista da Península Ibérica, processo vinculado à
formação dos Estados Nacionais ibéricos e que determinou a expulsão dos muçulmanos da região e a redistribuição dos povos
ibéricos nos espaços que antes eram de dominação islâmica e, durante a Reconquista, as Coroas ibéricas consolidaram-se
politicamente e investiram não apenas na expansão de seus domínios territoriais na Europa, mas também em outras regiões,
notadamente a África e as Índias (e, posteriormente, a América), o que torna a alternativa E correta e invalida a alternativa B.
Os dois Estados realizaram amplos investimentos no setor naval e estruturaram seus projetos de colonização e ocupação dos
novos territórios, o que invalida a alternativa D. Apesar de seguirem tradições expansionistas semelhantes, não houve aliança
política entre as Coroas nesse momento; Portugal e Espanha inclusive buscaram garantir, junto às autoridades religiosas, as
delimitações de suas conquistas ultramarinas, o que invalida as alternativas A e C.
QUESTÃO 62 LNRP
Com uma expectativa de vida média de 84,2 anos (81,1 para homens e 87,1 para mulheres), o Japão é um dos países com
maior número de idosos no mundo. De acordo com dados oficiais compilados em 2018, três em cada dez cidadãos japoneses
têm mais de 65 anos. Não só é um país com uma população em idade avançada, mas que também está encolhendo. De acordo
com números do Ministério da Administração Interna, a população japonesa diminuiu em mais de 430 mil pessoas em 2018.
A representação mais precisa da superfície da Terra é o globo. A projeção por meio de mapas sempre acarretará distorções.
Não existem projeções melhores ou piores. Cada uma se adapta a determinadas finalidades. Mas nenhuma resolve o problema
da representação da curvatura da Terra numa superfície plana.
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/ projecoes-cartograficas-cilindrica-conica-e-azimutal.htm>.
Acesso em: 09 nov. 2015 (Adaptação).
Considerando o texto em questão, a projeção cartográfica mais indicada para um geógrafo que vise projetar as regiões
polares em um mapa é a
A. plana, pois parte de um determinado ponto para a representação da superfície.
B. equivalente, pois os ângulos são mantidos iguais, apesar de as áreas serem deformadas.
C. conforme, pois as áreas apresentam-se idênticas, mesmo com os ângulos deformados.
D. ortográfica, pois é geométrica e tem um ponto de vista com localização no infinito.
E. afilática, pois, apesar de não conservar as propriedades do mapa, minimiza as deformações.
Alternativa A
Resolução: A projeção plana, azimutal ou zenital, tem como superfície de projeção um plano. Pode ser polar, equatorial ou
oblíqua, a depender da localização do plano de tangência. É muito usada para representar as regiões polares projetadas no
centro do plano com as menores distorções nas altas latitudes, sobretudo no ponto de tangência. A alternativa B está incorreta
porque a propriedade mais conhecida da projeção equivalente é que as áreas são semelhantes às da esfera, mas os ângulos não
são conservados. Assim, conserva uma relação constante com as áreas correspondentes na superfície terrestre. A alternativa C
está incorreta, pois, na projeção conforme, diferentemente da equivalente, os ângulos e as formas são preservados, mas
o tamanho das áreas é distorcido. Desse modo, uma projeção nunca será ao mesmo tempo conforme e equivalente.
A alternativa D está incorreta porque a projeção geométrica ortográfica com ponto de vista no infinito não é a mais indicada para
representar os polos. A alternativa E está incorreta, pois a projeção afilática não tem nenhuma das propriedades citadas, isto é,
equivalência e conformidade, portanto não conserva os ângulos, as áreas ou os comprimentos.
QUESTÃO 68 I994
Os anfiteatros funcionavam como uma espécie de microcosmo da sociedade romana, como parte e reflexo da vida cotidiana. Um
espaço onde a população não apenas via, mas se fazia ver e ouvir, no qual imperador e plebe, dirigentes e dirigidos, se confrontavam
face a face, onde o anonimato da massa conferia força e consistência para o apoio ou as reivindicações da plebe. O anfiteatro era,
para os romanos, um espaço de sua normalidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”.
A arena atuava como espaço que separava o romano do não romano, o obediente do resistente, o normal daquele que rompia
as normas. Nos anfiteatros se expunham, para serem supliciados, bárbaros vencidos, bandidos e marginais, como por vezes
os cristãos, que eram expostos às feras e dados como espetáculo.
GUARINELLO, N. L. Violência como espetáculo. História, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 128-129, 2007. [Fragmento adaptado]
No contexto da Roma imperial, os eventos promovidos nos espaços descritos no texto serviram ao objetivo de
A. valorizar os romanos que se dedicavam à profissão de gladiador.
B. garantir a integração de povos conquistados na sociedade imperial.
C. superar a prática republicana conhecida como política do pão e circo.
D. confrontar elementos que desafiavam a unidade da identidade romana.
E. promover a abertura às manifestações políticas de oposição ao imperador.
Alternativa D
Resolução: Os espetáculos de gladiadores se inseriam na Política do Pão e Circo e foram fundamentais para aliviar as
tensões existentes entre a burocracia imperial e as classes mais baixas na Roma Antiga. No espaço dos anfiteatros romanos,
o Estado imperial distribuía alimentos e garantia entretenimento para a população, por meio dos chamados espetáculos de
sangue. Como destacado pelo texto, “a arena atuava como espaço que separava o romano do não romano, o obediente
do resistente, o normal daquele que rompia as normas”, indicando que esses espetáculos visavam confrontar os elementos
(bárbaros) que desafiavam a unidade da identidade romana, o que torna correta a alternativa D e invalida a alternativa C.
A alternativa A está incorreta, pois, embora alguns gladiadores tenham ganhado notoriedade, eles eram, de modo geral, tidos
como “aqueles que rompiam as normas”. A alternativa B também está incorreta, pois a reafirmação da identidade romana
se dava em contraposição à ideia de barbárie, atribuída aos gladiadores, de modo que os espetáculos nos anfiteatros não
cumpriam a função de garantir a integração dos povos conquistados à sociedade imperial. Por fim, contrariamente ao indicado
na alternativa E, os espetáculos nas arenas romanas eram promovidos pelo próprio Império, de modo que não representavam
uma abertura às manifestações políticas de oposição ao imperador.
lo
cu
Cír rtico
Á
lar
Po Raios
o
pic
Tró ncer solares
Câ
de r
do
q ua
E o
pic
Tró rnio lo
có cu
a pri Cír rtico Região da Antártica, por outro lado, passa semanas
C
de ntá com o Sol sempre em cima do horizonte. Seis meses
l a rA
Po depois, ocorre o inverso.
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 3 set. 2020 (Adaptação).
QUESTÃO 70 S396
Intervinham apenas os homens capazes de se dirigir a uma multidão numerosa e frequentemente indisciplinada [...].
Esses oradores, qualificados por seus adversários de “demagogos”, tendiam a se tornar verdadeiros profissionais da política,
e tal fenômeno só faria acentuar-se a partir do final do século V a.C., quando a direção da cidade deixou de ser apanágio
exclusivo das velhas famílias aristocráticas.
MOSSÉ, C. Dicionário da civilização grega. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. p. 103-104 (Adaptação).
QUESTÃO 73 6JPX
da população idosa. A alternativa E está incorreta, pois a
projeção indicada no gráfico é de que, a partir de 2020,
Europa: taxas brutas de natalidade
e mortalidade e projeções a taxa de natalidade mantenha a tendência de queda.
22
Nascimentos e mortes a cada mil habitantes
QUESTÃO 74 T2DZ
20
Localidade Latitude Longitude
18
Paris 48° 51' N 02° 21' E
Taxa de natalidade
16 Berlim 52° 31' N 13° 24' E
A alternativa C está incorreta, pois o filósofo apresentava uma É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial,
definição rigorosa do ser, afirmando que o ser é e que sua ocorrida na Inglaterra no século XVIII, foi a grande precursora
inexistência não seria possível. Em suas palavras, “o ser é do capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo comercial
e o não ser não é”. O ser, segundo o filósofo, seria eterno, para o capitalismo industrial. É fascinante como a Revolução
imutável, imóvel, e corresponderia, portanto, ao princípio Industrial mudou a vida das pessoas daquela época
primeiro de todas as coisas, a arché do universo. Já o não e como até hoje seus reflexos continuam transformando
ser não existiria e estaria identificado com a mudança, não o nosso dia a dia com a revolução tecnológica. Escritores
podendo, por isso, ser a causa primeira de todas as coisas. consagrados como Adam Smith, Karl Marx, Eric Hobsbawm,
A alternativa D está incorreta, uma vez que diferente dos entre outros, exploram a importância da Revolução Industrial
filósofos mobilistas, para os quais tudo estava em constante e o surgimento do capitalismo moderno.
mudança, não acreditava na existência do movimento. CAVALCANTE, Z. V.; SILVA, M. L. S. A importância da Revolução
O ser, segundo o pensamento parmenídico, seria imutável, Industrial no mundo da tecnologia. VII Encontro Internacional de
Produção Científica, Maringá, 25-28 out. 2011.
eterno, “jamais foi nem será, pois é, no instante presente, Disponível em: <https://www.unicesumar.edu.br>.
todo inteiro, uno, contínuo”. Acesso em: 25 set. 2019 (Adaptação).
TEXTO II
Novo Mundo é lícito chamar, porque entre os antepassados
nossos de nenhum deles se teve conhecimento, e a todos
aqueles que isso ouvirem será novíssima coisa, visto que isto
a opinião dos nossos antepassados excede, uma vez que a
maior parte diz que além da linha equinocial para o meio-dia
2015 2030 2045 2060
não há continente, só o mar, ao qual Atlântico chamaram [...].
China Índia Naquelas regiões meridionais o continente descobri, habitado
Disponível em: <https://www.dw.com>. Acesso em: 2 set. 2020 de mais frequentes povos e animais do que a nossa Europa,
(Adaptação).
ou Ásia, ou África, e ainda o ar mais temperado e ameno
Os dados do gráfico evidenciam tendências demográficas que em outras regiões de nós conhecidas.
dos países representados para as próximas décadas. Entre VESPÚCIO, A. O Novo Mundo. Porto Alegre: L&PM, 1984. p. 89
essas tendências, tem-se o(a) (Adaptação).
QUESTÃO 82 P128
O que acontece, camaradas? Não vos anima saber que Deus está convosco e que já concedeu tantos sucessos? Pensais
que seus inimigos são melhores e mais valorosos? Não vedes que está em vossas mãos a expansão da fé em Cristo? É
pouco que falta e eu não temo, mas se por acaso morrermos, quereis maior felicidade? Nenhum homem poderá ter morte
mais gloriosa!
Trecho do discurso de Hernán Cortés a seus soldados antes de atacar e conquistar a capital asteca Tenochtitlan. In: ANGLERIA, P. M. Décadas del
Nuevo Mundo (1530). Coletânea de textos e documentos de História da América para o 2º grau. São Paulo: SE/CENP-SP, 1983. p. 22 (Adaptação).
O conquistador espanhol Hernán Cortés, ao relativizar o significado da morte, em discurso proferido antes de atacar e
conquistar a capital asteca Tenochtitlan, reconhece que os soldados a ele subordinados
A. tinham clara noção da superioridade bélica espanhola.
B. colocavam os objetivos da Coroa acima da própria felicidade.
C. demonstravam confiança e lealdade ao corajoso comandante.
D. sabiam que dependia deles próprios a expansão da fé em Cristo.
E. temiam pela própria vida diante da complexa organização Asteca.
Alternativa E
Resolução: Ao relativizar a morte, dando a ela um significado dignificante, o conquistador espanhol Hernán Cortés reconhece
que os soldados a ele subordinados temiam pela própria vida, já que se sentiam ameaçados diante da complexa organização
Asteca, cujo corpo militar era numericamente superior ao espanhol, o que valida a alternativa E. Se, ao contrário, os soldados
tivessem clara noção da superioridade bélica espanhola e, ao mesmo tempo, tivessem confiança no corajoso comandante e
lealdade a ele, o discurso motivacional proferido pelo conquistador provavelmente não teria sido necessário, o que invalida
as alternativas A e C, respectivamente. Do mesmo modo, ao interrogar a conveniência do ataque, os soldados sugerem
colocar sua felicidade acima dos objetivos da Coroa, não o contrário, o que invalida a alternativa B. Por fim, os soldados não
sabiam ou nem mesmo se preocupavam com a ideia de que dependia deles próprios a expansão da fé em Cristo, justamente
porque essa informação fora utilizada como álibi para convencê-los da importância do ataque, o que invalida a alternativa D.
QUESTÃO 83 7LOX
Taxa de fecundidade total e diferença relativa, segundo as Grandes Regiões (2000 / 2010)
Taxa de fecundidade total
Grandes Regiões Diferença relativa 2000 / 2010 (%)
2000 2010
Brasil 2,38 1,90 –20,1
Norte 3,16 2,47 –21,8
Nordeste 2,69 2,06 –23,4
Sudeste 2,10 1,70 –19,0
Sul 2,24 1,78 –20,6
Centro-Oeste 2,25 1,92 –14,5
IBGE. Censo Demográfico 2000 / 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 26 out. 2016.
Entre o Censo de 2000 e o de 2010, a mudança do principal indicador da dinâmica demográfica é notável. O declínio da taxa
de fecundidade foi mais expressivo na região
A. Norte, e, em 2000, esta ainda possuía taxa de fecundidade acima do nível de reposição.
B. Sudeste, e, em 2010, a taxa de fecundidade estava acima do nível de reposição em duas regiões.
QUESTÃO 84 FMM3
Em setembro de 2007, o então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mudou, via decreto, o fuso horário oficial do país,
atrasando o relógio em 30 minutos. A partir de então, a Venezuela passou a contar com 4 horas e 30 minutos de diferença
do Meridiano de Greenwich. Porém, essa mudança foi revertida em abril de 2016, quando o sucessor de Chávez, Nicolas
Maduro, decidiu que a Venezuela voltaria a ter 4 horas a menos do que o meridiano de referência. O Brasil, também por
motivos políticos, mudou em 2008 o fuso do Acre deixando-o atrasado apenas 1 hora em relação à Brasília, que está no fuso
GMT-3. Mudança não aceita pela população e eliminada oficialmente em 2013, quando o estado do Norte voltou a estar no
fuso GMT-5.
Analisando as mudanças nos fusos horários da Venezuela e do Brasil mencionadas no texto e desconsiderando o horário
de verão, conclui-se que a(s)
A. Venezuela, desde abril de 2016, está 2 horas atrasada em relação ao fuso horário oficial de Brasília e 3 horas em relação
ao primeiro fuso brasileiro.
B. regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, entre setembro de 2007 e abril de 2016, estavam adiantadas 2 horas e 30
minutos em relação à Venezuela.
C. Venezuela e o estado do Acre, em 2008, quando ocorreu a mudança no fuso horário brasileiro, passaram a ter apenas
30 minutos de diferença entre si.
D. alteração do fuso do Acre em 2013 e a mudança instituída por Maduro fizeram com que tanto o Acre quanto a Venezuela
ficassem atrasados 1 hora em relação à Brasília.
E. Venezuela, entre setembro de 2007 e abril de 2016, esteve 30 minutos atrasada em relação à maioria dos estados
brasileiros, incluindo alguns estados do Norte, como o Pará.
Alternativa C
Resolução: Entre 2008 e 2013, vigorou, no Acre, o fuso GMT –4, ficando o estado apenas com 1 hora de diferença de Brasília
e no mesmo fuso de alguns estados do Norte do país e da Venezuela. Como a Venezuela, por uma decisão política, decidiu
atrasar seu relógio em 30 minutos, essa ficou sendo a diferença entre o Acre e a Venezuela naquele período. A alternativa A está
incorreta, pois a Venezuela está na mesma faixa do fuso horário de parte dos estados do Norte e do Centro-Oeste (GMT –4), isto
é, 1 hora atrasada em relação ao horário oficial de Brasília e 2 horas atrasada em relação ao primeiro fuso brasileiro (GMT –2).
A alternativa B está incorreta, pois as regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil estão no mesmo fuso de Brasília (GMT –3) e,
portanto, entre setembro de 2007 e abril de 2016, estavam adiantadas 1 hora e 30 minutos em relação à Venezuela. A alternativa
D está incorreta porque, em 2013, o Acre voltou a estar 5 horas atrasado em relação a Greenwich e 2 horas atrasado em relação
a Brasília. A alternativa E está incorreta porque a maioria dos estados do Brasil está no fuso GMT –3, ou seja, a Venezuela,
entre setembro de 2007 e abril de 2016, esteve 1 hora e 30 minutos atrasada em relação a grande parte dos estados brasileiros.
QUESTÃO 85 AJRS
Caracteriza-se, segundo Comte, pela subordinação da imaginação e da argumentação à observação. Cada proposição
enunciada deve corresponder a um fato, seja particular, seja universal.
GIANNOTTI, J. A. Vida e obra. In: COMTE, A. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978 (Adaptação).
Resolução: O texto-base da questão trata das características O sistema de escravatura e a escravatura como sistema,
do estado positivo, conforme a teoria de Comte. Para esse escravatura elevada à potência como acontecimento natural –
autor, no estado positivo a humanidade não busca mais este cinismo dos dominadores torna claro que a liberdade
o “porque” dos eventos do mundo, mas o “como”, por da paz romana é, em primeira linha, liberdade romana [...].
intermédio da descoberta das leis naturais que regem os A liberdade romana e a paz baseada no poder das armas
fenômenos. Além disso, no estado positivo a ciência toma
são, na realidade, dois lados da mesma medalha. A partir
o lugar da filosofia e da religião na explicação dos eventos.
de Roma, do centro, podia-se falar sobre “paz e liberdade”
Assim, a alternativa D é a correta. A alternativa A é incorreta
de modo diferente do que nas províncias.
porque o estado metafísico é caracterizado por uma busca
WENGST, K. Pax Romana: pretensão e realidade: experiências e
abstrata, não pela observação dos fenômenos. A alternativa B
percepções da paz em Jesus e no cristianismo primitivo.
é incorreta porque o estado teológico é marcado pelas Tradução de António M. da Torre. São Paulo: Edições Paulinas, 1991.
explicações religiosas, cujos preceitos não estão delineados
A expressão “Pax Romana” designa o período que vai desde
no texto-base. A alternativa C é incorreta porque o estado
filosófico não existe na teoria de Comte. Por fim, a alternativa a instalação do Império Romano até o final do século II.
E é incorreta porque o estado social não está presente na Nesse momento histórico, verifica-se, segundo o texto, que a
formulação teórica de Comte. A. intensificação do uso da violência estatal inviabilizou a
expansão territorial do Império.
QUESTÃO 86 A7FC
B. necessidade de abolição de todas as formas de
A Sociologia surgiu, na primeira metade do século XIX, escravidão tornou-se urgente em Roma.
sob o impacto da Revolução Industrial e da Revolução
C. ampliação das guerras nas províncias provocou grande
Francesa. As transformações econômicas, políticas e
instabilidade do poder imperial.
culturais suscitadas por esses acontecimentos criaram
a impressão generalizada de que a Europa vivia o D. pacificação do Império ocorreu mediante a exploração
alvorecer de uma nova sociedade. A ambição intelectual da de determinados estratos sociais.
Sociologia, a tentativa de compreender a origem, o caráter E. ordem estabelecida no Império Romano garantiu a
e os desdobramentos dessa nova sociedade levou-a a se democratização do sistema político.
apresentar como uma espécie de contraponto em relação
às demais disciplinas das “ciências humanas”. Alternativa D
QUESTÃO 88 GY45
As plantas são representações cartográficas elaboradas a partir de uma escala muito grande. Dessa forma, é possível
representar uma área muito pequena com grande nível de detalhamento.
Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br>. Acesso em: 1 abr. 2020 (Adaptação).
Um exemplo de informação adequada para ser representada através de plantas cartográficas são os(as)
A. fluxos populacionais entre estados de uma região.
B. deslocamentos das massas de ar na atmosfera.
C. fronteiras político-administrativas entre países.
D. divisões entre regiões no território do Brasil.
E. tipos de uso do solo em uma área urbana.
Alternativa E
Resolução: As plantas cartográficas, por apresentarem uma escala grande, são indicadas para representarem áreas de
dimensões menores, como perímetros urbanos. Como elas fornecem um grande nível de detalhamento, as plantas podem
mostrar os diferentes tipos de uso do solo urbano, como moradias, parques industriais, espaços de lazer, centros comerciais,
áreas verdes, entre outros. As demais alternativas estão incorretas, pois se referem a informações que envolvem áreas mais
amplas, necessitando de um mapa com uma escala menor para serem representadas.
QUESTÃO 89 J7VL
Há, porém, algo de fundamentalmente novo na maneira como os Gregos puseram a serviço do seu problema último –
da origem e essência das coisas – as observações empíricas que receberam do Oriente e enriqueceram com as suas próprias,
bem como no modo de submeter ao pensamento teórico e casual o reino dos mitos, fundado na observação das realidades
aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o nascimento do mundo.
JAEGER, W. Paideia. Tradução de Artur M. Parreira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 197.
QUESTÃO 90 FDZ7
Portanto, imploro-lhes e exijo, da melhor forma possível, [que] reconheçam a Igreja como senhora suprema do universo,
e o altíssimo Papa [...] e Sua Majestade em sua posição de senhor superior e rei. [...] Mas se não o fizerem, com a ajuda de
Deus, invadirei suas terras à força, e farei guerra onde e como puder, e submetê-los ao jugo e à obediência da Igreja e de
Sua Majestade.
RUBIOS, J. L. P. apud SEED, P. Cerimônias de Posse na Conquista Europeia do Novo Mundo (1492-1640). São Paulo: Editora UNESP, 1999. p. 101-102
(Adaptação).