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Português

Fatos da Língua Portuguesa (porque, por que, porquê e por quê; onde,
aonde e donde; há e a)

01) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara


mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.

Na pronúncia, as palavras ―mau‖ e ―porque‖, destacadas nos dois últimos


parágrafos do texto, muitas vezes não se distinguem de ―mal‖ e ―por que‖, o que
acaba por refletir- se em emprego inadequado delas, na escrita. Assinale a
alternativa em que essas palavras estão corretamente empregadas no contexto.

a) A polícia descobriu os meios por que atuam as quadrilhas que assaltam à luz do
dia, mau disfarçando o que fazem.

b) Uma informação mal interpretada causa grandes problemas, porque gera


resposta e ações inadequadas.

c) O que o funcionário, até então, mau sabia é o motivo porque seu nome foi posto
na lista dos não promovidos.

d) Ainda não se descobriu porque o projeto foi devolvido ao setor de planejamento;


suspeita-se que tenha sido mau feito.

e) As peças foram devolvidas por que acusaram mal funcionamento e provocaram


acidentes.
02) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se receber uma visita, a primeira coisa é


abrir-lhe a porta. Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto.

A introdução encerra, implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será


desenvolvida. Para tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há por que
se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o auditório.
Acender os flashes principais da exposição, prestando atenção para o ponto de
partida. Preparar-se para a marcha inicial. Não se começa a viagem sem se saber o
destino; fazem-se provisões e previsões; avisam-se os amigos e hotéis.

A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta...


Introduzir é convidar. Mas para que se possa pensar ―o que vou dizer‖ é preciso
haver refletido sobre o assunto.

(Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado)

* de chofre: repentinamente

Quando chega __à___ introdução do texto, o leitor espera que ali esteja anunciado
o assunto. É preciso preparar-se para a marcha inicial, pois não se dá início __à___
viagem sem se saber o destino. Cabe __a___ essa parte do texto convidar o leitor
para a leitura.

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser


preenchidas, respectivamente, com:

a) à ... há ... a

b) na ... a ... à

c) a ... à ... há

d) na ... à ... à

e) à ... à ... a
03) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira.

CJ. Politicopatas. Folha de S.Paulo, 31.08.2017. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas falas das personagens


devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) suspensão … têm … Porque

b) suspenção … tem … Por que

c) suspensão … tem … Por quê

d) suspenssão … tem … Porquê

e) suspenção … têm … Por quê


04) Concurso: Ag Ad/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir:

Todo condomínio com 50 unidades ou mais precisa fazer_____ separação do lixo


reciclável. Pelo menos, é o que diz uma lei em vigor______ 11 anos no estado de
São Paulo.

A consciência ambiental é, então, o que mais tem motivado os edifícios residenciais


a aderir _____ prática.

É preciso informar moradores e funcionários sobre o que será enviado_____


reciclagem para que a separação seja efetiva.

(Carolina Muniz. Disponível em: https://tudomaisumpouco.


blogfolha.uol.com.br/2018/07/07/o-que-fazer-se-seu-condominionao- tem-coleta-seletiva/.
Acesso em: 07.07.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do


texto, conforme a norma-padrão da língua portuguesa.

a) a … há … à … à

b) à … a … à … a

c) a … à … a … à

d) à … há … a … a

e) a … a … à … à

05) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quanto ao uso de porque, porquê e por que, assinale a alternativa que apresenta
frase corretamente escrita.

a) Porquê esquizofrênicos e bipolares relatam seus sonhos de maneiras diferentes?

b) Os pesquisadores foram questionados por que utilizaram um método


computacional.

c) Há sempre um porque por trás de problemas que afetam a mente.

d) Os resultados são tão bons por que o estudo foi realizado com atenção.

e) As entrevistas porquê passaram os pacientes foram feitas no Nordeste.


06) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

Assinale a alternativa em que a palavra destacada está empregada com o sentido


que tem na frase – É, não gosta mesmo…

a) Este carro é o mesmo que os assaltantes usaram na fuga, no roubo ao banco.

b) Tome cuidado para não cair no mesmo erro de lançar boatos no trabalho.

c) Constataram que foi mesmo o namorado que emprestou o dinheiro à moça.

d) Mesmo que se esforce, não conseguirá todo o dinheiro para pagar a dívida ao
credor.

e) É muito egoísta: pensa só e sempre em si mesmo e em seus interesses...


07) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Chicungunha

Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo
mesmo mosquito.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro,
número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre
Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.
A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à
distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e
Aedes albopictus, os mesmos da dengue.
O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de ―homem que
anda arqueado‖, referência às dores articulares da enfermidade.
Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do
comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África
há 5000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se
___________ ambientes ___________ os homens armazenavam água.
A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou ___________ Ásia e
___________ Américas.
O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de
disseminação na Bahia e no Amapá.
(Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que é correto completar a frase com a forma verbal há,
assim como em – O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África há 5000
anos forçaram espécies ancestrais…

a) O vírus chicungunha só foi reconhecido _______ partir dos anos 1950.


b) Depois de um período médio de incubação de três _______ sete dias, surgem:
febre alta, cefaleia e dores musculares.
c) Pelo menos 30% da população será infectada, _______ menos que se adotem
medidas intensivas de combate ao mosquito.
d) Ao contrário da dengue, porém, _______ infecção pelo chicungunha causa
doença em 72 a 95% das pessoas picadas pelo mosquito infectado.
e) O tráfico de escravos africanos se encarregou, _______ alguns séculos, de
espalhar pelo mundo o mosquito e os vírus que o infectavam.
Formação e Estrutura das palavras

08) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(André Dahmer, Malvados. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Dois vocábulos formados a partir do mesmo processo de derivação pelo qual foi
formado o termo perigosíssimo são:

a) palestra e tecnologia.

b) advento e tecnologia.

c) perigoso e recentemente.

d) palestra e recentemente.

e) perigoso e lugar.
09) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara


mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.

A criação da palavra ―fumaçarada‖ associa fumaçada e fumarada, formadas a partir


de fumaça. É correto afirmar que a palavra criada produz efeito estilístico
compatível com a ideia de

a) comparativo, grande quantidade.

b) diminutivo, pequena intensidade.

c) diminutivo, pouca qualidade.

d) aumentativo, grande quantidade.

e) aumentativo, média intensidade.


10) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)

No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... – (1o


parágrafo), a expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa
ordem. Essa relação também se verifica na expressão destacada em:

a) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável.

b) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos.

c) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado.

d) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos.

e) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião?


11) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying*,


mostra pesquisa do IBGE

Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), mais entrevistados relataram em 2015 terem praticado do que sofrido
bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam.

Meninas são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já
ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a proporção sobe para 24,2%. A
prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados
disseram fazer bullying) do que na rede pública (19,5%). Sofreram bullying com
frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9º ano, principalmente por causa da
aparência do corpo ou do rosto.

* bullying: situação que envolve agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de


maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

(http://educacao.uol.com.br, 26.08.2016. Adaptado)

Considere as seguintes construções do 2º parágrafo:

 Meninas são menos provocadoras do que meninos…


 A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas […] do que na
rede pública…

Nos contextos em que são empregadas, as palavras destacadas estabelecem


relação de

a) comparação.

b) negação.

c) correção.

d) dúvida.

e) aprovação.
12) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para


responder à questão.

O cimo da montanha

Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília
com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe
aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição
primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais
prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de
imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à
proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e,
semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma
simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.

— Minha boa Virgília!

— Meu amor!

— Tu és minha, não?

— Tua, tua...

E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus


contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha,
donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o
céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com
as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...

* personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias
que vão adiando a sentença de morte dela.

(1998, p. 128-129)

Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder,
e a mesma coisa lhe aconteceu a ela.

Um termo que expressa ideia de equivalência nessa passagem é:

a) muito.
b) mais.
c) depois.
d) perder.
e) mesma.
Conjugação/Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

13) Concurso: Esc/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Vacina na marra

Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas.
Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do
Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de
imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para
vaciná-las.

Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa
fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que
avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a
imunizar seus filhos.

Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com
inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem
afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por
problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns
municípios.

Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada
por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um
aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de
saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias
para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés
numa unidade.

A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito.
Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o
profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes
que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br


/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)
A forma verbal destacada na frase ―Não me parece, entretanto, que tenhamos
chegado a uma situação dessas.‖ – expressa a ideia de possibilidade de que algo
possa se realizar, assim como ocorre em:

a) ... acabaríamos produzindo mais mal do que bem.


b) A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido...
c) Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas...
d) Imagino até que a adoção de medidas extremas...
e) Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos...

14) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo presente.

a) Chegava uma visita inesperada...


b) Logo mais estariam pedindo o sofá...
c) Beatriz não estranhou o pedido...
d) ... o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta...
e) ... no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur...

15) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

(www.sbotrj.com.br)
O modo verbal em ―não digite‖ expressa um conselho, assim como ocorre com a
expressão destacada em:

a) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago
na segunda-feira.
b) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo de
gás no imóvel.
c) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de
trás do automóvel.
d) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho de
peso.
e) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não poderão
realizar a prova.

16) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.


O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação
que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.
Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda
da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.
A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado
tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.
Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.
A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se
elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.
Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.
(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)
Exprime ideia de possibilidade a expressão verbal destacada na passagem:
a) Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico, 14,8 milhões de
brasileiros são miseráveis...
b) ... dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos de
trabalho.
c) ... é plausível que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha
aumentado com a recessão.
d) ... a qualidade das vagas geradas deixa a desejar.
e) ... reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma década.

17) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)


*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.
**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados


nos seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava
com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da
Irmandade da Madre de Deus.

É correto concluir que

a) a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I.

b) a situação expressa no trecho I é posterior à expressa no trecho III.

c) a situação expressa no trecho II é simultânea à expressa no trecho III.

d) as situações expressas nos trechos II e III são anteriores à expressa no trecho I.

e) as situações expressas nos trechos I e II são concomitantes.

18) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira.
Considerando a correlação entre as formas verbais, conforme a norma-padrão, as
lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) visse ... reporta

b) ver ... reporte

c) veria ... reporte

d) vir ... reporte

e) verá ... reporta

19) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)


Nos trechos ―Cuidado, não pise no fio do microfone.‖, ―Fica ali, à esquerda.‖ e
―Mostra para nós como é que foi.‖, o apresentador emprega o verbo no imperativo,
respectivamente, com as seguintes finalidades:

a) advertência, solicitação e ordem.

b) solicitação, pedido e pedido.

c) pedido, orientação e ordem.

d) advertência, orientação e pedido.

e) ordem, solicitação e orientação.

20) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.

A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

No trecho do penúltimo parágrafo do texto ―Iniciativas mais extensas e difíceis,


mas de maior alcance, envolveriam o engajamento da população...‖, a forma
verbal em destaque expressa sentido de

a) improbabilidade.

b) certeza.

c) ação concluída.

d) dúvida.

e) possibilidade.

21) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.

Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente
uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.

Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as


frustrações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e
conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga.

Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos


1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa
instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a
autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida.

A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal


à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e
o agora!
Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece
uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em
educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons
resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de
atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e
os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher
seus frutos.

Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser
frustrantes.

(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto.

Se a pessoa _________ nessa equação e investir tempo e dinheiro, poderá colher


bons frutos.

A lacuna dessa frase deve ser preenchida, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, com:

a) ter crença

b) pôr foco

c) querer apostar

d) poder crer

e) vir sentido
22) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia os textos para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na


ciência, para recuperar o controle sobre sua memória.

Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. Você já deve ter passado por
este problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as
costas, já esqueceu como ela se chama. Acontece – mas é extremamente
embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a
algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava
próxima a uma janela, pense nela como a Giovana da Janela.
Segundo, não memorize apenas por repetição. Ao ver ou participar de
apresentações, você deve ter sentido isto: é muito claro quando alguém apenas
decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro para
que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao
pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que
você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até
impedir que você entenda o que está expondo.

Terceiro, rabisque! Estudos indicam que rabiscar enquanto ―ingerimos‖ informações


não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória.
Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma
lista de nomes lembravam 29% a mais os nomes ditos.

(Luciana Galastri. Revista Galileu, 03.02.2015. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

Considere as seguintes frases:

 Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.


 Segundo, não memorize apenas por repetição.
 Terceiro, rabisque!

Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos empregados nessas frases
está em destaque em:

a) ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano
não considere útil gravar esses dados...

b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.

c) ... após discar e fazer a ligação, não precisamos mais dele...

d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança?

e) É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky...
23) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de


mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque expressa a probabilidade


de um fato ou um evento ocorrer.

a) Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever…

b) … fechava a máquina, entregava a matéria e ia à vida.

c) Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto…

d) … vou à lista de mensagens para saber quem me escreveu…

e) Com o smartphone seria pior ainda.


24) Concurso: Esc /TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>.
Acesso em: 04.04.2017. Adaptado)
Iniciando-se a frase – Retemos mais informações quando nos sentamos em um
local fixo... – com o termo Talvez, indicando condição, a sequência que apresenta
correlação dos verbos destacados de acordo com a norma- padrão será:

a) reteremos ... sentávamos

b) retivéssemos ... sentássemos

c) reteríamos ... sentarmos

d) retínhamos ... sentássemos

e) retivemos ... sentaríamos

25) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que os verbos conjugados e a colocação dos pronomes


em destaque apresentam-se de acordo com a norma-padrão.

a) Se eu vir uma mulher vindo em minha direção, não me desviarei dela.

b) Me esforcei para que a mulher me visse e se desviava de mim.

c) Talvez eu tinha evitado o choque se tinha desviado-me da mulher.

d) Desviem-se das pessoas quando verem que elas vêm em sua direção.

e) Se nos vermos diante de uma pessoa distraída, evitaremos colidir com ela.

26) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

A forma verbal destacada indica ação realizada habitualmente pelo sujeito em:

a) ... e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia...

b) Mas eu avisei que o tempo era de guerra...

c) Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo?

d) ... e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte.

e) Os familiares voltaram-se para outros familiares.

27) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

A forma verbal destacada foi empregada, de acordo com a norma-padrão da língua


portuguesa, em:

a) Para justificar a pobreza, os governantes põem a culpa na economia mundial.

b) As pessoas honestas tem se revoltado contra a situação do país.

c) Se os eleitores quererem um país melhor, não votarão nos corruptos.

d) Se haver participação dos cidadãos, construiremos uma sociedade mais justa


para o Brasil.

e) Se as pessoas fazerem constantes denúncias, poderemos coibir ilegalidades de


toda espécie.
28) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Laerte. Folha de S. Paulo, 28.07.2018. Adaptado)

Respectivamente, no primeiro, no segundo, no terceiro e no quarto quadrinho, os


tempos verbais conferem ideia de

a) presente, presente, passado e futuro.

b) futuro, passado, futuro e passado.

c) presente, passado, presente e passado.

d) passado, passado, futuro e futuro.

e) passado, presente, futuro e passado.


29) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.


O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?
A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da
minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.
Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.
Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.
Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no
mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.
Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.
Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.
(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

A forma verbal destacada está corretamente empregada na frase da alternativa:


a) As pessoas não requiseram outra coisa senão tomadas para carregar o celular.
b) Assim que souberem da solidão de muitos jovens, profissionais deverão agir.
c) É imperativo propôr à sociedade uma forma de estarem menos nas redes
sociais.
d) Quando a sociedade dar o primeiro passo, talvez algo mude.
e) Se o responsável não mantesse a casa, os menores de idade teriam que
trabalhar.
30) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que dá sequência ao enunciado, expressando, com correção,


a ideia de possibilidade.
É provável que aprender habilidades novas…
a) requeria paciência consigo mesmo e pôde levar ao aprendizado.
b) requeira paciência consigo mesmo e possa levar ao aprendizado.
c) requeresse paciência consigo mesmo e pôde levar ao aprendizado.
d) requereu paciência consigo mesmo e podia levar ao aprendizado.
e) requereu paciência consigo mesmo e pode levar ao aprendizado.

31) Concurso: Ass/AMLURB SP/Gestão de Políticas Públicas/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Nas passagens ―Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde…‖ e ―… e um


engano poderia ser trágico.‖, as formas verbais em destaque expressam,
respectivamente,
a) hipótese e ação concluída.
b) ação atual e hipótese.
c) ação contínua no passado e ação atual.
d) ação contínua no passado e hipótese.
e) ação concluída no passado e ação atual.

32) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro


moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não. (Carlos Drummond de Andrade.)
No verso – minha poesia perturbou-se –, o verbo destacado pode ser substituído,
sem alteração de sentido, por

a) desorientou-se.

b) manifestou-se.

c) inspirou-se.

d) indagou-se.

e) estabilizou-se.

33) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está no tempo presente.
a) Durante dois dias, ela visitou 27 lojas…
b) Helenice ia ao banheiro várias vezes…
c) Por mais que tivesse consciência de tudo…
d) … ela não enxergava essa maldade.
e) Ela não culpa os vendedores…

34) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)


Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio.
Em uma reescrita dessa frase em conformidade com a norma- padrão da língua, as
formas verbais destacadas (é/pode) devem ser substituídas, respectivamente, por:
a) seja; pôde.
b) for; pudesse.
c) era; possa.
d) seria; pudera.
e) fosse; poderia.

35) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos.

(Jim Davis. Garfield. www.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/


cartunsdiarios/#08/05/2016)

Caso a frase do primeiro quadrinho apresente uma hipótese referente ao futuro,


sua redação será:
a) Se as aranhas não existiram, quem se importa?
b) Se as aranhas não existiam, quem se importasse?
c) Se as aranhas não existem, quem se importou?
d) Se as aranhas não existam, quem se importava?
e) Se as aranhas não existirem, quem se importará?
36) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Se eu fosse um padre

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,


não falaria em Deus nem no Pecado
– muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:


nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,


desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma


... e um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!

(Mário Quintana. http://www.jornaldepoesia.jor.br)

O verso da segunda estrofe – Se eu fosse um padre eu citaria os poetas – seria


corretamente reescrito, de acordo com as regras de concordância e mantendo a
correlação dos tempos verbais dos termos destacados, em:

a) Se nós fôramos padre, nós citamos os poetas.

b) Se nós formos padres, nós citaremos os poetas.

c) Se nós formos padres, nós citaríamos os poetas.

d) Se nós fôssemos padre, nós citemos os poetas.

e) Se nós fôssemos padres, nós citamos os poetas.


37) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.

Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que todos os verbos do enunciado estão conjugados no


mesmo tempo verbal.

a) Quando estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele


que nos hipnotizou.
b) Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera.
c) Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.
d) Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me
ofertou grande afeto.
e) Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me
permitiu deixarão um doce conforto.

38) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Calçada de verão

Quando o tempo está seco, os sapatos ficam tão contentes que se põem a cantar.

(Mario Quintana. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005)

Considere os vocábulos destacados no texto. Ao substituir- se a forma verbal está


por estava, para preservar a correspondência entre as ações, as demais formas
verbais deverão ser substituídas, respectivamente, por:

a) ficavam; punham.
b) ficaram; poram.
c) ficavam; ponham.
d) ficarão; porão.
e) ficaram; poriam.
39) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que as passagens – quando o Vasco joga, eu fico nervoso


/ Se perde, eu fico chateado – estão reescritas com os verbos em correta
correlação temporal.

a) quando o Vasco jogar, eu ficarei nervoso / Se perdia, eu ficaria chateado.

b) quando o Vasco jogou, eu fiquei nervoso / Se perderia, eu ficava chateado.

c) quando o Vasco jogava, eu ficava nervoso / Se perdesse, eu ficaria chateado.

d) quando o Vasco jogasse, eu ficarei nervoso / Se perdeu, eu fico chateado.

e) quando o Vasco jogará, eu ficarei nervoso / Se perderá, eu fiquei chateado.

40) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,


anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.

Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o


que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.

É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a


velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.

Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.
A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em
um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.

(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:


http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)

No trecho do quinto parágrafo – A vida moderna e o apoio institucional e social ao


idoso transformaram a velhice... –, o termo destacado expressa uma ação

a) presente habitual.

b) futura hipotética.

c) futura pontual.

d) passada durativa.

e) passada pontual.

41) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.

Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.

O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado


significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.

Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia


que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.

(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)


Nas passagens ―minhas ‗viagens espaciais‘ ao mundo da lua pintavam a Terra e
seus objetos‖ e ―Era como se tivessem muitos braços‖, as formas verbais em
destaque indicam, respectivamente,

a) ação contínua no passado e ação em processo no presente.

b) ação concluída no passado e ação contínua no passado.

c) hipótese e ação concluída no passado.

d) ação em processo no presente e hipótese.

e) ação contínua no passado e hipótese.

42) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

O verbo destacado na frase – Há que comemorar, há que manter os bolos… – é


conjugado como o verbo ―ter‖. Assinale a alternativa em que manter está
conjugado corretamente.

a) Os bolos, velas e brindes se manteram em todas as festas.

b) Em suas festas tudo se mantinha como no tempo da mãe e da avó.

c) A mãe ficaria desapontada se a filha não mantesse tudo como era antes.

d) Se elas manterem tudo como era antes, a festa será um sucesso.

e) A filha manteu a tradição e fez festas tão boas como as da mãe.

43) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

A internet, os smartphones e os jogos interativos _____ para a qualidade de vida


da população, porém ______ risco de dependência se algumas dessas ferramentas
______ utilizadas de forma incontrolada.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto


acima.

a) contribui … traz … é
b) contribuem … traz … é
c) contribuem … trazem … são
d) contribui … trazem … são
e) contribuem … traz … são
44) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

O uso prolongado de X em idosos não é recomendado.

Se a terapia prolongada com X for necessária, os pacientes devem ser


regularmente monitorados, pois são mais sensíveis a reações desagradáveis de
componentes da fórmula.

Como X pode interferir na função plaquetária, ele deve ser usado com cuidado em
pacientes com problema de coagulação como, por exemplo, hemofilia e
predisposição a sangramento.

Com relação ao uso de X em crianças, foram relatadas algumas reações severas,


incluindo casos muito raros compatíveis com Síndrome de Reye.

O produto tem pouco ou nenhum efeito sobre a habilidade de dirigir ou operar


máquinas.

Diabéticos: os comprimidos de X não contêm açúcar, podendo ser utilizados por


pacientes diabéticos.

―NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER


PERIGOSO PARA A SAÚDE.‖

Assinale a alternativa em que o verbo conter, empregado na passagem – ... os


comprimidos de X não contêm açúcar, podendo ser utilizados por pacientes
diabéticos. – está corretamente conjugado.

a) Mesmo que contesse açúcar, poderia ser administrado a esses pacientes.

b) Talvez esses comprimidos contivessem açúcar, o que não recomendaria sua


utilização.

c) Recomenda-se que este paciente nunca tome comprimidos que conterem açúcar.

d) Esse comprimido já conteu açúcar, mas agora este foi suprimido.

e) Droga que contêm adoçante não favorece os diabéticos.


45) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)
Assinale a alternativa na qual o verbo (II) expressa ação ocorrida em tempo
anterior ao da ação do verbo (I).
a) Funcionários dos hotéis locais (I) ameaçaram fazer greve caso Justine (II)
fosse aceita como hóspede.
b) (I) Ao pousar no seu destino, ela […] (II) havia tido uma foto sua postada e
compartilhada 1 164 vezes.
c) (I) Espero que não (II) pegue Aids.
d) (I) Ao receber o título de Doutor Honoris Causa […], o escritor e filósofo
Umberto Eco (II) referiu-se aos usuários das mídias sociais…
e) Quem (I) frequenta as redes sociais de forma ampla […] (II) sabe do que se
trata.

46) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

(Jim Davis. Garfield. www.folha.uol.com.br, 10.03.2016)

A forma verbal ignore, na fala do primeiro quadrinho, exprime um conselho, assim


como a destacada em:
a) A operadora de telefonia anunciou que limitará o consumo de dados em planos
de internet banda larga.
b) Prezado aluno, faça sua matrícula em janeiro para garantir 10% de desconto na
mensalidade de seu curso de idiomas.
c) Em cerimônia solene, a ministra disse que, se as nações investissem mais em
música, o mundo seria melhor.
d) Para garantir a mobilidade durante os jogos, a cidade investe em faixas
prioritárias para o transporte público.
e) A partida tão esperada pelos torcedores acontece neste domingo, quando a
cidade receberá cerca de 15 mil visitantes.

47) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já


se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)


Ao reescrever-se o trecho do terceiro parágrafo – Quando fazer as três refeições
básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as
pessoas, a gordura era um privilégio. – com o verbo ser flexionado no tempo
futuro, a forma verbal era, em suas três ocorrências, deve ser substituída,
respectivamente, por:

a) ser… ser… seria

b) será… será… seja

c) for… for… será

d) fosse… fosse… será

e) seja… seja… seria

48) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

A forma verbal Deveríamos, no início do último parágrafo, expressa uma

a) dúvida.
b) ordem.
c) sugestão.
d) constatação.
e) hesitação.

49) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)


Considere o trecho – ―Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe
autoridade. Nós acreditamos…‖ – (segundo parágrafo), para responder à questão.

Assinale a alternativa em que o trecho está corretamente reescrito, com todos os


verbos no tempo passado.

a) Tem gente que não acreditava em um ensino que não impunha autoridade. Nós
acreditamos.

b) Terá gente que não acreditasse em um ensino que não impusera autoridade. Nós
acreditáramos.

c) Tinha gente que não acreditava em um ensino que não impusesse autoridade.
Nós acreditávamos.

d) Teve gente que não acreditou em um ensino que não impõe autoridade. Nós
acreditamos.

e) Teria gente que não acreditaria em um ensino que não imporá autoridade. Nós
acreditaremos.

50) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que
manipula a balança.
O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a
população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

Observe os verbos destacados nas passagens – … enfrentar os ataques daqueles


que a ele se opunham… / … só veem nele um estado de paz e de ordem… – e
assinale a alternativa em que estão corretamente conjugados os verbos opor, ver
e os demais assinalados, que seguem o mesmo padrão de conjugação destes.

a) Opormos resistência à liderança dele foi um erro; agora querem que revemos
nossa posição.

b) Se os interessados não se opuserem nem previrem razão para protelar o ato,


amanhã mesmo será escolhido o síndico do condomínio.

c) Se não se indisporem com as amigas do filho, os pais permitirão que elas o


revejam quando ele retornar.

d) Haverá problema se ele ver que houve manipulação de dados; certamente se


predisporá a cancelar tudo.

e) Cada vez que prever resistência dos funcionários às decisões do chefe, ele
intervirá, antes que todos se indisponham.
51) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira e responda à questão.

(Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Adaptado)

Um verbo empregado no modo imperativo, assim como Tome e leia na fala da mãe
de Mafalda, no segundo quadrinho, está destacado em:

a) Pela fronteira de Foz do Iguaçu passam, anualmente, R$ 20 bilhões em


mercadorias ilegais.

b) Na compra de um livro da coleção Aprender Brincando, você ganha uma revista


em quadrinhos.

c) Nasa divulga as imagens feitas pela sonda New Horizons durante sua
aproximação de Plutão.

d) Você concorda com a ampliação da carga horária dos cursos de formação de


professores?

e) Visite nosso novo empreendimento no Campo Belo, um dos bairros mais


valorizados da cidade.
52) Concurso: Sold /PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.


Um tiro no escuro
– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.
– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.
Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.
Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.
Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em
casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.
Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.
(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

A forma verbal destacada em – Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos,
para celebrar mais um dia em que nada nos faltara. – está corretamente
substituída, sem que se alterem o tempo ou o modo verbais, por:

a) tinha faltado.
b) ter faltado.
c) tiver faltado.
d) terá faltado.
e) tenha faltado.
53) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.


Tratando o interlocutor como Você e passando os verbos para o futuro, a passagem
―... se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais fora dela
e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares aos
hereges?‖ assume a seguinte redação:

a) ... se virmos e nos assentarmos à mesa, como nos exclui então e lança fora
dela e introduz violentamente os cegos e mancos, e dá os nossos lugares aos
hereges?

b) ... se viermos e nos assentarmos à mesa, como nos excluirá então e lançará
fora dela e introduzirá violentamente os cegos e mancos, e dará os nossos lugares
aos hereges?

c) ... se viremos e nos assentemos à mesa, como nos exclua então e lançarás fora
dela e introduzirás violentamente os cegos e mancos, e darás os nossos lugares aos
hereges?

d) ... se vimos e nos assentamos à mesa, como nos excluíra então e lançara fora
dela e introduzira violentamente os cegos e mancos, e dera os nossos lugares aos
hereges?

e) ... se viermos e nos assentaremos à mesa, como nos vai excluir então e lançar
fora dela e introduzirá violentamente os cegos e mancos, e dá os nossos lugares
aos hereges?

54) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se
restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.
A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

Assinale a alternativa em que o enunciado expressa uma situação hipotética.

a) Inclinara-me para ver o estranho objeto...

b) ... eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra...

c) Com a ponta do cipó, revolvi a areia.

d) ... se restasse a unha certamente eu teria fugido...

55) Concurso: Of Leg/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Disponível em http://www.folha.uol.com.br. Adaptado)


Na frase – Não se esqueça de levar um capacete. –, a forma verbal em destaque
está conjugada no modo imperativo, o modo verbal utilizado para expressar uma
ordem ou um aconselhamento, assim como a forma verbal destacada em:
a) As crianças evitaram o consumismo, a fim de poupar seus pais de despesas
desnecessárias.
b) Evitando o consumismo, as crianças estariam poupando seus pais de despesas
desnecessárias.
c) Se evitassem o consumismo, as crianças poupariam seus pais de despesas
desnecessárias.
d) Evitem o consumismo, crianças, e assim pouparão seus pais de despesas
desnecessárias.
e) Ao evitar o consumismo, as crianças poupam seus pais de despesas
desnecessárias.

56) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, a proporção de brasileiros que se declaram ao IBGE como pretos
ou pardos superou 40% entre os matriculados no ensino superior. Uma análise
superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, que também reserva
uma parcela de suas bolsas em universidades particulares para negros. Os dados
do IBGE mostram, porém, que o movimento já era visível antes mesmo de essas
políticas serem adotadas.

Olhando a série histórica, é possível identificar que de 1992 até 1998 não houve
avanço algum na taxa, que ficou estabilizada em torno de 18%. A partir daí, o
crescimento foi constante. Em 2003, por exemplo, quando apenas duas
universidades (a Uerj e a estadual do Rio Grande do Sul) recebiam sua primeira
leva de alunos cotistas, o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia
aumentado para 25%.

Apontar a razão principal para o aumento de afrodescendentes no ensino superior


exige um estudo mais aprofundado, mas é fato que esse movimento aconteceu no
mesmo período em que as matrículas totais cresceram de 1,4 milhão de estudantes
em 1992 para 6,9 milhões em 2013. Com mais vagas, e num ambiente de melhoria
da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade de
ingressar no ensino superior, principalmente no setor privado, que criou mais
matrículas.

(Antônio Gois. Cotas e ProUni, 17.11.2014, http://oglobo.globo.com/sociedade/cotas-prouni-


14576773. Adaptado)
Assinale a alternativa cuja expressão verbal em destaque exprime noção de
hipótese/conjectura.

a) A partir daí, o crescimento foi constante. (segundo parágrafo)

b) ... esse movimento aconteceu no mesmo período em que as matrículas totais


cresceram de 1,4 milhão de estudantes em 1992 para 6,9 milhões em 2013.
(terceiro parágrafo)

c) ... o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia aumentado para


25%. (segundo parágrafo)

d) Apontar a razão principal para o aumento de negros no ensino superior exige um


estudo mais aprofundado... (terceiro parágrafo)

e) Uma análise superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni...


(primeiro parágrafo)

57) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma

(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Considere os 10 argumentos de Lanier, no último parágrafo do texto, para


responder à questão.

Se não se ____ às redes sociais, para não se tornar um babaca, é melhor que você
se _____ delas.

De acordo com a norma-padrão da conjugação, assinale a alternativa que


preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase.

a) opor ... distanciava

b) opuser ... distanciou

c) opor ... distancia

d) opor ... distanciasse

e) opuser ... distancie


58) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
A correspondência entre as formas verbais, na frase escrita a partir do texto, está
em conformidade com a norma-padrão da língua em:

a) Se a elite política e econômica global estivesse preocupada com o futuro do


trabalho, adotaria medidas para conter os seus efeitos.

b) Se a elite política e econômica global estaria preocupada com o futuro do


trabalho, adotava medidas para conter os seus efeitos.

c) Se a elite política e econômica global estivesse preocupada com o futuro do


trabalho, adotasse medidas para conter os seus efeitos.

d) Se a elite política e econômica global estaria preocupada com o futuro do


trabalho, adotara medidas para conter os seus efeitos.

e) Se a elite política e econômica global esteja preocupada com o futuro do


trabalho, adota medidas para conter os seus efeitos.

59) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...
Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a
vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

A frase do texto – Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito. – está
reescrita apresentando a relação correta entre os tempos verbais em:

a) Será fácil pegar o jeito, se a gente começava criancinha.

b) É fácil pegar o jeito, se a gente terá começado criancinha.

c) Era fácil pegar o jeito, se a gente tem começado criancinha.

d) Teria sido fácil pegar o jeito, se a gente tivesse começado criancinha.

e) Terá sido fácil pegar o jeito, se a gente teria começado criancinha.

60) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.
Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase apresenta a relação correta entre os tempos


verbais.

a) Na mesa ao lado, um casal havia passado o almoço todo sem trocar palavra,
como se estivesse hipnotizado pelas informações sobre o plantio de orégano.

b) Na mesa ao lado, um casal estava passando o almoço todo sem trocar palavra,
como se esteve hipnotizado pelas informações sobre o plantio de orégano.

c) Na mesa ao lado, um casal terá passado o almoço todo sem trocar palavra,
como se estará hipnotizado pelas informações sobre o plantio de orégano.

d) Na mesa ao lado, um casal passara o almoço todo sem trocar palavra, como se
estiver hipnotizado pelas informações sobre o plantio de orégano.

e) Na mesa ao lado, um casal passará o almoço todo sem trocar palavra, como se
estaria hipnotizado pelas informações sobre o plantio de orégano.
61) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Funcionário novo deve evitar ser invasivo

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sempre é a que fica. Para os


novatos ansiosos em mostrar serviço, saber disso pode ajudar a controlar as
expectativas.

―As empresas costumam ser complacentes com quem está começando. Ninguém é
excepcional na primeira semana. O desempenho se mostra no dia a dia‖, diz a
psicóloga Myrt Cruz.

Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de trabalho de forma tranquila, é
preciso anotar tudo: tarefas, sistemas utilizados e nomes de chefes, colegas e
clientes.

A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há alguns meses por um
escritório de advocacia. ―Eu me sentia bobo, não sabia nem usar a impressora.‖

A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava saindo de uma empresa


grande e indo para uma menor, para assumir mais responsabilidades.

Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e foi mais simples do que
ele pensava.

Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. Isso vale inclusive na hora
de tirar dúvidas. É preciso bom senso para não importunar colegas ou invadir o
espaço do outro.

―Tento estar sempre dentro das conversas da equipe.

Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas a outra é observação‖,


diz Natalia C., 27, contratada por uma agência de publicidade.

Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é fundamental ser humilde


e mostrar boa vontade. ―Cada vez mais precisamos de profissionais sem frescura,
que façam o que precisa ser feito.‖

Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas considera que sua
motivação foi essencial para garantir um aprendizado rápido. ―Não fiquei parada.
Tem que mostrar entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, mais
conteúdo vão te passar.‖

Já os profissionais mais velhos são contratados também pela bagagem que


adquiriram em empregos anteriores, todavia precisam tomar cuidado para não
deixar suas experiências passadas contaminarem o novo trabalho.
De acordo com Cruz, eles não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ainda
que essa maneira tenha funcionado antes. É preciso respeitar a cultura e a
identidade da empresa atual.

(Ana Luiza Tiegui. Folha de S.Paulo, 16.07.2017. Adaptado)

A relação entre os tempos verbais está correta e corresponde às ideias do texto


em:

a) Há alguns meses, Matheus C. foi trabalhar em outra empresa, onde teria mais
responsabilidades.

b) Há alguns meses, Matheus C. irá trabalhar em outra empresa, onde tinha mais
responsabilidades.

c) Há alguns meses, Matheus C. iria trabalhar em outra empresa, onde tivera


mais responsabilidades.

d) Há alguns meses, Matheus C. ia trabalhar em outra empresa, onde havia tido


mais responsabilidades.

e) Há alguns meses, Matheus C. teria ido trabalhar em outra empresa, onde tiver
mais responsabilidades.

62) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Para que a frase dita por uma determinada personagem apresente a relação correta
entre os tempos verbais, deve ser redigida como indicado em:

a) Eu poderia preveni-lo do perigo, antes que ele partisse para atravessar o


deserto.

b) Eu podia preveni-lo do perigo, antes que ele partirá para atravessar o deserto.

c) Eu poderei preveni-lo do perigo, antes que ele partira para atravessar o deserto.

d) Eu posso preveni-lo do perigo, antes que ele tivesse partido para atravessar o
deserto.

e) Eu terei podido preveni-lo do perigo, antes que ele partia para atravessar o
deserto.
63) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em conformidade com


a norma-padrão.

a) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é superada e os danos


ambientais e sociais recuperados.

b) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana poderá ser superada e os
danos ambientais e sociais recuperados.

c) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, poderá superar


Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.

d) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá superar Mariana e
recuperar os danos ambientais e sociais.

e) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar Mariana e recuperar
os danos ambientais e sociais.
64) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Bocejando, apertando os cordões das largas pantalonas de seda que lhe


escorregavam da cinta, Gonçalo, que durante todo o dia preguiçara, estirado no
divan de damasco azul, com uma vaga dor nos rins, atravessou languidamente o
quarto para espreitar, no corredor, o antigo relógio de charão. Cinco horas e
meia!... Para desanuviar, pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais.
Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, eleito
novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo de Vila Clara. Mas a
jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo,
desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite,
depois do chá, na Assembleia da Vila.

(Eça de Queirós, A ilustre casa de Ramires. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena,


___________ eleito novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo
de Vila Clara.

Preservando-se as relações temporais estabelecidas no texto original, assinale a


alternativa que preenche corretamente a lacuna desse trecho.

a) que seria

b) que seja

c) que será

d) que fora

e) que fosse
65) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que bem entendesse – antes, ela
sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele sempre queria pôr em português,
―pra entender‖: acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mas,
mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam.

A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata, “O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)


Nos trechos – Ela andava reclamando da forma... – e – ... ele vinha implicando
com o tempo... –, as expressões destacadas foram assim empregadas para
enfatizar

a) as ações presentes que tiveram seu início no passado.

b) o desenvolvimento gradual das ações e sua duração no passado.

c) as ações pontuais concluídas no passado recente.

d) o término das ações localizadas num momento preciso do passado.

e) o movimento feito para realizar ações futuras.

66) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que todas as formas verbais estão empregadas em


conformidade com a norma-padrão da língua.

a) Eles se comprometiveram a trabalhar juntos em um canal especializado no


ensino de matemática para vestibulandos.

b) Desse modo, eles pensaram em uma estratégia que mantivesse o público


interessado nas aulas de matemática.

c) Com as novas metodologias de ensino, eles reaviram grande parte do público


que haviam perdido.

d) Após uma reformulação do canal, é possível que eles passam a ter mais pessoas
que mantém interesse pelas aulas.

e) As aulas que eles virem a formular sofrerá os ajustes que se fazerem necessários
para atrair o público.
67) Concurso: Aux AA /Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 26.10.2017)

Se a frase do 2º quadrinho for reescrita na perspectiva de tempo futuro, em


conformidade com a norma-padrão, ela assumirá a seguinte redação:

a) Quando você querer escrever alguma monstruosidade, será possível comentar


de forma anônima.

b) Quando você queira escrever alguma monstruosidade, é possível comentar de


forma anônima.

c) Quando você quisesse escrever alguma monstruosidade, seria possível comentar


de forma anônima.

d) Quando você quiser escrever alguma monstruosidade, será possível comentar


de forma anônima.

e) Quando você quererá escrever alguma monstruosidade, é possível comentar de


forma anônima.
68) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

A frase cuja forma verbal destacada expressa um desejo está na alternativa:

a) Na realidade estou adiando o momento de escrever. (1º parágrafo)

b) Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito... (2º parágrafo)

c) Sem mais nada para contar, curvo a cabeça… (2º parágrafo)

d) A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. (5º parágrafo)

e) ... mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.(6º parágrafo)

69) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando
como escolheu aquele modelito pra sair de casa.

Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto,
roupa limpa, roupa suja.

Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem
trabalhei no final dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de ―figuraça‖.
Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV Bandeirantes.

Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada,
sem cinto, caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação
de chinelo franciscano.

Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso


Ming.

– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor?
Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava
de Dinastia Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata.

– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como


estou quando chego na rua.

(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

Uma expressão verbal que designa uma ação habitual realizada no passado está
em:

a) ... ia trabalhar de qualquer jeito.

b) … foi surpreendido no corredor...

c) … está usando uma meia de cada cor?

d) … levantou ligeiramente sua calça...

e) ... respondeu na lata.

70) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando
como escolheu aquele modelito pra sair de casa.

Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto,
roupa limpa, roupa suja.

Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem
trabalhei no final dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de ―figuraça‖.
Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV Bandeirantes.

Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada,
sem cinto, caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação
de chinelo franciscano.

Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso


Ming.

– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor?

Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava
de Dinastia Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata.
– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como
estou quando chego na rua.

(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a concordância está em conformidade com a norma-


padrão.

a) Há pessoas que escolhem com bom gosto a roupa que vestem,


independentemente das circunstâncias.

b) No coletivo, alguns vestiam-se com cuidado, enquanto outros parecia ser mais
displicente.

c) Roupas belas ou feias, limpas ou sujas, tudo levavam a imaginar como devia
viver aqueles estranhos.

d) Muitos são os fatores que é levado em conta quando cada um de nós escolhem
o que vestir.

e) São importantes lembrar que nossa personalidade e nossos valores não se define
pela roupa que usamos.

71) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a forma verbal em destaque está correta.

a) Se o garoto vir que o médico poderá ajudar seu pai, acreditará em sua cura.

b) Se você pôr a música que mais gosta no rádio do carro, poderá aumentar o
volume.

c) Se haver o toque do interfone, poderá ser a chegada do namorado.

d) Se a mãe obter informações sobre a chegada de seu filho em casa, ficará


aliviada.

e) Se o sentimento não caber no peito, poderá se expandir para os sons


magnânimos.
72) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda à questão.

Câmara eleva idade mínima para compra de armas

O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março uma lei que sobe de
18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e
permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o


ataque a tiros a uma escola, em Parkland, que fez 17 vítimas – os sobreviventes da
tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para


a aquisição de armas longas e proíbe a venda de equipamentos que transformam
armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão


levar armas de pequeno porte aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles
precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para
as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhora na
comunicação entre as áreas educacional e de segurança.

O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas longas, como queriam os
estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que N. Cruz, 19, atacou a
escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

(https://www1.folha.uol.com.br. 07.03.18. Adaptado)

A forma verbal destacada está corretamente empregada na frase da alternativa:

a) Se escolas verem que funcionários armados são necessários, deverão pedir


autorização ao distrito escolar.

b) Os integrantes do Legislativo propuseram que haja maior comunicação entre as


áreas públicas de educação e segurança.

c) Quando haver mais defensores do desarmamento, é provável que as leis sejam


alteradas.

d) É importante previr como enfrentar situações de violência motivadas por


jovens.

e) Os idealizadores do projeto manteram a comercialização de armas muito


potentes.
73) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)
O texto apresenta suposições acerca do transporte urbano em algumas cidades no
futuro. Uma forma verbal que expressa suposição está destacada em negrito no
trecho:

a) ... são citados fatos como o barateamento das baterias...

b) ... existem três modelos de mobilidade urbana avançada...

c) O uso de veículos elétricos seria mais comum...

d) ... plataformas de software que controlam os fluxos de tráfego...

e) O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

74) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/. Acesso em: 06.07.2018)

As formas verbais destacadas no trecho ―... eles vão ter que alargar as ruas e
colocar postos de gasolina, e, muito em breve, toda essa área vai ser apenas uma
pista‖, podem ser substituídas, de acordo com a norma-padrão da língua e
preservando o sentido, respectivamente, por:

a) têm … foi

b) tiveram … foi

c) tinham … era

d) terão … será

e) tenham … seja
75) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa
biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras
fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a
vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão
mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir
uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Alterando-se a frase – Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida
sensacionalista. –, obtém-se versão correta da forma verbal, de acordo com a
norma padrão, em:
a) Espero que você distingue uma vida sensacional de uma vida sensacionalista.
b) Espero que você distinguisse uma vida sensacional de uma vida sensacionalista.
c) Espero que você distinguia uma vida sensacional de uma vida sensacionalista.
d) Espero que você distinga uma vida sensacional de uma vida sensacionalista.
e) Espero que você distinguiu uma vida sensacional de uma vida sensacionalista.

76) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.

A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão


do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.

Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram


reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.

Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a


empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.

―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.

Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em


sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.

(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.


Adaptado)
A forma verbal destacada na frase ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço
de buscas aberta à censura...‖ – expressa a ideia de possibilidade de que algo
possa se realizar, assim como ocorre em:

a) Todo mundo precisa amadurecer um dia.

b) ... colocaram em risco a capacidade de o Google recrutar...

c) ... poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua poderosa tecnologia.

d) Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas


mesmas...

77) Concurso: Ass TS/Pref SJC/Técnico em Enfermagem/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O oi é importante. É o mínimo de civilidade e pode ser legal, também, se a pessoa


não for mala. Você encontra o conhecido na festa. Há uma surpresa genuína, ―Ah,
você!‖, ―Olha só!‖, ―Há quanto tempo!‖. Vocês pensam um pouco: quanto, mesmo?
―Foi na casa do Ricardo, aquele churrasco?‖.

―Não, depois do churrasco a gente se trombou na Virada Cultural.‖ ―A Virada


Cultural não foi antes da casa do Ricardo?!‖. ―Não sei. Na casa do Ricardo você
contou que tinha acabado de tirar o aparelho, tava reclamando que precisou usar
aparelho, adulto‖. ―Ah, então foi depois da Virada. Eu tava de aparelho na Virada.
Foi 2011!‖. ―E o Ricardo? Tem visto o Ricardo?‖. Ele diz que não. O Ricardo
separou. Agora mora em Natal.

O tchau não é assim. O tchau é mentira do começo ao fim. Você se despede e em


vez da surpresa do encontro surge uma pequena culpa por estar partindo. Aí você
fala, depois do abraço, ―Ah, a gente precisa se ver mais!‖. Balela.

Se o oi te deixou com uma sensação boa, o tchau é emissão de papel moeda


afetivo sem lastro e a inflação que começa ali desvaloriza até a alegria produzida
pelo oi.

(Antonio Prata, Contra o tchau. Folha de S.Paulo. 03.06.2018. Adaptado)

Se ___________ por mim, acabava o tchau. Dá um oi bem dado e, na hora de ir


embora, vai, sem olhar pra trás – e um dia, se o Ricardo voltar de Natal e a gente
___________ fazer um churrasco, faz.

(Antonio Prata, Contra o tchau.


Folha de S.Paulo. 03.06.2018. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do trecho devem ser preenchidas,
respectivamente, com:

a) fosse … querer

b) for … quer

c) era … queria

d) é … quis

e) fosse … quiser

78) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.
De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar
personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

As formas destacadas em – De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de


Assis, poderia recriar personagens como Dom Casmurro... – expressam,
respectivamente,

a) certeza e ação duvidosa.

b) convicção e ação testada.

c) possibilidade e ação condicionada.

d) probabilidade e ação comprovada.

e) impossibilidade e ação concreta.

79) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.


Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.
No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.
No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.
As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?
No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas
ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?
Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.
Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o
que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.
Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.
Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.
Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.
E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.
(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)
A autora emprega constantemente no texto formas verbais no pretérito imperfeito
do indicativo, pois sua intenção é fazer referência a eventos que se repetiam no
passado, como em: ―No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo‖.

Outro trecho do texto cuja forma verbal em destaque justifica essa afirmação
encontra-se em:

a) Para mim são, ainda e sempre, as recordações da infância na praia…

b) … e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a cabeça de fora…

c) As conchas acabaram; onde terão ido parar?

d) No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca…

e) … e se alguém dissesse que anos depois uma massagem de algas…

80) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)


Na frase do primeiro parágrafo – Alunos com dificuldades nos colégios da região
enxergam ali a possibilidade de um recomeço. –, o verbo enxergar tem o mesmo
sentido e emprego que o destacado em:

a) O jovem enxergou naquele empreendimento a possibilidade de crescer.

b) Aquele rapaz a incomodou durante a festa; ele não se enxergava mesmo.

c) Ao sair na janela, o homem enxergou a multidão aglomerada na praça.

d) Era tanta neblina na estrada que ele não podia enxergar nada direito.

e) Enxergava a imagem do amado ao longe, e isso a deixou radiante.

Pronomes

81) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.

Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.

Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes


vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Considere a seguinte passagem:

Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias


invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

De acordo com a norma-padrão da língua, a lacuna que deve ser preenchida com o
mesmo pronome destacado na passagem do texto está em:

a) A supermemória de Sharrock é o que _____ diferencia das demais pessoas.

b) Sharrock lembra-se dos presentes que _____ deram no seu primeiro aniversário.

c) Sharrock confessa que a supermemória nem sempre _____ traz boas sensações.

d) A supermemória de Sharrock _____ permite reviver experiências com


intensidade.

e) Sharrock conta que suas memórias podem _____ provocar dor de cabeça e
insônia.

82) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto e


correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem
retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita.

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus


personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. ―Não tenho nada contra a
linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em
sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a
narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o
público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente‖.
O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago,
conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e
apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos
cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. ―Muitas
vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador.
Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil‖, afirma Nogueira, que também diz se
inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado
de Assis e Eça de Queiroz.

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a


mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o
sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da
novela foi pensada para casar com o texto. ―É uma novela que se passa no fim dos
anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente
nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época‖, diz.

(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)

Considere as passagens:

... os personagens se expressam de maneira correta e erudita. (1º parágrafo)

Compartilhou-lhe o sentimento Jayme Monjardim... (4º parágrafo)

―... para que o telespectador consiga se sentir em outra época‖... (4º parágrafo)

Os pronomes, em destaque, assumem nos enunciados, correta e respectivamente,


os sentidos:

a) reflexivo, possessivo e reflexivo.

b) reflexivo, enfático e possessivo.

c) recíproco, possessivo e reflexivo.

d) recíproco, reflexivo e reflexivo.

e) reflexivo, demonstrativo e enfático.


83) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara


mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.

―E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a
ajuda a ajudar.‖

É correto afirmar que o termo ―a‖, no trecho ―não a ajuda‖, é

a) um artigo, que identifica o gênero da palavra ―ajuda‖.

b) uma preposição, exigida pelo substantivo ―ajuda‖.

c) uma preposição, exigida pelo verbo ―ajudar‖.

d) um pronome, que se refere à palavra ―sorte‖.

e) um pronome, que se refere à palavra ―conosco‖.


84) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda à questão.

Câmara eleva idade mínima para compra de armas

O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março uma lei que sobe de
18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e
permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o


ataque a tiros a uma escola, em Parkland, que fez 17 vítimas – os sobreviventes da
tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para


a aquisição de armas longas e proíbe a venda de equipamentos que transformam
armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão


levar armas de pequeno porte aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles
precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para
as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhora na
comunicação entre as áreas educacional e de segurança.

O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas longas, como queriam os
estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que N. Cruz, 19, atacou a
escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

(https://www1.folha.uol.com.br. 07.03.18. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome, indicado entre parênteses, substitui


corretamente a expressão destacada e está adequadamente colocado na frase.

a) A lei permite que funcionários de escolas adquiram armas. (lhes adquiram)

b) O projeto inclui medida que cria programas de saúde mental. (cria-lhes)

c) Com um fuzil, o estudante inesperadamente invadiu a escola onde estudou.


(invadiu-a)

d) Equipamentos que transformam armas em metralhadoras são uma ameaça. (as


transformam)

e) A Câmara não proibiu a venda de armas longas. (proibiu-a)


85) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Muito antes de haver história, já havia seres humanos. Animais bastante similares
aos humanos modernos surgiram por volta de 2,5 milhões de anos atrás. Mas, por
incontáveis gerações, eles não se destacaram da miríade de outros organismos com
os quais partilhavam seu habitat.

Em um passeio pela África Oriental de 2 milhões de anos atrás, você poderia muito
bem observar certas características humanas familiares: mães ansiosas acariciando
seus bebês e bandos de crianças despreocupadas brincando na lama; jovens
temperamentais rebelando-se contra as regras da sociedade e idosos cansados que
só queriam ficar em paz; machos orgulhosos tentando impressionar as beldades
locais e velhas matriarcas sábias que já tinham visto de tudo. Esses humanos
arcaicos amavam, brincavam, formavam laços fortes de amizade e competiam por
status e poder – mas os chimpanzés, os babuínos e os elefantes também. Não
havia nada de especial nos humanos. Ninguém, muito menos eles próprios, tinha
qualquer suspeita de que seus descendentes um dia viajariam à Lua, dividiriam o
átomo, mapeariam o código genético e escreveriam livros de história. A coisa mais
importante a saber acerca dos humanos pré-históricos é que eles eram animais
insignificantes, cujo impacto sobre o ambiente não era maior que o de gorilas,
vaga-lumes ou águas-vivas.

(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da


humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio, Porto Alegre, L&PM, 2015, p. 08-09)

Um termo que expressa sentido de ―posse‖ está destacado em:

a) Mas, por incontáveis gerações, eles não se destacaram...

b) ... da miríade de outros organismos com os quais partilhavam...

c) ... você poderia muito bem observar certas características...

d) ... idosos cansados que só queriam ficar em paz...

e) ... eles eram animais insignificantes, cujo impacto sobre o ambiente...


86) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes
quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o
barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta
seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a
mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre
arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde


jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu Abriu-os e viu bem junto de
sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e
que era da boca da mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A
vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.


Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e
tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)


Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está empregado com o
mesmo sentido de posse que tem o pronome ―lhe‖, na passagem – Ele, um dos
garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no
rosto e entrar-lhe pelos cabelos...

a) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero.

b) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude.

c) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado.

d) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar tuma decisão.

e) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.

87) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

A gente ainda não sabia

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.

E pensava-se que nalgum lugar, muito longe, deveria haver num velho poste uma
tabuleta qualquer – uma tabuleta meio torta e onde se lia, em letras rústicas: FIM
DO MUNDO.

Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim e não havia remédio senão
irmos andando às tontas como formigas na casca de uma laranja.

Como era possível, como era possível, meu Deus, viver naquela confusão?

Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...

(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

A alternativa que substitui, correta e respectivamente, as palavras onde e senão,


em destaque no texto, é:

a) cuja – salvo.

b) que – ou.

c) em que – do contrário.

d) da qual – porém.

e) na qual – exceto.
88) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bitucas jogadas no chão em SP enchem um apartamento por dia

Ao final de cada dia, o paulistano descarta 34 milhões de bitucas de cigarro nas


ruas. Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar, mas os restos
equivalentes ao consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro dariam para encher
um apartamento de 70 metros quadrados. O cálculo é da organização social ―Rede
Papel Bituca‖.

Para lidar com o problema, empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido,
de forma tímida, nos seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ – equipamento que
acondiciona o resíduo. E, na capital paulista – onde regiões com grande circulação
de pessoas, ambientes com alto nível de estresse ou que concentram bares são as
mais infestadas pelas bitucas –, um projeto de lei tramita desde o ano passado com
proposta que prevê multa de até R$ 100 para o ―sujão‖ flagrado.

O treinador de corretores de imóveis, R. Silva, 33, trabalha em uma dessas regiões.


Quatro vezes ao dia, ele repete o mesmo ritual: sai do ambiente de trabalho para
fumar. Quando o cigarro chega ao fim, o destino é um só: a rua. ―Sempre jogo a
bituca na vala. Nunca na calçada, porque a chuva vem e leva‖, diz.

Silva diz que dessa forma ―diminui o dano‖ devido à falta de um lugar adequado na
região para dar um fim à bituca.

―A bituca em contato com a água libera substâncias tóxicas e também acaba


entupindo a rede pluvial da cidade. Além de, visualmente, fomentar uma paisagem
de degradação‖, afirma Rafael Rodrigues, 31, gestor da Rede Papel Bituca. As
pontas de cigarro também provocam incêndios. Em 2013, o Corpo de Bombeiros
conteve 530 ocorrências do tipo apenas na capital.

Segundo Cleide Sousa, doutora em psicologia ambiental da UnB (Universidade de


Brasília), bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖.

Para a pesquisadora, o ato mostra ―falta de informação‖ e representa uma ―atitude


egoísta‖. ―Quem joga uma bituca no chão não faz uma autocrítica em relação ao
próprio comportamento e sempre joga a responsabilidade para o poder público.
Mas há uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em
consideração‖, explica a especialista.

(Dhiego Maia. In: http://goo.gl/nJnbbr. Adaptado)


Considere a frase.

Em contato com a água, a bituca libera substâncias tóxicas e também acaba


entupindo a rede pluvial da cidade.

As expressões destacadas estão corretamente substituídas pelos pronomes em:

a) libera-as ... entupindo-a

b) libera-as ... entupindo-lhe

c) libera-as ... entupindo-na

d) libera-lhes ... entupindo-a

e) libera-lhes ... entupindo-lhe

89) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que
manipula a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.
É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de
indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

Assinale a alternativa em que o pronome destacado está empregado de acordo com


a norma-padrão.

a) O mundo conhece a paz graças aos povos, governos, classes sociais e


indivíduos, cuja luta a garante.

b) Há milhares de indivíduos onde a sua vida se desenvolve tranquilamente e sem


obstáculos.

c) A luta garante a conquista dos direitos da humanidade, o qual os princípios mais


importantes dela foram atacados.

d) A Justiça tem numa das mãos uma balança, cuja representa a garantia de que o
direito será pesado, ponderado.

e) O direito é uma força viva, onde os homens batalham incessantemente para


manter.

90) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.― Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.
Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de
gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.
Considere as seguintes frases:

I. Recentemente, ela deixou que o menino acessasse o aplicativo do celular


dela.

II. … não há como impedir os mais novos de usar as redes sociais.

III. … como quando chamam o WhatsApp de ZapZap.

Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as expressões em


destaque por pronomes e atende às regras de colocação estabelecidas pela norma-
padrão da língua portuguesa.

a) acessasse-lhe … usar-lhes … chamam-no

b) o acessasse … usá-las … o chamam

c) acessasse-o … usar-las … chamam-lhe

d) o acessasse … usar-lhes … chamam-o

e) acessasse-lhe … usá-las … lhe chamam

Advérbio

91) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?
Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

A expressão destacada na frase – O prato está pronto, e eles, antes de usarem os


talheres, tiram foto da refeição com os celulares – expressa, no contexto,
circunstância com o sentido de

a) instrumento.

b) companhia.

c) lugar.

d) finalidade.

e) comparação.

92) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.
Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do texto para responder à questão.

A Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos...

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, os termos simplesmente e


só, em destaque no trecho, expressam, respectivamente, circunstâncias de

a) modo e de restrição.

b) afirmação e de dúvida.

c) intensidade e de modo.

d) intensidade e de restrição.

e) afirmação e de intensidade.

93) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eça de Queiroz para responder a questão.

O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque


desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar a lei própria da Vida; portanto
lhe tira o carácter doloroso de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor
por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga
quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho – porque nos
sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter
nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo – se toda a humanidade
coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na
neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o
envolver a ele unicamente – enquanto em redor toda a humanidade se movesse na
benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

(Eça de Queiroz. A Cidade e as Serras)

Assinale a alternativa que identifica corretamente (nos parênteses) a relação de


sentido que o termo destacado estabelece na frase.

a) Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga... (afirmação).

b) O pessimismo é uma teoria bem consoladora... (meio).

c) ... quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho...


(intensidade).

d) E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto... (modo).

e) ... alarga-o até o tornar a lei da própria da Vida... (lugar).

94) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Disponível em http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em 12.04.2014)


A expressão em destaque na fala do primeiro quadrinho – Lembra no inverno
passado quando peguei uma gripe… – expressa circunstância de

a) modo.

b) tempo.

c) dúvida.

d) afirmação.

e) intensidade.

95) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.
Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

A alternativa que indica corretamente, entre parênteses, a circunstância adverbial


presente na expressão destacada é:

a) Jamais consegui fazer certas coisas... (intensidade)

b) ... a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas com um pé de valsa.


(lugar)

c) ... resolvi tentar seduções em papos de botecos, aí com alguma vantagem.


(modo)

d) Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços... (afirmação)

e) ... fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio... (tempo)


96) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.
A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria
Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.
Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera
1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.
Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.
Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um
novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.
Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.
(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/
por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

A palavra destacada no segmento ―... fibras de tecidos sintéticos que se soltam da


roupa durante a lavagem acabam chegando aos oceanos...‖ exprime ideia de
a) modo.
b) causa.
c) tempo.
d) finalidade.
e) intensidade.
97) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.
A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria
Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.
Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera
1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.
Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.
Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um
novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.
Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.
(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/
por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

O termo destacado na frase ―Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de


Engenheiros Mecânicos, em um novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de
malha para reter os fios.‖ expressa
a) modo.
b) meio.
c) finalidade.
d) tempo.
e) lugar.
98) Concurso: Of Adm /SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

A legião on-line

Um dos temas de ―O Romance Luminoso‖, a obra póstuma e incrivelmente


contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem
alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado
há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso.
Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes
em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.
É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está
sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama;
checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma
legião.
Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas
também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: ―O mundo do
computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as
pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda
os pobres‖.
E conclui: ―A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu,
e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas‖. Isso
nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de
dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro
caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de
manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a
abjeção diagnosticada por Levrero.
Que tal passar mais tempo off-line?
(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)

Na frase ―… é o uso da internet como antidepressivo‖, o termo em destaque


expressa, no contexto,

a) uma negação sobre a internet.


b) o modo como a internet é usada.
c) uma dúvida relacionada à internet.
d) o lugar de uso da internet.
e) intensificação do sentido da internet.
99) Concurso: AAdm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o vocábulo muito foi empregado corretamente.

a) Os proprietários de animais não precisam ser muitos experientes, mas precisam


ter bom senso.

b) A intermação pode deixar um animal muito mal e até mesmo matá-lo devido à
exposição excessiva ao calor.

c) Os donos de cães precisam ficar muitos alertas quanto ao melhor horário para
sair com seus animais.

d) Muito são os que maltratam os próprios animais de estimação sem nem mesmo
perceber esse fato.

e) São muitas poucas as pessoas, hoje em dia, que não possuem um animal de
estimação.
100) Concurso: PAEPE/UNICAMP/Administração/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.
Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.
De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.
Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.
A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É
verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.
(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

Os termos destacados nas frases – ―De repente, várias eras geológicas depois...‖ /
―... que seja para continuar usando algo mais nobre...‖ – expressam
circunstâncias, respectivamente, de
a) modo e tempo.
b) intensidade e dúvida.
c) dúvida e modo.
d) afirmação e dúvida.
e) tempo e intensidade.
101) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Assinale a alternativa em que se identifica corretamente, nos parênteses, a


circunstância adverbial presente na expressão destacada.

a) ... os montevideanos que abrem caminho pela rua poeirenta. (meio)

b) Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro


andaluz discursa... (causa)

c) ... de vez em quando tenta seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.
(companhia)

d) ... entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde... (intensidade)

e) Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. (modo)


102) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque é advérbio, expressando


sentido de afirmação.

a) Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas…

b) Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns.

c) ―… quem não tem, não vai nunca aprender…‖

d) Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto…

e) Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso.


103) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o


homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.


Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou


mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)


Considerando os trechos reescritos do texto, assinale a alternativa em que a
circunstância adverbial presente na expressão destacada está corretamente
indicada entre parênteses.

a) ...fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim. (dúvida)

b) Nunca na vida ouvira um som mais lindo... (intensidade)

c) O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o


combinado. (tempo)

d) ...dizendo que a aeronave já se encontra em solo ... (lugar)

e) A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. (afirmação)

104) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
No trecho – vestida com uma calça de moletom… –, a palavra destacada
estabelece sentido de

a) finalidade.

b) origem.

c) causa.

d) modo.

e) meio.

105) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)

Leia os trechos do texto.

• Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de


emprego...

• Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente.

Os termos destacados apresentam, respectivamente, circunstâncias adverbiais de


intensidade e de modo.

a) Fizemos de carro o percurso até Salvador. Ela quase escorregou ao pisar na


lama.

b) Provavelmente ele não se oporá à escolha. Ele conseguiu consertar o


vazamento com um canivete.

c) Os convidados estavam bem acomodados na sala. Ele recebeu os amigos com


grande entusiasmo.

d) Rapidamente ela assumiu a direção do carro. Com certeza a encomenda


chegará até o fim da tarde.

e) Sem qualquer constrangimento, a criança entregou as flores à embaixatriz.


Quando o policial chegou, a situação ficou menos tensa.
106) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa que indica, corretamente, entre parênteses, a circunstância


presente na expressão destacada no trecho do texto.
a) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso...
(causa)
b) A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. (tempo)
c) ... a menininha sopra com força, apagando as chamas. (afirmação)
d) São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia de
bolo. (modo)
e) Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada. (certeza)

107) Concurso: APP /PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.


O termo destacado na frase “Até o meme de amanhã.” expressa circunstância de

a) tempo.

b) modo.

c) inclusão.

d) afirmação.

e) intensidade.

108) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

O padeiro

Levanto cedo, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do
apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro
de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a ―greve do pão dormido‖ –
uma greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que
obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei
bem o quê do governo.

Está bem. E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto
que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele
apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

– Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

―Então você não é ninguém?‖

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes
lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: ―não é ninguém, não
senhora, é o padeiro‖. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu preferi
não o deter para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal – e muitas vezes
saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda
quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante
porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu
escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo em meu nome. O jornal e o
pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi
a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ―não é
ninguém, é o padeiro!‖

E assobiava pelas escadas.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. Vol. 1 – crônicas. São Paulo: Ática, 1979. Adaptado)

Considere as frases:

 Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo.


 ... estava falando com um colega, ainda que menos importante.

As expressões em destaque nas frases exprimem, respectivamente, ideia de

a) inclusão; comparação.

b) tempo; concessão.

c) modo; finalidade.

d) adição; conclusão.

e) modo; condição.

109) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.
Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no


mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.

Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

No quinto parágrafo, as formas adverbiais ―diferentemente‖ e


―independentemente‖, que derivam, respectivamente, dos adjetivos ―diferente‖ e
―independente‖ estão corretamente empregadas.

Assinale a alternativa em que, em vez das formas adverbiais, deve-se empregar o


adjetivo ―diferente‖ ou ―independente‖.

a) Os adolescentes usam diferente o celular em relação a uma pessoa de mais


idade.

b) Mesmo sendo menor de idade, o indivíduo é independente para tomar um café


da manhã desacompanhado.

c) Muitos ao redor do mundo, diferente dos judeus, comem presunto e outros tipos
de carne de porco.

d) Que ótimo seria se todos pudessem conversar com estranhos, independente se


isso parece estranho ou não.

e) Independente de haver um quadro na parede ou não, olhamos para ela, como


se pudéssemos ver através dela.
110) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos.


Acesso em 15.07.2018)

Assinale a alternativa cujo termo em destaque expressa circunstância de tempo:

a) Marte pode ser um pouco monótono.

b) Temos o planeta inteiro só para nós.

c) Nada além de belezas naturais até onde os olhos alcançam.

d) Aquilo ali não é o papel do seu chocolate?

e) Já ia tirar.
111) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

(André Dahmer. Malvados. http://f.i.uol.com.br. 23.01.2018)

Na frase do segundo quadrinho, o advérbio tão imprime ao adjetivo curta sentido


de

a) intensidade.

b) modo.

c) quantidade.

d) tempo.

e) dúvida.
112) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Considerando os trechos do texto, assinale a alternativa em que a circunstância
adverbial presente no termo destacado está corretamente indicada entre
parênteses.

a) O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência cada vez mais presente em
nossa sociedade. (inclusão)

b) ... enquanto a empresa fabrica novos produtos com menos custos e insumos.
(exclusão)

c) ... já que as empresas demonstram que também se preocupam com o meio


ambiente. (intensidade)

d) Atualmente, as empresas modernas já entenderam que, além de


lucratividade... (afirmação)

e) A logística reversa ainda está em difusão no Brasil... (tempo)

113) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.

―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.

―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

Observe os trechos do texto:

... o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já matou 73


ianomâmis neste ano... (1º parágrafo)

... foram confirmadas 19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro...


(2º parágrafo)

A preposição ―entre‖ forma, respectivamente, expressões indicativas de

a) lugar e modo.

b) modo e lugar.

c) meio e tempo.

d) lugar e tempo.

e) tempo e lugar.

114) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como acontece hoje. Após o condutor completar
55 anos, a periodicidade dos exames cai para dois anos e meio. A partir dos 70
anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.

Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados


biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)

Os termos destacados nas frases – ―... dados biométricos e cadastrais que possam
ser lidos digitalmente...‖ e ―Esse processo ainda não teve início.‖ – expressam
circunstâncias, respectivamente, de

a) modo e de tempo.

b) afirmação e de dúvida.

c) modo e de intensidade.

d) intensidade e de tempo.

115) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.
Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro
No trecho – ... a paisagem já ficaria bem mais acolhedora –, as expressões ―já‖ e
―bem mais‖ apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias de

a) causa e intensidade.

b) afirmação e finalidade.

c) afirmação e condição.

d) tempo e finalidade.

e) tempo e intensidade.

116) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira.

Nas falas do caracol, os advérbios ―Normalmente‖, ―bem‖ e ―devagar‖ expressam,


respectivamente, circunstâncias de

a) modo, modo e modo.

b) tempo, modo e intensidade.

c) modo, intensidade e modo.

d) tempo, intensidade e modo.

e) modo, meio e causa.


117) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão.

Febre de fama

Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos
holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios
indomáveis.

Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:

– Preciso falar urgentemente com o senhor.

―É desgraça!‖, assustei-me. Digitei o número.

– Quero trabalhar em novela – disse a voz.

Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se
tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma
certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar
que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se:

– Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.

Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança
em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos.
Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou:

– Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística.
Ainda bem!

Comentei, muito discreto:

– É... ela vai longe...

– Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela!

Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas


como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse
desejo insano por ser famoso a qualquer preço.

(Veja SP, 21.10.1998. Adaptado)


Em – Preciso falar urgentemente com o senhor.–, o termo destacado apresenta
circunstância de modo, o que também ocorre em:

a) Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular.

b) – Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.

c) Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para
ser atriz.

d) Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou...

e) Daqui a pouco, vai estar numa novela!

118) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na


ciência, para recuperar o controle sobre sua memória.

Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. Você já deve ter passado por
este problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as
costas, já esqueceu como ela se chama. Acontece – mas é extremamente
embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a
algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava
próxima a uma janela, pense nela como a Giovana da Janela.

Segundo, não memorize apenas por repetição. Ao ver ou participar de


apresentações, você deve ter sentido isto: é muito claro quando alguém apenas
decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro para
que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao
pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que
você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até
impedir que você entenda o que está expondo.

Terceiro, rabisque! Estudos indicam que rabiscar enquanto ―ingerimos‖ informações


não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória.
Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma
lista de nomes lembravam 29% a mais os nomes ditos.

(Luciana Galastri. Revista Galileu, 03.02.2015. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)


Um sinônimo para o vocábulo destacado em ―Pesquisas mostram que apenas a
repetição automática pode até impedir que você entenda o que está expondo.‖ é:

a) talvez.

b) irremediavelmente.

c) coincidentemente.

d) inclusive.

e) com certeza.

119) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

A noite baixou de supetão e uma friagem seca cobriu as cercanias do gentio do


Ouro e de Xique-Xique, a umas boas léguas das barrancas do São Francisco, em
que o arraial se esconde pelo meio dos montes. Esconde-se porque é um arraial
fora da lei, cafua de bandidos, jagunços fugidos e cangaceiros, onde ninguém
dorme nu e sem arma na mão e só se entra com permissão. Agora que a caatinga
recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de sereno e até a poeira das três
ruas assentou, nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões,
atravessando os quadradinhos formados pelas varas das paredes dos casebres de
sopapo. Rua do Meio acima, uma fogueira arde no alpendre do casarão arruinado,
de paredes de alvenaria e telhado ainda prestante, que todos chamam de Tapera
do Andrade, embora ninguém saiba o motivo. A história do Arraial de Santo Inácio
é desconhecida, assim como é desconhecida a maior parte da história destas
paragens e do povo que nelas habita.

(João Ubaldo Ribeiro, Viva o povo brasileiro. Adaptado)

Na passagem – A noite baixou de supetão –, a expressão destacada expressa


circunstância de

a) tempo e pode ser substituída por esporadicamente.

b) modo e pode ser substituída por repentinamente.

c) lugar e pode ser substituída por subitamente.

d) meio e pode ser substituída por apressadamente.

e) causa e pode ser substituída por surpreendentemente.


120) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto que acompanha a imagem da cidade de


Amsterdã.

(Bruno Favoretto e Ricardo Marques. Viagem e turismo, abril 2017)

Os laranjas

Amsterdã é arquitetura, é mobilidade, é segura, é sexo, flores e bike‘n‘roll, é Van


Gogh. E é ainda mais dionisíaca no Dia do Rei, o Koningsdag. Todo 27 de abril, a
capital holandesa vira um ímã de gente festeira. Até os cães usam trajes à
Guilherme de Orange e se divertem pelas ruas e por seus 165 canais. É o canal.

Assinale a alternativa em que as duas expressões destacadas introduzem na frase,


respectivamente, as circunstâncias de modo e tempo.

a) Até os cães usam pomposamente trajes à Guilherme de Orange e se divertem


ao longo do dia pelas ruas e canais da cidade.

b) Para diversão dos turistas, até os cães usam trajes à Guilherme de Orange e
se divertem sem receio pelas ruas e canais da cidade.

c) Até os cães usam sem cerimônia trajes à Guilherme de Orange e se divertem


nos barcos e pelas ruas da cidade.
d) Dia e noite, até os cães usam trajes à Guilherme de Orange e se divertem com
seus donos pelos 156 canais da cidade.

e) Até os cães usam trajes à Guilherme de Orange e se divertem muito pelos 156
canais por onde circulam alegremente os holandeses.

121) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.
O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,
escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)

Considere a frase:

Em Barcelona, a coleta de lixo por tubos levou, com sucesso, à redução do número
de caminhões que circulavam diariamente pelos bairros, o que melhorou bastante
as condições de trânsito na cidade.

Nessa frase, as expressões que apresentam, respectivamente, circunstâncias de


modo e de intensidade são:

a) Em Barcelona; com sucesso.

b) Em Barcelona; diariamente.

c) bastante; por tubos.

d) com sucesso; bastante.

e) com sucesso; na cidade.

122) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão abaixo

(Folha de S. Paulo, 20.09.2010. Adaptado)


Leia a frase reelaborada a partir da fala da personagem.

Depois que comecei a tuitar diariamente, não consigo mais escrever os relatórios
com perfeição.

As expressões destacadas apresentam, respectivamente, as circunstâncias de:

a) tempo e de modo.

b) tempo e de intensidade.

c) modo e de afirmação.

d) modo e de intensidade.

e) afirmação e de modo.

123) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

A expressão destacada no trecho do texto indica delimitação temporal em:

a) As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no


ambiente urbano...

b) Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa.

c) Esses espelhos refletiam apenas contornos e formas.

d) Pouco mudou até o fim do século 13.

e) Os chamados espelhos venezianos eram mais valiosos que navios de guerra...

124) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão destacada apresenta circunstância


adverbial de intensidade.

a) ... a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água.

b) Isso deve ter mudado por volta de 3000 a.C. ...

c) ... e o metal oxidava com facilidade.

d) Nessa época, o homem já dominava técnicas de fabricação do vidro...

e) ... mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham nitidez.

125) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas
enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de
Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos


amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é
bastante trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.

Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme ―Cartas para Julieta‖ (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a
mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.
Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.

(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

No quinto parágrafo, em – O projeto ficou ainda mais famoso com o filme… –, a


expressão destacada apresenta circunstância adverbial de intensidade, como no
trecho:

a) … a cartas enviadas de todo o mundo para Julieta… (1º parágrafo)

b) As cartas normalmente são tristes… (2º parágrafo)

c) … a famosa história seja romântica, também é bastante trágica. (2º parágrafo)

d) … tenta ajudar pessoalmente a mulher a quem aconselhou. (5º parágrafo)

e) … com multa de até € 1.039 ou prisão por até um ano. (último parágrafo)

126) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Os conselhos dos „superleitores‟ para ler mais rápido

Agatha Christie lia 200 livros por ano, enquanto o fundador do Facebook, Mark
Zuckerberg, termina um a cada duas semanas. O ex-presidente dos Estados Unidos
Theodore Roosevelt lia um livro por dia e até dois ou três, se tinha uma noite mais
tranquila. Mas como as pessoas em geral podem conseguir fazer isso? [...]

A jornalista e ―treinadora‖ literária Glynis Kozma aconselha os leitores a tirarem


alguns minutos de cada um dos seus compromissos para ler.

―Em vez de pensar que o que você precisa é sentar-se e ler durante uma hora,
tente utilizar pequenas quantidades de tempo‖, diz.

(Hannah Sander. BBC News. Disponível em www.bbc.com/portuguese/


noticias/2016/01/160116_superleitores_hs_cc. 17.01.2016. Adaptado)
No contexto da frase – O ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt lia
um livro por dia e até dois ou três, se tinha uma noite mais tranquila. –, a palavra
até indica

a) exclusão.

b) inclusão.

c) conclusão.

d) retificação.

e) situação.

127) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Na frase – Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. –, o


termo destacado estabelece relação de

a) intensidade.

b) causa.

c) negação.

d) tempo.

e) dúvida.
128) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso tempo
e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente se
exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)


Considere os seguintes trechos:

• O percurso é lento, custoso até a bolha de ar chegar ao fundo e empurrar o mel


para fora. (1º parágrafo)

• Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. (último parágrafo)

Em ambos os trechos, o termo até expressa ideia de

a) tempo.

b) lugar.

c) modo.

d) causa.

e) intensidade.

129) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o termo destacado expressa, no texto, sentido de


tempo.

a) ―Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da


Família, a família brasileira é...‖

b) ―... a definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de


milhões de brasileiros...‖

c) ―... essa não é a única configuração que encontramos na nossa sociedade...‖

d) ―Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer


uma série de prejuízos...‖

e) ―Na escola, a discussão das famílias contemporâneas deve, sim, adentrar a


sala de aula.‖
130) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Hagar, Dik Browne. Folha de S.Paulo, 31.10.2015. Adaptado)

Os advérbios ―bem‖ (1º quadrinho) e ―Talvez‖ (2º quadrinho) expressam,


respectivamente, circunstância de

a) afirmação e intensidade.

b) modo e tempo.

c) afirmação e modo.

d) modo e dúvida.

e) dúvida e afirmação.
131) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.


Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?
Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.
Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?
Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.
E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.
(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)
O advérbio destacado na passagem – ... você definir como ele deve ser ou se
comportar dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel? – tem
equivalente em:

a) Só gente muito preconceituosa pensa assim.

b) Há muito ponto de vista errado acerca desse assunto.

c) Muito do que é hoje deve aos pais, sempre dedicados a ele.

d) Só por muito ele aceita defender o réu.

e) O vírus transmitido pelo mosquito vem causando muito sofrimento às pessoas.

132) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,


anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.

Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o


que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.

É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a


velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.

Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.

A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em


um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.

(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:


http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)

No trecho do segundo parágrafo, – Se observarmos a vida dos idosos


atualmente... –, o termo destacado indica uma circunstância de tempo, assim
como o termo destacado em:

a) ... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios... (2º parágrafo)

b) ... a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa... (2º parágrafo)

c) ... se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez.


(3º parágrafo)

d) ... esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice... (3º parágrafo)

e) ... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda... (4º
parágrafo)

133) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bitucas jogadas no chão em SP enchem um apartamento por dia

Ao final de cada dia, o paulistano descarta 34 milhões de bitucas de cigarro nas


ruas. Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar, mas os restos
equivalentes ao consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro dariam para encher
um apartamento de 70 metros quadrados. O cálculo é da organização social ―Rede
Papel Bituca‖.

Para lidar com o problema, empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido,
de forma tímida, nos seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ – equipamento que
acondiciona o resíduo. E, na capital paulista – onde regiões com grande circulação
de pessoas, ambientes com alto nível de estresse ou que concentram bares são as
mais infestadas pelas bitucas –, um projeto de lei tramita desde o ano passado com
proposta que prevê multa de até R$ 100 para o ―sujão‖ flagrado.

O treinador de corretores de imóveis, R. Silva, 33, trabalha em uma dessas regiões.


Quatro vezes ao dia, ele repete o mesmo ritual: sai do ambiente de trabalho para
fumar. Quando o cigarro chega ao fim, o destino é um só: a rua. ―Sempre jogo a
bituca na vala. Nunca na calçada, porque a chuva vem e leva‖, diz.
Silva diz que dessa forma ―diminui o dano‖ devido à falta de um lugar adequado
na região para dar um fim à bituca.

―A bituca em contato com a água libera substâncias tóxicas e também acaba


entupindo a rede pluvial da cidade. Além de, visualmente, fomentar uma paisagem
de degradação‖, afirma Rafael Rodrigues, 31, gestor da Rede Papel Bituca. As
pontas de cigarro também provocam incêndios. Em 2013, o Corpo de Bombeiros
conteve 530 ocorrências do tipo apenas na capital.

Segundo Cleide Sousa, doutora em psicologia ambiental da UnB (Universidade de


Brasília), bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖.

Para a pesquisadora, o ato mostra ―falta de informação‖ e representa uma ―atitude


egoísta‖. ―Quem joga uma bituca no chão não faz uma autocrítica em relação ao
próprio comportamento e sempre joga a responsabilidade para o poder público.
Mas há uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em
consideração‖, explica a especialista.

(Dhiego Maia. In: http://goo.gl/nJnbbr. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta corretamente, entre parênteses, a


circunstância adverbial expressa pelo trecho em destaque.

a) Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar (afirmação)

b) empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido, de forma tímida, nos
seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ (modo)

c) Além de, visualmente, fomentar uma paisagem de degradação (intensidade)

d) bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖ (modo)

e) uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em


consideração (intensidade)

134) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.

Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos

Em – Se aos 45 eu nunca tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas,


ele, aos 18, já domina a técnica com maestria... – o termo destacado indica que o
rapaz de 18 anos aprendeu a operar a máquina de lavar

a) toscamente.

b) serenamente.

c) precocemente.

d) superficialmente.

e) adequadamente.
135) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente.), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)

Considere os trechos:

– Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo...;

– Todo mundo, ao passar por lá...;

– Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível...

Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, sentido de

a) afirmação, lugar e dúvida.

b) tempo, lugar e modo.

c) intensidade, meio e dúvida.

d) afirmação, lugar e tempo.

e) assunto, modo e afirmação.


136) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Mulher ao volante
―Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam‖, disse
orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41,
no terminal Vila Mariana.
Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou
a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que
sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.
A cor rosa é sua ―marca registrada‖, como define, e o percurso, seu favorito. ―Amo
meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos‖, diz ela,
que troca cumprimentos com os mais chegados.
Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são
uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma ―perfeição
maior‖ e pilotam por gosto, não por obrigação. ―Não me vejo fazendo outra coisa‖,
diz.
Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma
potência módica que ela pretende em breve dobrar. ―Descarrego toda a minha
adrenalina nela.‖
Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: ―Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias
tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença‖, completa.
(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)

Considere os trechos do texto:


Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada. (2o
parágrafo)
―São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos‖, diz ela, que troca
cumprimentos com os mais chegados. (3o parágrafo)

Os termos destacados são advérbios de


a) intensidade, pois enfatizam a ideia expressa pelos termos a que estão
associados.
b) intensidade, pois caracterizam a entrevistada como uma mulher ousada.
c) afirmação, pois garantem a clareza e a objetividade das informações presentes
no texto.
d) modo, pois ressaltam a seriedade com que Marta executa seu trabalho.
e) modo, pois revelam que a motorista, às vezes, age com displicência.
137) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Incoerência americana

Fechar Guantánamo. Barack Obama prometeu fazê-lo em 2008, quando disputava


seu primeiro mandato como presidente dos EUA, supostamente o cargo mais
poderoso do mundo.

Seis anos e duas eleições depois, o campo de prisioneiros continua em


funcionamento, contradizendo os valores democráticos dos quais os americanos
tanto se vangloriam.

Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o
Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São,
entretanto, considerados ―perigosos demais‖.

(Folha de S.Paulo, 11.12.2014. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto, o advérbio ―supostamente‖ sugere que

a) o presidente dos EUA certamente é o homem mais poderoso do mundo.

b) o cargo de presidente dos EUA pode não ser o mais poderoso do mundo.

c) o cargo de presidente dos EUA é pouco poderoso no mundo.

d) o presidente dos EUA é o homem menos poderoso do mundo.

e) o cargo de presidente dos EUA nunca foi o mais poderoso do mundo.

138) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

(Bill Watterson, Calvin & Haroldo, http://depositodocalvin.blogspot.com.br/search/label/Bicicleta)


Os termos já (segundo quadrinho) e ainda (quarto quadrinho) exprimem
circunstâncias de

a) modo.

b) tempo.

c) dúvida.

d) causa.

e) intensidade.

139) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.
Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.

Observe o comentário acerca de advérbio e de adjetivo expresso na frase –


Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo apaixonado. – e
assinale a alternativa em que os termos destacados são (I) advérbio modificando
adjetivo e (II) adjetivo.
a) (I) várias palavras; (II) palavra moribunda.
b) (I) tem sempre; (II) é aberto.
c) (I) menos nobres; (II) união estável.
d) (I) sempre acompanhada; (II) algum mistério.
e) (I) dificilmente verá; (II) outras palavras.

140) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 27.06.2015)


No primeiro quadrinho, as expressões – com extrema precisão – e – feito um
campeão – denotam, respectivamente, sentido de

a) modo e comparação.

b) causa e condição.

c) meio e comparação.

d) modo e causa.

e) causa e conformidade.

141) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares. ―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

Nos trechos – Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular


dela. – e – Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – os termos em
destaque expressam, correta e respectivamente, circunstâncias de

a) tempo e tempo.

b) afirmação e tempo.

c) lugar e dúvida.

d) afirmação e afirmação.

e) modo e modo.
142) Concurso: Ass SA I/UNESP/Campus Ourinhos/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)
Observe os trechos destacados:

… o escritor e filósofo Umberto Eco referiu-se aos usuários das mídias sociais como
―uma legião de imbecis, que antes falavam (I) apenas no bar, (II) depois de
uma taça de vinho, (III) sem prejudicar a coletividade‖.

É correto afirmar que eles expressam, pela ordem, sentidos de

a) lugar, restrição e condição.

b) lugar, tempo e modo.

c) consequência, tempo e finalidade.

d) tempo, restrição e consequência.

e) modo, finalidade e condição.

Numeral

143) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta
fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas
para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente
quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse
uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e,
aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-
se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que
falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se
ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito
páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)


Com a passagem ―O livro tem exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se
dizer 500 páginas!‖, entende-se que a página ―500‖ do livro seria a

a) quinquagésima, questionando a importância da obra.

b) quinhentésima, evidenciando o tamanho da obra.

c) quingentésima, reforçando a extensão da obra.

d) quingentésima, enaltecendo o conteúdo da obra.

e) quinquagésima, minimizando a importância da obra.

144) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietário e principal


apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] colocará no ar um especial com
2h30 de duração em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de 85
anos.

(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)

As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, Sílvio Santos


completou seu

a) octogésimo quinto aniversário.

b) octogenário quinquagésimo aniversário.

c) otogésimo quinto aniversário.

d) oitavo quinto aniversário.

e) octingentésimo quinto aniversário.


Preposição

145) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

A legião on-line

Um dos temas de ―O Romance Luminoso‖, a obra póstuma e incrivelmente


contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem
alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado
há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso.
Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes
em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.

É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está
sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama;
checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma
legião.

Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas


também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: ―O mundo do
computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as
pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda
os pobres‖.

E conclui: ―A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu,
e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas‖. Isso
nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de
dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro
caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.

Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de


manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a
abjeção diagnosticada por Levrero.

Que tal passar mais tempo off-line?

(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)


Na frase ―… sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.‖, o termo em
destaque forma uma expressão indicativa de

a) finalidade.

b) oposição.

c) modo.

d) origem.

e) causa.

146) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.
A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado
precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por
uma dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Observe as frases seguintes:

• O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas.

• Manter o padrão da Sala São Paulo em um país como o Brasil é quase um


milagre.

A preposição ―em‖ nessas frases assume, respectivamente, valor de

a) modo e tempo.

b) situação e lugar.

c) modo e lugar.

d) tempo e modo.

e) modo e situação.
147) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?

Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

Observe as expressões destacadas nas frases – … gostam de registrar o que


comeram ao almoço para não repetirem ao jantar. – e – Mas o pasmo não termina
com os fotógrafos.

É correto substituí-las, sem prejuízo de sentido, respectivamente, por:

a) enquanto / entretanto

b) se / portanto

c) apesar de / logo

d) assim que / contanto que

e) a fim de / porém
148) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando
como escolheu aquele modelito pra sair de casa.

Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto,
roupa limpa, roupa suja.

Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem
trabalhei no final dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de ―figuraça‖.
Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV Bandeirantes.

Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada,
sem cinto, caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação
de chinelo franciscano.

Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso


Ming.

– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor?

Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava
de Dinastia Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata.

– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como


estou quando chego na rua.

(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a preposição de, em destaque, está empregada em


conformidade com a norma-padrão.

a) Paulo Leminski, de que era poeta, trabalhou no Jornal Vanguarda, na TV


Bandeirantes.

b) Ming fez com que Leminski reparasse de que suas meias tinham cores
diferentes.

c) Leminski, de quem o autor foi colega na TV Bandeirantes, ia trabalhar com


chinelo franciscano.

d) Após notar de que cada meia tinha uma cor diferente, Leminski confessou
vestir-se no escuro.

e) Celso Ming, de quem Paulo Leminski trabalhou na TV Bandeirantes, escreve


sobre economia.
149) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da preposição ―sem‖ e o das


expressões que ela forma são, respectivamente, de

a) negação e causa.

b) adição e condição.

c) ausência e modo.

d) falta e consequência.

e) exceção e intensidade.
150) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Disponível em http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em 12.04.2014)

Releia o seguinte trecho da primeira fala da tira:

… peguei uma gripe… / … e não consegui comer...

O segundo segmento frasal – … e não consegui comer… – expressa, em relação ao


primeiro,

a) a causa da gripe.

b) a finalidade da gripe.

c) a proporção da gripe.

d) uma consequência da gripe.

e) uma explicação para a gripe.


151) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

O termo portanto, destacado em – A questão é simples: assim como o rio deságua


no mar, você (ser amado) deságua em mim, portanto eu sou oceano, ou seja, o
receptor da água desse rio que você é.– tem valor de

a) explicação.

b) finalidade.

c) causa.

d) conformidade.

e) conclusão.

152) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.
Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os
produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Considere as frases do texto para responder à questão.

• ―... o que já colabora para a redução do impacto ambiental...‖

• ―A logística reversa ainda está em difusão no Brasil...‖

As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e


respectivamente, relações de:

a) direção e modo.

b) definição e tempo.

c) causa e instrumento.

d) finalidade e lugar.

e) conformidade e assunto.
153) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o soneto para responder a questão a seguir.

Disse ao meu coração: Olha por quantos


Caminhos vãos andamos! Considera
Agora, d‘esta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!


E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!

Porém o coração, feito valente


Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: D‘esta altura vejo o Amor!


Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental, Antologia)

Nos versos ―Porém o coração, feito valente / Na escola da tortura repetida, / E no


uso do penar tornado crente, / Respondeu...‖, o termo em destaque estabelece
relação coesiva, cujo sentido é de

a) condição, sendo possível substituí-lo por ―Desde que‖.

b) conclusão, sendo possível substituí-lo por ―Portanto‖.

c) explicação, sendo possível substituí-lo por ―Pois‖.

d) causa, sendo possível substituí-lo por ―Porque‖.

e) oposição, sendo possível substituí-lo por ―Todavia‖.


154) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do primeiro parágrafo do texto para responder à questão.

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil.
O termo portanto, em destaque, estabelece entre as duas orações relação com
sentido de

a) causa.

b) oposição.

c) condição.

d) conclusão.

e) concessão.

155) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Na frase – A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair em


longa e perigosa enfermidade... –, as informações em destaque expressam

a) hipótese.

b) consequência.

c) contradição.

d) oposição.

e) finalidade.

156) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a expressão ―apesar da crise‖, foi corretamente


substituída, mantendo-se seu sentido original.

a) Conforme a crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas.

b) Mesmo com a crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.

c) Há público recorde nos cinemas, à proporção da crise.

d) Por causa da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.

e) A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre, devido à crise.


157) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão a seguir.

A tensão com a violência na disputa entre grupos de traficantes e em meio a uma


megaoperação de segurança na favela da Rocinha (zona sul do Rio) e arredores,
neste sábado [23.09.2017], teve um saldo de três suspeitos mortos, uma criança
ferida e nove homens presos no Rio de Janeiro. Houve intensa troca de tiros no
início da tarde, depois de registro de tiros durante a madrugada.

O tiroteio do início da tarde, que aparentemente ocorria na parte alta da


comunidade, durou cerca de dez minutos, por volta das 13h, e obrigou militares e
jornalistas a se abrigarem na 11º DP, que fica no pé da favela. Ainda não há
informações sobre o que teria desencadeado o tiroteio.

A Polícia Militar trocou tiros com suspeitos em pontos do Alto da Boa Vista, da
Tijuca e de Santa Teresa. Nos dois primeiros casos, a Polícia Civil confirmou a
suspeita de vínculo com os conflitos na Rocinha.

(UOL. https://noticias.uol.com.br. 23.09.17. Adaptado)

Na passagem ―…e obrigou militares e jornalistas a se abrigarem na 11ª DP, que


fica no pé da favela.‖ (2º parágrafo), a oração em destaque traduz sentido de

a) restrição, na qual a expressão ―no pé da favela‖ consiste numa metáfora, ou


seja, uma forma de relação de semelhança entre termos.

b) conclusão, na qual a expressão ―no pé da favela‖ consiste numa metonímia, ou


seja, uma forma de substituir um termo ou locução.

c) explicação, na qual a expressão ―no pé da favela‖ consiste numa catacrese, ou


seja, uma forma cristalizada de linguagem metafórica.

d) adição, na qual a expressão ―no pé da favela‖ consiste numa sinestesia, ou seja,


uma forma de linguagem a partir de diferenças sensoriais.

e) consequência, na qual a expressão ―no pé da favela‖ consiste numa ironia, ou


seja, uma alusão crítica ao local descrito no texto.
158) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a conjunção ―mas‖ tenha sido empregada em um


contexto que aponta para uma perspectiva positiva e otimista.

a) Vivemos tempos tranquilos, mas ainda passaremos por tempos difíceis.

b) O momento é de recessão, mas a crise séria mesmo ainda não chegou.

c) O Brasil já teve economia forte, mas agora as notícias não são animadoras.

d) Nosso país está doente, mas a cura está em nossas mãos.

e) A crise econômica brasileira é grave, mas ainda tende a piorar.

159) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

As preposições servem para relacionar dois termos de uma mesma oração e


estabelecer uma relação de sentido entre eles. Assinale a alternativa em que a
expressão destacada é uma preposição com valor de finalidade.

a) ... os otimistas preferem falar sobre o futuro.

b) Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista...

c) ... o otimista encontra nele os elementos para alavancar o futuro.

d) ... envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção...

e) Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.

160) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.
A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

O vocábulo Tampouco, em destaque no terceiro parágrafo, pode ser substituído,


sem prejuízo do sentido, por

a) Porém.

b) Tanto que.

c) Também não.

d) Portanto.

e) No entanto.
161) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
[...]

Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que
ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que
você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. [...]

Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante.

(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em


http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

No final do texto – É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é


fascinante. –, em relação à oração anterior, o emprego da conjunção mas expressa
uma

a) adição.

b) contradição.

c) conclusão.

d) condição.

e) explicação.
162) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A moça e o trem

O trem de ferro
passa no campo
entre telégrafos.
Sem poder fugir
sem poder voar
sem poder sonhar
sem poder ser telégrafo.
A moça na janela
vê o trem correr
ouve o tempo passar.
O tempo é tanto
que se pode ouvir
e ela o escuta passar
como se outro trem.
Cresce o oculto
elástico dos gestos:
a moça na janela
vê a planta crescer
sente a terra rodar:
que o tempo é tanto
que se deixa ver.

(João Cabral de Melo Neto. Poesia completa e prosa.


Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 2008, p. 48, 49)

Considere os trechos:

 O tempo é tanto / que se pode ouvir (2ª estrofe)


 [...] o tempo é tanto / que se deixa ver. (3ª estrofe)

Em ambos os trechos, o termo que introduz ideia de

a) consequência.
b) explicação.
c) concessão.
d) finalidade.
e) proporção.
163) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Para que haja relação de concessão entre as ideias, as duas últimas frases do
texto devem ser reescritas da seguinte forma:

a) Para Miyazaki, continuar voando é um luxo, visto que ele recebe um salário um
terço menor do que antes de se aposentar.

b) Para Miyazaki, continuar voando é um luxo, ainda que ele receba um salário um
terço menor do que antes de se aposentar.

c) Para Miyazaki, continuar voando é um luxo, de sorte que ele recebe um salário
um terço menor do que antes de se aposentar.

d) Para Miyazaki, continuar voando é um luxo, por conseguinte ele recebe um


salário um terço menor do que antes de se aposentar.

e) Para Miyazaki, continuar voando é um luxo, desde que ele receba um salário um
terço menor do que antes de se aposentar.

164) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.

Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento


que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.

Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.

Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a


velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.
Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.

Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.

Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que


nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.

Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um.

Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com
certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.

(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/


colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)
¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

Considere os trechos do texto para responder à questão.


Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da
sociedade e boas universidades.
... como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma e do Estado, na
Europa Medieval...

As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e


respectivamente, as relações de:
a) meio; concessão; modo.
b) lugar; reciprocidade; especificação.
c) especificação; concessão; companhia.
d) reciprocidade; instrumento; modo.
e) direção; falta; companhia.
165) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Comandante aposentado não deixa o cockpit

Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés.
Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o
posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.

Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia
regional do Japão. ―Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu
continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?‖

O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a


trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O
país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante
população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de
natalidade.

Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia.
Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de
trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns
países da Europa.

A economia japonesa está começando a se recuperargraças à demanda das


exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A
taxa de desemprego é de 2,8%.

Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência


Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o
benefício.

Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no


Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de
suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao
longo do crescimento profissional.

Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo


emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.

(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)


No 2º parágrafo, em – ...mas eu continuo saudável, amo voar, então, enquanto
eu puder, por que não? –, os termos destacados expressam, correta e
respectivamente, as ideias de:

a) oposição, conclusão e tempo.

b) oposição, comparação e conformidade.

c) consequência, causa e simultaneidade.

d) condição, conclusão e conformidade.

e) condição, comparação e tempo.

166) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

A noite baixou de supetão e uma friagem seca cobriu as cercanias do gentio do


Ouro e de Xique-Xique, a umas boas léguas das barrancas do São Francisco, em
que o arraial se esconde pelo meio dos montes. Esconde-se porque é um arraial
fora da lei, cafua de bandidos, jagunços fugidos e cangaceiros, onde ninguém
dorme nu e sem arma na mão e só se entra com permissão. Agora que a caatinga
recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de sereno e até a poeira das três
ruas assentou, nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões,
atravessando os quadradinhos formados pelas varas das paredes dos casebres de
sopapo. Rua do Meio acima, uma fogueira arde no alpendre do casarão arruinado,
de paredes de alvenaria e telhado ainda prestante, que todos chamam de Tapera
do Andrade, embora ninguém saiba o motivo. A história do Arraial de Santo Inácio
é desconhecida, assim como é desconhecida a maior parte da história destas
paragens e do povo que nelas habita.

(João Ubaldo Ribeiro, Viva o povo brasileiro. Adaptado)

A passagem – ...embora ninguém saiba o motivo. – pode ser substituída, sem


prejuízo de sentido e com correção, por:

a) ... contanto que ninguém sabe porquê.

b) ... mesmo que ninguém saiba porquê.

c) ... desde que ninguém sabe por quê.

d) ... a menos que ninguém saiba porquê.

e) ... apesar de ninguém saber por quê.


167) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa
biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras
fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a
vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão
mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir
uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Nas frases:

Só que os motivos para se refugiar no escuro raramente são divulgados.

As melhores festas acontecem dentro do nosso apartamento.

– as preposições em destaque indicam, respectivamente, ideia de

a) intensidade e modo.

b) causa e lugar.

c) finalidade e lugar.

d) modo e modo.

e) modo e tempo.

168) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

Na fala do segundo quadrinho – Aposto que é porque ele fica muito feroz quando
nota que tem alguém estranho em casa. –, as conjunções destacadas introduzem
relações de sentido respectivamente de
a) explicação e modo.

b) causa e modo.

c) modo e condição.

d) condição e explicação.

e) causa e tempo.

169) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia


desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da
Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão
estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei
(GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e
restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de


privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo
para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e
outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para
começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela
iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla
margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

O termo destacado na frase ―... criaram leis para proteger os dados pessoais de
seus cidadãos.‖ expressa

a) a finalidade da criação das leis.

b) o modo como as leis foram criadas.

c) o meio utilizado na criação das leis.

d) o tempo em que as leis foram criadas.


170) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas
enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de
Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos


amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é
bastante trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.

Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme ―Cartas para Julieta‖ (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a
mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.

Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.


Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.

(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Considere os trechos do texto.

Junto à casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. (1º parágrafo)

… e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas… (1º


parágrafo)

… nos anos de 1980 a entidade foi criada oficialmente com apoio do governo. (4º
parágrafo)
As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e
respetivamente, as relações de:

a) posse, finalidade e companhia.

b) posse, movimento e causa.

c) lugar, finalidade e causa.

d) consequência, movimento e companhia.

e) lugar, finalidade e simultaneidade.

171) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia as notícias 1 e 2 para responder à questão.

Notícia 1

A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença. A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana,
não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno
– exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), sendo mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.

Na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, pelo menos 40 mil
animais foram mortos desde agosto em razão da doença. Quarto maior exportador
mundial, o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo
um mercado-chave para importadores. Hoje, cerca de 20% dos embarques
brasileiros de carne suína têm como destino a China, seguido de Hong Kong, que
responde por percentual semelhante.

(Joana Colussi. “Brasil reforça vigilância para manter peste suína africana
longe do país”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 21.09.2018. Adaptado)

Notícia 2

O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos,


receberá a ajuda de um cão treinado para evitar a entrada de produtos
contaminados que possam espalhar a peste suína e a febre aftosa pelo país. Thor,
um labrador, ajudará os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no
posto de Vigilância Internacional Agropecuária (Vigiagro) do aeroporto na
fiscalização de cargas e bagagens que chegam ao terminal.

No processo de fiscalização, os auditores avaliam a procedência do voo, o ponto de


origem onde se inicia a viagem, o perfil dos passageiros, as características das
cargas e bagagens e a possibilidade de conterem produtos que ofereçam riscos
relativos à introdução destas doenças no país.

―A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos. A partir daí, o Thor entra em ação e nos ajuda
na identificação e apreensão destes produtos por meio do faro muito sensível‖,
disse o auditor-fiscal Angelo de Queiroz, coordenador da operação.

(Camila Boehm. “Aeroporto recebe ajuda de labrador para evitar entrada


de peste suína”. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a palavra destacada exprime finalidade.

a) A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença.

b) … pelo menos 40 mil animais foram mortos desde agosto em razão da doença.

c) … o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo um


mercado-chave para importadores.

d) … os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no posto de Vigilância


Internacional Agropecuária (Vigiagro)…

e) A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos.

172) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

As pessoas, de um modo geral, sempre reagem quando ______ mudanças.


Ninguém gosta de mudar seus hábitos, nem ver alteradas suas rotinas. E muito
menos quando as mudanças não são suficientemente entendidas. ______ vezes a
reação ______ mudanças se torna até mesmo irracional, assumindo formas
violentas, ou curiosas.

Em janeiro de 1874, o Brasil aderiu ao sistema métrico decimal, que começava


______ se impor como um novo padrão universal de pesos e medidas, e decretou
ao povo o uso do novo padrão, sem esclarecer o povo sobre as novas exigências
internacionais. Surgiu assim uma grande revolta contra essa mudança.

(Eloy Terra, Crônicas pitorescas da história do Brasil 500 anos. Adaptado)


Considere a seguinte passagem do texto: ... decretou ao povo o uso do novo
padrão sem esclarecer o povo sobre as novas exigências internacionais. Surgiu
assim uma grande revolta contra essa mudança.

Nesse trecho, as preposições ―sem‖ e ―contra‖ expressam, respectivamente, as


noções de

a) atitude e certeza.

b) tempo e contrariedade.

c) exceção e adesão.

d) privação e oposição.

e) procedência e defesa.

173) Concurso: Ass /AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Nas orações ―Um dia cheguei para a aula…‖ (1º parágrafo) e ―… que me encantava
com suas frases.‖ (2º parágrafo), as preposições em destaque formam expressões
cujos sentidos são, respectivamente, de

a) causa e consequência.

b) finalidade e causa.

c) lugar e modo.

d) finalidade e dúvida.

e) lugar e causa.

174) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se receber uma visita, a primeira coisa é


abrir-lhe a porta. Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto.

A introdução encerra, implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será


desenvolvida. Para tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há por que
se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o auditório.
Acender os flashes principais da exposição, prestando atenção para o ponto de
partida. Preparar-se para a marcha inicial. Não se começa a viagem sem se saber o
destino; fazem-se provisões e previsões; avisam-se os amigos e hotéis.

A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta...


Introduzir é convidar. Mas para que se possa pensar ―o que vou dizer‖ é preciso
haver refletido sobre o assunto.

(Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado)

* de chofre: repentinamente
Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma -padrão e o sentido, há
correta sequência para a frase final do texto:

Mas para que se possa pensar “o que vou dizer” é preciso haver refletido sobre o
assunto,

a) pois anunciar pressupõe reflexão prévia.

b) porém anunciar dispensa reflexão posterior.

c) caso anunciar exige reflexão anterior.

d) ou anunciar exigiria reflexão futura.

e) ainda que anunciar exija reflexão concomitante.

175) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)
O trecho ―Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele.‖ está reescrito de forma a
apresentar a primeira afirmação como causa da segunda em:

a) Como não havia tomate cereja, vivíamos sem ele.

b) Não havia tomate cereja; contudo, vivíamos sem ele.

c) Mesmo não havendo tomate cereja, vivíamos sem ele.

d) Não havia tomate cereja e, no entanto, vivíamos sem ele.

e) Embora não houvesse tomate cereja, vivíamos sem ele.

176) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se receber uma visita, a primeira coisa é


abrir-lhe a porta. Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto.

A introdução encerra, implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será


desenvolvida(D). Para tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há por
que se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o
auditório(A). Acender os flashes principais da exposição, prestando atenção para o
ponto de partida. Preparar-se para a marcha inicial. Não se começa a viagem sem
se saber o destino(B); fazem-se provisões e previsões; avisam-se os amigos e
hotéis.

A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta...


Introduzir é convidar(C). Mas para que se possa pensar ―o que vou dizer(E)‖ é
preciso haver refletido sobre o assunto.

(Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado)

* de chofre: repentinamente

Na introdução do texto lido, as informações organizam-se por meio de uma

a) oposição, recurso também presente na passagem: ―Não há por que se precipitar


de chofre sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o auditório.‖

b) comparação, recurso também presente na passagem: ―Preparar-se para a


marcha inicial. Não se começa a viagem sem se saber o destino‖.

c) síntese, recurso também presente na passagem: ―A introdução é o espaço onde


se anuncia, se coloca, se promete, se desperta... Introduzir é convidar.‖
d) explicação, recurso também presente na passagem: ―A introdução encerra,
implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será desenvolvida.‖

e) hipótese, recurso também presente na passagem: ―Mas para que se possa


pensar ―o que vou dizer‖ é preciso haver refletido sobre o assunto.‖

177) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?
A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

Considere os trechos do texto.

• Quando se é jovem e se disputam atenções... (2º parágrafo)

• A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos... (último parágrafo)

Os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente e sem alteração do


sentido original do texto, por:

a) Conforme; se.

b) Porque; assim.

c) Como; portanto.

d) Enquanto; todavia.

e) Para que; porém.

178) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo
confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a preposição em destaque inicia uma expressão


indicativa de lugar.

a) Sete horas da noite era hora de uma pessoa acabar de jantar...

b) ... inventar uma besteira qualquer para fazer.

c) Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela...

d) ... que televisão seja máquina de fazer doido.

e) ... para depois pegar uma sessão das 8 no cinema.

179) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),


o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,


custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.

―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.

(http://g1.globo.com. Adaptado)
O projeto de Stephen Hawking tem previsão para ser realizado __________ 10
anos.

Para que a frase reproduza as informações do texto, a lacuna deverá ser


preenchida com:

a) a partir de

b) em menos de

c) durante

d) desde

180) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 afirma que, em 2050, teremos


mais plástico nos oceanos do que peixes. Segundo o documento, a cada ano
despejamos 8 milhões de toneladas de plástico. É uma caçamba de caminhão de
lixo sendo jogada nas águas por minuto. Se nada for feito, a expectativa é de que
pule para duas por minuto em 2030 e para quatro em 2050. Hoje, diz o relatório,
temos mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

(Estevão Bertoni. Galileu. https://revistagalileu.globo.com. 29.08.2018. Adaptado)

Com relação ao que se afirma anteriormente, a frase ―É uma caçamba de caminhão


de lixo sendo jogada nas águas por minuto.‖ corresponde a uma

a) finalidade.

b) justificativa.

c) causa.

d) ilustração.

e) contestação.
181) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000


soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres
espalhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês
e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18
de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão
Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática
das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista
brilhante.

(Veja, 17.06.2015)

Nas passagens – Em um campo enlameado... – e – Em 1815... –, a preposição Em


está formando expressões que reportam, respectivamente, às circunstâncias de

a) modo e tempo.

b) lugar e meio.

c) lugar e tempo.

d) modo e lugar.

Conjunção

182) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.
Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera
1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

Na frase ―Um casaco de lã de poliéster libera 1 milhão de fibras, enquanto um par


de meias de náilon é responsável por 136 mil fibras a cada lavagem...‖, o termo em
destaque pode ser substituído corretamente, sem alteração de sentido, por

a) assim que.

b) tanto como.

c) de modo que.

d) a fim de que.

e) à medida que.
183) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.
Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.
Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas
para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.
O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à
capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.
Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no
princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.
(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

Na passagem – Logo, encontrar soluções concretas para a expansão da oferta de


transporte público…–, o termo em destaque pode ser corretamente substituído,
sem alteração de sentido do texto original, por:

a) no entanto.
b) além disso.
c) portanto.
d) pois.
e) apesar disso.
184) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O empresário Luiz Figueiredo usou 1 150 painéis solares para cobrir o lago de sua
fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas
no teto de sua casa, o que lhe permitiu se livrar da conta de luz. No Rio, uma
escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que
consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo país e têm
garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Do ponto de vista climático, as condições são favoráveis, uma vez que a irradiação
solar no Brasil é ideal para a produção elétrica. Ainda que hoje o mercado de
equipamentos para captação de energia solar engatinhe no país, as condições
climáticas propícias, aliadas ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada
vez mais aptos a gerar a própria energia, têm provocado uma corrida das empresas
para conquistar um pedaço desse mercado.

(Renée Pereira. “Energia solar avança no Brasil e atrai empresas”.


https://economia.estadao.com.br, 01.07.2018. Adaptado)

A locução ―ainda que‖, em destaque no segundo parágrafo do texto, é usada, no


período em que se encontra, para estabelecer entre as orações uma relação de

a) oposição.

b) concessão.

c) explicação.

d) conclusão.

e) exemplificação.
185) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.

Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.

Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de


algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.

Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)

A expressão em destaque no trecho ―Nada disso me faz falta, assim como o livro e
a livraria a eles.‖ estabelece relação entre as orações com sentido de

a) proporção.
b) finalidade.
c) causa.
d) comparação.
e) condição.
186) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

As conjunções em destaque nas frases:

• Quando eu vejo o montante do fundo partidário, sou percorrido por uma dor
muito forte.

• O que mais precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que
patrimônio é algo que se vai para sempre? – assumem, respectivamente, ideia de

a) tempo e causa.

b) causa e consequência.

c) finalidade e concessão.

d) tempo e finalidade.

e) tempo e conformidade.

187) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

(Duke. Em: www.otempo.com.br)


Na organização do enunciado do cliente, a oração ―pra discutir política nas redes
sociais‖ expressa sentido de

a) causa.

b) oposição.

c) alternância.

d) finalidade.

e) consequência.

188) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Clareza, objetividade e sinceridade são as características de quem é assertivo. É ser


uma pessoa transparente em intenções e colocações. Olhar no olho ao conversar,
voltar-se à pessoa com quem fala (postura) e usar palavras alinhadas à expressão
facial e tom de voz firme, claro e moderado revela este aspecto durante a
comunicação.

Para Marcos Gross, autor do livro Dicas Práticas de Comunicação: Boas Ideias para
os Relacionamentos e os Negócios, são raros os profissionais com essas qualidades,
já que a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo. ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações por dizer
o que penso?‖

Mas, pondera, engolir sapos faz mal à saúde. ―Quando um colaborador não se
permite expressar suas opiniões, desenvolve gastrite, dores na coluna, alergias,
hipertensão, estresse, entre outros problemas‖, escreve.

(Camila Pati, “As cinco regras de ouro da boa comunicação”. Exame. Em:
https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Preservando-se o sentido expresso pela conjunção destacada, assinale a alternativa


em que se reescreve corretamente a passagem ―Para Marcos Gross, [...] são raros
os profissionais com essas qualidades, já que a capacidade de ser assertivo está
sujeita a situações de poder no ambiente corporativo.‖

a) Para Marcos Gross, são raros os profissionais com essas qualidades, caso a
capacidade de ser assertivo esteja sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo.
b) Para Marcos Gross, são raros os profissionais com essas qualidades, embora a
capacidade de ser assertivo esteja sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo.

c) Para Marcos Gross, a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de


poder no ambiente corporativo, entretanto são raros os profissionais com essas
qualidades.

d) Para Marcos Gross, como a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações
de poder no ambiente corporativo, são raros os profissionais com essas qualidades.

e) Para Marcos Gross, a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de


poder no ambiente corporativo, portanto são raros os profissionais com essas
qualidades.

189) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro

Considere o seguinte trecho do texto:

Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. (último parágrafo).

O termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, corretamente,


por

a) Embora

b) Ou seja

c) Caso

d) Assim como

e) Pois
190) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem online e paguem
pelo que gostam de fazer online, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
online e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Considere os 10 argumentos de Lanier, no último parágrafo do texto, para


responder à questão.

Assinale a alternativa que dá continuidade à frase, introduzindo a ideia de condição.

Largar as redes sociais é a maneira mais certeira, ___caso queira resistir à


insanidade__ .

a) quando quiser resistir à insanidade

b) caso queira resistir à insanidade

c) por mais que queira resistir à insanidade

d) para que resista à insanidade

e) a fim de resistir à insanidade

191) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.
Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)

Nas orações ―quando falei aqui do livro de Zinsser‖ (1° parágrafo) e ―mas não se
trata disso‖ (5° parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e
respectiva mente, relações de sentido de

a) comparação e adição.

b) tempo e oposição.

c) conclusão e consequência.

d) tempo e adição.

e) comparação e oposição.

192) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.

Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes


vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a segunda parte da frase expressa, com relação à


primeira, uma consequência.

a) Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram / ou onde estavam em
qualquer momento da vida.

b) Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos pessoais com tantos


detalhes e com uma exatidão tão perfeita / que são comparáveis a uma gravação.

c) As pesquisas ainda estão em andamento, / já que existem poucos indivíduos


com a síndrome no mundo, e a área ainda é relativamente nova. (3o parágrafo)

d) Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes


vívidos, o que é fascinante em termos científicos, / mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome.

e) ―No começo de todo mês, eu escolho todas as melhores memórias / que tive
naquele mês em outros anos‖.
193) Concurso: Aux A/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Quanto à indicação, entre parênteses, do sentido estabelecido pelo termo em


destaque nas frases do texto, assinale a alternativa correta.

a) … entro num botequim para tomar um café junto ao balcão. (explicação)

b) A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. (causa)

c) E enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas.


(conformidade)

d) Como num gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e


sopra... (conclusão)

e) … vacila, ameaça baixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar... (oposição)

194) Concurso: Aux A/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Mesmo com solavancos, a cada década o Brasil melhora um pouco nos principais
termômetros que medem o patamar de desenvolvimento. Mas em um indicador
específico o país patina de modo tão surpreendente e vergonhoso que ganhou
destaque em um recente relatório do Fundo de População da ONU: a alta ocorrência
de gravidez na adolescência. A cada cinco mulheres que engravidam no Brasil, uma
não é adulta. A gravidez nessa etapa da vida custa caro ao país – em decorrência
do fato de grande parte dessas mães estar fora da escola e do mercado de trabalho
e de os bebês nascerem privados de estímulos certos.

(Monica Weinberg, Veja, 15.11 2.017. Adaptado)


Nas passagens – (I) Mesmo com solavancos, a cada década o Brasil melhora um
pouco... e (II) Mas em um indicador específico o país patina de modo tão
surpreendente e vergonhoso que ganhou destaque em um recente relatório...
–, os trechos destacados imprimem, nos contextos, relações de sentido de

a) (I) causa; (II) consequência.

b) (I) concessão; (II) condição.

c) (I) modo; (II) causa.

d) (I) condição; (II) modo.

e) (I) concessão; (II) consequência.

195) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da


humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena
aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por
desenvolver inventos do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no
Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel
em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma


universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do
conhecimento científico. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber
o título de ―Sir‖, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em
1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada
para a época.

No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a


Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou
fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma
macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na
sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – e formulou a Lei da Gravitação
Universal, que explica a força da gravidade. Com essa descoberta, Newton deu
início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para
a vida: ―nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado‖.

(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas


de Isaac Newton. 17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)
Em – Por 18 meses, a universidade ficou fechada, e Newton voltou para casa. (3º
parágrafo) –, a conjunção destacada pode ser substituída, preservando-se a relação
de sentido que estabelece entre as orações, por:

a) caso.

b) segundo.

c) portanto.

d) embora.

e) contanto.

196) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.
E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – ―Meu filho,


vem cedo, que eu quero ver os blocos.‖ – empregando conjunção que expressa
o sentido do original.

a) Meu filho, vem cedo, portanto eu quero ver os blocos.

b) Meu filho, vem cedo, mas eu quero ver os blocos.

c) Meu filho, vem cedo, pois eu quero ver os blocos.

d) Meu filho, vem cedo, apesar de eu querer ver os blocos.

e) Meu filho, vem cedo, quando eu quero ver os blocos.

197) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(André Dahmer. Folha de S.Paulo, 02.03.2018)


A frase em que a palavra ―como‖ está empregada com o mesmo sentido que tem
na fala do primeiro quadrinho é:

a) Como eu previa, ele passou a ver televisão todas as noites.

b) Tudo na casa continua como ela deixou ao viajar.

c) Não se sabe como o celular dele foi parar na mão do garoto.

d) Como vamos resolver esse assunto, só Deus sabe!

e) Como ninguém conseguia contê-lo, ele se metia em confusões.

198) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.

Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada está empregada para
introduzir uma ideia que se contrapõe à ideia anteriormente expressa.

a) ... tenho constatado que muitas mulheres brasileiras reproduzem e fortalecem,


consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação masculina.

b) ... o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis que aprisionam a


maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos não são tão
livres assim...

c) Nessa lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre
superiores...

d) ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para
se libertar.

e) ... afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas mulheres
preferem a prisão...

199) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no


ano de 2010, 50 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de
trânsito com algum traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que
teremos 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030.

(www.sbotrj.com.br. Adaptado)

A expressão ―Se nada for feito‖ pode ser substituída, sem alteração de sentido e
conforme a norma-padrão da língua, por

a) Apesar de nada ser feito.

b) Pois que nada foi feito.

c) Portanto nada fosse feito.

d) Caso nada seja feito.

e) Segundo nada seria feito.


200) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Por que o criador do botão „curtir‟ do Facebook apagou as redes sociais do celular

A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos,
conscientemente, prestar atenção nela. ―Em todos os outros casos, deve ficar fora
do nosso caminho.‖

Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o
executivo responsável pela criação do botão ‗curtir' nos primórdios do Facebook, há
mais de dez anos.

Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook


ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na
vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais,
aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais ―presença‖ no
mundo off-line.

Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto
critica, responde: ―Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir,
haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita
atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado‖.

(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

A expressão destacada em ―A tecnologia só deve prender nossa atenção nos


momentos em que nós queremos‖ (1º parágrafo) pode ser substituída, com o
sentido preservado, por

a) até que.

b) quando.

c) onde.

d) tanto que.

e) embora.
201) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
Os dois-pontos na frase ―A diferença é que agora tudo acontece muito mais rápido:
desde 2010, o número de robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano‖
introduzem uma

a) conclusão, podendo ser substituídos por ―portanto‖.

b) explicação, podendo ser substituídos por ―pois‖.

c) condição, podendo ser substituídos por ―se‖.

d) concessão, podendo ser substituídos por ―conquanto‖.

e) oposição, podendo ser substituídos por ―porém‖.

202) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.
Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em
condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que substitui a expressão em destaque na passagem ― ...


ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica.‖, preservando a
relação de sentido do original.

a) mas

b) desde que

c) até

d) pois

e) como

203) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.
A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se
elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Considere o último parágrafo do texto para responder à questão.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

A expressão ―uma vez que‖, em destaque, estabelece entre as frases relação com
sentido de

a) conclusão.

b) conformidade.

c) condição.

d) causa.

e) oposição.
204) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Assinale a alternativa que substitui a conjunção destacada na passagem ―Aí foram


buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a
participar da execução.‖, preservando a relação de sentido do original.

a) portanto
b) porém
c) embora
d) pois
e) caso
205) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.

O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games


devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)

Considere a relação de sentido estabelecida pelos vocábulos destacados nas


seguintes passagens do texto:

 ― ... esse período pode ser diminuído se os sintomas forem muito graves.‖
(2º parágrafo)
 ―É muito significativo, porque cria a oportunidade de termos serviços mais
especializados.‘ ‖ (3º parágrafo)
Com relação às afirmações que os antecedem, os vocábulos ―se‖ e ―porque‖
introduzem, respectivamente, ideias de

a) hipótese e consequência.

b) modo e oposição.

c) conformidade e proporção.

d) condição e explicação.

e) tempo e concessão.

206) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

Na fala do personagem no segundo quadrinho ―Apesar da aparência, sou um


homem ultramoderno!‖, a expressão destacada estabelece entre as informações
relação de sentido de

a) comparação.

b) finalidade.

c) consequência.

d) conclusão.

e) concessão.
207) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.

Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há


dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)


Na frase que inicia o 7º parágrafo – A construção civil não conseguiu se recuperar e
ainda desemprega. –, além do sentido de adição, a conjunção ―e‖ expressa também
sentido de

a) condição.

b) consequência.

c) alternância.

d) causa.

e) explicação.

208) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o


homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.


Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou
mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)

Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão em destaque, nos trechos do


texto, apresenta ideia de condição.

a) Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco.

b) E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes baladeiros: o barulho da


chave abrindo a fechadura da porta.

c) O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado.


Ou mesmo a chegada da pizza.

d) E aguardaram. Até que o garoto escutou um barulho lá fora.

e) Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

209) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.
O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de
acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

O vocábulo destacado em – Como essas cidades não se adaptariam facilmente ao


uso de carros autônomos, por causa da falta de infraestrutura, a alternativa seria
chegar a um transporte mais limpo... – estabelece relação de

a) oposição, com sentido equivalente a: ―Ao passo que‖.

b) causa, com sentido equivalente a: ―Tendo em vista que‖.

c) finalidade, com sentido equivalente a: ―A fim de que‖.

d) comparação, com sentido equivalente a: ―Do mesmo modo que‖.

e) concessão, com sentido equivalente a: ―Ainda que‖.


210) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)
* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Assinale a alternativa em que a palavra ou expressão em destaque no trecho do


texto apresenta ideia de condição.

a) Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas gerações


estarão ameaçadas.

b) Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas operações das
empresas.

c) ... enquanto a empresa fabrica novos produtos com menos custos e insumos.

d) ... já que novas oportunidades de negócios são geradas e há uma inserção


maior no mercado de trabalho.

e) O potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

211) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.
O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e
segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”. www.bbc.com,


27.06.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a primeira parte da frase expressa, em relacão à


segunda, noção temporal.

a) E se rir com os colegas / for algo que favoreça a colaboração da equipe?

b) Muitos mamíferos manifestam reações semelhantes ao riso, / mas podem ser


interrompidos por causa de certos estados emocionais.

c) Isso é importante, / pois há pesquisas indicando que um cérebro relaxado


associa livremente as ideias com mais facilidade.

d) Quando nossos cérebros estão relaxados, / conseguimos associar livremente as


ideias com mais facilidade.

e) Uma breve gargalhada / aumentava em 20% a taxa de resolução dos testes.


212) Concurso: Of Adm I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O empresário Luiz Figueiredo usou 1 150 painéis solares para cobrir o lago de sua
fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas
no teto de sua casa, o que lhe permitiu se livrar da conta de luz. No Rio, uma
escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que
consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo país e têm
garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Do ponto de vista climático, as condições são favoráveis, uma vez que a irradiação
solar no Brasil é ideal para a produção elétrica. Ainda que hoje o mercado de
equipamentos para captação de energia solar engatinhe no país, as condições
climáticas propícias, aliadas ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada
vez mais aptos a gerar a própria energia, têm provocado uma corrida das empresas
para conquistar um pedaço desse mercado.

(Renée Pereira. “Energia solar avança no Brasil e atrai empresas”.


https://economia.estadao.com.br, 01.07.2018. Adaptado)

A locução ―ainda que‖, em destaque no segundo parágrafo do texto, é usada, no


período em que se encontra, para estabelecer entre as orações uma relação de

a) oposição.

b) concessão.

c) explicação.

d) conclusão.

e) exemplificação.
213) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa
biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras
fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a
vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão
mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir
uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Assinale a alternativa que completa o trecho a seguir, com uma frase que introduz
ideia de condição.

Fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça,

a) porque não cultivamos amigos leais, músicas, livros e fantasias.


b) se não cultivarmos amigos leais, músicas, livros e fantasias.
c) mas não cultivamos amigos leais, músicas, livros e fantasias.
d) antes de cultivarmos amigos leais, músicas, livros e fantasias.
e) pois não cultivamos amigos leais, músicas, livros e fantasias.

214) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.

A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão


do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.

Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram


reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.

Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a


empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.

―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.

Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em


sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.

(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.


Adaptado)
● ―Se a empresa não administrar bem as prioridades...‖

Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase, o termo ―Se‖, em destaque,


está adequadamente substituído, sem alteração do sentido original do texto e de
acordo com a norma-padrão da língua.

a) Caso a empresa não administre bem as prioridades...

b) Para a empresa não administrar bem as prioridades...

c) Por isso a empresa não administra bem as prioridades...

d) Contudo a empresa não administra bem as prioridades...

215) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia a tirinha.

(Bill Watterson. O melhor de Calvin, 09.11.2016. http://m.cultura.estadao.com.br)


No primeiro quadrinho, os comentários ―Já que sua mãe está doente‖ e ―hoje eu
farei o jantar‖ estabelecem entre si relação de
a) causa e consequência.
b) condição e conformidade.
c) finalidade e modo.
d) conclusão e concessão.
e) proporção e explicação.

216) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto
qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais
revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa
atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.
Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.
Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o
engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)


Sem prejuízo de sentido do texto, no último parágrafo ―Ainda que fulgurante, a
ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o desmatamento.‖, o trecho
destacado pode ser substituído por:

a) Caso seja fulgurante

b) Como é fulgurante

c) Apesar de ser fulgurante

d) Enquanto for fulgurante

e) Conforme seja fulgurante

217) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de


mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)


Considere o seguinte trecho do texto:
Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria
um livro, escutava um disco…
Nesse segmento, a frase – Se já trabalhasse em casa – estabelece
a) uma conclusão do autor sobre as ações de abrir um livro ou escutar um disco
após terminar de escrever.
b) uma explicação do autor quanto às ações de abrir um livro ou escutar um disco
após terminar de escrever.
c) uma condição para que o autor realizasse as ações de abrir um livro ou escutar
um disco após terminar de escrever.
d) uma consequência para as ações do autor de abrir um livro ou escutar um disco
após terminar de escrever.
e) a finalidade do autor ao realizar as ações de abrir um livro ou escutar um disco
após terminar de escrever.

218) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida
Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a
ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.
Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.
Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria
um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.
Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de
mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.
Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)
O termo em destaque na frase – É por isso que nem lhe chego perto… – forma
uma expressão indicativa de

a) causa.

b) modo.

c) estado.

d) oposição.

e) finalidade.

219) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

É correto afirmar que a expressão – contudo –, destacada no quinto parágrafo,


estabelece uma relação de sentido com o parágrafo

a) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do modelo de escritórios


abertos.

b) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das empresas que adotaram o


modelo de escritórios abertos.

c) anterior, introduzindo informações que se contrapõem à visão positiva acerca


dos escritórios abertos.

d) posterior, contestando com dados estatísticos o formato tradicional de escritório


fechado.

e) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com base em resultados de


pesquisas.

220) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes
quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o
barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta
seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a
mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre
arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde


jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu Abriu-os e viu bem junto de
sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e
que era da boca da mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A
vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.


Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e
tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Na passagem do 4ª parágrafo – Não sabia como e por que mas agora se sentia
mais perto da água, pressentia- a mais próxima – as expressões destacadas
trazem ao contexto, correta e respectivamente, as ideias de

a) comparação, causa e tempo.

b) modo, dúvida e lugar.

c) comparação, dúvida e tempo.

d) modo, causa e intensidade.

e) modo, causa e lugar.


221) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da


internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)


Entre as alternativas elaboradas a partir das ideias do último parágrafo, assinale
aquela em que a expressão destacada indica finalidade.

a) Um elogio, se feito com displicência, pode ser compreendido ironicamente.

b) Fazer elogios é uma atitude saudável, porém deve ser caracterizada por
franqueza e espontaneidade.

c) Para que um elogio seja interpretado sem ambiguidades, não pode ser feito
com descaso.

d) Ainda que seja atitude positiva, o elogio deve ser feito de forma clara e sem
dar margem a ambiguidades.

e) Como um elogio pode ser mal compreendido, é essencial que ele seja feito com
clareza.

222) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto ―Procura-se restaurante sem TV‖, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

No sétimo parágrafo, em ―O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as


famílias pareciam estar gostando do programa.‖, os dois-pontos introduzem na
frase

a) uma suposição e podem ser substituídos corretamente por ―portanto‖.

b) uma citação e podem ser substituídos corretamente por ―porque‖.

c) uma advertência e podem ser substituídos corretamente por ―todavia‖.

d) uma justificativa e podem ser substituídos corretamente por ―pois‖.

e) um esclarecimento e podem ser substituídos corretamente por ―entretanto‖.

223) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Funcionário novo deve evitar ser invasivo

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sempre é a que fica. Para os


novatos ansiosos em mostrar serviço, saber disso pode ajudar a controlar as
expectativas.
―As empresas costumam ser complacentes com quem está começando. Ninguém é
excepcional na primeira semana. O desempenho se mostra no dia a dia‖, diz a
psicóloga Myrt Cruz.
Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de trabalho de forma tranquila, é
preciso anotar tudo: tarefas, sistemas utilizados e nomes de chefes, colegas e
clientes.
A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há alguns meses por um
escritório de advocacia. ―Eu me sentia bobo, não sabia nem usar a impressora.‖
A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava saindo de uma empresa
grande e indo para uma menor, para assumir mais responsabilidades.
Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e foi mais simples do que
ele pensava.
Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. Isso vale inclusive na hora
de tirar dúvidas. É preciso bom senso para não importunar colegas ou invadir o
espaço do outro.
―Tento estar sempre dentro das conversas da equipe.
Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas a outra é observação‖,
diz Natalia C., 27, contratada por uma agência de publicidade.
Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é fundamental ser humilde
e mostrar boa vontade. ―Cada vez mais precisamos de profissionais sem frescura,
que façam o que precisa ser feito.‖
Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas considera que sua
motivação foi essencial para garantir um aprendizado rápido. ―Não fiquei parada.
Tem que mostrar entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, mais
conteúdo vão te passar.‖
Já os profissionais mais velhos são contratados também pela bagagem que
adquiriram em empregos anteriores, todavia precisam tomar cuidado para não
deixar suas experiências passadas contaminarem o novo trabalho.
De acordo com Cruz, eles não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ainda
que essa maneira tenha funcionado antes. É preciso respeitar a cultura e a
identidade da empresa atual.
(Ana Luiza Tiegui. Folha de S.Paulo, 16.07.2017. Adaptado)

É necessário respeitar o perfil da empresa atual, _______ os profissionais mais


velhos não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ________ essa forma
tenha dado certo no passado.

Mantendo-se o sentido do texto, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas,


respectivamente, por:

a) por isso ... mesmo que

b) portanto ... tanto que

c) entretanto ... enquanto

d) assim ... à medida que

e) uma vez que ... exceto se


224) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge.

(Tom Toles. Folha de S.Paulo, 24.11.2013. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado, no trecho que completa a fala da


personagem, apresenta ideia de oposição.

a) ... desde que a pontualidade e o conforto para os clientes foram


reconsiderados.

b) ... todavia o espaço entre os assentos e o conforto para os passageiros


diminuíram.

c) ... por conseguinte os lucros devem ter aumentado consideravelmente.

d) ... porque a falta de espaço entre os assentos e o desconforto não incomodam


os passageiros.

e) ... como o número de assentos e de voos internacionais que elas disponibilizam.

225) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.

O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do


primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.

A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Para responder à questão, observe a relação de sentido entre as partes sinalizadas


na passagem a seguir.

(I) Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos
injuriosos, (II) Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou
ascensão social meteórica na capital.

É correto afirmar que as ideias expressas no trecho (I) estabelecem, com as ideias
do trecho (II), relação de sentido de

a) causa.

b) concessão.

c) modo.

d) consequência.

e) condição
226) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Andava na calçada quando vi uma mulher vindo em minha direção, grudada no


celular e sem, portanto, olhar por onde ia. Se não desviasse dela, fatalmente nos
chocaríamos. Como sou intimamente malvado, parei de repente e dei meia-volta,
como se olhasse para trás: a senhora em questão bateu de frente com minhas
costas. Eu tinha contraído o corpo para receber o impacto e resisti bem, ela entrou
em tilt*, o celular caiu, percebeu que tinha esbarrado em alguém que não podia vê-
la e que, portanto, a responsabilidade de desviar era dela. Balbuciou algumas
desculpas, enquanto eu respondia com humanidade: ―Não se preocupe, isso é
comum hoje em dia.‖

Espero que o celular tenha se quebrado ao cair e aconselho a quem se encontrar


numa situação parecida que se comporte como eu.

(Umberto Eco, O celular e a rainha de “Branca de Neve”.


Pape Satàn Aleppe – crônicas de uma sociedade líquida.)
* Entrar em tilt: entrar em pane.

A expressão em destaque na passagem – ... percebeu que tinha esbarrado em


alguém que não podia vê-la e que, portanto, a responsabilidade de desviar era
dela. – expressa a ideia de

a) explicação, podendo ser substituída, com coerência, por porém.

b) causa, podendo ser substituída, com coerência, por porque.

c) tempo, podendo ser substituída, com coerência, por então.

d) modo, podendo ser substituída, com coerência, por assim.

e) conclusão, podendo ser substituída, com coerência, por logo.

227) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.
A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe
festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

No primeiro parágrafo, em – Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro...


–, a expressão destacada indica tempo, como na frase da alternativa:

a) Aceitou a companhia do colega, se bem que não simpatizasse com ele.

b) Sentiu-se feliz, uma vez que o convidaram para a festa.

c) Trabalhou com afinco, portanto pôde pleitear o novo cargo.

d) Chegou cedo ao aeroporto, porém os voos estavam atrasados.

e) Logo que ele saiu de casa, começou um temporal.


228) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

A frase redigida de acordo com as ideias do texto está na alternativa:

a) Os metais polidos foram utilizados como espelhos rudimentares, caso a oxidação


do metal impedisse a boa nitidez das imagens.

b) Os metais polidos foram utilizados como espelhos rudimentares, portanto a


oxidação do metal impedia a boa nitidez das imagens.

c) Os metais polidos foram utilizados como espelhos rudimentares, para que a


oxidação do metal impedisse a boa nitidez das imagens.
d) Os metais polidos foram utilizados como espelhos rudimentares, porém a
oxidação do metal impedia a boa nitidez das imagens.

e) Os metais polidos foram utilizados como espelhos rudimentares, contanto que a


oxidação do metal impedisse a boa nitidez das imagens.

229) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)


Considere a frase a seguir para responder à questão abaixo.

As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no


ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no
passado. (1° parágrafo)

O trecho – que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado –


exprime ideia de

a) consequência.

b) condição.

c) quantidade.

d) finalidade.

e) causa.

230) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão.

(http://www.ivoviuauva.com.br/wp-content/uploads/2010/03/romeu-e-julieta.jpg. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho reescrito da mensagem de Julieta apresenta
ideia de causa.

a) Não tô morta, embora tenha tomado apenas um sonífero.

b) Não tô morta, caso tenha tomado apenas um sonífero.

c) Não tô morta, pois tomei apenas um sonífero.

d) Não tô morta, se bem que tomei apenas um sonífero.

e) Não tô morta, mesmo que tenha tomado apenas um sonífero.

231) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.
De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar
personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Considere os sentidos estabelecidos pelos vocábulos em destaque nas passagens do


texto:

• Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio de mim
mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

• Para mim, o que eu escrevesse seria fatalmente comparado com Machado de


Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin, Turgenev ou Dante Alighieri.

Nos contextos em que são empregados, os vocábulos em destaque – que e ou –


estabelecem, respectivamente, relação de

a) finalidade e causa.

b) causa e conformidade.

c) consequência e alternância.

d) conformidade e consequência.

e) alternância e finalidade.
232) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Hagar, Dik Browne. Folha de S.Paulo, 31.10.2015. Adaptado)

Na oração – Já que tenho um peixinho dourado como mascote… –, o sentido


expresso pela conjunção em destaque é de

a) explicação e, nesse contexto, pode ser substituída por ―Pois‖.

b) causa e, nesse contexto, pode ser substituída por ―Como‖.

c) oposição e, nesse contexto, pode ser substituída por ―Mas‖.

d) conformidade e, nesse contexto, pode ser substituída por ―Conforme‖.

e) conclusão e, nesse contexto, pode ser substituída por ―Portanto‖.


233) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

A alternativa que reescreve a frase do último quadrinho sem alteração do sentido e


com emprego da vírgula de acordo com a norma-padrão é:
a) … portanto, eu gosto.
b) … eu, logo, gosto.
c) … porém eu, gosto.
d) … eu assim, gosto.
e) … eu, entretanto, gosto.

234) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...
Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo
que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)

Os dois-pontos empregados no início do segundo parágrafo introduzem uma


sequência explicativa e poderiam ser substituídos, com correção e sem prejudicar o
sentido original, por:

a) senão.

b) desde que.

c) embora.

d) pois.

e) mas.

235) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...

Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo


que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)


O trecho destacado na passagem – Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo
que os seus golpes nos deixam atônitos – expressa, em relação ao anterior,
ideia de

a) modo.

b) tempo.

c) causa.

d) adição.

e) consequência.

236) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão:

(Bill Watterson. http://zip.net/bmsZNl)


O termo Mas, no segundo quadrinho, tem valor

a) causal, e pode ser substituído por Pois.

b) conclusivo, e pode ser substituído por Portanto.

c) explicativo, e pode ser substituído por Porque.

d) adversativo, e pode ser substituído por Contudo.

e) alternativo, e pode ser substituído por Ou.

237) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Nas passagens ―À medida que o ano ia chegando a seu fim, os arroubos


epistolares iam crescendo.‖ (2º parágrafo) e ―Optei, portanto, pelo mistério, pelo
‗nunca vi, sempre te amei‘.‖ (4º parágrafo), as conjunções em destaque
estabelecem relações cujos sentidos são, respectivamente, de

a) comparação e oposição.

b) finalidade e explicação.

c) proporção e adição.

d) finalidade e conclusão.

e) proporção e conclusão.

238) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.

Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

A ideia expressa pela conjunção concessiva destacada na passagem – Parecia que,


apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo. – está
expressa também na conjunção destacada em:

a) Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias…

b) Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos…

c) Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela.

d) A música parou de tocar, e assim, voltei meu olhar para o quarto…

e) Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz.


239) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)
Na passagem – Meu filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que,
aliás, para ele é só uma cor, como outra qualquer. –, o termo destacado
estabelece relação de sentido de

a) causa e equivale a porque.

b) tempo e equivale a enquanto.

c) condição e equivale a caso.

d) comparação e equivale a tal qual.

e) finalidade e equivale a para.

240) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. "Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.
A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas
dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)

No trecho do 4o parágrafo – O amor não é duradouro nem fator de união das


famílias, como no passado. –, os termos destacados, no contexto em que estão
empregados, têm, respectivamente, os sentidos de
a) concessão e comparação.
b) comparação e exclusão.
c) adição e comparação.
d) consequência e conclusão.
e) alternância e conclusão.

241) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

(Jim Davis. Garfield. www.folha.uol.com.br, 10.03.2016)


Em – Ignore a pessoa irritante e ela irá embora –, o termo e introduz, com relação
à primeira parte da frase, uma

a) causa.

b) concessão.

c) condição.

d) consequência.

e) justificativa.

242) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Como não é possível apagar a mocidade, eliminá-la ou atravessá-la sem dilemas


nem dor, o melhor é entendê-la, especialmente em seu atribulado convívio com as
normas da sociedade. Nesse aspecto, nada é mais ruidoso do que a busca pela
idade certa, considerando-se o funcionamento da mente, para determinar a
responsabilidade penal. Os adolescentes conseguem distinguir o certo do errado,
mas, depois que se decidem pelo segundo, é difícil que desistam. Vão em frente de
um modo que um adulto não iria. Mas há um alento: um cérebro novo tem o que se
convencionou chamar de ―plasticidade‖. É hábil para aprender – bobagens,
sobretudo –, mas aceita mudanças de ideia. Vale no banco escolar, vale na
construção de valores morais. Um criminoso de 16 anos, portanto, é teoricamente
mais fácil de ser ―recuperado‖ do que um de 20.

(Veja, 17.06.2015)

Nos trechos ―Como não é possível apagar a mocidade, eliminá-la ou atravessá-la


sem dilemas nem dor, o melhor é entendê-la...‖ e ―Um criminoso de 16 anos,
portanto, é teoricamente mais fácil de ser ‗recuperado‘ do que um de 20.‖, as
conjunções em destaque expressam, respectivamente, sentido de

a) comparação e conclusão.

b) causa e explicação.

c) conformidade e oposição.

d) comparação e explicação.

e) causa e conclusão.
243) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de uma canção para responder à questão.

Passarinho

Como um brotinho de feijão, foi que um dia eu nasci,


Despertei, caí no chão e com as flores cresci.
E decidi que a vida logo me daria tudo,
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro.

Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou


Que um nome de passarinho me encheria de amor.
Mas passarinho, se não bate a asa, logo pia.
Eu, que tinha um nome diferente, já quis ser Maria.
Ah, e como é bom voar…

(Tiê. www.letras.com.br. Adaptado)

O termo destacado em – E decidi que a vida logo me daria tudo, / Se eu não


deixasse que o medo me apagasse no escuro. – tem sentido equivalente ao da
expressão:

a) Ainda que

b) Desde que

c) Mesmo que

d) Assim que

e) Depois que
244) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Araraquara/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sem ilusionismo

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de
submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos
fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para


bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro
para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu


salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora
de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é
que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já


paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. ―Mas como cortar despesas num país
tão carente?‖, ponderam alguns. ―Como propor mais tempo de trabalho para quem
está próximo de encostar a chuteira?‖, questionam outros. O caminho do equilíbrio
nunca foi uma via fácil.

O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema


ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá
mágico que consiga mudar essa realidade.

(Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

O segmento destacado em – Se uma despesa avança em velocidade incompatível


com a receita usada para bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção…
– estará corretamente substituído, preservando- se o sentido e a correção
gramatical, por:

a) Caso uma despesa avance…

b) Ainda que uma despesa avance…

c) Contudo uma despesa avança…

d) Pois uma despesa avança…

e) Para que uma despesa avance…


245) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Para responder à questão, considere o período do terceiro parágrafo: Rádio, a


gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível
com livro...

No período, a conjunção em destaque estabelece relação entre as orações cujo


sentido é de

a) tempo simultâneo.

b) tempo futuro.

c) comparação.

d) tempo passado.

e) conclusão
246) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

Pelo menos 20,9 milhões de pessoas – principalmente mulheres e meninas – no


mundo são afetadas pelas diversas formas contemporâneas de escravidão, segundo
estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). A pobreza, os conflitos, a
violência, a falta de acesso à educação e ao trabalho decente e a falta de
oportunidades para o empoderamento socioeconômico são considerados os
principais fatores subjacentes à escravidão, segundo a organização.

O secretário-geral da ONU disse que governos, a sociedade civil e o setor privado


devem se unir para erradicar todas as formas contemporâneas de escravidão,
incluindo o trabalho forçado. Ele apelou para que os Estados-Membros ―ratifiquem e
implementem os instrumentos relevantes de direito internacional, em particular o
novo protocolo elaborado pela Organização Internacional do Trabalho, que foi
concebido para fortalecer os esforços globais para eliminar o trabalho forçado‖.

(www.istoe.com.br, 02.12.2014. Adaptado)

A passagem que expressa sentido de finalidade é:

a) … incluindo o trabalho forçado.

b) … para erradicar todas as formas contemporâneas de escravidão…

c) … ratifiquem e implementem os instrumentos relevantes de direito


internacional…

d) … principalmente mulheres e meninas…

e) … segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU).

247) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)

Para responder à questão, considere a seguinte passagem:

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de
manter a coesão.

É correto afirmar que a frase destacada na passagem expressa, em relação à que a


antecede, o sentido de

a) tempo.

b) adição.

c) causa.

d) condição.

e) finalidade.
248) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.


Assinale a alternativa que reescreve, com correção e sem alteração de sentido, a
passagem – Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas
por um hífen.

a) Contanto que não sejam grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de
outras.

b) Algumas palavras dependem de outras, exceto se são grudadas por um hífen.

c) Algumas palavras dependem de outras, quando não são grudadas por um hífen.

d) Apesar de não serem grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de


outras.

e) Desde que não sejam grudadas por um hífen, algumas palavras dependem de
outras.

249) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.

Na passagem – O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente


inseparáveis. –, o trecho destacado expressa, em relação ao anterior, ideia de
a) consequência.
b) tempo.
c) causa.
d) condição.
e) modo.

250) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.


Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no
momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.
Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.
Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e
observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.
Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.
(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

As conjunções em destaque no último parágrafo do texto são, correta e


respectivamente substituídas, sem alteração de sentido, por
a) Se bem que … assim
b) Por mais que … já que
c) Ainda que … segundo
d) Contanto que … pois
e) Caso … portanto

251) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 11.06.2015. Adaptado)


No contexto em que está empregada, a expressão ―é para‖ assume sentido de
a) comparação.
b) consequência.
c) finalidade.
d) conclusão.
e) hipótese.

252) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um sonho de simplicidade
Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente
um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre
duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma
necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher
na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber
intrigas?
A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma
simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede,
nem frio.
Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho
caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede
afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem
cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e
chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um
pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho
ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe
moqueado. Que prazer em comer aquele peixe e ficar algum tempo a conversar,
entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.
Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar
de repente uma vida de acordar bem cedo? Mas para instaurar uma vida mais
simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse
comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas,
dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio,
cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas
deixasse a alma sossegada e limpa.
(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. Adaptado)
Considere esta passagem, que encerra o texto:

... [que me fatigasse o corpo], mas [deixasse a alma sossegada e limpa].

Nesse contexto, o termo mas estabelece, entre as construções delimitadas por


colchetes, relação de

a) conclusão, e equivale a portanto.

b) oposição, e equivale a porém.

c) finalidade, e equivale a para que.

d) condição, e equivale a caso.

e) causa, e equivale a visto que.

253) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Chicungunha
Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo
mesmo mosquito.
No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro,
número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre
Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.
A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à
distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e
Aedes albopictus, os mesmos da dengue.
O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de ―homem que
anda arqueado‖, referência às dores articulares da enfermidade.
Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do
comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África
há 5 000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se
___________ ambientes ___________ os homens armazenavam água.
A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou ___________ Ásia e
___________ Américas.
O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de
disseminação na Bahia e no Amapá.
(Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado)
Leia as frases:

Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do


comportamento humano. (5º parágrafo)

O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de


disseminação na Bahia e no Amapá. (7º parágrafo)

As expressões em destaque estabelecem, correta e respectivamente, relação de

a) conformidade e comparação.

b) comparação e oposição.

c) conformidade e explicação.

d) comparação e conformidade.

e) causa e condição.

254) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Atitude

Durante uma bebida de chá no entardecer do dia, Tao pergunta para o seu mestre:
— Mestre, o que há dentro de todos nós que nos permite fazer certas escolhas na
vida?

O mestre fala: — Somos como essas duas xícaras, uma delas é o amor e a outra é
o ódio, ambas vivem dentro de nós.

Tao fala: — Como elas movem nossas escolhas?

O mestre fala: — Pela quantidade de chá que vertemos nelas.

(Stefan Tojo. www.minicontos.com.br. Adaptado)

O termo como, na frase — Somos como essas duas xícaras, uma delas é o amor e
a outra é o ódio, ambas vivem dentro de nós. —, estabelece relação de

a) proporção.

b) comparação.

c) finalidade.

d) condição.
255) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

(Pancho. www.gazetadopovo.com.br)

A passagem – Não pode ouvir sirene da polícia, larga tudo e sai correndo... – está
corretamente reescrita, com as relações de sentido preservadas, em:

a) Contudo, ouve sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...

b) Mesmo ouvindo sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...

c) Embora ouça sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...

d) Portanto, ouve sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...

e) Ao ouvir sirene da polícia, larga tudo e sai correndo...

256) Concurso: Alun Of /PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.
O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.

Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo


Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado estabelece uma relação de


oposição entre as informações.

a) ... tão incorretos quanto frequentes nas discussões relativas à área da


segurança pública. (primeiro parágrafo)

b) ... não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira. (segundo
parágrafo)

c) ... sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos confiscados
vinculados a roubos... (terceiro parágrafo)

d) ... sustentando que as restrições afetam só o ―cidadão de bem‖... (quarto


parágrafo)

e) ... se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas... (sexto parágrafo)

257) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.

Assinale a alternativa em que a reescrita do texto mantém o sentido original e a


correção gramatical.

a) ... e que sois poderoso, quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de
Abraão.

= ... e que sois poderoso, conquanto faltem homens, para fazer das pedras filhos
de Abraão.

b) ... nos têm ensinado que depois de Adão não criastes homens de novo...

= ... nos têm ensinado aonde depois de Adão não criastes homens de novo...

c) Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e porque eles se


escusaram...

= Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e como eles se


escusaram...

d) E se esta é (...) a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos


agora...

= E se esta é (...) a regular disposição de vossa providência divina, pois a vemos


agora...
e) Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem duvidamos de
vir...

= Embora nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem duvidamos de
vir…

258) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

A expressão ―... com a sinfonia dos pardais.‖ estabelece na oração relação cujo
sentido é de

a) condição.

b) consequência.

c) intensidade.

d) causa.

e) comparação.

259) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel

do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a


unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

Nos períodos – Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. – e – Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só
as outras. –, as conjunções em destaque expressam, respectivamente, sentido de

a) conformidade e conclusão.

b) causa e consequência.

c) comparação e conclusão.

d) causa e explicação.

260) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado)


Observe a reescrita da fala da personagem: – Agora, temos pessoas tão agressivas
que a violência é gratuita. – Nessa reescrita, o termo tão expressa sentido de

a) conclusão, em um período em que a segunda oração sintetiza o conteúdo


expresso pela primeira.

b) modo, em um período em que a segunda oração traz uma característica que se


compara à primeira.

c) oposição, em um período em que a segunda oração contrapõe uma ideia à outra


expressa na primeira.

d) intensidade, em um período em que a segunda oração apresenta a consequência


da primeira.

261) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Considere a fala da personagem dividida em dois trechos:


I. Somos tão bombardeados pela publicidade
II. que já não sei mais identificar o que é essencial para minha vida.

Com relação ao trecho I, o trecho II expressa


a) conformidade.
b) proporção.
c) causa.
d) modo.
e) consequência.
262) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para


responder à questão.

O cimo da montanha

Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília
com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe
aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição
primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais
prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de
imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à
proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e,
semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma
simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.

— Minha boa Virgília!

— Meu amor!

— Tu és minha, não?

— Tua, tua...

E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus


contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha,
donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o
céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com
as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...

* personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias
que vão adiando a sentença de morte dela.

(1998, p. 128-129)

... folgávamos de imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza


de um e de outro, à proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse
dilatando entre nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das
mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos
com abraços.
No contexto, os termos se, como e para, em destaque, estabelecem,
respectivamente, relações de

a) dúvida, qualidade e concessão.

b) dúvida, comparação e negação.

c) condição, comparação e finalidade.

d) concessão, intensidade e finalidade.

e) condição, qualidade e concessão.

Classe de Palavras

263) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo,
Conrad Editora do Brasil, 2013)

Assinale a alternativa cujo termo em destaque intensifica o sentido da informação a


que se refere.

a) do mesmo jeito.

b) tudo no computador.

c) depois digitar.

d) um computador.

e) tanto barulho.
264) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.

Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é


vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)
A alternativa em que a palavra destacada dá uma qualidade ao vocábulo anterior é:

a) visita inesperada.

b) uma visita.

c) estavam jantando.

d) um abajur.

e) não estranhou.

265) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 26.10.2017)

Na organização das informações textuais, os termos ―Quando‖ (2º quadrinho) e


―Hoje‖ (3º quadrinho), apesar de pertencerem a diferentes classes gramaticais,
assemelham- se porque estabelecem relações de sentido de

a) modo.
b) tempo.
c) afirmação.
d) intensidade.
e) comparação.
266) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

A gente ainda não sabia

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.

E pensava-se que nalgum lugar, muito longe, deveria haver num velho poste uma
tabuleta qualquer

– uma tabuleta meio torta

e onde se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO.

Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim e não havia remédio senão
irmos andando às tontas como formigas na casca de uma laranja.

Como era possível, como era possível, meu Deus, viver naquela confusão?

Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...

(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

As expressões destacadas nos trechos – … uma tabuleta qualquer… – e – …


andando às tontas – exprimem nesses contextos as ideias, respectivamente, de

a) indefinição e lugar.

b) especificação e modo.

c) indeterminação e modo.

d) qualidade e lugar.

e) indefinição e direção.
267) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão.

(http://www.ivoviuauva.com.br/wp-content/uploads/2010/03/romeu-e-julieta.jpg. Adaptado)

Supondo que Julieta tratasse Romeu por ―você‖ e optasse por seguir a norma-
padrão da língua portuguesa, sua mensagem seria:

a) Romeu, fique esperto: Não estou morta, é sonífero! Faz parte do plano pra
ficarmos juntos. Depois explico-o, gato!

b) Romeu, fique esperto: Não tô morta, é sonífero! Faz parte do plano para
ficarmos juntos. Depois explico-lhe, gato!

c) Romeu, fique esperto: Não estou morta, é sonífero! Faz parte do plano para
ficarmos juntos. Depois lhe explico, gato!

d) Romeu, fica esperto: Não tô morta, é sonífero! Faz parte do plano para ficarmos
juntos. Depois lhe explico, gato!

e) Romeu, fica esperto: Não estou morta, é sonífero! Faz parte do plano pra
ficarmos juntos. Depois explico-o, gato!
Colocação pronominal

268) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Minha avó gostava de festa. Minha mãe gosta de festa. Eu gosto de festa.

Quando penso em dar uma festa, meu coração se anima. Muitas vezes, no meio da
lista de convidados e acepipes, tenho vontade de desistir diante da trabalheira da
empreitada.

Respiro, me lembro das últimas festas que dei, penso na minha avó e na minha
mãe em seus mistos de alegria e tensão, e acabo seguindo em frente.

Há que comemorar, há que manter os bolos, as velas, os brindes.

Há que passar adiante o ―Parabéns pra Você‖, mesmo que no meio da canção tudo
pareça engraçado e sem sentido. Vale a pena. Nunca me arrependi de dar uma
festa. No mínimo, fico feliz de ver meus vários afetos misturados em minha casa,
conversando entre si, se juntando em tranças que retornam ao novelo do meu
coração.

Não sei direito o porquê, mas tenho especial prazer em ver o namorado da filha da
minha amiga em papo animado com a minha sogra, por exemplo. Improváveis
misturas humanas a partir de mim. Foi assim que meu pai fez amizade com a mãe
do segundo marido de minha mãe.

Tuta era uma senhora sacudida. Sempre de salto alto, se maquiava muito, punha
flores no cabelo, fazia discursos, cantava e tocava piano.

Tinha passado a maior parte da vida longe da família e foi resgatada por minha
mãe, que, inconformada e antes tarde do que nunca, decidiu presentear seu marido
com o reencontro emocionado com a mãe desgarrada. Tuta passou, então, a
frequentar as festas da família.

Conviveu com o filho, a nova nora e os parentes que pouco conhecia durante algum
tempo, até que Fernando se foi. Viúva, minha mãe herdou de seu amado a mãe
excêntrica, que continuou a fazer seus discursos, a tocar e a cantar nas festas lá de
casa até seus 98.

Um tempo depois da morte de Fernando, meu pai voltou a frequentar as festas.


Também afeito à cantoria, se juntou a Tuta nas canções e até declamavam poesias.
Em uma festa de aniversário que ela promoveu em seu pequeno apartamento na
Tijuca, minha mãe deu de cara com uma cena curiosa: os dois sozinhos na sala.
Tuta ao piano e meu pai já exibindo pela janela sua linda voz de tenor. Numa
manobra do destino, meu pai virou grande amigo da mãe do segundo marido de
minha mãe.

A vida faz um bom crochê. As festas ajudam. Há que celebrar.

(Denise Fraga, Há que celebrar. http://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 24.07.2015.


Adaptado)

Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma-padrão, o pronome


destacado só pode ser colocado antes do verbo a que se vincula.

a) … meu coração se anima.

b) Nunca me arrependi de dar uma festa.

c) Sempre de salto alto, se maquiava muito…

d) Respiro, me lembro das últimas festas que dei…

e) … conversando entre si, se juntando em tranças…

269) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que apresenta a correta colocação pronominal.

a) Me desculpe, professor, mas o exemplo que deu-nos não é adequado.

b) Manifestarei-me, meu amigo, apenas se eu não concordar com suas palavras.

c) Nunca vi-o tão calmo em uma situação tão complicada.

d) Naquela ocasião, pareceu-lhe que o melhor era manter-se calado.

e) Sempre que desejo-o, eu visito-o em sua casa em São Paulo.

270) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.

Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de


algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.

Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)

Considere as frases do texto:

 Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias.


 Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro.

Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões


destacadas estão empregados em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) não as frequentam / comprá-lo.

b) não as frequentam / comprar-lhe.

c) não lhes frequentam / comprá-lo.

d) não frequentam elas / comprar-lhe.

e) não lhes frequentam / comprar ele.


271) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa cujo enunciado está em conformidade com a norma-padrão


de colocação pronominal.

a) Se acredita que Bartleby tenha morrido por inanição, de acordo como foi
encontrado.

b) Já se delineia a bruma de mistério, quando se conhece o comportamento de


Bartleby.

c) O patrão deixou Bartleby no escritório, tendo encontrado- o trancafiado nos dias


de folga.

d) O patrão é que digna-se a narrar a estranha história de um de seus funcionários.

e) Como não dispunha-se a cumprir suas obrigações, Bartleby atraía a insatisfação


do patrão.

272) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma

(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Alterando-se a frase – Toda informação tirada de você não é devolvida. – obtém-se


versão correta, quanto à colocação do pronome pessoal, em:

a) Toda informação que lhe tiram não lhe é devolvida.

b) Toda informação que é tirada-lhe não é-lhe devolvida.

c) Toda informação que tiram-lhe não devolvem-lhe.

d) Toda informação que é tirada-lhe não é devolvida-lhe.

e) Toda informação que é-lhe tirada não devolvem-lhe.


273) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma

(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Considere os 10 argumentos de Lanier, no último parágrafo do texto, para


responder à questão.

Assinale a alternativa em que a palavra em destaque na primeira frase está


corretamente substituída por um pronome pessoal na segunda.

a) Você está perdendo seu livre arbítrio./ Você está perdendo-lo.

b) Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade./


Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir-lhe.

c) As redes sociais estão tornando você um babaca./ As redes sociais estão


tornando-lhe um babaca.

d) As redes sociais deixam você infeliz./ As redes sociais lhe deixam infeliz.

e) As redes sociais destroem sua capacidade de empatia./ As redes sociais


destroem-la.

274) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖
Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a


norma-padrão.

a) Talento literário é raro mesmo, e onde vivemos é comum ouvir que dificilmente
encontramo-lo por aí.

b) Escrever com clareza e precisão é uma riqueza e esta deve-se distribuir de


forma igualitária numa sociedade.

c) Me disse um leitor que eu tinha pretensão sem tamanho, ao comentar o que


falei sobre o livro de Zinsser.

d) Hoje se entende que só correção gramatical e ortográfica não são qualidades


suficientes para uma boa escrita.

e) Poderia-se dizer que a escrita, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, não pode ser ensinada?

275) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

O pronome em destaque está posicionado de acordo com a norma-padrão da língua


na frase:

a) Ela tem dado-nos muitos bons conselhos para superar as tristezas.

b) Ele sugeriu que dedicássemo-nos a aprender com as experiências negativas.

c) Ela convida-nos a refletir a respeito do valor positivo das perdas.

d) Ele pediu para voltarmos ao lugar onde encontramo-nos pela primeira vez.

e) Ela não ofereceu-nos uma fórmula para resolver nossos problemas emocionais.
276) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego


de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor
hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa
se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo.
Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo ―ser‖;
e assim dei à voz de Deus a frase:

– Ó universo, eu sou-te, em que o transitivo de criação se consubstancia com o


intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto


concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz,
empreguei a frase ―aquela rapaz‖, violando deliberadamente e justissimamente a
lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de colocação pronominal.

a) Para expressar minha ideia, juntariam-se o transitivo de criação com o


intransitivo de identificação na frase.

b) A prosódia, já disse-o alguém, não é mais que função do estilo.

c) Sirvamo-nos da linguagem para quaisquer efeitos, sejam eles lógicos ou


artísticos.

d) Tendo referido-me a Deus simultaneamente como o Criador e a Alma do mundo,


recorri à frase: – Ó universo, eu sou-te.

e) Se consubstancia o transitivo de criação com o intransitivo de identificação na


frase: – Ó universo, eu sou-te.
277) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão de colocação pronominal.


a) Se pensava que a concentração de renda no topo da pirâmide brasileira fosse
menor.
b) Havia um problema ruim no Brasil e, para piorar, recentemente descobrimo-lo.
c) Os dados do IR e do PIB mostram-se chocantes, pois eles revelam contrastes.
d) Os mais ricos têm valido-se de outras fontes de renda, que não o salário
recebido.
e) As pessoas sabiam que, com os dados do IR e PIB, mudaria-se o número de
ricos.
278) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Leia as frases do texto:

• Lanço um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

• O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o


garçom...

Os pronomes que substituem, correta e respectivamente, as expressões destacadas


e estão adequadamente colocados na frase encontram-se em:

a) Lanço-o ... que a merecem ... contá-lo ... aborda-o.

b) Lanço-lhe ... que a merecem ... contar-lo ... aborda-o.

c) Lanço-lhe ... que merecem-a ... contá-lo ... aborda-lhe.

d) Lanço-o ... que merecem-na ... contar-lhe ... aborda-lhe.

e) Lanço-o ... que a merecem ... contá-lo ... abordá-lo.

279) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da


humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena
aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por
desenvolver inventos do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no
Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel
em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma


universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do
conhecimento científico. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber
o título de ―Sir‖, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em
1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada
para a época.

No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a


Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou
fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma
macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na
sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – e formulou a Lei da Gravitação
Universal, que explica a força da gravidade. Com essa descoberta, Newton deu
início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para
a vida: ―nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado‖.

(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas


de Isaac Newton. 17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está reescrita conforme a norma-padrão com


a expressão destacada substituída pelo pronome.

a) Newton dedicou à ciência muitos anos de vida. / Newton dedicou-a muitos


anos de vida.

b) O cientista gostava de desenvolver inventos. / O cientista gostava de


desenvolvê-los.

c) A lei de Newton revolucionou os estudos científicos. / A lei de Newton lhes


revolucionou.

d) Sem estudo, Newton não teria explicado a gravidade. / Sem estudo, Newton
não teria explicado-a.

e) É verdade que recebeu o título de “Sir”. / É verdade que recebeu-lhe.

280) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.

Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)

Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui o trecho


destacado obedecendo à norma-padrão de emprego e colocação do pronome.

a) Essa lógica constitui as mulheres como objetos ... [constitui elas]

b) ... Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres em termos de


felicidade ... [definiria-as]

c) ... seria mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar ...
[suportar-lhe]

d) ... muitas mulheres brasileiras fortalecem a lógica da dominação masculina.


[fortalecem-a]

e) ... muitas mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. [preferem-na]


281) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Por que o criador do botão „curtir‟ do Facebook apagou as redes sociais do celular

A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos,
conscientemente, prestar atenção nela. ―Em todos os outros casos, deve ficar fora
do nosso caminho.‖

Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o
executivo responsável pela criação do botão ‗curtir' nos primórdios do Facebook, há
mais de dez anos.

Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook


ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na
vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais,
aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais ―presença‖ no
mundo off-line.

Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto
critica, responde: ―Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir,
haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita
atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado‖.

(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

A palavra ―Interrogado‖, destacada ao início do último parágrafo, pode ser


substituída, no que se refere à norma-padrão, por

a) Ao questionarem-o.

b) Ao perguntarem-lhes.

c) Ao os perguntarem.

d) Ao questionarem-nos.

e) Ao lhe perguntarem.
282) Concurso: VUNESP - APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

A reescrita de ―... ninguém diz para ele o que fazer.‖ e ―... as pessoas devem
expressar sua individualidade...‖, com as expressões destacadas substituídas por
pronomes, em conformidade com a norma-padrão da língua, resulta,
respectivamente, em:
a) ninguém o diz o que fazer / as pessoas devem-na expressar.
b) ninguém diz-lhe o que fazer / as pessoas devem expressá-la.
c) ninguém lhe diz o que fazer / as pessoas devem expressar-lhe.
d) ninguém lhe diz o que fazer / as pessoas devem expressá-la.
e) ninguém diz-lhe o que fazer / as pessoas devem a expressar.

283) Concurso: VUNESP - APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que em que a colocação do pronome destacado atende à


norma-padrão da língua.
a) Apenas quando lembra-se do que lera nos jornais, o narrador compreende a
razão de não haver pão.
b) Ao ouvir a história do padeiro, o narrador indigna-se com a forma como sempre
tratavam-no nas casas.
c) O narrador relacionava a história do padeiro à sua, se recordando do tempo em
que era um jovem escritor.
d) De tanto ouvir que não era ninguém, o padeiro já não se incomodava mais por
ser tratado assim.
e) Para o padeiro, era natural a ideia de que ninguém reconhecia-o devido à
natureza do seu trabalho.
284) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Assinale a alternativa em que, segundo a norma-padrão, o pronome, na expressão


destacada, pode ser colocado também depois do verbo.

a) Não me façam sofrer muito.


b) O carrasco se preparava para o gesto fatal.
c) E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
d) Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei
Caneca.
e) Tenham fé, ela já os perdoou.
285) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

A alternativa que reescreve o trecho ―O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.‖,
de acordo com a norma padrão de emprego e colocação de pronome, é:
a) O juiz então ordenou que lhe fuzilassem.
b) O juiz então ordenou que fuzilassem-lhe.
c) O juiz então ordenou que fuzilassem-o.
d) O juiz então ordenou que fuzilassem ele.
e) O juiz então ordenou que o fuzilassem.
286) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

Uma frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa e


com a mensagem da charge é:

a) O avô ficou ofendido quando o neto apontou-o a falta de wi-fi.

b) Os adultos não entenderam a dúvida do menino e censuraram-o.

c) O menino dirigiu-se ao avô e perguntou-o se ele pegava wi-fi.

d) O pai julgou a atitude do garoto inadequada e o repreendeu.

e) A pergunta que o neto fez ao avô o despertou forte indignação.

287) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)

Observe as passagens:

 Tomou querosene? [...] Ontem esteve aqui uma que tomou com guaraná. Diz
que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei.

 Olha um homem! Homem é raro aqui. [...] Está desenganado. É câncer? Não
sabe o que é. Quem foi que desenganou?

Considerando o emprego e a colocação de pronomes, em conformidade com a


norma-padrão, as frases em destaque podem ser assim reescritas,
respectivamente:

a) Não sei, nunca lhe provei. / Quem foi que desenganou você?

b) Não sei, nunca o provei. / Quem foi que o desenganou?

c) Não sei, nunca provei-o. / Quem foi que desenganou- lhe?

d) Não sei, nunca provei ele. / Quem foi que desenganou ele?

e) Não sei, nunca provei-lhe. / Quem foi que desenganou- lhe?


288) Concurso: Ag/Pref Barretos/Segurança/2018 Banca: VUNESP

A frase em que o pronome destacado está posicionado corretamente é:

a) Quando encontraremo-nos no campo, veremos mais estrelas no céu, por haver


menos iluminação artificial.

b) Os moradores das grandes cidades talvez tenham convencido-se de que sua


vida seja melhor que no campo.

c) O homem da cidade não relaciona-se com o alimento como quem trabalha


diretamente com a terra.

d) Um hábito comum às famílias do campo e da cidade é reunir-se para o almoço


do domingo.

e) É possível que desenvolva-se uma percepção mais cíclica do tempo em quem


tem maior contato com a natureza.

289) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Considere as frases:

• ... a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os produtos e


materiais descartados das empresas.

• ... que avaliam a empresa por diferentes ângulos.

A substituição das expressões em destaque por pronomes está correta, conforme a


norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente, em:

a) recuperá-los; a avaliam.

b) recuperá-los; as avaliam.

c) recuperar-lhes; avaliam-na.

d) os recuperar; avaliam-lhe.

e) recuperar-lhes; lhes avaliam.


290) Concurso: Of Adm I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Quando me propus a escrever um texto sobre o filme ―Pantera Negra‖, eu pensei


na possibilidade de escrever sobre todos os sentimentos que se misturavam em
meu corpo e coração vendo o filme.

Fui ver o filme sob muita expectativa, como todo o povo negro ao redor do mundo
indo para as salas de cinema vestidos com suas melhores roupas — acho que eu
nunca fui tão arrumada ver um filme —, como se fosse uma ocasião muito especial.
E de fato foi.

Em tempos em que a questão da representatividade negra ganha cada vez mais


força na cultura nerd/geek, ver um herói negro é algo gratificante, muito forte e
cheio de significado para o povo negro que curte esse universo.

Diante disso, desde quando vi o trailer do filme pela primeira vez, eu não parei de
pensar em um ponto importantíssimo: as crianças negras.

Uma amiga me mostrou uma foto no Instagram que fez meu coração esquentar de
felicidade: o seu filho, diante do cartaz do filme, vestido de Pantera Negra, com um
sorriso enorme no rostinho. Uma busca rápida pela hashtag #BlackPanther, e o
resultado são várias fotos de crianças com seus pais e responsáveis, meninos e
meninas negras, de várias partes do mundo, sorrindo, usando com orgulho
camisetinhas com o herói da vez estampado ou com a máscara do rei T‘Challa
cobrindo seus rostinhos, da mesma forma que o filho dessa minha amiga.

Eu confesso que saí da sala do cinema sentindo um alívio imenso, porque talvez eu
também tenha sido uma criança que precisava dessa carga de representatividade.

(Paula Silva. “Pantera Negra: finalmente um filme 100% negro!”.


http://azmina.com.br, 07.03.2018. Adaptado)

Observando-se a colocação do pronome oblíquo átono em destaque, assinale a


alternativa correta.
a) Se coloca, no 1º parágrafo do texto, uma contextualização ao leitor sobre as
motivações da autora para escrever seu texto.
b) No 2º parágrafo do texto, a autora conta como estava vestida para ver o filme e
como se sentia psicologicamente.
c) No 3º parágrafo, Paula Silva não furta-se a expressar como ela enxerga a
importância de haver um super-herói negro.
d) O 4º e o 5º parágrafos são usados para que relate-se sobre as crianças negras,
que finalmente se veem representadas.
e) No último parágrafo, a autora reflete sobre sua própria infância, pois talvez
nunca viu-se tanta representatividade no cinema.
291) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Assinale a alternativa em que o pronome em destaque obedece à norma-padrão de
colocação pronominal.
a) Os vizinhos tinham deixado-nos participar de suas festas.
b) Me infectavam a imaginação com falsas notícias.
c) Muito impressionava-nos o fato de terem marido, filhos, profissão e não serem
felizes.
d) Jamais me convidavam para as festas muito animadas que aconteciam.
e) As celebridades tinham dito-me que compensa passar a vida comendo alface.

292) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.

A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão


do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.

Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram


reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.

Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a


empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.

―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.

Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em


sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.

(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.


Adaptado)
A expressão ―as prioridades‖ está corretamente substituída pelo pronome, no que
diz respeito ao emprego e à colocação dos pronomes, conforme a norma-padrão da
língua, na seguinte redação:

a) Se a empresa não lhes administrar bem...‖

b) Se a empresa não as administrar bem...‖

c) Se a empresa não administrar-lhes bem...‖

d) Se a empresa não administrá-las bem...‖

293) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O oi é importante. É o mínimo de civilidade e pode ser legal, também, se a pessoa


não for mala. Você encontra o conhecido na festa. Há uma surpresa genuína, ―Ah,
você!‖, ―Olha só!‖, ―Há quanto tempo!‖. Vocês pensam um pouco: quanto, mesmo?
―Foi na casa do Ricardo, aquele churrasco?‖.

―Não, depois do churrasco a gente se trombou na Virada Cultural.‖ ―A Virada


Cultural não foi antes da casa do Ricardo?!‖. ―Não sei. Na casa do Ricardo você
contou que tinha acabado de tirar o aparelho, tava reclamando que precisou usar
aparelho, adulto‖. ―Ah, então foi depois da Virada. Eu tava de aparelho na Virada.
Foi 2011!‖. ―E o Ricardo? Tem visto o Ricardo?‖. Ele diz que não. O Ricardo
separou. Agora mora em Natal.

O tchau não é assim. O tchau é mentira do começo ao fim. Você se despede e em


vez da surpresa do encontro surge uma pequena culpa por estar partindo. Aí você
fala, depois do abraço, ―Ah, a gente precisa se ver mais!‖. Balela.

Se o oi te deixou com uma sensação boa, o tchau é emissão de papel moeda


afetivo sem lastro e a inflação que começa ali desvaloriza até a alegria produzida
pelo oi.

(Antonio Prata, Contra o tchau. Folha de S.Paulo. 03.06.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em conformidade com a norma-padrão de emprego de


pronome e colocação pronominal.

a) Me encontrei com o conhecido na festa e perguntei-lhe se tinha visto o Ricardo.

b) No momento em que fui me despedir do meu amigo, olhei-o e dei-lhe um


abraço.
c) Falei ao meu amigo depois de abraçar-lhe que nós precisávamos se ver mais
vezes.

d) Quando perguntei-lhe do Ricardo, meu amigo disse que não tinha visto mais ele.

e) Não sabia se era para mim dizer que estava com saudade ou não, mas o disse.

294) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas da frase,


conforme a norma-padrão da língua.

_________anos, estudiosos___________ acerca da contribuição que o


conhecimento dos buracos negros pode trazer____________ nossas vidas.

a) Há ... têm questionado-se ... a


b) Há ... têm se questionado ... a
c) Há ... têm se questionado ... à
d) A ... têm questionado-se ... a
e) A ... têm se questionado ... à

295) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia a manchete do UOL.

'Dizem que fui


louca de ___________'
No interior de SP, vítima adota 'ladrão'
de primeira viagem' _______ invadiu casa

(uol.com.br, 27.12.2016. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) perdoá-lo … que
b) perdoar-lhe … à qual
c) perdoar ele … o qual
d) perdoá-lo … cujo
e) perdoar ele … aonde
296) Concurso: Tec/CRBio 01/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.

Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente
uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.

Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as


frustrações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e
conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga.

Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos


1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa
instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a
autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida.

A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal


à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e
o agora!

Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece


uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em
educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons
resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de
atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e
os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher
seus frutos.

Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser
frustrantes.

(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

Leia o trecho do quarto parágrafo: A atitude imediatista praticamente impacta


todas as decisões...

O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está


adequadamente colocado no trecho selecionado encontra-se em:

a) A atitude imediatista praticamente impacta-as...


b) A atitude imediatista praticamente as impacta...

c) A atitude imediatista praticamente impacta-se...

d) A atitude imediatista praticamente impacta-lhes...

e) A atitude imediatista praticamente lhes impacta...

297) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Autobiografia e memória

Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que chamou de Uma autobiografia. É
uma narrativa, na primeira pessoa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com
humor e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.

Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de abortar. Teve LPs lançados
com faixas riscadas a tesoura pela Censura.

É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma ―autobiografia‖? Supõe-se
que uma autobiografia seja uma biografia escrita pela própria pessoa, não? E será,
mas só se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um mínimo de
200 fontes de informações. Na verdade, a ―autobiografia‖, entre nós, é mais uma
memória, em que o autor ouve apenas a si mesmo.

Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais cantores publicassem suas
memórias. Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. No livro de
Rita, ela fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal, em 1968, com
os tropicalistas e astros da velha guarda. Na passagem de som, à tarde, Sérgio e
Arnaldo, ―intencionalmente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira‖, e o veterano cantor Vicente Celestino ―lá
presente, teve um piripaque‖. Fim.

Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino foi para o Hotel
Normandie, a fim de se preparar para o show, e lá teve o infarto que o matou.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho está reescrito conforme a norma-padrão da


língua, com a expressão em destaque corretamente substituída pelo pronome.

a) ... mas só se ela usar as armas de um biógrafo... (3º parágrafo) → ... mas só
se ela usar-las...
b) ... gostaria que mais cantores publicassem suas memórias. (4º parágrafo) →
... gostaria que mais cantores publicassem-as.

c) Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso... (1º parágrafo) → Rita Lee
acaba de publicar-lhe ...

d) Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. (4º parágrafo)


→ Mas só uma biografia de verdade oferece-lo.

e) ... ligaram os instrumentos no volume máximo... (4º parágrafo) → ... ligaram-


nos no volume máximo...

298) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.

(Charles M. Schulz. Snoopy- Feliz dia dos namorados!)

Assinale a alternativa em que a frase baseada nas falas dos quadrinhos apresenta
emprego e colocação de pronomes de acordo com a norma-padrão.

a) A menina afirmou ao garoto que poderá processar ele, caso este não ajudar-lhe
com a lição de casa.

b) Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntá-la onde estava o advogado


dela.

c) O garoto respondeu à menina, perguntando-a onde estava o advogado dela.


d) A menina ameaçou processar-lhe, caso o garoto não ajudasse-a com a lição de
casa.

e) A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse


com a lição de casa.

299) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da


internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)


Considere a frase reescrita com base nas ideias do texto.

As pessoas precisam de orientação para saber detectar o grau de formalidade


adequado aos comunicados de trabalho, entretanto elas normalmente não recebem
qualquer orientação desse gênero.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome que substitui


corretamente a expressão destacada e está adequadamente colocado na frase
encontra-se na alternativa:

a) … não a recebem.

b) … não recebem-na.

c) … não lhe recebem.

d) … não o recebem.

e) … não recebem-no.

300) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a expressão destacada no


trecho do texto está corretamente substituída pelo pronome em:

a) … o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim… → … o


restaurante o havia colocado…

b) Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho. → Perguntei por que
haviam decidido instalá-la.

c) … para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. → para os


clientes lhes verem.

d) … já que as caixas cobriam toda a área do lugar. → já que as caixas a


cobriam.

e) … o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta. → … o lugar, agora com
TV, não vai sentir-lhe.

301) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.
De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao
universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)

A Rede de Cidades Criativas da Unesco, que prestigia profissionais pelo trabalho


significativo que exercem em determinadas áreas, conta com cinco brasileiros.
O pronome que substitui corretamente a palavra destacada e está adequadamente
colocado na frase encontra-se em:
a) … que prestigia-lhes…
b) … que prestigia-os…
c) … que prestigia-nos…
d) … que lhes prestigia…
e) … que os prestigia…
302) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)


O termo ―boko moko‖ foi criado para rotular as pessoas de cafona porque não
tomavam a tal bebida. Os pronomes que substituem corretamente as expressões
destacadas e estão adequadamente colocados na frase encontram-se na
alternativa:

a) O termo ―boko moko‖ foi criado para rotulá-las de cafona porque não tomavam-
na.
b) O termo ―boko moko‖ foi criado para rotulá-las de cafona porque não a
tomavam.
c) O termo ―boko moko‖ foi criado para as rotular de cafona porque não lhe
tomavam.
d) O termo ―boko moko‖ foi criado para rotular-lhes de cafona porque não
tomavam-na.
e) O termo ―boko moko‖ foi criado para lhes rotular de cafona porque não a
tomavam.

303) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?
A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de
Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho do texto está reescrito conforme a norma-


padrão da língua portuguesa, com a expressão destacada substituída pelo pronome
correspondente.

a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer de contar-nas...

b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século sem escrevê-los.

c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe...

d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway... → ... livro
que reúne-as...

e) O médico que atendia pacientes... → O médico que lhe atendia...


304) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia a tirinha.

(Mort Walker. Recruta Zero. http://cultura.estadao.com.br, 05.09.2017. Adaptado)

Preenche corretamente as lacunas, conforme a norma- -padrão, o que se encontra


em:

a) Não se preocupe ... onde ... os

b) Não preocupe-se ... onde ... o

c) Não preocupe-se ... aonde ... lhe

d) Não se preocupe ... onde ... lhes

e) Não se preocupe ... aonde ... o


305) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Hagar, Dik Browne. Folha de S.Paulo, 31.10.2015. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas nas falas das personagens


devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) Esses ... me sinto ... sentir-me-ia

b) Estes ... sinto-me... sentir-me-ia

c) Esses ... sinto-me... me sentiria

d) Eles ... sinto-me... sentiria-me

e) Estes ... me sinto ... me sentiria


306) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

Assinale a alternativa que reescreve frases do texto empregando corretamente o


pronome destacado, segundo prevê a norma-padrão.

a) Fui à livraria, comprei um romance e presenteei-lhe ao Hermes.

b) Romances? Ouvi dizer que o Hermes não gosta nem de ver-lhes...

c) Romances? Ouvi dizer que o Hermes não gosta de ler eles.

d) Comprei um belo romance de José de Alencar e o dei ao Hermes.

e) Sabe o Hermes? Dei-o um romance no dia dos namorados.

307) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras
de pensar o mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. Uma das
primeiras teorias a pô-las lado a lado é do início de 2000. A fé, assim como as
religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente seminal para a evolução da
espécie humana. O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência
da finitude, precisaria recorrer a algo maior e impalpável para conviver com tal
ideia. Além disso, as religiões estimulam a solidariedade e a compaixão,
sentimentos que levariam à proteção em momentos de risco, como procura por
comida, guerras e catástrofes naturais.

O rompimento entre ciência e religião não é tão antigo. Ocorreu no século XVIII,
com o iluminismo. Despontado na França, o movimento viu na razão e no
progresso científico um instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas
cristãos em xeque. A igreja reagiu, fazendo publicar a primeira encíclica da história,
reforçando questões cruciais para ela. O ponto máximo da cisão ocorreu no século
XIX, quando Charles Darwin negou o criacionismo, definindo a clássica teoria da
evolução das espécies.

(Adriana Dias Lopes, Qual é a origem da fé? Veja, 28.10.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados de acordo com a


norma-padrão.

a) Ciência e religião: não era possível imaginar elas caminhando na mesma direção.

b) O iluminismo questionou dogmas cristãos, pondo-lhes em xeque.

c) Pondo-se contra o criacionismo, Darwin negou-lhe na teoria da evolução das


espécies.

d) Solidariedade e compaixão são sentimentos protetivos, e as religiões estimulam-


nas.

e) Dotado de consciência da finitude, o homem precisa recorrê-la para viver


plenamente.

308) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

O consumo de cultura em Cuba sempre foi um fenômeno polêmico e complexo. As


eternas dificuldades econômicas da estrutura socialista da ilha raramente
possibilitaram que ___________ os recursos necessários para levar aos
___________ as criações artísticas mais recentes e reconhecidas, ___________
no resto do mundo (pelo menos no resto do mundo com possibilidades de fazê-lo).
Mesmo assim, graças a programas culturais e educativos, o espectador cubano teve
oportunidade de consumir cultura de alta qualidade oferecida pelas instituições
oficiais.

(Leonardo Padura, Um esforço tão grande para nada. Folha de S.Paulo, 30.01.2016. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com:

a) se gastassem … cidadãos … consumidas

b) se gastassem … cidadãos … consumido

c) gastasse-se … cidadãos … consumidos

d) se gastasse … cidadões … consumidas

e) gastassem-se … cidadões … consumidos

309) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

A alternativa que apresenta colocação dos pronomes destacados e pontuação de


acordo com a norma-padrão é:

a) Nos foi informado, que as delegações visitariam-nos amanhã, depois das 15


horas.

b) Afirma-nos que os produtos, assim como as notas fiscais, estarão disponíveis


amanhã, para que os despachem.

c) Perguntou-me: se eu estaria disposto, a entregar as provas, que me dariam


proteção.

d) Ninguém comprometeu-se com o projeto, afirmando: que era perda de tempo.

e) Tendo elogiado-nos pela rapidez, na entrega, garantiram que vão ficar


fregueses.
310) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 05.04.2016. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas dos quadrinhos devem ser


preenchidas, respectivamente, com:
a) retráteis ... recolher elas
b) retrátil ... recolher elas
c) retráteis ... recolher-lhes
d) retrátil ... recolhê-las
e) retráteis ... recolhê-las

311) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego de vírgulas e à colocação do


pronome destacado.
a) Ali, só havia pias rosa e lilás, o que não deixava-nos dúvida de que o brinquedo
era fabricado, para meninas.
b) Cheia de boa vontade a vendedora, alertaria-nos que um certo brinquedo, ―era
de menina‖.
c) Na minha casa lavar louça, é uma atividade unissex, por isso, conclui-se que
brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim.
d) O meu filho, uma vez, em uma loja de brinquedos, empolgou-se ao ver uma pia
que funcionava de verdade.
e) Como para o meu filho, rosa é, apenas uma cor, ele saiu da loja feliz da vida
com a pia, carregando-a nos braços.
312) Concurso: Aux Esc/CM Marília/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o pronome em destaque está posicionado


corretamente.

a) Com algumas medidas, as exportações de café brasileiro multiplicarão-se.

b) As cápsulas de café que consumiam-se no Brasil eram importadas.

c) Consumir café em cápsulas ainda não tornou-se um hábito no Brasil.

d) O consumo de café encontra-se em transformação em todo o mundo.

e) As exportações de café brasileiro tinham reduzido-se ao café de grãos verdes.

313) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da tira devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) trocar-no ... mim

b) trocá-lo ... eu

c) trocar ele ... mim

d) trocar-lhe ... eu

e) trocá-lo ... mim


314) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.

Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.

O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado


significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.

Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia


que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.

(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal.

a) As viagens espaciais ao mundo da lua, que sempre encantaram-me, permitiam


que pintasse a Terra e seus objetos de cores inusitadas.

b) As palavras, que se comunicavam entre si, pareciam ter muitos braços e entre
abraços formavam uma rede invisível.

c) Se dizia, na escola, que eu devia pintar a terra e seus objetos com as cores
verdadeiras da verdade e não com cores inusitadas.

d) Os adultos tinham orientado-me para que eu buscasse pintar a terra e seus


objetos com as cores verdadeiras da verdade.

e) Era certo que meus desenhos transformariam-se, mais cedo ou mais tarde, em
luas de papel amassado nas mãos da professora.
315) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

A recente catástrofe em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, em


Mariana. Estimados 60 bilhões de litros de lodo se derramaram pelo vale do rio
Doce após a ruptura de barragens de resíduos de minério de ferro.

Nos primeiros dez dias, a onda de lama percorreu 450 km. Na imagem que já
___________, ―cimentou‖ o leito do rio e, por onde _________, levou o
abastecimento de água ao colapso e provocou mortandade de peixes e outros
animais.

___________, como não poderia deixar de ser, quem pagará pela tragédia.

(Folha de S.Paulo, 18.11.2015. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem


ser preenchidas, respectivamente, com:

a) se consagra ... se espalhou ... Se discute

b) consagra-se ... se espalhou ... Discute-se

c) se consagra ... espalhou-se ... Se discute

d) consagra-se ... espalhou-se ... Se discute

e) se consagra ... se espalhou ... Discute-se

316) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Uma rasteira no cotidiano

Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer isso. O
remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me levantar.

Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o meu
quarto àquela hora do dia.

Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés enquanto olhava
uns reflexos dançando no teto. Minha cabeça começou a caminhar.

Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama assim,
no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão
rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?
A vida cotidiana sempre me parece excessiva, mas eu também me rendo ao que
parece ser a ordem natural das coisas e vivo correndo de um lado para outro com
meu celular na mão.

Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei numa
bolha subversiva de calma e prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.

Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem função.
Deite-se para ouvir-se.

Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que vejo,
depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.

Apesar do serviço duro, são capazes de deitar na grama no meio do dia, enquanto
nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de baixo para
cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me lembro de recostar a cabeça
no banco para, no mínimo, ver uma inédita cidade passando pelo céu.

Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga que
resolveu dar uma rasteira no cotidiano.

(Denise Fraga. Folha de S. Paulo, 14.05.2013. Adaptado)

O pronome lhe está substituindo corretamente a expressão destacada em:

a) Dia desses, precisei pingar um remédio no meu nariz. → Dia desses, precisei
pingar-lhe no nariz.

b) Observei um raio de sol que costuma atravessar o meu quarto. → Observei um


raio de sol que costuma atravessar-lhe.

c) Deitada, olhava uns reflexos dançando no teto. → Deitada, olhava-lhes


dançando no teto.

d) Relaxar vendo uma inédita cidade passar pelo céu. → Relaxar vendo-lhe
passar pelo céu.

e) Diga que resolveu dar uma rasteira no cotidiano. → Diga que resolveu dar-lhe
uma rasteira.
317) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

(Gazeta do Povo, 01.10.2014)

Se a fala da personagem iniciasse com ―O eletricista esteve em casa‖, sua


continuação correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, seria:

a) como eu sempre disse-lhe, o importante é manter o foco.


b) como eu sempre disse-o, o importante é manter o foco.
c) como eu sempre disse à ele, o importante é manter o foco.
d) como eu sempre lhe disse, o importante é manter o foco.
e) como eu sempre o disse, o importante é manter o foco.

318) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

(Folha de S.Paulo, 19.10.2014. Adaptado)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, no segundo quadrinho, a
frase do personagem deve ser preenchida com:
a) o sussurrar para eu.
b) sussurrar-lhe para eu.
c) sussurrar-no para eu.
d) lhe sussurrar para mim.
e) sussurrá-lo para mim.

319) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

Pelo menos 20,9 milhões de pessoas – principalmente mulheres e meninas – no


mundo são afetadas pelas diversas formas contemporâneas de escravidão, segundo
estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). A pobreza, os conflitos, a
violência, a falta de acesso à educação e ao trabalho decente e a falta de
oportunidades para o empoderamento socioeconômico são considerados os
principais fatores subjacentes à escravidão, segundo a organização.

O secretário-geral da ONU disse que governos, a sociedade civil e o setor privado


devem se unir para erradicar todas as formas contemporâneas de escravidão,
incluindo o trabalho forçado. Ele apelou para que os Estados-Membros ―ratifiquem e
implementem os instrumentos relevantes de direito internacional, em particular o
novo protocolo elaborado pela Organização Internacional do Trabalho, que foi
concebido para fortalecer os esforços globais para eliminar o trabalho forçado‖.

(www.istoe.com.br, 02.12.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal.


a) Se encontram no mundo contemporâneo muitas pessoas afetadas pelas diversas
formas de escravidão.
b) O mundo atual tem caracterizado-se por uma série de ações de combate a todas
as formas de escravidão.
c) A sociedade contemporânea agora se vê com o grande desafio de combater a
escravidão.
d) A sociedade não conscientizou-se plenamente ainda da importância do combate
à escravidão.
e) Ainda têm-se notícias de pessoas afetadas pelas diversas formas
contemporâneas de escravidão.
320) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula
a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

De acordo com a norma-padrão, o pronome destacado pode ser colocado também


depois do verbo no trecho:

a) Se lhes disséssemos que o direito é a luta …

b) … só se afirma por uma disposição ininterrupta para a luta...

c) … o meio de que se serve para consegui-lo …

d) A vida do direito nos oferece …

e) … segura a espada por meio da qual o defende.


321) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à colocação do pronome ―se‖ e à concordância


dos verbos.

a) Quando se concentram em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas


esquecem os problemas do dia.

b) Quando concentram-se em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas


esquece os problemas do dia.
c) Quando se concentra em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas
esquecem os problemas do dia.

d) Quando concentram-se em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas


esquecem os problemas do dia.

e) Quando se concentra em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas


esquece os problemas do dia.

322) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o poema e responda à questão.

Casa

Meu irmão tocava piano


na tarde azul e o resto de sol
punha um brilho novo
nos móveis e vasos.

Um brilho
que não sustenta meia volta
no relógio da cozinha.

Meu irmão tocava piano


e eu não pensava em nada
nem no brilho
se desfazendo nos ponteiros.

(Heitor Ferraz. Resumo do dia. São Paulo: Ateliê Editorial, 1996)

A colocação pronominal está em conformidade com a norma-padrão da língua


portuguesa em:

a) O poeta lembra-se de sua casa, e do momento em que seu irmão tocava piano.

b) Talvez o irmão do poeta teria disposto-se a tocar música clássica ao piano.

c) Enquanto entretinha-se ouvindo seu irmão, o poeta não pensava em nada.

d) Jamais esqueceria-se daquela tarde de sol em que seu irmão tocava piano.

e) É possível que tenha concentrado-se demasiado na música que seu irmão


tocava.
323) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Atitude

Durante uma bebida de chá no entardecer do dia, Tao pergunta para o seu mestre:
— Mestre, o que há dentro de todos nós que nos permite fazer certas escolhas na
vida?

O mestre fala: — Somos como essas duas xícaras, uma delas é o amor e a outra é
o ódio, ambas vivem dentro de nós.

Tao fala: — Como elas movem nossas escolhas?

O mestre fala: — Pela quantidade de chá que vertemos nelas.

(Stefan Tojo. www.minicontos.com.br. Adaptado)

A colocação pronominal está de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa


na frase:

a) Em conversa com seu mestre, Tao perguntou-lhe os motivos que determinam


nossas escolhas.

b) O aprendiz talvez nunca questionara-se a respeito das motivações das escolhas


que fazemos.

c) Na linguagem figurada do mestre, amor e ódio seriam como duas xícaras que
habitassem-nos.

d) Após o encontro para o chá, Tao certamente dedicaria-se a refletir acerca das
palavras do mestre.

324) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água,


locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é
importante não acumular água em latas, pneus velhos, vasos de plantas, caixas
d´água, entre outros. Lembre-se: a prevenção é a única arma contra a doença.

(www.dengue.org.br. Adaptado)
Atendendo à norma-padrão, assinale a alternativa que completa corretamente a
frase quanto à colocação do pronome destacado.

A dengue pode ser evitada...

a) ... não acumulando-se água.

b) ... quando exclui-se o acúmulo de água.

c) … sempre certificando-se de não haver acúmulo de água.

d) ... tendo conscientizado-se acerca dos riscos do acúmulo de água.

e) … eliminando-se o acúmulo de água.

325) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel

do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a


unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)


Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal na frase reescrita do
texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Inclinara-me para ver o objeto e, quando olhei-o, notei o pequeno feixe de


fibras.

b) O fragmento do dedo tornara-se semelhante à feição de um simples fruto do


mar.

c) Provavelmente muito teria-se esmerado o joalheiro na cravação da esmeralda


no anel.

d) Assim que retraiu-se a água, pude ver um aro de ouro brilhando em torno da
vértebra.

326) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Observe a imagem.

(Gazeta do Povo, 11.08.2015. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, a frase que completa coerentemente o


balão da fala da personagem é:

a) Me veja um café com leite por favor. Ou melhor leite com café.

b) Veja-me um café com leite, por favor. Ou melhor, leite com café.

c) Veja-me um café com leite por favor? Ou melhor leite com café!

d) Me veja um café com leite por favor, ou melhor, leite com café.
327) Concurso: Of Leg/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Disponível em http://www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Releia as frases do segundo e terceiro quadrinhos.

 Prefiro trilhar os caminhos da verdade.


 Não se esqueça de levar um capacete.

Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões em


destaque estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa.

a) Prefiro trilhar-lhes. / Não se esqueça de levar-lhe.

b) Prefiro trilhar-nos. / Não se esqueça de levar-lhe.

c) Prefiro trilhar-lhes. / Não se esqueça de levá-lo.

d) Prefiro trilhá-los. / Não se esqueça de levá-lo.

e) Prefiro trilhá-los. / Não se esqueça de levar-no.


Sinônimos e Antônimos

328) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Considere o seguinte texto:

E o diretor-geral, que era tão passivo e humilde com os superiores, quão arrogante
e autoritário com os subalternos, apanhou rapidamente no ar o decreto que o
ministro lhe atirou, em risco de lhe bater na cara […].

(Artur Azevedo, De cima para baixo. Contos de humor)

É correto afirmar que humilde tem como antônimo, na passagem, a palavra

a) subalternos.

b) ministro.

c) diretor-geral.

d) arrogante.

e) passivo.

329) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

―Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa...‖
(5º parágrafo)

Um sinônimo para a palavra ociosa, e que a substitui no contexto, é:

a) produtiva.

b) inativa.

c) atarefada.

d) tumultuada.

e) civilizada.
330) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

(Scott Adams. Dilbert, 2013)

Considerando o contexto da tira, no trecho do 4º quadrinho ―… sou obrigado a


admitir que…‖, os vocábulos destacados têm, respectivamente, como sinônimos:

a) grato e contratar.
b) levado e reconhecer.
c) movido e corroborar.
d) favorável e ponderar.
e) contrário e adiantar.
331) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖(B,
acrescenta Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de


vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que as palavras em destaque foram usadas,
respectivamente, em sentido próprio numa frase e em figurado na outra.

a) ... uma forma de diagnosticar doenças mentais / a fim de criar um método


para auxiliar o psiquiatra...

b) ... em um determinado intervalo de tempo / um longo período de observação


e contato...

c) ... os sinais e sintomas de sofrimento mental / os sonhos são o caminho para


o inconsciente...

d) ... os pesquisadores gravaram os relatos / os sonhos de 60 pacientes


voluntários...

e) ... as regiões mais profundas da mente / formas de medir


computacionalmente certos sintomas...

332) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.
Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de
vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

Um sinônimo para evidentes, em destaque, é:


a) claras.
b) confusas.
c) contestáveis.
d) discutíveis.
e) ocultas.

333) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.

Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na


Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)


Um sinônimo para ameniza, em destaque no segundo parágrafo, é

a) enfatiza.

b) demonstra.

c) abranda.

d) esclarece.

e) anula.

334) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.

Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.

Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de


algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.

Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)


Os termos em destaque nas frases – ―Ele diminuiu a marcha, como se
processasse a informação.‖ / ―Não são pessoas primitivas ou despreparadas…‖ –
apresentam sinônimos adequados ao contexto em:

a) verificasse; antiquadas.

b) recebesse; incomuns.

c) refutasse; incultas.

d) percebesse; insolentes.

e) complicasse; rudes.

335) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

Na segunda fala do personagem, o termo ―seguro‖ é sinônimo de

a) garantido.

b) infalível.

c) eficiente.

d) resguardado.

e) autoconfiante.
336) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.
Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.
No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de
algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.
(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)

Considere o sentido contrário expresso pelos seguintes pares de palavras:


 Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor…

Essa mesma relação de sentido pode ser verificada no par de palavras:


a) inevitavelmente / conveniente.
b) despreparadas / instruídas.
c) fascinante / inconsistente.
d) favorita / mensurável.
e) melhor / inapropriado.
337) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais, porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Considere o sentido veiculado pelas palavras destacadas em negrito nos seguintes


fragmentos textuais:

• … fatores demográficos… (3º parágrafo)

• A impressão de que os millennials não têm… (4º parágrafo)

• … também se revela na análise… (4º parágrafo)


No contexto em que se inserem, as palavras em destaque podem ser substituídas,
sem prejuízo do sentido, respectivamente, por

a) hereditários, constatação, confirma.

b) geográficos, sensação, retifica.

c) ambientais, noção, contesta.

d) populacionais, opinião, manifesta.

e) econômicos, desconfiança, pressente.

338) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Clareza, objetividade e sinceridade são as características de quem é assertivo. É ser


uma pessoa transparente em intenções e colocações. Olhar no olho ao conversar,
voltar -se à pessoa com quem fala (postura) e usar palavras alinhadas à expressão
facial e tom de voz firme, claro e moderado revela este aspecto durante a
comunicação.

Para Marcos Gross, autor do livro Dicas Práticas de Comunicação: Boas Ideias para
os Relacionamentos e os Negócios, são raros os profissionais com essas qualidades,
já que a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo. ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações por dizer
o que penso?‖

Mas, pondera, engolir sapos faz mal à saúde. ―Quando um colaborador não se
permite expressar suas opiniões, desenvolve gastrite, dores na coluna, alergias,
hipertensão, estresse, entre outros problemas‖, escreve.

(Camila Pati, “As cinco regras de ouro da boa comunicação”. Exame. Em:
https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Considere as passagens do texto:

● ... e tom de voz firme, claro e moderado...

● ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações...‖

● Mas, pondera, engolir sapos faz mal à saúde.


No contexto em que estão empregados, os termos destacados significam, correta e
respectivamente:

a) iluminado; ofensas; adverte.

b) nítido; represálias; reflete.

c) vibrante; vinganças; conclui.

d) exato; calúnias; explica.

e) alto; repreensões; avalia.

339) Concurso: Escr/UNIFAI/2019 Banca: VUNESP

Bartleby, o escriturário

Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall
Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de
seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e
discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior
ou menor medida, a um beco sem saída.

Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de
Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam‘s Magazine, pelos idos de
1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de
1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby
Dick.

Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall


Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha
história(A) de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e
Ginger Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde
profundamente.

Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos


conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo
que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura.
Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade
de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu
trabalho, com exceção das revisões de documentos(B) em que seu patrão ou algum
dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as
cópias.

Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar- se a cumprir suas


obrigações, dizendo sempre a mesma frase, ―Prefiro não fazê-lo‖, atraindo a
insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez
menos produtiva labuta(C). Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa
continuar ―trabalhando‖ e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga
nas dependências do escritório.

A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar-se dali, visto que Bartleby
se recusa a deixar o escritório,(D) e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus
nervos à flor da pele.

O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o


advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase
mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não
fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões
subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.(E)

(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa cujo termo em destaque altera o sentido original do texto.

a) O patrão de Bartleby, um advogado, com elegância e alguma modéstia, digna-


se a narrar a estranha história.

b) Bartleby, com estranheza, segue exatamente as exigências do trabalho, com


exceção das revisões de documentos.

c) O patrão, insatisfeito, começa a pressioná-lo a respeito de seu cada vez menos


produtivo trabalho.

d) A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar-se, pois Bartleby


nega-se a deixar o escritório.

e) Pouco se sabe sobre os motivos e as razões subjacentes a suas escolhas e sua


existência decadente.

340) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Administração Pública/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O Marajá

A família toda ria de dona Morgadinha e dizia que ela estava sempre esperando a
visita de alguém ilustre. Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar,
uma ponta de poeira em seus móveis ou uma mancha em seus vidros e cristais.
Gemia baixinho quando alguém esquecia um sapato no corredor, uma toalha no
quarto ou – ai, ai, ai – uma almofada fora do sofá da sala. Baixinha, resoluta,
percorria a casa com uma flanela na mão, o olho vivo contra qualquer incursão do
pó, da cinza, do inimigo nos seus domínios.

Dona Morgadinha era uma alma simples. Não lia jornal, não lia nada. Achava que
jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos. O marido de dona
Morgadinha, que ela amava com devoção apesar do seu hábito de limpar a orelha
com uma tampa de caneta Bic, estabelecera um limite para sua compulsão por
limpeza. Ela não podia entrar em sua biblioteca. Sua jurisdição acabava na porta.
Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava. E, nas raras vezes em que dona
Morgadinha chegava à porta do escritório proibido para falar com o marido, esse
fazia questão de desafiá-la. Botava os pés em cima dos móveis. Atirava os sapatos
longe. Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada só para ver
a cara da mulher. Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava
deliberadamente o alvo. Dona Morgadinha então fechava os olhos e, incapaz de se
controlar, lustrava com a sua flanela o trinco da porta.

(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
Adaptado)

Considere as frases:

• ... estava sempre esperando a visita de alguém ilustre.

• Baixinha, resoluta, percorria a casa com uma flanela na mão...

• Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava deliberadamente o


alvo.

Os termos em destaque nas frases têm como sinônimos adequados ao contexto,


correta e respectivamente:

a) notável; determinada; propositalmente.

b) imponente; hábil; impensadamente.

c) sentencioso; indolente; manifestamente.

d) observador; servil; insistentemente.

e) crítico; obstinada; indiscriminadamente.


341) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.

Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é


vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)
No trecho ―Era natural a convivência harmoniosa na urgência.‖, a palavra
destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

a) agradável.

b) diária.

c) suportável.

d) insistente.

e) estranha.

342) Concurso: AAdm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

O vocábulo inútil, em destaque no texto, possui como antônimo apropriado para o


contexto em que se encontra:

a) superficial.
b) substituível.
c) dispensável.
d) proveitoso.
e) infeliz.
343) Concurso: AAdm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.

Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além


das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendonuma velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)
A expressão destacada em ―… essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos…‖ pode ser corretamente substituída, preservando-se o sentido do
trecho, por

a) incorre em.

b) tem origem em.

c) leva a.

d) remete a.

e) distingue-se de.

344) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)
Leia as passagens do texto:

– … é a parte mais visível de uma transição que vem ocorrendo no mercado de


trabalho… (1° parágrafo);

– Atividades rotineiras nas fábricas… (1° parágrafo);

– … que tornará boa parte do trabalho obsoleta. (2° parágrafo);

– O resultado é alarmante. (2° parágrafo).

Os termos em destaque significam, correta e respectivamente:

a) mudança; cotidianas; ultrapassada; inquietante.

b) alteração; comuns; modernizada; aterrador.

c) passagem; inusuais; arcaica; provocante.

d) deterioração; simples; retrógrada; preocupante.

e) transformação; relevantes; confusa; pacificador.

345) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.

Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM. Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes
vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta, entre colchetes, um sinônimo para o vocábulo


em destaque:
a) ... não é capaz de gravar acontecimentos... [idealizar]
b) ... não tem uma memória comum... [convencional]
c) ... notícias e acontecimentos pessoais... [alheios]
d) ... são gravadas em detalhes vívidos... [enigmáticos]
e) ... é fascinante em termos científicos... [enfadonho]

346) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta
fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas
para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente
quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse
uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e,
aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-
se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que
falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se
ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito
páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)


Nas passagens ―Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro
que não lê.‖ e ―negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros‖, os termos
destacados têm como antônimos, respectivamente:

a) solitário e espalhados.

b) apartado e ampliados.

c) solto e limitados.

d) enclausurado e apertados.

e) liberto e expandidos.

347) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)
Leia as passagens do texto:

– Em momentos assim, o Brasil depara com outra chaga, diferente da pobreza: a


desigualdade.

– Para piorar, descobrimos recentemente que subestimávamos o problema.

No contexto em que estão empregados, os termos em destaque significam,


respectivamente,

a) problema e menosprezávamos.

b) infortúnio e respeitávamos.

c) prejuízo e apreciávamos.

d) condição e ignorávamos.

e) tormento e desconhecíamos.

348) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Leia as frases a seguir:

• A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras... (3º


parágrafo)

• A menininha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a


comê-lo. (6º parágrafo)

• Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba,


constrangido... (6º parágrafo)
De acordo com o contexto, os termos destacados podem ser substituídos, sem
alteração de sentido do texto, respectivamente, por:

a) consistência; aflitas; abalado.

b) moderação; apressadas; acanhado.

c) demonstração; morosas; envergonhado.

d) repressão; pausadas; arrojado.

e) refreamento; impacientes; destemido.

349) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.

Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)


As palavras destacadas na passagem – Delas se espera que sejam submissas,
contidas... – têm antônimos adequados ao contexto em:

a) insubmissas e reservadas.

b) intransigentes e instáveis.

c) desobedientes e imoderadas.

d) soberbas e notáveis.

e) dóceis e desmedidas.

350) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Por que o criador do botão „curtir‟ do Facebook apagou as redes sociais do celular

A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos,
conscientemente, prestar atenção nela. ―Em todos os outros casos, deve ficar fora
do nosso caminho.‖

Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o
executivo responsável pela criação do botão ‗curtir' nos primórdios do Facebook, há
mais de dez anos.

Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook


ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na
vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais,
aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais ―presença‖ no
mundo off-line.

Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto
critica, responde: ―Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir,
haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita
atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado‖.

(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Duas expressões do texto que têm sentidos opostos são:

a) distração; atenção.
b) criador; matemático.
c) conscientemente; justamente.
d) notificações; aplicativos.
e) arrepende-se; critica.
351) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se


elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

A mesma relação de sentido que se verifica entre as palavras destacadas nas frases
―embora a desocupação tenha caído um pouco‖ / ―a pobreza extrema se elevou‖
também ocorre entre os termos:

a) perverso / brutal.

b) recuperação / desproporcional.

c) trajetória / retomada.

d) reverteram / geradas.

e) crescimento / recessão.
352) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Nas passagens ―A logística reversa ainda está em difusão no Brasil...‖ e ―O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor‖, os
termos destacados significam, correta e respectivamente:

a) disseminação e propício.

b) dispersão e prejudicial.

c) prontidão e adverso.

d) concisão e oportuno.

e) redução e favorável.

353) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Na frase ―Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas‖, o


termo destacado tem sentido contrário de

a) minuciosas.

b) rigorosas.

c) flexíveis.

d) exatas.

e) intransigentes.

354) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.

O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e


segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”. www.bbc.com,


27.06.2018. Adaptado)

Um sinônimo para prescindível, em destaque no primeiro parágrafo, é

a) dispensável.

b) prejudicial.

c) perigoso.

d) divertido.

e) elementar.

355) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Assinale a alternativa em que as duas frases são sinônimas.


a) Elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê de perturbador./ Elas trazem dentro
delas algo de tranquilizador.
b) Chega uma hora em que é preciso deixar de ficar ligada na grama do
vizinho./Chega uma hora em que é preciso deixar de ficar indiferente à grama do
vizinho.
c) Estarão realizando um milhão de coisas interessantes?/ Estarão realizando um
milhão de coisas monótonas?
d) Os notáveis revelam pouco suas aflições./ Os notáveis revelam intensamente
suas aflições.
e) A grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma./ A grama do vizinho
inegavelmente não é mais verde.
356) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como

acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.

Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados


biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)


Assinale a alternativa em que as expressões destacadas na frase têm sentidos
opostos.

a) O processo de obtenção deve ser simplificado.

b) ... reunirá dados cadastrais do motorista tanto na parte impressa quanto na


memória digital.

c) ... as empresas que produzirão as carteiras serão previamente credenciadas e


posteriormente habilitadas...

d) ... prevê que as novas carteiras sejam emitidas a partir de janeiro, mas são
esperados atrasos.

357) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia


desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da
Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão
estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei
(GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e
restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de


privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo
para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e
outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para
começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela
iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla
margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

Considere as frases do texto:

● ... restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

● ... pressionaram agressivamente as autoridades (...) para começar a delinear


uma lei...
Os termos destacados nas frases significam, correta e respectivamente,

a) limita; esboçar.

b) determina; inovar.

c) identifica; projetar.

d) obstrui; encomendar.

358) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Muito antes de haver história, já havia seres humanos. Animais bastante similares
aos humanos modernos surgiram por volta de 2,5 milhões de anos atrás. Mas, por
incontáveis gerações, eles não se destacaram da miríade de outros organismos
com os quais partilhavam seu habitat.

Em um passeio pela África Oriental de 2 milhões de anos atrás, você poderia muito
bem observar certas características humanas familiares: mães ansiosas acariciando
seus bebês e bandos de crianças despreocupadas brincando na lama; jovens
temperamentais rebelando-se contra as regras da sociedade e idosos cansados que
só queriam ficar em paz; machos orgulhosos tentando impressionar as beldades
locais e velhas matriarcas sábias que já tinham visto de tudo. Esses humanos
arcaicos amavam, brincavam, formavam laços fortes de amizade e competiam por
status e poder – mas os chimpanzés, os babuínos e os elefantes também. Não
havia nada de especial nos humanos. Ninguém, muito menos eles próprios, tinha
qualquer suspeita de que seus descendentes um dia viajariam à Lua, dividiriam o
átomo, mapeariam o código genético e escreveriam livros de história. A coisa mais
importante a saber acerca dos humanos pré-históricos é que eles eram animais
insignificantes, cujo impacto sobre o ambiente não era maior que o de gorilas,
vaga-lumes ou águas-vivas.

(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da


humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio, Porto Alegre, L&PM, 2015, p. 08-09)

O termo miríade, em destaque no primeiro parágrafo do texto, está empregado


com o sentido de

a) acentuada uniformidade.
b) frequência irregular.
c) grande quantidade.
d) tamanho diminuto.
e) característica excepcional.
359) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.

A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)


Nas passagens ―A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de
desmatamento…‖ (3º parágrafo) e ―Operações dessa monta se fazem de raro em
raro…‖ (5º parágrafo), os termos em destaque significam, respectivamente:

a) camuflados e proporção.

b) incontestáveis e importância.

c) dissimulados e amplitude.

d) evidentes e irrelevância.

e) equivocados e valor.

360) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

O termo privado está em relação de sentido com público, seu antônimo, da


mesma forma que estão as palavras

a) insatisfeitos e desabonados.

b) distraídos e atentos.

c) tradicional e usual.

d) improvável e inaceitável.

e) conectar e interligar.

361) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

Na frase – É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso ... – a


expressão em destaque tem o sentido de

a) seja substituído.

b) sofra censura.

c) torne-se obsoleto.

d) mostre-se alterado.

e) mereça sanção.

362) Concurso: Tel/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp

Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que


as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou
brincam pouco, no ―mundo real‖, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa
foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro
a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.
Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se
enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que
afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas


passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para,
inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da
pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades
esperadas para essa faixa.

O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas


sim a falta de brincadeiras no ―mundo real‖.

―O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades


que estimulem a criatividade‖.

Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem
noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/uso-de-eletronicos-em-
excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp.Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

As expressões destacadas nos segmentos do texto – … as crianças que se


enquadram nesse perfil… – e – … atividades que estimulem a criatividade. –
podem ser substituídas, sem alteração do sentido original do texto, por:

a) nesse quadro; improvisem.

b) nesse instinto; definam.

c) nesse ritmo; investiguem.

d) nessa descrição; incentivem.

e) nessa regularidade; contornem.

363) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.
Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da
internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses traz o sentido oposto


ao da expressão destacada no trecho do texto.

a) … nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros. (evidente)

b) … com o cuidado de transmitir todas as informações necessárias… (com o


zelo)

c) Ela cita como informalidade excessiva o hábito… (demasiada)

d) … formatações de texto menos convencionais, como o uso indiscriminado de


fontes… (criterioso)

e) … não desenvolvem a habilidade de escrever de forma correta e coerente…


(pertinente)
364) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Sem meio-termo”, para responder à questão.

―Rei Arthur – A lenda da espada‖ é daqueles filmes sem meio-termo. Ou gosta, ou


não gosta. E há argumentos convincentes para qualquer lado da balança de
opiniões.

O diretor que assina essa espécie de versão pós-moderna do mítico personagem,


Guy Ritchie, não mediu esforços para impressionar a plateia.

Tudo na tela é hipérbole. A potente trilha sonora e a avalanche de efeitos especiais


permeiam uma narrativa costurada num ritmo alucinante.

A edição, marcada por idas e vindas e cortes rápidos, nos deixa sem respirar. Uma
experiência vertiginosa, que hiperestimula os sentidos nos 126 minutos de
projeção. Delírio para uns, martírio para outros.

O cartão de visitas do longa traz uma batalha épica com direito a elefantes
gigantescos, na linha de ―Senhor dos Anéis‖ ou de algum episódio de ―Game of
Thrones‖.

Daí em diante, o roteiro segue religiosamente a fórmula da jornada do herói: de


―zé-ninguém‖, Arthur se transforma no lendário rei ao arrancar a espada Excalibur
de uma pedra e superar incontáveis obstáculos.

(Marina Galeano. Guia Folha, 19 a 25 de maio de 2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses substitui a expressão


destacada no trecho do texto, mantendo a ênfase pretendida pela autora.

a) … não mediu esforços para impressionar a plateia. (trabalhou regularmente)

b) A potente trilha sonora e a avalanche de efeitos especiais… (quantidade


razoável)

c) … uma narrativa costurada num ritmo alucinante. (constante)

d) A edição, marcada por idas e vindas e cortes rápidos, nos deixa sem respirar.
(satisfaz minimamente o público)

e) Delírio para uns, martírio para outros. (penitência)


365) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)


Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui, sem alterar o
sentido do texto, a expressão destacada no trecho selecionado.

a) Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética... (elaborada.)

b) A equação original, cunhada pelo urbanista americano Richard Florida...


(recriada.)

c) Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos.
(reconstruiu)

d) Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados.


(intrinsecamente.)

e) O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco…


(remunera.)

366) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.

Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as


consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar
42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses pode substituir, sem


alteração de sentido, a expressão destacada no trecho selecionado do texto.

a) … essas informações têm papel fundamental na escolha do destino final dos


recursos. (irrelevante)

b) É uma evolução em relação a 2015, quando 52% afirmavam atentar para essas
questões. (uma suposição)

c) No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados


para o mercado… (critérios)

d) … que usava um software para manipular testes de verificação das emissões de


gases… (antecipar)

e) O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias.


(produtividade)

367) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.
O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do
primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.

A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que se expressa, adequada e respectivamente, o sentido


dos termos destacados nas passagens – … ganhar personalidade, ambição e
protagonismo mais nítidos. – e – No ápice da trajetória de amante imperial…

a) papel de destaque – auge.

b) contorno – apogeu.

c) espaço – requinte.

d) apoio – limite.

e) reconhecimento – centro.

368) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Andava na calçada quando vi uma mulher vindo em minha direção, grudada no


celular e sem, portanto, olhar por onde ia. Se não desviasse dela, fatalmente nos
chocaríamos. Como sou intimamente malvado, parei de repente e dei meia-volta,
como se olhasse para trás: a senhora em questão bateu de frente com minhas
costas. Eu tinha contraído o corpo para receber o impacto e resisti bem, ela entrou
em tilt*, o celular caiu, percebeu que tinha esbarrado em alguém que não podia vê-
la e que, portanto, a responsabilidade de desviar era dela. Balbuciou algumas
desculpas, enquanto eu respondia com humanidade: ―Não se preocupe, isso é
comum hoje em dia.‖
Espero que o celular tenha se quebrado ao cair e aconselho a quem se encontrar
numa situação parecida que se comporte como eu.

(Umberto Eco, O celular e a rainha de “Branca de Neve”.


Pape Satàn Aleppe – crônicas de uma sociedade líquida.)

* Entrar em tilt: entrar em pane.

A relação de sentido que existe entre as palavras trás e frente, empregadas no


texto, está presente também entre

a) fatalmente e irremediavelmente.

b) resisti e impedi.

c) responsabilidade e comprometimento.

d) comum e inusitado.

e) malvado e dissimulado.

369) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.
Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

Considere a frase a seguir para responder à questão abaixo.

As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no


ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no
passado. (1° parágrafo)

Assinale a alternativa em que as palavras expressam sentidos opostos.


a) refletem e reverberam.
b) fáceis e simples.
c) urbano e citadino.
d) imaginar e supor.
e) disputadas e depreciadas.

370) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão abaixo.

(Folha de S.Paulo, 21.06.2017. Adaptado)


O termo explícito é sinônimo de:

a) ilegal.

b) camuflado.

c) crescente.

d) subentendido.

e) evidente.

371) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.
De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar
personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

A palavra destacada em – Há escritores talentosos que se queixam dos tormentos e


da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso, escrever só me
traz alegria. – é empregada com o sentido de

a) intrínsecos.

b) inadequados.

c) alheios.

d) diversos.

e) acrescidos.

372) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.
Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Na passagem do 4o parágrafo – Causa consternação conhecer a principal razão


citada pelos consumidores... –, o termo em destaque é sinônimo de

a) resignação.

b) indignação.

c) irritação.

d) satisfação.

e) comoção.

373) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Na frase do último parágrafo – Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão... –,


o termo em destaque é antônimo de

a) benévolo.

b) implacável.

c) contundente.

d) indispensável.

e) malvado.
374) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Não tem jeito! Ficar reclamando da má sorte, que as dificuldades são muitas, que a
vida está difícil, não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém.
Atitude como essa apenas demonstra o lado pessimista e características de alguém
que não consegue perceber que oportunidades são criadas.

Às vezes ouço pessoas comentando: ―fulano tem muita sorte! As coisas acontecem
para ele com facilidade!‖ Engano! Para que existam resultados, é preciso empenho,
energia, dedicação, coragem e uma dose de ousadia.

Aquilo que os outros entendem por ―sorte‖ é o resultado, na maioria das vezes, de
muito trabalho. Desde o cuidado com os relacionamentos, à conduta ética ao longo
da carreira e à confiança conquistada por um histórico de bons trabalhos realizados
com competência.

As grandes verdades são que viver não é para fracos e que oportunidades não
caem no colo de ninguém. É preciso agir. Costumo dizer que o ser humano é o
único animal capaz de enganar a si próprio.

Aprender habilidades novas requer paciência consigo mesmo, e persistir apesar das
dificuldades iniciais é o que, de fato, leva ao aprendizado.

Talvez seja essa uma das características entre as mais desejadas nos profissionais:
a capacidade de persistir. Mostrar interesse e motivação para aprender o novo e
novas competências. Suportar as frustrações iniciais e se empenhar.

Enfim, viver é diferente de ―ir durando‖, como dizia uma colega.

Há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem
suas escolhas, e aquelas que deixam a vida decidir por elas.

(Adriana Gomes, Você decide ou decidem por você. Folha de S.Paulo, 22.11.2015. Adaptado)

Observe as palavras destacadas em – … uma das características entre as mais


desejadas nos profissionais: a capacidade de persistir. / Suportar as frustrações
iniciais e se empenhar.

São sinônimos adequados dessas palavras, respectivamente:

a) conservar e penhorar.
b) perseverar e dedicar.
c) competir e comprometer.
d) conciliar e forçar.
e) estimular e defender.
375) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...

Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo


que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)

Na passagem – seus golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se
fôssemos heróis, nós que enxugamos furtivamente os olhos –, as palavras
destacadas têm sinônimos adequados, respectivamente, em:

a) assustados e evidentemente.

b) despreparados e moderadamente.

c) confusos e modestamente.

d) retraídos e compreensivelmente.

e) pasmos e discretamente.

376) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar.
Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente,
apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um
estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela
excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.
De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira.
Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse
querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas
outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não
tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água.
Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos
incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais.
Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada – ótima
brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação
parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso
porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados
da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E, sobretudo, eram educados mal
porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os
cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter
uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela
ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se
transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre ―diferente‖ e
extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. www.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/01/1731576-mal-


educados-oueducados-mal.shtml, 21.01.2016.Adaptado)

Um antônimo para insensatos, destacado no primeiro parágrafo, é:

a) ousados.

b) despropositados.

c) tolos.

d) moderados.

e) vigorosos.
377) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Observe as passagens do texto:

… a carta de uma alma sequiosa de afeto… (1º parágrafo)

… eu até a imaginava como uma moça esguia… (3º parágrafo)


No contexto em que estão empregados, os termos em destaque significam,
respectivamente:

a) plena e alta.

b) atormentada e elegante.

c) desejosa e esbelta.

d) resplandecente e magra.

e) ávida e baixa.

378) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖.

Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que se encontra, nos parênteses, o antônimo da palavra


destacada na frase.

a) ...―eles são mais corajosos‖... (audazes)

b) Por que tanto receio? (contratempo)

c) Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. (restritas)

d) Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim. (desventuradas)

e) Um pai carinhoso e dedicado no futuro? (designado)

379) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)

Considere os seguintes trechos:

 Pulei do número 58/60 para o 52 e, glorioso, refiz meu guarda-roupa.


 ... magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por sangue...

Os termos destacados podem ser, no contexto em que estão empregados, correta e


respectivamente, substituídos por

a) ansioso e célebres.

b) concentrado e sedentos.

c) honrado e negros.

d) perplexo e desejosos.

e) vitorioso e ansiosos.
380) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.

Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos
Um sinônimo para o termo decifrar, em destaque no terceiro parágrafo, é:
a) manejar.
b) inscrever.
c) decodificar.
d) subjugar.
e) normatizar.

381) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia a legenda que acompanha a imagem para responder à questão.

ACHADO BIZARRO

Cientistas descobrem um sistema planetário com estrela maior que o Sol, duas
estrelas ____________ e um mundo similar __________ Júpiter.

(www.folha.com.br. 08.07.2016. Adaptado)

No contexto em que está empregado, o termo ―bizarro‖ significa


a) perigoso.
b) inexpressivo.
c) conhecido.
d) comum.
e) estranho.
382) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.

Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)


Um sinônimo para o termo destacado em – Ou seja, temos que ser corajosos para
propor coisas novas, seja vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma
inusitada. – é:

a) valentes.

b) humildes.

c) amistosos.

d) serenos.

e) organizados.

383) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente.), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)

Leia as passagens do texto:

– ... que concebeu e instalou na rua um outdoor de 24 metros quadrados...;

– A gíria é efêmera...
Os termos em negrito significam, respectivamente,

a) reproduziu e temporária.

b) redigiu e eterna.

c) propôs e contundente.

d) criou e longeva.

e) idealizou e passageira.

384) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.
* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e
prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

Uma palavra que substitui a forma verbal conter, em destaque no 3º parágrafo,


por ser sua sinônima, é:

a) aderir.

b) reprimir.

c) prezar.

d) incitar.

e) instigar.

385) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja expressão entre parênteses apresenta sentido oposto ao


da expressão destacada no trecho do texto.

a) Não se pode dar corda à memória… (dar vazão).

b) No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar… (o grande desafio).

c) As primas eram muitas, e a convivência, intensa. (superficial).

d) Mas os fregueses eram honestos… (corretos).

e) Às vezes corria um boato assustador. (aterrador).


386) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Araraquara/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Comida “feia” também faz bem para a saúde

Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os
―padrões de beleza‖ impostos pela indústria, as frutas e verduras ―feias‖ voltaram a
ser um objeto atrativo pelos que lutam contra o desperdício de alimentos.

O agricultor francês Nicolas Chabanne, fundador do movimento em defesa dos


―alimentos feios‖, trabalha para posicionar esses produtos no mercado e já tem mil
parceiros no mundo todo.

Sua estratégia é simples. Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra
um rosto com um único dente aos produtores que se comprometem a colocá-la
entre seus alimentos ―feios‖, oferecendo-os pelo menor preço. Depois, parte do
dinheiro arrecadado é destinada a associações de caridade e de consumidores.

―Quando você coloca uma maçã feia ao lado de outras muito bonitas, nossos olhos
fixam antes nas mais bonitas‖, disse Chabanne, que se esforça para mostrar às
pessoas que os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade
e, inclusive, mais baratos.

A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se


expandindo. Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais
ingeridos no café da manhã.

―É um negócio social e rentável porque aproveita a luta contra os resíduos a fim de


voltar a vender parte da produção que não é normalmente valorizada‖, afirmou
Thomas Pocher, proprietário de um supermercado no norte da França.

(EFE, http://exame.abril.com.br. Adaptado)

Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa começou com


frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de
sentido, é:

a) subitamente.

b) paulatinamente.

c) repentinamente.

d) provavelmente.

e) impreterivelmente.
387) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Mulher ao volante

―Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam‖, disse


orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41,
no terminal Vila Mariana.

Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou
a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que
sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.

A cor rosa é sua ―marca registrada‖, como define, e o percurso, seu favorito. ―Amo
meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos‖, diz ela,
que troca cumprimentos com os mais chegados.

Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são
uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma ―perfeição
maior‖ e pilotam por gosto, não por obrigação. ―Não me vejo fazendo outra coisa‖,
diz.

Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma
potência módica que ela pretende em breve dobrar. ―Descarrego toda a minha
adrenalina nela.‖

Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: ―Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias
tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença‖, completa.

(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, uma expressão de sentido


oposto à expressão destacada no trecho do texto.

a) Engatou a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem. (adornado)

b) Marta concluiu que as mulheres na direção são uma segurança para a


população. (causam hesitação na)

c) Dirigem com uma “perfeição maior” e pilotam por gosto, não por obrigação.
(dever)

d) Acelera na sua moto 125 cilindradas, uma potência módica que ela pretende
em breve dobrar. (moderada)

e) Acho interessantes essas várias tribos. (esses diferentes grupos sociais)


388) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

No trecho do último parágrafo… – é máquina de amansar doido… –, o termo em


destaque é antônimo de

a) domar.

b) abrandar.

c) enfraquecer.

d) combater.

e) enfurecer.
389) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.


No segundo parágrafo, o autor aponta combinações de palavras que geram as
expressões ―erro crasso‖ e ―aproveitar o ensejo‖. Os termos nelas destacados
significam, respectivamente,
a) grosseiro e ocasião.
b) calculado e companhia.
c) premeditado e tempo.
d) clássico e oportunidade.
e) imprevisto e dia.

390) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que
manipula a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)


As palavras destacadas no 2o parágrafo – ininterrupta e habilidade – têm
antônimos corretos, respectivamente, em:

a) feroz e presteza.

b) insistente e descaso.

c) descontinuada e inaptidão.

d) desinteressada e imperícia.

e) interminável e destreza.

391) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Em – … há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: – a palavra em
destaque pode ser corretamente substituída, sem alteração de sentido, por

a) descartável.

b) secundária.

c) plausível.

d) preterida.

e) impraticável.

392) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 27.06.2015)


Na oração – Hoje o Lars mostrou habilidades superiores de arqueiro...–, o adjetivo
em destaque significa

a) corriqueiras.

b) exímias.

c) excêntricas.

d) elementares.

e) consensuais.

393) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

No texto, afirma-se que o padrão Fifa deixou ―um legado nefasto para o Brasil.‖ Se
o legado estivesse em um cenário positivo, o adjetivo ―nefasto‖ seria substituído
por

a) inverossímil.

b) contundente.

c) auspicioso.

d) instigante.

e) confuso.
394) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.

Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

Considere o segundo parágrafo para responder à questão:

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Um sinônimo para o termo ceticismo, em destaque, é

a) incredulidade.

b) inexperiência.

c) irreverência.

d) inadvertência.

e) irracionalidade.
395) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente


um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre
duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma
necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher
na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber
intrigas?

A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma
simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede,
nem frio.

Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho
caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede
afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem
cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e
chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um
pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho
ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe
moqueado. Que prazer em comer aquele peixe e ficar algum tempo a conversar,
entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.

Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar
de repente uma vida de acordar bem cedo? Mas para instaurar uma vida mais
simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse
comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas,
dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio,
cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas
deixasse a alma sossegada e limpa.

(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. Adaptado)

Com a expressão – desarrumação feroz –, no contexto do primeiro parágrafo, o


autor descreve a vida urbana como

a) aprazível.
b) disciplinada.
c) próspera.
d) singela.
e) confusa.
396) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

Considerando o contexto, os termos que expressam o sinônimo de ―reles‖ em –


Era uma grande conquista receber um reles contato visual. – e o antônimo de
―deteriorando‖ em – A relação com os filhos estava se deteriorando. – são,
respectivamente,

a) simples e se fortalecendo.

b) usual e se desfazendo.

c) aceitável e se valorizando.

d) estranho e se firmando.

e) costumeiro e se manifestando.
397) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),


o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,


custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.

―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.

(http://g1.globo.com. Adaptado)

O sentido de escanear, em destaque no primeiro parágrafo, compreende a ação de

a) reconfigurar.

b) examinar.

c) deturpar.

d) suscitar.

398) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.
O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Um antônimo para o termo significativos, em destaque no primeiro parágrafo, é:


a) influentes.
b) irrestritos.
c) imprevistos.
d) irrelevantes.

399) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os


brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional
de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que faltaram ao trabalho pelo
menos um dia alegaram ter tido gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013,
em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
tem, portanto, base de comparação.

Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio
Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e
irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não
ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias, requer
repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e
antitérmicos.

(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE”.
www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)

A forma verbal requer, destacada no terceiro parágrafo, está corretamente


substituída, sem alteração da mensagem, por:

a) delata.
b) previne.
c) prescinde.
d) restitui.
e) exige.
400) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.

O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.

Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo


Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)

Nas passagens ―... vem solapar ao menos dois argumentos...‖ (primeiro


parágrafo) e ―... um sistema de marcação indelével dos artefatos de fogo.‖ (último
parágrafo), os termos em destaque significam, respectivamente,

a) confirmar e indestrutível.

b) enfraquecer e inapagável.

c) abalar e extinguível.

d) questionar e suprimível.

e) impor e durável.
401) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel

do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se restasse a


unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

Nas passagens – ... quando notei o pequeno feixe de fibras emergindo na areia
banhada pela espuma. –, – ... enfeixando as fibras que tentavam se libertar,
dissolutas. – e – Com a ponta do cipó, revolvi a areia. –, os termos em destaque
são sinônimos, respectivamente, de

a) subindo … desfeitas … remexi

b) escondendo-se … dissolvidas … ajeitei

c) submergindo … decompostas … espalhei

d) vindo à tona … amarradas … baguncei


402) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O ―Anuário Brasileiro de Segurança Pública‖ detalhou pela primeira vez os crimes


que resultam em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em
2014, quase dois óbitos por hora nas principais cidades do país.

No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada


que congrega especialistas na área), não se observa variação muito significativa
com relação ao ano anterior. Em 2013, haviam sido 15 804 mortos por violência
intencional nas capitais, acréscimo de mero 0,8%.

Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve


inalterada a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as
cifras de cada capital, por outro lado, despontam algumas evidências chocantes.

(Folha de S.Paulo, 03.10.2015. Adaptado)

Nas passagens – O panorama é sombrio... (1o parágrafo) – e – ...15 804 mortos


por violência intencional nas capitais... (2o parágrafo) –, os termos em destaque
têm como antônimos, respectivamente:

a) auspicioso … deliberado

b) desconsolador … impremeditado

c) animador … involuntário

d) infeliz … proposital
403) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Disponível em http://www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Na frase – A alienação é uma ponte para a felicidade. –, o termo em destaque tem


sentido equivalente ao de
a) alheamento.
b) induzimento.
c) discernimento.
d) desprendimento.
e) comprometimento.

404) Concurso: Ass SA I/UNESP/Campus Ourinhos/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)

Para responder a esta questão, considere a seguinte passagem:

Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime…
Assinale a alternativa que substitui, respectivamente, as palavras destacadas, sem
prejudicar o sentido do original.

a) Entretanto… isenta… elogio

b) Portanto… liberta… propaganda

c) Consequentemente… culpa… incentivo

d) Assim… libera… desafio

e) No entanto… acusa… antagonismo

Denotação e Conotação

405) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.

Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.

Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de


algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.
Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há emprego de palavra ou expressão em sentido


figurado.

a) … inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

b) Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

c) Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita.

d) Comentei que também gostava de todos os táxis…

e) Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias.

406) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Clareza, objetividade e sinceridade são as características de quem é assertivo(A). É


ser uma pessoa transparente(B) em intenções e colocações. Olhar no olho(C) ao
conversar, voltar -se à pessoa com quem fala (postura) e usar palavras alinhadas à
expressão facial e tom de voz firme, claro e moderado revela este aspecto durante
a comunicação.

Para Marcos Gross, autor do livro Dicas Práticas de Comunicação: Boas Ideias para
os Relacionamentos e os Negócios, são raros os profissionais com essas qualidades,
já que a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo(D). ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações por
dizer o que penso?‖

Mas, pondera, engolir sapos(E) faz mal à saúde. ―Quando um colaborador não se
permite expressar suas opiniões, desenvolve gastrite, dores na coluna, alergias,
hipertensão, estresse, entre outros problemas‖, escreve.

(Camila Pati, “As cinco regras de ouro da boa comunicação”. Exame. Em:
https://exame.abril.com.br. Adaptado)
No texto, está empregada em sentido figurado a expressão

a) ―é assertivo‖, referente à ideia de ser bem entendido.

b) ―uma pessoa transparente‖, referente à ideia de ser dócil.

c) ―Olhar no olho‖, referente à ideia de intimidar o interlocutor.

d) ―ambiente corporativo‖, referente à ideia de espaço empresarial.

e) ―engolir sapos‖, referente à ideia de tolerar situações desagradáveis.

407) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Malfadada tecnologia

Sob o comando de Lúcifer, a tela conseguiu hipnotizar multidões de mulheres,


homens, crianças mantidos online. Antes, podíamos alegar não ter visto a
mensagem enviada, por estarmos longe do computador. A tela jogou por terra essa
possibilidade. Não satisfeito, criou o WhatsApp. Cinco minutos depois de enviar um
email,o inimigo manda um WhatsApp para cobrar a resposta. Desafetos mais
ansiosos executam as duas operações simultaneamente.

(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo. 28.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há palavras com sentido figurado.

a) Antes, podíamos alegar não ter visto a mensagem enviada.

b) A tela jogou por terra essa possibilidade.

c) A tela conseguiu manter multidões de mulheres, homens, crianças on line.

d) Desafetos mais ansiosos executam as duas operações simultaneamente.

e) Os cientistas, não satisfeitos, criaram o WhatsApp.


408) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder a questão.

(André Dahmer, Malvados. Disponível em ttps://www1.folha.uol.com.br. 15.01.2019)

No contexto da tira, emprega-se a frase

a) ―O mundo é uma máquina...‖, em sentido próprio, para fazer referência ao atual


estágio de evolução tecnológica em que se encontra a humanidade.

b) ―... é uma máquina de moer corações.‖, em sentido figurado, para expressar a


ideia de que, nas relações sociais, predominam o respeito e o altruísmo.

c) ―Como alguém tem coragem de operar...‖, em sentido figurado, para condenar a


apatia de algumas pessoas em um contexto de transformações sociais.

d) ―Certamente é gente...‖, em sentido próprio, para negar que possam existir


pessoas indiferentes ao fato de o mundo ser um ambiente hostil.

e) ―... gente que não tem coração.‖, em sentido figurado, para se referir à
insensibilidade de pessoas cujas ações tornam o mundo um lugar opressivo.

409) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Administração Pública/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O Marajá

A família toda ria de dona Morgadinha e dizia que ela estava sempre esperando a
visita de alguém ilustre. Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar,
uma ponta de poeira em seus móveis ou uma mancha em seus vidros e cristais.
Gemia baixinho quando alguém esquecia um sapato no corredor, uma toalha no
quarto ou – ai, ai, ai – uma almofada fora do sofá da sala. Baixinha, resoluta,
percorria a casa com uma flanela na mão, o olho vivo contra qualquer incursão do
pó, da cinza, do inimigo nos seus domínios.

Dona Morgadinha era uma alma simples. Não lia jornal, não lia nada. Achava que
jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos. O marido de dona
Morgadinha, que ela amava com devoção apesar do seu hábito de limpar a orelha
com uma tampa de caneta Bic, estabelecera um limite para sua compulsão por
limpeza. Ela não podia entrar em sua biblioteca. Sua jurisdição acabava na porta.
Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava. E, nas raras vezes em que dona
Morgadinha chegava à porta do escritório proibido para falar com o marido, esse
fazia questão de desafiá-la. Botava os pés em cima dos móveis. Atirava os sapatos
longe. Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada só para ver
a cara da mulher. Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava
deliberadamente o alvo. Dona Morgadinha então fechava os olhos e, incapaz de se
controlar, lustrava com a sua flanela o trinco da porta.

(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que há emprego de palavra ou expressão em sentido


figurado.

a) Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar...

b) Dona Morgadinha era uma alma simples.

c) ... achava que jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos.

d) Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava.

e) Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada...

410) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.
Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é
vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há palavra ou expressão empregada no sentido


figurado.

a) Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar...

b) Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair...

c) Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando...

d) ... a campainha do apartamento deles tocou.

e) ... tratou de criticar e expelir o veneno pela boca...


411) Concurso: AAdm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

Uma palavra empregada em sentido figurado está destacada em:

a) Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não


registra…

b) … vinha caminhando, tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco


as energias para chegar ao meu destino…

c) Olhei o relógio, que marcava pouco mais de 11h.

d) Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão,
pegasse-o no colo e corresse com ele para casa.

e) ―Eu sei, ele fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não
consigo acordar cedo...‖.
412) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.

Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido


figurado.

a) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e
desligam sozinhos, mouses travados...

b) ... meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco


minutos e plugar de novo.
c) A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la.

d) ... a palavra seja chamada a dirimir dúvidas e dinamitar certezas.

e) ... que seja para continuar usando algo mais nobre do que apenas os
polegares.

413) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)


No texto, a passagem cujo termo em destaque exemplifica uso de linguagem
figurada é:

a) ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau…‖.

b) Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns.

c) É o caso do leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola…

d) … a ilusão de que toda pessoa alfabetizada domina a escrita…

e) … aspecto que será cada vez mais delegado à inteligência artificial.

414) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.
Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Assinale a alternativa em que há expressão(ões) empregada(s) em sentido


figurado.

a) Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo exclusivamente


citações.

b) Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe:
vida é pontuação.

c) Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as revistas MAD e outras que
vocês podem imaginar.

d) Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu excelente inglês,
até que descobriu a gramática.

e) Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes
e Dona Nair Freitas que me ensinaram.
415) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta
fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas
para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente
quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse
uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e,
aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-
se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que
falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se
ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito
páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)

No texto, um dos trechos construídos com palavras e expressões em sentido


próprio é

a) ―Páginas completamente cheias de linhas apertadas entre margens minúsculas,


negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros...‖, o qual mostra a percepção
objetiva que o adolescente tem da leitura.

b) ―Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e


oito páginas!‖, o qual revela o pensamento do adolescente e, ao mesmo tempo,
sinaliza sua dispersão na leitura.

c) ―... e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis,


que indica que um personagem fala...‖, o qual indica que, aos poucos, o
adolescente vai se interessando pelo livro.

d) ―Ele está sentado diante da janela, a porta fechada...‖, o qual remete à ideia de
que o adolescente, tendo de realizar a tarefa de ler, fica circunspecto, analisando-
se frente à situação imposta.

e) ―Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas,
uma tela esverdeada que perturba...‖, o qual remete à ideia de que o adolescente
queria estar em outro lugar.
416) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque está empregado no texto em


sentido figurado.

a) ... o número de pessoas vivendo na miséria no Brasil crescerá...

b) ... o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.

c) ... a desigualdade supera a normalmente encontrada em democracias


capitalistas.

d) ... a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de Gini...

e) A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava...


417) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.

E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)


A frase do narrador em que ele emprega linguagem figurada para se referir aos
relacionamentos é:

a) O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

b) Beijaram-se como se ele estivesse partindo para a guerra.

c) No dia seguinte, separaram-se para sempre.

d) Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações...

e) E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa...

418) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Geovani Martins: como a favela me fez escritor

Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa
mudança.

Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a


música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava
no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas
tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito
constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de
que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e


consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me
refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que
faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas.

(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)


Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na
alternativa:

a) ... os filmes e as séries de sucesso mundial.

b) ... cultura pop que faz a cabeça dos jovens...

c) ... encontra seus públicos por becos e vielas.

d) Destaco esses lugares...

e) ... meu primeiro livro, publicado em março de 2018...

419) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

Com a expressão em destaque na passagem ―…abrigar 160 000 pessoas


escravizadas é um escândalo humano de proporções épicas.‖, a autora está
afirmando, mediante o emprego de palavras em sentido

a) próprio, que a dimensão do escândalo é verídica.

b) figurado, que a dimensão do escândalo é comovente.

c) figurado, que a dimensão do escândalo é grandiosa.

d) próprio, que a dimensão do escândalo é terrível.

e) figurado, que a dimensão do escândalo é insana.

420) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

A frase em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo


(figurado) é:

a) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo


governo de Pernambuco.

b) Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.

c) Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores.

d) E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.

e) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

421) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

O padeiro

Levanto cedo, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do
apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro
de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a ―greve do pão dormido‖ –
uma greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que
obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei
bem o quê do governo.
Está bem. E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto
que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele
apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

– Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

―Então você não é ninguém?‖

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes
lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: ―não é ninguém, não
senhora, é o padeiro‖. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu preferi
não o deter para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal – e muitas vezes
saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda
quentinho da máquina, como pão saído do forno.

Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante
porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu
escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo em meu nome. O jornal e o
pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi
a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ―não é
ninguém, é o padeiro!‖

E assobiava pelas escadas.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. Vol. 1 – crônicas. São Paulo: Ática, 1979. Adaptado)

Assinale a alternativa que se caracteriza pelo emprego de palavra ou expressão em


sentido figurado.

a) Era pela madrugada que deixava a redação de jornal...

b) ... ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento...

c) ... e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem...

d) Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno.

e) E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto...


422) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

―Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua
vida.‖ A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados
pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de
vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A
questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas
não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano
regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol
da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status,
dinheiro. Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque
é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete momentos de
entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que
sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia


nove anos sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O
patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou caro também. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em
ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e
viagens de barco.

(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Há palavras empregadas com sentido figurado em:

a) ―quem acha que sombra e água fresca são luxo e não merecimento‖ (2º
parágrafo).

b) ―lamentou o pouco tempo passado com os netos‖ (3º parágrafo).

c) ―me perguntei se era realmente preciso escolher‖ (3º parágrafo).

d) ―um construtor com o qual eu conversava me disse‖ (3º parágrafo).

e) ―Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso‖ (2º
parágrafo).
423) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)

Há palavra ou expressão empregada em sentido figurado na passagem:

a) Foi uma dura lição, infelizmente ela não poderá aproveitar. Outros o farão.

b) E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que a senhora quis se enforcar.

c) E tu não toma mais querosene, menina. A propósito, que tal o gosto?

d) Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava bêbado e batia.

e) Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o brinde.


424) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)


Considerando o contexto, é correto afirmar que a expressão destacada em:

a) certas coisas que contam para o convívio social – tem sentido próprio e
corresponde a sucesso profissional.

b) bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas – tem sentido figurado e
corresponde a carros.

c) Abandonei esse palco de derrotas – tem sentido figurado e corresponde a


local das festas.

d) Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso – tem sentido próprio e corresponde
a me proibir.

e) A falha se estende à música em geral – tem sentido figurado e corresponde a


se aplica.

425) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Observa-se emprego de palavra(s) em sentido figurado em:

a) Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão,
marido, filhos, saúde.

b) Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado
estava acontecendo em algum lugar.

c) É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de


ser feliz como os outros são.

d) Será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores?

e) Os notáveis não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que
todos estão comemorando grandes paixões.

426) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.

A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão


do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.

Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram


reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.
Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a
empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.

―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.

Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em


sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.

(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.


Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido


figurado.

a) ... uma versão do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de


censura da China...

b) Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa...

c) ... essas práticas de negócios inspiraram reações adversas...

d) ... a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo perigoso...

427) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O oi é importante. É o mínimo de civilidade e pode ser legal, também, se a pessoa


não for mala. Você encontra o conhecido na festa. Há uma surpresa genuína, ―Ah,
você!‖, ―Olha só!‖, ―Há quanto tempo!‖. Vocês pensam um pouco: quanto, mesmo?
―Foi na casa do Ricardo, aquele churrasco?‖.

―Não, depois do churrasco a gente se trombou na Virada Cultural.‖ ―A Virada


Cultural não foi antes da casa do Ricardo?!‖. ―Não sei. Na casa do Ricardo você
contou que tinha acabado de tirar o aparelho, tava reclamando que precisou usar
aparelho, adulto‖. ―Ah, então foi depois da Virada. Eu tava de aparelho na Virada.
Foi 2011!‖. ―E o Ricardo? Tem visto o Ricardo?‖. Ele diz que não. O Ricardo
separou. Agora mora em Natal.
O tchau não é assim. O tchau é mentira do começo ao fim. Você se despede e em
vez da surpresa do encontro surge uma pequena culpa por estar partindo. Aí você
fala, depois do abraço, ―Ah, a gente precisa se ver mais!‖. Balela.

Se o oi te deixou com uma sensação boa, o tchau é emissão de papel moeda


afetivo sem lastro e a inflação que começa ali desvaloriza até a alegria produzida
pelo oi.

(Antonio Prata, Contra o tchau. Folha de S.Paulo. 03.06.2018. Adaptado)

Há expressão empregada em sentido figurado na passagem:

a) ... e pode ser legal, também, se a pessoa não for mala. (1º parágrafo)

b) Você encontra o conhecido na festa. Há uma surpresa genuína... (1º parágrafo)

c) ―... tava reclamando que precisou usar aparelho, adulto‖. (2º parágrafo)

d) Ele diz que não. O Ricardo separou. Agora mora em Natal. (2º parágrafo)

e) Aí você fala, depois do abraço, ―Ah, a gente precisa se ver mais!‖ (3º parágrafo)

428) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Carta a Beatriz

Cara Beatriz: na última terça (8) você escreveu aqui pro jornal se dizendo
espantada com a minha crônica de domingo (6); ―após uma semana de fatos
surpreendentes na política‖, ―num momento tão importante para uma boa análise‖,
um de seus ―colunistas preferidos‖ havia se saído com um texto ―bobo e sem
propósito‖.

Fico feliz por me citar entre seus ―colunistas preferidos‖, mas me pergunto se o
elogio foi sincero ou só uma gentileza. Afinal, quase toda semana o Brasil nos
brinda com ―fatos surpreendentes na política‖ e quase todo domingo, em vez de
uma ―boa análise‖, publico textos que poderiam ser considerados bobos e sem
propósito.

Não o faço por desvio de caráter nem para irritá-la, Beatriz, mas por dever de
ofício. O cronista é um cara pago para lubrificar as engrenagens do maquinário
noticioso com um pouco de graça, de despropósito e – vá lá, por que não? – de
bobagem. Minha função é lembrar o leitor desolado entre bombas na Síria, tiros na
Rocinha e patacoadas em Brasília que este mundo também comporta mangas
maduras, Monty Python, Pixinguinha.
O Rubem Braga atravessou duas ditaduras e seu maior libelo à liberdade não é um
texto contra o pau de arara, mas uma carta/crônica ao vizinho que havia reclamado
do barulho.

Lamento, Beatriz, mas atualmente a única ―boa análise‖ que tenho sido capaz de
fazer é às quintas, 15h, deitado num divã na rua Apiacás – e nem sempre é assim
tão boa.

Um abraço,

(Antonio Prata. Folha de S.Paulo, 13.03.2016. Adaptado)

Há termos empregados em sentido figurado no trecho:

a) … com a minha crônica de domingo… (1º parágrafo)

b) Fico feliz por me citar entre seus ―colunistas preferidos‖… (2º parágrafo)

c) … mas me pergunto se o elogio foi sincero ou só uma gentileza. (2º parágrafo)

d) Não o faço por desvio de caráter nem para irritá-la… (3º parágrafo)

e) … para lubrificar as engrenagens do maquinário noticioso… (3º parágrafo)

429) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na


ciência, para recuperar o controle sobre sua memória.

Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. Você já deve ter passado por
este problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as
costas, já esqueceu como ela se chama. Acontece – mas é extremamente
embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a
algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava
próxima a uma janela, pense nela como a Giovana da Janela.

Segundo, não memorize apenas por repetição. Ao ver ou participar de


apresentações, você deve ter sentido isto: é muito claro quando alguém apenas
decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro para
que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao
pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que
você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até
impedir que você entenda o que está expondo.

Terceiro, rabisque! Estudos indicam que rabiscar enquanto ―ingerimos‖ informações


não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória.
Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma
lista de nomes lembravam 29% a mais os nomes ditos.

(Luciana Galastri. Revista Galileu, 03.02.2015. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

As aspas em – Estudos indicam que rabiscar enquanto ―ingerimos‖ informações não


visuais... (4º parágrafo) – sinalizam que o vocábulo ingerimos está empregado
com sentido

a) figurado, equivalendo a ―transmitimos verbalmente‖.

b) figurado, equivalendo a ―assimilamos mentalmente‖.

c) próprio, equivalendo a ―engolimos facilmente‖.

d) figurado, equivalendo a ―captamos equivocadamente‖.

e) próprio, equivalendo a ―devoramos avidamente‖.

430) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de


mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.
Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque é empregada no texto em


sentido figurado.

a) … escrevia o que tinha de escrever…

b) … relia para ver se era aquilo mesmo…

c) … entregava a matéria e ia à vida.

d) … termino de produzir um texto…

e) … respondo às que precisam de resposta…

431) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes
quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o
barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta
seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a
mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre
arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde
jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu Abriu-os e viu bem junto de
sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e
que era da boca da mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A
vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.


Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e
tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase contém apenas palavras empregadas em sentido


próprio.

a) ... e seus olhos saltavam para fora da janela, procurando a estrada, penetrando
entre os arbustos...

b) O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra...

c) Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se
saciar.

d) Sofreu um tremor que [...] se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo
estourando pelo rosto em brasa viva.

e) ... deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar- -lhe pelos cabelos com
dedos longos...
432) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, ―é que você anda, anda, anda e nunca
chega a Ipanema‖. Se tomarmos ―Ipanema‖ ao pé da letra, a frase é absurda e
cômica. Tomando ―Ipanema‖ como um símbolo, no entanto, como um exemplo de
alívio, promessa de alegria em meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de
um triste realismo: o problema de São Paulo é que você anda, anda, anda e nunca
chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns
raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.

O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em


cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas
avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho
do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores
evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango,
barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.

Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco


anos vivendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus.
Agora, aos domingos, corro pela Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho
testando diferentes percursos. Corri em volta do parque Buenos Aires e do
cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas encostas do
Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de
atividades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.

(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha.


Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>.
Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase contém palavras empregadas em sentido figurado,


no contexto em que se encontram.

a) O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros


perdidos entre o mar de asfalto...

b) Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério da Consolação...

c) Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de


patos...

d) É o que vemos nas avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana...

e) ... parque noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo
tipo de atividades...
433) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto que acompanha a imagem da cidade de


Amsterdã.

(Bruno Favoretto e Ricardo Marques. Viagem e turismo, abril 2017)

Os laranjas

Amsterdã é arquitetura, é mobilidade, é segura, é sexo, flores e bike‘n‘roll, é Van


Gogh. E é ainda mais dionisíaca no Dia do Rei, o Koningsdag. Todo 27 de abril, a
capital holandesa vira um ímã de gente festeira. Até os cães usam trajes à
Guilherme de Orange e se divertem pelas ruas e por seus 165 canais. É o canal.

No texto sobre a festa do Dia do Rei, a expressão ―É o canal‖, que corresponde a ―é


muito bom‖, ―vale a pena‖, foi empregada em sentido ____________ , assim como
a expressão ____________ .

As lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, por:

a) próprio … segura
b) próprio … laranjas
c) figurado … ímã
d) figurado … cães
e) figurado … festeira
434) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada está empregada em sentido
próprio.

a) De acordo com a Unesco, Belém vem se tornando um manancial para muitas


instituições voltadas a pesquisas em tecnologia de alimentos.

b) De acordo com a Unesco, Belém tem aberto horizontes para muitas


instituições voltadas a pesquisas em tecnologia de alimentos.

c) De acordo com a Unesco, Belém tem sido embrião de muitas instituições


voltadas a pesquisas em tecnologia de alimentos.

d) De acordo com a Unesco, Belém vem se tornando endereço de muitas


instituições voltadas a pesquisas em tecnologia de alimentos.

e) De acordo com a Unesco, Belém vem se tornando uma joia preciosa para
muitas instituições voltadas a pesquisas em tecnologia de alimentos.

435) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

Assinale a afirmação correta com relação à expressão destacada no trecho do


texto.

a) Em – O trágico é que, em geral, a gíria é velha… – está empregada em sentido


próprio, significando palavra de uso formal.

b) Em – uma senhora madura e plastificada – está empregada em sentido figurado,


significando que essa mulher já se submeteu à cirurgia plástica.

c) Em – … criado por uma marca de refrigerante… – está empregada em sentido


figurado, significando que a bebida foi sucesso de vendas.

d) Em – Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? – está


empregada em sentido próprio, significando festas específicas para jovens.

e) Em – Muita gente odeia gíria… – está empregada em sentido figurado,


significando que há indivíduos que recriminam esse tipo de vocabulário.

436) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.
O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do
primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.

A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

A frase do texto em que se encontra emprego figurado de palavra(s) é:

a) … a marquesa de Santos, célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o


rodapé da história para ganhar personalidade, ambição e protagonismo mais
nítidos.

b) O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência


do primeiro dos cinco filhos dos dois amantes...

c) ... um menino sobre o qual se especulava haver nascido, mas de quem não se
tinha notícia de ter sobrevivido.

d) Frequentava seus saraus todo mundo que era importante.

e) A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores.
437) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

Assinale a alternativa cujo trecho completa a frase a seguir, apresentando sentido


figurado. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro
a esperança...

a) não findou.
b) continuou a existir.
c) permaneceu.
d) não deixou de florescer.
e) não se extinguiu.
438) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?

Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.

Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal
Assinale a afirmação correta a respeito da expressão destacada no trecho do texto.

a) – Hoje você está gastando, hein? (2º parágrafo): está empregada em sentido
próprio e pode ser substituída por exagerando.

b) O personagem que fala certinho é sempre o chato… (3º parágrafo): está


empregada em sentido figurado e pode ser substituída por arrogante.

c) Para se defender, o responsável pelas frases tortas… (7º parágrafo): está


empregada em sentido próprio e pode ser substituída por traduzidas.

d) No entanto, boa parte acha normal atropelar o português. (11º parágrafo):


está empregada em sentido figurado e pode ser substituída por desconsiderar.

e) Será que um dia essa mentalidade vai mudar? (último parágrafo): está
empregada em sentido figurado e pode ser substituída por postura.

439) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?
A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de
Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Verifica-se o emprego de palavras com sentido figurado em:

a) Consigo me concentrar apesar das vozes esganiçadas...

b) ... aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja espaço para sentar com o
computador.

c) Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros.

d) Às cotoveladas, a literatura abriu espaço em minha agenda.

e) Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a


prática do ofício.
440) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Para responder à questão, considere o trecho do 5o parágrafo:

Analisando-se o sentido que a expressão ―jogaram a toalha‖ confere ao texto,


conclui-se que ela está construída em sentido

a) figurado, deixando claro que as empresas demitiram seus funcionários, porque o


cenário econômico é desfavorável.

b) próprio, reforçando a ideia de que as empresas mantiveram seu plano inicial de


manter os funcionários no emprego.
c) figurado, ironizando a ideia das empresas de evitar dispensas, já que estão mais
preocupadas com os custos trabalhistas.

d) próprio, sugerindo que as empresas terão prejuízos mantendo os funcionários


em um cenário de crise econômica.

e) próprio, mostrando a dispensa dos funcionários como desnecessária, já que há


evidente recuperação na economia.

441) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Ao dizer que uma das coisas que Garcia fazia era ―trocar as pernas pela cidade‖, o
narrador pretende dizer que o homem

a) ia a poucos lugares.

b) andava sempre acompanhado.

c) caminhava sem rumo.

d) dava passos largos.

e) tinha as pernas fracas.


442) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.

Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

Caracteriza-se emprego de expressão em sentido figurado em:

a) ... era um vinil com canções românticas de uma dessas novelas.

b) ... uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala.

c) Depois do banho e do café da manhã, ela sai do quarto para outras tarefas.

d) ... essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar.

e) Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam.

443) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto empregado em sentido


próprio.

a) Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga.

b) A barriga masculina é teimosa.

c) Barriguinha de tanque, só para jovens.

d) Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se expandir.

e) Basta comer um cheeseburger e a barriga vence!

444) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.

Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos

Uma expressão empregada apenas com sentido figurado está destacada no trecho:

a) No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. (1º parágrafo)

b) Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma habilidade que ele
desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. (2º parágrafo)

c) Havia um botãozinho que regulava a temperatura. (3º parágrafo)

d) Esse que eu tenho aqui [...] tem um botão giratório pra eu escolher o tipo de
tecido... (3º parágrafo)

e) Acho que escrever um romance a cada seis meses ou arredondar uma


encrencada e velha execução trabalhista são tarefas mais fáceis... (4º parágrafo)
445) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente.), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)

Há termos empregados em sentido figurado no seguinte trecho do texto:

a) Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo...

b) ... instalou na rua um outdoor de 24 metros quadrados...

c) Se (…) o marido feliz copiasse um verso de amor...

d) ... resistindo ao tempo como um dos monumentos do coração...

e) ... quis a mensagem direta aos transeuntes de hoje...


446) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

O trecho do texto que traz expressão em sentido figurado está na alternativa:

a) Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos…

b) … era mergulhar e passar por baixo das pernas abertas da prima…

c) Hoje, nas cidades grandes, existem poucas tias e pouquíssimas primas.

d) … não custaria menos de US$ 100 em Nova York ou Paris, ninguém acreditaria.

e) … e ficávamos com os pensamentos voando, esperando o sono chegar.

447) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Araraquara/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O gavião

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz
com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de
algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas.

O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama


bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou
pombeiros (qualquer palavra é melhor que ―columbófilo‖) querem matar o gavião.
Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua
pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho.

Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance
magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como
diria Saint-Exupéry, ―a verdade do gavião‖, mas matar um gavião no ar com um
belo tiro pode também ser a verdade do caçador.
Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se
não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião
em outro homem.

(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado)

O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto – … pode lhe


suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. –, é empregado com
sentido

a) próprio, equivalendo a inspiração.

b) próprio, equivalendo a conquistador.

c) figurado, equivalendo a ave de rapina.

d) figurado, equivalendo a alimento.

e) figurado, equivalendo a predador.

448) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Uma rasteira no cotidiano

Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer isso. O
remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me levantar.

Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o meu
quarto àquela hora do dia.

Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés enquanto olhava
uns reflexos dançando no teto. Minha cabeça começou a caminhar.

Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama assim,
no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão
rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?

A vida cotidiana sempre me parece excessiva, mas eu também me rendo ao que


parece ser a ordem natural das coisas e vivo correndo de um lado para outro com
meu celular na mão.

Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei numa
bolha subversiva de calma e prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.

Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem função.
Deite-se para ouvir-se.
Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que vejo,
depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.

Apesar do serviço duro, são capazes de deitar na grama no meio do dia, enquanto
nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de baixo para
cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me lembro de recostar a cabeça
no banco para, no mínimo, ver uma inédita cidade passando pelo céu.

Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga que
resolveu dar uma rasteira no cotidiano.

(Denise Fraga. Folha de S. Paulo, 14.05.2013. Adaptado)

Baseando-se nas ideias do texto, assinale a afirmação correta sobre o termo


destacado nas alternativas.

a) Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol... – foi empregado em


sentido figurado, significando envolvido.

b) Minha cabeça começou a caminhar. – foi empregado em sentido próprio,


significando divagar.

c) Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! – foi empregado em sentido próprio,
significando especial.

d) A vida cotidiana sempre me parece excessiva... – foi empregado em sentido


figurado, significando interessante.

e) Pura delícia. Experimente. – foi empregado em sentido figurado, significando


Tente.
449) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

São Paulo está a 760 metros de altitude, a altura de Teresópolis. Por causa do frio,
as pessoas se cobrem de casacos e suéteres. Nos correios e nos cinemas, as filas
são mais distintas. Até o trânsito é mais civilizado. Nos cruzamentos, as pessoas
paravam e eu passava sempre primeiro, como bom bárbaro. Nos engarrafamentos,
a manada de automóveis, resignada, espera sem buzinar, algo impensável no Rio.
Em São Paulo, os motoristas de táxi são donos dos carros; no Rio, são empregados
da frota. Adivinhe onde o troco volta integralmente e você tem menos chance de se
aborrecer.

São Paulo é plutocrática. Tudo gira em função de dinheiro. Há mais empregos, os


salários são mais altos e todos cobram pesado uns dos outros. Eletricistas,
encanadores, chaveiros, táxis, todos os serviços são mais caros – mas mais
profissionais. É preciso dinheiro para ter um bom apartamento, dinheiro para entrar
como sócio num clube, dinheiro para ter casa de praia ou sítio (para fugir da
cidade) e dinheiro para comprar um bom assento num show. Sem contar que é
preciso se adiantar e andar rápido, porque há milhares iguais a você lotando todos
os lugares.

(http://www.istoe.com.br)

Na passagem do primeiro parágrafo – Nos engarrafamentos, a manada de


automóveis, resignada, espera sem buzinar... –, a expressão em destaque está
empregada em sentido
a) próprio, sinalizando que os automóveis, em grande quantidade, enfrentam o
trânsito com rebeldia, o que se comprova com o adjetivo ―resignada‖, denotando
impaciência.
b) figurado, sinalizando que os automóveis, em grande número, mantêm-se
conformados no trânsito, o que se comprova com o adjetivo ―resignada‖,
denotando obediência.
c) próprio, sinalizando que os automóveis, em quantidade reduzida, dispersam-se
no trânsito docilmente, o que se comprova com o adjetivo ―resignada‖, denotando
submissão.
d) figurado, sinalizando que os automóveis, em quantidade normal, vivem o
trânsito sem problemas, o que se comprova com o adjetivo ―resignada‖, denotando
paciência.
e) próprio, sinalizando que os automóveis, em quantidade exagerada, trafegam
obedientes no trânsito diário, o que se comprova com o adjetivo ―resignada‖,
denotando obstinação.
450) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

(Pancho. Gazeta do Povo, 28.09.2014)

Ao dizer que o papo ―não tem pé nem cabeça‖, a personagem sugere que a
conversa do amigo está sendo

a) articulada.

b) engraçada.

c) concisa.

d) incoerente.

e) inteligente.

451) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

A diretora do Cieja afirma que faz um ―trabalho de formiguinha‖, portanto um


trabalho muito

a) dispendioso.

b) cuidadoso.

c) improvisado.

d) negligente.

e) superficial.

452) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.

A partir da ideia de que palavras ―são pessoas‖, o autor atribui às palavras


caracterização própria de humanos. É correto afirmar que, nesse procedimento, ele
emprega

a) palavras de gíria de jovens.

b) palavras em sentido figurado.

c) palavras ainda não dicionarizadas.

d) termos de uso regional.

e) expressões de vocabulário técnico.


453) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto que acompanha a figura para responder à questão.

Mandala: objeto ritualístico usado como ponto focal para a meditação, é um


diagrama composto de formas geométricas concêntricas, encontrado em templos
budistas, em catedrais católicas e nas pinturas rupestres de cerca de mil anos antes
de Cristo. Os mandalas estão representados nos rituais de cura dos indígenas, no
símbolo chinês Yin-Yang e fazem parte da cultura humana há milênios. De acordo
com a teoria de Carl Gustav Jung, o mandala representa a luta pela unidade total
do eu.

(Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Adaptado)

Em – De acordo com a teoria de Carl Gustav Jung, o mandala representa a luta


pela unidade total do eu. – a palavra ―luta‖ está empregada em sentido figurado, o
que se observa também em:

a) A mulher é uma vencedora: empreendeu árdua luta para vencer a timidez.

b) No reino animal, as fêmeas empreendem luta feroz contra o predador na defesa


dos filhotes.

c) A luta com sangue de uma nação contra outra sempre significará uma perda
para a humanidade.

d) Na luta entre facções rivais, é comum o uso de armas potentes e devastadoras.

e) Em algumas regiões do mundo, o genocídio, luta armada entre irmãos, é uma


barbárie.
454) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

As expressões – lamaçal de corrupção – e – engolfou a Fifa – contêm termos em


sentido

a) próprio, indicando que a corrupção na Fifa deve ser condenada.

b) figurado, indicando que a estrutura da Fifa está contaminada pela corrupção.

c) próprio, indicando que o escândalo da Fifa é bastante questionável.

d) figurado, indicando que o Brasil ficou livre do escândalo da Fifa.

e) próprio, indicando que há quem subestime as denúncias de corrupção da Fifa.

455) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.

Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

A expressão empregada com sentido figurado está em destaque na seguinte


passagem do texto:

a) Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? (1º parágrafo)

b) Portanto, melhor não confiar em ninguém, certo? (1º parágrafo)

c) É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. (2º parágrafo)

d) Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. (3º parágrafo)

e) Aí, além de se queimarem com os colegas, os resultados do trabalho podem


sair piores. (4º parágrafo)

456) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖
―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

Assinale a alternativa em que, de acordo com o contexto, a frase emprega


expressão com sentido figurado.

a) Tínhamos praticamente parado de nos comunicar.

b) Meus filhos começaram a interagir mais entre si.

c) Isso não quer dizer que a vida virou um mar de rosas.

d) As meninas adoraram assar doces na cozinha.

e) A tecnologia estava fora de controle.

457) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água,


locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é
importante não acumular água em latas, pneus velhos, vasos de plantas, caixas
d´água, entre outros. Lembre-se: a prevenção é a única arma contra a doença.

(www.dengue.org.br. Adaptado)

Um termo empregado com sentido figurado, no texto, é:

a) arma.

b) acúmulo.

c) prevenção.

d) doença.

e) transmissor.
458) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se
restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

Há termos empregados em linguagem figurada na seguinte frase reescrita do texto:

a) Vi que não era algodão: a vértebra meio descarnada seria a coluna vertebral de
um grande peixe?

b) Agora que a água havia se retraído, eu via um aro de ouro em torno da


vértebra que encontrara na praia.

c) Naquele estado, o fragmento do dedo trabalhado pela água era agora um


simples fruto do mar.

d) Unha pintada de vermelho, cujo esmalte descascava, fidelidade do acessório ao


principal até na desintegração.
Significação de vocábulo e expressões

459) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Considere os 10 argumentos de Lanier, no último parágrafo do texto, para


responder à questão.

As palavras em destaque nos argumentos 2, 4 e 5, assumem, no contexto,


respectivamente, o sentido de

a) assertiva, apagam, insensato.

b) equivocada, diluem, inadequado.

c) segura, dissolvem, inútil.

d) duvidosa, fortalecem, suspeito.

e) honesta, sustentam, diferenciado.


460) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)


A afirmação de que, atualmente, a escravidão é multiétnica equivale a dizer que ela

a) não respeita a cultura dos povos.

b) se restringe a migrantes de algumas regiões.

c) expressa variadas formas de crueldade.

d) se restringe a etnias desconhecidas.

e) atinge várias raças e culturas.

461) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se


elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)


Considere o último parágrafo do texto para responder à questão.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

No trecho, os termos ―plausível‖ e ―exorbitante‖, em destaque, significam,


respectivamente:

a) alegável; que age indiscriminadamente.

b) reconhecível; sem solução.

c) admissível; que ultrapassa os limites.

d) considerável; difícil de ser interrompida.

e) incontestável; impossível de mensurar.

462) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Assinale a alternativa que expressa adequadamente o sentido contextual das


palavras ―impassível‖ e ―altivo‖, em destaque no início do segundo parágrafo.

a) Importunado e cheio de orgulho.

b) Intranquilo e cheio de desconfiança.

c) Calmo e cheio de esperança.

d) Imperturbável e cheio de brio.

e) Emudecido e cheio de si.

463) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara


mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.


As palavras do texto que se associam por compartilharem um núcleo comum de
sentido são:

a) feiticeira, malvado e viola.

b) andaluza, sogro e arruda.

c) blasfemou, crânio e máscara.

d) desendemoniar-nos, ferradura e fome.

e) demônios, satanases e Lúcifer.

464) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.

O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games


devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)


Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, sinônimos para os
vocábulos ―persistente‖ (1º parágrafo) e ―típicos‖ (2º parágrafo).

a) Contínuo e excepcionais.

b) Eventual e comuns.

c) Insistente e característicos.

d) Intermitente e específicos.

e) Consistente e eventuais.

465) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.


Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há
dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

Considere as passagens:

 ―Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.‖


(2º parágrafo);
 ―Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde
setembro do ano passado.‖ (4º parágrafo);
 ―... faltam novos canteiros de obras devido [...] à penúria orçamentária em
todos os níveis de governo.‖ (7º parágrafo).

Os termos em destaque significam, correta e respectivamente:

a) hesitação; relativos a uma época do ano; miséria.

b) incredulidade; relativos a um tempo incerto; limitação.

c) desarmonia; relativos a uma estação do ano; pobreza.

d) inobservância; relativos a um mês do ano; escassez.

e) incerteza; relativos a um tempo passado; controle.


466) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

A fala de Calvin no último quadrinho – A vida é muito inconveniente. – significa que


o menino a considera

a) bastante adequada.

b) eventualmente inoportuna.

c) muito vantajosa.

d) demasiadamente incômoda.

e) provavelmente descomplicada.
467) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada
por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.
Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio
apartamento. (Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/
Adaptado. Acessado em 09.08.2018)

Os adjetivos em destaque, na frase – Favor não confundir uma vida sensacional


com uma vida sensacionalista. – significam, respectivamente, no contexto,

a) modelar e libertária.
b) exemplar e fútil.
c) irrelevante e superficial.
d) corriqueira e edificante.
e) vazia e modesta.
468) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Assinale a alternativa que contém o sentido oposto da frase – Os notáveis
alardeiam muito suas vitórias...

a) Os notáveis ocultam muito suas vitórias...

b) Os notáveis propagam muito suas vitórias...

c) Os notáveis espalham muito suas vitórias...

d) Os notáveis divulgam muito suas vitórias...

e) Os notáveis noticiam muito suas vitórias...

469) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.
Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Nas frases ―Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo


exclusivamente citações.‖ (3º parágrafo), ―Vou até mais longe: vida é
pontuação.‖ (5º parágrafo) e ―A vida de uma pessoa é balizada por sinais
ortográficos.‖ (5º parágrafo), as expressões em destaque podem ser substituídas,
sem prejuízo de sentido ao texto, correta e respectivamente, por:

a) inclusive; bem adiante; orientada.

b) unicamente; bem afora; orientada.

c) também; bem além; distinguida.

d) somente; bem além; limitada.

e) apenas; bem aquém; restrita.

470) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão.

Febre de fama

Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos
holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios
indomáveis.

Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:
– Preciso falar urgentemente com o senhor.

―É desgraça!‖, assustei-me. Digitei o número.

– Quero trabalhar em novela – disse a voz.

Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se
tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma
certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar
que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se:

– Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.

Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança
em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos.
Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou:

– Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística.
Ainda bem!

Comentei, muito discreto:

– É... ela vai longe...

– Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela!

Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas


como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse
desejo insano por ser famoso a qualquer preço.

(Veja SP, 21.10.1998. Adaptado)

A expressão entre parênteses que substitui aquela destacada no trecho do texto,


sem alterar o sentido original, está em:

a) Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. (Existe uma escassez)

b) Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios
indomáveis. (artistas muito experientes)

c) Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu


celular)... (decidido a dialogar)

d) Apenas uma certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica.


(convicção irredutível)

e) ... uma moça que dança em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes
rebolam em trajes mínimos. (vestimentas luxuosas)
471) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)
O trecho destacado na passagem – Todos estavam distraídos, a produtividade caiu,
e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.– tem
sentido de:

a) diante do próprio chefe.

b) exceto o próprio chefe.

c) portanto o próprio chefe.

d) até mesmo o próprio chefe.

e) apesar do próprio chefe.

472) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.

(Charles M. Schulz. Snoopy- Feliz dia dos namorados!)

A relação de sentido que há entre as partes sinalizadas no período – (I) Se você


não me ajudar com a lição de casa, (II) eu vou processar você – é:

a) (I) expressa uma condição; (II) expressa uma possível ação consequente.
b) (I) expressa uma comparação; (II) expressa seu efeito futuro.
c) (I) expressa uma causa; (II) expressa o momento da ação.
d) (I) expressa uma ação possível; (II) expressa uma ação precedente realizada.
e) (I) expressa modo da ação já realizada; (II) expressa sua causa.
473) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar.
Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente,
apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um
estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela
excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira.
Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse
querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas
outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não
tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água.
Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos
incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais.
Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada – ótima
brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação
parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso
porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados
da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E, sobretudo, eram educados mal
porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os
cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter
uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela
ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se
transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre ―diferente‖ e
extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. www.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/01/1731576-mal-


educados-oueducados-mal.shtml, 21.01.2016.Adaptado)
Uma relação de comparação pode ser constatada no seguinte fragmento do texto:

a) O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último
andar. (1o parágrafo)

b) De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma
inteira. (2o parágrafo)

c) Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos. (3o


parágrafo)

d) Eles eram educados mal porque eram privados da autonomia de tirar chinelos e
camiseta. (5o parágrafo)

e) Para os cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam


manter uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade. (5o parágrafo)

474) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖.

Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?
Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

A expressão ―estereótipos de gênero‖ (1o parágrafo) tem o sentido de

a) ideias antiquadas e indefensáveis acerca das diferenças entre raças de diferentes


origens.

b) concepções preconcebidas e padronizadas acerca do que seria próprio dos sexos


feminino e masculino.

c) conceitos inovadores e científicos acerca do que classifica os seres humanos em


grupos sociais.

d) lugares-comuns arraigados acerca da igualdade de direitos entre pessoas dentro


do núcleo familiar.

e) teorias consagradas e difundidas acerca de julgamentos acertados feitos por


homens e mulheres.
475) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.


A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,
anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.
Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o
que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.
É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a
velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.
Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.
A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em
um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.
(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:
http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o termo destacado explicita o posicionamento da


autora.

a) ... nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima. (5º
parágrafo)
b) ... alimentação equilibrada, prática de atividades físicas compatíveis... (3º
parágrafo)
c) O idoso pode então ser visto como alguém... (2º parágrafo)
d) Pode ser uma longa espera para o inevitável... (1º parágrafo)
e) Felizmente, nem todos pensam assim. (1º parágrafo)
476) Concurso: Aux Esc/CM Marília/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uma rara boa notícia, para hoje e amanhã

Numa época em que só se colhem notícias ruins, aconteceu uma coisa boa no
mercado do café. As exportações vão bem e o consumo interno cresceu 0,9%. Não
é nada, mas é alguma coisa.

A melhor notícia relaciona-se com o futuro. O consumo de café no mundo passa


pela revolução tecnológica das cápsulas. Em menos de um minuto, produzem um
cafezinho, não sujam e dão ao freguês uma inédita variedade de escolhas. O
consumo de café em cápsulas tem 25% do mercado francês, mas no Brasil ainda é
desprezível (0,6%).

Essa revolução começou há décadas. E o Brasil estava numa situação vexaminosa,


importando algum café torrado da Suíça e da França, onde não há um só pé da
fruta. Medidas espertas do governo, liberando a importação de máquinas para os
lares, e investimentos da iniciativa privada, a construção de duas fábricas de
cápsulas, colocam o Brasil numa boa posição, saindo de um atraso que vem do
século 19.

Em vez de exportar sobretudo café verde, poderá exportar cápsulas. O grão puro e
simples vale R$ 10 por quilo, o café das cápsulas rende R$ 300 pelo mesmo quilo.
Os bons cafezais brasileiros produzem tipos de grãos capazes de competir com
quaisquer sabores de outros países. Se ninguém atrapalhar, dá certo.

(Elio Gaspari. O Brasil que dá certo fica escondido, www.folha.uol.com.br/


colunas/eliogaspari/2016/01/1730290-o-brasil-que-da-certo-fica-escondido. shtml. 17.01.2016.
Adaptado)

Considere a seguinte afirmação:


Na passagem – E o Brasil estava numa situação vexaminosa, importando algum
café torrado da Suíça e da França, onde não há um só pé da fruta. –, o
sentido do trecho destacado, em relação ao precedente, é de ________ e também
pode ser introduzido, corretamente, por ________.

A alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas é:


a) ressalva ... ou vinha
b) justificativa ... pois vinha
c) concessão ... mesmo que viesse
d) finalidade ... para vir
e) condição ... contanto que viesse
477) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Uma rasteira no cotidiano

Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer isso. O
remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me levantar.

Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o meu
quarto àquela hora do dia.

Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés enquanto olhava
uns reflexos dançando no teto. Minha cabeça começou a caminhar.

Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama assim,
no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão
rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?

A vida cotidiana sempre me parece excessiva, mas eu também me rendo ao que


parece ser a ordem natural das coisas e vivo correndo de um lado para outro com
meu celular na mão.

Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei numa
bolha subversiva de calma e prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.

Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem função.
Deite-se para ouvir-se.

Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que vejo,
depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.

Apesar do serviço duro, são capazes de deitar na grama no meio do dia, enquanto
nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de baixo para
cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me lembro de recostar a cabeça
no banco para, no mínimo, ver uma inédita cidade passando pelo céu.

Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga que
resolveu dar uma rasteira no cotidiano.

(Denise Fraga. Folha de S. Paulo, 14.05.2013. Adaptado)

O trecho do texto em que a narradora cita a condição que foi necessária para que
ela pudesse vivenciar uma situação inesperada encontra-se na alternativa:

a) Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés.

b) Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali.


c) Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão rara?

d) Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins.

e) Enquanto nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de
baixo para cima.

478) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)
As palavras destacadas nas passagens – (I) … as sociedades com maior número de
pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo… e (II) É justificável diante da
eterna ambivalência humana: queremos ser bons, mas temos medo… – têm
sentido contextual de

a) (I) dedicadas aos semelhantes e (II) ambiência.

b) (I) praticantes da filantropia e (II) ambiguidade.

c) (I) coerentes e (II) dualidade.

d) (I) afáveis e (II) multiplicidade.

e) (I) dotadas de autonomia e (II) duplicidade.

479) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação


De acordo com o contexto, os trechos em destaque em – No processo de detox,
meus filhos começaram a interagir mais entre si. (…) Eles brincavam e brigavam ao
mesmo tempo. – estão, correta e respectivamente, substituídos por

a) Após o processo … temporariamente.

b) Durante o processo … concomitantemente.

c) Em meio ao processo … aleatoriamente.

d) Diante do processo … raramente.

e) Desde o processo … ocasionalmente.

480) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem se lembra ainda de Victor Hugo: ―Rápidos voam os tempos, nascem muitos
poetas todos os dias‖. Não são poetas apenas que nascem, mas romancistas,
críticos, e ninguém quer saber mais do que passou: todos querem ser atuais,
atualíssimos, numa febre de futuro que tem o erro de proporção das visões de
todas as febres: pois, ai de nós!, o futuro de hoje é o passado de amanhã e,
quando já não estivermos vivos, para defender com unhas e dentes as nossas
obras, elas terão de comparecer sozinhas diante do tribunal do mundo.

Rápidos voam os tempos, e não podemos dispor dos lazeres dos nossos avós, que
não liam tanto, mas liam certamente melhor. Boa gente, que podia acompanhar
folhetins, letra por letra, embora na atualidade ainda haja quem acompanhe
novelas de rádios (não tão boas), suspiro por suspiro e lágrima por lágrima...

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado)

Nas passagens ―... todos querem ser atuais, atualíssimos...‖ e ―... pois, ai de
nós!, o futuro de hoje é o passado de amanhã...‖, as expressões em destaque
remetem, respectivamente, para o sentido de

a) intensidade e lamento.

b) ironia e esperança.

c) afetividade e dúvida.

d) intensidade e alegria.

e) afetividade e tristeza.
481) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o trecho do poema dramático Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo
Neto. Trata-se da fala do retirante Severino.

— Antes de sair de casa


aprendi a ladainha
das vilas que vou passar
na minha longa descida.
Sei que há muitas vilas grandes,
cidades que elas são ditas
sei que há simples arruados,
sei que há vilas pequeninas,
todas formando um rosário
cujas contas fossem vilas,
de que a estrada fosse a linha.

(Morte e vida Severina e outros poemas para vozes. 1994, p. 33-34. Adaptado)

A partir da linguagem figurada, o enunciador estabelece equivalência de sentido


entre os termos:

a) casa e ladainha.

b) descida e vilas.

c) longa e simples.

d) estrada e linha.

e) rosário e casa.
Orações subordinadas adverbiais

482) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.
Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.
O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado
significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.
Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia
que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.
(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque indica circunstância de


lugar.

a) Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, ...
b) ... até virarem luas de papel amassadas nas mãos da professora.
c) ... devia pintar a Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade.
d) O mundo do Era uma vez (...) significava para mim a nave espacial...
e) ... e entre abraços formassem uma rede invisível.

483) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

No trecho ―... a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com flores muito
perfumadas...‖, a palavra destacada expressa circunstância de

a) negação.
b) intensidade.
c) lugar.
d) dúvida.
e) tempo.
484) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Colega tagarela é o que mais atrapalha

De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, colegas tagarelas são o
principal motivo de distração durante a jornada de trabalho.

Pelo levantamento feito com 848 profissionais, 45% deles consideram que as
conversas frequentes são, em grande parte, responsáveis pela perturbação no
ambiente corporativo.

Para Jim Greenaway, vice-presidente de uma consultoria, interrupções e distrações


se desenvolvem quando um colega tagarela perde a capacidade de discernimento,
não compreende os limites e não sabe interpretar a linguagem corporal,
comprometendo a concentração necessária para que as tarefas sejam realizadas.

―Profissionais tagarelas em geral não fazem ideia de quão irritantes são para seus
colegas. Eles simplesmente perdem a capacidade de reconhecer os sinais, por isso
devem prestar atenção às dicas não verbais que surgem no ambiente e estabelecer
limites de respeito ao tempo dos colegas.‖ Os sinais a que Greenaway se refere
incluem, por exemplo, olhadelas no relógio e o tamborilar impaciente dos dedos
sobre a mesa.

Conversas no corredor ou pequenas paradas para um bate-papo com um colega


podem render grandes benefícios em termos de colaboração, gerando ideias,
criando confiança e aumentando a produtividade; contudo, muita conversa também
pode ser um fator negativo, como apontou a pesquisa.

(Folha de S. Paulo, 16.07.2014. Adaptado)

No terceiro parágrafo, o trecho destacado em – não sabe interpretar a linguagem


corporal, comprometendo a concentração necessária para que as tarefas sejam
realizadas – expressa a ideia de

a) comparação.

b) finalidade.

c) simultaneidade.

d) causa.

e) oposição.
Função sintática dos pronomes pessoais átonos

485) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(André Dahmer, Malvados. Folha de S.Paulo, 10.11.2018. Adaptado)

Para que o diálogo entre as personagens faça sentido e esteja em conformidade


com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente,
com:
a) beijar ela ... Absolutamente
b) beijá-la ... Claro
c) lhe beijar ... Talvez
d) a beijar ... Nunca
e) beijar-lhe ... Provavelmente

486) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder a questão.

(André Dahmer, Malvados. Disponível em ttps://www1.folha.uol.com.br. 15.01.2019)


Considere as frases dos três quadrinhos:

• O mundo é uma máquina de moer corações.


• Como alguém tem coragem de operar essa máquina?
• Certamente é gente que não tem coração.

Assinale a alternativa em que os pronomes empregados para substituir as


expressões destacadas estão em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa.

a) máquina de moê-los / coragem de operá-la / gente que não o tem.

b) máquina de moê-los / coragem de operar-lhe / gente que não lhe tem.

c) máquina de moer-lhes / coragem de operá-la / gente que não o tem.

d) máquina de moer-lhes / coragem de operar-lhe / gente que não lhe tem.

e) máquina de moer-nos / coragem de operá-la / gente que não lhe tem.

487) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo entre parênteses substitui corretamente a
expressão.
a) mostram uma temperatura (mostram-a).
b) poupar um pouco as energias (poupar-las).
c) encontrei uma moça (encontrei-a).
d) estimular seu buldogue francês (estimular-lo).
e) jogasse a água (jogasse-la).

488) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)
Considere a frase : O cachorro disciplinadamente cumpria o compromisso
assumido.

O pronome que substitui corretamente a expressão destacada e está


adequadamente colocado na frase encontra-se na alternativa:
a) O cachorro disciplinadamente cumpria-se.
b) O cachorro disciplinadamente lhe cumpria.
c) O cachorro disciplinadamente o cumpria.
d) O cachorro disciplinadamente cumpria-no.
e) O cachorro disciplinadamente cumpria-lhe.

489) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)


Com a produção em escala industrial, comprar um espelho ficou mais acessível.

A expressão destacada na frase está corretamente substituída pelo pronome em:

a) comprá-lo.

b) comprá-los.

c) comprar-nos.

d) comprar-lhe.

e) comprar-lhes.

490) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas
enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de
Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos


amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é
bastante trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.

Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme ―Cartas para Julieta‖ (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a
mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.

Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.


Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.

(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)


Com o sucesso do filme ―Cartas para Julieta‖, o Clube recebeu inúmeras cartas e
prontamente enviou a todos os remetentes respostas detalhadas.

Os pronomes substituem corretamente as expressões destacadas na frase e


respeitam a colocação pronominal estabelecida pela norma-padrão na alternativa:

a) recebeu-as … as enviou

b) recebeu-as … lhes enviou

c) as recebeu … enviou-as

d) lhes recebeu … lhes enviou

e) recebeu-lhes … as enviou

491) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos.

(Níquel Náusea. Fernando Gonsales. Folha de S.Paulo, 17/04/2015. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas na fala da personagem devem


ser preenchidas, respectivamente, com:

a) Morde eu ... eu
b) Morda-me ... mim
c) Morda-me ... eu
d) Me morda ... mim
e) Me morde ... mim
492) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)
A alternativa em que os pronomes destacados estão empregados segundo a norma-
padrão é:

a) Havendo brinquedos no playground, meninos podem escalar-lhes.

b) Na loja havia uma pia que funcionava de verdade, e meu filho se empolgou
quando viu ela.

c) Cuidado com seu sapato de princesa, filha! Não vai sujar ele!

d) Com esse modo de pensar sobre as meninas nós fazemos-lhes infelizes.

e) Meninos são tidos como diferentes e vivências mais amplas lhes são permitidas.

493) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos.

(Fernando Gonsales, Folha de S.Paulo, 06.11.2015)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase da


personagem do primeiro quadrinho pode ser reescrita da seguinte forma:

a) Devemos lavar as folhas antes de comer-lhes.


b) Devemos lavar as folhas antes de comer à elas.
c) Devemos lavar as folhas antes de comer elas.
d) Devemos lavar as folhas antes de comê-las.
e) Devemos lavar as folhas antes de comer-nas.
494) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Leia a frase do quarto parágrafo.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com
um prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante.

As expressões destacadas na frase podem ser substituídas corretamente por:

a) catavam-nas / fazê-lo / quebrá-la.

b) catavam-nas / fazê-lo / quebrar-lhe.

c) catavam-nas / fazer-lhe / quebrar-lhe.

d) catavam-lhes / fazê-lo / quebrá-la.

e) catavam-lhes / fazer-lhe / quebrá-la.

495) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder às questão.

Chegou o amigo estrangeiro, andou pela cidade, tomou bondes, lotações, fez
compras, visitou repartições públicas, ouviu dizer por toda parte: ―Vamos ao
teatro? Vamos ao teatro?‖ – e foi também ao teatro. Enfim, portou-se mais do que
como bom turista: como bom amigo desta cidade que ele admira e ama. Depois,
perguntou-me, com extrema delicadeza: ―Que é do sorriso que vocês tinham
antigamente? Que é do sorriso que eu sempre encontrava no Rio?‖

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, uma frase adequada para
concluir as perguntas do amigo estrangeiro, ao final do texto, é:

a) Procuro ele por aqui e ali – e não vejo-o mais!

b) Procuro-o por aqui e ali – e não o vejo mais!

c) O procuro por aqui e ali – e não lhe vejo mais!

d) Procuro-lhe por aqui e ali – e não vejo mais ele!

e) Lhe procuro por aqui e ali – e não o vejo mais!

Pontuação

496) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

(Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada.


03.11.2018)

Assinale a alternativa em que, na reescrita do texto do último quadrinho, o


emprego das vírgulas está de acordo com a norma-padrão de pontuação.

a) O caramujo adolescente por, mais que tente, não consegue sair de casa.

b) O caramujo adolescente, por mais que tente, não consegue sair de casa.
c) O caramujo adolescente por mais, que tente, não consegue sair de casa.

d) O caramujo adolescente por mais, que tente não consegue, sair de casa.

e) O caramujo adolescente por mais que tente, não consegue, sair de casa.

497) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder à questão

Ouça um bom conselho


Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa

Está provado, quem espera nunca alcança


Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (…)

Assinale a alternativa com pontuação correta, de acordo com a norma-padrão.

a) Ouça um bom conselho, amigo, venha se queimar. Está provado: quem espera,
nunca alcança.

b) Ouça, um bom conselho, amigo venha se queimar; Está provado quem espera,
nunca alcança.

c) Ouça um bom conselho amigo, venha se queimar. Está provado quem espera
nunca alcança.

d) Ouça, um bom conselho amigo, venha se queimar está provado: quem, espera
nunca alcança.

e) Ouça um bom conselho, amigo venha se queimar; Está provado quem espera
nunca, alcança.
498) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais,


porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Atente para as passagens do texto enumeradas a seguir:

1. Um novo estudo do banco central dos EUA (Federal Reserve) afirma que a turma
nascida entre 1981 e 1997 — famosa por adorar aplicativos — não é tão diferente
dos pais. (2º parágrafo)
2. As conclusões deles se baseiam em uma análise de gastos, renda,
endividamento, patrimônio líquido e fatores demográficos de várias gerações. (3º
parágrafo)

3. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças de renda


média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os millennials e
outros grupos‖, segundo o estudo. (4º parágrafo)

Os travessões, em 1, as vírgulas, em 2, e as aspas, em 3, servem,


respectivamente, aos propósitos de

a) destacar um exemplo, de contrastar termos com sentidos opostos e de marcar


uma recapitulação.*

b) circunscrever uma definição, de organizar uma sequência e de evidenciar uma


crítica do autor.

c) intercalar uma expressão resumitiva, de enfatizar uma ressalva e de frisar uma


reprovação.

d) anunciar uma explicação, de encadear termos sinônimos e de demarcar um


comentário técnico.

e) isolar uma especificação, de separar itens de uma lista e de sinalizar uma


citação.

499) Concurso: Escr/UNIFAI/2019 Banca: VUNESP

Bartleby, o escriturário

Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall
Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de
seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e
discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior
ou menor medida, a um beco sem saída.
Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de
Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam‘s Magazine, pelos idos de
1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de
1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby
Dick.

Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall


Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história
de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger
Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.
Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos
conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo
que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura.
Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade
de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu
trabalho, com exceção das revisões de documentos em que seu patrão ou algum
dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as
cópias.
Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar- se a cumprir suas
obrigações, dizendo sempre a mesma frase, ―Prefiro não fazê-lo‖, atraindo a
insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez
menos produtiva labuta. Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa continuar
―trabalhando‖ e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga nas
dependências do escritório.
A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar -se dali, visto que
Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está
deixando seus nervos à flor da pele.
O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o
advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase
mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não
fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões
subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.
(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)

Quanto à pontuação, em conformidade com a norma -padrão, está correta a frase:


a) O patrão incomodava-se com Bartleby que, se recusava a cumprir suas
obrigações no escritório.
b) A mudez de Bartleby e a sua insistência em não dizer nada, fazem com que
pouco se saiba dele.
c) Bartleby, cabisbaixo e quieto, sofria do que parecia ser uma falta de motivação
ou vontade de realizar algo.
d) Bartleby que trabalhava no escritório do advogado de Wall Street, era um
funcionário excêntrico.
e) Quando Bartleby dizia sua famosa frase o patrão deveria rebater e perguntar:
―Por que não.
500) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma

(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)


O uso da vírgula em – Há buscas por satisfação, e a punição é severa. – ocorre,
pela mesma razão, em:

a) No fundo, serviços gratuitos nas redes cobram caro.

b) As redes sociais tornam você um babaca, e você não percebe.

c) Quando pagamos por algum serviço na internet, fica melhor.

d) Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo mexe, onde você está.

e) Defendo algumas possibilidades, como um sistema em que as pessoas pagam.

501) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma-padrão da


língua portuguesa.

a) Dona Lúcia, vizinha de Fabrício, pediu um abajur emprestado.

b) Beatriz, não se importou, com o pedido da vizinha, do andar de cima.

c) Há vizinhos que, demonstram, muita educação e amizade.

d) Fabrício, se aborreceu bastante com o pedido, de Dona Lúcia.

e) Era comum vizinhos, pedirem emprestado: sal açúcar ou ovos.

502) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as regras de pontuação foram respeitadas.

a) Em dias quentes, a sensação térmica é maior, os riscos crescem e os cuidados


redobram.

b) A jovem me confessou que, o cão, não tem saído de casa por causa das altas
temperaturas.

c) O buldogue francês apresenta, além de porte pequeno focinho achatado.

d) Os moradores da cidade do Rio de Janeiro, enfrentam dificuldades quando


precisam sair de casa.

e) Segundo o entendimento de uma desconhecida, o animal não podia estar


exposto, ao calor.

503) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque funciona como uma


exemplificação no texto, razão pela qual está separada por vírgula(s).

a) A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos no mundo…

b) Atividades rotineiras nas fábricas, como instalar uma peça, hoje podem ser
feitas…

c) Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando…

d) … não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas pelas


pessoas são repetitivas.

e) Um famoso estudo publicado em 2013 por pesquisadores da Universidade de


Oxford, no Reino Unido, analisou…

504) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.

Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes


vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Considere o seguinte trecho:

Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi
diagnosticada com uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente
Superior‖, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da
Supermemória.

O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação


com sentido

a) explicativo.

b) hipotético.

c) corretivo.

d) contraditório.

e) concessivo.
505) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

Na passagem ―Por esse método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que


principalmente os mais ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a
renda do capital, oriunda de ativos como aplicações financeiras, participação em
empresas e propriedade de imóveis.‖, o travessão pode ser substituído, sem
prejuízo de sentido e conforme a norma-padrão, por

a) ponto de interrogação.
b) ponto final.
c) ponto-e-vírgula.
d) dois-pontos.
e) reticências.
506) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

A pontuação da frase está de acordo com a norma-padrão em:

a) Informo, a Vossa Senhoria que: todos os documentos foram extraviados.

b) Os funcionários perguntam, se o plantão vai ser mantido.

c) Aconteceram dois incidentes: o furto da impressora e a invasão da lanchonete.

d) A investigação revelou irregularidades, principalmente no uso, das verbas.

e) Fuzarco Bronca funcionário do setor responsável, pelo transporte, demitiu-se.

507) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase relacionada ao texto apresenta a correta


pontuação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Nas palavras de uma criança pode estar, a inspiração para um escritor, escrever
sua crônica.

b) A menininha que parecia um animalzinho, aguarda que seu pai, acenda as


velinhas.

c) Ela sopra com força as velinhas, e apaga as chamas repousando, o queixo no


mármore.

d) A família, célula da sociedade, é a base para uma boa formação do ser humano.

e) Três velinhas brancas, são espetadas na fatia triangular do bolo, amarelo-


escuro.
508) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da


humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena
aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por
desenvolver inventos do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no
Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel
em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma


universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do
conhecimento científico. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber
o título de ―Sir‖, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em
1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada
para a época.

No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a


Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou
fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma
macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na
sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – e formulou a Lei da Gravitação
Universal, que explica a força da gravidade. Com essa descoberta, Newton deu
início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para
a vida: ―nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado‖.

(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas


de Isaac Newton. 17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

Neste trecho do 3º parágrafo – ... uma macieira (cujas descendentes ainda


existem!) ... –, o emprego do sinal gráfico de exclamação (!) pode sinalizar que o
fato de ainda existirem descendentes da macieira sob a qual Newton pensou em
uma explicação para a lei da gravidade, segundo a autora, é

a) impossível.

b) hipotético.

c) duvidoso.

d) corriqueiro.

e) surpreendente.
509) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o emprego dos sinais de pontuação e do sinal


indicativo de crase está de acordo com a norma-padrão.

a) Foram enviadas a Reitoria da Universidade, às reivindicações dos alunos para


abertura, de turmas: noturnas.

b) Pergunto se toda a documentação foi encaminhada à Sua Excelência, o Ministro


para análise da viabilidade de atendimento?

c) Serão feitas admissões à partir do próximo mês portanto, não perca essa
oportunidade, você que, está interessado.

d) Foram apresentadas emendas ao projeto, para adequá-lo à exigência do cliente,


a saber, antecipação do prazo de execução.

e) O que podemos dizer à estas pessoas é que: ainda não temos o produto
disponível, para entrega.

510) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.

E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)

Observe o emprego de dois-pontos nas seguintes passagens do texto:

• Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma raridade.
(1º parágrafo)

• Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o sussurro espavorido: –


―Olha o casal feliz!‖. (2º parágrafo)

É correto afirmar que esse sinal de pontuação foi empregado para introduzir

a) considerações pessoais do narrador em relação do casal de Aldeia Campista, em


ambas as passagens.

b) um esclarecimento do narrador, na primeira passagem; uma fala do narrador,


na segunda passagem.

c) falas atribuídas a pessoas que não se identificam com o narrador, em ambas as


passagens.

d) a citação de uma expressão entre aspas que não é usada pelo narrador, na
primeira passagem; uma fala de personagem, na segunda passagem.

e) uma explicação do narrador, na primeira passagem; uma fala de alguém que


não é o narrador, na segunda passagem.
511) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

No que se refere à pontuação, a frase redigida corretamente, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, é:
a) O homem, ao ver o rio correr pela planície, contornando árvores e molhando
grandes pedras, entusiasmou- se pela sua beleza.
b) Ao pegar o rio e levá-lo para casa; o homem esperava que ele lhe desse lá, a
mesma beleza.
c) Mas não foi isso que ocorreu: o rio inundou, sua casa, e a água, levou suas
coisas.
d) Quando lhe falam agora, das belezas que antes admirava, ele diz que não se
lembra, nem das planícies, nem dos reflexos do sol.
e) Não se lembra das grandes pedras, da grama verde e macia no entanto, sua
casa alagada e suas coisas perdidas pela corrente, permanecem em sua memória.

512) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro


moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não. (Carlos Drummond de Andrade.)
Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada corretamente, de acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Eu também já fui brasileiro, já fui moreno, já ponteei viola, e já aprendi que o


nacionalismo, é uma virtude.

b) Eu também já fui brasileiro, moreno como vocês, e ponteei viola.

c) Eu aprendi, na mesa dos bares que o nacionalismo é uma virtude.

d) Eu vi que os brasileiros, são morenos como vocês.

e) Eu também já fui brasileiro, moreno e, tocador.

513) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que apresenta pontuação em conformidade com a norma-


padrão da língua portuguesa.

a) Esse homem, que era colono em terras mais altas, chegou ao Rio Doce depois
de se aborrecer com o fazendeiro.

b) O lavrador me explica, que trabalha sozinho com o seu filho na plantação de


café em suas terras.

c) Como não tinha prática de canoa no começo o lavrador tinha medo de a canoa
virar, com ele.

d) Olho a cara do lavrador que parece com a minha: ela, tem o mesmo tipo de
feiura triste do interior.

e) O lavrador diz o comércio é melhor que a lavoura, mas eu fui criado na lavoura
e não tenho nenhum preparo.
514) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Bill Watterson. As aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad Editora, 2010)

A reescrita da fala do último quadrinho está correta quanto à pontuação, de acordo


com a norma-padrão da língua portuguesa, em:

a) Acho, que as pessoas quando crescem, perdem a noção do que é ou não legal.

b) Acho que, as pessoas quando crescem, perdem a noção do que é ou não legal.

c) Acho que as pessoas, quando crescem, perdem a noção do que é ou não legal.

d) Acho que as pessoas, quando crescem perdem, a noção do que é ou não legal.

e) Acho que as pessoas, quando crescem perdem a noção, do que é ou não legal.
515) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso tempo
e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente se
exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)

No terceiro parágrafo, os parênteses usados no trecho – Com o dedo sujo da


canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos), ele esfrega o mel na
fatia e leva à boca. – servem ao propósito de destacar

a) um comentário denunciando um ato de desobediência do garoto.

b) uma exemplificação da maneira como o garoto sujou as mãos.


c) um esclarecimento acerca do tipo de caneta que o garoto usou.

d) uma descrição do comportamento do garoto na ausência dos pais.

e) um conselho da mãe que foi acatado na íntegra pelo garoto.

516) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Seleção artificial

As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de


explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de
espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo
sapiens...

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013)

Eliminando-se o sinal de dois-pontos em – As guerras não ajudam muito a remediar


o que se denomina de explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a
deixa para multiplicar-se. –, o trecho permanece correto, quanto à pontuação e ao
sentido, em:

a) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão


demográfica, pois os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-se.

b) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão


demográfica conclusão os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se.

c) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão


demográfica, entretanto os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se.

d) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão


demográfica caso os que ficam em casa aproveitem a deixa para multiplicar-se.

e) As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina de explosão


demográfica. Enquanto os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se.
517) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Geovani Martins: como a favela me fez escritor

Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa
mudança.

Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a


música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava
no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas
tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito
constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de
que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e


consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me
refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que
faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas.

(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Uma passagem do texto que permanece correta após o acréscimo das vírgulas é:

a) Falo também, da cultura pop que faz a cabeça, dos jovens do mundo todo...

b) Depois, dessa primeira mudança encarei, mais umas tantas...

c) ... teve início, com o choque provocado, por essa mudança.

d) ... até o sol, parecia queimar, de outra forma.

e) . a periferia precisa ser tratada, sempre, como algo em movimento.


518) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da


educação, didática, mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação,
em qualquer um deles. A inteligência ou se alonga confiante para o ato de conhecer
ou se encolhe. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma
criança se desenvolver ou refluir.

Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos


podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e
sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, a brincar com os
conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo e brincamos com


ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um brincalhão... Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor,
assim, não morre jamais...

Nas escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. ―Jugo‖ é
canga. Fala-se, mesmo, em ―grade‖ curricular – coisa de prisão. A educação segue
o caminho inverso: começa não com os programas, mas com a criança que vive
seu momento presente. Saberes que permanecem não são impostos. Eles crescem
da vida.

(Rubem Alves, Educação do Olhar. http://correio.rac.com.br/. 13.07.2014. Adaptado)

No trecho do segundo parágrafo ―Conhecimentos podem ser mortos e inertes: uma


carga que se carrega sem saber sua utilidade e sem que ela dê alegria.‖, os dois-
pontos (:) podem ser substituídos, sem alteração de sentido do texto, por

a) pois

b) como

c) entretanto

d) devido a

e) além de
519) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da


educação, didática, mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação,
em qualquer um deles. A inteligência ou se alonga confiante para o ato de conhecer
ou se encolhe. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma
criança se desenvolver ou refluir.

Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos


podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e
sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, a brincar com os
conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo e brincamos com


ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um brincalhão... Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor,
assim, não morre jamais...

Nas escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. ―Jugo‖ é
canga. Fala-se, mesmo, em ―grade‖ curricular – coisa de prisão. A educação segue
o caminho inverso: começa não com os programas, mas com a criança que vive
seu momento presente. Saberes que permanecem não são impostos. Eles crescem
da vida.

(Rubem Alves, Educação do Olhar. http://correio.rac.com.br/. 13.07.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho do quarto parágrafo – Nas


escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. – mantém
seu sentido original e está de acordo com a norma-padrão de pontuação.

a) Nas escolas, as crianças são submetidas ao domínio dos saberes – programas.

b) Nas escolas as crianças, são submetidas ao ―domínio‖ dos saberes; programas.

c) Nas escolas as crianças, são submetidas ao ―julgamento‖ dos saberes e dos


programas.

d) Nas escolas, as crianças são submetidas ao julgamento dos saberes;


programas.

e) Nas escolas, as crianças são submetidas, à junta dos saberes – programas.


520) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

A expressão destacada em – Namorado de Hermengarda, filha de Favila, duque


de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu amor fora
infeliz. –, está entre vírgulas, regra de pontuação que se repete em:

a) Venha logo, querida Romilda, assistir comigo a esse lindo pôr-do-sol nesta
praia.

b) Ana era míope, ou seja, não enxergava muito bem, sobretudo pessoas
inconvenientes.

c) Foi na primavera, estação das flores, que conheci a beleza das músicas do
Japão.

d) Há objeções a sua candidatura, a saber, seu mau humor, sua antipatia e sua
indiferença.

e) Aconteceu que, durante a partida de futebol, o jogador passou mal e deixou


o jogo.

521) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
[...]

Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que
ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que
você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. [...]
Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante.

(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em


http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

Considere o trecho do texto:

Simplesmente ignora você. Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável.

Outro modo de reescrever e pontuar corretamente esse trecho, mantendo o


sentido, é:

a) Simplesmente ignora você, mas, se apenas ignorasse, ainda seria suportável.

b) Simplesmente, ignora, você: mas se apenas ignorasse, ainda seria suportável!

c) Simplesmente! Ignora, você, mas se, apenas, ignorasse, ainda, seria


suportável?

d) Simplesmente... ignora você, mas, se, apenas, ignorasse? Ainda seria


suportável?

e) Simplesmente, ignora, você mas, se apenas ignorasse ainda, seria suportável.

522) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Assinale a alternativa em que a nova ordem das palavras no enunciado e a


pontuação nele adotada mantêm a correção e o sentido do enunciado original.

a) Mas, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores, era preciso matar
Frei Caneca, de qualquer jeito.

b) Então o ajudante do carrasco veio, que também diante da visão da Virgem Maria
se recusou, a executar Frei Caneca.

c) O carrasco recuou, quando já se preparava para o gesto fatal dizendo que a


Virgem Maria estava junto ao condenado, com o rosto pálido.

d) O juiz mandou, trazer em troca, da execução de Frei Caneca, dois presos da


cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade.

e) Aí, foram buscar dois escravos, mesmo duramente açoitados, e esses, negaram-
se a participar da execução.
523) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

O padeiro

Levanto cedo, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do
apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro
de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a ―greve do pão dormido‖ –
uma greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que
obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei
bem o quê do governo.

Está bem. E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto
que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele
apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

– Não é ninguém, é o padeiro!

Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

―Então você não é ninguém?‖

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes
lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: ―não é ninguém, não
senhora, é o padeiro‖. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu preferi
não o deter para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal – e muitas vezes
saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda
quentinho da máquina, como pão saído do forno.

Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante
porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu
escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo em meu nome. O jornal e o
pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi
a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ―não é
ninguém, é o padeiro!‖

E assobiava pelas escadas.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. Vol. 1 – crônicas. São Paulo: Ática, 1979. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o acréscimo das vírgulas na frase está de acordo com
a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Muitas vezes lhe acontecera, bater a campainha de uma casa, e ser atendido
por uma empregada...
b) No mesmo instante me lembro, de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera,
sobre a ―greve do pão dormido‖…
c) ... e dentro do meu coração eu recebi, a lição de humildade daquele homem,
entre todos útil e entre todos alegre...
d) E, enquanto tomo meu café, vou me lembrando de um homem modesto que
conheci antigamente.
e) ... acham que obrigando, o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido,
conseguirão não sei bem o quê do governo.

524) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.

O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games


devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)


A frase ―Mas para ele é preciso tomar cuidado para não se cair na ideia de que todo
mundo precisa ser tratado e medicado.‖ (3º parágrafo) permanecerá correta caso
seja apresentado entre vírgulas o seguinte trecho:

a) cuidado

b) para ele

c) para não se cair

d) todo mundo

e) na ideia de

525) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)


Observe as frases:

 Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só,
uma tontura gostosa! Não é notável?
 Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene?
 Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu?

No contexto em que estão empregadas, as orações interrogativas revelam as


seguintes intenções comunicativas ou reações do entrevistador, respectivamente:

a) busca de uma informação; espanto; advertência.

b) crítica; bom humor; confirmação de uma informação.

c) humor; indignação; confirmação de uma informação.

d) advertência; busca de uma informação; busca de uma informação.

e) ironia; confirmação de uma informação; busca de uma informação.

526) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

(André Dahmer. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/


cartum/ cartunsdiarios/#5/1/2018. Acesso em 04.02.2018)
Entre as alternativas elaboradas com base na tira, assinale aquela em que a
pontuação está correta.

a) No diálogo, o personagem Malvado, concorda com as ideias de Malvadinho.

b) Na tira, Malvadinho pretende desistir de amar e de conquistar dinheiro, ou seja,


desistir de tudo.

c) Para conquistar, a felicidade, é necessário: amor e dinheiro.

d) O desejo de Malvadinho era ter, um amor verdadeiro, para sua vida ser mais
feliz.

e) Segundo, Malvadinho ter dinheiro é menos importante, que ter um amor


verdadeiro para vir junto dele.

527) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

Uma vírgula foi acrescida a um trecho selecionado do texto. Com essa alteração, o
trecho em que a pontuação está correta é:

a) ... nos quais defende, que nos fizeram entender a qualidade de vida... (2º
parágrafo)

b) ... um acúmulo de posses materiais, que obtemos a partir do trabalho. (2º


parágrafo)

c) As novas gerações são, as que estão menos de acordo com uma existência...
(3º parágrafo)

d) O capitalismo nos vendeu, que o contrário do trabalho é a vadiagem... (3º


parágrafo)

e) Tampouco acreditam, que devamos nos sentir felizes... (3º parágrafo)

528) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do texto:


... graças à integração de fenômenos como a internet das coisas (conexão via
internet entre objetos e equipamentos) e a eletrificação do transporte...
Os parênteses marcam a presença de
a) um questionamento.
b) uma retificação.
c) uma justificativa.
d) uma explicação.
e) uma contradição.
529) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.


Um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 afirma que, em 2050, teremos
mais plástico nos oceanos do que peixes. Segundo o documento, a cada ano
despejamos 8 milhões de toneladas de plástico. É uma caçamba de caminhão de
lixo sendo jogada nas águas por minuto. Se nada for feito, a expectativa é de que
pule para duas por minuto em 2030 e para quatro em 2050. Hoje, diz o relatório,
temos mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.
(Estevão Bertoni. Galileu. https://revistagalileu.globo.com. 29.08.2018. Adaptado)

No que se refere à pontuação, o trecho ―Hoje, diz o relatório, temos mais de 150
milhões...‖ está corretamente reescrito em:
a) O relatório diz que temos hoje, mais de 150 milhões...
b) O relatório diz que hoje, temos, mais de 150 milhões...
c) O relatório diz que, hoje temos mais de 150 milhões...
d) O relatório diz que temos, hoje, mais de 150 milhões...
e) O relatório diz que temos, hoje mais de 150 milhões...

530) Concurso: GCM/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha


a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando pelo desuso da navalha


a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

a arquitetar na sombra a despedida


do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório


e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

(Livro geral. Olinda: Gráfica Vitória, 1977)


Após o acréscimo das vírgulas, permanece correto o seguinte verso:

a) lembra-te que, afinal, te resta a vida.

b) lembra-te, que afinal, te resta a vida.

c) lembra-te que, afinal te resta, a vida.

d) lembra-te, que afinal te resta, a vida.

e) lembra-te que afinal, te resta, a vida.

531) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.

O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e


segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”. www.bbc.com,


27.06.2018. Adaptado)

Com relação ao emprego da vírgula, está em conformidade com a norma-padrão da


língua portuguesa o trecho:

a) Há pesquisas que indicam que, associamos ideias com mais liberdade quando
estamos relaxados.

b) Se colegas de trabalho riem juntos, a produtividade e a criatividade desses


funcionários aumentam.

c) Vários pesquisadores dos Estados Unidos e da Inglaterra, têm apontado os


benefícios do riso no ambiente de trabalho.

d) Sophie Scott e John Kounios, ambos, pesquisadores possuem um mesmo objeto


de pesquisa: o riso.

e) É muito importante observarmos as pesquisas pois elas, podem trazer


benefícios, inclusive no mundo profissional.

532) Concurso: Of Adm I /Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quando me propus a escrever um texto sobre o filme ―Pantera Negra‖, eu pensei


na possibilidade de escrever sobre todos os sentimentos que se misturavam em
meu corpo e coração vendo o filme.

Fui ver o filme sob muita expectativa, como todo o povo negro ao redor do mundo
indo para as salas de cinema vestidos com suas melhores roupas — acho que eu
nunca fui tão arrumada ver um filme —, como se fosse uma ocasião muito especial.
E de fato foi.

Em tempos em que a questão da representatividade negra ganha cada vez mais


força na cultura nerd/geek, ver um herói negro é algo gratificante, muito forte e
cheio de significado para o povo negro que curte esse universo.

Diante disso, desde quando vi o trailer do filme pela primeira vez, eu não parei de
pensar em um ponto importantíssimo: as crianças negras.
Uma amiga me mostrou uma foto no Instagram que fez meu coração esquentar de
felicidade: o seu filho, diante do cartaz do filme, vestido de Pantera Negra, com um
sorriso enorme no rostinho. Uma busca rápida pela hashtag #BlackPanther, e o
resultado são várias fotos de crianças com seus pais e responsáveis, meninos e
meninas negras, de várias partes do mundo, sorrindo, usando com orgulho
camisetinhas com o herói da vez estampado ou com a máscara do rei T‘Challa
cobrindo seus rostinhos, da mesma forma que o filho dessa minha amiga.

Eu confesso que saí da sala do cinema sentindo um alívio imenso, porque talvez eu
também tenha sido uma criança que precisava dessa carga de representatividade.

(Paula Silva. “Pantera Negra: finalmente um filme 100% negro!”.


http://azmina.com.br, 07.03.2018. Adaptado)

O uso dos dois-pontos no trecho ―Uma amiga me mostrou uma foto no Instagram
que fez meu coração esquentar de felicidade: o seu filho, diante do cartaz do filme,
vestido de Pantera Negra…‖ (5o parágrafo) tem a função de indicar

a) uma correção ao que se afirmou anteriormente aos dois-pontos.

b) uma síntese do que foi expresso antes dos dois-pontos.

c) uma descrição do que se afirmou antes dos dois-pontos.

d) a apresentação de um fato novo para o que se apresenta antes dos dois-pontos.

e) a introdução de uma fala feita em discurso direto.

533) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que está correta quanto à pontuação, segundo a norma-


padrão.

a) É evidente que, precisa-se refletir sobre o assunto a ser anunciado ao leitor.

b) Quando se faz uma viagem em geral os amigos e hotéis são avisados.

c) Toda a exposição, em uma introdução, está compreendida implicitamente.

d) A introdução de fato convida, o leitor, a fazer a viagem de leitura.

e) A exposição, é a parte do texto que abre o assunto, que o anuncia ao leitor.


534) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.
Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento
que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.
Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.
Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a
velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.
Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.
Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.
Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que
nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.
Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um.
Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com
certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.
(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)
¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

No trecho – Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica


diferente: a velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até
mesmo trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras. –, os
dois-pontos introduzem

a) uma retificação do que se afirmou anteriormente.

b) um suposição em relação ao que foi afirmado previamente.

c) a finalidade que motivou a situação descrita anteriormente.

d) uma concessão em relação ao que se vinha dizendo.

e) a explicitação da ideia desenvolvida anteriormente.

535) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia as notícias 1 e 2 para responder à questão.

Notícia 1

A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença. A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana,
não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno
– exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), sendo mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.

Na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, pelo menos 40 mil
animais foram mortos desde agosto em razão da doença. Quarto maior exportador
mundial, o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo
um mercado-chave para importadores. Hoje, cerca de 20% dos embarques
brasileiros de carne suína têm como destino a China, seguido de Hong Kong, que
responde por percentual semelhante.

(Joana Colussi. “Brasil reforça vigilância para manter peste suína africana
longe do país”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 21.09.2018. Adaptado)

Notícia 2

O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos,


receberá a ajuda de um cão treinado para evitar a entrada de produtos
contaminados que possam espalhar a peste suína e a febre aftosa pelo país. Thor,
um labrador, ajudará os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no
posto de Vigilância Internacional Agropecuária (Vigiagro) do aeroporto na
fiscalização de cargas e bagagens que chegam ao terminal.

No processo de fiscalização, os auditores avaliam a procedência do voo, o ponto de


origem onde se inicia a viagem, o perfil dos passageiros, as características das
cargas e bagagens e a possibilidade de conterem produtos que ofereçam riscos
relativos à introdução destas doenças no país.

―A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos. A partir daí, o Thor entra em ação e nos ajuda
na identificação e apreensão destes produtos por meio do faro muito sensível‖,
disse o auditor-fiscal Angelo de Queiroz, coordenador da operação.

(Camila Boehm. “Aeroporto recebe ajuda de labrador para evitar entrada


de peste suína”. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2018. Adaptado)

É correta a pontuação em:

a) O auditor-fiscal Angelo de Queiroz, foi quem deu informações sobre a operação.

b) O aliado dos agentes na operação é, o faro sensível de Thor.

c) A peste suína africana não é transmissível ao ser humano; a porcos, sim.

d) Com receio de nova contaminação; o Brasil está tomando medidas nos


aeroportos.

e) É incontestável que, a China consome mais carne de porco que o Brasil.

536) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula.

a) Vizinho ouço, neste momento, música em sua casa. Se, me convidar irei com
alegria.

b) Vizinho ouço, neste momento, música em sua casa. Se me convidar irei, com
alegria.

c) Vizinho ouço neste momento, música em sua casa. Se me convidar, irei, com
alegria.

d) Vizinho, ouço, neste momento, música em sua casa. Se me convidar, irei com
alegria.

e) Vizinho, ouço neste momento, música em sua casa. Se me convidar irei com
alegria.
537) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia


desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da
Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão
estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei
(GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e
restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de


privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo
para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e
outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para
começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela
iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla
margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

A rescrita da passagem – As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as


empresas de tecnologia desde o início do ano. – está correta quanto ao uso da
vírgula em

a) Desde, o início do ano as leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as


empresas de tecnologia.

b) Desde o início do ano, as leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as


empresas de tecnologia.

c) Desde o início do ano as leis de privacidade pelo mundo, afetaram em cheio as


empresas de tecnologia.

d) Desde o início do ano as leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio, as


empresas de tecnologia.
538) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Muito antes de haver história, já havia seres humanos. Animais bastante similares
aos humanos modernos surgiram por volta de 2,5 milhões de anos atrás. Mas, por
incontáveis gerações, eles não se destacaram da miríade de outros organismos com
os quais partilhavam seu habitat.

Em um passeio pela África Oriental de 2 milhões de anos atrás, você poderia muito
bem observar certas características humanas familiares: mães ansiosas acariciando
seus bebês e bandos de crianças despreocupadas brincando na lama; jovens
temperamentais rebelando-se contra as regras da sociedade e idosos cansados que
só queriam ficar em paz; machos orgulhosos tentando impressionar as beldades
locais e velhas matriarcas sábias que já tinham visto de tudo. Esses humanos
arcaicos amavam, brincavam, formavam laços fortes de amizade e competiam por
status e poder – mas os chimpanzés, os babuínos e os elefantes também. Não
havia nada de especial nos humanos. Ninguém, muito menos eles próprios, tinha
qualquer suspeita de que seus descendentes um dia viajariam à Lua, dividiriam o
átomo, mapeariam o código genético e escreveriam livros de história. A coisa mais
importante a saber acerca dos humanos pré-históricos é que eles eram animais
insignificantes, cujo impacto sobre o ambiente não era maior que o de gorilas,
vaga-lumes ou águas-vivas.

(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da


humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio, Porto Alegre, L&PM, 2015, p. 08-09)

Acerca da pontuação, de acordo com a norma-padrão da língua, está correto o que


se afirma em:

a) o trecho – Animais bastante similares aos humanos modernos surgiram por


volta de 2,5 milhões de anos atrás. – permanecerá correto se uma vírgula for
acrescida após a palavra ―humanos‖.

b) o trecho – Em um passeio pela África Oriental de 2 milhões de anos atrás, você


poderia muito bem observar certas características humanas familiares... –
permanecerá correto após a substituição da vírgula por ponto final.

c) a mensagem do trecho – ... mães ansiosas acariciando seus bebês e bandos de


crianças despreocupadas brincando na lama... – permanecerá inalterada caso seja
acrescida uma vírgula após ―ansiosas‖ e outra após ―despreocupadas‖.

d) o trecho – Ninguém, muito menos eles próprios, tinha qualquer suspeita de que
seus descendentes um dia viajariam à Lua... – permanecerá correto caso as
vírgulas sejam substituídas por travessões.
e) a mensagem do trecho – A coisa mais importante a saber acerca dos humanos
pré-históricos é que eles eram animais insignificantes... – permanecerá inalterada
se a expressão ―a saber‖ ficar entre parênteses.

539) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Carta a Beatriz

Cara Beatriz: na última terça (8) você escreveu aqui pro jornal se dizendo
espantada com a minha crônica de domingo (6); ―após uma semana de fatos
surpreendentes na política‖, ―num momento tão importante para uma boa análise‖,
um de seus ―colunistas preferidos‖ havia se saído com um texto ―bobo e sem
propósito‖.

Fico feliz por me citar entre seus ―colunistas preferidos‖, mas me pergunto se o
elogio foi sincero ou só uma gentileza. Afinal, quase toda semana o Brasil nos
brinda com ―fatos surpreendentes na política‖ e quase todo domingo, em vez de
uma ―boa análise‖, publico textos que poderiam ser considerados bobos e sem
propósito.

Não o faço por desvio de caráter nem para irritá-la, Beatriz, mas por dever de
ofício. O cronista é um cara pago para lubrificar as engrenagens do maquinário
noticioso com um pouco de graça, de despropósito e – vá lá, por que não? – de
bobagem. Minha função é lembrar o leitor desolado entre bombas na Síria, tiros na
Rocinha e patacoadas em Brasília que este mundo também comporta mangas
maduras, Monty Python, Pixinguinha.

O Rubem Braga atravessou duas ditaduras e seu maior libelo à liberdade não é um
texto contra o pau de arara, mas uma carta/crônica ao vizinho que havia reclamado
do barulho.

Lamento, Beatriz, mas atualmente a única ―boa análise‖ que tenho sido capaz de
fazer é às quintas, 15h, deitado num divã na rua Apiacás – e nem sempre é assim
tão boa.

Um abraço,

(Antonio Prata. Folha de S.Paulo, 13.03.2016. Adaptado)


No primeiro parágrafo do texto, empregam-se as aspas para

a) ironizar as ideias expressas pela leitora.

b) indicar o pensamento do próprio autor.

c) dar ênfase às ideias do jornal.

d) indicar transcrição do discurso da leitora.

e) criar o efeito de humor no texto.

540) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Laerte. Folha de S. Paulo, 28.07.2018. Adaptado)


Quanto à pontuação utilizada na tira, assinale a alternativa que apresenta
possibilidade de alteração que não modifique o sentido original nem interfira na
correção da norma-padrão.

a) No último quadrinho, pode-se inserir uma vírgula após o verbo ―trazendo‖.

b) No segundo quadrinho, pode-se inserir uma vírgula após ―que‖.

c) No primeiro quadrinho, pode-se trocar os dois-pontos por uma vírgula.

d) No terceiro quadrinho, pode-se inserir uma vírgula após ―porque‖.

e) No terceiro quadrinho, pode-se trocar o ponto final por um ponto de


interrogação.

541) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de


vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

A pontuação encontra-se corretamente empregada no trecho reescrito do texto em:

a) A identificação de distúrbios mentais a partir de relatos de sonho, não é um


método comprovadamente eficaz.

b) O estudo foi realizado com 60 voluntários e, ainda que, seja um número


aparentemente pequeno, apresentou resultados interessantes.

c) Para realizar o estudo, de doenças mentais, os pesquisadores transcreveram os


relatos de sonhos.

d) A quantidade de dados analisados é imensa, e, logo, é necessário recorrer a


programas de computador que processem essas informações.

e) Os relatos dos sonhos de esquizofrênicos e bipolares revelam, diferenças


importantes em relação àqueles que não tinham doenças mentais.

542) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.
Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.
Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.
Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...
Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a
vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.
Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?
A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.
(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta acerca do emprego da pontuação no texto.


a) As aspas em – ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖ –
evidenciam a omissão de uma passagem do poema considerada desnecessária para
a crônica.
b) O ponto e vírgula em – houve tempo em que me doíam; não, não, apenas me
diminuíam – apresenta o motivo que justifica a ação anteriormente citada.
c) As reticências em – fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio, na cachoeira
de Iporanga... – dão a entender que houve outros lugares, além dos citados, em
que o cronista quase se afogou.
d) Os dois-pontos em – Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será
um ciclista inseguro a vida toda – introduzem um comentário malicioso da parte do
cronista.
e) O ponto de interrogação em – Isso é bom? – sinaliza que o cronista depende de
uma reposta dos leitores.
543) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que reescreve o trecho – Poucas coisas na vida são mais
inúteis do que torcer por um time de futebol. –, observando a norma-padrão de
pontuação e de concordância nominal e verbal.

a) Costuma-se dizer que, entre as coisas o mais possível inúteis que pode haver na
vida, está torcer por times de futebol.

b) Dizem que uma coisa das mais inútil, que existe na vida, estão em torcer por
um time de futebol.

c) Costumam-se dizer que, entre todas as coisas mais inúteis que podem haver na
vida, está torcer por um time de futebol.

d) Diz que torcer por times de futebol, podem ser uma coisa das mais inúteis
possíveis que existe na vida.

e) Diz-se que torcer por times de futebol é uma coisa, das mais inútil, que devem
existirem na vida.

544) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão.

Febre de fama

Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos
holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios
indomáveis.

Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:

– Preciso falar urgentemente com o senhor.

―É desgraça!‖, assustei-me. Digitei o número.

– Quero trabalhar em novela – disse a voz.

Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se
tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma
certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar
que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se:

– Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.


Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança
em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos.
Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou:

– Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística.
Ainda bem!

Comentei, muito discreto:

– É... ela vai longe...

– Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela!

Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas


como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse
desejo insano por ser famoso a qualquer preço.

(Veja SP, 21.10.1998. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente e


preserva o sentido original do texto.

a) – Preciso falar urgentemente com o senhor! (3º parágrafo)

b) Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular)
se tinha experiência como atriz? (6º parágrafo)

c) – Quando pequena; ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística.
(9º parágrafo)

d) – É, ela vai longe! (11º parágrafo)

e) Essa (febre de fama) me dá calafrios. (último parágrafo)

545) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes
quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.

E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o
barulho do motor, rir, gritar, pensar sentir, puxa vida! Como deixava a garganta
seca.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a
mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre
arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde


jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar.
Agora podia abrir os olhos. Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de
estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da
mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A
vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.

Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e
tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

Redigida com base em passagem do texto, a frase que apresenta emprego da


vírgula de acordo com a norma- -padrão é:

a) Antes tão boa a brisa fina, tornara-se quente e árida ao sol do meio-dia.

b) Do chafariz de pedra entre arbustos brotava num filete, a água sonhada.

c) Ele conseguiu ser, o primeiro a chegar antes de todos ao chafariz de pedra.

d) Sentia-se intrigado intuitivamente confuso, na sua inocência.

e) No meio da balbúrdia dos amigos, a concentração no sentir era difícil.


546) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)


Assinale a alternativa em que, após a inserção das vírgulas, a frase do texto estará
em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) ... uma visão centrada, em políticas públicas, para enfrentar desafios que o
século trouxe para a humanidade.

b) ... programas para evitar, o crescimento da desigualdade, e melhorar a


preparação das gerações futuras...

c) ... haverá, em poucos anos, a extinção de profissões e de tarefas dentro de


várias ocupações...

d) Teremos também que contar, com um ecossistema educacional, que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação...

e) A certificação de, conhecimentos previamente adquiridos, ganha força e sentido


de urgência...

547) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.
(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação das frases está de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa.

a) A discriminação social, é um atraso, para a sociedade em geral.

b) Helenice Laguardia, a jornalista, foi quem fez essa reportagem.

c) Costuma-se, dar muita importância, às aparências das pessoas.

d) Helenice, chorou várias vezes, durante aquela reportagem.

e) A jornalista ficou, inconformada, com a postura dos vendedores.

548) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)
Considere o trecho:

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo...

Nessa passagem, o sinal de dois-pontos é usado para introduzir uma

a) síntese.

b) explicação.

c) justificativa.

d) emenda.

e) exemplificação.

549) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da


Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

As aspas, no último parágrafo, sinalizam

a) a intenção cômica do texto.

b) a citação da fala de um especialista.

c) uma hipótese que não pode ser testada.

d) uma opinião contrária à do autor do texto.

e) um comentário sem relação com o tema do texto.

550) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.
―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.

―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

a) Brasil e Venezuela, registram surto de sarampo, na fronteira entre os dois


países.

b) Segundo boletim da Opas entre agosto e setembro houve, 19 mortes, de


ianomâmis.

c) Parece que, em nível nacional, a situação foge ao controle do governo


venezuelano.

d) Luis Bello diz que, os casos estão aumentando de acordo com informação
recebida.

e) Teve uma queda há pelo menos uma década, a cobertura vacinal na Venezuela.

551) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.
Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na
Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão de pontuação, o vocábulo do trecho – ... a


mensagem de Palihapitiya é importante para nos lembrar de algo que normalmente
ignoramos por escolha. – que poderia estar entre vírgulas é:

a) importante.

b) algo.

c) que.

d) normalmente.

e) ignoramos.

552) Concurso: Tel/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp

Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que


as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou
brincam pouco, no ―mundo real‖, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa
foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro
a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.

Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se


enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que
afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas


passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para,
inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da
pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades
esperadas para essa faixa.

O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas


sim a falta de brincadeiras no ―mundo real‖.
―O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades
que estimulem a criatividade‖.

Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem
noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/uso-de-eletronicos-em-
excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp.Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego da pontuação, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa.

a) Na atualidade as crianças, costumam abusar do uso de aparelhos eletrônicos.

b) A falta de uma rotina de brincadeiras, compromete o desenvolvimento infantil.

c) Enquanto brincam as crianças, desenvolvem noções de tempo e de espaço.

d) Atividades que promovam a criatividade, devem fazer parte da rotina das


crianças.

e) Segundo a pesquisadora, brincar é uma atividade indispensável para crianças.

553) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as vírgulas estão empregadas segundo a regra de


pontuação aplicada à frase – ... de vez em quando tenta seguir, com o rabo do
olho, as vítimas fugazes.

a) Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa.

b) Rosalia Villagrán, esposa de Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe
pagasse o ataúde.

c) Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba.

d) Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre caminho no creme, e outro vigia
os montevideanos.

e) O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo, imóvel, escuta


a crônica de costumes.

554) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sinal de pontuação indicado tem como


característica permitir que a ideia exposta pelo autor possa ser complementada
pelo pensamento do leitor.

a) Reticências em – agora se usa gato, se não estou atrasado… (3° parágrafo)

b) Ponto simples em – Reconheço, tenho saudade de certos termos. (6° parágrafo)

c) Aspas em – Vão para a balada, para a ―night‖. (7° parágrafo)

d) Ponto de exclamação em – foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!


(7° parágrafo)

e) Dois-pontos em – A verdade é: não há botox ou plástica que resista. (10°


parágrafo)

555) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.

O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do


primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.

A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a alteração na pontuação do trecho modifica o


sentido da frase original.

a) … foi nomeada dama de honra da pobre Leopoldina, que sofria com a situação e
ganhou o título de marquesa, o segundo degrau da nobreza brasileira.

b) … resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila –
A verdadeira História da Marquesa de Santos (de 2013) com documentos inéditos e
reveladores.

c) O mais significativo em termos históricos é o diário que confirma a existência do


primeiro dos cinco filhos dos dois amantes…

d) … a marquesa de Santos – célebre amante de dom Pedro I – aos poucos deixa o


rodapé da história para ganhar personalidade, ambição e protagonismo mais
nítidos.

e) … Domitila (mulher bonita, inteligente e alegre.) experimentou ascensão social


meteórica na capital.
556) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

Assinale a alternativa em que a pontuação está empregada corretamente.


a) Todos se esqueceram do rapaz; amigos, vizinhos, familiares.
b) Por que motivo o jovem havia partido de casa.
c) O cão ia diariamente até a esquina: na qual, esperava o dono bem-amado.
d) Quiseram, prender o cachorro, mas foi tudo em vão.
e) O cachorro – como se tivesse um relógio na pata – pontualmente aguardava
pelo rapaz.
557) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Nesse momento sou invadido por uma sensação de felicidade plena que vai e volta
por vários dias.

Após o acréscimo das vírgulas, a frase permanece pontuada corretamente,


conforme a norma-padrão da língua, em:

a) Nesse momento sou, invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e
volta por vários dias.

b) Nesse momento sou invadido, por uma sensação, de felicidade plena que vai e
volta por vários dias.

c) Nesse momento sou invadido, por uma sensação de felicidade, plena que vai, e
volta por vários dias.

d) Nesse momento sou invadido por, uma sensação de felicidade plena, que vai e
volta por vários dias.

e) Nesse momento, sou invadido por uma sensação de felicidade plena, que vai e
volta por vários dias.

558) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Na passagem do 3o parágrafo – Casara-se com d. Laura, que [....] era mais


inteligente e instruída que ele. –, emprega-se a vírgula para indicar uma

a) correção relativa à personalidade de d. Laura.

b) conversa entre as personagens do conto.

c) citação contendo o pensamento de Garcia.

d) explicação quanto às qualidades de d. Laura.

e) conclusão sintetizando as divergências entre as personagens.

559) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.

Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além


das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendo numa velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)

Em uma hipotética carta de um leitor do Estadão ao jornal, assinale a alternativa


que apresenta um trecho dessa carta com emprego correto de pontuação.

a) O senhor José Goldemberg afirma que desde 1800 a temperatura já subiu mais
de 1 grau. Gostaria de saber de onde ele tirou essa informação?

b) Senhor editor por favor, envie meus cumprimentos ao professor José


Goldemberg pelo artigo esclarecedor.

c) O artigo ―Aquecimento global e desinformação‖, de José Goldemberg, expõe um


problema importante para nossos dias.

d) Parabenizo o jornal por apresentar matéria relevante e convidar alguém com


notório conhecimento sobre o assunto o professor ―José Goldemberg‖.

e) A matéria afirma que os Estados Unidos (segundo emissor mundial de gás


carbônico) segundo levantamento, ficam atrás apenas da China. O que é
compreensível.
560) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras
de pensar o mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. Uma das
primeiras teorias a pô-las lado a lado é do início de 2000. A fé, assim como as
religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente seminal para a evolução da
espécie humana. O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência
da finitude, precisaria recorrer a algo maior e impalpável para conviver com tal
ideia. Além disso, as religiões estimulam a solidariedade e a compaixão,
sentimentos que levariam à proteção em momentos de risco, como procura por
comida, guerras e catástrofes naturais.

O rompimento entre ciência e religião não é tão antigo. Ocorreu no século XVIII,
com o iluminismo. Despontado na França, o movimento viu na razão e no
progresso científico um instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas
cristãos em xeque. A igreja reagiu, fazendo publicar a primeira encíclica da história,
reforçando questões cruciais para ela. O ponto máximo da cisão ocorreu no século
XIX, quando Charles Darwin negou o criacionismo, definindo a clássica teoria da
evolução das espécies.

(Adriana Dias Lopes, Qual é a origem da fé? Veja, 28.10.2015. Adaptado)

No trecho – ...seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras de pensar o


mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. – as vírgulas são
empregadas para separar uma frase de caráter explicativo acerca do antecedente
destacado. A alternativa em que se encontra esse mesmo caso de emprego das
vírgulas é:

a) O ponto máximo da cisão ocorreu no século XIX, quando Charles Darwin negou
o criacionismo, definindo a clássica teoria da evolução das espécies.

b) A fé, assim como as religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente


seminal para a evolução da espécie humana.

c) A igreja reagiu, fazendo publicar a primeira encíclica da história, reforçando


questões cruciais para ela.

d) O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência da finitude,


precisaria recorrer a algo maior e impalpável.

e) Despontado na França, o movimento viu na razão e no progresso científico um


instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas cristãos em xeque.
561) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar.
Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente,
apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um
estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela
excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira.
Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse
querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas
outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não
tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água.
Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos
incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais.
Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada – ótima
brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação
parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso
porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados
da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E, sobretudo, eram educados mal
porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os
cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter
uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela
ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se
transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre ―diferente‖ e
extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. www.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/01/1731576-mal-


educados-oueducados-mal.shtml, 21.01.2016.Adaptado)
Considere o trecho do quarto parágrafo:

Os gritos incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles


aumentarem mais. Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela
escada – ótima brincadeira, mas por que sempre gritando?

O texto permanecerá correto com o acréscimo de uma vírgula após o termo:

a) incompreensíveis.

b) duplicaram.

c) como.

d) eles.

e) então.

562) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Nas passagens do primeiro parágrafo – … e ali estava, bem no fundo, um papel


cuidadosamente dobrado. – e – … mas ―ao colega da tarde‖. – as vírgulas e as a
spas são empregadas, respectivamente, para

a) intercalar expressão adverbial e indicar transcrição de trecho da carta.

b) intercalar correção e indicar duplo sentido da expressão da carta.

c) intercalar oração explicativa e indicar fala da personagem.

d) intercalar sujeito da oração e indicar ironia na carta da personagem.

e) intercalar aposto e indicar trecho da carta da personagem.

563) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖.

Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

Observe as expressões colocadas entre aspas:

―As vantagens de ser mãe de menina‖/ ―Por que é bom ser mãe de menino‖:
―meninos não têm frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais
corajosos‖, ―elas são mais choronas‖ (1o parágrafo); – ―Esse brinquedo é de
menina‖ (4o parágrafo).

É correto afirmar que, no contexto em que estão empregadas, as aspas sinalizam

a) a citação das opiniões da própria autora acerca dos fatos narrados.

b) referências a situações concretas que a autora afirma serem verdadeiras.

c) comentários de pessoas não identificadas, os quais sustentam as opiniões da


autora.

d) a intenção de expor ideias compatíveis com as atitudes tomadas pela autora.

e) a expressão de pontos de vista não compartilhados pela autora.


564) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve o trecho do terceiro parágrafo do texto de
acordo com a norma-padrão de pontuação da língua portuguesa.

a) A gordura abdominal, em excesso é perigosa, pois leva à síndrome metabólica,


isto é: aumenta as chances de desenvolver diabetes, problemas cardíacos, e
gordura no fígado entre outras doenças.

b) A gordura abdominal em excesso é perigosa, pois, leva à síndrome metabólica


isto é, aumenta as chances de desenvolver, diabetes, problemas cardíacos e
gordura no fígado, entre outras doenças.

c) A gordura abdominal, em excesso, é perigosa, pois leva à síndrome metabólica


isto é: aumenta as chances de desenvolver, diabetes, problemas cardíacos, e
gordura no fígado entre outras doenças.

d) A gordura abdominal em excesso é perigosa, pois leva à síndrome metabólica,


isto é, aumenta as chances de desenvolver diabetes, problemas cardíacos e
gordura no fígado, entre outras doenças.

e) A gordura abdominal em excesso, é perigosa, pois leva à síndrome metabólica,


isto é, aumenta as chances de desenvolver diabetes, problemas cardíacos, e
gordura no fígado, entre outras doenças.

565) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.

Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos

Após o acréscimo das vírgulas, o trecho que permanece correto é:

a) Na sexta-feira, meu filho, chega de São Paulo carregando, uma mala entupida
de roupa suja. (1º parágrafo)

b) O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se, para
o jovem de 18 anos, um simples e inofensivo gatinho. (1º parágrafo)

c) Hoje posso dizer com serenidade que, essa mesma habilidade, que ele
desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. (2º parágrafo)

d) Agora, se tem algo ultimamente que, me anda pondo medo, é o ferro de passar
roupa. (2º parágrafo)

e) Esse que eu tenho aqui, e que terei que usar até arrumar, uma nova ajudante,
tem um botão giratório pra eu escolher, o tipo de tecido... (3º parágrafo)

566) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.
A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. "Ficar” é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)

No trecho – ―Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. –, as aspas foram


empregadas para

a) indicar a mudança de interlocutor.


b) indicar o título de uma obra/um texto.
c) informar que se trata da citação de outro autor.
d) indicar a significação de um estrangeirismo.
e) marcar o uso de uma expressão popular, inadequada ao contexto.
567) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser


simples a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e
garantir o acesso tempestivo a quem deles depende.

Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

No trecho ―Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo,...‖,


empregam-se as vírgulas para destacar

a) uma exemplificação.

b) um vocativo.

c) uma correção.

d) uma advertência.

e) um resumo.

568) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.
Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)

Um trecho do texto que se apresenta pontuado corretamente com o acréscimo da


vírgula está em:

a) Algumas pesquisas mostram que a criatividade, é parte das habilidades mentais.


(3o parágrafo)

b) Nós a usamos na hora de resolver, problemas que encontramos no dia a dia.


(3o parágrafo)

c) Para ser criativo, é preciso desafiar alguns padrões. (4o parágrafo)

d) Falta de criatividade é associada, com uma visão de mundo mais limitada. (6o
parágrafo)

e) Como as pessoas podem se livrar, desse tipo de visão? (6o parágrafo)


569) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

A recente catástrofe em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, em


Mariana. Estimados 60 bilhões de litros de lodo se derramaram pelo vale do rio
Doce após a ruptura de barragens de resíduos de minério de ferro.

Nos primeiros dez dias, a onda de lama percorreu 450 km. Na imagem que já
___________, ―cimentou‖ o leito do rio e, por onde _________, levou o
abastecimento de água ao colapso e provocou mortandade de peixes e outros
animais.

___________, como não poderia deixar de ser, quem pagará pela tragédia.

(Folha de S.Paulo, 18.11.2015. Adaptado)

No texto, as aspas em – ―cimentou‖ o leito do rio - foram usadas com a intenção de

a) marcar a ironia do autor quanto à tragédia.

b) reforçar a ideia de que o rio sobreviveu.

c) amenizar o sentido do verbo na frase.

d) enfatizar um sentido pouco usual do verbo.

e) dar importância maior ao fato, além do real.

570) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Incoerência americana

Fechar Guantánamo. Barack Obama prometeu fazê-lo em 2008, quando disputava


seu primeiro mandato como presidente dos EUA, supostamente o cargo mais
poderoso do mundo.

Seis anos e duas eleições depois, o campo de prisioneiros continua em


funcionamento, contradizendo os valores democráticos dos quais os americanos
tanto se vangloriam.

Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o
Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São,
entretanto, considerados ―perigosos demais‖.

(Folha de S.Paulo, 11.12.2014. Adaptado)


Na frase – São, entretanto, considerados ―perigosos demais‖. – (terceiro
parágrafo), as aspas são empregadas como marcação de

a) ambiguidade.

b) humor.

c) gíria.

d) correção.

e) ironia.

571) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖
―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho
certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Considere o trecho: Segundo ele, há similaridade entre os dois em relação à


maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante), alongamento, absorção de
líquido e isolamento térmico.

No trecho, os parênteses são usados para apresentar

a) uma dúvida quanto aos muitos sentidos de tingibilidade.

b) um comentário à parte, sem relação com tingibilidade.

c) uma exemplificação de produtos com tingibilidade.

d) uma explicação sobre o significado de tingibilidade.

e) uma enumeração de sinônimos para tingibilidade.

572) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo
confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Para responder às questão, considere o período do terceiro parágrafo: Rádio, a


gente pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível
com livro...

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

a) A gente, enquanto lê um livro pode ouvir rádio, baixinho, mas televisão é


incompatível com livro.

b) A gente enquanto lê um livro, pode ouvir rádio baixinho mas televisão é


incompatível com livro.

c) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir, rádio baixinho, mas televisão é


incompatível com livro.

d) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir rádio baixinho mas televisão é


incompatível com livro.

e) Enquanto lê um livro, a gente pode ouvir rádio baixinho, mas televisão é


incompatível com livro.

573) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.
Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula
a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

Assinale a alternativa em que uma das vírgulas foi empregada para sinalizar a
omissão de um verbo, tal como ocorre na passagem – A espada sem a balança é a
força bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito.

a) O direito, no sentido objetivo, compreende os princípios jurídicos manipulados


pelo Estado.

b) Todavia, não pretendo entrar em minúcias, pois nunca chegaria ao fim.

c) Do autor exige-se que prove, até o último centavo, o interesse pecuniário.

d) É que, conforme já ressaltei várias vezes, a essência do direito está na ação.

e) A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das faces, aos demais, a
outra.
574) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula.

a) Ana Carmen e Alexandre Almeida arteterapeutas, afirmam, que os livros de


colorir são analgésicos mas não curam, depressão.

b) Ana Carmen e Alexandre Almeida arteterapeutas afirmam que os livros, de


colorir, são analgésicos, mas não curam, depressão.
c) Ana Carmen e Alexandre Almeida, arteterapeutas, afirmam, que os livros de
colorir são, analgésicos, mas não curam depressão.

d) Ana Carmen e Alexandre Almeida, arteterapeutas, afirmam que os livros de


colorir são analgésicos, mas não curam depressão.

e) Ana Carmen e Alexandre Almeida, arteterapeutas afirmam que os livros, de


colorir, são analgésicos, mas não curam depressão.

575) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 11.06.2015. Adaptado)

Na fala do rapaz, deve-se empregar uma vírgula obrigatoriamente depois de

a) Garfield

b) alarme

c) para

d) avisar

e) que
576) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.

Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

Considere o segundo parágrafo para responder à questão:

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Após o acréscimo do termo recentemente e da alteração na pontuação, a frase –


É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e
salários. – permanece reescrita em conformidade com a norma -padrão da língua
portuguesa em:

a) É que recentemente; pesquisadores alemães descobriram uma relação entre


desconfiança e salários.

b) É que pesquisadores alemães, recentemente, descobriram uma relação entre


desconfiança e salários.
c) É que pesquisadores alemães descobriram recentemente, uma relação entre
desconfiança e salários.

d) É que pesquisadores alemães recentemente; descobriram uma relação entre


desconfiança e salários.

e) É que pesquisadores alemães descobriram; recentemente, uma relação entre


desconfiança e salários.

577) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖
Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me
colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

Assinale a alternativa em que, na frase adaptada do texto, a vírgula está


empregada de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Creio, que as brigas de família nos almoços de domingo continuam nas redes
sociais.

b) João Henrique Nunes, pediu para sair de um grupo familiar do WhatsApp.

c) Há diálogos engraçados de João com Maria, sua mãe.

d) João Henrique pergunta, à sua mãe se sabe, qual é a cor do vestido.

e) A relação olho no olho, é valorizada pelos mais velhos.


578) Concurso: Ass Info I /UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.

a) Quando a mãe, chegava do trabalho e dizia: oi crianças os filhos mal lhe


dirigiam o olhar.

b) Quando a mãe, chegava do trabalho e dizia: oi, crianças os filhos mal, lhe
dirigiam, o olhar.

c) Quando a mãe chegava, do trabalho e dizia: oi crianças, os filhos, mal lhe


dirigiam o olhar.

d) Quando a mãe chegava do trabalho e dizia: oi, crianças, os filhos mal lhe
dirigiam o olhar.

e) Quando a mãe chegava do trabalho, e dizia: oi crianças, os filhos mal lhe


dirigiam, o olhar.
579) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Hagar, Dik Browne. www.folha.uol.com.br)

Assinale a alternativa em que a vírgula é empregada com o mesmo propósito com


que foi usada na fala de Eddie Sortudo — O mesmo elmo que eu sempre uso,
chefe.

a) Seja bem-vindo ao nosso novo site de compras, internauta.

b) Enviaremos sua encomenda até sábado, impreterivelmente.

c) Durante a operação policial, cinco criminosos foram presos.

d) Os bandidos portavam drogas, algumas pistolas e munição.

580) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os


brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional
de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que faltaram ao trabalho pelo
menos um dia alegaram ter tido gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013,
em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
tem, portanto, base de comparação.
Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio
Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e
irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não
ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias, requer
repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e
antitérmicos.

(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE”.
www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase – O Ministério da Saúde promove anualmente


uma campanha de vacinação contra a gripe no país. – permanece correta após
receber nova pontuação.

a) O Ministério da Saúde, promove anualmente uma campanha de vacinação.


Contra a gripe no país.

b) O Ministério da Saúde promove, anualmente uma campanha de vacinação,


contra a gripe no país.

c) O Ministério da Saúde promove, anualmente, uma campanha de vacinação


contra a gripe no país.

d) O Ministério da Saúde promove anualmente, uma campanha. De vacinação


contra a gripe no país.

e) O Ministério da Saúde, promove anualmente, uma campanha de vacinação


contra a gripe no país.

581) Concurso: Of Leg/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A aprovação da resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo


Conanda, deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa
dos direitos das crianças e setores interessados em manter as propagandas
dirigidas a esse público.

Porém, ainda há dúvidas sobre como será a aplicação prática da resolução. E


associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e
fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a
legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor
a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário.

(Disponível em http://mulher.uol.com.br, 25.04.2014. Adaptado)


A reescrita da frase – Porém, ainda há dúvidas sobre como será a aplicação prática
da resolução. – está correta quanto à pontuação, de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa, em:

a) Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução.

b) Ainda há dúvidas porém, sobre, como será a aplicação prática da resolução.

c) Ainda há dúvidas porém sobre, como será, a aplicação prática da resolução.

d) Ainda há dúvidas porém, sobre como será, a aplicação prática da resolução.

e) Ainda há dúvidas porém sobre, como será a aplicação prática, da resolução.

Regência Nominal e Verbal

582) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais,


porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

No trecho ―As conclusões deles se baseiam em uma análise…‖ (3º parágrafo), o


segmento destacado pode ser substituído, com o sentido preservado e com a
regência correta de acordo com a norma-padrão da língua, por

a) encontram suporte contra.

b) têm como fundamento.

c) se referem com.

d) se apoiam de.

e) se alicerçam sob.

583) Concurso: Escr/UNIFAI/2019 Banca: VUNESP

Bartleby, o escriturário

Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall
Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de
seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e
discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior
ou menor medida, a um beco sem saída.

Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de
Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam‘s Magazine, pelos idos de
1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de
1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby
Dick.

Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall


Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história
de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger
Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.

Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos


conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo
que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura.
Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade
de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu
trabalho, com exceção das revisões de documentos em que seu patrão ou algum
dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as
cópias.

Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar- se a cumprir suas


obrigações, dizendo sempre a mesma frase, ―Prefiro não fazê-lo‖, atraindo a
insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez
menos produtiva labuta. Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa continuar
―trabalhando‖ e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga nas
dependências do escritório.

A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar -se dali, visto que
Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está
deixando seus nervos à flor da pele.

O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o


advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase
mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não
fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões
subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.

(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)

Quanto à regência, o enunciado que atende à norma -padrão é:

a) Bartleby preferia não fazer nada do que atender às solicitações do patrão.

b) Devido o seu desfecho, a obra gera debates e deixa muitas pessoas confusas.

c) O patrão discordava com a negativa de Bartleby para realizar suas tarefas.

d) Indo no escritório, o advogado encontrou Bartleby morto por inanição talvez.

e) Talvez Bartleby sofresse por não se encontrar motivado a realizar tarefas


diferentes.

584) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.
Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma

(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)


Elaborada a partir do texto, assinale a alternativa correta, de acordo com a
regência.

a) Ele opta a um sistema o qual as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on
line.

b) O cientista da computação instiga nas pessoas a abandonar as redes.

c) A ideia era manter o serviço livre do modelo voltado à publicidade.

d) Almeja-se pela satisfação, e a punição é severa.

e) Os serviços gratuitos transformam-nos babacas.

585) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.
O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)

A expressão destacada na frase ―... pressionar para baixo o salário das que
restarem, diante da massa de pessoas buscando trabalho.‖ pode ser substituída,
mantendo-se o sentido original do texto e de acordo com a norma-padrão da
língua, por

a) frente com a.

b) em face com a.

c) em presença a.

d) perante a.

e) em vista na.

586) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve livremente trecho do texto de acordo com a


norma-padrão de regência nominal e verbal.

a) Esses retratos, juntamente a muitos outros, formam a galeria de uma realidade


que o país não gosta.

b) Esses retratos, em companhia de muitos outros, formam a galeria de uma


realidade que o país sente aversão.

c) Esses retratos, na companhia a muitos outros, formam a galeria de uma


realidade em que o país tem horror.

d) Esses retratos, de lado a muitos outros, formam a galeria de uma realidade na


qual o país não aprecia.

e) Esses retratos, ao lado de muitos outros, formam a galeria de uma realidade de


que o país não gosta.
587) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

Assinale a alternativa que expressa com regência correta, nos colchetes, ideia em
oposição à do texto original.

a) pudesse enfrentar o suplício [pudesse encarar ao suplício].

b) se recusou a executar Frei Caneca [concordou em executar Frei Caneca].

c) estava junto ao condenado [estava distante ao condenado].


d) negaram-se a participar [hesitaram de].

e) passos firmes na direção da forca [passos firmes no rumo da forca].

588) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Assinale a frase que apresenta a regência correta, de acordo com a norma-padrão,


no segmento destacado.

a) Ele está convicto que é possível trabalhar e se divertir.

b) Ela demonstrou a crença de que o lazer dignifica a vida.

c) Ela confessou de que tem trabalhado mais do que gostaria.

d) Ele tem esperança a que logo terá mais tempo para o lazer.

e) Ela partiu do pressuposto a que o trabalho dignifica o homem.

589) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta no que se refere ao emprego dos elementos


destacados.

a) A segurança interna, departamento o qual foi encaminhada a denúncia sobre o


sargento, não deu importância à ela.

b) Após denunciar o sargento, o tenente chegou à ser chamado de ―linguarudo‖,


xingamento do qual não se chateou.

c) Os hábitos alimentares do sargento, a que o tenente fez menção, não parecem


interessar à segurança interna.

d) O tenente foi advertido à não fazer menção aos hábitos alimentares do sargento,
aos quais não são nada saudáveis.

e) Acusado de revelar informações impróprias à respeito do sargento, o tenente


alegou de que estava cumprindo ordens.
590) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de regência.

a) A família da moça que tomou ri-do-rato avisou o apresentador que ela morreu.
b) A mulher discordava com a atitude do marido, que a agredia quando bebia.
c) O homem confiou do diagnóstico dos médicos e, assim, nem anseia mais de se
curar.
d) As pessoas que vão ao Clube dão seu depoimento e estão aptas a ganhar um
brinde.
e) O apresentador está convicto que a menina tomou querosene porque apanhou
sem razão.
591) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o


homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.


Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou


mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)


Considere a frase do texto em que há uma impropriedade gramatical.
A música que você mais gosta tocando no rádio do carro.

Assinale a alternativa em que, ao se substituir o termo em destaque, a frase


permanece com seu sentido original e de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
a) A música com a qual você mais gosta tocando no rádio do carro.
b) A música na qual você mais gosta tocando no rádio do carro.
c) A música da qual você mais gosta tocando no rádio do carro.
d) A música a qual você mais gosta tocando no rádio do carro.
e) A música pela qual você mais gosta tocando no rádio do carro.

592) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Considere a tira com os personagens Garfield e seu dono Jon para responder à
questão.

(Jim Davis. Folha de S.Paulo, 30.07.2012.)


Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal e nominal.

a) Ao sair de casa, Garfield se apercebe com o calor intenso.

b) Para fugir do dia quente, ele se vê obrigado de entrar em casa.

c) Mas, a despeito com a presença de Jon, o gato sente-se aborrecido.

d) Para Garfield, o calor é preferível à companhia do próprio dono.

e) Novamente ao ar livre, ele não reclama com a alta temperatura.

593) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Leia o texto a seguir.

As próximas gerações estão sujeitas _____- recessão dos recursos naturais. / As


leis relacionadas às questões ambientais são compatíveis ________ projetos
voltados à logística reversa.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do


texto, conforme a norma-padrão da língua portuguesa

a) a … com os

b) à … com os

c) à … nos

d) a … pelos

e) à … pelos

594) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia


desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da
Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão
estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei
(GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e
restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de


privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo
para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e
outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para
começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela
iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla
margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)

Com a substituição do termo destacado na frase ―Agora, na tentativa de driblar as


novas regras...‖, a redação está correta quanto à regência verbal, em conformidade
com a norma-padrão da língua, em:

a) Agora, na tentativa de burlar com as novas regras...

b) Agora, na tentativa de esquivar-se das novas regras...

c) Agora, na tentativa de evitar nas novas regras...

d) Agora, na tentativa de escapar as novas regras...

595) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Uma frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua é:

a) O pai alegou em que tinha sobrevivido dois anos com sua própria comida.

b) O pai tentou persuadir o filho de que era capaz de cozinhar.

c) O pai não conseguiu convencer o filho que estava apto com cozinhar.

d) O pai acabou revelando de que não estava preparado de cozinhar.

e) O pai aludiu da época que tinha sobrevivido com sua própria comida.
596) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente
uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.
Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as
frustrações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e
conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga.
Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos
1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa
instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a
autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida.
A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal
à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e
o agora!
Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece
uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em
educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons
resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de
atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e
os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.
É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher
seus frutos.
Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser
frustrantes.
(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

Os atalhos _________ são tentadores, mas podem trazer resultados frustrantes.

Atendendo à norma-padrão de regência verbal, a lacuna dessa frase deve ser


preenchida com:

a) pelos quais muitos optam


b) aos quais muitos acreditam
c) dos quais muitos se apoiam
d) com que muitos se utilizam
e) em que muitos valorizam
597) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Autobiografia e memória

Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que chamou de Uma autobiografia. É
uma narrativa, na primeira pessoa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com
humor e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.

Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de abortar. Teve LPs lançados
com faixas riscadas a tesoura pela Censura.

É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma ―autobiografia‖? Supõe-se
que uma autobiografia seja uma biografia escrita pela própria pessoa, não? E será,
mas só se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um mínimo de
200 fontes de informações. Na verdade, a ―autobiografia‖, entre nós, é mais uma
memória, em que o autor ouve apenas a si mesmo.

Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais cantores publicassem suas
memórias. Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. No livro de
Rita, ela fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal, em 1968, com
os tropicalistas e astros da velha guarda. Na passagem de som, à tarde, Sérgio e
Arnaldo, ―intencionalmente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira‖, e o veterano cantor Vicente Celestino ―lá
presente, teve um piripaque‖. Fim.

Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino foi para o Hotel
Normandie, a fim de se preparar para o show, e lá teve o infarto que o matou.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

O trecho do último parágrafo ―Uma biografia contaria o resto da história...‖


encontra reformulação correta, no que se refere à regência, em:

Uma biografia deveria...

a) atentar para o resto da história...

b) reportar-se o resto da história...

c) ater-se do resto da história...

d) fazer alusão do resto da história...

e) fazer menção no resto da história...


598) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de


mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase escrita a partir do texto está correta quanto à
regência verbal e nominal, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Após terminar o trabalho, fechava a máquina com a qual trabalhava e me


dedicava a outras atividades que sentia prazer de realizar.

b) Após terminar o trabalho, fechava a máquina pela qual trabalhava e me


dedicava a outras atividades que sentia prazer realizar.

c) Após terminar o trabalho, fechava a máquina da qual trabalhava e me dedicava


em outras atividades que sentia prazer sobre realizar.

d) Após terminar o trabalho, fechava a máquina pela qual trabalhava e me


dedicava por outras atividades que sentia prazer realizar.

e) Após terminar o trabalho, fechava a máquina a qual trabalhava e me dedicava


de outras atividades que sentia prazer de realizar.
599) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, ―é que você anda, anda, anda e nunca
chega a Ipanema‖. Se tomarmos ―Ipanema‖ ao pé da letra, a frase é absurda e
cômica. Tomando ―Ipanema‖ como um símbolo, no entanto, como um exemplo de
alívio, promessa de alegria em meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de
um triste realismo: o problema de São Paulo é que você anda, anda, anda e nunca
chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns
raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.

O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em


cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas
avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho
do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores
evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango,
barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.

Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco


anos vivendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus.
Agora, aos domingos, corro pela Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho
testando diferentes percursos. Corri em volta do parque Buenos Aires e do
cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas encostas do
Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de
atividades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.

(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha.


Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>.
Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a substituição dos trechos destacados na passagem –


O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar
em cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. – está de acordo
com a norma-padrão de crase, regência e conjugação verbal.

a) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição.

b) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposição.

c) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à disposição.

d) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição.

e) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição.


600) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia a charge e responda à questão.

(http://4.bp.blogspot.com/-36p65sQZktc/ULcpg27a5kI
/AAAAAAAAMMQ/7A6-bYaVDxc/s1600/z1334674305.jpg. Adaptado)

Considere a frase elaborada com base na charge.

O tempo que os futuros esposos gastarão diariamente com a conectividade virtual,


comportamento ____________________ , é um dado a se levar em conta nos
relacionamentos atuais.

Para completar corretamente a frase, assinale a alternativa cujo trecho esteja


correto de acordo com a norma-padrão de regência verbal e nominal.

a) ao qual o padre mostra desapontamento

b) ao qual o padre faz alusão

c) com o qual o padre menciona

d) do qual o padre se refere

e) do qual o padre recrimina


601) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Funcionário novo deve evitar ser invasivo

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sempre é a que fica. Para os


novatos ansiosos em mostrar serviço, saber disso pode ajudar a controlar as
expectativas.

―As empresas costumam ser complacentes com quem está começando. Ninguém é
excepcional na primeira semana. O desempenho se mostra no dia a dia‖, diz a
psicóloga Myrt Cruz.

Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de trabalho de forma tranquila, é
preciso anotar tudo: tarefas, sistemas utilizados e nomes de chefes, colegas e
clientes.

A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há alguns meses por um
escritório de advocacia. ―Eu me sentia bobo, não sabia nem usar a impressora.‖

A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava saindo de uma empresa


grande e indo para uma menor, para assumir mais responsabilidades.

Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e foi mais simples do que
ele pensava.

Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. Isso vale inclusive na hora
de tirar dúvidas. É preciso bom senso para não importunar colegas ou invadir o
espaço do outro.

―Tento estar sempre dentro das conversas da equipe.

Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas a outra é observação‖,


diz Natalia C., 27, contratada por uma agência de publicidade.

Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é fundamental ser humilde


e mostrar boa vontade. ―Cada vez mais precisamos de profissionais sem frescura,
que façam o que precisa ser feito.‖

Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas considera que sua
motivação foi essencial para garantir um aprendizado rápido. ―Não fiquei parada.
Tem que mostrar entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, mais
conteúdo vão te passar.‖

Já os profissionais mais velhos são contratados também pela bagagem que


adquiriram em empregos anteriores, todavia precisam tomar cuidado para não
deixar suas experiências passadas contaminarem o novo trabalho.
De acordo com Cruz, eles não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ainda
que essa maneira tenha funcionado antes. É preciso respeitar a cultura e a
identidade da empresa atual.

(Ana Luiza Tiegui. Folha de S.Paulo, 16.07.2017. Adaptado)

Considere as frases.

É compreensível que os novatos estejam ávidos ___________ mostrar serviço.

Profissionais com anos de carreira devem ser avessos __________ ideia de não
mudar o método de trabalho.

Como os colegas foram solícitos ________ ela, Érika sentiu-se acolhida no novo
emprego.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas dessas frases devem ser preenchidas,


respectivamente, por:

a) com … com a … a

b) com … à … por

c) de … com a … a

d) por … com a … com

e) por … à … com

602) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.
No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.

Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as


consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.

Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar


42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)

Considere a frase.

O consumidor costuma imediatamente ___________ adquirir produtos de


empresas que ___________ corrupção ou algum tipo de manipulação. De acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser
preenchidas, respectivamente, por:

a) se recusar de … estão implicadas em

b) se eximir de … têm elo à

c) se abster com … têm vínculos em

d) se negar a … estão comprometidas com

e) se furtar com … têm ligação à


603) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)


Leia as frases:

O máximo de liberdade possível, _____que se acreditava na época, era uma jovem


solteira viajar com amigos. Para o autor, os alimentos calóricos, ______quais os
adolescentes fogem, são uma delícia. As lacunas das frases devem ser preenchidas,
correta e respectivamente, pelas preposições:

a) a … dos

b) a … com os

c) de … aos

d) em … dos

e) em …. aos

604) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-


padrão, as lacunas das frases baseadas no texto dos quadrinhos.

• O pato________ formiga como estava a distribuição de renda no formigueiro.

• Quanto à minha baiana, minha renda não dá nem para ______ no carnaval.
a) indagou à … enfeitar ela.

b) indagou a … enfeitar a ela.

c) perguntou a … a enfeitar.

d) indagou a … lhe enfeitar.

e) perguntou à … enfeitá-la

605) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.

O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não


morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)
A preposição destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em:

a) O cachorro era devotado do seu dono bem-amado.

b) Pontualmente se dirigia na esquina para aguardar o rapaz.

c) O cão não se esquivava das festinhas que as pessoas lhe faziam.

d) Mas o tempo era de guerra, e o jovem foi obrigado para partir.

e) Com o passar dos anos, os amigos dedicaram-se nos outros amigos.

606) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?

Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.

Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal

Assinale a alternativa em que os dois trechos completam, correta e


respectivamente, as seguintes frases:

Muitas pessoas consideram feio falar de acordo com a norma-padrão, mas este é
um ponto de vista…

Que as legendas dos filmes sejam redigidas com o devido cuidado é prática…

a) a que o autor é contrário; de que o autor é favorável.

b) a que o autor é contrário; em que o autor endossa.

c) de que o autor diverge; com que o autor pactua.

d) de que o autor diverge; de que o autor é favorável.

e) em que o autor se opõe; com que o autor pactua.

607) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.
Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à pontuação e à regência, de acordo com a


norma-padrão.

a) Diante a mudança de direção da economia reagem o emprego e o mercado de


crédito, de forma mais lenta.

b) O emprego e o mercado de crédito reagem, de forma mais lenta, para a


mudança de direção da economia.

c) Reagem à mudança de direção da economia, de forma mais lenta, o emprego e o


mercado de crédito.

d) O emprego e o mercado de crédito, reagem na mudança de direção da economia


de forma mais lenta.

e) De forma mais lenta, reagem, o emprego e o mercado de crédito, ante a


mudança de direção da economia.
608) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal, de acordo com a norma-


padrão.

a) Todos perdoavam ao defeito no Joaquim por não ser culpa dele.

b) Todos perdoavam do defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.

c) Todos perdoavam o defeito para o Joaquim por não ser culpa dele.

d) Todos perdoavam ao defeito do Joaquim por não ser culpa dele.

e) Todos perdoavam o defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.


609) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão e os sentidos do texto, na passagem do


último parágrafo – O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era
submetido pela mulher... – a parte em destaque pode ser reescrita da seguinte
forma:

a) ... que era infligido pela mulher.

b) ... que lhe era imposta pela mulher.

c) ... de que era imposta pela mulher.

d) ... em que era infligida pela mulher.

e) ... a que era imposto pela mulher.


610) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

Para adequar-se à norma-padrão, o verbo ―assistir‖, com o sentido de ―ver‖ (1º


quadrinho), deveria ser acompanhado da preposição ―a‖.

Assinale a alternativa em que o verbo está corretamente acompanhado dessa


preposição.

a) Os brasileiros aspiram a dias melhores.

b) Pretendem disputar a uma vaga na empresa.

c) Devo escolher a um dos projetos apenas.

d) Ele teima a fazer tudo contrariando o pai.

e) Pedem que eu contribua de qualquer projeto dele.


611) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Assinale a alternativa em que o trecho reescrito está correto quanto à regência, de


acordo com a norma-padrão, e aos sentidos do texto.

a) Cheguei à conclusão de que precisava conhecer… = Tive certeza que precisava


conhecer…

b) … eu até a imaginava como uma moça esguia… = … eu até pensava nela como
uma moça esguia…

c) Um dia cheguei para a aula… = Um dia fui na aula…


d) Iniciou-se, assim, uma correspondência… = Principiou- se, assim, de uma
correspondência…

e) Optei, portanto, pelo mistério… = Decidi, portanto, sob o mistério….

612) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖.

Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

A alternativa que reescreve a passagem – Ser menino também pode não ser fácil,
principalmente se os pais acreditarem que podem definir o que ele deve sentir ou
gostar. – apresentando regência de acordo com a norma-padrão é:

a) Ser menino também tende a não ser fácil, principalmente se os pais se puserem
a definir aquilo de que ele deve gostar e o que deve sentir.

b) Ser menino também não costuma de ser fácil, principalmente se os pais se


dispõem em definir do que ele deve sentir e gostar.

c) Ser menino também corre o risco de não ser fácil, principalmente se os pais
decidirem a definir o que ele deve de gostar e sentir.

d) Ser menino também implica em dificuldades, principalmente se os pais se


meterem em definir naquilo que ele deve sentir e no que deve gostar.

e) Ser menino também representa dificuldade, principalmente se os pais se


intrometerem de definir o que ele deve gostar e do que deve sentir.

613) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

A recente catástrofe em Minas Gerais devastou o distrito de Bento Rodrigues, em


Mariana. Estimados 60 bilhões de litros de lodo se derramaram pelo vale do rio
Doce após a ruptura de barragens de resíduos de minério de ferro.

Nos primeiros dez dias, a onda de lama percorreu 450 km. Na imagem que já
___________, ―cimentou‖ o leito do rio e, por onde _________, levou o
abastecimento de água ao colapso e provocou mortandade de peixes e outros
animais.

___________, como não poderia deixar de ser, quem pagará pela tragédia.

(Folha de S.Paulo, 18.11.2015. Adaptado)


Para que na reescrita do trecho – … quem pagará pela tragédia. – seja mantida a
palavra ―pela‖, a forma verbal em destaque deverá ser substituída por
a) concordará.
b) arcará.
c) se responsabilizará.
d) se sujeitará.
e) reembolsará.

614) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Como não é possível apagar a mocidade, eliminá-la ou atravessá-la sem dilemas


nem dor, o melhor é entendê-la, especialmente em seu atribulado convívio com as
normas da sociedade. Nesse aspecto, nada é mais ruidoso do que a busca pela
idade certa, considerando-se o funcionamento da mente, para determinar a
responsabilidade penal. Os adolescentes conseguem distinguir o certo do errado,
mas, depois que se decidem pelo segundo, é difícil que desistam. Vão em frente de
um modo que um adulto não iria. Mas há um alento: um cérebro novo tem o que se
convencionou chamar de ―plasticidade‖. É hábil para aprender – bobagens,
sobretudo –, mas aceita mudanças de ideia. Vale no banco escolar, vale na
construção de valores morais. Um criminoso de 16 anos, portanto, é teoricamente
mais fácil de ser ―recuperado‖ do que um de 20.

(Veja, 17.06.2015)

Leia as frases.
– Muitos pretendem ________ à definição da idade certa para determinar a
responsabilidade penal.
– Muitos querem saber quando o jovem estará apto ___________ responder por
seus atos.
– É comum que a atitude de um jovem se oponha ________ de um adulto.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas das frases


devem ser preenchidas, respectivamente, com
a) chegar... a ... à
b) descobrir ... para ... da
c) especificar ... em ... a
d) delimitar ... para ... contra a
e) buscar ... a ... na
615) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?
A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma
preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já
se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

O sinal de igual (=) em – Por que achamos que ―magreza = beleza‖? (1º parágrafo)
– pode ser substituído, sem prejuízo de sentido e com a regência de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa, por:

a) é associada pela
b) é o mesmo em que
c) é equivalente a
d) é compatível de
e) é igual em
616) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:

— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

A expressão destacada em – Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em


movimento a apenas alguns passos de minhas potentes pernas. (6º parágrafo) –
pode ser corretamente substituída por:

a) reatou ante o movimento

b) retornou sob o movimento

c) recuperou ao movimento

d) retomou o movimento

e) reiniciou no movimento

617) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.
Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

Considerando as regras de regência verbal, a forma destacada no trecho do 3º


parágrafo – Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de
mais em ambos os casos. – pode vir seguida de:

a) contra isso.

b) a isso.

c) nisso.

d) para isso.

e) sob isso.

618) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Assinale a alternativa que completa corretamente a frase, de acordo com as


informações do texto e conforme a norma-padrão da língua portuguesa.

Tenho certeza de que haverá interesse

a) nas roupas de pelo de poodle.

b) das roupas de pelo de poodle.

c) entre as roupas de pelo de poodle.

d) com as roupas de pelo de poodle.

e) até as roupas de pelo de poodle.


619) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a preposição em destaque está corretamente


empregada, de acordo com a norma -padrão e os sentidos do texto.

a) O futebol também pode ser prejudicado sob a televisão.

b) O futebol também pode ser prejudicado pela televisão.

c) O futebol também pode ser prejudicado contra a televisão.

d) O futebol também pode ser prejudicado à televisão.

e) O futebol também pode ser prejudicado da televisão.


620) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Não há dúvida ______ a televisão pode prejudicar o movimento da pracinha


Jerônimo Monteiro. Ela pode, até mesmo, causar prejuízo _________ uma boa
conversa ou impedir um menino de ir ______ rua jogar bola.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas das frases devem


ser preenchidas, respectivamente, com:

a) que ... à ... à


b) de que ... à ... a
c) de que ... a ... à
d) que ... a ... à
e) que ... à ... a
621) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca.


Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖): estão
sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.

Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união
estável com a palavra rio – você dificilmente verá caudaloso andando por aí
acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa, que está sempre com
a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo
apaixonado. Nada é ledo a não ser o engano, assim como nada é crasso a não ser o
erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas palavras
estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage(*),
sempre acompanhada de assassino, frio e e.

Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen
– quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece
quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão
que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra
engano, por exemplo, só está com ledo por pena – sabe que ledo, essa palavra
moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).

Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do


casamento entre pessoas. Tem sempre uma palavra que ama mais. A palavra
árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas
para um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite:
grande, comprido, branco, vermelho – e caudaloso fica lá, sozinho, em casa,
esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.

Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras.
Esbarrou com o abraço que, por sua vez, estava farto de sair com grande, essa
palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer
ledos enganos em prol de encontros mais frondosos.

(Gregório Duvivier, Abraço caudaloso. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/>. Acesso


em: 02 fev 2015. Adaptado)

(*) ménage: coabitação, vida em comum de um casal, unido legitimamente ou não.


Na passagem – Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra ―gregária‖):
estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por. –, as palavras destacadas
são preposições. Assinale a alternativa em que elas estão empregadas de acordo
com a norma-padrão de regência verbal e nominal.

a) Persiste de falar conosco, que somos os responsáveis por tudo.

b) Ele insiste de negar tudo, mas é suspeito por ter recebido propina.

c) Há um que hesita de fazer o negócio; os demais são favoráveis por comprar o


terreno.

d) Recusa-se de ajudar, ficando indiferente por nosso problema.

e) Eles se admiram de que tenhamos preferência por funcionários mais


experientes.

622) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Os termos em destaque estão corretos, quanto ao emprego do modo verbal e da


regência nominal, respectivamente, em:

a) Ainda que atuam como analgésicos em situações de estresse, os livros não


estão aptos a cura de depressão e ansiedade.

b) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros não


estão aptos na cura de depressão e ansiedade.

c) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros não


estão aptos da cura de depressão e ansiedade.

d) Ainda que atuam como analgésicos em situações de estresse, os livros não


estão aptos em cura de depressão e ansiedade.

e) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros não


estão aptos à cura de depressão e ansiedade.

623) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder às questão.

Chegou o amigo estrangeiro, andou pela cidade, tomou bondes, lotações, fez
compras, visitou repartições públicas, ouviu dizer por toda parte: ―Vamos ao
teatro? Vamos ao teatro?‖ – e foi também ao teatro. Enfim, portou-se mais do que
como bom turista: como bom amigo desta cidade que ele admira e ama. Depois,
perguntou-me, com extrema delicadeza: ―Que é do sorriso que vocês tinham
antigamente? Que é do sorriso que eu sempre encontrava no Rio?‖

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)


Assinale a alternativa que completa corretamente, quanto à regência, segundo a
norma-padrão da língua portuguesa, a frase: O amigo estrangeiro portou-se mais
do que como um bom turista,

a) devido a admiração e o amor que tem com o Rio de Janeiro.

b) devido a admiração e o amor que tem no Rio de Janeiro.

c) devido admiração e amor que tem do Rio de Janeiro.

d) devido à admiração e ao amor que tem para o Rio de Janeiro.

e) devido à admiração e ao amor que tem pelo Rio de Janeiro.

624) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Quanto à regência verbal padrão, a frase correta é:

a) O autor cogitou de abandonar a inquietação das madrugadas urbanas,


substituindo-a de uma vida mais simples.

b) Fumar e beber são atividades das quais não se deveria dedicar muito tempo,
pois desviam a atenção ao que é importante.

c) O velho seringueiro de que alude o autor em sua crônica empenhou-se de


acolher os visitantes da melhor maneira possível.

d) O autor refletiu acerca dos requisitos para se obter uma vida simples, da qual
decorre grande satisfação.

e) O autor concluiu de que adotar uma vida mais simples e sábia pressupõe a
abraçar um novo estilo de vida.
625) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira e responda à questão.

(Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a regência dos termos destacados está em


conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) A garota não estava acostumada de ler histórias violentas.

b) Mafalda parecia estar muito atenta ao programa da TV.

c) Na opinião da mãe, o programa era inapropriado com a filha.

d) Para a mãe, o livro era preferível contra a programação da TV.

e) Certamente, a mãe estava preocupada de educar a filha.


626) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Chicungunha

Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo
mesmo mosquito.

No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro,


número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre
Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.

A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à


distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e
Aedes albopictus, os mesmos da dengue.

O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de ―homem que


anda arqueado‖, referência às dores articulares da enfermidade.

Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do


comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África
há 5 000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se
___________ ambientes ___________ os homens armazenavam água.

A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou ___________ Ásia e


___________ Américas.

O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de


disseminação na Bahia e no Amapá.

(Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa cujas palavras completam, correta e respectivamente, as


lacunas do texto:

O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África há 5 000 anos forçaram


espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se ______ ambientes ______ os
homens armazenavam água.

A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou _____ Ásia e ____ Américas.

a) aos … em que … à … às
b) nos … que … a … às
c) os … em que … à … às
d) os … em que … a … as
e) aos … que … à … as
627) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.

O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Atendendo às regras de regência nominal da norma- -padrão da língua portuguesa,


a expressão em destaque no terceiro parágrafo — potencial para — pode ser
substituída corretamente por:

a) possibilidade de.

b) possibilidade em.

c) possibilidade sobre.

d) possibilidade por.

628) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.
O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

A expressão empregada em conformidade com as regras de regência verbal da


norma-padrão da língua portuguesa está destacada em:

a) A convenção aborda aos direitos humanos das pessoas idosas.

b) A convenção dispensa ao cuidado com o idoso uma atenção especial.

c) A convenção favorece de pessoas idosas que necessitam de cuidados.

d) A convenção deve propiciar em mudanças efetivas no tratamento dos idosos.

629) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um tiro no escuro

– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.

– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.

Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.

Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.

Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em


casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.
Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.

(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

Considerando a regência do termo impacto, assinale a alternativa que preenche,


correta e respectivamente, as lacunas da frase seguinte, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, e mantendo a correspondência da frase com o texto.

O impacto_____ bala____ bermuda jeans foi insuficiente para machucar o garoto.

a) na ... pela
b) com a ... à
c) com a ... sob a
d) pela ... sob a
e) da ... sobre a

630) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(André Dahmer. www.folha.uol.com.br, 14.05.2015. Adaptado)


Uma frase condizente com a fala da personagem, e correta quanto à regência
verbal padrão, está em:

a) O taxista lamenta à chuva sobre o engarrafamento.

b) O taxista põe sob a chuva a culpa do engarrafamento.

c) O taxista atribui a causa do engarrafamento à chuva.

d) O taxista alega de que o engarrafamento resulta na chuva.

e) O taxista relaciona ao congestionamento a um reflexo da chuva.

631) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o quadrinho para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 22.06.2014. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das


personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) de que … vivia

b) que … morar

c) de que … estiver

d) que … residisse
632) Concurso: Of Leg/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A aprovação da resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida


__________ Conanda, deu início __________ um verdadeiro cabo de guerra
envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados
__________ manter as propagandas dirigidas __________ esse público.

Porém, ainda há dúvidas sobre como será a aplicação prática da resolução. E


associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e
fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a
legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor
a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário.

(Disponível em http://mulher.uol.com.br, 25.04.2014. Adaptado)

As lacunas do primeiro parágrafo do texto devem ser preenchidas, considerando-se


as regras de regência, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
respectivamente, com

a) pelo ... de ... em ... com

b) do ... a ... em ... por

c) pelo ... a ... em ... a

d) no ... em ... de ... a

e) do ... com ... em ... por


Crase

633) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

O acento indicativo de crase está empregado corretamente, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, na seguinte frase relacionada ao texto:

a) O autor acredita que às letras das canções devem receber atenção especial do
público ouvinte.

b) Gravada em 1972, ―Oriente‖ chegou à ser considerada um clássico da música


popular brasileira.

c) Em 1973, uma cantora conferiu à canção ―Oriente‖, de Gilberto Gil, uma nova
interpretação.

d) Algumas interpretações podem acarretar à alteração do significado aos textos


das canções.

e) Ao final do texto, o autor esboça uma análise para à canção de Djavan,


simplificando seu sentido.

634) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

O lavrador acredita que tenha direito __________ terras em Rio Doce. Dá muito
valor __________ coisas escritas em papel. E diz isso __________ seu interlocutor,
pensando que este é homem do governo.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do


enunciado devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) as ... as ... a

b) a ... a ... à

c) às ... às ... a

d) à ... à ... à

e) as ... à ... a
635) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas da frase a seguir,


de acordo com a norma-padrão de emprego do sinal indicativo de crase.

Meu pai voltou a comparecer _________ festas e conheceu Tuta, unindo-se


_________ ela nas cantorias.

a) as … à

b) às … a

c) às … à

d) à … a

e) a … à

636) Concurso: Ass GM/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do acento indicativo de crase,


segundo a norma-padrão da língua portuguesa.

a) As novas tecnologias devem estar voltadas à auxiliar os alunos na exploração


dos conteúdos.

b) A incorporação de novas tecnologias à formação dos estudantes pode ser muito


positiva.

c) O uso de tecnologias em ambiente escolar deve se restringir à alguns níveis de


ensino mais avançados.

d) As ferramentas digitais deveriam ser integradas à tudo que faça parte do


ambiente de sala de aula.

e) Os conteúdos digitais podem ser destinados à alunos dos mais diversos níveis
de escolaridade.
637) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do texto para responder à questão.

A Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos...

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho – O artigo 220 da Carta, que


estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade... – permanece correta
quanto ao emprego do acento indicativo de crase, de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa.
a) O artigo 220 da Carta, que estabelece a possibilidade de restrições legais à toda
e qualquer publicidade...
b) O artigo 220 da Carta, que estabelece a possibilidade de restrições legais à
algumas formas de publicidade...
c) O artigo 220 da Carta, que estabelece a possibilidade de restrições legais à
diversas formas de publicidade...
d) O artigo 220 da Carta, que estabelece a possibilidade de restrições legais à um
tipo específico de publicidade...
e) O artigo 220 da Carta, que estabelece a possibilidade de restrições legais à
prática de publicidade...

638) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP


Na frase – A ingratidão de Hermengarda, que parecera ceder sem resistência à
vontade de seu pai... –, mantém-se a expressão em destaque inalterada, com o
uso do acento indicativo da crase, se o verbo ―ceder‖ for substituído por
a) atender.
b) concordar.
c) discordar.
d) afastar-se.
e) contestar.

639) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase e a colocação pronominal


foram empregados de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
a) Os problemas que o país enfrenta não assemelham-se à essa tragédia publicada
nos jornais.
b) Os problemas que o país enfrenta quase sempre assemelham-se à uma situação
desesperadora.
c) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham à toda essa crise pintada
pela mídia.
d) Os problemas que o país enfrenta quase sempre se assemelham à um cenário
de pânico.
e) Os problemas que o país enfrenta não se assemelham àquilo que é publicado
pela mídia.
640) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o trecho – ... uma das maiores queixas em relação
aos alunos é exatamente a falta de atenção ... –, ao ser reescrito, tem o acento
indicativo de crase empregado de acordo com a norma-padrão.
a) ... uma das maiores queixas relacionadas à alunos é exatamente a falta de
atenção...
b) ... uma das maiores queixas em relação aos alunos refere-se exatamente à falta
de atenção...
c) ... uma das maiores queixas dos alunos é exatamente à falta de atenção...
d) ... à falta de atenção é considerada exatamente uma das maiores queixas em
relação aos alunos...
e) ... considera-se à falta de atenção exatamente uma das maiores queixas em
relação aos alunos...

641) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.


Assinale a alternativa que completa a frase a seguir de acordo com as regras de
regência e do uso do acento indicativo de crase.
A fala do menino no segundo quadrinho mostra que ele se rendeu
a) à leitura do livro e percebeu que ler provoca mudanças devido as pessoas.
b) à leitura do livro e percebeu que ler provoca mudanças com as pessoas.
c) à leitura do livro e percebeu que ler provoca mudanças nas pessoas.
d) a leitura do livro e percebeu que ler provoca mudanças pelas pessoas.
e) a leitura do livro e percebeu que ler provoca mudanças às pessoas.

642) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder a questão abaixo.

(Cathy Wilcox. Cyberbullying. Disponível em: http://psicologiadospsicologos.


blogspot.com.br/2010/07/cyberbullying.html. Adaptado)

De acordo com as regras de emprego do acento indicativo de crase, assinale a


alternativa que completa corretamente a lacuna da frase a seguir. Para o menino, o
recreio é a ocasião tradicionalmente destinada à .

a) fazer bullying com os colegas


b) habituais práticas de bullying na escola
c) qualquer ato que caracterize bullying
d) prática de bullying na escola
e) exercitar o bullying com os colegas
643) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(www.willtirando.com.br)

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase foi empregado


corretamente.

a) As aranhas são capazes de percorrer às paredes.

b) A professora sentiu-se envergonhada diante às alunas.

c) As paredes são resistentes às chuvas.

d) As férias escolares começam à partir de julho.

e) As tempestades são reações à danos causados pelo homem.


644) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de colocação dos


pronomes destacados e de emprego do sinal indicativo de crase.
a) Por certo todos comportariam-se adequadamente durante a cerimônia à que
comparecessem as autoridades.
b) Ninguém se aventurou a fazer lances à partir de dois milhões de reais pela obra
do pintor.
c) Nos esconderam em uma fazenda, temendo que ficássemos expostos à
agressões.
d) Ainda me comove a situação da família da vítima, à qual só resta chorar o
assassinato do pai.
e) Nada incomodados com à censura de toda a imprensa, os terroristas se
responsabilizaram por mais um ataque a civis.

645) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

O sinal indicativo de crase está empregado corretamente na frase:

a) Os alunos foram instruídos à ler um livro.


b) A obra deu margem à várias interpretações.
c) Fazer um resumo foi uma tarefa atribuída à todos.
d) O resumo era referente à uma narrativa ficcional.
e) Ela entregou o resumo do livro à professora.

646) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto


a seguir, conforme a norma -padrão da língua portuguesa.
Lavar roupas sintéticas na máquina _____ temperatura normal causa a liberação
no esgoto de grandes quantidades de minúsculas fibras de plástico. Essa é a
primeira pesquisa ______ identificar os fiapos da roupa lavada como uma fonte de
poluição. Estes fiapos se adicionam _____ preocupações quanto a outras
variedades maiores e mais visíveis de lixo plástico, que resultaram em medidas
como _____ proibição de sacolas de compras feitas desse material.
a) à ... a ... às ... a
b) a ... à ... as ... à
c) à ... à ... as ... à
d) à ... a ... às ... à
e) a ... a ... às ... a
647) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Scott Adams. Dilbert, 2013)

Quanto ao acento indicativo de crase, assinale a alternativa em que seu emprego


está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Precisamos aprender à controlar nossos impulsos.
b) Não são todas às vezes em que ideias surgem do nada.
c) Uma ideia vem à mente quando estamos descansados.
d) Os elogios devem ser dados à quem merece.
e) O bom diretor dá ouvidos à diferentes funcionários e aprende.
648) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Disponível em: http://emdrjoaovasconcellos.blogspot. Acesso em 23.01.2018)

A alternativa que reescreve a fala do último quadrinho empregando corretamente o


sinal indicativo de crase é:

a) Por quê? Garanto à senhora, e à todos que se interessarem, que jamais me


sujeitarei à morar em lugar sem acesso a TV a cabo.

b) Por quê? Garanto a senhora, e às pessoas que se interessarem, que jamais me


sujeitarei a morar em lugar sem acesso a TV a cabo.

c) Por quê? Garanto a senhora, e a todos que se interessarem, que jamais me


sujeitarei à morar em lugar sem acesso à TV a cabo.

d) Por quê? Garanto à senhora, e às pessoas que se interessarem, que jamais me


sujeitarei a morar em lugar sem acesso à TV a cabo.

e) Por quê? Garanto à senhora, e as pessoas que se interessarem, que jamais me


sujeitarei à morar em lugar sem acesso a TV a cabo.

649) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado


corretamente.
a) Dormir de menos leva à uma variedade de problemas.
b) Dormir de menos leva à um aumento de riscos de acidentes.
c) Dormir de menos leva à dificuldade de concentração.
d) Dormir de menos leva à desenvolver depressão.
e) Dormir de menos leva à doenças cardíacas.
650) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que, na redação que completa a frase a seguir, o


emprego do acento indicativo da crase está de acordo com a norma-padrão da
língua.

Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre

a) à toda forma de entretenimento veiculado pela televisão.

b) à qualquer mídia ou tecnologia digital de comunicação.

c) à outros tipos de tecnologia digital de entretenimento.

d) à busca por entretenimento em outros canais de comunicação.

e) à alguns programas de variedades transmitidos pela televisão.

651) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata,


pode ser resumida através de um das suas obras: A Viagem (The Voyage Out).
Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser
definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete
sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver
no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo
literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de
personagens co grande sensibilidade e nostalgia.

Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas
de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo
mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores.
Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e
prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo
poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance
moderno.

Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia


Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no
século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.

(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País.


https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)
Considerando-se o emprego do acento indicativo de crase, um substituto correto
para a expressão destacada no trecho do texto está entre colchetes em:

a) A vida de Virginia Woolf ... pode ser resumida através de uma das suas obras...
[à partir]

b) … foi seu primeiro romance, mas pode ser definido como o livro sobre a sua
vida.... [à respeito da]

c) … a reconhecida autora britânica reflete sobre suas preocupações... [dedica-se à


reflexão]

d) Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de


sono... [às quais]

e) ... a autora que ... mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus
textos. [se voltou à defender]

652) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

De acordo com o uso indicativo da crase, assinale a alternativa que completa,


correta e respectivamente, as lacunas da frase:

___________ qualidade material da Sala São Paulo soma-se _______ educação de


um público fiel. Somos os heróis que resistem _________ derrocada da cultura.

a) A … à … a

b) A … à … à

c) À … à … à

d) A … a … à

e) A … a … a
653) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Quanto à ocorrência da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e


respectivamente, as lacunas da frase a seguir:

O autor comparou _____ situação da China _______ dos demais países e chegou
______ uma conclusão um tanto preocupante.

a) a ... à ... a

b) a ... a ... à

c) à ... à ... a

d) à ... a ... à

e) à ... à ... à

654) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas da frase a


seguir, no que se refere à ocorrência da crase, conforme a norma-padrão da língua.

O operador de câmera quis confirmar se estava correta _______ informação de que


o número de pessoas dispostas _______ dedicar-se _______ aulas de matemática
havia aumentado.

a) a … a … às

b) à … à … as

c) a … à … à

d) à … a … a

e) a … à … as
655) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)

O acento indicativo da crase está empregado conforme a norma-padrão da língua


portuguesa em:

a) Ela dedicou-se à uma profissão difícil, mas que amava muito.

b) Quando ela usou às melhores roupas, foi muito bem tratada.

c) O atendente dirigiu-se à jornalista com bastante desrespeito.

d) A reportagem foi feita à fim de mostrar a discriminação social.

e) A jornalista estava disposta à falar a verdade na entrevista.


656) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa cuja frase, extraída e adaptada do texto ―As cinco regras de
ouro da boa comunicação‖, atende à norma-padrão quanto ao uso do acento
indicativo da crase.

a) Pesquisas indicam que a composição da comunicação humana face à face é a


seguinte: 55% são mensagens não verbais, 38% acontecem pelo tom de voz e 7%
são verbais.

b) Ao dirigir a palavra à alguém, muitos profissionais estão concentrados apenas


em ―uma pequena fração da totalidade da comunicação‖, explica o autor.

c) Preste atenção se à sua postura, o olhar, o aperto de mão e o conjunto dos seus
movimentos estão de acordo com à mensagem que você está transmitindo
verbalmente.

d) Há uma percepção comum que leva as pessoas à considerarem que quanto mais
elas falarem e expuserem suas ideias mais poder de influência vão obter com as
pessoas.

e) Em propaganda, o impacto da comunicação significa conquistar o cliente. Na


empresa, pode significar vender um projeto ao gestor, aos investidores ou à sua
própria equipe.

657) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.
Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Elaborada a partir do texto, a alternativa correta quanto ao uso indicativo da crase,


é:

a) Lanier recomenda as pessoas, à cada seis meses, deixar as redes sociais para
retornarem a consciência de si próprias.
b) Lanier recomenda as pessoas, a cada seis meses, deixar às redes sociais para
retornarem a consciência de si próprias.
c) Lanier recomenda às pessoas, a cada seis meses, deixar as redes sociais para
retornarem à consciência de si próprias.
d) Lanier recomenda às pessoas, a cada seis meses, deixar as redes sociais para
retornarem a consciência de si próprias.
e) Lanier recomenda as pessoas, a cada seis meses, deixar as redes sociais para
retornarem à consciência de si próprias.
658) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Administração Pública/2019 Banca: VUNESP

O Marajá

A família toda ria de dona Morgadinha e dizia que ela estava sempre esperando a
visita de alguém ilustre. Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar,
uma ponta de poeira em seus móveis ou uma mancha em seus vidros e cristais.
Gemia baixinho quando alguém esquecia um sapato no corredor, uma toalha no
quarto ou – ai, ai, ai – uma almofada fora do sofá da sala. Baixinha, resoluta,
percorria a casa com uma flanela na mão, o olho vivo contra qualquer incursão do
pó, da cinza, do inimigo nos seus domínios.

Dona Morgadinha era uma alma simples. Não lia jornal, não lia nada. Achava que
jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos. O marido de dona
Morgadinha, que ela amava com devoção apesar do seu hábito de limpar a orelha
com uma tampa de caneta Bic, estabelecera um limite para sua compulsão por
limpeza. Ela não podia entrar em sua biblioteca. Sua jurisdição acabava na porta.
Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava. E, nas raras vezes em que dona
Morgadinha chegava à porta do escritório proibido para falar com o marido, esse
fazia questão de desafiá-la. Botava os pés em cima dos móveis. Atirava os sapatos
longe. Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada só para ver
a cara da mulher. Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava
deliberadamente o alvo. Dona Morgadinha então fechava os olhos e, incapaz de se
controlar, lustrava com a sua flanela o trinco da porta.

(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase está empregado em


conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) À visita de alguém ilustre parecia ser sempre aguardada por Dona Morgadinha.
b) À qualquer sinal de mancha nos vidros e cristais, punha-se a reclamar baixinho.
c) À vista do menor sinal de poeira, a mulher percorria a casa com uma flanela na
mão.
d) À busca constante por limpeza e organização era o objetivo diário de dona de
casa.
e) À devoção de Dona Morgadinha pelo marido esbarrava nos maus hábitos do
homem.
659) Concurso: Ag/Pref Itapevi/Manutenção/2019 Banca: VUNESP

O emprego da crase está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:

a) Compraram à casa que estava alugada há dois anos.

b) Ele enviou o aviso à todos os moradores do prédio.

c) De segunda-feira à sábado haverá inscrições para esse curso.

d) Ele estudou muito à fim de conseguir um emprego melhor.

e) Entregaram os envelopes à recepcionista da empresa.

660) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Fernando Gonsales. www.observatoriodoclima.eco.br, 22.06.2015)


Quanto ao emprego do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que
preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase a seguir.

_________ queda de um meteoro teria levado os dinossauros _________ extinção,


mas _________ outras espécies que viveram no planeta depois dos dinossauros
poderão ser extintas devido _________ poluição gerada pela queima do petróleo.

a) À … à … as … à

b) A … à … as … à

c) A … a … às … à

d) À … a … as … a

e) À … a … às … a

661) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)


De acordo com a norma-padrão, o acento indicativo da crase está corretamente
empregado em:

a) O leitor aludiu à escrita como se ela fosse questão de talento: quem não tem,
não vai nunca aprender.

b) A escrita deve levar o texto à uma riqueza, marcada pela clareza e precisão,
afastando o leitor da confusão ou tédio.

c) De parte à parte, o texto precisa organizar-se como um tecido coeso e claro,


instigando, assim, o leitor.

d) Existem aquelas pessoas que chegam à conclusões semelhantes, no entanto


elas seguem pelo lado oposto.

e) Também não estamos falando só de correção gramatical e ortográfica. Estamos


nos referindo à pensamento.

662) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado


corretamente.

a) Algumas pessoas com supermemória chegam à sofrer com dores de cabeça.

b) Há lembranças tão vivas que nos fazem voltar à episódios de nosso passado.

c) Lembrar-se do passado pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas


pessoas.

d) Ela referiu-se à vontade de esquecer completamente os momentos dolorosos.

e) Ao nos atermos à uma experiência ruim, desconsideramos o que ela traz de


bom.

663) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba ______ linhas. Ele está sentado diante da janela, a
porta fechada ______ costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas
passadas para chegar ______ essa quadragésima oitava página. O livro tem
exatamente quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao
menos tivesse uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas
apertadas entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os
outros e, aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis,
que indica que um personagem fala ______ outro personagem. Mas o outro não
responde. E segue-se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta
de ar! Ufa, que falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página
quarenta e oito... Se ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras
quarenta e oito páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser


preenchidas, respectivamente, com:

a) as ... às ... à ... à

b) às ... as ... a ... a

c) as ... as ... à ... à

d) as ... às ... a ... a

e) às ... às ... à ... à

664) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No começo do século 20, a rápida industrialização nos Estados Unidos deu origem
___ algumas das maiores fortunas que o mundo já viu. Famílias como os Vanderbilt
e os Rockefeller investiram em ferrovias, petróleo e aço, obtendo um grande
retorno, e passaram___ ostentar sua riqueza. O período ficou conhecido como Era
Dourada. A desigualdade nunca foi tão grande – até agora. É o que mostra um
relatório da UBS, companhia de serviços financeiros, feito em parceria com a
consultora PwC.

Para os autores do documento, a primeira Era Dourada aconteceu entre 1870 e


1910. Segundo eles, a atual começou em 1980 e deve se estender pelos próximos
10 a 20 anos, prolongada pelo desempenho econômico da Ásia e de negócios
ligados ___ tecnologia.

(IstoÉ, 15.11.2017. Adaptado)


Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser
preenchidas, respectivamente, com:

a) a … a … a

b) à … à … à

c) a … à … à

d) à … à … a

e) a … a … à

665) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Quanto ao uso do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche,


correta e respectivamente, as lacunas da frase a seguir.

Uma obra de arte nos leva __ querer discutir sobre __ questões presentes nela,
porque vêm __ tona realidades muitas vezes próximas __ pessoas.

a) a … as … à … às

b) à … as … a … as

c) a … às … a … às

d) à … as … à … às

e) a … às … à … as

666) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado em:

a) O voo que partiu de Tóquio em direção à Xangai está atrasado.

b) O Japão está se adaptando à algumas variantes sociais, como a reduzida


imigração.

c) Fiel à sua paixão por voar, o comandante pilota para uma companhia aérea
regional.

d) Cancelaram o voo devido à condições meteorológicas desfavoráveis.

e) O governo japonês se comprometeu à repensar a idade mínima para a


aposentadoria.
667) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa


correta quanto à ocorrência ou não da crase.

a) À compostura da humildade, acrescente-se a presença da menininha pobre.

b) A menininha lança o olhar a fatia de bolo enquanto a família obedece à um


ritual.

c) O pai pôs-se à contar o dinheiro discretamente à fim de verificar se era o


suficiente.

d) O pai pediu ao garçom a fatia de bolo e ficou a espera para dar início a
comemoração.

e) A luz das velinhas, ela canta ―parabéns pra você‖ e se junta à eles,
discretamente.

668) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.

Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)

Assinale a alternativa em que a passagem – Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. –
está reescrita de acordo com a norma-padrão de regência e de emprego do sinal de
crase.

a) Ela desconfiava de que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais
à pena do que optar por trabalho que às levasse a libertação.

b) Ela desconfiava em que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria
mais à pena do que optar por trabalho que as levasse a libertação.

c) Ela confiava de que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais a
pena do que optar por trabalho que às levasse à libertação.

d) Ela confiava em que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais a
pena do que optar por trabalho que as levasse à libertação.

e) Ela confiava em que, para muitas, suportar uma escravidão cega valeria mais à
pena do que optar por trabalho que as levasse a libertação.

669) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado


corretamente.
a) O garoto gosta de assistir à desenhos animados.
b) O garoto prefere desenhos animados à filmes ou jogos.
c) O garoto passou o sábado assistindo à televisão.
d) O garoto perguntou à seu amigo se ele queria ver TV.
e) O garoto prefere ver desenhos à brincar na rua.
670) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP
Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o acento indicativo da crase está corretamente
empregado, conforme a norma-padrão da língua.

a) A nova realidade obriga-nos à buscar meios de nos adaptarmos ao mercado.

b) A qualificação é imprescindível à todos os que pretendem lançar-se no mercado.

c) A automatização acentua a tendência à uma queda na oferta de vagas de


emprego.

d) A automatização tem sido uma ameaça constante à oferta de vagas de emprego.

e) As novas exigências são extensivas à qualquer profissional em busca de


trabalho.

671) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.


Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há
dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do acento indicativo da crase, de


acordo com a norma-padrão.

a) No que tange à pesquisas do IBGE, vê-se que a situação econômica tem gerado
certa inquietude.

b) Considerada a inflação, o rendimento médio do país não chegou à superar o


valor de 2017.

c) A construção civil não propõe à criação de novos postos de trabalho, por causa
da crise.

d) Segundo as previsões, o crescimento da economia brasileira em 2018 irá à 3%,


no máximo.

e) A oferta de empregos com carteira assinada à população trabalhadora ainda é


baixa.

672) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

O sinal indicativo de crase está corretamente empregado na alternativa:

a) O cronista queria ter ganho um velocípede, o que era comum à todas as


crianças.

b) O passeio à cachoeira de Iporanga quase lhe custou a vida.

c) Ele se refere à uma leve inveja quando comenta o ocorrido no trabalho.

d) As filhas tentaram em vão ensinar à ele como andar de bicicleta.

e) Ao tratar de suas incompetência, o cronista faz alusão à Fernando Pessoa.


673) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as frases, quanto
ao acento indicativo da crase.

 Os patrocinadores...
 Os notáveis alardeiam as vitórias, mas...
 Compensa dedicar a vida...

a) pedem às celebridades para divulgar seus produtos. / comentam pouco as


angústias./ à comer alface?

b) pedem as celebridades para divulgar seus produtos. / comentam pouco as


angústias./ à comer alface?

c) pedem às celebridades para divulgar seus produtos. / comentam pouco as


angústias./ a comer alface?

d) pedem as celebridades para divulgar seus produtos. / comentam pouco às


angústias./ à comer alface?

e) pedem às celebridades para divulgar seus produtos. / comentam pouco às


angústias./ a comer alface?

674) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.

A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.
Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

Os fiscais do Ibama foram __ Amazônia e lá chegaram __ destruir equipamentos


que eram destinados __ atividades ilegais de extração de madeira.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas,
respectivamente, com:
a) à … à … à
b) a … à … à
c) à … a … a
d) a … a … à
e) à … à … a

675) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

O acento indicativo de crase está empregado corretamente em:


a) O personagem evita considerar à internet responsável por suas atitudes.
b) O personagem reconheceu que já tinha uma propensão à jogar o tempo fora.
c) O personagem tinha um comportamento indiferente à qualquer influência da
internet.
d) O personagem refere-se à uma maneira de se portar com relação ao tempo.
e) O personagem revelou à pessoa com quem conversava que jogava o tempo
fora.
676) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.

(Charles M. Schulz. Snoopy- Feliz dia dos namorados!)

Assinale a alternativa que dá outra redação à fala dos quadrinhos, seguindo a


norma-padrão de regência, conjugação de verbos e emprego do sinal indicativo de
crase.

a) Se você não se dispor em ajudar à fazer a lição de casa, vou processar você.

b) Caso você não me acuda quando eu fizer a lição de casa, apelarei à justiça.

c) Espero que você nomeie à alguém que trata disso melhor do que seu advogado.

d) Pergunto à você onde está seu advogado; não creio que ele resolva ao caso.

e) Vou acionar à polícia se você não vir me ajudar com à lição de casa.
677) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)


Considere a frase.

O autor não se opõe _____ existência de TV em bares e restaurantes e afirma que


há situações em que ela é bem-vinda, _____ exemplo do horário de almoço,
quando os clientes aproveitam esse curto período para estar _____ par das últimas
notícias e dos gols do campeonato.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas,


correta e respectivamente, por:

a) a … à … à

b) a … à … a

c) à … a … a

d) à … à … a

e) à … a … à

678) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quanto à ocorrência da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e


respectivamente, as lacunas da frase:

_______ Medicina, aliada _____ Computação, pode favorecer ______ pesquisas


que estudam o cérebro e dar um novo rumo ______ estratégias de tratamento.

a) A … à … às … as

b) A … à … as … às

c) A … a … às … às

d) À … à … as … às

e) À … a … às … as
679) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão abaixo

(Folha de S. Paulo, 20.09.2010. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase baseada na charge está correta quanto ao


emprego do sinal indicativo de crase.

a) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz menção à dificuldade para redigir
os relatórios detalhados pedidos à ele pela gerência.

b) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz cita à dificuldade para redigir os


relatórios detalhados pedidos a ele pela gerência.

c) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz faz alusão a dificuldade para redigir
os relatórios detalhados pedidos a ele pela gerência.

d) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz se refere à dificuldade para redigir os


relatórios detalhados pedidos a ele pela gerência.

e) Refletindo sobre o uso do Twitter, o rapaz admite a dificuldade para redigir os


relatórios detalhados pedidos à ele pela gerência.
680) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas
enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de
Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos


amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é
bastante trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.

Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme ―Cartas para Julieta‖ (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a
mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.

Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.


Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.

(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado


corretamente.

a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o amor de infância.

b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta uma nova remessa de


cartas.

c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psicológico.

d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo à diversas cartas.

e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem novas amizades.


681) Concurso: Sold/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto


a seguir.

Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendimento ______ presos da


Casa de Detenção, em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao
fim de uma trilogia com o livro ―Prisioneiras‖. Depois de ―Estação Carandiru‖
(1999), que mostra _____ entranhas daquela que foi _____ maior prisão da
América Latina, e de ―Carcereiros‖ (2012), sobre os funcionários que trabalham no
sistema prisional, Varella agora faz um retrato das detentas da Penitenciária
Feminina da Capital, também na capital paulista, onde cumprem pena mais de duas
mil mulheres.

(https://oglobo.globo.com. Adaptado)

a) à … às … a

b) a … as … a

c) a … às … a

d) à … às … à

e) a … as … à

682) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)

Observe:

Acostumados __________ tragédias naturais, os japoneses geralmente se


reerguem em tempo recorde depois de catástrofes.

Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já voltava __________


viver a sua rotina.

Um tsunami chegou __________ costa nordeste do Japão em 2011, deixando


milhares de mortos e desaparecidos.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) à … a … a

b) as … a … à

c) às … à … a

d) a … à … à

e) às … a … à

683) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

As pessoas, de um modo geral, sempre reagem quando ______ mudanças.


Ninguém gosta de mudar seus hábitos, nem ver alteradas suas rotinas. E muito
menos quando as mudanças não são suficientemente entendidas. ______ vezes a
reação ______ mudanças se torna até mesmo irracional, assumindo formas
violentas, ou curiosas.

Em janeiro de 1874, o Brasil aderiu ao sistema métrico decimal, que começava


______ se impor como um novo padrão universal de pesos e medidas, e decretou
ao povo o uso do novo padrão, sem esclarecer o povo sobre as novas exigências
internacionais. Surgiu assim uma grande revolta contra essa mudança.

(Eloy Terra, Crônicas pitorescas da história do Brasil 500 anos. Adaptado)


As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) a … Às … as … a

b) a … As … as … à

c) há … As … às … à

d) há … Às … as … a

e) há … Às … às … a

684) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Comunhão

Os verdadeiros poetas não leem os outros poetas. O verdadeiros poetas leem os


pequenos anúncios dos jornais.

(Mario Quintana. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005, p. 64)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto


a seguir.

______ poesia de Mario Quintana encanta os leitores devido ______ uma


espontaneidade marcante, que se combina ______ uma ironia sutil e bem-
humorada.

a) A ... a ... com

b) A ... à ... sobre

c) A ... à ... em

d) À ... a ... de

e) À ... a ... ante


685) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.

Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no texto a seguir:


Embora um hospital, para muitos, associe-se ___ imagem de um lugar sombrio e
triste, existe nele uma beleza que poucos ___. Não sei se pelo tempo que vivo
aqui, aprendo ___ ver essa beleza que muitas vezes produz ___ uma sensação de
completa felicidade.
a) à … veem … a … em mim
b) à … vêm … à … me
c) a … veem … à … em mim
d) a … veem … a … a mim
e) à … vêm … a … me

686) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)
Assinale a alternativa correta quanto ao uso ou não do acento indicativo de crase e
à regência.

a) Estudiosos chegaram a conclusão que os ambientes fechados oferecem riscos à


saúde das pessoas.

b) Foi feita uma comparação entre uma área aberta em que era proibido fumar e
uma outra, onde se tinha acesso à cigarros.

c) A pesquisa indicou de que, no fumódromo, pode-se chegar à 900 mcg/m3 de


partículas respiráveis no ar.

d) A pesquisa observou como o ar começava à ficar em lugares abertos, tendo


uma área de fumantes e outra de não fumantes.

e) Dirigindo-se a locais abertos, sem fumantes, as pessoas estão menos expostas


às substâncias tóxicas.

687) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está corretamente


empregado.

a) Permite-se à toda criança, menino ou menina, escolher com que brincar.

b) Dá-se o direito às meninas de praticar caratê, por que não?

c) São crianças: não se negue à nenhuma delas a escolha do próprio brinquedo.

d) Não se define à partir de que idade se pode brincar com aparelhos eletrônicos.

e) À certa altura, crianças começam a jogar jogos violentos.

688) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Cuidado

O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam ______


saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar ______ praticar atividades
físicas. ―Exercícios sem orientação profissional ou visando resultado a qualquer
custo, normalmente, levam ______ sobrecarga de peso e podem provocar lesões
nos ombros, nos joelhos e na lombar‖, diz Helder Montenegro, diretor do Instituto
de Tratamento da Coluna Vertebral.

(Especialista aconselha quem quer deixar o sedentarismo.


www.estadao.com.br, 08.01.16. Adaptado)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do
texto.

a) a ...a ... à

b) à ...à ... à

c) a ...à ... a

d) à ...à ... a

e) à ...a ... à

689) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mais que ouvir

A comunicação é, sem dúvida, um dos grandes entraves na sociedade e no mundo


corporativo. A questão nem é tanto a comunicação verbal, o falar, mas, sim, o
escutar, por isso venho observando o quanto a paciência e a tolerância com o
processo de escuta, importantíssimo para que haja efetivamente a troca de
informações, parecem estar reduzidas.

Nada me tira da cabeça que os índices de violência do país refletem, de certo


modo, a falta de escuta dos governantes e dos gestores sobre as carências e as
insatisfações da população.

As pessoas não se sentem ouvidas, então berram por meio dos atos de violência.
Querem a atenção dos demais mas ficam frustradas, pois se sentem ignoradas ou
marginalizadas.

No mundo do trabalho também. Entre as maiores queixas dos profissionais está a


falta de reconhecimento dos colegas, e é possível incluir nesse pacote a falta de
escuta.

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? Será que o contato virtual
nos rouba o real? Será que nos acostumamos com estatísticas e números e ficamos
menos disponíveis para perceber o outro?

Lembro que escutar é diferente de ouvir. Se você não tem problemas no aparelho
auditivo, você ouve. Mas escutar implica estar atento ao que o outro está dizendo e
compreendê-lo: não só com palavras, mas também com gestos, postura, expressão
facial e tom de voz.

A escuta é uma exigência para as relações sociais, mas está em baixa.


Fazer esse exercício implica olhar e observar cuidadosamente seu interlocutor,
compreender o que ele diz e os sentimentos envolvidos, sem julgamentos. É ficar
atento também para a fluidez do discurso e as vacilações, pois todos esses detalhes
podem revelar o que as palavras não conseguem dizer.

Quando a pessoa sente que é escutada, dá mais abertura para a mudança de


atitudes e passa a agir de forma menos melindrada e mais flexível.

(Adriana Gomes. Folha de S. Paulo, 11.05.2014. Adaptado)

Considere as frases.

Será que estamos atarefados demais para dar atenção _____ pessoas?

Será que o contato virtual nos conduz _____ uma distância do mundo real?

Será que nos acostumamos aos números e não nos dispomos _____ perceber o
outro?

As frases reescritas com base no quinto parágrafo devem ser preenchidas, de


acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:

a) às – a – a

b) às – à – à

c) às – a – à

d) as – à – à

e) as – a – a

690) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado


corretamente.

a) Em casa, a família se reúne à mesa para tomar o café.

b) O cafezinho pareceu agradar à todos que o provaram.

c) O café foi servido à essas visitas em xícaras especiais.

d) No Brasil, o cafezinho se ajusta à qualquer tipo de reunião.

e) Recomenda-se o café descafeinado à quem sofre de insônia.


691) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que bem entendesse – antes, ela
sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele sempre queria pôr em português,
―pra entender‖: acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mas,
mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam.

A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata, “O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)


O uso do acento indicativo de crase foi corretamente empregado, tal qual como no
trecho – Ele assistia à série dele... –, em

a) Começaram à pensar em morar cada um em sua casa.

b) Perceberam que era preciso diminuir a convivência à qual os desgostava.

c) Na casa dela, não tinha lugar para às lentes dele.

d) Quando juntos, um ficava a aborrecer à tranquilidade do outro.

e) Eles chegaram à verdade sobre como melhorar o relacionamento.

692) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser simples
a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e garantir o
acesso tempestivo a quem deles depende.

Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

Considerando o uso do acento indicativo da crase em conformidade com a norma-


padrão, assinale a alternativa em que as passagens ―e garantir o acesso tempestivo
a quem deles depende‖ e ―que fica sem medicamento a que tem direito‖ estão
corretamente reescritas.

a) e garantir o acesso tempestivo às pessoas que deles dependem / que fica sem
medicação à qual tem direito.

b) e garantir o acesso tempestivo à pessoas que deles dependem / que fica sem
medicação à que tem direito.

c) e garantir o acesso tempestivo à essas pessoas que deles dependem / que fica
sem medicação à qual tem direito.

d) e garantir o acesso tempestivo à pessoas que deles dependem / que fica sem
medicação à qual tem direito.

e) e garantir o acesso tempestivo às pessoas que deles dependem / que fica sem
medicação à que tem direito.
693) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Como você mede o tempo?

Raios do Sol
Luas
Abraços
Grãos de areia
Velas
Beijos
Gotas d‘água
Segundos
Suspiros
Como você mede o tempo?

(Paulo Meireles Barguil. www.cronicadodia.com.br, 18.03.2016)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do


enunciado a seguir.
O autor propõe uma reflexão ____________ do tempo, perguntando
____________ como __________ .
a) a respeito ... a todos nós ... medimos-lhe
b) à respeito ... à todos nós ... lhe medimos
c) à respeito ... a todos nós ... lhe medimos
d) a respeito ... a todos nós ... o medimos
e) a respeito ... à todos nós ... o medimos

694) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado


corretamente.

a) A autora diz ter crescido junto às flores.

b) A garota imaginou que dariam tudo à ela.

c) A mãe deu à seu bebê um nome de pássaro.

d) Se o passarinho não voa, é levado à piar.

e) Ela comparou-se à um brotinho de feijão.


695) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia a frase a seguir:

O garoto aconselhou _____ irmã _____ levar o lanche _____ escola numa
lancheira.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da


frase.

a) a … à … a

b) a … à … à

c) à … a … à

d) à … à … a

e) a … a … à

696) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)
Assinale a alternativa correta quanto ao uso ou não do acento indicativo de crase e
à regência.

a) Estudiosos chegaram a conclusão que os ambientes fechados oferecem riscos à


saúde das pessoas.

b) Foi feita uma comparação entre uma área aberta em que era proibido fumar e
uma outra, onde se tinha acesso à cigarros.

c) A pesquisa indicou de que, no fumódromo, pode-se chegar à 900 mcg/m3 de


partículas respiráveis no ar.

d) A pesquisa observou como o ar começava à ficar em lugares abertos, tendo


uma área de fumantes e outra de não fumantes.

e) Dirigindo-se a locais abertos, sem fumantes, as pessoas estão menos expostas


às substâncias tóxicas.

697) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula
a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.
É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de
indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

O sinal indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:

a) Todos os documentos serão encaminhados às partes à partir da próxima


semana.

b) Todos tiveram de comparecer perante à autoridade, prestando contas à ela.

c) Recusa-se à entregar às certidões antes do final do expediente.

d) Encaminhamos à V.Exª os documentos à que se refere o Edital.

e) O caso exige tratamento igual às partes, sem fazer exceção à ré.

698) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.
Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Alterando-se a frase – Os livros funcionam como uma espécie de ―detox‖, uma


válvula de escape para rotinas estressantes. – , obtém-se versão correta, quanto
ao uso ou não do acento indicativo da crase, em:
a) Os livros assemelham-se à uma espécie de ―detox‖, uma fuga as rotinas
estressantes.
b) Os livros assemelham-se a uma espécie de ―detox‖, uma fuga às rotinas
estressantes.
c) Os livros assemelham-se à uma espécie de ―detox‖, uma fuga às rotinas
estressantes.
d) Os livros assemelham-se à uma espécie de ―detox‖, uma fuga nas rotinas
estressantes.
e) Os livros assemelham-se a uma espécie de ―detox‖, uma fuga à rotinas
estressantes.

699) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

O celular é um caso ____ parte. Em qualquer lugar, ____ qualquer hora, o mundo
está ___ disposição do mundo. Mas não é só um prêmio – invadir o outro é tão fácil
quanto premiar o outro. Todos estamos permanentemente sob ameaça de sermos
interrompidos por um ―trim‖, necessário ou banal.
(Anna Verônica Mautner, Outros jeitos de se comunicar. Folha de S.Paulo, 28.06.2015. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua protuguesa, as lacunas do texto são


preenchidas, respectivamente, com:
a) à ... à ... a
b) a ... à ... a
c) à ... à ... à
d) a ... à ... à
e) à ... a ... à
700) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase


seguinte, no que se refere à ocorrência do acento indicativo de crase.

O autor chegou ________ confessar que alguns de seus hábitos não levavam
__________ uma satisfação genuína, e se reportou _________ ocasião em que foi
acolhido na choupana de um velho caboclo do Acre, __________ quem se referiu
com gratidão e nostalgia.

a) a ... a ... à ... a

b) à ... a ... à ... a

c) à ... à ... à ... à

d) a ... à ... a ... à

e) à ... à ... a ... à

701) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

(Laerte. Overman. São Paulo: Devir/Jacarandá, 2003.)


Vou em missão num país longínquo.

Considerando as expressões destacadas nas alternativas, essa frase está


corretamente reescrita, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, em:

a) Vou a um país longínquo em missão.

b) Vou à um país longínquo em missão.

c) Vou perante de um país longínquo em missão.

d) Vou até à um país longínquo em missão.

702) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água,


locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é
importante não acumular água em latas, pneus velhos, vasos de plantas, caixas
d´água, entre outros. Lembre-se: a prevenção é a única arma contra a doença.

(www.dengue.org.br. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado


corretamente.

a) O texto alerta para à necessidade de se eliminarem os focos de acúmulo de


água.

b) O texto conclama seus possíveis leitores à eliminar os focos de acúmulo de


água.

c) O texto faz referência à importância da eliminação dos focos de acúmulo de


água.

d) O texto dá destaque à uma necessária eliminação dos focos de acúmulo de


água.

e) O texto remete à certa urgência em se eliminarem os focos de acúmulo de


água.
703) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O ―Anuário Brasileiro de Segurança Pública‖ detalhou pela primeira vez os crimes


que resultam em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em
2014, quase dois óbitos por hora nas principais cidades do país.

No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada


que congrega especialistas na área, não se observa variação muito significativa
com relação ao ano anterior. Em 2013, haviam sido 15 804 mortos por violência
intencional nas capitais, acréscimo de mero 0,8%.

Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve


inalterada a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as
cifras de cada capital, por outro lado, despontam algumas evidências chocantes.

(Folha de S.Paulo, 03.10.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o uso ou não do acento indicativo da crase e a


regência estão em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) A luz dos dados, vê-se que se chega em quase dois óbitos por hora nas
principais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido à violência
intencional.

b) À luz dos dados, vê-se que se chega a quase dois óbitos por hora nas principais
capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido à violência
intencional.

c) À luz dos dados, vê-se que se chega em quase dois óbitos por hora nas
principais capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido violência
intencional.

d) A luz dos dados, vê-se que se chega à quase dois óbitos por hora nas principais
capitais. Em 2013, por exemplo, 15 804 foram mortos devido a violência
intencional.
Concordância (Verbal e Nominal)

704) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?

Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as frases – … penso que o problema é médico – e –


Desconfio até de que existem competições gastronômicas… – estão reescritas de
acordo com a norma-padrão quanto à colocação do pronome destacado e à
concordância verbal.

a) … penso que se tratava de problemas médicos / Desconfio até de que houve


competições gastronômicas…

b) … penso que tratava-se de problemas médicos / Desconfio até de que


houveram competições gastronômicas…

c) … penso que se tratavam de problemas médicos / Desconfio até de que


houveram competições gastronômicas…
d) … penso que tratava-se de problemas médicos / Desconfio até de que houve
competições gastronômicas…

e) … penso que tratavam-se de problemas médicos / Desconfio até de que


houveram competições gastronômicas…

705) Concurso: Tec Adm /PM SP/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a concordância, verbal e nominal, está de acordo com


a norma-padrão.

a) Diante de tamanha proliferação das redes sociais, quaisquer imbecis agora têm
o mesmo direito à palavra que um Prêmio Nobel detém.

b) Embora procurem fazer bastante amigos, nenhum dos que frequentam as redes
sociais de forma ampla sabem do que se trata.

c) Na verdade, tratam-se de pessoas que não mede a consequência do que elas


mesmo publicam nas redes.

d) Foi proibido a atitude agressiva, pois as vítimas da difamação vem a sofrer


grande lesão, tanto quanto os agressores.

e) Hoje existem punições para os crimes de internet como nunca houveram antes;
ainda assim, a divulgação disso é pouco.

706) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha a seguir para responder a questão.

(Disponível em: http://blogs.odiario.com/)


Assinale a alternativa que apresenta afirmação condizente com o que ilustra a
tirinha, de acordo com a norma-padrão, com relação às concordâncias verbal e
nominal e à pontuação.

a) Existe pessoas que, mesmo sem passarem por um momento difícil, só vê a vida
meia vazia: são os chamados pessimistas.

b) Tem pessoas que têm os pés no chão em qualquer situações são os chamados
realistas.

c) Existem pessoas que apesar das adversidades, veem a vida meia cheia, são os
chamados otimistas.

d) Há pessoas que, apesar das adversidades, veem o lado bom da vida: são os
chamados otimistas.

e) Há pessoas que, mesmo sem passarem por um momento difícil só vê


negatividade, são os chamados pessimistas.

707) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Nas frases reescritas, as concordâncias nominal e/ou verbal e a pontuação estão


corretas, de acordo com a norma-padrão, na alternativa:

a) A maioria das escolas de ensino infantil não demonstra respeito pela primeira
infância, porém já são encontradas as que valorizam essa fase.

b) Haviam algumas escolas de educação infantil que respeitava a primeira infância


cuja potência de aprendizagem, era reconhecida.

c) É uma boa notícia saber que já existe escolas que respeitam a primeira infância
e em que as crianças, bem motivada exercitam a criatividade.

d) O país já tem bastante professores com formação contínua, o que são desejáveis
para que hajam desenvolvimento e qualidade na educação.

e) Embora fizessem 15 anos que não se via boas escolas de educação infantil
encontra-se algumas que respeitam, os anos iniciais de vida.
708) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(www.willtirando.com.br)

Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão de concordância verbal e


nominal.

a) A chuva forte e o vento derrubaram a aranha.

b) As chuvas forte e o vento atingiu a aranha.

c) A chuva forte e os ventos chegou à tarde.

d) As chuvas fortes molhou a parede.

e) Os ventos forte derrubaram a aranha.


709) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

– Bem dizia eu, que aquela janela…

– É a janela dos rouxinóis.

– Que lá estão a cantar.

– Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a
menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

– A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história
aquela janela?

– É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em


duas palavras.

– Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser
interessantíssimo. Vamos à história já.

– Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de
viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos
rouxinóis como ela se contou.

É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque
dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para
isto, que em francês que há outro não sei quê…

Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são
uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas
poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não
presta.

Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é
um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes
raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.

Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o


seguinte.

(Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)


Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal.

a) Dizem as damas e os elegantes da nossa terra que a língua portuguesa não é


bom para isto.

b) O que vou contar não tem bastantes aventuras enredadas, peripécias, situações
e incidentes raros.

c) As mulheres não gostam de poesia, romance, música ou drama más, e isso é


sinal de que são ruim.

d) Eu creio que haja má informações circulando entre as mulheres e os tolos de


nossa terra.

e) As damas e os elegantes acreditam que as narrativas em francês são melhor do


que as em português.

710) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia as notícias 1 e 2 para responder à questão.

Notícia 1

A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença. A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana,
não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno
– exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), sendo mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.

Na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, pelo menos 40 mil
animais foram mortos desde agosto em razão da doença. Quarto maior exportador
mundial, o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo
um mercado-chave para importadores. Hoje, cerca de 20% dos embarques
brasileiros de carne suína têm como destino a China, seguido de Hong Kong, que
responde por percentual semelhante.

(Joana Colussi. “Brasil reforça vigilância para manter peste suína africana
longe do país”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 21.09.2018. Adaptado)

Notícia 2

O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos,


receberá a ajuda de um cão treinado para evitar a entrada de produtos
contaminados que possam espalhar a peste suína e a febre aftosa pelo país. Thor,
um labrador, ajudará os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no
posto de Vigilância Internacional Agropecuária (Vigiagro) do aeroporto na
fiscalização de cargas e bagagens que chegam ao terminal.

No processo de fiscalização, os auditores avaliam a procedência do voo, o ponto de


origem onde se inicia a viagem, o perfil dos passageiros, as características das
cargas e bagagens e a possibilidade de conterem produtos que ofereçam riscos
relativos à introdução destas doenças no país.

―A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos. A partir daí, o Thor entra em ação e nos ajuda
na identificação e apreensão destes produtos por meio do faro muito sensível‖,
disse o auditor-fiscal Angelo de Queiroz, coordenador da operação.

(Camila Boehm. “Aeroporto recebe ajuda de labrador para evitar entrada


de peste suína”. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a concordância nominal e verbal está em


conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Os estados brasileiros ficaram livre do vírus da peste suína africana em 1984.
b) O Aeroporto Internacional de Guarulhos contarão com auditores-fiscais federais.
c) São avaliados a procedência dos voos para se determinar a necessidade de
inspeção.
d) Aproximadamente 20% da carne que o Brasil exporta tem como destino a China.
e) É preciso contar com instrumentos de detecção de ameaças que possa contribuir
com a expertise humana.

711) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal estabelecida


pela norma-padrão.
a) O comandante Miyazaki não esperava que, depois de completado 65 anos,
existiria opções de trabalho para ele.
b) Faz décadas que a taxa de natalidade no Japão vem diminuindo e,
consequentemente, a população idosa aumentou.
c) Estar saudável e gostar de voar são argumentos coerente que justifica a decisão
de Miyazaki de permanecer na ativa.
d) Vários países tem posto em discussão a Previdência Social, cujas regras
precisam ser revista.
e) No Japão, a taxa de desemprego, que estão em 2,8%, é uma das mais baixas
do mundo.
712) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

A concordância verbal está em conformidade com a norma-padrão na frase:

a) O neurocientista e a psiquiatra faz parte da equipe que conduz o estudo.

b) Mediu-se certos sintomas por meio de um programa de computador.

c) A junta médica apresentou os resultados e explicaram como chegaram a ele.

d) No ano que vem, fará 120 anos que a obra de Freud foi publicada.

e) Um longo período de observação e contato será necessária para o diagnóstico.

713) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

Assinale a alternativa cujo enunciado atende à concordância verbal e nominal, de


acordo com a norma-padrão.

a) A pesquisa diz que não existem níveis seguro de consumo de álcool.

b) A pesquisa diz que não existe níveis seguros de consumo de álcool.

c) A pesquisa diz que não existem níveis seguros de consumo de álcool.

d) A pesquisa diz que não existe níveis seguro de consumo de álcool.

e) A pesquisa diz que não existem nível seguros de consumo de álcool.


714) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Quanto à concordância nominal, a frase escrita de acordo com a norma-padrão da


língua é:

a) Para Hans Rosling, nossas intuições sobre a condição dos humanos na Terra
precisam ser revistos.

b) Devido à agilidade com que ocorrem, as melhorias, segundo Hans Rosling,


chegam a ser surpreendente.

c) Hans Rosling foi um excelente orador, e seus truques de conferencista o


auxiliaram a elaborar seu livro.

d) Os leitores responderam diferentes testes, a partir do qual puderam se lançar a


reflexões mais profundas.

e) Ainda há muito sofrimento e muita pobreza que poderiam ser facilmente


evitadas em muitas comunidades.

715) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma-


pardão.

a) Dizem que uma caixa de morangos tem menas vitaminas do que uma laranja
lima.

b) Mesmo em época de safra de lichia, essa fruta custa caro. Ela é caríssima, na
verdade.

c) Por trazer benefícios à saúde, a banana é recomendado pelos médicos.

d) Kiwi e abacaxi: os nutricionistas consideram que os dois são benéfico para a


saúde.

e) Já paguei ao feirante pelas frutas que consumi: agora estou quites com ele.
716) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.

Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera


1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)
Assinale a alternativa em que a redação escrita a partir do texto está correta
quanto à concordância das palavras, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.

a) Os oceanos podem ser contaminado por determinadas tarefas, como a lavagem


de roupas de tecidos sintéticos.

b) Os membros do Parlamento apresentou pesquisas sobre as fibras de tecidos


sintéticas que são expelidas das roupas ao serem lavadas em máquinas de lavar.

c) Ocorrerão a conservação dos oceanos se as autoridades criarem


regulamentações para os fabricantes.

d) Uma boa desculpa, com todas as indicações propostas pelo autor, é a lavagem
de roupas com menos frequência.

e) Também é necessário a compra de menos roupas sintética para reduzir a


poluição por plástico nos ambientes.

717) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.

―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.
―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, assinale a alternativa correta quanto à


concordância verbal.
a) Este ano, na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, já morreu 73 ianomâmis.
b) As informações repassadas pelo governo venezuelano estão nos boletins da
Opas.
c) Do lado venezuelano, que abriga 16 mil ianomâmis, confirmou-se 19 mortes.
d) Dois especialistas venezuelanos temem que hajam ainda mais casos e mortos.
e) A burocracia e a evolução do sarampo mostra o descontrole com a situação.

718) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

(Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada.


03.11.2018)
Alterando-se a expressão ―o caramujo‖ para o plural (os caramujos), o texto do
último quadrinho assumirá, em conformidade com a norma-padrão de concordância
da língua portuguesa, a seguinte redação:

a) Por mais que tentem, os caramujos adolescente não consegue sair de casa.

b) Por mais que tente, os caramujos adolescentes não consegue sair de casa.

c) Por mais que tente, os caramujos adolescente não conseguem sair de casa.

d) Por mais que tentem, os caramujos adolescentes não consegue sair de casa.

e) Por mais que tentem, os caramujos adolescentes não conseguem sair de casa.

719) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?
O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de
quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.
Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.
A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado
precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.
O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.
(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o verbo em destaque apresenta concordância correta,


de acordo a norma-padrão.
a) Um grande número de quadros virou cinzas.
b) Tratam-se de políticas de terra arrasada.
c) Nenhum Nero assumem a responsabilidade.
d) Existirá, ainda hoje, heróis de uma resistência cultural.
e) Conseguirá os políticos eleitos preocupar-se com a cultura?

720) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

O vocábulo em destaque está empregado em conformidade com a concordância da


norma-padrão da língua na frase:
a) Já faz dez anos que o número de estadunidenses dormindo mal tem aumentado.
b) É preciso nos conscientizar de que dormir mal nos trazem sérios problemas.
c) Nos EUA, foi feito uma pesquisa para verificar o quanto as pessoas dormem
diariamente.
d) Foi constatada que uma parte considerável dos entrevistados utiliza o celular
na cama.
e) Conforme especialistas, são importante dedicar de 30 a 60 minutos à
preparação pré-sono.
721) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP
Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.

Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento


que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.

Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.

Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a


velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.

Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.

Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.

Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que


nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.

Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um. Isso não vai resolver todo o problema criado pela
automação, mas formará, com certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas
consequências.

(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/


colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)
¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

Assinale a alternativa que contém as frases inspiradas em trecho do texto, que


estão corretas quanto ao padrão da regência verbal e nominal, respectivamente.

a) A produção de conhecimento está submetida a todas as instituições de ensino


superior. / O conhecimento produzido deve ser compatível com os avanços no
enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

b) A produção de conhecimento está submetida à todas as instituições de ensino


superior. / O conhecimento produzido deve ser compatível aos avanços no
enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

c) A produção de conhecimento está submetida à todas as instituições de ensino


superior. / O conhecimento produzido deve ser compatível nos avanços no
enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

d) A produção de conhecimento está submetida a todas as instituições de ensino


superior. / O conhecimento produzido deve ser compatível pelos avanços no
enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

e) A produção de conhecimento está submetida à todas as instituições de ensino


superior. / O conhecimento produzido deve ser compatível com os avanços no
enfrentamento de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras.

722) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

De acordo com a norma-padrão, quanto à concordância nominal e verbal, assinale


a alternativa correta.

a) Pessoas de alta escolaridade tende a usar os pronomes de forma abrasileirada,


algumas dela informal.

b) Embora hajam várias regras de colocação pronominal, Faraco e Tezza afirmam


que resta praticamente uma única.

c) Pode ser que ainda exista vários tabus normativos a ser quebrado que não
apenas o da colocação pronominal.

d) As línguas brasileira e portuguesa parecem diferir no que diz respeito à


colocação dos pronomes átonos na sentença.

e) As consequências decorrente da intenção de marcar uma posição está


relacionado com a ideia do último tabu.
723) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as frases do texto estão reescritas de acordo com a


norma-padrão de concordância verbal.

a) Aqui se fazem barbas, arrancam-se dentes e aplicam- se ventosas.

b) O barbeiro canta, para que se afaste maus pensamentos.

c) Haviam muitos anos que ela acreditava que era outra.

d) Achava que se viviam em outros tempos.

e) O outro olho vigia os montevideanos que vem abrindo caminho pela rua.
724) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) O lavrador e o filho trabalha na plantação de café lá em Rio Doce.

b) Duas colônias de cinco alqueires bastou para o lavrador plantar café.

c) Segundo o lavrador, em Rio Doce, haviam terras para serem requeridas.

d) O mesmo tipo de feiura triste do interior possuem o narrador e o lavrador.

e) Para o lavrador, lucros maiores se consegue com o comércio nas cidades.

725) Concurso: Ass Adm /UFABC/2019 Banca: VUNESP

Quanto à concordância da norma-padrão da língua, a frase redigida corretamente


é:

a) Os nascidos entre 1981 e 1997 não dispõe de tantas particularidades assim na


análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia.

b) A matança cultural promovida pela juventude americana deixaram de afetar


apenas poucos setores.

c) Encontraram-se pouca evidência de que gostos e preferências de millennials


sejam inferiores aos de gerações passadas.

d) A análise granular dos gastos com automóveis, alimentação e moradia revelou


que os millennials não têm tantas particularidades.

e) Gastos, renda, endividamento, patrimônio líquido e fatores demográficos de


várias gerações, tudo isso foram considerados no estudo.
726) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Clareza, objetividade e sinceridade são as características de quem é assertivo. É ser


uma pessoa transparente em intenções e colocações. Olhar no olho ao conversar,
voltar -se à pessoa com quem fala (postura) e usar palavras alinhadas à expressão
facial e tom de voz firme, claro e moderado revela este aspecto durante a
comunicação.

Para Marcos Gross, autor do livro Dicas Práticas de Comunicação: Boas Ideias para
os Relacionamentos e os Negócios, são raros os profissionais com essas qualidades,
já que a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo. ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações por dizer
o que penso?‖

Mas, pondera, engolir sapos faz mal à saúde. ―Quando um colaborador não se
permite expressar suas opiniões, desenvolve gastrite, dores na coluna, alergias,
hipertensão, estresse, entre outros problemas‖, escreve.

(Camila Pati, “As cinco regras de ouro da boa comunicação”. Exame. Em:
https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Assinale a alternativa que está em conformidade com a norma-padrão de


concordância.

a) Gastrite, alergias, hipertensão, tudo isso pode acontecer por opiniões reprimidas.

b) Existe pessoas que engole muitos sapos e isso, com certeza, pode fazer mal à
saúde.

c) As situações de poder no ambiente corporativo, geralmente, limita certas


qualidades.

d) O modo de olhar o outro e a postura ao se falar potencializa a boa comunicação.

e) A comunicação melhora quando se alinha palavras, expressão facial e tom de


voz.
727) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Malfadada tecnologia

Sob o comando de Lúcifer, a tela conseguiu hipnotizar multidões de mulheres,


homens, crianças mantidos on line. Antes, podíamos alegar não ter visto a
mensagem enviada, por estarmos longe do computador. A tela jogou por terra essa
possibilidade. Não satisfeito, criou o WhatsApp. Cinco minutos depois de enviar um
email,o inimigo manda um WhatsApp para cobrar a resposta. Desafetos mais
ansiosos executam as duas operações simultaneamente.

(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo. 28.10.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas da


frase, de acordo com a norma -padrão da concordância.

Antes, as pessoas ________ não ter visto a mensagem, por estar longe do
computador, mas, agora com o WhatsApp, não _________ nem cinco minutos e já
cobram a resposta. Há quem ________ as duas operações simultaneamente.

a) alegavam ... passa ... executem

b) alegava ... passam ... executem

c) alegavam ... passa ... execute

d) alegavam ... passam ... executem

e) alegavam ... passam ... execute

728) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O Marajá

A família toda ria de dona Morgadinha e dizia que ela estava sempre esperando a
visita de alguém ilustre. Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar,
uma ponta de poeira em seus móveis ou uma mancha em seus vidros e cristais.
Gemia baixinho quando alguém esquecia um sapato no corredor, uma toalha no
quarto ou – ai, ai, ai – uma almofada fora do sofá da sala. Baixinha, resoluta,
percorria a casa com uma flanela na mão, o olho vivo contra qualquer incursão do
pó, da cinza, do inimigo nos seus domínios.
Dona Morgadinha era uma alma simples. Não lia jornal, não lia nada. Achava que
jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos. O marido de dona
Morgadinha, que ela amava com devoção apesar do seu hábito de limpar a orelha
com uma tampa de caneta Bic, estabelecera um limite para sua compulsão por
limpeza. Ela não podia entrar em sua biblioteca. Sua jurisdição acabava na porta.
Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava. E, nas raras vezes em que dona
Morgadinha chegava à porta do escritório proibido para falar com o marido, esse
fazia questão de desafiá-la. Botava os pés em cima dos móveis. Atirava os sapatos
longe. Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada só para ver
a cara da mulher. Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava
deliberadamente o alvo. Dona Morgadinha então fechava os olhos e, incapaz de se
controlar, lustrava com a sua flanela o trinco da porta.

(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
Adaptado)

A concordância das palavras está em conformidade com a norma-padrão da língua


portuguesa em:
a) A dona de casa não suportava ver sujo ou desorganizado seus móveis, vidros e
cristais.
b) Costumava ser constante a insatisfação da dona de casa com os maus hábitos
do marido.
c) As almofadas do sofá da sala fora de seu lugar de origem tirava a senhora do
sério.
d) A dona de casa não gostava de jornais por achar que suas folhas continha
fungos e outras sujeiras.
e) Para desespero da mulher, os pés do marido estavam frequentemente colocado
em cima dos móveis.

729) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

A concordância das palavras está de acordo com a norma- padrão da língua


portuguesa em:
a) Já fazem quase 10 anos que ele se mudou de cidade.
b) As mulheres geralmente retribuía a gentileza dos vizinhos.
c) Vieram três novos vizinhos morar no andar de baixo.
d) Elas mesmo ajudaram na mudança dos vizinhos.
e) Os gestos de gentilezas sempre deve ser retribuído.
730) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

O síndico convidou - ______ para a reunião de condomínio, porém eles não


compareceram. Por isso acabaram se surpreendendo ______ duas ______ que
deveriam pagar.

Assinale a alternativa que preenche respectivamente as lacunas, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa.

a) os ... das ... multa

b) lhes ... para as ... multas

c) os ... com as ... multas

d) lhes ... pelas ... multa

e) os ... nas ... multa

731) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.

Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além


das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendonuma velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta concordância verbal correta.

a) Os índices de emissão de poluentes no ar está acima de 3% para países como


os Estados Unidos e a China.

b) Desde que o mundo existe, sabem-se que alguns fatores contribuem para o
aquecimento do planeta.

c) A queima de combustíveis fósseis é mais um fator que contribuem para o


aquecimento global.

d) É impensável determinadas atitudes que alguns poderiam tomar em nome do


lucro, mas em detrimento da própria sobrevivência.

e) Os desmatamentos, amplamente condenados por especialistas e até mesmo


leigos, ainda hoje são praticados no país.

732) Concurso: PAEPE/UNICAMP/Administração/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto


a seguir, conforme a norma-padrão da língua portuguesa.

Relacionamentos na terceira idade são____________ , pois afastam a solidão, um


dos principais____________ da velhice. Participar de grupos e atividades e ter
relacionamentos é fundamental. Os relacionamentos afetivos____________ um
capítulo____________ parte porque reavivam as pessoas.

(Revista Exame. Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/


dino/idosos-apostam-na-tecnologia-para-se-relacionar-e-
-abandonar-a-solidao/. Acesso em 16.11.2018. Adaptado)
a) importantíssimos … problema … é … a

b) importantíssimo … problemas … são … à

c) importantíssimos … problemas … são … à

d) importantíssimo … problema … são … a

e) importantíssimos … problemas … é … a

733) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)
Assinale a alternativa correta quanto à concordância, de acordo com a norma-
padrão.

a) A cada ano, vende-se mais de 240 000 robôs industriais no mundo, e dados
mostram que esse número têm crescido.

b) Computadores e algoritmos, nos próximos dez ou 20 anos, pode pôr em risco


702 profissões nos Estados Unidos.

c) Nos últimos anos, a automação de tarefas antes feitas por humanos vem se
acelerando nas empresas.

d) Segundo pesquisadores, está ameaçado pelos computadores, nos Estados


Unidos, muitos dos empregos.

e) Embora já hajam algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de


emprego, muito mais estão por vir.

734) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.

Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes
vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a concordância está de acordo com a norma-padrão


da língua.

a) Pessoas com HSAM apresenta cérebro com o lobo temporal maior.

b) Os cérebros de pessoas com HSAM têm o lobo temporal maior.

c) As pessoas com HSAM dispõe de cérebro com lobo temporal maior.

d) O lobo temporal nos cérebros de pessoas com HSAM parecem ser maior.

e) Ter cérebro com lobo temporal maior são comuns em pessoas com HSAM.

735) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego


de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor
hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa
se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo.
Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo ―ser‖;
e assim dei à voz de Deus a frase:

– Ó universo, eu sou-te,

em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto


concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz,
empreguei a frase ―aquela rapaz‖, violando deliberadamente e justissimamente a
lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.


A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, ao contrário da construção ―aquela rapaz‖, segue-se


a lei fundamental da concordância, de acordo com a norma-padrão.

a) Quando entraram na casa abandonada, uma cobra estava escondido ali.


Assustaram-se, pois era um bicho perigoso.

b) Quando o despacho chegou, a primeira coisa que o advogado fez foi conferir os
documentos anexos.

c) As crianças brincavam no jardim, colhendo flores colorida e presenteando-se


num gesto emocionante.

d) Era um dia ensolarado, e não se sabe como foi atropelado aquela mulher em
uma avenida tranquila.

e) Parece-me que este ano está chovendo muito, mas ainda assim há menas
chuvas do que em anos anteriores.

736) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta
fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas
para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente
quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse
uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e,
aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-
se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que
falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se
ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito
páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)


Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal, de acordo com a
norma-padrão.

a) O bloco de doze páginas provoca os xingamentos do adolescente, e logo são


proferidas as desculpas.

b) Ao encontrar um diálogo, o adolescente espera que hajam longas conversas


entre as personagens.

c) O adolescente está no quarto, sentado diante da janela. Passou as horas, e ele


não tem coragem de contá-las.

d) A página do livro cheia de linhas apertadas e negros parágrafos deixam o


adolescente com falta de ar.

e) O livro tem exatamente 486 páginas. É quase 500 páginas de leitura, e


praticamente não existe diálogos.

737) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quanto à concordância verbal da norma-padrão, a frase correta é:

a) As consultorias McKinsey e Bloomberg New Energy Finance foi que desenvolveu


o estudo.

b) O barateamento das baterias permitirão que a locomoção se torne mais limpa e


eficiente.

c) Nas cidades de todo o mundo, está surgindo cada vez mais serviços de
compartilhamento de carros.

d) Investir em tecnologias de carros autônomos passaram a ser um compromisso


de muitas montadoras.

e) No texto, foram citados três modelos de mobilidade urbana, mas deve haver
outros sendo projetados.

738) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No começo do século 20, a rápida industrialização nos Estados Unidos deu origem a
algumas das maiores fortunas que o mundo já viu. Famílias como os Vanderbilt e
os Rockefeller investiram em ferrovias, petróleo e aço, obtendo um grande retorno,
e passaram a ostentar sua riqueza. O período ficou conhecido como Era Dourada. A
desigualdade nunca foi tão grande – até agora. É o que mostra um relatório da
UBS, companhia de serviços financeiros, feito em parceria com a consultora PwC.

Para os autores do documento, a primeira Era Dourada aconteceu entre 1870 e


1910. Segundo eles, a atual começou em 1980 e deve se estender pelos próximos
10 a 20 anos, prolongada pelo desempenho econômico da Ásia e de negócios
ligados à tecnologia.

(IstoÉ, 15.11.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância, segundo a norma-padrão.

a) Os negócios envolvendo tecnologia e o desempenho da Ásia farão com que a


atual Era Dourada se prolongue por até 20 anos.

b) De acordo com os autores do relatório da UBS, os próximos anos será necessário


para a conclusão da atual Era Dourada.

c) Algumas das maiores fortunas dos Estados Unidos havia obtido grande retorno
econômico investindo em ferrovias, petróleo e aço.

d) Os autores do relatório da UBS consideram que ocorreu duas Eras Douradas:


uma entre 1870 e 1910, e outra que começou em 1980.

e) O investimento das famílias como os Vanderbilt e os Rockefeller em ferrovias,


petróleo e aço trouxeram-lhes grandes retornos.

739) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.

E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)

A alternativa que está redigida de acordo com a norma-padrão de concordância é:

a) Estavam casados fazia quinze anos e não existiam entre eles quaisquer
desavenças.

b) Já era onze horas quando o marido chegou e encontrou a esposa meia


descontrolada.

c) Existe realmente coisas irrelevantes que influem na relação do casal e a


prejudica.

d) Dado a história de harmonia do casal, não se esperava desavenças por causa do


atraso do marido.

e) Diz-se que já não se faz mais casais como os de antigamente, leal e dedicado.
740) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a concordância das palavras está de acordo com a


norma-padrão.

a) As mortes causadas por acidentes são muito preocupante.

b) Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos.

c) São essenciais que os motoristas dirijam com mais cautela.

d) Foi estabelecido uma estimativa quanto ao número de acidentados.

e) Poderão haver muitos mais vítimas de trânsito se nada for feito.

741) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se


elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)


Assinale a alternativa em conformidade com a norma-padrão de concordância.
a) A consultoria identificou, com base nos dados disponibilizados pelo IBGE, forte
tendência de aumento da pobreza.
b) Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios sugere aumento da
pobreza especialmente no Nordeste.
c) A velocidade da retomada econômica e da geração de empregos determinarão a
qualidade dessas vagas e dos salários.
d) O fechamento das vagas no mercado de trabalho tiveram impacto negativo na
trajetória de avanços sociais.
e) É brutal e ao mesmo tempo perverso para com os mais pobres os inúmeros
efeitos da lenta recuperação econômica.

742) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche as lacunas do enunciado a seguir, de acordo


com a norma-padrão de concordância.
________ as proporções do acidente, ________ as vias da redondeza, ficando
________ às pessoas trafegar pelo local, pois ainda ________ focos de incêndio
________ .
a) Dado … foram interditadas … proibidas … haviam … disperso
b) Dadas … foram interditadas … proibido … havia … dispersos
c) Dadas … foi interditado … proibido … haviam … dispersos
d) Dado …foram interditadas … proibido … havia … disperso
e) Dado … foi interditado … proibidas … havia … disperso

743) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

A concordância verbal está em conformidade com a norma- padrão na frase:


a) Os viciados em games acabam se distanciando de amigos e familiares, cuja
companhia é facilmente trocada pelo jogo.
b) Os jogos, para quem é viciado, revela-se muito mais atraentes do que quaisquer
outros interesses na vida.
c) Consultar as informações no guia de Classificação Internacional de Doenças
ajudam médicos e pesquisadores em seu trabalho.
d) O novo guia recomenda que se passe doze meses para que um diagnóstico seja
estabelecido; excetua-se os casos graves.
e) O comportamento típico dos viciados em games passam a ter descrição no guia,
o que contribui para tratar a doença.
744) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

A concordância nominal está de acordo com a norma-padrão em:

a) Sucesso e diversão são compatível; aliás, trabalho sem diversão pode levar ao
adoecimento.

b) É extremamente necessário a dedicação de algumas horas na semana ao


convívio social.

c) A combinação entre sucesso profissional e lazer deve ser transformada em


propósito de vida.

d) Ainda são muito escasso, em comparação com o tempo de trabalho, os


momentos de diversão.

e) Preocupado em conquistar estabilidade financeira, nós acabamos não dando


atenção ao lazer.

745) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.

Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há


dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal.

a) Os indicadores do mundo do emprego permite compreender os índices de


confiança de consumidores e empresas.

b) Na atual conjuntura, aumenta as vagas sem carteira assinada e também o


trabalho por conta própria.

c) A falta de investimentos na construção civil e de criação de novos canteiros de


obras reforça a inquietude econômica.

d) As dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento


causa inquietude no país.

e) Quando se desconta os efeitos sazonais, vê-se que a taxa de desocupação não


cai desde setembro do ano passado.

746) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.
A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de
confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.
O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a
melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.
Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do
ano passado.
A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira
assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.
As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos
verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.
A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.
Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há
dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.
Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo
em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância nominal.

a) Considerado o índice de inflação, o rendimento médio do país não passou de R$


2.169 mensais – equivalente ao do mesmo período de 2017.

b) As atividades econômicas no início deste ano têm se mostrado, em geral, fraca,


dados os indicadores do mundo do emprego.

c) Os indicadores de confiança econômica utilizado na pesquisa detectaram ligeiro


aumento do pessimismo em relação aos próximos meses.

d) Bastante dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do


crescimento econômico se acentuaram com dados do IBGE.

e) Permanece precária a oferta de empregos, os quais, em muitos casos,


caracterizam-se por serem informal e mal remunerado.
747) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda à questão.

Câmara eleva idade mínima para compra de armas

O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março uma lei que sobe de
18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e
permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o


ataque a tiros a uma escola, em Parkland, que fez 17 vítimas – os sobreviventes da
tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para


a aquisição de armas longas e proíbe a venda de equipamentos que transformam
armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão


levar armas de pequeno porte aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles
precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para
as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhora na
comunicação entre as áreas educacional e de segurança.

O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas longas, como queriam os
estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que N. Cruz, 19, atacou a
escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

(https://www1.folha.uol.com.br. 07.03.18. Adaptado)

A alternativa em que a concordância verbal está em conformidade com a norma-


padrão é:

a) Houve dezessete vítimas no atentado à escola do estado da Flórida.

b) Para os estudantes, a lei contêm senões, como a liberação de certos tipos de


armas.

c) Com a restrição à compra de armas, espera-se que diminuam a morte de


inocentes.

d) O ataque à escola de Parkland somam-se a outros já ocorridos nos EUA.

e) Segundo a nova lei, somente jovens que tem 21 anos ou mais poderão adquirir
armas legalmente.
748) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.

O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e


segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”. www.bbc.com,


27.06.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a concordância está de acordo com a norma-padrão
da língua.

a) Muitas pesquisas vem demonstrando a relação do riso e a produtividade.

b) A produtividade de funcionários que riem são comprovadamente maiores.

c) São necessárias valorizar a desconcentração entre colegas e a boa convivência.

d) Ter um cérebro relaxado é importante para desenvolver uma mente criativa.

e) A taxa de resolução dos testes crescem se o testado ri ou gargalha antes do


experimento.

749) Concurso: Sold/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta, de acordo com a norma padrão da concordância


verbal.

a) Paz interior, amigos leais, músicas, livros, desilusões e recomeços compõe


nossas vidas.

b) No nosso próprio apartamento, é que sempre haverá as melhores festas.

c) Na nossa imaginação, existia falsas notícias alardeadas pelos notáveis.

d) Um não-sei-o-quê de perturbador impedem as mulheres de serem felizes.

e) Alterna-se motivos para se dançar pela sala com motivos para se refugiar no
escuro.

750) Concurso: Sold/PM SP/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada
por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, de acordo com a


norma da concordância nominal, as frases:

 Será que os dias da ilha de Caras são tão...


 É uma das características da juventude considerarmo-nos ...

a) aprazíveis assim? / meio deslocados e arredios à felicidade.

b) aprazíveis assim? / meio deslocado e arredio à felicidade.

c) aprazível assim? / meios deslocados e arredio à felicidade.

d) aprazível assim? / meio deslocados e arredios à felicidade.

e) aprazíveis assim? / meios deslocado e arredios à felicidade.


751) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como

acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.

Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados


biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a redação escrita a partir do texto está correta
quanto à concordância das palavras, de acordo com a norma-padrão da língua.

a) Os novos modelos de carteira de habilitação serão muito diferente dos


documentos anteriores.

b) Com a nova proposta, os exames médicos serão realizados em menor intervalos


de tempo do que os atuais.

c) Ocorrerá mudanças profundas tanto no documento físico como nas informações


cadastrais dos motoristas.

d) O novo documento, com todas as mudanças previstas, depende do


desenvolvimento da tecnologia necessária.

752) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua na frase:

a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.

b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado por
volta de 2,5 milhões de anos atrás.

c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas


familiares poderiam ser muito bem observadas.

d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam
com os chimpanzés, os babuínos e os elefantes.

e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam à
Lua.

753) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais
revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do período ―Além da óbvia extensão da


floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.‖ (6º parágrafo) está correta
quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão.

a) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas


qualquer outras atividades de fiscalização.

b) Além da óbvia extensão da floresta, existe outros fatores que tornam complexas
qualquer outras atividades de fiscalização.

c) Além da óbvia extensão da floresta, sabem-se de outros fatores que tornam


complexa quaisquer outras atividades de fiscalização.

d) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas


quaisquer outras atividades de fiscalização.

e) Além da óbvia extensão da floresta, existem outros fatores que torna complexas
quaisquer outras atividades de fiscalização.
754) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.

Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente
uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.

Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as


frustrações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e
conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga.

Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos


1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa
instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a
autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida.

A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal


à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e
o agora!

Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece


uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em
educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons
resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de
atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e
os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher
seus frutos.

Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser
frustrantes.

(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a frase, formulada a partir das ideias do terceiro
parágrafo, está correta quanto à concordância verbal e nominal estabelecida pela
norma-padrão da língua portuguesa.

a) Conduzida pela Universidade de Stanford, nos EUA, pesquisas avaliaram o nível


de autodisciplina de algumas crianças submetida a teste.

b) Dados interessantes acerca do comportamento humano foram revelados pelos


estudos dedicados à capacidade de resistência dos indivíduos.

c) Segundo os resultados que se obteve, alcançou mais sucesso na vida as


crianças que não se iludiram com recompensas imediatas.

d) Algumas crianças, por elas mesmos, isto é, sem interferência dos adultos,
superou a tentação de uma premiação imediata.

e) Fazem aproximadamente cinquenta anos que a Universidade de Stanford,


cotada entre as mais conceituada do mundo, decidiu desenvolver essa pesquisa.

755) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Os celulares ________ aplicativos que permitem ________ pessoas agir com


independência em algumas situações, ________ uma consequência negativa pode
ser o isolamento social, a ausência de contato humano.

Para que a frase esteja correta, de acordo com a norma-padrão da língua


portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:

a) tem ... às ... porém

b) tem ... as ... quando

c) tem ... às ... portanto

d) têm ... às ... porém

e) têm ... as ... quando

756) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua em:

a) Apresentou-se três maneiras de melhorar a capacidade de memorização, mas


devem haver uma infinidade de métodos igualmente eficazes.

b) Quem nunca passou pelo constrangimento de esquecer o nome de pessoas que


tinham acabado de conhecer, pedindo-lhe que os repetisse posteriormente?
c) São importantes adquirir meios para ampliar nossa capacidade de memorizar,
da qual depende nossas histórias pessoais e nossa própria identidade.

d) É sempre válido aprender técnicas de memorização, especialmente quando se


tratam de exercícios simples, como rabiscar enquanto se assistem a uma palestra.

e) Mesmo indivíduos com uma excelente memória têm episódios de esquecimento,


os quais se tornam frequentes em momentos de estresse.

757) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro


parágrafo apresenta concordância de acordo com a norma-padrão:

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito.

a) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios


abertos, também foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.

b) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para
escritórios abertos, tais como foi transferido por muitos executivos.

c) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório


aberto, como feito por Chris Nagele.

d) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos
por outros executivos do setor.

e) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios


abertos, o que só aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.

758) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, ―é que você anda, anda, anda e nunca
chega a Ipanema‖. Se tomarmos ―Ipanema‖ ao pé da letra, a frase é absurda e
cômica. Tomando ―Ipanema‖ como um símbolo, no entanto, como um exemplo de
alívio, promessa de alegria em meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de
um triste realismo: o problema de São Paulo é que você anda, anda, anda e nunca
chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns
raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.

O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em


cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas
avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho
do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores
evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango,
barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.
Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco
anos vivendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus.
Agora, aos domingos, corro pela Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho
testando diferentes percursos. Corri em volta do parque Buenos Aires e do
cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas encostas do
Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de
atividades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.

(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha.


Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>.
Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa que dá nova redação à passagem –

O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em


cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. – atendendo à norma-
padrão de concordância.

a) Os paulistanos não jogam a toalha – acham preferíveis estendê-la e se deitar


em cima, caso lhes deem dois metros quadrados de chão.

b) Para os paulistanos, não se joga a toalha – é preferível que seja estendida, para
que possam deitar-se sobre ela, caso lhes sejam dados dois metros quadrados de
chão.

c) A maior parte dos paulistanos, contudo, não são de jogarem a toalha – acha
preferível elas serem estendidas e deitar-se em cima, caso lhe seja dado dois
metros de chão.

d) Mais de um paulistano não são de jogar a toalha – acham preferíveis estendê-la


e se deitarem em cima, caso se dê a eles dois metros de chão.

e) Cem por cento dos paulistanos não joga a toalha – acha preferível estendê-la
para que se deite sobre elas, caso seja dado a eles dois metros quadrados de chão.
759) Concurso: Tel/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp

Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que


as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou
brincam pouco, no ―mundo real‖, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa
foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro
a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.

Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se


enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que
afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas


passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para,
inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da
pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades
esperadas para essa faixa.

O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas


sim a falta de brincadeiras no ―mundo real‖.

―O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades


que estimulem a criatividade‖.

Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem
noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/uso-de-eletronicos-em-
excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp.Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que


estimulem a criatividade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das
palavras, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, em:

a) Precisam ser oferecidas a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.

b) Precisa ser oferecida a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.

c) Precisa ser oferecidas a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.

d) Precisam ser oferecida a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.

e) Precisam ser oferecida a essas crianças atividades que estimule a criatividade.


760) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia a mensagem a seguir.

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-


padrão da língua portuguesa, as lacunas dessa mensagem.

a) anexado… distribuída… definida

b) anexado… distribuídas… definido

c) anexada… distribuídas… definida

d) anexada… distribuída… definido

e) anexada… distribuídas… definido

761) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das ideias do texto, está
correta quanto à concordância verbal.

a) Existe pessoas que vem aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não,
parte rapidamente.

b) Existe pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não,
partem rapidamente.

c) Existem pessoas que vem aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não,
partem rapidamente.

d) Existem pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não,
parte rapidamente.

e) Existem pessoas que vêm aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não,
partem rapidamente.
762) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)


Considere a frase:

Boston, ________ a outras cidades universitárias do mundo, é a que _________


mais intelectuais talentosos.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas dessa frase


devem ser preenchidas, respectivamente, por:

a) comparada ... reúnem

b) comparado ... reúnem

c) comparada ... reúne

d) comparados ... reúne

e) comparadas ... reúnem

763) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.

Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as


consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar
42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal prevista pela


norma-padrão.

a) Os testes para verificar se a emissão de gases poluentes eram adequadas foram


falsificados pela montadora.

b) A sustentabilidade é essencial para corporações que desejam estar alinhadas


com as expectativas dos consumidores.

c) Os investidores, antes de aplicar seu dinheiro nas empresas, analisa se elas


seguem padrões administrativo corretos.

d) Eficiência econômica, justiça social e governança corporativa são valores, hoje


em dia, muito prestigiado pela sociedade.

e) A honestidade e a eficiência na gestão administrativa têm sido imprescindível


para os consumidores conscientes dos seus direitos.

764) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.
Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta


a alternativa:

a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade
quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade
quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade
quando se empregam gírias ultrapassadas na comunicação.

d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade
quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade
quando se emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
765) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

A gente ainda não sabia

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.


E pensava-se que nalgum lugar, muito longe, deveria haver num velho poste uma
tabuleta qualquer
– uma tabuleta meio torta e onde se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO.
Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim e não havia remédio senão
irmos andando às tontas como formigas na casca de uma laranja.
Como era possível, como era possível, meu Deus, viver naquela confusão?
Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...
(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de
acordo com a norma-padrão de concordância.
a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.
b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.
c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.
d) E pensavam-se em lugares muito distante.
e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.

766) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a foto que retrata os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

(https://pbs.twimg.com/media/DDIP9HWW0AEwDsr.jpg)
Assinale a alternativa em que a frase elaborada a partir da foto está redigida
corretamente quanto à concordância verbal.

a) A bordo do navio General Meighs, tropa brasileira vão à Itália para lutar contra
os exércitos de Hitler e de Mussolini.

b) Soldados brasileiros, que fariam parte dos mais de 25 mil enviados pelo país,
iniciam a travessia do Atlântico rumo à guerra na Europa.

c) A partir de julho de 1944, zarpou dos portos brasileiros os navios que levariam
os soldados da FEB para a Europa.

d) Dos soldados brasileiros que participaram da Segunda Guerra, quase 49% eram
civis que não tinha treinamento militar.

e) Apenas ao chegar à Itália é que os combatentes da FEB entraram em contato


com os armamentos que usaria.

767) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

A alternativa correta quanto à concordância nominal encontra-se em:

a) Os elevadores modernos são normalmente decorado com espelhos de grandes


dimensões.

b) Olhar-se no espelho e conferir se cabelos e roupa estão arrumadas faz parte da


rotina.

c) No passado, os espelhos estavam entre os objetos mais cobiçado pelas pessoas.

d) Para mostrar o alto valor dos espelhos, o autor os compara a pinturas de


renomados artistas.

e) Segundo o antropólogo da PUC-RJ, ter espelhos pendurado pela casa é prática


recente.

768) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?

Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.
Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal

No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase


citada pelo autor deveria ser:

―Não se sabe há quanto tempo…‖.

Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado
com o mesmo sentido dessa frase.

a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.

b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.

c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.

d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.

e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.


769) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?

Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.

Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal estabelecida
pela norma-padrão.

a) São habituais nos programas humorísticos a presença de personagens chatos.

b) Em reuniões de amigos, aqueles que usam palavras incomuns frequentemente é


discriminado.

c) Há pessoas que se empenham em conhecer detalhadamente vinhos e pratos


saboroso e raros, mas descuida da comunicação.

d) Existe, mesmo entre pessoas com nível superior, profissionais que não têm
conhecimento da norma-padrão.

e) É coerente as personagens empregarem linguagem coloquial, no entanto, para


o autor, não deve haver exageros.

770) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

No que se refere à concordância padrão, a frase correta é:

a) Os tormentos e a angústia inerentes ao processo de criação são alvos de queixa


de escritores talentosos.

b) Silêncio e solidão estão entre os requisitos que escritores dizem serem essencial
para realizar seu ofício.

c) As vozes esganiçadas que repercute no aeroporto não chegam a ser um


empecilho para ele escrever.

d) A comparação com a obra de grandes autores, como Machado de Assis, Gógol,


Faulkner e Dante Alighieri, inibiam o autor.

e) Dois anos se passou para que, finalmente, Drauzio Varella terminasse de


escrever seu último livro.

771) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

A frase escrita em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, no que


se refere à concordância, é:

a) Muitas pessoas tem negligenciado as horas de sono, o que levam a vários


problemas de saúde.

b) É no período do sono que precede imediatamente o estado de vigília que ocorre


os sonhos.
c) As horas dedicadas ao sono devem ser respeitadas por quem deseja ter uma
vida saudável.

d) Alguns sonhos se tornam recorrente, e deve ser dado especial atenção a sua
interpretação.

e) O sono, segundo explicam os especialistas, é essencial para que seja consolidado


a memória.

772) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)


Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôsde Crédito mostra que 59


milhões de consumidores não pode obter novos créditos.

b) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram com que muitas


empresas optassem por manter seus funcionários.

c) A mudança de direção da economia fazem com que se altere o tamanho das


jornadas de trabalho, por exemplo.

d) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, enfrentam grande


dificuldade para obter novos recursos.

e) São as dívidas que faz com que grande número dos consumidores não estejam
em dia com suas obrigações.

773) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)


Em norma-padrão e com base nas informações apresentadas, outro título possível
ao texto é:

a) Para enfrentar tragédias, ocorrerá trocas de experiências entre Minas Gerais e


Japão.

b) Haverá trocas de experiências entre Minas Gerais e Japão para enfrentar


tragédias.

c) Para enfrentar tragédias, Minas Gerais e Japão se une na troca de experiências.

d) Troca de experiências para enfrentar tragédias nortearão parceria entre Minas


Gerais e Japão.

e) Deverá servir de referencial para parceria entre Minas Gerais e Japão as


tragédias ocorridas.

774) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Não tem jeito! Ficar reclamando da má sorte, que as dificuldades são muitas, que a
vida está difícil, não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém.
Atitude como essa apenas demonstra o lado pessimista e características de alguém
que não consegue perceber que oportunidades são criadas.

Às vezes ouço pessoas comentando: ―fulano tem muita sorte! As coisas acontecem
para ele com facilidade!‖ Engano! Para que existam resultados, é preciso empenho,
energia, dedicação, coragem e uma dose de ousadia.

Aquilo que os outros entendem por ―sorte‖ é o resultado, na maioria das vezes, de
muito trabalho. Desde o cuidado com os relacionamentos, à conduta ética ao longo
da carreira e à confiança conquistada por um histórico de bons trabalhos realizados
com competência.

As grandes verdades são que viver não é para fracos e que oportunidades não
caem no colo de ninguém. É preciso agir. Costumo dizer que o ser humano é o
único animal capaz de enganar a si próprio.

Aprender habilidades novas requer paciência consigo mesmo, e persistir apesar das
dificuldades iniciais é o que, de fato, leva ao aprendizado.

Talvez seja essa uma das características entre as mais desejadas nos profissionais:
a capacidade de persistir. Mostrar interesse e motivação para aprender o novo e
novas competências. Suportar as frustrações iniciais e se empenhar.

Enfim, viver é diferente de ―ir durando‖, como dizia uma colega.


Há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem
suas escolhas, e aquelas que deixam a vida decidir por elas.

(Adriana Gomes, Você decide ou decidem por você. Folha de S.Paulo, 22.11.2015. Adaptado)

A alternativa em que a concordância verbal está correta, segundo a norma-padrão,


é:

a) Bastam o acaso e a sorte para vencer na vida?

b) É do trabalho que muitas vezes resultam sorte para os que querem vencer.

c) Algumas atitudes que a pessoa tem aponta para o pessimismo exagerado.

d) Os que sabem o que querem são os que pode se dar bem.

e) Nenhum dos que se acomodam conseguem ter sucesso.

775) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que apresenta concordância nominal de acordo com a norma-


padrão.

a) Já avisaram que os ingressos posto à venda estão esgotadíssimos.

b) Comenta-se que a enchente deixou irrecuperáveis as estradas vicinais.

c) Saímos atrasado de casa e tivemos de pedir moedas emprestado ao jornaleiro.

d) Encerrada mais cedo, a sessão de hoje não foi nada proveitoso.

e) Combinamos de enviar anexo todas as notas fiscais do combustível consumido.

776) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a concordância, verbal e nominal, está de acordo com


a norma-padrão.
a) Tantas horas vendo tevê deixa as pessoas totalmente alienada da vida.
b) Há artigos que dizem que ver televisão demais é prejudicial à atenção.
c) Segundo o que li, ainda existe pessoas que consome tempo vendo programa
ruim.
d) Fazem anos que eles só veem televisão e não se dedica à leitura informativa.
e) Nos tempos atuais, a tevê e o celular já tomou conta de tudo e de todos.
777) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância padrão.

a) Uma classe de estudantes do Fundamental parecia estar invadindo a piscina do


prédio.

b) Com os ouvidos tapados pela touca de borracha, tornaram-se difíceis


compreender os gritos.

c) A mãe, uma babá e uma empregada, pelo que o autor pôde deduzir, tirou a
roupa do garoto.

d) Dedicado a cuidar do outro garoto, mais uma babá se juntou às mulheres em


volta da piscina.

e) A ajuda das mulheres poderia ser justificado caso o garoto tivesse algum
problema motor.

778) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.

Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Havia uma vitrola e, para


permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco
para tocar. – de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.

a) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma


das que se dispôs a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinil para tocar.

b) Existiam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável,


uma das que se dispuseram a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinis para
tocar.

c) Existia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma


das que se dispôs a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinis para tocar.
d) Haviam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma
das que dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.

e) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradáveis, uma


das que se dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.

779) Concurso: Ag Adm /IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) No fumódromo, houve uma média de 66 mcg/m3 de partículas respiráveis no ar


(poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos de 900.

b) Embora se saiba dos riscos que o cigarro traz à saúde, não se conhece
exatamente os efeitos para as pessoas do fumo passivo em lugares abertos.

c) A exposição das pessoas às substâncias tóxicas do cigarro em áreas ao ar livre


também podem causar prejuízos para a saúde.

d) Na primeira frente, usou-se um aparelho para medir a qualidade do ar na área


onde as pessoas podia fumar, localizada no bosque do hospital.

e) Existe estudos que comprovam a relação entre a exposição involuntária à


fumaça de cigarro e o aumento do risco de doenças pulmonares e cardiovasculares.
780) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a frase está redigida de acordo com a norma-padrão


de concordância nominal e verbal.

a) Só existia nas lojas de brinquedo pias rosas e lilases.

b) Os avós dele achou estranho o presente até eu levá-los à reflexão.

c) Basta-nos pensar que nossos filhos são figuras únicas.

d) As vendedoras alertaram que nenhum desses brinquedos eram de meninas.

e) E só daí foi percebido por meu pai as bobagens que fazia.

781) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na
verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um
filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é
verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por
isso?

Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem
lucra com a pirataria digital. Em outras palavras, a crença que circula de boca em
boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam
esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem
assim que funciona.

O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos
autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples:
a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização
ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo.

(Vinicius Munhoz, Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em:
www.tecmundo.com.br. 14.07.2015.)

Uma frase escrita em conformidade com a norma culta e coerente com o que se
afirma no trecho do texto – O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de
obras que possuem direitos autorais configura crime. – é:

a) Está sendo feito o download das obras que tem direitos autorais, embora o STJ
tenha esclarecido deque é crime.

b) O download de obras com direitos autorais constitui crime, conforme expresso


reiteradamente pelo STJ.
c) Apesar do STJ já ter avisado de que é crime fazer download de obras
desrespeitando os direitos autorais, isto vêm acontecendo.

d) Não é novidade que são criminosos, segundo o STJ, quem se dedica a fazer
download de obras que dispõe de direitos autorais.

e) Tratam-se de crimes praticar o download de obras que mantém direitos autorais,


o que já foi denunciado pelo STJ.

782) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bitucas jogadas no chão em SP enchem um apartamento por dia

Ao final de cada dia, o paulistano descarta 34 milhões de bitucas de cigarro nas


ruas. Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar, mas os restos
equivalentes ao consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro dariam para encher
um apartamento de 70 metros quadrados. O cálculo é da organização social ―Rede
Papel Bituca‖.

Para lidar com o problema, empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido,
de forma tímida, nos seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ – equipamento que
acondiciona o resíduo. E, na capital paulista – onde regiões com grande circulação
de pessoas, ambientes com alto nível de estresse ou que concentram bares são as
mais infestadas pelas bitucas –, um projeto de lei tramita desde o ano passado com
proposta que prevê multa de até R$ 100 para o ―sujão‖ flagrado.

O treinador de corretores de imóveis, R. Silva, 33, trabalha em uma dessas regiões.


Quatro vezes ao dia, ele repete o mesmo ritual: sai do ambiente de trabalho para
fumar. Quando o cigarro chega ao fim, o destino é um só: a rua. ―Sempre jogo a
bituca na vala. Nunca na calçada, porque a chuva vem e leva‖, diz.

Silva diz que dessa forma ―diminui o dano‖ devido à falta de um lugar adequado na
região para dar um fim à bituca.

―A bituca em contato com a água libera substâncias tóxicas e também acaba


entupindo a rede pluvial da cidade. Além de, visualmente, fomentar uma paisagem
de degradação‖, afirma Rafael Rodrigues, 31, gestor da Rede Papel Bituca. As
pontas de cigarro também provocam incêndios. Em 2013, o Corpo de Bombeiros
conteve 530 ocorrências do tipo apenas na capital.

Segundo Cleide Sousa, doutora em psicologia ambiental da UnB (Universidade de


Brasília), bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖.
Para a pesquisadora, o ato mostra ―falta de informação‖ e representa uma ―atitude
egoísta‖. ―Quem joga uma bituca no chão não faz uma autocrítica em relação ao
próprio comportamento e sempre joga a responsabilidade para o poder público.
Mas há uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em
consideração‖, explica a especialista.

(Dhiego Maia. In: http://goo.gl/nJnbbr. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a concordância verbal e


nominal está correta em:

a) Ao final de cada dia, existe 34 milhões de bitucas de cigarro espalhadas pelas


ruas paulistanas.

b) Regiões com bares e grande circulação de indivíduos é a que mais acumula


bitucas pelas calçadas.

c) As pessoas que jogam pontas de cigarro no chão não fazem uma crítica a si
mesmas e põem a culpa no poder público.

d) Os restos de 1,7 milhão de maços de cigarro preencheria um apartamento de


70 metros quadrados.

e) No ano de 2013, houve na capital paulista 530 ocorrências de incêndio que foi
contida pelo Corpo de Bombeiros.

783) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa cuja frase está escrita de acordo com a norma-padrão de


concordância verbal e nominal.

a) Aos fins de semana, meu filho sempre traz consigo roupas para lavar, as quais
enchem uma mala.

b) Lavar roupas exige várias habilidades: uma delas é saber como funciona as
máquinas de lavar.

c) Aprender a lavar roupas exigem atenção à quantidade de sabão e de água que


se adiciona à máquina.

d) O conhecimento dos tecidos são importante para usar o ferro de passar roupa
corretamente.

e) São necessários paciência e atenção para se pôr em prática as instruções do


manual do ferro de passar roupa.
784) Concurso: Aux Esc/CM Marília/2016 Banca: VUNESP

A frase escrita em conformidade com a norma-padrão de concordância e de


regência é:

a) A França não mantém a tradição de plantar café, embora a sua exportação lhe
seja lucrativo.

b) Divulgado por Gaspari, as notícias relativas do mercado de café parecem ser


muito positivas.

c) Fazem alguns anos que o Brasil se limita de importar café em cápsula de países
europeus.

d) As pessoas vêm se queixando de que os meios de comunicação privilegiam as


más notícias.

e) Não se questiona de que nossos cafeicultores sejam capaz de competir no


mercado internacional.

785) Concurso: Recep/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que

bem entendesse – antes, ela sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele
sempre queria pôr em português, ―pra entender‖: acabavam nem praticando nem
entendendo, mas discutindo. Mas, mesmo em quartos separados, as rusgas
continuavam.
A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata,
“O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa correta


no que se refere à concordância verbal e nominal.

a) Ao brigarem por como descascar mexericas, o casal acreditou que era necessário
algumas horas de solidão, que as levou à separação.

b) Ao brigarem por como descascar mexericas, o casal acreditou que eram


necessários algumas horas de solidão, que o levou à separação.

c) Ao brigarem por como descascar mexericas, o casal acreditou que era necessária
algumas horas de solidão, que o levou à separação.

d) Ao brigar por como descascarem mexericas, o casal acreditou que eram


necessários algumas horas de solidão, que as levou à separação.

e) Ao brigar por como descascar mexericas, o casal acreditou que eram necessárias
algumas horas de solidão, que o levaram à separação.
786) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.

Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)


A frase em que a concordância está em conformidade com a norma-padrão da
língua portuguesa é:

a) De criatividade e determinação dependem o sucesso.

b) Já surgiu vários cursos para desenvolver a criatividade.

c) Há técnicas que são capaz de aumentar a criatividade.

d) Nós todos temos condições de se tornar criativos.

e) Todos têm a capacidade de tomar decisões criativas.

787) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Quanto à concordância, respeitando-se a norma-padrão da língua portuguesa, está


correta a frase:

a) Existe roupas que tem significados importantes para os seus donos.

b) Houve instantes em que o táxi e o casaco foram quase alcançados.

c) As amigas, depois de recuperado o casaco, se abraçou com emoção.

d) Os maridos das amigas as olhava muito surpresos diante do ocorrido.

e) A história do casaco permanecem nas lembranças das duas amigas.

788) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.
Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

A forma verbal destacada neste trecho do 3º parágrafo – Choveram justificativas e


até acusações para explicar as situações… – pode ser substituída, conforme a
norma-padrão da língua, por:

a) Houve.

b) Surgiu.

c) Apareceu.

d) Foi apontado.

e) Foram citado.
789) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sem ilusionismo

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de
submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos
fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para


bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro
para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu


salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora
de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é
que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já


paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. ―Mas como cortar despesas num país
tão carente?‖, ponderam alguns. ―Como propor mais tempo de trabalho para quem
está próximo de encostar a chuteira?‖, questionam outros. O caminho do equilíbrio
nunca foi uma via fácil.

O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema


ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá
mágico que consiga mudar essa realidade.

(Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Ao empregar no plural o termo destacado na frase – Não haverá mágico que


consiga mudar essa realidade. –, a redação correta, conforme a norma-padrão,
será:

a) Não haverá mágicos que consigam mudar essa realidade.

b) Não haverá mágicos que consiga mudar essa realidade.

c) Não haverão mágicos que consigam mudar essa realidade.

d) Não haverão mágicos que consiga mudar essa realidade.

e) Não haverão mágicos que consigam mudarem essa realidade.


790) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

A frase redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa é:

a) A grande quantidade de satélites que beiram o sol e a lua tornou os discos


voadores menos atraentes.

b) Algo mais sensacional e comovente estão tomando a atenção daqueles aos quais
olham para o céu do Rio de Janeiro.

c) À contemplar um drama bem antigo, foi formado dois partidos na cidade: o das
pombas e o do gavião.

d) O autor alegou de que os gaviões comem suas pombas com a mesma inocência
com que tal come o seu milho.

e) É impossível pomba e gavião conviver sem que exista confrontos de algum tipo,
pois este se alimenta daquelas.

791) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) No fumódromo, houve uma média de 66 mcg/m3 de partículas respiráveis no ar


(poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos de 900.

b) Embora se saiba dos riscos que o cigarro traz à saúde, não se conhece
exatamente os efeitos para as pessoas do fumo passivo em lugares abertos.

c) A exposição das pessoas às substâncias tóxicas do cigarro em áreas ao ar livre


também podem causar prejuízos para a saúde.

d) Na primeira frente, usou-se um aparelho para medir a qualidade do ar na área


onde as pessoas podia fumar, localizada no bosque do hospital.

e) Existe estudos que comprovam a relação entre a exposição involuntária à


fumaça de cigarro e o aumento do risco de doenças pulmonares e cardiovasculares.

792) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal.

a) Existem várias pesquisas cujo intuito é diagnosticar os problemas que


comprometem a atuação adequada dos funcionários de uma instituição.

b) Consultores, como Jim Greenaway, acredita que o profissional comedido nas


atitudes tende a ser bem--vindo no grupo de trabalho.

c) Os 848 profissionais dos EUA que foram submetido à pesquisa avaliaram o papel
do tagarela no dia a dia de uma empresa.

d) Conversa breve nos corredores durante o expediente podem gerar maior


interação entre aqueles que dividem o mesmo local de trabalho.

e) Irritante, os colegas tagarelas não notam o quanto interferem na rotina dos


demais colaboradores, o que gera descontentamento.

793) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.
O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do
Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

A forma verbal em destaque está substituída corretamente, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, por

a) existe.
b) têm sido realizado.
c) se realiza.
d) têm ocorrido.
e) acontece.
794) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação


Considere a seguinte passagem do texto, à qual foram acrescidas lacunas:

As pessoas usam casacos ______ de couro, mas não sei se aceitariam roupas
______ de pelo de cão.

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de


acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) feito ... feito

b) feito ... feita

c) feito ... feitas

d) feitos ... feitos

e) feitos ... feitas

795) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)


Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

a) No Cieja Campo Limpo, não há advertências aos estudantes nem se faz períodos
de recuperação.

b) No Cieja Campo Limpo, não se faz advertências aos estudantes nem se dedica
períodos à recuperação.

c) No Cieja Campo Limpo, não se fazem advertências aos estudantes nem existem
períodos de recuperação.

d) No Cieja Campo Limpo, não se fazem advertências aos estudantes nem existe
períodos de recuperação.

e) No Cieja Campo Limpo, não existe advertências aos estudantes nem se dedicam
períodos à recuperação.

796) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)

Para responder à questão, considere a seguinte passagem:

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão.

No trecho – Há teorias evolucionistas… –, a substituição do verbo destacado está


de acordo com a norma-padrão de concordância em:

a) Deve existir.

b) Vão haver.

c) Podem haver.

d) Existem.

e) Podem existirem.

797) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do enunciado a


seguir, observando a concordância nominal e verbal de acordo com a norma-
padrão.

Mais de um conhecido meu não __________ gentilezas, infelizmente. Para alguns,


certos gestos __________ coisa de idiota, de gente __________ fora de moda.
Com esses, é __________ paciência.

a) praticam … constituem … meia … necessária

b) pratica … constitui … meia … necessário

c) pratica … constitui … meio … necessária

d) praticam … constitui … meio … necessário

e) pratica … constituem … meio … necessário


798) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Quanto à concordância verbal padrão, está correta a frase:

a) As pessoas menos desconfiadas alcançam maior êxito em termos financeiros.

b) Devem haver muitas pessoas capazes de mentir para conquistar o que deseja.

c) Fazem alguns meses que o resultado da pesquisa dos alemães foi divulgado.

d) Constataram-se que muitas pessoas apresentava um elevado grau de ceticismo.

e) No cotidiano dos céticos, surge obstáculos que os leva a receber menos dinheiro.

799) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

A frase em que a concordância nominal se dá em conformidade com a norma-


padrão da língua portuguesa é:

a) Naquela ocasião, podiam ser ouvido, ao longe, grilos e vozes de animais


noturnos.

b) Casa, comida e uma simples companhia deveriam ser suficiente para sermos
feliz.

c) Os gestos daquele velho caboclo do Acre tornaram -se inesquecível para o autor.

d) Na choupana do velho seringueiro, foi oferecido ao autor uma deliciosa refeição.

e) Os prazeres proporcionados pelo cigarro e pela bebida acabam sendo ilusórios.

800) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.
Nas frases adaptadas do texto, a concordância está de acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa em:

a) Nos almoços de domingo, acontecia brigas que depois continuavam nas redes
sociais.

b) Muitos seguidores do WhatsApp costuma colecionar diálogos engraçados que


tem com as mães.

c) O choque de gerações causam os mal-entendidos que fazem sucesso na internet.

d) O uso da internet por outras gerações constituem, certamente, um ponto


positivo.

e) O grupo de amigos não aprovou que conversas deles fossem vistas pela mãe de
Diogo.

801) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação


A frase em destaque, no primeiro parágrafo, está corretamente reescrita, de acordo
com a norma-padrão, quanto à concordância e à regência verbais, em
a) Faz cinco anos, a escritora americana Susan Maushart convenceu-se de que a
sua relação com os três filhos adolescentes estava se deteriorando.
b) Fazem cinco anos, a escritora americana Susan Maushart convenceu-se que a
sua relação com os três filhos adolescentes estava se deteriorando.
c) Faziam cinco anos, a escritora americana Susan Maushart convenceu por que a
sua relação com os três filhos adolescentes estava se deteriorando.
d) Faz cinco anos, a escritora americana Susan Maushart convenceu-se em que a
sua relação com os três filhos adolescentes estava se deteriorando.
e) Fazem cinco anos, a escritora americana Susan Maushart convenceu-se com
que a sua relação com os três filhos adolescentes estava se deteriorando.

802) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre


O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),
o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.
O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,
custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.
―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.
(http://g1.globo.com. Adaptado)

“Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente”, declarou Hawking.

No contexto dado, as formas verbais devem existir e exista podem ser


substituídas conforme a norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente, por:

a) devem haver e houver.

b) devem haver e há.

c) deve haver e haver.

d) deve haver e haja.


803) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.

O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

A frase escrita de acordo com as regras de concordância nominal da norma-padrão


da língua portuguesa é:

a) Foi anunciado, pela OEA, a aprovação da Convenção Interamericana sobre a


Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas.

b) Novos direitos significativos frente ao desafio regional de pensar políticas


públicas são estabelecidas na convenção.

c) O desenvolvimento efetivo de um sistema integral de assistência e apoio às


pessoas idosas está implicado no direito ao cuidado.

d) Está previsto uma mudança de paradigma na concepção tradicional de


abordagem de políticas públicas na matéria.

804) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os


brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional
de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que faltaram ao trabalho pelo
menos um dia alegaram ter tido gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013,
em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
tem, portanto, base de comparação.

Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio
Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e
irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não
ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias, requer
repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e
antitérmicos.

(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE”.
www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)

A forma verbal em destaque em cada alternativa está empregada corretamente, no


que se refere à concordância padrão da língua portuguesa, em:

a) Em alguns casos de resfriado, ocorre febres isoladas, mais brandas que em


estados gripais.

b) Coriza, cabeça pesada e irritação na garganta faz parte do quadro de sintomas


do resfriado.

c) Geralmente, as pessoas com gripe utiliza medicamentos sem a devida


orientação profissional.

d) Entre as causas das ausências no trabalho, está o mal-estar característico de


gripes e resfriados.

e) Dados de pesquisa divulgada pelo IBGE revela os principais motivos de faltas


ao trabalho.

805) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um tiro no escuro

– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.

– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.

Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.

Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.

Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em


casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.

Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.

(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

A concordância nominal está em conformidade com a norma-padrão da língua


portuguesa em:

a) Mesmo tudo parecendo meio permitido, o respeito ao próximo e o amor à família


eram indispensável às relações humanas.

b) Bloqueada pela força do tecido, segundo conta o narrador, a pequena bala não
chegou nem a esfolar o irmão.

c) Na década de 1980, época da infância do narrador, as espingardas de pressão


eram popular entre os garotos.

d) Há alguns anos, havia muitos motorista desatento à necessidade do uso do cinto


de segurança.

e) Hoje, os brinquedos de crianças parecem mais arredondados, mas não há como


evitar os arranhões característico da infância.
806) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.

O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.

Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo


Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do texto está coerente com seu sentido
original e em conformidade com a norma-padrão.

a) ... a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista... (segundo parágrafo)

= ... a maior parte do material bélico com o qual se pratica crimes em território
paulista...

b) ... proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados... (terceiro parágrafo)
= ... valores que sobe para 82% quando se levam em conta somente o material
confiscado...

c) ... costuma ser usado por quem apregoa a facilitação do comércio de armas...
(quarto parágrafo)

= ... costuma ser usado por aqueles que apregoam a facilitação do comércio de
armas...

d) ... isso significa que um dia eles foram vendidos legalmente no país. (quinto
parágrafo)

= ... isso significa que um dia legalmente se vendeu esses artefatos no país.

e) Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida...


(sexto parágrafo)

= Ou seja, se existe muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida...

807) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, a lacuna na fala da


personagem deve ser preenchida com:

a) a quatro meses

b) há quatro meses

c) à quatro meses

d) fazem quatro meses

e) tem quatro meses


808) Concurso: Of Leg/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância, de acordo com a norma-


padrão da língua portuguesa.

a) Existe algumas questões a respeito da proibição que precisam ser discutidas.

b) Fazem alguns anos que ONGs de defesa das crianças lutam para coibir
propagandas abusivas.

c) Havia meses que a proposta para regulamentar a propaganda infantil vinha


sendo discutida.

d) Foi intenso o debate para definir quais produtos não poderia mais ser
anunciados.

e) A resolução não cita as empresas, mas sim qual produtos não poderão ser
anunciados.

Coerência, Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores -


Pronomes relativos, Conjunções)

809) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.
Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a variação da frase – ―…somos o país que usa cultura
como material de combustão.‖ – apresenta versão correta, quanto ao uso do
pronome, de acordo com a norma-padrão.

a) Somos o país do qual usa a cultura como material de combustão.

b) Somos o país de que usa cultura como material de combustão.

c) Somos o país no qual a cultura é usada como material de combustão.

d) Somos o país pelo qual usa a cultura como material de combustão.

e) Somos o país que a cultura é usada como material de combustão.


810) Concurso: Escr/UNIFAI/2019 Banca: VUNESP

Bartleby, o escriturário

Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall
Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de
seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e
discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior
ou menor medida, a um beco sem saída.
Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de
Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam‘s Magazine, pelos idos de
1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de
1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby
Dick.
Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall
Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história
de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger
Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.
Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos
conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo
que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura.
Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade
de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu
trabalho, com exceção das revisões de documentos em que seu patrão ou algum
dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as
cópias.
Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar- se a cumprir suas
obrigações, dizendo sempre a mesma frase, ―Prefiro não fazê-lo‖, atraindo a
insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez
menos produtiva labuta. Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa continuar
―trabalhando‖ e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga nas
dependências do escritório.
A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar -se dali, visto que
Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está
deixando seus nervos à flor da pele.
O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o
advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase
mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não
fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões
subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.
(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)
Considere as passagens:

● ... e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.

● ... e seu aspecto fantasmagórico está deixando seus nervos à flor da pele.

Os pronomes destacados referem-se, correta e respectivamente, às seguintes


expressões:

a) um dos funcionários; o advogado; o patrão; Bartleby.

b) Bartleby; Bartleby; o patrão; o advogado.

c) o advogado; o patrão; Bartleby; Bartleby.

d) um dos funcionários; o patrão; Bartleby; o advogado.

e) o patrão; Bartleby; Bartleby; o advogado.

811) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

Na passagem do primeiro parágrafo ―Foi a primeira vez que isso ocorreu em 22


anos.‖, o pronome em destaque refere-se

a) ao empobrecimento da população.

b) ao aumento da desigualdade.

c) à mudança do índice de medição da pobreza.

d) à retração da pobreza.

e) à superação de um problema recente.

812) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. 31.03.2018. http://cultura.estadao.com.br)


Na fala do primeiro quadrinho, o vocábulo melhor estabelece relação de

a) causa.

b) comparação.

c) adição.

d) negação.

e) consequência.

813) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo).

A expressão ―ou seja‖, em destaque na passagem, introduz, em relação ao trecho


que a antecede,
a) uma alternativa.
b) uma correção.
c) um testemunho.
d) um esclarecimento.
e) uma contradição.

814) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.
Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara
mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.
– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.
(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.


Na passagem ―blasfemou, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-
lhe o crânio‖, o trecho destacado expressa, em relação à ação de blasfemar, ideia
de

a) oposição.

b) modo.

c) consequência.

d) condição.

e) proporção.

815) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.

O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games


devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)


Na sequência em que ocorrem no texto, a expressão

a) ―vício em games‖ (título) é retomada pela expressão ―condição‖ (1º parágrafo).

b) ―última versão da CID‖ (1º parágrafo) é retomada pela expressão ―a nova


versão do guia‖ (1º parágrafo).

c) ―padrão de comportamento‖ (1º parágrafo) é retomada pela expressão ―qualquer


outro interesse‖ (1º parágrafo).

d) ―vícios em tecnologia‖ (3º parágrafo) é retomada pela expressão ―serviços mais


especializados‖ (3º parágrafo).

e) ―diagnóstico‖ (2º parágrafo) é retomada pela expressão ―distúrbio‖ (2º


parágrafo).

816) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o cartaz para responder à questão.

O trabalhador é tomado como interlocutor do cartaz, o que se evidencia por meio


do vocábulo

a) ―acaso‖.

b) ―acontecem‖.

c) ―seu‖.

d) ―orientação‖.

e) ―segurança‖.
817) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

―Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua
vida.‖ A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados
pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de
vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A
questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas
não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano
regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol
da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status,
dinheiro. Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque
é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete momentos de
entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que
sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia


nove anos sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O
patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou caro também. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em
ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e
viagens de barco.

(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Observa-se uma relação de causa e consequência, nessa ordem, na seguinte


passagem:

a) ―A questão é: trabalho é sempre trabalho.‖ (1º parágrafo)

b) ―‗Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em
sua vida.‘‖ (1º parágrafo)

c) ―Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o
lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.‖
(1º parágrafo)
d) ―Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que
se exerce.‖ (4º parágrafo)

e) ―Não, porque é digna a recusa à estagnação.‖ (2º parágrafo)

818) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.

Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há


dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)


Nos trechos ―Os números decepcionantes acentuam as dúvidas...‖ (1º parágrafo)
e ―A tímida evolução dos rendimentos...‖ (6º parágrafo), os adjetivos destacados
reportam à ideia de

a) retomada econômica vivida pelo país, a qual é repetida e contestada com a


frase do 7º parágrafo: ―A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda
desemprega.‖

b) esperança para a economia do país, a qual é resumida e confirmada com a frase


que inicia o último parágrafo: ―Ressalte-se que ainda existe crescimento...‖

c) viabilidade econômica do país, a qual é reiterada e explicada com a frase do 7º


parágrafo: ―...devido [...] à penúria orçamentária em todos os níveis de governo...‖

d) dificuldades econômicas vividas pelo país, a qual é reiterada e ratificada no final


do texto com a frase ―... é inegável o mal-estar na recuperação econômica‖.

e) estagnação econômica do país, a qual é retomada e contradita com a frase do


8º parágrafo: ―Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento
do pessimismo...‖

819) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como

acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.
Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados
biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)

O termo destacado na frase – Com isso, não haveria a necessidade de apresentar o


documento em uma blitz, por exemplo. – refere-se à seguinte informação do texto:

a) o novo modelo de carteira de habilitação, com formato de cartão de crédito.

b) as novas regras do Contran para gerenciar os dados cadastrais dos motoristas.

c) a utilização de dispositivos com tecnologia de leitura facial pelos agentes de


trânsito.

d) a criação de aparelhos capazes de ler as informações da carteira de habilitação.

820) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais
revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

Nas passagens ―… pelo mero estardalhaço de sua aproximação…‖ (4º parágrafo) e


―… mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.‖ (6º parágrafo), os
pronomes em destaque retomam, correta e respectivamente, as expressões

a) helicópteros e licença.

b) Ibama e extensão.

c) destruição e fiscalização.

d) atividade e floresta.

e) punição e exploração.
821) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

A forma pronominal -los, destacada ao final do primeiro parágrafo, retoma a


expressão

a) armazenamento de dados.

b) nossos dispositivos eletrônicos.

c) estudos científicos.

d) dados importantes.

e) dispositivos eletrônicos e internet.


822) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

Observa-se uma relação de consequência e causa, nessa ordem, entre os seguintes


trechos do texto, separados entre si pela barra:

a) Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda / –
mas você não está sozinho. (1º parágrafo)

b) ... o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos dispositivos


eletrônicos e à internet / em vez de guardá-los na cabeça. (1º parágrafo)

c) Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito Google‖ ou ―amnésia


digital‖, / um sintoma de um comportamento cada vez mais comum... (1º
parágrafo)
d) Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, / mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. (3º
parágrafo)

e) ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano
não considere útil gravar esses dados, / uma vez que é fácil encontrá-los de novo
rapidamente. (2º parágrafo)

823) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.
Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.
Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria
um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.
Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de
mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.
Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

O termo isso, em destaque no segmento do segundo parágrafo – … isso incluiria


discutir futebol com o pessoal da editoria de esporte, ir à esquina comer um
pastel… –, refere-se à seguinte informação do parágrafo anterior:

a) … eu me sentava a ela…
b) … escrevia o que tinha de escrever…
c) … relia para ver se era aquilo mesmo…
d) … fechava a máquina…
e) … ia à vida.
824) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(André Dahmer. Malvados. Disponível em


http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#19/9/2014. Acesso em 21.09.2016.
Adaptado)

Releia a fala do primeiro quadrinho.

No mundo atual, é preciso estar conectado durante vinte e quatro horas por dia.

Os termos destacados nessa fala formam expressões indicativas de lugar e de


tempo. Esses mesmos sentidos, de lugar e de tempo, estão presentes,
respectivamente, nos termos ou nas expressões destacados nos seguintes
segmentos do texto O substituto da vida:

a) Se trabalhasse num jornal… / … para ver se era aquilo mesmo…

b) Se já trabalhasse em casa… / Hoje, diante do computador…

c) ... reabria a máquina no dia seguinte. / Com o smartphone…

d) Quando me dou conta… / Se trabalhasse num jornal…

e) … já é noite lá fora… / Se já trabalhasse em casa…


825) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da


internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a frase mantém, com correção e coerência, o sentido
do texto.

a) Embora o profissional tenha o hábito de abreviar muitas palavras e usar


formatações incomuns em seus textos, deve perceber que esses são procedimentos
inapropriados, contudo sinalizam informalidade excessiva na comunicação.

b) Caso o profissional tenha o hábito de abreviar muitas palavras e usar


formatações incomuns em seus textos, deve perceber que esses são procedimentos
inapropriados, uma vez que sinalizam informalidade excessiva na comunicação.

c) Já que o profissional tem o hábito de abreviar muitas palavras e usar


formatações incomuns em seus textos, deve perceber que esses são procedimentos
inapropriados, a menos que sinalizem informalidade excessiva na comunicação.

d) Quando o profissional tem o hábito de abreviar muitas palavras e usar


formatações incomuns em seus textos, deve perceber que esses são procedimentos
inapropriados, mesmo que sinalizem informalidade excessiva na comunicação.

e) Se o profissional tem o hábito de abreviar muitas palavras e usar formatações


incomuns em seus textos, deve perceber que esses são procedimentos
inapropriados, a fim de que sinalizem informalidade excessiva na comunicação.

826) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.

O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do


primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.
A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis
para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Na frase – O mais significativo, em termos históricos, é... –, a palavra “O”, em


destaque, refere-se

a) ao livro que está sendo relançado por Rizzutti.

b) ao próprio autor do livro em relançamento.

c) a um dos documentos contidos no livro de Rizzutti.

d) a um dos pesquisadores que redesenham a trajetória de Domitila.

e) à confirmação da existência do primeiro filho de Domitila.

827) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Tato

Na poltrona da sala
as minhas mãos sob a nuca
sinto nos dedos
a dureza dos ossos da cabeça
a seda dos cabelos
que são meus

A morte é uma certeza invencível

mas o tato me dá
a consistente realidade
de minha presença no mundo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)
Nos versos – as minhas mãos sob a nuca – e – mas o tato me dá –, o sentido
expresso pela preposição sob e o expresso pela conjunção mas são,
respectivamente, de

a) posição lateral e conclusão.

b) posição paralela e explicação.

c) posição superior e adição.

d) posição contígua e comparação.

e) posição inferior e oposição.

828) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

Em conformidade com a norma-padrão, a lacuna na última frase do primeiro


parágrafo deve ser preenchida com

a) à qual

b) do qual

c) aonde

d) o qual

e) cuja

829) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.

Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

As palavras destacadas nas passagens – O que é a paixão senão um sentimento


imenso que nos tira a razão? / Muitos momentos, quando se é garoto, são como
fotografias, nas quais o maior sentimento que se expressa é a solidão. – podem
ser correta e respectivamente substituídas, sem prejuízo de sentido, por:

a) ou / que.

b) salvo / aonde.

c) a não ser / em que.

d) porém / cujas.

e) do contrário / que nelas.


830) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)
No trecho do terceiro parágrafo do texto – Todos sofrem disso. –, o termo
destacado refere-se ao fato de os homens

a) não resistirem a um pacotinho de batatas fritas.

b) ficarem com cara de buldogue ao emagrecerem.

c) terem dificuldade para perder a barriga.

d) frequentarem a academia em busca da barriga de tanquinho.

e) ao emagrecerem, ficarem com rostos compridos.

831) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. "Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)

No trecho ... onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse, lavasse e
passasse. –, o termo destacado refere-se à expressão
a) no passado.
b) ficar para tia.
c) dos pais velhinhos.
d) casa de algum irmão ou irmã.
e) pedaço de terra.

832) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser simples
a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e garantir o
acesso tempestivo a quem deles depende.
Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.
(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

Na passagem do ―Eles não têm como minorar o desconforto do doente...‖, o


pronome em destaque refere-se a
a) habitantes.
b) remédios gratuitos.
c) representantes do poder público.
d) pretextos burocráticos.
e) doentes da cidade.
833) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

No contexto do último parágrafo, a forma pronominal-los, em destaque no texto,


faz referência a:

a) filhos.
b) ensino.
c) valores.
d) preconceitos.
e) sociedade.
834) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

As frases na fala da personagem no 3º quadrinho – Todo mundo levou o lanche em


um saco de papel !!! – e – Eu me senti uma boba! – estabelecem entre si relação
de

a) condição e conformidade e podem ser ligadas por conforme.

b) tempo e modo e podem ser ligadas por quando.

c) causa e consequência e podem ser ligadas por então.

d) finalidade e proporção e podem ser ligadas por até.

e) oposição e contraste e podem ser ligadas por porém.


835) Concurso: Moto/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Considere o diálogo entre as personagens Hermes e Naná:

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase


a seguir:

No segundo quadrinho, pode-se afirmar que Naná emprega o pronome lhes


referindo-se aos ____________ e que o trecho – no que lhes concerne – pode ser
substituído, sem alteração do sentido do texto, por ____________.

a) banqueiros ... com que lhes cabe

b) banqueiros ... para que lhes interessa

c) jornalistas ... no que lhes compete

d) governantes ... no que lhes diz respeito

e) governantes ... com que lhes conclui


836) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

(Gazeta do Povo, 01.10.2014)

A conjunção que inicia a fala da personagem expressa sentido de

a) conformidade, o mesmo que a destacada em: Economizou bastante para o


casamento, segundo o pai o havia instruído.

b) explicação, o mesmo que a destacada em: Falava alto e com voz estridente,
pois queria ser ouvido por todos.

c) causa, o mesmo que a destacada em: Estava sozinha em casa e ouvia música
alto, já que se sentia desprotegida.

d) comparação, o mesmo que a destacada em: O bolo estava convidativo, e ele


comeu-o que nem uma criança gulosa.

e) consequência, o mesmo que a destacada em: Falou tão alto durante o evento
que acabou ficando sem voz.

837) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

O termo mas, em destaque, tem valor

a) adversativo, equivalendo a porém.

b) explicativo, equivalendo a porque.

c) conclusivo, equivalendo a portanto.

d) alternativo, equivalendo a ora.

e) aditivo, equivalendo a também.


838) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.

Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

Considere o segundo parágrafo para responder à questão:

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

A expressão os quais, em destaque, refere-se a

a) pesquisadores.

b) salários.

c) questionários.

d) pessoas.

e) participantes.
839) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.

O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

A palavra matéria, em destaque no segundo parágrafo, faz referência

a) à Organização dos Estados Americanos.

b) ao texto da Convenção.

c) ao cuidado com o idoso.

d) à vida privada.

840) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.
O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.

Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo


Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)

No trecho do sexto parágrafo ―... obstruir esse duto resulta num benefício à
população, e não o contrário.‖, a expressão em destaque refere-se

a) ao comércio legal de armas.

b) à facilitação do comércio de armas.

c) à prisão dos criminosos armados.

d) à importação de armas de fogo.

e) ao uso restrito de armas por cidadãos de bem.

Variações da linguagem / Figuras de Linguagem

841) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Minha avó gostava de festa. Minha mãe gosta de festa. Eu gosto de festa.

Quando penso em dar uma festa, meu coração se anima. Muitas vezes, no meio da
lista de convidados e acepipes, tenho vontade de desistir diante da trabalheira da
empreitada.

Respiro, me lembro das últimas festas que dei, penso na minha avó e na minha
mãe em seus mistos de alegria e tensão, e acabo seguindo em frente.
Há que comemorar, há que manter os bolos, as velas, os brindes.

Há que passar adiante o ―Parabéns pra Você‖, mesmo que no meio da canção tudo
pareça engraçado e sem sentido. Vale a pena. Nunca me arrependi de dar uma
festa. No mínimo, fico feliz de ver meus vários afetos misturados em minha casa,
conversando entre si, se juntando em tranças que retornam ao novelo do meu
coração.

Não sei direito o porquê, mas tenho especial prazer em ver o namorado da filha da
minha amiga em papo animado com a minha sogra, por exemplo. Improváveis
misturas humanas a partir de mim. Foi assim que meu pai fez amizade com a mãe
do segundo marido de minha mãe.

Tuta era uma senhora sacudida. Sempre de salto alto, se maquiava muito, punha
flores no cabelo, fazia discursos, cantava e tocava piano.

Tinha passado a maior parte da vida longe da família e foi resgatada por minha
mãe, que, inconformada e antes tarde do que nunca, decidiu presentear seu marido
com o reencontro emocionado com a mãe desgarrada. Tuta passou, então, a
frequentar as festas da família.

Conviveu com o filho, a nova nora e os parentes que pouco conhecia durante algum
tempo, até que Fernando se foi. Viúva, minha mãe herdou de seu amado a mãe
excêntrica, que continuou a fazer seus discursos, a tocar e a cantar nas festas lá de
casa até seus 98.

Um tempo depois da morte de Fernando, meu pai voltou a frequentar as festas.


Também afeito à cantoria, se juntou a Tuta nas canções e até declamavam poesias.
Em uma festa de aniversário que ela promoveu em seu pequeno apartamento na
Tijuca, minha mãe deu de cara com uma cena curiosa: os dois sozinhos na sala.
Tuta ao piano e meu pai já exibindo pela janela sua linda voz de tenor. Numa
manobra do destino, meu pai virou grande amigo da mãe do segundo marido de
minha mãe.

A vida faz um bom crochê. As festas ajudam. Há que celebrar.

(Denise Fraga, Há que celebrar. http://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 24.07.2015.


Adaptado)

Na frase – A vida faz um bom crochê. – emprega-se palavra em sentido figurado,


como também em:

a) … no meio da lista de convidados e acepipes, tenho vontade de desistir diante


da trabalheira da empreitada.
b) … feliz de ver meus vários afetos […] se juntando em tranças que retornam ao
novelo do meu coração.

c) Foi assim que meu pai fez amizade com a mãe do segundo marido de minha
mãe.

d) Sempre de salto alto, se maquiava muito, punha flores no cabelo, fazia


discursos, cantava e tocava piano.

e) Conviveu com o filho, a nova nora e os parentes que pouco conhecia durante
algum tempo…

842) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.

Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a


um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)


Assinale a alternativa cujo termo destacado está empregado, no contexto, em
sentido figurado.

a) … está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa lançar seus
feitiços.

b) A probabilidade de um político norte-americano defender uma plataforma


ambientalista era muito baixa…

c) E há dois tipos de pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

d) … acreditam sem base fática que a vacina tríplice viral está associada a casos
de autismo.

e) … colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional que de racional,
à frente de sólidas evidências científicas.

843) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)

Assinale a alternativa em que se encontra emprego de palavra(s) em sentido


figurado.

a) O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é


aplicável à internet…

b) É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco.

c) ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a honra em


rede social…‖

d) Funcionários dos hotéis locais ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita
como hóspede.

e) … personalidades, crenças e crendices, ódios e amores antes recolhidos são


catapultados do teclado para o mundo…

844) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.
O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa cujo termo destacado, no contexto, é empregado em sentido


figurado.

a) Sou, portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda
infantil.

b) Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda...

c) ... toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

d) Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros expedientes...

e) ... preservar um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão.

845) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma


antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou
milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos
deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso,
quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de
Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo
pusesse tão alto a mira dos seus desejos(A). Depois de mil provas de um afeto
imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas
esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo
deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar
dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que
parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do
velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria
capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair
em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição
vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques
belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do
véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo
fogo do céu.

Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre abertos
para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano
do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o
repouso íntimos?

O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas
uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda

A perífrase é uma figura de linguagem por meio da qual se cria um torneio de


palavras a fim de expressar uma ideia.

Essa figura está presente em:

a) O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo pusesse tão alto
a mira dos seus desejos.

b) Depois de mil provas de um afeto imenso, de uma paixão ardente, o moço


guerreiro vira submergir todas as suas esperanças.
c) Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao
despertar dos sonhos do amor que o tinham embalado.

d) ... foi procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre
abertos para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio.

e) Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia não escassearem na quase
solitária e meia arruinada Carteia.

846) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior(A). Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais(D). Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo(B)‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se
é gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.

Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de


Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política(C), ou seja, ligada às escolhas comuns
e podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.

Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados(D) instalados
pela Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)


No texto, emprega-se a linguagem figurada com o propósito de intensificar o
sentido de uma informação em:

a) No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões


a mais que no ano anterior.

b) ... felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua mensagem certa


no momento certo‖...

c) ... a extorsão de dados com objetivos comerciais quase não é percebida como
uma questão política...

d) ... oferecem aplicativos a usuários que, em contrapartida, lhes entregam seus


dados pessoais.

e) ... cada clique derrama uma gota de informação de valor no oceano dos
servidores refrigerados...

847) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder a questão.

Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande


mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre
―terrível‖, ―desesperador‖. Nunca estivemos ―tão mal‖ ou numa crise ―tão grande‖.

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que ―crise‖ é o que o
Brasil enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não leem as informações
que seus próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no
meio dos cadernos?

Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de


espera por produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores
bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem
lotados.

Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise


econômica, as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre.
Famílias com o bolso vazio não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento
não consegue competir com a necessidade de economizar para gastos em
supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é revelador notar, por
exemplo, como os
cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde.
―Apesar da crise‖. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre. ―Apesar
da crise‖.

Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não


teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão
―apesar da crise‖: quase 400 mil resultados.

―Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas‖

―Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.‖

―Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.‖

Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.

Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito,
reside no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de
viver ―em crise‖. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em
peso não insistisse em semear o pânico na mente da população – o que, aí, sim,
tem potencial de provocar uma crise real.

(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pessimismo ao qual o autor do texto se refere foi


ilustrado em sentido figurado.

a) ... colunistas políticos da grande mídia sentem prazer em pintar o país em cores
sombrias...

b) ... não leem as informações que seus próprios jornais publicam...

c) Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não


teria mais o que publicar.

d) Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão ―apesar da crise‖...

e) Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está...
848) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.
Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.
Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de
brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.
Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige
isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.
Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as
ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.
É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.
As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação
infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.
O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.
Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.
O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?
(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase possui expressão empregada em sentido figurado.


a) Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo
mundo.
b) ... em que não haja uma profusão de brinquedos prontos...
c) ... a considerar o seu par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que
sente e pensa, a viver em grupo e a ser solidária.
d) ... e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.
e) Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve
aprender. Como eu já disse: mão na massa!

849) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Quem Ama Inventa

Quem ama inventa as coisas a que ama...


Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

(Mário Quintana. Disponível em http://pensador.uol.com.br/poesias_de_mario_quintana.)


Assinale a alternativa em que há sentido figurado.

a) Quem ama inventa as coisas a que ama...

b) Então de súbito acendeu-se a chama!

c) O palpitar de nossos corações

d) … meu grande amor distante

e) Nem sabes tu o bem que faz à gente

850) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
[...]

Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que
ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que
você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. [...]

Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante.

(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em


http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)
Assinale a alternativa em que há sentido figurado.
a) Para começar, ele nos olha na cara. (1º parágrafo)
b) Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com
superioridade. (1º parágrafo)
c) Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro igual a ele o estiver
programando. (2º parágrafo)
d) A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca usaria... (2º
parágrafo)
e) É outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. (3º parágrafo)

851) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

A noite baixou de supetão e uma friagem seca cobriu as cercanias do gentio do


Ouro e de Xique-Xique, a umas boas léguas das barrancas do São Francisco, em
que o arraial se esconde pelo meio dos montes. Esconde-se porque é um arraial
fora da lei, cafua de bandidos, jagunços fugidos e cangaceiros, onde ninguém
dorme nu e sem arma na mão e só se entra com permissão. Agora que a caatinga
recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de sereno e até a poeira das três
ruas assentou, nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões,
atravessando os quadradinhos formados pelas varas das paredes dos casebres de
sopapo. Rua do Meio acima, uma fogueira arde no alpendre do casarão arruinado,
de paredes de alvenaria e telhado ainda prestante, que todos chamam de Tapera
do Andrade, embora ninguém saiba o motivo. A história do Arraial de Santo Inácio
é desconhecida, assim como é desconhecida a maior parte da história destas
paragens e do povo que nelas habita.

(João Ubaldo Ribeiro, Viva o povo brasileiro. Adaptado)

Assinale a alternativa contendo trecho caracterizado por emprego de palavras em


sentido figurado.
a) ... nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões...
b) Agora que a caatinga recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de
sereno...
c) ...um arraial [...] onde ninguém dorme nu e sem arma na mão...
d) ...casarão arruinado [...] que todos chamam de Tapera do Andrade...
e) ... é desconhecida a maior parte da história destas paragens e do povo que
nelas habita.
852) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

„Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer, será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado pelo
inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita. Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.

Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a


colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖, a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências.

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido
figurado.

a) No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal...

b) Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas...

c) No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado...

d) Isso inclui pessoas de alta escolaridade...

e) Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase...

853) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Considere a charge.

(Alves. Folha de S.Paulo, 25.03.2018)


As novas tarifas para a comercialização do aço, impostas pelo presidente Donald
Trump, são Muralhas da China a serem superadas pelos exportadores do produto.

Na frase elaborada a partir da charge, a expressão Muralhas da China está


empregada em sentido

a) próprio, indicando que o valor arquitetônico e histórico dessa construção é


inquestionável.

b) próprio, indicando que o presidente Trump usa estratégias para defender o


mercado interno.

c) próprio, indicando que o presidente Trump quer combater a instabilidade


econômica nos EUA.

d) figurado, indicando que Donald Trump quer ampliar as relações comerciais com
a China.

e) figurado, indicando que Donald Trump está dificultando as negociações para os


exportadores de aço.

854) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.

Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no


mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.

Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

A palavra em destaque foi usada em sentido figurado em:

a) Como aceitamos abismos sociais tão cruéis? (1º parágrafo)

b) … percebia-se que era um rapaz economicamente vulnerável… (2º parágrafo)

c) Sua situação de pobreza não devia permitir esse prazer. (4º parágrafo)

d) … eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes. (5º parágrafo)

e) … que mundo difícil esse que cria consumidores e não cidadãos. (6º parágrafo)

855) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A vida não mais nos pertence

Os encontros deveriam ser marcados na última hora. Pena que não funcionam.
Agendamos compromissos quando estamos dispostos de manhã e não nos damos
conta da exaustão do final do dia. Planejamos um cinema, um show, uma balada
com amigos no momento de tranquilidade, e não percebemos que ainda teremos
que atravessar um percurso inteiro de preocupações. Não há como ter
conhecimento prévio do estresse que nos espera.

Sempre ocorre um desgaste mental, um jogo de nervos, um dilema moral: será


que vou ou não vou?

O contentamento vai desaparecendo lentamente, devido às atribulações da rotina.


Somos um ao combinar saídas e outro completamente diferente na véspera de sair.
Não é desamor pelas amizades, não é velhice ou depressão, é simplesmente
cansaço inesperado. Não possuímos controle do que virá pela frente, dos
improvisos e desmandos profissionais. Somos sugados pela carga cada vez maior
do emprego, pois não descansamos nem um minuto dos apelos das obrigações, dos
e-mails e das ligações. Morreu o lanche da tarde que animava o serviço e renovava
o gás – o recreio e a sirene ficaram enterrados na vida escolar. A jornada de 8
horas é folclore – não conheço quem não se dedique mais de 12 horas para a
sobrevivência.

Quando um amigo desmarca um encontro, não condeno. Perdoo os furões. Sei que
ele também é vítima da insalubridade digital.

(Fabrício Carpinejar. Disponível em: http://carpinejar.blogspot.com/2018/01/a-vida-nao-mais-nos-


pertence.html. Acesso em: 23.08.2018. Fragmento).

Uma frase do texto em que há emprego de palavra(s) em sentido figurado é:


a) Os encontros deveriam ser marcados na última hora.
b) O contentamento vai desaparecendo lentamente, devido às atribulações da
rotina.
c) Agendamos compromissos quando estamos dispostos pela manhã…
d) Não possuímos controle do que virá pela frente, dos improvisos e desmandos
profissionais.
e) Morreu o lanche da tarde que animava o serviço e renovava o gás…

856) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.

Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na


Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)


Uma palavra empregada com sentido figurado está destacada em:

a) falar em uma palestra.

b) sensação de gratificação.

c) palavras duras.

d) psicologia social.

e) normalmente ignoramos.

857) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)


É correto afirmar que a passagem – Mais afiada é a língua que a navalha, e não há
quem se salve das esfoladuras. – caracteriza-se pelo emprego de palavras

a) em sentido figurado, expressando a ideia de que todos estão expostos a


comentários maledicentes do barbeiro.

b) em sentido figurado, expressando a ideia de que ninguém escapa de ferimentos


físicos causados pelo barbeiro.

c) em sentido figurado, expressando a ideia de que os que não frequentam a


barbearia se protegem da difamação.

d) em sentido próprio, expressando a ideia de que ninguém está sujeito a críticas


de pessoas mal-intencionadas.

e) em sentido próprio, expressando a ideia de que alguns se submetem à imperícia


do barbeiro, que fala de todo mundo.

858) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar lenha; agora,
seis décadas depois, todo dia toca a campainha e alguém oferece gás. A pequena
mudança da energia que move o fogão caseiro simboliza o acelerado processo de
transformação do Brasil. Do pacato país rural que abria os anos 1950, nos
transformamos num país predominantemente urbano, que vive e produz inchado
em grandes centros.

A cidade grande é um espaço abstrato, uma criação geométrica, que nos arranca
de todos os laços mentais de natureza e vizinhança; a comunidade urbana é antes
mental que física. Os compartimentos culturais e sociais isolados acabam por se
tornar imperativos. Ao mesmo tempo, a grande cidade é a confluência do mundo;
seu sonho é sair de si mesma e conversar com suas iguais, que estão em outros
países, e não a dez quilômetros dali. A cidade é sempre globalizante; ela parece
afirmar, com alguma arrogância, o triunfo do homem sobre a natureza, enquanto o
campo é naturalmente conservador, como alguém que se submete, pela simples
proximidade física, pela vizinhança avassaladora e pelo império do tempo, às regras
simples, recorrentes, imutáveis e inexoráveis das estações do ano, das chuvas e
secas. Metaforicamente, o Brasil vive com um pé no campo e outro na cidade.

(Cristovão Tezza. “Mundo rural, mundo urbano, e o Brasil no meio”.


27.10.2014. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado)
Uma palavra empregada com sentido figurado está em destaque no trecho:
a) Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar lenha...
b) A pequena mudança da energia que move o fogão caseiro simboliza o acelerado
processo de transformação do Brasil.
c) ... a grande cidade é a confluência do mundo; seu sonho é sair de si mesma e
conversar com suas iguais...
d) A cidade é sempre globalizante; ela parece afirmar, com alguma arrogância, o
triunfo do homem sobre a natureza...
e) ... regras simples, recorrentes, imutáveis e inexoráveis das estações do ano, das
chuvas e secas.

859) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O empresário Luiz Figueiredo usou 1 150 painéis solares para cobrir o lago de sua
fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas
no teto de sua casa, o que lhe permitiu se livrar da conta de luz. No Rio, uma
escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que
consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo país e têm
garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Do ponto de vista climático, as condições são favoráveis, uma vez que a irradiação
solar no Brasil é ideal para a produção elétrica. Ainda que hoje o mercado de
equipamentos para captação de energia solar engatinhe no país, as condições
climáticas propícias, aliadas ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada
vez mais aptos a gerar a própria energia, têm provocado uma corrida das empresas
para conquistar um pedaço desse mercado.

(Renée Pereira. “Energia solar avança no Brasil e atrai empresas”.


https://economia.estadao.com.br, 01.07.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta vocábulo em destaque utilizado em sentido


figurado:
a) O empresário Luiz Figueiredo usou 1 150 painéis solares para cobrir o lago de
sua fazenda…
b) Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto de sua casa…
c) Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo país…
d) Do ponto de vista climático, as condições são favoráveis…
e) Ainda que hoje o mercado de equipamentos para a captação de energia
engatinhe no país…
860) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Nunca Mais

Em 1987, ao elaborarmos a nova Constituição, o espírito de época estava associado


à expressão ―nunca mais‖. Que nunca mais houvesse censura, as pessoas
pudessem expressar livremente suas ideias, que amarras legais evitassem
corrupção e clientelismo e que os mais pobres não fossem mais excluídos do acesso
à saúde ou à educação.

Ao longo dos anos, a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais de
flexibilidade e controle social sobre a Administração Pública, mas ainda temos uma
máquina pouco azeitada e com enormes dificuldades para uma gestão eficiente. A
corrupção, no entanto, parece ter se profissionalizado: quanto mais difícil a
operação dados os entraves normativos, mais ela prospera.

Preparamo-nos para uma nova eleição e parece que novamente olhamos para trás,
para o ―nunca mais‖. Nunca mais corrupção, nunca mais fisiologismo ou acertos na
calada da noite. Sim, precisamos promover ética e transparência na política, mas
isso é precondição, não realização de governo. É fundamental saber que políticas
públicas cada candidato a cargo executivo ou legislativo propõe para o País.

No caso brasileiro, será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a


urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira, de garantir maior
competitividade para a economia, apoiar a pesquisa aplicada, diminuir a
desigualdade social e, finalmente, permitir que entremos todos (sem exclusões) no
século 21. Olhar para a frente, afinal temos um país a construir!

(Claudia Costin. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia- costin


/2018/01/1949821-nunca-mais.shtml?loggedpaywall. Acesso em: 04.02.2018)

Uma frase do texto em que há emprego de palavra ou expressão em sentido


figurado é:

a) É fundamental saber que políticas públicas cada candidato a cargo executivo ou


legislativo propõe para o País.

b) No caso brasileiro, será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a


urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira...

c) Nunca mais corrupção, nunca mais fisiologismo ou acertos na calada da noite.

d) Ao longo dos anos, a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais
de flexibilidade e controle social sobre a Administração Pública...

e) Que nunca mais houvesse censura, as pessoas pudessem expressar livremente


suas ideias...
861) Concurso: Esc/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Vacina na marra

Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas.
Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do
Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de
imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para
vaciná-las.

Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa
fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que
avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a
imunizar seus filhos.

Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com
inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem
afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por
problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns
municípios.

Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada
por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um
aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de
saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias
para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés
numa unidade.

A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito.
Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o
profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes
que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br


/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o termo destacado é empregado no texto em sentido
figurado.

a) A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança...

b) ... a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de


divulgar segredos de pacientes...

c) ... como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos
por vilões internacionais...

d) Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas.

e) Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana


propugnada pela promotora do Ministério Público...

862) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto e


correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem
retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita.

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus


personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. ―Não tenho nada contra a
linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em
sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a
narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o
público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente‖.

O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago,
conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e
apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos
cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. ―Muitas
vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador.
Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil‖, afirma Nogueira, que também diz se
inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado
de Assis e Eça de Queiroz.

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a


mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o
sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da
novela foi pensada para casar com o texto. ―É uma novela que se passa no fim dos
anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente
nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época‖, diz.

(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)

No texto, há exemplo de uso coloquial da linguagem na passagem:

a) ... o autor da novela [...] diz que o linguajar de seus personagens é um ponto
que leva a novela a se destacar.

b) Ele revela que toma diversos cuidados na hora de escrever o texto, utilizando,
inclusive, o dicionário.

c) ... então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente nesse
túnel do tempo.

d) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto


e correto...

e) Com frases que parecem retiradas de um romance antigo, [...] os personagens


se expressam de maneira correta e erudita.

863) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.

Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.

O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado


significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.

Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia


que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.

(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)


No texto, há várias passagens em linguagem figurada, tais como:

a) nas mãos da professora; as cores verdadeiras da verdade.

b) Na época escolar; não era bem-visto pelos adultos.

c) Por pouco tempo; o tronco das árvores de marrom.

d) luas de papel amassadas; a misteriosa conspiração das palavras.

e) não era bem-visto pelos adultos; as cores verdadeiras da verdade.

864) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
Assinale a alternativa em que há palavras empregadas com sentido figurado.
a) … Helenice ia ao banheiro várias vezes…
b) Foi ignorada, humilhada e muito observada…
c) Alguns vendedores riram dela…
d) … saiu dos shoppings morrendo de raiva…
e) Ela não culpa os vendedores…

Partícula "se" / Vocábulo "como"

865) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia a charge e responda à questão.

(http://4.bp.blogspot.com/-36p65sQZktc/ULcpg27a5kI
/AAAAAAAAMMQ/7A6-bYaVDxc/s1600/z1334674305.jpg. Adaptado)

Na frase dita pelo padre, o pronome ―se‖ exprime reciprocidade da ação. A mesma
situação ocorre em:
a) Trata-se de reformular o Código Penal e ajustá-lo aos interesses da sociedade.
b) Com a chegada da madrugada, fez-se um silêncio assustador no vilarejo.
c) Para espanto dos anfitriões, foi-se embora sem dar justificativas.
d) Afiam-se facas e tesouras em domicílio.
e) Abraçaram-se com euforia, pois não esperavam um reencontro.
866) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000


soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres
espalhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês
e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18
de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão
Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática
das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista
brilhante.

(Veja, 17.06.2015)

Na oração – ...cerca de 200 000 soldados enfrentaram-se por oito horas.–, o


pronome se está empregado com sentido de reciprocidade. Tal sentido também se
verifica em:

a) Estavam muito apaixonados os noivos, quando se olharam e disseram ―sim‖.

b) A questão era complexa, tratava-se de um assunto bastante delicado para todos.

c) O jovem percebeu o inconveniente de sua canção e logo se retirou do recinto.

d) Todos se aproximaram do stand para ver se conseguiam um autógrafo do


escritor.

867) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Nas passagens ―Porque, como dizia o Irmão Lourenço, no schola sed vita – é
preciso aprender não para a escola, mas para a vida.‖ (4º parágrafo) e ―Ama com
fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país como
este!‖ (penúltimo parágrafo), as conjunções destacadas estabelecem, correta e
respectivamente, relações de sentido de

a) conformidade e comparação.
b) comparação e comparação.
c) conformidade e causa.
d) conformidade e conformidade.
e) comparação e causa.
868) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Um tiro no escuro
– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.
– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.
Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.
Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.
Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em
casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.
Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.
(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do texto.

Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança...

No contexto, o termo Como, em destaque, estabelece relação de


a) concessão.
b) consequência.
c) conformidade.
d) comparação.
e) finalidade.
Interpretação de Textos

869) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar lenha; agora,
seis décadas depois, todo dia toca a campainha e alguém oferece gás. A pequena
mudança da energia que move o fogão caseiro simboliza o acelerado processo de
transformação do Brasil. Do pacato país rural que abria os anos 1950, nos
transformamos num país predominantemente urbano, que vive e produz inchado
em grandes centros.

A cidade grande é um espaço abstrato, uma criação geométrica, que nos arranca
de todos os laços mentais de natureza e vizinhança; a comunidade urbana é antes
mental que física. Os compartimentos culturais e sociais isolados acabam por se
tornar imperativos. Ao mesmo tempo, a grande cidade é a confluência do mundo;
seu sonho é sair de si mesma e conversar com suas iguais, que estão em outros
países, e não a dez quilômetros dali. A cidade é sempre globalizante; ela parece
afirmar, com alguma arrogância, o triunfo do homem sobre a natureza, enquanto o
campo é naturalmente conservador, como alguém que se submete, pela simples
proximidade física, pela vizinhança avassaladora e pelo império do tempo, às regras
simples, recorrentes, imutáveis e inexoráveis das estações do ano, das chuvas e
secas. Metaforicamente, o Brasil vive com um pé no campo e outro na cidade.

(Cristovão Tezza. “Mundo rural, mundo urbano, e o Brasil no meio”.


27.10.2014. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado)

Na opinião do autor, cidade e campo se opõem na medida em que

a) o progresso tecnológico pode chegar aos lares na cidade, mas não chega ao
campo.

b) o espaço geográfico é muito ordenado no campo, ao passo que é caótico na


cidade.

c) os habitantes da cidade são mais tímidos e reservados do que os moradores do


campo.

d) a cidade busca dominar as forças da natureza, enquanto o campo se sujeita a


elas.

e) o campo oferece poucas ocasiões de convívio social em comparação com a


cidade.
870) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda à questão.

Câmara eleva idade mínima para compra de armas

O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março uma lei que sobe de
18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e
permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o


ataque a tiros a uma escola, em Parkland, que fez 17 vítimas – os sobreviventes da
tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para


a aquisição de armas longas e proíbe a venda de equipamentos que transformam
armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão


levar armas de pequeno porte aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles
precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para
as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhora na
comunicação entre as áreas educacional e de segurança.

O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas longas, como queriam os
estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que N. Cruz, 19, atacou a
escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

(https://www1.folha.uol.com.br. 07.03.18. Adaptado)

Assinale a alternativa correta a respeito do texto.


a) De acordo com a nova lei, funcionários e professores poderão comprar armas de
qualquer modelo e portá-las enquanto trabalham nas escolas.
b) A lei foi aprovada na Câmara em caráter de urgência devido aos constantes
protestos a favor do desarmamento realizados pelos eleitores da Flórida.
c) O Legislativo não vetou o porte de armas longas, embora a tragédia de Parkland
tenha sido causada por um fuzil adquirido ilicitamente por N. Cruz.
d) Equipamentos que potencializam o efeito das semiautomáticas poderão ser
adquiridos depois de quarenta dias da efetivação da maioridade legal.
e) O sistema de disque-denúncia e a maior interação entre distritos escolares e
agentes da segurança pública são estratégias que procurarão evitar possíveis
ataques a escolas.
871) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)


Quanto às suas incompetências, o cronista declara que

a) sempre desejou ser visto pelas outras pessoas como um grande campeão.

b) não dava importância às suas limitações na época em que era jovem.

c) se sente ridículo toda vez que não executa uma tarefa com perfeição.

d) não consegue superar as intimidações e humilhações a que é submetido.

e) admira as pessoas que realizam certas atividades com muita desenvoltura.

872) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.
Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que o cronista

a) sente imensa frustração por não ter aprendido a cantar nem a tocar
instrumentos de corda.

b) não desistiu de andar de bicicleta, entretanto gosta de fazê-lo solitariamente e


em espaços amplos.

c) era muito tímido com as garotas, por isso ficava no banco e dançava poucas
vezes nos bailes da cidade.

d) não conhecia a sinfonia de Schubert, por isso ficou pálido de espanto ao ouvir
Myltainho assobiá-la.

e) sabe nadar desde criança, mas ficou receoso depois de quase se afogar em
praias e rios.

873) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mesmo que o.k. seja o americanismo mais difundido no mundo, sua origem é
confusa.

Uma das versões afirma que, durante a Guerra da Secessão americana, que
terminou em 1865, quando voltavam para o quartel sem sofrer nenhuma baixa, os
soldados anotavam num quadro de avisos ou pintavam nas paredes ―0k‖, zero
killed, ou seja, ―zero morto‖. Com o tempo, isso passou a significar ―tudo bem‖.

Seja como for, o responsável pela popularização de o.k. foi o presidente americano
Martin Van Buren, que tentava se reeleger em 1840. Apelidado de Old Kinderhook
(Velho Kinderhook) porque era nativo desta cidade, usou as iniciais OK como slogan
– e aproveitou o trocadilho com o sentido de ―all correct‖, isto é, tudo bem. Apesar
disso, não foi reeleito.

(Bruno Borges. Aventuras na História, junho, 2005. Adaptado)

De acordo com o texto,

a) Martin Van Buren popularizou as iniciais OK durante sua primeira campanha


para se tornar presidente, em 1840.

b) as anotações em quadros de avisos e em paredes comprovaram historicamente


que houve poucas baixas durante a Guerra da Secessão.

c) Van Buren associou seu apelido de Old Kinderhook à expressão OK e utilizou o


sentido positivo dessa expressão em sua campanha eleitoral.

d) A criação do americanismo o.k. ainda continua obscura, apesar dos vários


estudos acadêmicos feitos para descobrir sua origem.

e) A expressão o.k., graças à criatividade dos soldados que retornavam da guerra,


passou a significar ―missão cumprida‖.

874) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o


homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.
Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou


mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)

Para a autora, o sentimento de ansiedade causado pela distância é traduzido pelo


som

a) da chuva forte no meio da madrugada.

b) de uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua.

c) da sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.

d) do primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.

e) da musiquinha que antecede a chamada a cobrar.

875) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o
homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.


Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou


mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)

Em sua narrativa, a autora considera que alguns sons são grandiosos quando
comparados com outros, sendo um exemplo o som

a) do choro na sala de parto, indicando que o filho nasceu.

b) do aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.

c) da voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em


solo.

d) da chuva forte no meio da madrugada, quando se está deitado na cama.

e) do telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o


combinado.
876) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.

Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o


homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.


Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho


da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa


sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou


mesmo a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica


anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)


Considerando o trecho da crônica, ―A música que você mais gosta tocando no rádio
do carro. Aumente o volume.‖, a autora exprime a necessidade de as pessoas
serem mais

a) pacientes.

b) intensas.

c) irresponsáveis.

d) cínicas.

e) reflexivas.

877) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.
―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da
Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

Com a afirmação ―Você não está só‖, no segundo parágrafo, o autor demonstra
supor que seu leitor

a) já sofra de insônia crônica.

b) utilize o celular antes de dormir.

c) ainda não tenha atingido a maioridade.

d) use o celular apenas para fazer chamadas.

e) tenha sido interrogado por um pesquisador.

878) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da


Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

De acordo com as informações do terceiro parágrafo, no período de preparação


pré-sono, ler um livro ou tomar uma bebida quente

a) evita que uma breve olhada no celular atrapalhe o sono.

b) pode resolver os problemas gerados pela falta de sono.

c) promove o relaxamento necessário a um sono saudável.

d) garante no mínimo seis horas ininterruptas de sono profundo.

e) equivale a uma conversa interessante ao celular.

879) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.
Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)

Uma das frutas que não eram comercializadas na feira, embora fosse conhecida
pelo autor, em seu tempo de menino, é

a) o kiwi.

b) a lichia.

c) a jabuticaba.

d) a laranja Bahia.

e) o grapefruit.

880) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)
A expressão destacada em ―Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado...‖
dá ênfase ao modo como as novas frutas

a) conseguem se impor de imediato ao público por serem novidade.

b) chegaram em um momento específico do passado.

c) sobrepõem-se sem resistência às frutas mais tradicionais.

d) ocupam o espaço de forma intensa e progressiva.

e) têm tido pouca aceitação do público consumidor.

881) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)
Considere o trecho:

E todas – dizem – ainda a preço de banana.

Com a forma verbal em destaque nessa passagem ao final do texto, o autor dá a


entender que
a) confia nos feirantes quando dizem que abaixaram o preço da banana.
b) foi informado de que o preço da banana varia conforme a época do ano.
c) detém a convicção de que o preço da banana irá permanecer estável.
d) não se interessa por comprar bananas e, desse modo, ignora seu preço.
e) não necessariamente acredita que o preço da banana continue baixo.

882) Concurso: Of Adm/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Nunca Mais

Em 1987, ao elaborarmos a nova Constituição, o espírito de época estava associado


à expressão ―nunca mais‖. Que nunca mais houvesse censura, as pessoas
pudessem expressar livremente suas ideias, que amarras legais evitassem
corrupção e clientelismo e que os mais pobres não fossem mais excluídos do acesso
à saúde ou à educação.

Ao longo dos anos, a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais de
flexibilidade e controle social sobre a Administração Pública, mas ainda temos uma
máquina pouco azeitada e com enormes dificuldades para uma gestão eficiente. A
corrupção, no entanto, parece ter se profissionalizado: quanto mais difícil a
operação dados os entraves normativos, mais ela prospera.

Preparamo-nos para uma nova eleição e parece que novamente olhamos para trás,
para o ―nunca mais‖. Nunca mais corrupção, nunca mais fisiologismo ou acertos na
calada da noite. Sim, precisamos promover ética e transparência na política, mas
isso é precondição, não realização de governo. É fundamental saber que políticas
públicas cada candidato a cargo executivo ou legislativo propõe para o País.

No caso brasileiro, será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a


urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira, de garantir maior
competitividade para a economia, apoiar a pesquisa aplicada, diminuir a
desigualdade social e, finalmente, permitir que entremos todos (sem exclusões) no
século 21. Olhar para a frente, afinal temos um país a construir!

(Claudia Costin. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia- costin

/2018/01/1949821-nunca-mais.shtml?loggedpaywall. Acesso em: 04.02.2018)


A autora afirma, de forma categórica, em seu texto, que

a) a ética e a transparência na política devem ser metas do governo em vigência,


assim como dos candidatos no governo.

b) os candidatos devem apresentar suas políticas públicas à sociedade, além de


promover a ética e a transparência como precondição para governar.

c) a Constituição recebe emendas para que a economia garanta melhor


competitividade ao país.

d) a Constituição foi escrita para permitir o controle social à Administração Pública


e autorizar o clientelismo pelos políticos do país.

e) os brasileiros precisam ter consciência de suas escolhas políticas porque delas


depende a melhoria da educação, exclusivamente.

883) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.
Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além
das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendonuma velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)

Segundo o que se afirma no texto, entre 1800 e o fim do século 21, espera-se que

a) um resfriamento da Terra se verifique, causado pela emissão de carbono na


atmosfera.

b) o planeta passe por um aumento populacional que causará escassez de


recursos.

c) um aumento de mais de 3 graus aconteça na temperatura média do planeta.

d) o clima mude de maneira desenfreada e imprevisível.

e) cooperações internacionais se fortaleçam de modo a salvar o planeta.

884) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.

Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além


das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendo numa velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)

De acordo com o artigo de opinião, o aquecimento global deve-se a

a) falta de bom senso comum, que tem levado pessoas a usarem meios altamente
poluidores como os aviões.

b) uma competição econômica cada vez mais acirrada entre China e Estados
Unidos, que tem levado esses países a poluírem mais.

c) desastres climáticos que têm alterado a constituição geológica de certas regiões,


levando a um aumento da temperatura.

d) fatores promovidos por ação humana, como o desmatamento, mas também a


outros causadores geológicos.

e) negação de muitas pessoas sobre a própria existência do aquecimento global,


analogamente ao que fez a Igreja na Idade Média ao refutar o heliocentrismo.
885) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Vacina na marra

Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas.
Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do
Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de
imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para
vaciná-las.

Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa
fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que
avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a
imunizar seus filhos.

Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com
inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem
afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por
problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns
municípios.

Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada
por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um
aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de
saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias
para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés
numa unidade.

A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito.
Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o
profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes
que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br


/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)

Diante de sucessivas quedas registradas na cobertura vacinal de crianças


brasileiras, uma promotora do Ministério Público defende

a) a necessidade da apresentação do comprovante de vacinação de crianças em


idade escolar.
b) o acionamento da legislação penal para deter os responsáveis pela criança que
não foram vacinadas no período certo.

c) a violação do código de ética que interdita a criança da convivência social para o


bem da saúde coletiva de outras crianças.

d) a aplicação de multa e a possível perda da guarda dos filhos por determinação


judicial.

e) a notificação dos postos de saúde que não cumprirem as medidas legais como a
apreensão de crianças não vacinadas.

886) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Vacina na marra

Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas.
Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do
Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de
imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para
vaciná-las.

Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa
fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que
avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a
imunizar seus filhos.

Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com
inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem
afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por
problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns
municípios.

Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada
por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um
aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de
saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias
para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés
numa unidade.

A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito.
Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o
profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes
que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br


/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)

Segundo a opinião do autor do texto,

a) os postos de saúde precisam denunciar as famílias que negligenciam a


imunização de seus filhos.

b) a queda na cobertura vacinal é recorrência da falta de divulgação midiática


acerca das epidemias que avançam no Brasil.

c) a decisão pela vacinação dos filhos cabe aos pais, considerando pesquisas
internacionais contrárias à imunização de crianças.

d) a militância antivacinal influencia a maior parte das famílias brasileiras a não


frequentar postos de saúde para a imunização de doenças fatais.

e) a imposição do governo e as medidas judiciais que obrigam os pais a vacinarem


seus filhos podem causar mais transtornos que benefícios às famílias.

887) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.

Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera


1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

De acordo com o texto, um dos fatores que contribui para a minimização da


poluição dos oceanos por plástico se refere

a) à utilização de sacolas de roupas de malha para a lavagem de tecidos sintéticos,


sendo o descarte dos fios realizado diretamente nos rios.

b) ao descarte de roupas que precisam ser higienizadas, para que as fibras dos
tecidos não sejam depositadas nos rios.

c) à redução de tarefas domésticas, visando a interrupção da contaminação na


água dos rios e oceanos.

d) à redução do consumo de malhas sintéticas, optando pelo uso de tecidos com


fibras de baixo impacto na natureza.

e) à lavagem de roupas à mão, com o intuito de reduzir o atrito das roupas na


lavagem e a perda das fibras dos tecidos.

888) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.

Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera


1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

De acordo com o texto, a poluição por plástico

a) gera a necessidade da criação de novas regulamentações de produção e


expansão da pesquisa de novos materiais, por parte dos fabricantes.

b) limita-se à contaminação dos rios em todo o Reino Unido, devido ao descarte de


fibras na lavagem de tecidos.

c) é causada pelo consumo excessivo de roupas produzidas com lã, algodão, seda
e caxemira.

d) pode ser evitada com o uso de máquinas de lavar na temperatura normal para a
lavagem de roupas de diferentes tecidos.

e) estimula o desenvolvimento de pesquisa para a produção de novos produtos


com base nos materiais poliéster, acrílico e náilon.
889) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.

Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

O autor do texto usa como argumento para justificar sua dificuldade em aderir à
tecnologia

a) a falta de privacidade quanto a seus dados e arquivos armazenados no


computador que podem ser acessados pelos técnicos de informática.

b) o excesso de problemas que os computadores apresentam que são resolvidos


ao desplugá-los da tomada.
c) o receio de se tornar dependente dos aparelhos tecnológicos e não ser capaz de
exercer sua profissão com êxito.

d) a sua preferência pela área de humanas e a sua dificuldade com a área das
exatas durante toda a sua vida escolar.

e) a afirmação de que pode viver perfeitamente sem acesso à internet no


computador ou nos dispositivos eletrônicos.

890) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

A legião on-line

Um dos temas de ―O Romance Luminoso‖, a obra póstuma e incrivelmente


contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem
alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado
há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso.
Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes
em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.

É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está
sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama;
checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma
legião.

Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas


também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: ―O mundo do
computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as
pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda
os pobres‖.

E conclui: ―A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu,
e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas‖. Isso
nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de
dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro
caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.

Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de


manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a
abjeção diagnosticada por Levrero.

Que tal passar mais tempo off-line?

(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)


Segundo as informações dos dois primeiros parágrafos do texto,

a) o hábito de estar sempre conectado à internet tem levado muitos usuários de


smartphones a comportarem- se como dependentes de seu conteúdo.

b) o acesso à internet tem contribuído decisivamente para minimizar problemas


como angústia e ansiedade, transtornos comuns na atualidade.

c) a constatação de que são dependentes dos smartphones tem levado muitas


pessoas a buscar opções para se afastarem desses aparelhos.

d) a despeito da crítica que se fazia à televisão, ela tem se mostrado benéfica ao


diminuir a ansiedade provocada pelo uso da internet.

e) apesar do grande alcance da internet, ela ainda se mostra menos danosa à


saúde da população do que o hábito de assistir televisão.

891) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

A legião on-line

Um dos temas de ―O Romance Luminoso‖, a obra póstuma e incrivelmente


contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem
alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado
há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso.
Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes
em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.

É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está
sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama;
checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma
legião.

Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas


também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: ―O mundo do
computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as
pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda
os pobres‖.

E conclui: ―A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu,
e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas‖. Isso
nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de
dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro
caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.
Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de
manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a
abjeção diagnosticada por Levrero.

Que tal passar mais tempo off-line?

(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)

O ―caráter profético‖ mencionado no 3o parágrafo – … o livro de Levrero destaca-se


não só pela atualidade mas também pelo caráter profético. – está relacionado,
segundo conclui o autor do texto, à concretização da previsão do livro segundo a
qual

a) a queda nos preços dos computadores daria aos mais pobres acesso à
tecnologia necessária para livrá-los da vulnerabilidade ante interesses escusos.

b) a população perceberia, no tempo certo e com muita transparência, os objetivos


por trás da criação da internet, passando a usá-la de forma mais crítica.

c) a expansão do acesso à internet permitiria que muito mais pessoas, e não


apenas um grupo seleto, fossem beneficiadas pelas informações nela veiculadas.

d) o potencial da internet para influenciar comportamentos das pessoas mais


suscetíveis à manipulação não tardaria a ser percebido e colocado em prática.

e) o acesso à internet por meio de smartphones seria responsável por aumentar


significativamente o número de pessoas sempre conectadas às redes sociais.

892) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo,
Conrad Editora do Brasil, 2013)
É correto concluir, da leitura da tira, que a resposta do pai a respeito do
computador

a) confunde o garoto, que passa a interrogar-se sobre a verdadeira razão para o


pai omitir-se de comprar-lhe o aparelho.

b) contraria o garoto, que via no computador a esperança de ter menos trabalho


na elaboração de suas atividades escolares.

c) aborrece o garoto, que continua acreditando que o computador é fundamental


para melhorar seu rendimento escolar.

d) satisfaz o garoto, que se convence de que o computador poderá auxiliá-lo


melhor ainda do que ele inicialmente imaginara.

e) atenua as preocupações do garoto, que se convence de que o computador


facilita a elaboração dos trabalhos escolares.

893) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

Irmãos em livros

Outro dia, num táxi, o motorista me disse que ―gostava de ler‖ e comprava ―muitos
livros‖. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que
―gostava de todas‖, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah,
sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a
usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a
informação. Virou-se para mim e disse: ―Entendi. O senhor tem razão‖.

Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas
ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso
muito bem entendê-las porque também não tenho o menor interesse por
automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho
que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram
alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para
o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.

No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão
fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma
personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de
fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço
intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada
livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor
conseguiu dar.
Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de
algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para
congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias.

Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber
quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos.

(Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado)

Conforme o autor do texto,

a) a quantidade e a diversidade de esforço intelectual empreendido nos livros


produzem uma atmosfera de atração no ambiente das livrarias.

b) a dispersão por assuntos muito variados, apesar de exigir grande esforço


intelectual do escritor, não raro acaba resultando numa obra medíocre.

c) a disseminação da prática de comprar livros pela internet tem contribuído


decisivamente para promover o desinteresse pela leitura.

d) o hábito da leitura é incompatível com o interesse por automóveis, pela alta


culinária e, especialmente, pelas novas tecnologias digitais.

e) a leitura realizada em outros ambientes que não seja o de uma livraria acaba
resultando numa compreensão medíocre do conteúdo da obra.

894) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

O título do texto refere-se ao imperador romano Nero, que ordenou atear fogo em
Roma, e à lira, instrumento musical que simboliza as artes. Assinale a alternativa
que, de acordo com o texto, explica o sentido expresso no título.

a) Os quadros e todo o acervo museológico viraram cinzas, tamanho o descaso na


manutenção.

b) O patrimônio científico do museu foi carbonizado, apesar do empenho em salvá-


lo.

c) O incêndio nos museus é um alerta de risco para espaços artistícos, como o da


Sala São Paulo.
d) Os danos trazidos pelo incêndio poderão motivar as autoridades em evitar
outras ocorrências.

e) O empobrecimento do campo científico no país já é consenso entre as


autoridades.

895) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Ao afirmar que nenhum Nero foi indiciado, o autor ressalta a ideia de que

a) figuras como Nero desapareceram ao longo dos períodos históricos.

b) os responsáveis pelo descaso com o patrimônio cultural continuam impunes.

c) a população costuma se distanciar dos bens culturais e científicos.

d) crimes contra o patrimônio cultural não carecem de indiciamento.

e) as autoridades brasileiras se empenham em apurar crimes contra a cultura.

896) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Com o segmento ―…papel insubstituível da cultura na definição da cidadania.‖ o


autor

a) valoriza mais a cidadania que as questões culturais.

b) expõe a contradição entre cultura e cidadania.

c) admite que a cultura potencializa a cidadania.

d) enfraquece o vínculo entre cultura e cidadania.

e) defende a ruptura entre cidadania e cultura.


897) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por
uma dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

O trecho em destaque indica

a) o nivelamento entre fundos partidários e fundos culturais.

b) a opção prioritária que os partidos fazem pela cultura.

c) o esforço para nivelar verbas para cultura e para partidos.

d) a distribuição igualitária entre orçamentos políticos e culturais.

e) o descompasso entre as verbas destinadas aos partidos e à cultura.

898) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Para o autor, de acordo com o quinto parágrafo, não se trata de coincidência o que
acontece na Alemanha, mas de

a) empenho do cidadão alemão em valorizar mais a arte que a economia.

b) questão de opção: os alemães preferem a arte à economia.

c) recusa dos alemães em viver pela música e pelas artes.

d) importância da valorização da cultura no fortalecimento da economia.

e) mérito do governo alemão em priorizar uma economia estável.

899) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até


que acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com
uma sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade
para pensar mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a
economia mais forte da Europa, a Alemanha, também seja uma terra de
forte investimento privado e público na música e nas artes? O que mais
precisa desaparecer para sempre, para que governos e eleitores
descubram o valor do nosso patrimônio material e imaterial?

Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)


A sequência de frases interrogativas expressa

a) aceitação do estado em que se encontra a cultura no país.

b) indignação com as condições do patrimônio cultural brasileiro.

c) surpresa diante das possibilidades de mudança no cenário cultural.

d) adesão ao clima favorável ao fortalecimento da cultura no país.

e) certeza de que o Brasil pode igualar-se à Alemanha na cultura.

900) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder à questão

Ouça um bom conselho


Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa

Está provado, quem espera nunca alcança


Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (…)

De acordo com a canção, é correto afirmar que o eu lírico

a) pretende oferecer ao leitor regras para a boa convivência.

b) nega a possibilidade de o leitor entender o que ele aconselha.

c) recomenda ao leitor não se arriscar irresponsavelmente.

d) expressa aceitação dos conselhos legados a todas as gerações.

e) sugere ao leitor subverter o que se aprende com o senso comum.


901) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais,


porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

De acordo com o estudo do banco central dos EUA, a geração Millennial distingue-
se da anterior principalmente por

a) haver desencadeado a crise financeira.


b) gastar de modo mais consciente.
c) ter um menor poder aquisitivo.
d) exibir gostos e preferências excêntricos.
e) dar preferência a gastos com bens duráveis.
902) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais,


porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

A descrição dos jovens da geração Millennial como ―assassinos em série‖ destaca a


maneira como eles são considerados responsáveis pela
a) escassez de tecnologias promotoras da mobilidade.
b) súbita extinção de serviços essenciais à população.
c) aceleração da ação exploratória do meio ambiente.
d) redução de investimentos em saneamento público.
e) descontinuidade de algumas tradições culturais.
903) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Millennials são iguais aos pais,


porém mais pobres, conclui Fed

A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos com automóveis, alimentação e moradia. Aos olhos da opinião
pública americana, os jovens da geração Millennial são assassinos em série —
responsabilizados pela morte lenta do queijo processado, do cartão de crédito, do
táxi, do peru de Ação de Graças e até do divórcio. Poucos setores saíram ilesos da
matança cultural promovida pela juventude americana.

Agora surgiram argumentos em sua defesa. Um novo estudo do banco central dos
EUA (Federal Reserve) afirma que a turma nascida entre 1981 e 1997 — famosa
por adorar aplicativos — não é tão diferente dos pais. Essa geração é apenas mais
pobre nesta mesma etapa da vida, já que muitos de seus integrantes chegaram à
idade adulta durante a crise financeira.

―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e


preferências de consumo inferiores aos de gerações passadas, quando se leva em
conta idade, renda e uma maior variedade de características demográficas‖,
escreveram os autores Christopher Kurz, Geng Li e Daniel J. Vine. As conclusões
deles se baseiam em uma análise de gastos, renda, endividamento, patrimônio
líquido e fatores demográficos de várias gerações.

A impressão de que os millennials não têm tantas particularidades assim também


se revela na análise granular dos gastos deles com automóveis, alimentação e
moradia. ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças
de renda média que explicam grande parte da diferença de consumo entre os
millennials e outros grupos‖, segundo o estudo.

(Jeremy Herron e Luke Kawa. Exame. 01.12.2018.


https://exame.abril.com.br. Adaptado)

Os vocábulos que, combinados no contexto, chamam atenção para o fato de que o


conteúdo central divulgado pelo texto contraria uma ideia amplamente difundida
estão destacados em negrito no trecho:

a) A turma nascida entre 1981 e 1997 não tem tantas particularidades assim na
análise dos gastos… (1º parágrafo)

b) … muitos de seus integrantes chegaram à idade adulta durante a crise


financeira. (2º parágrafo)
c) ―Encontramos pouca evidência de que lares de millennials têm gostos e
preferências de consumo inferiores… (3º parágrafo)

d) As conclusões deles se baseiam em uma análise de gastos, renda,


endividamento, patrimônio líquido e fatores demográficos de várias gerações. (3º
parágrafo)

e) ―São principalmente as diferenças de idade média e então as diferenças de


renda média… (4º parágrafo)

904) Concurso: Ass Adm/UFABC/2019 Banca: VUNESP

Leia o cartum para responder à questão.

(Bob Thaves. Frank & Ernest. O Estado de S. Paulo. 26.11.2018.


https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos)

No contexto do cartum, a fala do operador de câmera dá a entender que, para ele,


o outro personagem havia dito que os espectadores estavam

a) multiplicando números.

b) realizando multiplicação.

c) se multiplicando.

d) resolvendo operações matemáticas.

e) obtendo números multiplicados.


905) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

(Duke. Em: www.otempo.com.br)

A resposta da funcionária do estabelecimento permite concluir que os argumentos


sobre política veiculados nas redes sociais são

a) confusos.

b) eloquentes.

c) superficiais.

d) esclarecedores.

e) imprescindíveis.

906) Concurso: Aux/UNIFAI/Computação/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Clareza, objetividade e sinceridade são as características de quem é assertivo. É ser


uma pessoa transparente em intenções e colocações. Olhar no olho ao conversar,
voltar -se à pessoa com quem fala (postura) e usar palavras alinhadas à expressão
facial e tom de voz firme, claro e moderado revela este aspecto durante a
comunicação.

Para Marcos Gross, autor do livro Dicas Práticas de Comunicação: Boas Ideias para
os Relacionamentos e os Negócios, são raros os profissionais com essas qualidades,
já que a capacidade de ser assertivo está sujeita a situações de poder no ambiente
corporativo. ―Como ser sincero, quando tenho medo de sofrer retaliações por dizer
o que penso?‖

Mas, pondera, engolir sapos faz mal à saúde. ―Quando um colaborador não se
permite expressar suas opiniões, desenvolve gastrite, dores na coluna, alergias,
hipertensão, estresse, entre outros problemas‖, escreve.

(Camila Pati, “As cinco regras de ouro da boa comunicação”. Exame. Em:
https://exame.abril.com.br. Adaptado)

De acordo com o texto, clareza, objetividade e sinceridade são características de


uma pessoa que

a) se comunica com firmeza e segurança.

b) ouve mais os outros do que fala.

c) tem receio de ser honesto ao falar.

d) prefere calar-se a sofrer retaliações.

e) se mostra evasiva quando se comunica.

907) Concurso: Escr/UNIFAI/2019 Banca: VUNESP

Bartleby, o escriturário

Não é à toa que Bartleby, o escriturário (ou o escrivão ou Uma história de Wall
Street) é uma obra tão debatida e que deixa tantas pessoas confusas quando de
seu desfecho: há no livro um espaço extremamente propício a especulações e
discussões de toda a sorte, que, de certo modo, parecem conduzir todas, em maior
ou menor medida, a um beco sem saída.

Vamos aos fatos para tentar clarear a situação a respeito do misterioso desfecho de
Bartleby. O conto foi publicado na revista literária Putnam‘s Magazine, pelos idos de
1853, sendo posteriormente incorporado à coletânea de contos The piazza tales, de
1856. Seu autor, Herman Melville, é conhecido do grande público pela obra Moby
Dick.

Quem nos narra a história é o patrão de Bartleby, um advogado de carreira de Wall


Street, que, com elegância e alguma pompa, digna-se a narrar a estranha história
de um de seus funcionários (ele emprega outros três: Nippers, Turkey e Ginger
Nut) e de como a história dele também o atormenta e confunde profundamente.
Tendo Bartleby ido trabalhar no escritório do narrador da história, ficamos
conhecendo seu excêntrico e aparentemente depressivo comportamento, de modo
que começa já aí a se delinear a bruma de mistério em torno de sua figura.
Cabisbaixo, quieto e sofrendo do que parece ser uma falta de motivação ou vontade
de realizar algo, Bartleby estranhamente segue à risca as exigências de seu
trabalho, com exceção das revisões de documentos em que seu patrão ou algum
dos outros funcionários lê em voz alta o texto para que os outros confiram as
cópias.

Com o passar do tempo, porém, Bartleby começa a recusar- se a cumprir suas


obrigações, dizendo sempre a mesma frase, ―Prefiro não fazê-lo‖, atraindo a
insatisfação do patrão, que começa a pressioná-lo a respeito de sua cada vez
menos produtiva labuta. Sem coragem de demiti-lo, o advogado o deixa continuar
―trabalhando‖ e chega a encontrá-lo trancafiado sozinho nos dias de folga nas
dependências do escritório.

A perturbação recai sobre o advogado, que decide mudar -se dali, visto que
Bartleby se recusa a deixar o escritório, e seu aspecto fantasmagórico está
deixando seus nervos à flor da pele.

O nó da história se dá quando, voltando para onde seu escritório se localizava, o


advogado encontra Bartleby morto, ao que parecia, por inanição. Devido à quase
mudez do empregado acerca de suas escolhas e à sua insistência em preferir não
fazer nada, pouco se sabe (e muito se especula) sobre os motivos e as razões
subjacentes a suas escolhas e sua existência moribunda.

(Lucas Deschain. https://www.posfacio.com.br. Adaptado)

De acordo com a análise apresentada, a obra Bartleby, o escriturário inspira muitos


debates porque seu desfecho

a) contém a morte das personagens principais, a saber, o empregado e seu patrão,


o que alimenta as especulações e as discussões diversas.

b) apresenta a morte da personagem como algo previsível na trama, mas paira o


mistério sobre quem teria eliminado o empregado.

c) traz uma situação para a personagem cujo esclarecimento é de difícil resolução,


o que acaba por reforçar seu aspecto de mistério.

d) mostra a personagem como alguém introspectivo, o que aparentemente se


mostra incompatível com seu comportamento ao longo da história.

e) sugere que, desde a morte do escriturário, seu fantasma assombra o local de


trabalho, ideia que alimenta discussões relativas ao sobrenatural.
908) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

O autor recomenda sair das redes sociais, principalmente, às pessoas que

a) criticam e não toleram as que não compartilham de suas ideias.

b) gostam de manipular notícias, segundo seus próprios interesses.

c) dispõem de tempo livre para dedicar-se a hábitos saudáveis.

d) prescindem das redes para administrar os recursos econômicos.

e) adotam os modelos descentralizados e saudosistas dos anos 80.

909) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Para diminuir as consequências trazidas pelo modelo baseado em publicidade,


Lanier propõe um sistema de

a) exclusão dos que não podem pagar pelos serviços.

b) compensação para pagantes e pagadores.

c) vantagem para os que são assíduos nas redes.

d) interdição aos que infringirem as regras de uso.

e) oferta de produtos gratuitos e preservação de imagem.

910) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.
Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:

1. Você está perdendo seu livre-arbítrio


2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)
De acordo com o texto, é correto afirmar que as ferramentas usadas pela internet
são

a) aliciadoras e sedutoras.

b) instrutivas e resistentes.

c) prazerosas e descentralizadoras.

d) receptivas e manipuláveis.

e) inovadoras e educativas.

911) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Texto 1

Filósofo da internet sugere pagar ou sair das redes sociais

Jaron Lanier não poupa críticas ao modelo de negócios baseado em publicidade,


que sustenta a maior parte do que conhecemos por internet hoje. Serviços
gratuitos como Facebook, Google e WhatsApp, no fundo, cobram caro. Na visão de
Lanier, manipulam, mudam comportamentos e, muitas vezes, nos tornam babacas.

Em seu quinto livro, ―Dez Argumentos para Você Deletar Agora suas Redes
Sociais‖, recém-lançado no Brasil, o cientista da computação e precursor da
realidade virtual encoraja as pessoas cuja vida financeira não depende das redes
sociais a abandoná-las – ao menos por seis meses –, para retomarem a
―consciência de si próprias‖.

Lanier afirma que, se cometeram muitos erros na internet, um deles era a ideia de
que a única forma de inovar e manter o serviço livre era com um modelo baseado
em publicidade, o que nos levou a um contexto de vigilância universal. Ele defende
um sistema em que as pessoas possam ser pagas pelo que fazem on line e paguem
pelo que gostam de fazer on line, o que tornaria a relação mais direta e honesta.

Lanier explica: ―Quando você olhava para o anúncio da TV, ele não estava te
olhando de volta. Na internet, é diferente: há mais informação sendo tirada de você
do que oferecida. Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo se mexe,
onde você está e tudo sobre seus dispositivos. O que você vê é a menor parte do
que acontece. Toda informação tirada de você é usada para mudar sua experiência
on line e criar uma sistemática que te prenda. Isso é chamado de engajamento.
Chamo de vício. É quase como vício em jogo, há busca por satisfação, e a punição é
severa.‖

Jaron Lanier recomenda ficar atento aos 10 argumentos para você deletar suas
redes sociais:
1. Você está perdendo seu livre-arbítrio
2. Largar as redes sociais é a maneira mais certeira de resistir à insanidade dos
nossos tempos
3. As redes sociais estão tornando você um babaca
4. As redes sociais minam a verdade
5. As redes sociais transformam o que você diz em algo sem sentido
6. As redes sociais destroem sua capacidade de empatia
7. As redes sociais deixam você infeliz
8. As redes sociais não querem que você tenha dignidade econômica
9. As redes sociais tornam a política impossível
10. As redes sociais odeiam sua alma
(Folha de S. Paulo, 20.10.2019, Adaptado)

Texto 2

Malfadada tecnologia

Sob o comando de Lúcifer, a tela conseguiu hipnotizar multidões de mulheres,


homens, crianças mantidos on line. Antes, podíamos alegar não ter visto a
mensagem enviada, por estarmos longe do computador. A tela jogou por terra essa
possibilidade. Não satisfeito, criou o WhatsApp. Cinco minutos depois de enviar um
email,o inimigo manda um WhatsApp para cobrar a resposta. Desafetos mais
ansiosos executam as duas operações simultaneamente.

(Drauzio Varella, Folha de S.Paulo. 28.10.2018. Adaptado)

Ao comparar os textos 1 e 2, é correto afirmar que o texto

a) 1 defende as redes, porque elas permitem que o usuário pague pelos serviços.

b) 2 utiliza tom mais leve que o 1, para criticar as consequências da internet.

c) 1 e o 2 aprovam as redes sociais, desde que usadas com critério.

d) 1 e o 2 criticam fortemente o uso irrefletido da tecnologia.

e) 2 apresenta argumentos frágeis, para demonizar as redes sociais.


912) Concurso: Aux Leg/CM Tatuí/2019 Banca: VUNESP

Observe a charge, para responder à questão.

(Folha de S. Paulo, 28.10.2018. Adaptado)

Sobre a charge, é correto afirmar:

a) o uso da tecnologia é proporcional à capacidade humana de suportá-la.

b) o homem conquistou com muito esforço a tecnologia e, agora, usufrui dela.

c) a tecnologia proporciona ao homem benefícios incalculáveis.

d) as invenções da ciência elevaram o homem a um patamar ilimitado.

e) o avanço tecnológico pode ter trazido consequências danosas.

913) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

Segundo o texto, a reivindicação por uma agenda econômica centrada na


ampliação das capacidades humanas deve-se à

a) recente adoção de políticas públicas educacionais direcionadas ao enfrentamento


dos desafios impostos pelas transformações nos modos de produção.

b) necessidade de encontrar soluções que possam minimizar o impacto dos


problemas sociais para a população mais idosa que têm origem no desemprego.

c) emergência de se adotarem medidas para conter o processo acelerado de


automação e de robotização, responsável pelo avanço das mudanças climáticas.

d) demanda pelo desenvolvimento de novas competências, diante da previsão do


fim de ocupações em decorrência da intensa automação e robotização.

e) necessidade de aceleração da automação da indústria nacional, indispensável


para atender a demanda de um mercado consumidor em crescimento constante.
914) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)


Segundo a autora, uma preparação eficiente para o contexto de trabalho em que
antigas profissões serão extintas enquanto outras serão criadas envolve

a) o trabalho constante de pesquisa voltada para a identificação das profissões


com potencial para serem extintas e daquelas que permanecerão em alta.

b) o desenvolvimento da consciência política sobre a necessidade da adoção de


medidas para fazer frente aos novos desafios impostos à humanidade.

c) o reconhecimento do nível de capacitação pessoal, o que impõe aceitar


desempenhar desde atividades mais básicas até aquelas que dependem de reflexão
crítica.

d) a capacidade de reinventar-se continuamente, fundamental para o desempenho


de atividades que requerem reflexão crítica e aptidão para resolução de problemas.

e) um sistema educacional que despreze os conhecimentos prévios dos estudantes


e direcione o ensino à capacitação deles para desempenhar uma única profissão.

915) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

O Marajá

A família toda ria de dona Morgadinha e dizia que ela estava sempre esperando a
visita de alguém ilustre. Dona Morgadinha não podia ver uma coisa fora do lugar,
uma ponta de poeira em seus móveis ou uma mancha em seus vidros e cristais.
Gemia baixinho quando alguém esquecia um sapato no corredor, uma toalha no
quarto ou – ai, ai, ai – uma almofada fora do sofá da sala. Baixinha, resoluta,
percorria a casa com uma flanela na mão, o olho vivo contra qualquer incursão do
pó, da cinza, do inimigo nos seus domínios.

Dona Morgadinha era uma alma simples. Não lia jornal, não lia nada. Achava que
jornal sujava os dedos e livro juntava mofo e bichos. O marido de dona
Morgadinha, que ela amava com devoção apesar do seu hábito de limpar a orelha
com uma tampa de caneta Bic, estabelecera um limite para sua compulsão por
limpeza. Ela não podia entrar em sua biblioteca. Sua jurisdição acabava na porta.
Ali dentro só ele podia limpar, e nunca limpava. E, nas raras vezes em que dona
Morgadinha chegava à porta do escritório proibido para falar com o marido, esse
fazia questão de desafiá-la. Botava os pés em cima dos móveis. Atirava os sapatos
longe. Uma vez chegara a tirar uma meia e jogar em cima da lâmpada só para ver
a cara da mulher. Sacudia a ponta do charuto sobre um cinzeiro cheio e errava
deliberadamente o alvo. Dona Morgadinha então fechava os olhos e, incapaz de se
controlar, lustrava com a sua flanela o trinco da porta.

(Luis Fernando Veríssimo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
Adaptado)
A expressão presente no texto que melhor sintetiza a principal característica da
personagem dona Morgadinha é:

a) ... sempre esperando a visita...

b) Gemia baixinho...

c) Não lia jornal, não lia nada.

d) ... compulsão por limpeza.

e) ... incapaz de se controlar...

916) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.

Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é


vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)

De acordo com o 1º parágrafo, pode-se afirmar que Fabrício

a) não estava acostumado a atender os pedidos dos vizinhos.

b) sentia que a convivência entre vizinhos não era tão boa.

c) estava habituado a ver os vizinhos se ajudarem uns aos outros.

d) tinha em casa tudo de que precisava para não incomodar os vizinhos.

e) ia a um mercado próximo para não ter de pedir nada a ninguém.

917) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.

Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é


vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:


– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)

Conforme o texto, a maneira como Fabrício reagiu ao toque da campainha revela


que ele

a) estava disposto a colaborar.

b) já sabia do que se tratava.

c) sentiu-se incomodado e raivoso.

d) não se importava em ajudar os vizinhos.

e) simpatizava com os vizinhos do apartamento.

918) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.
Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é
vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)

O fato de Dona Lúcia retribuir um favor com flores mostrou a Fabrício que os seres
humanos

a) não são mais confiáveis.

b) são um tanto ingratos.

c) estão cada vez mais egoístas.

d) são capazes de gestos elegantes.

e) falham cada dia mais.


919) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Vizinhos

Fabrício via na infância moradores pedindo um pouco de açúcar, de sal, de arroz e


de café emprestado para os vizinhos. Era natural a convivência harmoniosa na
urgência. Chegava uma visita inesperada e não se tinha tempo para sair e dar um
pulo no mercado. Então batia-se na porta ao lado e dificilmente alguém recebia um
não.

Com a insegurança atual, o máximo que Fabrício testemunha na vida adulta é


vizinho gritando para baixar a música, chamando a polícia ou denunciando os
outros nas reuniões de condomínio.

Fabrício e a mulher, Beatriz, estavam jantando, num sábado, quando a campainha


do apartamento deles tocou. Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de
criticar e expelir o veneno pela boca:

– Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?

Beatriz, ao contrário do marido, abriu a porta com generosidade:

– Como posso ajudar, querida?

Uma senhora do apartamento do andar de cima, Dona Lúcia, vinha solicitar um


abajur emprestado. Beatriz não estranhou o pedido nem hostilizou a necessidade
da vizinha. Foi ao quarto e, imediatamente, trouxe o objeto.

– Não tenha pressa de devolver.

Fabrício ainda se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado
com o destino do empréstimo. Não quis se meter no assunto, embora considerasse
que Beatriz tinha sido ingênua ao emprestar o abajur. Logo mais estariam pedindo
o sofá, as cortinas, a máquina de lavar, as cadeiras, o fogão, a geladeira... Não
teria fim a ciranda de favores.

Entretanto, no dia seguinte a vizinha voltou com o abajur e mais um vaso com
flores muito perfumadas para retribuir a gentileza de Beatriz. Quando Fabrício
olhou para as flores no centro da mesa, sentiu o perfume em seu rosto.
Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a confiança é
perfumada.

(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)
A leitura do último parágrafo permite afirmar que Fabrício

a) não gostou de ver sua mulher emprestar o abajur.

b) refletiu a respeito da confiança nos seres humanos.

c) ficou indiferente às flores que sua mulher ganhou.

d) não gostou do tipo de flor que D. Lúcia ofereceu a Beatriz.

e) confirmou sua ideia de que as pessoas não são confiáveis.

920) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder a questão.

(Mauricio de Sousa. Os Sousa: Uma família do barulho. Porto Alegre: L&PM, 2018)

De acordo com a leitura do 1º quadrinho, pode-se afirmar que a resposta dada ao


vizinho que pediu o rádio emprestado foi dada com

a) antipatia.

b) raiva.

c) receio.

d) aspereza.

e) simpatia.
921) Concurso: Ag/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder a questão.

(Mauricio de Sousa. Os Sousa: Uma família do barulho. Porto Alegre: L&PM, 2018)

Conforme a leitura do último quadrinho, é correto afirmar que o dono do rádio

a) compreendeu com alegria o motivo do pedido do vizinho.

b) emprestou o rádio porque se sentiu pressionado.

c) negou-se a emprestar o rádio ao vizinho naquele dia.

d) não sabia que seu rádio incomodava tanto os outros.

e) ficou contente ao descobrir o porquê do pedido do vizinho.

922) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.
Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

Segundo depreende-se do texto, pode-se afirmar que

a) seres humanos e outros animais estão sujeitos aos mesmos riscos quando
expostos às altas temperaturas do verão.

b) não é recomendável que, ao passearem com seus animais, os donos levem


água, pois os bichinhos não vão bebê-la.

c) o calor pode representar um risco maior para determinadas raças de cachorro,


com características físicas típicas, do que para outras raças.

d) cães possuem maior sensibilidade ao calor, já que a sensação térmica para eles
é sempre maior do que para seres humanos.

e) a dona do animal parou sob uma árvore para descansar, assim como a autora
do texto, que tentava poupar suas energias para chegar ao seu destino.

923) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.
Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)

A fala da dona do animal no último parágrafo demonstra que ela

a) entendia ser melhor não sair de casa com o animal no calor, mas saiu mesmo
assim porque não queria deixar o cachorro sozinho em casa.

b) saía de casa com seu animal, de uma forma ou outra, ainda que isso se desse
em horários não adequados para o cachorro.

c) tinha consciência dos riscos a que estava exposta, mas preferia aquele horário
por entender que era o melhor para o cachorro.

d) preferia não levar o animal para passear em dias quentes, já que, para ela, era
mais importante preservar a saúde do cachorro.

e) não conseguia acordar mais cedo e, por essa razão, estava sempre atrasada
para seus compromissos, o que fazia com que ela dedicasse pouco tempo ao
cachorro.

924) Concurso: PAEPE/UNICAMP/Administração/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.
Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

De acordo com a opinião do autor, a tecnologia

a) impulsiona a valorização dos trabalhos realizados pelos técnicos de informática,


através das soluções de problemas em computadores.

b) traz ameaças a uma grande massa da sociedade, fazendo com que pessoas se
sintam hostilizadas por não saberem utilizar dispositivos tecnológicos.

c) estimula os jovens a estudarem disciplinas da área de exatas, fazendo com que


as disciplinas de humanas se tornem secundárias no processo de formação.

d) aquece o mercado da engenharia eletrônica, fazendo com que a procura por


cursos de engenharia aumente exponencialmente a cada dia.

e) faz com que processos de reinstalação de internet e de desbloqueio de cartão de


crédito se tornem mais simples.

925) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)

O objetivo do texto é discutir

a) a dificuldade enfrentada pelos robôs colaborativos para ocupar postos de


trabalho.

b) a mecanização das linhas de montagem na China e seus reflexos pelo mundo.

c) a redução das profissões nos Estados Unidos após o advento das novas
tecnologias.

d) a acelerada substituição do trabalho humano pelo uso de robôs e softwares.

e) a relutância das empresas para a utilização de robôs colaborativos


rotineiramente.

926) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)

O estudo da Universidade de Oxford revela que

a) os computadores e algoritmos encontram dificuldades para substituir os


humanos nas tarefas executadas manualmente.

b) as profissões que se baseiam em tarefas repetitivas tenderão a ser realizadas


pelos computadores e a lgoritmos.

c) as relações de trabalho, no futuro, terão influência das tecnologias, mas poucas


pessoas serão substituídas pelas máquinas.

d) os Estados Unidos têm incentivado a substituição do trabalho manual pelos


realizados por computadores.

e) os softwares e algoritmos perderam espaço no mercado de trabalho, por causa


da ênfase dada ao trabalho manual.
927) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 30.11.2017)

No plano verbal, o efeito de humor da tira vem do emprego da

a) palavra ―medo‖, que se mostra aparentemente incoerente no contexto.

b) pergunta, com que a menina atenua o sentimento de medo do rato.

c) frase ―Não sei!‖, gerando ambiguidade no segundo quadrinho.

d) palavra ―Ele‖, que não tem um referente explícito anteriormente.

e) palavra ―desconhecido‖, cujo sentido se modifica e ntre os quadrinhos.


928) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)

De acordo com as informações do texto, conclui-se corretamente que uma ideia


torta é acreditar que

a) existem técnicas que melhoram a escrita.

b) ter talento é um fato raro realmente.

c) escrever com clareza e precisão é uma riqueza.

d) saber escrever é uma questão de talento.

e) escrever é um direito numa sociedade justa.


929) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir

Para se alfabetizar de verdade,


Brasil deve se livrar de algumas ideias tortas

Meses atrás, quando falei aqui do livro de Zinsser, um leitor deixou o seguinte
comentário: ―É de uma pretensão sem tamanho, a vaidade elevada ao maior grau,
o sujeito se meter a querer ensinar os outros a escrever‖.

Pois é. Muita gente acredita que, ao contrário de todas as demais atividades


humanas, da música à mecânica de automóveis, do macramê à bocha, a escrita
não pode ser ensinada.

Por quê? Porque é especial demais, elevada demais, dizem alguns. É o caso do
leitor citado, que completou seu comentário com esta pérola: ―Saber escrever é
uma questão de talento, quem não tem, não vai nunca aprender…‖

Há os que chegam à mesma conclusão pelo lado oposto, a ilusão de que toda
pessoa alfabetizada domina a escrita, e o resto é joguinho de poder espúrio.

Talento literário é raro mesmo, mas não se trata disso. Também não estamos
falando só de correção gramatical e ortográfica, aspecto que será cada vez mais
delegado à inteligência artificial.

Estamos falando de pensamento. Escrever com clareza e precisão, sem matar o


leitor de confusão ou tédio, é uma riqueza que deve ser distribuída de forma
igualitária por qualquer sociedade que se pretenda civilizada e justa.

(Sérgio Rodrigues. Folha de S.Paulo, 07.12.2017)

Ao levar para seu texto os comentários do leitor, o autor pretende


a) apresentar uma opinião da qual discorda radicalmente, já que ele defende que a
escrita pode ser ensinada.
b) fundamentar a sua argumentação a favor da inspiração para escrever, o que
encontra eco nesses comentários.
c) buscar um caminho alternativo para o modo como as pessoas escrevem,
marcadamente confuso e enfadonho.
d) tratar de novas nuances da boa escrita, que ele acredita estar sob
responsabilidade da inteligência artificial.
e) mostrar que o que interessa de fato na produção escrita é o atendimento à
correção ortográfica e gramatical.
930) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

01. Leia a tira.

(Alexandre Beck. Armandinho. http://tinyurl.com/yd9qyey7)

Armandinho atribui ao vocábulo responsável o sentido de

a) adulto.

b) aplicado.

c) culpado.

d) obediente.

e) prudente.

931) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço


algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.

Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.

Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes


vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.

(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

Um esclarecimento do que seja a Síndrome da Supermemória está expresso na


seguinte passagem:

a) ... pode ser fácil pensar que a descrição de Sharrock seja um sonho nostálgico
em vez de uma memória real.

b) Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de


absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.

c) As pesquisas ainda estão em andamento, já que existem poucos indivíduos com


a síndrome no mundo, e a área ainda é relativamente nova.

d) … ela aprendeu a tentar usar memórias positivas para superar as negativas...

e) Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias


invasivas‖ que a fazem se sentir mal.
932) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço
algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes
vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

De acordo com o terceiro parágrafo, os estudos acerca da supermemória

a) ainda não avaliaram fisicamente o cérebro de pessoas com HSAM.


b) confirmam que o crescimento anormal do lobo temporal leva à síndrome.
c) rejeitam a hipótese de que esteja relacionada ao tamanho do cérebro.
d) não permitem fazer afirmações conclusivas acerca de suas causas.
e) não avançaram porque as pessoas com a síndrome são muito reservadas.
933) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

―Quando eu tinha mais ou menos uma semana de idade, eu me lembro de estar


enrolada em um cobertor rosa de algodão‖, conta Rebecca Sharrock. Considerando
que a memória da maioria das pessoas não é capaz de gravar acontecimentos
anteriores aos quatro anos de idade, pode ser fácil pensar que a descrição de
Sharrock seja um sonho nostálgico em vez de uma memória real. Mas a mulher
australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com
uma síndrome rara chamada ―Memória Autobiográfica Altamente Superior‖, ou
HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória.
Essa condição neurológica única significa que Sharrock consegue se lembrar de
absolutamente tudo que ela fez em qualquer data.
Pessoas com essa síndrome podem se lembrar instantaneamente e sem esforço
algum de qualquer coisa que fizeram, o que vestiram ou onde estavam em
qualquer momento da vida. Elas podem se lembrar de notícias e acontecimentos
pessoais com tantos detalhes e com uma exatidão tão perfeita que são
comparáveis a uma gravação.
Por que algumas pessoas nascem com a supermemória? As pesquisas ainda estão
em andamento, já que existem poucos indivíduos com a síndrome no mundo, e a
área ainda é relativamente nova. Mas alguns estudos indicam que o lobo temporal
(que ajuda no processamento de memória.) é maior nos cérebros das pessoas com
HSAM.
Ter uma supermemória significa que as memórias são gravadas em detalhes
vívidos, o que é fascinante em termos científicos, mas pode ser uma praga para
quem tem a síndrome. Algumas pessoas com HSAM dizem que suas memórias são
muito organizadas, mas Sharrock descreve seu cérebro como ―entupido‖ e diz que
reviver memórias lhe dá dor de cabeça e insônia. Apesar disso, ela aprendeu a
tentar usar memórias positivas para superar as negativas: ―No começo de todo
mês, eu escolho todas as melhores memórias que tive naquele mês em outros
anos‖. Reviver acontecimentos positivos facilita na hora de lidar com as ―memórias
invasivas‖ que a fazem se sentir mal.
(Sarah Keating, BBC. 17.11.2017. www.bbc.com. Adaptado)

A partir do último parágrafo, conclui-se que Sharrock

a) tem mais facilidade em se lembrar de memórias recentes.


b) apaga as más memórias concentrando-se nas boas.
c) gosta de se envolver em experimentos científicos.
d) não é capaz de selecionar o que vai lembrar.
e) não tem total controle sobre suas memórias.
934) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei, você aí. Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você
apagaria? Seria perfeito, pois manteríamos tudo de bom e esqueceríamos
completamente o ruim. Mas não, não seria perfeito. E sabe por quê? Porque
precisamos das perdas para valorizar os ganhos, o bom precisa do ruim para ser
compreendido e vice-versa. Simples assim. Só que geralmente nos agarramos às
derrotas e não enxergamos as conquistas. Escondemos as recordações bonitas lá
no fundo da gaveta, enquanto carregamos as mágoas agarradas pela mão, para
cima e para baixo.

É possível, sim, seguir adiante sem tanta culpa pelo erro e sem o medo de falhar
novamente, a partir do momento em que entendemos que as quedas são
necessárias para que nos tornemos pessoas mais completas, aptas a resolver
problemas e encontrar saídas. Então, passamos a enxergar a dor como um mal
necessário. Inclusive, é ela que, muitas vezes, nos tira da inércia e nos impulsiona
a reagir.

Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da
vida, aptos a receber o que nos mandam e transformar tudo o que vier em
aprendizado. É impossível esquecer as tristezas, mas que elas não sejam
lembradas a todo instante.

(Karen Curi. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Na opinião da autora, as experiências negativas devem ser compreendidas como


fonte de aprendizado,

a) mas infelizmente as pessoas as esquecem com facilidade.

b) por isso mesmo precisam ser cultuadas com regularidade.

c) porém não devem ser constantemente evocadas.

d) portanto deveriam ser frequentemente estimuladas.

e) embora sejam menos eficazes que as experiências positivas.


935) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei, você aí. Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você
apagaria? Seria perfeito, pois manteríamos tudo de bom e esqueceríamos
completamente o ruim. Mas não, não seria perfeito. E sabe por quê? Porque
precisamos das perdas para valorizar os ganhos, o bom precisa do ruim para ser
compreendido e vice-versa. Simples assim. Só que geralmente nos agarramos às
derrotas e não enxergamos as conquistas. Escondemos as recordações bonitas lá
no fundo da gaveta, enquanto carregamos as mágoas agarradas pela mão, para
cima e para baixo.

É possível, sim, seguir adiante sem tanta culpa pelo erro e sem o medo de falhar
novamente, a partir do momento em que entendemos que as quedas são
necessárias para que nos tornemos pessoas mais completas, aptas a resolver
problemas e encontrar saídas. Então, passamos a enxergar a dor como um mal
necessário. Inclusive, é ela que, muitas vezes, nos tira da inércia e nos impulsiona
a reagir.

Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da
vida, aptos a receber o que nos mandam e transformar tudo o que vier em
aprendizado. É impossível esquecer as tristezas, mas que elas não sejam
lembradas a todo instante.

(Karen Curi. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Duas construções que, no texto, expressam a mesma ideia estão em:

a) … esqueceríamos completamente o ruim... ... o bom precisa do ruim...

b) … manteríamos tudo de bom... … não enxergamos as conquistas.

c) ... recordações bonitas... ... um mal necessário.

d) … nos agarramos às derrotas... … seguir adiante sem tanta culpa...

e) ... precisamos das perdas... ... as quedas são necessárias...


936) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei, você aí. Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você
apagaria? Seria perfeito, pois manteríamos tudo de bom e esqueceríamos
completamente o ruim. Mas não, não seria perfeito. E sabe por quê? Porque
precisamos das perdas para valorizar os ganhos, o bom precisa do ruim para ser
compreendido e vice-versa. Simples assim. Só que geralmente nos agarramos às
derrotas e não enxergamos as conquistas. Escondemos as recordações bonitas lá
no fundo da gaveta, enquanto carregamos as mágoas agarradas pela mão, para
cima e para baixo.

É possível, sim, seguir adiante sem tanta culpa pelo erro e sem o medo de falhar
novamente, a partir do momento em que entendemos que as quedas são
necessárias para que nos tornemos pessoas mais completas, aptas a resolver
problemas e encontrar saídas. Então, passamos a enxergar a dor como um mal
necessário. Inclusive, é ela que, muitas vezes, nos tira da inércia e nos impulsiona
a reagir.

Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da
vida, aptos a receber o que nos mandam e transformar tudo o que vier em
aprendizado. É impossível esquecer as tristezas, mas que elas não sejam
lembradas a todo instante.

(Karen Curi. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

No contexto do segundo parágrafo, a expressão fundo da gaveta remete

a) à facilidade para se lembrar dos fatos vividos.

b) a sentimentos expressos com exatidão.

c) ao aprendizado que é posto em prática.

d) às ideias que vêm à mente com frequência.

e) a uma parte pouco acessada da memória.


937) Concurso: OfAA/CM 2 Córregos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei, você aí. Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você
apagaria? Seria perfeito, pois manteríamos tudo de bom e esqueceríamos
completamente o ruim. Mas não, não seria perfeito. E sabe por quê? Porque
precisamos das perdas para valorizar os ganhos, o bom precisa do ruim para ser
compreendido e vice-versa. Simples assim. Só que geralmente nos agarramos às
derrotas e não enxergamos as conquistas. Escondemos as recordações bonitas lá
no fundo da gaveta, enquanto carregamos as mágoas agarradas pela mão, para
cima e para baixo.

É possível, sim, seguir adiante sem tanta culpa pelo erro e sem o medo de falhar
novamente, a partir do momento em que entendemos que as quedas são
necessárias para que nos tornemos pessoas mais completas, aptas a resolver
problemas e encontrar saídas. Então, passamos a enxergar a dor como um mal
necessário. Inclusive, é ela que, muitas vezes, nos tira da inércia e nos impulsiona
a reagir.

Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da
vida, aptos a receber o que nos mandam e transformar tudo o que vier em
aprendizado. É impossível esquecer as tristezas, mas que elas não sejam
lembradas a todo instante.

(Karen Curi. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Considere as formas verbais destacadas nas frases do texto:

• Se fosse possível apagar da sua memória o que lhe causa dor, você apagaria?

• Usemos as decepções a nosso favor para que nos tornemos grandiosos diante da
vida…

As formas verbais apagaria e Usemos exprimem, respectivamente, sentidos de

a) recomendação e lembrança.

b) dúvida e lembrança.

c) dúvida e hipótese.

d) hipótese e recomendação.

e) hipótese e dúvida.
938) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto e


correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem
retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita.

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus


personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. ―Não tenho nada contra a
linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em
sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a
narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o
público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente‖.

O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago,
conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e
apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos
cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. ―Muitas
vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador.
Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil‖, afirma Nogueira, que também diz se
inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado
de Assis e Eça de Queiroz.

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a


mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o
sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da
novela foi pensada para casar com o texto. ―É uma novela que se passa no fim dos
anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente
nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época‖, diz.

(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)

De acordo com o texto, entende-se que as formas linguísticas empregadas na


novela

a) constituem usos comuns na linguagem moderna, porém a maior parte das


pessoas não os entende.

b) estão associadas ao coloquial, o que dá mais vivacidade à linguagem e desperta


o interesse do público.

c) harmonizam-se com a linguagem dos dias atuais porque deixam de lado os usos
corretos e formais.
d) divergem dos usos linguísticos atuais, caracterizados pela adoção de formas
mais coloquiais.

e) correspondem a um linguajar que, apesar de ser antigo, continua em amplo uso


na linguagem atual.

939) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto e


correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem
retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita.

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus


personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. ―Não tenho nada contra a
linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em
sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a
narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o
público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente‖.

O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago,
conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e
apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos
cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. ―Muitas
vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador.
Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil‖, afirma Nogueira, que também diz se
inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado
de Assis e Eça de Queiroz.

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a


mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o
sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da
novela foi pensada para casar com o texto. ―É uma novela que se passa no fim dos
anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente
nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época‖, diz.

(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)


As informações textuais permitem afirmar corretamente que

a) a harmonização entre a linguagem e a estética da novela contribui para que a


caracterização de uma época seja mais bem entendida pelo público.

b) a opção por escrever uma novela de época implica a transposição de elementos


visuais e linguísticos para o tempo presente, modernizando-os.

c) a linguagem coloquial atrai sobremaneira os autores de novelas, como é o caso


de Alcides Nogueira, que desconhecia o emprego de formas eruditas.

d) a linguagem erudita deixa de ser empregada na novela quando há necessidade


de retratar os momentos mais banais vividos pelas personagens.

e) a proximidade entre a literatura e as novelas exige que haja um senso estético


aguçado em relação à linguagem, por isso essas artes primam pelo erudito.

940) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Se determinado efeito, lógico ou artístico, mais fortemente se obtém do emprego


de um substantivo masculino apenso a substantivo feminino, não deve o autor
hesitar em fazê-lo. Quis eu uma vez dar, em uma só frase, a ideia – pouco importa
se vera ou falsa – de que Deus é simultaneamente o Criador e a Alma do mundo.
Não encontrei melhor maneira de o fazer do que tornando transitivo o verbo ―ser‖;
e assim dei à voz de Deus a frase:

– Ó universo, eu sou-te,

em que o transitivo de criação se consubstancia com o intransitivo de identificação.

Outra vez, porém em conversa, querendo dar incisiva, e portanto


concentradamente, a noção verbal de que certa senhora tinha um tipo de rapaz,
empreguei a frase ―aquela rapaz‖, violando deliberadamente e justissimamente a
lei fundamental da concordância.

A prosódia, já alguém o disse, não é mais que função do estilo.

A linguagem fez-se para que nos sirvamos dela, não para que a sirvamos a ela.

(Fernando Pessoa. A língua portuguesa, 1999. Adaptado)


No texto, o autor defende que

a) a forma como muitas pessoas se comunicam cotidianamente tem deturpado a


essência da língua, comprometendo-lhe a clareza.

b) os discursos lógicos e artísticos, para serem mais coerentes, têm evitado as


violações linguísticas a que poderiam recorrer.

c) a transformação das formas de comunicação está restrita à linguagem oral,


normalmente menos formal que a escrita.

d) o estilo dos escritores rompe com a tradição da linguagem, o que implica que
eles, cada vez mais, estão submissos a ela.

e) a linguagem deve atender às necessidades comunicativas das pessoas, nem que


para isso suas regras tenham de ser violadas.

941) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

No texto, o autor recorre a várias citações, com a finalidade de

a) enfatizar as discrepâncias quanto à necessidade da gramática para a vida,


concluindo que ela é inútil e só tem servido como atividade escolar.

b) discutir a falta de necessidade do ensino de gramática, uma vez que seu


domínio não implica necessariamente saber usar a língua de forma adequada.

c) questionar a fascinação que grandes personalidades têm em relação à


gramática, a qual, na maioria das vezes, ultrapassa os limites do contexto escolar.

d) mostrar diferentes perspectivas em relação à gramática, concluindo que ela é


relevante e que algumas de suas partes assemelham-se a fases da vida.

e) propor a obrigatoriedade do ensino da gramática dentro e fora da escola,


possibilitando que as pessoas usem melhor a língua materna.
942) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Observe as passagens do texto:

 O que a gente deve aos professores! (1º parágrafo)


 ... mas quem, professoras, nos ensina a viver? (4º parágrafo)

Observando-se o contexto em que ocorrem e a pontuação nelas presentes, conclui-


se que as frases apontam, correta e respectivamente, para os seguintes sentidos:

a) o narrador ironiza a educação e os ensinamentos de seus professores; o


narrador sugere que a gramática não tem importância nenhuma na vida das
pessoas.

b) o narrador sente que está em dívida com os professores, por tudo o que
aprendeu; o narrador acredita que o papel da gramática no cotidiano é
incompreendido.

c) o narrador questiona os ensinamentos gramaticais que recebeu dos professores;


o narrador discorda da ideia de que a gramática seja a disciplina mais importante.

d) o narrador demonstra reconhecimento pelo que lhe foi ensinado pelos


professores; o narrador questiona qual é o papel da gramática na vida cotidiana
das pessoas.

e) o narrador expressa certo descontentamento com o que os professores lhe


ensinaram; o narrador tem plena certeza de que a gramática transforma a vida das
pessoas.

943) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Quando o autor diz que a vida é pontuação e associa a infância à exclamação, seu
objetivo é mostrar que
a) as crianças normalmente descobrem o mundo sem reagir aos acontecimentos
que marcam essa etapa de seu desenvolvimento.
b) o pleno encantamento marca esse período da vida, e as emoções tendem a
mostrar-se com mais intensidade e espontaneidade.
c) os adultos têm dificuldade para atender o encantamento das crianças pelas suas
descobertas com o mundo que as circunda.
d) os adultos tendem a ficar incomodados com a forma como as crianças vão
descobrindo os segredos do mundo.
e) a percepção exagerada das crianças não tem como se justificar na relação que
elas estabelecem com os adultos e o mundo.
944) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
O que Oscar Wilde afirma acerca de George Moore – escreveu excelente inglês, até
que descobriu a gramática – significa que

a) o contato com a gramática ocasionou, na obra de George Moore, o


comprometimento da qualidade de sua escrita.

b) o fato de escrever com excelência em inglês não impediu George Moore de


buscar linguagem mais contemporânea.

c) a gramática agiu, na obra de George Moore, para acentuar sua tendência a uma
escrita de alta qualidade técnica.

d) George Moore passou a escrever em inglês popular somente depois que


descobriu a riqueza da gramática.

e) a descoberta da gramática por George Moore surpreendeu a todos, pelo padrão


de excelência de sua obra.

945) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as frases da passagem Infância: a permanente


exclamação expressam as vivências infantis relacionadas à possessividade e à
escolarização, respectivamente.

a) Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! / Dá agora, quero ver!

b) Claro, quem não chora não mama! / Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

c) Que grande! E como chora! / Ele nem fala, mamãe!

d) Dá agora! Dá agora, se tu és homem! / Ele não se mexe, mamãe!

e) Me dá! É meu! / Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!
946) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ei-lo agora, adolescente recluso em seu quarto, diante de um livro que não lê.
Todos os seus desejos de estar longe erguem, entre ele e as páginas abertas, uma
tela esverdeada que perturba as linhas. Ele está sentado diante da janela, a porta
fechada às costas. Página 48. Ele não tem coragem de contar as horas passadas
para chegar à essa quadragésima oitava página. O livro tem exatamente
quatrocentas e quarenta e seis. Pode-se dizer 500 páginas! Se ao menos tivesse
uns diálogos, vai. Mas não! Páginas completamente cheias de linhas apertadas
entre margens minúsculas, negros parágrafos comprimidos uns sobre os outros e,
aqui e acolá, a caridade de um diálogo – um travessão, como um oásis, que indica
que um personagem fala à outro personagem. Mas o outro não responde. E segue-
se um bloco de doze páginas! Doze páginas de tinta preta! Falta de ar! Ufa, que
falta de ar! Ele xinga. Muitas desculpas, mas ele xinga. Página quarenta e oito... Se
ao menos conseguisse lembrar do conteúdo dessas primeiras quarenta e oito
páginas!

(Daniel Pennac. Como um romance, 1993. Adaptado)

O texto relata que

a) o adolescente considera penosa a tarefa de ler um livro de 446 páginas.

b) a história do livro desanima o adolescente, que pula páginas em busca de um


diálogo.

c) o livro cativa o adolescente, ansioso por terminar logo a leitura das quase 500
páginas.

d) o xingamento do adolescente é inevitável, mas ele se arrepende e volta a ler o


livro.

e) a recordação do conteúdo do livro ameniza o sofrimento do adolescente com a


leitura.
947) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 26.10.2017)

Ao referir-se a escrever uma monstruosidade nas redes sociais, a personagem


constata que isso

a) é algo reprovado por todos os internautas.

b) era prática inexistente na época do Orkut.

c) ocorre com facilidade atualmente.

d) deixou de acontecer depois do Orkut.

e) tende a sumir muito brevemente.


948) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 26.10.2017)

No último quadrinho, a expressão ―essas frescuras‖ faz referência ao fato de as


pessoas

a) comunicarem-se pelo Orkut.

b) escreverem algumas monstruosidades.

c) postarem comentários no Orkut.

d) lembrarem-se da época do Orkut.

e) comentarem de forma anônima.


949) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

O texto traz uma série de dados com o objetivo de

a) mostrar que a condição de pobreza no Brasil se agrava, o que reforça a


desigualdade social.

b) enfatizar que a desigualdade social no Brasil, que já foi um problema, diminuiu


significativamente.

c) comparar a situação de pobreza atual com a de 22 anos atrás, que gerava muita
desigualdade.
d) denunciar a desigualdade social no Brasil, que é a menor entre as chamadas
democracias capitalistas.

e) relativizar o impacto da desigualdade social no Brasil, já que há estabilidade no


número de pobres no país.

950) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)
Com base nos dados estatísticos apresentados no texto, é correto afirmar que
houve

a) aumento no número de pessoas na miséria no Brasil, as quais superam o


contingente das que vivem abaixo da linha da pobreza.

b) inexpressiva alteração na concentração de renda no topo da pirâmide social


brasileira com os dados do IR e do PIB.

c) diminuição dos mais ricos e também aumento dos mais pobres nos últimos 22
anos na sociedade brasileira.

d) aumento na desigualdade social no Brasil, já que nos últimos 22 anos houve um


aumento de 22 milhões de pessoas na pobreza.

e) aumento no número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil,


no período de 2014 a 2017.

951) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

De acordo com o texto, em uma situação de crise,

a) os pobres acabam tendo mais vantagem que os ricos, que perdem seus
investimentos.

b) pobres e ricos são prejudicados da mesma forma, o que deixa o país mais
vulnerável.

c) os ricos preservam-se melhor, razão pela qual aumenta a parcela da população


pobre.

d) ricos e pobres conseguem driblá-la satisfatoriamente, em uma democracia


capitalista.

e) os ricos tendem a ser mais prejudicados proporcionalmente do que os pobres.

952) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

De acordo com as informações textuais, o autor entra num botequim com a


principal intenção de

a) ir ao encontro de suas lembranças íntimas em busca de um tema para seu novo


texto.

b) se isolar em um lugar que lhe facilite escrever um poema do cotidiano, já que


ele é um poeta.

c) aguardar que algum acontecimento do dia a dia lhe dê inspiração para a


produção de uma crônica.
d) saborear um café na companhia de amigos e escrever uma crônica pitoresca do
cotidiano.

e) encontrar um poeta amigo que o auxilie a olhar para fora de si e encontrar


assunto para sua crônica.

953) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

A frase do cronista, no início do segundo parágrafo, – A perspectiva me assusta. –


refere-se

a) à ansiedade que ele sente todos os dias ao sair de casa para tomar café.

b) à possibilidade de ele não conseguir inspiração para escrever uma crônica.

c) aos fatos da vida diária vivenciados pelo autor, que são considerados
assustadores.

d) aos assuntos nem sempre agradáveis que o inspiram para a produção de


poemas.

e) ao receio de se tornar mais um espectador de algum triste flagrante de esquina.

954) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)


Pela leitura do texto, depreende-se que, a partir do acontecimento todo, vivenciado
pelo cronista, o fato principal, que mais o impressionou e o levou a escrever a
crônica, foi

a) a refeição simples de uma pequena família pobre, num botequim.

b) a satisfação da menininha ao comer o bolo de que ela mais gostava.

c) o capricho com que a mãe veste a filha e ajeita a fita no cabelo.

d) a dificuldade financeira da família para pagar a refeição festiva.

e) a pureza do sorriso do pai diante do sucesso da comemoração.

955) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)

Nota-se, no texto, certa atenção do garçom em relação à família, o que se


comprova pela seguinte passagem:

a) Ao fundo do botequim um casal acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de


mármore… (3º parágrafo)

b) O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o


garçom... (4º parágrafo)

c) Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo.


(4º parágrafo)

d) O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no


pratinho... (4º parágrafo)

e) O pai (...) aborda o garçom (...) e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a
redoma. (4º parágrafo)
956) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da


humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena
aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por
desenvolver inventos do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no
Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel
em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma


universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do
conhecimento científico. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber
o título de ―Sir‖, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em
1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada
para a época.

No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a


Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou
fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma
macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na
sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – e formulou a Lei da Gravitação
Universal, que explica a força da gravidade. Com essa descoberta, Newton deu
início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para
a vida: ―nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado‖.

(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas


de Isaac Newton. 17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

De acordo com o texto,

a) Newton deixou a faculdade com suspeita de ter contraído a Peste Negra, que já
matara um décimo dos estudantes.

b) a história de que Newton elaborou a Lei da Gravitação Universal após se sentar


sob uma macieira é falsa.

c) os familiares de Newton insistiram para que estudasse artes em vez de


matemática, mas ele preferiu esta última.

d) a ciência moderna teve início com uma lei formulada por Isaac Newton a partir
de um palpite ousado.

e) a Lei da Gravitação Universal, que revolucionou a ciência, levou dezoito meses


para ser desenvolvida.
957) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O físico e matemático inglês Isaac Newton é um dos maiores cientistas da


humanidade. Filho de fazendeiros, Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena
aldeia da Inglaterra, em 1643. Desde criança, demonstrava mais interesse por
desenvolver inventos do que pelos negócios da família. Aos 18 anos, foi aceito no
Trinity College, da Universidade de Cambridge, onde recebeu o grau de Bacharel
em Artes.

Em 1671, assumiu o cargo de professor catedrático de matemática na mesma


universidade e, em 1703, foi eleito presidente da Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural, uma instituição destinada à promoção do
conhecimento científico. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cientista a receber
o título de ―Sir‖, sagrado cavaleiro da rainha da Inglaterra. Newton morreu em
1727, aos 84 anos, por complicações decorrentes da idade extremamente elevada
para a época.

No período em que cursava faculdade em Cambridge, a Peste Negra assolou a


Inglaterra e matou um décimo da população. Por 18 meses, a universidade ficou
fechada, e Newton voltou para casa. Um belo dia, sentado à sombra de uma
macieira (cujas descendentes ainda existem!), viu uma maçã cair no chão – ou na
sua cabeça, a história vai do gosto do freguês – e formulou a Lei da Gravitação
Universal, que explica a força da gravidade. Com essa descoberta, Newton deu
início à ciência moderna. Como diria o cientista em um ensinamento que vale para
a vida: ―nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado‖.

(Marilia Marasciulo. O que você pode aprender com as descobertas


de Isaac Newton. 17.01.2018. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

Os dois primeiros parágrafos apresentam fatos da vida de Newton

a) certamente inventados.

b) ocorridos em concomitância.

c) que obtiveram repercussão idêntica.

d) relacionados entre si por acaso.

e) dispostos em ordem cronológica.


958) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando
como escolheu aquele modelito pra sair de casa.
Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto,
roupa limpa, roupa suja.
Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem
trabalhei no final dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de ―figuraça‖.
Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV Bandeirantes.
Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada,
sem cinto, caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação
de chinelo franciscano.
Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso
Ming.
– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor?
Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava
de Dinastia Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata.
– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como
estou quando chego na rua.
(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

Ao organizar seu texto, o autor

a) narra um fato ocorrido durante o período em que trabalhou na TV Bandeirantes


para, em seguida, propor uma reflexão filosófica e abstrata em relação ao
comportamento das pessoas.

b) expõe suas impressões a respeito do modo como as pessoas que observa no


coletivo se vestem para, em seguida, relatar um episódio envolvendo o poeta Paulo
Leminski.

c) descreve o modo como se veste ao sair de casa para, em seguida, comparar seu
estilo com o do poeta Paulo Leminski, no tempo em que trabalharam na TV
Bandeirantes.

d) observa que os trajes dos usuários do coletivo são muito semelhantes para, em
seguida, defender que é a profissão que determina a maneira como cada um se
veste.

e) interroga as pessoas no coletivo acerca da rotina de se vestir, para, em seguida,


concluir que usar meias de cores diferentes tem sido mais comum do que ele
imaginava.
959) Concurso: Ag Prev/PAULIPREV/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sentado no coletivo, observo a roupa que cada um está usando e fico imaginando
como escolheu aquele modelito pra sair de casa.

Tem de tudo. Gente bem vestida, gente de qualquer jeito, bom gosto, mau gosto,
roupa limpa, roupa suja.

Toda vez que penso nisso, lembro-me do poeta Paulo Leminski, com quem
trabalhei no final dos anos 1980. Leminski era o que chamamos de ―figuraça‖.
Fazíamos o Jornal de Vanguarda juntos na TV Bandeirantes.

Lema, como o chamávamos, ia trabalhar de qualquer jeito. Uma calça Lee surrada,
sem cinto, caindo, camiseta branca encardida e muitas vezes aparecia na redação
de chinelo franciscano.

Um dia, foi surpreendido no corredor da Band pelo comentarista de economia Celso


Ming.

– Paulo Leminski, você percebeu que está usando uma meia de cada cor?

Lema levantou ligeiramente sua calça Lee e constatou que Ming – que ele chamava
de Dinastia Ming – estava certo. Não pensou duas vezes e respondeu na lata.

– Dinastia Ming, eu estou me lixando! Acordo, me visto no escuro e só vejo como


estou quando chego na rua.

(Alberto Villas. Vou assim mesmo!. 07.12.2017. www.cartacapital.com.br. Adaptado)

De acordo com o autor, Paulo Leminski era

a) tímido.

b) convencional.

c) cerimonioso.

d) excêntrico.

e) metódico.
960) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.

E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)


Ao informar por que põe entre aspas a expressão ―casal feliz‖ (Ponho as aspas
porque o fato merece. – 1º parágrafo), o narrador destaca

a) sua confiança nas relações que se mantêm além das simples aparências
externas e atemporais.

b) que as relações afetivas podem ser desestabilizadas por acontecimento casual


de pouca importância.

c) que a opinião pública acerca dos relacionamentos é fator que pode comprometer
a perenidade deles.

d) a incerteza da maioria das pessoas acerca dos casamentos que se sustentam


apenas em aparências.

e) que as separações são inevitáveis quando uma das partes deixa de renovar seus
votos de amor ao parceiro.

961) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Teria eu meus seis, meus sete anos. Perto da gente, morava o ―casal feliz‖. Ponho
as aspas porque o fato merece. Vamos que eu pergunte, ao leitor, de supetão: –
―Você conhece muitos ‗casais felizes‘?‖ Aí está uma pergunta trágica. Muitos
afirmam: – ―A coabitação impede a felicidade‖ etc. etc. Não serei tão radical. Nem
podemos exigir que marido e mulher morem um no Leblon e outro para lá da praça
Saenz Peña. Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma
raridade.

Normalmente, marido e mulher têm uma relação de arestas e não de afinidades.


Tantas vezes a vida conjugal é tecida de equívocos, de irritações, ressentimentos,
dúvidas, berros etc. etc. Mas o ―casal feliz‖ de Aldeia Campista conseguira, graças a
Deus, eliminar todas as incompatibilidades. Era a mais doce convivência da rua, do
bairro, talvez da cidade. Quando passavam, de braços, pela calçada, havia o
sussurro espavorido: – ―Olha o casal feliz!‖. Da minha janela, eu os via como dois
monstros.

Estavam casados há quinze anos e não havia, na história desse amor, a lembrança
de um grito, de uma impaciência, de uma indelicadeza. Até que chegou um dia de
Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda. O marido saiu para visitar uma tia
doente, não sei onde. A mulher veio trazê-lo até o portão. Beijaram-se como se ele
estivesse partindo para a guerra. E, no penúltimo beijo, diz a santa senhora: –
―Meu filho, vem cedo, que eu quero ver os blocos‖. Ele fez que sim. E ainda se
beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada. Depois, ela esperou que ele
dobrasse a esquina.
E as horas foram passando. A partir das seis da tarde ficou a esposa no portão.
Sete, oito, nove da noite. Os relógios não paravam. Dez da noite, onze. E, por fim,
o marido chegou. Onze.

O ―casal feliz‖ foi parar no distrito.

Pois bem, contei o episódio para mostrar como o ―irrelevante‖ influi nas leis do
amor e do ódio. Por causa de uma mísera terça-feira gorda, ruía por terra toda uma
pirâmide de afinidades laboriosamente acumuladas. No dia seguinte, separaram-se
para sempre.

(Nelson Rodrigues, O reacionário – memórias e confissões. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta a passagem do texto na qual o narrador


reitera sua declaração – Não serei tão radical. – e se expressa evitando ser
categórico acerca do assunto de que trata.

a) Seja como for, uma coisa parece certa: – o ―casal feliz‖ constitui uma raridade.

b) Aí está uma pergunta trágica.

c) Da minha janela, eu os via como dois monstros.

d) E ainda se beijaram diante da vizinhança invejosa e frustrada.

e) Até que chegou um dia de Carnaval e, justamente, a terça-feira gorda.


962) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(André Dahmer. Folha de S.Paulo, 02.03.2018)

Na tira, a crítica à televisão e ao celular reside na capacidade de ambos

a) evidenciarem a sofisticação das modernas tecnologias.

b) provocarem alheamento da realidade.

c) levarem os usuários a buscar outras fontes de informação.

d) evitarem desentendimento familiar.

e) impedirem o uso de tecnologias modernas.

963) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.

Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)

As pesquisas da autora levaram-na a constatar que,

a) embora defendam a tese da liberdade feminina, muitas brasileiras têm


comportamentos que reforçam a lógica da dominação masculina.

b) do ponto de vista patriarcal, as mulheres são superiores aos homens quando


preferem a segurança doméstica ao mundo do trabalho.

c) mantendo a coerência com o discurso que prega a superação dos limites


femininos, há uma clara tendência a posturas conservadoras.

d) reforçando a tese da hegemonia masculina, as mulheres brasileiras se mostram


cada vez mais propensas a conseguir sua autonomia.

e) com a internalização de valores tradicionais, é ampliada a liberdade feminina de


comportamentos.

964) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Nas minhas pesquisas, tenho constatado que muitas mulheres brasileiras


reproduzem e fortalecem, consciente ou inconscientemente, a lógica da dominação
masculina. É verdade que o discurso hegemônico atual é o de libertação dos papéis
que aprisionam a maioria das mulheres. No entanto, os comportamentos femininos
não são tão livres assim; muitos valores mais tradicionais permanecem
internalizados. Existe uma enorme distância entre o discurso libertário das
brasileiras e seu comportamento e valores conservadores.
Não pretendo alimentar a ideia de que as mulheres são as piores inimigas das
mulheres, mas provocar uma reflexão sobre os mecanismos que fazem com que a
lógica da dominação masculina seja reproduzida também pelas mulheres. Nessa
lógica, como argumentou Pierre Bordieu, os homens devem ser sempre superiores:
mais velhos, mais altos, mais fortes, mais poderosos, mais ricos, mais
escolarizados. Essa lógica constitui as mulheres como objetos, e tem como efeito
colocá-las em um permanente estado de insegurança e dependência. Delas se
espera que sejam submissas, contidas, discretas, apagadas, inferiores, invisíveis.

Em O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir escreveu que não definiria as mulheres


em termos de felicidade, e sim de liberdade. Ela acreditava que, para muitas, seria
mais confortável suportar uma escravidão cega do que trabalhar para se libertar. A
filósofa francesa afirmou que a liberdade é assustadora, e que, por isso, muitas
mulheres preferem a prisão à sua possível libertação. No entanto, ela acreditava
que só existiria uma saída para as mulheres: recusar os limites que lhes são
impostos e procurar abrir para si e para todas as outras o caminho da libertação.

(Miriam Goldenberg, O inferno são as outras. Veja, 07.03.2018)

É correto afirmar que, do ponto de vista da filósofa Simone de Beauvoir,


a) embora vivendo como escravas, as mulheres se sentem libertas de obrigações
familiares e sociais.
b) as mulheres priorizam a liberdade, que lhes garante viver em zona de conforto
provida pelo trabalho.
c) a tendência feminina é buscar a saída de sua condição de escravidão num
impossível sonho de liberdade.
d) a liberdade atemoriza, o que explica que muitas mulheres escolham viver
subjugadas.
e) a definição de liberdade feminina está atrelada ao grau de conformismo que o
trabalho impõe.

965) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no


ano de 2010, 50 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de
trânsito com algum traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que
teremos 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030.

(www.sbotrj.com.br. Adaptado)
O texto estabelece uma relação entre

a) traumatismo ou ferida e seus tratamentos.

b) acidentes de trânsito e suas causas.

c) mortes no trânsito e suas repercussões.

d) mortes no trânsito e suas formas de prevenção.

e) acidentes de trânsito e suas consequências.

966) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

(www.sbotrj.com.br)

O cartaz chama atenção para o fato de que

a) enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige pode provocar acidentes.

b) é importante que os pais estejam informados sobre o paradeiro dos filhos.

c) os traumatismos mais graves são resultado de acidentes de trânsito.

d) dirigir após usar o celular é um comportamento perigoso, que deve ser evitado.

e) os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito no Brasil.


967) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Por que o criador do botão „curtir‟ do Facebook apagou as redes sociais do celular

A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos,
conscientemente, prestar atenção nela. ―Em todos os outros casos, deve ficar fora
do nosso caminho.‖

Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o
executivo responsável pela criação do botão ‗curtir' nos primórdios do Facebook, há
mais de dez anos.

Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook


ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na
vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais,
aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais ―presença‖ no
mundo off-line.

Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto
critica, responde: ―Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir,
haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita
atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado‖.

(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Justin Rosenstein apagou as redes sociais do celular porque elas

a) geravam discussões pouco edificantes que incitavam a intolerância.

b) demandavam que ele passasse tempo excessivo envolvido no trabalho.

c) faziam com que ele se distanciasse das interações na vida não virtual.

d) exigiam que ele dedicasse muita atenção à resolução de equações.

e) impulsionaram os negócios e exigiram computadores mais sofisticados.


968) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Por que o criador do botão „curtir‟ do Facebook apagou as redes sociais do celular

A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos,
conscientemente, prestar atenção nela. ―Em todos os outros casos, deve ficar fora
do nosso caminho.‖

Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o
executivo responsável pela criação do botão ‗curtir' nos primórdios do Facebook, há
mais de dez anos.

Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook


ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na
vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais,
aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais ―presença‖ no
mundo off-line.

Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto
critica, responde: ―Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir,
haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita
atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado‖.

(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)

Uma frase condizente com as informações do último parágrafo é:

a) Consciente dos malefícios de sua criação, Rosenstein lamenta não ter feito
mudanças logo no começo.

b) Apesar de perceber as limitações de sua criação, Rosenstein não vê necessidade


de modificá-la.

c) Por não ver problemas em sua invenção, Rosenstein não considera ter motivos
para se sentir arrependido.

d) Embora Rosenstein reconheça as consequências imprevistas de sua criação, não


se mostra arrependido.

e) Rosenstein arrepende-se de sua invenção, porém admite que já é tarde para


corrigir os seus erros.
969) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. 31.03.2018. http://cultura.estadao.com.br)

Na fala do último quadrinho, o garoto

a) revela-se entediado diante da falta de opções de diversão.

b) contraria a afirmação de que sábado é o melhor dia da semana.

c) mostra-se confuso diante da grande variedade de atividades.

d) reforça a ideia de que se lançará a diversas distrações.

e) reduz as oportunidades de diversão a uma única.


970) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Geovani Martins: como a favela me fez escritor

Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa
mudança.

Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a


música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava
no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas
tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito
constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de
que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e


consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me
refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que
faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas.

(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Geovani Martins conta que seu livro é resultado de

a) sua vivência pessoal em diferentes favelas.

b) uma imaginação sem paralelo com a realidade.

c) histórias que leu quando ainda era criança.

d) uma reescrita de livros de autores eruditos.

e) leituras de estudos realizados por intelectuais.


971) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Geovani Martins: como a favela me fez escritor

Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa
mudança.

Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a


música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava
no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas
tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito
constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de
que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e


consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me
refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que
faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas.

(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Para o autor, consumir

a) é um benefício pouco acessível a moradores de favelas.

b) significa produzir itens que classifica como supérfluos.

c) restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais.

d) envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte.

e) equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira.


972) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

Geovani Martins: como a favela me fez escritor

Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de
idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade.
Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro
livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa
mudança.

Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a


música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava
no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas
tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito
constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de
que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.

A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e


consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me
refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que
faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso
mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também
encontra seus públicos por becos e vielas.

(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)

Uma das características das favelas para a qual o autor chama a atenção é a

a) precariedade do saneamento.

b) desigualdade econômica.

c) ausência de segurança.

d) diversidade cultural.

e) falta de opções de lazer.


973) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

Na história, a referência do personagem à ―calça rancheira‖ funciona como

a) um indicativo de que ele seja ainda muito mais moderno do que disse.

b) um flagrante de que ele atribui a si mesmo uma qualidade que não tem.

c) uma alusão ao seu caráter de modéstia quando afirma que é moderno.

d) uma crítica que ele faz à sua interlocutora, que vê como retrógrada.

e) uma sugestão de que ele e sua interlocutora não entendem a modernidade.


974) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

A resposta do garoto, no último quadrinho, indica que, para ele, o questionamento


do tigre

a) leva-o a se perguntar se o tigre compreendeu o teor da mensagem do comercial.

b) fortalece sua impressão inicial sobre a mensagem do comercial de televisão.

c) convence-o de que o personagem do comercial não soube transmitir a


mensagem.

d) põe em dúvida a existência do produto anunciado no comercial de televisão.

e) atenua a impressão que a mensagem transmitida no comercial lhe causara.

975) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.


Expressam ideias opostas, no contexto da tira:

a) compra esse produto / como forma de afirmar sua independência.

b) um cara legal / ninguém diz para ele o que fazer.

c) expressar sua individualidade / comprando todas o mesmo produto.

d) vendem uma atitude / olha só esse.

e) do jeito como ele falou / parecia bem mais subversivo

976) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

É correto afirmar que o segundo parágrafo do texto

a) mostra ações de intolerância de patrões, as quais não têm registro na história do


país.

b) apresenta argumentos que fundamentam a abolição da escravidão, ocorrida em


1888.

c) aponta a necessidade de subsistência como fator motivador do trabalho escravo.

d) critica a omissão do Estado e da sociedade, que se calam diante de fatos tão


graves.

e) expõe fatos que justificam a afirmação de que ainda se escravizam pessoas no


Brasil.

977) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.
A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma
grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)

O texto traz uma discussão sobre um importante tema da atualidade:

a) as consequências ambientais e geopolíticas para os países menos desenvolvidos


decorrentes das transformações nos modos de produção.

b) a dificuldade de alguns setores brasileiros em se adaptar ao processo de


automação de trabalho já implantado com sucesso em outros países.

c) as mudanças no mercado de trabalho, em que se observa menor atividade


humana na indústria e aumento de sua participação na área administrativa.

d) as consequências sociais da automação no trabalho, que passa a delegar ao


homem tarefas corriqueiras que requerem pouca ou nenhuma criatividade.

e) os impactos econômicos e sociais da reestruturação do mercado de trabalho em


face das transformações decorrentes do processo de automação.
978) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
Conforme opinião expressa no texto, uma preocupação relacionada às mudanças no
mercado de trabalho diz respeito

a) à tendência de aumento da desigualdade, diante do desemprego entre os


menos qualificados e da melhora da renda dos que tiverem boa formação.

b) ao elevado custo exigido para a automação das atividades industriais, ainda que
possam ser feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.

c) ao alcance do processo de automação, que vem atingido inclusive áreas que


exigiam qualidades exclusivamente humanas, como a criatividade.

d) aos efeitos dessas mudanças que atingirão particularmente os trabalhadores


sem a formação necessária para se ajustar a essa nova realidade.

e) à rapidez com que essas mudanças ocorrem, já que o mercado de robôs e de


outros modos de automação não estava preparado para essa demanda.

979) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.
Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13
de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

É correto concluir que, em relação às ações oficiais de vigilância do trabalho


escravo no Brasil, a autora demonstra ter sentimento de

a) esperança.

b) pessimismo.

c) descaso.

d) neutralidade.

e) confiança.

980) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.
No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a
perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.

O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do texto:

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.
Nessa passagem, faz-se referência a

a) um empecilho para a substituição de homens por máquinas, o que assegura que


a geração de postos de trabalho não será afetada no contexto da automação.

b) um atributo exclusivo dos humanos, apresentado como suficiente para lhes


garantir uma colocação no mercado de trabalho no contexto da automação.

c) uma característica que diferencia os homens das máquinas, embora se coloque


em dúvida se ela será suficiente para lhes garantir trabalho no mercado futuro.

d) uma vantagem humana sobre as máquinas, para refutar a ideia de que os


homens possam ser prejudicados pela automação no mercado de trabalho.

e) uma característica responsável pelo aumento da demanda por operários


humanos no contexto da automação, visto que não pode ser assimilada por
máquinas.

981) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Escravos no século XXI

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta
de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a
um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão.
Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a


situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os
porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não
falar de constantes ameaças de morte.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13


de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a
escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é
multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos
milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra
atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é
um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal
reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma
comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de
melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em


condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho
forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias
degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo).

É correto afirmar que essa passagem

a) retoma algumas informações anteriormente expressas, introduzindo um dado


novo, referente ao número de escravizados.

b) destaca a quantidade de escravizados atuais, equiparando- a à quantidade dos


retratados na galeria de fotos.

c) traz informações novas acerca das condições de trabalho escravo, evitando


repetir fatos anteriormente mencionados.

d) contradiz os dados expostos na sequência, evitando fazer comparações com a


quantidade de escravos africanos.

e) repete informações anteriormente expressas, inclusive a que se refere à


quantidade de pessoas vivendo como escravas.
982) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se


elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

Ao discutir a atual situação econômica do Brasil, o texto chama a atenção para

a) o atraso dos métodos de pesquisa adotados no Brasil, incapazes de produzir


dados condizentes com a realidade dos efeitos da economia sobre a população.

b) o modo como a recente recessão no Brasil prejudica sobretudo os mais


vulneráveis economicamente, podendo ter aumentado ainda mais a desigualdade
social.

c) a eficiência das medidas adotadas com o fim de se preservarem os postos de


trabalho, resultando em aceleração dos avanços sociais e aumento da renda.

d) a retomada, desde o ano passado, do crescimento da economia, que vem


refletindo inclusive no melhoramento da qualidade das vagas de trabalho ofertadas.

e) a maneira como os problemas econômicos recentemente enfrentados no Brasil


têm castigado de modo uniforme diferentes segmentos da população.
983) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Calvin e Haroldo. Disponível em: <http://tiras-


do-calvin.tumblr.com>.Acesso em: 09 de maio de 2018)

O comentário do garoto Calvin, no último quadrinho, sugere que

a) o tigre costuma lhe dar respostas apreciadas pelos professores.

b) tanto o garoto quanto o tigre apreciam tarefas que desafiam a criatividade.

c) ele está certo de que sua nota corresponderá à originalidade da resposta.

d) ele não confia em que a resposta do tigre esteja correta.

e) o tigre é a garantia de que o garoto cumpra suas tarefas com precisão.


984) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O aspecto mais perverso da brutal recessão de 2014-16 – e da lenta recuperação


que a sucedeu até agora – é o custo desproporcional imposto aos mais pobres.

Como primeiro impacto, o fechamento de vagas no mercado de trabalho e a queda


da renda reverteram uma trajetória de avanços sociais que já completava uma
década. Durante o longo ciclo de retração, a taxa de desemprego subiu de 6,5%
para 13,7%, ou, dito de outro modo, 5,9 milhões de pessoas perderam seus postos
de trabalho.

A retomada do crescimento econômico, iniciada no ano passado, tem se mostrado


tímida e, embora a desocupação tenha caído um pouco, a qualidade das vagas
geradas deixa a desejar.

Não surpreende, pois, que os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem um quadro deteriorado.

A partir deles, a consultoria LCA calculou que em 2017 a pobreza extrema se


elevou em 11%. Conforme os números publicados pelo jornal Valor Econômico,
14,8 milhões de brasileiros são miseráveis – considerando uma linha de R$ 136
mensais. O Nordeste abriga 55% desse contingente.

Embora não se possa afirmar com certeza, uma vez que o IBGE alterou a
metodologia da Pnad e ainda não divulgou as novas séries históricas, é plausível
que também a exorbitante desigualdade social brasileira tenha aumentado com a
recessão.

(Miséria brasileira, editorial. Folha de S.Paulo. 14.04.2018. Adaptado)

A expressão destacada na passagem ―Não surpreende, pois, que os dados mais


recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE mostrem
um quadro deteriorado.‖ remete
a) à recuperação significativa da economia brasileira, que, apesar de contínua, tem
sido incapaz de beneficiar os mais pobres.
b) à precariedade da situação dos mais pobres, agravada pelo fechamento de
postos de trabalho e pela diminuição da renda.
c) à fraca retomada do crescimento econômico, a qual tem sido insuficiente para
diminuir os níveis de desocupação.
d) ao número de desempregados, que, embora venha aumentando, por enquanto
não afetou os avanços sociais.
e) à estagnação da situação de pobreza extrema no Brasil, que já acomete mais da
metade dos brasileiros.
985) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.


Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de


compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.

**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

É correto afirmar que o texto trata de um episódio histórico

a) notável, contendo manifestações de religiosidade.


b) rotineiro, ocorrido em circunstâncias previsíveis.
c) vergonhoso, destacando a crueldade do carrasco.
d) incomum, expondo contradições da lei.
e) invulgar, com críticas ao registro da ocorrência.
986) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

A tira destaca a seguinte característica das postagens (publicações) na internet:

a) o desprestígio.

b) a concorrência.

c) a efemeridade.

d) a sensibilidade.

e) a impopularidade.

987) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

O padeiro

Levanto cedo, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do
apartamento – mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro
de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a ―greve do pão dormido‖ –
uma greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que
obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei
bem o quê do governo.

Está bem. E enquanto tomo meu café vou me lembrando de um homem modesto
que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele
apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:

– Não é ninguém, é o padeiro!


Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?

―Então você não é ninguém?‖

Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes
lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada
ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando
quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: ―não é ninguém, não
senhora, é o padeiro‖. Assim ficara sabendo que não era ninguém...

Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu preferi
não o deter para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos
importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho
noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal – e muitas vezes
saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda
quentinho da máquina, como pão saído do forno.

Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante
porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu
escrevera sem assinar, ia uma crônica ou um artigo em meu nome. O jornal e o
pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi
a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; ―não é
ninguém, é o padeiro!‖

E assobiava pelas escadas.

(Rubem Braga. Para gostar de ler. Vol. 1 – crônicas. São Paulo: Ática, 1979. Adaptado)

O texto traz

a) uma narrativa sobre um cotidiano remoto, em que são discutidas as dificuldades


para se conseguir itens hoje facilmente encontrados.

b) informações sobre uma antiga greve, explicitando as consequências desse ato


para profissionais das mais diversas áreas de atividade.

c) uma crítica ao tratamento dispensado aos escritores, a exemplo do que ocorre


com padeiros, cujas atividades não são socialmente valorizadas.

d) uma descrição da diminuição do prestígio e do reconhecimento dos profissionais


do jornalismo, a despeito da sua importância para a sociedade.

e) uma reflexão sobre a ideia de reconhecimento social e sua estreita relação com
o prestígio que se atribui à atividade desempenhada.
988) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

O exorcismo

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O


pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido
na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede
e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara


mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro
bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou
alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse. E disse que dali para a
frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.

―E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a
ajuda a ajudar.‖

É correto concluir, a partir da recomendação da feiticeira, que

a) a sorte independe de autoajuda.

b) o futuro depende muito da sorte de cada um.

c) a feitiçaria não tem limites para quem tem sorte.

d) as coisas acontecem no tempo certo, basta aguardar.

e) a sorte não alcança quem nada faz.


989) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

A charge tem como assunto principal

a) a evolução dos aparelhos de comunicação.

b) a interação estabelecida nas redes sociais.

c) as limitações da comunicação via internet.

d) o acesso limitado aos meios de comunicação.

e) o uso excessivo de dispositivos tecnológicos.

990) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.
O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games
devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)

Segundo o texto, uma vantagem de o vício em games estar incluso no guia de


Classificação Internacional de Doenças (CID) diz respeito

a) ao barateamento imediato dos tratamentos especializados no controle da


doença.

b) à rapidez com que os viciados em games decidem procurar um médico.

c) à facilidade em diferenciar o vício em games de dependências que ainda não


foram catalogadas.

d) à possibilidade da ampliação da oferta de serviços mais especializados no


tratamento dessa condição.

e) ao acesso mais fácil a medicamentos que impedem o surgimento desse tipo de


vício.

991) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, vício em games é


considerado distúrbio mental pela OMS

A 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID) irá incluir a condição sob o


nome de ―distúrbio de games‖. O documento descreve o problema como padrão de
comportamento frequente ou persistente de vício em games, tão grave que leva ―a
preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida‖. A última versão da CID foi
finalizada em 1992, e a nova versão do guia será publicada neste ano. Ele traz
códigos para as doenças, sinais ou sintomas e é usado por médicos e pesquisadores
para rastrear e diagnosticar uma doença.

O documento irá sugerir que comportamentos típicos dos viciados em games


devem ser observados por um período de mais de 12 meses para que um
diagnóstico seja feito. Mas a nova CID irá reforçar que esse período pode ser
diminuído se os sintomas forem muito graves. Os sintomas do distúrbio incluem:
não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga video game;
priorizar jogar video game a outras atividades.

Richard Graham, especialista em vícios em tecnologia no Hospital Nightingale em


Londres, reconhece os benefícios da decisão. ―É muito significativo, porque cria a
oportunidade de termos serviços mais especializados.‖ Mas para ele é preciso tomar
cuidado para não se cair na ideia de que todo mundo precisa ser tratado e
medicado. ―Pode levar pais confusos a pensar que seus filhos têm problemas
quando eles são apenas ‗empolgados‘ jogadores de video game‖, afirmou.

(Jane Wakefield. BBC Brasil. www.bbc.com/portuguese. 02.01.2018. Adaptado)

De acordo com Richard Graham,

a) a decisão de se considerar o vício em games como distúrbio mental é benéfica e


não existe restrição para ser posta em prática.

b) os pais de jovens viciados em games também precisam de tratamento


especializado, para saberem como medicar os filhos.

c) os serviços especializados no tratamento de pessoas com inclinações ao vício


carecem de maior apoio dos governantes.

d) nem todos os jovens viciados em games precisam ser tratados e medicados, já


que essa condição costuma ser passageira.

e) a classificação de um indivíduo como viciado em games deve ser feita com


cautela, pois ele pode ser apenas um jogador entusiasta.
992) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

No primeiro quadrinho, a expressão ―estou super antenada‖ reporta ao sentido de

a) usar informações sigilosas.

b) usar equipamentos eletrônicos.

c) informar-se acriticamente.

d) estar bem informada.

e) abolir a tecnologia.
993) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o cartaz para responder à questão.

A partir do texto verbal, conclui-se que

a) a prevenção de acidentes deve ocorrer de forma esporádica.

b) os riscos do trabalho devem ser compensados pelo patrão.

c) desobediência ao empregador pode causar acidentes.

d) o trabalhador deve se responsabilizar por sua imperícia.

e) acidentes de trabalho podem e devem ser prevenidos.

994) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

―Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua
vida.‖ A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados
pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de
vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A
questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas
não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano
regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol
da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status,
dinheiro. Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque
é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete momentos de
entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que
sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia


nove anos sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O
patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou caro também. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em
ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e
viagens de barco.

(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

A autora defende a opinião de que

a) a busca por ascensão e dinheiro não deve ser vista como dignificante, pois
compromete o lazer.

b) o ideal é que se encontre prazer no trabalho, mas o lazer não deve ser
negligenciado.

c) o lazer não pode ser substituído pelo trabalho, especialmente porque este não é
fonte de prazer.

d) o lazer deveria ser a única preocupação das pessoas e não o trabalho, como é
comum.

e) a dedicação exclusiva ao trabalho é justificável, quando gera alegria e satisfação


pessoal.

995) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

―Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua
vida.‖ A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados
pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de
vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A
questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas
não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano
regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol
da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status,
dinheiro. Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque
é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete momentos de
entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que
sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia


nove anos sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O
patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou caro também. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em
ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e
viagens de barco.

(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

Uma palavra que revela a crítica que a autora faz ao modo como as pessoas têm se
relacionado com o trabalho está destacada em:

a) ―escolher entre sucesso e diversão‖ (3º parágrafo).

b) ―ofício que se exerce‖ (4º parágrafo).

c) ―converter o dinheiro advindo do esforço‖ (4º parágrafo).

d) ―recusa à estagnação‖ (2º parágrafo).

e) ―busca frenética por resultado‖ (2º parágrafo).


996) Concurso: Ag Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

―Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua
vida.‖ A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados
pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de
vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A
questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas
não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano
regido por prazos, horários, metas.

Não são poucas as pessoas que eu conheço que negligenciam o descanso em prol
da produção desenfreada, da busca frenética por resultado, ascensão, status,
dinheiro. Algo de errado em querer tudo isso? A meu ver, não. E sim. Não, porque
é digna a recusa à estagnação. Sim, quando ela compromete momentos de
entretenimento, minando, aos poucos, a saúde física e mental de quem acha que
sombra e água fresca são luxo e não merecimento.

Recentemente, um construtor com o qual eu conversava me disse que estava havia


nove anos sem férias, e lamentou o pouco tempo passado com os netos. O
patrimônio veio de dedicação e empenho, mas custou caro também. Na hora me
perguntei se era realmente preciso escolher entre sucesso e diversão.

Poucas coisas são tão eficazes na função de honrar alguém quanto o ofício que se
exerce. Momentos de pausa, porém, honram o próprio ofício. A vida se equilibra
justamente na possibilidade de converter o dinheiro advindo do esforço em
ingressos para o show da banda preferida, passeios no parque, pipoca quentinha e
viagens de barco.

(Larissa Bittar. Revista Bula. www.revistabula.com. Adaptado)

A referência ao construtor, no terceiro parágrafo, serve para

a) ilustrar o quanto o trabalho pode destruir a saúde física e mental de alguém.

b) exemplificar que a opção pelo lazer pressupõe a recusa do sucesso.

c) demonstrar que a preocupação com os bens materiais é antiética.

d) mostrar como a dedicação excessiva ao trabalho pode levar à frustração.

e) denunciar um comportamento cada vez mais raro entre as pessoas.


997) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.

Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há


dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)


Ao discutir as condições do trabalho atual, o texto deixa evidente que

a) houve aumento expressivo no rendimento médio do país, o que deveria


impulsionar a retomada do crescimento.

b) existe um cenário de desconfiança generalizado no país devido à débil


recuperação da economia.

c) ocorre uma mudança lenta na recuperação da economia, o que tem aumentado


o ritmo de contratações.

d) falta ousadia para a construção civil empregar mais, ainda que haja muito
investimento no setor.

e) há resultados extraordinários na agricultura, o que não justifica as taxas de


juros bancárias.

998) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-estar

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado,


conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números
decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da
retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de


confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram.
Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a


melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não
passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017,
considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do


ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira


assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal
remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos


verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência
da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não
iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.

Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há


dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em
grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo


em relação aos próximos meses. Ressalte-se que ainda existe crescimento, com
taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é
inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

O parágrafo final do texto permite concluir corretamente que

a) a taxa de crescimento entre 2,5% e 3% para o ano de 2018 é indicativo de que


as previsões pessimistas para a economia em breve mudarão.

b) a recuperação econômica do país passa por um momento paradoxal, pois existe


crescimento auspicioso e, nem assim, desaparece o desalento.

c) o pessimismo na economia brasileira é um mal passageiro, considerando-se que


a previsão de crescimento é a maior da história recente do país.

d) o mal-estar na recuperação econômica do país tende a dissipar-se rapidamente,


considerando-se a previsão de um crescimento significativo.

e) a recuperação econômica do país vive um momento embaraçoso, para o qual o


crescimento previsto para 2018 não tem funcionado como um alento.
999) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

A leitura do último quadrinho permite concluir que Calvin e Haroldo

a) têm opiniões divergentes em relação às facilidades proporcionadas pela


tecnologia, engrandecidas pelo garoto.

b) reconhecem que a vida será mais fácil no futuro, já que as pessoas não
precisarão sair do conforto de suas casas.

c) concordam quanto às facilidades da vida no futuro, mas discordam quanto à


necessidade de interação humana.

d) têm ideias pouco precisas em relação ao tempo futuro, a ponto de o tigre dizer
que as pessoas não viverão mais.

e) acreditam que as facilidades do futuro, apesar de esperadas, serão, ao final de


contas, irrelevantes para as pessoas.
1000) Concurso: PP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Clube dos Suicidas

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que
comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do
microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam
só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de
quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava
bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai
mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as
outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a
moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu.
Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela
não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a
menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela?
A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A
propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui
uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De
qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado
com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe
deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto.
Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que
desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o
brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a
esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que
a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E
dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)

Considerando o sentido global do texto, o ápice do efeito de humor na história


decorre da situação

a) da mulher, que tomou Gardenal porque vivia sob ameaça do marido.

b) da menina, que tomou querosene e que passou a entrevistar o apresentador.

c) da mãe da menina, que pôs guaraná no querosene que a filha ingeriu.

d) do homem, a quem o apresentador sugere que desconfie dos médicos.

e) da senhora, a quem o apresentador libera o uso do fio do microfone.


1001) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

(André Dahmer. Malvados. http://f.i.uol.com.br. 23.01.2018)

A palavra lanche, no terceiro quadrinho, é usada para referir-se

a) à sabedoria da maturidade.

b) ao otimismo dos jovens.

c) à brevidade da vida.

d) aos erros do passado.

e) ao luxo dos poderosos.

1002) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

De acordo com o relatório,

a) o estudo realizado pela consultoria McKinsey, em parceria com a Bloomberg New


Energy Finance, observou os avanços realizados no transporte nos últimos 15 anos.

b) o surgimento de serviços de compartilhamento de carros é uma tendência que


tornará o transporte mais rápido e eficiente em algumas cidades no futuro.

c) o investimento em tecnologias de carros autônomos é a prioridade em cidades


em estágio de desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México.
d) o uso da internet será bloqueado em vias de grande circulação para evitar
distrações e reduzir o número de acidentes nos países mais desenvolvidos.

e) as cidades de renda alta como Chicago, Hong Kong, Cingapura e Londres


contarão exclusivamente com transporte público e não terão veículos privados.

1003) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.
O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Conforme o quarto parágrafo, em Los Angeles, o compartilhamento de carros


deverá

a) substituir gradualmente os carros próprios.

b) coexistir com o uso maciço de carros próprios.

c) causar prejuízos ao mercado de carros próprios.

d) restringir-se a quem não tem acesso aos carros próprios.

e) causar revolta naqueles que usam carros próprios.

1004) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

A partir das informações do texto, pode-se concluir que Cidade do México e Londres
têm em comum o fato de serem

a) pacatas.

b) conservadoras.

c) seguras.

d) populosas.

e) desenvolvidas.

1005) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.
O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de
acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

No contexto do penúltimo parágrafo, um dos sentidos que se pode atribuir à


palavra radical, em destaque no texto, é

a) racional.

b) ponderado.

c) acessível.

d) coeso.

e) revolucionário.
1006) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
De acordo com o texto, é correto afirmar que a logística reversa deu-se devido

a) à falta de conscientização da população na compra de produtos sustentáveis.

b) às novas tendências ambientais incorporadas pelas empresas de pequeno porte.

c) às falhas no descarte de produtos e materiais pelos consumidores.

d) à perda de novas oportunidades de negócios geradas pela economia atual.

e) à necessidade da sustentabilidade nas operações das empresas.

1007) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Com a chegada da logística reversa, tem-se como benefício para a indústria

a) a lucratividade na produção de recursos naturais e na venda de produtos


industrializados.

b) a redução do peso das embalagens e dos recipientes, que gera diminuição dos
custos de industrialização.

c) o retorno dos recursos naturais à sociedade.

d) a recuperação da conscientização social devido à utilização dos recursos naturais


infinitamente.

e) o desenvolvimento de projetos para a redução de custos, visando


exclusivamente o aumento do lucro.

1008) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Segundo informações do texto, contribui para a redução do impacto ambiental

a) a utilização frequente dos recursos naturais na produção de embalagens


industriais.

b) a regulamentação de leis ambientais mais flexíveis às empresas e indústrias.

c) o desenvolvimento de embalagens sustentáveis para os produtos.

d) a conscientização da população sobre o aumento do consumo de produtos


industrializados.

e) o atendimento aos interesses pessoais das empresas, visando o aumento da


lucratividade.
1009) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
De acordo com o texto, o consumidor também se beneficia com a logística reversa
graças

a) ao ressarcimento de parte do valor do produto adquirido.

b) à recuperação de produtos descartados pelo meio ambiente.

c) à elevação do peso dos recipientes e embalagens dos produtos industrializados.

d) ao crescimento das pequenas e médias empresas que utilizam os recursos


naturais.

e) ao descarte de embalagens e recipientes dos produtos no meio ambiente.

1010) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. Disponível em: http://depositodocalvin.blogspot.com/. Acesso em: 06.07.2018)

A leitura da tira revela que Calvin

a) compreende a necessidade de substituir o bosque por moradias para a


população.

b) pretende usufruir de ruas mais largas, postos de gasolina e pistas para os


carros.

c) acredita que pode mudar o mundo e construir espaços agradáveis para brincar.

d) questiona a herança de um mundo em que se priorizam construções em vez de


parques.

e) acredita que é tarde demais para mudar as prioridades das pessoas que
habitam o mundo.
1011) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.

O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e


segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”. www.bbc.com,


27.06.2018. Adaptado)
De acordo com o texto,

a) a ciência tem comprovado que muitas risadas no ambiente de trabalho são


reflexo da ociosidade provocada pela ausência de tarefas profissionais.

b) pesquisas apontam que a criatividade é favorecida por profissionais que estão


relaxados, e isso é provocado por um ambiente de trabalho mais descontraído.

c) o aumento do contato virtual entre colegas de trabalho tem permitido que os


funcionários se tornem mais produtivos, porque conversam menos.

d) pesquisadores estudam o riso há quase um século, mas só agora concluíram


que ele pode estar relacionado à satisfação de se trabalhar fazendo o que se gosta.

e) entre os mamíferos, percebe-se um comportamento semelhante ao de alguns


seres humanos que riem quando estão nervosos ou irritados, por exemplo.

1012) Concurso: Of Adm I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Muita gente acha que rir no escritório pode dar a impressão de que está ―faltando
serviço‖. Discussões que até pouco tempo eram presenciais, realizadas na mesa de
um colega, acontecem cada vez mais por e-mail ou programas de troca de
mensagens instantâneas. Nesse cenário, o bate-papo pode, muitas vezes, parecer
prescindível. Contudo, e se, em vez de sinalizar ociosidade, rir com os colegas for
algo que favoreça a colaboração da equipe e estimule a inovação? Depois de anos
sem dar muita atenção ao riso, os cientistas estão começando a chegar a essa
conclusão.

Nas últimas duas décadas, muitos estudos sobre o tema foram conduzidos pelo
neurocientista Robert Provine, professor de psicologia na Universidade de Maryland,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

Uma de suas pesquisas mostrou que, no ambiente de trabalho, o riso é


desencadeado principalmente por conversas triviais a partir de comentários como
―vamos dar um jeito nisso‖, ―acho que já terminei‖ ou ―pronto, aqui está‖. Quem
não se lembra de situações no trabalho em que um simples bate-papo tenha
acabado em risada? Não são piadas, mas momentos de conexão com os colegas.

O riso é um sinal subconsciente de que estamos em um estado de relaxamento e


segurança, afirma a professora Sophie Scott, da University College London (UCL),
no Reino Unido. Por exemplo, muitos mamíferos manifestam reações semelhantes
ao riso, mas podem ser interrompidos por causa de certos estados emocionais. Em
outras palavras, se os membros de uma equipe estão rindo juntos, isso significa
que eles baixaram a guarda. Isso é importante, pois há pesquisas indicando que,
quando nossos cérebros estão relaxados, conseguimos associar livremente as ideias
com mais facilidade, o que pode potencializar a criatividade.

Os cientistas John Kounios, da Universidade Drexel, na Pensilvânia, e Mark


Beeman, da Universidade Northwestern, em Illinois, fizeram um experimento para
ver se o riso ajudava um grupo a resolver complicados testes de lógica. O estudo
mostrou que uma breve gargalhada aumentava em 20% a taxa de resolução dos
testes. Segundo Kounios e Beeman, a aparente falta de concentração relacionada
ao riso permite à mente manipular e conectar conceitos de uma forma que a
concentração estrita não conseguiria.

(Bruce Daisley. “Como o riso ajuda a melhorar o desempenho no trabalho”.


www.bbc.com, 27.06.2018. Adaptado)

Sobre o estudo realizado por Kounios e Beeman, descrito no último parágrafo, é


correto afirmar, segundo informações presentes no texto, que

a) os pesquisadores estavam interessados em verificar se os participantes do


grupo estudado eram capazes de não rir diante de testes de lógica óbvios.

b) os cientistas demonstraram que a distração provocada pelo riso reduzia em


80% a capacidade dos participantes do estudo de resolverem testes de lógica.

c) os acadêmicos chegaram à conclusão de que rir contribui com o raciocínio ao se


resolverem complicados testes de lógica.

d) os professores concluíram que o riso causa falta de concentração, e isso ajuda a


tirar a pressão natural que se observa em uma situação de prova.

e) os estudiosos queriam relacionar a capacidade de resolver certos problemas de


lógica que não exigem concentração pura com a suposta falta dela provocada pelo
riso.
1013) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Levando-se em consideração as três situações, é correto concluir que a charge traz


uma crítica

a) às intempéries da natureza que prejudicam muitas famílias que habitam locais


próximos aos rios.

b) à banalização da violência nas regiões mais vulneráveis de algumas cidades.

c) ao interesse das crianças de ajudarem a família nos afazeres domésticos.

d) às pessoas que atribuem o insucesso das crianças à falta de empenho e não à


falta de condições e oportunidades.

e) aos desastres naturais que limitam o futuro das crianças nos esportes individuais
nos bairros mais distantes da cidade.

1014) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Ao empregar a expressão ―Ao amadurecermos‖, no primeiro parágrafo, a autora dá


a entender que as pessoas

a) defendem uma vida sem preocupações, voltada para os divertimentos.

b) isolam-se da agitação do convívio social para encontrar a felicidade.

c) lamentam o fato de que, na vida adulta, temos de encarar desilusões.

d) alteram a percepção quanto à maneira como vivem as pessoas próximas.

e) esperam aprender com as celebridades como alcançar fama e sucesso.


1015) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Segundo a autora, as mulheres de 40, 50 anos

a) demonstram estar satisfeitas com a vida que levam.

b) lutam para conseguir viver bem com marido e filhos.


c) deixam transparecer que abrigam um desconforto interior.

d) mostram uma disposição para lutar por seus direitos.

e) incomodam-se com a necessidade de escolher uma profissão.

1016) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio
apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)
A expressão – estamos todos no mesmo barco – significa, no contexto, que
a) as pessoas estão sujeitas às alterações entre alegrias e tristezas.
b) os famosos nos ensinam como imitá-los, quanto à maneira de viver.
c) algumas pessoas passam por momentos de angústia ao longo da existência.
d) os vizinhos procuram demonstrar solidariedade uns com os outros.
e) os amigos leais entendem nossas aflições e sofrem também por elas.

1017) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa
biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras
fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a
vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão
mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir
uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem
dentro do nosso próprio apartamento.
(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.
Acessado em 09.08.2018)

O trecho em destaque, no quarto parágrafo, expressa a ideia de que

a) os notáveis desperdiçam a vida com futilidades.

b) todos, até as celebridades, têm preocupações existenciais.

c) a vida se compõe de acontecimentos positivos e negativos.

d) as pessoas famosas têm os mesmos ideais das menos conhecidas.

e) os jovens e os adolescentes pretendem alcançar a felicidade.

1018) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Com relação à frase – ... a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
–, é correto afirmar que, de acordo com o contexto,

a) reconhecer que os bens do vizinho são melhores revela bom senso.

b) medir a felicidade alheia pela aparência não conduz à verdade.

c) adotar o modo de viver do vizinho pode levar à felicidade.

d) ostentar riqueza material pode nos proporcionar fama e sucesso.

e) comparar-se com os famosos nos torna mais alegres e festivos.

1019) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como

acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.
Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados
biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)

Conforme o texto, no que diz respeito às mudanças na Carteira Nacional de


Habilitação, é correto afirmar que

a) a proposta de mudança do documento esbarra no receio de comprometimento


da segurança com eventuais fraudes.

b) na obtenção do novo modelo, todo o processo e os custos financeiros para os


motoristas permaneceriam inalterados.

c) trazem o inconveniente de que todo o processo para obtenção precise ser refeito
anualmente, a fim de se evitarem fraudes.

d) beneficiam usuários, pela simplificação do processo de obtenção, e autoridades,


devido aos novos recursos antifraude.

1020) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como
acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.

Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados


biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)

Entre as vantagens da nova carteira de habilitação, é correto citar o fim da


necessidade de

a) realização de exames médicos conforme a idade, que passariam a ser exigidos,


para todas as faixas etárias, a cada cinco anos.

b) pagamento pelos exames médicos e de apresentação de documentos atualmente


exigidos para receber outra carteira de habilitação.

c) sua apresentação a agentes de fiscalização, que disporão de smartphones com


os dados do motorista armazenados na memória digital.

d) portar o documento, já que os dados poderão ser acessados do smartphone do


motorista, em caso de blitz de agentes de trânsito.
1021) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Carteira de motorista terá formato de cartão de crédito e recursos antifraude

A CNH (Carteira Nacional de Habilitação) vai mudar de formato e de material em


2019. No lugar do papel-moeda entra o plástico, com mais recursos antifraude. O
processo de obtenção deve ser simplificado.

Na proposta que está sendo estudada pelo Denatran (Departamento Nacional de


Trânsito), os motoristas terão que fazer exames médicos a cada cinco anos, sem
que seja necessário pagar taxa, apresentar documentação e tirar outra foto no
Detran, para receber outra CNH, como

acontece hoje. Após o condutor completar 55 anos, a periodicidade dos exames cai
para dois anos e meio. A partir dos 70 anos, passam a ser feitos anualmente.

A nova regra só será possível com a adoção de tecnologias de segurança. Conforme


a Resolução 718 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a nova carteira terá o
formato de um cartão de crédito e reunirá dados cadastrais do motorista tanto na
parte impressa quanto na memória digital. A ideia é que as informações possam ser
lidas por smartphones dotados de aplicativos desenvolvidos para agentes de
trânsito.

Sérgio Yoshioka, mestre em engenharia da computação, afirma que unir dados


biométricos e cadastrais que possam ser lidos digitalmente praticamente elimina as
possibilidades de fraude.

O especialista diz que seria importante utilizar tecnologia de leitura facial, a mesma
já disponível em alguns celulares. Com isso, não haveria a necessidade de
apresentar o documento em uma blitz, por exemplo.

O Departamento Nacional de Trânsito diz que ―as empresas que produzirão as


carteiras serão previamente credenciadas e posteriormente habilitadas pelos
Detrans, seguindo o mesmo modelo de negócio atual‖. Esse processo ainda não
teve início.

O cronograma publicado pelo Contran prevê que as novas carteiras sejam emitidas
a partir de janeiro, mas são esperados atrasos.

(Eduardo Sodré. Folha de S.Paulo, 25.08.2018. Adaptado)


Conforme opinião expressa no texto, a diminuição da possibilidade de fraude no
novo modelo de carteira de habilitação está vinculada à

a) adoção de novas tecnologias de segurança durante a realização dos exames


médicos pelos motoristas.

b) disponibilização, no documento, de dados biométricos e cadastrais que possam


ser lidos digitalmente.

c) obrigatoriedade de que a foto para o novo modelo do documento seja tirada nas
instalações do Detran.

d) exigência de que também a produção das novas carteiras de plástico passe a


ser realizada pelo Detran.

1022) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Empresas de tecnologia querem lei federal de privacidade nos EUA

As leis de privacidade pelo mundo afetaram em cheio as empresas de tecnologia


desde o início do ano. Só no primeiro semestre, a União Europeia e o Estado da
Califórnia, nos EUA, criaram leis para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Agora, na tentativa de driblar as novas regras, companhias de tecnologia estão
estudando formas de criar uma lei federal americana que atenda a seus interesses.

O movimento teve início em maio, quando a Europa começou a aplicar sua nova lei
(GDPR, na sigla em inglês) que permite que as pessoas solicitem seus dados e
restringe a forma como as empresas obtêm e lidam com informações.

Em junho, foi a vez da Califórnia fazer o mesmo, estabelecendo um parâmetro de


privacidade para os EUA. Agora, as principais empresas de tecnologia estão indo
para a ofensiva. Nos últimos meses, o Facebook, o Google, a IBM, a Microsoft e
outros pressionaram agressivamente as autoridades na administração Trump para
começar a delinear uma lei federal de privacidade. A lei teria um duplo objetivo: ela
iria se sobrepor à lei da Califórnia e, ao mesmo tempo, daria às empresas ampla
margem de manobra sobre como as informações digitais pessoais eram tratadas.

(Cecília Kang, do The New York Times. Estado de S.Paulo, 29.08.2018)


Segundo o texto, a pressão das empresas de tecnologia por uma lei federal de
privacidade na administração do governo Trump tem entre seus objetivos
a) proteger usuários em todo o mundo da possibilidade de uso indevido de seus
dados pessoais, seguindo a medida aplicada na União Europeia.
b) ampliar para além do território norte-americano os benefícios conquistados na
Califórnia com a criação da lei de proteção de dados pessoais.
c) dar às pessoas o direito de saberem como seus dados estão disponibilizados na
internet e como são utilizados pelas empresas de tecnologia.
d) possibilitar às empresas de tecnologia mais flexibilidade para manipular
informações sobre como os dados pessoais dos usuários eram tratados.

1023) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.
A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão
do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.
Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram
reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.
Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a
empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.
―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.
Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em
sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.
(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.
Adaptado)
Segundo o texto, um indício da disposição do Google para abandonar seus antigos
ideais se deve a decisões como a de
a) buscar convencer a China a adotar uma postura de menor interferência na
privacidade dos seus cidadãos no âmbito da internet.
b) optar por contratar profissionais mais voltados para a realidade econômica, em
vez da antiga preferência por talentos da tecnologia.
c) suspender os serviços a China, ante a dificuldade de convencer aquele país a
adotar uma postura coerente com os valores da empresa.
d) criar uma versão de serviço de busca que atenda as imposições da China, para
que possa voltar a oferecer seu serviço naquele país.

1024) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2018 Banca: VUNESP

Google abandona seus ideais de juventude

Todo mundo precisa amadurecer um dia. Para o Google, essa transição do


idealismo da juventude para o realismo ranzinza da meia-idade está em curso.
A mais recente prova do pragmatismo do Google é o projeto Dragonfly, uma versão
do serviço de buscas que pode se enquadrar às normas de censura da China para
que a empresa volte a oferecer esse produto no país, depois de suspendê-lo em
2010. Esse não é o primeiro exemplo de transformação do lema da empresa, ―não
seja mau‖, para algo mais parecido com ―caia na real‖.
Além de irritar o público e legisladores, essas práticas de negócios inspiraram
reações adversas de parte dos empregados da companhia e colocaram em risco a
capacidade de o Google recrutar os grandes talentos da tecnologia.
Os críticos internos e externos afirmam que abandonar a missão idealista que a
empresa um dia se atribuiu poderia conduzir a usos ainda menos éticos de sua
poderosa tecnologia. Se a empresa não administrar bem as prioridades, a
disposição de confiar nela, da parte de seus empregados e clientes, poderia erodir,
o que colocaria em risco seu crescimento.
―Quando você começa com uma empresa ética, apegada à sua missão, e remove a
ética, isso cria um problema‖, disse Tiffany Li, pesquisadora da escola de direito da
Universidade Yale. ―Se o Google tiver uma versão de seu serviço de buscas aberta à
censura, para a China, outros países pedirão a mesma coisa‖, afirmou.
Em um setor no qual as maiores empresas crescem ao investir nelas mesmas e em
sua tecnologia, a tentativa do Google de amadurecer significa entrar em um jogo
perigoso, não só para a democracia mundial, mas para os lucros da empresa.
(Christopher Mims. The Wall Street Journal. Disponível e https://www1.folha.uol.com.br/ 28.08.18.
Adaptado)
A crítica dos que são contra a postura da empresa de abandonar a missão idealista
se deve ao receio de que

a) a mudança adotada para atender a China estimule este país a exigir mudanças
semelhantes de outras empresas de tecnologia.

b) a negação ao lema e aos princípios que direcionavam a empresa não seja


suficiente para que o serviço volte a operar em território chinês.

c) o abandono dos princípios com base nos quais a empresa surgiu poderia
direcionar o uso da sua tecnologia para fins cada vez mais censuráveis.

d) a credibilidade do serviço de busca passe a ser questionada, podendo resultar


no cancelamento do serviço do Google em outros países.

1025) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a charge.

O efeito de humor da charge advém

a) da advertência que é feita ao casal para que sejam felizes.

b) da utilização de uma frase conhecida para abençoar o casamento.

c) da mistura do discurso religioso com o das pesquisas eleitorais.

d) da referência à margem de erro para entusiasmar os noivos.

e) do elogio feito para os casamentos modernos que logo acabam.


1026) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O oi é importante. É o mínimo de civilidade e pode ser legal, também, se a pessoa


não for mala. Você encontra o conhecido na festa. Há uma surpresa genuína, ―Ah,
você!‖, ―Olha só!‖, ―Há quanto tempo!‖. Vocês pensam um pouco: quanto, mesmo?
―Foi na casa do Ricardo, aquele churrasco?‖.

―Não, depois do churrasco a gente se trombou na Virada Cultural.‖ ―A Virada


Cultural não foi antes da casa do Ricardo?!‖. ―Não sei. Na casa do Ricardo você
contou que tinha acabado de tirar o aparelho, tava reclamando que precisou usar
aparelho, adulto‖. ―Ah, então foi depois da Virada. Eu tava de aparelho na Virada.
Foi 2011!‖. ―E o Ricardo? Tem visto o Ricardo?‖. Ele diz que não. O Ricardo
separou. Agora mora em Natal.

O tchau não é assim. O tchau é mentira do começo ao fim. Você se despede e em


vez da surpresa do encontro surge uma pequena culpa por estar partindo. Aí você
fala, depois do abraço, ―Ah, a gente precisa se ver mais!‖. Balela.

Se o oi te deixou com uma sensação boa, o tchau é emissão de papel moeda


afetivo sem lastro e a inflação que começa ali desvaloriza até a alegria produzida
pelo oi.

(Antonio Prata, Contra o tchau. Folha de S.Paulo. 03.06.2018. Adaptado)

No texto, o autor discute

a) a ideia de civilidade entre os amigos, que não pode ser atingida nem com o ―oi‖
nem com o ―tchau‖, expressões grosseiras de comunicação.

b) a superioridade do ―oi‖ e do ―tchau‖ nas relações entre os amigos, pois são


cumprimentos pelos quais se demonstra o alto nível de civilidade.

c) as contradições flagradas na comunicação, uma vez que tanto o ―oi‖ quanto o


―tchau‖ estão associados a uma ideia de desvalorização da amizade.

d) as diferentes percepções em relação ao ―oi‖ e ao ―tchau‖: uma sensação boa


decorre do primeiro, porém o mesmo não se dá com o segundo.

e) os descaminhos da comunicação entre amigos depois de ficarem anos sem se


ver, razão pela qual se atropelam e depois do ―oi‖ já dão ―tchau‖.
1027) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Muito antes de haver história, já havia seres humanos. Animais bastante similares
aos humanos modernos surgiram por volta de 2,5 milhões de anos atrás. Mas, por
incontáveis gerações, eles não se destacaram da miríade de outros organismos com
os quais partilhavam seu habitat.

Em um passeio pela África Oriental de 2 milhões de anos atrás, você poderia muito
bem observar certas características humanas familiares: mães ansiosas acariciando
seus bebês e bandos de crianças despreocupadas brincando na lama; jovens
temperamentais rebelando-se contra as regras da sociedade e idosos cansados que
só queriam ficar em paz; machos orgulhosos tentando impressionar as beldades
locais e velhas matriarcas sábias que já tinham visto de tudo. Esses humanos
arcaicos amavam, brincavam, formavam laços fortes de amizade e competiam por
status e poder – mas os chimpanzés, os babuínos e os elefantes também. Não
havia nada de especial nos humanos. Ninguém, muito menos eles próprios, tinha
qualquer suspeita de que seus descendentes um dia viajariam à Lua, dividiriam o
átomo, mapeariam o código genético e escreveriam livros de história. A coisa mais
importante a saber acerca dos humanos pré-históricos é que eles eram animais
insignificantes, cujo impacto sobre o ambiente não era maior que o de gorilas,
vaga-lumes ou águas-vivas.

(Yuval Noah Harari. Sapiens: uma breve história da


humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio, Porto Alegre, L&PM, 2015, p. 08-09)

A ideia central do texto é:

a) os humanos vêm evoluindo tão lentamente quanto os demais animais com que
conviveram no passado.

b) os humanos pré-históricos conviviam pacificamente entre si, e isso lhes permitia


dominar os outros animais.

c) os seres humanos distinguiam-se dos demais animais na pré-história no modo


como interagiam entre si.

d) os humanos arcaicos não possuíam habilidades que permitissem prever as


conquistas futuras de nossa espécie.

e) os humanos modernos diferenciaram-se de seus ancestrais assim que


começaram a lutar por poder.
1028) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Entreouvida na rua: ―O que isso tem a ver com o meu café com leite?‖ Não sei se é
uma frase feita comum que só eu não conhecia ou se estava sendo inventada na
hora, mas gostei. Tudo, no fim, se resume no que tem e não tem a ver com o
nosso café com leite, no que afeta ou não afeta diretamente nossas vidas e nossos
hábitos. É uma questão que envolve mais do que a vizinhança próxima. Outro dia
ficamos sabendo que o Stephen Hawking voltou atrás na sua teoria sobre os
buracos negros, aqueles furos no Universo em que a matéria desaparece. Nem eu
nem você entendíamos a teoria, e agora somos obrigados a rever nossa ignorância:
os buracos negros não eram nada daquilo que a gente não sabia que eram, são
outra coisa que a gente nunca vai entender. Nosso consolo é que nada disto tem a
ver com nosso café com leite. Os buracos negros e o nosso café com leite são,
mesmo, extremos opostos, a extrema angústia do desconhecido e o extremo
conforto do familiar. Não cabem na mesma mesa ou no mesmo cérebro.

(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro


e o que nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro, Objetiva, 2008, p. 09)

O sentido atribuído pelo autor à frase – ―O que isso tem a ver com o meu café com
leite?‖ – está expresso, em outras palavras, na alternativa:

a) Será que somos capazes de compreender isso?

b) Até que ponto isso desperta o interesse dos cientistas?

c) De que modo nós poderíamos contribuir para isso?

d) Por que eu deveria crer na veracidade disso?

e) Como isso pode impactar o meu cotidiano?

1029) Concurso: ETJ/TJM SP/2017 Banca: VUNESP

Entreouvida na rua: ―O que isso tem a ver com o meu café com leite?‖ Não sei se é
uma frase feita comum que só eu não conhecia ou se estava sendo inventada na
hora, mas gostei. Tudo, no fim, se resume no que tem e não tem a ver com o
nosso café com leite, no que afeta ou não afeta diretamente nossas vidas e nossos
hábitos. É uma questão que envolve mais do que a vizinhança próxima. Outro dia
ficamos sabendo que o Stephen Hawking voltou atrás na sua teoria sobre os
buracos negros, aqueles furos no Universo em que a matéria desaparece. Nem eu
nem você entendíamos a teoria, e agora somos obrigados a rever nossa ignorância:
os buracos negros não eram nada daquilo que a gente não sabia que eram, são
outra coisa que a gente nunca vai entender. Nosso consolo é que nada disto tem a
ver com nosso café com leite. Os buracos negros e o nosso café com leite são,
mesmo, extremos opostos, a extrema angústia do desconhecido e o extremo
conforto do familiar. Não cabem na mesma mesa ou no mesmo cérebro.

(Luis Fernando Verissimo. O mundo é bárbaro


e o que nós temos a ver com isso. Rio de Janeiro, Objetiva, 2008, p. 09)

Com a afirmação – ... os buracos negros não eram nada daquilo que a gente não
sabia que eram, são outra coisa que a gente nunca vai entender. –, o autor
sustenta que, para os leigos, os buracos negros são

a) insondáveis.

b) instáveis.

c) periculosos.

d) excitantes.

e) inteligíveis.

1030) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Com sua frase, a personagem sugere que

a) a educação está se transformando.

b) a escola está transformando o mundo.

c) o aluno deixou de fugir da escola.

d) o mundo tem se mantido sem mudanças.

e) o mundo tem transformado a escola.


1031) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.

A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)


De acordo com o texto, é correto afirmar que a ação dos madeireiros ilegais na
Amazônia

a) se mostra praticamente extinta, devido à destruição de equipamentos


empregados na atividade predatória.

b) se dissemina na região devido à escassa fiscalização envolvendo um problema


que é bastante complexo.

c) se inibe devido à licença para a exploração sustentável do recurso natural, que


autoriza essa atividade.

d) se torna inexpressiva na região, uma vez que a população tem-se engajado no


combate à atividade predatória.

e) se constitui atividade pouco rentável, por isso é dispensada a fiscalização para


tentar coibir a extração de madeira.

1032) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.

A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.
Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

No 2º parágrafo do texto, em relação à ação da fiscalização do Ibama, o autor


afirma que ―seria incorreto qualificar como êxito o que ocorreu‖, porque

a) a Amazônia continuará convivendo com a extração ilegal de madeira, difícil de


ser combatida.

b) o fato ocorrido contraria o decreto de 2008, pois traz prejuízos econômicos à


Amazônia.

c) os equipamentos destruídos poderiam ser aproveitados em outras atividades.

d) a população local desaprova ações que ampliem o número de postos de


trabalho.

e) os ânimos entre madeireiros e fiscais podem se acirrar nessas situações.

1033) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fogo e Madeira

Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma
camionete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à
extração ilegal de madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.

Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto


qualificar como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais
alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais
revela do que o extremo de sem-cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia

Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa


atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas
pelos infratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama
afugenta, pelo mero estardalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo
crime.

Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.


Operações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a
abalar-se da área protegida.

Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização.


Madeireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do
recurso natural, mas a utilizam para enveredar em áreas protegidas.

Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o


engajamento da população em outras atividades atraentes do ponto de vista
econômico. A falta de alternativas de trabalho sem dúvida explica por que
madeireiros ilegais encontram algum apoio entre os habitantes da região. Ainda
que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.

* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

(Folha de S.Paulo, 24.12.2016. Adaptado)

Os trechos ―… nada mais revela do que o extremo de sem-cerimônia dos


madeireiros ilegais na Amazônia.‖ (3º parágrafo) e ―Porém, mal os helicópteros
levantam voo novamente, o desmatamento prossegue.‖ (5º parágrafo) permitem
concluir que

a) os madeireiros sentem-se acuados depois que os helicópteros levantam voo.

b) a fiscalização é uma ação que vai ao encontro dos interesses dos madeireiros.

c) o desmatamento na Amazônia continua durante a ação de fiscalização.

d) a fiscalização encontra os madeireiros em cerimônia na Amazônia.

e) os madeireiros pouco se importam com as fiscalizações governamentais.


1034) Concurso: Ass Adm I/UNESP/Campus Itapeva/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Carta a Beatriz

Cara Beatriz: na última terça você escreveu aqui pro jornal se dizendo espantada
com a minha crônica de domingo ; ―após uma semana de fatos surpreendentes na
política‖, ―num momento tão importante para uma boa análise‖, um de seus
―colunistas preferidos‖ havia se saído com um texto ―bobo e sem propósito‖.

Fico feliz por me citar entre seus ―colunistas preferidos‖, mas me pergunto se o
elogio foi sincero ou só uma gentileza. Afinal, quase toda semana o Brasil nos
brinda com ―fatos surpreendentes na política‖ e quase todo domingo, em vez de
uma ―boa análise‖, publico textos que poderiam ser considerados bobos e sem
propósito.

Não o faço por desvio de caráter nem para irritá-la, Beatriz, mas por dever de
ofício. O cronista é um cara pago para lubrificar as engrenagens do maquinário
noticioso com um pouco de graça, de despropósito e – vá lá, por que não? – de
bobagem. Minha função é lembrar o leitor desolado entre bombas na Síria, tiros na
Rocinha e patacoadas em Brasília que este mundo também comporta mangas
maduras, Monty Python, Pixinguinha.

O Rubem Braga atravessou duas ditaduras e seu maior libelo à liberdade não é um
texto contra o pau de arara, mas uma carta/crônica ao vizinho que havia reclamado
do barulho.

Lamento, Beatriz, mas atualmente a única ―boa análise‖ que tenho sido capaz de
fazer é às quintas, 15h, deitado num divã na rua Apiacás – e nem sempre é assim
tão boa.

Um abraço,

(Antonio Prata. Folha de S.Paulo, 13.03.2016. Adaptado)

Em sua resposta à leitora, o autor deixa claro que o papel do cronista é


a) traduzir em linguagem jornalística o que adquire de experiência no divã do
analista.
b) mostrar aos leitores que assuntos cruéis do cotidiano coexistem com
amenidades.
c) romper com os interesses do jornal e dos leitores, sendo livre a sua expressão.
d) atender plenamente os interesses dos leitores do jornal sem questioná-los.
e) articular temas de extrema violência aos temas mais agradáveis do cotidiano.
1035) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Adriana Gomes para responder à questão.

Tentação do imediato

É difícil definir o status de uma época quando ainda se está nela, mas certamente
uma das características marcantes do momento atual é o imediatismo. Percebo a
tendência de simplificação nos procedimentos e a opção pelas ações que oferecem
vantagens imediatas e menores riscos, sem considerar as consequências futuras.

Esse comportamento pode ser resultante da dificuldade de se lidar com as


frustrações geradas, basicamente, por três motivos: demora, contrariedade e
conflito. Seus efeitos podem ser agressão, regressão e fuga.

Um experimento famoso feito na Universidade Stanford (EUA), no final dos anos


1960, testou a capacidade de crianças resistirem à atração da recompensa
instantânea – e rendeu informações úteis sobre a força de vontade e a
autodisciplina. Aquelas que resistiram tiveram mais sucesso na vida.

A atitude imediatista praticamente impacta todas as decisões, desde a vida pessoal


à rotina das empresas, chegando até à condução do país. O que importa é o hoje e
o agora!

Muitas vezes, o valor da durabilidade e da consistência – o longo prazo – parece


uma história fantasiosa. Entretanto, a vida prática confirma que o investimento em
educação de qualidade e a dedicação aos estudos, por exemplo, geram bons
resultados futuros. Profissionais bem qualificados e competentes em suas áreas de
atuação, ou seja, aqueles que se dedicaram, aprofundaram seus conhecimentos e
os praticaram, costumam encontrar melhores opções na vida profissional.

É preciso, todavia, acreditar nessa equação e investir tempo e dinheiro para colher
seus frutos.

Os atalhos são tentadores, mas seus resultados a longo prazo tendem a ser
frustrantes.

(Folha de S.Paulo, 31.01.2016. Adaptado)

De acordo com as informações do texto, uma pessoa imediatista

a) sabe afrontar com sensatez as adversidades e conflitos que surgem no


ambiente profissional, evitando reações intempestivas.

b) perde a motivação pessoal e profissional, quando está ciente de que os


resultados positivos virão a curto prazo.
c) enfrenta altos riscos para obter premiações imediatas, pois o intuito principal é
ser competente em seu campo de trabalho.

d) tem dificuldade para ser perseverante em seus objetivos, não conseguindo abrir
mão das recompensas instantâneas.

e) considera a durabilidade e a consistência valores ultrapassados e restringe suas


decisões imediatistas ao âmbito corporativo.

1036) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Walcyr Carrasco para responder à questão.

Febre de fama

Há uma inflação de candidatos a astro e estrela. Toda família tem um aspirante aos
holofotes. Desde que comecei a escrever para televisão, sou acossado por gênios
indomáveis.

Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular. Uma voz aflita de mulher:

– Preciso falar urgentemente com o senhor.

―É desgraça!‖, assustei-me. Digitei o número.

– Quero trabalhar em novela – disse a voz.

Perguntei (já pensando em trucidar quem havia dado o número do meu celular) se
tinha experiência como atriz. Não. Nem curso de interpretação. Apenas uma
certeza inabalável de ter nascido para a telinha mágica. Com calma, tentei explicar
que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz. Estudar? Ofendeu-se:

– Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.

Incrível também é a reação dos familiares. Conheci a mãe de uma moça que dança
em um dos inúmeros conjuntos em que as integrantes rebolam em trajes mínimos.
Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou:

– Quando pequena ela queria ser professora, mas escolheu a carreira artística.
Ainda bem!

Comentei, muito discreto:

– É... ela vai longe...

– Nem me fale. Daqui a pouco, vai estar numa novela!


Essa febre de fama me dá calafrios. Fico pensando na reação de grandes artistas
como Marília Pêra, Tony Ramos, Juca de Oliveira diante desse vale-tudo, desse
desejo insano por ser famoso a qualquer preço.

(Veja SP, 21.10.1998. Adaptado)

Assinale a alternativa que traz a informação correta sobre o texto.

a) Habituado a receber ligações de fãs, o narrador não se surpreendeu ao ouvir a


mensagem deixada pela mulher de voz aflita.

b) Desde que iniciou seu trabalho como autor de novelas, o narrador tem
presenciado o surgimento de inúmeros astros e estrelas de talento.

c) O narrador ficou perplexo ao notar que a mãe da dançarina preferia que a filha
se tornasse professora a tentar carreira na televisão.

d) Para o narrador, artistas como Juca de Oliveira e Tony Ramos tornaram-se


atores prestigiados porque sempre buscaram a fama a qualquer preço.

e) A mulher de voz aflita ficou melindrada com o narrador, quando este lhe
explicou ser imprescindível estudar para ser atriz.

1037) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge de Alpino para responder à questão.


Na situação retratada na charge, o termo aquilo empregado pela personagem pode
ser substituído corretamente por:
a) aquela viagem cara
b) aquela história falsa
c) aquele encontro fortuito
d) aquele cansaço da viagem
e) aquele compromisso previsível

1038) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge de Ronaldo para responder à questão.

Na frase dita pela personagem, a segunda oração ―e ela começou a rir...‖


apresenta, em relação à primeira oração, ideia de

a) condição, sinalizando que o cliente vai ser obrigado a recorrer ao cheque


especial para pagar suas contas.

b) conformidade, sinalizando que o cliente não obteve o empréstimo bancário que


havia solicitado ao gerente.

c) finalidade, sinalizando que o cliente está com o saldo bancário negativo há


vários dias.

d) consequência, sinalizando que o cliente tem pouco dinheiro ou está sem


dinheiro na conta bancária.

e) causa, sinalizando que o cliente está endividado em decorrência da cobrança


dos altos juros bancários.
1039) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, de Adriana Lui, e observe a ilustração para responder à questão.

Fazer uma vaquinha

No século 20, o ato de juntar algumas pessoas para coletar um dinheirinho passou
a ser conhecido como ―fazer uma vaquinha‖ por causa do futebol. Nas décadas de
20 e 30, quase nenhum jogador ganhava salário – luxo só garantido aos atletas do
Vasco da Gama.

Nesses tempos bicudos, muitas vezes a própria torcida reunia-se a fim de


arrecadar, entre si, um prêmio para agraciar os craques, e a grana era paga de
acordo com o resultado do time em campo.

Os valores dessas coletas associavam-se aos números do jogo do bicho, loteria


criada nos fins do Império. Se arrecadassem 5 mil-réis, por exemplo, chamavam o
prêmio de ―um cachorro‖, já que 5 é o número do cachorro no jogo. Dez mil-réis
eram ―um coelho‖; quinze mil-réis, ―um jacaré‖; vinte mil, ―um peru‖.

Vinte e cinco mil, o prêmio máximo, era chamado de ―uma vaca‖. Nascia a
expressão ―fazer uma vaquinha‖.

De acordo com o texto, é correto afirmar que

a) a iniciativa de fazer vaquinhas partiu dos torcedores porque os clubes esportivos


eram legalmente proibidos de pagar salários a atletas.

b) o prêmio máximo, à época 25 mil-réis, recebeu o nome de ―uma vaca‖, visto


que o número 25 correspondia a esse animal no jogo do bicho.
c) os jogadores tentavam se destacar em campo, pois o dinheiro coletado pelas
vaquinhas era entregue apenas aos artilheiros.

d) os prêmios para os atletas eram fixados segundo a quantia que o governo


imperial liberava para o sorteio mensal da loteria.

e) as torcidas se organizavam para fazer vaquinhas, pois o dinheiro arrecadado


possibilitava a compra de novos craques para o time.

1040) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, de Adriana Lui, e observe a ilustração para responder à questão.

Fazer uma vaquinha

No século 20, o ato de juntar algumas pessoas para coletar um dinheirinho passou
a ser conhecido como ―fazer uma vaquinha‖ por causa do futebol. Nas décadas de
20 e 30, quase nenhum jogador ganhava salário – luxo só garantido aos atletas do
Vasco da Gama.

Nesses tempos bicudos, muitas vezes a própria torcida reunia-se a fim de


arrecadar, entre si, um prêmio para agraciar os craques, e a grana era paga de
acordo com o resultado do time em campo.

Os valores dessas coletas associavam-se aos números do jogo do bicho, loteria


criada nos fins do Império. Se arrecadassem 5 mil-réis, por exemplo, chamavam o
prêmio de ―um cachorro‖, já que 5 é o número do cachorro no jogo. Dez mil-réis
eram ―um coelho‖; quinze mil-réis, ―um jacaré‖; vinte mil, ―um peru‖.

Vinte e cinco mil, o prêmio máximo, era chamado de ―uma vaca‖. Nascia a
expressão ―fazer uma vaquinha‖
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da
frase.

Analisando a ilustração do texto, é correto afirmar que o artista Mauro Souza


baseou-se no sentido ___________ do termo ―vaquinha‖ e retratou ___________.

a) próprio ... a vaquinha tão alegre e eufórica como os torcedores do time vencedor

b) próprio ... a torcida satisfeita por ter conseguido mais dinheiro do que o previsto

c) próprio ... os jogadores entusiasmados com a vitória e com a expectativa do


prêmio

d) figurado ... os integrantes do time felizes pela vitória inusitada no campeonato

e) figurado ... o animal em dimensões exageradas para representar o vultoso


prêmio

1041) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.
Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se
de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

De acordo com o texto, ―efeito Google‖ ou ―amnésia digital‖ refere-se

a) ao apagamento da memória de longo prazo devido ao armazenamento de dados


em dispositivos eletrônicos.

b) à dificuldade de quem tem lapsos de memória em aprender conteúdos novos


por meio de ambientes virtuais.

c) à tendência de deixar de memorizar informações acessadas facilmente por meio


de aparatos eletrônicos.

d) à memorização parcial de dados obtidos por meio da internet, o que acarreta


um deficit de atenção.

e) ao esquecimento provisório de dados, em virtude do excesso de informações


disponíveis nos meios virtuais.

1042) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.
É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de
segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

A pesquisa da Kaspersky revelou que

a) uma parte significativa dos entrevistados consultou a internet para responder à


pergunta.

b) uma parte irrelevante dos entrevistados foi capaz de responder à questão sem
recorrer à internet.

c) os entrevistados demonstraram distúrbios de atenção e de aprendizado após


serem expostos à internet.

d) cerca de um quarto dos entrevistados que acessaram a internet desconhecia o


propósito da pesquisa.

e) a maior parte dos entrevistados foi incapaz de responder à pergunta sem o


auxílio da internet.

1043) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.
Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.
Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

Para Bertolucci, o conceito ―amnésia digital‖ é incorreto porque

a) o esquecimento digital é temporário.

b) as lembranças são parcialmente retidas.

c) a amnésia pressupõe aprendizado.

d) a amnésia é uma enfermidade muito grave.

e) as pessoas não esquecem o que lhes foi útil.

1044) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na


ciência, para recuperar o controle sobre sua memória.

Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos. Você já deve ter passado por
este problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as
costas, já esqueceu como ela se chama. Acontece – mas é extremamente
embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a
algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava
próxima a uma janela, pense nela como a Giovana da Janela.

Segundo, não memorize apenas por repetição. Ao ver ou participar de


apresentações, você deve ter sentido isto: é muito claro quando alguém apenas
decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro para
que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao
pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que
você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até
impedir que você entenda o que está expondo.

Terceiro, rabisque! Estudos indicam que rabiscar enquanto ―ingerimos‖ informações


não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória.
Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma
lista de nomes lembravam 29% a mais os nomes ditos.

(Luciana Galastri. Revista Galileu, 03.02.2015. http://revistagalileu.globo.com. Adaptado)

Uma afirmação condizente com as informações do texto é:

a) substituir os nomes das pessoas por apelidos inusitados melhora a memorização.

b) a fim de reter uma informação, é preciso repeti-la até alcançar seu


entendimento.

c) a primeira recomendação para memorizar envolve raciocínio associativo.

d) o aprendizado dos conteúdos abstratos prescinde de sua memorização.

e) é obrigatório tomar nota por escrito das informações não visuais para memorizá-
las.

1045) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Autobiografia e memória

Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que chamou de Uma autobiografia. É
uma narrativa, na primeira pessoa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com
humor e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.

Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de abortar. Teve LPs lançados
com faixas riscadas a tesoura pela Censura.
É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma ―autobiografia‖? Supõe-se
que uma autobiografia seja uma biografia escrita pela própria pessoa, não? E será,
mas só se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um mínimo de
200 fontes de informações. Na verdade, a ―autobiografia‖, entre nós, é mais uma
memória, em que o autor ouve apenas a si mesmo.

Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais cantores publicassem suas
memórias. Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. No livro de
Rita, ela fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal, em 1968, com
os tropicalistas e astros da velha guarda. Na passagem de som, à tarde, Sérgio e
Arnaldo, ―intencionalmente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira‖, e o veterano cantor Vicente Celestino ―lá
presente, teve um piripaque‖. Fim.

Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino foi para o Hotel
Normandie, a fim de se preparar para o show, e lá teve o infarto que o matou.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

A partir da leitura do texto, conclui-se que, para o autor,

a) a linguagem de Rita Lee é excessivamente informal.

b) o título do livro de Rita Lee é inadequado.

c) o discurso de Rita Lee é marcadamente jornalístico.

d) a leitura do livro de Rita Lee é enfadonha.

e) a história de Rita Lee é pouco relevante.

1046) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Autobiografia e memória

Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que chamou de Uma autobiografia. É
uma narrativa, na primeira pessoa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com
humor e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.

Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de abortar. Teve LPs lançados
com faixas riscadas a tesoura pela Censura.

É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma ―autobiografia‖? Supõe-se
que uma autobiografia seja uma biografia escrita pela própria pessoa, não? E será,
mas só se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um mínimo de
200 fontes de informações. Na verdade, a ―autobiografia‖, entre nós, é mais uma
memória, em que o autor ouve apenas a si mesmo.

Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais cantores publicassem suas
memórias. Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. No livro de
Rita, ela fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal, em 1968, com
os tropicalistas e astros da velha guarda. Na passagem de som, à tarde, Sérgio e
Arnaldo, ―intencionalmente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira‖, e o veterano cantor Vicente Celestino ―lá
presente, teve um piripaque‖. Fim.

Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino foi para o Hotel
Normandie, a fim de se preparar para o show, e lá teve o infarto que o matou.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

O relato de Rita Lee é considerado pelo autor como

a) subjetivo e parcial.

b) comedido e cerebral.

c) objetivo e erudito.

d) reacionário e moralista.

e) inculto e medíocre.

1047) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Autobiografia e memória

Rita Lee acaba de publicar um livro delicioso, que chamou de Uma autobiografia. É
uma narrativa, na primeira pessoa, de sua vida como mulher e cantora, escrita com
humor e franqueza incomuns em artistas brasileiros do seu porte.

Exemplos. Foi presa grávida e salva por Elis Regina de abortar. Teve LPs lançados
com faixas riscadas a tesoura pela Censura.

É um apanhado e tanto, com final feliz. Mas será uma ―autobiografia‖? Supõe-se
que uma autobiografia seja uma biografia escrita pela própria pessoa, não? E será,
mas só se ela usar as armas de um biógrafo, entre as quais ouvir um mínimo de
200 fontes de informações. Na verdade, a ―autobiografia‖, entre nós, é mais uma
memória, em que o autor ouve apenas a si mesmo.

Não há nenhum mal nisto, e eu gostaria que mais cantores publicassem suas
memórias. Mas só uma biografia de verdade oferece o quadro completo. No livro de
Rita, ela fala, por exemplo, de um show na gafieira Som de Cristal, em 1968, com
os tropicalistas e astros da velha guarda. Na passagem de som, à tarde, Sérgio e
Arnaldo, ―intencionalmente, ligaram os instrumentos no volume máximo, quase
explodindo os vidros da gafieira‖, e o veterano cantor Vicente Celestino ―lá
presente, teve um piripaque‖. Fim.

Uma biografia contaria o resto da história – que Celestino foi para o Hotel
Normandie, a fim de se preparar para o show, e lá teve o infarto que o matou.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 26.11.2016. Adaptado)

Segundo o autor, a redação de uma biografia

a) exclui a possibilidade de ser feita pelo próprio biografado.

b) pressupõe o consentimento legal do personagem biografado.

c) implica um cuidado especial com a coleta de informações.

d) requer um convívio factual, íntimo e amistoso com seus personagens.

e) deve ser delegada a historiadores profissionais gabaritados.

1048) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.

Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de


mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

Conforme o autor, Ruy Castro, a substituição da máquina de escrever pelo


computador fez com que ele

a) realizasse mais rapidamente as suas atividades cotidianas, dada a eficiência do


seu novo instrumento de trabalho.

b) produzisse mais e melhor, por usar o computador de maneira mais objetiva do


que a máquina de escrever.

c) demorasse mais para realizar suas atividades, devido à dificuldade dele em


operar o novo instrumento de trabalho.

d) tivesse menos tempo para o lazer, por ficar usando o computador mesmo após
realizar o trabalho, para outras finalidades.

e) dispusesse de mais tempo para atividades de lazer, já que gastava menos


tempo diante da nova ferramenta.

1049) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O substituto da vida

Quando meu instrumento de trabalho era a máquina de escrever, eu me sentava a


ela, escrevia o que tinha de escrever, relia para ver se era aquilo mesmo, fechava a
máquina, entregava a matéria e ia à vida.

Se trabalhasse num jornal, isso incluiria discutir futebol com o pessoal da editoria
de esporte, ir à esquina comer um pastel ou dar uma fugida ao cinema.

Se já trabalhasse em casa, ao terminar de escrever eu fechava a máquina e abria


um livro, escutava um disco ou dava um pulo rapidinho à praia. Só reabria a
máquina no dia seguinte.
Hoje, diante do computador, termino de produzir um texto, vou à lista de
mensagens para saber quem me escreveu, deleto mensagens inúteis, respondo às
que precisam de resposta, eu próprio mando mensagens inúteis. Quando me dou
conta, já é noite lá fora e não saí da frente da tela.

Com o smartphone seria pior ainda. Ele substituiu a caneta, o bloco, a agenda, o
telefone, a banca de jornais, a máquina fotográfica, o álbum de fotos, a câmera de
cinema, o DVD, o correio, a secretária eletrônica, o relógio de pulso, o despertador,
o gravador, o rádio, a TV, o CD, a bússola, os mapas, a vida. É por isso que nem
lhe chego perto – temo que ele me substitua também.

(Ruy Castro. Folha de S.Paulo. 02.01.2016. Adaptado)

O título, O substituto da vida, resume de maneira bastante adequada a ideia


apresentada sobre o smartphone, na medida em que, no texto, o autor considera
que essa tecnologia pode

a) facilitar a vida dos usuários, ao desempenhar o mesmo papel de outras


ferramentas na realização de tarefas diversas, e em menor tempo.

b) substituir diversas ferramentas, vindo a tornar-se a única realidade reconhecida


por seus usuários e, no extremo, substituir o próprio usuário.

c) quebrar barreiras até então existentes para a comunicação por meio de outras
tecnologias, diminuindo as distâncias entre seus usuários.

d) ser determinante para ultrapassar barreiras de comunicação da vida real,


melhorando a qualidade das relações entre seus usuários.

e) ser usada para realizar uma infinidade de tarefas incômodas, liberando seus
usuários para ocuparem seu tempo com atividades prazerosas.
1050) Concurso: Aux AA/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(André Dahmer. Malvados. Disponível em


http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/cartum/cartunsdiarios/#19/9/2014. Acesso em 21.09.2016.
Adaptado)

A partir da leitura da tira, é correto concluir que, na realidade atual, o acesso à


internet

a) perdeu a condição de indispensável.

b) ainda é uma realidade para poucos.

c) deixou de ser uma preocupação.

d) tornou-se uma necessidade.

e) comprovou ser benéfico à saúde.

1051) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos
escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

Segundo o texto, são aspectos desfavoráveis ao trabalho em espaços abertos


compartilhados

a) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a transferência de atividades


para o lar.

b) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restrição à criatividade.

c) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância constante dos chefes.

d) a dispersão e a menor capacidade de conservar conteúdos.

e) a distração e a possibilidade de haver colaboração de colegas e chefes.


1052) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)
É correto afirmar que a expressão – até então –, em destaque no início do
segundo parágrafo, expressa um limite, com referência

a) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a equipe de Nagele antes da


mudança para locais abertos.

b) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir exemplo de outros executivos, e


espacial ao tipo de escritório que adotou.

c) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do setor de tecnologia que


aboliram paredes e divisórias.

d) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e temporal às mudanças


favoráveis à integração.

e) temporal ao momento em que se deu a transferência da equipe de Nagele para


o escritório aberto.

1053) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem
paredes e divisórias.

Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em
pouco tempo ficou claro que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam
distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem
falar do próprio chefe.

Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio
espaço, com portas e tudo.

Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos


escritórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram
ao modelo de espaços tradicionais com salas e portas.

Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade,


desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de
ficar doentes em espaços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para
uma reação contra esse tipo de organização.

Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor
de tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. ―Muita
gente concorda – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se
consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa‖, diz ele.

É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso, mas algumas


firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando aos espaços privados.

Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro
paredes e uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias
tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até
20 minutos.

Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.

(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem s


ser ruins para funcionários.” Disponível em:<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 04.04.2017.
Adaptado)

Assinale a frase do texto em que se identifica expressão do ponto de vista do


próprio autor acerca do assunto de que trata.

a) Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto... (4o parágrafo).

b) Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos
estivessem juntos...

c) ―Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para


casa‖, diz ele.

d) É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso...

e) Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally
Augustin....
1054) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto dos quadrinhos, para responder à questão.

(Charles M. Schulz. Snoopy- Feliz dia dos namorados!)

É correto afirmar que, na fala da personagem, no último quadrinho, está implícita a


ideia de que

a) a garota se convence da opinião de quem ela quer processar.

b) a representação de seu advogado é garantia de sucesso na ação.

c) sua causa está perdida de antemão, graças à ameaça que fez.

d) o processo, para ela, não passa de um artifício para ganhar tempo.

e) é irrelevante que seu advogado tenha a competência reconhecida.

1055) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da


garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos
cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes
quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir
era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o
barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! Como deixava a garganta
seca.

A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao
penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.

Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a
mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada,
penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.

O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre
arbustos estava... o chafariz de pedra, de onde brotava num filete a água sonhada.

O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a
chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.

De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente no orifício de onde


jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga.

Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu Abriu-os e viu bem junto de
sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e
que era da boca da mulher que saía a água.

E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A
vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.

Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia-se intrigado. Olhou a estátua nua.


Ele a havia beijado.

Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e
tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.

(Clarice Lispector, “O primeiro beijo”. Felicidade clandestina. Adaptado)

É correto afirmar que o texto tem como personagem um garoto, descrevendo

a) experiências sensoriais que o levam a provar a sensualidade.

b) a confusão mental ocasionada pela sede não saciada.

c) uma viagem de ônibus em que ele ficou indiferente ao que acontecia.

d) o trajeto percorrido pela alma infantil em busca de amizade.

e) a perda da inocência provocada pela gritaria dos companheiros.interior arenoso


até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
1056) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Para responder à questão, observe a charge que retrata uma cena em que uma
família faz selfie ao lado de um corpo caído no chão.

(João Montanaro. Disponível em:<https://www.facebook.com>. Acesso em 21.04.2017)

Assinale a alternativa que expressa ideia compatível com a situação representada


na charge.

a) Não se pode condenar a postura ética das pessoas que se deixam encantar com
os modismos.

b) Um fato violento corriqueiro não justifica a preocupação com a desgraça alheia.

c) A novidade tecnológica reforça a individualidade, levando as pessoas a ficar


alheias à realidade que as cerca.

d) O verdadeiro sentido da solidariedade está em comover- se com o semelhante


desamparado.

e) Hoje, a tecnologia leva a uma compreensão mais ética da realidade circundante.


1057) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

Para responder à questão, observe a charge que retrata uma cena em que uma
família faz selfie ao lado de um corpo caído no chão.

(João Montanaro. Disponível em:<https://www.facebook.com>. Acesso em 21.04.2017)

Assinale a alternativa contendo uma ideia implícita a partir dos fatos retratados na
charge.

a) A violência está banalizada.

b) As pessoas sorriem para a câmera.

c) O corpo está estendido no chão.

d) O grupo familiar posa unido.

e) O pau de selfie permite fotografar várias pessoas.

1058) Concurso: Esc/TJ SP/2017 Banca: VUNESP

O problema de São Paulo, dizia o Vinicius, ―é que você anda, anda, anda e nunca
chega a Ipanema‖. Se tomarmos ―Ipanema‖ ao pé da letra, a frase é absurda e
cômica. Tomando ―Ipanema‖ como um símbolo, no entanto, como um exemplo de
alívio, promessa de alegria em meio à vida dura da cidade, a frase passa a ser de
um triste realismo: o problema de São Paulo é que você anda, anda, anda e nunca
chega a alívio algum. O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns
raros respiros perdidos entre o mar de asfalto, a floresta de lajes batidas e os
Corcovados de concreto armado.
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em
cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas
avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho
do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores
evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango,
barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.

Tenho estado atento às agruras e oportunidades da cidade porque, depois de cinco


anos vivendo na Granja Viana, vim morar em Higienópolis. Lá em Cotia, no fim da
tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos e assustando jacus.
Agora, aos domingos, corro pela Paulista ou Minhocão e, durante a semana, venho
testando diferentes percursos. Corri em volta do parque Buenos Aires e do
cemitério da Consolação, ziguezagueei por Santa Cecília e pelas encostas do
Sumaré, até que, na última terça, sem querer, descobri um insuspeito parque
noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de
atividades: o estacionamento do estádio do Pacaembu.

(Antonio Prata. “O paulistano não é de jogar a toalha.


Prefere estendê-la e deitar em cima.” Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/colunas>.
Acesso em: 13.04.2017. Adaptado)

É correto afirmar que, do ponto de vista do autor, o paulistano

a) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece atividades recreativas a seus
habitantes.

b) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode alcançar, apesar de muito
andar e andar.

c) busca em Ipanema o contato com a natureza exuberante que não consegue


achar em sua cidade.

d) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo, encontrando nesta


espaços para o lazer.

e) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no mar de asfalto que é São


Paulo.

1059) Concurso: Tel/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp

Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que


as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou
brincam pouco, no ―mundo real‖, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa
foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro
a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.

Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se


enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que
afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas


passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para,
inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da
pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades
esperadas para essa faixa.

O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas


sim a falta de brincadeiras no ―mundo real‖.

―O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades


que estimulem a criatividade‖.

Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem
noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/uso-de-eletronicos-em-
excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp.Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

Segundo a pesquisa, o baixo desempenho das crianças quanto às habilidades


necessárias, inclusive para o desempenho de atividades escolares, está relacionado,
principalmente,

a) ao tempo que elas gastam brincando, em detrimento das atividades de


aprendizagem.

b) ao uso de tecnologias como tablets e celulares em horários que deveriam ser


dedicados ao estudo.

c) à falta de atividades que promovam a criatividade, em virtude do tempo gasto


com o uso de eletrônicos.

d) à dificuldade delas para assimilar conteúdos que lhes são apresentados por
meio das novas tecnologias.

e) à dificuldade delas em distinguir a diferença entre as brincadeiras com


eletrônicos e as do mundo real.
1060) Concurso: Tel/CM Mogi Cruzes/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp

Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que


as crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou
brincam pouco, no ―mundo real‖, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa
foi realizada com meninos e meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro
a seis horas diante das telas de computadores, tablets, celulares e videogames.

Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se


enquadram nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que
afeta o ritmo de construção do desenvolvimento cognitivo.

Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas


passaram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para,
inclusive, aprender bem o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da
pesquisadora, de todas as crianças, apenas uma mostrou possuir as habilidades
esperadas para essa faixa.

O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas


sim a falta de brincadeiras no ―mundo real‖.

―O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades


que estimulem a criatividade‖.

Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem
noção operatória de espaço, tempo e causalidade.

(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/uso-de-eletronicos-em-
excesso-atrasa-desenvolvimento-infantil-diz-unicamp.Acesso em 29.09.2016. Adaptado)

Conforme o texto, a pesquisadora responsável pelo estudo estabelece uma


oposição entre as seguintes situações, quanto ao impacto delas para a
aprendizagem das crianças:

a) uso de aparelhos eletrônicos; atraso no desenvolvimento.

b) uso de aparelhos eletrônicos; brincadeiras no mundo real.

c) brincadeiras no mundo real; atividades que estimulem a criatividade.

d) horas diante das telas de computadores; habilidades esperadas.

e) escola particular; atraso no desenvolvimento.


1061) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da


internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)


De acordo com o texto, os profissionais

a) podem se abster de noções básicas para redigir em língua portuguesa, pois os


instrumentos que auxiliam na revisão dos textos são integralmente confiáveis.

b) enfrentam bastante dificuldade para escrever comunicados de forma


gramaticalmente correta, porque as mensagens on-line priorizam o uso da língua
inglesa.

c) precisam mostrar coerência entre comunicação verbal e gestual quando


expressam suas ideias, para evitar que elas sejam interpretadas erroneamente pelo
interlocutor.

d) agem acertadamente quando empregam, na troca de mensagens no ambiente


corporativo, o mesmo linguajar informal e sem regras presente em outros
ambientes virtuais.

e) devem redigir seus textos acrescentando muitos comentários, mesmo que


sejam supérfluos, porque esta prática evidencia a competência na área de trabalho.

1062) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder à questão.

As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos


horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais
evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como
e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e
fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da


internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo
que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se
comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as
informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau
de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. ―Normalmente, as
pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns
exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se
estivessem em um bate-papo com amigos.‖

Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na


internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos
vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o
uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema,
segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de
escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os
revisores de texto, que apresentam falhas.

Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os


profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na
parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles
no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para
quem está ouvindo a mensagem. ―Um elogio feito de maneira displicente pode ser
interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido‖,
exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)

No terceiro parágrafo, a professora Íris Gardino afirma que há um grupo de


profissionais que exagera em ―formalismos desnecessários‖ e há outro grupo que
escreve como se estivesse em um ―bate-papo com amigos‖.

Considerando esses dois grupos, pode-se concluir corretamente que, para resolver
esses problemas de comunicação, os profissionais do primeiro grupo devem

a) suprimir o emprego de palavras obsoletas, e os do segundo grupo devem


excluir do vocabulário palavras estrangeiras.

b) escrever de maneira mais prolixa, e os do segundo grupo devem se comunicar


empregando menos gírias.

c) abandonar o uso de linguagem popular, e os do segundo grupo devem se aplicar


ao estudo da norma-padrão.

d) evitar o excesso de expressões elogiosas, e os do segundo grupo devem utilizar


linguajar menos grosseiro e ofensivo.

e) redigir de maneira mais direta e objetiva, e os do segundo grupo devem


empregar linguagem pertinente ao ambiente de trabalho.

1063) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano.

Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de
que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que o autor

a) gosta de frequentar o restaurante citado porque, apesar dos preços e dos pratos
comedidos, há um agradável jardim à disposição dos clientes.

b) não aprovou os aparelhos de TV espalhados pelos ambientes e, mesmo


desconhecendo os proprietários, chamou-os para expor sua indignação.

c) admite que, embora não concorde com TVs em restaurantes, continuará um


cliente assíduo do local, já que ali oferecem cardápio vasto e comida de qualidade.
d) considerou decepcionante o almoço daquele domingo, pois o barulho das caixas
de som e da algazarra das crianças impediu que familiares e amigos pudessem
conversar.

e) não compreende por que as pessoas, quando têm a oportunidade de se reunir,


utilizam seu tempo para ver TV em vez de bater papo.

1064) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder à questão.

No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes


prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um
almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas
ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de
crianças nos fins de semana.

Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme


televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia –
juro – um programa sobre o cultivo de orégano.

Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos.
Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.

―Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV‖, disse um dos proprietários.
―Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai
embora.‖

Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais
difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas
paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que
já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas
não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre
plantação de orégano a conversar.

Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer
tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as
caixas cobriam toda a área do lugar.

O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar


gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem
trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor
época para plantar orégano. Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma
pena. Mas tenho certeza de que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.

(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)


Na frase do segundo parágrafo ―A TV exibia – juro – um programa sobre o cultivo
de orégano.‖, ao empregar o termo ―juro‖, a intenção do autor é

a) dar credibilidade ao que ele está afirmando a respeito do conteúdo inusitado do


programa exibido.

b) externar seu incentivo à programação cultural escolhida pelos donos para


divertir os clientes.

c) demonstrar seu apreço por programas televisivos cujo tema são receitas
culinárias.

d) reconhecer que o programa abordava temas relevantes, por isso todos os


clientes estavam atentos à TV.

e) incitar os clientes a exigir dos proprietários uma programação televisiva mais


convencional.

1065) Concurso: Esc/CM Sumaré/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto “Sem meio-termo”, para responder à questão.

―Rei Arthur – A lenda da espada‖ é daqueles filmes sem meio-termo. Ou gosta, ou


não gosta. E há argumentos convincentes para qualquer lado da balança de
opiniões.

O diretor que assina essa espécie de versão pós-moderna do mítico personagem,


Guy Ritchie, não mediu esforços para impressionar a plateia.

Tudo na tela é hipérbole. A potente trilha sonora e a avalanche de efeitos especiais


permeiam uma narrativa costurada num ritmo alucinante.

A edição, marcada por idas e vindas e cortes rápidos, nos deixa sem respirar. Uma
experiência vertiginosa, que hiperestimula os sentidos nos 126 minutos de
projeção. Delírio para uns, martírio para outros.

O cartão de visitas do longa traz uma batalha épica com direito a elefantes
gigantescos, na linha de ―Senhor dos Anéis‖ ou de algum episódio de ―Game of
Thrones‖.

Daí em diante, o roteiro segue religiosamente a fórmula da jornada do herói: de


―zé-ninguém‖, Arthur se transforma no lendário rei ao arrancar a espada Excalibur
de uma pedra e superar incontáveis obstáculos.

(Marina Galeano. Guia Folha, 19 a 25 de maio de 2017. Adaptado)


De acordo com o texto, é correto afirmar que a autora

a) consegue convencer os leitores de que ‖Rei Arthur‖ é um bom filme de ação e,


sem exceções, agradará aos espectadores.

b) informa aos leitores que, além de sequências rápidas, não faltam ao filme
efeitos especiais e trilha sonora impressionantes.

c) expõe sua opinião positiva sobre o filme ―Rei Arthur‖, porém não o compara
com outras obras de gênero semelhante.

d) resume para os leitores a trajetória da personagem principal e aponta, como


uma falha do longa, o ritmo monótono de algumas cenas.

e) considera que a melhor qualidade do filme está no fato de o diretor ter narrado
a jornada do herói de forma não convencional.

1066) Concurso: Ass/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖
Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que

a) todas as cidades são consequência de uma hipotética e elementar soma


aritmética que envolve quatro termos.

b) as iniciativas pessoais de maior impacto no cotidiano são consequência das


limitações impostas pelo universo digital.

c) o surgimento de talentos, tanto na gastronomia como na música, é consequência


da discriminação entre grupos sociais.

d) a convivência entre pessoas inovadoras é consequência de ambientes que


oferecem alto nível de escolaridade.

e) a existência de cidades com tesouros humanos e naturais é consequência do


número de visitantes que elas recebem.

1067) Concurso: Ass/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.
De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao
universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)

No contexto do oitavo parágrafo, o termo ―visitabilidade‖ pode ser corretamente


entendido como a capacidade de uma cidade para:

a) contratar profissionais com vasta experiência para solucionar os problemas do


deficit orçamentário.

b) elaborar estratégias variadas para ampliar o número de pessoas interessadas


em conhecer a cidade.
c) organizar eficientemente a coleta de resíduos melhorando a circulação de
veículos na cidade.

d) apoiar a diversidade, propondo aos moradores debates sobre tolerância,


religiões e costumes.

e) minimizar as diferenças entre os grupos sociais ampliando o acesso de


moradores às tecnologias digitais.

1068) Concurso: Ass/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Funcionário novo deve evitar ser invasivo

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sempre é a que fica. Para os


novatos ansiosos em mostrar serviço, saber disso pode ajudar a controlar as
expectativas.

―As empresas costumam ser complacentes com quem está começando. Ninguém é
excepcional na primeira semana. O desempenho se mostra no dia a dia‖, diz a
psicóloga Myrt Cruz.

Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de trabalho de forma tranquila, é
preciso anotar tudo: tarefas, sistemas utilizados e nomes de chefes, colegas e
clientes.

A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há alguns meses por um
escritório de advocacia. ―Eu me sentia bobo, não sabia nem usar a impressora.‖

A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava saindo de uma empresa


grande e indo para uma menor, para assumir mais responsabilidades.

Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e foi mais simples do que
ele pensava.

Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. Isso vale inclusive na hora
de tirar dúvidas. É preciso bom senso para não importunar colegas ou invadir o
espaço do outro.

―Tento estar sempre dentro das conversas da equipe.

Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas a outra é observação‖,


diz Natalia C., 27, contratada por uma agência de publicidade.

Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é fundamental ser humilde


e mostrar boa vontade. ―Cada vez mais precisamos de profissionais sem frescura,
que façam o que precisa ser feito.‖
Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas considera que sua
motivação foi essencial para garantir um aprendizado rápido. ―Não fiquei parada.
Tem que mostrar entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, mais
conteúdo vão te passar.‖

Já os profissionais mais velhos são contratados também pela bagagem que


adquiriram em empregos anteriores, todavia precisam tomar cuidado para não
deixar suas experiências passadas contaminarem o novo trabalho.

De acordo com Cruz, eles não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ainda
que essa maneira tenha funcionado antes. É preciso respeitar a cultura e a
identidade da empresa atual.

(Ana Luiza Tiegui. Folha de S.Paulo, 16.07.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta a respeito do texto.

a) Matheus C. se habituou de imediato à rotina da nova

empresa, pois já havia trabalhado longos anos em um renomado escritório de


advocacia.

b) Myrt Cruz afirma que as empresas são complacentes com os novatos, mesmo
quando eles incomodam demasiadamente outros colegas.

c) Natalia C. acredita que o suficiente para adquirir aprendizado é participar das


conversas e das reuniões organizadas pela equipe de trabalho.

d) Fátima Motta defende que o mercado de trabalho busca profissionais que sejam
proativos e que não se comportem presunçosamente.

e) Érika A. está entusiasmada com o novo emprego, pois sua timidez não a
impediu de receber as orientações essenciais por parte dos colegas.
1069) Concurso: Ass/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Funcionário novo deve evitar ser invasivo

No mercado de trabalho, a primeira impressão nem sempre é a que fica. Para os


novatos ansiosos em mostrar serviço, saber disso pode ajudar a controlar as
expectativas.

―As empresas costumam ser complacentes com quem está começando. Ninguém é
excepcional na primeira semana. O desempenho se mostra no dia a dia‖, diz a
psicóloga Myrt Cruz.

Ela afirma que, para passar pelos primeiros dias de trabalho de forma tranquila, é
preciso anotar tudo: tarefas, sistemas utilizados e nomes de chefes, colegas e
clientes.

A estratégia foi usada por Matheus C., 26, contratado há alguns meses por um
escritório de advocacia. ―Eu me sentia bobo, não sabia nem usar a impressora.‖

A mudança deixou o advogado inseguro, já que estava saindo de uma empresa


grande e indo para uma menor, para assumir mais responsabilidades.

Para se acalmar, encarou a novidade como um desafio, e foi mais simples do que
ele pensava.

Uma regra de ouro, de acordo com Cruz, é ir com calma. Isso vale inclusive na hora
de tirar dúvidas. É preciso bom senso para não importunar colegas ou invadir o
espaço do outro.

―Tento estar sempre dentro das conversas da equipe.

Uma parte do aprendizado é perguntar para os outros, mas a outra é observação‖,


diz Natalia C., 27, contratada por uma agência de publicidade.

Para Fátima Motta, professora e consultora de carreira, é fundamental ser humilde


e mostrar boa vontade. ―Cada vez mais precisamos de profissionais sem frescura,
que façam o que precisa ser feito.‖

Érika A., 21, foi bem recebida em seu novo trabalho, mas considera que sua
motivação foi essencial para garantir um aprendizado rápido. ―Não fiquei parada.
Tem que mostrar entusiasmo, porque quanto mais interessada você está, mais
conteúdo vão te passar.‖

Já os profissionais mais velhos são contratados também pela bagagem que


adquiriram em empregos anteriores, todavia precisam tomar cuidado para não
deixar suas experiências passadas contaminarem o novo trabalho.
De acordo com Cruz, eles não devem insistir em trabalhar da mesma forma, ainda
que essa maneira tenha funcionado antes. É preciso respeitar a cultura e a
identidade da empresa atual.

(Ana Luiza Tiegui. Folha de S.Paulo, 16.07.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa que, de acordo com as informações do texto, completa


corretamente a seguinte frase:

A primeira impressão nem sempre é a que fica porque...

a) o novo emprego pode ser um desafio intransponível.

b) a competência profissional evidencia-se cotidianamente.

c) a regra de ouro é sempre tirar dúvidas com os colegas.

d) os colegas experientes são os mais respeitados profissionalmente.

e) os novatos devem restringir as anotações às tarefas emergenciais.

1070) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.
Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as
consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.

Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar


42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)

Assinale a afirmação correta a respeito do texto.

a) Os dados da consultoria comprovam que não houve alteração no número de


investidores que dão importância a questões socioambientais.

b) Os consumidores não deveriam, mas têm se comportado com total indiferença


perante as ações ilícitas de empresas associadas à corrupção.

c) O Índice de Sustentabilidade da Bolsa acumulou

valorização de mais de 150% graças aos empresários estrangeiros que têm


aplicado dinheiro no Brasil.

d) A consultoria restringiu sua pesquisa aos pequenos investidores, pois são eles
que movimentam o mercado consumidor brasileiro.

e) A queda significativa do valor das ações comercializadas na Bolsa é um dos


prejuízos para empresas ligadas a práticas desonestas.
1071) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.

Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as


consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.

Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar


42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)


De acordo com as ideias do quarto parágrafo, os dados do Índice de
Sustentabilidade da Bolsa estão baseados

a) no montante financeiro que as companhias podem investir em ações de alto


risco.

b) nas pesquisas realizadas por empresas internacionais de consultoria.

c) na avaliação das empresas quanto a quesitos como seriedade administrativa.

d) nos investidores que possuem mais de 10 bilhões disponíveis para empréstimos.

e) no aumento da exportação de produtos brasileiros para diferentes continentes.

1072) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.

Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que

a) há mulheres que, na década de 90, surpreenderam a sociedade com atitudes


ousadas como viajar sem a companhia dos pais.

b) há pessoas que jamais utilizaram gírias, pois consideram que essas palavras
tornam a linguagem incompreensível.

c) há mulheres que usam frequentemente gírias com o objetivo de aparentar


menos idade, uma estratégia que surte os efeitos pretendidos.

d) há pessoas que, como o autor, se confundem ao empregar gírias, já que são


expressões que mudam conforme a época.

e) há jovens que achariam divertido empregar, no bate-papo com amigos,


expressões como ―mingau dançante‖ ou ―tou numas com ela‖.

1073) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

A idade das palavras

Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que,
em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada
dizendo ―Eu sou prafrentex!‖.

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava
comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um
grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito.
Houve época em que era ―pão‖, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e
meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: ―Ai, que pão!‖.

Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica
difícil mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de ―boko moko‖, criado por uma marca de refrigerante para
rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona
vale? Ou devo dizer ―out‖, como na década de 90?

Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os


amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir ―tou numas com
ela‖, equivalente, guardadas algumas proporções, ao ―ficar‖ de hoje em dia.

Que adolescente aceitaria hoje ir a um ―mingau dançante‖? Vão para a balada, para
a ―night‖. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde! Muita
gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas
esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se
fala ―hype‖ para indicar algo que no passado foi ―in‖. Ou que alguém é ―fashion‖,
para dizer que está ―nos trinques‖, como nos anos 80.

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade
mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

A frase que apresenta ideia coerente com o significado das gírias citadas no texto
está na alternativa:

a) Ele é um pão, pois é um homem que possui muito dinheiro.

b) Ela é prafrentex, pois trabalha desde os 18 anos.

c) Ele está numas com ela, pois vão se casar em breve.

d) Ele é um boko moko, pois segue as novas tendências.

e) Ela anda nos trinques, pois está sempre bem vestida.

1074) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Personagem do imaginário popular e de uma novela, a marquesa de Santos,


célebre amante de dom Pedro I, aos poucos deixa o rodapé da história para ganhar
personalidade, ambição e protagonismo mais nítidos. A partir de arquivos pouco
estudados, pesquisadores e historiadores redesenham a trajetória da paulista
Domitila de Castro Canto e Melo como uma mulher forte, independente, pragmática
e de excepcional tino financeiro. ―Domitila era plural, muito mais que uma amante‖,
resume o historiador Paulo Rezzutti, que está relançando seu livro Domitila – A
verdadeira História da Marquesa de Santos, de 2013, com documentos inéditos e
reveladores.

O mais significativo, em termos históricos, é o diário que confirma a existência do


primeiro dos cinco filhos dos dois amantes, um menino sobre o qual se especulava
haver nascido, mas de quem não se tinha notícia de ter sobrevivido.

Mesmo sendo criticada pelas costas e alvo constante de caricaturas e artigos


injuriosos, Domitila, mulher bonita, inteligente e alegre, experimentou ascensão
social meteórica na capital. Frequentava seus saraus todo mundo que era
importante. No ápice da trajetória de amante imperial, foi nomeada dama de honra
da pobre Leopoldina, que sofria com a situação, e ganhou o título de marquesa, o
segundo degrau da nobreza brasileira.

A paixão de Domitila e dom Pedro ficou registrada em cartas não recomendáveis


para menores. ―Ele a amava com amor selvagem, sem conhecer limites nem regras
de direito, moral ou religião‖, diz a historiadora Mary Del Priore, que pesquisou a
vida da marquesa.

(Luísa Bustamante, As faces de Domitila. Veja, 09.08.2017. Adaptado)

Segundo o texto, a amante de dom Pedro I

a) não conseguia projeção social, apesar de ter recebido o título de marquesa.

b) tem seu perfil revisto pela história, graças a novos dados sobre sua vida.

c) não encontrou, na época, restrições a sua condição de amante do imperador.

d) até hoje permanece desconhecida da historiografia do primeiro reinado.

e) teve filhos de seus dois amantes, mas o primeiro dos filhos pode não ter
sobrevivido.

1075) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Andava na calçada quando vi uma mulher vindo em minha direção, grudada no


celular e sem, portanto, olhar por onde ia. Se não desviasse dela, fatalmente nos
chocaríamos. Como sou intimamente malvado, parei de repente e dei meia-volta,
como se olhasse para trás: a senhora em questão bateu de frente com minhas
costas. Eu tinha contraído o corpo para receber o impacto e resisti bem, ela entrou
em tilt*, o celular caiu, percebeu que tinha esbarrado em alguém que não podia vê-
la e que, portanto, a responsabilidade de desviar era dela. Balbuciou algumas
desculpas, enquanto eu respondia com humanidade: ―Não se preocupe, isso é
comum hoje em dia.‖

Espero que o celular tenha se quebrado ao cair e aconselho a quem se encontrar


numa situação parecida que se comporte como eu.

(Umberto Eco, O celular e a rainha de “Branca de Neve”.


Pape Satàn Aleppe – crônicas de uma sociedade líquida.)
* Entrar em tilt: entrar em pane.

Com base nas informações do texto, é correto concluir que o narrador agiu de
forma

a) impensada e ingênua.

b) inteligente e espalhafatosa.

c) proposital e ardilosa.

d) inadvertida e compreensiva.

e) deliberada e insultuosa.

1076) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não
morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

De acordo com o texto, é correto afirmar que o narrador

a) descreve com detalhes o vilarejo onde o jovem e seu cachorro viviam.

b) comprova que não existe amizade sincera entre os seres humanos.

c) defende a participação de todos os jovens nos conflitos militares.

d) evidencia a fidelidade manifestada pelo cão em relação ao seu dono.

e) critica os familiares por terem se livrado do cão, após a morte do rapaz.

1077) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão abaixo.

A vida sem espelhos

Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um


elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o
cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no
ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.

Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso
deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã
passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas
contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com
facilidade.

Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas
de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham
nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal.
―Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do
vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo
vidro‖, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia
assim o espelho como o conhecemos até hoje.

Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais
valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e
Michelangelo. Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação
ficou bem mais barato e o preço caiu. ―Mesmo assim‖, afirma o antropólogo da
PUC-RJ José Carlos Rodrigues, ―o espelho só se popularizou e entrou nas casas de
todos a partir do século 20.‖

(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)

Assinale a afirmação correta a respeito do texto.

a) As pedras e os metais polidos permitiram, pela primeira vez, que as pessoas


vissem o reflexo da própria imagem.

b) No fim do século 13, graças ao talento dos venezianos, o espelho tornou-se


objeto comum em todas as moradias.

c) Os espelhos produzidos no Irã eram imperfeitos porque a superfície polida do


metal tornava-se muito clara e perdia a nitidez.

d) Antes da Revolução Industrial, os espelhos eram objetos raros e podiam custar


mais caro que algumas obras de arte.

e) Em Veneza, um artesão decidiu juntar uma placa metálica à parte anterior do


vidro, criando o espelho como o conhecemos atualmente.
1078) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão abaixo.

(Folha de S.Paulo, 21.06.2017. Adaptado)

No diálogo, a frase dita pela personagem feminina

a) levanta uma hipótese a respeito do contraste entre riqueza e pobreza.

b) relembra um fato já ocorrido, utilizando-o como exemplo.

c) estabelece um paralelo, complementando as ideias do colega.

d) defende punições mais severas para os corruptos.

e) expõe um ponto de vista contrário à opinião do rapaz.

1079) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?


Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.

Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal

Segundo o autor,

a) os textos publicados em jornais não contêm erros gramaticais, pois seguem


estritamente a norma-padrão.

b) o uso da linguagem coloquial deve ser restrito a pessoas que trabalhem em


projetos culturais.

c) o interesse em conhecer melhor a língua portuguesa é importante, pois ela é


parte da nossa cultura.
d) a cidade de São Paulo se destaca, no país, por possuir o maior número de
profissionais com nível superior.

e) as personagens humorísticas têm como característica marcante falar de acordo


com as regras gramaticais.

1080) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A língua maltratada

É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar


punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que
as pessoas acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente,
numa roda de amigos, acaba ouvindo:

– Hoje você está gastando, hein?

Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos
programas humorísticos.

Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme,
ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí
profissionais de nível universitário.

Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca
o H. Mesmo em jornais, costumo ler: ―Não se sabe a quanto tempo…‖.

Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge
a legenda: ―Vou previni-lo‖. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também
não falta uma preciosidade. Diz-se que um personagem é ―mal‖. O certo é ―mau‖.

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o


responsável pelas frases tortas é bem capaz de dizer:

– Deu para entender, não deu?

Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.

Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar


uma linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que
interpretam. Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a
língua.

Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas
econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa
parte acha normal atropelar o português.

Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa
mentalidade vai mudar?

(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)

*coloquial: informal

Assinale os trechos do texto em que o autor expõe suas ideias por meio,
respectivamente, da oposição e do exagero.

a) É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. (1º


parágrafo)

Fico de cabelo em pé ao perceber que as pessoas acham feio falar corretamente.


(1º parágrafo)

b) É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. (1º


parágrafo)

Analistas econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. (11º


parágrafo)

c) Incluem-se aí profissionais de nível universitário. (4º parágrafo)

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? (7º parágrafo)

d) Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua. (10º
parágrafo)

Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? (7º parágrafo)

e) Mas há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua. (10º
parágrafo)

Analistas econômicos são capazes de analisar todas as bolsas do universo. (11º


parágrafo)
1081) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas
enviadas de todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de
Shakespeare.

As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos


amorosos. Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é
bastante trágica.

Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.

Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.

O projeto ficou ainda mais famoso com o filme ―Cartas para Julieta‖ (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a
mulher a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas
foram recebidas, segundo o Clube.

Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.


Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo
de inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até €
1.039 ou prisão por até um ano.

(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

De acordo com o texto, o Clube de Julieta

a) foi aberto oficialmente pelo governo, na cidade italiana de Verona, em 1930.

b) responde estritamente a mensagens de pessoas com sérios problemas


emocionais.

c) mantém funcionários de diversas nacionalidades para atender a remetentes


estrangeiros.

d) dispõe de orientação especializada para remetentes que passam por situações


delicadas.

e) funciona graças ao montante arrecadado pelos ingressos pagos por quem visita
a casa de Julieta.
1082) Concurso: Aux Esc/Pref Marília/2017 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão.

(http://www.ivoviuauva.com.br/wp-content/uploads/2010/03/romeu-e-julieta.jpg. Adaptado)

É correto afirmar que essa charge

a) critica a peça teatral ―Romeu e Julieta‖, de Shakespeare.

b) altera o destino trágico do casal de apaixonados.

c) caracteriza Romeu como alguém desprovido de esperteza.

d) associa essas personagens de Shakespeare a uma situação atual.

e) evidencia o conteúdo descabido de algumas mensagens de celular.

1083) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.
Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja
espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)


Ao referir-se à maneira como escreve, o autor demonstra ter

a) facilidade para se concentrar, mesmo em ambientes barulhentos ou


movimentados.

b) necessidade de um espaço tranquilo e reservado para desenvolver suas


histórias.

c) determinação em adaptar as obras dos mestres da literatura para a realidade


atual.

d) interesse em tratar de assuntos que não se relacionem com o exercício da


medicina.

e) autocrítica excessiva, que o impede de ficar plenamente satisfeito com seus


textos.

1084) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?
A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de
Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Ao afirmar – Estou nas nuvens, às portas do paraíso celestial. O telefone não vai
tocar, ninguém me cobrará o texto que prometi, a presença na palestra para a qual
fui convidado, os e-mails atrasados. –, o autor revela

a) sua ansiedade por voltar a se comunicar o quanto antes.

b) seu alívio diante do fato de não ser importunado.

c) seu receio de não dar conta de concluir suas tarefas.

d) sua necessidade de estar constantemente conectado.

e) sua hesitação em decidir o que deve fazer primeiro.


1085) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Com a interrogação – Depois do que disseram esses e outros gênios, que livro
valeria a pena ser escrito? –, o autor expressa

a) a curiosidade em conhecer autores contemporâneos que fossem tão bons


quanto os clássicos.

b) sua certeza de que os livros escritos hoje são cópias malfeitas das obras dos
mestres falecidos.

c) sua determinação em contar histórias que superassem em qualidade as dos


mestres da literatura.

d) seu empenho em colocar em prática o ensinamento colhido nos livros de


autores de prestígio.

e) a desconfiança de escrever algo que não fosse tão bom quanto os textos dos
escritores que admirava.

1086) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Viagem

O sono é uma viagem noturna:


o corpo horizontal no escuro
e, no silêncio do trem, avança,
imperceptivelmente avança... Apenas
o relógio picota a passagem do tempo.
Sonha a alma deitada no seu ataúde*:
lá longe
lá fora
no fundo do túnel,
há uma estação de chegada
(anunciam-na os galos agora)
há uma estação de chegada com a sua tabuleta
[ainda toda orvalhada...
Há uma estação chamada...
AURORA!

(Mario Quintana. Baú de espantos, 2006)

* ataúde: caixão, esquife.

No poema, o sono é comparado a uma viagem e, também,

a) a um lugar tumultuado, o que se comprova em: ―há uma estação de chegada‖.

b) à chuva fina, o que se comprova em: ―sua tabuleta ainda toda orvalhada‖.

c) a um relógio mecânico, o que se comprova em: ―o relógio picota a passagem do


tempo‖.

d) ao dia ensolarado, o que se comprova em: ―AURORA!‖

e) à morte, o que se comprova em: ―Sonha a alma deitada no seu ataúde‖.

1087) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Viagem

O sono é uma viagem noturna:


o corpo horizontal no escuro
e, no silêncio do trem, avança,
imperceptivelmente avança... Apenas
o relógio picota a passagem do tempo.
Sonha a alma deitada no seu ataúde*:
lá longe
lá fora
no fundo do túnel,
há uma estação de chegada
(anunciam-na os galos agora)
há uma estação de chegada com a sua tabuleta
[ainda toda orvalhada...
Há uma estação chamada...
AURORA!
(Mario Quintana. Baú de espantos, 2006)

* ataúde: caixão, esquife.


No 11º verso – (anunciam-na os galos agora)– a palavra em destaque sinaliza

a) o princípio da noite.

b) o momento de despertar.

c) a hora mais silenciosa da noite.

d) a quietude própria do sono.

e) o ponto de partida da viagem.

1088) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge.

(www.folha.uol.com.br/colunas/mercadoaberto, 01.12.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa cujos termos preenchem, respectivamente, as lacunas da


charge, garantindo-lhe a coesão e a coerência; e cujo sentido estabelecido entre
eles está corretamente indicado entre parênteses.

a) sem ... com (oposição)

b) sobre ... em (consequência)

c) em ... sem (modo)

d) sob ... sobre (causa)

e) sob ... em (lugar)


1089) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

As informações dos três parágrafos iniciais do texto sustentam a seguinte ideia:

a) o emprego e o mercado de crédito têm-se mantido inabalados diante de um


cenário negativo da economia brasileira.

b) a alteração nos rumos da economia nacional fez com que expressiva parcela da
população se tornasse inadimplente.

c) a Associação Nacional dos Birôs de Crédito tem alterado o tamanho das jornadas
de trabalho e o pagamento de horas extras.
d) o fato de 59 milhões de consumidores estarem impedidos de obter novos
créditos limita os prejuízos à economia do país.

e) o aumento dos créditos aos consumidores teve como consequência imediata o


não atendimento às suas obrigações.

1090) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)


As informações apresentadas no texto permitem inferir que

a) a maior parte dos devedores se mantém indiferente às suas dívidas.

b) o pagamento de dívidas aumenta com o colapso da economia.

c) o mercado de trabalho lucra com o aumento das dívidas das famílias.

d) a perda do emprego compromete o poder de pagamento das famílias.

e) a falta de crédito desacelera o endividamento das famílias.

1091) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)


Na conclusão no texto, ―o aumento da informalidade, o retorno de jovens ao
mercado de trabalho e a alta do desemprego‖ são apontados como características

a) negativas e distantes do cenário econômico atual.

b) positivas e marcantes da economia no presente do país.

c) negativas e improváveis na situação econômica presente.

d) positivas e vivenciadas na economia da última década.

e) negativas e típicas do atual período de retração econômica.

1092) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

De acordo com a descrição do texto, Garcia era um homem de

a) nenhuma inteligência, trabalhava na cidade, pois não conseguia viver com o


rendimento do patrimônio deixado pelos pais.

b) limitada inteligência, não trabalhava e vivia com o rendimento do patrimônio


deixado pelos pais.

c) excepcional inteligência, e a explorava trabalhando muito para manter o


rendimento do patrimônio deixado pelos pais.
d) razoável inteligência, não trabalhava porque aumentava o rendimento do
patrimônio deixado pelos pais.

e) debilitada inteligência, não podia trabalhar, apesar de viver mal com o


rendimento do patrimônio deixado pelos pais.

1093) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

D. Laura era superior a Garcia porque

a) era possuidora de mais sabedoria e escolarização do que ele.

b) estava acima de qualquer suspeita, apesar de ser formosa.

c) organizava a vida doméstica com mais competência que o marido.

d) cuidava do patrimônio da família, evitando gastos exagerados.

e) se devotava ao casamento sem interesse no patrimônio herdado.


1094) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

O parágrafo final do texto indica que

a) a vida conjugal de Garcia era conturbada.

b) o casamento era desprezado por Garcia.

c) Garcia considerava d. Laura honesta.

d) d.Laura desprezava os deveres conjugais.

e) Garcia provavelmente traía d. Laura.

1095) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Tato

Na poltrona da sala
as minhas mãos sob a nuca
sinto nos dedos
a dureza dos ossos da cabeça
a seda dos cabelos
que são meus
A morte é uma certeza invencível

mas o tato me dá
a consistente realidade
de minha presença no mundo

(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)

No momento em que está na poltrona da sala, o eu lírico toma consciência da

a) sua presença física no mundo.

b) força real manifestada na morte.

c) iminência da indesejada morte.

d) sua insignificância no mundo.

e) sua resignação ante a vida.

1096) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Tato

Na poltrona da sala
as minhas mãos sob a nuca
sinto nos dedos
a dureza dos ossos da cabeça
a seda dos cabelos
que são meus

A morte é uma certeza invencível

mas o tato me dá
a consistente realidade
de minha presença no mundo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)
A leitura do poema revela que a criação poética baseia-se em

a) um momento melancólico.

b) uma situação prosaica.

c) uma cena imaginária.

d) uma circunstância irreal.

e) um fato inusitado.

1097) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)

De acordo com a notícia, Minas Gerais terá o auxílio do Japão, porque

a) a cidade de Mariana viveu uma tragédia pior que o tsunami japonês de 2011.

b) este país tem um histórico considerável para contornar tragédias ambientais.

c) os mineiros estão carentes de recursos tecnológicos para enfrentar tragédias.


d) o governo pretende que o Estado volte à rotina pós-tragédia em menos de um
ano.

e) o modelo japonês de enfrentamento às tragédias é econômico e rápido.

1098) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Não tem jeito! Ficar reclamando da má sorte, que as dificuldades são muitas, que a
vida está difícil, não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém.
Atitude como essa apenas demonstra o lado pessimista e características de alguém
que não consegue perceber que oportunidades são criadas.

Às vezes ouço pessoas comentando: ―fulano tem muita sorte! As coisas acontecem
para ele com facilidade!‖ Engano! Para que existam resultados, é preciso empenho,
energia, dedicação, coragem e uma dose de ousadia.

Aquilo que os outros entendem por ―sorte‖ é o resultado, na maioria das vezes, de
muito trabalho. Desde o cuidado com os relacionamentos, à conduta ética ao longo
da carreira e à confiança conquistada por um histórico de bons trabalhos realizados
com competência.

As grandes verdades são que viver não é para fracos e que oportunidades não
caem no colo de ninguém. É preciso agir. Costumo dizer que o ser humano é o
único animal capaz de enganar a si próprio.

Aprender habilidades novas requer paciência consigo mesmo, e persistir apesar das
dificuldades iniciais é o que, de fato, leva ao aprendizado.

Talvez seja essa uma das características entre as mais desejadas nos profissionais:
a capacidade de persistir. Mostrar interesse e motivação para aprender o novo e
novas competências. Suportar as frustrações iniciais e se empenhar.

Enfim, viver é diferente de ―ir durando‖, como dizia uma colega.

Há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem
suas escolhas, e aquelas que deixam a vida decidir por elas.

(Adriana Gomes, Você decide ou decidem por você. Folha de S.Paulo, 22.11.2015. Adaptado)
É correto afirmar que a autora do texto

a) considera que a conquista de bons resultados depende, além da disposição para


o trabalho, de boa sorte.

b) mostra-se segura de que indivíduos ousados podem fracassar por excesso de


confiança.

c) defende atitudes positivas e trabalho competente como condições para se chegar


a bons resultados.

d) é adepta da ideia segundo a qual não se deve dar chance ao azar e sim contar
com a sorte.

e) afirma uma nova concepção de sucesso, baseado na convivência com pessoas


que possam ensinar alguma coisa.

1099) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Não tem jeito! Ficar reclamando da má sorte, que as dificuldades são muitas, que a
vida está difícil, não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém.
Atitude como essa apenas demonstra o lado pessimista e características de alguém
que não consegue perceber que oportunidades são criadas.

Às vezes ouço pessoas comentando: ―fulano tem muita sorte! As coisas acontecem
para ele com facilidade!‖ Engano! Para que existam resultados, é preciso empenho,
energia, dedicação, coragem e uma dose de ousadia.

Aquilo que os outros entendem por ―sorte‖ é o resultado, na maioria das vezes, de
muito trabalho. Desde o cuidado com os relacionamentos, à conduta ética ao longo
da carreira e à confiança conquistada por um histórico de bons trabalhos realizados
com competência.

As grandes verdades são que viver não é para fracos e que oportunidades não
caem no colo de ninguém. É preciso agir. Costumo dizer que o ser humano é o
único animal capaz de enganar a si próprio.

Aprender habilidades novas requer paciência consigo mesmo, e persistir apesar das
dificuldades iniciais é o que, de fato, leva ao aprendizado.

Talvez seja essa uma das características entre as mais desejadas nos profissionais:
a capacidade de persistir. Mostrar interesse e motivação para aprender o novo e
novas competências. Suportar as frustrações iniciais e se empenhar.

Enfim, viver é diferente de ―ir durando‖, como dizia uma colega.


Há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem
suas escolhas, e aquelas que deixam a vida decidir por elas.

(Adriana Gomes, Você decide ou decidem por você. Folha de S.Paulo, 22.11.2015. Adaptado)

O enunciado de sentido compatível com a mensagem do texto é:

a) ―Quem sabe faz a hora, não espera acontecer‖.

b) ―Deixa a vida me levar… Vida, leva eu‖.

c) ―Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu‖.

d) ―Apesar de você, amanhã há de ser novo dia‖.

e) ―Sem lenço e sem documento, nada no bolso ou nas mãos, eu quero seguir
vivendo‖.

1100) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)


No contexto, a fala da personagem – Mas eu ouvi dizer que ele não gosta de ler
romances – consiste em

a) uma crítica à falta de sensibilidade da outra personagem, que não sabe escolher
presentes.

b) uma censura ao hábito consumista de presentear com livros no dia dos


namorados.

c) uma demonstração de ciúme, pelo fato de a outra personagem presentear o


namorado.

d) uma forma de questionar a escolha do gênero de literatura pela outra


personagem.

e) um meio de revelar suas convicções acerca de romances, gênero que ela


também não aprecia.

1101) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...

Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo


que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)

Segundo o autor, não há ingredientes de romance na vida porque, nesta,

a) as lágrimas são enxugadas às escondidas, para não serem vistas nas salas de
cinema.

b) os acontecimentos são súbitos e inexplicáveis, o que assusta e nem permite


chorar.

c) os golpes nos tornam verdadeiros heróis, tais quais os que choram nos
dramalhões.
d) a surpresa diante do que acontece nos deixa imunes aos apelos do cinema.

e) enxugar os olhos não é uma opção para heróis concebidos pelos diretores de
dramas.

1102) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...

Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo


que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)

No texto há indicadores de que, no poema que dedicou às velhinhas de


antigamente, o autor terá

a) expressado ponto de vista diferente do que elas tinham sobre a vida.

b) ratificado o ponto de vista delas sobre o passado.

c) aderido à ideia que elas propagavam sobre romances.

d) compartilhado parte das opiniões delas acerca dos lares.

e) negado a ideia de desconversar quando elas apareciam na casa dele.


1103) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

É correto afirmar que as manifestações da personagem colocada à direita, nos


quadrinhos, demonstram que as afirmações da outra personagem

a) não se sustentam.

b) precisam ser provadas.

c) têm fundamento.

d) são insensatas e desaforadas.

e) estão fora de cogitação.


1104) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

As falas das duas personagens da tira permitem concluir que

a) ambas têm preocupações análogas em relação à mídia televisiva.

b) nenhuma delas possui visão crítica acerca da televisão.

c) o grau de consciência da realidade delas é bem diferente.

d) elas compartilham a ideia de que ver tevê é instrutivo.

e) a preocupação delas com o tempo despendido na tevê é irrelevante.


1105) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras
de pensar o mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. Uma das
primeiras teorias a pô-las lado a lado é do início de 2000. A fé, assim como as
religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente seminal para a evolução da
espécie humana. O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência
da finitude, precisaria recorrer a algo maior e impalpável para conviver com tal
ideia. Além disso, as religiões estimulam a solidariedade e a compaixão,
sentimentos que levariam à proteção em momentos de risco, como procura por
comida, guerras e catástrofes naturais.

O rompimento entre ciência e religião não é tão antigo. Ocorreu no século XVIII,
com o iluminismo. Despontado na França, o movimento viu na razão e no
progresso científico um instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas
cristãos em xeque. A igreja reagiu, fazendo publicar a primeira encíclica da história,
reforçando questões cruciais para ela. O ponto máximo da cisão ocorreu no século
XIX, quando Charles Darwin negou o criacionismo, definindo a clássica teoria da
evolução das espécies.

(Adriana Dias Lopes, Qual é a origem da fé? Veja, 28.10.2015. Adaptado)

Segundo uma das teorias expostas no texto,

a) sem solidariedade e compaixão não existe religião.

b) mesmo reconhecendo sua finitude, o homem não abraçou a fé.

c) todo progresso científico destrói as religiões.

d) juntar religião e ciência é tarefa impraticável.

e) a fé colaborou para estimular a evolução do homem.

1106) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Até muito pouco tempo atrás, seria inimaginável ciência e religião, duas maneiras
de pensar o mundo tão diferentes, caminharem na mesma direção. Uma das
primeiras teorias a pô-las lado a lado é do início de 2000. A fé, assim como as
religiões surgidas em torno dela, seria um ingrediente seminal para a evolução da
espécie humana. O homem, o único ser vivo com a capacidade de ter consciência
da finitude, precisaria recorrer a algo maior e impalpável para conviver com tal
ideia. Além disso, as religiões estimulam a solidariedade e a compaixão,
sentimentos que levariam à proteção em momentos de risco, como procura por
comida, guerras e catástrofes naturais.

O rompimento entre ciência e religião não é tão antigo. Ocorreu no século XVIII,
com o iluminismo. Despontado na França, o movimento viu na razão e no
progresso científico um instrumento de emancipação do homem, pondo os dogmas
cristãos em xeque. A igreja reagiu, fazendo publicar a primeira encíclica da história,
reforçando questões cruciais para ela. O ponto máximo da cisão ocorreu no século
XIX, quando Charles Darwin negou o criacionismo, definindo a clássica teoria da
evolução das espécies.

(Adriana Dias Lopes, Qual é a origem da fé? Veja, 28.10.2015. Adaptado)

Segundo o texto, a negação do criacionismo, por Darwin, representa o ponto


culminante das ideias acerca

a) da emancipação do homem.

b) da separação entre ciência e religião.

c) da razão a serviço da fé.

d) da compaixão humana.

e) do ataque aos ideais iluministas.


1107) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão:

(Bill Watterson. http://zip.net/bmsZNl)

O aluno, Calvin,

a) surpreende a professora ao demonstrar domínio do conteúdo abordado em aula.

b) se recusa a responder à pergunta da professora mesmo conhecendo o assunto.

c) revela não dominar um conhecimento que a professora considera relevante.

d) aparenta ser incapaz de aprender os conteúdos que ele julga interessantes.

e) se limita a estudar temas cujo domínio é tido como útil no ambiente escolar.
1108) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar.
Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente,
apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um
estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela
excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira.
Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse
querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas
outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não
tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água.
Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos
incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais.
Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada – ótima
brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação
parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso
porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados
da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E, sobretudo, eram educados mal
porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os
cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter
uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela
ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se
transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre ―diferente‖ e
extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. www.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/01/1731576-mal-


educados-oueducados-mal.shtml, 21.01.2016.Adaptado)

Na opinião do autor, os garotos gritavam de maneira excessiva

a) visto que estavam entediados na piscina.

b) porque a água estava fria e pouco convidativa.


c) pois haviam sido levados à piscina a contragosto.

d) com o propósito declarado de irritar os adultos.

e) para chamar a atenção das quatro mulheres.

1109) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mal-educados ou educados mal?

O prédio em que estou, em Nova York, tem uma piscina coberta no último andar.
Numa tarde da semana passada, éramos dois nadando na piscina. De repente,
apesar dos ouvidos tapados pela touca de borracha e da cabeça na água, ouvi um
estardalhaço de gritos insensatos. Parecia que a piscina estava sendo invadida pela
excursão não monitorada de uma classe de estudantes do Fundamental.

De fato, era só um menino, 7 ou 8 anos, mas que gritava como uma turma inteira.
Não dava para entender nada de seus gritos, e não estou certo de que ele estivesse
querendo se comunicar: gritava, mas sem angústia, pelo prazer de fazer barulho.

Ele era acompanhado por três mulheres – suponho que uma fosse a mãe e as duas
outras, uma babá e uma empregada. (Babá aos 8 anos? Pois é.) O menino não
tinha dificuldade motora alguma, mas as três o preparavam para entrar na água.
Duas retiravam a camiseta, enquanto outra, ajoelhada, tirava os chinelos.

Logo chegou outro menino, acompanhado por mais uma babá. Os gritos
incompreensíveis não duplicaram porque não havia como eles aumentarem mais.
Os dois meninos ficaram então pulando na água e subindo pela escada – ótima
brincadeira, mas por que sempre gritando? Por que manifestar sua excitação
parecia mais importante do que brincar?

Os meninos não eram mal-educados. Eles eram educados mal, que é pior. Digo isso
porque eles gritavam? Não, claro. Eles eram educados mal porque eram privados
da autonomia de tirar chinelos e camiseta. E, sobretudo, eram educados mal
porque nada lhes sugeria que eles pudessem ser apenas uns entre outros. Para os
cuidados e os olhares extasiados das quatro mulheres, eles precisavam manter
uma cansativa e barulhenta encenação de sua unicidade*. Nada demais naquela
ocasião (só uns gritos), mas a crença na unicidade privilegiada da gente se
transforma, ao longo da vida, na cansativa obrigação de ser sempre ―diferente‖ e
extraordinário.

*unicidade: qualidade ou estado de ser único; singularidade.

(Contardo Calligaris. www.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2016/01/1731576-mal-


educados-oueducados-mal.shtml, 21.01.2016.Adaptado)
Segundo o autor, os meninos eram ―educados mal‖, principalmente, porque

a) seus responsáveis os deixaram sozinhos na piscina, sem vigiar seu


comportamento, tornando-os independentes de maneira precoce.

b) eram considerados incapazes de se despir, o que os impede de adquirir as


habilidades necessárias para cuidar de sua vestimenta no futuro.

c) os adultos vigiavam seus passos com demasiada austeridade, o que faz com que
se transformem em adultos inseguros e com baixa autoestima.

d) se recusavam a obedecer aos adultos, ignorando as regras que deveriam nortear


suas brincadeiras, o que formará indivíduos inescrupulosos.

e) estavam sendo tratados como seres especiais, o que, no futuro, resultará na


exigência de agir continuamente como se fossem especiais.

1110) Concurso: Ag Educ/Pref Itápolis/2016 Banca: VUNESP

Comunhão

Os verdadeiros poetas não leem os outros poetas. O verdadeiros poetas leem os


pequenos anúncios dos jornais.

(Mario Quintana. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005, p. 64)

De acordo com o autor,

a) o verdadeiro poeta é o jornalista, pois seu texto tem utilidade pública.

b) a poesia verdadeira é destituída de emoções, como o texto de jornal.

c) a verdadeira poesia é encontrada nos fatos comuns da vida cotidiana.

d) o poeta verdadeiro deve inspirar-se em eventos considerados raros e incomuns.

e) os verdadeiros poemas têm valor utilitário, como os informes jornalísticos.


1111) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cartas de Amor

Eu era aluno do Júlio de Castilhos e estudava à tarde (as manhãs, naquela época,
estavam reservadas às turmas femininas). Um dia cheguei para a aula, coloquei
meus livros na carteira e ali estava, bem no fundo, um papel cuidadosamente
dobrado. Era uma carta; dirigida não a mim, mas ―ao colega da tarde‖. E era uma
carta de amor. De amor, não; de paixão. Paixão incontida, transbordante, a carta
de uma alma sequiosa de afeto, ________________ o jovem escritor não teve a
menor dificuldade de enviar a resposta.

Iniciou-se, assim, uma correspondência que se prolongou pelo ano letivo, não se
interrompendo nem com as provas, nem com as férias de julho. À medida que o
ano ia chegando a seu fim, os arroubos epistolares iam crescendo. Cheguei à
conclusão de que precisava conhecer minha correspondente, aquela bela da manhã
que me encantava com suas frases.

Mas… Seria realmente bela? A julgar pela letra, sim; eu até a imaginava como uma
moça esguia, morena, de belos olhos verdes. Contudo, nem mesmo os grandes
especialistas em grafologia estão imunes ao erro, e um engano poderia ser trágico.
Além disto, eu já tinha uma namorada que não escrevia, mas era igualmente
apaixonada.

Optei, portanto, pelo mistério, pelo ―nunca vi, sempre te amei‖. A minha história de
amor continuou somente na fantasia. Que é o melhor lugar para as grandes
histórias de amor.

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Vocabulário:
Arroubos: impulsos
Epistolares: relativos à carta
Grafologia: estudo das formas das letras

As informações do texto mostram que o narrador

a) se surpreendeu com uma carta apaixonada em sua carteira, escrita por uma
aluna da manhã que o conhecia e que, depois, acabou sendo uma simples fantasia
para ele.

b) se encantou com a correspondente da manhã, após ler as cartas apaixonadas,


que mexeram com seus sentimentos e o fizeram esquecer a namorada que não lhe
escrevia.
c) sentiu, na carta descoberta em sua carteira, a mesma intensidade de paixão que
vivia com sua namorada, o que o impeliu a buscar conhecer a bela correspondente.

d) descobriu em sua carteira uma carta escrita por uma aluna da manhã, a qual
desistiu de conhecer, depois de tanta correspondência, por receio de ela ser feia.

e) optou pelo mistério da relação vivida com a correspondente da manhã, embora


considerasse que a beleza de uma pessoa não interferiria nas questões do amor e
da paixão.

1112) Concurso: Ass/AMLURB SP/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Analisando a frase da personagem, conclui-se que se trata de uma pessoa

a) impiedosa.

b) moribunda.

c) bisbilhoteira.

d) recatada.

e) desinteressante.
1113) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Browne. Hagar. Disponível em: <www.lpm-blog.com.br>.Acesso em: 11.02.2016)

Na tira, a pergunta dirigida à personagem Hagar

a) confirma a possibilidade de Hagar vir a tornar-se um financista, por suas


habilidades em lidar com a riqueza.

b) considera a chance de uma atitude generosa de Hagar quando tiver de financiar


os povos que derrotar.

c) nega o caráter destrutivo das guerras de Hagar, pois este pode ser capaz de
gerar empregos se fundar um banco.

d) sugere que as práticas de bancos em relação a seus clientes são tão danosas a
outrem quanto as das pilhagens de Hagar.

e) destaca o espírito empreendedor de Hagar, que pode levá-lo à prosperidade


com suas habilidades nas batalhas.
1114) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.

Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.

Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

É correto afirmar que o texto descreve, em tom nostálgico,

a) a experiência infantil do afeto, graças à delicadeza do gesto de sua cuidadora,


compensando a solidão do ambiente.

b) o despertar da paixão juvenil por uma mulher que cuida do jovem, mas se
mostra indiferente a ele e a sua doença.

c) a certeza de que a vida reservava ao menino uma aventura de novela, com a


enfermeira que lhe dava banho.

d) as sensações mais íntimas de um adolescente prestes a descobrir os segredos


do amor por uma mulher mais velha.

e) a decepção de uma criança por saber que sua cuidadora ouvia, aérea, a música
da vitrola, pensando em outro.

1115) Concurso: Ass Adm/UFABC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando
estamos apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos
hipnotizou.

Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.

Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos
corações perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que
nos conquistou.

Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E,


assim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.
Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital
amanhecera. Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no
ambiente do quarto onde, sozinho, eu ficava.

Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia
uma vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha
cuidadora pôs um disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com
canções românticas de uma dessas novelas.

Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou
grande afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e
loiros.

Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia
que, apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.

Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela
sai do quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico
vislumbrando a paisagem da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da
Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto onde fico, uma bandeira do Brasil
dança ao ritmo do vento que a embala.

Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior
sentimento que se expressa é a solidão.

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente
eu estava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse
outro disco. Poucas horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que
Silvana me permitiu deixarão um doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida,
fecho meus olhos, tranquilo e feliz.

Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia
seguinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém
em quem eu mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana
que tinha cuidado de mim no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que
ela não viria mais.

(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em


16.02.2016. Adaptado)

Ao falar da experiência da paixão, o narrador do texto a caracteriza como

a) ilusão de que a existência será preenchida pelo ser amado.

b) sentimento de plena harmonia com a natureza e os homens.

c) divisão da mente entre o que é certo e o que é errado.


d) perda da faculdade de pensar com clareza e objetividade.

e) expressão de pensamentos inconfessáveis guardados no coração.

1116) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.

– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

O texto relata a seguinte situação:

a) o narrador encontra Julião e tira do bolso uma horrenda cigarreira para lhe
mostrar. O amigo pergunta como ele a adquiriu e o narrador explica, então, que ela
pertenceu a um querido tio-avô.

b) Julião mostrou sua cigarreira ao narrador que, assustado, perguntou se ela


pertenceu a alguém já morto. O amigo explica, então, que o objeto tem valor
estimativo por ter pertencido ao seu tio-avô.

c) o narrador espanta-se com a feiura da cigarreira de Julião, questionando-o se é


lembrança de um tio-avô já falecido. O amigo explica, então, que, por sentir pena
dela, comprou-a.

d) Julião encontra o narrador e este lhe dá de presente uma cigarreira bastante


feia. O amigo pensa em recusá-la e, então, ao ver sua feiura, tem pena dela e
acaba ficando com o objeto.

e) o narrador e Julião, seu velho amigo, passam por uma vitrine e contemplam
uma cigarreira horrenda. Julião, então, explica ao amigo que está com pena dela e
decide comprá-la.
1117) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.

– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

No contexto da narrativa, a frase ―– De algum querido tio-avô defunto?‖ (3º


parágrafo) expressa

a) um questionamento.

b) uma explicação.

c) uma ofensa.

d) um deslumbramento.

e) uma indiferença.

1118) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.


– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

Na passagem – ... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... –, a
expressão em destaque tem o propósito de

a) ironizar a utilidade da cigarreira.

b) reforçar a ideia de feiura da cigarreira.

c) desqualificar a loja que vende a cigarreira.

d) mostrar uma possível beleza na cigarreira.

e) indicar que a cigarreira era pequena.

1119) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)
As informações apresentadas no texto revelam que

a) a exposição involuntária das pessoas à fumaça de cigarro não prejudica a saúde


delas.

b) a fumaça de cigarro faz menos mal à saúde quando inalada em áreas fechadas.

c) as substâncias tóxicas representam maior risco à saúde em áreas ao ar livre.

d) as áreas ao ar livre podem ser prejudiciais à saúde das pessoas, caso se fume
nesses lugares.

e) os fumódromos têm uma média de partículas respiráveis de acordo com o


aceitável pela OMS.

1120) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

É correto concluir que a autora

a) defende brincadeiras próprias para meninos, que as meninas devem evitar.

b) não permite que seu filho tenha brinquedos que comprometam seu
desenvolvimento.

c) mostra-se contrária à atribuição de papéis e atitudes exclusivos a meninos e


meninas.

d) põe limites a brincadeiras que possam prejudicar a masculinidade ou a


feminilidade.

e) considera melhor ser mãe de meninas por estas serem mais delicadas e
cuidadosas.

1121) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?
Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

O episódio ocorrido em uma loja de brinquedos demonstra que

a) a vendedora imaginou que a autora procurava um brinquedo de menina para


presentear alguém.

b) o brinquedo que interessou ao menino é convencionalmente associado a uma


atividade feminina.

c) brincar de casinha não merece a aprovação da autora, especialmente porque


seu filho pode se interessar por isso.
d) o avô do garoto não acatou o argumento da filha e continuou sendo contrário a
homem lavar louça.

e) a autora teve dificuldade em aceitar a escolha do filho, fazendo juízos


equivocados das escolhas dele.

1122) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre ―As vantagens de ser
mãe de menina‖ ou ―Por que é bom ser mãe de menino‖: ―meninos não têm
frescura‖, ―meninas são mais delicadas‖, ―eles são mais corajosos‖, ―elas são mais
choronas‖ e por aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de
gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão. Já pensou que seu
filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em
listas, caixas ou rótulos? Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar
dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?

Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros,
escalar os brinquedos do playground, enquanto as meninas não, veja bem, vai
sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha,
não é assim que uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a
ideia de que os meninos são mais ―aventureiros‖ e ―danados‖ e as meninas mais
―cuidadosas‖. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.

Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que
podem definir o que ele deve sentir ou gostar. Meu filho adorava brincar com os
carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer
que ―tudo bem‖ as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as
bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um menino pode virar depois
de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?

Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma
pia que funcionava de verdade, com uma torneirinha de água. E pediu muito para
que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. ―Esse brinquedo é de menina‖, alertou a
vendedora, cheia de boa vontade, como se eu estivesse me distraído e não
percebido o ―engano‖ ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa
lavar louça é uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e
panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira de menino sim. Meu
filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma
cor, como outra qualquer. O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão:
―Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua casa
em ordem?‖ E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao
acreditar que lavar louça é uma atividade exclusivamente feminina.

E para quem gosta de listas, proponho uma única: ―As vantagens de ser mãe de
uma criança feliz.‖ É essa que eu espero estar escrevendo, no dia a dia, ao não
determinar como meu filho pode ou não ser.

(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”.
Disponível em: <vida estilo.estadao.com.br>. Acesso em 10-02-2016. Adaptado)

O argumento usado pela autora para defender que seu filho brincasse com
carrinhos de boneca está no reconhecimento de que

a) o gesto infantil antecipa o do pai que o menino será no futuro.

b) as crianças não conseguem escolher seus brinquedos sem ajuda dos pais.

c) não se deve censurar a opção por brinquedos perigosos.

d) meninos têm bastante força para empurrar carrinhos.

e) as meninas não se importavam em ceder os carrinhos a ele.

1123) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Charles Shulz, Charlie Brown. Disponível em: www.lpm.blog.com,br. Acesso em: 11.02.2016)
As manifestações de Charlie Brown expressam

a) o apoio ao interesse da amiga pelos adereços natalinos.

b) o desinteresse pelas datas comemorativas cristãs.

c) um amplo conhecimento das principais festas anuais.

d) uma crítica ao espírito mercantilista associado a ocasiões festivas.

e) a disposição de aderir ao propósito consumista da amiga.

1124) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,


anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.

Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o


que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.

É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a


velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.

Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.

A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em


um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.

(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:


http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)
De acordo com informações do primeiro e segundo parágrafos, a autora

a) defende a velhice como um momento de clausura e de introspecção.

b) acredita que a velhice é um período que deve ser dedicado à espera da morte.

c) apoia a ideia de que a velhice pode ser uma fase de vida ativa.

d) explica por que os sábios enxergam a velhice como um tempo de apatia.

e) conclui que a velhice é tempo de dedicação ao trabalho e à família.

1125) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,


anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.

Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o


que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.

É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a


velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.

Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.

A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em


um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.

(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:


http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)
Segundo informações do texto,

a) apesar de toda modernidade e desenvolvimento, viver bem é incompatível com


a velhice.

b) a expectativa de vida aumentou, mas isso não interferiu no modo de viver das
pessoas idosas.

c) o prolongamento da vida depende do trabalho exercido pela pessoa enquanto


jovem.

d) saúde e lucidez são condições essenciais para que a velhice seja um período
prazeroso.

e) nada é capaz de distanciar o idoso da preocupação com a morte próxima.

1126) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

A velhice, de acordo com o pensamento de alguns, é uma fase de recolhimento,


anulação e privações. Pode ser uma longa espera para o inevitável, um tempo de
sossego e meditação forçada. Felizmente, nem todos pensam assim. Desde a
antiguidade, sábios e espirituosos pensam até o contrário.

Se observarmos a vida dos idosos atualmente, podemos facilmente perceber que o


que pensam os sábios está mais próximo da realidade dos fatos de hoje. Com o
aumento da qualidade e da expectativa de vida das populações e com as mudanças
de mentalidade em relação ao modo de viver, a velhice agora pode ser sinônimo de
vida ativa, saudável e feliz, em toda a sua plenitude. O idoso pode então ser visto
como alguém que, depois de uma parcela do tempo de vida empregada ao trabalho
e à dedicação à família, desfruta uma etapa de lazer, interação social,
aprendizagem despreocupada, busca de conhecimento interior e felicidade
desprendida.

É claro e evidente que todos esses benefícios só poderão ser conquistados se a


velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. E o segredo de
uma velhice saudável, todos nós sabemos, é baseado em uma regra simples, de
três recomendações: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas
compatíveis e períodos de repouso restauradores.

Prolongar essa etapa importante da vida tem uma receita mais simples ainda:
atividade e felicidade. E, para manter a lucidez, devemos ocupar a mente com
atividades nobres.
A vida moderna e o apoio institucional e social ao idoso transformaram a velhice em
um período possível de vida ativa, em que podemos manter o nosso corpo
fortalecido e saudável e continuar desfrutando os melhores prazeres da vida. Esses
benefícios juntos nos permitem manter afastada a trágica ideia da morte próxima.

(Maria Terezinha Santellano. Disponível em:


http://www.portalterceiraidade.org.br. Adaptado)

Ziraldo. Ensaio sobre a Velhice. Disponível em: http://


rede.novaescolaclube.org.br. Acesso em 28.01.2016)

O texto e a charge de Ziraldo dialogam ao conceberem a velhice como uma fase

a) dedicada à espera da morte próxima.

b) insuportável por causa da falta de saúde.

c) marcada pelas preocupações com a família.

d) em que é possível viver momentos felizes.

e) marcada, principalmente, por desafios e conquistas.


1127) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Considerando a charge – texto verbal e imagem – é correto afirmar que, em


relação às descobertas que estão fazendo na velhice, as personagens se mostram

a) surpresas e otimistas.

b) desanimadas e resignadas.

c) conformadas e receosas.

d) apáticas e pensativas.

e) subversivas e inconformadas.

1128) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)

De acordo com o primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar que o autor

a) optou pela culinária francesa em vez da americana, já que esta é mais


gordurosa, enquanto aquela é mais leve.

b) preferiu se alimentar apenas de cheeseburger, coxinhas, empadinhas e pastéis,


deixando as comidas mais leves para os momentos especiais.

c) deixou de comer feijoada, acarajé e outras comidas típicas brasileiras e


internacionais para conseguir emagrecer sem precisar se submeter a uma cirurgia.

d) deixou de consumir comidas típicas americanas sem dificuldades, pois, além de


não serem saudáveis, não agradam seu paladar.

e) preferiu o sabor de peixe grelhado sem crosta de farinha ao de salmão ao


vapor, durante sua dieta.
1129) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Fiz um regime árduo durante um ano e perdi 23 quilos. Sem operação. Descobri o
sabor de salmão ao vapor. Peixe grelhado sem aquela deliciosa crosta de farinha.
Feijoada, eliminei. Acarajé, nem pensar. Enfim, boa parte das delícias da culinária
nacional saiu de meu cardápio. Francesa também. Americana? Nem por decreto,
embora tenha delírios pensando num cheeseburger. Coxinhas, empadinhas e
pastéis, só em momentos especiais.

Pois é. Fiz o regime com dedicação absoluta. Pulei do número 58/60 para o 52 e,
glorioso, refiz meu guarda-roupa. Meu rosto emagrece fácil. Alguns homens
emagrecem e ficam com cara de buldogue. Eu não. Fico mais próximo de uma
imagem tradicional do Drácula, magro, de rosto comprido e olhos ávidos. Não por
sangue, mas por qualquer pacotinho de batatas fritas. Existe algo melhor que
batatas fritas?

Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga. A barriga masculina é teimosa.


Todos sofrem disso. Barriguinha de tanque, só para jovens. Ou para os que
comparecem à academia como beatas na igreja. A barriga não só teima, mas é
perigosa. A partir de 100 centímetros, induz à chamada síndrome metabólica. Ou
seja, à diabetes, problemas cardíacos, gordura no fígado. Um rol de doenças. Em
todo o meu processo de emagrecimento, a barriga permaneceu, ai de mim! Não
semelhante à de um Buda, como antes. Mas ficou.

Quando o regime foi considerado vitorioso, aos poucos voltei aos carboidratos. A
uma delícia aqui, outra ali. Adivinhem o que cresceu primeiro? Ela, a barriga. Para
todo homem é assim. Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se
expandir. Fui comprar um paletó, adivinhem? O 54 serve apertadinho. O 56 cai
melhor, mas folga nos ombros. O cinto que comprei, em comemoração, não fecha
mais. Voltei aos antigos.

Não há parte do corpo mais teimosa para o homem que a barriga. Posso fazer
esteira duas horas. Basta comer um cheeseburger, e a barriga vence! É insistente.
Tanto que muita gente já diz que a barriguinha em um homem é charmosa. Criou-
se um padrão estético a favor de barrigudo! É uma luta inglória. Um homem depois
dos 30 passa a vida lutando contra a barriga. Mais dia, menos dia, a vitória sempre
será dela.

(Walcyr Carrasco. Barriga teimosa.


Disponível em: http://epoca.globo.com. Adaptado)
É correto afirmar que o autor defende a ideia de que

a) após os 30, é praticamente impossível conseguir perder peso sem cirurgia ou


sem frequentar a academia assiduamente.

b) apesar de já ser considerada atraente por muita gente, a chamada ―barriguinha‖


pode ser considerada um risco à saúde.

c) homens com mais de 30 anos dificilmente eliminam a barriga, a não ser que
passem a fazer uma dieta balanceada.

d) não basta submeter-se a uma cirurgia, é preciso aderir a uma dieta balanceada
para conseguir eliminar a barriga.

e) para eliminar as calorias de um cheeseburger e ter um corpo charmoso, basta


fazer esteira por duas horas diárias.

1130) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na
verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um
filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é
verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por
isso?

Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem
lucra com a pirataria digital. Em outras palavras, a crença que circula de boca em
boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam
esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem
assim que funciona.

O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos
autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples:
a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização
ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo.

(Vinicius Munhoz, Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em:
www.tecmundo.com.br. 14.07.2015.)
A partir da leitura do texto, conclui-se corretamente que o autor

a) parte do pressuposto de que o leitor reproduz filmes piratas porque isso ainda
não é crime no Brasil.

b) dialoga com o leitor como se este considerasse comum assistir a filmes


adquiridos por meio da pirataria.

c) considera aceitável comercializar filmes piratas, contanto que o lucro da venda


seja usado para pagar direitos autorais.

d) defende que quem praticar a reprodução ilegal de filmes deve ser preso, como
qualquer outro tipo de criminoso.

e) julga adequada a maneira como o STJ tem punido exemplarmente aqueles que
insistem em assistir a filmes piratas.

1131) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

A pirataria para o brasileiro é algo tão comum que mal pensamos que este ato, na
verdade, é ilegal. Nada como comprar aquele DVD pirata no camelô ou baixar um
filminho no Pirate Bay para assistir com a namorada no final de semana, não é
verdade? Entretanto, você já se indagou alguma vez se poderia ser punido por
isso?

Existe uma lenda urbana em nosso país que define como criminoso apenas quem
lucra com a pirataria digital. Em outras palavras, a crença que circula de boca em
boca é que somente vendedores ambulantes, falsificadores e sites que hospedam
esse tipo de conteúdo são passíveis de punição jurídica. Entretanto, não é bem
assim que funciona.

O STJ já reforçou mais de uma vez que o download de obras que possuem direitos
autorais configura crime. Mas por que ninguém é preso ou recebe multas? Simples:
a aceitação cultural é tão grande que não existe quase nenhum tipo de fiscalização
ou punição para a reprodução e distribuição deste tipo de conteúdo.

(Vinicius Munhoz, Como a pirataria é castigada em outros países do mundo? Disponível em:
www.tecmundo.com.br. 14.07.2015.)

O trecho do segundo parágrafo – Entretanto, não é bem assim que funciona. –, no


contexto em que está inserido, apresenta uma afirmação

a) condizente com a crença da maioria dos brasileiros.

b) contrária ao que já foi exposto pelo STJ.


c) a favor do comportamento de quem compra DVD pirata.

d) divergente do que afirma o senso comum.

e) desfavorável ao discurso que condena a pirataria.

1132) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(André Dahmer, Malvados. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

É correto afirmar que o efeito de humor da tirinha está associado ao fato de

a) a personagem crer que o mundo continua tão perigoso quanto antes, ainda que
mais civilizado com a tecnologia.

b) o mundo ter se tornado um lugar perigoso para se viver apenas recentemente,


após os avanços promovidos pela tecnologia.

c) o progresso promovido pela tecnologia ter reduzido os perigos do mundo,


mesmo que este continue violentíssimo.

d) a tecnologia ser apresentada como a causa para o mundo ser visto como um
lugar onde sempre houve perigo.

e) o surgimento da tecnologia aparecer como responsável por tornar o mundo um


lugar mais perigoso do que já era antes.
1133) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Prólogo

Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso
fazer alguma coisa neste ramo de literatura.

Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o


coração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir,
fala a memória ou a imaginação.

Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o
que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um


com a minha vida.

Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em


copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa,
quando a comprei.

Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor
eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim
escapar ao cataclisma.

Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene
à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam.

Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado


nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco
horas.

Adeus.

Minas, 12 de dezembro.

(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

Considerando-se a obra O guarani em seu conjunto, percebe-se que, ao afirmar –


quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho
manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei –, o autor

a) revela ao leitor que a história que irá apresentar foi escrita enquanto era muito
jovem, por isso precisa ser retificada.

b) mostra não ser responsável pela apresentação da narrativa, pois se limita a


copiar mecanicamente um texto antigo.
c) demonstra recusar-se a escrever um romance, por isso limita-se a compilar
documentos oficiais, de teor burocrático.

d) confessa que a narrativa que vai apresentar é escrita em uma linguagem


arcaica, própria de textos religiosos.

e) desperta a curiosidade do leitor, atribuindo foros de verdade à história que irá


contar, embora seja fictícia.

1134) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Bocejando, apertando os cordões das largas pantalonas de seda que lhe


escorregavam da cinta, Gonçalo, que durante todo o dia preguiçara, estirado no
divan de damasco azul, com uma vaga dor nos rins, atravessou languidamente o
quarto para espreitar, no corredor, o antigo relógio de charão. Cinco horas e
meia!... Para desanuviar, pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais.
Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, eleito
novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo de Vila Clara. Mas a
jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo,
desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite,
depois do chá, na Assembleia da Vila.

(Eça de Queirós, A ilustre casa de Ramires. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

A partir da leitura do trecho, pode-se perceber que Gonçalo é caracterizado como


um

a) moribundo, que se mantinha totalmente fechado em sua residência.

b) político, que se ocupa exclusivamente de assuntos públicos.

c) jovem oficial, que tem uma vida social conturbada.

d) trabalhador, que procura se manter ocupado e produtivo.

e) fidalgo, que vive um cotidiano marcado pelo tédio.


1135) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas
como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de
feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um
bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.

Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos.


Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de
milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes.
Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados,
engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão
descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se.

(Graciliano Ramos, Vidas secas.)

É correto afirmar que, no trecho citado, as ações de Fabiano são apresentadas


como

a) resultantes da falta de hábito em planejar-se pensando no futuro.

b) fruto de um acentuado despreparo para lidar com as finanças alheias.

c) condicionadas ao fato de ele viver em uma terra que não lhe pertence.

d) reflexo da pouca importância que ele atribuía à posse de bens materiais.

e) consequentes do comodismo diante da facilidade em se fazer empréstimos.

1136) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas
como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de
feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um
bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.

Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos.


Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de
milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes.
Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados,
engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão
descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se.

(Graciliano Ramos, Vidas secas.)


O trecho – Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça.
Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa. – ilustra que a análise que
Fabiano faz de sua condição de marginalizado é orientada

a) pelo imediatismo.

b) pela ignorância.

c) pelo fatalismo.

d) pelo otimismo.

e) pelo misticismo.

1137) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas
como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de
feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um
bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.

Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos.


Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de
milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes.
Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados,
engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão
descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se.

(Graciliano Ramos, Vidas secas.)

Acerca da linguagem empregada em Vidas secas, é possível perceber a ocorrência

a) de muitas variantes linguísticas, para criar personagens sem uma identidade


específica.

b) de uma variante popular da língua portuguesa restrita a situações de


comicidade.

c) do português culto ao longo do texto, sem haver traços de variantes populares.

d) de uma variante popular, perceptível na recorrência de erros de concordância.

e) da mescla entre o português culto e uma variante popular, típica do nordeste


brasileiro.
1138) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía
a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso
de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o
Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente.
Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia,
especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto
conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no
acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A
vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o
cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de
esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como
o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

(Guimarães Rosa, Primeiras estórias.)

Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta dos recursos


expressivos utilizados no texto.

a) A recorrência do pronome se enfatiza a ideia de reciprocidade em – Sorria-se,


saudava-se, todos se ouviam e falavam.

b) O uso do termo estória, no início do texto, sinaliza que o conto é baseado em


fatos presenciados pelo autor e registrados segundo critérios científicos.

c) A forma verbal flexionada no pretérito imperfeito do indicativo dá como certo o


fato de que a ação não chegou a se realizar em – A Mãe e o Pai vinham trazê- lo ao
aeroporto.

d) O fato de o piloto conversar com os passageiros é descrito como corriqueiro, o


que se explicita pelo uso do termo até em – Respondiam-lhe a todas as perguntas,
até o piloto conversou com ele.

e) O sufixo diminutivo confere ao termo confortavelzinho uma conotação


pejorativa, evidenciando a precariedade das instalações do avião em que se
encontrava o menino.
1139) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Esta é a estória. Ia um menino, com os Tios, passar dias no lugar onde se construía
a grande cidade. Era uma viagem inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso
de sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros desconhecidos. A Mãe e o
Pai vinham trazê-lo ao aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele, justinhamente.
Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e falavam. O avião era da Companhia,
especial, de quatro lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto
conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas horas. O menino fremia no
acorçoo, alegre de se rir para si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A
vida podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo o afivelarem-lhe o
cinto de segurança virava forte afago, de proteção, e logo novo senso de
esperança: ao não-sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se — certo como
o ato de respirar — o de fugir para o espaço em branco. O Menino.

(Guimarães Rosa, Primeiras estórias.)

Condizente com o estilo de Guimarães Rosa, percebe-se no trecho


a) o desrespeito às regras de regência, como em – ... vinham trazê-lo ao
aeroporto.
b) o uso excessivo de conectivos lógicos, como às vezes e logo.
c) a preferência por períodos longos, com muitas subordinações.
d) o emprego de neologismos, como justinhamente e desconter-se.
e) a linguagem marcadamente formal e a ausência de vocábulos regionais.

1140) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Toada do Amor

E o amor sempre nessa toada:


briga perdoa perdoa briga.

Não se deve xingar a vida,


a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Mas, se não fosse ele, também


que graça que a vida tinha?
Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.

(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia. In: Poesia 1930-1962.)

Em harmonia com a estética do modernismo brasileiro, observa-se, no poema, o


uso

a) da métrica regular e a preferência por rimas internas.

b) de um ritmo intenso, que aproxima a poesia da música.

c) de uma linguagem coloquial e a irreverência ao tratar do amor.

d) de metáforas obscuras, distanciando a poesia da linguagem cotidiana.

e) da pergunta retórica, revelando um discurso marcadamente intimista.

1141) Concurso: Tec Adm/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Toada do Amor

E o amor sempre nessa toada:


briga perdoa perdoa briga.

Não se deve xingar a vida,


a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Mas, se não fosse ele, também


que graça que a vida tinha?

Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.

(Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia. In: Poesia 1930-1962.)


A respeito da construção de sentido do poema, é correto afirmar que

a) a expressão a gente, no quarto verso, evidencia uma generalização sobre o


comportamento humano, acentuando o tom filosófico e a linguagem formal do
texto.

b) o uso da conjunção E iniciando o primeiro verso sugere que o poema dá


continuidade a uma espécie de conversa que já estava em curso, como se tratasse
de uma velha história.

c) a ausência de vírgulas no segundo e no sétimo versos reduz o ritmo do poema,


tornando a leitura mais lenta e pausada, criando uma atmosfera de ausência de
movimento.

d) a expressão dá cá o pito explicita um discurso formal, o que contribui para


encerrar o poema com uma tonalidade solene, condizente com a temática do amor.

e) a combinação das formas verbais briga e perdoa, no segundo verso, serve


para caracterizar o amor como um sentimento que não admite contradição.

1142) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bitucas jogadas no chão em SP enchem um apartamento por dia

Ao final de cada dia, o paulistano descarta 34 milhões de bitucas de cigarro nas


ruas. Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar, mas os restos
equivalentes ao consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro dariam para encher
um apartamento de 70 metros quadrados. O cálculo é da organização social ―Rede
Papel Bituca‖.

Para lidar com o problema, empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido,
de forma tímida, nos seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ – equipamento que
acondiciona o resíduo. E, na capital paulista – onde regiões com grande circulação
de pessoas, ambientes com alto nível de estresse ou que concentram bares são as
mais infestadas pelas bitucas –, um projeto de lei tramita desde o ano passado com
proposta que prevê multa de até R$ 100 para o ―sujão‖ flagrado.

O treinador de corretores de imóveis, R. Silva, 33, trabalha em uma dessas regiões.


Quatro vezes ao dia, ele repete o mesmo ritual: sai do ambiente de trabalho para
fumar. Quando o cigarro chega ao fim, o destino é um só: a rua. ―Sempre jogo a
bituca na vala. Nunca na calçada, porque a chuva vem e leva‖, diz.

Silva diz que dessa forma ―diminui o dano‖ devido à falta de um lugar adequado na
região para dar um fim à bituca.
―A bituca em contato com a água libera substâncias tóxicas e também acaba
entupindo a rede pluvial da cidade. Além de, visualmente, fomentar uma paisagem
de degradação‖, afirma Rafael Rodrigues, 31, gestor da Rede Papel Bituca. As
pontas de cigarro também provocam incêndios. Em 2013, o Corpo de Bombeiros
conteve 530 ocorrências do tipo apenas na capital.

Segundo Cleide Sousa, doutora em psicologia ambiental da UnB (Universidade de


Brasília), bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖.

Para a pesquisadora, o ato mostra ―falta de informação‖ e representa uma ―atitude


egoísta‖. ―Quem joga uma bituca no chão não faz uma autocrítica em relação ao
próprio comportamento e sempre joga a responsabilidade para o poder público.
Mas há uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em
consideração‖, explica a especialista.

(Dhiego Maia. In: http://goo.gl/nJnbbr. Adaptado)

De acordo com a leitura do texto, é correto afirmar que

a) a organização Rede Papel Bituca constatou que em várias metrópoles, como São
Paulo, há o consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro por dia.

b) a prefeitura e algumas empresas espalharam maciçamente bituqueiras pelas


ruas da cidade, mas a medida não surtiu o resultado esperado.

c) o treinador de corretores de imóveis informou-se adequadamente sobre o


destino correto a ser dado às pontas de cigarro, por isso as joga nos bueiros.

d) a pesquisadora da UnB assegura que os fumantes têm ciência de que os órgãos


públicos não são os únicos que devem agir para solucionar o problema das bitucas.

e) as pontas de cigarro descartadas negligentemente sujam as ruas, degradando o


espaço público e potencializando a ocorrência de incêndios.

1143) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bitucas jogadas no chão em SP enchem um apartamento por dia

Ao final de cada dia, o paulistano descarta 34 milhões de bitucas de cigarro nas


ruas. Pequena e dispersa por todo canto, ela parece não incomodar, mas os restos
equivalentes ao consumo de 1,7 milhão de maços de cigarro dariam para encher
um apartamento de 70 metros quadrados. O cálculo é da organização social ―Rede
Papel Bituca‖.
Para lidar com o problema, empresas e órgãos públicos de São Paulo têm inserido,
de forma tímida, nos seus espaços, as chamadas ―bituqueiras‖ – equipamento que
acondiciona o resíduo. E, na capital paulista – onde regiões com grande circulação
de pessoas, ambientes com alto nível de estresse ou que concentram bares são as
mais infestadas pelas bitucas –, um projeto de lei tramita desde o ano passado com
proposta que prevê multa de até R$ 100 para o ―sujão‖ flagrado.

O treinador de corretores de imóveis, R. Silva, 33, trabalha em uma dessas regiões.


Quatro vezes ao dia, ele repete o mesmo ritual: sai do ambiente de trabalho para
fumar. Quando o cigarro chega ao fim, o destino é um só: a rua. ―Sempre jogo a
bituca na vala. Nunca na calçada, porque a chuva vem e leva‖, diz.

Silva diz que dessa forma ―diminui o dano‖ devido à falta de um lugar adequado
na região para dar um fim à bituca.

―A bituca em contato com a água libera substâncias tóxicas e também acaba


entupindo a rede pluvial da cidade. Além de, visualmente, fomentar uma paisagem
de degradação‖, afirma Rafael Rodrigues, 31, gestor da Rede Papel Bituca. As
pontas de cigarro também provocam incêndios. Em 2013, o Corpo de Bombeiros
conteve 530 ocorrências do tipo apenas na capital.

Segundo Cleide Sousa, doutora em psicologia ambiental da UnB (Universidade de


Brasília), bitucas de cigarro são o resíduo ―mais descartado em todo o mundo‖.

Para a pesquisadora, o ato mostra ―falta de informação‖ e representa uma ―atitude


egoísta‖. ―Quem joga uma bituca no chão não faz uma autocrítica em relação ao
próprio comportamento e sempre joga a responsabilidade para o poder público.
Mas há uma responsabilidade individual nesse processo que nunca é levada em
consideração‖, explica a especialista.

(Dhiego Maia. In: http://goo.gl/nJnbbr. Adaptado)

No quarto parágrafo, a expressão dessa forma refere-se ao fato de R. Silva

a) exercer o ritual de fumar quatro vezes ao dia.

b) evitar usar as bituqueiras disponíveis nas calçadas.

c) estar proibido de fumar em seu ambiente de trabalho.

d) precaver-se contra a multa de cem reais.

e) optar por jogar bitucas na vala e não na calçada.


1144) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mais que ouvir

A comunicação é, sem dúvida, um dos grandes entraves na sociedade e no mundo


corporativo. A questão nem é tanto a comunicação verbal, o falar, mas, sim, o
escutar, por isso venho observando o quanto a paciência e a tolerância com o
processo de escuta, importantíssimo para que haja efetivamente a troca de
informações, parecem estar reduzidas.

Nada me tira da cabeça que os índices de violência do país refletem, de certo


modo, a falta de escuta dos governantes e dos gestores sobre as carências e as
insatisfações da população.

As pessoas não se sentem ouvidas, então berram por meio dos atos de violência.
Querem a atenção dos demais mas ficam frustradas, pois se sentem ignoradas ou
marginalizadas.

No mundo do trabalho também. Entre as maiores queixas dos profissionais está a


falta de reconhecimento dos colegas, e é possível incluir nesse pacote a falta de
escuta.

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? Será que o contato virtual
nos rouba o real? Será que nos acostumamos com estatísticas e números e ficamos
menos disponíveis para perceber o outro?

Lembro que escutar é diferente de ouvir. Se você não tem problemas no aparelho
auditivo, você ouve. Mas escutar implica estar atento ao que o outro está dizendo e
compreendê-lo: não só com palavras, mas também com gestos, postura, expressão
facial e tom de voz.

A escuta é uma exigência para as relações sociais, mas está em baixa.

Fazer esse exercício implica olhar e observar cuidadosamente seu interlocutor,


compreender o que ele diz e os sentimentos envolvidos, sem julgamentos. É ficar
atento também para a fluidez do discurso e as vacilações, pois todos esses detalhes
podem revelar o que as palavras não conseguem dizer.

Quando a pessoa sente que é escutada, dá mais abertura para a mudança de


atitudes e passa a agir de forma menos melindrada e mais flexível.

(Adriana Gomes. Folha de S. Paulo, 11.05.2014. Adaptado)


Pelas informações do texto, é correto afirmar que

a) as principais queixas dos profissionais estão associadas à convivência com


colegas que não têm competência técnica e, além disso, não são bons ouvintes.

b) a intolerância para escutar o outro é consequência do estresse, do vício da


conectividade e da predominância da comunicação escrita.

c) o conceito de escutar difere do conceito de ouvir, pois escutar é essencialmente


assimilar o vocabulário empregado pelo interlocutor.

d) a atitude de escutar alguém inclui interessar-se pela fala e pela postura do


interlocutor, a fim de perceber o que as palavras não expressam.

e) a autora exime-se de atribuir a políticos e gestores parte da responsabilidade


pela violência que ocorre no país.

1145) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mais que ouvir

A comunicação é, sem dúvida, um dos grandes entraves na sociedade e no mundo


corporativo. A questão nem é tanto a comunicação verbal, o falar, mas, sim, o
escutar, por isso venho observando o quanto a paciência e a tolerância com o
processo de escuta, importantíssimo para que haja efetivamente a troca de
informações, parecem estar reduzidas.

Nada me tira da cabeça que os índices de violência do país refletem, de certo


modo, a falta de escuta dos governantes e dos gestores sobre as carências e as
insatisfações da população.

As pessoas não se sentem ouvidas, então berram por meio dos atos de violência.
Querem a atenção dos demais mas ficam frustradas, pois se sentem ignoradas ou
marginalizadas.

No mundo do trabalho também. Entre as maiores queixas dos profissionais está a


falta de reconhecimento dos colegas, e é possível incluir nesse pacote a falta de
escuta.

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? Será que o contato virtual
nos rouba o real? Será que nos acostumamos com estatísticas e números e ficamos
menos disponíveis para perceber o outro?
Lembro que escutar é diferente de ouvir. Se você não tem problemas no aparelho
auditivo, você ouve. Mas escutar implica estar atento ao que o outro está dizendo e
compreendê-lo: não só com palavras, mas também com gestos, postura, expressão
facial e tom de voz.

A escuta é uma exigência para as relações sociais, mas está em baixa.

Fazer esse exercício implica olhar e observar cuidadosamente seu interlocutor,


compreender o que ele diz e os sentimentos envolvidos, sem julgamentos. É ficar
atento também para a fluidez do discurso e as vacilações, pois todos esses detalhes
podem revelar o que as palavras não conseguem dizer.

Quando a pessoa sente que é escutada, dá mais abertura para a mudança de


atitudes e passa a agir de forma menos melindrada e mais flexível.

(Adriana Gomes. Folha de S. Paulo, 11.05.2014. Adaptado)

No último parágrafo, segundo a autora, a pessoa que se sente escutada passa a


agir de forma

a) menos desconfiada e mais implacável.

b) menos insegura e menos complacente.

c) menos suscetível e menos intransigente.

d) mais introvertida e mais indulgente.

e) mais vulnerável e menos agressiva.


1146) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha.

A frase – Esse já está viajando! – foi empregada pela personagem em sentido

a) próprio, indicando que o cliente está interessado em fazer, pela primeira vez,
uma viagem de navio.

b) próprio, indicando que o cliente crê na possibilidade de viajar de navio com a


quantia de que dispõe.

c) figurado, indicando que o cliente deseja fazer uma viagem internacional,


embora não queira gastar muito.

d) figurado, indicando que o cliente não está a par dos valores que são cobrados
para um turista fazer um cruzeiro.

e) figurado, indicando que o cliente recorreu a essa agência por ela ser
especializada em viagens marítimas.

1147) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.
Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos

De acordo com o autor,

a) executar as tarefas domésticas, nos dias de hoje, prescinde da ajuda da


tecnologia.

b) a tarefa de lavar e passar roupa deve ser executada por profissionais com
formação específica.

c) antigamente era fácil passar roupa e, por isso, ele dispensava o trabalho de
uma ajudante.

d) as máquinas tornaram-se tão sofisticadas atualmente, que ele as substituiu


pelas antigas.

e) o domínio da tecnologia é necessário para se viver com autonomia na sociedade


atual.
1148) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Habilidades domésticas

Na sexta-feira, meu filho chega de São Paulo carregando uma mala entupida de
roupa suja. No final de semana, ele toma de assalto a máquina de lavar. Gira os
botões como quem aumenta o volume do rádio do carro; uma familiaridade
irritante. O elefante branco que me assustou quando vim morar sozinho tornou-se
para o jovem de 18 anos um simples e inofensivo gatinho. Se aos 45 eu nunca
tinha apertado um botão sequer de uma máquina dessas, ele, aos 18, já domina a
técnica com maestria, o que o tornará por certo mais independente nesse mundo
de dependência e subordinação em que vivemos.

Mas calma, amigo, calma. Hoje posso dizer com serenidade que essa mesma
habilidade que ele desenvolveu tão cedo eu também já desenvolvi. Agora, se tem
algo ultimamente que me anda pondo medo é o ferro de passar roupa.

Antigamente era fácil. Pelo que via, era só ligar à tomada. Havia um botãozinho
que regulava a temperatura. E pronto. Era só começar a passar. Esse que eu tenho
aqui, e que terei que usar até arrumar uma nova ajudante, tem um botão giratório
pra eu escolher o tipo de tecido: acetato, seda, rayon (o que é rayon?!), lã,
algodão, linho. Tem dois botõezinhos pra apertar com desenhinhos indecifráveis. Há
um outro que vai pra lá e pra cá, aumentando e diminuindo um filete escuro (pra
que tantos botões!?). E um buraquinho que, na minha ínfima capacidade de
decifrar esse monstrengo doméstico, serve pra colocar água.

Mais difícil do que passar roupa é entender como funciona um ferro de passar e seu
indecifrável manual. Sinceramente? Acho que escrever um romance a cada seis
meses ou arredondar uma encrencada e velha execução trabalhista são tarefas
mais fáceis, mas eu chego lá...

P.S.: Esquece esse último parágrafo. Tudo resolvido com essa tecnologia massa¹.
Bastaram três minutinhos. Bora² passar roupa! Com a ajuda do YouTube³, claro!

(Sergio Geia, www.cronicadodia.com.br/2015/09/habilidades-domesticas-sergio-geia_26.html.


26.09.2015. Adaptado)

1 excelente
2 Vamos (convite)
3 site de compartilhamento de vídeos
O autor

a) desistiu de aprender a passar roupa e resolveu contratar os serviços de uma


ajudante pela internet.

b) concluiu que a técnica de passar roupa equivale à escrita de um livro ou ao


exercício da advocacia.

c) resolveu seu problema com o uso do novo ferro de passar roupa depois de
acessar o YouTube.

d) não se tornou apto a manusear o ferro de passar, porque se recusou a ler seu
manual de instruções.

e) não soube operar os botões do ferro de passar novo, mas foi capaz de precisar
sua utilidade.

1149) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Considere o cartum.

Uma leitura adequada para o cartum é a que aponta para a oposição estabelecida
entre pessoas, respectivamente,

a) empáticas e refinadas.
b) hesitantes e prudentes.
c) desconfiadas e truculentas.
d) afoitas e cautelosas.
e) distraídas e ávidas.
1150) Concurso: Aux Esc/CM Marília/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uma rara boa notícia, para hoje e amanhã

Numa época em que só se colhem notícias ruins, aconteceu uma coisa boa no
mercado do café. As exportações vão bem e o consumo interno cresceu 0,9%. Não
é nada, mas é alguma coisa.

A melhor notícia relaciona-se com o futuro. O consumo de café no mundo passa


pela revolução tecnológica das cápsulas. Em menos de um minuto, produzem um
cafezinho, não sujam e dão ao freguês uma inédita variedade de escolhas. O
consumo de café em cápsulas tem 25% do mercado francês, mas no Brasil ainda é
desprezível (0,6%).

Essa revolução começou há décadas. E o Brasil estava numa situação vexaminosa,


importando algum café torrado da Suíça e da França, onde não há um só pé da
fruta. Medidas espertas do governo, liberando a importação de máquinas para os
lares, e investimentos da iniciativa privada, a construção de duas fábricas de
cápsulas, colocam o Brasil numa boa posição, saindo de um atraso que vem do
século 19.

Em vez de exportar sobretudo café verde, poderá exportar cápsulas. O grão puro e
simples vale R$ 10 por quilo, o café das cápsulas rende R$ 300 pelo mesmo quilo.
Os bons cafezais brasileiros produzem tipos de grãos capazes de competir com
quaisquer sabores de outros países. Se ninguém atrapalhar, dá certo.

(Elio Gaspari. O Brasil que dá certo fica escondido, www.folha.uol.com.br/


colunas/eliogaspari/2016/01/1730290-o-brasil-que-da-certo-fica-escondido. shtml. 17.01.2016.
Adaptado)

Uma boa notícia para o autor diz respeito ao fato de o Brasil


a) iniciar a comercialização de café em cápsulas, ainda que isso resulte na
importação de café suíço e francês.
b) aumentar suas exportações de café verde, ao voltar-se para o mercado
consumidor de café em cápsulas.
c) ampliar suas importações de café torrado, em virtude do aumento do consumo
de café em cápsulas.
d) passar a ser capaz de comercializar café em cápsulas, o que viabilizará maior
lucro com exportação.
e) receber incentivos fiscais e da iniciativa privada para importar café verde, a fim
de vender café em cápsulas.
1151) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. "Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)


De acordo com o texto, o autor

a) considera que passar o aniversário sozinho em um hotel das Ilhas Maldivas é


um desperdício.

b) concorda que pessoas sozinhas não são merecedoras de herança, basta uma
lembrança de família.

c) afirma que as famílias não mudam, assim como o amor romântico, que é
estável e duradouro.

d) não entende por que as pessoas param de se falar quando noivam.

e) constata que, apesar de viverem relações passageiras, as pessoas continuam


desejando um amor.

1152) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. "Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)

A partir das informações do 3ºparágrafo, está correto o que se afirma em:

a) O amor não sofre transformações, até as expressões para nomeá-lo se mantêm


como antigamente.

b) No passado, namorada era uma pessoa com quem o rapaz saía de vez em
quando.

c) No passado, marido e esposa eram namorados que viviam em casas separadas.

d) Atualmente, é comum apresentar como amiga alguém que, na verdade, é


namorada.

e) Atualmente, a palavra noivado é sinônimo de compromisso sério, com


pretensões de casamento.

1153) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.
Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,
ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que bem entendesse – antes, ela
sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele sempre queria pôr em português,
―pra entender‖: acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mas,
mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam.
A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.
Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.
Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação
funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.
(Antônio Prata, “O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)

De acordo com o 1º parágrafo do texto, é correto afirmar que


a) a partir de uma briga sobre o lado certo de descascar uma mexerica, o casal
passou a discutir com frequência.
b) o casal percebeu que brigar por coisas pequenas não era saudável para a sua
convivência, por isso resolveu fazer uma viagem a dois.
c) o casal percebeu que as implicâncias cotidianas estavam cada vez mais
frequentes e graves, por isso resolveu se distanciar um pouco.
d) ele ficava irritado porque ela não conseguia trocar a marcha do carro toda vez
que subiam a Rua Augusta.
e) ela se irritava porque ele passava horas perdido na cidade, entre ruas que eles
desconheciam.
1154) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que bem entendesse – antes, ela
sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele sempre queria pôr em português,
―pra entender‖: acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mas,
mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam.

A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata, “O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)


No trecho ... de discussão em discussão, o caldo entornaria... –, a expressão
destacada foi empregada em sentido figurado, assim como em

a) ―Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos...‖

b) ―Decidiram, então, dormir em quartos separados...‖

c) ―Ele atrasava pro cinema.‖

d) ―... algum hábito de um a pinicar a paciência do outro.‖

e) ―... nunca terem se conhecido.‖

1155) Concurso: As Leg/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que bem entendesse – antes, ela
sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele sempre queria pôr em português,
―pra entender‖: acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mas,
mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam.

A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata, “O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)

No texto, o autor sustenta que

a) o ―felizes para sempre‖ só é possível em relações imaginárias, em que se


idealiza o parceiro, mas não se convive de fato com ele.

b) a solução para o bom relacionamento com quem se ama é o distanciamento,


capaz de reavivar o amor através da saudade.

c) uma separação decorre sempre de implicâncias cotidianas, quando os casais não


enfrentam suas diferenças e se afastam cada vez mais.

d) o distanciamento, depois de longos anos de convívio, faz bem ao casal e é


suficiente para apaziguar momentos difíceis da relação.

e) ao dividir a vida com alguém, é preciso aceitar as implicâncias e diferenças


alheias, pois elas fazem bem ao relacionamento.

1156) Concurso: Recep/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.
Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. ―Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)

Na expressão relações fugazes, com o sentido com que foi empregada no texto,
pode ser corretamente relacionada ao trecho

a) ―… o maior terror das garotas era ficar para tia…‖

b) ―... duas pessoas que se amam e constroem um lar.‖

c) ―E depois descubro que ainda não conheceu o par.‖

d) ―... se apaixonaram, mas só dura algumas semanas.‖

e) ―Não é necessário um par para sobreviver.‖


1157) Concurso: Recep/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Após o fim de um relacionamento, um amigo fez uma viagem às Ilhas Maldivas. Foi
sozinho para um hotel fantástico, onde pretendia passar seu aniversário
calmamente. Por tradição, o hotel comemora o aniversário dos hóspedes e, ao final
de seu jantar, uma comitiva de garçons com um bolo de velas acesas aproximou-se
de sua mesa solitária cantando ―Happy birthday‖. Foi um horror suportar os olhares
de piedade dos turistas nas outras mesas.

A pessoa sozinha é vista como uma fracassada. Há algo de errado com ela,
pensam. No passado, o maior terror das garotas era ficar para tia, ou seja,
solteirona. Era ela quem cuidava dos pais velhinhos. Depois, ia morar na casa de
algum irmão ou irmã, onde era tratada como um estorvo, embora cozinhasse,
lavasse e passasse. Na divisão da herança, ficar com um pedaço de terra para quê,
se era sozinha? No máximo, um enfeite de porcelana que pertencera à mãe.

Uma família é definida pelo encontro de duas pessoas que se amam e constroem
um lar. Mas se as famílias estão mudando, o amor também não? A transformação
começa já no vocabulário. Antes namorada era alguém com quem se pretendia um
compromisso. Hoje, pode ser simplesmente uma pessoa com quem o rapaz esteja
saindo, uma espécie de amiga íntima, sem outros planos. Um casal se apresenta
como ―meu marido‖ e ―minha mulher‖. Mas de fato seriam, no conceito de
antigamente, namorados. Estão juntos, mas em casas separadas. As palavras
foram se tornando fluidas. ―Ficar‖ é uma agarração sem compromisso. ―Ficante‖ é
alguém que se vê até com frequência, mas não é namoro. Mas a ficante às vezes é
apresentada como namorada ou mulher. Apresenta-se uma amiga que de fato é
namorada. Alguém fala em amante? É namorada. Ou até noiva. Mas o noivado não
é resultado de um compromisso. Só de um dia especialmente mais amoroso. Assim
como ―noivaram‖, param de se falar. Ou a pessoa diz que está namorando. E
depois descubro que ainda não conheceu o par. É só pela internet.

A confusão de significados mostra que o amor romântico, a união de duas almas


dos poetas, está desaparecendo. As pessoas sonham com ele. Mas relacionamentos
são fluidos. Basta uma noite para dizerem que estão casadas! Ninguém suporta
ficar sozinho. Cada vez com mais frequência, ficam sozinhas junto com alguém! Ou
se apaixonam, mas só dura algumas semanas. O amor não é duradouro nem fator
de união das famílias, como no passado. Para ―casar‖, basta emprego. Mas se os
dois têm, é fácil separar. Não é necessário um par para sobreviver. Mas todo
mundo quer um amor, dá para entender? Ninguém quer ser o solitário num
restaurante no dia do aniversário. Só que eu vejo, cada vez mais, as pessoas tendo
relações fugazes. E já se preparam para uma vida solitária, de eternos
―namorados‖.

(Walcyr Carrasco. “O amor é necessário?”. www.epoca.globo.com. 18.11.2015. Adaptado)


Leia o trecho do texto de Arnaldo Jabor para responder à questão.

E o amor? A paixão é imaginária, o amor é real. Mas quem quer a realidade hoje?

Está acabando o amor romântico. Só prazeres instantâneos e fugazes. O amor não


tem mais porto, não tem onde ancorar. Não temos mais músicas românticas, nem
―olhos de ressaca‖. O verdadeiro amor total fica cada vez mais impossível. Daí,
surge uma onda de paixões narcísicas. Por isso, perdemos esperanças de plenitude
e celebramos sonhos efêmeros. A felicidade ficou chata, tem de ser administrada,
eé feita também de sofrimentos e dúvidas.

Em vez da felicidade, só as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, as perdas,


os retornos, os desertos, a chuva, o sol, o nada.

O amor, hoje, é um cultivo da ―intensidade‖ contra a ―eternidade‖. O amor, para


ser eterno, tem de ficar eternamente irrealizado. É bom sofrer numa metafísica
passional, é bom ter saudade, ter a perda, tudo menos a insuportável felicidade.

É o fim do happy end.

(Arnaldo Jabor. “Amar e ser amado”. www.oglobo.globo.com, 10.11.2015. Adaptado)

Os textos de Arnaldo Jabor e Walcyr Carrasco estabelecem um diálogo ao


concordarem que

a) o amor prevalece sobre a paixão.

b) o amor romântico está se extinguindo.

c) a música e a poesia fazem nascer o amor.

d) a felicidade hoje é facilmente controlada.

e) o amor hoje prioriza a eternidade.

1158) Concurso: Recep/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Leia o trecho do texto de Arnaldo Jabor para responder à questão.

E o amor? A paixão é imaginária, o amor é real. Mas quem quer a realidade hoje?

Está acabando o amor romântico. Só prazeres instantâneos e fugazes. O amor não


tem mais porto, não tem onde ancorar. Não temos mais músicas românticas, nem
―olhos de ressaca‖. O verdadeiro amor total fica cada vez mais impossível. Daí,
surge uma onda de paixões narcísicas. Por isso, perdemos esperanças de plenitude
e celebramos sonhos efêmeros. A felicidade ficou chata, tem de ser administrada, e
é feita também de sofrimentos e dúvidas.
Em vez da felicidade, só as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, as perdas,
os retornos, os desertos, a chuva, o sol, o nada.

O amor, hoje, é um cultivo da ―intensidade‖ contra a ―eternidade‖. O amor, para


ser eterno, tem de ficar eternamente irrealizado. É bom sofrer numa metafísica
passional, é bom ter saudade, ter a perda, tudo menos a insuportável felicidade.

É o fim do happy end.

(Arnaldo Jabor. “Amar e ser amado”. www.oglobo.globo.com, 10.11.2015. Adaptado)

No 2º parágrafo do texto de Arnaldo Jabor, o termo destacado em – Daí, surge


uma onda de paixões narcísicas. – foi empregado com a mesma função que o
termo destacado em

a) ―Não temos mais músicas românticas...‖

b) ―Por isso, perdemos esperanças de plenitude...‖

c) ―... e é feita também de sofrimentos e dúvidas.‖

d) ―Em vez da felicidade, só as fortes emoções, a deliciosa dor...‖

e) ―... tudo menos a insuportável felicidade.‖

1159) Concurso: Recep/CM Registro/2016 Banca: VUNESP

Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, ―Não bate! Vira a
maçaneta e puxa!‖, ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a
geladeira, ―Pensa antes no que você quer, depois abre!‖. Quando ela dirigia, ele ia
cantando as marchas: ―Quarta!‖, ―Terceira!‖, ―Quinta! Oitenta... Bota a quinta!‖.
Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos: ―Por que cê tá subindo a
Augusta?! Pega a Nove de Julho!‖. ―Não, Rebouças não!‖. No dia em que discutiram
feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica – ―Por cima!
Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!‖ versus ―Por baixo! É uma dedada só!‖ –,
decidiram que era preciso diminuir a convivência.

Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona. Às terças,


ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não
resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela
o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. Decidiram, então, dormir
em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um para um lado do
corredor. Ele assistia à série dele, ela via a série dela. Às vezes, até viam a mesma
série, mas cada um botando legenda na língua que
bem entendesse – antes, ela sempre queria pôr em inglês, ―pra praticar‖, ele
sempre queria pôr em português, ―pra entender‖: acabavam nem praticando nem
entendendo, mas discutindo. Mas, mesmo em quartos separados, as rusgas
continuavam.

A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados,
cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um
tempo, mas – de novo – não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do
restaurante. Na casa dele, não tinha os cremes dela. Na casa dela, não tinha as
lentes dele.

Um belo dia tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria
algum incômodo, algum detalhe, algum hábito de um a pinicar a paciência do
outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas
criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que
quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em
discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.

Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação


funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas
imaginassem um ao outro, amantes ideais, num mundo sem marchas, sem
Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes e sem
lentes, seriam felizes para sempre.

(Antônio Prata,
“O Engruvinhado da Mexerica”. Folha de S.Paulo, 15.11.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta, conforme 2º e 3º parágrafos do texto.

a) O casal, de vez em quando, assistia à mesma série de TV mesmo em cômodos


separados, pois assim cada um podia escolher a legenda que queria.

b) O casal brigava porque, enquanto ele jogava futebol às quintas, ela encontrava
as amigas no bar semanalmente.

c) Dormir em quartos separados resolveu as brigas do casal, já que assim ele não
se incomodava mais com o cheiro de fritura dela.

d) O casal resolveu suas rusgas ao decidir morar em casas separadas, quando


finalmente conseguiu retomar a jovialidade do namoro.

e) Foi bom morar em casas separadas, porque, desse modo, as lentes dele não
ficavam na casa dela nem os cremes dela, na casa dele.
1160) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser simples
a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e garantir o
acesso tempestivo a quem deles depende.

Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

De acordo com o texto, em uma cidade como São Paulo, a distribuição de remédios
gratuitos à população

a) está proibida pelo poder público.

b) é uma operação complexa.

c) acontece sob pressão popular.

d) constitui uma tarefa simples.

e) ocorre sem inoperâncias.

1161) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser simples
a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e garantir o
acesso tempestivo a quem deles depende.

Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

No segundo parágrafo do texto, fica claro que

a) o poder público está isento de responsabilidade na distribuição de remédios


gratuitos à população em geral.
b) o doente que fica desatendido sem medicamento a que tem direito deixa de
exigir explicações plausíveis do poder público.

c) o poder público deve abster-se de pretextos burocráticos ao justificar falhas


pontuais na distribuição de remédios.

d) as falhas eventuais na distribuição de remédios à população minoram o


desconforto do doente sem o seu medicamento.

e) a reparação de problemas na distribuição de remédios começa pelos pretextos


burocráticos do poder público.

1162) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.

Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.

O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado


significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.

Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia


que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.

(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)

Em seu relato, a autora explica que

a) os adultos mostraram-lhe, com paciência, que existe muita diferença entre o


mundo imaginário das crianças e o deles.

b) a escola foi um espaço de repressão à sua imaginação, e o caminho para poder


continuar sonhando foi o texto literário.

c) a comunicação das palavras entre si sempre foi uma situação incompreensível


para ela, que abandonou o texto literário.
d) a imaginação efervescia em sua mente, e a escola promoveu situações para
torná-la uma pessoa ainda mais criativa.

e) o contato com o texto literário aconteceu muito cedo em sua vida, mas ele
nunca lhe despertou o interesse pelo mundo da imaginação.

1163) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.

Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)


Para Hokanson, a criatividade equivale à

a) competência de se manter inflexível diante das adversidades.

b) aptidão inata de inventar objetos respeitando as convenções.

c) possibilidade de produzir arte ao se ignorar o medo da rotina.

d) habilidade de defender ideias sem contrariar amigos ou familiares.

e) capacidade de solucionar problemas de um modo inabitual.

1164) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.

Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)

De acordo com Hokanson,

a) a expectativa da falha pode gerar o medo, o que bloqueia a criatividade.

b) a criatividade se desenvolve a partir de desafios e novas experiências.

c) o cotidiano não produz situações propícias para o exercício da criatividade.

d) o apoio de uma família tradicional, via de regra, estimula ações criativas.

e) o desenvolvimento da criatividade independe das relações interpessoais.

1165) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Como você mede o tempo?

Raios do Sol
Luas
Abraços
Grãos de areia
Velas
Beijos
Gotas d‘água
Segundos
Suspiros
Como você mede o tempo?

(Paulo Meireles Barguil. www.cronicadodia.com.br, 18.03.2016)

O autor parte do pressuposto de que

a) as pessoas são incapazes de medir o tempo por meio de ações concretas.

b) a passagem do tempo não pode ser medida sem o auxílio do relógio.

c) a compreensão do tempo é subjetiva e varia de pessoa para pessoa.

d) a percepção do tempo depende de uma abordagem altamente científica.

e) o tempo deve ser medido de modo objetivo e destituído de emoção.


1166) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge.

(Gazeta do Povo, 19.11.2015. Adaptado)

Para que a fala da segunda personagem faça sentido, a lacuna na fala da primeira
deve ser preenchida com:

a) lá se vai o par de moedas…

b) duas moedas foram ao chão…

c) caiu duas moedas…

d) era uma vez duas moedas…

e) duas moedas acabam de sumir…

1167) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)

Em relação ao outdoor que o publicitário Bob instalou na rua para a sua mulher, o
autor pondera que

a) traduz o sentimento de amor, que pode ser abalado profundamente pelos


problemas do mundo atual.

b) se trata de uma atitude positiva, sobretudo quando comparada aos problemas


do mundo nos dias de hoje.

c) parece algo sem sentido, quando comparado aos grandes problemas vividos no
mundo atual.

d) revela a criatividade do marido, mas perde seu verdadeiro valor por ser
produzido em linguagem pouco atual.

e) é uma expressão bonita, porém exagerada, quando comparada à realidade dos


dias de hoje.

1168) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente.), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)

O autor comenta que os amorosos de gosto mais refinado provavelmente

a) desejariam que a frase no outdoor do publicitário fosse outra.

b) quereriam redigir uma frase romântica para o outdoor do publicitário.

c) condenariam outra frase que não aquela no outdoor do publicitário.

d) criticariam o uso de uma frase poética no outdoor do publicitário.

e) fariam virar patrimônio histórico o outdoor do publicitário.

1169) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Como não é possível apagar a mocidade, eliminá-la ou atravessá-la sem dilemas


nem dor, o melhor é entendê-la, especialmente em seu atribulado convívio com as
normas da sociedade. Nesse aspecto, nada é mais ruidoso do que a busca pela
idade certa, considerando-se o funcionamento da mente, para determinar a
responsabilidade penal. Os adolescentes conseguem distinguir o certo do errado,
mas, depois que se decidem pelo segundo, é difícil que desistam. Vão em frente de
um modo que um adulto não iria. Mas há um alento: um cérebro novo tem o que se
convencionou chamar de ―plasticidade‖. É hábil para aprender – bobagens,
sobretudo –, mas aceita mudanças de ideia. Vale no banco escolar, vale na
construção de valores morais. Um criminoso de 16 anos, portanto, é teoricamente
mais fácil de ser ―recuperado‖ do que um de 20.

(Veja, 17.06.2015)

De acordo com o texto, é correto afirmar que os adolescentes

a) tendem a agir como os adultos e, por isso, persistem em seus objetivos.

b) desistem facilmente de seus ideais, quando estes se marcam pelas dificuldades.

c) vivem adversidades decorrentes de seus conflitos com as regras sociais.


d) têm uma mente em que inexiste a distinção entre o certo e o errado.

e) escolhem o que é errado, pois não conseguem distingui- lo do que é certo.

1170) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Como não é possível apagar a mocidade, eliminá-la ou atravessá-la sem dilemas


nem dor, o melhor é entendê-la, especialmente em seu atribulado convívio com as
normas da sociedade. Nesse aspecto, nada é mais ruidoso do que a busca pela
idade certa, considerando-se o funcionamento da mente, para determinar a
responsabilidade penal. Os adolescentes conseguem distinguir o certo do errado,
mas, depois que se decidem pelo segundo, é difícil que desistam. Vão em frente de
um modo que um adulto não iria. Mas há um alento: um cérebro novo tem o que se
convencionou chamar de ―plasticidade‖. É hábil para aprender – bobagens,
sobretudo –, mas aceita mudanças de ideia. Vale no banco escolar, vale na
construção de valores morais. Um criminoso de 16 anos, portanto, é teoricamente
mais fácil de ser ―recuperado‖ do que um de 20.

(Veja, 17.06.2015)

O conceito de ―plasticidade‖ apresentado no texto deve ser entendido como

a) a característica da mente do jovem que indica a sua correta idade penal.

b) a capacidade que a mente do jovem tem para aceitar mudanças de ideia.

c) a tendência da mente do jovem para aprender bobagens sem aceitar mudanças.

d) a contradição comum na mente do jovem, que limita sua aprendizagem.

e) a facilidade para a recuperação de um jovem criminoso em qualquer idade.

1171) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já


se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, a preocupação com o corpo magro é

a) histórica, pois nos séculos passados as musas cuidavam de suas curvas com
especial atenção.

b) recente, já que o padrão de beleza dos séculos passados valorizava os corpos


mais gordos.

c) fictícia, uma vez que esse padrão de beleza se circunscreve às idealizações


feitas por artistas.

d) elitista, porque a magreza é uma característica exclusiva dos ricos e inacessível


aos muito pobres.

e) recomendável, na medida em que tem resultado no cultivo de hábitos


nutricionais mais saudáveis.
1172) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já


se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

Conforme o texto, a lógica que dita os padrões de beleza leva em conta

a) a dificuldade em se conquistar determinada forma física.

b) a opinião exclusiva de homens dedicados à criação artística.

c) as agências publicitárias, que sempre fizeram parte da história.


d) o fato de que os indivíduos querem copiar os corpos da maioria.

e) a importância conferida à relação entre aparência e personalidade.

1173) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já


se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)


Segundo o texto, a supervalorização do corpo magro tem como consequência

a) a distribuição de alimentos menos gordurosos e, portanto, mais saudáveis à


população.

b) a aderência a dietas capazes de queimar calorias de maneira equilibrada e


gradual.

c) o gasto de verba pública em campanhas de esclarecimento para combater a


obesidade.

d) o consumo desmedido de alimentos industrializados, cada vez mais acessíveis


ao consumidor.

e) a grande probabilidade de moças entre 15 e 24 anos morrerem de anorexia.

1174) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já
se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

No contexto do terceiro parágrafo, o uso das aspas em – ―perfeição‖ – sinaliza que


esse ideal

a) se vincula ao corpo que não passou por procedimentos cirúrgicos.

b) pode ser conquistado por todos aqueles que fizerem uma dieta.

c) está na mente dos artistas, não deve ser ligado à vida comum.

d) é relativo, ou seja, varia conforme a época ou os indivíduos.

e) representa uma preocupação restrita a modelos profissionais.

1175) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um


passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma
obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos
que ―magreza = beleza‖?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma


preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais
remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura
feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O
quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas
musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. ―Os padrões
de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos‖,
aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome
era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que
temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil.
Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam
colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à
disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos
estéticos e cirurgias para atingir a dita ―perfeição‖ — exige dinheiro, mais um
obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já


se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em
âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos
morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa.
E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola
Altheia explica a tendência: ―Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é
dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência‖.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

No trecho – Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino


Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013
do IBGE. (4º parágrafo) – o termo já sugere que a preocupação com o peso entre
as estudantes brasileiras é

a) tranquilizadora.

b) contornável.

c) insignificante.

d) superficial.

e) precoce.
1176) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Al‟Hanati. www.gazetadopovo.com.br)

No segundo quadrinho, o personagem

a) aponta a causa das falhas de seu aparelho de celular.

b) conta quando foi que seu aparelho de celular quebrou.

c) diz qual será o destino de seu aparelho de celular.

d) explica por que adquiriu seu aparelho de celular.

e) menciona os defeitos de seu aparelho de celular.

1177) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Al‟Hanati. www.gazetadopovo.com.br)
Ao afirmar no terceiro quadrinho – Pensando bem, eu também sou assim… –, o
personagem atribui sentido figurado à expressão ―fica esquentando à toa‖ (2º
quadrinho), sugerindo que ele (o personagem)

a) tem hábitos saudáveis.

b) é uma pessoa calma.

c) não gosta de rotina.

d) se preocupa facilmente.

e) sabe como se distrair.

1178) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:
— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.

Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

Da leitura do trecho – Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe. (1º


parágrafo) – conclui-se que a autora

a) ficou espantada com o quanto sua amiga valorizava um simples casaco.

b) tinha passado uma experiência idêntica àquela vivida pela amiga.

c) sentiu pena da amiga, embora não entendesse a razão de seu sofrimento.

d) compreendeu o sentimento da amiga diante do casaco deixado no táxi.

e) desconfiou que sua amiga não sabia exatamente o que havia deixado no táxi.
1179) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:

— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

Com base no segundo parágrafo, é correto concluir que a autora

a) passou a correr após ser desafiada pela amiga.

b) hesitou para iniciar a perseguição ao táxi.

c) decidiu correr atrás do táxi com prontidão.

d) começou a correr por ser ignorada pelo táxi.

e) foi até o táxi pensando que não o alcançaria.

1180) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:

— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.

Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

De acordo com a autora, o resgate do casaco

a) despertou nela a vontade de ter uma vida mais ativa.

b) deu início a sua carreira como atleta profissional.

c) fez com que ela reavaliasse o valor de suas roupas.

d) levou-a a ser mais cuidadosa com seus pertences.

e) correspondeu à superação de aparentes limitações.


1181) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:

— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

Após ter sido resgatado, o casaco passou a ser, para a amiga da autora, símbolo de

a) perseverança.

b) autenticidade.

c) ansiedade.

d) consumismo.

e) distração.

1182) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de uma canção para responder à questão.

Passarinho

Como um brotinho de feijão, foi que um dia eu nasci,


Despertei, caí no chão e com as flores cresci.
E decidi que a vida logo me daria tudo,
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro.

Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou


Que um nome de passarinho me encheria de amor.
Mas passarinho, se não bate a asa, logo pia.
Eu, que tinha um nome diferente, já quis ser Maria.
Ah, e como é bom voar…
(Tiê. www.letras.com.br. Adaptado)

Uma interpretação adequada para o texto é:

a) o nascimento da autora é associado a um evento não natural.

b) o medo, na vida da autora, é uma constante que a paralisa.

c) a autora já ficou insatisfeita com seu nome incomum.


d) a possibilidade de sentir medo não foi considerada pela autora.

e) o ato de voar é representado como um risco amedrontador.

1183) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Considere o cartum.

O cartum propõe uma reflexão sobre

a) as dificuldades de relacionamento entre os alunos.

b) os malefícios das redes sociais para o convívio social.

c) o aprendizado da leitura no contexto da cultura digital.

d) os desafios da alfabetização de alunos sem a ajuda dos pais.

e) a contribuição do ensino em período integral para o aprendizado.

1184) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying*,


mostra pesquisa do IBGE

Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), mais entrevistados relataram em 2015 terem praticado do que sofrido
bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam.

Meninas são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já
ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a proporção sobe para 24,2%. A
prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados
disseram fazer bullying) do que na rede pública (19,5%). Sofreram bullying com
frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9º ano, principalmente por causa da
aparência do corpo ou do rosto.

* bullying: situação que envolve agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira
repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

(http://educacao.uol.com.br, 26.08.2016. Adaptado)

De acordo com o texto,

a) cresceu o número de vítimas de bullying na escola entre 2012 e 2015.

b) parece haver mais alunos provocadores do que vítimas de bullying.

c) os meninos preferem direcionar suas provocações às meninas.

d) os alunos da rede pública são mais agressivos que os da escola privada.

e) as meninas sofrem mais com as práticas de bullying que os meninos.

1185) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Alunos dizem mais praticar do que sofrer bullying*,


mostra pesquisa do IBGE

Assim como na pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), mais entrevistados relataram em 2015 terem praticado do que sofrido
bullying, não apenas na escola, mas em qualquer ambiente que frequentam.

Meninas são menos provocadoras do que meninos: 15,6% das alunas disseram já
ter praticado bullying, enquanto entre os alunos a proporção sobe para 24,2%. A
prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas (21,2% dos entrevistados
disseram fazer bullying) do que na rede pública (19,5%). Sofreram bullying com
frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9º ano, principalmente por causa da
aparência do corpo ou do rosto.

* bullying: situação que envolve agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira
repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.

(http://educacao.uol.com.br, 26.08.2016. Adaptado)


Uma frase condizente com a mensagem expressa neste trecho do 2º parágrafo –
Sofreram bullying com frequência 7,4% (194,6 mil) dos alunos do 9º ano,
principalmente por causa da aparência do corpo ou do rosto. – é:

a) É natural que os alunos do 9º ano pratiquem bullying em razão da aparência do


corpo ou do rosto.

b) Os alunos do 9º ano são os que mais sofrem bullying, apesar da aparência do


corpo ou do rosto.

c) Foi constatado que apenas a aparência do corpo ou do rosto se torna alvo de


bullying no 9º ano.

d) Os alunos do 9º ano têm má aparência, do corpo ou do rosto, e por isso sempre


sofrem bullying.

e) A aparência do corpo ou do rosto foi o principal motivo de bullying sofrido por


alunos do 9º ano.

1186) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

Na opinião da autora, os alunos devem frequentar a escola, principalmente, para

a) evitar tomar ciência do preconceito ainda existente no país.

b) desenvolver habilidades que lhes garantirão bons empregos.

c) adquirir domínio das diferentes disciplinas do conhecimento.

d) aprender a conviver em sociedade com respeito ao próximo.

e) obter o conhecimento necessário para justificar os preconceitos.

1187) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.
Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

Os dois episódios mencionados no 2º parágrafo são exemplos de


a) desigualdade de renda.
b) preconceito de gênero.
c) disputa entre classes.
d) conflito de gerações.
e) discriminação racial.

1188) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Preconceito na escola

Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se
expressem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas
preocupações e campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase
nada contra o preconceito. Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio
moral* nasce de preconceitos!

Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe


que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos
dos filhos (ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra
lanchando sozinha ao lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este,
ocorrido na África do Sul.

Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em
ambos os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações,
o que sinaliza como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo,
conter suas manifestações e colaborar para que a convivência social seja mais
digna.

Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é
pobre em demasia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos
garantam um futuro de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.

Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para
a cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a
formação de um cidadão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos
de nossa sociedade, suas várias formas de manifestação e como combatê-los é
função das mais importantes da escola.

* assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e


prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28.06.2016. Adaptado)

No 4º parágrafo, a interrogação em – Para que nossos filhos garantam um futuro


de sucesso? O estudo escolar não oferece mais essa garantia. – explicita uma

a) dificuldade da autora em compreender a linguagem dos jovens.

b) dúvida que a autora tem acerca do futuro das escolas brasileiras.

c) hipótese sobre o modo autoritário como os pais educam os filhos.

d) questão para a qual a autora sugere uma resposta negativa.

e) pergunta que a autora faz questão de deixar sem resposta.


1189) Concurso: Ag Esc/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

É correto afirmar que a insatisfação da garota está associada ao fato de que

a) o irmão recriminou a atitude dela.

b) ela se sentiu diferente dos colegas.

c) a escola proibia o uso de lancheiras.

d) seu lanche não cabia na lancheira.

e) os colegas não notaram seu lanche.

1190) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.
No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.
E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Pela leitura do texto, é correto afirmar que

a) as crianças reclamavam se os pais não comprassem camarão e refrigerantes


para as refeições, pois queriam experimentar de tudo durante as férias.

b) os pescadores, durante o verão, aumentavam o preço dos peixes, que vendiam


em lotes para os fregueses de temporada.

c) a autora, sem brinquedos caros ou sofisticados, vivenciou uma infância feliz


quando ia à praia com seus primos.

d) meninos e meninas corriam à praia para ver as águas-vivas e se aproximavam,


sem receio, desses seres estranhos.

e) os pais eram autoritários e não admitiam que as crianças se queixassem de


nada, mesmo que elas tivessem bons motivos.

1191) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Para a autora, os adultos não aprovavam quando as crianças


a) brincavam perigosamente de dar caldo afundando a cabeça do outro na água.
b) se irritavam ao quebrar as conchas que usariam para fazer colares.
c) utilizavam varinhas para mexer nas águas-vivas espalhadas pela areia.
d) faziam a maior algazarra enquanto atiravam areia umas nas outras.
e) demoravam para dormir, mesmo com as luzes já apagadas.
1192) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos,
para horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

As interrogações em destaque, no segundo e no terceiro parágrafo do texto,


indicam que a autora

a) admite que era uma criança medrosa e se sentia abandonada quando os adultos
fingiam ir embora da praia.

b) pressupõe que os leitores tenham desfrutado, como ela, das mesmas


brincadeiras de infância.

c) lamenta o distanciamento que se criou entre primos e primas agora que todos
são adultos.

d) reconhece que as lembranças da infância são mais significativas do que ela


supunha.

e) procura, mesmo incerta sobre alguns fatos, descrever para os leitores como foi
sua infância na praia.

1193) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar. E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se
queixar, porque era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)


Leia os trechos selecionados do texto.

Para mim são, ainda e sempre, as recordações da infância na praia muito mais
fortes do que eu podia imaginar.

As cor-de-rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma


verdadeira festa.

… sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa
mesmo muito estranha.

Ao empregar as expressões destacadas, a autora

a) relata, com impessoalidade, acontecimentos de sua infância na praia.

b) retifica informações e pontos de vista expostos anteriormente no texto.

c) enfatiza seu parecer sobre alguns fatos, ao comentar sua infância.

d) assegura que para todas as crianças as férias na praia são sempre maravilhosas.

e) reconhece que apenas famílias abastadas podiam levar os filhos à praia.

1194) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Comida “feia” também faz bem para a saúde

Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os
―padrões de beleza‖ impostos pela indústria, as frutas e verduras ―feias‖ voltaram a
ser um objeto atrativo pelos que lutam contra o desperdício de alimentos.

O agricultor francês Nicolas Chabanne, fundador do movimento em defesa dos


―alimentos feios‖, trabalha para posicionar esses produtos no mercado e já tem mil
parceiros no mundo todo.

Sua estratégia é simples. Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra
um rosto com um único dente aos produtores que se comprometem a colocá-la
entre seus alimentos ―feios‖, oferecendo-os pelo menor preço. Depois, parte do
dinheiro arrecadado é destinada a associações de caridade e de consumidores.

―Quando você coloca uma maçã feia ao lado de outras muito bonitas, nossos olhos
fixam antes nas mais bonitas‖, disse Chabanne, que se esforça para mostrar às
pessoas que os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade
e, inclusive, mais baratos.
A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se
expandindo. Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais
ingeridos no café da manhã.

―É um negócio social e rentável porque aproveita a luta contra os resíduos a fim de


voltar a vender parte da produção que não é normalmente valorizada‖, afirmou
Thomas Pocher, proprietário de um supermercado no norte da França.

(EFE, http://exame.abril.com.br. Adaptado)

A proposta do agricultor Nicolas Chabanne envolve

a) fazer com que os consumidores paguem pelos alimentos feios o mesmo preço
pago pelos bonitos.

b) combater o desperdício revendendo alimentos que não estão em bom estado de


conservação.

c) adquirir, a um preço baixo, alimentos descartados pela indústria por serem


considerados feios.

d) convencer as pessoas de que os vegetais considerados feios são mais nutritivos


que os bonitos.

e) vender alimentos que não se enquadram nos padrões de beleza a um valor mais
acessível.

1195) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Comida “feia” também faz bem para a saúde

Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os
―padrões de beleza‖ impostos pela indústria, as frutas e verduras ―feias‖ voltaram a
ser um objeto atrativo pelos que lutam contra o desperdício de alimentos.

O agricultor francês Nicolas Chabanne, fundador do movimento em defesa dos


―alimentos feios‖, trabalha para posicionar esses produtos no mercado e já tem mil
parceiros no mundo todo.

Sua estratégia é simples. Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra
um rosto com um único dente aos produtores que se comprometem a colocá-la
entre seus alimentos ―feios‖, oferecendo-os pelo menor preço. Depois, parte do
dinheiro arrecadado é destinada a associações de caridade e de consumidores.
―Quando você coloca uma maçã feia ao lado de outras muito bonitas, nossos olhos
fixam antes nas mais bonitas‖, disse Chabanne, que se esforça para mostrar às
pessoas que os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade
e, inclusive, mais baratos.

A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se


expandindo. Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais
ingeridos no café da manhã.

―É um negócio social e rentável porque aproveita a luta contra os resíduos a fim de


voltar a vender parte da produção que não é normalmente valorizada‖, afirmou
Thomas Pocher, proprietário de um supermercado no norte da França.

(EFE, http://exame.abril.com.br. Adaptado)

A iniciativa de comercializar ―alimentos feios‖

a) tem como objetivo central fazer com que as pessoas consumam vegetais mais
saudáveis.

b) combate o desperdício, ao levar as pessoas a consumir alimentos com


moderação.

c) visa lucrar com um mercado composto exclusivamente por consumidores de


baixa renda.

d) tem obtido bons resultados, embora se limite ao mercado de hortaliças, legumes


e frutas.

e) atende a um propósito beneficente, além de ser vantajosa em termos


comerciais.
1196) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Comida “feia” também faz bem para a saúde

Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os
―padrões de beleza‖ impostos pela indústria, as frutas e verduras ―feias‖ voltaram a
ser um objeto atrativo pelos que lutam contra o desperdício de alimentos.

O agricultor francês Nicolas Chabanne, fundador do movimento em defesa dos


―alimentos feios‖, trabalha para posicionar esses produtos no mercado e já tem mil
parceiros no mundo todo.

Sua estratégia é simples. Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra
um rosto com um único dente aos produtores que se comprometem a colocá-la
entre seus alimentos ―feios‖, oferecendo-os pelo menor preço. Depois, parte do
dinheiro arrecadado é destinada a associações de caridade e de consumidores.

―Quando você coloca uma maçã feia ao lado de outras muito bonitas, nossos olhos
fixam antes nas mais bonitas‖, disse Chabanne, que se esforça para mostrar às
pessoas que os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade
e, inclusive, mais baratos.

A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se


expandindo. Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais
ingeridos no café da manhã.

―É um negócio social e rentável porque aproveita a luta contra os resíduos a fim de


voltar a vender parte da produção que não é normalmente valorizada‖, afirmou
Thomas Pocher, proprietário de um supermercado no norte da França.

(EFE, http://exame.abril.com.br. Adaptado)

As aspas empregadas em Comida ―feia‖ (título), frutas e verduras ―feias‖ (1º


parágrafo) e alimentos ―feios‖ (3º parágrafo) têm a função de
a) comparar os alimentos a produtos de beleza, os quais servem para enfeitar as
pessoas.
b) sinalizar que a ideia de feiura se apresenta com conotação irônica, equivalendo a
beleza.
c) sugerir uma crítica à distinção que se faz entre os alimentos a partir de um
critério estético.
d) explicitar que a noção de beleza é consensual e, por isso, não deve ser
questionada.
e) reproduzir a fala de cientistas que provaram que a aparência dos alimentos é
irrelevante.
1197) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Sem ilusionismo

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de
submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos
fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para


bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro
para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu


salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora
de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é
que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já


paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. ―Mas como cortar despesas num país
tão carente?‖, ponderam alguns. ―Como propor mais tempo de trabalho para quem
está próximo de encostar a chuteira?‖, questionam outros. O caminho do equilíbrio
nunca foi uma via fácil.

O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema


ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá
mágico que consiga mudar essa realidade.

(Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Segundo o autor, para garantir o funcionamento do sistema previdenciário, é


preciso

a) atender às exigências do mercado financeiro quanto aos investimentos públicos.

b) aumentar os impostos ou cortar gastos, duas ações difíceis de serem


executadas.

c) cobrar mais impostos dos cidadãos que recebem benefícios provenientes da


aposentadoria.

d) solicitar empréstimos ou fazer financiamentos para custear os altos gastos do


governo.

e) aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores ou exigir que estes cortem


despesas.
1198) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Sem ilusionismo

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de
submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos
fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para


bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro
para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu


salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora
de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é
que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já


paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. ―Mas como cortar despesas num país
tão carente?‖, ponderam alguns. ―Como propor mais tempo de trabalho para quem
está próximo de encostar a chuteira?‖, questionam outros. O caminho do equilíbrio
nunca foi uma via fácil.

O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema


ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá
mágico que consiga mudar essa realidade.

(Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Um problema que agrava a situação do sistema previdenciário brasileiro é

a) a redução da expectativa de vida.

b) o recente aumento da receita do governo.

c) a atual queda no número de tributos.

d) o envelhecimento da população.

e) a elevação do número de trabalhadores ativos.


1199) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O gavião

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz
com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de
algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas.

O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama


bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou
pombeiros (qualquer palavra é melhor que ―columbófilo‖) querem matar o gavião.
Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua
pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho.

Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance
magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como
diria Saint-Exupéry, ―a verdade do gavião‖, mas matar um gavião no ar com um
belo tiro pode também ser a verdade do caçador.

Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se


não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião
em outro homem.

(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado)

O fato de o gavião matar a pomba é visto, pelo autor, como um evento

a) mórbido, o qual denuncia a natureza cruel dos seres vivos.

b) espetacular, pois é algo raro de se encontrar na natureza.

c) irrelevante, uma vez que não interfere no cotidiano da cidade.

d) natural, que não é essencialmente positivo nem negativo.

e) entediante, que não justifica alguma reflexão filosófica.


1200) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O gavião

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz
com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de
algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas.

O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama


bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou
pombeiros (qualquer palavra é melhor que ―columbófilo‖) querem matar o gavião.
Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua
pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho.

Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance
magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como
diria Saint-Exupéry, ―a verdade do gavião‖, mas matar um gavião no ar com um
belo tiro pode também ser a verdade do caçador.

Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se


não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião
em outro homem.

(Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999. Adaptado)

No segundo parágrafo, os termos ―pombistas‖ e ―pombeiros‖ foram empregados


para se referir àqueles que

a) nutrem horror aos pombos.

b) têm amor aos pombos.

c) são indiferentes aos pombos.

d) sobrevivem às custas de pombos.

e) estudam a origem dos pombos.


1201) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Considere a tira.

O comentário do último quadrinho revela que a personagem

a) faz uma avaliação otimista da vida.

b) se recusa a ver os problemas da vida.

c) demonstra uma visão negativa da vida.

d) exalta os aspectos benéficos da vida.

e) tem entusiasmo pelas qualidades da vida.

1202) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro


moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.

(Carlos Drummond de Andrade.)

No poema Também já fui brasileiro, o poeta encontra-se

a) feliz por ter conquistado muitas mulheres.

b) satisfeito por ter feito piadas.

c) conformado por ter tido bons amigos.

d) decepcionado por ter perdido suas convicções.

e) revoltado por ter provocado inimigos.

1203) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Higiene e meio ambiente

A higiene do meio ambiente está relacionada ao cuidado que temos com as


condições sanitárias do meio ambiente, no sentido de impedir que elas prejudiquem
a saúde do ser humano.

Basicamente, a higiene ambiental consiste no cuidado que o homem deve ter com o
ambiente em que vive, tanto em casa, quanto no trabalho, escola, etc. Varrer o
chão, arrumar as coisas em seus devidos lugares, separar e levar o lixo para
reciclagem são alguns exemplos de ações que contribuem para a higiene ambiental.

A educação e a consciência são as melhores maneiras de cuidar do meio ambiente.


A partir do momento em que alguém, por exemplo, sai de casa para trabalhar a pé
ou de bicicleta, deixando de usar o carro, ou mesmo utilizando ônibus, trem ou
metrô como meio de transporte, já contribui para a diminuição da poluição do ar.

(http://higiene-pessoal.info/higiene-ambiental. 15.04.2016. Adaptado)


O texto informa que a nossa saúde depende também

a) da nossa qualificação profissional.

b) da higiene do nosso ambiente.

c) da nossa formação escolar.

d) do tipo de casa em que moramos.

1204) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Higiene e meio ambiente

A higiene do meio ambiente está relacionada ao cuidado que temos com as


condições sanitárias do meio ambiente, no sentido de impedir que elas prejudiquem
a saúde do ser humano.

Basicamente, a higiene ambiental consiste no cuidado que o homem deve ter com o
ambiente em que vive, tanto em casa, quanto no trabalho, escola, etc. Varrer o
chão, arrumar as coisas em seus devidos lugares, separar e levar o lixo para
reciclagem são alguns exemplos de ações que contribuem para a higiene ambiental.

A educação e a consciência são as melhores maneiras de cuidar do meio ambiente.


A partir do momento em que alguém, por exemplo, sai de casa para trabalhar a pé
ou de bicicleta, deixando de usar o carro, ou mesmo utilizando ônibus, trem ou
metrô como meio de transporte, já contribui para a diminuição da poluição do ar.

(http://higiene-pessoal.info/higiene-ambiental. 15.04.2016. Adaptado)

De acordo com o texto, assinale a alternativa que apresenta uma atitude de higiene
ambiental.

a) Separar o lixo e levá-lo para reciclar.

b) Morar numa casa ampla e bem localizada.

c) Estudar em escolas públicas.

d) Lavar a calçada diariamente.


1205) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Higiene e meio ambiente

A higiene do meio ambiente está relacionada ao cuidado que temos com as


condições sanitárias do meio ambiente, no sentido de impedir que elas prejudiquem
a saúde do ser humano.

Basicamente, a higiene ambiental consiste no cuidado que o homem deve ter com o
ambiente em que vive, tanto em casa, quanto no trabalho, escola, etc. Varrer o
chão, arrumar as coisas em seus devidos lugares, separar e levar o lixo para
reciclagem são alguns exemplos de ações que contribuem para a higiene ambiental.

A educação e a consciência são as melhores maneiras de cuidar do meio ambiente.


A partir do momento em que alguém, por exemplo, sai de casa para trabalhar a pé
ou de bicicleta, deixando de usar o carro, ou mesmo utilizando ônibus, trem ou
metrô como meio de transporte, já contribui para a diminuição da poluição do ar.

(http://higiene-pessoal.info/higiene-ambiental. 15.04.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa correta de acordo com as informações do texto.

a) A prática de educação física ajuda na higiene ambiental.

b) A higiene do meio ambiente depende dos órgãos públicos.

c) Quanto mais nos dedicamos ao trabalho, mais ajudamos nosso meio ambiente.

d) Quem vai para o trabalho de bicicleta colabora com a qualidade do ar.

1206) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Higiene e meio ambiente

A higiene do meio ambiente está relacionada ao cuidado que temos com as


condições sanitárias do meio ambiente, no sentido de impedir que elas prejudiquem
a saúde do ser humano.

Basicamente, a higiene ambiental consiste no cuidado que o homem deve ter com o
ambiente em que vive, tanto em casa, quanto no trabalho, escola, etc. Varrer o
chão, arrumar as coisas em seus devidos lugares, separar e levar o lixo para
reciclagem são alguns exemplos de ações que contribuem para a higiene ambiental.
A educação e a consciência são as melhores maneiras de cuidar do meio ambiente.
A partir do momento em que alguém, por exemplo, sai de casa para trabalhar a pé
ou de bicicleta, deixando de usar o carro, ou mesmo utilizando ônibus, trem ou
metrô como meio de transporte, já contribui para a diminuição da poluição do ar.

(http://higiene-pessoal.info/higiene-ambiental. 15.04.2016. Adaptado)

O melhor modo de ajudar a manter a boa qualidade do nosso meio ambiente é a


consciência e

a) o sacrifício.

b) a observação.

c) a educação.

d) a sabedoria.

1207) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.

– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

O texto relata a seguinte situação:

a) o narrador encontra Julião e tira do bolso uma horrenda cigarreira para lhe
mostrar. O amigo pergunta como ele a adquiriu e o narrador explica, então, que ela
pertenceu a um querido tio-avô.
b) Julião mostrou sua cigarreira ao narrador que, assustado, perguntou se ela
pertenceu a alguém já morto. O amigo explica, então, que o objeto tem valor
estimativo por ter pertencido ao seu tio-avô.

c) o narrador espanta-se com a feiura da cigarreira de Julião, questionando-o se é


lembrança de um tio-avô já falecido. O amigo explica, então, que, por sentir pena
dela, comprou-a.

d) Julião encontra o narrador e este lhe dá de presente uma cigarreira bastante


feia. O amigo pensa em recusá-la e, então, ao ver sua feiura, tem pena dela e
acaba ficando com o objeto.

e) o narrador e Julião, seu velho amigo, passam por uma vitrine e contemplam
uma cigarreira horrenda. Julião, então, explica ao amigo que está com pena dela e
decide comprá-la.

1208) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.

– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

No contexto da narrativa, a frase ―– De algum querido tio-avô defunto?‖ (3º


parágrafo) expressa

a) um questionamento.
b) uma explicação.
c) uma ofensa.
d) um deslumbramento.
e) uma indiferença.
1209) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Valor estimativo

O meu velho amigo Julião, homem de muitos guardados e segredos, tira do bolso a
cigarreira. Espanto-me: de um verde pálido e tauxiada* de ouro, era simplesmente
horrenda. Ele surpreende a minha expressão. Gagueja:

– É... é de um valor estimativo.

– De algum querido tio-avô defunto? – arrisco.

– Não... não... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... Bem: aqui
está ela!

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013.)

* tauxiada: lavrada, ornamentada

Na passagem – ... é que quando a vi na vitrine, tão feinha, tive pena e... –, a
expressão em destaque tem o propósito de

a) ironizar a utilidade da cigarreira.

b) reforçar a ideia de feiura da cigarreira.

c) desqualificar a loja que vende a cigarreira.

d) mostrar uma possível beleza na cigarreira.

e) indicar que a cigarreira era pequena.

1210) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.
A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)

As informações apresentadas no texto revelam que

a) a exposição involuntária das pessoas à fumaça de cigarro não prejudica a saúde


delas.

b) a fumaça de cigarro faz menos mal à saúde quando inalada em áreas fechadas.

c) as substâncias tóxicas representam maior risco à saúde em áreas ao ar livre.

d) as áreas ao ar livre podem ser prejudiciais à saúde das pessoas, caso se fume
nesses lugares.

e) os fumódromos têm uma média de partículas respiráveis de acordo com o


aceitável pela OMS.

1211) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Uma rasteira no cotidiano

Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer isso. O
remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me levantar.

Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o meu
quarto àquela hora do dia.

Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés enquanto olhava
uns reflexos dançando no teto. Minha cabeça começou a caminhar.

Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama assim,
no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão
rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?

A vida cotidiana sempre me parece excessiva, mas eu também me rendo ao que


parece ser a ordem natural das coisas e vivo correndo de um lado para outro com
meu celular na mão.
Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei numa
bolha subversiva de calma e prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.

Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem função.
Deite-se para ouvir-se.

Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que vejo,
depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.

Apesar do serviço duro, são capazes de deitar na grama no meio do dia, enquanto
nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de baixo para
cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me lembro de recostar a cabeça
no banco para, no mínimo, ver uma inédita cidade passando pelo céu.

Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga que
resolveu dar uma rasteira no cotidiano.

(Denise Fraga. Folha de S. Paulo, 14.05.2013. Adaptado)

Pelas informações do texto, é correto afirmar que a narradora

a) deitou-se para pingar rapidamente o remédio no nariz, mas o extremo cansaço


a levou a permanecer o dia inteiro na cama.

b) percebeu, pela primeira vez, que um raio de sol passava pela janela do quarto e
iluminava a cama onde ela estava repousando.

c) ficou feliz por ter se permitido alguns momentos de isolamento e de serenidade,


apesar das exigências do cotidiano.

d) sente-se alegre quando, viajando de táxi, consegue resolver problemas pelo


celular enquanto observa os trabalhadores deitados sobre o gramado.

e) dirige-se especificamente aos leitores que não têm obrigações e compromissos


a cumprir, aconselhando- os a experimentar alguns instantes de solidão.
1212) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Considere a charge para responder à questão.

Analisando a charge, conclui-se que a ideia de burocracia está relacionada


a) ao corpo de funcionários com qualificações técnicas e agilidade na resolução de
problemas de diferentes naturezas.
b) ao conjunto de departamentos da administração pública em que estão lotados
exclusivamente os funcionários concursados.
c) ao processo de premiação financeira para funcionários públicos, baseado na
capacidade com que otimizam suas tarefas.
d) ao sistema público de execução de atividades caracterizado por estrutura morosa
na solução de questões de interesse geral.
e) aos trâmites oficiais necessários para que, prontamente, uma atividade
comercial possa ser posta em prática.

1213) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Uma rasteira no cotidiano

Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer isso. O
remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me levantar.
Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o meu
quarto àquela hora do dia.
Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés enquanto olhava
uns reflexos dançando no teto. Minha cabeça começou a caminhar.
Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama assim,
no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão
rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?
A vida cotidiana sempre me parece excessiva, mas eu também me rendo ao que
parece ser a ordem natural das coisas e vivo correndo de um lado para outro com
meu celular na mão.
Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei numa
bolha subversiva de calma e prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.
Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem função.
Deite-se para ouvir-se.
Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que vejo,
depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.
Apesar do serviço duro, são capazes de deitar na grama no meio do dia, enquanto
nós continuamos no trânsito passando séculos sem ver uma árvore de baixo para
cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me lembro de recostar a cabeça
no banco para, no mínimo, ver uma inédita cidade passando pelo céu.
Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga que
resolveu dar uma rasteira no cotidiano.
(Denise Fraga. Folha de S. Paulo, 14.05.2013. Adaptado)

Considere a charge para responder à questão.


Assinale a alternativa que completa a frase a seguir, mantendo o sentido do texto e
a relação correta entre os tempos verbais.

Se até o momento os vencedores não estão presentes à cerimônia, é porque


______________________.

a) ainda chegarão para assinar a papelada.

b) ainda devem estar assinando a papelada.

c) já devem ter assinado a papelada.

d) já terão assinado a papelada.

e) talvez devam estar assinando a papelada.

1214) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Colega tagarela é o que mais atrapalha

De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, colegas tagarelas são o
principal motivo de distração durante a jornada de trabalho.

Pelo levantamento feito com 848 profissionais, 45% deles consideram que as
conversas frequentes são, em grande parte, responsáveis pela perturbação no
ambiente corporativo.

Para Jim Greenaway, vice-presidente de uma consultoria, interrupções e distrações


se desenvolvem quando um colega tagarela perde a capacidade de discernimento,
não compreende os limites e não sabe interpretar a linguagem corporal,
comprometendo a concentração necessária para que as tarefas sejam realizadas.

―Profissionais tagarelas em geral não fazem ideia de quão irritantes são para seus
colegas. Eles simplesmente perdem a capacidade de reconhecer os sinais, por isso
devem prestar atenção às dicas não verbais que surgem no ambiente e estabelecer
limites de respeito ao tempo dos colegas.‖ Os sinais a que Greenaway se refere
incluem, por exemplo, olhadelas no relógio e o tamborilar impaciente dos dedos
sobre a mesa.

Conversas no corredor ou pequenas paradas para um bate-papo com um colega


podem render grandes benefícios em termos de colaboração, gerando ideias,
criando confiança e aumentando a produtividade; contudo, muita conversa também
pode ser um fator negativo, como apontou a pesquisa.

(Folha de S. Paulo, 16.07.2014. Adaptado)


De acordo com o texto, é correto concluir que
a) olhadelas no relógio, frases ríspidas e gestos de impaciência são sinais não
verbais que o colega tagarela deve observar para evitar ser uma pessoa
inconveniente.
b) os parceiros de trabalho que falam em excesso, centrando a conversa em
assuntos pessoais, podem contribuir para que novas ideias surjam e tragam lucros
à empresa.
c) a maioria dos profissionais entrevistados, segundo as estatísticas, aponta os
colegas tagarelas como um obstáculo à concentração e à produtividade no trabalho.
d) colegas que gostam muito de conversar e de distrair os demais com brincadeiras
são frequentemente requisitados para resolver problemas corporativos que exigem
diligência.
e) os profissionais que são tagarelas devem ter sensibilidade para perceber o
momento propício para estabelecer um breve bate-papo com outros colegas.

1215) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Considere o diálogo entre as personagens Hermes e Naná para responder à


questão.
No segundo quadrinho, é correto concluir que Naná emprega o pronome lhes
referindo-se

a) ao Presidente da República.

b) ao Ministro da Fazenda.

c) aos banqueiros.

d) aos governantes.

e) aos jornalistas.

1216) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Mulher ao volante

―Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam‖, disse


orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41,
no terminal Vila Mariana.

Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou
a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que
sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.

A cor rosa é sua ―marca registrada‖, como define, e o percurso, seu favorito. ―Amo
meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos‖, diz ela,
que troca cumprimentos com os mais chegados.

Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são
uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma ―perfeição
maior‖ e pilotam por gosto, não por obrigação. ―Não me vejo fazendo outra coisa‖,
diz.

Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma
potência módica que ela pretende em breve dobrar. ―Descarrego toda a minha
adrenalina nela.‖

Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: ―Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias
tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença‖, completa.

(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)


Observando as atitudes de Marta, pode-se afirmar que ela é uma pessoa

a) vaidosa e machista.

b) simpática e indecisa.

c) tímida e preconceituosa.

d) inexperiente e confiável.

e) caprichosa e determinada.

1217) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

São Paulo está a 760 metros de altitude, a altura de Teresópolis. Por causa do frio,
as pessoas se cobrem de casacos e suéteres. Nos correios e nos cinemas, as filas
são mais distintas. Até o trânsito é mais civilizado. Nos cruzamentos, as pessoas
paravam e eu passava sempre primeiro, como bom bárbaro. Nos engarrafamentos,
a manada de automóveis, resignada, espera sem buzinar, algo impensável no Rio.
Em São Paulo, os motoristas de táxi são donos dos carros; no Rio, são empregados
da frota. Adivinhe onde o troco volta integralmente e você tem menos chance de se
aborrecer.
São Paulo é plutocrática. Tudo gira em função de dinheiro. Há mais empregos, os
salários são mais altos e todos cobram pesado uns dos outros. Eletricistas,
encanadores, chaveiros, táxis, todos os serviços são mais caros – mas mais
profissionais. É preciso dinheiro para ter um bom apartamento, dinheiro para entrar
como sócio num clube, dinheiro para ter casa de praia ou sítio (para fugir da
cidade) e dinheiro para comprar um bom assento num show. Sem contar que é
preciso se adiantar e andar rápido, porque há milhares iguais a você lotando todos
os lugares.
(http://www.istoe.com.br)

Ao comparar São Paulo e Rio de Janeiro, o autor deixa claro que


a) a primeira tem serviços mais caros, os quais são prestados com mais qualidade.
b) ambas têm serviço de táxi ruim, pois é difícil o cliente receber o troco
corretamente.
c) a segunda tem um trânsito mais civilizado, então as pessoas se aborrecem
menos.
d) ambas têm caros serviços, especialmente quando se trata de produtos culturais.
e) a primeira oferece muitas opções, embora haja poucos clientes para muitos
serviços.
1218) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

(Pancho. 27.08.2014, http://www.gazetadopovo.com.br)

No contexto da charge, o comentário do personagem revela, com relação a sua


condição de encarcerado, uma postura de

a) nostalgia, porque ele sente saudades do tempo em que usava a internet.

b) insubordinação, porque ele se recusa a manter-se afastado da internet.

c) revolta, porque ele considera injusto ter sua conexão com a internet reduzida.

d) apreensão, porque ele espera com ansiedade pela chance de usar a internet.

e) otimismo, porque ele considera positivo o fato de não ter acesso à internet.

1219) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.
―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

De acordo com o texto, o projeto de transformar pelo de poodle em tecido

a) realizou-se em uma escola do Senai e teve a orientação de pesquisadores da


USP.

b) foi testado em unidades da USP e implantado em escolas do Senai.

c) começou com alunos do Senai e foi inspirado em projetos de pesquisa da USP.

d) teve início em uma escola do Senai e se justificou após uma pesquisa na USP.

e) surgiu com a ideia de pesquisadores da USP e foi testado em escolas do Senai.


1220) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação


Conforme o texto, a cooperativa de catadores de pelo de poodle

a) deverá ser gerenciada por veterinários ou por proprietários de pet shops.

b) poderá trabalhar em conjunto com cooperativas que reciclam latinhas e papelão.

c) foi inicialmente idealizada por cooperativas de catadores de latinhas e de


papelão.

d) venderão o pelo diretamente a lojas especializadas em roupas de animais.

e) passou a operar em 2008 a partir da parceria estabelecida entre o Senai e a


USP.

1221) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖
―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho
certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

As roupas de pelo de poodle deverão ser confeccionadas

a) pela USP.

b) por pet shops.

c) pelo Senai.

d) pelos catadores.

e) por ONGs.

1222) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.
Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o
mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Ao afirmar que ―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no


inverno‖, o veterinário Sergio Soares Júnior sugere que a venda de roupas de
animais

a) atende à preocupação exclusiva de proteger o animal do frio.

b) limita-se às regiões em que o inverno é mais rigoroso.

c) ocorre durante o ano todo e se intensifica no inverno.

d) deixa de acontecer ao longo das estações mais quentes do ano.

e) está restrita a um único período do ano, que é o inverno.

1223) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.
O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do
Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

Segundo Sergio Soares Júnior, a roupa de pelo de poodle para animais de


estimação deverá ser bem aceita pelas pessoas, devido

a) à preocupação ecológica do produto.

b) ao caráter inovador do produto.

c) ao baixo custo do produto.

d) ao isolamento térmico do produto.

e) à alta durabilidade do produto.


1224) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.

Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação


Na opinião de Renato Lobo, será mais fácil vender roupas de pelo de poodle para
animais do que para humanos, porque
a) o pelo de animais, no geral, não costuma se ajustar bem à pele de humanos.
b) dificilmente as pessoas trocariam o conforto do couro pela roupa de lã.
c) ainda falta equipamento adequado para produzir roupas para pessoas.
d) humanos normalmente não gostam de se vestir com tecidos obtidos por
reciclagem.
e) as pessoas podem não querer vestir roupas de pelo de cachorro.

1225) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

(André Dahmer. Folha de S.Paulo, 17.09.2014.)


A tira leva a concluir que

a) a internet é mais acessível que a televisão.

b) a internet é mais viciante que a televisão.

c) a televisão é mais instrutiva que a internet.

d) a televisão é mais interessante que a internet.

e) os macacos são mais espertos que os homens.

1226) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.
Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da
minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

A frase ―Desmantelo só quer começo‖ sugere que o desmantelo

a) basta principiar para ganhar mais e mais espaço.

b) é aceitável na juventude, porém não na maturidade.

c) pode ser forte no início, mas depois se torna brando.

d) tende a se instalar com dificuldade na vida das pessoas.

e) pode ser facilmente corrigido com o passar do tempo.

1227) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.
Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Considerando o contexto, com o comentário ―eis o surpreendente saldo da minha


faxina‖ (primeiro parágrafo), o autor revela que

a) tinha se determinado a reencontrar muitos objetos velhos perdidos pela sua


casa.

b) ficou espantado com o número de controles remotos que recolheu em sua


faxina.

c) esperava encontrar vários controles remotos, pois tinha muitos aparelhos


eletrônicos em casa.

d) se distraiu tanto com aparelhos antigos, que acabou se esquecendo de terminar


a faxina.

e) desistiu da arrumação que tinha se disposto a realizar porque começou a se


entediar.
1228) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)


O autor admite que, ao jogar os controles remotos no lixo, agiu guiado

a) pelo desconhecimento de haver leis ecológicas.

b) pela desatenção com que realizava ações cotidianas.

c) pelo objetivo de acatar as regras de proteção ambiental.

d) pela indiferença diante do que considerava lixo.

e) pela pressa em se livrar daqueles objetos.

1229) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.
Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da
minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Ao relacionar as taças com os copos de requeijão, o autor sugere que as taças


representam

a) a união passageira, enquanto os copos de requeijão sinalizam a solidez do


relacionamento maduro.

b) a vulgaridade dos casamentos, enquanto os copos de requeijão sinalizam a


paixão dos jovens namorados.

c) o luxo com que os ricos brindam a alegria, enquanto os copos de requeijão


sinalizam o brinde dos pobres.

d) o cuidado com a relação amorosa, enquanto os copos de requeijão sinalizam o


descuido que surge com o tempo.

e) a artificialidade das festas de casamento, enquanto os copos de requeijão


sinalizam o amor verdadeiro.

1230) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.
Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Considere o sétimo parágrafo para responder à questão.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

O termo finados, em destaque, sinaliza que, na visão do autor, os aparelhos que


reuniu em sua faxina

a) perderam a utilidade.

b) precisam ser reciclados.

c) constituem finas antiguidades.

d) podem ser reparados.

e) foram mal utilizados no passado.


1231) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)


Considere o sétimo parágrafo para responder à questão.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

O autor revela temer que os controles remotos e os copos de requeijão, que foram
se avolumando em sua casa ao longo dos anos, sejam indício de que

a) ele tenha se habituado a viver em meio à sujeira.

b) a vulgaridade esteja ameaçando seu casamento.

c) sua vida financeira tenha entrado em decadência.

d) sua mulher não seja tão disciplinada quanto ele.

e) ele não atingiu a ascensão social que almejava.

1232) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.
Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem
insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

O ato de se desfazer dos controles remotos demonstra que o autor tomou a decisão
de ser

a) mais organizado.

b) mais moderno.

c) mais espiritualizado.

d) menos sensível.

e) menos materialista.

1233) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.
Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

O texto termina de modo bem-humorado e irônico, porque

a) a casa que o autor tinha arrumado com tanto afinco torna a ficar bagunçada
assim que sua mulher chega.

b) a mulher do autor revela que ainda tem interesse em utilizar os controles


antigos que o autor jogou fora.

c) o autor, em seu empenho de livrar-se dos controles velhos, pode ter jogado fora
o controle da TV atual.

d) o autor descobre, depois de descartar os controles antigos, que ainda restaram


alguns deles em casa.

e) o autor e sua mulher, apesar de seus esforços para arrumar a casa, continuam
sem ter onde guardar os objetos.
1234) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

De acordo com o texto, o Cieja propõe um trabalho educacional

a) ignorado por professores e por alunos problemáticos.

b) articulado com a comunidade em que está inserido.

c) fundamentado no rigor dos estudos e da ordem.

d) inviabilizado pela falta de estudo e planejamento.

e) norteado por constantes períodos de recuperação.


1235) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

O texto mostra que o Cieja trabalha com um público

a) frequentemente vítima de várias advertências.

b) continuamente preocupado com tarefas e castigos.

c) constantemente indiferente em relação à escola.

d) raramente sujeito a situações problemáticas.

e) normalmente ignorado nos colégios regulares.


1236) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

Considere o trecho – ―Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe
autoridade. Nós acreditamos…‖ – (segundo parágrafo), para responder à questão.

Com a frase, a coordenadora afirma que a filosofia do Cieja Campo Limpo se pauta
na ideia de

a) promoção da autoridade no ensino.

b) ilusão de um ensino sem autoridade.

c) necessidade de autoridade no ensino.

d) urgência de ensino pautado na autoridade.

e) ensino sem a rigidez da autoridade.


1237) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

A situação apresentada no último parágrafo pode ser assim explicada:

a) um morador de rua, passando pelo Cieja, procura pela diretora Êda para que ela
o ajude como for possível.

b) um morador de rua achou um carrinho de sucata quebrado e foi ao Cieja para


pedir a dona Êda que arranje um jeito de arrumar.

c) um morador da mesma rua da diretora Êda vai ao Cieja para pedir um carrinho
para vender sucata na comunidade.

d) um morador da comunidade, vendo seu carrinho precisando de reparo, vai ao


Cieja para que a diretora Êda o ajude.

e) um morador da mesma rua do Cieja vai até o colégio para deixar ali um carrinho
de sucata quebrado para a diretora Êda.
1238) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

O texto mostra a televisão como

a) responsável por mudar os hábitos das pessoas, em uma visão negativa dessa
transformação.

b) indispensável para formar bons hábitos sociais nas pessoas, em uma visão
otimista do seu papel.

c) inconsequente por transformar os hábitos das pessoas, em uma visão ambígua


da sua utilidade.

d) auxiliar para formar bons hábitos nas pessoas, em uma visão positiva quanto à
sua disseminação.

e) prescindível por transformar os hábitos das pessoas, em uma visão melancólica


do fim desse aparelho.
1239) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Ao referir-se ao impacto da televisão em relação aos hábitos de leitura, o narrador


usa como exemplo dessa transformação

a) os doidos.

b) a sua própria experiência.

c) o apreciador de novela.

d) as crianças.

e) os amantes do futebol.
1240) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Para o narrador, a televisão é vista pela sua capacidade de

a) dominar a todos, menos os doidos.

b) encantar os doidos, mas não os normais.

c) desencantar doidos e normais.

d) influenciar a todos, inclusive os doidos.

e) enfurecer a todos, ainda mais os doidos.


1241) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e
assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
(segundo parágrafo)

No contexto em que estão empregadas, as expressões ―ver um jogo do Estrela do


Norte F.C.‖ e ―tomando cervejinha‖ podem ser explicadas correta e
respectivamente da seguinte forma:

a) um jogo ao vivo / uma situação de descontração.

b) um jogo de time grande / uma situação corriqueira.

c) um jogo cativante / uma situação sem importância.

d) um jogo memorável / uma situação degradante.

e) um jogo decisivo / uma situação vergonhosa.


1242) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão

Pelo menos 20,9 milhões de pessoas – principalmente mulheres e meninas – no


mundo são afetadas pelas diversas formas contemporâneas de escravidão, segundo
estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). A pobreza, os conflitos, a
violência, a falta de acesso à educação e ao trabalho decente e a falta de
oportunidades para o empoderamento socioeconômico são considerados os
principais fatores subjacentes à escravidão, segundo a organização.

O secretário-geral da ONU disse que governos, a sociedade civil e o setor privado


devem se unir para erradicar todas as formas contemporâneas de escravidão,
incluindo o trabalho forçado. Ele apelou para que os Estados-Membros ―ratifiquem e
implementem os instrumentos relevantes de direito internacional, em particular o
novo protocolo elaborado pela Organização Internacional do Trabalho, que foi
concebido para fortalecer os esforços globais para eliminar o trabalho forçado‖.

(www.istoe.com.br, 02.12.2014. Adaptado)

De acordo com o texto, a pobreza, os conflitos, a violência, a falta de acesso à


educação e ao trabalho decente e a falta de oportunidades para o empoderamento
socioeconômico são considerados

a) problemas sem relação com a escravidão.

b) consequências do trabalho escravo.

c) fatores inexistentes no mundo atual.

d) mecanismos para eliminar a escravidão.

e) causas que implicam em escravidão.


1243) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)

É correto inferir que, do ponto de vista da autora, a gentileza

a) é prerrogativa dos que querem ter sua importância reconhecida socialmente.

b) é uma via de mão dupla, por isso não deve ser praticada se não houver
reciprocidade.

c) representa um hábito primitivo, que pouco afeta as relações interpessoais.

d) restringe-se ao gênero masculino, pois este representa os mais fortes.

e) é uma qualidade desvalorizada em nossa sociedade nos dias atuais.


1244) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)

No final do último parágrafo, a autora caracteriza a gentileza como ―ato de pura


desobediência civil‖; isso permite deduzir que

a) assumir a prática da gentileza é rebelar-se contra códigos de comportamento


vigentes, mesmo que não declarados.

b) é inviável, em qualquer época, opor-se às práticas e aos protocolos sociais de


relacionamento humano.

c) é possível ao sujeito aderir às ideias dos mais fortes, sem medo de ver atingida
sua individualidade, no contexto geral.
d) há, nas sociedades modernas, a constatação de que a vulnerabilidade de alguns
está em ver a felicidade como ato de rebeldia.

e) obedecer às normas sociais gera prazer, ainda que isso signifique seguir rituais
de incivilidade e praticar a intolerância.

1245) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)
Para responder à questão, considere a seguinte passagem, no contexto geral da
crônica:

Não ter tempo para gentilezas é bonito. […] Não dizer bom-dia significa que você é
muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com suas
ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo.

Com essas afirmações, a autora

a) informa literalmente efeitos positivos que vê na falta de gentileza.

b) revela que também tolera atitudes não gentis e grosseiras.

c) aponta, ironicamente, o ponto de vista de pessoas não adeptas da gentileza.

d) expõe o que realmente pensa de quem é gentil com os semelhantes.

e) adere às ideias dos não corteses, com os quais acaba se identificando.

1246) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ser gentil é um ato de rebeldia. Você sai às ruas e insiste, briga, luta para se
manter gentil. O motorista quase te mata de susto buzinando e te xingando porque
você usou a faixa de pedestres quando o sinal estava fechado para ele. Você posta
um pensamento gentil nas redes sociais apesar de ler dezenas de comentários
xenofóbicos, homofóbicos, irônicos e maldosos sobre tudo e todos. Inclusive você.
Afinal, você é obviamente um idiota gentil.

Há teorias evolucionistas que defendem que as sociedades com maior número de


pessoas altruístas sobreviveram por mais tempo por serem mais capazes de manter
a coesão. Pesquisadores da atualidade dizem, baseados em estudos, que gestos de
gentileza liberam substâncias que proporcionam prazer e felicidade.

Mas gentileza virou fraqueza. É preciso ser macho pacas para ser gentil nos dias de
hoje. Só consigo associar a aversão à gentileza à profunda necessidade de ser – ou
parecer ser – invencível e bem-sucedido. Nossas fragilidades seriam uma vergonha
social. Um empecilho à carreira, ao acúmulo de dinheiro.

Não ter tempo para gentilezas é bonito. É justificável diante da eterna ambivalência
humana: queremos ser bons, mas temos medo. Não dizer bom-dia significa que
você é muito importante. Ou muito ocupado. Humilhar os que não concordam com
suas ideias é coisa de gente forte. E que está do lado certo. Como se houvesse um
lado errado. Porque, se nenhum de nós abrir a boca, ninguém vai reparar que no
nosso modelo de felicidade tem alguém chorando ali no canto. Porque ser gentil
abala sua autonomia. Enfim, ser gentil está fora de moda. Estou sempre fora de
moda. Querendo falar de gentileza, imaginem vocês! Pura rebeldia. Sair por aí
exibindo minhas vulnerabilidades e, em ato de pura desobediência civil, esperar
alguma cumplicidade. Deve ser a idade.

(Ana Paula Padrão, Gentileza virou fraqueza. Disponível em: <http://www.istoe.com.br>. Acesso
em: 27 jan 2015. Adaptado)

Observa-se que, no 1º parágrafo, a autora emprega os pronomes te e você para


se referir a um virtual leitor e, no 3o parágrafo, emprega a expressão pacas (É
preciso ser macho pacas).

Essas duas escolhas permitem inferir que ela

a) rejeita um linguajar jovem, embora formal, contando com a adesão dos leitores
mais habituados a ler.

b) escreve para um público leitor de textos nas redes sociais, razão pela qual é
obrigada a deixar de lado a norma culta do português.

c) evita atrair a atenção do público mais escolarizado e menos exigente em relação


à informalidade da língua.

d) pode conseguir maior identificação com seu público leitor, optando por soluções
de linguagem de feição mais informal.

e) despreza convenções da língua-padrão, por crer na inaptidão do leitor para


compreender estruturas complexas.
1247) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula
a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

É correto concluir que, do ponto de vista do autor,

a) toda luta é uma forma de injustiça.

b) a luta é indispensável para o direito.

c) o direito termina quando há paz.

d) as injustiças perdurarão enquanto os povos lutarem.

e) nada justifica a luta, nem mesmo a paz.


1248) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta.


Enquanto o direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará
enquanto o mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito
é a luta: luta dos povos, dos governos, das classes sociais, dos indivíduos.

Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta; seus princípios mais
importantes tiveram de enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham; todo
e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja o direito do indivíduo, só se
afirma por uma disposição ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança com
que pesa o direito, enquanto na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada, a impotência do
direito. Uma completa a outra, e o verdadeiro estado de direito só pode existir
quando a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula
a balança.

O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder Público, mas de toda a


população. A vida do direito nos oferece, num simples relance de olhos, o
espetáculo de um esforço e de uma luta incessante, como o despendido na
produção econômica e espiritual. Qualquer pessoa que se veja na contingência de
ter de sustentar seu direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e contribui
para a realização da ideia do direito.

É verdade que nem todos enfrentam o mesmo desafio. A vida de milhares de


indivíduos desenvolve-se tranquilamente e sem obstáculos dentro dos limites
fixados pelo direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não nos
compreenderiam, pois só veem nele um estado de paz e de ordem.

(Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)

Deve-se concluir, com base nas ideias do autor, que a balança e a espada
sustentadas pela justiça simbolizam, respectivamente,

a) mediação e brutalidade.

b) pacificação e insubordinação.

c) ponderação e proteção.

d) solenidade e coerção.

e) persuasão e perenidade.
1249) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Considere a tira.

(Orlandeli, Diário da Região, 10.01.2015)

Nessa tira, que tem Grump como personagem principal, um dos fatores
responsáveis pelo efeito de humor está

a) na obediência de Grump às ordens do chefe.

b) na manifestação de curiosidade da interlocutora de Grump.

c) no duplo sentido da expressão ―usar a cabeça‖.

d) nas palavras informais do diálogo entre Grump e a moça.

e) nas palavras grosseiras do chefe de Grump.


1250) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Comparados aos livros infantis, os livros de adultos

a) levam o leitor a uma interação com a realidade circundante.


b) desenvolvem a criticidade por causa da riqueza de temas.
c) apresentam diversidade temática e são mais bem elaborados.
d) retomam os mesmos temas abordados nos livros para crianças.
e) atingem um público culto, daí o interesse das editoras.
1251) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

A tese presente no texto que explica o sucesso dos livros para colorir pode ser
resumida em:
a) Quanto mais se pintar, mais se conhecerão os matizes das cores.
b) A dedicação aos livros para colorir pode amenizar o estresse cotidiano.
c) Os livros para colorir funcionam como um detox: pintar para emagrecer.
d) Os livros para colorir não chegam a atenuar os problemas do dia a dia.
e) A concentração na escolha das cores traz desconforto às pessoas.
1252) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

De acordo com o texto, completar uma pintura de um livro para colorir é capaz de

a) curar algumas doenças crônicas.

b) confundir as emoções do pintor.

c) comprometer os circuitos do cérebro.

d) provocar o prazer da realização.

e) gerar um rebaixamento na autoestima.


1253) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta a ordem dos fatos, de acordo com o terceiro
parágrafo do texto.
a) Pintura completa, escolha das cores, sensação de bem-estar.
b) Escolha das cores, momento de concentração, sensação de relaxamento.
c) Sentimento de orgulho, aumento de satisfação, pintura completa.
d) Pintura completa, liberação de dopamina, sentimento de bem-estar.
e) Ativação do cérebro, escolha das cores, pintura completa.
1254) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Esqueça os livros de autoajuda. A grande sensação do mercado editorial no


momento é O jardim secreto: livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse, da
britânica Johanna Basford. O sucesso por aqui acompanha os números registrados
em outros países: na Amazon, O jardim secreto é o mais vendido na categoria
livros.

Diferentemente dos livros infantis, os de adultos têm padrões mais complexos, com
temas que variam de jardins a mandalas. Para explicar o sucesso que eles fazem,
há uma tese que, por enquanto, parece ser a mais aceita: a de que eles funcionam
como uma espécie de ―detox‖, uma válvula de escape para rotinas estressantes. Ao
se concentrarem em colorir direito e em escolher as cores, as pessoas, de fato,
parecem esquecer os problemas do dia.

Além disso, o sentimento de orgulho ou satisfação por completar a pintura e


observar como ficou bonita é também outra explicação possível, já que os livros
ativam o circuito de recompensa do cérebro, o sistema responsável pela sensação
de prazer. Se estimulado, ele libera dopamina, um neurotransmissor que provoca o
sentimento de bem-estar. Quando se trabalha com cores, o resultado é ainda
melhor, porque elas podem provocar diversas sensações, como calor, frio e
tranquilidade.

Embora causem uma sensação de prazer e bem-estar, os livros não podem ser
encarados como terapia, conforme explicam os arteterapeutas Ana Carmen
Nogueira e Alexandre Almeida. ―Na arteterapia, há um assunto específico a ser
trabalhado e usamos diferentes linguagens, como pintura ou desenho, para que a
pessoa possa se expressar. Os livros de colorir não são terapia, mas são relaxantes
porque ajudam a proporcionar um momento de pura concentração‖, afirmam. Ou
seja, os livros podem até funcionar como um analgésico para situações de estresse,
mas não têm nenhum poder milagroso para curar problemas como depressão e
ansiedade.

(Galileu, maio de 2015. Adaptado)

Segundo os arteterapeutas, os livros de colorir


a) despertam sensações físicas, o que aumenta o volume de vendas.
b) funcionam como analgésicos e chegam a curar doenças mentais.
c) trabalham com linguagens diversas e melhoram a expressão do autor.
d) despertam os estímulos visuais atrapalhando o funcionamento cerebral.
e) podem ser antiestressantes, mas não têm poder terapêutico.
1255) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto que acompanha a figura para responder à questão.

Mandala: objeto ritualístico usado como ponto focal para a meditação, é um


diagrama composto de formas geométricas concêntricas, encontrado em templos
budistas, em catedrais católicas e nas pinturas rupestres de cerca de mil anos antes
de Cristo. Os mandalas estão representados nos rituais de cura dos indígenas, no
símbolo chinês Yin-Yang e fazem parte da cultura humana há milênios. De acordo
com a teoria de Carl Gustav Jung, o mandala representa a luta pela unidade total
do eu.

(Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Adaptado)

De acordo com o texto, pode-se afirmar que os mandalas são

a) componentes das celebrações religiosas em todos os tempos.

b) desaconselhados nas consagrações da religião católica.

c) elementos decorativos, desprovidos de simbologia.

d) objetos ultrapassados, desvalorizados na atualidade.

e) formas usadas em rituais, proibidas na modernidade.


1256) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

(www.google.com.br)

A partir da leitura da tirinha, conclui-se que as pessoas


a) ficam inteligentes, quando leem os livros de autoajuda.
b) devem empreender esforço pessoal para mudar a vida.
c) enriquecem rapidamente depois de ler livros de autoajuda.
d) pensam mais nos outros e se esquecem delas mesmas.
e) leem uma única página e se desinteressam pelas outras.

1257) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

(Folha de S.Paulo, 27.06.2015)


No diálogo entre as personagens, fica evidente que

a) se creditou a Eddie a habilidade mais importante do grupo.

b) houve críticas a todas as habilidades físicas dos rapazes.

c) coube a Eric o manejo do machado melhor do que um campeão.

d) cada uma se destacou, conforme suas próprias habilidades.

e) o desempenho do grupo de rapazes foi desprezível.

1258) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, com a frase – Enfim o escândalo chegou ao topo...–,


entende-se que

a) a renúncia de Joseph Blatter e sua posterior prisão abalaram o futebol mundial.

b) a especulação sobre corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro poderá atingir a


Fifa.

c) a investigação conduzida pela polícia americana atingiu a maior autoridade do


futebol.

d) a Fifa está envolvida com desvios de dinheiro, mas sofre com a escassez de
recursos.

e) a situação de Jérôme Valcke não implica prejuízos à imagem de Blatter.


1259) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, Blatter renunciou porque

a) se sentiu acuado com as denúncias de corrupção.

b) discordou das investigações contra a Fifa.

c) pensou não poder ajudar o mundo futebolístico.

d) pretendeu preservar a imagem de Jérôme Valcke.

e) achou melhor não prejudicar o trabalho da polícia.

1260) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, espera-se que uma pessoa na posição de Blatter

a) delibere conforme seus desejos pessoais.

b) esteja próximo aos casos de corrupção.

c) possa agir com improbidade.

d) tenha garantia de não ser preso.

e) seja ético na condução de seu trabalho.

1261) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder às questão.

Chegou o amigo estrangeiro, andou pela cidade, tomou bondes, lotações, fez
compras, visitou repartições públicas, ouviu dizer por toda parte: ―Vamos ao
teatro? Vamos ao teatro?‖ – e foi também ao teatro. Enfim, portou-se mais do que
como bom turista: como bom amigo desta cidade que ele admira e ama. Depois,
perguntou-me, com extrema delicadeza: ―Que é do sorriso que vocês tinham
antigamente? Que é do sorriso que eu sempre encontrava no Rio?‖

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho)

De volta ao Rio de Janeiro, o estrangeiro questionou

a) a dificuldade de encontrar amigos na cidade.

b) a renovação cultural da cidade.

c) a transformação econômica e social do lugar.

d) a mudança no comportamento das pessoas.

e) a insistência dos amigos para que fosse ao teatro.


1262) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o cartum.

(Zero. www.cartuns.com.br. Adaptado)

A construção de sentido do cartum fundamenta-se na ideia de

a) haver parentesco entre homens e macacos, criticando- se o modo como o


homem continua a reproduzir a agressividade característica dos primatas.

b) o homem ter evoluído do macaco, questionando-se o conceito de evolução, em


virtude do comportamento violento presente em nossa sociedade.

c) o homem e o macaco terem um ancestral em comum, esboçando-se uma teoria


que explique como o macaco evoluiu a ponto de se tornar mais cordato.

d) o ascendente imediato do homem ser o macaco, apresentando-se uma


justificativa para que ambos tenham hábitos igualmente instintivos e violentos.

e) a humanidade não ter evoluído dos macacos, como se costuma afirmar,


alegando-se que o homem deve ter um ancestral mais racional e ponderado.
1263) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.

Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

A partir da leitura do texto, conclui-se, corretamente, que os céticos tendem a ter


dificuldade em

a) economizar o dinheiro conquistado por meio de seu trabalho.

b) executar uma tarefa que exija criatividade e autonomia.

c) manter um ponto de vista discordante da opinião dos outros.

d) atuar juntamente com outros para um mesmo objetivo.

e) mentir ou agir de maneira injusta para atingir suas metas.


1264) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente


um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre
duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma
necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher
na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber
intrigas?

A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma
simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede,
nem frio.

Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho
caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede
afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem
cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e
chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um
pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho
ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe
moqueado. Que prazer em comer aquele peixe e ficar algum tempo a conversar,
entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.

Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar
de repente uma vida de acordar bem cedo? Mas para instaurar uma vida mais
simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse
comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas,
dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio,
cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas
deixasse a alma sossegada e limpa.

(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. Adaptado)

Na opinião do autor, a conquista da simplicidade exige

a) reproduzir atos mecanicamente.


b) abdicar dos trabalhos manuais.
c) renunciar a hábitos supérfluos.
d) valorizar os avanços do progresso.
e) viver novas aventuras continuamente.
1265) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um sonho de simplicidade

Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente


um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre
duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos
cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma
necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher
na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber
intrigas?

A vida bem poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma
simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede,
nem frio.

Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho
caboclo do Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede
afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem
cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e
chegamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um
pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho
ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe
moqueado. Que prazer em comer aquele peixe e ficar algum tempo a conversar,
entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.

Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar
de repente uma vida de acordar bem cedo? Mas para instaurar uma vida mais
simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse
comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas,
dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio,
cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas
deixasse a alma sossegada e limpa.

(Rubem Braga. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. Adaptado)

A experiência em meio à natureza, relatada no terceiro parágrafo, relaciona-se

a) à satisfação de se manter em silêncio, com o objetivo de poder diferenciar o som


dos animais silvestres.

b) à importância de se cultivar, entre pessoas com grandes afinidades, uma


amizade sólida, que dure até o fim da vida.
c) à alegria de encontrar um pouso seguro, após experimentar a inquietação de ter
se perdido em um meio selvagem.

d) ao prazer obtido por meio da apreciação do que é essencial, como se alimentar e


descansar o corpo.

e) ao consolo de encontrar alimento, mesmo após um dia de pescaria malsucedida,


em um rio que só tinha lama.

1266) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira e responda à questão.

(Quino. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. Adaptado)

No último quadrinho, a garota, Mafalda, revela

a) preferir ler o livro a assistir ao programa televisivo.


b) acatar a sugestão da mãe sem refletir sobre o assunto.
c) contestar a adequação do conteúdo do livro.
d) ignorar que o conteúdo da TV e do livro é ficcional.
e) ter dificuldade em avaliar criticamente o livro.
1267) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o poema e responda à questão.

Casa

Meu irmão tocava piano


na tarde azul e o resto de sol
punha um brilho novo
nos móveis e vasos.

Um brilho
que não sustenta meia volta
no relógio da cozinha.

Meu irmão tocava piano


e eu não pensava em nada
nem no brilho
se desfazendo nos ponteiros.

(Heitor Ferraz. Resumo do dia. São Paulo: Ateliê Editorial, 1996)

Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta do poema.

a) A primeira estrofe refere-se a uma ação trivial e cotidiana, que se repete


regularmente no presente do enunciador.

b) A referência ao brilho do sol, na primeira estrofe, colabora para produzir um


cenário de tédio e desolação.

c) Os versos da segunda estrofe, em particular, sugerem que o brilho descrito pelo


enunciador é passageiro.

d) A alusão ao relógio da cozinha, na segunda estrofe, cria uma situação banal, em


que a família se reúne para almoçar.

e) A terceira estrofe representa a relação conturbada entre os irmãos, evidenciando


que o enunciador se ressente de não tocar piano.
1268) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

É correto afirmar que o efeito de humor se deve à

a) maneira agressiva com que o motorista responde ao assaltante armado.

b) comparação da alta dos combustíveis com um assalto à mão armada.

c) ironia que se depreende do pavor demonstrado pelo motorista com relação ao


assaltante.

d) postura irreverente do motorista em uma situação de assalto.

e) expressão de espanto da mulher diante da ameaça de ser assaltada.

1269) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet


Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam
nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.
O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖
Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.
Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de
gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.
Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖
Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖
Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me
colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖
No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.
―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante
Taís Bronca, 23. Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por
outras gerações.
―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖
―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.
(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.
De acordo com o texto, um dos motivos pelo qual o químico João Henrique Nunes
não quis continuar no grupo familiar do WhatsApp foi

a) não ter tempo para responder, como desejava, a todas as mensagens que
recebia.

b) não gostar de tratar de assuntos íntimos e particulares com seus familiares pela
internet.

c) perceber que muitos conflitos de família quase sempre se originavam na


internet.

d) receber, continuamente, mensagens que prejudicavam sua navegação na


internet.

e) discordar de familiares que expunham, frequentemente, intimidades a muitos


seguidores de redes sociais.

1270) Concurso: Almo/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖
Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

Segundo o texto, a resposta dada pela mãe à pergunta feita pelo filho João
Henrique a respeito do vestido azul e preto
a) revela desconhecimento do assunto e desagrado por julgar que o filho está se
interessando por um vestido.
b) mostra que ela é atenciosa e conhece o assunto comentado pelo filho.
c) evidencia sua compreensão quanto ao fato de o filho começar a apreciar um
vestido de mulher.
d) demonstra que ela domina o assunto e se mostra agressiva com a atitude do
filho.
e) sugere que ela conhece o assunto, mas não se interessa em discuti-lo.
1271) Concurso: Ass/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.
Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

De acordo com informações textuais, é correto afirmar que

a) os mais velhos se relacionam bem com a internet, substituindo a relação olho


no olho, uma vez que reconhecem a importância de estarem conectados.

b) Diogo e sua turma possuem o aplicativo WhatsApp em seus aparelhos celulares


e o acessam mais de cinquenta vezes por dia.

c) os conflitos de gerações são responsáveis por desentendimentos quanto ao uso


da internet.

d) a mãe de Diogo não concorda em dar a ele um celular com o WhatsApp porque
considera muito adultas as conversas entre os amigos.

e) Taís Bronca não é paciente com sua mãe e não vê benefício no uso da internet
pelos pais, o que julga desastroso.

1272) Concurso: Ass/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.

(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

Assinale a alternativa que contém uma afirmação verdadeira, de acordo com as


informações textuais.

a) A mãe de Taís tem bastante facilidade em aprender a usar a internet e, por isso,
a filha demonstra muita paciência com ela.

b) A contribuição dos mais velhos torna-se desnecessária para o mundo dos


jovens, uma vez que estes dominam muito melhor a tecnologia.

c) A internet é uma ferramenta responsável por inúmeros conflitos e pelo choque


de gerações.

d) Psicólogos afirmam que é infundado o temor de que jovens acabem se isolando


no mundo virtual.

e) Taís entende que o uso da internet traz vantagens para a comunicação entre
pessoas e para a mente dos pais que dela se utilizam.

1273) Concurso: Ass/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Poeminha Sentimental

O meu amor, o meu amor, Maria


É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio da vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.
(Mario Quintana)
É correto afirmar que o eu lírico

a) compara Maria, o maior amor de sua vida, a uma andorinha que canta,
empregando palavras com sentido próprio.

b) compara seu amor a um fio telegráfico da estrada, fazendo uso do sentido


figurado das palavras.

c) ama igualmente todas as mulheres, mas expressa sua paixão especial a uma
delas com palavras de sentido próprio.

d) teve muitos amores duradouros em sua vida e os compara a andorinhas,


empregando palavras com sentido figurado.

e) confessa, com palavras de sentido próprio, que seu amor se desgastou com o
tempo.

1274) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

(www.rizomas.net/charges/sobre-educação)
Sobre os quadrinhos, é correto afirmar que

a) o homem e a mulher não se entendem porque os dois são arrogantes.

b) as personagens mostram-se fanáticas pela aparelhagem tecnológica.

c) o homem demonstra exibicionismo, mas tem poder de autocrítica.

d) a mulher percebe que o homem resiste ao uso da tecnologia.

e) as personagens são moderadas no uso dos artefatos eletrônicos.

1275) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

(www.rizomas.net/charges/sobre-educação)

Em relação aos demais números, o numeral ―três‖ expressa noção de

a) equivalência.
b) regularidade.
c) equilíbrio.
d) disparidade.
e) continuidade.
1276) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

Segundo o texto, o detox digital

a) instigou a família a iniciar rigoroso regime alimentar.

b) gerou incomunicabilidade total entre a família.

c) provocou apatia e desconforto entre a mãe e os filhos.

d) motivou os familiares a praticar exercícios físicos.

e) levou a mãe e os filhos a um convívio mais intenso.


1277) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

A mãe adotou uma atitude radical porque

a) as filhas precisavam aprender a cozinhar.

b) a comunicação precária entre eles desagregava a família.

c) a vida on-line estava desprestigiada.

d) os filhos não conseguiam cumprir regras.

e) a tecnologia ocupava posição subalterna.


1278) Concurso: Ass Info I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Há cinco anos, a escritora americana Susan Maushart percebeu que a sua relação
com os três filhos adolescentes estava se deteriorando. Eles trocavam conversas e
encontros familiares pela tela dos celulares, computadores e videogames. Para
resolver a situação, decidiu realizar um experimento com ela mesma, que é
divorciada, e seus filhos: um detox* digital de seis meses. A escritora conta como
foi o tempo sem tecnologia e como esse exercício reaproximou sua família.

―Fui radical porque nossa situação era desesperadora. A forma como nossa família,
incluindo eu, abusava da tecnologia estava fora de controle. Tínhamos praticamente
parado de nos comunicar como pais e filhos devem fazer. Quando eu chegava do
trabalho e dizia ‗oi, crianças,‘ era uma grande conquista receber um reles contato
visual. Cada um de nós passava 35 horas semanais on-line.‖

―No processo de detox, meus filhos começaram a interagir mais entre si. Isso não
quer dizer que a vida virou um mar de rosas. Eles tanto brincavam como brigavam.
Como meu filho redescobriu o amor pelo sax, a casa ficou barulhenta e, como as
meninas adoravam assar doces, a cozinha virou uma zona. Foi quando percebi que
celulares e tablets são um tipo de calmante, uma forma de controlar as pessoas e
impedir que interações aconteçam. No fim, nossa experiência foi como uma dieta
radical: não funciona a longo prazo. Só que no processo você perde peso e muda
sua vida. Em consequência do detox, fortificamos nossa família.‖

(Veja. 18.02.2015. Adaptado)

* detox: regime de desintoxicação

Pode-se afirmar que, em última análise, o detox digital

a) funcionou por certo tempo, mas não agregou os familiares.

b) serviu para criar desavenças entre os membros da família.

c) isolou as pessoas, que passaram a ficar desconectadas.

d) causou monotonia e tornou as pessoas alienadas.

e) trouxe benefícios, embora tivesse validade temporária.


1279) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

(Duke. http://dukechargista.com.br)

Ao usar o termo semiaberto, a personagem estabelece uma comparação entre o


casamento e

a) um evento esportivo.

b) uma instituição filantrópica.

c) uma conjuntura política.

d) um sistema carcerário.

1280) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),


o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,


custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.
―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.

(http://g1.globo.com. Adaptado)

De acordo com o texto, o projeto de Stephen Hawking caracteriza-se por ser

a) audacioso.

b) falacioso.

c) inconsistente.

d) modesto.

1281) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),


o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,


custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.

―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.

(http://g1.globo.com. Adaptado)

Segundo informações do texto, o projeto de Stephen Hawking

a) é o primeiro estudo voltado a buscar sinais de vida extraterrestre.

b) limita-se a capturar sinais de vida inteligente ao redor da Terra.

c) contará com a ajuda financeira de um investidor russo, Yuri Milner.

d) gastou, até hoje, US$ 100 milhões captando sinais de vida alienígena.
1282) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

O cientista britânico Stephen Hawking anunciou, nesta segunda-feira (20.07.2015),


o início da maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10
anos, que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.

O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner,


custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de
encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.

―Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente‖, declarou Hawking.

(http://g1.globo.com. Adaptado)

Considere a seguinte passagem para responder à questão.

“Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em
algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente”, Hawking.

Na opinião de Stephen Hawking,

a) a comunicação com extraterrestres propiciará a evolução do planeta Terra.

b) a existência de vida inteligente fora da Terra é uma hipótese plausível.

c) existe um lugar do cosmos, além da Terra, onde já se provou haver vida.

d) o fato de existir vida inteligente fora da Terra já se tornou incontestável.


1283) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Hagar, Dik Browne. www.folha.uol.com.br)

No segundo quadrinho, Hagar se surpreende com a resposta de Eddie Sortudo, pois


este interpretou sua pergunta com sentido

a) próprio, aludindo às obrigações que deve cumprir rotineiramente.

b) próprio, aludindo ao capacete que está usando naquele momento.

c) figurado, aludindo à vestimenta que prefere usar no cotidiano.

d) figurado, aludindo às constantes preocupações que tem em mente.

1284) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

O direito ao cuidado

A Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou a aprovação da Convenção


Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos das Pessoas Idosas. Seu
conteúdo estabelece novos direitos significativos frente ao desafio regional de
pensar políticas públicas.

A convenção reconhece o direito ao cuidado, que envolve o desenvolvimento efetivo


de um sistema integral de assistência e apoio às pessoas idosas, representando
uma mudança de paradigma na concepção tradicional de abordagem de políticas
públicas na matéria.

O direito ao cuidado talvez seja um dos temas mais inovadores da convenção, com
potencial para transformar em políticas públicas uma tarefa que historicamente
esteve reservada ao âmbito privado, com evidente sobrecarga para as mulheres.

(Pepe Vargas; Paulo Abrão. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

De acordo com o texto, o caráter inovador da convenção está em

a) propor que o cuidado dos idosos seja delegado a suas respectivas famílias.

b) ampliar a responsabilidade do poder público quanto ao cuidado dos idosos.

c) oferecer auxílio financeiro às profissionais femininas que cuidam de idosos.

d) garantir que os cuidadores tenham formação acadêmica e sejam concursados.

1285) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

(Laerte. Overman. São Paulo: Devir/Jacarandá, 2003.)


O termo mesmo, no terceiro quadrinho, é usado com o objetivo de

a) relativizar o sentido da palavra longínquo.

b) negar o sentido referente a distância de longínquo.

c) acrescentar dúvida ao sentido do termo longínquo.

d) atribuir ênfase ao sentido de longínquo.

1286) Concurso: Cabo/PM SP/Graduação/2015 Banca: VUNESP

Atitude

Durante uma bebida de chá no entardecer do dia, Tao pergunta para o seu mestre:
— Mestre, o que há dentro de todos nós que nos permite fazer certas escolhas na
vida?

O mestre fala: — Somos como essas duas xícaras, uma delas é o amor e a outra é
o ódio, ambas vivem dentro de nós.

Tao fala: — Como elas movem nossas escolhas?

O mestre fala: — Pela quantidade de chá que vertemos nelas.

(Stefan Tojo. www.minicontos.com.br. Adaptado)

Do ensinamento do mestre, depreende-se, corretamente, que

a) a existência do amor elimina a presença do ódio que vive em nós.

b) o homem é incapaz de controlar seus sentimentos e suas escolhas.

c) nossas atitudes podem resultar do amor ou do ódio que nutrimos.

d) as escolhas cotidianas refletem ódio e amor em igual proporção.

1287) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os


brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional
de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que faltaram ao trabalho pelo
menos um dia alegaram ter tido gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013,
em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
tem, portanto, base de comparação.

Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio
Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e
irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não
ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias, requer
repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e
antitérmicos.

(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE”.
www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada pelo IBGE, foi
realizada a partir

a) da entrevista de trabalhadores enquanto estes estavam afastados do serviço por


doença.

b) do registro da declaração de cidadãos brasileiros consultados no contexto


domiciliar.

c) da análise de documentos médicos que comprovam o afastamento de


trabalhadores doentes.

d) do exame de um banco de dados que empregadores guardam de seus


funcionários.

e) da contagem do número de trabalhadores brasileiros que permaneceram


hospitalizados.

1288) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O mal-estar provocado por gripes e resfriados é o principal motivo que os


brasileiros alegam para se ausentar do trabalho, apontou a PNS (Pesquisa Nacional
de Saúde), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostrou que 17,8% dos brasileiros que faltaram ao trabalho pelo
menos um dia alegaram ter tido gripe ou resfriado. A pesquisa foi feita em 2013,
em 62,9 mil domicílios em todos os Estados da federação. O estudo é inédito e não
tem, portanto, base de comparação.
Ainda que virais, a gripe e o resfriado têm diferenças. Segundo o médico Drauzio
Varela, o resfriado é menos intenso e caracteriza-se por coriza, cabeça pesada e
irritação na garganta. Mais brando, pode provocar febres isoladas, que não
ultrapassam 38,5 graus. A gripe pode derrubar a pessoa por alguns dias, requer
repouso, boa hidratação e, com a orientação profissional, uso de analgésicos e
antitérmicos.

(Lucas Vettorazzo. “Resfriado é principal motivo para falta no trabalho ou estudos, aponta IBGE”.
www.folha.uol.com.br, 02.06.2015. Adaptado)

Conforme o texto, é correto afirmar:

a) o estudo do IBGE não permite estabelecer uma comparação entre os Estados da


federação quanto às causas de falta ao trabalho.

b) os casos de gripe foram mais frequentes do que os de resfriados entre os


trabalhadores que faltaram ao trabalho.

c) a gripe e o resfriado têm em comum o fato de serem transmitidos por vírus,


apesar de a gripe ser mais debilitante.

d) ao longo dos anos, os brasileiros têm faltado cada vez mais ao trabalho devido
a resfriados que se tornaram tão intensos quanto a gripe.

e) por serem menos intensos, os casos de resfriados não constituem justificativa


válida para se ausentar do trabalho.

1289) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um tiro no escuro

– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.

– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.

Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.
Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.

Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em


casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.

Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.

(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

Na opinião do narrador, a

a) diferença entre a infância vivida hoje e a vivida na década de 1980 está no fato
de que hoje as brincadeiras são mais violentas que no passado.

b) equivalência entre a infância vivida hoje e a vivida na década de 1980 evidencia-


se na maneira de se passear de carro pela cidade.

c) diferença entre a infância vivida hoje e a vivida na década de 1980 é


comprovada pelo fato de que, no passado, era possível brincar na rua, que não
oferecia tantos riscos quanto hoje.

d) diferença entre a infância vivida hoje e a vivida na década de 1980 pode ser
percebida em algumas atitudes antes consideradas normais e que hoje são
recriminadas.

e) equivalência entre a infância vivida hoje e a vivida na década de 1980 torna-se


evidente nos brinquedos presenteados às crianças, que continuam os mesmos de
antes.
1290) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um tiro no escuro

– Quem atirou em quem? – provoco minha mãe.

– Uai, foi você que atirou no seu irmão. – ela responde, convicta.

Isso aconteceu nos anos de 1980, bem no começo. Naquela época era tudo meio
inconsequente. Meu pai havia nos presenteado com uma espingarda de pressão.
Com que cargas d‘água alguém teria a brilhante ideia de dar uma arma para duas
crianças? Pois é, isso era normal. Como era normal também passearmos pela
cidade em um Fusca, todos sem cinto de segurança e felizes como nunca. Tínhamos
a impressão de que tudo era meio permitido, mas, lógico, dentro de parâmetros
que levavam em conta o respeito ao próximo e o amor incondicional à família.

Brincávamos na rua e ela era tão perigosa quanto é hoje. Havia os carros
descontrolados, os motoristas bêbados, as motos a todo vapor, os paralelepípedos
soltos como armadilhas propositais. Tudo era afiado ou pontiagudo, menos a
dedicação de dona Izolina. Perto da janta ela nos gritava e, chateados, nos
recolhíamos para a sala. Havia uma mesa e todos nos sentávamos, juntos, para
celebrar mais um dia em que nada nos faltara.

Hoje, os brinquedos de criança parecem mais arredondados, não há armas em


casa, mas os perigos são os mesmos: um arranhão em minha filha, Helena, dói
tanto quanto um hematoma sofrido em nossa infância.

Ah, mãe, fui eu que atirei em meu irmão e, logo após o grito estridente dele, saí
gritando igualmente pela casa, desolado e pesaroso, porque havia assassinado um
parente tão próximo. Mas nada acontecera, nem uma esfoladela. Ele usava uma
bermuda jeans e eu, com minha pontaria genial, havia acertado a nádega direita,
de modo que o pequeno projétil se intimidara diante da força do tecido. Foi assim,
mãe. Agora a senhora já pode contar para todos a história correta.

(Whisner Fraga. www.cronicadodia.com.br, 10.05.2015. Adaptado)

Na ocasião em que atira em seu irmão com uma espingarda de pressão, o narrador
reage de modo a demonstrar- se
a) superior.
b) isolado.
c) arrependido.
d) orgulhoso.
e) destemido.
1291) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(André Dahmer. www.folha.uol.com.br, 14.05.2015. Adaptado)

A partir da análise da fala da personagem, conclui-se, corretamente, que a crítica


principal explicitada na tira diz respeito

a) ao regime irregular de chuvas que assola o estado de São Paulo.

b) à lentidão com que taxistas dirigem visando aumentar o valor da corrida.

c) aos constantes alagamentos que ocorrem na periferia da cidade de São Paulo.

d) à quantidade excessiva de carros que circulam na cidade de São Paulo.

e) aos taxistas de São Paulo, que falam demais enquanto dirigem.


1292) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Analisando o sentido dos quadrinhos, é correto relacioná-los ao seguinte dito


popular:
a) Nem tudo que reluz é ouro.
b) Quem espera sempre alcança.
c) Quem tem boca vai a Roma.
d) Falar é prata, calar é ouro.
e) Devagar se vai ao longe.

1293) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP


No contexto em que estão empregadas, as locuções verbais ―Vai carpir‖ e ―Vai
grafitar‖ sugerem atitudes de

a) intolerância.

b) resignação.

c) dissimulação.

d) polidez.

e) disciplina.

1294) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.

O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.

Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo


Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)


O objetivo do texto é

a) mostrar a estagnação da violência, constatada pela pesquisa realizada pelo


Ministério Público de São Paulo e pelo instituto Sou da Paz.

b) questionar os resultados da pesquisa relativa à segurança pública realizada pelo


Ministério Público de São Paulo e pelo instituto Sou da Paz.

c) utilizar os resultados da pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo


e pelo instituto Sou da Paz para mostrar o recrudescimento da violência no Brasil.

d) propor o uso livre de armas de fogo, com base na pesquisa realizada pelo
Ministério Público de São Paulo e pelo instituto Sou da Paz.

e) discutir questões relativas à segurança pública à vista de uma pesquisa realizada


pelo Ministério Público de São Paulo e pelo instituto Sou da Paz.

1295) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Número de armas

Em boa hora uma pesquisa realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pelo
instituto Sou da Paz vem solapar ao menos dois argumentos tão incorretos quanto
frequentes nas discussões relativas à área da segurança pública.

Primeiro, a maior parte das armas com as quais se praticam crimes em território
paulista não tem sua origem no exterior, mas na própria indústria brasileira.

De acordo com o levantamento, consideradas 10 666 armas de fogo apreendidas


em 2011 e 2012, nada menos que 78% delas tinham fabricação nacional –
proporção que sobe para 82% quando se levam em conta somente artefatos
confiscados vinculados a roubos e 87% no caso de homicídios.

O segundo argumento atingido pelo relatório costuma ser usado por quem apregoa
a facilitação do comércio de armas sustentando que as restrições afetam só o
―cidadão de bem‖, deixando-o indefeso diante de bandidos armados.

Ocorre que, se os artefatos utilizados nos crimes são nacionais, isso significa que
um dia eles foram vendidos legalmente no país.

Ou seja, se há muitos criminosos armados, isso se deve, em larga medida, ao


comércio legal de armas, que abastece o mercado ilegal; obstruir esse duto resulta
num benefício à população, e não o contrário.
Daí a importância de campanhas como a ―DNA das Armas‖, promovida pelo
Ministério Público e pelo Sou da Paz a fim de implantar, no Brasil, um sistema de
marcação indelével dos artefatos de fogo.

(Folha de S.Paulo, 05.06.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, os dois argumentos incorretos e frequentes nas discussões


relativas à área da segurança pública são:

a) os artefatos de fogo abastecem o comércio legal e o ilegal, e apenas o segundo


tipo de comércio tem relação com os crimes.

b) a produção de armas é baixa e não há relação evidente entre o comércio legal


de armas e o ilegal.

c) a maior parte das armas usadas nos crimes vem do exterior e procede de
comercialização ilegal.

d) os homicídios, em geral, são praticados com armas nacionais e estas foram


adquiridas por meio de comércio ilegal.

e) os cidadãos de bem usam a maior parte das armas legais e elas acabam caindo
no comércio ilegal.

1296) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Tabacaria

Não sou nada.


Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,


Do meu quarto de um dos milhões do mundo que nin-
[guém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constante-
[mente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.

(Fernando Pessoa, Obra Poética)

Leia os quadrinhos e compare seu conteúdo ao poema Tabacaria.

Em uma análise comparativa, compreende-se que os quadrinhos pretendem

a) tratar com humor os versos do poeta português, sendo- lhes fiel aos sentidos e
tendo no plano visual a chave para a graça e o riso.

b) ironizar os versos do poeta português, já que existe um duplo sentido e um viés


pejorativo no nome ―Ferrato Pessoa‖.

c) satirizar a poesia do poeta português, valendo-se para isso da imagem de uma


personagem portuguesa.

d) criticar a criação dos heterônimos, como ―Álvaro de Campos‖, que, como mostra
o diálogo, são difíceis de serem identificados.

e) criar o efeito de humor, a partir de versos do poeta português, valendo-se da


ambiguidade do substantivo ―sonhos‖.
1297) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Tabacaria

Não sou nada.


Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,


Do meu quarto de um dos milhões do mundo que nin-
[guém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constante-
[mente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.

(Fernando Pessoa, Obra Poética)

O poema revela

a) a forma otimista como o eu lírico supera seus desencantos, enfrentando as


dificuldades.

b) o sofrimento do eu lírico quando reconhece o verdadeiro sentido de sua vida.

c) a sublimação das dificuldades do eu lírico firmada numa vida de reclusão.

d) a inquietude metafísica e existencial do eu lírico, marcada pela desesperança.

e) o reconhecimento que o eu lírico faz da realidade, vendo-a como agradável.


1298) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Tabacaria

Não sou nada.


Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,


Do meu quarto de um dos milhões do mundo que nin-
[guém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constante-
[mente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.

(Fernando Pessoa, Obra Poética)

Nos três primeiros versos do poema (―Não sou nada. / Nunca serei nada. / Não
posso querer ser nada.‖), a gradação presente assinala

a) a negação de um estado que, na verdade, pouco interessa ao eu lírico.

b) o empreendimento que o eu lírico faz para se descobrir por completo.

c) o desalento do eu lírico ao constatar a dificuldade de se reconhecer.

d) o medo do eu lírico proveniente da busca de sua verdadeira identidade.

e) a euforia flagrante do eu lírico ao constatar que desconhece a si mesmo.


1299) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Tabacaria

Não sou nada.


Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,


Do meu quarto de um dos milhões do mundo que nin-
[guém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constante-
[mente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente
[certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos
[seres,
Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos
[brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada
[de nada.

(Fernando Pessoa, Obra Poética)

Conforme os versos mostram, o heterônimo Álvaro de Campos caracteriza-se por


ser

a) racional, com pensamento claro e inequívoco.

b) humanista, preocupado em aproveitar a vida.

c) simples, vivendo alheio a questões dialéticas.

d) contestador, ainda que pensar o faça sofrer.

e) omisso, optando por viver a vida calmamente.


1300) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.

O orador interpela Deus para


a) asseverar o avanço dos holandeses em terras brasileiras, considerado por ele
como justo, ainda que não professem a fé católica.
b) reconhecer a justiça divina, tendo os portugueses conseguido vencer os
holandeses e a eles tendo imposto a fé católica.
c) lamentar a perda do território brasileiro para os holandeses e, principalmente, a
ascensão dos luteranos e calvinistas.
d) sugerir que os invasores holandeses sejam perdoados e que haja tolerância
entre a religião dos católicos, luteranos e calvinistas.
e) expressar sua indignação, pois lhe parece que houve ajuda divina para o sucesso
da invasão holandesa, acompanhada de fé não católica.
1301) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.

No contexto da narrativa, os convidados pelo Senhor foram os

a) holandeses.

b) índios.

c) portugueses.

d) hereges.

e) nobres.
1302) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.

Quanto à ideia que encerra, a passagem ―Quando em tudo o mais foram eles tão
bons como nós, ou nós tão maus como eles, por que nos não há-de valer pelo
menos o privilégio e prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os
estilos de vossa providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.‖ pode ser
associada aos seguintes versos de Camões:

a) Tanto de meu estado me acho incerto, / Que em vivo ardor tremendo estou de
frio; / Sem causa, juntamente choro e rio; / O mundo todo abarco e nada aperto.

b) Julga-me a gente toda por perdido / Vendo-me tão entregue a meu cuidado /
Andar sempre dos homens apartado / E dos tratos humanos esquecido.
c) Julga-me a gente toda por perdido, / Vendo-me tão entregue a meu cuidado, /
Andar sempre dos homens apartado / E dos tratos humanos esquecido.

d) Os bons vi sempre passar / No Mundo graves tormentos; / E para mais me


espantar, / Os maus vi sempre nadar / Em mar de contentamentos.

e) Erros meus, má fortuna, amor ardente / Em minha perdição se conjuraram; /


Os erros e a fortuna sobejaram, / Que para mim bastava amor somente.

1303) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder à questão.

A fala da personagem permite concluir que

a) os dias de hoje são mais tranquilos.

b) aves e cães produzem sons desagradáveis.

c) a melodia das aves é enfadonha.

d) o tempo passa, mas os incômodos não.

e) os sons dos cachorros incomodam.


1304) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

That is the question

Dois e dois são quatro.


Nasci cresci
para me converter em retrato?
em fonema? Em morfema?

Aceito
ou detono o poema?

(Ferreira Gullar, Muitas vozes)

That is the question = Eis a questão

O poema é inquestionavelmente metalinguístico, pois o eu lírico

a) ignora questões formais para expressar sua condição.

b) questiona a própria criação artística para tratar de sua condição.

c) usa uma linguagem objetiva para expressar sua condição.

d) ironiza a linguagem de sua vida e a sua própria condição.

e) deixa a arte de lado e expressa com sentimentos sua condição.

1305) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

That is the question

Dois e dois são quatro.


Nasci cresci
para me converter em retrato?
em fonema? Em morfema?

Aceito
ou detono o poema?

(Ferreira Gullar, Muitas vozes)

That is the question = Eis a questão


No contexto, os dois últimos versos do poema são entendidos como

a) a possibilidade de contestação.

b) a manutenção da situação vivida.

c) o descaso com o tempo futuro.

d) o medo da transformação.

e) a indiferença diante dos problemas.

1306) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem se lembra ainda de Victor Hugo: ―Rápidos voam os tempos, nascem muitos
poetas todos os dias‖. Não são poetas apenas que nascem, mas romancistas,
críticos, e ninguém quer saber mais do que passou: todos querem ser atuais,
atualíssimos, numa febre de futuro que tem o erro de proporção das visões de
todas as febres: pois, ai de nós!, o futuro de hoje é o passado de amanhã e,
quando já não estivermos vivos, para defender com unhas e dentes as nossas
obras, elas terão de comparecer sozinhas diante do tribunal do mundo.

Rápidos voam os tempos, e não podemos dispor dos lazeres dos nossos avós, que
não liam tanto, mas liam certamente melhor. Boa gente, que podia acompanhar
folhetins, letra por letra, embora na atualidade ainda haja quem acompanhe
novelas de rádios (não tão boas), suspiro por suspiro e lágrima por lágrima...

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado)

A autora discorre sobre

a) a rapidez do tempo moderno e critica quem o despreza.

b) a celeridade do tempo e critica o desprezo pelo passado.

c) a importância do tempo passado e critica quem não se atualiza.

d) a necessidade de cada um rever seu tempo e critica os acomodados.

e) a fugacidade do tempo e critica os que cultuam o passado.


1307) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Quem se lembra ainda de Victor Hugo: ―Rápidos voam os tempos, nascem muitos
poetas todos os dias‖. Não são poetas apenas que nascem, mas romancistas,
críticos, e ninguém quer saber mais do que passou: todos querem ser atuais,
atualíssimos, numa febre de futuro que tem o erro de proporção das visões de
todas as febres: pois, ai de nós!, o futuro de hoje é o passado de amanhã e,
quando já não estivermos vivos, para defender com unhas e dentes as nossas
obras, elas terão de comparecer sozinhas diante do tribunal do mundo.

Rápidos voam os tempos, e não podemos dispor dos lazeres dos nossos avós, que
não liam tanto, mas liam certamente melhor. Boa gente, que podia acompanhar
folhetins, letra por letra, embora na atualidade ainda haja quem acompanhe
novelas de rádios (não tão boas), suspiro por suspiro e lágrima por lágrima...

(Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado)

O texto retrata uma modernidade que não corresponde à do século XXI. Isso se
comprova com o trecho:
a) ―Rápidos voam os tempos, nascem muitos poetas todos os dias‖. (primeiro
parágrafo)
b) ... ninguém quer saber mais do que passou... (primeiro parágrafo)
c) ... todos querem ser atuais, atualíssimos... (primeiro parágrafo)
d) ...numa febre de futuro... (primeiro parágrafo)
e) ... ainda haja quem acompanhe novelas de rádios... (segundo parágrafo)

1308) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o quadrinho para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 22.06.2014. Adaptado)


A leitura do quadrinho permite concluir que a filha chora porque

a) pensa que seu par romântico pode estar vivendo muito longe de onde ela está.

b) recebe uma advertência de sua mãe por estar pensando em seu par romântico.

c) acredita que pode não ter um par romântico, conforme o que lhe diz a mãe.

d) concorda com a mãe sobre o par romântico, que logo deverá aparecer-lhe.

1309) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se
restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

Ao tomar consciência de que encontrou um dedo na praia, o narrador

a) pensa em um joalheiro ao qual possa vender o anel de ouro com uma


esmeralda incrustada.

b) passa a fazer conjecturas a respeito da pessoa e das circunstâncias em que ela


pode ter morrido.
c) foge rapidamente do local, pois a unha pintada de vermelho o surpreende,
despertando-lhe o medo.

d) começa a recuar, mas é tentado pela curiosidade de mexer no achado para


encontrar pistas do incidente.

1310) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O Dedo

Inclinara-me para ver o estranho objeto quando notei o pequeno feixe de fibras
emergindo na areia banhada pela espuma. Quando recorri aos óculos é que vi: não
era algodão mas uma vértebra meio descarnada – a coluna vertebral de um grande
peixe? Fiquei olhando. Espera, mas o que seria aquilo? Um aro de ouro? Agora que
a água se retraíra eu podia ver um aro de ouro brilhando em torno da vértebra,
enfeixando as fibras que tentavam se libertar, dissolutas. Com a ponta do cipó,
revolvi a areia. Era um dedo anular com um anel de pedra verde preso ainda à raiz
intumescida. Como lhe faltasse a última falange, faltava o que poderia me fazer
recuar; a unha. Unha pintada de vermelho, o esmalte descascando, acessório fiel
ao principal até no processo de desintegração. Unha de mulher burguesa, à altura
do anel do joalheiro que se esmerou na cravação da esmeralda. Penso que se
restasse a unha certamente eu teria fugido, mas naquele estado de despelamento o
fragmento do dedo trabalhado pela água acabara por adquirir a feição de um
simples fruto do mar. Mas havia o anel.

A dona do dedo? Mulher rica e de meia idade que as jovens não usam joias, só as
outras. Afogada no mar? A onda começou inocente lá longe e foi se cavando cada
vez mais alta, mais alta, Deus meu! A fuga na água e a praia tão longe, ah! mas o
que é isso?... Explosão de espuma e sal. Sal.

(Lygia Fagundes Telles, Um coração ardente.)

A frase final do primeiro parágrafo – Mas havia o anel. – permite concluir que a
presença do adorno no achado

a) fazia-o parecer um simples fruto do mar.

b) era insignificante na situação vivida.

c) causava medo extremo ao narrador.

d) indicava a sua condição de dedo.


1311) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Folha de S.Paulo, 02.10.2015. Adaptado)

Com sua fala, a personagem revela que

a) a violência era comum no passado.

b) as pessoas lutam contra a violência.

c) a violência está banalizada.

d) o preço que pagou pela violência foi alto.

1312) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000


soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres
espalhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês
e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18
de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão
Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática
das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista
brilhante.

(Veja, 17.06.2015)
De acordo com o texto, a Batalha de Waterloo

a) pôs termo ao avanço do poder de Napoleão sobre os rivais europeus.

b) comprova que não existem limites para uma ambição guerreira.

c) dá novo fôlego para os intentos militares de Napoleão Bonaparte.

d) representa o momento em que os rivais de Napoleão sucumbem.

1313) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000


soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres
espalhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês
e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18
de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão
Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática
das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista
brilhante.

(Veja, 17.06.2015)

As informações do texto permitem afirmar que

a) Napoleão era um comandante com parcos conhecimentos militares.

b) a Batalha de Waterloo é considerada a mais simbólica das derrotas.

c) poucos soldados tiveram um fim trágico na batalha de Waterloo.

d) Napoleão estava cansado das batalhas, quando lutou com seus rivais.
1314) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Pela primeira vez, a proporção de brasileiros que se declaram ao IBGE como pretos
ou pardos superou 40% entre os matriculados no ensino superior. Uma análise
superficial creditaria todo o aumento às cotas ou ao ProUni, que também reserva
uma parcela de suas bolsas em universidades particulares para negros. Os dados
do IBGE mostram, porém, que o movimento já era visível antes mesmo de essas
políticas serem adotadas.

Olhando a série histórica, é possível identificar que de 1992 até 1998 não houve
avanço algum na taxa, que ficou estabilizada em torno de 18%. A partir daí, o
crescimento foi constante. Em 2003, por exemplo, quando apenas duas
universidades (a Uerj e a estadual do Rio Grande do Sul) recebiam sua primeira
leva de alunos cotistas, o percentual de pretos e pardos no ensino superior já havia
aumentado para 25%.

Apontar a razão principal para o aumento de afrodescendentes no ensino superior


exige um estudo mais aprofundado, mas é fato que esse movimento aconteceu no
mesmo período em que as matrículas totais cresceram de 1,4 milhão de estudantes
em 1992 para 6,9 milhões em 2013. Com mais vagas, e num ambiente de melhoria
da renda, é razoável supor que mais jovens negros tiveram oportunidade de
ingressar no ensino superior, principalmente no setor privado, que criou mais
matrículas.

(Antônio Gois. Cotas e ProUni, 17.11.2014, http://oglobo.globo.com/sociedade/cotas-prouni-


14576773. Adaptado)

O autor defende a tese de que

a) a proporção de pretos ou pardos matriculados no ensino superior não cresceu


tanto quanto fazem supor os dados do IBGE.

b) a melhoria da renda é uma explicação mais plausível do que o Prouni para o


aumento do número de pretos ou pardos no ensino superior.

c) a presença de pretos ou pardos no ensino superior tem aumentado devido ao


sucesso de políticas de inclusão.

d) o aumento do número de pretos ou pardos na universidade tem relação direta


com a política de cotas raciais.

e) as bolsas em universidades privadas são responsáveis pelo aumento do número


de pretos ou pardos na educação superior.
1315) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia as estrofes do Canto IV de Os Lusíadas, referentes ao episódio do Velho do


Restelo, para responder à questão.

Dura inquietação d‘alma e da vida,


Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios¹;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio² engana!

A que novos desastres determinas


De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

(Luís de Camões. Obra completa, 2005, p. 112. Adaptado)

¹ insultos
² estúpido, ignorante

Considerando o contexto do discurso do Velho do Restelo, nos versos – Chamam-te


Fama e Glória soberana, / Nomes com quem se o povo néscio engana! – as
palavras em destaque enfatizam o
a) objetivo nobre dos navegadores portugueses, que viajaram sem a intenção de
conquistar notoriedade, buscando melhorar a vida de seu povo.
b) espírito empreendedor do povo português, que trocara as promessas de fama e
glória pela chance de desbravar mares nunca antes navegados.
c) caráter ilusório e destrutivo dos ideais de fama e de glória que levaram os
navegadores portugueses a empreender suas viagens.
d) propósito louvável dos portugueses que se aventuraram pelos mares, embora
eles tenham sido incompreendidos pelo povo.
e) perfil destemido e desprendido dos portugueses que deixaram a segurança da
terra para enfrentar os perigos do mar.
1316) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia as estrofes do Canto IV de Os Lusíadas, referentes ao episódio do Velho do


Restelo, para responder à questão.

Dura inquietação d‘alma e da vida,


Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios¹;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio² engana!

A que novos desastres determinas


De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

(Luís de Camões. Obra completa, 2005, p. 112. Adaptado)

¹ insultos
² estúpido, ignorante

A segunda estrofe destaca uma das motivações das navegações portuguesas, em


busca de novas terras. Trata-se do interesse

a) mercantilista, simbolizado, no poema, pelas promessas de encontrar minas de


ouro.

b) religioso, simbolizado, no poema, pelo desejo de conhecer novas histórias e


novos credos.

c) diplomático, simbolizado, no poema, pelo empenho em auxiliar reinos


decadentes.

d) arqueológico, simbolizado, no poema, pela intenção de conhecer antigos


impérios.

e) belicoso, simbolizado, no poema, pelo intuito de se responder a insultos e


ameaças.
1317) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para


responder à questão.

O cimo da montanha

Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília
com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe
aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição
primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais
prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de
imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à
proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e,
semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma
simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.

— Minha boa Virgília!

— Meu amor!

— Tu és minha, não?

— Tua, tua...

E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus


contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha,
donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o
céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com
as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...

* personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias
que vão adiando a sentença de morte dela.

(1998, p. 128-129)

No contexto de Memórias póstumas de Brás Cubas, o trecho – Repousado esse


tempo, começamos a descer a encosta, com as mãos presas ou soltas, mas a
descer, a descer... – contribui para a descrição do amor de maneira realista, pois
sinaliza que a relação amorosa

a) se torna mais forte com o tempo.


b) permanece inalterada com o tempo.
c) é indiferente aos acontecimentos.
d) tende a durar eternamente.
e) está sujeita a um fim inevitável.
1318) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a passagem do conto Os cimos, de João Guimarães Rosa, para responder à


questão.

E: — ―Pst!‖ — apontou-se. A uma das árvores, chegara um tucano, em brando


batido horizontal. Tão perto! O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e
os tantos meigos vermelhos do pássaro — depois de seu voo. Seria de ver-se:
grande, de enfeites, o bico semelhando flor de parasita. Saltava de ramo em ramo,
comia da árvore carregada. Toda a luz era dele, que borrifava-a de seus coloridos,
em momentos pulando no meio do ar, estapafrouxo, suspenso esplendentemente.
No topo da árvore, nas frutinhas, tuco, tuco... daí limpava o bico no galho. E, de
olhos arregaçados, o Menino, sem nem poder segurar para si o embrevecido
instante, só nos silêncios de um-dois-três.

(Primeiras estórias. 1988, p. 155. Adaptado)

As construções neológicas (criações de novas palavras) tornaram-se marca do


estilo de Guimarães Rosa. No trecho citado, o neologismo estapafrouxo chama a
atenção do leitor para a

a) aparente falta de vitalidade com que o tucano se movia.

b) repetição mecânica e previsível dos saltos do tucano.

c) singularidade e a leveza dos movimentos do tucano.

d) força que o tucano demonstrava ter ao pular entre os galhos.

e) possibilidade de o tucano ter medo de seus observadores.

1319) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.
É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)

É correto afirmar que o autor


a) concorda, sem restrições, com a avaliação negativa de Umberto Eco acerca dos
usuários das redes sociais.
b) adere à tese de que a falta de limites à expressão nas redes sociais acaba por
diminuir a prática de crimes.
c) atenua a avaliação rigorosa de Umberto Eco acerca dos usuários de redes
sociais, invocando a liberdade de expressão.
d) incentiva o uso de redes sociais como oportunidade de ter projeção social,
independentemente do que o usuário possa postar.
e) descrê da possibilidade de as pessoas revelarem o que de fato são, na ânsia de
se exibirem nas redes sociais.
1320) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)
Relendo a manifestação da executiva americana Justine Sacco
– ―Indo para a África. Espero que não pegue Aids. Brincadeira. Sou branca‖. –, é
correto afirmar que essa manifestação provocou sua punição em âmbito profissional
e social porque
a) nega sua afinidade com o trabalho na África.
b) debocha do tratamento dado aos doentes de Aids.
c) desrespeita as tradições do país que a recebe.
d) expressa opinião desabonadora acerca da raça branca.
e) tem conteúdo implícito de discriminação racial.

1321) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Frei Caneca e a Virgem Maria

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na


direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o
lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha
participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de
Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso
da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os
direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.
Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.
Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão.
O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido,
dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do
carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da
Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente
açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos
da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca.
E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.
Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para
desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.
Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou
exortá-los:
– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de
compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.
E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.


**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.
Considerando-se as características do texto, é correto afirmar que se trata do tipo

a) dissertativo, com discussão de ideias.

b) dissertativo, com pontos de vista de personagens.

c) narrativo, com apresentação de uma tese.

d) descritivo, com caracterização de ambiente.

e) narrativo, com exposição de fatos.

1322) Concurso: Aux Lg/CM Itanhaém/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

(Ciça, Pagando o pato)

É correto concluir que o humor da tira decorre

a) do emprego de frases na forma negativa.

b) da impertinência da pergunta do pato.

c) da manifestação de inconformismo da formiga.

d) da exploração do duplo sentido de palavra.

e) da falta de sentido das palavras empregadas pelas personagens.


1323) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a passagem do conto Os cimos, de João Guimarães Rosa, para responder à


questão.

E: — ―Pst!‖ — apontou-se. A uma das árvores, chegara um tucano, em brando


batido horizontal. Tão perto! O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e
os tantos meigos vermelhos do pássaro — depois de seu voo. Seria de ver-se:
grande, de enfeites, o bico semelhando flor de parasita. Saltava de ramo em ramo,
comia da árvore carregada. Toda a luz era dele, que borrifava-a de seus coloridos,
em momentos pulando no meio do ar, estapafrouxo, suspenso esplendentemente.
No topo da árvore, nas frutinhas, tuco, tuco... daí limpava o bico no galho. E, de
olhos arregaçados, o Menino, sem nem poder segurar para si o embrevecido
instante, só nos silêncios de um-dois-três.

(Primeiras estórias. 1988, p. 155. Adaptado)

A passagem enfoca um instante de encantamento, em que um tucano se impõe aos


olhos como uma figura de extrema beleza. A linguagem descritiva predomina,
apresentando o pássaro de maneira mais estática com relação a outros fragmentos
da passagem, em:

a) A uma das árvores, chegara um tucano, em brando batido horizontal.

b) O alto azul, as frondes, o alumiado amarelo em volta e os tantos meigos


vermelhos do pássaro...

c) Saltava de ramo em ramo, comia da árvore carregada.

d) Toda a luz era dele, que borrifava-a de seus coloridos, em momentos pulando
no meio do ar...

e) No topo da árvore, nas frutinhas, tuco, tuco... daí limpavao bico no galho.
Reescrita de Frases / Substituição de palavras ou trechos de texto

1324) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

A legião on-line

Um dos temas de ―O Romance Luminoso‖, a obra póstuma e incrivelmente


contemporânea de Mario Levrero, é o uso da internet como antidepressivo. Sem
alcançar a tal experiência luminosa que lhe permitiria escrever um romance iniciado
há 15 anos, o autor passa os dias em frente ao computador curtindo o fracasso.
Baixa e elabora programas, joga paciência, busca sites ao acaso. Nas raras vezes
em que desgruda da tela, recorre a outro vício: a televisão.

É um transtorno cada vez mais comum. Todo mundo conhece alguém que está
sempre conectado; acorda e já olha o celular, o qual dormiu ao lado dele na cama;
checa os aplicativos de cinco em cinco minutos; quando não está on-line, sente
ansiedade, mau humor, angústia, tristeza. Os viciados em smartphones são uma
legião.

Publicado em 2005, o livro de Levrero destaca-se não só pela atualidade mas


também pelo caráter profético. A páginas tantas, o autor anota: ―O mundo do
computador já foi invadido pelos abjetos*, e quanto mais barato fica mais cresce a
abjeção. Não porque os pobres sejam necessariamente abjetos, e sim porque as
pessoas mais vivas usarão as maravilhas tecnológicas para embrutecer mais ainda
os pobres‖.

E conclui: ―A internet tem mostrado, cada vez mais claramente, para que nasceu,
e, com vistas a esse objetivo, será controlada por comerciantes e estadistas‖. Isso
nos leva, naturalmente, a pensar na relação das redes sociais com a empresa de
dados políticos ligada à campanha presidencial de Donald Trump. Ou, em outro
caso, sendo obrigadas a excluir contas por suspeita de fraude.

Esse cenário de disseminação de informações questionáveis – com o fim de


manipular condutas –, mas que em geral têm aceitação, aprofunda mais ainda a
abjeção diagnosticada por Levrero.

Que tal passar mais tempo off-line?

(Alvaro Costa e Silva. Folha de S.Paulo, 11.08.2018. Adaptado)


A reescrita do trecho ―Nas raras vezes em que desgruda da tela, recorre a outro
vício: a televisão.‖ preserva o sentido do texto original e atende à norma-padrão de
pontuação e de regência verbal, em:
a) A televisão é, outro vício com o qual recorre nas raras vezes em que desgruda
da tela.
b) A televisão é outro vício ao qual recorre, nas raras vezes em que desgruda da
tela.
c) A televisão é outro vício no qual recorre nas raras vezes em que, desgruda da
tela.
d) A televisão é outro vício pelo qual, recorre nas raras vezes em que desgruda da
tela.
e) A televisão é outro vício do qual recorre nas raras vezes, em que desgruda da
tela.

1325) Concurso: Of Adm/SEDUC SP/2019 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Existem tesouros em todo lugar: as aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo,
Conrad Editora do Brasil, 2013)

A frase do primeiro quadrinho ―Se eu tivesse um computador, com certeza ia tirar


notas melhores…‖ está corretamente reescrita, sem alteração do sentido do texto
original e de acordo com a norma padrão da língua, em:

a) A fim de que eu tivesse um computador, com certeza tirava notas melhores…

b) Assim que eu tivesse um computador, com certeza tiro notas melhores…

c) Caso eu tivesse um computador, com certeza tiraria notas melhores…

d) Conforme eu tivesse um computador, com certeza tirarei notas melhores…

e) Uma vez que eu tivesse um computador, com certeza tirarei notas melhores…
1326) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Nero e a lira

O Brasil ficou chocado com o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. Só


diante das chamas terríveis e do patrimônio desaparecido para sempre que alguns
perceberam que nunca tinham ido ao espaço museológico agora perdido. Eu já
tinha escrito o mesmo sobre os riscos da nossa Biblioteca Nacional e do seu acervo
inestimável em condições de risco similar. Aqui em São Paulo, é o caso do Museu
do Ipiranga, fechado há tanto tempo. Perde o público, perde a cultura e
empobrecemos em um campo já abalado da memória. Até quando? O que mais
precisaria queimar no Brasil, para que a gente percebesse que patrimônio é algo
que se vai para sempre?

O descaso tem precedentes terríveis. Em 1978, um conjunto inestimável de


quadros virou cinzas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Patrimônio
científico foi carbonizado várias vezes: a coleção do Instituto Butantã em São Paulo
e do Museu de Ciências Naturais da PUC de Minas Gerais. Coleções insubstituíveis
torraram por completo. O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas, como
também a tapeçaria de Tomie Ohtake no Memorial da América Latina: somos o país
que usa cultura como material de combustão. Nenhum Nero foi indiciado, ninguém
responde, nada se faz com tantos e repetidos avisos trágicos. É uma política de
terra arrasada, de resultados eficazes e criminosos.

Mesmo aquilo que funciona e bem corre o risco do desamparo. A Sala São Paulo
enche de orgulho os paulistas e brasileiros. A Osesp é uma joia esculpida com
trabalho, talento e muito sacrifício. Manter algo do padrão da Osesp e da Sala São
Paulo em um país como o Brasil é quase um milagre. A qualidade material da sala,
o esforço de todos e a educação de um público fiel. Por ela passa a fina flor da
música brasileira e internacional.

A cultura brasileira é assim. Muita coisa queimou, projetos sobreviveram em estado


precário, e todos aguardam poderes sensíveis ao papel insubstituível da cultura na
definição da cidadania. Quando eu vejo o montante do fundo partidário em
comparação ao estado precário de orquestras e museus, sou percorrido por uma
dor muito forte.

O que mais terá de silenciar, queimar, desaparecer ou ficar no passado até que
acordemos? Quantos artistas deixarão de comunicar seu talento com uma
sociedade que necessita desesperadamente de criação e sensibilidade para pensar
mais alto e melhor? Alguém aqui acha coincidência que a economia mais forte da
Europa, a Alemanha, também seja uma terra de forte investimento privado e
público na música e nas artes? O que mais precisa desaparecer para sempre, para
que governos e eleitores descubram o valor do nosso patrimônio material e
imaterial?
Para nós, pessoas sem poder, resta prestigiar o que ainda existe, visitar mais
nossos museus, cobrar dos políticos que elegemos há pouco e valorizar com alunos
e filhos os muitos heróis de uma resistência cultural.

(Leandro Karnal. O Estado de S.Paulo. 18.11. 2018. Adaptado)

Leia a frase:

• O que mais precisa queimar no Brasil, para se perceber que patrimônio é


algo que se vai para sempre?

De acordo com a conjugação verbal e sem alteração do sentido, tem-se versão


correta de reescrita do trecho destacado em:

a) … para que percebamos que patrimônio é algo que se extingue definitivamente?

b) … para que percebemos que patrimônio é algo que termina alternadamente?

c) … para que percebemos que patrimônio é algo que desaparece


irrecuperavelmente?

d) … para que percebamos que patrimônio é algo que se refaz inesperadamente?

e) … para que percebemos que patrimônio é algo que se recupera constantemente?

1327) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.
Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço
da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)

Na passagem do primeiro parágrafo – … a expectativa é que as máquinas e os


computadores passem a substituir outras tarefas que hoje só podem ser
realizadas por pessoas. –, sem que haja prejuízo de sentido ao texto, o trecho
em destaque pode ser substituído por:

a) … que hoje ainda podem ser realizadas por pessoas.

b) … que hoje também podem ser realizadas por pessoas.

c) … que hoje podem ser realizadas exclusivamente por pessoas.

d) … que hoje podem ser realizadas até mesmo por pessoas.

e) … que hoje podem eventualmente ser realizadas por pessoas.

1328) Concurso: Ass GP/IPSM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão a seguir.

O crescimento dos robôs colaborativos é a parte mais visível de uma transição que
vem ocorrendo no mercado de trabalho no mundo todo. A mecanização das linhas
de montagem e a automação de tarefas antes feitas por humanos vêm se
acelerando nas empresas. A cada ano, mais 240 000 robôs industriais são vendidos
no mundo e esse número tem crescido a uma taxa média de 16% ao ano desde
2010, puxado principalmente pela China. Atividades rotineiras nas fábricas, como
instalar uma peça, hoje podem ser feitas usando máquinas como os braços
robóticos de baixo custo. Com o advento de novas tecnologias, como a inteligência
artificial, os carros autônomos e a análise de grandes volumes de d ados (o
chamado big data), a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas que hoje só podem ser realizadas por pessoas. Já existem
algoritmos que fazem a seleção de candidatos a vagas de emprego no
recrutamento de empresas e também carrinhos autônomos que transportam
produtos dentro de uma central de distribuição. Muito mais está por vir.

Diante desse cenário, muitos especialistas vêm se perguntando se o rápido avanço


da tecnologia chegará a tal ponto que tornará boa parte do trabalho obsoleta. Para
os economistas, o que determina se uma profissão tende a ser substituída por um
robô ou um software não é se o trabalho é manual, mas se as tarefas executadas
pelas pessoas são repetitivas. Um famoso estudo publicado em 2013 por
pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisou 702 profissões
nos Estados Unidos e o risco de elas serem trocadas por computadores e algoritmos
nos próximos dez ou 20 anos. O resultado é alarmante. Quase metade dos
empregos dos Estados Unidos está ameaçada, segundo os pesquisadores.

(Exame, 02.08.2017)

No segundo parágrafo, a preposição em destaque em ―Com o advento de novas


tecnologias, […] a expectativa é que as máquinas e os computadores passem a
substituir outras tarefas‖ forma uma expressão cujo sentido é de

a) tempo e poderia ser substituída por ―Desde o advento de novas tecnologias‖.

b) modo e poderia ser substituída por ―Sob o advento de novas tecnologias‖.

c) consequência e poderia ser substituída por ―Perante o advento de novas


tecnologias‖.

d) conformidade e poderia ser substituída por ―Segundo o advento de novas


tecnologias‖.

e) causa e poderia ser substituída por ―Devido ao advento de novas tecnologias‖.

1329) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reparou no português extremamente culto e


correto que é falado pelos personagens da novela. Com frases que parecem
retiradas de um romance antigo, mesmo nos momentos mais banais, os
personagens se expressam de maneira correta e erudita.

Ao UOL, o autor da novela, Alcides Nogueira, diz que o linguajar de seus


personagens é um ponto que leva a novela a se destacar. ―Não tenho nada contra a
linguagem coloquial, ao contrário. Acho que a língua deve ser viva e usada em
sintonia com o nosso tempo. Mas colocar um português bastante culto torna a
narrativa mais coerente com a época da trama. Fora isso, é uma oportunidade de o
público conhecer um pouco mais dessa sintaxe poucas vezes usada atualmente‖.

O escritor, que assina o texto da novela das 18h ao lado de Bia Corrêa do Lago,
conta que a decisão de imprimir um português erudito à trama foi tomada por ele e
apoiada pelo diretor artístico, Jayme Monjardim. Ele revela que toma diversos
cuidados na hora de escrever o texto, utilizando, inclusive, o dicionário. ―Muitas
vezes é preciso recorrer às gramáticas. No início, o uso do coloquial era tentador.
Aos poucos, a escrita foi ficando mais fácil‖, afirma Nogueira, que também diz se
inspirar em grandes escritores da literatura brasileira e portuguesa, como Machado
de Assis e Eça de Queiroz.

Para o autor, escutar os personagens falando dessa forma ajuda o público a


mergulhar na época da trama de modo profundo e agradável. Compartilhou-lhe o
sentimento Jayme Monjardim, que também explica que a estética delicada da
novela foi pensada para casar com o texto. ―É uma novela que se passa no fim dos
anos 1920, então tudo foi pensado para que o público entrasse junto com a gente
nesse túnel do tempo. Acho que isso é importante para que o telespectador consiga
se sentir em outra época‖, diz.

(Guilherme Machado. UOL. https://tvefamosos.uol.com.br. 15.11.2017. Adaptado)

Sem prejuízo de sentido ao texto, as passagens ―Quem assiste a ‗Tempo de Amar‘


já reparou no português extremamente culto...‖ (1o parágrafo) e ―Aos poucos, a
escrita foi ficando mais fácil‖… (3º parágrafo) estão corretamente reescritas em:

a) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já reconheceu o português ocasionalmente


culto... / Curiosamente, a escrita foi ficando mais fácil.

b) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já se aborreceu com o português sagazmente


culto... / Lentamente, a escrita foi ficando mais fácil.

c) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já se deu conta do português agudamente


culto... / Rapidamente, a escrita foi ficando mais fácil.

d) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já corrigiu o português excepcionalmente


culto... / Seguramente, a escrita foi ficando mais fácil.

e) Quem assiste a ―Tempo de Amar‖ já percebeu o português muitíssimo culto... /


Paulatinamente, a escrita foi ficando mais fácil.
1330) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.

Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!


(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Considere os trechos do texto:

 Há quem discorde. (3º parágrafo)


 Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. (3º parágrafo)
 Vou até mais longe: vida é pontuação. (5º parágrafo)

De acordo com o sentido do texto e com a norma-padrão, os enunciados podem ser


ampliados, respectivamente, com as reescritas:

a) Há quem discorde nessas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa
melhor que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando de que vida é pontuação.

b) Há quem discorde contra essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem
coisa melhor de que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando que vida é
pontuação.

c) Há quem discorde com essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem
coisa melhor como uma citação. / Vou até mais longe, afirmando de que vida é
pontuação.

d) Há quem discorde dessas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem coisa
melhor do que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando que vida é pontuação.

e) Há quem discorde ante essas opiniões. / Para enfeitar uma crônica, não tem
coisa melhor do que uma citação. / Vou até mais longe, afirmando em que vida é
pontuação.

1331) Concurso: Esc/TJ SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ai, Gramática. Ai, vida.

O que a gente deve aos professores!

Este pouco de gramática que eu sei, por exemplo, foram Dona Maria de Lourdes e
Dona Nair Freitas que me ensinaram. E vocês querem coisa mais importante do que
gramática? La grammaire qui sait régenter jusqu‘aux rois – dizia Molière: a
gramática que sabe reger até os reis, e Montaigne: La plus part des ocasions des
troubles du monde sont grammairiens – a maior parte de confusão no mundo vem
da gramática.
Há quem discorde. Oscar Wilde, por exemplo, dizia de George Moore: escreveu
excelente inglês, até que descobriu a gramática. (A propósito, de onde é que eu
tirei tantas citações? Simples: tenho em minha biblioteca três livros contendo
exclusivamente citações. Para enfeitar uma crônica, não tem coisa melhor. Pena
que os livros são em inglês. Aliás, inglês eu não aprendi na escola. Foi lendo as
revistas MAD e outras que vocês podem imaginar).

Discordâncias à parte, gramática é um negócio importante e gramática se ensina


na escola – mas quem, professoras, nos ensina a viver? Porque, como dizia o Irmão
Lourenço, no schola sed vita – é preciso aprender não para a escola, mas para a
vida.

Ora, dirão os professores, vida é gramática. De acordo. Vou até mais longe: vida é
pontuação. A vida de uma pessoa é balizada por sinais ortográficos. Podemos
acompanhar a vida de uma criatura, do nascimento ao túmulo, marcando as
diferentes etapas por sinais de pontuação.

Infância: a permanente exclamação:

Nasceu! É um menino! Que grande! E como chora! Claro, quem não chora não
mama!

Me dá! É meu!

Ovo! Uva! Ivo viu o ovo! Ivo viu a uva! O ovo viu a uva!

Olha como o vovô está quietinho, mamãe!

Ele não se mexe, mamãe! Ele nem fala, mamãe!

Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste! Criança – não verás nenhum país
como este!

Dá agora! Dá agora, se tu és homem! Dá agora, quero ver!

(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, o trecho do 4º parágrafo ― … gramática é um


negócio importante e gramática se ensina na escola…‖ está corretamente reescrito
em:

a) Como a gramática é um negócio importante, a escola lhe ensina.


b) Se ensina gramática na escola, devido a sua importância.
c) Gramática é um negócio importante que se ensina na escola.
d) Gramática é um negócio importante cujo ensina-se na escola.
e) Se ensina gramática na escola devido à sua importância.
1332) Concurso: AuxA/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Mesmo com solavancos, a cada década o Brasil melhora um pouco nos principais
termômetros que medem o patamar de desenvolvimento. Mas em um indicador
específico o país patina de modo tão surpreendente e vergonhoso que ganhou
destaque em um recente relatório do Fundo de População da ONU: a alta ocorrência
de gravidez na adolescência. A cada cinco mulheres que __________ no Brasil,
uma não é adulta. A gravidez nessa etapa da vida custa caro ao país – em
decorrência __________ fato de grande parte dessas mães __________ fora da
escola e do mercado de trabalho e de os bebês nascerem privados __________
estímulos certos.

(Monica Weinberg, Veja, 15.11 2.017. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa


que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.

a) engravidam ... do ... estar ... de

b) engravida ... o ... estarem ... com

c) engravidam ... o ... estarem ... de

d) engravida ... do ... estar ... sob

e) engravidam ... o ... estar ... aos

1333) Concurso: Tec Leg/CM SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(André Dahmer. Folha de S.Paulo, 02.03.2018)


Assinale a alternativa que substitui as expressões destacadas em – (I) Depois, a
vida passou a ser (II) dura (III) o tempo todo. – exprimindo adequadamente
seu sentido no contexto.

a) (I) Além disso ... (II) resistente ... (III) sucessivamente.

b) (I) Em seguida ... (II) inflexível ... (III) temporariamente.

c) (I) Posteriormente ... (II) árdua ... (III) continuamente.

d) (I) Seguramente ... (II) exigente ... (III) em demasia.

e) (I) A propósito ... (II) rígida ... (III) totalmente.

1334) Concurso: APP/PC SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030

A elite política e econômica global está preocupada com o futuro do trabalho.

Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais, as transformações do


mercado de trabalho também ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7
milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.

No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico Mundial prevê a


perda de 7,1 milhões de empregos, principalmente aqueles relacionados a funções
administrativas e industriais.

A avaliação de especialistas da área é que o mercado de trabalho passa por uma


grande reestruturação, semelhante à revolução industrial. A diferença é que agora
tudo acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais cresce
a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A mudança é positiva na medida em que libera profissionais de tarefas monótonas,


que, por sua vez, podem ser feitas com maior rapidez e eficiência quando
automatizadas.

―A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos terão que envolver
qualidades humanas, como criatividade‖, afirma José Manuel Salazar-Xirinachs,
diretor regional da OIT para a América Latina e Caribe. ―Isso soa muito legal, mas a
questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas serão gerados?‖, questiona.

Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem pouca qualificação e de


criação de um número menor dos que exigem muita, a tendência é de aumento da
desigualdade, alerta a OIT.
O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa e média renda vai gerar
desemprego e pressionar para baixo o salário das que restarem, diante da massa
de pessoas buscando trabalho.

―Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor qualificação, em


termos do impacto da tecnologia. Essas pessoas não são realmente alfabetizadas
digitais, e não terão oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles serão
deixados para trás e terão uma empregabilidade muito pequena‖, diz Salazar-
Xirinachs.

(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/01/1951904-16-


milhoes-de-brasileiros-sofrerao-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)

A reescrita da passagem ―A avaliação de especialistas da área é que o mercado de


trabalho passa por uma grande reestruturação, semelhante à revolução industrial.‖
está de acordo com a norma-padrão da língua em:

a) A avaliação de especialistas é que as condições de trabalho passam por


transformações muito significativa, semelhante às identificadas na revolução
industrial.

b) A avaliação de especialistas é que as condições de trabalho passa por


transformações muito significativas, semelhante à identificada na revolução
industrial.

c) A avaliação de especialistas é que as condições de trabalho passa por


transformações muito significativa, semelhantes às identificadas na revolução
industrial.

d) A avaliação de especialistas é que as condições de trabalho passam por


transformações muito significativas, semelhantes às identificada na revolução
industrial.

e) A avaliação de especialistas é que as condições de trabalho passam por


transformações muito significativas, semelhantes às identificadas na revolução
industrial.
1335) Concurso: Ag Tel Pol/PC SP/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Calvin e Haroldo. Disponível em: <http://tiras-


do-calvin.tumblr.com>.Acesso em: 09 de maio de 2018)

Assinale a alternativa que dá outra redação a uma das falas da tira, mantendo-a de
acordo com a norma-padrão.

a) Será bom se eu obter um ponto por originalidade.

b) Um pronome é um nome favorável à todos os nomes.

c) Seria bom se eu obtivesse um ponto por originalidade.

d) Preciso de ajuda para mim concluir a tarefa. Um pronome, o que é?

e) Careço sua ajuda na minha tarefa. Do que se trata um pronome?


1336) Concurso: AgAd/Pref Registro/2018 Banca: VUNESP

Logística reversa* e sustentabilidade

Nos últimos anos, a sustentabilidade se tornou um dos temas mais discutidos no


setor empresarial. Isso é fruto, principalmente, da conscientização social. O ser
humano está cada vez mais certo de que os recursos naturais que utiliza são
finitos. Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas. O tripé reduzir, reutilizar e reciclar é uma tendência
cada vez mais presente em nossa sociedade.

Com leis relacionadas às questões ambientais muito mais rígidas, as empresas e


indústrias brasileiras se viram na obrigação de desenvolver projetos voltados à
logística reversa. Hoje em dia, já não basta reaproveitar e remover os refugos do
processo de produção. O fabricante é responsável por todas as etapas até o fim da
vida útil do produto. Por isso, a logística reversa está cada vez mais presente nas
operações das empresas. O investimento para o desenvolvimento de embalagens
mais sustentáveis, retornáveis ou descartáveis, vem promovendo não só a queda
do peso dos recipientes, o que já colabora para a redução do impacto ambiental,
mas também a diminuição dos custos de industrialização, por serem mais leves.
Outro ponto favorável fica por conta do crédito perante a opinião pública, já que as
empresas demonstram que também se preocupam com o meio ambiente.

Ambos os lados se beneficiam com a logística reversa. O consumidor atende sua


consciência ecológica, recuperando parte do valor do produto, enquanto a empresa
fabrica novos produtos com menos custos e insumos. Quem está no meio dessa
cadeia também se beneficia, já que novas oportunidades de negócios são geradas e
há uma inserção maior no mercado de trabalho para uma parcela marginalizada da
sociedade.

Fica evidente que a logística reversa é uma forma eficiente de recuperar os


produtos e materiais descartados das empresas. Atualmente, as empresas
modernas já entenderam que, além de lucratividade, é necessário atender aos
interesses sociais, ambientais e governamentais, para atingir a sustentabilidade. É
preciso satisfazer governos, comunidade, clientes, funcionários e fornecedores, que
avaliam a empresa por diferentes ângulos. A logística reversa ainda está em
difusão no Brasil, aplicada ora somente por empresas de grande e médio porte. O
potencial de crescimento nos próximos anos, porém, é muito promissor.

(Nili Cini Junior. Revista Planeta. junho 2018. ano 46. Edição 54. Adaptado)

* Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Na frase ―Dessa maneira, se não nos preocuparmos com o planeta, as próximas
gerações estarão ameaçadas‖, a expressão em destaque pode ser substituída de
acordo com a norma-padrão, sem alteração de sentido, por:

a) entretanto.

b) portanto.

c) apesar disso.

d) contudo.

e) ainda assim.

1337) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.

Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento


que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.

Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.

Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a


velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.

Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.

Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.
Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que
nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.

Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um.

Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com
certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.

(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/


colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)

¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

No trecho do segundo parágrafo – Da mesma forma, coube às instituições de


ensino superior produzir conhecimento que permitisse avanços no enfrentamento
de desafios e no estabelecimento de novas fronteiras –, o termo em destaque pode
ser substituído, considerando a mesma relação de sentido estabelecida no texto,
por:

a) do qual

b) o qual

c) nos quais

d) os quais

e) no qual
1338) Concurso: Tec/CRBio 01/Auxiliar Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto, de Adriana Lui, e observe a ilustração para responder à questão.

Fazer uma vaquinha

No século 20, o ato de juntar algumas pessoas para coletar um dinheirinho passou
a ser conhecido como ―fazer uma vaquinha‖ por causa do futebol. Nas décadas de
20 e 30, quase nenhum jogador ganhava salário – luxo só garantido aos atletas do
Vasco da Gama.

Nesses tempos bicudos, muitas vezes a própria torcida reunia-se a fim de


arrecadar, entre si, um prêmio para agraciar os craques, e a grana era paga de
acordo com o resultado do time em campo.

Os valores dessas coletas associavam-se aos números do jogo do bicho, loteria


criada nos fins do Império. Se arrecadassem 5 mil-réis, por exemplo, chamavam o
prêmio de ―um cachorro‖, já que 5 é o número do cachorro no jogo. Dez mil-réis
eram ―um coelho‖; quinze mil-réis, ―um jacaré‖; vinte mil, ―um peru‖.

Vinte e cinco mil, o prêmio máximo, era chamado de ―uma vaca‖. Nascia a
expressão ―fazer uma vaquinha‖.

Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao trecho – ... a grana era paga
de acordo com o resultado do time em campo.– mantém o sentido original do texto
e está de acordo com a norma-padrão de regência nominal.

a) A grana era paga à revelia do resultado do time em campo.


b) A grana era paga por interferência no resultado do time em campo.
c) A grana era paga em prol do resultado do time em campo.
d) A grana era paga por influência com o resultado do time em campo.
e) A grana era paga em conformidade com o resultado do time em campo.
1339) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

“Efeito Google” muda uso da memória humana

Pense rápido: qual o número de telefone da casa em que morou quando era
criança? E o celular das pessoas com quem tem trocado mensagens recentemente?
Por certo, foi mais fácil responder à primeira pergunta do que à segunda – mas
você não está sozinho. Estudos científicos chamam esse fenômeno de ―efeito
Google‖ ou ―amnésia digital‖, um sintoma de um comportamento cada vez mais
comum: o de confiar o armazenamento de dados importantes aos nossos
dispositivos eletrônicos e à internet em vez de guardá-los na cabeça.

Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-número de informações.


Segundo Adrian F. Ward, da Universidade de Austin, nos Estados Unidos, o acesso
rápido e a quantidade de textos fazem com que o cérebro humano não considere
útil gravar esses dados, uma vez que é fácil encontrá-los de novo rapidamente. ―É
como quando consultamos o telefone de uma loja: após discar e fazer a ligação,
não precisamos mais dele‖, explica Paulo Bertolucci, da Unifesp.

É o que mostra também uma pesquisa recente conduzida pela empresa de


segurança digital Kaspersky, realizada com 6 mil pessoas em países da União
Europeia. Ao receberem uma questão, 57% dos entrevistados tentam sugerir uma
resposta sozinhos, mas 36% usam a internet para elaborar sua resposta. Além
disso, 24% de todos os entrevistados admitiram esquecer a informação logo após
utilizá-la para responder à pergunta – o que gerou a expressão ―amnésia digital‖.

Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto. ―Amnésia significa esquecer-se


de algo; na ‗amnésia digital‘, a pessoa não chega nem a aprender e, portanto, não
consegue esquecer algo que escolheu nem lembrar.‖

(Bruno Capelas. O Estado de S.Paulo, 06.06.2016. Adaptado)

A expressão no entanto, em ―Para Bertolucci, no entanto, o conceito é incorreto.‖


(último parágrafo), pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

a) com isso.

b) porque.

c) todavia.

d) em vista disso.

e) portanto.
1340) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos.

(André Dahmer. Malvados. Folha de S.Paulo, 23.08.2016)

Uma frase condizente com a afirmação do personagem no primeiro quadrinho e


redigida conforme a norma-padrão da língua é:

a) Mesmo antes que fosse inventado a internet, eu já perderia meu tempo.

b) Antes que se inventem a internet, meu tempo já desperdiçara.

c) Embora se inventasse a internet, meu tempo foi sendo perdido.

d) Antes de a internet ser inventada, eu já desperdiçava meu tempo.

e) Com a invenção da internet, meu tempo passou-se a se perder.


1341) Concurso: Ag Prev/IPRESB/2017 Banca: VUNESP

A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade

Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores
consideram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro
em uma empresa.

No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na
escolha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando
52% afirmavam atentar para essas questões.

A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço deles com
mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados
comparam o desempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica,
equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Desde que foi lançado,
esse Índice já acumula valorização de 154,6%.

Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as


consequências desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a
sustentabilidade ganhe mais espaço dentro das corporações.

O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava
um software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes
pelos veículos da montadora.

Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar


42,2%.

O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. ―O consumidor


tem uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão
envolvidas em corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um
caminho sem volta. As empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão
ser penalizadas no mercado consumidor ou na capacidade de receber
investimentos‖, afirma Bueno.

(Danielle Brant. Folha de S.Paulo, 07.08.2017. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a frase está redigida em conformidade com as ideias
do texto.

a) A credibilidade de uma empresa fica comprometida quando escândalos


socioambientais são descobertos, por isso a preocupação com a sustentabilidade
vem sendo muito valorizada.

b) A credibilidade de uma empresa fica comprometida caso escândalos


socioambientais sejam descobertos, embora a preocupação com a sustentabilidade
não venha sendo muito valorizada.

c) A credibilidade de uma empresa fica comprometida mesmo que escândalos


socioambientais sejam descobertos, porém a preocupação com a sustentabilidade
vem sendo muito valorizada.

d) A credibilidade de uma empresa fica comprometida antes que escândalos


socioambientais sejam descobertos, entretanto a preocupação com a
sustentabilidade vem sendo muito valorizada.

e) A credibilidade de uma empresa fica comprometida enquanto escândalos


socioambientais são descobertos, todavia a preocupação com a sustentabilidade
não vem sendo muito valorizada.

1342) Concurso: At SG/CM Marília/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto de Lygia Fagundes Telles para responder à questão a seguir.

A disciplina do amor Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem


tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho.
Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia
correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho
saltitante de volta à casa.

A vila inteira já conhecia o cachorro, e as pessoas que passavam faziam-lhe


festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais
íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em
que seu dono apontava lá longe.

Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o
cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar
ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse
indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa
e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então,
disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de
espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não
morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia
chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo
do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares
voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro
já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas
quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o
focinho voltado para ―aquela‖ direção.

(http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/ Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho selecionado mantém o sentido


do texto.

a) ... e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à


casa. (1° parágrafo) → e corria em disparada à frente do rapaz até chegar à porta
de casa, onde esperava pelo dono.

b) ... as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. (5°
parágrafo) → as pessoas passaram a se recordar cada vez menos do rapaz que
morreu em um bombardeio.

c) Só o cachorro já velhíssimo continuou a esperá-lo na sua esquina. (5°


parágrafo) → Apenas o cachorro, ainda que muito doente, continuou a se preocupar
com o rapaz.

d) As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando?… (5°


parágrafo) → As pessoas ficavam temerosas, pois não en tendiam a reação do
cachorro.

e) Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para ―aquela‖ direção.
(5° parágrafo) → Cansado do frio e da espera, o cão decidiu deixar a esquina e
procurar outro dono.
1343) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Para responder à questão, considere o trecho do 5º parágrafo:

Dado o colapso da atividade econômica, porém, jogaram a toalha.


De acordo com a norma-padrão e o sentido do texto, a expressão ―Dado o‖ pode
ser substituída por:

a) No

b) Devido o

c) Com o

d) Apesar do

e) Inclusive o

1344) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Fora do jogo

Quando a economia muda de direção, há variáveis que logo se alteram, como o


tamanho das jornadas de trabalho e o pagamento de horas extras, e outras que
respondem de forma mais lenta, como o emprego e o mercado de crédito.
Tendências negativas nesses últimos indicadores, por isso mesmo, costumam ser
duradouras.

Daí por que são preocupantes os dados mais recentes da Associação Nacional dos
Birôs de Crédito, que congrega empresas do setor de crédito e financiamento.

Segundo a entidade, havia, em outubro, 59 milhões de consumidores impedidos de


obter novos créditos por não estarem em dia com suas obrigações. Trata-se de alta
de 1,8 milhão em dois meses.

Causa consternação conhecer a principal razão citada pelos consumidores para


deixar de pagar as dívidas: a perda de emprego, que tem forte correlação com a
capacidade de pagamento das famílias.

Até há pouco, as empresas evitavam demitir, pois tendem a perder investimentos


em treinamento e incorrer em custos trabalhistas. Dado o colapso da atividade
econômica, porém, jogaram a toalha.

O impacto negativo da disponibilidade de crédito é imediato. O indivíduo não só


perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade para
obter novos recursos, pois não possui carteira de trabalho assinada.

Tem-se aí outro aspecto perverso da recessão, que se soma às muitas evidências


de reversão de padrões positivos da última década – o aumento da informalidade, o
retorno de jovens ao mercado de trabalho e a alta do desemprego.

(Folha de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)


Mantendo-se as ideias do texto original, a passagem do 6o parágrafo – O indivíduo
não só perde a capacidade de pagamento mas também enfrenta grande dificuldade
para obter novos recursos... – pode ser reescrita da seguinte forma:

a) O indivíduo perde a capacidade de pagamento, portanto também enfrenta


grande dificuldade para obter novos recursos.

b) O indivíduo ou só perde a capacidade de pagamento ou também enfrenta grande


dificuldade para obter novos recursos.

c) O indivíduo só perde a capacidade de pagamento, mas não enfrenta grande


dificuldade para obter novos recursos.

d) O indivíduo perde a capacidade de pagamento e enfrenta grande dificuldade para


obter novos recursos.

e) O indivíduo não só perde a capacidade de pagamento, porém enfrenta grande


dificuldade para obter novos recursos.

1345) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)


Assinale a alternativa que contém a correta reescrita do trecho, considerando-se a
norma-padrão e o sentido do texto.

a) ... onde só a sua vontade e a sua opinião prevaleciam sempre. (3o parágrafo) =
... no qual só a sua vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

b) Casara-se com d. Laura... (3º parágrafo) = Tinha casado-se com d. Laura...

c) ... e só gastava o rendimento do seu patrimônio. (2o parágrafo) = ... e, só,


gastava o rendimento do seu patrimônio.

d) ... figurava o Garcia, bom homem, cujo único defeito... (1o parágrafo) = ...
figurava o Garcia, bom homem, que o único defeito...

e) Esta superioridade dava-lhe certo ascendente... (3o parágrafo) = Esta


superioridade dava à ela certo ascendente...

1346) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Tato

Na poltrona da sala
as minhas mãos sob a nuca
sinto nos dedos
a dureza dos ossos da cabeça
a seda dos cabelos
que são meus

A morte é uma certeza invencível

mas o tato me dá
a consistente realidade
de minha presença no mundo

(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)


O verso – A morte é uma certeza invencível – pode ser parafraseado da seguinte
forma, em conformidade com a norma-padrão e com o sentido do poema:

a) Se vence com certeza a morte.

b) Não vencer a morte não é certo.

c) A invencibilidade da morte é certo.

d) É certo que não se vence a morte.

e) Certamente vence-se a morte.

1347) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

As pessoas, de um modo geral, sempre reagem quando ______ mudanças.


Ninguém gosta de mudar seus hábitos, nem ver alteradas suas rotinas. E muito
menos quando as mudanças não são suficientemente entendidas. ______ vezes a
reação ______ mudanças se torna até mesmo irracional, assumindo formas
violentas, ou curiosas.

Em janeiro de 1874, o Brasil aderiu ao sistema métrico decimal, que começava


______ se impor como um novo padrão universal de pesos e medidas, e decretou
ao povo o uso do novo padrão, sem esclarecer o povo sobre as novas exigências
internacionais. Surgiu assim uma grande revolta contra essa mudança.

(Eloy Terra, Crônicas pitorescas da história do Brasil 500 anos. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do texto: ... decretou ao povo o uso do novo


padrão sem esclarecer o povo sobre as novas exigências internacionais.
Surgiu assim uma grande revolta contra essa mudança.

A alternativa que reescreve com correção o trecho destacado é:

a) sem os esclarecer a cerca das novas exigências

b) sem esclarecê-lo há cerca das novas exigências

c) sem esclarecê-lo acerca das novas exigências

d) sem o esclarecer a cerca das novas exigências

e) sem esclarecê-los acerca das novas exigências


1348) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

―A minha vida foi um romance‖, diziam, depois de uma pausa e um suspiro,


aquelas velhinhas que apareciam antigamente nos lares a vender rendas e
bordados. Não sei por que os de casa desconversavam. Por sinal que anos depois
escrevi, para as consolar postumamente, um poema que começava assim: ―Minha
vida não foi um romance‖...

Não, a vida nunca é um romance: falta-lhe o senso da composição, o crescendo


que leva ao clímax. Tudo acontece tão sem lógica e sem preparo que os seus
golpes nos deixam atônitos mas de olhos secos, como se fôssemos heróis, nós que
enxugamos furtivamente os olhos no escuro das salas dos cinemas – só porque o
diretor do dramalhão soube desenrolar devidamente o filme.

(Mario Quintana, A minha vida foi um romance. A vaca e o hipogrifo.)

Assinale a alternativa que substitui com correção o trecho destacado na passagem


– Não sei por que os de casa desconversavam.

a) ...a razão pela qual os de casa desconversavam.

b) ... o motivo que os de casa desconversavam.

c) ... a causa da qual os de casa desconversavam.

d) ... que razão os de casa desconversavam.

e) ... qual motivo no qual os de casa desconversavam.

1349) Concurso: Ag Adm/IPREF Guarulhos/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)

No trecho – Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta


entre a exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o
aumento do risco de doenças pulmonares e cardiovasculares... –, os termos em
destaque podem ser substituídos, respectivamente, por:

a) Porém; premeditado.

b) Ainda que; sem intenção.

c) Como; proposital.

d) Conforme; sem querer.

e) Enquanto; por vontade.

1350) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Charles Shulz, Charlie Brown. Disponível em: www.lpm.blog.com,br. Acesso em: 11.02.2016)
Assinale a alternativa que reescreve frase do texto obedecendo à norma-padrão.

a) Minha mãe me levará a cidade, para mim comprar enfeites de natal...

b) A esta altura já se vende coisas para a Páscoa, cujas pretendo comprar.

c) A minha mãe prometeu levar eu no centro da cidade.

d) Adivinha onde que eu estou afim de ir, Charlie Brown.

e) Adivinha aonde minha mãe vai me levar, Charlie Brown.

1351) Concurso: Ag/IPSMI/Administrativo/2016 Banca: VUNESP

Cuidado

O sedentarismo está entre os principais fatores de risco que ameaçam a


saúde. No entanto, é preciso ter cuidado ao começar a praticar atividades
físicas. ―Exercícios sem orientação profissional ou visando resultado a qualquer
custo, normalmente, levam à sobrecarga de peso e podem provocar lesões nos
ombros, nos joelhos e na lombar‖, diz Helder Montenegro, diretor do Instituto de
Tratamento da Coluna Vertebral.

(Especialista aconselha quem quer deixar o sedentarismo.


www.estadao.com.br, 08.01.16. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado do texto, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, mantendo seu sentido original.

a) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, assim é preciso


cautela ao começar a prática de exercícios.

b) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, contudo é preciso


cautela ao começar a prática de exercícios.

c) Conforme o sedentarismo seja uma das principais causas de risco à saúde, é


preciso cautela ao começar a prática de exercícios.

d) O sedentarismo é uma das principais causas de risco à saúde, para isso é


preciso cautela ao começar a prática de exercícios.

e) Se o sedentarismo fosse uma das principais causas de risco à saúde, seria


preciso cautela ao começar a prática de exercícios.
1352) Concurso: Cd Soc/Pref Sertãozinho/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mais que ouvir

A comunicação é, sem dúvida, um dos grandes entraves na sociedade e no mundo


corporativo. A questão nem é tanto a comunicação verbal, o falar, mas, sim, o
escutar, por isso venho observando o quanto a paciência e a tolerância com o
processo de escuta, importantíssimo para que haja efetivamente a troca de
informações, parecem estar reduzidas.

Nada me tira da cabeça que os índices de violência do país refletem, de certo


modo, a falta de escuta dos governantes e dos gestores sobre as carências e as
insatisfações da população.

As pessoas não se sentem ouvidas, então berram por meio dos atos de violência.
Querem a atenção dos demais mas ficam frustradas, pois se sentem ignoradas ou
marginalizadas.

No mundo do trabalho também. Entre as maiores queixas dos profissionais está a


falta de reconhecimento dos colegas, e é possível incluir nesse pacote a falta de
escuta.

Será que estamos atarefados demais para olhar o outro? Será que o contato virtual
nos rouba o real? Será que nos acostumamos com estatísticas e números e ficamos
menos disponíveis para perceber o outro?

Lembro que escutar é diferente de ouvir. Se você não tem problemas no aparelho
auditivo, você ouve. Mas escutar implica estar atento ao que o outro está dizendo e
compreendê-lo: não só com palavras, mas também com gestos, postura, expressão
facial e tom de voz.

A escuta é uma exigência para as relações sociais, mas está em baixa.

Fazer esse exercício implica olhar e observar cuidadosamente seu interlocutor,


compreender o que ele diz e os sentimentos envolvidos, sem julgamentos. É ficar
atento também para a fluidez do discurso e as vacilações, pois todos esses detalhes
podem revelar o que as palavras não conseguem dizer.

Quando a pessoa sente que é escutada, dá mais abertura para a mudança de


atitudes e passa a agir de forma menos melindrada e mais flexível.

(Adriana Gomes. Folha de S. Paulo, 11.05.2014. Adaptado)


Assinale a alternativa em que o trecho reescrito a partir do sexto parágrafo
mantém o sentido do texto e está de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa.
a) Desde que você não teria problemas no aparelho auditivo, você ouve. Porque
escutar implica estar atento ao que o outro diz.
b) A menos que você não tem problemas no aparelho auditivo, você ouve.
Entretanto escutar implica estar atento ao que o outro diz.
c) A não ser que você não tinha problemas no aparelho auditivo, você ouve.
Contudo escutar implica estar atento ao que o outro diz.
d) Contanto que você não tenha problemas no aparelho auditivo, você ouve. Porém
escutar implica estar atento ao que o outro diz.
e) Salvo se você não tivesse problemas no aparelho auditivo, você ouve. Já que
escutar implica estar atento ao que o outro diz.

1353) Concurso: Aux Esc/CM Marília/2016 Banca: VUNESP

Uma rara boa notícia, para hoje e amanhã

Numa época em que só se colhem notícias ruins, aconteceu uma coisa boa no
mercado do café. As exportações vão bem e o consumo interno cresceu 0,9%. Não
é nada, mas é alguma coisa.

A melhor notícia relaciona-se com o futuro. O consumo de café no mundo passa


pela revolução tecnológica das cápsulas. Em menos de um minuto, produzem um
cafezinho, não sujam e dão ao freguês uma inédita variedade de escolhas. O
consumo de café em cápsulas tem 25% do mercado francês, mas no Brasil ainda é
desprezível (0,6%).

Essa revolução começou há décadas. E o Brasil estava numa situação vexaminosa,


importando algum café torrado da Suíça e da França, onde não há um só pé da
fruta. Medidas espertas do governo, liberando a importação de máquinas para os
lares, e investimentos da iniciativa privada, a construção de duas fábricas de
cápsulas, colocam o Brasil numa boa posição, saindo de um atraso que vem do
século 19.

Em vez de exportar sobretudo café verde, poderá exportar cápsulas. O grão puro e
simples vale R$ 10 por quilo, o café das cápsulas rende R$ 300 pelo mesmo quilo.
Os bons cafezais brasileiros produzem tipos de grãos capazes de competir com
quaisquer sabores de outros países. Se ninguém atrapalhar, dá certo.

(Elio Gaspari. O Brasil que dá certo fica escondido, www.folha.uol.com.br/


colunas/eliogaspari/2016/01/1730290-o-brasil-que-da-certo-fica-escondido. shtml. 17.01.2016.
Adaptado)
A frase – Se ninguém atrapalhar, dá certo. – está reescrita, com a correta
correlação entre as formas verbais, em:

a) Caso ninguém atrapalhava, obteria êxito.

b) Caso ninguém atrapalhar, obtivera êxito.

c) Caso ninguém atrapalha, obtinha êxito.

d) Caso ninguém atrapalhando, obtém êxito.

e) Caso ninguém atrapalhe, obterá êxito.

1354) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Numa cidade de 12 milhões de habitantes, como São Paulo, não há de ser simples
a logística para distribuir remédios gratuitos às farmácias estatais e garantir o
acesso tempestivo a quem deles depende.

Falhas pontuais acontecem. Cabe ao poder público saná-las de pronto e por elas
desculpar-se, sem recorrer a pretextos burocráticos para explicar a inoperância.
Eles não têm como minorar o desconforto do doente que fica sem medicamento a
que tem direito.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2016)

Assinale a alternativa em que a passagem ―Falhas pontuais acontecem. Cabe ao


poder público saná-las de pronto e por elas desculpar-se...‖ está corretamente
reescrita, de acordo com a norma-padrão.

a) O reparo imediato e as desculpas cabe ao poder público, quando existem falhas


pontuais.

b) Cabe ao poder público o reparo imediato e as desculpas, quando existe falhas


pontuais.

c) As desculpas e o reparo imediato cabem ao poder público, quando se identifica


falhas pontuais.

d) O reparo imediato e as desculpas cabem ao poder público, quando ocorrem


falhas pontuais.

e) Cabe ao poder público as desculpas e o reparo imediato, quando ocorre falhas


pontuais.
1355) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao mundo da lua pintavam a Terra e


seus objetos com as cores mais inusitadas. Por pouco tempo... até virarem luas de
papel amassadas nas mãos da professora. Na escola diziam que devia pintar a
Terra e seus objetos com as cores verdadeiras da verdade. Isto é, o tronco das
árvores de marrom e a copa de verde.

Viver ―no mundo da lua‖ e olhar para a Terra de outras distâncias, de outros
ângulos, não era bem-visto pelos adultos, em geral, e pelos adultos da escola, em
particular.

O mundo do Era uma vez..., do conto contado, lido, ouvido ou imaginado


significava para mim a nave espacial que me permitia inúmeras viagens na
travessia terra-lua-terra.

Então encontrava, no texto literário, a misteriosa conspiração das palavras. Sabia


que elas, de alguma maneira, comunicavam-se entre si. Era como se tivessem
muitos braços e entre abraços formassem uma rede invisível. Um tecido.

(Glória Kirinus, Criança e poesia na pedagogia Freinet. Adaptado)

De acordo com o sentido do texto, assinale a alternativa em que as informações


dão correta sequência ao trecho: Na época escolar, minhas ―viagens espaciais‖ ao
mundo da lua pintavam a Terra e seus objetos com as cores mais inusitadas,

a) conforme viravam luas de papel amassadas nas mãos da professora.

b) porque viravam luas de papel amassadas nas mãos da professora.

c) mas era só até virarem luas de papel amassadas nas mãos da professora.

d) enquanto viraram luas de papel amassadas nas mãos da professora.

e) ou então virariam luas de papel amassadas nas mãos da professora.


1356) Concurso: Ass SA II/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Criatividade se adquire com prática

O que você faria se soubesse que não iria falhar? ―Nada‖, segundo o professor de
design gráfico Brad Hokanson, da Universidade de Minnesota. Isso porque, para
ele, não há diversão nenhuma na falta de desafio e é exatamente isso que melhora
a nossa criatividade. Em entrevista à Galileu, o professor Hokanson explica como
essa habilidade pode ser adquirida.

Galileu: A criatividade é para todo mundo?

Hokanson: Algumas pesquisas mostram que a criatividade é parte das habilidades


mentais. Nós a usamos na hora de resolver problemas que encontramos no dia a
dia. A gente só não reconhece isso como criatividade. Nós não devemos pensar que
não somos criativos só porque não estamos produzindo arte ou inventando alguma
coisa, como Einstein. Na verdade, somos bem inventivos e criativos em muitas
coisas. Por isso, devemos reconhecer a criatividade e trabalhá-la. Todo mundo
consegue. Criatividade se adquire com prática.

Galileu: Para ser criativo é preciso desafiar alguns padrões. Você acha que as
pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?

Hokanson: Acho. Uma das características da criatividade é que ela difere do


normal, da rotina. Ou seja, temos que ser corajosos para propor coisas novas, seja
vestindo meias diferentes, ou comendo de uma forma inusitada. Às vezes, nos
sentimos limitados pela sociedade, sejam colegas de trabalho com regras rígidas ou
uma família muito tradicional, mas todos devem estar abertos a resolver problemas
de forma diferente dentro do seu próprio contexto.

Galileu: Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada.
Como as pessoas podem se livrar desse tipo de visão?

Hokanson: Uma das formas de aumentar nosso potencial criativo é nos expondo a
ambientes, coisas e pessoas diferentes. Algumas pesquisas mostram que nossas
memórias e experiências em lugares diferentes podem nos ajudar a resolver os
problemas de onde vivemos.

(Nathan Fernandes. http://revistagalileu.globo.com, 28.10.2014. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a expressão destacada pode ser corretamente
substituída pela respectiva expressão entre colchetes.
a) Você acha que as pessoas têm medo de serem criativas por conta disso?
[devido a isso]
b) Uma das características da criatividade é que ela difere do normal... [é distinta
ao].
c) ... mas todos devem estar abertos a resolver problemas de forma diferente...
[se dispor contra]
d) Falta de criatividade é associada com uma visão de mundo mais limitada. [se
relaciona de]
e) Algumas pesquisas mostram que nossas memórias e experiências... [levam a
crer de que]

1357) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos para responder à questão.

(Al‟Hanati. www.gazetadopovo.com.br)

A frase – Essa porcaria já não serve pra nada depois de dois anos de uso… –
permanece pontuada corretamente, após o deslocamento do segmento destacado,
em:

a) Essa porcaria: depois de dois anos de uso; já não serve pra nada…
b) Essa porcaria, depois de dois anos de uso, já não serve pra nada…
c) Essa porcaria depois de dois anos de uso. Já não serve pra nada…
d) Depois de dois anos de uso (essa porcaria já não serve pra nada)…
e) Depois de dois anos de uso. Essa porcaria já não serve pra nada…
1358) Concurso: Ag SR/ODAC/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O resgate do casaco

Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido


seu casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.

Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos,
roupas energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri
para a rua. O táxi ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na
atleta que poderia existir oculta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos
cem metros rasos.

Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar.
Eu estava quase.

Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um
pequeno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha
esperança atlética e dei o melhor de mim.

Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já


pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do
que no casaco da minha amiga.

Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos


de minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas
continuei a correr. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do
impossível.

O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas


vezes desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:

— Pare este táxi! Pare este táxi!

Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.

Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não
parava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também
para ela, e juntas choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.

Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão
revelador.

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela
e que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem
ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em
vaivém, tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína
desconhecida se fazendo valer à minha revelia, desafiada pela frustração de
sucessivos quases.

(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08.05.2016. Adaptado)

A alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase – Já entrávamos no


restaurante quando minha amiga deu um grito, ________ tinha esquecido seu
casaco no táxi. –, preservando a relação de sentido estabelecida no primeiro
parágrafo, é:

a) pois

b) porém

c) contudo

d) embora

e) entretanto

1359) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Considere a frase do sexto parágrafo: Camarão só às vezes, mas, em


compensação, havia cações com a carne rija, que davam uma moqueca muito boa.
A frase está reescrita, sem alteração do sentido do texto e de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, em:
a) Camarão só às vezes, caso, em compensação, existisse à venda cações com a
carne rija, que davam uma moqueca muito boa.
b) Camarão só às vezes, todavia, em compensação, estavam à disposição cações
com a carne rija, que davam uma moqueca muito boa.
c) Camarão só às vezes, porque, em compensação, pareciam frescos cações com a
carne rija, que davam uma moqueca muito boa.
d) Camarão só às vezes, no entanto, em compensação, não faltava cações com a
carne rija, que davam uma moqueca muito boa.
e) Camarão só às vezes, portanto, em compensação, se vendia a preços módicos
cações com a carne rija, que davam uma moqueca muito boa.

1360) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Sem ilusionismo

Muita gente acredita que mudar o sistema previdenciário do país é uma forma de
submissão do governo aos desejos inescrupulosos do mercado financeiro e dos
fiscalistas de plantão. Ledo engano.

Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita usada para


bancá-la, só há dois caminhos para corrigir a distorção: você gera mais dinheiro
para financiar a festa ou pisa no freio do gasto.

O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum. Se seu


salário é de mil moedas e suas despesas bateram em mil e duzentas, está na hora
de pedir aumento ou diminuir a lista de despesas. Não há mágica. O problema é
que quando o assunto é previdência, todo mundo espera a chegada do ilusionista.

Governos só conseguem engordar o caixa cobrando mais impostos. Mas quem já


paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.

Então, chegamos à segunda opção: a tesoura. ―Mas como cortar despesas num país
tão carente?‖, ponderam alguns. ―Como propor mais tempo de trabalho para quem
está próximo de encostar a chuteira?‖, questionam outros. O caminho do equilíbrio
nunca foi uma via fácil.

O fato é que a população brasileira está envelhecendo e vivendo mais. E o sistema


ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da engrenagem. Não haverá
mágico que consiga mudar essa realidade.

(Renato Andrade, 01.01.2016. www.folha.uol.com.br. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a expressão entre colchetes substitui corretamente
aquela destacada em negrito, segundo a norma-padrão.
a) Se uma despesa avança em velocidade incompatível com a receita… [que não
harmoniza-se da]
b) … só há dois caminhos para corrigir a distorção… [que corrige-se a]
c) O orçamento de um governo é semelhante ao de uma pessoa comum.
[comparável com o]
d) Mas quem já paga tributos (muitos) não vê com bons olhos tal alternativa.
[não mostra-se favorável de]
e) … o sistema ativo é insuficiente para garantir o funcionamento da
engrenagem… [não encontra-se apto à garantir]

1361) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Considere o diálogo entre as personagens Hermes e Naná para responder à


questão.
Também no segundo quadrinho, o trecho – no que lhes concerne – pode ser
substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por:

a) com que lhes cabe.

b) com que lhes conclui.

c) no que lhes compete.

d) no que lhes interfere.

e) para que lhes interessa.

1362) Concurso: Aux Ad/CM Caieiras/2015 Banca: VUNESP

Mulher ao volante

―Quando não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam‖, disse


orgulhosa Marta Ribeiro dos Passos, 34, exibindo as unhas da mesma cor, às 5h41,
no terminal Vila Mariana.

Quarenta minutos antes, ela afivelou o cinto de segurança, também rosa, engatou
a primeira marcha no câmbio decorado e seguiu viagem ao volante do ônibus que
sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda mais personalizada.

A cor rosa é sua ―marca registrada‖, como define, e o percurso, seu favorito. ―Amo
meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos‖, diz ela,
que troca cumprimentos com os mais chegados.

Motorista de ônibus há sete anos, Marta concluiu que as mulheres na direção são
uma segurança para a população. Por dois motivos: dirigem com uma ―perfeição
maior‖ e pilotam por gosto, não por obrigação. ―Não me vejo fazendo outra coisa‖,
diz.

Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas, uma
potência módica que ela pretende em breve dobrar. ―Descarrego toda a minha
adrenalina nela.‖

Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: ―Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas várias
tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença‖, completa.

(André Lobato. Revista São Paulo, 15 a 20/05/2011. Adaptado)


O trecho do primeiro parágrafo está reescrito, corretamente e sem alteração do
sentido do texto, em:

a) Caso não venha de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam, diz Marta
orgulhosa, portanto exibe as unhas da mesma cor.

b) Se não venho de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam, diz Marta


orgulhosa, enquanto exibe as unhas da mesma cor.

c) A não ser que venha de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam, diz Marta
orgulhosa, depois que exibe as unhas da mesma cor.

d) Embora venha de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam, diz Marta


orgulhosa, de forma que exibe as unhas da mesma cor.

e) Desde que venha de blusa rosa, os passageiros notam e reclamam, diz Marta
orgulhosa, por isso exibe as unhas da mesma cor.

1363) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupo quer criar cooperativa de catadores de pelo

Catadores de pelo de cachorro. É a mais nova modalidade de cooperativa de


reciclagem, que pretende recolher o material da tosa em pet shops* e transformá-
lo em roupas de animais.

O projeto de transformar pelo de poodle em tecido começou em uma escola do


Senai em 2008 e ganhou legitimidade após pesquisa na USP demonstrar que o
material é similar ao da lã de carneiro e pode passar pelo processo de fiação.

―Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro‖, diz Renato Lobo, que realizou o
estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há similaridade entre os
dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de receber corante),
alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.

Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo do
poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no primeiro. Mas
essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um maquinário próprio
para fibras mais curtas.

Agora, a proposta é montar uma cooperativa de catadores de pelo seguindo o


mesmo modelo das que hoje reciclam latinhas e papelão. Lobo diz que há
negociações com três dessas cooperativas para possível parceria.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a coleta,
limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas também nas
lojas. ―Estamos em contato com ONGs que produzem essas roupas para animais de
estimação para apresentar o tecido feito de pelo.‖

―A procura por roupas de animais é grande, principalmente no inverno. Tenho


certeza de que haverá interesse, porque as pessoas adoram uma novidade‖, diz o
veterinário Sergio Soares Júnior.

E roupas para humanos? Segundo Lobo, ―Há viabilidade técnica para produzi-las,
mas não sei se haveria aceitação. As pessoas usam casacos de couro, mas não sei
se aceitariam roupas de pelo de cão. De animal para animal, fica mais fácil.‖

(Cláudia Collucci, Folha de S.Paulo, 20.07.2014. Adaptado)

* pet shops: lojas especializadas em serviços e artigos relativos a animais de estimação

A ideia é que, após a coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais
[...]

Assinale a alternativa em que o trecho destacado está corretamente substituído,


sem alteração do sentido original e conforme a norma-padrão da língua
portuguesa.

a) se transforme à roupinhas.

b) se resulte de roupinhas.

c) se torne em roupinhas.

d) se converta à roupinhas.

e) se altere de roupinhas.

1364) Concurso: Ag SP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Desmantelo só quer começo

Onze controles remotos, eis o surpreendente saldo da minha faxina: 11 controles


remotos que há muito já não controlavam, mesmo que remotamente, coisa
alguma.

Ao longo dos anos, as TVs, aparelhos de som, DVDs e videocassetes a que serviram
foram partindo e deixando-os para trás: órfãos, sem ocupação ou residência fixa,
vagavam pela casa ao sabor do acaso. Terminada a arrumação, meti todos eles
numa sacolinha plástica e joguei na lixeira.

Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um sentimento de
urgência: eram eles ou eu.

Meu finado tio-avô costumava dizer que ―Desmantelo só quer começo‖. O cronista
Humberto Werneck, atento à grandeza que o miúdo esconde, escreveu uma vez
sobre a traiçoeira contribuição dos copos de requeijão para o fim de um casamento.

Aos poucos, esses intrusos vão cavando espaço no armário da cozinha, empurrando
lá pro fundo as taças que, no início do namoro, assistiam da primeira fila aos beijos
e abraços — é a vulgaridade galgando o terreno da paixão.

Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água da
bica num copo da Itambé — ―Desmantelo só quer começo‖.

Tenho medo: numa casa em que 11 finados controles remotos permanecem


insepultos por anos a fio, o desmantelo já começou faz tempo, já criou raízes,
frutos, lançou esporos. Minha cozinha é cheia de copos de requeijão.

Digo a mim mesmo, enquanto vejo o caminhão de lixo deglutir os expurgos da


minha faxina: este é o início de uma nova fase, a partir de agora serei um exemplo
de organização.

Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas do
sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da televisão.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 04.05.2014. Adaptado)

Terminada a arrumação, meti todos eles numa sacolinha plástica e joguei na


lixeira.

O trecho em destaque está corretamente substituído, com as relações de sentido


originais preservadas e em conformidade com a norma-padrão da língua
portuguesa, por:

a) Até terminar a arrumação.


b) Enquanto ia terminando a arrumação.
c) Quando terminei a arrumação.
d) Embora terminava a arrumação.
e) Se terminasse a arrumação.
1365) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

No Cieja (Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos) Campo Limpo, não se


registram advertências aos estudantes nem há período de recuperação. Alunos com
dificuldades nos colégios da região enxergam ali a possibilidade de um recomeço.
―Outros colégios desistem de alguns alunos tidos como problemáticos e os
encaminham para um centro de ensino de jovens e adultos‖, explica a
coordenadora da escola, Cristina Sá.

Todos os 14 Ciejas de São Paulo reservam um dia para os professores fazerem


planejamento. Êda, a diretora do Cieja Campo Limpo, usa as sextas-feiras para
discutir casos específicos dos alunos e para formar os educadores na filosofia da
escola. Neste dia, não há aula. ―É um trabalho de formiguinha‖, diz a diretora.
Vários professores não se adaptaram e pediram transferência. ―Tem gente que não
acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós acreditamos‖, afirma
Cristina.

Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua apareceu
em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu furado, perguntando:
―Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu pneu‖. A naturalidade do
pedido mostra como a integração com a comunidade funciona.

(http://arte.folha.uol.com.br. 30.11.2014. Adaptado)

Mantendo-se os sentidos do texto, o período – Vários professores não se adaptaram


e pediram transferência. – (segundo parágrafo) pode ser reescrito da seguinte
forma:

a) Vários professores não se adaptaram, quando pediram transferência.

b) Vários professores não se adaptaram, conforme pediram transferência.

c) Vários professores não se adaptaram, então pediram transferência.

d) Vários professores não se adaptaram, mas pediram transferência.

e) Vários professores não se adaptaram ou pediram transferência.


1366) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Ela tem alma de pomba

Que a televisão prejudica o movimento da pracinha Jerônimo Monteiro, em todos os


Cachoeiros de Itapemirim, não há dúvida. Sete horas da noite era hora de uma
pessoa acabar de jantar, dar uma volta pela praça para depois pegar uma sessão
das 8 no cinema. Agora todo mundo fica em casa vendo uma novela, depois outra
novela.

O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do Norte
F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu, ou a um
Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?

Que a televisão prejudica a leitura de livros, também não há dúvida. Eu mesmo


confesso que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir
baixinho, enquanto está lendo um livro. Televisão é incompatível com livro – e tudo
mais nesta vida, inclusive a boa conversa.

Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí, chutar
uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para fazer.

Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, o trecho – Eu mesmo confesso que lia mais


quando não tinha televisão. Rádio, a gente pode ouvir baixinho, enquanto está
lendo um livro. –, transposto para a primeira pessoa do plural, assume a seguinte
redação.
a) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão.
Rádio, nós pudemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
b) Nós mesmo confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão.
Rádio, nós podemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
c) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tinha televisão. Rádio, a
gente podemos ouvir baixinhos, enquanto estamos lendo um livro.
d) Nós mesmos confessamos que líamos mais quando não tínhamos televisão.
Rádio, nós podemos ouvir baixinho, enquanto estamos lendo um livro.
e) Nós mesmo confessamos que lia mais quando não tinha televisão. Rádio, a gente
pode ouvir baixinho, enquanto está lendo um livro.
1367) Concurso: Esc/TJ SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto da tira.

(Pryscila. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/>.Acesso em: 02 fev 2015. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da tira.

a) veio em … houvesse … o

b) foi em … houvessem … o

c) foi a … houvesse … o

d) veio a … houvessem … lhe

e) foi à … houvessem … lhe


1368) Concurso: Ass/CM Jaboticabal/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto que acompanha a figura para responder à questão.

Mandala: objeto ritualístico usado como ponto focal para a meditação, é um


diagrama composto de formas geométricas concêntricas, encontrado em templos
budistas, em catedrais católicas e nas pinturas rupestres de cerca de mil anos antes
de Cristo. Os mandalas estão representados nos rituais de cura dos indígenas, no
símbolo chinês Yin-Yang e fazem parte da cultura humana há milênios. De acordo
com a teoria de Carl Gustav Jung, o mandala representa a luta pela unidade total
do eu.

(Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Adaptado)

Assinale a alternativa correta, de acordo com a modalidade- padrão da língua.

a) Faz milênios que os mandalas compõe a cultura humana.

b) Fazem milênios que os mandalas compunha a cultura humana.

c) Fazem milênios que os mandalas compõe a cultura humana.

d) Fazem milênios que os mandalas compõem a cultura humana.

e) Faz milênios que os mandalas compõem a cultura humana.

1369) Concurso: Aux Adm/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Enfim o escândalo chegou ao topo, e novos capítulos ainda serão escritos. Na terça-
feira 2 de junho, quatro dias depois de ser reeleito para seu quinto mandato na
presidência da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o suíço Joseph Blatter
convocou a imprensa e renunciou. Sentia, disse, não ter ―apoio no mundo
futebolístico‖. O que ele não tem, na verdade, é a distância requerida a alguém na
sua posição do lamaçal de corrupção, falcatruas e desvios de dinheiro que engolfou
a Fifa nas últimas semanas e já levou sete dirigentes à prisão. A investigação,
conduzida pela polícia americana, bateu nos últimos dias em Jérôme Valcke, braço-
direito de Blatter, e foi aí que o chefe capitulou. O celebrado padrão Fifa, sabemos
agora, esteve ancorado em estruturas corruptas que deixaram um legado nefasto
para o Brasil. Um ano depois da Copa, o país do futebol tem estádios vazios, todos
construídos a valores inexplicáveis e amargando prejuízos – ao contrário da Fifa,
aliás, que amealhou lucro de 16 bilhões de reais com a megafesta de 2014.

(Veja, 10.06.2015. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um ano depois da


Copa, o país do futebol tem estádios vazios.– admite a seguinte redação:

a) Um ano depois da Copa, existe estádios vazios no país do futebol.

b) Um ano depois da Copa, vê-se estádios vazios no país do futebol.

c) Um ano depois da Copa, é comum estádios vazios no país do futebol.

d) Um ano depois da Copa, convive-se com estádios vazios no país do futebol.

e) Um ano depois da Copa, tem estádios vazios no país do futebol.

1370) Concurso: Aux SG/CRO SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Quer ganhar mais dinheiro? A ciência tem uma dica

Você acredita que muitas pessoas mentem para se dar bem? Ou que agem de
forma injusta para levar a melhor? Portanto, melhor não confiar em ninguém,
certo? Bem, se você concorda com tudo isso, a ciência tem um conselho: pare.

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

Numa segunda etapa, compararam a renda de 16 mil alemães. Todos completaram


um questionário semelhante ao anterior. Mais uma vez, as pessoas menos
desconfiadas levavam a melhor: ganhavam, em média, 300 dólares por mês a mais
que os outros.
Isso porque os céticos, cheios de medo de serem passados para trás, acabam
cooperando menos – e pedindo menos ajuda aos outros. Aí, além de se queimarem
com os colegas, os resultados do trabalho podem sair piores.

(Carol Castro. http://super.abril.com.br, 08.07.2015. Adaptado)

Considere o segundo parágrafo para responder à questão:

É que pesquisadores alemães descobriram uma relação entre desconfiança e


salários. Eles analisaram questionários respondidos por 1,5 mil pessoas, os quais
mostravam o grau de ceticismo delas, e a renda mensal relatada por elas anos
depois. E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam.

A frase – E quanto mais céticos os participantes, menos dinheiro eles ganhavam. –


está corretamente reescrita, com seu sentido preservado, em:

a) Ainda que se mostravam mais céticos, menos dinheiro os participantes


ganhavam.

b) Embora se mostrassem mais céticos, menos dinheiro os participantes ganhavam.

c) Antes que se mostrassem mais céticos, menos dinheiro os participantes


ganhavam.

d) À proporção que se mostravam mais céticos, menos dinheiro os participantes


ganhavam.

e) A fim de que se mostrassem mais céticos, menos dinheiro os participantes


ganhavam.

1371) Concurso: Ass/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Grupos de família no WhatsApp levam conflito de gerações para a Internet

Os papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam


nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp.

O químico João Henrique Nunes, 25, pediu para sair de um grupo do WhatsApp com
mais de 30 familiares.―Eu recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de
bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam
com a minha internet 3G.‖
Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados com
a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Em uma das conversas expostas na rede,
ele pergunta: Mãe, de que cor é esse vestido?‖, e envia uma foto do vestido azul e
preto que no fim de fevereiro virou ―meme‖ * na internet. A mãe não entende nada
e diz: ―Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!‖.

Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de


gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação. ―Há diferenças no
jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho no olho é
insubstituível‖, afirma ela.

Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta Juliana Potter. ―Cada um pensa
que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma
como as mães usam as redes sociais, e os adultos não entendem como estar
conectado é realmente importante para os jovens.‖

Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. ―Ele
inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhatsApp cinquenta
vezes por dia‖, diz ela. ―Eu digo que ele não precisa, que não tem maturidade para
isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o
aplicativo.‖

Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. ―Ele me


colocou no grupo dos amigos e eles não gostaram, reclamaram, porque eu ficava
vendo as conversas. O papo é assim: um diz ―oi‖ e todos respondem. Por que
precisa de um telefone para conversar isso?‖

No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos.

―Quando minha mãe tem uma dúvida no WhatsApp, eu tento ajudar. Ela se
atrapalha com os comandos mais simples. Às vezes até discutimos, porque o que
parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo
não tendo muita paciência‖, afirma a estudante Taís Bronca, 23.

Taís, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações.

―A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega.
Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o
WhatsApp de ZapZap. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles
treinem a mente para aprender algo novo.‖

―Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais
velhos. Por outro lado, não há como impedir os mais novos de usar as redes
sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na realidade
virtual‖, afirma um psicólogo.
(www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2015/04/1613570-grupos-de-familia-no-whatsapp-levam-
conflito-de-geracoes-para-a internet.shtml.Joana Vines. Adaptado. Acessado em 08.04.2015)

* meme = o termo é usado para descrever um conceito que se espalha via internet.

Considere a seguinte passagem do texto:

Apesar de dar um basta no grupo familiar, João coleciona diálogos engraçados


com a mãe, Maria, ... (3º parágrafo)

O trecho em destaque está reescrito, preservando-se as relações de sentido


estabelecidas com o restante do enunciado, em:

a) Caso tivesse dado um basta…

b) Logo que tenha dado um basta…

c) Porque dera um basta…

d) Embora tenha dado um basta…

e) Uma vez que foi dado um basta…

1372) Concurso: Ass/CM Itatiba/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder à questão.

Chicungunha

Como se a dengue fosse pouco, bate à porta o vírus chicungunha, transmitido pelo
mesmo mosquito.

No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizou 337 casos no dia 11 de outubro,


número que saltou para 824 em duas semanas, distribuídos principalmente entre
Oiapoque, no Amapá, Feira de Santana e Riachão do Jacuípe, na Bahia.

A disseminação rápida é atribuída à ausência de imunidade na população e à


distribuição dos mosquitos-vetores capazes de transmitir o vírus: Aedes aegypti e
Aedes albopictus, os mesmos da dengue.

O nome chicungunha veio da língua Kimakonde, com o significado de ―homem que


anda arqueado‖, referência às dores articulares da enfermidade.
Como a história da dengue e da febre amarela, a do chicungunha é indissociável do
comportamento humano. O aquecimento e a seca que assolaram o norte da África
há 5 000 anos forçaram espécies ancestrais dos mosquitos a adaptar-se
___________ ambientes ___________ os homens armazenavam água.

A febre chicungunha, que emergiu na África, chegou ___________ Ásia e


___________ Américas.

O chicungunha já é uma ameaça para nós, como demonstra a velocidade de


disseminação na Bahia e no Amapá.

(Folha de S.Paulo, 15 nov. 2014. Adaptado)

Na frase – A febre chicungunha, que emergiu na África, (…) – a forma verbal em


destaque pode ser substituída, corretamente, sem alteração de sentido do texto,
por

a) surgiu.

b) se extinguiu.

c) desapareceu.

d) esmoreceu.

e) se desfez.

Análise dos textos / Normas das Língua Portuguesa / Regência Verbal

1373) Concurso: Aux/CM Indaiatuba/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A última crônica

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao
balcão. Na realidade, estou adiando o momento de escrever.

A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais


um ano nesta busca do pitoresco no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas
recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente
doméstico, torno-me simples espectador. Sem mais nada para contar, curvo a
cabeça e tomo meu café, enquanto o verso de um poeta se repete na lembrança:
―assim eu quereria o meu último poema‖. Não sou poeta e estou sem assunto.
Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem
uma crônica.

Ao fundo do botequim, um casal acaba de sentar-se numa das últimas mesas de


mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na
contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
menininha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre,
que se instalou também à mesa. Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se
preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou


do bolso, aborda o garçom e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.
Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão
apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho – um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.

A menininha olha a garrafa de refrigerante e o pratinho que o garçom deixou à sua


frente. Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa a um discreto
ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O
pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta
como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E
enquanto ela serve o refrigerante, o pai risca o fósforo e acende as velas. A
menininha sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater
palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam,
discretos: ―parabéns pra você, parabéns pra você...‖. A menininha agarra
finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está
olhando para ela com ternura – ajeita-lhe a fitinha no cabelo, limpa o farelo de bolo
que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se
convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-
lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça
abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

(Fernando Sabino. http//contobrasileiro.com.br. Adaptado)


A frase redigida de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa e, ao mesmo
tempo, fiel às ideias do texto está na alternativa:

a) Sentam-se a mesa do botequim para saciar a fome numa refeição festiva uma
família de três seres.

b) O garçom pega a fatia de bolo, a coloca cuidadosamente num pratinho e lhe


leva até a menininha.

c) A menininha começa à comer alegremente, assim que o garçom ponha o prato à


sua frente.

d) O modesto ritual da família à mesa é observado apenas pelo cronista, por


ninguém mais.

e) Apesar de a menininha ter ensaiado antes, ela sopra com força e apagam às
três velinhas.

1374) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2018 Banca: VUNESP

A grama do vizinho

Ao amadurecermos, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde


coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Converso com mulheres que
estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda
assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as
incomoda, mesmo estando tudo bem.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava
acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das
características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como
os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar
de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada


por falsos holofotes e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias,
mas falam pouco das suas angústias, não dão bandeira das suas fraquezas, então
fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando
na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecermos,
descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco, com motivos para dançar pela sala e também
motivos para nos refugiarmos no escuro, alternadamente. Só que os motivos para
nos refugiarmos no escuro raramente são divulgados.

Nesta era de exaltação de celebridades, fica difícil mesmo achar que a vida da
gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,
fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou
será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a
todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface
para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Estarão mesmo todos realizando
um milhão de coisas interessantes? Favor não confundir uma vida sensacional com
uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros,www.refletirpararefletir.com.br/cronicas -de-martha-medeiros/ Adaptado.


Acessado em 09.08.2018)

Alterando-se o trecho em destaque na passagem – As mulheres trazem dentro


delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda... – obtém-se versão
correta, de acordo com a norma-padrão, em:

a) ... aflição que lhes causam incômodo.

b) ... aflições que as causam incômodo.

c) ... aflição que as causam incômodo.

d) ... aflições que lhes causam incômodo.

e) ... aflições que lhe causa incômodo.

1375) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Japão irá auxiliar Minas Gerais com a experiência no enfrentamento de tragédias

Acostumados a lidar com tragédias naturais, os japoneses costumam se reerguer


em tempo recorde depois de catástrofes. Minas irá buscar experiência e tecnologias
para superar a tragédia em Mariana

A partir de janeiro, Minas Gerais irá se espelhar na experiência de enfrentamento


de catástrofes e tragédias do Japão, para tentar superar Mariana e recuperar os
danos ambientais e sociais. Bombeiros mineiros deverão receber treinamento por
meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), a exemplo da troca
de experiências que já acontece no Estado com a polícia comunitária, espelhada no
modelo japonês Koban.

O terremoto seguido de um tsunami que devastou a costa nordeste do Japão em


2011 deixando milhares de mortos e desaparecidos, e prejuízos que quase
chegaram a US$ 200 bilhões, foi uma das muitas tragédias naturais que o país
enfrentou nos últimos anos. Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o
Japão já voltava à rotina. É esse tipo de experiência que o Brasil vai buscar para
lidar com a tragédia ocorrida em Mariana.

(Juliana Baeta, http://www.otempo.com.br, 10.12.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e aos sentidos do texto.

a) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importantes as parcerias


nipos-brasileiras.

b) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tragédia e das parcerias


nipo-brasileira.

c) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias nipo-brasileiras


renderão bons frutos.

d) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação para contornar as


tragédias.

e) A experiência do Japão mostra que não há como discordar com as parcerias


nipo-brasileira.

1376) Concurso: Aux/CM Pradópolis/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto, de acordo com a norma-


padrão de emprego do sinal de crase e do emprego de verbos.

Câmara dos Deputados __________ o veto presidencial __________ medida que


amplia regras do salário-mínimo __________ aposentados, o que poderá evitar que
o governo __________ muitos bilhões de reais.

a) mantinha – à – à – despendesse.

b) mantém – a – à – despenderá.

c) manteve – à – a – despenda.

d) manteve – a – a despendia.

e) mantém – à – à – despende.
1377) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Incoerência americana

Fechar Guantánamo. Barack Obama prometeu fazê-lo em 2008, quando disputava


seu primeiro mandato como presidente dos EUA, supostamente o cargo mais
poderoso do mundo.

Seis anos e duas eleições depois, o campo de prisioneiros continua em


funcionamento, os valores democráticos os americanos tanto se
vangloriam.

Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o
Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São,
entretanto, considerados ―perigosos demais‖.

(Folha de S.Paulo, 11.12.2014. Adaptado)

Observando-se os sentidos do texto e atendendo à norma-padrão, as lacunas do


segundo parágrafo são preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) expressando ... nos quais

b) ratificando ... aos quais

c) contradizendo ... dos quais

d) infringindo ... sob os quais

e) reafirmando ... ante os quais

1378) Concurso: Aux FF II/TCE-SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

São Paulo está a 760 metros de altitude, a altura de Teresópolis. Por causa do frio,
as pessoas se cobrem de casacos e suéteres. Nos correios e nos cinemas, as filas
são mais distintas. Até o trânsito é mais civilizado. Nos cruzamentos, as pessoas
paravam e eu passava sempre primeiro, como bom bárbaro. Nos engarrafamentos,
a manada de automóveis, resignada, espera sem buzinar, algo impensável no Rio.
Em São Paulo, os motoristas de táxi são donos dos carros; no Rio, são empregados
da frota. Adivinhe onde o troco volta integralmente e você tem menos chance de se
aborrecer.
São Paulo é plutocrática. Tudo gira em função de dinheiro. Há mais empregos, os
salários são mais altos e todos cobram pesado uns dos outros. Eletricistas,
encanadores, chaveiros, táxis, todos os serviços são mais caros – mas mais
profissionais. É preciso dinheiro para ter um bom apartamento, dinheiro para entrar
como sócio num clube, dinheiro para ter casa de praia ou sítio (para fugir da
cidade) e dinheiro para comprar um bom assento num show. Sem contar que é
preciso se adiantar e andar rápido, porque há milhares iguais a você lotando todos
os lugares.

(http://www.istoe.com.br)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa e os sentidos do texto,


o trecho – São Paulo está a 760 metros de altitude, a altura de Teresópolis. Por
causa do frio, as pessoas se cobrem de casacos e suéteres. – está corretamente
reescrito em:

a) A 760 metros do nível do mar, a altitude de São Paulo é semelhante à de


Teresópolis. Devido ao frio, existe na capital paulista pessoas cobertas com casacos
e suéteres.

b) A 760 metros do nível do mar, a altitude de São Paulo é semelhante a de


Teresópolis. Devido ao frio, vê-se na capital paulista pessoas cobertos com casacos
e suéteres.

c) A 760 metros do nível do mar, a altitude de São Paulo é semelhante à de


Teresópolis. Devido o frio, há na capital paulista pessoas cobertas com casacos e
suéteres.

d) A 760 metros do nível do mar, a altitude de São Paulo é semelhante a de


Teresópolis. Devido o frio, circulam na capital paulista pessoas cobertos com
casacos e suéteres.

e) A 760 metros do nível do mar, a altitude de São Paulo é semelhante à de


Teresópolis. Devido ao frio, encontram-se na capital paulista pessoas cobertas com
casacos e suéteres.
1379) Concurso: Ag EVP/SAP SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Dik Browne. “Hagar”. Folha de S.Paulo, 20.12.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase preenche corretamente o balão da fala da


personagem no primeiro quadrinho, em conformidade com a norma-padrão da
língua portuguesa.

a) Irmão Hagar deponha sua espada e pegue aquela pena.

b) Irmão Hagar, deponha sua espada e pegue esta pena.

c) Irmão Hagar deponha sua espada e pega essa pena.

d) Irmão Hagar deponha sua espada e pega esta pena.

e) Irmão Hagar, deponha sua espada e pegue essa pena.


1380) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Em um campo enlameado 16 quilômetros ao sul de Bruxelas, cerca de 200 000


soldados enfrentaram-se por oito horas. Homens e cavalos foram decapitados e
estripados por baionetas, espadas e balas de canhão. À noite, 12 000 cadáveres
espalhavam-se pelo chão. A Batalha de Waterloo, a terceira entre o exército francês
e rivais europeus ao longo de três dias seguidos, completa 200 anos no próximo 18
de junho. Em 1815, Waterloo pôs fim às ambições do incansável Napoleão
Bonaparte. O conflito desde então costuma ser lembrado como a mais emblemática
das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição de um estrategista
brilhante.

(Veja, 17.06.2015)

Mantendo-se o sentido original do texto e atendendo-se à norma-padrão da língua


portuguesa, a passagem – O conflito desde então costuma ser lembrado como a
mais emblemática das derrotas – a prova de que há limites mesmo para a ambição
de um estrategista brilhante. – está adequadamente reescrita em:

a) Desde então, costuma-se lembrar o conflito como a emblemática derrota – da


qual se pode provar que a ambição de um estrategista brilhante têm limites.

b) O conflito, costuma ser lembrado desde então, como a mais emblemática


derrota – a prova mesmo que a ambição de um brilhante estrategista é limitada.

c) O conflito costuma ser lembrado, desde então, como o emblema das derrotas –
provando de que se impõe limites à ambição de um estrategista brilhante.

d) Desde então, o conflito costuma ser lembrado como a derrota mais emblemática
– a prova de que mesmo a ambição de um estrategista brilhante tem limites.

1381) Concurso: Aux AA/Pref Mogi Cruzes/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Estima-se que, até o fim deste ano, o número de pessoas vivendo na miséria no
Brasil crescerá de 2,5 milhões a 3,6 milhões, segundo o Banco Mundial. O número
de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza passou dos 16 milhões, em 2014,
para cerca de 22 milhões neste ano, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da
Fundação Getúlio Vargas (FGV Social). Em momentos assim, o Brasil depara com
outra chaga, diferente da pobreza: a desigualdade. Os mais ricos se protegem
melhor da crise, que empurra para baixo a parcela da população já empobrecida.
Por isso, o FGV Social alerta sobre um aumento relevante da desigualdade no país.
Ela já subiu no ano passado, na medição que usa um índice chamado Gini. Foi a
primeira vez que isso ocorreu em 22 anos. Trata-se de um fenômeno especialmente
ruim num país em que a desigualdade supera a normalmente encontrada em
democracias capitalistas. Para piorar, descobrimos recentemente que
subestimávamos o problema.

Até o ano retrasado, a régua da desigualdade era organizada só com o Índice de


Gini, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Por esse
método, ficavam de fora do quadro os rendimentos que principalmente os mais
ricos conseguem de outras fontes, que não o salário – a renda do capital, oriunda
de ativos como aplicações financeiras, participação em empresas e propriedade de
imóveis. Isso mudou quando a Receita Federal publicou números do Imposto de
Renda (IR) de pessoa física de 2007 em diante. Os números mais recentes,
referentes a 2015, foram abertos em julho deste ano. Eles evidenciam que a
concentração de renda no topo da pirâmide social brasileira é muito maior do que
se pensava. A análise restrita às entrevistas domiciliares indicava que o 1% mais
rico de brasileiros concentrava 11% da renda. Com os dados do IR e do Produto
Interno Bruto (PIB), essa fatia saltou para 28%.

(Época, 13.11.2017)

Em conformidade com a norma-padrão e com os sentidos do texto no segundo


parágrafo, assinale a alternativa que dá correta sequência ao trecho:

A ―Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)‖ leva em consideração

a) o que os cidadões diz aos pesquisadores do IBGE, quando recebem eles em


suas casas.

b) o que os cidadãos dizem aos pesquisadores do IBGE, quando os recebem em


suas casas.

c) o que os cidadães dizem aos pesquisadores do IBGE, quando recebem-nos em


suas casas.

d) o que os cidadãos diz aos pesquisadores do IBGE, quando lhes recebem em


suas casas.

e) o que os cidadões dizem aos pesquisadores do IBGE, quando recebem-os em


suas casas.
1382) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Mesmo que o.k. seja o americanismo mais difundido no mundo, sua origem é
confusa.

Uma das versões afirma que, durante a Guerra da Secessão americana, que
terminou em 1865, quando voltavam para o quartel sem sofrer nenhuma baixa, os
soldados anotavam num quadro de avisos ou pintavam nas paredes ―0k‖, zero
killed, ou seja, ―zero morto‖. Com o tempo, isso passou a significar ―tudo bem‖.

Seja como for, o responsável pela popularização de o.k. foi o presidente


americano Martin Van Buren, que tentava se reeleger em 1840. Apelidado de Old
Kinderhook (Velho Kinderhook) porque era nativo desta cidade, usou as iniciais OK
como slogan – e aproveitou o trocadilho com o sentido de ―all correct‖, isto é, tudo
bem. Apesar disso, não foi reeleito.

(Bruno Borges. Aventuras na História, junho, 2005. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a expressão entre parênteses apresenta o mesmo


sentido da expressão destacada no texto.

a) Mesmo que (Caso)

b) ou seja (a exemplo de)

c) Com o tempo (Previamente)

d) Seja como for (De qualquer maneira)

e) Apesar disso (Portanto)


1383) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Cidades inovadoras

Se uma cidade criativa fosse uma simples soma aritmética, os termos seriam:
tecnologia, tolerância, talentos e tesouros. A equação original, cunhada pelo
urbanista americano Richard Florida, continha os três primeiros ―tês‖. O último é
acréscimo do engenheiro e professor brasileiro Victor Mirshawka, autor de ―Cidades
Criativas‖.

De acordo com Mirshawka, o uso da tecnologia nas cidades não se reduz ao


universo digital. Inclui também iniciativas que têm impacto direto no cotidiano da
população.

Ele cita Barcelona, que implementou o sistema de captação de lixo por tubos. A
medida levou à redução no número de caminhões de coleta, com consequências
positivas no trânsito.

Os itens tolerância e talentos, por sua vez, estão intimamente ligados. O primeiro,
diz o autor, abarca temas como orientação sexual e migração. ―Essa mescla,
envolvendo várias religiões e costumes, permite diversidade, com resultados em
campos como gastronomia e música.‖

Já o quesito talentos depende de um excelente sistema educacional, que funciona


como um ímã para pessoas com ideias inovadoras.

―Nesse sentido, a cidade com mais talentos do mundo é Boston (EUA.), que tem
350 mil estudantes em instituições como Harvard e MIT. Metade dos alunos são
estrangeiros e, obviamente, os americanos ganham com isso.‖

Por último, há os tesouros, que são tanto obras humanas (museus e monumentos)
quanto da natureza (rio Amazonas e cataratas do Iguaçu). Essas atrações, diz
Mirshawka, geram ―visitabilidade‖, fator fundamental para as cidades criativas. ―A
grande questão é como fazer com que as pessoas queiram estar na sua cidade.‖

Assim, também é preciso pensar na criação de um calendário de eventos.


Holambra, com seu Festival das Flores, e Barretos, com sua Festa do Peão, são dois
exemplos em São Paulo.

O Brasil conta com cinco membros na Rede de Cidades Criativas da Unesco,


escolhidos pela atuação em áreas específicas. A capital do Pará, por exemplo,
destaca-se na gastronomia pela pesquisa e utilização dos múltiplos ingredientes de
origem amazônica e pela capacidade de gerar milhares de empregos.

(Bruno Lee. Folha de S.Paulo, 30.06.2017. Adaptado)


Assinale a alternativa em que a frase está redigida e pontuada de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa.

a) Boston, onde metade dos alunos são estrangeiros, é uma fonte de riqueza
intelectual para os EUA.

b) Boston, pela qual metade dos alunos são estrangeiros, é uma fonte, de riqueza
intelectual, para os EUA.

c) Boston, cuja a metade dos alunos são estrangeiros, é uma fonte de riqueza
intelectual para os EUA.

d) Boston da qual, metade dos alunos são estrangeiros, é uma fonte de riqueza
intelectual para os EUA.

e) Boston com a qual, metade dos alunos são estrangeiros, é uma fonte de riqueza
intelectual para os EUA.

1384) Concurso: Asst/CM Valinhos/Administrativo/2017 Banca: VUNESP

Uma promotora de vendas pretende enviar a um cliente mensagem a respeito do


produto comercializado. O texto, para estar em conformidade com a norma-padrão,
deve ser redigido da seguinte forma:

a) Caro cliente, caso exista dúvidas sobre o produto, ponho-me à disposição para
esclarecer-lhes.

b) Caro cliente, caso exista dúvidas sobre o produto, ponho-me à disposição para
esclarecê-los.

c) Caro cliente, caso existam dúvidas sobre o produto, ponho-me à disposição para
as esclarecer.

d) Caro cliente, caso existam dúvidas sobre o produto, ponho-me à disposição para
esclarecê-los.

e) Caro cliente, caso existam dúvidas sobre o produto, ponho-me à disposição para
lhes esclarecer.
1385) Concurso: Of Prom/MPE SP/I/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem,
cujo único defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam
por não ser culpa dele.

O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse
comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o
suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do
seu patrimônio.

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que
lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-
lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua
vontade e a sua opinião prevaleciam sempre.

O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher:
reconhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era
honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?

(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Observe as passagens do 3º parágrafo do texto:

– ... não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe repugnasse...;

– ... era mais inteligente e instruída que ele.

O par de adjetivos em destaque, na primeira passagem, e a conjunção em


destaque, na segunda, estabelecem entre as informações do texto,
respectivamente, as seguintes relações de sentido:

a) oposição e comparação.

b) equivalência e conclusão.

c) equivalência e comparação.

d) equivalência e consequência.

e) oposição e causa.
1386) Concurso: Aux Leg/CM Guaratinguetá/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Não tem jeito! Ficar reclamando da má sorte, que as dificuldades são muitas, que a
vida está difícil, não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém.
Atitude como essa apenas demonstra o lado pessimista e características de alguém
que não consegue perceber que oportunidades são criadas.

Às vezes ouço pessoas comentando: ―fulano tem muita sorte! As coisas acontecem
para ele com facilidade!‖ Engano! Para que existam resultados, é preciso empenho,
energia, dedicação, coragem e uma dose de ousadia.

Aquilo que os outros entendem por ―sorte‖ é o resultado, na maioria das vezes, de
muito trabalho. Desde o cuidado com os relacionamentos, à conduta ética ao longo
da carreira e à confiança conquistada por um histórico de bons trabalhos realizados
com competência.

As grandes verdades são que viver não é para fracos e que oportunidades não
caem no colo de ninguém. É preciso agir. Costumo dizer que o ser humano é o
único animal capaz de enganar a si próprio.

Aprender habilidades novas requer paciência consigo mesmo, e persistir apesar das
dificuldades iniciais é o que, de fato, leva ao aprendizado.

Talvez seja essa uma das características entre as mais desejadas nos profissionais:
a capacidade de persistir. Mostrar interesse e motivação para aprender o novo e
novas competências. Suportar as frustrações iniciais e se empenhar.

Enfim, viver é diferente de ―ir durando‖, como dizia uma colega.

Há dois tipos de pessoas na vida – aquelas que sabem o que querem, que fazem
suas escolhas, e aquelas que deixam a vida decidir por elas.

(Adriana Gomes, Você decide ou decidem por você. Folha de S.Paulo, 22.11.2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase entre parênteses, redigida a partir do texto,


está de acordo com a norma-padrão.

a) … não vai mudar nada na sua rotina e nem na vida de ninguém… (… não vai
mudar nada na sua rotina, tão pouco na vida de ninguém…)

b) ... persistir ... é o que, de fato, leva ao aprendizado. (… persistir ... é o que, de
fato, garante ao aprendizado.)

c) … aquelas que sabem o que querem… (… aquelas que sabem o que gostam…)
d) Suportar as frustrações iniciais e se empenhar. (Suportar as frustrações iniciais
e não entregar-se.)

e) Para que existam resultados, é preciso empenho… (Para que haja resultados, é
preciso empenho…)

1387) Concurso: Ag/CM Marília/Copa/2016 Banca: VUNESP

Considere o texto a seguir.

Inicialmente comercializado pelos árabes, o café é, hoje, uma das bebidas mais
consumidas no mundo. Antes mesmo da descoberta da América, os europeus já
________ conheciam. Seu consumo moderado proporciona uma série de benefícios
________ saúde. Há quem diga que a bebida ajuda ________ perder peso.

Os termos que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas desse texto são:

a) lhes ... a ... por

b) lhe ... pela ... em

c) o ... com a ... para

d) os ... à ... com

e) o ... para a ... a

1388) Concurso: Educ Soc/Pref SJRP/2016 Banca: VUNESP

Leia a legenda que acompanha a imagem para responder à questão.


ACHADO BIZARRO

Cientistas descobrem um sistema planetário com estrela maior que o Sol, duas
estrelas ____________ e um mundo similar __________ Júpiter.

(www.folha.com.br. 08.07.2016. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas,


respectivamente, com:
a) menores ... por
b) menor ... de
c) menores ... a
d) menor ... à
e) menores ... para

1389) Concurso: Aj SD/CM Pirassununga/2016 Banca: VUNESP

Declaração de amor em outdoor

Gostei, sim, da ideia daquele publicitário de São Paulo, que concebeu e instalou na
rua um outdoor de 24 metros quadrados, contendo uma declaração de amor à sua
mulher. Todo mundo, ao passar por lá, ficou sabendo que Bob continua amando
Cly, depois de dez anos de casados, e que não abre.

(...)

Amorosos de gosto mais refinado talvez achassem preferível que os dizeres do


outdoor fossem outros. A gíria é efêmera e o amor que dura há dez anos já viu
passar muitas e muitas expressões populares. Se, em vez de ―Estou contigo e não
abro‖, o marido feliz copiasse um verso de amor de um dos grandes poetas da
língua, ou o inventasse (pois amor põe engenho e arte em quem o sente.), o
outdoor se tornaria obra digna de tombamento pelo IPHAN [Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional], resistindo ao tempo como um dos monumentos do
coração, que merecem ser preservados. Bob não pensou nisso, quis a mensagem
direta aos transeuntes de hoje, na linguagem do dia. Ainda assim, fez uma bonita
coisa. Prova de que o amor continua, em meio a toda sorte de absurdos, violências
e marotices políticas e outras, e que nenhum índice de inflação, nenhum terremoto,
nenhuma sinistra maquinação é capaz de cassá-lo da face da Terra.

(Carlos Drummond de Andrade, As palavras que ninguém diz)


Na oração – ... ou o inventasse… –, a conjunção em destaque expressa sentido de

a) adição, e o pronome ―o‖ retoma a expressão ―o amor‖.

b) alternância, e o pronome ―o‖ retoma a expressão ―verso de amor‖.

c) oposição, e o pronome ―o‖ retoma a expressão ―o outdoor‖.

d) explicação, e o pronome ―o‖ retoma a expressão ―o marido feliz‖.

e) conclusão, e o pronome ―o‖ retoma a expressão ―um dos grandes poetas da


língua‖.

1390) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Considere a frase do sétimo parágrafo, que foi separada em trecho (1) e trecho
(2):

(1) Água-viva é uma rodela gelatinosa (2) que, segundo diziam, se encostasse no
corpo, queimava como fogo.

No trecho (1), a autora ____________ o que é água-viva. No trecho (2), ela


emprega os termos se e como para expressar, respectivamente, as ideias de
____________ e ____________ .
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do
texto.

a) descreve … condição … comparação

b) supõe … condição … tempo

c) retifica … causa … comparação

d) analisa … consequência … tempo

e) reitera … causa … conclusão

1391) Concurso: Ass Adm I/UNESP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Comida “feia” também faz bem para a saúde

Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os
―padrões de beleza‖ impostos pela indústria, as frutas e verduras ―feias‖ voltaram a
ser um objeto atrativo pelos que lutam contra o desperdício de alimentos.

O agricultor francês Nicolas Chabanne, fundador do movimento em defesa dos


―alimentos feios‖, trabalha para posicionar esses produtos no mercado e já tem mil
parceiros no mundo todo.

Sua estratégia é simples. Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra
um rosto com um único dente aos produtores que se comprometem a colocá-la
entre seus alimentos ―feios‖, oferecendo-os pelo menor preço. Depois, parte do
dinheiro arrecadado é destinada a associações de caridade e de consumidores.

―Quando você coloca uma maçã feia ao lado de outras muito bonitas, nossos olhos
fixam antes nas mais bonitas‖, disse Chabanne, que se esforça para mostrar às
pessoas que os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade
e, inclusive, mais baratos.

A iniciativa começou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se


expandindo. Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais
ingeridos no café da manhã.

―É um negócio social e rentável porque aproveita a luta contra os resíduos a fim de


voltar a vender parte da produção que não é normalmente valorizada‖, afirmou
Thomas Pocher, proprietário de um supermercado no norte da França.

(EFE, http://exame.abril.com.br. Adaptado)


Um termo que introduz uma exemplificação no enunciado está em destaque na
seguinte passagem:

a) Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo


com os ―padrões de beleza‖ impostos pela indústria… (1º parágrafo)

b) Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra um rosto com um único
dente aos produtores… (3º parágrafo)

c) … os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade e,


inclusive, mais baratos. (4º parágrafo)

d) Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais ingeridos no


café da manhã. (5º parágrafo)

e) ... aproveita a luta contra os resíduos a fim de voltar a vender parte da


produção que não é normalmente valorizada… (6º parágrafo)

1392) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 05.04.2016. Adaptado)


Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas dos quadrinhos devem ser
preenchidas, respectivamente, com:
a) retráteis ... recolher elas
b) retrátil ... recolher elas
c) retráteis ... recolher-lhes
d) retrátil ... recolhê-las
e) retráteis ... recolhê-las

1393) Concurso: Promo SE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta entre a


exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o aumento do
risco de doenças pulmonares e cardiovasculares, pouco se sabe sobre os efeitos do
fumo passivo em lugares abertos. Mas uma pesquisa do Hospital Moinhos de Vento,
feita em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA), trouxe um indício de que ficar exposto às substâncias tóxicas do cigarro
em áreas ao ar livre também pode causar prejuízos para a saúde.

A pesquisa teve duas frentes. Na primeira, um aparelho foi usado para medir a
qualidade do ar na área onde fumar era permitido, localizada no bosque do
hospital. Foi feita uma comparação com o espaço ao lado, onde o cigarro era
proibido. O fumódromo apresentou uma média de 66 mcg/m3 de partículas
respiráveis no ar (poeira que tem capacidade de chegar até o pulmão), com picos
de 900. Do outro lado, durante os 10 dias de coleta, as médias foram inferiores a
25, índice preconizado como aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(http://zh.clicrbs.com.br, 13.03.2016)

No trecho – Embora diversos estudos já tenham comprovado a associação direta


entre a exposição involuntária à fumaça do cigarro em ambientes fechados e o
aumento do risco de doenças pulmonares e cardiovasculares... –, os termos em
destaque podem ser substituídos, respectivamente, por:

a) Porém; premeditado.

b) Ainda que; sem intenção.

c) Como; proposital.

d) Conforme; sem querer.

e) Enquanto; por vontade.


1394) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2015 Banca: VUNESP

(Pancho. www.gazetadopovo.com.br)

O termo meio, destacado em – Ele é um sujeito meio estranho. –,


a) contradiz o sentido de ―estranho‖, e equivale à expressão um nada.
b) atenua o sentido de ―estranho‖, e equivale à expressão um tanto.
c) nega o sentido de ―estranho‖, e equivale à expressão nem mesmo.
d) intensifica o sentido de ―estranho‖, e equivale à expressão muito mais.
e) altera o sentido de ―estranho‖, e equivale à expressão há pouco tempo.

1395) Concurso: Sarg/PM SP/CFS/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O ―Anuário Brasileiro de Segurança Pública‖ detalhou pela primeira vez os crimes


que resultam em mortes nas capitais. O panorama é sombrio: 15 932 vítimas em
2014, quase dois óbitos por hora nas principais cidades do país.

No levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização privada


que congrega especialistas na área), não se observa ________ com relação ao ano
anterior. Em 2013,_____ sido 15 804 mortos por violência intencional nas capitais,
acréscimo de mero 0,8%.

Tal evolução acompanha de perto o crescimento populacional, o que manteve


_____ a taxa de 33 por grupo de 100 mil habitantes. Quando se consideram as
cifras de cada capital, por outro lado, _____ algumas evidências chocantes.

(Folha de S.Paulo, 03.10.2015. Adaptado)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem
ser preenchidas, respectivamente, com:
a) variação muito significativa … haviam ... inalterada ... despontam
b) variações muito significativa ... havia ... inalterada ... desponta
c) variação muito significativo ... haviam ... inalterado ... despontam
d) variações muito significativas ... havia ... inalterado ... desponta

1396) Concurso: Tec Adm/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira.

Considerando as relações de sentido e de coesão no contexto, complete, correta e


respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
em uma situação formal de comunicação.
a) os inspira … mau
b) lhes inspiram … mau
c) lhes inspira … mau
d) os inspiram … mal
e) lhes inspira … mal
1397) Concurso: Tec Leg/CM Serrana/2019 Banca: VUNESP

Leia trecho da canção Bom Conselho, de Chico Buarque, para responder à questão

Ouça um bom conselho


Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa

Está provado, quem espera nunca alcança


Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar (…)

É correto afirmar sobre o verso – Brinque com meu fogo – que há emprego de
sentido
a) próprio: é perigoso brincar com fogo e desaconselha- se a sugestão do autor.
b) figurado: o autor não se importa com a falta de segurança do amigo.
c) próprio: qualquer tipo de fogo acarreta destruição e demanda cuidado.
d) próprio: os conselhos do autor merecem crédito e não desconfiança.
e) figurado: o autor convida o amigo a compartilhar do seu estado de espírito.

1398) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.

Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera


1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)

O termo destacado na frase ―Isso teria um grande impacto positivo, na avaliação


de Jeroen Dagevos...‖ refere-se à seguinte informação do texto:

a) a compra de menos roupas com tecidos sintéticos para reduzir a poluição dos
rios e oceanos.

b) a lavagem de roupas com menos frequência para reduzir a eliminação das fibras
dos tecidos das roupas.

c) a preferência por tecidos de lã, algodão, seda e caxemira para preservar o meio
ambiente.

d) a criação de novas regulamentações para os fabricantes a fim de reduzir a


eliminação das fibras dos tecidos das roupas.

e) a busca de novas soluções pela empresa para reduzir o impacto ambiental nos
rios e oceanos.
1399) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Agravamento da poluição por plástico


nos oceanos ao lavar roupa

Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente – a depender
do tipo de tecido, a tarefa doméstica contribuiria para a contaminação dos oceanos,
apontam estudos.

A questão foi levantada no início deste mês em reunião do Comitê de Auditoria


Ambiental do Reino Unido, quando membros do Parlamento discutiram pesquisas
que concluem que fibras de tecidos sintéticos que se soltam da roupa durante a
lavagem acabam chegando aos oceanos e sendo comidas por peixes e outras
criaturas aquáticas.

Os maiores vilões são poliéster, acrílico e náilon. Um casaco de lã de poliéster libera


1 milhão de fibras, enquanto um par de meias de náilon é responsável por 136 mil
fibras a cada lavagem, aponta um estudo conduzido por pesquisadores da
Universidade de Manchester. Cientistas descobriram que essas fibras estão
cobrindo leitos de rios em todo o Reino Unido.

Há sempre a opção de lavar roupa com menos frequência, o que pode ser uma boa
desculpa para quem sempre odiou essa tarefa doméstica. Isso teria um grande
impacto positivo, na avaliação de Jeroen Dagevos, integrante de um projeto de
conservação dos oceanos. Ele sugere ainda que comprar menos roupas sintéticas
também ajuda. Preferir tecidos como lã, algodão, seda e caxemira também ajudam.

Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios. Assim,
em vez de irem direto para os oceanos, as fibras podem ser colocadas no lixo.

Jeroen Dagevos diz que a ideia de criar novas regulamentações para os fabricantes
poderia ajudar, forçando as empresas a colocar mais recursos na busca por
soluções.

(Folha de S.Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/10/


por-que-podemos-estar-agravan do-poluicao-por-plasticonos- oceanos-ao-lavar-roupa.shtml.
Adaptado)
Considere as frases do texto:

• Lavar a roupa pode agravar a poluição por plástico no meio ambiente...

• Uma outra opção, recomendada pelo Instituto de Engenheiros Mecânicos, em um


novo relatório, seria o uso de sacolas de roupas de malha para reter os fios.

Os termos destacados nas frases significam, correta e respectivamente,

a) abrandar; não avançar.

b) piorar; não deixar escapar.

c) sobrecarregar; soltar.

d) aliviar; impedir de sair.

e) reprimir; liberar.

1400) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a regência das palavras está de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa.

a) A técnica de fabricação é muito favorável com o meio ambiente exigindo muito


menos água do que o cultivo de algodão.

b) Atividades diárias, como lavar roupas, contribuem significativamente para a


poluição que asfixia nossos oceanos.

c) Os resíduos produzidos se caracterizam pela sua elevada toxicidade, implicando


pela elevação dos riscos associados à sua destinação final.

d) As preocupações em obedecer das exigências legais da qualidade do efluente ou


resíduo industrial produzido foram superadas por novas metas de qualidade.

e) As empresas precisam ser responsáveis com o ciclo de vida completo de seus


produtos, incluindo a coleta e a reutilização.
1401) Concurso: Con/CM Sertãozinho/2019 Banca: VUNESP

Vacina na marra

Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas.
Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do
Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de
imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para
vaciná-las.

Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa
fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que
avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a
imunizar seus filhos(B).

Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal


registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com
inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem
afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por
problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns
municípios.

Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada
por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem(E).

O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um
aliado e não como um adversário(C). Se a percepção que as pessoas têm do posto
de saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de
famílias para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr
os pés numa unidade(D).

A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam
minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito.
Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o
profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar
crimes(A) que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br


/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml. Acesso em 11.11.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que as expressões destacadas na frase têm sentidos


opostos.

a) ... proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de


denunciar crimes...

b) ... induzidos por vilões internacionais, se recusam a imunizar seus filhos.


c) ... o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um aliado e não
como um adversário.

d) ... elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés numa unidade.

e) .... se a fórmula mais draconiana propugnada pela promotora do Ministério


Público fosse adotada...

1402) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do 4º parágrafo, para responder a questão.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Conforme a passagem, no que diz respeito à autonomia para aptidão à


aprendizagem,

a) o aprendizado desde a primeira infância pouco acrescenta.

b) o conceito de aprendizagem ao longo da vida não pode ser implicado.

c) o desenvolvimento de competências básicas é imprescindível.

d) a exigência de aprendizagem ao longo da vida pode ser preterida.

e) a imposição do desenvolvimento de competências desde cedo é controversa.

1403) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

Considere a seguinte passagem do 4º parágrafo, para responder a questão.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

O termo em destaque na frase ―Isso envolve trabalhar com o conceito de


aprendizagem ao longo da vida...‖ refere-se à seguinte informação do parágrafo
anterior:

a) o desenvolvimento de pesquisas sobre os efeitos da automação.

b) a extinção de certas profissões e de algumas tarefas específicas.

c) a aceleração no processo de automatização e de robotização.

d) a capacidade para reconhecer as competências que estão em alta.

e) a necessidade de ampliação das capacidades dos seres humanos.


1404) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)


Considere as passagens:

• Outras serão criadas, demandando, porém, competências distintas das que


estavam em alta até pouco tempo. (3º parágrafo)

• ... que fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer
uma profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se
necessário. (último parágrafo)

Os termos em destaque nas passagens expressam noções, respectivamente, de

a) contraste e de condição, e podem ser corretamente substituídos por ―entretanto‖


e ―caso‖, nessa ordem.

b) ressalva e de tempo, e podem ser corretamente substituídos por ―contudo‖ e


―desde que‖, nessa ordem.

c) conclusão e de comparação, e podem ser corretamente substituídos por


―portanto‖ e ―como‖, nessa ordem.

d) explicação e de tempo, e podem ser corretamente substituídos por ―pois‖ e


―quando‖, nessa ordem.

e) conclusão e de concessão, e podem ser corretamente substituídos por ―assim‖ e


―mesmo que‖, nessa ordem.

1405) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)

O sentido expresso pelo termo destacado em ―... a resposta aparece na forma de


programas para evitar o crescimento da desigualdade...‖ também pode ser
corretamente identificado na expressão destacada em:

a) ... em meio às celebrações do centenário da Organização Internacional do


Trabalho.

b) ... a extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da


automação e da robotização aceleradas.

c) ... trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja, desde a


primeira infância, a fim de desenvolver competências...

d) Por isso, o relatório clama por uma agenda econômica centrada em seres
humanos...

e) É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões...
1406) Concurso: ACS/Pref Itapevi/2019 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

O futuro do trabalho

Foi lançado nesse mês, em meio às celebrações do centenário da Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o relatório da comissão global sobre o futuro do
trabalho, que tive a honra de integrar. O que o texto revela é uma visão centrada
em políticas públicas para enfrentar desafios que o século trouxe para a
humanidade.

Frente à chamada revolução industrial 4.0, ao envelhecimento da população e à


mudança climática, a resposta aparece na forma de programas para evitar o
crescimento da desigualdade e melhorar a preparação das gerações futuras e o
conceito de uma sociedade ativa ao longo da vida.

É importante lembrar que, segundo pesquisadores, haverá em poucos anos a


extinção de profissões e de tarefas dentro de várias ocupações, diante da
automação e da robotização aceleradas. Outras serão criadas, demandando,
porém, competências distintas das que estavam em alta até pouco tempo. O
cenário exige grande investimento nas pessoas. Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos, especialmente uma ampliação em
suas capacidades.

Isso envolve trabalhar com o conceito de aprendizagem ao longo da vida, ou seja,


desde a primeira infância, a fim de desenvolver competências basilares, necessárias
para promover autonomia para que todos possam aprender a aprender.

Afinal, numa vida em que tarefas vão sendo extintas e assumidas por máquinas,
teremos que nos reinventar continuamente, passando a desempenhar atividades
que demandam capacidade de resolução criativa e colaborativa de problemas
complexos, reflexão crítica e maior profundidade de análise.

Teremos também que contar com um ecossistema educacional que inclua


modalidades ágeis de cursos para capacitação, recapacitação e requalificação. A
certificação de conhecimentos previamente adquiridos ganha força e sentido de
urgência, além de um investimento maior em escolas técnicas e profissionais que
fomentem a aquisição das competências necessárias não só para exercer uma
profissão específica, mas também para obter outra rapidamente, se necessário.

(Claudia Costin. Folha de S.Paulo, 25.01.2019. Adaptado)


Substituindo-se os termos destacados na frase ―Por isso, o relatório clama por uma
agenda econômica centrada em seres humanos...‖ a redação permanecerá em
conformidade com a norma-padrão de regência em:

a) Por isso, o relatório impõe por uma agenda econômica focada com seres
humanos...

b) Por isso, o relatório reivindica uma agenda econômica ajustada para seres
humanos...

c) Por isso, o relatório reclama de uma agenda econômica dirigida de seres


humanos...

d) Por isso, o relatório postula com uma agenda econômica aplicada por seres
humanos...

e) Por isso, o relatório requer de uma agenda econômica destinada a seres


humanos...

1407) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Está bem difícil a vida de quem mora no Rio de Janeiro e precisa andar na rua.
Termômetros digitais mostram uma temperatura que o corpo da gente não
registra: a sensação térmica é muito mais alta. Dia desses, vinha caminhando,
tentando respirar e, ao mesmo tempo, poupar um pouco as energias para chegar
ao meu destino, quando encontrei uma moça, numa sombra de árvore, tentando
estimular seu buldogue francês, esparramado no chão, a se levantar e andar. Olhei
o relógio, o qual marcava pouco mais de 11h. Ao lado do bichinho, já com meio
palmo de língua para fora, havia uma cumbuca cheia de água, que a moça tentava
oferecer ao animal e que, naquele momento, estava sendo inútil.

Parei um pouco, sugeri que ela jogasse a água sobre a cabeça do cão, pegasse-o
no colo e corresse com ele para casa. O risco de intermação é grande, sobretudo
para raças de focinho achatado.

Quando nos despedimos, chamei sua atenção para o perigo que o cão correra e fiz
ela me prometer que nunca mais sairia com ele àquela hora no verão. ―Eu sei, ele
fica plantado em casa, sem sair, por causa deste calor. Não consigo acordar cedo
para sair com ele‖, confessou-me ela.

(Amelia Gonzalez. “Nossos pets e


o aquecimento global”. https://g1.globo.com, 25.01.2019. Adaptado)
A partir de informações presentes no segundo e terceiro parágrafos do texto, o
sentido original está preservado e os verbos estão corretamente empregados em:

a) Escutei explicações da dona do cão e antes disso eu lhe expus os perigos aos
quais o cão tinha sido exposto.

b) A moça tomou algumas medidas que eu sugeri, e então eu esperei ela me


garantir que jamais saísse com o cão naquele horário.

c) Fiz recomendações, as quais a moça seguiu à risca e, antes de nos despedirmos,


mostrei-lhe os riscos a que o cão teria se exposto.

d) Se o cão não tivesse recebido água sobre a cabeça, teria corrido riscos devido à
exposição a que se submetera.

e) O cão correu riscos a que sua dona o teria exposto se não tivesse jogado água
sobre a sua cabeça e o pegado no colo.

1408) Concurso: Adm/TRANSERP/2019 Banca: VUNESP

Informação é um elemento essencial para nossa sobrevivência e tomada de


decisões. É por isso que ninguém se joga, para ganhar tempo, de um edifício de
dez andares em vez de descer as escadas; o mesmo acontece com tomadas de
decisão. Se uma pessoa deseja viajar de avião para Nova York, ela se informa da
hora da partida antes de ir ao aeroporto. Caso contrário, corre o risco de perder o
voo.

O bom senso comum, que nessas áreas é aceito por todos, não existe, contudo, no
tocante a outro problema de grande importância, que é o aquecimento do nosso
planeta, que está em curso. A temperatura média já subiu mais de um grau Celsius
desde 1 800 e provavelmente vai subir mais dois graus até o fim do século 21.

A probabilidade de que a principal causa desse aquecimento seja a emissão dos


gases resultantes da queima dos combustíveis fósseis, do desmatamento e de
atividades agrícolas é muito grande, e essa avaliação decorre de inúmeros estudos
científicos. As consequências do aquecimento da Terra são muito sérias e já se
manifestam, por exemplo, nos desastres climáticos que estão se tornando cada vez
mais frequentes.

Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras. A temperatura na
China (o maior país emissor mundial) está subindo por causa de suas próprias
emissões, mas também das emissões dos Estados Unidos (o segundo emissor
mundial) e vice-versa, bem como das emissões de todos os outros países. O Brasil
é responsável por cerca de 3% das emissões mundiais.
Existem outras causas para o aquecimento (e até o resfriamento) da Terra – além
das emissões de carbono –, como já aconteceu no passado, como a variação da
atividade solar, a inclinação do eixo da Terra, erupções vulcânicas, etc. Mas elas
foram todas analisadas pelos cientistas: a ação do homem soma-se a esses eventos
naturais e está ocorrendo numa velocidade sem precedentes na história geológica
da Terra. Questionar a realidade do problema é uma posição obscurantista, como
foi a da Igreja Católica no fim da Idade Média ao negar que a Terra gira em torno
do Sol.

(José Goldemberg. “Aquecimento global e desinformação”. https://opiniao.estadao.com.br,


21.01.2019. Adaptado)

Considere o trecho.

―Para enfrentar o problema, a cooperação internacional é essencial, porque as


emissões que causam o aquecimento não respeitam fronteiras.‖

Assinale a alternativa que expressa ideia de valor equivalente ao trecho em


questão.

a) Tendo em vista que as emissões causadoras do aquecimento não observam


fronteiras, a cooperação internacional é fundamental para lidar com o problema.

b) Não obstante as emissões responsáveis pelo aquecimento desconheçam


fronteiras, a cooperação internacional é crucial para encarar o problema.

c) Conquanto as emissões que levam ao aquecimento não tenham fronteiras, a


cooperação internacional é indispensável para resolver o problema.

d) Apesar das emissões que geram o aquecimento não tenham fronteiras, a


cooperação internacional é determinante para enfrentar o problema.

e) Porquanto as emissões, que não conhecem fronteiras, sejam culpadas pelo


aquecimento, a cooperação internacional é de suma importância para tratar o
problema.

1409) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.

Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

A afirmação do autor, no último parágrafo, de que se reconhece como um macróbio


é motivada pelo fato de ele

a) ter se dedicado apenas em seus interesses pessoais, como português, história e


línguas.

b) ter sobrevivido às disciplinas escolares de matemática, física, estatística e


outras ciências.

c) ter optado pela vida profissional permeada por palavras, ocupando salas de
aulas, auditórios, TVs, rádios e editoras de livros.

d) não ter conseguido se tornar um engenheiro eletrônico para aprender como


lidar com a tecnologia no dia a dia.

e) ter dificuldade para relacionar-se com as novas tecnologias e com os seus


dispositivos eletrônicos complexos.
1410) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo


Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.
Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.
De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.
Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.
A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É
verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.
(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

O termo destacado na frase ―Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar
usando algo mais nobre do que apenas os polegares.‖ forma uma expressão com
sentido de
a) finalidade.
b) origem.
c) modo.
d) meio.
e) causa.
1411) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.
Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.
De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.
Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.
A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É
verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.
(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

O termo destacado na frase ―... onde a palavra seja chamada a dirimir dúvidas ou
dinamitar certezas.‖ pode ser corretamente substituído, sem alteração do sentido
do texto, por
a) identificar.
b) esclarecer.
c) polemizar.
d) despistar.
e) desorientar.
1412) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.

Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)

Assinale a alternativa cuja forma verbal em destaque expressa possibilidade de que


um fato ou evento venha a se realizar.

a) Nas últimas semanas, tenho sido torturado por computadores que ligam e
desligam sozinhos...

b) Naturalmente, não dá certo.


c) ... onde a palavra seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

d) Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo enfiado na


televisão.

e) Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e outras


ciências do diabo...

1413) Concurso: PAEPE/UNICAMP/2019 Banca: VUNESP

Hostil mundo novo

Você já passou por isso. Nas últimas semanas, tenho sido torturado por
computadores que ligam e desligam sozinhos, mouses travados, ―reiniciações‖
lentas e outras deliciosas avarias. Ligo para o técnico e ele me instrui a ligar e
desligar este ou aquele botão da torre, ―usar o aplicativo‖ ou ficar de quatro,
meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo da parede, esperar cinco minutos e
plugar de novo. Naturalmente, não dá certo.

Nem pode dar. Em jovem, sobrevivi aos zeros em matemática, física, estatística e
outras ciências do diabo, e me concentrei apenas no que me interessava:
português, história e línguas. Desde então, passei a vida profissional a bordo de um
único veículo – a palavra. Com ela, tenho me virado em jornais, revistas, editoras
de livros, rádios, TVs, auditórios, salas de aula e outros cenários onde a palavra
seja chamada a dirimir dúvidas ou dinamitar certezas.

De repente, várias eras geológicas depois, em idade de não querer aprender mais
nada, a tecnologia exige que eu me torne engenheiro eletrônico.

Cada vez mais funções dispensam o papel, a ida pessoal ao banco ou a conversa
―presencial‖. Para reinstalar a internet no computador, tenho de ligar um cabo
enfiado na televisão. Desbloquear um cartão de crédito exige saber extrair uma raiz
quadrada. A vida agora é online e cabe no bolso, mas, diante daquele inferno de
teclas, plugues e botões sem sentido, pode-se perder tudo se digitar algo errado.

A tecnologia tornou o mundo hostil para os que não conseguem acompanhá-la. É


verdade que ela não pode parar por causa de meia dúzia de macróbios incapazes
de se atualizar. Acontece que, nós, os macróbios, não somos meia dúzia. Somos
milhões e, graças à ciência e a nós mesmos, estamos ameaçados de viver até os
cem anos. Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais
nobre do que apenas os polegares.

(Ruy Castro. Folha de S. Paulo. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/ 2018/10/
hostil-mundo-novo.shtml. Publicado em 28.10.2018)
O segmento ―... pode-se perder tudo se digitar algo errado.‖ apresenta reescrita
correta, sem alteração do sentido original, em:
a) pode-se perder tudo caso digite algo errado.
b) pode-se perder tudo porque digitou algo errado.
c) pode-se perder tudo embora digite algo errado.
d) pode-se perder tudo conforme digita algo errado.
e) pode-se perder tudo contanto que digite algo errado.

1414) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Sons que confortam

Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. Só estavam os
três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da
família. E aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. Até que o garoto escutou um
barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: Nunca na vida ouvira um som mais
lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de
outono empilhadas junto ao meio-fio.
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o
homem que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um
sem-número de sons que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto.
Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adolescentes
baladeiros: o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no
alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o
embarque será feito dentro de poucos minutos.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado.
Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho
da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa
sensação de que você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E
estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por
alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou
mesmo a chegada da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular. A sirene da fábrica
anunciando o fim de mais um dia de trabalho. O sinal da hora do recreio. A música
que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume. O primeiro eu
te amo dito por quem você também começou a amar. E o mais raro de todos: o
silêncio absoluto.

(Martha Medeiros. Felicidade Crônica.Porto Alegre: L&PM, 2014)

Assinale a alternativa cujo termo apresentado entre parênteses substitui, sem


prejuízo de sentido do texto, o termo destacado na frase.
a) ...imaginei um sem-número de sons que nos confortam. (enfraquecem)
b) ...fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim. (pequeno)
c) A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho. (silenciando)
d) Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se
aproximando... (memorável)
e) Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos...
(medíocres)

1415) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

(André Dahmer. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/


cartum/ cartunsdiarios/#5/1/2018. Acesso em 04.02.2018)
De acordo com o último quadrinho da tira, é correto afirmar que o personagem que
aparece no primeiro quadrinho (Malvadinho),

a) acredita que ter um amor é mais fácil que ter dinheiro.

b) procura uma forma de ganhar dinheiro para sua sobrevivência.

c) pretende desistir de conquistar situações mais viáveis em sua vida.

d) anseia por uma vida sem amor e sem dinheiro.

e) admite que o mais acessível na vida é deixar de viver.

1416) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Considere as frases do texto para responder à questão.

―... a voz no alto-falante do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em


solo e o embarque será feito dentro de poucos minutos.

―Até a musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for
grande a ansiedade para se falar com alguém distante.‖

As preposições destacadas estabelecem entre as palavras, correta e


respectivamente, relações de:

a) posse, meio.

b) lugar, posse.

c) especialidade, autoria.

d) lugar, companhia.

e) direção, companhia.
1417) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Nunca Mais

Em 1987, ao elaborarmos a nova Constituição, o espírito de época estava associado


à expressão ―nunca mais‖. Que nunca mais houvesse censura, as pessoas
pudessem expressar livremente suas ideias, que amarras legais evitassem
corrupção e clientelismo e que os mais pobres não fossem mais excluídos do acesso
à saúde ou à educação.
Ao longo dos anos, a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais de
flexibilidade e controle social sobre a Administração Pública, mas ainda temos uma
máquina pouco azeitada e com enormes dificuldades para uma gestão eficiente. A
corrupção, no entanto, parece ter se profissionalizado: quanto mais difícil a
operação dados os entraves normativos, mais ela prospera.
Preparamo-nos para uma nova eleição e parece que novamente olhamos para trás,
para o ―nunca mais‖. Nunca mais corrupção, nunca mais fisiologismo ou acertos na
calada da noite. Sim, precisamos promover ética e transparência na política, mas
isso é precondição, não realização de governo. É fundamental saber que políticas
públicas cada candidato a cargo executivo ou legislativo propõe para o País.
No caso brasileiro, será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira, de garantir maior
competitividade para a economia, apoiar a pesquisa aplicada, diminuir a
desigualdade social e, finalmente, permitir que entremos todos (sem exclusões) no
século 21. Olhar para a frente, afinal temos um país a construir!
(Claudia Costin. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia- costin
/2018/01/1949821-nunca-mais.shtml?loggedpaywall. Acesso em: 04.02.2018)

No trecho do primeiro parágrafo – Em 1987, ao elaborarmos a nova Constituição, o


espírito de época estava associado à expressão ―nunca mais‖. – as aspas foram
empregadas nos termos em destaque, nesse contexto, com a finalidade de
a) ressaltar a expressão utilizada ao final da ditadura em situações engajadas,
como a luta pela liberdade de expressão e a luta contra a corrupção.
b) ironizar o texto constitucional e suas leis que vigoram de 1987 até os dias
atuais, sem sofrer alterações.
c) afirmar a veracidade da expressão, enfatizando o acesso à saúde e à educação
para toda a humanidade.
d) indicar que essa expressão evidencia informações extraídas a partir da leitura da
Constituição.
e) apresentar um neologismo para expressar a necessidade de haver leis que
indiquem a liberdade de expressão na Constituição.
1418) Concurso: ACS/Pref Buritizal/2018 Banca: VUNESP

Nunca Mais

Em 1987, ao elaborarmos a nova Constituição, o espírito de época estava associado


à expressão ―nunca mais‖. Que nunca mais houvesse censura, as pessoas
pudessem expressar livremente suas ideias, que amarras legais evitassem
corrupção e clientelismo e que os mais pobres não fossem mais excluídos do acesso
à saúde ou à educação.

Ao longo dos anos, a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais de
flexibilidade e controle social sobre a Administração Pública, mas ainda temos uma
máquina pouco azeitada e com enormes dificuldades para uma gestão eficiente. A
corrupção, no entanto, parece ter se profissionalizado: quanto mais difícil a
operação dados os entraves normativos, mais ela prospera.

Preparamo-nos para uma nova eleição e parece que novamente olhamos para trás,
para o ―nunca mais‖. Nunca mais corrupção, nunca mais fisiologismo ou acertos na
calada da noite. Sim, precisamos promover ética e transparência na política, mas
isso é precondição, não realização de governo. É fundamental saber que políticas
públicas cada candidato a cargo executivo ou legislativo propõe para o País.

No caso brasileiro, será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a


urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira, de garantir maior
competitividade para a economia, apoiar a pesquisa aplicada, diminuir a
desigualdade social e, finalmente, permitir que entremos todos (sem exclusões) no
século 21. Olhar para a frente, afinal temos um país a construir!

(Claudia Costin. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudia- costin


/2018/01/1949821-nunca-mais.shtml?loggedpaywall. Acesso em: 04.02.2018)

Reescrevendo-se as frases:

―...a Constituição foi sendo emendada, para permitir pouco mais de flexibilidade e
controle social sobre a Administração Pública.‖

―...será decisivo saber o que pensam os candidatos sobre a urgência de melhorar a


qualidade da educação brasileira...‖

Obtém-se versão correta, quanto ao padrão de regência nominal e verbal, em:

a) A Constituição está sujeita a flexibilidade e ao controle social sobre a


Administração Pública / O pensamento dos candidatos deve ser compatível na
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira.
b) A Constituição está sujeita a flexibilidade e ao controle social sobre a
Administração Pública / O pensamento dos candidatos deve ser compatível à
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira.

c) A Constituição está sujeita à flexibilidade e ao controle social sobre a


Administração Pública / O pensamento dos candidatos deve ser compatível pela
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira.

d) A Constituição está sujeita à flexibilidade e ao controle social sobre a


Administração Pública / O pensamento dos candidatos deve ser compatível com a
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira.

e) A Constituição está sujeita a flexibilidade e ao controle social sobre a


Administração Pública / O pensamento dos candidatos deve ser compatível da
urgência de melhorar a qualidade da educação brasileira.

1419) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...
Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a
vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta a respeito dos trechos do texto.

a) Em – coisas que vejo tantos fazerem com facilidade –, o termo destacado


significa desinteresse.

b) Em – Adulto inepto, mas não medroso –, o termo destacado significa inábil.

c) Em – um senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo –, o termo


destacado significa inesperado.

d) Em – Não emendo duas notas no mesmo tom –, o termo destacado significa


diferencio.

e) Em – A quinta é mais uma leve inveja –, o termo destacado significa


dissimulada.
1420) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)


No primeiro parágrafo, em – ―toda a gente que eu conheço (...) nunca foi senão
príncipe – todos eles príncipes – na vida‖ –, o termo destacado pode ser
corretamente substituído por:

a) exceto.

b) repentinamente.

c) apenas.

d) mais que.

e) talvez.

1421) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia a crônica de Ivan Angelo, para responder à questão.

Alguns fracassos

Em comparação com meus fracassos, não posso dizer como no poema de Fernando
Pessoa que ―todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo‖, ou que ―toda
a gente que eu conheço (...) nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na
vida‖, mas tenho minhas incompetências. Jamais consegui fazer certas coisas que
contam para o convívio social, coisas que vejo tantos fazerem com facilidade e até
alguma graça.

Hoje não ligo para essas minhas incompetências, mas houve tempo em que me
doíam; não, não, apenas me diminuíam, intimidavam, vá lá, humilhavam. Quando
se é jovem e se disputam atenções, essas coisas contam. Vou falar de apenas
cinco.

Dançar. Em pista de dança, nunca consegui manter o interesse de uma garota por
mais de três minutos, o tempo de uma música. O normal, numa festa, era eu ficar
ali no banco de reservas, vendo a bela me escapar em volteios e volutas volutuosas
com um pé de valsa. Abandonei esse palco de derrotas e resolvi tentar seduções
em papos de botecos, aí com alguma vantagem.

Nadar, outro fracasso. Se a gente não começa criancinha, é difícil pegar o jeito.
Sem piscina, rio ou mar, onde bater pernas e braços, em zoeira de tentativa e erro?
Adulto inepto, mas não medroso, fui quase um afogado no Leblon, em Cabo Frio,
na cachoeira de Iporanga...

Bicicleta é igual: ou você a domina quando criança ou será um ciclista inseguro a


vida toda. De pequeno, não tive sequer um velocípede, e me consola pensar que
isso explica tudo. Minhas filhas tentaram dar um jeito nisso, quando eu já era um
senhor de 55 anos, e, lógico, o resultado foi ridículo. Só pedalo em campo aberto,
sem ter por perto humanos, bicho de quatro patas ou outro engenho sobre rodas.

Cantar, nem em coro. Não emendo duas notas no mesmo tom. A falha se estende à
música em geral: não toco, não batuco, não danço. Isso é bom? Não, mas fazer o
quê?

A quinta é mais uma leve inveja, não faz falta para o convívio, mas poderia dar
brilho a certos momentos: assobiar com perfeição. Nasceu quando vi o Myltainho,
na redação do Jornal da Tarde, assobiar a melodia da sinfonia inacabada de
Schubert, inteira, sem vacilações ou erro. Pálido de espanto, incluí aquele pequeno
recital de sala de redação entre as admirações de minha vida e me acrescentei
mais uma frustração.

(Veja São Paulo, 26.07.2017. Adaptado)

Leia o texto baseado na ilustração de Negreiros feita para a crônica.

Na redação do jornal, _______________ os colegas e eu observávamos Myltainho


assobiar músicas, como a sinfonia de Schubert, _______________ . Enquanto isso
havia colegas que, mais _______________ , aproveitam o clima e ensaiavam
alguns passos de dança.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas desse texto


devem ser preenchidas, respectivamente, por:

a) admirado; dificílima; desinibido.


b) admirado; dificílimas; desinibidos.
c) admirados; dificílimas; desinibido.
d) admirados; dificílima; desinibido.
e) admirados; dificílimas; desinibidos.
1422) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda à questão.

Câmara eleva idade mínima para compra de armas

O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março uma lei que sobe de
18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e
permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o


ataque a tiros a uma escola, em Parkland, que fez 17 vítimas – os sobreviventes da
tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para


a aquisição de armas longas e proíbe a venda de equipamentos que transformam
armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão


levar armas de pequeno porte aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles
precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para
as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhora na
comunicação entre as áreas educacional e de segurança.

O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas longas, como queriam os
estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que N. Cruz, 19, atacou a
escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

(https://www1.folha.uol.com.br. 07.03.18. Adaptado)

A preposição destacada no trecho do texto contribui para especificar o termo


anteriormente citado em:

a) O Legislativo do estado da Flórida aprovou no dia 7 de março...

b) As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento...

c) ... poderão levar revólveres e pistolas aos seus locais de trabalho.

d) ... criam novos programas de saúde mental para as escolas...

e) O projeto, por outro lado, não proíbe a venda de armas...


1423) Concurso: GCM/Pref Suzano/2018 Banca: VUNESP

Considere a tira com os personagens Garfield e seu dono Jon para responder à
questão.

(Jim Davis. Folha de S.Paulo, 30.07.2012.)

Comparando o primeiro e o último quadrinhos, nota-se


a) discrepância entre as reações de Garfield, respectivamente de euforia e de
resignação.
b) oposição entre as reações de Garfield, respectivamente de desconforto e de
satisfação.
c) dissonância entre as reações de Garfield, respectivamente de irritação e de
hesitação.
d) semelhança entre as reações de Garfield, respectivamente de sofrimento e
aborrecimento.
e) contradição entre as reações de Garfield, respectivamente de dissabor e de
indiferença.
1424) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

(Charles M. Schul. Minduim. Estadão. http://cultura.estadao.com.br)

Em sentido figurado, manter-se escondido embaixo da cama pode representar,


tanto da parte do garoto quanto da parte do pai, um ato de

a) submissão e filantropia.

b) autoritarismo e pretensão.

c) extroversão e prepotência.

d) recolhimento e rebeldia.

e) disciplina e conformismo.

1425) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

(Charles M. Schul. Minduim. Estadão. http://cultura.estadao.com.br)


A expressão de vez em quando, no segundo quadrinho, equivale a
a) precocemente.
b) ininterruptamente.
c) impreterivelmente.
d) repentinamente.
e) ocasionalmente.

1426) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Foi no domingo passado, andando pela feira-livre aqui da Lapa e dando uma olhada
nas bancas, que percebi que muitas daquelas frutas maravilhosas ali expostas
simplesmente não existiam no meu tempo de menino.

O kiwi, por exemplo. Quando usava calças curtas, kiwi era aquele bichinho da Nova
Zelândia, um dos poucos verbetes da letra K, na enciclopédia que ficava na estante
da minha casa. Não havia tomate cereja! Vivíamos sem ele. Como não havia a
lichia.

A gente não encontrava goiaba na feira, como não encontrava jabuticaba, nem
carambola. Goiaba era só no pé e com bicho, não existia goiaba sem bicho.
Jabuticaba, só em Sabará, e carambola, só na chácara de Dona Catarina, em
Cataguases.

Laranja era a pera, a Bahia e a lima. Hoje tem até laranja Bahia importada da
Espanha, sem contar o grapefruit, primo de primeira da laranja.

Aos poucos, novas frutas vão invadindo o mercado: uxi, xixá, tapiá, sapucaia,
monguba, marolo... Quem manteve a linha e não inventou moda foi a banana, que
continua a mesma de sempre. A prata, a nanica, a maçã, a banana-da-terra e a
ouro. E todas – dizem – ainda a preço de banana.

(Alberto Villas. A revolução das frutas. CartaCapital.


www.cartacapital.com.br. 01.08.2014. Adaptado)

A ida à feira levou o autor a


a) lamentar o aumento do preço das frutas.
b) lembrar-se de detalhes de sua infância.
c) criticar a qualidade das frutas vendidas.
d) questionar a utilidade dos mercados.
e) fazer conjecturas sobre hábitos futuros.
1427) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a preposição destacada obedece ao princípio de


regência da norma-padrão.

a) Carambola e laranja são as frutas a que mais aprecio.

b) Dona Catarina, de quem ganhei muita carambola, vivia em Cataguases.

c) Em geral, discordo com quem gosta de frutas azedas. Elas não me apetecem.

d) Hoje são comuns nas feiras frutas em que não dispúnhamos antigamente.

e) Até hoje prefiro comprar frutas na feira, de vendedores por quem confio.

1428) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata,


pode ser resumida através de um das suas obras: A Viagem (The Voyage Out).
Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser
definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete
sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver
no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo
literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de
personagens co grande sensibilidade e nostalgia.

Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas
de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo
mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores.
Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e
prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo
poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance
moderno.

Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia


Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no
século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.

(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País.


https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)
De acordo com o texto, uma palavra que caracteriza a escrita de Virginia Wolf é

a) alienação.

b) concisão.

c) originalidade.

d) impessoalidade.

e) convencionalismo.

1429) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata,


pode ser resumida através de um das suas obras: A Viagem (The Voyage Out).
Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser
definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete
sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver
no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo
literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de
personagens co grande sensibilidade e nostalgia.

Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas
de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo
mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores.
Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e
prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo
poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance
moderno.

Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia


Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no
século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.

(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País.


https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Uma frase coerente com o que se afirma no primeiro parágrafo e escrita em


conformidade com a norma-padrão da língua é:

a) Ainda que tenha sido escrito 26 anos antes de Virginia Wolf morrer, A viagem
pode ser definido como o livro sobre a sua vida.

b) A viagem pode ser definido como o livro sobre a vida de Virginia Wolf, na medida
que foi escrito 26 anos antes da morte da autora.
c) O livro A viagem fora escrito 26 anos antes que Virginia Wolf morreu, por isso
pode ser definido como o livro sobre a sua vida.

d) Tendo em vista ser escrito 26 anos antes de Virginia Wolf morrer, a viagem
possa ser definido como o livro sobre a sua vida.

e) A viagem pode ser definido como o livro sobre a vida de Virginia Wolf, o que se
justifica por ter sido escrita 26 anos antes da morte da autora.

1430) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

A vida de Virginia Woolf (1882-1941), que sempre se orgulhou de ser autodidata,


pode ser resumida através de um das suas obras: A Viagem (The Voyage Out).
Escrito 26 anos antes de ela morrer, foi seu primeiro romance, mas pode ser
definido como o livro sobre a sua vida. Nele, a reconhecida autora britânica reflete
sobre suas preocupações – as pessoais e as do momento social que lhe coube viver
no começo do século XX –, suas paixões e suas insônias. E tudo isso com um estilo
literário em constante experimentação, procurando sempre a identidade própria de
personagens co grande sensibilidade e nostalgia.

Desde seu início na literatura, Virginia Woolf sempre quis ampliar suas perspectivas
de estilo para além da narração comum, com fios condutores guiados pelo processo
mental do ser humano: pensamentos, consciência, visões, desejos e até odores.
Perspectivas narrativas definitivamente incomuns, que incluíam estados de sono e
prosa de livre associação. Sua técnica narrativa do monólogo interior e seu estilo
poético se destacam como as contribuições mais importantes para o romance
moderno.

Com nove romances publicados e mais de 30 livros de outros gêneros, Virginia


Woolf é considerada por muitos a autora que mais revolucionou a narrativa no
século XX e que mais defendeu os direitos das mulheres por meio de seus textos.

(Alberto López. Virginia Woolf, a escritora premonitória inesgotável. El País.


https://brasil.elpais.com. 25.01.2018. Adaptado)

Está escrito em conformidade com a concordância da norma-padrão este livre


comentário sobre o texto:

a) As personagens de Virginia Woolf dispõe de grande sensibilidade e densidade.

b) As inquietações que couberam a ela registrar em seu livro tem origem


autobiográfica.

c) A escritora sempre buscou meios para que suas perspectivas de estilo se


ampliasse.
d) Trata-se de obras densas, que enfocam a natureza humana em sua
complexidade.

e) A narrativa no século XX foi revolucionado pelos escritos de Virginia Woolf.

1431) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a colocação de ambos os pronomes destacados nas


expressões está de acordo com a norma-padrão.

a) Nem sempre nos damos conta da importância de preservarmo-nos da exposição


pública.

b) Ainda encontram-se pessoas dispostas a fazer amigos fora das redes sociais,
atitude que traria-lhes mais privacidade.

c) Nos propomos ajudar em tudo e concentraremo-nos nas causas mais urgentes e


humanitárias.

d) Viam-se pessoas revoltadas, que não tinham conformado-se com a perda de


suas casas durante o incêndio.

e) Esforçam-se para que as mensagens do celular não distraiam-nos durante o


expediente.

1432) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da


Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

O assunto central do texto diz respeito

a) aos perigos de se confiar na autenticidade das informações obtidas nas redes


sociais.

b) à ampliação do acesso à tecnologia em diferentes camadas da população


brasileira.

c) aos riscos à saúde trazidos pelo uso excessivo do celular no ambiente de


trabalho.

d) ao modo como a falta de sono tem feito com que as pessoas falem mais ao
celular.

e) às consequências negativas do uso de celulares, tablets e laptops antes de


dormir.
1433) Concurso: Ag/Pref Barretos/Administrativo/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para
se concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da


Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)
O vocábulo isso, destacado no quinto parágrafo, remete especificamente ao fato de
um número considerável de americanos

a) perturbar o sono alheio.

b) possuir aparelhos digitais.

c) ser incapaz de memorizar.

d) não dormir o suficiente.

e) não ter acesso à tecnologia.

1434) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.

Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.
―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da
Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

Assinale a alternativa que completa corretamente a frase a seguir, de modo que ela
esteja condizente com o conteúdo do último parágrafo.

A qualidade do sono é fundamental para a saúde e o bem-estar;

a) contudo, recebe a merecida atenção.

b) por isso, recebe a merecida atenção.

c) logo, recebe a merecida atenção.

d) portanto, não recebe a merecida atenção.

e) porém, não recebe a merecida atenção.

1435) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Qual foi a última coisa que você fez antes de dormir na noite passada? É bem
provável que tenha sido dar uma olhada no celular.

Você não está só. Um estudo feito nos EUA pela Fundação Nacional do Sono estima
que 48% dos americanos adultos usam os chamados gadgets – celulares, tablets,
laptops – na cama. Em outros países, pesquisas indicam que a prevalência é ainda
maior entre os adultos mais jovens.

Especialistas afirmam que precisamos de 30 a 60 minutos de preparação pré-sono


para darmos ao cérebro uma chance de descontrair. Atividades como ler um livro
ou tomar uma bebida quente ajudam. Mas, segundo Matthew Walker, da
Universidade da Califórnia, no momento em que pegamos o celular, por exemplo,
interrompemos essa preparação e prolongamos o dia – incluindo o estresse vindo
dele.

Especialistas em ciência do sono acreditam que precisamos aprender a tomar


distância de nossos dispositivos. Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu
uma análise de 20 estudos sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de
crianças e descobriu que apenas a presença de gadgets no quarto já faz com que
elas durmam menos profundamente que crianças sem a presença dos aparelhos.
Nos EUA, o Centro para o Controle de Doenças diz que 35% dos americanos não
dormem o suficiente – 70 milhões de pessoas dormindo menos de seis horas por
noite, um salto de quase 30% em comparação com dez anos atrás. Segundo a
agência governamental, isso criou uma epidemia em que as pessoas sofrem para se
concentrar ou se lembrar de coisas no trabalho. Dormir de menos também está
ligado a um aumento nos riscos de batidas de carro e acidentes de trabalho.
Deficiência de sono, segundo cientistas, está ligada a uma variedade de problemas
de saúde, como diabetes, depressão e doenças cardíacas.

―É um dos problemas mais ignorados de nossos tempos‖, diz Collin Espie, da


Universidade de Oxford. ―O sono é fundamental para uma série de funções ligadas
à saúde e ao bem-estar‖.

(Richard Gray. “Como evitar que gadgets destruam nosso sono


e nos deixem feito „zumbis‟ no trabalho”. 19.01.2018.
www.bbc.com/portuguese. Adaptado)

―Ben Carter, do King‘s College de Londres, conduziu uma análise de 20 estudos


sobre o impacto da tecnologia nos padrões de sono de crianças...‖

Considerando as regras de regência da norma-padrão da língua, as expressões


destacadas no trecho podem ser substituídas, respectivamente, por:

a) acerca do; sobre os.

b) contra o; sob os.

c) entre o; aos.

d) para o; perante dos.

e) pelo; dos.

1436) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar lenha; agora,
seis décadas depois, todo dia toca a campainha e alguém oferece gás. A pequena
mudança da energia que move o fogão caseiro simboliza o acelerado processo de
transformação do Brasil. Do pacato país rural que abria os anos 1950, nos
transformamos num país predominantemente urbano, que vive e produz inchado
em grandes centros.

A cidade grande é um espaço abstrato, uma criação geométrica, que nos arranca
de todos os laços mentais de natureza e vizinhança; a comunidade urbana é antes
mental que física. Os compartimentos culturais e sociais isolados acabam por se
tornar imperativos. Ao mesmo tempo, a grande cidade é a confluência do mundo;
seu sonho é sair de si mesma e conversar com suas iguais, que estão em outros
países, e não a dez quilômetros dali. A cidade é sempre globalizante; ela parece
afirmar, com alguma arrogância, o triunfo do homem sobre a natureza, enquanto o
campo é naturalmente conservador, como alguém que se submete, pela simples
proximidade física, pela vizinhança avassaladora e pelo império do tempo, às regras
simples, recorrentes, imutáveis e inexoráveis das estações do ano, das chuvas e
secas. Metaforicamente, o Brasil vive com um pé no campo e outro na cidade.

(Cristovão Tezza. “Mundo rural, mundo urbano, e o Brasil no meio”.


27.10.2014. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado)

No trecho ―Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar


lenha...‖, observa-se

a) a análise de um evento ocorrido em um único instante do passado.

b) o registro de uma experiência pessoal do autor.

c) a ordenação de ações variadas em uma escala de importância.

d) a descrição de um cenário sem paralelo com a realidade objetiva.

e) a defesa de uma opinião sobre um fato do presente.

1437) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Quando criança, lembro da carroça passando em casa para deixar lenha; agora,
seis décadas depois, todo dia toca a campainha e alguém oferece gás. A pequena
mudança da energia que move o fogão caseiro simboliza o acelerado processo de
transformação do Brasil. Do pacato país rural que abria os anos 1950, nos
transformamos num país predominantemente urbano, que vive e produz inchado
em grandes centros.

A cidade grande é um espaço abstrato, uma criação geométrica, que nos arranca
de todos os laços mentais de natureza e vizinhança; a comunidade urbana é antes
mental que física. Os compartimentos culturais e sociais isolados acabam por se
tornar imperativos. Ao mesmo tempo, a grande cidade é a confluência do mundo;
seu sonho é sair de si mesma e conversar com suas iguais, que estão em outros
países, e não a dez quilômetros dali. A cidade é sempre globalizante; ela parece
afirmar, com alguma arrogância, o triunfo do homem sobre a natureza, enquanto o
campo é naturalmente conservador, como alguém que se submete, pela simples
proximidade física, pela vizinhança avassaladora e pelo império do tempo, às regras
simples, recorrentes, imutáveis e inexoráveis das estações do ano, das chuvas e
secas. Metaforicamente, o Brasil vive com um pé no campo e outro na cidade.

(Cristovão Tezza. “Mundo rural, mundo urbano, e o Brasil no meio”.


27.10.2014. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado)

Com a expressão ―compartimentos culturais e sociais isolados‖, no segundo


parágrafo, o autor enfatiza a ideia de que, na cidade, existe um modo de vida

a) uniforme.

b) diversificado.

c) homogêneo.

d) imutável.

e) conservador.

1438) Concurso: Ag/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a frase está redigida de acordo com a norma-padrão


da língua.

a) Algumas pessoas do campo têm dificuldade a se adaptar com a cidade, e vice-


versa.

b) Muitos já desfrutam no gás encanado; também se pode encomendar ao gás pela


internet.

c) Em 1950, o campo era o lugar aonde a maioria dos brasileiros morava; hoje a
maioria habita das cidades.

d) A cidade dispõe a facilidades de que o campo não tem, mas o campo também
oferece vantagens.

e) É natural que o modo como as pessoas convivem esteja adaptado às condições


do lugar.
1439) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)
O conteúdo do último parágrafo está expresso, de acordo com a norma-padrão da
língua, na frase:

a) O relatório não fez menção, à qualquer cidade brasileira.

b) O relatório, não se aplica à cidades brasileiras.

c) Cidades brasileiras não constam do relatório.

d) Não houve citação sob cidades brasileiras no relatório.

e) Cidades brasileiras não chegaram à aparecer o relatório.

1440) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A consultoria norte-americana McKinsey lançou em 2016 um relatório sobre


mobilidade urbana prevendo que o futuro das grandes cidades será definido por
tendências tecnológicas.

O estudo, feito em parceria com a consultoria Bloomberg New Energy Finance,


aposta que, nos próximos 10 a 15 anos, graças à integração de fenômenos como a
internet das coisas (conexão via internet entre objetos e equipamentos) e a
eletrificação do transporte, a locomoção ficará mais rápida, barata,limpa e eficiente.
Para sustentar a previsão, são citados fatos como o barateamento das baterias, o
surgimento de serviços de compartilhamento de carros e o crescimento do
investimento em tecnologias de carros autônomos. Segundo a pesquisa, existem
três modelos de mobilidade urbana avançada que podem ser alcançados até 2030.

O primeiro modelo, chamado de ―limpo e compartilhado‖, é mais provável de


acontecer em regiões metropolitanas densas e que se encontram em estágio de
desenvolvimento, como Nova Deli, Mumbai e Cidade do México. Como essas
cidades não se adaptariam facilmente ao uso de carros autônomos, por causa da
falta de infraestrutura, a alternativa seria chegar a um transporte mais limpo, com
a adoção de veículos elétricos, a otimização da mobilidade compartilhada e a
limitação do número de carros próprios nas ruas.

Para cidades já desenvolvidas e com uma grande região suburbana, como Los
Angeles, o modelo seria o de ―autonomia privada‖. Nesses lugares, o uso de carros
continuaria essencial, mas as pessoas adotariam tecnologias como carros
autônomos e elétricos. A conectividade pode facilitar a cobrança de taxas e multas
em situações de mais congestionamento. O compartilhamento de carros também
pode ser uma opção, mas sem substituir os carros próprios em grande escala.

O modelo mais radical é o de ―mobilidade integrada‖, com potencial para ser


alcançado em cidades muito povoadas e de renda alta, como Chicago, Hong Kong,
Cingapura e Londres. Nesse sistema, a mobilidade seria predominantemente feita
sob demanda, com opções limpas, baratas e flexíveis – como carros autônomos,
carros compartilhados e transporte público de altíssima qualidade. O uso de
veículos elétricos seria mais comum, motivado por incentivos econômicos, e tudo
seria facilitado pelo uso de plataformas de software que controlam os fluxos de
tráfego e promovem a mobilidade como um serviço.

O relatório não cita nenhuma cidade brasileira.

(“Estudo aponta que locomoção será mais rápida e barata


em até 15 anos”. www.folha.uol.com.br. Adaptado)

Considerando as regras de concordância e de regência da norma-padrão da língua,


assinale a alternativa em que a expressão está corretamente substituída pelo
pronome.

a) Para sustentar a previsão... Para sustentá-la...

b) … pode facilitar a cobrança de taxas e multas... ... pode facilitar-lhes...

c) … sem substituir os carros próprios... ... sem o substituir...

d) … que controlam os fluxos de tráfego... ... que lhes controlam...

e) ... e promovem a mobilidade... ... e lhe promovem...

1441) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que a expressão em destaque está empregada conforme


a norma-padrão da língua.

a) As previsões para o futuro da mobilidade urbana são muito estimulante.

b) Os veículos autônomos ainda estão sendo testado, e seu uso é muito restrito.

c) Os carros sem motorista, o qual parecem pertencer a filmes de ficção, já


existem.

d) Por serem muito caro, os veículos elétricos permanecem restritos a poucos.

e) Chicago tem mesmo condições de implantar o modelo de mobilidade integrada.


1442) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Calçada de verão

Quando o tempo está seco, os sapatos ficam tão contentes que se põem a cantar.

(Mario Quintana. Sapato florido. São Paulo, Globo, 2005)

O ato de caminhar pelas calçadas secas de verão é descrito como

a) maquinal.

b) melancólico.

c) sóbrio.

d) prazeroso.

e) entediante.

1443) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Diante da descrição da cena, será correto concluir a frase – ... aqui se faz barba,
arranca-se dente e aplica-se ventosa. – com a seguinte afirmação:

a) ... sem fazer comentários desabonadores a quem quer que seja.

b) ... sempre com discrição e profissionalismo no atendimento.

c) ... dando atenção exclusiva ao cliente que está na poltrona.

d) ... além de falar das pessoas e do que ocorre na cidade.

e) ... contando histórias edificantes envolvendo os habitantes da cidade.

1444) Concurso: Bomb/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.

O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada


pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.
(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Observe as expressões destacadas nas passagens a seguir:

... e no hospital de caridade chegava-se às paredes e esquadrinhava-as e discutia


com as pombas.

... entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que dela
se apiedasse.

Assinale a alternativa que substitui essas expressões, pela ordem, com correção e
preservando seu sentido.

a) ... assomava nas ... a ela se comovesse

b) ... atingia as ... a ela se condoesse

c) ... aproximava-se das ... dela se compadecesse

d) ... encostava-se nas ... a ela consolasse

e) ... escalava nas ... dela tivesse pena

1445) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Crônicas da cidade, a partir da poltrona do barbeiro

Nenhuma brisa faz tilintar a bacia de latão pendurada em um arame, sobre o oco
da porta, anunciando que aqui se faz barba, arranca-se dente e aplica-se ventosa.

Por mero hábito, ou para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz


discursa e canta enquanto acaba de cobrir de espuma a cara de um cliente. Entre
frases e bulícios, sussurra a navalha. Um olho do barbeiro vigia a navalha, que abre
caminho no creme, e outro vigia os montevideanos que abrem caminho pela rua
poeirenta. Mais afiada é a língua que a navalha, e não há quem se salve das
esfoladuras. O cliente, prisioneiro do barbeiro enquanto dura a função, mudo,
imóvel, escuta a crônica de costumes e acontecimentos e de vez em quando tenta
seguir, com o rabo do olho, as vítimas fugazes.

Passa um par de bois, levando uma morta para o cemitério. Atrás da carreta, um
monge desfia o rosário. À barbearia chegam os sons de algum sino que, por rotina,
despede a defunta de terceira classe. A navalha para no ar. O barbeiro faz o sinal-
da-cruz e de sua boca saem palavras sem desolação: – Coitadinha. Nunca foi feliz.
O cadáver de Rosalia Villagrán está atravessando a cidade de Montevidéu, ocupada
pelos inimigos de Artigas. Há muito que ela acreditava que era outra, e achava que
vivia em outro tempo e em outro mundo, e no hospital de caridade chegava-se às
paredes e esquadrinhava-as e discutia com as pombas. Rosalia Villagrán, esposa de
Artigas, entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde ou alguém que
dela se apiedasse.

(Eduardo Galeano, Mulheres. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome destacado é reflexivo.

a) Para sacudir-se da sonolência do verão, o barbeiro andaluz discursa.

b) Ela esquadrinhava as paredes e beijava-as.

c) Aqui aplica-se ventosa.

d) Morreu sem que alguém dela se apiedasse.

e) Entrou na morte sem uma moeda que lhe pagasse o ataúde.

1446) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Disponível em: http://emdrjoaovasconcellos.blogspot. Acesso em 23.01.2018)

É correto concluir que as declarações do garoto indicam

a) sua preferência pelas disciplinas teóricas, em detrimento das que exigem prática.

b) seu desprazer diante de programas pouco instrutivos veiculados pela TV a cabo.

c) seu modo de encarar os estudos, com preferência por temas mais complexos.
d) sua inclinação para o entretenimento, em desfavor de situações formais de
estudo.

e) sua maneira pessimista de encarar o futuro, diante da perspectiva de ter TV a


cabo à disposição.

1447) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. Disponível em: http://emdrjoaovasconcellos.blogspot. Acesso em 23.01.2018)

Na fala do primeiro quadrinho, o trecho destacado em – ... eu não vou aprender


essa matéria a menos que você a ensine de um modo divertido. – está reescrito em
conformidade com a norma-padrão e com sentido compatível com o original em:

a) a não ser que você a ensine de um modo divertido.

b) a fim de que você a ensine de um modo divertido.

c) desde que você não ensine-a de um modo divertido.

d) salvo se você não ensinar ela de um modo divertido.

e) mesmo que você ensine ela de um modo divertido.


1448) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

O uso prolongado de X em idosos não é recomendado.

Se a terapia prolongada com X for necessária, os pacientes devem ser


regularmente monitorados, pois são mais sensíveis a reações desagradáveis de
componentes da fórmula.

Como X pode interferir na função plaquetária, ele deve ser usado com cuidado em
pacientes com problema de coagulação como, por exemplo, hemofilia e
predisposição a sangramento.

Com relação ao uso de X em crianças, foram relatadas algumas reações severas,


incluindo casos muito raros compatíveis com Síndrome de Reye.

O produto tem pouco ou nenhum efeito sobre a habilidade de dirigir ou operar


máquinas.

Diabéticos: os comprimidos de X não contêm açúcar, podendo ser utilizados por


pacientes diabéticos.

―NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER


PERIGOSO PARA A SAÚDE.‖

É correto afirmar que esse trecho expõe

a) indicações do medicamento para tratamento de diferentes patologias,


enfatizando seu efeito benéfico em pacientes diabéticos.

b) advertências acerca da intolerância de alguns pacientes ao medicamento,


especialmente condutores de veículos e operários.

c) indicação de que o medicamento não é eficaz quando aplicado a pacientes


hemofílicos ou que apresentam sangramento.

d) necessidade de atenção para efeitos colaterais do medicamento em pacientes


que devem controlar a ingestão de açúcar.

e) precauções a serem tomadas na administração do medicamento, fazendo


restrições ao uso dele por período de longa duração em idosos.
1449) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Eu não quero ficar velhinha

Semana passada, diante de uma foto minha com a idade dela, minha filha de quase
quatro anos finalmente entendeu que eu já fui criança. Passou uns segundos
ressabiada, olhando a foto, olhando para mim, então algo se iluminou: ―Mas papai,
quando você era do meu tamanho você morava em outra casa, né?‖. ―Morava‖. ―E
essa casa era muito longe daqui, né?‖. Eu disse que era perto. Ela ficou aflita. ―Não,
papai! Quando você era pequeno você morava numa casa muito, muito, muito,
muito, muito, muito longe daqui!‖. A distância física, compreendi, era a
maneira que ela tinha de elaborar a distância temporal.

Deve ser ignorância minha, mas não acho o tempo misterioso, só acho cruel. Ele
passa, a gente envelhece e depois adeus pudim, presentes de aniversário, metrô de
Paris. Minha filha também começa a entender que essa história de o tempo passar
não tem como acabar bem. Numa livraria, um dia depois de descobrir que eu havia
sido criança, ela viu duas velhinhas, bem velhinhas, pagando as compras. Abraçou
as minhas pernas e perguntou: ―Papai, eu também vou ficar velhinha?‖. Eu
sussurrei: ―Vai, mas fala baixo‖. ―Papai, eu não quero ficar velhinha!‖. ―Shhhh, fala
baixo!‖. ―Não, papai, eu não quero ficar velhinha!‖. Abandonei a fila com ela
gritando: ―Não quero! Não quero ficar velhinha!‖.

Vai demorar um pouco para ela entender que, em relação ao tempo, o melhor que
pode acontecer é ficar velhinha. Enquanto isso, tento acalmá-la dizendo que ela,
velhinha, mora numa casa muito, muito, muito, muito longe daqui: indo a pé, de
carro ou de avião, vai levar mais de 80 anos para chegar.

(Antonio Prata. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>.


Acesso em: 23.01.2018. Adaptado)

Observe a passagem destacada no primeiro parágrafo – A distância física,


compreendi, era a maneira que ela tinha de elaborar a distância temporal.

Assinale a alternativa em que o pai expressa a relação entre distância física e


temporal de modo compatível com o que está afirmado na referida passagem.

a) Minha filha também começa a entender que essa história de o tempo passar não
tem como acabar bem.

b) Passou uns segundos ressabiada, olhando a foto, olhando para mim, então algo
se iluminou...

c) Ele passa, a gente envelhece e depois adeus pudim, presentes de aniversário,


metrô de Paris.
d) Numa livraria, um dia depois de descobrir que eu havia sido criança, ela viu duas
velhinhas, bem velhinhas, pagando as compras.

e) ... dizendo que ela, velhinha, mora numa casa muito, muito, muito, muito longe
daqui: indo a pé, de carro ou de avião, vai levar mais de 80 anos para chegar.

1450) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Eu não quero ficar velhinha

Semana passada, diante de uma foto minha com a idade dela, minha filha de quase
quatro anos finalmente entendeu que eu já fui criança. Passou uns segundos
ressabiada, olhando a foto, olhando para mim, então algo se iluminou: ―Mas papai,
quando você era do meu tamanho você morava em outra casa, né?‖. ―Morava‖. ―E
essa casa era muito longe daqui, né?‖. Eu disse que era perto. Ela ficou aflita. ―Não,
papai! Quando você era pequeno você morava numa casa muito, muito, muito,
muito, muito, muito longe daqui!‖. A distância física, compreendi, era a maneira
que ela tinha de elaborar a distância temporal.

Deve ser ignorância minha, mas não acho o tempo misterioso, só acho cruel. Ele
passa, a gente envelhece e depois adeus pudim, presentes de aniversário, metrô de
Paris. Minha filha também começa a entender que essa história de o tempo passar
não tem como acabar bem. Numa livraria, um dia depois de descobrir que eu havia
sido criança, ela viu duas velhinhas, bem velhinhas, pagando as compras. Abraçou
as minhas pernas e perguntou: ―Papai, eu também vou ficar velhinha?‖. Eu
sussurrei: ―Vai, mas fala baixo‖. ―Papai, eu não quero ficar velhinha!‖. ―Shhhh, fala
baixo!‖. ―Não, papai, eu não quero ficar velhinha!‖. Abandonei a fila com ela
gritando: ―Não quero! Não quero ficar velhinha!‖.

Vai demorar um pouco para ela entender que, em relação ao tempo, o melhor que
pode acontecer é ficar velhinha. Enquanto isso, tento acalmá-la dizendo que ela,
velhinha, mora numa casa muito, muito, muito, muito longe daqui: indo a pé, de
carro ou de avião, vai levar mais de 80 anos para chegar.

(Antonio Prata. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>.


Acesso em: 23.01.2018. Adaptado)

A passagem do texto em que o autor expressa uma suposição é:


a) ... minha filha de quase quatro anos finalmente entendeu que eu já fui criança.
b) Abandonei a fila com ela gritando: ―Não quero! Não quero ficar velhinha!‖.
c) Deve ser ignorância minha, mas não acho o tempo misterioso, só acho cruel.
d) Eu sussurrei: ―Vai, mas fala baixo‖.
e) Ela ficou aflita. ―Não, papai!‖.
1451) Concurso: Cuid/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Eu não quero ficar velhinha

Semana passada, diante de uma foto minha com a idade dela, minha filha de quase
quatro anos finalmente entendeu que eu já fui criança. Passou uns segundos
ressabiada, olhando a foto, olhando para mim, então algo se iluminou: ―Mas papai,
quando você era do meu tamanho você morava em outra casa, né?‖. ―Morava‖. ―E
essa casa era muito longe daqui, né?‖. Eu disse que era perto. Ela ficou aflita. ―Não,
papai! Quando você era pequeno você morava numa casa muito, muito, muito,
muito, muito, muito longe daqui!‖. A distância física, compreendi, era a maneira
que ela tinha de elaborar a distância temporal.

Deve ser ignorância minha, mas não acho o tempo misterioso, só acho cruel. Ele
passa, a gente envelhece e depois adeus pudim, presentes de aniversário, metrô de
Paris. Minha filha também começa a entender que essa história de o tempo passar
não tem como acabar bem. Numa livraria, um dia depois de descobrir que eu havia
sido criança, ela viu duas velhinhas, bem velhinhas, pagando as compras. Abraçou
as minhas pernas e perguntou: ―Papai, eu também vou ficar velhinha?‖. Eu
sussurrei: ―Vai, mas fala baixo‖. ―Papai, eu não quero ficar velhinha!‖. ―Shhhh, fala
baixo!‖. ―Não, papai, eu não quero ficar velhinha!‖. Abandonei a fila com ela
gritando: ―Não quero! Não quero ficar velhinha!‖.

Vai demorar um pouco para ela entender que, em relação ao tempo, o melhor que
pode acontecer é ficar velhinha. Enquanto isso, tento acalmá-la dizendo que ela,
velhinha, mora numa casa muito, muito, muito, muito longe daqui: indo a pé, de
carro ou de avião, vai levar mais de 80 anos para chegar.

(Antonio Prata. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>.


Acesso em: 23.01.2018. Adaptado)

A relação de oposição de sentido que existe entre as palavras destacadas em – ―E


essa casa era muito longe daqui, né?‖. Eu disse que era perto. – está presente
também entre

a) ignorância e inconsciência.

b) cruel e desaforado.

c) ressabiada e confiante.

d) gritando e vociferando.

e) chegar e deslocar.
1452) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. http://cultura.estadao.com.br/


quadrinhos. 05.01.2018)

Uma interpretação correta da tira está em:

a) A família do garoto vê menos TV que a média, pois passa pouco tempo em casa.

b) O garoto cita uma pesquisa e consegue persuadir o pai a deixá-lo ver TV das
15:00 às 22:30.

c) O garoto insiste que os pais lhe façam companhia para ver TV depois da escola.

d) O pai proíbe o filho de ver TV nos dias de aula, mesmo que seja por um curto
período.

e) O pai do garoto não o autoriza a ver TV por sete horas e meia ininterruptamente.
1453) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. http://cultura.estadao.com.br/


quadrinhos. 05.01.2018)

No segundo quadrinho, o vocábulo enquanto tem sentido equivalente ao da


expressão:

a) antes do tempo em que.

b) durante o tempo em que.

c) por causa do tempo em que.

d) apesar do tempo em que.

e) muito depois do tempo em que.


1454) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. http://cultura.estadao.com.br/


quadrinhos. 05.01.2018)

Ao se empregar o pronome nós no lugar de a gente na frase do último quadrinho


– Você quer que a gente fique abaixo da média? –, a forma verbal fique deve ser
substituída, conforme a norma-padrão da língua, por

a) fiquemos.

b) ficamos.

c) ficarmos.

d) ficaríamos.

e) ficássemos.
1455) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.

Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na


Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)

Segundo Chamath Palihapitiya, a interação característica das redes sociais

a) faz com que as pessoas se comuniquem por meio de gírias.

b) impossibilita as pessoas de praticarem atos de bondade.

c) torna as pessoas mais hostis na interação presencial.

d) não favorece o diálogo produtivo entre as pessoas.

e) não oferece às pessoas a chance de sentirem prazer.

1456) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.

Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na


Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)

Lizbeth M. Kim usa a mensagem de Palihapitiya a fim de reforçar o alerta para a


relação entre o uso prolongado das redes sociais e a depressão, uma informação
que geralmente ignoramos por escolha, ou seja, uma informação que
a) concordamos reparar.
b) decidimos apreender.
c) resolvemos acatar.
d) preferimos desconsiderar.
e) aceitamos desvendar.

1457) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

Ex-vice-presidente do Facebook critica redes sociais

Ao falar em uma palestra nos Estados Unidos, Chamath Palihapitiya, ex-vice-


presidente de crescimento do Facebook, criticou o efeito causado pelas redes
sociais.

Ele sugere que as curtidas e outros tipos de interação automática são voltados para
a sensação de gratificação de curto prazo, e não geram conversas entre as pessoas.
Palihapitiya diz usar o mínimo possível o Facebook e não permite que seus filhos
acessem a plataforma. Apesar das palavras duras, ele ameniza o discurso dizendo
que a empresa faz o bem no mundo.

Ao site Futurism, Lizbeth M. Kim, candidata a doutorado em psicologia social na


Universidade Estadual da Pensilvânia, diz que a mensagem de Palihapitiya é
importante para nos lembrar de algo que normalmente ignoramos por escolha.
Estudos indicam que passar muito tempo usando redes sociais pode levar à
depressão.

(Lucas Agrela. https://exame.abril.com.br/. 06.01.2018. Adaptado)


A expressão destacada em – ... passar muito tempo usando redes sociais pode
levar à depressão. – está corretamente substituída, com o sentido preservado e
conforme as regras de regência da norma-padrão, por
a) resultar na.
b) decorrer da.
c) provocar da.
d) originar na.
e) reverter da.

1458) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

A China

Quem não está admirado com o milagre da China está apavorado. Não dá para
pensar na China sem se entusiasmar ou se assustar.

Dentro de muito pouco tempo, vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto
do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai
existir a China.

O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais
desnecessários. Em... o quê? Vinte anos?

A China terá o maior parque industrial, com a mão de obra mais abundante e,
portanto, mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado
consumidor da Terra, que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco.

A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas


fronteiras. A China se bastará.

(Luis Fernando Verissimo. http://noblat.oglobo.globo.com/.


26.10.2017. Adaptado)

De acordo com o autor, em breve, a China será economicamente

a) ociosa.

b) obsoleta.

c) vulnerável.

d) depreciada.

e) autossuficiente.
1459) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

A China

Quem não está admirado com o milagre da China está apavorado. Não dá para
pensar na China sem se entusiasmar ou se assustar.

Dentro de muito pouco tempo, vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto
do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai
existir a China.

O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais
desnecessários. Em... o quê? Vinte anos?

A China terá o maior parque industrial, com a mão de obra mais abundante e,
portanto, mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado
consumidor da Terra, que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco.

A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas


fronteiras. A China se bastará.

(Luis Fernando Verissimo. http://noblat.oglobo.globo.com/.


26.10.2017. Adaptado)

Considere a forma verbal destacada no trecho:

Dentro de muito pouco tempo, vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto
do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai
existir a China.

O autor emprega a forma verbal em destaque para

a) relatar um fato ocorrido recentemente.

b) fazer conjecturas sobre o futuro.

c) expressar seu súbito entusiasmo.

d) descrever o instante atual como incerto.

e) referir-se a eventos improváveis de acontecer.


1460) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

A China

Quem não está admirado com o milagre da China está apavorado. Não dá para
pensar na China sem se entusiasmar ou se assustar.

Dentro de muito pouco tempo, vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto
do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai
existir a China.

O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais
desnecessários. Em... o quê? Vinte anos?

A China terá o maior parque industrial, com a mão de obra mais abundante e,
portanto, mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado
consumidor da Terra, que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco.

A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas


fronteiras. A China se bastará.

(Luis Fernando Verissimo. http://noblat.oglobo.globo.com/.


26.10.2017. Adaptado)

No trecho – ... com a mão de obra mais abundante e, portanto, mais barata, da
Terra... –, o vocábulo em destaque apresenta a mão de obra barata como

a) a razão para haver trabalhadores em abundância.

b) a condição que garante a abundância de trabalhadores.

c) uma consequência da abundância de trabalhadores.

d) um entrave ao fato de haver trabalhadores em abundância.

e) uma situação sem relação com a abundância de trabalhadores.


1461) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

A China

Quem não está admirado com o milagre da China está apavorado. Não dá para
pensar na China sem se entusiasmar ou se assustar.

Dentro de muito pouco tempo, vai acontecer o seguinte: a China vai tornar o resto
do mundo supérfluo. Não vai ser preciso existir mais ninguém, de tanto que vai
existir a China.

O nosso destino é, enquanto a China cresce, irmos ficando cada vez mais
desnecessários. Em... o quê? Vinte anos?

A China terá o maior parque industrial, com a mão de obra mais abundante e,
portanto, mais barata, da Terra, e produzirá de tudo para o maior mercado
consumidor da Terra, que será qual? O dos chineses, mesmo ganhando pouco.

A China concentrará toda a atividade econômica do planeta entre as suas


fronteiras. A China se bastará.

(Luis Fernando Verissimo. http://noblat.oglobo.globo.com/.


26.10.2017. Adaptado)

Dois vocábulos empregados com sentidos que se opõem no texto são:

a) milagre – China (1º parágrafo).

b) admirado – apavorado (1º parágrafo).

c) destino – desnecessários (3º parágrafo).

d) abundante – barata (4º parágrafo).

e) concentrará – bastará (5º parágrafo).

1462) Concurso: Aux SB/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

A concordância está em conformidade com a norma-padrão na frase:

a) A mão de obra é abundante e os salários não são muito altos na China.

b) O autor receia que os demais países se tornem supérfluo diante da China.

c) O milagre da China tem deixado muitas pessoas extremamente preocupada.

d) As transações econômicas mais relevantes do planeta deve ocorrer na China.

e) Os operários na China tende a produzir mercadorias para eles próprio consumir.


1463) Concurso: Age/Pref Sertãozinho/2018 Banca: VUNESP

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. http://cultura.estadao.com.br/


quadrinhos. 05.01.2018)

Ao se empregar o pronome nós no lugar de a gente na frase do último quadrinho


– Você quer que a gente fique abaixo da média? –, a forma verbal fique deve ser
substituída, conforme a norma-padrão da língua, por

a) fiquemos.

b) ficamos.

c) ficarmos.

d) ficaríamos.

e) ficássemos.
1464) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

O empresário Luiz Figueiredo usou 1 150 painéis solares para cobrir o lago de sua
fazenda e gerar a própria energia. O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas
no teto de sua casa, o que lhe permitiu se livrar da conta de luz. No Rio, uma
escola cobriu o telhado com 50 painéis e agora produz metade da energia que
consome. Iniciativas como essas começaram a se espalhar pelo país e têm
garantido uma escalada dos projetos de microgeração de energia solar no Brasil.

Do ponto de vista climático, as condições são favoráveis, uma vez que a irradiação
solar no Brasil é ideal para a produção elétrica. Ainda que hoje o mercado de
equipamentos para captação de energia solar engatinhe no país, as condições
climáticas propícias, aliadas ao fato de que no futuro os consumidores estarão cada
vez mais aptos a gerar a própria energia, têm provocado uma corrida das empresas
para conquistar um pedaço desse mercado.

(Renée Pereira. “Energia solar avança no Brasil e atrai empresas”.


https://economia.estadao.com.br, 01.07.2018. Adaptado)

No trecho do 1o parágrafo ―O consultor Carlos Tabacow instalou 18 placas no teto


de sua casa, o que lhe permitiu se livrar da conta de luz‖, o pronome lhe, em
destaque, está corretamente empregado, assim como em:

a) Um empresário cobriu o lago com painéis solares e lhe transformou em um lago


decorativo.

b) A escola instalou painéis solares para produzir energia, usando-lhe para iluminar
as salas de aula.

c) O consumidor gerará a própria energia, o que lhe dará independência das


companhias elétricas.

d) O mercado de energia solar cresceu, mas muitos brasileiros ainda não lhe
conhecem.

e) A microgeração de energia solar é favorecida pelo clima do país que recebe


muita luz solar e lhe aproveita.
1465) Concurso: Ana Tran/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira.

Com o intuito de causar humor, o autor da tira se vale principalmente de

a) uma linguagem técnica, como aquela encontrada em manuais de desenho.

b) referências a bordões humorísticos usados por jovens, como ―estamos quase


lá‖.

c) vocábulos que possuem mais de um significado e desenhos que os representam.

d) alusões a elementos que remetem à crise econômica vivida no país.

e) verbos conjugados incorretamente no imperativo.

1466) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.
Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro
O autor do texto traz uma crítica sobre o panorama da língua portuguesa na
sociedade atual. Trata-se da

a) perda gradual dos aspectos formais da língua portuguesa pelos falantes que
ignoram a norma-padrão.

b) maneira como o coloquialismo é utilizado em situações comunicativas em que o


uso da língua formal é imprescindível.

c) submissão do idioma ao artificialismo de normas que desconsideram a língua


natural materna.

d) disposição das pessoas em aprender a norma culta da língua portuguesa.

e) crença de que a sociedade precisa apropriar-se da língua escrita utilizada pelos


autores clássicos.

1467) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro

O autor destaca ao longo do texto exemplos de enganos cometidos pelos


patrulheiros sabichões da língua portuguesa. Um dos deslizes desses patrulheiros
da língua se refere ao

a) uso do termo ―aluno‖ com o significado de discípulo, aquele que precisa ser
nutrido.

b) emprego correto da expressão ―dois pesos e duas medidas‖, em vez de ―um


peso e duas medidas‖.

c) provérbio ―Quem tem boca vaia Roma‖, utilizado para protestar contra a tirania
dos governantes.

d) termo ―num‖, considerando um termo informal, inapropriado no emprego da


língua escrita.

e) emprego da expressão ―Não vejo ninguém‖, utilizada com o sentido de reforçar


a negação.
1468) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.
(Sergio Rodrigues. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro

Assinale a alternativa em que o trecho do texto apresenta relação de causa e


consequência.

a) ... a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer dizer ―sem luz‖,
motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma concepção pedagógica
anacrônica em que o professor sabe tudo... (4º parágrafo).

b) O latim alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele
que precisa ser nutrido para crescer. Só isso. (4º parágrafo).

c) A verdade é que não existe nada mais tosco no mundo do sabichonismo do que
supor que línguas naturais sejam submissas à linguagem matemática. (6º
parágrafo).

d) Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua usina de erros imaginários,


a paisagem já ficaria bem mais acolhedora. (7º parágrafo).

e) Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
(7º parágrafo).

1469) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.
Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro
Considere o trecho a seguir:

Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos da língua recorreram à


eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

O termo em destaque pode ser substituído, sem prejuízo de sentido à passagem,


corretamente, por

a) desarmonia.

b) sonoridade.

c) contraposição.

d) delicadeza.

e) modernidade.

1470) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.

(Sergio Rodrigues. Disponível em:


https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro

Assinale a alternativa em que a reescrita da passagem do texto está adequada


quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) O excesso de zelo pela língua abarcam situações imaginárias que parecem ser
corretas, mas não são.

b) Na língua portuguesa, há muitas arapucas que são explorados pelas patrulhas


do sabichonismo com o objetivo de dificultar o acesso da língua aos falantes.

c) É inconcebível a submissão da língua natural à linguagem matemática, em que


se desconsideram as raízes do idioma e seus falantes nativos.

d) É um engano acreditar que a língua portuguesa é difícil e apenas pouco usuários


conhece o idioma e não escorregam em suas normas.

e) Os pós-doutores e os patrulheiros sabichões precisam livrarem-se de erros


imaginários para que o idioma fique mais atraente aos falante da língua materna.
1471) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Parece, mas não é

A paisagem desmedida da língua, que nenhum ponto de vista abarca em sua


inteireza, está cheia de coisas que parecem ser, mas não são. Vale a pena dar um
zoom em algumas dessas arapucas, que as patrulhas do sabichonismo adoram
explorar para exercer seus mesquinhos poderes sobre falantes desavisados.

Pode parecer que a expressão correta é ―um peso e duas medidas‖, embora não
seja. O certo é mesmo aquilo que todo mundo sempre falou: ―dois pesos e duas
medidas‖.

Pode parecer também que o provérbio ―Quem tem boca vai a Roma‖ contém um
erro constrangedor, pois o certo é ―Quem tem boca vaia Roma‖, ou seja, exerce o
saudável direito de protestar contra a tirania dos césares. Só que isso é uma
falácia¹. Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado. Assim
como sempre soubemos, até surgirem os sabichões. Vaia neles!

Pode parecer ainda que a palavra ―aluno‖ tem origem num vocábulo latino que quer
dizer ―sem luz‖, motivo pelo qual deve ser evitada, uma vez que trai uma
concepção pedagógica anacrônica² em que o professor sabe tudo e o estudante não
sabe nada. Repetida até por educadores, essa ―tese‖ é uma bobagem. O latim
alumnus quer dizer criança de peito e, por extensão, discípulo, aquele que precisa
ser nutrido para crescer. Só isso.

Pode parecer que a contração ―num‖, empregada no parágrafo anterior, é um


coloquialismo que, na sua informalidade de bermuda e chinelo, deve ser evitado a
todo custo na linguagem escrita. É o que vêm repetindo muitos professores nos
últimos anos. Não procede. Um pouco de leitura nos ensina que autores clássicos
da língua recorreram à eufonia de ―num‖ e ―numa‖ em textos apuradíssimos.

Pode parecer que quando dizemos ―Não vejo ninguém‖ estamos dando curso a uma
grosseria ilógica da língua portuguesa, sem perceber que uma negação anula a
outra e que, se não vemos ninguém, alguém nós vemos. A verdade é que não
existe nada mais tosco³ no mundo do sabichonismo do que supor que línguas
naturais sejam submissas à linguagem matemática. A negação dupla, que reforça
em vez de anular, é um recurso consagrado e de raízes profundas no português.

Pode parecer, enfim, que nossa língua detém o recorde mundial de pegadinhas,
idioma dificílimo que só pós-doutores conseguem falar sem escorregar a cada frase.
Mesmo que haja razões históricas para essa percepção, trata-se, em termos
objetivos, de mais um engano. Se nos livrássemos dos patrulheiros sabichões e sua
usina de erros imaginários, a paisagem já ficaria bem mais acolhedora.
(Sergio Rodrigues. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/sergio-rodrigues/2017/11/
1932343-parece-mas-nao-e-defenda-se-dos-sabichoes-e-seuserros-
imaginarios.shtml. Acesso em 17.06.2018. Adaptado)

Glossário:
¹falácia – falatório, falar demais
²anacrônico – cronológico
³tosco – grosseiro

Assinale a alternativa cuja forma verbal em destaque expressa possibilidade de que


um fato ou evento venha a se realizar.

a) A negação dupla, que reforça em vez de anular, é um recurso consagrado e de


raízes profundas no português.

b) Como aliás sempre soubemos, até surgirem os sabichões.

c) Quem sabe perguntar chega aonde quiser, eis a moral do ditado.

d) É o que vêm repetindo muitos professores nos últimos anos.

e) A verdade é que não existe nada mais tosco no mundo do sabichonismo do que
supor que línguas naturais sejam submissas à linguagem matemática.

1472) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.
Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento
que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.
Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.
Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a
velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.
Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.
Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.
Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que
nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.
Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um.
Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com
certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.
(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)

¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

De acordo com o texto, a aplicação da inteligência artificial em máquinas e


processos
a) exige plena gestão dos negócios, assim como a abertura de novos cargos
gerenciais.
b) requer menor índice de compreensão dos processos, bem como da facilidade de
tomadas de decisão.
c) demanda constante atualização profissional para o desenvolvimento de novas
competências.
d) exige a criação de organizações complexas, do mesmo modo que possibilita o
aumento de postos de trabalho.
e) carece de pessoas com formação técnica habituadas a realizar tarefas que
prescindam de criatividade.
1473) Concurso: PEB I/Pref SBC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Universidade e inteligência artificial, o advento dos robôs

Sempre houve, em países desenvolvidos, forte relação entre necessidades da


sociedade e boas universidades. Desde a emergência da inteligência artificial, sua
função principal foi a de preparar estudantes para os papéis necessários à época,
como pessoas letradas para conduzir os negócios da alma ou do Estado, na Europa
Medieval, ou, mais recentemente, profissões demandadas pelo mercado de
trabalho.

Da mesma forma, coube às instituições de ensino superior produzir conhecimento


que permitisse avanços no enfrentamento de desafios e no estabelecimento de
novas fronteiras.

Como nos lembra Joseph Aoun, os seres humanos caminharam na Lua, dividiram o
átomo e desenvolveram a internet a partir de pesquisas realizadas em
universidades.

Mas, há hoje, frente à emergência da inteligência artificial, uma lógica diferente: a


velocidade de extinção de empregos aumentou e passou a atingir até mesmo
trabalhos que demandam competências cognitivas não rotineiras.

Quando se lida com máquinas que aprendem, não basta demandar maior
escolaridade dos seres humanos nem ensiná- los a pensar; há que se ensinar a
pensar diferente.

Esse é o novo desafio para a universidade. Ela deve ensinar os alunos a aprender
ao longo da vida e oferecer cursos de diferentes durações e intensidades para
profissionais que mudam constantemente de postos de trabalho.

Deve também ensinar competências que são especificamente humanas, em que


nos saímos melhor que robôs, como pensamento crítico ou resolução criativa e
colaborativa de problemas, e promover duas características interligadas:
imaginação e curiosidade.

Para isso, deve se ligar em rede a outras escolas terciárias, criando o que Aoun
chama de multiversidade. Precisa ainda, acompanhar os egressos¹ em seus
caminhos profissionais com atividades que complementem a formação recebida,
inclusive cursos que não necessitam ser previamente definidos como de graduação
ou pós, com certificações por blocos independentes, ligados às necessidades de
recapacitação de cada um.

Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas formará, com
certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.
(Claudia Costin. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/
colunas/claudia-costin/2018/05/universidade-e-inteligencia-artificialo-
advento-dos-robos.shtml. Acesso em: 20.06.18. Adaptado)

¹egresso – que se afastou, que não pertence a um grupo.

Com a frase – Isso não vai resolver todo o problema criado pela automação, mas
formará, com certeza, seres humanos mais aptos a enfrentar suas consequências.
–, ao final do texto, a autora sugere a

a) criação de empregos com competências cognitivas rotineiras.

b) extinção de empregos que utilizem a inteligência artificial em máquinas.

c) ampliação do número de anos letivos nos cursos superiores do país.

d) recapacitação de pessoas para atender às necessidades do mercado de


trabalho.

e) distinção dos interesses da universidade e do mercado de trabalho.

1474) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

As falas do personagem permitem concluir que ele

a) gosta de beber e fica feliz com as informações da pesquisa que leu.


b) tem a intenção de parar de beber, por isso acha oportuno o que leu na pesquisa.
c) quer parar de beber, mas não vê como a pesquisa pode ajudá-lo com isso.
d) sugere como bom o consumo de álcool, uma vez que não dá crédito à pesquisa.
e) vai continuar bebendo porque sabe que a pesquisa não traz dados confiáveis.
1475) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

Na frase ―Ler pesquisa faz mal à saúde!‖, a crase mantém-se caso o termo ―saúde‖
seja substituído por

a) todos.

b) um alcoólatra.

c) qualquer pessoa.

d) pessoas em geral.

e) maioria das pessoas.

1476) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.

―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.

―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

O texto sugere que o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil

a) deve ser monitorado exclusivamente pelas autoridades venezuelanas, já que


inexistem casos no território brasileiro.

b) exige atenção urgente, considerando-se as mortes já confirmadas e a


perspectiva de aumento dos casos.

c) mostra-se sob controle nos dois países, o que se deu pelo alcance das
campanhas de vacinação.

d) pode estar fora de controle, considerando-se que ambos os países insistem em


omitir os dados oficiais.

e) restringe-se às populações dos ianomâmis, por isso as ações governamentais


estão sob controle.

1477) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.

―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.

―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

Os dois especialistas venezuelanos consideram que

a) o governo de seu país perdeu o domínio em relação à epidemia de sarampo.

b) o controle do surto de sarampo se deve à agilidade dos serviços de


epidemiologia.

c) o número de casos e de mortos pode estar aquém do que foi divulgado pelo
governo.

d) o surto de sarampo ainda está restrito aos domínios dos territórios indígenas
ianomâmis.

e) o conhecimento do surto de sarampo é proveniente de uma alta quantidade de


informações.
1478) Concurso: Ass TS/Pref SJC/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Fora de controle, o surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e o Brasil já


matou 73 ianomâmis neste ano, segundo números oficiais de ambos os países.
Desses, apenas um caso foi registrado em território brasileiro.

Do lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram confirmadas


19 mortes de ianomâmis apenas entre agosto e setembro, segundo boletim
epidemiológico da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que se baseia em
informações repassadas pelo governo venezuelano.

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha temem que o número de casos
e de mortos seja ainda maior.

―De acordo com a informação que recebemos diretamente de agentes comunitários


de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos estão
aumentando, que o surto se expandiu a outros setores e comunidades e que há um
número maior de mortos pela doença‖, diz Luis Bello, da Associação Wataniba, que
promove direitos indígenas. Ele também afirma que o governo venezuelano tem
dificuldades logísticas e de apoio aéreo para o combate ao sarampo.

―A única informação que temos é a publicada por meio da Opas uma vez ao mês,
no melhor dos casos‖, afirma Julio Castro, professor do Instituto de Medicina
Tropical da Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais importante do país.

―Mas os médicos que estão nos hospitais nos dizem que os serviços de
epidemiologia são lentos para classificar os casos. Ou seja, há uma burocracia
relacionada e uma evolução natural sem que o governo tenha controle em nível
nacional.‖

Segundo ele, a epidemia na Venezuela mostra que a cobertura vacinal no país


governado por Nicolás Maduro teve uma queda vertiginosa há pelo menos uma
década.

(Fabiano Maisonnave. Folha de S.Paulo. 05.10.2018. Adaptado)

Leia os enunciados:

Do lado venezuelano, __________ vivem cerca de 16 mil ianomâmis, foram


confirmadas 19 mortes de ianomâmis...

Dois especialistas venezuelanos ouvidos pela Folha têm medo ___________ o


número de casos e de mortos seja ainda maior.
De acordo com a informação ___________ temos acesso diretamente de agentes
comunitários de saúde ianomâmis, a situação atual parece indicar que os casos
estão aumentando.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas dos enunciados devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) no qual … de que … nas quais

b) que … que … de que

c) o qual … que … os quais

d) que … de que … em que

e) no qual … de que … a que

1479) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
De acordo com o texto, as roupas usadas por Helenice tinham por objetivo mostrar

a) o gosto pessoal dela.

b) o interesse por estilos modernos.

c) a naturalidade e o conforto.

d) a diferença social.

e) o bom senso ao se vestir.

1480) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
Segundo o texto, no primeiro dia da reportagem, Helenice reagiu com

a) tranquilidade.

b) tristeza.

c) indiferença.

d) ânimo.

e) agressividade.

1481) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
Conforme o texto, os vendedores dão importância às pessoas de acordo com

a) o valor das compras que elas fazem.

b) a rapidez na decisão de comprar.

c) a educação delas com os atendentes.

d) a quantidade de produtos que adquirem.

e) o nível social a que elas aparentam pertencer.

1482) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Sociedade escrava das aparências

A mistura de indelicadeza e discriminação social foi tema de uma reportagem feita


pela jornalista Helenice Laguardia. Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de
shoppings sofisticados de Belo Horizonte: no primeiro, vestida com uma calça de
moletom, uma camisa masculina e chinelos; no segundo dia, ―fantasiada‖ de
madame, com vestido de tecido fino e usando joias.

No primeiro dia, Helenice ia ao banheiro várias vezes para chorar e se acalmar. Foi
ignorada, humilhada e muito observada por seguranças. Alguns vendedores riram
dela, outros fizeram perguntas agressivas ou até mesmo ofensivas, e muitos
simplesmente fingiram que ela não estava ali. Em nenhuma das 27 lojas ela
encontrou uma demonstração de gentileza.

No segundo dia, porém, com roupas de madame e sem ser reconhecida pelos
vendedores, Helenice recebeu tratamento excelente, não teve que esperar para ser
atendida, viu produtos que na véspera estavam ―em falta‖, ouviu elogios, tomou
café e saiu dos shoppings morrendo de raiva, sentindo-se pior do que no dia
anterior. Ela não sabia que as pessoas eram capazes dessa crueldade. Por mais que
tivesse consciência de tudo o que acontece no mundo, ela não enxergava essa
maldade. Viu que as pessoas valem pelo que vestem, que é tudo um grande teatro,
uma grande ilusão. Ela não culpa os vendedores, o que Helenice questiona são os
valores de uma sociedade escrava das aparências, em que as pessoas tratam bem
apenas quem interessa a elas.

(Leila Ferreira. A arte de ser leve. São Paulo: Globo, 2010. Adaptado)
No trecho – Durante dois dias, ela visitou 27 lojas de shoppings sofisticados… – a
palavra destacada pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

a) invejados.

b) procurados.

c) requintados.

d) espaçosos.

e) famosos.

1483) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia os textos dos quadrinhos para responder à questão.

(http://www.blogcariri.com.br – Acesso em 13.01.2018)

Conforme a leitura do 2º e 3º quadrinhos, é correto afirmar que o menino se refere

a) à dificuldade de enxergar de perto.

b) a pessoas que são deficientes visuais.

c) a outro sentido da palavra visão.

d) a problemas de visão que requerem cirurgia.

e) a situações em que o melhor é usar lentes.


1484) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

Leia os textos dos quadrinhos para responder à questão.

(http://www.blogcariri.com.br – Acesso em 13.01.2018)

De acordo com a leitura do último quadrinho, é correto afirmar que o menino está
se referindo
a) ao quanto as pessoas desvalorizam a aparência.
b) à dificuldade de se perceber a essência das pessoas.
c) à necessidade de enxergar para avaliar bem as aparências.
d) a problemas de baixa visão de muitas pessoas.
e) à discriminação com os que têm problemas visuais graves.

1485) Concurso: Moto/Pref Barretos/2018 Banca: VUNESP

A alternativa em que a colocação dos pronomes e a concordância das palavras está


de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa está em:

a) Não nos disseram que as reportagens seriam demoradas.

b) As clientes que informaram-me o fato estavam mais tranquila.

c) Ela mesmo nunca dispôs-se a ajudar os próprios irmãos.

d) Quem perguntou-lhes se haveria mais duas ou três oferta?

e) Sua mãe parecia meia nervosa quando apresentou- se para nós.


1486) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.

Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas


para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.

O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à


capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.

Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no


princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

De acordo com o texto, a falta de investimentos em transportes públicos

a) desestimula o uso do espaço público para eventos associados ao turismo.

b) provoca o crescimento desordenado do espaço urbano nas áreas centrais da


cidade.

c) prejudica a descentralização do espaço urbano e o aceleramento da urbanização.


d) representa um prejuízo anual de 9,3 bilhões à economia brasileira.

e) resulta em prejuízos à economia e compromete a qualidade de vida da


população.

1487) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.

Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas


para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.

O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à


capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.

Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no


princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)
Segundo informações do texto, consta(m) entre os investimentos que podem
contribuir para a urbanização eficaz:

a) a expansão da oferta de transporte sustentável e a democratização na conexão


entre bairros que circundam a cidade.

b) o estímulo ao aumento frequente de pessoas que vivem em áreas urbanas e a


redução da demanda por mobilidade.

c) a melhoria das condições para o tráfego de veículos particulares e a busca de


projetos inovadores em outros países.

d) a adoção de medidas de incentivo ao deslocamento de pessoas que vivem em


áreas urbanas para o entorno das cidades.

e) a divisão de responsabilidades, atribuindo ao setor privado a criação de


tecnologias de gerenciamento e, ao poder público, a melhoria da mobilidade
urbana.

1488) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.

Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas


para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.

O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à


capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.
Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no
princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

Segundo o texto, nas chamadas cidades inteligentes, o que pode contribuir para a
obtenção de resultados positivos de urbanização é

a) o incentivo à redução da demanda por transporte em áreas pouco urbanizadas.

b) o estudo das projeções da ONU acerca dos maiores centros urbanos nacionais.

c) a aplicação de recursos tecnológicos informacionais e de comunicação.

d) a oferta de investimentos públicos para estimular o crescimento econômico.

e) a disposição dos gestores de enfrentar o problema do aumento populacional.

1489) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.

Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas


para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.
O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à
capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.

Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no


princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

O termo destacado na frase do último parágrafo – Como resultado disso podem-se


citar grandes projetos e investimentos focados no princípio do espaço público útil…
– refere-se

a) à opção de mais da metade da população por viver em áreas urbanas.

b) ao emprego de tecnologias como suporte operacional.

c) às discussões sobre o desenvolvimento das cidades.

d) à expansão da oferta de transporte sustentável.

e) à emissão de gases de efeito estufa.

1490) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.
Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas
para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.

O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à


capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.

Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no


princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

Considere as frases do texto.

• ―… um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade delas vive em áreas
urbanas.‖

• ―… oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de gases de efeito


estufa…‖

• ―… e deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso‖.

As preposições destacadas expressam, correta e respectivamente, noção de

a) modo, ausência e causa.

b) definição, meio e direção.

c) causa, concessão e instrumento.

d) finalidade, modo e direção.

e) lugar, ausência e finalidade.


1491) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Cidades inteligentes e urbanização eficaz

A população mundial tem um aumento diário de 100 mil pessoas e mais da metade
delas vive em áreas urbanas. Projeções da ONU mostram que a população global
deve chegar a 9,3 bilhões de pessoas até 2050, 66% dos quais morarão em áreas
urbanas.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro revela que a
falta de investimentos em transportes públicos, com o consequente aumento nos
congestionamentos, diminui a qualidade de vida dos cidadãos e causa prejuízos
anuais de R$111 bilhões à economia brasileira.

Além disso, a questão ambiental é premente. Logo, encontrar soluções concretas


para a expansão da oferta de transporte público com qualidade e sem emissão de
gases de efeito estufa, que garantam o bem-estar da população, está no horizonte
de todos os agentes responsáveis por direcionar as discussões em torno do
desenvolvimento das cidades.

O conceito de ―cidades inteligentes‖ está diretamente ligado à infraestrutura e à


capacidade do uso de tecnologias para a construção de serviços e ações
sustentáveis. Uma cidade inteligente utiliza as tecnologias da informação e
comunicação como suporte para o aumento de eficiência operacional de seu centro
urbano.

Como resultado disso pode-se citar grandes projetos e investimentos focados no


princípio do espaço público útil, conectando bairros que antes não entravam no eixo
turístico e sempre buscando boas opções de transporte sustentável. Desenvolver
um planejamento de mobilidade é bastante complexo para a engenharia urbana e
deve se basear em dados reais da cidade para ter sucesso. O importante é se
pensar em fatores que possam contribuir para o desenvolvimento ou melhoria da
cidade, que já é ou pode se tornar inteligente.

(Cristiano Lopes Saito. Revista Planeta. Edição 531, ano 45, jun 2017. Adaptado)

Nas passagens ―... a questão ambiental é premente‖. e ―… utiliza as tecnologias da


informação e da comunicação como propulsoras…‖, os termos em destaque
significam, correta e respectivamente:

a) dispensável e progressistas.
b) urgente e impulsionadoras.
c) remoto e persistentes.
d) posterior e impulsivas.
e) instantâneo e resistentes.
1492) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos.


Acesso em 15.07.2018)

A leitura da tira revela que o garoto Calvin

a) tem a expectativa de encontrar aventuras e animação em Marte.

b) comporta-se em Marte como um legítimo protetor do meio ambiente.

c) compara a Terra a Marte sem depreciar nosso planeta como lugar para viver.

d) contradiz seu discurso ao contribuir para dar início à poluição em Marte.

e) discorda do amigo tigre quanto a estar agindo para poluir o ambiente.


1493) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. O melhor de Calvin. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/quadrinhos.


Acesso em 15.07.2018)

Com a substituição dos termos destacados nas frases ―Só deixei ele ali um minuto.
Já ia tirar.‖, a redação estará de acordo com a norma-padrão da língua e
preservando o sentido do texto original em:

a) Só o deixei ali um minuto. Já iria tirar.

b) Só deixei-o ali um minuto. Já vou tirar.

c) Só o deixei ali um minuto. Já fui tirar.

d) Só deixei-o ali um minuto. Já irei tirar.

e) Só deixei-o ali um minuto. Já foi tirar.


1494) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A vida não mais nos pertence

Os encontros deveriam ser marcados na última hora. Pena que não funcionam.
Agendamos compromissos quando estamos dispostos de manhã e não nos damos
conta da exaustão do final do dia. Planejamos um cinema, um show, uma balada
com amigos no momento de tranquilidade, e não percebemos que ainda teremos
que atravessar um percurso inteiro de preocupações. Não há como ter
conhecimento prévio do estresse que nos espera.

Sempre ocorre um desgaste mental, um jogo de nervos, um dilema moral: será


que vou ou não vou?

O contentamento vai desaparecendo lentamente, devido às atribulações da rotina.


Somos um ao combinar saídas e outro completamente diferente na véspera de sair.
Não é desamor pelas amizades, não é velhice ou depressão, é simplesmente
cansaço inesperado. Não possuímos controle do que virá pela frente, dos
improvisos e desmandos profissionais. Somos sugados pela carga cada vez maior
do emprego, pois não descansamos nem um minuto dos apelos das obrigações, dos
e-mails e das ligações. Morreu o lanche da tarde que animava o serviço e renovava
o gás – o recreio e a sirene ficaram enterrados na vida escolar. A jornada de 8
horas é folclore – não conheço quem não se dedique mais de 12 horas para a
sobrevivência.

Quando um amigo desmarca um encontro, não condeno. Perdoo os furões. Sei que
ele também é vítima da insalubridade digital.

(Fabrício Carpinejar. Disponível em: http://carpinejar.blogspot.com/2018/01/a-vida-nao-mais-nos-


pertence.html. Acesso em: 23.08.2018. Fragmento).

De acordo com a opinião do autor, os encontros com os amigos

a) poderão acontecer se forem marcados em momentos em que nossa disposição é


maior.

b) causam-nos contentamento, desde que não tenhamos falta de amor por eles.

c) podem ser desmarcados, em decorrência do cansaço e das atribuições da rotina


diária.

d) são agradáveis diante do desejo de rever pessoas com as quais há muito tempo
não se tem contato.

e) são obrigatórios, diante da necessidade de preservar a amizade por toda a vida.


1495) Concurso: ACS/Pref RP/2018 Banca: VUNESP

A vida não mais nos pertence

Os encontros deveriam ser marcados na última hora. Pena que não funcionam.
Agendamos compromissos quando estamos dispostos de manhã e não nos damos
conta da exaustão do final do dia. Planejamos um cinema, um show, uma balada
com amigos no momento de tranquilidade, e não percebemos que ainda teremos
que atravessar um percurso inteiro de preocupações. Não há como ter
conhecimento prévio do estresse que nos espera.

Sempre ocorre um desgaste mental, um jogo de nervos, um dilema moral: será


que vou ou não vou?

O contentamento vai desaparecendo lentamente, devido às atribulações da rotina.


Somos um ao combinar saídas e outro completamente diferente na véspera de sair.
Não é desamor pelas amizades, não é velhice ou depressão, é simplesmente
cansaço inesperado. Não possuímos controle do que virá pela frente, dos
improvisos e desmandos profissionais. Somos sugados pela carga cada vez maior
do emprego, pois não descansamos nem um minuto dos apelos das obrigações, dos
e-mails e das ligações. Morreu o lanche da tarde que animava o serviço e renovava
o gás – o recreio e a sirene ficaram enterrados na vida escolar. A jornada de 8
horas é folclore – não conheço quem não se dedique mais de 12 horas para a
sobrevivência.

Quando um amigo desmarca um encontro, não condeno. Perdoo os furões. Sei que
ele também é vítima da insalubridade digital.

(Fabrício Carpinejar. Disponível em: http://carpinejar.blogspot.com/2018/01/a-vida-nao-mais-nos-


pertence.html. Acesso em: 23.08.2018. Fragmento).

Assinale a alternativa em que a reescrita de passagem do texto está adequada


quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua.
a) Os improvisos e os desmandos profissionais impossibilita as pessoas de cumprir
com os compromissos agendado antecipadamente.
b) É planejado shows e baladas com amigos, sem considerar as preocupações que
surge ao longo do dia.
c) É possível cancelar encontro previamente agendados se for considerado o ânimo
e o entusiasmo dos amigos.
d) Procurar desculpas para não comparecer a um encontro é perdoável entre
amigos de longa data.
e) Para a sobrevivência no emprego, são necessários o cumprimento de
aproximadamente 12 horas de trabalho ininterrupto.
1496) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofreniae transtorno bipolar. O
grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota, ambos
do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e
o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de


vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)
Sobre a pesquisa noticiada no texto, é correto afirmar, segundo informações nele
presentes, que

a) um grupo de pesquisadores, composto somente por profissionais da saúde,


inspirou-se na obra de Freud para desenvolver o estudo.

b) o caráter objetivo do estudo revela a sua importância, pois estabelece um


avanço sem precedentes no diagnóstico de doenças mentais.

c) há uma semelhança clara na forma como esquizofrênicos e pessoas sem


doenças mentais fazem seus relatos de sonho, mas o estudo consegue detectar
pequenas diferenças.

d) a interpretação do profissional da área é fundamental para o diagnóstico,


podendo-se abrir mão de recomendações previamente formuladas por sociedades
da área.

e) um diagnóstico é alcançado baseado na exposição oral do que o paciente


sonhou, não se analisando o sonho, mas a forma como essa exposição é feita.

1497) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.
Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de
vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

Quanto à metodologia utilizada no estudo noticiado, é correto afirmar, a partir das


informações do texto, que

a) os pesquisadores utilizaram os relatos de sonho para entender por que alguns


pacientes sofrem de insônia.

b) os relatos de sonhos e os relatos de estado de vigília são comparados para


detectar doenças mentais.

c) os pacientes estudados não apresentavam sinais de doenças mentais antes do


estudo.

d) o estudo foi realizado com pacientes de ambulatórios em hospitais públicos do


Rio Grande do Norte e de Pernambuco.

e) as diferenças encontradas nos relatos do dia (estado de vigília) foram decisivas


para se chegar a um diagnóstico.

1498) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do
paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de


vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

No trecho ―Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam‖,
a expressão em destaque marca a ideia de

a) rejeição de um fato.

b) reiteração de uma verdade.

c) oposição entre dois momentos.

d) um obstáculo para uma situação.

e) ratificação de um momento passado.


1499) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da


psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o
caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente.
Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os
relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais
precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota,
ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do


paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. ―De acordo com a
combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o
diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área‖, diz.

―Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação


subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários,
precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato‖, acrescenta
Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos


subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir
computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um
exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de


vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de
psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três
grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade;
e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de


computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos
outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam.
Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam


programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em:
BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)
A expressão em destaque ―são detectados em um exame do estado mental‖ está
corretamente substituída e com o sentido preservado em
a) descobertos por.
b) criados com.
c) estabelecidos para.
d) averiguados sob.
e) exibidos sobre.

1500) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

Entre colchetes, verifica-se substituição correta em:

a) eles contam seus sonhos [eles contam-os].


b) identifica os sinais e os sintomas [identifica-nos].
c) gravaram os relatos [gravaram-lhes].
d) medir computacionalmente certos sintomas [medilas computacionalmente].
e) diagnosticar doenças mentais [diagnosticá-las].

1501) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

(Laerte. Folha de S. Paulo, 28.07.2018. Adaptado)


Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta para a tira.

a) Cidadãos pré-selecionados podem ter um momento em rede nacional para falar


do que quiserem.

b) Faz-se uma crítica aos programas de televisão, que só divulgam notícias


sensacionalistas.

c) As pessoas estão ocupadas com seus afazeres, sem se atentar ao que se diz na
TV.

d) Comunicados em rede nacional só são ouvidos quando quem apresenta é do


sexo masculino.

e) Programas de alta audiência só são vistos por pessoas que não estão prestando
atenção.

1502) Concurso: Aux Adm/SAAE Barretos/2018 Banca: VUNESP

(Laerte. Folha de S. Paulo, 28.07.2018. Adaptado)


O texto do segundo quadrinho pode ser substituído sem prejuízo do sentido e da
correção gramatical por

a) ... já que ninguém se importa com o sonho dos outros.

b) ... porquanto ninguém dá bola para o sonho dos outros.

c) ... a menos que ninguém ligue para os sonhos alheios.

d) ... ainda que ninguém atente ao sonho dos outros.

e) ... na medida em que ninguém dá importância ao sonho dos outros.

1503) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.

Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no


mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.
Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

Para o autor do texto,

a) a pobreza é problemática, porque impede que a população tenha acesso a uma


alimentação que vá além do café com pão.

b) o fato de não ter um celular é algo louvável, pois os adolescentes hoje estão
muito presos à tecnologia.

c) os adolescentes buscam aceitação para aumentar ainda mais uma característica


que é muito própria dessa idade: a autoconfiança.

d) a sociedade pressiona todos a serem consumidores, o que dificulta o sentimento


de aceitação por parte daqueles que não têm acesso a tudo.

e) o ato de postar fotos e de mandar mensagens incomoda quem não tem os


mesmos hábitos.

1504) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.

Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.
Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no
mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.

Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

Para o autor, o que constrangia o jovem sentado à mesa ao lado era

a) a maneira como o jovem estava vestido, inadequada ao lugar.

b) a falta de uma tela para olhar e se sentir como todos os outros.

c) o fato de todos na padaria se comportarem da mesma forma, desconectados


fisicamente.

d) o ato do autor do texto de guardar o próprio celular por empatia pelo jovem.

e) a atenção que estava atraindo na padaria, por não pertencer ao local.

1505) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho da crônica para responder à questão.

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.
Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no


mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.

Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que se reescreve trecho do texto, respeitando-se as


ideias originais e em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa:

a) Porque bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz


economicamente vulnerável. (2º parágrafo)

b) Embora o que me chamou a atenção tenha sido o fato que alguns na padaria
conversavam em suas mesas, todos os demais aproveitavam para mexer no
celular, menos ele. (3º parágrafo)

c) O adolescente estava inibido, no entanto parecia não sentir pertencer àquele


lugar. (4º parágrafo)

d) Mais do que os adultos, os adolescentes buscam aceitação, ainda que tentando


ser diferentes. (5º parágrafo)

e) Que mundo difícil esse que cria cidadãos, mas também cria consumidores. (6º
parágrafo)
1506) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos
abismos sociais tão cruéis?

A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da


minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que
bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente
vulnerável, humilde.

Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado
de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança
foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais
aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o
café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.

Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele
não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens,
postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não
devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.

Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no


mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar
e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos,
os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do
que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.

Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo
onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E
acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores
e não cidadãos.

Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à
minha frente e para o vazio da parede adiante.

(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)

No trecho ―… o fato de não ter a que se ater, além da comida […] o chateava‖
(6º parágrafo), as expressões destacadas podem ser, correta e respectivamente,
substituídas por:

a) de que se distrair / lhe perturbava


b) a que se dedicar / lhe incomodava
c) a que se ocupar / o aborrecia
d) com o que se entreter / o consumia
e) contra o que se debruçar / o molestava
1507) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia as notícias 1 e 2 para responder à questão.

Notícia 1

A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença. A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana,
não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno
– exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), sendo mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.

Na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, pelo menos 40 mil
animais foram mortos desde agosto em razão da doença. Quarto maior exportador
mundial, o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo
um mercado-chave para importadores. Hoje, cerca de 20% dos embarques
brasileiros de carne suína têm como destino a China, seguido de Hong Kong, que
responde por percentual semelhante.

(Joana Colussi. “Brasil reforça vigilância para manter peste suína africana
longe do país”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 21.09.2018. Adaptado)

Notícia 2

O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos,


receberá a ajuda de um cão treinado para evitar a entrada de produtos
contaminados que possam espalhar a peste suína e a febre aftosa pelo país. Thor,
um labrador, ajudará os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no
posto de Vigilância Internacional Agropecuária (Vigiagro) do aeroporto na
fiscalização de cargas e bagagens que chegam ao terminal.

No processo de fiscalização, os auditores avaliam a procedência do voo, o ponto de


origem onde se inicia a viagem, o perfil dos passageiros, as características das
cargas e bagagens e a possibilidade de conterem produtos que ofereçam riscos
relativos à introdução destas doenças no país.

―A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos. A partir daí, o Thor entra em ação e nos ajuda
na identificação e apreensão destes produtos por meio do faro muito sensível‖,
disse o auditor-fiscal Angelo de Queiroz, coordenador da operação.

(Camila Boehm. “Aeroporto recebe ajuda de labrador para evitar entrada


de peste suína”. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2018. Adaptado)
Segundo informações encontradas nas notícias 1 e 2, é possível afirmar que

a) há uma preocupação quanto à contaminação de animais na China, haja vista


que o Brasil importa carne suína de lá.

b) o cão Thor está sujeito a contrair a doença viral, já que o animal estará em
contato com possíveis produtos contaminados.

c) além da peste suína, a febre aftosa também é fator de preocupação dos órgãos
sanitários brasileiros.

d) a peste suína clássica, por ser mais ameaçadora que a peste suína africana,
exige maior atenção do governo brasileiro, que está em vias de erradicá-la.

e) mesmo sendo a maior produtora de carne suína no mundo, a China importa


esse tipo de carne do Brasil.

1508) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia as notícias 1 e 2 para responder à questão.

Notícia 1

A peste suína africana foi erradicada no Brasil em 1984, deixando o país livre da
doença. A enfermidade é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana,
não sendo transmitida ao homem, mas é altamente infecciosa para o rebanho suíno
– exigindo o sacrifício dos animais por determinação da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), sendo mais perigosa e fatal do que a peste suína clássica.

Na China, maior produtor e consumidor mundial de carne suína, pelo menos 40 mil
animais foram mortos desde agosto em razão da doença. Quarto maior exportador
mundial, o Brasil quer garantir a sanidade do próprio rebanho para continuar sendo
um mercado-chave para importadores. Hoje, cerca de 20% dos embarques
brasileiros de carne suína têm como destino a China, seguido de Hong Kong, que
responde por percentual semelhante.

(Joana Colussi. “Brasil reforça vigilância para manter peste suína africana
longe do país”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 21.09.2018. Adaptado)

Notícia 2

O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos,


receberá a ajuda de um cão treinado para evitar a entrada de produtos
contaminados que possam espalhar a peste suína e a febre aftosa pelo país. Thor,
um labrador, ajudará os auditores-fiscais federais agropecuários que atuam no
posto de Vigilância Internacional Agropecuária (Vigiagro) do aeroporto na
fiscalização de cargas e bagagens que chegam ao terminal.

No processo de fiscalização, os auditores avaliam a procedência do voo, o ponto de


origem onde se inicia a viagem, o perfil dos passageiros, as características das
cargas e bagagens e a possibilidade de conterem produtos que ofereçam riscos
relativos à introdução destas doenças no país.

―A esses parâmetros soma-se a avaliação prévia do risco sanitário associado a


produtos agropecuários específicos. A partir daí, o Thor entra em ação e nos ajuda
na identificação e apreensão destes produtos por meio do faro muito sensível‖,
disse o auditor-fiscal Angelo de Queiroz, coordenador da operação.

(Camila Boehm. “Aeroporto recebe ajuda de labrador para evitar entrada


de peste suína”. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 05.10.2018. Adaptado)

Pode-se dizer que a notícia 2

a) complementa a notícia 1, porque apresenta um aspecto específico introduzido


na notícia 1.

b) contradiz a notícia 1, porque apresenta informações divergentes do que foi


relatado na notícia 1.

c) contextualiza a notícia 1, porque explica de maneira mais geral do que trata a


notícia 1.

d) sintetiza a notícia 1, porque resume as informações principais da notícia 1.

e) corrige informação dada na notícia 1, pois havia uma imprecisão na notícia 1


que precisou ser corrigida.
1509) Concurso: Tele/CM Olímpia/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Scott Adams. Dilbert, 2013)


Na tira, pode-se observar que

a) a personagem masculina demonstra companheirismo ao tentar levar a ideia de


sua colega para a diretora.

b) a diretora se mostra a todo momento insatisfeita com as ideias que lhe foram
apresentadas, chegando a bater em seu subordinado.

c) no primeiro quadrinho, a personagem feminina, após ter ouvido seu colega,


recapitula a ideia que originalmente era dele.

d) a personagem feminina se incomoda na sala da diretora com as palavras


rebuscadas que seu colega utiliza, porque isso pode prejudicar a aprovação da
ideia.

e) a diretora se dá conta de que a personagem masculina estava tentando roubar


a ideia de sua colega e toma uma atitude.

1510) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Considere o cartum para responder à questão.

(Bob Thaves. Frank & Ernest. Estadão. https://cultura.estadao.com.br)

Um dos temas abordados no cartum diz respeito

a) à falta de figuras dispostas a tomar a frente na disputa pelo poder político.

b) à lentidão no desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a


comunicação.

c) à dificuldade de certos grupos em determinar quem sejam seus líderes.

d) ao descaso com que os humanos tratam da existência de vida extraterrestre.

e) aos avanços que o diálogo entre diferentes comunidades trouxe à sociedade


atual.
1511) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Considere o cartum para responder à questão.

(Bob Thaves. Frank & Ernest. Estadão. https://cultura.estadao.com.br)

A relação de sentido estabelecida entre as afirmações do alienígena está


preservada na seguinte frase:

a) De tanto que pedi para me apresentarem o líder deles, começaram a discutir.

b) Depois que pedi para me apresentarem o líder deles, começaram a discutir.

c) Ainda que tenha pedido para me apresentarem o líder deles, começaram a


discutir.

d) Pedi para me apresentarem o líder deles e, no entanto, começaram a discutir.

e) Pedi para me apresentarem o líder deles, à medida que começaram a discutir.

1512) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Considere o cartum para responder à questão.

(Bob Thaves. Frank & Ernest. Estadão. https://cultura.estadao.com.br)


A frase ―Eu só pedi que me apresentassem o líder deles.‖ estará corretamente
reescrita, sem prejuízo do sentido, em:
a) Eu pedi apenas que me apresentassem o líder deles.
b) Eu apenas, pedi que me apresentassem o líder deles.
c) Eu pedi que me apresentassem apenas o líder deles.
d) Eu pedi que apenas, me apresentassem o líder deles.
e) Eu pedi que me apresentassem o líder apenas deles.

1513) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)


Segundo o que se afirma no texto, o livro Factfulness

a) tem o propósito de investigar as formas de tirar o planeta do abismo em que


caiu.

b) propõe-se a provar que os serviços oferecidos à população mundial são


suficientes.

c) apresenta dados que mostram que o planeta não está tão mal quanto pode
parecer.

d) expõe condições ideais de tratamento dos seres humanos em diferentes áreas


sociais.

e) possui o mérito de explicar por que a humanidade não evoluiu tanto quanto
deveria.

1514) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.
Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como terapia‖. Mas
isso em nada diminui o valor da obra...

O emprego do vocábulo ―Mas‖ permite concluir que, em livros do estilo de


Factfulness, o tom de autoajuda pode ser considerado como indício de um texto

a) científico.

b) literário.

c) requintado.

d) melancólico.

e) defeituoso.

1515) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

O prefixo que inicia o vocábulo destacado em ―O tom é de autoajuda." também


está presente, e com o mesmo sentido, na palavra

a) autoral.

b) autorização.

c) autódromo.

d) autoatendimento.

e) autoritário.

1516) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

Quando se inicia o quarto parágrafo com a afirmação de que a ―maioria dos


indivíduos testados se sai extremamente mal‖, sugere-se que a maior parte dos
leitores de Factfulness

a) sentem-se prejudicados pela distribuição desigual dos itens que atestam a


melhora das condições sociais.

b) têm uma visão negativa acerca da situação do planeta quanto à distribuição de


renda, por exemplo.

c) são mais alienados que a média da população mundial quanto aos fatos
referentes à sua própria história.

d) encontram dificuldade em perceber o quanto são privilegiados em comparação


com outros grupos sociais.

e) estão equivocados ao ver a pobreza como um problema que deve ser priorizado
pelos governantes.
1517) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

Preservando a coesão textual, a expressão ―Na sequência‖, no quarto parágrafo,


pode ser substituída por:

a) Para exemplificar o que foi dito


b) Enquanto analisa os fatos
c) Ao retornar às novidades
d) Retificando as informações anteriores
e) Após apresentar as notícias positivas
1518) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

A forma verbal ―esmiúça‖, empregada no quarto parágrafo, equivale à expressão:


a) menciona exaltadamente.
b) resume superficialmente.
c) repete insistentemente.
d) explica minuciosamente.
e) compara ironicamente.
1519) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

A menção de Steven Pinker, Michael Shermer e Deirdre McCloskey, no quarto


parágrafo, serve ao propósito de
a) contestar a tese central de Hans Rosling.
b) retocar algumas afirmações de Hans Rosling.
c) dar suporte ao ponto de vista de Hans Rosling.
d) retratar como ultrapassadas as ideias de Hans Rosling.
e) mostrar que é controversa a opinião de Hans Rosling.
1520) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

À beira do abismo?

Se você é uma daquelas pessoas que acredita que o mundo caminha rapidamente
para o abismo, o livro Factfulness, de Hans Rosling e família, pode ser um bom
remédio. O tom é de autoajuda. O próprio autor usa a expressão ―dados como
terapia‖. Mas isso em nada diminui o valor da obra, cujo propósito é mostrar que o
planeta é um lugar bem melhor do que a maioria das pessoas pensa.

O médico sueco Hans Rosling, que teve como coautores seu filho Ola e sua nora
Ana, basicamente usa montanhas de dados para nos convencer de que quase todas
as nossas intuições sobre o estado econômico, sanitário e social dos humanos na
Terra estão erradas, e o ritmo em que as melhoras têm ocorrido é surpreendente.

Rosling, que morreu no ano passado, antes da conclusão da obra, apela aos
truques dos bons conferencistas, atividade na qual se consagrou. Ele começa
submetendo seus leitores a testes de múltipla escolha com questões sobre
distribuição de renda, gênero, educação, violência, saúde etc.

A maioria dos indivíduos testados se sai extremamente mal, e é aí que ele


aproveita para dar as boas novas, isto é, informações como a de que a proporção
de pessoas vivendo em pobreza extrema caiu à metade nos últimos 20 anos ou de
que mais de 80% das crianças do mundo têm acesso a vacinas. Na sequência,
Rosling esmiúça dez vieses (ele chama de instintos) que conspiram para que as
pessoas não assimilem esse tipo de informação, que, vale ressaltar, tem sido
destacada também por autores como Steven Pinker, Michael Shermer, Deirdre
McCloskey.

Rosling não está afirmando que chegamos a um mundo ideal e não há mais nada a
fazer. Ao contrário, diz que ainda há muito sofrimento desnecessário e que
podemos melhorar. Mas um dos requisitos para tomar as decisões certas é ter uma
noção realista da situação em que nos encontramos, e, nisso, boa parte da
humanidade fracassa.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. www.folha.uol.com.br. 02.09.2018. Adaptado)

Uma palavra que descreve Hans Rosling de modo coerente com o que se expõe no
texto é:

a) alienado.
b) pessimista.
c) ingênuo.
d) realista.
e) contraditório.
1521) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

A concordância e a grafia das formas verbais estão em conformidade com a norma-


padrão da língua na frase:

a) Autores como Steven Pinker, Michael Shermer e Deirdre McCloskey também têm
destacado esse tipo de informação.

b) Esse tipo de informação também veem sendo destacado por autores como
Steven Pinker, Michael Shermer e Deirdre McCloskey.

c) Esse tipo de informação também se mantêm destacado por autores como Steven
Pinker, Michael Shermer eDeirdre McCloskey.

d) Também dispõe-se a destacar esse tipo de informação autores como Steven


Pinker, Michael Shermer e Deirdre McCloskey.

e) Autores como Steven Pinker, Michael Shermer e Deirdre McCloskey também se


compromete a destacar esse tipo de informação.

1522) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Um relatório do Fórum Econômico Mundial de 2016 afirma que, em 2050, teremos


mais plástico nos oceanos do que peixes. Segundo o documento, a cada ano
despejamos 8 milhões de toneladas de plástico. É uma caçamba de caminhão de
lixo sendo jogada nas águas por minuto. Se nada for feito, a expectativa é de que
pule para duas por minuto em 2030 e para quatro em 2050. Hoje, diz o relatório,
temos mais de 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos.

(Estevão Bertoni. Galileu. https://revistagalileu.globo.com. 29.08.2018. Adaptado)

O vocábulo duas, em destaque no texto, remete especificamente à palavra

a) águas.

b) caçamba.

c) expectativa.

d) cada.

e) toneladas.
1523) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia as duas primeiras estrofes do poema “Minha terra!”, de Gonçalves Dias, para
responder à questão.

Quanto é grato em terra estranha,


Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;

Ouvir a pátria linguagem


Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos – da terra amada!

(Poesia lírica e indianista. São Paulo, Ática, 2003, p. 108)

Uma frase coerente com a mensagem da primeira estrofe é:

a) Um rosto estranho ao se tornar amigável faz com que o estrangeiro se sinta em


casa.

b) Um semblante menos querido em terra estrangeira torna -se apreciado por ser
conhecido.

c) Difícil é encontrar um rosto amigável em terra estranha quando não somos


bem-vindos.

d) Quando não se tem amigos, sente-se estrangeiro mesmo diante de um rosto


conhecido.

e) É muito bom encontrar um rosto familiar quando se está em uma terra


estrangeira.
1524) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia as duas primeiras estrofes do poema “Minha terra!”, de Gonçalves Dias, para
responder à questão.

Quanto é grato em terra estranha,


Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;

Ouvir a pátria linguagem


Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos – da terra amada!

(Poesia lírica e indianista. São Paulo, Ática, 2003, p. 108)

O uso do sinal gráfico de exclamação, ao final da segunda estrofe, enfatiza, por


parte do sujeito lírico, um sentimento de
a) nostalgia.
b) indignação.
c) dúvida.
d) resignação.
e) reprovação.

1525) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia as duas primeiras estrofes do poema “Minha terra!”, de Gonçalves Dias, para
responder à questão.

Quanto é grato em terra estranha,


Sob um céu menos querido,
Entre feições estrangeiras,
Ver um rosto conhecido;

Ouvir a pátria linguagem


Do berço balbuciada,
Recordar sabidos casos
Saudosos – da terra amada!
(Poesia lírica e indianista. São Paulo, Ática, 2003, p. 108)
Condizente com a primeira fase da poesia romântica no Brasil, verifica-se, no
poema,

a) a ruptura com a gramática normativa.

b) a presença do verso livre.

c) a linguagem impessoal.

d) o elogio do progresso.

e) o discurso nacionalista.

1526) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de


Almeida, para responder à questão.

Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou


tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara
por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela
mais desabrida papa-missas da cidade. Era a folhinha mais exata de todas as festas
religiosas que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que se dizia missa em tal ou
tal igreja, como a hora e até o nome do padre; era pontual à ladainha, ao terço, à
novena, ao setenário; não lhe escapava via-sacra, procissão, nem sermão; trazia o
tempo habilmente distribuído e as horas combinadas, de maneira que nunca lhe
aconteceu chegar à igreja e achar já a missa no altar.

(Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2016, p. 42)

Nesse trecho, percebe-se uma característica marcante do romance Memórias de um


sargento de milícias, qual seja:

a) a idealização da personagem feminina, o que reflete uma postura fantasiosa e


acrítica.

b) a representação caricatural da personagem, o que resulta em um discurso


cômico.

c) a elevação dos valores religiosos, condizente com uma abordagem espiritualista.

d) a descrição pormenorizada dos hábitos da elite carioca, traço típico do Realismo.

e) a tensão entre os valores materiais e espirituais, revelando um estilo barroco.


1527) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de


Almeida, para responder à questão.

Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou


tola até um certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara
por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela
mais desabrida papa-missas da cidade. Era a folhinha mais exata de todas as festas
religiosas que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que se dizia missa em tal ou
tal igreja, como a hora e até o nome do padre; era pontual à ladainha, ao terço, à
novena, ao setenário; não lhe escapava via-sacra, procissão, nem sermão; trazia o
tempo habilmente distribuído e as horas combinadas, de maneira que nunca lhe
aconteceu chegar à igreja e achar já a missa no altar.

(Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2016, p. 42)

Considere os trechos:

• ... vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade...

• ... nunca lhe aconteceu chegar à igreja e achar já a missa no altar.

As expressões destacadas podem ser substituídas, preservando a correção


conforme a norma-padrão da língua, respectivamente, por:

a) a que aderira; aconteceu a ela.

b) de que aderira; aconteceu a ela.

c) com que aderira; aconteceu à ela.

d) por que aderira; aconteceu à ela.

e) em que aderira; aconteceu à ela.


1528) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão.

A imagem de Capitu ia comigo, e a minha imaginação, assim como lhe atribuíra


lágrimas, há pouco, assim lhe encheu a boca de riso agora: vi-a escrever no muro,
falar-me, andar à volta, com os braços no ar; ouvi distintamente o meu nome, de
uma doçura que me embriagou, e a voz era dela.

(Obra completa. Vol. 1. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 840)

Nesse trecho, o narrador chama a atenção para o fascínio que Capitu exercia sobre
ele por meio do emprego da palavra:
a) imagem.
b) lágrimas.
c) ouvi.
d) embriagou.
e) voz.

1529) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão.

A imagem de Capitu ia comigo, e a minha imaginação, assim como lhe atribuíra


lágrimas, há pouco, assim lhe encheu a boca de riso agora: vi-a escrever no muro,
falar-me, andar à volta, com os braços no ar; ouvi distintamente o meu nome, de
uma doçura que me embriagou, e a voz era dela.

(Obra completa. Vol. 1. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 840)

Dom Casmurro é um romance em que


a) a voz do narrador se diferencia da voz das demais personagens como recurso
para asseverar a veracidade dos fatos narrados.
b) o relato factual predomina sobre as impressões pessoais, em virtude do viés
historiográfico da narrativa.
c) a memória e a imaginação se confundem à medida que o narrador busca dar
sentido à sua história.
d) as personagens femininas são tão voluntariosas que seu ponto de vista se
sobrepõe ao do próprio narrador.
e) a trama se desenvolve predominantemente no tempo presente da narração, e
raramente o passado é evocado.
1530) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão.

A imagem de Capitu ia comigo, e a minha imaginação, assim como lhe atribuíra


lágrimas, há pouco, assim lhe encheu a boca de riso agora: vi-a escrever no muro,
falar-me, andar à volta, com os braços no ar; ouvi distintamente o meu nome, de
uma doçura que me embriagou, e a voz era dela.

(Obra completa. Vol. 1. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1992, p. 840)

Em Dom Casmurro, assim como em grande parte da prosa de Machado de Assis,


observa-se a ênfase

a) no resgate de um passado mítico e grandioso da história do Brasil.

b) na descrição de comportamentos instintivos de pobres marginalizados.

c) na caracterização social e psicológica de personagens tipicamente urbanas.

d) na produção de um discurso regionalista que retratasse o interior do Brasil.

e) na criação de enredos cheios de aventura e ação, com vistas ao entretenimento.

1531) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à


questão.

Já sobre a fronte vã se me acinzenta


O cabelo do jovem que perdi.

Meus olhos brilham menos,


Já não tem jus a beijos minha boca.
Se me ainda amas, por amor não ames:
Traíras-me comigo.
(Obra poética. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1995, p. 279)

O poema enfoca uma temática frequente na poesia de Ricardo Reis, que diz
respeito

a) ao posicionamento do homem com relação à passagem do tempo.

b) à busca da plenitude espiritual por meio da consumação do amor carnal.


c) à exaltação do comportamento religioso, o qual nega a percepção sensível.

d) à afirmação do prazer imediato pelo culto à natureza selvagem, inexplorada.

e) ao modo como os relacionamentos se tornaram cada vez mais passageiros.

1532) Concurso: Alun Of/PM SP/2018 Banca: VUNESP

Leia o poema de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, para responder à


questão.

Já sobre a fronte vã se me acinzenta


O cabelo do jovem que perdi.

Meus olhos brilham menos,


Já não tem jus a beijos minha boca.
Se me ainda amas, por amor não ames:
Traíras-me comigo.

(Obra poética. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1995, p. 279)

No aparente paradoxo do último verso, o sujeito poético reafirma

a) a busca de uma companhia com quem se identifique tanto, ao ponto de se


confundirem.

b) a aceitação resignada da condição de alguém que não tem o mesmo vigor de


antes.

c) o propósito de cultivar as qualidades que fizeram parte do início da relação


amorosa.

d) o desejo de afastar-se temporariamente do ser amado a fim de viver sua


individualidade.

e) o desencontro entre quem ele era no passado e quem ele se tornou no presente.
1533) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)


De acordo com o autor do texto,

a) os aposentados têm se tornado clientes vantajosos para as instituições


financeiras, cujo objetivo é lhes garantir linhas de crédito com taxas menores.

b) as agências de turismo vêm concebendo roteiros de viagem específicos para


pessoas idosas cujas condições físicas são limitadas.

c) o avanço da sociedade depende da manutenção dos parâmetros que asseguram


a família tradicional como único modelo viável.

d) a sociedade valoriza a tecnologia e o consumo, mas não pode menosprezar a


dignidade com que os indivíduos devem ser tratados.

e) a pessoa, aos 50 anos de idade, já está excluída do mercado de trabalho,


mesmo que tenha larga experiência profissional.

1534) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.
A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma
família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)

Considerando o 5º e o 6º parágrafo do texto, é correto concluir que o autor

a) afirma que há divergências entre transitoriedade e continuidade quando o tema


é preservação dos laços familiares.

b) defende que, em nossa sociedade, ocorre a supremacia da continuidade sobre a


transitoriedade.

c) atesta que transitoriedade e continuidade equivalem, respectivamente, à


consolidação e à extinção dos valores familiares.

d) ressalta que transitoriedade e continuidade são sistemas beneficamente


complementares.

e) demonstra que a continuidade dos valores morais e familiares é consequência


direta da transitoriedade.

1535) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida?(A) No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente(B). Foi-se o tempo em
que o respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição
básica na ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem(C).

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido(D), por isso é preciso
questionar este mundo transitório em que vivemos(E).

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)

O autor utiliza-se do exagero para expressar suas ideias no seguinte trecho:

a) Qual o valor da experiência de vida?

b) Encontro de gerações é ficção científica atualmente.

c) E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

d) A cada dia, o conceito de continuidade é cada vez mais esquecido.

e) É preciso questionar o mundo transitório em que vivemos.


1536) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)


Considere a última frase do texto.

A mera reprodução física da raça humana não garante a sobrevivência dos


ideais da sociedade.

Os termos destacados podem ser substituídos, respectivamente e sem alteração do


sentido do texto, por:

a) eventual ... afiança ... reformulação

b) invulgar ... subestima ... permanência

c) questionável ... assevera ... credibilidade

d) pura ... enfatiza ... ampliação

e) simples ... assegura ... continuidade

1537) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.
Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá
mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)

Considere as frases elaboradas a partir do texto.

• Foi o tempo em que respeitar os mais velhos era exigência familiar.

• Pouco a pouco, as pessoas infelizmente têm esquecido o conceito de


continuidade.

De acordo com a norma-padrão de emprego e colocação dos pronomes, os trechos


destacados podem ser substituídos por:

a) os respeitar; lhe têm esquecido

b) os respeitar; o têm esquecido

c) respeitá-los; têm esquecido-o

d) respeitar-lhes; o têm esquecido

e) lhes respeitar; têm esquecido-o


1538) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Envelhecer

Qual o valor da experiência de vida? No Brasil, quase nada. Ser idoso por aqui é
―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter vivo por mais tempo e perder
para a tecnologia o direito ao respeito e ao sentimento de continuidade.

Experiência de vida vale muito pouco na hora de disputar uma vaga de emprego, e
as pessoas mais velhas só têm valor para agências de turismo que criam roteiros
para aumentar seus lucros. Os aposentados, então, são muito interessantes... para
as instituições financeiras interessadas nos juros e lucros obtidos com os
empréstimos para esse segmento.

Passar dos 50 significa uma ameaça para os planos de saúde ávidos por dinheiro
fácil. Encontro de gerações é ficção científica atualmente. Foi-se o tempo em que o
respeito aos mais velhos era pré-requisito em qualquer família e condição básica na
ética da convivência.

Mas a qualidade de vida não está resumida ao sentir-se bem fisicamente. É preciso
dignidade. E isso a tecnologia e a máquina de consumo não nos oferecem.

Para começar, a família é uma instituição em via de extinção. Compromissos


familiares, então, nem se fala. Vive-se a transitoriedade plena. A cada dia, o
conceito de continuidade é cada vez mais esquecido, por isso é preciso questionar
este mundo transitório em que vivemos.

Enquanto a transitoriedade valoriza o presente e a circunstância, a continuidade dá


mais ênfase à ligação entre jovens e idosos, perpetuando os laços afetivos
partilhados entre os familiares.

A velocidade dos acontecimentos deste século afasta a ilusão de renascer uma


família tradicional, portanto, é necessário criar novas tradições familiares, e o amor
e o respeito são as únicas forças capazes de restituir a integridade de uma família e
de uma sociedade.

Precisamos atentar para o fato de que transmitir princípios de conduta de uma


geração para a seguinte requer empenho. A mera reprodução física da raça
humana não garante a sobrevivência dos ideais da sociedade.

(Ushitaro Kamia. Folha de S.Paulo, 02.05.2008. Adaptado)


No trecho – Ser idoso por aqui é ―ganhar‖ da medicina a capacidade de se manter
vivo por mais tempo... –, empregou-se o verbo manter, que é derivado do verbo
ter.

Entre as alternativas elaboradas com outros verbos derivados de ter, assinale a


que está correta de acordo com a norma-padrão.

a) Se o juiz se ater às evidências, encerrará o caso.

b) Se as barragens contessem a água dos rios, as inundações terminariam.

c) Os programas infantis precisam ser educativos, mesmo que não entretêm


algumas crianças.

d) Se o funcionário do aeroporto detivesse o rapaz, estaria infringindo as leis de


imigração.

e) Se o procedimento reter o sangramento, a cirurgia será mais rápida.

1539) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Comandante aposentado não deixa o cockpit

Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés.
Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o
posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.

Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia
regional do Japão. ―Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu
continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?‖

O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a


trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O
país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante
população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de
natalidade.

Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia.
Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de
trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns
países da Europa.

A economia japonesa está começando a se recuperargraças à demanda das


exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A
taxa de desemprego é de 2,8%.
Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência
Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o
benefício.

Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no


Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de
suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao
longo do crescimento profissional.

Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo


emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.

(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)

De acordo com as informações do texto, é correto concluir que

a) Shigekazu Miyazaki decidiu continuar trabalhando como piloto porque, ao se


aposentar, sua renda mensal diminuiu consideravelmente.

b) Miyazaki foi obrigado a deixar a companhia aérea ao completar 65 anos, pois


esta é a idade determinada pelo governo japonês para que todos se aposentem.

c) a geração que está entrando no mercado de trabalho tem hoje a perspectiva de


se aposentar com salário equivalente ao recebido no auge da carreira.

d) a comparação entre o Japão e alguns países europeus quanto aos homens com
mais de 65 anos que continuam trabalhando evidencia uma discrepância.

e) o governo pretende reformular algumas regras da Previdência, pois a economia


japonesa, estagnada e em recessão, precisa de ajustes orçamentários.
1540) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Comandante aposentado não deixa o cockpit

Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés.
Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o
posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.

Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia
regional do Japão. ―Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu
continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?‖

O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a


trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O
país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante
população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de
natalidade.

Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia.
Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de
trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns
países da Europa.

A economia japonesa está começando a se recuperargraças à demanda das


exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A
taxa de desemprego é de 2,8%.

Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência


Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o
benefício.

Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no


Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de
suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao
longo do crescimento profissional.

Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo


emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.

(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)


É correto afirmar que os trabalhadores mais velhos são importantes para a
economia japonesa, pois

a) a taxa de desemprego no país supera os 3%.

b) o governo pretende aumentar a idade-limite para a aposentadoria.

c) poucos jovens estão ingressando no mercado de trabalho.

d) os salários estão superfaturados para uma economia em recessão.

e) os japoneses mais jovens estão emigrando para outros países

1541) Concurso: OL /CM São Joaquim Barra/2018 Banca: VUNESP

Comandante aposentado não deixa o cockpit

Shigekazu Miyazaki está usando o tempo livre de sua aposentadoria a 25 mil pés.
Ele foi piloto da maior companhia aérea japonesa por quatro décadas, mas deixou o
posto ano passado, ao completar 65 anos, idade-limite para voar pela empresa.

Mas, em vez de jogar golfe ou pescar, agora Miyazaki é piloto de uma companhia
regional do Japão. ―Nunca pensei que ainda estaria voando aos 65 anos, mas eu
continuo saudável, amo voar, então, enquanto eu puder, por que não?‖

O envelhecimento dos trabalhadores está forçando um questionamento sobre a


trajetória profissional e também sobre a sustentação da Previdência no Japão. O
país tem a maior expectativa de vida do mundo, pouca imigração e uma minguante
população de jovens trabalhadores, reflexo de décadas de queda na taxa de
natalidade.

Isso torna os trabalhadores mais velhos ainda mais importantes para a economia.
Mais da metade dos homens japoneses com mais de 65 anos executa algum tipo de
trabalho remunerado, comparado com um terço dos americanos e 10% em alguns
países da Europa.

A economia japonesa está começando a se recuperargraças à demanda das


exportações, mas a escassez de trabalhadores pode limitar esse crescimento. A
taxa de desemprego é de 2,8%.

Ao mesmo tempo, a geração que começa a se aposentar pressiona a Previdência


Social e força o governo a estudar o aumento da idade mínima para conceder o
benefício.

Os trabalhadores mais velhos também ajudam a explicar a estagnação da renda no


Japão. Os mais velhos costumam receber muito menos do que o salário do pico de
suas carreiras. Essa queda acaba reduzindo os aumentos que um jovem recebe ao
longo do crescimento profissional.

Para Miyazaki, por exemplo, a escolha de continuar voando é um luxo. No novo


emprego, recebe um terço do salário de antes de se aposentar.

(New York Times. Publicado pela Folha de S.Paulo em 30.07.2017. Adaptado)

Considere a frase.

Atualmente, as mudanças na economia japonesa ____estão condicionadas


ao______ aumento das exportações.

Para que essa frase esteja em conformidade com a norma-padrão, a lacuna deve
ser preenchida por:

a) estão submetidas sob o

b) estão ancoradas do

c) são decorrentes pelo

d) são indissociáveis com o

e) estão condicionadas ao

1542) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda a questão.

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Recentemente circulou com força pelas redes sociais um relatório que destaca o
Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e
mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de
2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015.

Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de


artigos científicos que os homens – um crescimento considerável, já que, entre
1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por mulher.

Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de


inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. A
única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos
citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas
no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México.

(Ana Carolina Leonardi. https://super.abril.com.br. 28.03.2018. Adaptado)

O texto aborda o seguinte assunto:

a) invenções dirigidas ao público feminino.

b) relevância da pesquisa científica latino-americana.

c) publicação de estudos acerca do feminismo.

d) igualdade de gêneros na produção de textos acadêmicos.

e) influência do sexo na escolha de temas de pesquisa.

1543) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda a questão.

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Recentemente circulou com força pelas redes sociais um relatório que destaca o
Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e
mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de
2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015.

Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de


artigos científicos que os homens – um crescimento considerável, já que, entre
1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por mulher.

Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de


inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. A
única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos
citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas
no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México.

(Ana Carolina Leonardi. https://super.abril.com.br. 28.03.2018. Adaptado)


A leitura do último parágrafo permite concluir que

a) recentemente o número de inventoras tornou-se maior que o de inventores.

b) as inventoras brasileiras têm se mostrado tão produtivas quanto as chilenas e


as mexicanas.

c) o trabalho das cientistas ainda precisa de maior reconhecimento no meio


acadêmico brasileiro.

d) não é verdade que as mulheres estão ganhando espaço no ambiente acadêmico.

e) quanto ao registro de patentes, as mulheres já estão em igualdade com os


homens.

1544) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda a questão.

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Recentemente circulou com força pelas redes sociais um relatório que destaca o
Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e
mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de
2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015.

Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de


artigos científicos que os homens – um crescimento considerável, já que, entre
1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por mulher.

Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de


inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. A
única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos
citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas
no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México.

(Ana Carolina Leonardi. https://super.abril.com.br. 28.03.2018. Adaptado)

No primeiro parágrafo, o sentido expresso pela palavra ―relatório‖ é retomado por

a) exemplos.
b) acadêmico.
c) documento.
d) dados.
e) artigos.
1545) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda a questão.

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Recentemente circulou com força pelas redes sociais um relatório que destaca o
Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e
mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de
2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015.

Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de


artigos científicos que os homens – um crescimento considerável, já que, entre
1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por mulher.

Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de


inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. A
única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos
citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas
no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México.

(Ana Carolina Leonardi. https://super.abril.com.br. 28.03.2018. Adaptado)

Os vocábulos ―considerável‖ (2º parágrafo) e ―facetas‖ (3º parágrafo) podem ser


substituídos, respectivamente e com os sentidos preservados, por:

a) importante; distorções.

b) previsível; conquistas.

c) expressivo; peculiaridades.

d) modesto; singularidades.

e) improvável; inovações.

1546) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o texto e responda a questão.

Metade dos artigos científicos no Brasil são escritos por mulheres

Recentemente circulou com força pelas redes sociais um relatório que destaca o
Brasil como um dos exemplos de sucesso em promover a igualdade entre homens e
mulheres no ambiente acadêmico. O documento, feito pela editora Elsevier, é de
2017 e leva em conta dados de artigos científicos escritos entre 1995 e 2015.
Nesses 20 anos, as mulheres brasileiras passaram a assinar a mesma proporção de
artigos científicos que os homens – um crescimento considerável, já que, entre
1996 e 2000, só 38% dos artigos publicados tinham sido escritos por mulher.

Outras facetas positivas do Brasil aparecem no relatório. Aumentou o número de


inventoras brasileiras: elas registram 17% das patentes criadas desde 2000. A
única notícia ruim do relatório é que as mulheres permanecem sendo menos
citadas que seus colegas homens em outros artigos – e isso é verdade não apenas
no Brasil, mas em outros países latinos, como Chile e México.

(Ana Carolina Leonardi. https://super.abril.com.br. 28.03.2018. Adaptado)

Uma frase coerente com as informações do texto é:

a) As mulheres passaram a assinar a mesma proporção de artigos científicos que


os homens, de modo que elas permanecem sendo menos citadas que eles.

b) Devido ao fato de as mulheres terem passado a assinar a mesma proporção de


artigos científicos que os homens, elas permanecem sendo menos citadas que eles.

c) As mulheres passaram a assinar a mesma proporção de artigos científicos que


os homens, portanto, elas permanecem sendo menos citadas que eles.

d) Visto que as mulheres tenham passado a assinar a mesma proporção de artigos


científicos que os homens, elas permanecem sendo menos citadas que eles.

e) Embora as mulheres tenham passado a assinar a mesma proporção de artigos


científicos que os homens, elas permanecem sendo menos citadas que eles.

1547) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

A expressão empregada de acordo com a concordância da norma-padrão está


destacada em:

a) As mulheres vêm assinando metade dos artigos científicos no Brasil.

b) As mulheres são responsável por metade dos artigos científicos no Brasil.

c) As mulheres compõe metade dos artigos científicos no Brasil.

d) As mulheres passa a responder por metade dos artigos científicos no Brasil.

e) As mulheres tornou-se autoras da metade dos artigos científicos no Brasil.


1548) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

A expressão que substitui a destacada em ―Outras facetas positivas do Brasil


aparecem no relatório‖, conforme a regência da norma-padrão, é

a) integram do

b) constam do

c) estão inclusas do

d) são referidas do

e) são mencionadas do

1549) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Considere a tira para responder a questão.

(M. Schulz. Minduim Charles. http://cultura.estadao.com.br. 23.04.2018)

A fala do último quadrinho dá a entender que a aluna

a) se esforçou ao máximo para elaborar seu resumo.

b) está convicta de que a professora lhe dará uma boa nota.

c) demonstra estar segura quanto à qualidade do trabalho realizado.

d) espera que a professora seja condescendente ao avaliar o resumo.

e) entregou um resumo que não foi feito por ela própria.


1550) Concurso: ACS/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Considere a tira para responder a questão.

(M. Schulz. Minduim Charles. http://cultura.estadao.com.br. 23.04.2018)

A fala do último quadrinho está reescrita em conformidade com a norma-padrão


em:

a) Quais são as chances de que a senhora o avalie com carinho e compreensão?

b) Quais são as chances que a senhora lhe avalie com carinho e compreensão?

c) Quais são as chances de que a senhora avalia-lhe com carinho e compreensão?

d) Quais são as chances que a senhora avalia-o com carinho e compreensão?

e) Quais são as chances de que a senhora lhe avalia com carinho e compreensão?

1551) Concurso: GCM/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o poema de Carlos Pena Filho para responder a questão.

A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha


a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando pelo desuso da navalha


a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório


e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

(Livro geral. Olinda: Gráfica Vitória, 1977)

Os 10 primeiros versos descrevem uma condição em que predomina


a) o entusiasmo.
b) o desamparo.
c) a esperança.
d) a determinação.
e) a saudade.

1552) Concurso: GCM/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

Leia o poema de Carlos Pena Filho para responder a questão.

A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha


a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando pelo desuso da navalha


a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

a arquitetar na sombra a despedida


do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório


e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.
(Livro geral. Olinda: Gráfica Vitória, 1977)
Na segunda estrofe, o trecho ―pelo desuso da navalha‖ exprime ideia de

a) finalidade.

b) concessão.

c) causa.

d) consequência.

e) comparação.

1553) Concurso: GCM/Pref Serrana/2018 Banca: VUNESP

A solidão e sua porta

Quando mais nada resistir que valha


a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando pelo desuso da navalha


a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

a arquitetar na sombra a despedida


do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório


e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.

(Livro geral. Olinda: Gráfica Vitória, 1977)

São empregadas com sentidos equivalentes, no poema, as palavras:

a) despedida; mundo.
b) silêncio; batalha.
c) sono; saída.
d) sombra; vida.
e) provisório; transitório.
1554) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Politicopatas. Em: Folha de S.Paulo. 27.10.2018)

Na tira, a expressão ―tênis da hora‖ refere-se a um calçado que expõe as horas e


―estar em cima da hora‖ mostra que o pé do menino está sobre a indicação da
hora. Além desses sentidos, essas expressões também podem referir-se, correta e
respectivamente, aos sentidos de algo

a) sem graça e ficar atrasado.

b) novo e estar bastante atrasado.

c) raro e chegar com muita antecedência.

d) conhecido e estar um pouco adiantado.

e) interessante e chegar no momento exato.

1555) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Politicopatas. Em: Folha de S.Paulo. 27.10.2018)


No contexto da tira, a fala da professora deve ser entendida como uma

a) bronca ao aluno, que se atrasou por causa do tênis.

b) pergunta ao aluno, para saber se estava atrasado.

c) brincadeira com o aluno, que não chegou atrasado.

d) advertência ao aluno, porque ele chegou atrasado.

e) provocação ao aluno, que não se atrasou para a aula.

1556) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

„Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer, será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado pelo
inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita. Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.
Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a
colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖, a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências.

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)

Ao analisar a questão de colocação pronominal, o autor deixa claro que

a) Brasil e Portugal, apesar das diferenças de usos, seguem as mesmas regras no


caso dos pronomes.

b) o uso brasileiro tende a ser o pronome antes do verbo, diferente do que ocorre
com o uso lusitano.

c) a similaridade entre a pronúncia brasileira e a portuguesa faz com que as


pessoas se confundam com os pronomes.

d) o brasileiro emprega melhor os pronomes, porque foge de regras duvidosas, ao


contrário dos portugueses.

e) os portugueses e os brasileiros tendem a manter a tradição no uso dos


pronomes, desprezando a modernidade.

1557) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

‗Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer, será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado pelo
inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita. Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.

Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a


colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖, a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências.

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)

Nas frases ―Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada
da escrita‖ e ―e não exclui situações em que a comunicação prevê certa
cerimônia‖, os termos destacados significam, correta e respectivamente,

a) reforçada e etiqueta.

b) natural e popularidade.

c) negada e formalidade.

d) harmonizada e dignidade.

e) desnecessária e polidez.
1558) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

„Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer, será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado pelo
inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita. Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.

Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a


colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖, a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências.

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)
As informações textuais permitem afirmar que

a) as regras duvidosas surgiram porque os autores consideram que se pode usar a


forma que soa melhor na comunicação.

b) Faraco e Tezza asseveram que inexistem regras para a colocação de pronomes


no português brasileiro.

c) o uso de pronome átono em início de oração é informal e contraria a língua-


padrão escrita.

d) revisores e corretores de prova preferem avaliar o uso de pronomes sem usar a


ideia de palavras atrativas.

e) a colocação pronominal se limita a uma regra universal, seja para o português


do Brasil seja para o de Portugal.

1559) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

„Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer(A), será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado
pelo inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita(B). Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros(C) iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.

Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a


colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖(D), a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências(E).

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)

De acordo com Manuel Said Ali, ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí
resulta que a colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide
perfeitamente com a do falar dos portugueses‖. Uma frase do texto que comprova
essa explicação do gramático e revela a tendência brasileira de colocação
pronominal é:

a) ... como o que acabo de cometer...

b) É claro que me refiro à língua escrita.

c) Sabe-se que, falando, a maior parte dos brasileiros...

d) ... e escrever ―Faça-me o favor‖ ...

e) Se prepare, nesse caso, para as consequências.


1560) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

„Me corrige‟, pede o pronome

Uma das principais marcas do português brasileiro permanece alijada da escrita

Me parece cada vez mais claro que o pronome átono em início de frase, como o que
acabo de cometer, será o último dos últimos tabus normativos a ser quebrado pelo
inexorável abrasileiramento da língua que se entende e se pratica como nossa
norma culta.

É claro que me refiro à língua escrita. Sabe-se que, falando, a maior parte dos
brasileiros iniciaria assim esta frase: ―Se sabe que...‖. Isso inclui pessoas de alta
escolaridade e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

No livro ―Oficina de Texto‖, um guia de redação sensatamente equilibrado entre


tradição e modernidade, o linguista Carlos Alberto Faraco e o romancista Cristovão
Tezza, colunista da Folha, escrevem o seguinte: ―Resta praticamente uma única
regra universal na colocação de pronomes da língua-padrão escrita: jamais comece
uma sentença com pronome átono‖.

Logo em seguida reconhecem que talvez esse não seja bem o único mandamento
restante. Para poupar dor de cabeça com revisores e corretores de provas, dizem,
vale a pena seguir também a regra ―bastante duvidosa‖ das tais palavras atrativas,
como ―que‖, ―quando‖ e ―não‖, que sempre puxariam o pronome átono para junto
de si.

No mais, Faraco e Tezza dão ao leitor a bússola de colocação pronominal que julgo
definitiva: ―Prefira a forma que soar melhor‖. Se você é brasileiro, isso exclui quase
certamente a mesóclise, além de limitar a lusitana ênclise. Nossa inclinação é
naturalmente proclítica.

O gramático Manuel Said Ali (1861-1953) foi um pioneiro defensor da colocação de


pronomes à moda da casa, contra o lusocentrismo dominante em sua época e ainda
hoje presente na gramática normativa.

Argumentava que ―a pronúncia brasileira diversifica da lusitana; daí resulta que a


colocação pronominal em nosso falar espontâneo não coincide perfeitamente com a
do falar dos portugueses‖.

Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu. Me faça o favor
de contrariar sua fala e escrever ―Faça-me o favor‖, a menos que queira marcar
uma posição. Se prepare, nesse caso, para as consequências.

(Sérgio Rodrigues, “„Me corrige‟, pede o pronome”.Em: Folha de S.Paulo, 02.08.2018. Adaptado)
Considere as passagens:

• Se você é brasileiro, isso exclui quase certamente a mesóclise, além de limitar a


lusitana ênclise.

• Tudo isso é lindo, mas convém ter sempre em mente o último tabu.

As expressões em destaque recuperam, correta e respectivamente, as seguintes


informações textuais:

a) colocar os pronomes à moda da casa; comunicar-se de forma bastante


cerimoniosa.

b) preferir a forma que soa melhor; pronome átono em início de frase.

c) falar em situações cerimoniosas; aproximar a pronúncia brasileira da


portuguesa.

d) eliminar os pronomes em próclise dos enunciados; optar pelo uso de pronomes


de forma proclítica.

e) abster-se de usar pronome como os portugueses; estar preparado para as


consequências.

1561) Concurso: Ass Adm/UFTM/2018 Banca: VUNESP

Quanto ao sentido que expressa, o trecho ―Isso inclui pessoas de alta escolaridade
e não exclui situações em que a comunicação prevê certa cerimônia‖ pode ser
reescrito da seguinte forma:

a) Isso inclui pessoas de alta escolaridade, portanto não exclui situações em que a
comunicação prevê certa cerimônia.

b) Isso inclui pessoas de alta escolaridade, porque não exclui situações em que a
comunicação prevê certa cerimônia.

c) Isso ou inclui pessoas de alta escolaridade ou não exclui situações em que a


comunicação prevê certa cerimônia.

d) Isso não só inclui pessoas de alta escolaridade como também não exclui
situações em que a comunicação prevê certa cerimônia.

e) Isso inclui pessoas de alta escolaridade tanto que não exclui situações em que a
comunicação prevê certa cerimônia.
1562) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.

A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria


fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Em seu texto, o autor fala

a) de seu prazer em escrever.

b) da dificuldade em publicar o novo livro.

c) do assunto de seu último livro.

d) de seus planos para o futuro.

e) da linguagem usada em seus textos.

1563) Concurso: Sold/PM SP/2ª Classe/2017 Banca: VUNESP

Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. A tarefa não foi
realizada em tempo integral, mas nos momentos livres que ainda me restam.

Há escritores que precisam de silêncio, solidão e ambiente adequado para a prática


do ofício. Se fosse esperar por essas condições, teria demorado 20 anos para
publicá-lo, tempo de vida de que não disponho, infelizmente.

Por força da necessidade, aprendi a escrever em qualquer lugar em que haja


espaço para sentar com o computador. Por exemplo, nas salas de embarque
durante as viagens de bate e volta que sou obrigado a fazer. Consigo me
concentrar apesar das vozes esganiçadas que anunciam os voos, os atrasos, as
trocas de portões, a ordem nas filas, os nomes dos retardatários.

Mal o avião levanta voo, puxo a mesinha e abro o computador. Estou nas nuvens,
às portas do paraíso celestial. O telefone não vai tocar, ninguém me cobrará o texto
que prometi, a presença na palestra para a qual fui convidado, os e-mails
atrasados.

Minha carreira de escritor começou com ―Estação Carandiru‖, publicado quando eu


tinha 56 anos. Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias, que senti ódio
de mim mesmo por ter vivido meio século sem escrever livros.
A dificuldade vinha da timidez e da autocrítica. Para mim, o que eu escrevesse seria
fatalmente comparado com Machado de Assis, Gógol, Faulkner, Joyce, Pushkin,
Turgenev ou Dante Alighieri. Depois do que disseram esses e outros gênios, que
livro valeria a pena ser escrito?

A resposta encontrei em ―On Writing‖, livro que reúne entrevistas e textos de


Ernest Hemingway sobre o ato de escrever. Em conversa com um estudante,
Hemingway diz que, ao escritor de nossos tempos, cabem duas alternativas:
escrever melhor do que os grandes mestres já falecidos ou contar histórias que
nunca foram contadas.

De fato, se eu escrevesse melhor do que Machado de Assis, poderia recriar


personagens como Dom Casmurro ou descrever com mais poesia o olhar de ressaca
de Capitu.

Restava a outra alternativa: a vida numa cadeia com mais de 7.000 presidiários, na
cidade de São Paulo, nas últimas décadas do século 20, não poderia ser descrita
por Tchékhov, Homero ou pelo padre Antonio Vieira. O médico que atendia
pacientes no Carandiru havia dez anos era quem reunia as condições para fazê-lo.

Seguindo o mesmo critério, publiquei outros livros. Às cotoveladas, a literatura


abriu espaço em minha agenda. Há escritores talentosos que se queixam dos
tormentos e da angústia inerentes ao processo de criação. Não é o meu caso,
escrever só me traz alegria.

Diante da tela do computador, fico atrás das palavras, encontro algumas, apago
outras, corrijo, leio e releio até sentir que o texto está pronto. Às vezes, ficou
melhor do que eu imaginava. Nesse momento sou invadido por uma sensação de
felicidade plena que vai e volta por vários dias.

(www.folha.uol.com.br, 13.05.2017. Adaptado)

Após ler o livro que reúne entrevistas e textos de Ernest Hemingway sobre o ato de
escrever, o autor Drauzio Varella

a) propôs-se a desenvolver uma escrita tão boa quanto a de Machado de Assis.

b) procurou reproduzir os estilos de Tchékhov, Homero e padre Antônio Vieira.

c) dedicou-se a treinar a escrita continuamente até que chegou à perfeição.

d) convenceu-se de que era capaz de escrever tão bem quanto seus autores
preferidos.

e) resolveu escrever um livro sobre uma história que só cabia a ele contar.
1564) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades sustentáveis

A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade
sustentável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto
de 2010, trouxe importantes instrumentos para que municípios de todo o Brasil
iniciassem o enfrentamento aos principais problemas ambientais, sociais e
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS tem
como pilar o princípio da responsabilidade compartilhada. Isso significa que
indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras e consumidores são todos
responsáveis pelos resíduos sólidos, e cada um terá de contribuir para que eles
tenham uma disposição final adequada.

Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de


vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade
urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, a
distribuição energética, a economia de água, entre outros aspectos, contribui para
tornar uma cidade sustentável.

(Martim Garcia. www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis. Adaptado)

Para a PNRS, é importante que os habitantes de uma cidade

a) exijam das autoridades punições mais severas para as empresas poluidoras.

b) dividam responsabilidades no que respeita ao manejo dos resíduos sólidos.

c) pesquisem detalhadamente os procedimentos que tornam uma cidade


sustentável.

d) proponham leis específicas para aprimorar o ordenamento do ambiente urbano.

e) recebam auxílio financeiro do governo para colaborar com a preservação


ambiental.
1565) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades sustentáveis

A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade
sustentável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto
de 2010, trouxe importantes instrumentos para que municípios de todo o Brasil
iniciassem o enfrentamento aos principais problemas ambientais, sociais e
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS tem
como pilar o princípio da responsabilidade compartilhada. Isso significa que
indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras e consumidores são todos
responsáveis pelos resíduos sólidos, e cada um terá de contribuir para que eles
tenham uma disposição final adequada.

Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de


vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade
urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, a
distribuição energética, a economia de água, entre outros aspectos, contribui para
tornar uma cidade sustentável.

(Martim Garcia. www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis. Adaptado)

No segundo parágrafo, o autor

a) defende que a poluição sonora e a atmosférica devem ser toleradas em cidades


sustentáveis.

b) contesta a opinião de que a qualidade de vida seja responsabilidade do poder


público.

c) reforça a ideia de que o setor privado deve custear as obras de melhoria para as
cidades.

d) menciona iniciativas que favorecem o desenvolvimento de uma cidade


sustentável.

e) apresenta diferentes estratégias que podem ser usadas no manejo de resíduos


sólidos.
1566) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades sustentáveis

A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade
sustentável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto
de 2010, trouxe importantes instrumentos para que municípios de todo o Brasil
iniciassem o enfrentamento aos principais problemas ambientais, sociais e
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS tem
como pilar o princípio da responsabilidade compartilhada. Isso significa que
indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras e consumidores são todos
responsáveis pelos resíduos sólidos, e cada um terá de contribuir para que eles
tenham uma disposição final adequada.

Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de


vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade
urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, a
distribuição energética, a economia de água, entre outros aspectos, contribui para
tornar uma cidade sustentável.

(Martim Garcia. www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis. Adaptado)

―A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade
sustentável.‖ (1º parágrafo)

A reescrita dessa frase que está em conformidade com a norma-padrão da língua


portuguesa e que preserva o sentido do texto é:

a) Uma cidade sustentável requer a correta destinação dos resíduos sólidos.

b) A correta destinação dos resíduos sólidos decorrem de uma cidade sustentável.

c) Para uma cidade ser sustentável, a correta destinação dos resíduos sólidos se
fará necessário.

d) Em uma cidade sustentável, é recomendável houver a correta destinação dos


resíduos sólidos.

e) A correta destinação dos resíduos sólidos seria importante para que se mantesse
uma cidade sustentável.
1567) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Cidades sustentáveis

A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade
sustentável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto
de 2010, trouxe importantes instrumentos para que municípios de todo o Brasil
iniciassem o enfrentamento aos principais problemas ambientais, sociais e
econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. A PNRS tem
como pilar o princípio da responsabilidade compartilhada. Isso significa que
indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras e consumidores são todos
responsáveis pelos resíduos sólidos, e cada um terá de contribuir para que eles
tenham uma disposição final adequada.

Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de


vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade
urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, a
distribuição energética, a economia de água, entre outros aspectos, contribui para
tornar uma cidade sustentável.

(Martim Garcia. www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis. Adaptado)

―Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de


vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável.‖ (2º parágrafo)

A forma verbal destacada na frase do texto – é – pode ser corretamente


substituída, sem prejuízo do sentido e de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, por:

a) iguala-se de

b) equipara-se à

c) identifica-se de

d) equivale à

e) corresponde a
1568) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

A moça e o trem

O trem de ferro
passa no campo
entre telégrafos.
Sem poder fugir
sem poder voar
sem poder sonhar
sem poder ser telégrafo.
A moça na janela
vê o trem correr
ouve o tempo passar.
O tempo é tanto
que se pode ouvir
e ela o escuta passar
como se outro trem.
Cresce o oculto
elástico dos gestos:
a moça na janela
vê a planta crescer
sente a terra rodar:
que o tempo é tanto
que se deixa ver.

(João Cabral de Melo Neto. Poesia completa e prosa.


Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 2008, p. 48, 49)

A imagem do trem, no poema, associa-se à

a) ingenuidade do tempo de infância.

b) falta de infraestrutura no meio rural.

c) representação concreta e sensível do tempo.

d) dificuldade de comunicação no campo.

e) demora da chegada do tempo de colheita.


1569) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)


Na opinião de Nina Power,

a) a instabilidade econômica a ser enfrentada nas próximas décadas terá como


consequência a ampliação das jornadas de trabalho sem paralelo com o já
testemunhado historicamente.

b) a obtenção de posses materiais constitui uma justificativa louvável para a


dedicação de muitas horas ao exercício de atividades laborais classificadas como
entediantes.

c) os jovens da atualidade estão afinados com os ideais capitalistas, o que explica


a importância que eles costumam atribuir à produtividade, ao lucro e ao consumo.

d) as máquinas com inteligência artificial tornarão extintos os postos de trabalho


humano, o que levará ao caos econômico em um futuro mais próximo do que se
tem imaginado.

e) a chamada quarta revolução industrial poderá gerar um novo contexto em que


trabalhos atualmente pouco valorizados, como o cuidado de idosos, recebam maior
atenção.

1570) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

O sentido que se aplica com maior propriedade à palavra destacada em – A


felicidade foi devorada pelo capitalismo... (2º parágrafo) – é:

a) percorrer velozmente.

b) destruir rápida e completamente.

c) afligir-se intensamente.

d) pôr sistematicamente em evidência.

e) digerir com lentidão.


1571) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)


No quarto parágrafo, a alusão ao novo sistema de premiação de loterias no Reino
Unido e na Espanha reforça a tese de que

a) o tempo gasto com o consumo é proporcional ao gasto com o trabalho.

b) as pessoas têm trabalhado tradicionalmente para alcançar a realização pessoal.

c) a relação do homem com o trabalho não tem a ver com o salário.

d) o trabalho está associado à infelicidade na sociedade capitalista.

e) os empregos que predominaram até hoje são os mais prazerosos.

1572) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

E se no futuro o trabalho, tal como o


entendemos, não fizer parte de nossa vida?

Ter um trabalho nos proporciona estabilidade, ao mesmo tempo em que nos rouba
liberdade na hora de administrar nosso tempo. Essa contradição abre o debate
sobre se trabalhar é uma fonte de felicidade ou infelicidade. A instabilidade
econômica e a chamada quarta revolução industrial, que substituirá o esforço
humano por máquinas, podem nos obrigar a repensar nosso eu profissional. A
filósofa, feminista e autora de repercussão internacional, a britânica Nina Power,
analisa se, em tempos em que o futuro do trabalho é pouco promissor, deveríamos
buscar alternativas.

A felicidade foi devorada pelo capitalismo, Power proclama em seus escritos, nos
quais defende que nos fizeram entender a qualidade de vida como um acúmulo de
posses materiais que obtemos a partir do trabalho. Por isso, em suas intervenções
públicas, ela expõe a possibilidade de ser feliz com novas formas de emprego ou a
ausência dele.

―As novas gerações são as que estão menos de acordo com uma existência laboral
feita de horários impossíveis e salários miseráveis. O capitalismo nos vendeu que o
contrário do trabalho é a vadiagem; mas os mais jovens já não compram essa
ideia. Tampouco acreditam que devamos nos sentir felizes porque nossas longas
jornadas de trabalho nos tornam mais produtivos‖, diz Power.

Colaboradora habitual do jornal The Guardian, em um de seus artigos para o jornal,


Power conta como a Loteria Nacional do Reino Unido acertou na hora de lançar um
prêmio em forma de salário anual em vez de outorgar uma grande quantidade em
espécie. É um sistema que também funciona na Espanha e que seus criadores
explicam como ―a forma de se libertar de todas as coisas irritantes do dia a dia‖.
Surge então a questão sobre se o trabalho é, talvez, não só uma dessas coisas
irritantes, mas a maior de todas elas.

Com suas ideias, Power não está nos incentivando a abraçar uma vida ociosa, mas
a buscar novas formas de ser autossuficientes no aspecto laboral. Uma das
possibilidades que se apresentam para um futuro próximo é que as máquinas
ocupem boa parte dos trabalhos que agora os humanos desempenham. ―Nesse
caso, seria uma oportunidade para prestar mais atenção a profissões próximas do
cuidado humano, aquelas das quais a inteligência artificial não se pode encarregar.
São trabalhos relacionados com o cuidado de bebês, idosos ou doentes, e que, na
atualidade, são os mais mal pagos e os que permanecem mais ocultos em termos
de reconhecimento social‖, destaca.

(Héctor Llanos Martínez. https://brasil.elpais.com, 17.07.2017. Adaptado)

A preposição de, em destaque, foi acrescida respeitando-se a regência padrão da


língua portuguesa na seguinte passagem do texto:

a) ... nos fizeram de entender a qualidade de vida como um acúmulo de posses


materiais... (2º parágrafo)

b) ... uma existência laboral feita de horários impossíveis e de salários miseráveis.


(3º parágrafo)

c) ... Power não está nos incentivando a abraçar de uma vida ociosa, mas a buscar
novas formas... (5º parágrafo)

d) ... as máquinas ocupem boa parte dos trabalhos de que agora os humanos
desempenham. (5º parágrafo)

e) ... aquelas das quais a inteligência artificial não se pode de encarregar. (5º
parágrafo)

1573) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa cuja frase está escrita segundo a norma-padrão da língua


portuguesa.

a) Embora nos seja dado a estabilidade, o trabalho nos priva da liberdade na hora
de administrar nosso tempo.

b) Muitos de nós temos nos perguntado se dedicar muitas horas ao trabalho podem
levar à felicidade ou à infelicidade.
c) A instabilidade econômica e a chamada quarta revolução industrial fará com que
repensemos nosso eu profissional.

d) Às pessoas foi vendido a ideia de que a qualidade de vida depende de posses


materiais provenientes do trabalho.

e) Novas formas de emprego ou mesmo a ausência dele podem representar


maneiras alternativas de ser feliz.

1574) Concurso: Almo/SAEMAS/2017 Banca: VUNESP

Há quem considere o trabalho como uma forma de realização pessoal. Mas também
é verdade que muitos veem o trabalho como fonte de desprazer e, se possível,
não hesitariam em abandonar o trabalho completamente ou substituir o
trabalho por tarefas mais instigantes.

Para evitar as repetições da palavra ―trabalho‖, as expressões destacadas devem


ser substituídas, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, respectivamente,
por:

a) lhe veem ... abandonar-lhe... substituir-lhe

b) o veem ... lhe abandonar ... lhe substituir

c) veem-lhe ... o abandonar ... substituir-lhe

d) o veem ... abandoná-lo ... substituí-lo

e) o veem ... abandonar-lhe ... o substituir

1575) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder a questão a seguir.

(Adão Iturrusgarai. A vida como ela yeah. Folha de S.Paulo, 23.09.2017)


Entre os fatores determinantes do humor da tira, está

a) a crítica ao descaso dos presos, quando a personagem usa sua esperteza para
viver o sentido pleno da palavra ―liberdade‖.

b) a impossibilidade de a personagem conseguir fugir e, assim, dar o real sentido


ao título da tira.

c) a oposição entre a ideia transmitida pela palavra ―levar‖ e a atitude da


personagem ao final da história.

d) a quebra da expectativa ao final da história, considerando- se o sentido ambíguo


presente no título da tira.

e) o entendimento da palavra ―conhecimento‖, como equivalente à ideia de


privação de liberdade.

1576) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder a questão a seguir.

(Adão Iturrusgarai. A vida como ela yeah. Folha de S.Paulo, 23.09.2017)

Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à regência, de acordo


com a norma-padrão.

a) O preso aspira pela liberdade e está convicto que lhe alcançará.

b) O preso anseia pela liberdade e está convicto de que a alcançará.

c) O preso deseja a liberdade e está convicto que lhe alcançará.

d) O preso quer à liberdade e está convicto que a alcançará.

e) O preso busca pela liberdade e está convicto de que lhe alcançará.


1577) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão a seguir.

A tensão com a violência na disputa entre grupos de traficantes e em meio a uma


megaoperação de segurança na favela da Rocinha (zona sul do Rio) e arredores,
neste sábado [23.09.2017], teve um saldo de três suspeitos mortos, uma criança
ferida e nove homens presos no Rio de Janeiro. Houve intensa troca de tiros no
início da tarde, depois de registro de tiros durante a madrugada.

O tiroteio do início da tarde, que aparentemente ocorria na parte alta da


comunidade, durou cerca de dez minutos, por volta das 13h, e obrigou militares e
jornalistas a se abrigarem na 11º DP, que fica no pé da favela. Ainda não há
informações sobre o que teria desencadeado o tiroteio.

A Polícia Militar trocou tiros com suspeitos em pontos do Alto da Boa Vista, da
Tijuca e de Santa Teresa. Nos dois primeiros casos, a Polícia Civil confirmou a
suspeita de vínculo com os conflitos na Rocinha.

(UOL. https://noticias.uol.com.br. 23.09.17. Adaptado)

De acordo com o texto, a tensão vivida na favela da Rocinha ocorreu devido à

a) disputa de poder na parte alta da comunidade, rapidamente controlada pela


ação da Polícia Militar no local e em outros pontos da cidade.

b) troca de tiros entre a Polícia Militar e suspeitos em pontos do Alto da Boa Vista e
da Tijuca, pondo em risco militares e jornalistas.

c) ação dos militares que deixou como saldo três suspeitos mortos, uma criança
ferida e nove homens presos no Rio de Janeiro.

d) suspeita de vínculos entre os conflitos dessa favela com outros, envolvendo a


Polícia Militar em pontos do Alto da Boa Vista e da Tijuca.

e) disputa entre grupos de traficantes e tornou-se ainda mais dramática em razão


da megaoperação de segurança.
1578) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o soneto para responder a questão a seguir.

Disse ao meu coração: Olha por quantos


Caminhos vãos andamos! Considera
Agora, d‘esta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!


E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!

Porém o coração, feito valente


Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: D‘esta altura vejo o Amor!


Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental, Antologia)

O sentido do poema é perpassado pelo

a) pessimismo, que se manifesta na dualidade do eu lírico marcada na análise


melancólica que faz da vida.

b) idealismo, que reporta os sentimentos do eu lírico a uma dimensão de perfeição.

c) transcendentalismo, que faz com que o eu lírico tenha uma visão entusiasmada
da vida e do amor.

d) desencanto, que sugere o eu lírico fraco e hesitante em relação às suas


experiências de vida.

e) estoicismo, que revela o eu lírico resignado diante das experiências negativas


que marcaram sua vida.
1579) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o soneto para responder a questão a seguir.

Disse ao meu coração: Olha por quantos


Caminhos vãos andamos! Considera
Agora, d‘esta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!


E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!

Porém o coração, feito valente


Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: D‘esta altura vejo o Amor!


Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental, Antologia)

Entende-se a resposta do coração ao eu lírico como uma

a) confirmação de que sua vida foi de fato só sofrimento.

b) constatação de que sua vida tenha sido só sofrimento.

c) ressalva de que sua vida poderia ter sido só sofrimento.

d) refutação de que sua vida tenha sido só sofrimento.

e) hipótese de que sua vida poderia ter sido só sofrimento.


1580) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o soneto para responder a questão a seguir.

Disse ao meu coração: Olha por quantos


Caminhos vãos andamos! Considera
Agora, d‘esta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!


E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!

Porém o coração, feito valente


Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: D‘esta altura vejo o Amor!


Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental, Antologia)

Considerando o contexto em que estão empregados na primeira estrofe do poema


―Disse ao meu coração: Olha por quantos / Caminhos vãos andamos! Considera /
Agora, d‘esta altura fria e austera, / Os ermos que regaram nossos prantos…‖, os
termos destacados remetem, respectivamente, aos sentidos de

a) ríspidos; sombria; banharam.

b) presunçosos; tênue; trataram.

c) fúteis; rigorosa; umedeceram.

d) infrutíferos; branda; secaram.

e) vazios; tenra; amenizaram.


1581) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o soneto para responder a questão a seguir.

Disse ao meu coração: Olha por quantos


Caminhos vãos andamos! Considera
Agora, d‘esta altura fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos…

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!


E noite, onde foi luz de primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos!

Porém o coração, feito valente


Na escola da tortura repetida,
E no uso do penar tornado crente,

Respondeu: D‘esta altura vejo o Amor!


Viver não foi em vão, se é isto a vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

(Antero de Quental, Antologia)

Assinale a alternativa em que a reescrita de passagem do poema está em


conformidade com a norma-padrão.

a) Olha o mundo, coração, que aos pés de ti estão e desespera…

b) O coração respondeu que o desengano e a dor nem foram demais.

c) Onde flor e encantos frutificou, hoje há pó e cinzas!

d) Coração, veja por quantos caminhos vãos andamos tu e eu!

e) Esta altura fria e austera permitem ver os ermos que regaram nossos prantos…
1582) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

A Globo encerrou nesta segunda-feira [25.09.2017] a sua novela das seis, ―Novo
Mundo‖. Aplaudida pelo público e crítica – merecidamente –, a produção teve média
final no Ibope da Grande SP de 24 pontos. Seu sucesso é medido pelos números de
audiência e também pela repercussão: foi uma novela comentada, que gerou
buchicho.

Os puristas que clamaram por fatos históricos reproduzidos ipsis litteris* esquecem
que essa nunca foi a proposta da novela. Afinal, tratava se de uma obra baseada
em fatos reais, logo a liberdade de criação estava assegurada. Sem a pretensão de
ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖, além de entreter, despertou no público o
interesse pela História do Brasil, o que, por si só, já foi um mérito e tanto.

*ipsis litteris: tal como está escrito

(Blog do Nilson Xavier.


https://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br. 25.09.2017. Adaptado)

No texto, a opinião do autor está explícita na passagem:

a) A Globo encerrou nesta segunda-feira [25.09.2017] a sua novela das seis…

b) Aplaudida pelo público e crítica – merecidamente…

c) … a produção teve média final no Ibope da Grande SP de 24 pontos.

d) Seu sucesso é medido pelos números de audiência…

e) Os puristas que clamaram por fatos históricos reproduzidos ipsis litteris…


1583) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

A Globo encerrou nesta segunda-feira [25.09.2017] a sua novela das seis, ―Novo
Mundo‖. Aplaudida pelo público e crítica – merecidamente –, a produção teve média
final no Ibope da Grande SP de 24 pontos. Seu sucesso é medido pelos números de
audiência e também pela repercussão: foi uma novela comentada, que gerou
buchicho.
Os puristas que clamaram por fatos históricos reproduzidos ipsis litteris* esquecem
que essa nunca foi a proposta da novela. Afinal, tratava se de uma obra baseada
em fatos reais, logo a liberdade de criação estava assegurada. Sem a pretensão de
ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖, além de entreter, despertou no público o
interesse pela História do Brasil, o que, por si só, já foi um mérito e tanto.
*ipsis litteris: tal como está escrito

(Blog do Nilson Xavier.


https://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br. 25.09.2017. Adaptado)

De acordo com o texto, os puristas desejavam que


a) os fatos históricos fossem banidos da novela, razão pela qual clamaram por uma
obra em que a liberdade de criação dos autores fosse plena.
b) a proposta inicial da novela fosse alterada, de tal sorte que os fatos históricos
fossem relegados a um plano secundário na narrativa.
c) a História do Brasil fosse retratada de forma idealizada, o que poderia
engrandecer os fatos históricos reproduzidos na novela.
d) a realidade e a ficção fossem equilibradas, de tal forma que o público pudesse
entender a proposta didática a que a novela se propôs.
e) a novela retratasse os fatos históricos como realmente aconteceram, o que
comprometeria a liberdade de criação dos autores.
1584) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

A Globo encerrou nesta segunda-feira [25.09.2017] a sua novela das seis, ―Novo
Mundo‖. Aplaudida pelo público e crítica – merecidamente –, a produção teve média
final no Ibope da Grande SP de 24 pontos. Seu sucesso é medido pelos números de
audiência e também pela repercussão: foi uma novela comentada, que gerou
buchicho.
Os puristas que clamaram por fatos históricos reproduzidos ipsis litteris* esquecem
que essa nunca foi a proposta da novela. Afinal, tratava se de uma obra baseada
em fatos reais, logo a liberdade de criação estava assegurada. Sem a pretensão de
ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖, além de entreter, despertou no público o
interesse pela História do Brasil, o que, por si só, já foi um mérito e tanto.
*ipsis litteris: tal como está escrito

(Blog do Nilson Xavier.


https://nilsonxavier.blogosfera.uol.com.br. 25.09.2017. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão e com o sentido do texto original, a passagem


―Sem a pretensão de ser uma ‗aula de História‘, ‗Novo Mundo‘, além de entreter,
despertou no público o interesse pela História do Brasil…‖ está corretamente
reescrita em:

a) Sem a pretensão de ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖ entreteve o


público e despertou-lhe o interesse pela História do Brasil…

b) Embora sem a pretensão de ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖ entreteu
o público, mas despertou nele o interesse pela História do Brasil…

c) Sem a pretensão de ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖ entretinha o


público e o despertou o interesse pela História do Brasil…
d) Enquanto sem a pretensão de ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖
entreteve ao público, porque nele despertou o interesse pela História do Brasil…

e) Sem a pretensão de ser uma ―aula de História‖, ―Novo Mundo‖ entretivera o


público e, inclusive, despertou ele para o interesse pela História do Brasil…

1585) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

AUTOR – Eu sou o autor de uma mulher que inventei e a quem dei o nome de
Ângela Pralini. Eu vivia bem com ela. Mas ela começou a me inquietar e vi que eu
tinha de novo que assumir o papel de escritor para colocar Ângela em palavras
porque só então posso me comunicar com ela.

Eu escrevo um livro e Ângela outro: tirei de ambos o supérfluo.

Eu escrevo à meia-noite porque sou escuro. Ângela escreve de dia porque é quase
sempre luz alegre.

Este é um livro de não memórias. Passa-se agora mesmo, não importa quando foi
ou é ou será esse agora mesmo.

(…)

ÂNGELA – Viver me deixa trêmula.

AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.

ÂNGELA – Estou ansiosa e aflita.

AUTOR – Vejo que Ângela não sabe como começar. Nascer é difícil. Aconselho-a a
falar mais facilmente sobre fatos? Vou ensiná-la a começar pelo meio. Ela tem que
deixar de ser tão hesitante porque senão vai ser um livro todo trêmulo, uma gota
d‘água pendurada quase a cair e quando cai divide-se em estilhaços de pequenas
gotas espalhadas. Coragem, Ângela, comece sem ligar para nada.

(Clarice Lispector. Um sopro de vida)

A leitura do texto permite concluir que se trata de uma

a) exposição objetiva, ou seja, aquela em que o narrador deixa prevalecer a


racionalidade, sem mostrar-se subjetivamente.

b) autobiografia, ou seja, aquela em que o narrador revela momentos de sua vida


e os analisa com imparcialidade.
c) reminiscência, ou seja, aquela lembrança vaga que desperta sentimentos do
narrador, até então desconhecidos.

d) metanarrativa, ou seja, aquela em que o narrador explicita e questiona o


próprio processo de criação do enredo.

e) narração impressionista, ou seja, aquela que carrega elementos objetivos sem


intenção de explorar possíveis sentimentos das personagens.

1586) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

AUTOR – Eu sou o autor de uma mulher que inventei e a quem dei o nome de
Ângela Pralini. Eu vivia bem com ela. Mas ela começou a me inquietar e vi que eu
tinha de novo que assumir o papel de escritor para colocar Ângela em palavras
porque só então posso me comunicar com ela.

Eu escrevo um livro e Ângela outro: tirei de ambos o supérfluo.

Eu escrevo à meia-noite porque sou escuro. Ângela escreve de dia porque é quase
sempre luz alegre.

Este é um livro de não memórias. Passa-se agora mesmo, não importa quando foi
ou é ou será esse agora mesmo.

(…)

ÂNGELA – Viver me deixa trêmula.

AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.

ÂNGELA – Estou ansiosa e aflita.

AUTOR – Vejo que Ângela não sabe como começar. Nascer é difícil. Aconselho-a a
falar mais facilmente sobre fatos? Vou ensiná-la a começar pelo meio. Ela tem que
deixar de ser tão hesitante porque senão vai ser um livro todo trêmulo, uma gota
d‘água pendurada quase a cair e quando cai divide-se em estilhaços de pequenas
gotas espalhadas. Coragem, Ângela, comece sem ligar para nada.

(Clarice Lispector. Um sopro de vida)


Na construção da narrativa, revela-se que Autor e Ângela têm algumas preferências

a) opostas e estabelecem entre si uma relação de interdependência, por meio da


qual se evidenciam seus questionamentos íntimos.

b) contraditórias e são naturalmente indecisos e apegados às memórias, reforçando


a ideia de introspecção psicológica.

c) comuns, notadamente aquelas alinhadas à tranquilidade de suas índoles, o que


revela comportamentos previsíveis.

d) excêntricas, e isso se deve à forma pouco entusiasmada como veem a vida, o


que permite vislumbrar sem encantamento suas intimidades.

e) ambíguas, fruto de uma concepção de vida pautada no medo de serem


autênticos, o que destoa do caráter intimista da narrativa.

1587) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

AUTOR – Eu sou o autor de uma mulher que inventei e a quem dei o nome de
Ângela Pralini. Eu vivia bem com ela. Mas ela começou a me inquietar e vi que eu
tinha de novo que assumir o papel de escritor para colocar Ângela em palavras
porque só então posso me comunicar com ela.

Eu escrevo um livro e Ângela outro: tirei de ambos o supérfluo.

Eu escrevo à meia-noite porque sou escuro. Ângela escreve de dia porque é quase
sempre luz alegre.

Este é um livro de não memórias. Passa-se agora mesmo, não importa quando foi
ou é ou será esse agora mesmo.

(…)

ÂNGELA – Viver me deixa trêmula.

AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.

ÂNGELA – Estou ansiosa e aflita.

AUTOR – Vejo que Ângela não sabe como começar. Nascer é difícil. Aconselho-a a
falar mais facilmente sobre fatos? Vou ensiná-la a começar pelo meio. Ela tem que
deixar de ser tão hesitante porque senão vai ser um livro todo trêmulo, uma gota
d‘água pendurada quase a cair e quando cai divide-se em estilhaços de pequenas
gotas espalhadas. Coragem, Ângela, comece sem ligar para nada.

(Clarice Lispector. Um sopro de vida)


Na frase “AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.”, a expressão
em destaque está empregada

a) para dar ênfase à situação do autor, e nela falta o acento indicativo da crase.

b) como um pleonasmo, proporcionando possíveis ambiguidades no enunciado do


autor.

c) de forma redundante, com a clara intenção de dar destaque ao sentimento do


autor.

d) para atenuar o sentimento do autor, funcionando como uma espécie de


eufemismo.

e) em sentido figurado, por meio da qual o autor compara a sua situação à de


Ângela.

1588) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

AUTOR – Eu sou o autor de uma mulher que inventei e a quem dei o nome de
Ângela Pralini. Eu vivia bem com ela. Mas ela começou a me inquietar e vi que eu
tinha de novo que assumir o papel de escritor para colocar Ângela em palavras
porque só então posso me comunicar com ela.

Eu escrevo um livro e Ângela outro: tirei de ambos o supérfluo.

Eu escrevo à meia-noite porque sou escuro. Ângela escreve de dia porque é quase
sempre luz alegre.

Este é um livro de não memórias. Passa-se agora mesmo, não importa quando foi
ou é ou será esse agora mesmo.

(…)

ÂNGELA – Viver me deixa trêmula.

AUTOR – A mim também a vida me faz estremecer.

ÂNGELA – Estou ansiosa e aflita.

AUTOR – Vejo que Ângela não sabe como começar. Nascer é difícil. Aconselho-a a
falar mais facilmente sobre fatos? Vou ensiná-la a começar pelo meio. Ela tem que
deixar de ser tão hesitante porque senão vai ser um livro todo trêmulo, uma gota
d‘água pendurada quase a cair e quando cai divide-se em estilhaços de pequenas
gotas espalhadas. Coragem, Ângela, comece sem ligar para nada.

(Clarice Lispector. Um sopro de vida)


Com a frase “Ela tem que deixar de ser tão hesitante porque senão vai ser
um livro todo trêmulo…”, entende-se que o Autor decide ensinar Ângela a
começar o livro pelo meio para evitar que

a) o leitor entre em contradição.

b) a leitura seja automatizada.

c) a fruição da leitura aconteça.

d) os sentidos se dispersem.

e) ela tenha uma diretriz na escrita.

1589) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Faz três semanas que o secretário-geral da OEA espera que o Conselho Permanente
da entidade se reúna para adotar uma posição mais dura em relação à crise na
Venezuela. Cabe ao diplomata brasileiro a tarefa de convocar os representantes dos
34 países-membros. Não se sabe se por alguma orientação do Itamaraty, mas o
fato é que até agora o embaixador segue na dele.

(IstoÉ, 16.08.2017. Adaptado)

Com a frase final do texto – … até agora o embaixador segue na dele. –, o autor

a) mostra, explicitamente, o receio que o diplomata brasileiro tem de atender ao


pedido do secretário da OEA.

b) pondera, com humor, que o diplomata brasileiro enfrenta o Itamaraty quando o


assunto é a crise na Venezuela.

c) critica, com graça, a falta de iniciativa do diplomata brasileiro em relação à crise


na Venezuela.

d) reitera, com desânimo, a negligência do diplomata brasileiro e dos países-


membros da OEA quanto à crise na Venezuela.

e) comenta, com euforia, a dinâmica com que o diplomata brasileiro avalia a crise
na Venezuela.
1590) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

– Bem dizia eu, que aquela janela…

– É a janela dos rouxinóis.

– Que lá estão a cantar.

– Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a
menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

– A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história
aquela janela?

– É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em


duas palavras.

– Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser
interessantíssimo. Vamos à história já.

– Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de
viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos
rouxinóis como ela se contou.

É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque
dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para
isto, que em francês que há outro não sei quê…

Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são
uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas
poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não
presta.

Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é
um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes
raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.

Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o


seguinte.

(Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)


Na passagem lida, o narrador faz referência ao primeiro episódio de sua odisseia, o
qual corresponde

a) ao diálogo entre ele e um dos companheiros de viagem.

b) a uma conversa sobre belas e amáveis leitoras.

c) a um conto narrado à moda francesa.

d) a um drama de que as mulheres não gostam.

e) à história da menina dos rouxinóis.

1591) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

– Bem dizia eu, que aquela janela…

– É a janela dos rouxinóis.

– Que lá estão a cantar.

– Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a
menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

– A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história
aquela janela?

– É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em


duas palavras.

– Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser
interessantíssimo. Vamos à história já.

– Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de
viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos
rouxinóis como ela se contou.

É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque
dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para
isto, que em francês que há outro não sei quê…

Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são
uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas
poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não
presta.
Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é
um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes
raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.

Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o


seguinte.

(Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Com a passagem ―Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos…‖, o


narrador faz

a) uma advertência de que sua narrativa fugirá dos padrões vigentes, ideia
sintetizada na frase ―é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem
pretensão‖.

b) uma interação controlada para expor a história a ser narrada sem ―situações e
incidentes raros‖, mas ainda assim nos moldes dos franceses, nos quais ―há outro
não sei quê‖.

c) uma crítica às suas leitoras, ao afirmar que se trata de ―damas que estão mal
informadas‖, por isso propõe a elas ―uma história simples e singela‖.

d) uma concessão às leitoras, atendendo-lhes o gosto literário, propondo,


portanto, algo que ―não é um romance, não tem aventuras enredadas‖.

e) uma exposição da sua limitação criativa, fruto da imposição de valores da


cultura francesa, o que compromete sua arte: ―estou com medo de entrar nele‖.

1592) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

– Bem dizia eu, que aquela janela…

– É a janela dos rouxinóis.

– Que lá estão a cantar.

– Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a
menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

– A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história
aquela janela?

– É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em


duas palavras.
– Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser
interessantíssimo. Vamos à história já.

– Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de
viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos
rouxinóis como ela se contou.

É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque
dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para
isto, que em francês que há outro não sei quê…

Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são
uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas
poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não
presta.

Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é
um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes
raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.

Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o


seguinte.

(Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)

Na passagem – … mas a menina dos rouxinóis foi-se e não voltou. –, o pronome


em destaque está empregado com valor enfático. Assinale a alternativa em que há
emprego semelhante.

a) É um romance todo inteiro, todo feito […], e conta-se em duas palavras.

b) Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros
de viagem.

c) Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história…

d) … e eis aqui a história da menina dos rouxinóis como ela se contou.

e) … mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu…
1593) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

– Bem dizia eu, que aquela janela…

– É a janela dos rouxinóis.

– Que lá estão a cantar.

– Então, esses lá estão ainda como há dez anos – os mesmos ou outros – mas a
menina dos rouxinóis foi-se e não voltou.

– A menina dos rouxinóis? Que história é essa? Pois deveras tem uma história
aquela janela?

– É um romance todo inteiro, todo feito, como dizem os franceses, e conta-se em


duas palavras.

– Vamos a ele. A menina dos rouxinóis, menina com olhos verdes! Deve ser
interessantíssimo. Vamos à história já.

– Pois vamos. Apeiemos e descansemos um bocado.

Já se vê que este diálogo passava entre mim e outro dos nossos companheiros de
viagem. Apeamo-nos, com efeito; sentamo-nos; e eis aqui a história da menina dos
rouxinóis como ela se contou.

É o primeiro episódio da minha odisseia: estou com medo de entrar nele porque
dizem as damas e os elegantes da nossa terra que o português não é bom para
isto, que em francês que há outro não sei quê…

Eu creio que as damas que estão mal informadas, e sei que os elegantes que são
uns tolos; mas sempre tenho meu receio, porque, enfim, deles me rio eu; mas
poesia ou romance, música ou drama de que as mulheres não gostem é porque não
presta.

Ainda assim, belas e amáveis leitoras, entendamo-nos: o que eu vou contar não é
um romance, não tem aventuras enredadas, peripécias, situações e incidentes
raros; é uma história simples e singela, sinceramente contada e sem pretensão.

Acabemos aqui o capítulo em forma de prólogo e a matéria do meu conto para o


seguinte.

(Almeida Garrett. Viagens na Minha Terra)


Observe as frases:

• Chegamos ________ fim do capítulo em forma de ________, com a matéria do


meu conto para o seguinte.

• Discordo ________ certas damas e certos tolos, que preferem ________ para se
contar uma história.

De acordo com a norma-padrão e os sentidos do texto, as lacunas devem ser


preenchidas, respectivamente, com:

a) ao … apresentação … a … o português mais que o francês

b) no … conclusão … com … o francês do que o português

c) ao … introdução … de … o francês ao português

d) no … síntese … com … mais o português ao francês

e) ao … prefácio … de … mais o francês do que o português

1594) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Duração

O tempo era bom? Não era


O tempo é, para sempre.
A hera da antiga era
roreja* incansavelmente.

Aconteceu há mil anos?


Continua acontecendo.
Nos mais desbotados panos
estou me lendo e relendo.

Tudo morto, na distância


que vai de alguém a si mesmo?
Vive tudo, mas sem ânsia
de estar amando e estar preso.

Pois tudo enfim se liberta


de ferros forjados no ar.
A alma sorri, já bem perto
da raiz mesma do ser. (Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco)
* brota gota a gota: orvalho, suor, lágrima

O poema de Drummond é exemplo de poesia

a) existencialista, centralizando a atenção na passagem do tempo, sem que haja


problemas que afetem o eu lírico.

b) intimista, explorando a relação do eu lírico com a passagem do tempo, marcada


pela indiferença.

c) lírica, analisando a influência que o eu lírico recebe do tempo, que o resguarda


de experiências cruéis.

d) metafísica, abordando o tempo e suas contradições na existência humana,


prendendo o homem e libertando-o.

e) filosófica, negando a importância do tempo e pontuando a morte como opressão


natural ao ser humano.

1595) Concurso: Alun Of/PM SP/2017 Banca: VUNESP

Duração

O tempo era bom? Não era


O tempo é, para sempre.
A hera da antiga era
roreja* incansavelmente.

Aconteceu há mil anos?


Continua acontecendo.
Nos mais desbotados panos
estou me lendo e relendo.

Tudo morto, na distância


que vai de alguém a si mesmo?
Vive tudo, mas sem ânsia
de estar amando e estar preso.

Pois tudo enfim se liberta


de ferros forjados no ar.
A alma sorri, já bem perto
da raiz mesma do ser.
(Carlos Drummond de Andrade. As impurezas do branco)
* brota gota a gota: orvalho, suor, lágrima

Na passagem ―A alma sorri, já bem perto / da raiz mesma do ser.‖, entende-se


que a expressão em destaque aponta no ser humano
a) a sua essência.
b) o seu corpo.
c) a sua razão.
d) a sua crença.
e) o seu poder.

1596) Concurso: Tec Adm /PM SP/2016 Banca: VUNESP

Prólogo

Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso
fazer alguma coisa neste ramo de literatura.

Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o


coração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir,
fala a memória ou a imaginação.

Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o
que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um


com a minha vida.

Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em


copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa,
quando a comprei.

Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor
eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim
escapar ao cataclisma.

Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene
à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam.

Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado


nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco
horas.

Adeus. Minas, 12 de dezembro.

(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)


Considerando-se o contexto global de O guarani, quando o autor afirma – Previno-
lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente –, chama a atenção para
o fato de a narrativa

a) ser o relato de cenas que ocorreram quando Cabral chegou ao Brasil com sua
esquadra, travando um primeiro contato com os nativos.

b) apresentar elementos que remetem a um passado mítico, que não encontra


paralelo com o registro histórico de fatos ocorridos no Brasil.

c) ambientar-se no passado recente da história do Brasil, quando a descoberta das


Minas Gerais promoveu a povoação do interior do país.

d) tratar de eventos situados no passado, no período colonial, quando índios e


brancos viviam lado a lado nas terras brasileiras.

e) retratar o Brasil anterior à chegada dos portugueses, quando índios travaram


entre si batalhas violentas pela posse de terras.

1597) Concurso: Tec Adm /PM SP/2016 Banca: VUNESP

Prólogo

Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso
fazer alguma coisa neste ramo de literatura.

Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o


coração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir,
fala a memória ou a imaginação.

Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o
que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um


com a minha vida.

Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em


copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa,
quando a comprei.

Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor
eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim
escapar ao cataclisma.

Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene
à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam.
Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado
nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco
horas.

Adeus. Minas, 12 de dezembro.

(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

O pastor moribundo

Cantiga de viola

A existência dolorida
Cansa em meu peito: eu bem sei
Que morrerei!
Contudo da minha vida
Podia alentar-se a flor
No teu amor!

Do coração nos refolhos


Solta um ai! num teu suspiro
Eu respiro!
Mas fita ao menos teus olhos
Sobre os meus: eu quero-os ver
Para morrer!

Guarda contigo a viola


Onde teus olhos cantei...
E suspirei!
Só a ideia me consola
Que morro como vivi...
Morro por ti!

Se um dia tu‘alma pura


Tiver saudades de mim,
Meu serafim!
Talvez notas de ternura —
Inspirem o doido amor
Do trovador!

(Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos.)


Um traço comum à estética romântica, presente tanto no texto citado de José de
Alencar quanto no poema de Álvarez de Azevedo, é o

a) didatismo.
b) objetivismo.
c) pessimismo.
d) bucolismo.
e) sentimentalismo.

1598) Concurso: Tec Adm /PM SP/2016 Banca: VUNESP

O pastor moribundo

Cantiga de viola

A existência dolorida
Cansa em meu peito: eu bem sei
Que morrerei!
Contudo da minha vida
Podia alentar-se a flor
No teu amor!

Do coração nos refolhos


Solta um ai! num teu suspiro
Eu respiro!
Mas fita ao menos teus olhos
Sobre os meus: eu quero-os ver
Para morrer!

Guarda contigo a viola


Onde teus olhos cantei...
E suspirei!
Só a ideia me consola
Que morro como vivi...
Morro por ti!

Se um dia tu‘alma pura


Tiver saudades de mim,
Meu serafim!
Talvez notas de ternura —
Inspirem o doido amor
Do trovador!
(Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos.)
É possível estabelecer uma relação intertextual entre esse poema e as cantigas de
amor trovadorescas, porque nesses textos se constata

a) a representação personificada de elementos da natureza.

b) um eu lírico que diz morrer pela mulher amada.

c) um eu lírico feminino que chora por ter sido abandonado.

d) um pastor que se identifica com a vida simples do campo.

e) a crítica social por meio do uso do discurso irônico.

1599) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto “Infância na praia”, de Danuza Leão, para responder à questão.

Não se pode dar corda à memória: a gente começa brincando, mas ela não faz
cerimônia e vai invadindo nossas mentes e nossos corações. Para mim são, ainda e
sempre, as recordações da infância na praia muito mais fortes do que eu podia
imaginar.

No terreno das brincadeiras, a mais comum era o caldo: quem não se lembra do
terror de levar um? Também se brincava de jogar areia nos outros, aos gritos, para
horror dos adultos, e a pior de todas: se deixar ser enterrada ficando só com a
cabeça de fora, e todo mundo fingir que ia embora, só de maldade, deixando você
sozinha e esquecida.

No terreno mais leve, a grande proeza era mergulhar e passar por baixo das pernas
abertas da prima, lembra? Aliás, essa é uma raça em extinção: as primas. Elas
eram muitas, e a convivência, intensa. Hoje, nas cidades grandes, existem poucas
tias e pouquíssimas primas.

As crianças catavam conchas para colar, e era difícil fazer um buraquinho com um
prego e um martelinho, sem quebrar a concha, para passar o barbante. As cor-de-
rosa eram as mais lindas, e, quando se encontrava um búzio, era uma verdadeira
festa. As conchas acabaram; onde terão ido parar?

No final da tarde, a praia já sem sol, voltavam os barcos de pesca: as pessoas


ficavam em volta comprando o peixe nosso de cada dia, que seria feito naquela
mesma noite. Naquele tempo não havia nem alface nem tomate nem molho de
maracujá, e para dar uma corzinha na comida se usava colorau – já ouviu falar?

Camarão só às vezes, mas, em compensação, havia cações com a carne rija, que
davam uma moqueca muito boa. Os peixes eram vendidos por lote, não custavam
quase nada, e o que sobrava era distribuído ali mesmo. Mas os fregueses eram
honestos, e ninguém deixava de comprar para levar algum de graça, no final das
transações.

Às vezes corria um boato assustador: de que o mar estava cheio de águas-vivas, o


que era um acontecimento. Água-viva é uma rodela gelatinosa que, segundo
diziam, se encostasse no corpo, queimava como fogo. Ia todo mundo para a beira
da água tentando ver alguma, mas ninguém entrava no mar, de medo. No dia
seguinte, a areia estava cheia delas, e com uma varinha a gente ficava mexendo,
sempre com muito cuidado: afinal, era uma gelatina, mas viva – uma coisa mesmo
muito estranha.

Para evitar queimaduras, se usava óleo Dagele, e se alguém dissesse que anos
depois uma massagem de algas, daquelas mesmas algas verdes e marrons com as
quais a gente dançava dentro da água, não custaria menos de US$ 100 em Nova
York ou Paris, ninguém acreditaria.

Naquele tempo não havia refrigerantes, não se tomava água gelada, e as crianças
rezavam uma ave-maria antes de dormir, sendo que algumas ajoelhadas.

Não havia abajur nas mesas de cabeceira e na hora de dormir se apagava a luz do
teto, com sono ou sem sono, e ficávamos com os pensamentos voando, esperando
o sono chegar.

E ninguém se queixava de nada, até porque não havia do que se queixar, porque
era assim e pronto.

(Folha de S.Paulo, 17.04.2005. Adaptado)

Leia a frase do quarto parágrafo.

Sem alface, tomate ou molho de maracujá, preparava-se o peixe,


_________________ colorau para dar uma corzinha, de maneira bastante simples.

A lacuna da frase deve ser preenchida corretamente por:

a) com o qual se acrescentava

b) para o qual se somava

c) sob o qual se misturava

d) do qual se juntava

e) ao qual se adicionava
1600) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Considere a charge de Pelicano para responder à questão.

A resposta dada pelo garoto evidencia

a) maturidade, pois ele se sente muito desapontado com o próprio comportamento.

b) criatividade, pois ele apresenta uma justificativa inédita para persuadir o pai.

c) negligência, pois ele é repreendido pela professora por não realizar os deveres
de casa.

d) cinismo, pois ele convence facilmente o pai de que a alegação da professora é


falsa.

e) intransigência, pois ele se recusa a aceitar as imposições determinadas pelo pai.


1601) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Considere a charge de Pelicano para responder à questão.

Considere a frase.

_____________ escolas que _____________ em prática a troca de mensagens,


enviando frequentemente _____________ famílias informações a respeito do
desempenho dos filhos.

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas dessa


frase.

a) Existe … põe … às

b) Existe … põem … as

c) Existem … põe … as

d) Existem … põem … às

e) Existem … põem … as
1602) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia os textos baseados no livro ―Falando de grana‖, de Patrícia Broggi, para


responder à questão.

Os dois textos

a) apresentam orientações, já que o objetivo é auxiliar pais que desejam que seus
filhos saibam usar o dinheiro com responsabilidade.

b) apresentam uma avaliação discutível da realidade, pois retratam situações pouco


comuns à maioria das famílias.

c) expõem sugestões, visto que mostram pontos de vista divergentes a respeito da


importância de aplicar adequadamente o dinheiro.

d) fazem uma advertência, pois as informações se destinam especificamente aos


pais que gastam dinheiro inconsequentemente.

e) fazem referência às escolas, uma vez que indicam que elas deveriam incluir
noções de economia na grade de conteúdos.
1603) Concurso: Ass GE/Pref GRU/2016 Banca: VUNESP

Leia os textos baseados no livro ―Falando de grana‖, de Patrícia Broggi, para


responder à questão.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado está


corretamente colocado na frase em:

a) Em tratando-se de estabelecer prioridades financeiras, a ida ao supermercado é


boa estratégia.

b) Se publicam, atualmente, muitos livros que tratam de economia doméstica.

c) Muitas pessoas felizmente tornaram-se menos consumistas, evitando a compra


de itens desnecessários.

d) As pessoas que se dispõem a pechinchar fazem negociações vantajosas e


sempre economizam.

e) Alguns jovens dedicariam-se a usar bem a própria mesada, se não tivessem pais
que atendem a todas as suas vontades.
1604) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Poucas coisas na vida são mais inúteis do que torcer por um time de futebol. Veja
bem, gostar de futebol é uma coisa, mas torcer por um clube é completamente
outra. Não serve pra absolutamente nada, com frequência te deixa mais triste do
que feliz, não modifica sua vida em absoluto, só atrapalha os seus afazeres, mas,
mesmo assim, quando o Vasco joga, eu fico nervoso, quero saber do resultado
minuto a minuto, fico irritado com o time.

Se perde, eu fico chateado, estraga uma boa parte do meu dia e do meu dia
seguinte, e, se ganha, quinze minutos depois a minha felicidade se esvaiu e eu já
voltei à minha rotina normal. Não tem lógica nenhuma torcer que nem um imbecil
por um time de futebol.

Isso me dói, porque eu não consigo controlar o que eu sinto. É uma perda de
tempo na minha vida que não se explica. Eu sou uma espécie de obeso mórbido
que não consegue parar de comer bacon. É de uma irracionalidade completa. E o
pior é que a gente nasce sem time nenhum. A gente é que escolhe ser idiota.

Eu tive a opção de ser livre, mas eu me prendi a um sentimento que não me deixa
descansar. Porque não acaba nunca. Todo ano é um sofrimento. Porque só um time
pode ser campeão. Um! Ou seja, por ano, dezenove times da série A do Brasileirão
têm seus torcedores deprimidos. E no ano seguinte, é a mesma coisa!

Se alguém souber de um jeito de me fazer parar, por favor, aceito sugestões.

(Fábio Porchat, Futebol. O Estado de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

É correto afirmar que, do ponto de vista do autor,

a) não é razoável entregar-se à torcida por um time de futebol.

b) não há coisa mais inútil do que torcer para um time de futebol.

c) gostar de futebol é injustificável, pois torcer é pura perda de tempo.

d) felizmente, quando acaba o campeonato, não há torcedores infelizes.

e) deixar de apreciar futebol é a coisa mais sensata a fazer.


1605) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Poucas coisas na vida são mais inúteis do que torcer por um time de futebol. Veja
bem, gostar de futebol é uma coisa, mas torcer por um clube é completamente
outra. Não serve pra absolutamente nada, com frequência te deixa mais triste do
que feliz, não modifica sua vida em absoluto, só atrapalha os seus afazeres, mas,
mesmo assim, quando o Vasco joga, eu fico nervoso, quero saber do resultado
minuto a minuto, fico irritado com o time.

Se perde, eu fico chateado, estraga uma boa parte do meu dia e do meu dia
seguinte, e, se ganha, quinze minutos depois a minha felicidade se esvaiu e eu já
voltei à minha rotina normal. Não tem lógica nenhuma torcer que nem um imbecil
por um time de futebol.

Isso me dói, porque eu não consigo controlar o que eu sinto. É uma perda de
tempo na minha vida que não se explica. Eu sou uma espécie de obeso mórbido
que não consegue parar de comer bacon. É de uma irracionalidade completa. E o
pior é que a gente nasce sem time nenhum. A gente é que escolhe ser idiota.

Eu tive a opção de ser livre, mas eu me prendi a um sentimento que não me deixa
descansar. Porque não acaba nunca. Todo ano é um sofrimento. Porque só um time
pode ser campeão. Um! Ou seja, por ano, dezenove times da série A do Brasileirão
têm seus torcedores deprimidos. E no ano seguinte, é a mesma coisa!

Se alguém souber de um jeito de me fazer parar, por favor, aceito sugestões.

(Fábio Porchat, Futebol. O Estado de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

É correto afirmar que o autor

a) declara sua incompatibilidade com o esporte a que se vê preso, porque o futebol


só lhe traz chateação.

b) confessa sua incapacidade de deixar de ser um torcedor, embora se mostre


crítico quanto à relevância de sê-lo.

c) nega a possibilidade de mudar de time, embora se reconheça um ser racional


demais para fazê-lo.

d) descreve sua paixão pelo time de sua preferência como uma obsessão, que tem
a vantagem de incorporar- se a sua rotina.

e) expressa ser indiferente aos sucessos e insucessos do time por que torce,
evitando envolver-se emocionalmente com resultados.
1606) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Poucas coisas na vida são mais inúteis do que torcer por um time de futebol. Veja
bem, gostar de futebol é uma coisa, mas torcer por um clube é completamente
outra. Não serve pra absolutamente nada, com frequência te deixa mais triste do
que feliz, não modifica sua vida em absoluto, só atrapalha os seus afazeres, mas,
mesmo assim, quando o Vasco joga, eu fico nervoso, quero saber do resultado
minuto a minuto, fico irritado com o time.

Se perde, eu fico chateado, estraga uma boa parte do meu dia e do meu dia
seguinte, e, se ganha, quinze minutos depois a minha felicidade se esvaiu e eu já
voltei à minha rotina normal. Não tem lógica nenhuma torcer que nem um imbecil
por um time de futebol.

Isso me dói, porque eu não consigo controlar o que eu sinto. É uma perda de
tempo na minha vida que não se explica. Eu sou uma espécie de obeso mórbido
que não consegue parar de comer bacon. É de uma irracionalidade completa. E o
pior é que a gente nasce sem time nenhum. A gente é que escolhe ser idiota.

Eu tive a opção de ser livre, mas eu me prendi a um sentimento que não me deixa
descansar. Porque não acaba nunca. Todo ano é um sofrimento. Porque só um time
pode ser campeão. Um! Ou seja, por ano, dezenove times da série A do Brasileirão
têm seus torcedores deprimidos. E no ano seguinte, é a mesma coisa!

Se alguém souber de um jeito de me fazer parar, por favor, aceito sugestões.

(Fábio Porchat, Futebol. O Estado de S.Paulo, 08.12.2015. Adaptado)

Há, no texto, uma passagem com quebra de uniformidade no emprego dos


pronomes destacados, para se referir ao leitor. Assinale a alternativa com essa
passagem.

a) ...mas eu me prendi a um sentimento que não me deixa descansar.

b) ... só atrapalha os seus afazeres, mas mesmo assim, quando o Vasco joga, eu
fico nervoso...

c) ... com frequência te deixa mais triste do que feliz, não modifica sua vida em
absoluto...

d) ... quinze minutos depois a minha felicidade se esvaiu e eu já voltei à minha


rotina.

e) ... eu fico chateado, estraga uma boa parte do meu dia...


1607) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

Com base nas informações do texto, é correto afirmar que o cão entende ser
sarcástica a pessoa que

a) demonstra apatia.

b) declara admiração.

c) se mostra agressiva.

d) se expressa com ironia.

e) esconde sentimentos.
1608) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

Assinale a alternativa que dá sequência à frase do primeiro quadrinho, de acordo


com a norma-padrão de regência verbal e de emprego do pronome relativo.

Pode não parecer, mas o Snoopy é o tipo do cão...

a) o qual os ladrões podem tropeçar.

b) a que os ladrões temem de encontrar pela frente.

c) que os ladrões fogem apavorados quando veem.

d) cujo comportamento desperta pavor nos ladrões.

e) ao qual amedronta a ladrões.


1609) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

A noite baixou de supetão e uma friagem seca cobriu as cercanias do gentio do


Ouro e de Xique-Xique, a umas boas léguas das barrancas do São Francisco, em
que o arraial se esconde pelo meio dos montes. Esconde-se porque é um arraial
fora da lei, cafua de bandidos, jagunços fugidos e cangaceiros, onde ninguém
dorme nu e sem arma na mão e só se entra com permissão. Agora que a caatinga
recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de sereno e até a poeira das três
ruas assentou, nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões,
atravessando os quadradinhos formados pelas varas das paredes dos casebres de
sopapo. Rua do Meio acima, uma fogueira arde no alpendre do casarão arruinado,
de paredes de alvenaria e telhado ainda prestante, que todos chamam de Tapera
do Andrade, embora ninguém saiba o motivo. A história do Arraial de Santo Inácio
é desconhecida, assim como é desconhecida a maior parte da história destas
paragens e do povo que nelas habita.

(João Ubaldo Ribeiro, Viva o povo brasileiro. Adaptado)

Os termos destacados nas passagens – só se entra com permissão / nada se vê


senão a iluminação amarelada – podem ser substituídos, sem prejuízo de sentido e
respectivamente, por

a) mediante / exceto.

b) diante de / ao menos.

c) segundo / nem mesmo.

d) por meio de / principalmente.

e) conforme / salvo.
1610) Concurso: Of Leg/CM Poá (SP)/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

A noite baixou de supetão e uma friagem seca cobriu as cercanias do gentio do


Ouro e de Xique-Xique, a umas boas léguas das barrancas do São Francisco, em
que o arraial se esconde pelo meio dos montes. Esconde-se porque é um arraial
fora da lei, cafua de bandidos, jagunços fugidos e cangaceiros, onde ninguém
dorme nu e sem arma na mão e só se entra com permissão. Agora que a caatinga
recolheu suas plantas ferozes debaixo do manto de sereno e até a poeira das três
ruas assentou, nada se vê senão a iluminação amarelada de alguns lampiões,
atravessando os quadradinhos formados pelas varas das paredes dos casebres de
sopapo. Rua do Meio acima, uma fogueira arde no alpendre do casarão arruinado,
de paredes de alvenaria e telhado ainda prestante, que todos chamam de Tapera
do Andrade, embora ninguém saiba o motivo. A história do Arraial de Santo Inácio
é desconhecida, assim como é desconhecida a maior parte da história destas
paragens e do povo que nelas habita.

(João Ubaldo Ribeiro, Viva o povo brasileiro. Adaptado)

A relação de sentido que há entre as palavras ―debaixo‖ e ―sobre‖ é a mesma que


há entre

a) nu e despido.

b) ferozes e cruéis.

c) permissão e proibição.

d) arde e queima.

e) assentou e instalou.
1611) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro


moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.
(Carlos Drummond de Andrade.)

Ao se substituir no trecho – satisfeito de ter meu ritmo – a expressão destacada


por um pronome, a reescrita correta, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, é

a) satisfeito de lhe ter.

b) satisfeito de ter-no.

c) satisfeito de ter-lhe.

d) satisfeito de tê-lo.

e) satisfeito de ter-o.
1612) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Também já fui brasileiro

Eu também já fui brasileiro


moreno como vocês.
Ponteei viola, guiei forde
e aprendi na mesa dos bares
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham
e todas as virtudes se negam.
Eu também já fui poeta.
Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou-se.
Eu também já tive meu ritmo.
Fazia isso, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.

(Carlos Drummond de Andrade.)

Nos versos – Hoje não deslizo mais não, não sou irônico mais não, não tenho
ritmo mais não. –, a repetição do termo destacado

a) anula a negação.

b) torna o verso irônico.

c) reforça a negação.

d) causa ambiguidade.

e) elimina a ambiguidade.
1613) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(www.willtirando.com.br)

A dúvida do aluno – Quem a chuva forte derrubou? – é causada porque

a) as palavras ―aranha‖ e ―parede‖ nomeiam, respectivamente, o animal e o


objeto.

b) o ―a‖, em – a derrubou –, pode retomar tanto ―aranha‖ quanto ―parede‖.

c) a expressão ―Dona aranha‖ é usada em situações formais.

d) a parede foi mencionada no primeiro quadrinho.

e) ―forte‖ refere-se à ―chuva‖.


1614) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(www.willtirando.com.br)

A reação da professora, no último quadrinho da tirinha, demonstra que ela

a) não estava prestando atenção na letra da música.

b) percebeu que o aluno não estava cantando.

c) ficou inconformada com a falta de respeito do aluno.

d) tem vergonha de responder à questão colocada pelo aluno.

e) teve a mesma dúvida que o aluno.


1615) Concurso: AgSP/Pref Pres Prudente/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha para responder à questão.

(www.willtirando.com.br)

De acordo com a norma culta da língua portuguesa, a alternativa correta quanto à


regência verbal e nominal é

a) As crianças sentiram medo na aranha.

b) A professora precisava de responder a questão proposta.

c) O aluno tinha necessidade de sanar sua dúvida.

d) Os alunos questionaram a professora sob a música.

e) O vento destruiu com a parede.


1616) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder a questão abaixo.

(Cathy Wilcox. Cyberbullying. Disponível em: http://psicologiadospsicologos.


blogspot.com.br/2010/07/cyberbullying.html. Adaptado)

A charge critica

a) o uso, fora de hora, das mídias sociais pelos alunos nas escolas.

b) a falta de qualidade dos laboratórios de informática das escolas.

c) o mau comportamento dos alunos, principalmente, na hora do recreio.

d) a desobediência dos alunos com relação às ordens da direção.

e) a falha da escola ao tentar resolver um problema superficialmente.


1617) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder a questão abaixo.

(Cathy Wilcox. Cyberbullying. Disponível em: http://psicologiadospsicologos.


blogspot.com.br/2010/07/cyberbullying.html. Adaptado)

Reescrita, a fala da professora mantém seu sentido original em:

a) Vamos bloquear as mídias sociais para conter o cyberbullying, com isso


esperamos que esse problema deixe de existir...

b) Vamos bloquear as mídias sociais para conter o cyberbullying, embora


esperemos que esse problema deixe de existir...

c) Vamos bloquear as mídias sociais para conter o cyberbullying, entretanto


esperamos que esse problema deixe de existir...

d) Vamos bloquear as mídias sociais para conter o cyberbullying, se esperamos que


esse problema deixe de existir...

e) Vamos bloquear as mídias sociais para conter o cyberbullying, enquanto


esperamos que esse problema deixe de existir...
1618) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge para responder a questão abaixo.

(Cathy Wilcox. Cyberbullying. Disponível em: http://psicologiadospsicologos.


blogspot.com.br/2010/07/cyberbullying.html. Adaptado)

Se a professora estivesse falando de mais de um problema, a frase que encerra a


sua fala e a que inicia a fala do menino estariam corretamente reescritas, de acordo
com a norma-padrão de concordância, respectivamente, em:

a) Esperamos que esses problemas deixe de existirem em nosso laboratório... / E


que volte para a hora do recreio...

b) Esperamos que esses problemas deixem de existir em nosso laboratório... / E


que voltem para a hora do recreio...

c) Esperamos que esses problema deixem de existirem em nosso laboratório... / E


que voltem para a hora do recreio...

d) Esperamos que esses problemas deixe de existir em nosso laboratório... / E que


volte para a hora do recreio...

e) Esperamos que esses problema deixem de existir em nosso laboratório... / E


que volte para a hora do recreio...
1619) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da Família, a


família brasileira é a ―entidade familiar formada a partir da união entre um homem
e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus filhos‖. Excludente e discriminatória, a
definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de milhões de
brasileiros que não se enquadram no conceito aprovado.

As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.


Embora esteja presente no imaginário social um modelo de família composto por
pai, mãe e filhos do casal, essa não é a única configuração que encontramos na
nossa sociedade, aponta Maria Ignez Costa Moreira, professora de Psicologia da
PUC Minas. Hoje encontramos configurações diversificadas de famílias além das
definidas pelo Estatuto, tais como família recomposta ou extensa – fruto de
divórcios e outras uniões – que possui filhos ou não de outras uniões; família
heterossexual sem filhos; família homoafetiva com ou sem filhos; dentre outras.

Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer uma
série de prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições. Na escola, a discussão das famílias
contemporâneas deve, sim, adentrar a sala de aula. A escola precisa construir com
as crianças e os adolescentes uma postura de respeito, de inclusão. ―Conviver com
as diferenças, aprender com as diferenças, parece-me ser fundamental para uma
cultura de paz. E a escola é uma instituição social extremamente responsável por
essa formação cidadã‖, afirma Maria Ignez.

(Thais Paiva. Por uma nova (e ampla) definição de família.


http://www.cartaeducacao.com.br, 02.05.2016. Adaptado)

O texto apresenta como discussão principal

a) a definição de família proposta pelo Estatuto da Família, que não abarca as


diversas configurações familiares existentes.

b) o conservadorismo da sociedade atual frente à nova denominação de família


proposta pelo Estatuto da Família.

c) o processo de estabilização pelo qual as configurações familiares vêm passando


nos últimos tempos.

d) o papel do Estatuto da Família em propor nomes para definir instituições sociais


brasileiras importantes.

e) a necessidade de a família se adequar aos padrões sociais para que crianças e


jovens não se sintam excluídos.
1620) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da Família, a


família brasileira é a ―entidade familiar formada a partir da união entre um homem
e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus filhos‖. Excludente e discriminatória, a
definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de milhões de
brasileiros que não se enquadram no conceito aprovado.

As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.


Embora esteja presente no imaginário social um modelo de família composto por
pai, mãe e filhos do casal, essa não é a única configuração que encontramos na
nossa sociedade, aponta Maria Ignez Costa Moreira, professora de Psicologia da
PUC Minas. Hoje encontramos configurações diversificadas de famílias além das
definidas pelo Estatuto, tais como família recomposta ou extensa – fruto de
divórcios e outras uniões – que possui filhos ou não de outras uniões; família
heterossexual sem filhos; família homoafetiva com ou sem filhos; dentre outras.

Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer uma
série de prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições. Na escola, a discussão das famílias
contemporâneas deve, sim, adentrar a sala de aula. A escola precisa construir com
as crianças e os adolescentes uma postura de respeito, de inclusão. ―Conviver com
as diferenças, aprender com as diferenças, parece-me ser fundamental para uma
cultura de paz. E a escola é uma instituição social extremamente responsável por
essa formação cidadã‖, afirma Maria Ignez.

(Thais Paiva. Por uma nova (e ampla) definição de família.


http://www.cartaeducacao.com.br, 02.05.2016. Adaptado)

Com relação à diversidade das composições familiares atuais, segundo o texto, é


papel da escola

a) evitar discussões polêmicas, pois ela é um lugar em que há alunos pertencentes


a diversas composições familiares.
b) manter-se isenta nessa discussão, pois cabe aos pais ensinar sobre o conceito
de família que eles consideram ideal.
c) promover discussões a respeito do tema, de modo a educar os alunos para a
cidadania e o respeito ao próximo.
d) rejeitar a discussão de temas como esse, de modo a construir nos alunos uma
postura de respeito aos valores tradicionais de família.
e) levar esse tipo de discussão para dentro da sala de aula, a fim de influenciar os
alunos a aceitar apenas as definições do Estatuto da Família.
1621) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da Família, a


família brasileira é a ―entidade familiar formada a partir da união entre um homem
e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus filhos‖. Excludente e discriminatória, a
definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de milhões de
brasileiros que não se enquadram no conceito aprovado.

As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.


Embora esteja presente no imaginário social um modelo de família composto por
pai, mãe e filhos do casal, essa não é a única configuração que encontramos na
nossa sociedade, aponta Maria Ignez Costa Moreira, professora de Psicologia da
PUC Minas. Hoje encontramos configurações diversificadas de famílias além das
definidas pelo Estatuto, tais como família recomposta ou extensa – fruto de
divórcios e outras uniões – que possui filhos ou não de outras uniões; família
heterossexual sem filhos; família homoafetiva com ou sem filhos; dentre outras.

Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer uma
série de prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições. Na escola, a discussão das famílias
contemporâneas deve, sim, adentrar a sala de aula. A escola precisa construir com
as crianças e os adolescentes uma postura de respeito, de inclusão. ―Conviver com
as diferenças, aprender com as diferenças, parece-me ser fundamental para uma
cultura de paz. E a escola é uma instituição social extremamente responsável por
essa formação cidadã‖, afirma Maria Ignez.

(Thais Paiva. Por uma nova (e ampla) definição de família.


http://www.cartaeducacao.com.br, 02.05.2016. Adaptado)

A autora do texto defende que a concepção de família

a) ideal é aquela formada a partir da união entre um homem e uma mulher, por
meio de casamento ou de união estável.

b) não pode ser resumida a uma única configuração, já que a entidade familiar
sofreu mudanças ao longo do tempo.

c) é aquela composta pelo pai, pela mãe, pelos filhos do casal e seu animal de
estimação, como imagina a população.

d) recomposta ou extensa não pode ser considerada família, já que é fruto de


outras uniões, ou seja, outras formações familiares.

e) que deve ser ensinada na escola é aquela definida pelo Estatuto da Família,
postura fundamental para uma cultura de paz.
1622) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da Família, a


família brasileira é a ―entidade familiar formada a partir da união entre um homem
e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus filhos‖. Excludente e discriminatória, a
definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de milhões de
brasileiros que não se enquadram no conceito aprovado.

As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.


Embora esteja presente no imaginário social um modelo de família composto por
pai, mãe e filhos do casal, essa não é a única configuração que encontramos na
nossa sociedade, aponta Maria Ignez Costa Moreira, professora de Psicologia da
PUC Minas. Hoje encontramos configurações diversificadas de famílias além das
definidas pelo Estatuto, tais como família recomposta ou extensa – fruto de
divórcios e outras uniões – que possui filhos ou não de outras uniões; família
heterossexual sem filhos; família homoafetiva com ou sem filhos; dentre outras.

Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer uma
série de prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições. Na escola, a discussão das famílias
contemporâneas deve, sim, adentrar a sala de aula. A escola precisa construir com
as crianças e os adolescentes uma postura de respeito, de inclusão. ―Conviver com
as diferenças, aprender com as diferenças, parece-me ser fundamental para uma
cultura de paz. E a escola é uma instituição social extremamente responsável por
essa formação cidadã‖, afirma Maria Ignez.

(Thais Paiva. Por uma nova (e ampla) definição de família.


http://www.cartaeducacao.com.br, 02.05.2016. Adaptado)

De acordo com o primeiro parágrafo do texto, a definição de família apresentada


pela Comissão Especial do Estatuto da Família é

a) realista.

b) inclusiva.

c) apropriada.

d) abrangente.

e) segregadora.
1623) Concurso: Prof/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Segundo o texto votado em 2015 pela Comissão Especial do Estatuto da Família, a


família brasileira é a ―entidade familiar formada a partir da união entre um homem
e uma mulher, por meio de casamento ou de união estável, e a comunidade
formada por qualquer dos pais e seus filhos‖. Excludente e discriminatória, a
definição é, desde então, alvo de protesto por suprimir o direito de milhões de
brasileiros que não se enquadram no conceito aprovado.

As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.


Embora esteja presente no imaginário social um modelo de família composto por
pai, mãe e filhos do casal, essa não é a única configuração que encontramos na
nossa sociedade, aponta Maria Ignez Costa Moreira, professora de Psicologia da
PUC Minas. Hoje encontramos configurações diversificadas de famílias além das
definidas pelo Estatuto, tais como família recomposta ou extensa – fruto de
divórcios e outras uniões – que possui filhos ou não de outras uniões; família
heterossexual sem filhos; família homoafetiva com ou sem filhos; dentre outras.

Logo, uma definição excludente como a do Estatuto da Família pode trazer uma
série de prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições. Na escola, a discussão das famílias
contemporâneas deve, sim, adentrar a sala de aula. A escola precisa construir com
as crianças e os adolescentes uma postura de respeito, de inclusão. ―Conviver com
as diferenças, aprender com as diferenças, parece-me ser fundamental para uma
cultura de paz. E a escola é uma instituição social extremamente responsável por
essa formação cidadã‖, afirma Maria Ignez.

(Thais Paiva. Por uma nova (e ampla) definição de família.


http://www.cartaeducacao.com.br, 02.05.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o pronome destacado que pode ser corretamente


substituído pela expressão entre colchetes, sem alteração de sentido.

a) ―... por suprimir o direito de milhões de brasileiros que não se enquadram no


conceito aprovado.‖ [por onde]
b) ―As famílias são instituições sociais que se transformaram ao longo da história.‖
[das quais]
c) ―... essa não é a única configuração que encontramos na nossa sociedade...‖
[de que]
d) ―... família recomposta ou extensa – fruto de divórcios e outras uniões – que
possui filhos ou não...‖ [a qual]
e) ―... prejuízos para as crianças e os jovens que pertencem a núcleos familiares
formados por outras composições.‖ [nos quais]
1624) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso tempo
e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente se
exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)

O assunto central do texto é

a) o modo como os costumes se alteram com o tempo.


b) os problemas de comunicação entre jovens e adultos.
c) a educação das crianças na sociedade de consumo.
d) a transmissão de gostos e hábitos de pai para filho.
e) os maus hábitos que os adultos adquirem com o tempo.
1625) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso tempo
e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente se
exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)

No quarto parágrafo do texto, a afirmação – Aguardo sua reação como quem


aguarda um referendo – revela que o autor está
a) irritado diante do fato de o filho misturar o mel com a tinta de caneta.
b) ansioso para ver a reação do filho ao provar o mel pela primeira vez.
c) indiferente quanto ao modo como o filho reagirá ao experimentar o mel.
d) alheio à forma como o filho come a torrada com as mãos sujas de caneta.
e) nervoso com a sujeira que o filho faz para comer a torrada com mel.
1626) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso
tempo e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente
se exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)


No sétimo parágrafo, o autor usa o termo equidistante para chamar a atenção ao
fato de

a) viver com seu filho uma experiência positiva, que ele próprio não pôde
experimentar com seu pai.

b) ter sido apresentado ao mel tardiamente, quando tinha a mesma idade de seu
filho, ou seja, três anos.

c) estar vivenciando, com seu filho, uma experiência semelhante à que seu pai
teve com ele trinta anos antes.

d) ter deixado seu pai muitas vezes preocupado por ver o filho se recusar a seguir
os seus conselhos.

e) dar a seu filho muito afeto e liberdade, enquanto lembra que seu pai era rude e
autoritário com ele.

1627) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Tal pai, tal filho

Giro a garrafa em direção à torrada. O percurso é lento, custoso até a bolha de ar


chegar ao fundo e empurrar o mel para fora. Ele me olha entre curioso e
impaciente.

– Olha, pai, tá saindo!

Com o dedo sujo da canetinha azul (a mãe bem avisou que era pra lavar as mãos),
ele esfrega o mel na fatia e leva à boca.

Aguardo sua reação como quem aguarda um referendo. Com a boca já melada, ele
morde o dedo, me olha, olha para a garrafa, já recomposta em seu volume.

Morde mais um pedaço e pede mais, e eu fico em dúvida se abro de novo a garrafa
de mel ou se faço uma foto desse pequeno passo para a humanidade e grande salto
para o pai que descobre os prazeres da transmissão de um legado.

Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se lembrar do dia em que seu pai o
levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo. Lembrará que estávamos sozinhos
em casa, a mãe já no trabalho.

Enquanto ele mastigava, me sentia num ponto equidistante entre este nosso tempo
e o de meu pai, que hoje completa 60 anos. Há 30 anos ele provavelmente se
exasperava vendo o filho experimentar tudo pela primeira vez – provavelmente
com a mesma ansiedade de se ver, de certa forma, continuado em seus gostos e
hábitos.

Silenciosamente vou listando tudo o que gostaria de dizer no aniversário dele até
ser interrompido por meu filho de quase três anos, que acaba de pegar um pacote
de batata palha e cobrir a cachorra de farelo. Olho feio e berro alto. Ele se esconde.
―Você tem medo, mas não tem vergonha nessa sua cara de pau, né?‖. Ele segura o
riso e eu me recomponho, tentando lembrar o dia exato em que virei o meu pai.

(Matheus Pichonelli. www.cartacapital.com.br/cultura/tal-pai-tal-filho, 29.01.2016. Adaptado)

No trecho do sexto parágrafo – Penso se algum dia, daqui a 30 anos, ele vai se
lembrar do dia em que seu pai o levou para conhecer o mel ou as pedras de gelo –,
a expressão destacada pode ser corretamente substituída, em conformidade com a
norma-padrão da língua portuguesa e com o sentido original preservado, por:

a) quando se passaram 30 anos.

b) antes de fazermos 30 anos.

c) após transcorrerem 30 anos.

d) se decorreram 30 anos.

e) há 30 anos.

1628) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar

Na opinião de Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas


particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-
ministros e membros da família real), os alunos precisam passar por experiências
de falha na escola, para que aprendam a se reerguer em situações mais delicadas
na vida adulta. ―Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um
ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo‖, disse. Ou seja, ser
sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda o aluno a
crescer de verdade.

(Helô D‟Angelo. http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriamensinar- os-alunos-a-falhar-


1, 17/03/2016. Adaptado)
Para Tony Little,

a) o aluno popular será necessariamente um adulto fracassado.

b) os alunos não devem ser incentivados a ter bom desempenho na escola.

c) a falha não deve ser vivenciada em situações reais, mas sim em fictícias.

d) é preciso premiar os alunos que fracassam para não traumatizá-los.

e) vivenciar a derrota é essencial para o aprendizado dos alunos.

1629) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar

Na opinião de Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas


particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-
ministros e membros da família real), os alunos precisam passar por experiências
de falha na escola, para que aprendam a se reerguer em situações mais delicadas
na vida adulta. ―Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um
ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo‖, disse. Ou seja, ser
sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda o aluno a
crescer de verdade.

(Helô D‟Angelo. http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriamensinar- os-alunos-a-falhar-


1, 17/03/2016. Adaptado)

No trecho – Ou seja, ser sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na
escola não ajuda o aluno a crescer de verdade –, o fragmento destacado pode
ser corretamente substituído, sem alteração de sentido, por:

a) propicia o aluno à crescer.

b) favorece do aluno crescer.

c) colabora de que o aluno cresça.

d) contribui para que o aluno cresça.

e) presta auxílio ao aluno de crescer.


1630) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

As escolas deveriam ensinar os alunos a falhar

Na opinião de Tony Little, especialista em educação e ex-diretor de uma das escolas


particulares mais famosas do Reino Unido (a Eton, que já formou 19 primeiros-
ministros e membros da família real), os alunos precisam passar por experiências
de falha na escola, para que aprendam a se reerguer em situações mais delicadas
na vida adulta. ―Não é só ter a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um
ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo‖, disse. Ou seja, ser
sempre popular, só tirar notas boas e nunca sofrer na escola não ajuda o aluno a
crescer de verdade.

(Helô D‟Angelo. http://super.abril.com.br/cotidiano/as-escolas-deveriamensinar- os-alunos-a-falhar-


1, 17/03/2016. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância padrão.

a) Já foram formados, pela Eton, dezenove primeiros-ministros e membros da


família real.

b) Dezenove primeiros-ministros e membros da família real já se formou pela Eton.

c) A Eton já formaram dezenove primeiros-ministros e membros da família real.

d) Pela Eton, já foi formado dezenove primeiros-ministros e membros da família


real.

e) Dezenove primeiros-ministros e membros da família real já foi formada pela


Eton.
1631) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Se deixada livre, criança comerá algo de que gosta até passar mal

Está bem difícil para nós, adultos, ter nossa boca sob controle. Justo nós, que
deveríamos ter bem desenvolvido – e usar sempre – o mecanismo de
autorregulação, ou seja, a capacidade de conter um forte impulso, seja ele qual for.
E as crianças, o que têm aprendido conosco?

Nos primeiros cinco anos de vida das crianças, percebemos com clareza que elas
não conseguem, ainda, resistir a um impulso, e este nem precisa ser dos mais
fortes. É por isso que elas fazem birra, batem, mordem, fazem o que sabem que
não poderiam fazer, por exemplo. É aos poucos que a criança aprende a conter
impulsos que são socialmente inadequados ou que a prejudicam.

A criança não é capaz de sentir que está saciada, por exemplo. Se ela gosta de
comer um alimento e for deixada livre para comer a quantidade que quiser, comerá
até passar mal.

As crianças têm percebido que não tem sido importante, para nós, o ensinamento
do autocontrole. Aliás, elas percebem com muita sagacidade que nós mesmos não
nos importamos em usar essa capacidade. E, se nós não a usamos cotidianamente,
por que haveriam elas de usar?

Para ensinar o autocontrole aos filhos é preciso esforço, muito esforço pessoal. E
parece que esforçar-se é algo que sabemos fazer bem na busca do êxito e do
sucesso. Será que gastamos todo nosso potencial nesses itens e ficamos zerados
para o esforço e a paciência necessários para tal ensinamento aos mais novos? Aí
está uma pergunta que merece nossa reflexão!

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/


1757525-se-deixada-livre-crianca-comera-algo-que-gosta-atepassar-
mal.shtml, 05.04.2016. Adaptado)

A autora sugere que os adultos têm encontrado dificuldade em

a) escolher as palavras certas para dar ordens às crianças.

b) conter os impulsos que possam ter na vida cotidiana.

c) ter acesso a informações sobre alimentação saudável.

d) deixar de falar para ouvir o que as crianças têm a dizer.

e) dedicar tempo para o preparo de suas próprias refeições.


1632) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Se deixada livre, criança comerá algo de que gosta até passar mal

Está bem difícil para nós, adultos, ter nossa boca sob controle. Justo nós, que
deveríamos ter bem desenvolvido – e usar sempre – o mecanismo de
autorregulação, ou seja, a capacidade de conter um forte impulso, seja ele qual for.
E as crianças, o que têm aprendido conosco?

Nos primeiros cinco anos de vida das crianças, percebemos com clareza que elas
não conseguem, ainda, resistir a um impulso, e este nem precisa ser dos mais
fortes. É por isso que elas fazem birra, batem, mordem, fazem o que sabem que
não poderiam fazer, por exemplo. É aos poucos que a criança aprende a conter
impulsos que são socialmente inadequados ou que a prejudicam.

A criança não é capaz de sentir que está saciada, por exemplo. Se ela gosta de
comer um alimento e for deixada livre para comer a quantidade que quiser, comerá
até passar mal.

As crianças têm percebido que não tem sido importante, para nós, o ensinamento
do autocontrole. Aliás, elas percebem com muita sagacidade que nós mesmos não
nos importamos em usar essa capacidade. E, se nós não a usamos cotidianamente,
por que haveriam elas de usar?

Para ensinar o autocontrole aos filhos é preciso esforço, muito esforço pessoal. E
parece que esforçar-se é algo que sabemos fazer bem na busca do êxito e do
sucesso. Será que gastamos todo nosso potencial nesses itens e ficamos zerados
para o esforço e a paciência necessários para tal ensinamento aos mais novos? Aí
está uma pergunta que merece nossa reflexão!

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/


1757525-se-deixada-livre-crianca-comera-algo-que-gosta-atepassar-
mal.shtml, 05.04.2016. Adaptado)

Na opinião da autora,

a) a busca do sucesso não tem sido uma preocupação dos adultos atualmente.

b) o mecanismo da autorregulação só pode ser desenvolvido na vida adulta.

c) os adultos devem se esforçar para ensinar o autocontrole às crianças.

d) o ensino do autocontrole às crianças tem sido priorizado pelos adultos.

e) as crianças de hoje aprendem a conter seus impulsos precocemente.


1633) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Se deixada livre, criança comerá algo de que gosta até passar mal

Está bem difícil para nós, adultos, ter nossa boca sob controle. Justo nós, que
deveríamos ter bem desenvolvido – e usar sempre – o mecanismo de
autorregulação, ou seja, a capacidade de conter um forte impulso, seja ele qual for.
E as crianças, o que têm aprendido conosco?

Nos primeiros cinco anos de vida das crianças, percebemos com clareza que elas
não conseguem, ainda, resistir a um impulso, e este nem precisa ser dos mais
fortes. É por isso que elas fazem birra, batem, mordem, fazem o que sabem que
não poderiam fazer, por exemplo. É aos poucos que a criança aprende a conter
impulsos que são socialmente inadequados ou que a prejudicam.

A criança não é capaz de sentir que está saciada, por exemplo. Se ela gosta de
comer um alimento e for deixada livre para comer a quantidade que quiser, comerá
até passar mal.

As crianças têm percebido que não tem sido importante, para nós, o ensinamento
do autocontrole. Aliás, elas percebem com muita sagacidade que nós mesmos não
nos importamos em usar essa capacidade. E, se nós não a usamos cotidianamente,
por que haveriam elas de usar?

Para ensinar o autocontrole aos filhos é preciso esforço, muito esforço pessoal. E
parece que esforçar-se é algo que sabemos fazer bem na busca do êxito e do
sucesso. Será que gastamos todo nosso potencial nesses itens e ficamos zerados
para o esforço e a paciência necessários para tal ensinamento aos mais novos? Aí
está uma pergunta que merece nossa reflexão!

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/


1757525-se-deixada-livre-crianca-comera-algo-que-gosta-atepassar-
mal.shtml, 05.04.2016. Adaptado)

O termo sagacidade é empregado no quarto parágrafo com o sentido de

a) prazer, satisfação.

b) hesitação, nervosismo.

c) melancolia, tristeza.

d) desgosto, reprovação.

e) inteligência, perspicácia.
1634) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Se deixada livre, criança comerá algo de que gosta até passar mal

Está bem difícil para nós, adultos, ter nossa boca sob controle. Justo nós, que
deveríamos ter bem desenvolvido – e usar sempre – o mecanismo de
autorregulação, ou seja, a capacidade de conter um forte impulso, seja ele qual for.
E as crianças, o que têm aprendido conosco?

Nos primeiros cinco anos de vida das crianças, percebemos com clareza que elas
não conseguem, ainda, resistir a um impulso, e este nem precisa ser dos mais
fortes. É por isso que elas fazem birra, batem, mordem, fazem o que sabem que
não poderiam fazer, por exemplo. É aos poucos que a criança aprende a conter
impulsos que são socialmente inadequados ou que a prejudicam.

A criança não é capaz de sentir que está saciada, por exemplo. Se ela gosta de
comer um alimento e for deixada livre para comer a quantidade que quiser, comerá
até passar mal.

As crianças têm percebido que não tem sido importante, para nós, o ensinamento
do autocontrole. Aliás, elas percebem com muita sagacidade que nós mesmos não
nos importamos em usar essa capacidade. E, se nós não a usamos cotidianamente,
por que haveriam elas de usar?

Para ensinar o autocontrole aos filhos é preciso esforço, muito esforço pessoal. E
parece que esforçar-se é algo que sabemos fazer bem na busca do êxito e do
sucesso. Será que gastamos todo nosso potencial nesses itens e ficamos zerados
para o esforço e a paciência necessários para tal ensinamento aos mais novos? Aí
está uma pergunta que merece nossa reflexão!

(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br/colunas/roselysayao/2016/04/


1757525-se-deixada-livre-crianca-comera-algo-que-gosta-atepassar-
mal.shtml, 05.04.2016. Adaptado)

No contexto do último parágrafo, o termo itens refere-se a

a) autocontrole e esforço.

b) êxito e sucesso.

c) potencial e paciência.

d) filhos e indivíduos mais novos.

e) ensinamento e reflexão.
1635) Concurso: Sec Esc/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para eliminar as repetições na frase – As crianças precisam de bons hábitos


alimentares e os adultos devem ajudar as crianças a desenvolver bons hábitos
alimentares –, o trecho destacado deve ser substituído, de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa, por:

a) ajudar elas a desenvolver-lhes.

b) ajudar-lhes a desenvolver eles.

c) ajudar-lhes a desenvolver-nos.

d) ajudá-las a desenvolvê-los.

e) ajudar-las a desenvolver-lhes.

1636) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da


educação, didática, mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação,
em qualquer um deles. A inteligência ou se alonga confiante para o ato de conhecer
ou se encolhe. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma
criança se desenvolver ou refluir.

Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos


podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e
sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, a brincar com os
conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo e brincamos com


ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um brincalhão... Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor,
assim, não morre jamais...

Nas escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. ―Jugo‖ é
canga. Fala-se, mesmo, em ―grade‖ curricular – coisa de prisão. A educação segue
o caminho inverso: começa não com os programas, mas com a criança que vive
seu momento presente. Saberes que permanecem não são impostos. Eles crescem
da vida.

(Rubem Alves, Educação do Olhar. http://correio.rac.com.br/. 13.07.2014. Adaptado)


O autor do texto argumenta em favor de uma educação que

a) busque desenvolver o pensamento do aluno a partir da educação do olhar.

b) deposite no aluno conhecimentos estáticos para serem levados ao longo da vida.

c) atenda ao programa curricular por meio de exercícios lúdicos, como um jogo de


peteca.

d) enfatize apenas transmissão de conhecimentos úteis e atuais aos alunos.

e) considere as grades curriculares como o ponto de partida para a construção do


conhecimento.

1637) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da


educação, didática, mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação,
em qualquer um deles. A inteligência ou se alonga confiante para o ato de conhecer
ou se encolhe. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma
criança se desenvolver ou refluir.

Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos


podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e
sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, a brincar com os
conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo e brincamos com


ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um brincalhão... Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor,
assim, não morre jamais...

Nas escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. ―Jugo‖ é
canga. Fala-se, mesmo, em ―grade‖ curricular – coisa de prisão. A educação segue
o caminho inverso: começa não com os programas, mas com a criança que vive
seu momento presente. Saberes que permanecem não são impostos. Eles crescem
da vida.

(Rubem Alves, Educação do Olhar. http://correio.rac.com.br/. 13.07.2014. Adaptado)


De acordo com o texto,

a) por mais que estude didática e psicologia da educação, o autor não consegue se
lembrar do que esses livros ensinam.

b) quando excessivamente descontraídos e associados a atividades lúdicas, os


conhecimentos são improdutivos para os alunos.

c) o professor ideal é aquele brincalhão, que conta piadas e diverte a turma, desde
que ensine todo o conteúdo da grade curricular.

d) as grades e programas curriculares são uma prisão, apesar de serem


fundamentais para que os propósitos da educação não se invertam.

e) os conhecimentos que permanecem são aqueles que surgem a partir das


vivências e não aqueles impostos aos alunos pelo sistema escolar.

1638) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da


educação, didática, mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação,
em qualquer um deles. A inteligência ou se alonga confiante para o ato de conhecer
ou se encolhe. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma
criança se desenvolver ou refluir.

Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos


podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e
sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isto é, a brincar com os
conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo e brincamos com


ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um brincalhão... Ensinar
é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles
cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor,
assim, não morre jamais...

Nas escolas as crianças são submetidas ao ―jugo‖ dos saberes: programas. ―Jugo‖ é
canga. Fala-se, mesmo, em ―grade‖ curricular – coisa de prisão. A educação segue
o caminho inverso: começa não com os programas, mas com a criança que vive
seu momento presente. Saberes que permanecem não são impostos. Eles crescem
da vida.

(Rubem Alves, Educação do Olhar. http://correio.rac.com.br/. 13.07.2014. Adaptado)


Assinale a alternativa em que trecho transcrito represente, no texto, uma crítica
negativa do autor a algumas formas de educar.

a) ―Educar é ensinar a pensar, isto é, brincar com os conhecimentos…‖ (2º


parágrafo).

b) ―A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo...‖ (3º


parágrafo).

c) ―... uma carga que se carrega sem saber sua utilidade...‖ (2º parágrafo).

d) ―Ensinar é um exercício de imortalidade.‖ (3º parágrafo).

e) ―... aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra.‖ (3º parágrafo).

1639) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Se eu fosse um padre

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,


não falaria em Deus nem no Pecado
– muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:


nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,


desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma


... e um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!

(Mário Quintana. http://www.jornaldepoesia.jor.br)


O eu lírico do poema afirma que, se fosse um padre,

a) não falaria em Deus, apenas nos pecados, nos anjos rebelados e em suas
seduções.

b) citaria anjos, profetas e suas celestiais promessas, pois estas levam a Deus.

c) falaria sobre os poetas e rezaria em forma de versos que ele mesmo criaria.

d) rezaria poemas, por entender que a beleza da poesia também conduz a Deus.

e) rezaria, pelos poetas mortos, orações em forma de belos versos para


homenageá-los.

1640) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Se eu fosse um padre

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,


não falaria em Deus nem no Pecado
– muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:


nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,


desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma


... e um belo poema – ainda que de Deus se aparte –
um belo poema sempre leva a Deus!

(Mário Quintana. http://www.jornaldepoesia.jor.br)


No contexto do poema, o verso da terceira estrofe – e quem me dera que alguns
fossem meus! – expressa o sentido de

a) possibilidade.
b) convicção.
c) medo.
d) repulsa.
e) desejo.

1641) Concurso: Mon Bib/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do


primeiro e do terceiro quadrinhos.

a) esse ... traga-me


b) esse ... me traz
c) este ... traz-me
d) este ... me traga
e) aquele ... traga-me
1642) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
[...]

Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que
ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que
você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. [...]

Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante.

(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em


http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

A leitura do texto indica que o autor

a) elogia a tecnologia atual, as vantagens do uso do computador em comparação


com as antigas máquinas de escrever.
b) tem saudades do tempo em que usava máquinas para escrever seus textos,
porque eram mais confortáveis.
c) sente-se gratificado ao usar o computador, que o corrige quando erra e lhe
impõe sua vontade.
d) critica quem teima em usar máquinas de escrever, consideradas verdadeiras
carroças em comparação com o computador.
e) usa o computador porque é obrigado, mas, se pudesse, ainda usaria uma
máquina para escrever seus textos.
1643) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Tecnologia

Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a
gente olha de cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele
nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre
o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele manda. Ou
precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você.
Mas se apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige.
[...]

Outra coisa: ele é mais inteligente. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão
inteligente quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, nas suas
relações com o computador, que você jamais aproveitará metade das coisas que
ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando outro
igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que
você nunca usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só
aguentava você. Ele sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor em dizer que
sabe. [...]

Dito isto, é preciso dizer também que quem provou pela primeira vez suas letrinhas
dificilmente voltará à máquina de escrever sem a sensação de que está
desembarcando de uma Mercedes e voltando à carroça. Está certo, jamais teremos
com ele a mesma confortável cumplicidade que tínhamos com a velha máquina. É
outro tipo de relacionamento, mais formal e exigente. Mas é fascinante.

(Luís Fernando Veríssimo. Disponível em


http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo. Adaptado)

No primeiro parágrafo do texto – A máquina de escrever faz tudo que você manda,
mesmo que seja a tapa. –, a expressão destacada quer dizer

a) com sabedoria.

b) sem necessidade.

c) por decisão.

d) à força.

e) com confiança.
1644) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Os conselhos dos „superleitores‟ para ler mais rápido

Agatha Christie lia 200 livros por ano, enquanto o fundador do Facebook, Mark
Zuckerberg, termina um a cada duas semanas. O ex-presidente dos Estados Unidos
Theodore Roosevelt lia um livro por dia e até dois ou três, se tinha uma noite mais
tranquila. Mas como as pessoas em geral podem conseguir fazer isso? [...]
A jornalista e ―treinadora‖ literária Glynis Kozma aconselha os leitores a tirarem
alguns minutos de cada um dos seus compromissos para ler.
―Em vez de pensar que o que você precisa é sentar-se e ler durante uma hora,
tente utilizar pequenas quantidades de tempo‖, diz.
(Hannah Sander. BBC News. Disponível em www.bbc.com/portuguese/
noticias/2016/01/160116_superleitores_hs_cc. 17.01.2016. Adaptado)

De acordo com o texto, entende-se que


a) o leitor ideal é aquele que lê bons livros todo dia.
b) o bom leitor consegue ler mais de um livro por noite.
c) a insônia é o principal estimulante da rapidez de leitura.
d) é preciso sossego para ler mais de um bom livro por noite.
e) quem dedica pequenos intervalos do dia à leitura lê mais.

1645) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Shakespeare será lembrado na Flip nos


400 anos de sua morte

No dia 23 de abril, completaram-se 400 anos da morte de William Shakespeare. A


data foi lembrada ao redor do mundo por pesquisadores e leitores. Mas o British
Council quer mais – e, com uma série de atividades artísticas e educativas,
pretende mostrar que o bardo continua vivo e atual e apresentá-lo às novas
gerações.

Trata-se do projeto Shakespeare Lives, que pretende atingir meio bilhão de pessoas
no mundo e terá dois momentos especiais no Brasil. Durante a Festa Literária
Internacional de Paraty, de 29/6 a 3/7, uma casa será montada no centro histórico
para lembrar o autor. Ainda não foram confirmados debates na programação oficial.
Fora isso, ele será celebrado no British House, no Rio, durante a Olimpíada.

(Maria Fernanda Rodrigues. O Estado de S.Paulo, 26.03.2016. Adaptado)


De acordo com o texto, entende-se que Shakespeare foi um
a) esportista.
b) pesquisador.
c) cantor.
d) educador.
e) escritor.

1646) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Shakespeare será lembrado na Flip nos


400 anos de sua morte

No dia 23 de abril, completaram-se 400 anos da morte de William Shakespeare. A


data foi lembrada ao redor do mundo por pesquisadores e leitores. Mas o British
Council quer mais – e, com uma série de atividades artísticas e educativas,
pretende mostrar que o bardo continua vivo e atual e apresentá-lo às novas
gerações.

Trata-se do projeto Shakespeare Lives, que pretende atingir meio bilhão de pessoas
no mundo e terá dois momentos especiais no Brasil. Durante a Festa Literária
Internacional de Paraty, de 29/6 a 3/7, uma casa será montada no centro histórico
para lembrar o autor. Ainda não foram confirmados debates na programação oficial.
Fora isso, ele será celebrado no British House, no Rio, durante a Olimpíada.

(Maria Fernanda Rodrigues. O Estado de S.Paulo, 26.03.2016. Adaptado)

Considere o primeiro parágrafo do texto:

―No dia 23 de abril, completaram-se 400 anos da morte de William Shakespeare. A


data foi lembrada ao redor do mundo por pesquisadores e leitores. Mas o British
Council quer mais – e, com uma série de atividades artísticas e educativas,
pretende mostrar que o bardo continua vivo e atual e apresentá-lo às novas
gerações.

Na sequência do texto, o bardo e lo substituem, correta e respectivamente,

a) William Shakespeare e o bardo.


b) William Shakespeare e British Council.
c) British Council e vivo.
d) William Shakespeare e mundo.
e) mundo e o bardo.
1647) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

O governo russo vai instalar um telescópio em território brasileiro para monitorar


____ crescente ameaça do lixo espacial.

A ideia é que o telescópio trabalhe todos os dias ____ houver visibilidade,


monitorando objetos que estejam em órbita da Terra. Com isso, será possível criar
uma base de dados com a localização e trajetória de detritos que podem causar
danos ____ superfície da Terra, em caso de reentrada atmosférica.

(Salvador Nogueira. Rússia vai instalar telescópio no Brasil para monitorar lixo espacial. Folha de
S.Paulo. 30.03.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do


texto, de acordo com as normas de regência verbal e nominal e de emprego de
crase.
a) à … que … à
b) a … que … a
c) a … em que … à
d) à … em que … a
e) a … que … à

1648) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge.
Sem alteração do sentido, a forma verbal fantasio, na fala do menino, pode ser
substituída por
a) acredito.
b) busco.
c) entendo.
d) reflito.
e) imagino.

1649) Concurso: Ag/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema para responder à questão.

Quem Ama Inventa

Quem ama inventa as coisas a que ama...


Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

(Mário Quintana. Disponível em http://pensador.uol.com.br/poesias_de_mario_quintana.)

Nesse poema, o sentimento do amor é expresso como


a) exagerado, pois incomoda o eu-lírico.
b) sereno, já que demonstra passividade em relação à amada.
c) agressivo, pois domina o ser amado.
d) platônico, produto da imaginação do eu-lírico.
e) passageiro, pois produz rancor no poeta.
1650) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Saúde do corpo e da mente

Para se ter uma boa saúde é necessário cuidar do corpo, da mente, bem como do
ambiente em que se mora e se trabalha. Nesses cuidados, podemos incluir os bons
hábitos de higiene.

A higiene mental é aquela que envolve o trabalho, os estudos, o descanso, além de


pensamentos e atitudes positivas. Algumas atividades ajudam a manter a higiene
mental, tais como: ler bons livros, ir ao cinema, fazer amizades, cuidar de plantas e
de animais, respeitar o próximo, procurar sempre ter atitudes e pensamentos bons,
ver a vida com gratidão, etc.

A higiene física é o cuidado com o nosso corpo. O corpo precisa ser mantido limpo,
pois nossa saúde também depende disso, além de causar uma boa impressão para
as outras pessoas. Também faz parte da higiene física o cuidado com nossa
alimentação, comer alimentos frescos e bem limpos, mastigar bem os alimentos,
etc. Além disso, nosso corpo precisa descansar por um período de 6 a 8 horas e
fazer exercícios físicos para se manter saudável.

(http://escolakids.uol.com.br. 15.04.2016. Adaptado)

De acordo com o texto, para a nossa boa saúde é preciso cuidar também
a) da educação escolar.
b) do ambiente de trabalho.
c) do tipo de transporte que usamos diariamente.
d) do salário que recebemos pelo nosso trabalho.

1651) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Saúde do corpo e da mente

Para se ter uma boa saúde é necessário cuidar do corpo, da mente, bem como do
ambiente em que se mora e se trabalha. Nesses cuidados, podemos incluir os bons
hábitos de higiene.

A higiene mental é aquela que envolve o trabalho, os estudos, o descanso, além de


pensamentos e atitudes positivas. Algumas atividades ajudam a manter a higiene
mental, tais como: ler bons livros, ir ao cinema, fazer amizades, cuidar de plantas e
de animais, respeitar o próximo, procurar sempre ter atitudes e pensamentos bons,
ver a vida com gratidão, etc.

A higiene física é o cuidado com o nosso corpo. O corpo precisa ser mantido limpo,
pois nossa saúde também depende disso, além de causar uma boa impressão para
as outras pessoas. Também faz parte da higiene física o cuidado com nossa
alimentação, comer alimentos frescos e bem limpos, mastigar bem os alimentos,
etc. Além disso, nosso corpo precisa descansar por um período de 6 a 8 horas e
fazer exercícios físicos para se manter saudável.

(http://escolakids.uol.com.br. 15.04.2016. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta cuidados de higiene mental, conforme informa


o texto.
a) Realizar exames médicos frequentes.
b) Buscar orientação de nutricionistas para as refeições.
c) Ter pensamentos positivos.
d) Usar roupa sempre limpa.

1652) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Saúde do corpo e da mente

Para se ter uma boa saúde é necessário cuidar do corpo, da mente, bem como do
ambiente em que se mora e se trabalha. Nesses cuidados, podemos incluir os bons
hábitos de higiene.

A higiene mental é aquela que envolve o trabalho, os estudos, o descanso, além de


pensamentos e atitudes positivas. Algumas atividades ajudam a manter a higiene
mental, tais como: ler bons livros, ir ao cinema, fazer amizades, cuidar de plantas e
de animais, respeitar o próximo, procurar sempre ter atitudes e pensamentos bons,
ver a vida com gratidão, etc.

A higiene física é o cuidado com o nosso corpo. O corpo precisa ser mantido limpo,
pois nossa saúde também depende disso, além de causar uma boa impressão para
as outras pessoas. Também faz parte da higiene física o cuidado com nossa
alimentação, comer alimentos frescos e bem limpos, mastigar bem os alimentos,
etc. Além disso, nosso corpo precisa descansar por um período de 6 a 8 horas e
fazer exercícios físicos para se manter saudável.

(http://escolakids.uol.com.br. 15.04.2016. Adaptado)


Segundo o texto, uma pessoa que procura ver a vida sempre com gratidão cuida de
sua
a) saúde mental.
b) higiene semanal.
c) situação financeira.
d) permanência no emprego.

1653) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Saúde do corpo e da mente

Para se ter uma boa saúde é necessário cuidar do corpo, da mente, bem como do
ambiente em que se mora e se trabalha. Nesses cuidados, podemos incluir os bons
hábitos de higiene.

A higiene mental é aquela que envolve o trabalho, os estudos, o descanso, além de


pensamentos e atitudes positivas. Algumas atividades ajudam a manter a higiene
mental, tais como: ler bons livros, ir ao cinema, fazer amizades, cuidar de plantas e
de animais, respeitar o próximo, procurar sempre ter atitudes e pensamentos bons,
ver a vida com gratidão, etc.

A higiene física é o cuidado com o nosso corpo. O corpo precisa ser mantido limpo,
pois nossa saúde também depende disso, além de causar uma boa impressão para
as outras pessoas. Também faz parte da higiene física o cuidado com nossa
alimentação, comer alimentos frescos e bem limpos, mastigar bem os alimentos,
etc. Além disso, nosso corpo precisa descansar por um período de 6 a 8 horas e
fazer exercícios físicos para se manter saudável.

(http://escolakids.uol.com.br. 15.04.2016. Adaptado)

De acordo com o texto, cuidar do corpo e mantê-lo limpo

a) exige esforço e tempo.

b) reflete na segurança do trabalho.

c) impressona bem as pessoas.

d) depende do uso de bons produtos de higiene.


1654) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, leia o texto.

Saúde do corpo e da mente

Para se ter uma boa saúde é necessário cuidar do corpo, da mente, bem como do
ambiente em que se mora e se trabalha. Nesses cuidados, podemos incluir os bons
hábitos de higiene.

A higiene mental é aquela que envolve o trabalho, os estudos, o descanso, além de


pensamentos e atitudes positivas. Algumas atividades ajudam a manter a higiene
mental, tais como: ler bons livros, ir ao cinema, fazer amizades, cuidar de plantas e
de animais, respeitar o próximo, procurar sempre ter atitudes e pensamentos bons,
ver a vida com gratidão, etc.

A higiene física é o cuidado com o nosso corpo. O corpo precisa ser mantido limpo,
pois nossa saúde também depende disso, além de causar uma boa impressão para
as outras pessoas. Também faz parte da higiene física o cuidado com nossa
alimentação, comer alimentos frescos e bem limpos, mastigar bem os alimentos,
etc. Além disso, nosso corpo precisa descansar por um período de 6 a 8 horas e
fazer exercícios físicos para se manter saudável.

(http://escolakids.uol.com.br. 15.04.2016. Adaptado)

O texto informa que uma pessoa saudável é aquela que

a) mantém plantas e animais domésticos fora de casa.


b) leva a vida com tranquilidade.
c) se distrai mesmo durante o trabalho.
d) cuida do corpo e da mente.

1655) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP


Assinale a alternativa que apresenta palavra com o significado contrário ao da
palavra magnífica usada no quadrinho.

a) Horrorosa.

b) Linda.

c) Enorme.

d) Grandiosa.

1656) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Observe o quadrinho:

Nas falas do quadrinho, as personagens se expressam por meio de frases

a) afirmativas.

b) exclamativas.

c) negativas.

d) interrogativas.
1657) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, a lacunas do quadrinho.

a) nervosos
b) nervoso
c) nervosas
d) nervosa

1658) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, as lacunas dos quadrinhos.

a) você
b) eu
c) elas
d) nós
1659) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Para responder à questão, assinale a alternativa que completa, correta e


respectivamente, a lacuna do quadrinho.

a) é
b) seja
c) foi
d) sou

1660) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa que contém a frase gramaticalmente correta.

a) Uns bons banho diários renovam nossas energia.

b) Um bom banhos diários renova nossa energia.

c) Um bom banho diário renova nossas energias.

d) Uns bom banhos diário renovam nossa energias.

1661) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.
Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.
Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de
brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.

Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige


isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.

Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as


ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.

É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.

As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação


infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.

O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.

Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.

O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?

(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)


A opinião da autora a respeito das escolas de ensino fundamental e médio é que
elas

a) se preocupam em ensinar os alunos a terem humildade para aprender com os


alunos do ensino superior.

b) respeitam a posição hierárquica das escolas de graduação, que possuem


comprovado conhecimento científico e aprendem com as escolas de educação
infantil.

c) consideram que as escolas de educação infantil, para serem mais eficientes,


precisam transmitir mais conteúdos e praticar menos brincadeiras.

d) têm o que aprender com as boas escolas de educação infantil quanto à não
passividade do aluno na aprendizagem.

e) são mais modestas e especializadas no conhecimento sistematizado do que as


escolas de ensino infantil e procuram imitá-las.

1662) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.

Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.


Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de
brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.

Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige


isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.

Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as


ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.

É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.

As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação


infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.

O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.

Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.

O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?

(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)

De acordo com o texto, uma boa escola de educação infantil é aquela que

a) relega para segundo plano o ato de brincar como atividade formadora da


criança e prioriza os conteúdos.

b) se preocupa, antes de mais nada, com um currículo formado de variados


conteúdos importantes para a formação do aluno.

c) ouve a criança e considera a primeira infância de grande importância para a


aprendizagem.

d) reconhece que, na primeira infância, a potência de aprendizagem ainda é muito


pequena.

e) valoriza brinquedos comprados para poupar o tempo dos professores que fazem
cursos de formação contínua.
1663) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.

Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.


Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de
brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.

Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige


isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.

Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as


ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.

É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.

As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação


infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.

O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.
Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.

O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?

(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)

Leia o trecho a seguir.

Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar respostas, a


exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo. Atenção: na massa e
não, necessariamente, na massinha.

Nesse trecho, em especial nas frases em destaque, a autora defende a ideia de que

a) as brincadeiras com materiais sem forma têm a finalidade de entreter as


crianças, a fim de ocupar o tempo ocioso.

b) o trabalho de dar formas às massinhas tem a finalidade de apressar a


aprendizagem das crianças por meio da participação em grupo.

c) as atividades manuais com qualquer tipo de massa devem ser incentivadas


principalmente a crianças com mais de seis anos.

d) o aproveitamento de qualquer material serve para despertar o sentimento


artístico na criança de qualquer idade.

e) a participação da criança como protagonista em todas as atividades constitui


aspecto fundamental para a aprendizagem.

1664) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.
Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.
Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão de
brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.

Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige


isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.

Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as


ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.

É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.

As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação


infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.

O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.

Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.

O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?

(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)


No último parágrafo do texto, a ideia defendida pela autora é a de que

a) a sociedade, em geral, tem-se manifestado contrária à organização escolar atual


e apresentado inúmeros questionamentos.

b) para que a organização escolar atual sofra modificações desejáveis, ela deve ser
motivo de questionamentos por parte das famílias.

c) nas discussões das famílias está o caminho para que a organização escolar atual
seja preservada.

d) as famílias têm manifestado seu descontentamento com a organização escolar e


proposto algumas mudanças radicais.

e) a organização escolar atual tem sido fartamente questionada pelas famílias,


embora nada tenham a ver com a situação.

1665) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Lições da Educação Infantil

De uns 15 anos para cá, passamos a ter boas escolas de educação infantil. Antes
disso, já tínhamos algumas que respeitavam a primeira infância, ouviam as
crianças, reconheciam sua potência de aprendizagem no ato de brincar.

Esse número passou a se multiplicar devido a experiências em escolas pelo mundo.


Por isso, hoje, já é possível encontrar uma escola para crianças com menos de seis
anos em que o currículo não seja apenas um elenco de conteúdos, em que o ato de
brincar seja a principal atividade para a criança, em que não haja uma profusão
de brinquedos prontos e em que haja professores com formação contínua e em
serviço. Escolas desse tipo ainda são minoria, mas já é uma boa notícia saber que
elas existem.

Nessas escolas, as crianças aprendem a se concentrar porque a brincadeira exige


isso e porque elas participam ativamente da escolha da brincadeira, seja em grupo,
seja pessoalmente. Aprendem também a fazer perguntas e a pesquisar para buscar
respostas, a exercitar sua criatividade, a colocar a mão na massa em tudo.
Atenção: na massa e não, necessariamente, na massinha.

Os alunos aprendem, também, a conviver: os professores aproveitam todas as


ocasiões para dar oportunidades de a criança aprender a ver e a considerar o seu
par, a esperar a sua vez, a simbolizar em palavras o que sente e pensa, a viver em
grupo e a ser solidária.
É uma pena que as escolas de ensino fundamental e médio não tenham humildade
para olhar com atenção para as de educação infantil e aprender com elas. Há uma
hierarquia escolar espantosa, caro leitor: as escolas de graduação pensam que
praticam um ensino ―superior‖; as de ensino médio se consideram mais
especializadas no conhecimento sistematizado do que a escola de ensino
fundamental; e todas pensam que a de educação infantil não exige conhecimento
científico.

As escolas de ensino fundamental e médio precisam se inspirar nas de educação


infantil e não deixar o aluno ser totalmente passivo em sua aprendizagem: ele
precisa, para se motivar, fazer algumas escolhas.

O aluno que participa não se distrai com tanta facilidade. E é bom lembrar que uma
das maiores queixas em relação aos alunos é exatamente a falta de atenção, de
foco e de concentração.

Precisam também reconhecer que aprende mais quem pratica o que deve aprender.
Como eu já disse: mão na massa! Ninguém merece ficar horas em aulas
expositivas ou arremedos de trabalho em grupo.

O que as famílias têm a ver com isso? Tudo! Quando a sociedade questionar
verdadeiramente a organização escolar atual, certamente teremos mudanças. Mas,
até agora, vemos mais conformismo e adesão do que questionamentos, não é
verdade?

(Rosely Sayão, Folha de S.Paulo, 05 de maio de 2015.Adaptado)

As expressões em negrito – profusão e ser solidária – nos 2º e 4º parágrafos do


texto, podem ser substituídas, respectivamente, sem alteração de sentido, por

a) abundância e dar apoio a alguém.

b) diminuição e permanecer solitária.

c) exuberância e demonstrar coragem.

d) fartura e cultivar a amizade.

e) riqueza e alimentar a animosidade.


1666) Concurso: Aux/Pref Alumínio/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema.

Ensinamento

Minha mãe achava estudo


A coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
Ela falou comigo:
―Coitado, até essa hora no serviço pesado‖.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

(Adélia Prado, Poesia reunida. São Paulo:Siciliano,1991)

Assinale a alternativa que traz a ideia central do poema.

a) No ato de cozinhar está evidente a submissão da mulher ao marido.

b) A percepção de que o estudo está acima do amor.

c) A importância do amor traduzido em gestos simples do cotidiano.

d) O costume de pessoas simples de tomar café com pão.

e) A vida difícil do homem em trabalhos pesados até altas horas.

1667) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eugênio Mussak para responder a questão.

Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode
nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais
positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de
encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal


de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem
falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido.
Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.
Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do ―mas‖,
palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam
e parecem ser opostos. Cada vez que você diz ―agora faz sol, mas mais tarde vai
chover‖, ou ―minha cabeça dói, mas já vai passar‖, está usando uma conjunção,
que tem a finalidade de estabelecer ligações.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados,


que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram,
bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos.
Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles.
Explico. Uma coisa é dizer: ―Eu sei que está ruim, mas vai melhorar‖. Outra é
afirmar: ―Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está‖. As duas frases
envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre
elas está no foco.

Há ―mas‖ para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom
ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando
algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos:
o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.

E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a


realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria,
no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.
Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o
ditado, ―não tem ‗mas‘ nem meio ‗mas‘‖. Só depende de nós.

(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:


http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.
phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)

Conforme o que afirma o autor do texto, o otimismo

a) elimina as dificuldades da vida.

b) possibilita encontrar meios para superar os problemas.

c) focaliza sempre o pretérito.

d) é uma demonstração de falta de consciência.

e) é responsável pelos problemas que vivenciamos.


1668) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eugênio Mussak para responder a questão.

Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode
nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais
positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de
encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal


de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem
falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido.
Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.

Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do ―mas‖,


palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam
e parecem ser opostos. Cada vez que você diz ―agora faz sol, mas mais tarde vai
chover‖, ou ―minha cabeça dói, mas já vai passar‖, está usando uma conjunção,
que tem a finalidade de estabelecer ligações.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados,


que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram,
bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos.
Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles.
Explico. Uma coisa é dizer: ―Eu sei que está ruim, mas vai melhorar‖. Outra é
afirmar: ―Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está‖. As duas frases
envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre
elas está no foco.

Há ―mas‖ para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom
ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando
algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos:
o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.

E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a


realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria,
no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.
Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o
ditado, ―não tem ‗mas‘ nem meio ‗mas‘‖. Só depende de nós.

(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:


http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.
phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)
De acordo com o texto,

a) o pensamento negativo ajuda a enxergar a situação sem idealizações e a tomar


as atitudes necessárias para solucionar os problemas.

b) uma pessoa otimista é facilmente reconhecida por sua predileção em refletir


sobre o que poderia ter sido feito.

c) otimismo e pessimismo são estados de ânimo que mostram como determinadas


situações são vistas pelas pessoas.

d) o otimismo e o pessimismo são determinados por fatores externos ao indivíduo,


como o atual momento econômico.

e) o otimismo consciente é algo impossível, uma vez que a alienação é condição


necessária para pensar positivo diante das adversidades.

1669) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eugênio Mussak para responder a questão.

Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode
nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais
positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de
encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal


de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem
falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido.
Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.

Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do ―mas‖,


palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam
e parecem ser opostos. Cada vez que você diz ―agora faz sol, mas mais tarde vai
chover‖, ou ―minha cabeça dói, mas já vai passar‖, está usando uma conjunção,
que tem a finalidade de estabelecer ligações.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados,


que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram,
bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos.
Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles.
Explico. Uma coisa é dizer: ―Eu sei que está ruim, mas vai melhorar‖. Outra é
afirmar: ―Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está‖. As duas frases
envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre
elas está no foco.
Há ―mas‖ para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom
ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando
algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos:
o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.

E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a


realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria,
no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.
Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o
ditado, ―não tem ‗mas‘ nem meio ‗mas‘‖. Só depende de nós.

(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:


http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.
phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)

Nesse texto, o autor afirma que

a) é o tempo verbal que determina se a pessoa deve enxergar uma situação com
otimismo ou pessimismo.

b) as conjunções são recursos amplamente usados pelos pessimistas para refletir


sobre o futuro.

c) há uma classificação dos recursos linguísticos; alguns servem apenas para os


discursos otimistas e outros apenas para os pessimistas.

d) o ―mas‖ é muito usado para construir discursos de esperança, por isso é marca
característica do discurso otimista.

e) os discursos dos otimistas e dos pessimistas podem ter os mesmos elementos,


o que muda é a ordem de colocação dos termos e o foco.

1670) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eugênio Mussak para responder a questão.

Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode
nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais
positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de
encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal


de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem
falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido.
Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.
Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do ―mas‖,
palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam
e parecem ser opostos. Cada vez que você diz ―agora faz sol, mas mais tarde vai
chover‖, ou ―minha cabeça dói, mas já vai passar‖, está usando uma conjunção,
que tem a finalidade de estabelecer ligações.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados,


que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram,
bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos.
Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles.
Explico. Uma coisa é dizer: ―Eu sei que está ruim, mas vai melhorar‖. Outra é
afirmar: ―Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está‖. As duas frases
envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre
elas está no foco.

Há ―mas‖ para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom
ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando
algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos:
o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.

E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a


realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria,
no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.
Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o
ditado, ―não tem ‗mas‘ nem meio ‗mas‘‖. Só depende de nós.

(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:


http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.
phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)

Com relação à situação atual do Brasil, o autor se mostra

a) otimista e propõe que se acredite racionalmente na recuperação do país.

b) pessimista e justifica essa posição afirmando que a saída da crise depende de


muita gente.

c) pessimista, pois ele tem consciência de que a situação atual não é nada boa.

d) otimista e acredita que pensamento positivo apresentará a solução para os


problemas.

e) pessimista e culpa toda nação, inclusive a si mesmo, pela situação em que o país
se encontra.
1671) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eugênio Mussak para responder a questão.

Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode
nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais
positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de
encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo verbal


de seu discurso. Enquanto os pessimistas falam no pretérito, os otimistas preferem
falar no futuro. Os pessimistas insistem em ponderar sobre como deveria ter sido.
Os otimistas ocupam-se em discorrer sobre como poderá vir a ser.

Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do ―mas‖,


palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam
e parecem ser opostos. Cada vez que você diz ―agora faz sol, mas mais tarde vai
chover‖, ou ―minha cabeça dói, mas já vai passar‖, está usando uma conjunção,
que tem a finalidade de estabelecer ligações.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados,


que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram,
bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos.
Ou melhor, na ordem em que se colocam os termos da oração em torno deles.
Explico. Uma coisa é dizer: ―Eu sei que está ruim, mas vai melhorar‖. Outra é
afirmar: ―Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está‖. As duas frases
envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção, a diferença entre
elas está no foco.

Há ―mas‖ para todos os gostos. Depende de nós usá-lo para criar um bom
ambiente ou para jogar um balde de água fria no ânimo de qualquer um. Quando
algo não está bem, como o atual momento econômico, surgem dois pensamentos:
o de que tudo vai piorar e o de que, daqui pra frente, só é possível melhorar.

E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a


realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria,
no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram.
Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o
ditado, ―não tem ‗mas‘ nem meio ‗mas‘‖. Só depende de nós.

(Eugênio Mussak. Entre o otimismo e o pessimismo. Disponível em:


http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/entre-o-otimismo-e-opessimismo.
phtml#.Vp_EK5orKig, 16.11.2015. Adaptado)
Leia o texto de Eça de Queiroz para responder a questão.

O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque


desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar a lei própria da Vida; portanto
lhe tira o carácter doloroso de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor
por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga
quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho – porque nos
sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter
nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo – se toda a humanidade
coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na
neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o
envolver a ele unicamente – enquanto em redor toda a humanidade se movesse na
benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

(Eça de Queiroz. A Cidade e as Serras)

É correto afirmar que os textos de Eugênio Mussak e de Eça de Queiroz


a) estabelecem um diálogo ao fazerem considerações sobre o pessimismo.
b) focalizam o comportamento egoísta da humanidade.
c) não se relacionam, pois tratam de temas que não mantêm relação de sentido.
d) fazem considerações sobre o otimismo, mas sob pontos de vista diferentes.
e) elegem pessimismo, otimismo e egoísmo como seus temas.

1672) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque


desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar a lei própria da Vida; portanto
lhe tira o carácter doloroso de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor
por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga
quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho – porque nos
sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter
nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo – se toda a humanidade
coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na
neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o
envolver a ele unicamente – enquanto em redor toda a humanidade se movesse na
benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

(Eça de Queiroz. A Cidade e as Serras)


No trecho – … a furiosa revolta do homem envolto na neve e friagem e borrasca de
um Inverno especial, organizado nos céus para o envolver… –, o termo destacado
retoma outro termo anteriormente mencionado no trecho. Assinale a alternativa em
que o termo destacado desempenha essa mesma função.

a) ... portanto lhe tira o carácter pungente de uma injustiça especial...

b) ... cometida contra o sofredor por um Destino inimigo e faccioso...

c) ... nos amarga quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho...

d) ... desindividualiza o sofrimento, alarga-o até...

e) ... porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

1673) Concurso: Ag/Pref Suzano/Fiscal de Trânsito/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eça de Queiroz para responder a questão.

O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque


desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar a lei própria da Vida; portanto
lhe tira o carácter doloroso de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor
por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga
quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho – porque nos
sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter
nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo – se toda a humanidade
coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na
neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o
envolver a ele unicamente – enquanto em redor toda a humanidade se movesse na
benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

(Eça de Queiroz. A Cidade e as Serras)

Assinale a alternativa que substitui, com correção e sentido coerente, as


expressões destacadas no trecho – O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

a) seria ... visto que ... atenuaria


b) era ... contanto que ... atenue
c) foi ... assim que ... atenuava
d) será ... pois ... atenuasse
e) fosse ... desde que ... atenuará
1674) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Leia a tirinha a seguir para responder a questão.

(Disponível em: http://blogs.odiario.com/)

O efeito de sentido dessa tirinha está no fato de

a) as expressões ―copo meio cheio‖ e ―copo meio vazio‖ serem usadas em sentido
próprio para se referir às formas idênticas que o otimista e o pessimista têm de
enxergar a vida.

b) as expressões ―copo meio cheio‖ e ―copo meio vazio‖ serem usadas em sentido
próprio, fazerem referência a um mesmo copo e isso não ser percebido pelos
pessimistas e otimistas.

c) as expressões ―copo meio cheio‖ e ―copo meio vazio‖ serem usadas em sentido
figurado para se referirem à forma como o otimista e o pessimista,
respectivamente, encaram os fatos da vida.

d) haver uma contradição entre o sentido figurado que caracteriza o ponto de vista
realista e o sentido próprio atribuído a ―lavar o copo‖, que também caracteriza o
ponto de vista do otimista.

e) haver uma contradição na forma de enxergar o copo: enquanto o realista


enxerga os problemas referentes a esse copo, o otimista e o pessimista apenas
enxergam as virtudes dele.
1675) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande


mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre
―terrível‖, ―desesperador‖. Nunca estivemos ―tão mal‖ ou numa crise ―tão grande‖.

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que ―crise‖ é o que o
Brasil enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não leem as informações
que seus próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no
meio dos cadernos?

Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de


espera por produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores
bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem
lotados.

Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise


econômica, as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre.
Famílias com o bolso vazio não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento
não consegue competir com a necessidade de economizar para gastos em
supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é revelador notar, por
exemplo, como os

cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde.
―Apesar da crise‖. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre. ―Apesar
da crise‖.

Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não


teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão
―apesar da crise‖: quase 400 mil resultados.

―Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas‖

―Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.‖

―Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.‖

Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.

Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito,
reside no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de
viver ―em crise‖. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em
peso não insistisse em semear o pânico na mente da população – o que, aí, sim,
tem potencial de provocar uma crise real.

(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)


De acordo com o texto, é correto afirmar que o autor

a) concorda com os colunistas políticos que a crise no país precisa ser noticiada
com pessimismo.

b) discorda da maneira como os colunistas noticiam a situação do país, pois esses


deveriam ser mais pessimistas.

c) defende que a situação econômica do país está avançando, portanto só há


motivos para cultivar o otimismo.

d) acredita que o pessimismo dos colunistas pode contribuir para agravar a


situação em que o país se encontra.

e) defende que o otimismo no Brasil não tem mais vez, após anos e anos de crise.

1676) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder a questão.

Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande


mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre
―terrível‖, ―desesperador‖. Nunca estivemos ―tão mal‖ ou numa crise ―tão grande‖.

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que ―crise‖ é o que o
Brasil enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não leem as informações
que seus próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no
meio dos cadernos?

Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de


espera por produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores
bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem
lotados.

Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise


econômica, as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre.
Famílias com o bolso vazio não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento
não consegue competir com a necessidade de economizar para gastos em
supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é revelador notar, por
exemplo, como os

cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde.
―Apesar da crise‖. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre. ―Apesar
da crise‖.
Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não
teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão
―apesar da crise‖: quase 400 mil resultados.

―Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas‖

―Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.‖

―Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.‖

Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.

Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito,
reside no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de
viver ―em crise‖. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em
peso não insistisse em semear o pânico na mente da população – o que, aí, sim,
tem potencial de provocar uma crise real.

(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à regência, nominal e verbal, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa.

a) A situação para a qual o país enfrenta hoje é muito pior do que à vivida nos
anos 90.

b) A população tem o direito por saber através da mídia a real situação enfrentada
pelo país.

c) Os colunistas políticos não têm conhecimento à notícias que seus jornais


publicam.

d) A mídia recusa-se de publicar nos jornais a realidade vivida no país.

e) Os colunistas não escrevem sobre o crescimento que alguns setores do país têm
apresentado.
1677) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande


mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre
―terrível‖, ―desesperador‖. Nunca estivemos ―tão mal‖ ou numa crise ―tão grande‖.

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que ―crise‖ é o que o
Brasil enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não leem as informações
que seus próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no
meio dos cadernos?

Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de


espera por produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores
bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem
lotados.

Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise


econômica, as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre.
Famílias com o bolso vazio não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento
não consegue competir com a necessidade de economizar para gastos em
supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é revelador notar, por
exemplo, como os

cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde.
―Apesar da crise‖. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre. ―Apesar
da crise‖.

Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não


teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão
―apesar da crise‖: quase 400 mil resultados.

―Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas‖

―Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.‖

―Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.‖

Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.

Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito,
reside no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de
viver ―em crise‖. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em
peso não insistisse em semear o pânico na mente da população – o que, aí, sim,
tem potencial de provocar uma crise real.

(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)


Nos trechos do quarto parágrafo – Aliás, isso é sintomático… – e – Famílias com o
bolso vazio não gastam com o que é supérfluo… –, os termos destacados podem,
de acordo com o contexto em que estão inseridos, ser, correta e respectivamente,
substituídos por:

a) simplório e necessário.

b) indicativo e dispensável.

c) subjetivo e diversão.

d) fato e sustentável.

e) sugestivo e imprescindível.

1678) Concurso: Ag/Pref Suzano/Gestão Administrativa/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto a seguir para responder a questão.

Eu fico realmente impressionado ao perceber como os colunistas políticos da grande


mídia sentem prazer em pintar o país em cores sombrias: tudo está sempre
―terrível‖, ―desesperador‖. Nunca estivemos ―tão mal‖ ou numa crise ―tão grande‖.

Em primeiro lugar, é preciso perguntar: estes colunistas não viveram os anos 90?!
Mas, mesmo que não tenham vivido e realmente acreditem que ―crise‖ é o que o
Brasil enfrenta hoje, outra indagação se faz necessária: não leem as informações
que seus próprios jornais publicam, mesmo que escondidas em pequenas notas no
meio dos cadernos?

Vejamos: a safra agrícola é recordista, o setor automobilístico tem imensas filas de


espera por produtos, e os aeroportos estão lotados. Passe diante dos melhores
bares e restaurantes de sua cidade no fim de semana e perceberá que seguem
lotados.

Aliás, isso é sintomático: quando um país se encontra realmente em crise


econômica, as primeiras indústrias que sofrem são as de entretenimento. Sempre.
Famílias com o bolso vazio não gastam com o que é supérfluo – e o entretenimento
não consegue competir com a necessidade de economizar para gastos em
supermercado, escola, saúde, água, luz etc. Portanto, é revelador notar, por
exemplo, como os

cinemas brasileiros estão tendo seu melhor ano desde 2011. Público recorde.
―Apesar da crise‖. A venda de livros aumentou 7% no primeiro semestre. ―Apesar
da crise‖.
Se banissem a expressão ―apesar da crise‖ do jornalismo brasileiro, a mídia não
teria mais o que publicar. Faça uma rápida pesquisa no Google pela expressão
―apesar da crise‖: quase 400 mil resultados.

―Apesar da crise, produção de batatas atrai investimentos em Minas‖

―Apesar da crise, brasileiros pretendem fazer mais viagens internacionais.‖

―Apesar da crise, Piauí registra crescimento na abertura de empresas.‖

Apesar da crise. Apesar da crise. Apesar da crise.

Uma coisa é dizer que o país está em situação maravilhosa, pois não está; outra é
inventar um caos que não corresponde à realidade. A verdade, como de hábito,
reside no meio do caminho: o país enfrenta problemas sérios, mas está longe de
viver ―em crise‖. E certamente teria mais facilidade para evitá-la caso a mídia em
peso não insistisse em semear o pânico na mente da população – o que, aí, sim,
tem potencial de provocar uma crise real.

(Apesar da crise. Disponível em: www.pragmatismopolítico. Adaptado)

De acordo com o texto, o aumento da venda de livros e do público dos cinemas traz
indícios de que o Brasil

a) está economicamente atrasado, pois, apesar do aumento, o país está muito


aquém nos índices de consumo cultural, por conta da crise.

b) está avançado culturalmente, uma vez que seus cidadãos investem


aproximadamente 7% dos seus salário em cultura e entretenimento.

c) não enfrenta uma crise caótica, pois, como são considerados supérfluos, esses
seriam os primeiros itens a serem cortados no orçamento.

d) está em crise, pois as pessoas recorrem ao entretenimento para fugir das


preocupações geradas pelas dificuldades econômicas.

e) apesar da crise, tem motivado a população a consumir cultura, investindo em


sua produção e nos meios de torná-la mais acessível.
1679) Concurso: Aux Adm/Pref Suzano/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto de Eça de Queiroz para responder a questão.

O pessimismo é uma teoria bem consoladora para os que sofrem, porque


desindividualiza o sofrimento, alarga-o até o tornar a lei própria da Vida; portanto
lhe tira o carácter doloroso de uma injustiça especial, cometida contra o sofredor
por um Destino inimigo e faccioso! Realmente o nosso mal sobretudo nos amarga
quando contemplamos ou imaginamos o bem do nosso vizinho – porque nos
sentimos escolhidos e destacados para a Infelicidade, podendo, como ele, ter
nascido para a Fortuna. Quem se queixaria de ser coxo – se toda a humanidade
coxeasse? E quais não seriam os urros, e a furiosa revolta do homem envolto na
neve e friagem e borrasca de um Inverno especial, organizado nos céus para o
envolver a ele unicamente – enquanto em redor toda a humanidade se movesse na
benignidade de uma Primavera? (...) O Pessimismo é excelente para os Inertes,
porque lhes atenua o desgracioso delito da Inércia.

(Eça de Queiroz. A Cidade e as Serras)

De acordo com o texto,

a) o pessimismo desestimula os acomodados porque valoriza a inércia.

b) o pessimista sofre ao contemplar o mal do seu vizinho, para o qual ele deseja o
bem.

c) o pessimista não se conforma de ter sido escolhido para a Fortuna e seu vizinho,
para a Infelicidade.

d) o pessimista busca, sobretudo, uma sociedade igualitária, onde todos possam


viver a Primavera.

e) o pessimismo reconforta aqueles que padecem porque coletiviza a dor.


1680) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia a tira.

(Folha de S.Paulo, 28.09.2016. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) canalisar ... transformar esta

b) canalizar ... transformá-la

c) canalisar ... transformar-na

d) canalizar ... transformar-lhe

e) canalisar ... transformar ela

1681) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Seleção artificial

As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de


explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de
espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo
sapiens...

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013)


De acordo com o narrador, as guerras não ajudam a remediar a explosão
demográfica, porque

a) os guerreiros são fracos física e mentalmente.

b) elas deveriam envolver os mais aptos fisicamente.

c) os homens perdem o controle da situação.

d) a escolha dos que vão combater é feita aleatoriamente.

e) os seres humanos não deixam de se multiplicar.

1682) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Seleção artificial

As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de


explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de
espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo
sapiens...

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013)

Com o enunciado final do texto – ... imagine o pobre leitor o que não será isso para
a evolução do Homo sapiens... –, o narrador sugere que

a) as gerações futuras serão melhores que a atual.

b) as guerras determinam um aprimoramento da espécie.

c) a evolução do Homo sapiens poderá estar comprometida.

d) a evolução do Homo sapiens se dará com o fim das guerras.

e) as guerras cooperam com a evolução do Homo sapiens.


1683) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Seleção artificial

As guerras não ajudam muito a remediar o que se denomina (bombasticamente) de


explosão demográfica: os que ficam em casa aproveitam a deixa para multiplicar-
se. E como os que partem são agora escolhidos entre os mais aptos de físico e de
espírito, imagine o pobre leitor o que não será isso para a evolução do Homo
sapiens...

(Mário Quintana. Da preguiça como método de trabalho, 2013)

O artigo definido serve para particularizar uma informação, especificando-a,


conforme corretamente indicado em:

a) As guerras não ajudam muito a remediar...

b) ... os que ficam em casa aproveitam...

c) E como os que partem são agora escolhidos...

d) ... imagine o pobre leitor...

e) ... o que não será isso para a evolução do Homo sapiens...

1684) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder à questão.

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora


De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como


Os que, como eu, têm carne, com esse assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também. (Augusto dos Anjos. Eu e outras poesias, 2011)
Ao descrever a hora da refeição, o eu lírico reconhece

a) incômodo com as moscas que o impedem de se dedicar à degustação plena da


carne.

b) impaciência com aquelas pessoas que preferem se alimentar sem consumir


carne.

c) semelhança entre a sua carne e a da comida preparada, o que lhe causa


repugnância.

d) alívio ao pensar que comer carne é um crime menor, comparado a outros mais
graves.

e) sensação de saciedade e bem-estar, após sentar-se à mesa para ingerir porções


de carne.

1685) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder à questão.

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora


De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como


Os que, como eu, têm carne, com esse assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.
(Augusto dos Anjos. Eu e outras poesias, 2011)

Observe como o poema inicia cada uma das estrofes: ―Cedo à sofreguidão do
estômago.‖ e ―Como porções de carne morta...‖. O fato de se omitir o agente das
orações faz com que os enunciados

a) redundem ao mostrar a ação do eu lírico, que a aceita sem perplexidade.

b) mostrem que não existe, na realidade, a crueldade imaginada na ação.


c) subestimem a potência do eu lírico e o inabilitem para concretizar essa ação.

d) enfatizem a própria ação, centro das contradições vividas pelo eu lírico.

e) considerem a ação como uma verdade absoluta, portanto inquestionável.

1686) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder à questão.

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora


De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como


Os que, como eu, têm carne, com esse assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.

(Augusto dos Anjos. Eu e outras poesias, 2011)

Afirma-se que a poesia de Augusto dos Anjos é marcada pela melancolia e pelo
negativismo. No poema lido, isso se comprova com

a) a ideia de morte e decomposição da matéria orgânica.

b) a busca pela espiritualidade e pela paz interior.

c) a aceitação da morte como modo de dar sentido à vida.

d) o bom humor com que o eu lírico alude à comida.

e) a idealização da morte para amenizar o sofrimento.


1687) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Augusto dos Anjos para responder à questão.

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora


De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensanguentada presa,
Rodeada pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como


Os que, como eu, têm carne, com esse assomo e
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.
(Augusto dos Anjos. Eu e outras poesias, 2011)

Na segunda estrofe, as formas verbais ―têm‖ e ―tem‖, em destaque, referem-se,


correta e respectivamente, a

a) ―carne‖ e ―esse assomo‖.

b) ―porções de carne morta‖ e ―carne‖.

c) ―eu‖ e ―esse assomo‖.

d) ―que‖ e ―Que‖.

e) ―os‖ e ―a espécie humana‖.

1688) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se é
gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.

Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de


Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.

Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela
Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)

A intenção do autor do texto é

a) convencer os internautas a adquirirem novos produtos, ocasionando aumento


significativo nas vendas de smartphones.

b) promover uma crítica quanto à manipulação dos dados pessoais dos internautas,
para fins de publicidade e comércio digital.

c) estabelecer um enfrentamento direto em relação à ação de associações


especializadas que coíbem o comércio digital.

d) mostrar o quanto são improdutivas para os internautas as controvérsias quanto


ao uso de informações sigilosas na internet.

e) enfatizar a importância do comércio digital a partir do aumento de publicidade


na internet como deliberação coletiva.
1689) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se é
gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.

Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de


Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.

Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela
Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)

Nas passagens do primeiro parágrafo – Manipular esse aparelho tão prático é algo
de tal forma óbvio… – e – Localização, histórico da atividade on-line, contatos etc.
são coletados sem pudor… –, os termos em destaque significam, respectivamente,
a) controlar e autorização.
b) utilizar e intenção.
c) adulterar e interesse.
d) manusear e constrangimento.
e) acionar e controle.
1690) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se é
gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.

Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de


Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.

Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela
Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)

De acordo com o texto, o que se expressa em – O labor não pago do internauta se


mostra mais ativo do que o do espectador. – ocorre porque

a) a internet propicia uma maior interação ao usuário da rede.


b) a televisão comercializa produtos que o espectador não deseja.
c) o internauta tem uma visão mais crítica do papel de consumidor.
d) o espectador responde mais rápido ao apelo comercial.
e) o comércio pela internet atende melhor ao perfil do consumidor.
1691) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se é
gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.

Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de


Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.

Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela
Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.

(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)


Chama-se conversão – ou derivação imprópria – o emprego de uma palavra fora de
sua classe gramatical normal. Na passagem – Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet,
cada solicitação, cada clique derrama uma gota de informação de valor... –, o
termo que exemplifica esse processo de derivação é:

a) perfil.
b) ―curtir‖.
c) tweet.
d) solicitação.
e) clique.

1692) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Dados pessoais, uma questão política

No mundo, foram vendidos 1,424 bilhão de smartphones em 2015; 200 milhões a


mais que no ano anterior. Um terço da humanidade carrega um computador no
bolso. Manipular esse aparelho tão prático é algo de tal forma óbvio que quase nos
faz esquecer o que ele nos impõe em troca e sobre o que repousa toda a economia
digital: as empresas do Vale do Silício oferecem aplicativos a usuários que, em
contrapartida, lhes entregam seus dados pessoais. Localização, histórico da
atividade on-line, contatos etc. são coletados sem pudor, analisados e revendidos a
anunciantes publicitários felizes em mirar as ―pessoas certas, transmitindo-lhes sua
mensagem certa no momento certo‖, como alardeia a direção do Facebook. ―Se é
gratuito, então você é o produto‖, já anunciava um slogan dos anos 1970.
Enquanto as controvérsias sobre vigilância se multiplicam desde as revelações de
Edward Snowden em 2013, a extorsão de dados com objetivos comerciais quase
não é percebida como uma questão política, ou seja, ligada às escolhas comuns e
podendo se tornar objeto de uma deliberação coletiva. Fora das associações
especializadas, ela praticamente não mobiliza ninguém. Talvez porque é pouco
conhecida.
Nos anos 1970, o economista norte-americano Dallas Smythe avisava que qualquer
pessoa arriada diante de uma tela é um trabalhador que ignora a si próprio. A
televisão, explica, produz uma mercadoria, a audiência, composta daatenção dos
telespectadores, que as redes vendem para os anunciantes. ―Você contribui com
seu tempo de trabalho não remunerado e, em troca, recebe os programas e a
publicidade‖. O labor não pago do internauta se mostra mais ativo do que o do
espectador. Nas redes sociais, nós mesmos convertemos nossas amizades,
emoções, desejos e cólera em dados que podem ser explorados por algoritmos.
Cada perfil, cada ―curtir‖, cada tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma
gota de informação de valor no oceano dos servidores refrigerados instalados pela
Amazon, pelo Google e pela Microsoft em todos os continentes.
(Pierre Rimbert. Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016)
Leia a charge.

(Gazeta do Povo, 23.08.2016. Adaptado)

Fazendo uma leitura comparativa entre a charge e o texto Dados pessoais, uma
questão política, conclui-se que

a) os dois insistem em ponderar que a utilização dos smartphones deveria ter uma
regulação política.

b) a charge diferencia-se do texto, porque este se limita a discutir a questão do


roubo de informações pessoais.

c) os dois trazem uma advertência quanto ao uso excessivo dos smartphones e


seus prejuízos à vida pessoal.

d) o texto é menos incisivo do que a charge no que diz respeito à dependência das
pessoas aos smartphones.

e) os dois têm em comum a ideia de que o uso do smartphone está regulado por
questões de ordem econômica.

1693) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma


antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou
milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos
deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso,
quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de
Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo
pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto
imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas
esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo
deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar
dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que
parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do
velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria
capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair
em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição
vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques
belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do
véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo
fogo do céu.

Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre abertos
para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano
do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o
repouso íntimos?

O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas
uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda vinda de Cristo se daria no ano 1000
4 prócer: indivíduo importante, influente; magnata

O que levou Eurico a dedicar-se ao sacerdócio foi um expediente para

a) ajudar na expansão da fé cristã em época em que faltavam sacerdotes.

b) curar a ferida deixada pelo amor impossível por Hermengarda.

c) atender a um pedido de Favila, a quem devia inúmeros favores.

d) enriquecer rapidamente, já que as igrejas dispunham de riquezas.

e) atender aos desejos de sua família, que condenava o namoro do jovem.


1694) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma


antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou
milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos
deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso,
quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de
Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo
pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto
imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas
esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo
deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar
dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que
parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do
velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria
capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair
em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição
vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques
belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do
véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo
fogo do céu.

Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre abertos
para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano
do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o
repouso íntimos?

O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas
uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda vinda de Cristo se daria no ano 1000
4 prócer: indivíduo importante, influente; magnata
A ideia de que Eurico descende de uma família de guerreiros está corretamente
expressa em:

a) ... que herdara juntamente com a espada conquistadora de seus avós...

b) ... vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos deleites da opulenta Toletum.

c) Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque


poeta...

d) ... ele sabia não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

e) Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo deu o
nome de imaginações desregradas...

1695) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma


antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou
milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos
deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso,
quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de
Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo
pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto
imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas
esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo
deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar
dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que
parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do
velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria
capaz de abater. A melancolia que o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair
em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição
vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques
belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do
véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo
fogo do céu.

Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre abertos
para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano
do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o
repouso íntimos?
O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas
uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda

A ideia contida em – ... [Eurico era] naturalmente religioso porque poeta... – pode
ser expressa da seguinte forma:

a) Eurico era poeta, mas era naturalmente religioso.

b) Embora Eurico fosse poeta, era naturalmente religioso.

c) Como Eurico era poeta, era também naturalmente religioso.

d) Quanto mais era poeta, mais naturalmente Eurico era religioso.

e) Desde que fosse poeta, Eurico era naturalmente religioso.

1696) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia. Descendente de uma


antiga família bárbara, gardingo1 na corte de Vítiza, depois de ter sido tiufado2 ou
milenário3 do exército visigótico vivera os ligeiros dias da mocidade no meio dos
deleites da opulenta Toletum. Rico, poderoso, gentil, o amor viera, apesar disso,
quebrar a cadeia brilhante da sua felicidade. Namorado de Hermengarda, filha de
Favila, duque de Cantábria, e irmã do valoroso e depois tão célebre Pelágio, o seu
amor fora infeliz. O orgulhoso Favila não consentira que o menos nobre gardingo
pusesse tão alto a mira dos seus desejos. Depois de mil provas de um afeto
imenso, de uma paixão ardente, o moço guerreiro vira submergir todas as suas
esperanças. Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia a que o mundo
deu o nome de imaginações desregradas, porque não é para o mundo entendê-las.
Desventurado, o seu coração de fogo queimou-lhe o viço da existência ao despertar
dos sonhos do amor que o tinham embalado. A ingratidão de Hermengarda, que
parecera ceder sem resistência à vontade de seu pai, e o orgulho insultuoso do
velho prócer4 deram em terra com aquele ânimo, que o aspecto da morte não seria
capaz de abater. A melancoliaque o devorava, consumindo-lhe as forças, fê-lo cair
em longa e perigosa enfermidade, e, quando a energia de uma constituição
vigorosa o arrancou das bordas do túmulo, semelhante ao anjo rebelde, os toques
belos e puros do seu gesto formoso e varonil transpareciam-lhe a custo através do
véu de muda tristeza que lhe entenebrecia a fronte. O cedro pendia fulminado pelo
fogo do céu.

Educado na crença viva daqueles tempos; naturalmente religioso porque poeta, foi
procurar abrigo e consolações aos pés d‘Aquele cujos braços estão sempre abertos
para receber o desgraçado que neles vai buscar o derradeiro refúgio. Ao cabo das
grandezas cortesãs, o pobre gardingo encontrara a morte do espírito, o desengano
do mundo. A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o
repouso íntimos?

O moço presbítero, legando à catedral uma porção dos senhorios que herdara
juntamente com a espada conquistadora de seus avós, havia reservado apenas
uma parte das próprias riquezas. Era esta a herança dos miseráveis, que ele sabia
não escassearem na quase solitária e meia arruinada Carteia.

(Alexandre Herculano. Eurico, o presbítero, 1988)

1 gardingo: nobre visigodo que exercia altas funções na corte dos príncipes
2 tiufado: o comandante de uma tropa de mil soldados, no exército godo
3 milenário: seguidor da crença de que a segunda

No que diz respeito à colocação das palavras na oração, chama-se de ordem


inversa aquela que sai do esquema sujeito- verbo- complemento, conforme
exemplifica a seguinte passagem do texto:

a) O presbítero Eurico era o pastor da pobre paróquia de Carteia.

b) ... o moço guerreiro vira submergir todas as suas esperanças.

c) Eurico era uma destas almas ricas de sublime poesia...

d) O cedro pendia fulminado pelo fogo do céu.

e) A cabo da estreita senda da cruz, acharia ele, porventura, a vida e o repouso


íntimos?
1697) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Oswald de Andrade para responder à questão.

Erro de português

Quando o português chegou


Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

(www.jornaldepoesia.jor.br)

De acordo com o sentido do poema, entende-se que o título

a) condena a empreitada de colonização e a falta de pudor dos indígenas.

b) sugere a ignorância dos nativos do Brasil, pois desconheciam o português.

c) enaltece a institucionalização dos costumes europeus no Brasil.

d) ironiza a situação de descoberta do Brasil e os costumes portugueses.

e) critica o fato de os portugueses pretenderem viver sem roupas como os índios.

1698) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia o poema de Oswald de Andrade para responder à questão.

Erro de português

Quando o português chegou


Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.

(www.jornaldepoesia.jor.br)
De acordo com o poema, há equivalência de sentido substituindo- se

a) ―Quando o português chegou‖ por ―Se o português chegasse‖.

b) ―Debaixo de uma bruta chuva‖ por ―Debaixo de uma forte chuva‖.

c) ―Vestiu o índio‖ por ―Despiu o índio‖.

d) ―Que pena!‖ por ―Penosamente!‖.

e) ―Fosse uma manhã de sol‖ por ―Como era uma manhã de sol‖.

1699) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

O combate à corrupção entrou na agenda pública ocupando boa parte dos


noticiários e das discussões políticas nas redes sociais. ___________ , porém, é a
relação entre acesso à informação pública e o papel da participação direta dos
_________e cidadãs na gestão pública para monitorar os gastos de dinheiro
público, orientar investimentos, definir políticas__________ , entre outros. As
novas tecnologias têm um papel crucial na agenda anticorrupção e na promoção da
transparência e participação.

(http://politica.estadao.com.br. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,


respectivamente, com:

a) Menos discutida ... cidadões ... prioritários

b) Menas discutida ... cidadães ... prioritário

c) Menos discutido ... cidadões ... prioritária

d) Menas discutido ... cidadãos ... prioritárias

e) Menos discutida ... cidadãos ... prioritárias


1700) Concurso: Alun Of/PM SP/2016 Banca: VUNESP

Leia a charge.

(Gazeta do Povo, 09.08.2016. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da fala da personagem devem


ser preenchidas, respectivamente, com:

a) As ... à ... atrás

b) Às ... à ... atraz

c) As ... a ... atráz

d) Às ... à ... atrás

e) As ... a ... atrás

1701) Concurso: Alun Of/PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Bem vejo que me podeis dizer, Senhor, que a propagação de vossa Fé e as obras
de vossa glória não dependem de nós, nem de ninguém, e que sois poderoso,
quando faltem homens, para fazer das pedras filhos de Abraão. Mas também a
vossa sabedoria e a experiência de todos os séculos nos têm ensinado que depois
de Adão não criastes homens de novo, que vos servis dos que tendes neste Mundo,
e que nunca admitis os menos bons, senão em falta dos melhores. Assim o fizestes
na parábola do banquete. Mandastes chamar os convidados que tínheis escolhido, e
porque eles se escusaram e não quiseram vir, então admitistes os cegos e mancos,
e os introduzistes em seu lugar: Caecos et claudos introduc huc. E se esta é, Deus
meu, a regular disposição de vossa providência divina, como a vemos agora tão
trocada em nós e tão diferente conosco? Quais foram estes convidados e quais são
estes cegos e mancos? Os convidados fomos nós, a quem primeiro chamastes para
estas terras, e nelas nos pusestes a mesa, tão franca e abundante, como de vossa
grandeza se podia esperar. Os cegos e mancos são os luteranos e calvinistas, cegos
sem fé e mancos sem obras, na reprovação das quais consiste o principal erro da
sua heresia. Pois se nós, que fomos os convidados, não nos escusamos nem
duvidamos de vir, antes rompemos por muitos inconvenientes em que pudéramos
duvidar; se viemos e nos assentamos à mesa, como nos excluís agora e lançais
fora dela e introduzis violentamente os cegos e mancos, e dais os nossos lugares
aos hereges? Quando em tudo o mais foram eles tão bons como nós, ou nós tão
maus como eles, por que nos não há-de valer pelo menos o privilégio e
prerrogativa da Fé? Em tudo parece, Senhor, que trocais os estilos de vossa
providência e mudais as leis de vossa justiça conosco.

(Padre Antonio Vieira, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal Contra as de Holanda).

Caecos et claudos introduc huc. = Traze para aqui os cegos e os coxos.

A prosa religiosa de Padre Vieira caracteriza-se pelo estilo

a) conceptista, no qual se pressupõe convencer o interlocutor por meio do


raciocínio lógico.

b) cultista, no qual se exploram intensamente as figuras de linguagem para a


descrição do mundo.

c) conceptista, no qual o exagero e a exuberância da linguagem cria um discurso


de difícil entendimento.

d) cultista, no qual a simplicidade dos recursos linguísticos denota a clareza do


raciocínio do orador.

e) conceptista, no qual a construção do pensamento se dá em argumentos frágeis


e pouco lógicos.

1702) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.
Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

De acordo com a opinião do autor, a Resolução do Conanda que passou a


considerar abusiva toda e qualquer publicidade dirigida ao público infantil é

a) bem-vinda, já que é solidária com os pais que reclamam do excesso de


propaganda destinada a esse público.

b) desnecessária, pois deve ser exclusivamente dos pais a decisão sobre como
lidar com os desejos de seus filhos.

c) danosa, na medida em que a relação entre o consumismo das crianças e a


propaganda não é algo que incomode os pais.

d) inconveniente, porque excede os limites da competência do órgão e vai de


encontro ao que está previsto na Constituição.

e) paliativa, embora esteja de acordo com os preceitos constitucionais acerca da


possibilidade de restrições legais à publicidade.
1703) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Segundo a conclusão do autor, conforme argumentos apresentados no texto, mais


importante do que banir ou limitar a publicidade para o público com menos de 12
anos seria

a) deixar aos pais a responsabilidade de enfrentar o consumismo de seus filhos.

b) preservar a liberdade de expressão, princípio fundamental em uma democracia.


c) aceitar a conclusão de que esse tipo de propaganda é necessário e deve ser
mantido.

d) debater a proibição de propaganda de tabaco, ainda permitida pela Constituição.

e) opor-se a toda e qualquer proibição de propaganda, adequando-se ao que prevê


a Constituição.

1704) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)


Releia o seguinte trecho do primeiro parágrafo do texto para responder à questão.

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil.

O termo furor, em destaque, foi utilizado pelo autor para enfatizar sua opinião de
que garotos, nessa faixa etária, são consumidores

a) indecisos.

b) comedidos.

c) impetuosos.

d) responsáveis.

e) complacentes.

1705) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.

Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa cujo termo em destaque, no contexto, tem sentido de posse.

a) ... e uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

b) ... a liberdade de empresas anunciarem seus produtos.

c) A Constituição simplesmente não dá espaço para isso.

d) ... publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

e) ... tende a fazer com que publicitários e anunciantes peguem leve.

1706) Concurso: Cine/CM Araras/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Propaganda Infantil

Sou pai de gêmeos com o furor consumista típico de garotos de 12 anos. Sou,
portanto, solidário com pais que se queixam dos excessos da propaganda infantil. É
covardia anunciar para crianças, já que elas têm muitos desejos, nenhuma renda e
uma capacidade infinita de apoquentar seus genitores.

Ainda assim, parece-me despropositada a resolução n.º 163 do Conanda (Conselho


Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) que passou a considerar abusiva
toda e qualquer publicidade dirigida ao público com menos de 12 anos.

O ponto central, creio, é que o Conanda exorbitou de seus poderes. O órgão não
poderia banir ou limitar a liberdade de empresas anunciarem seus produtos. A
Constituição simplesmente não dá espaço para isso. O artigo 220 da Carta, que
estabelece a possibilidade de restrições legais à publicidade, só as prevê para uma
relação finita de produtos: ―tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos
e terapias‖. É forçoso, assim, concluir que, para tudo o que esteja fora dessa lista,
a regra é a da plena liberdade.
Aceitar essa conclusão não implica abandonar os pais à tirania de seus rebentos.
Embora militantes de causas adorem uma lei, existem outros mecanismos
civilizadores até mais eficientes que normas jurídicas. Especialmente no mundo do
marketing, imagem é tudo. Apenas fixar o meme de que a propaganda dirigida a
crianças não é ética – uma ideia que já está em circulação – tende a fazer com que
publicitários e anunciantes peguem leve.

Alguns diriam que é pouco. Talvez, mas recorrer a essa medida, e a outros
expedientes, como a autorregulamentação, tem a enorme vantagem de preservar
um dos pilares da democracia, que é a liberdade de expressão. Eu pelo menos não
a trocaria por alguns momentos de paz e mais alguns tostões na carteira.

(Hélio Schwartsman. http://www1.folha.uol.com.br. 02.07.2014. Adaptado)

O termo destacado em – Eu pelo menos não a trocaria por alguns momentos de


paz e mais alguns tostões na carteira. – retoma, no último parágrafo do texto, a
seguinte expressão:

a) essa medida.

b) a autorregulamentação.

c) a enorme vantagem.

d) democracia.

e) a liberdade de expressão.

1707) Concurso: Tec Adm /PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para


responder à questão.

O cimo da montanha

Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília
com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe
aconteceu a ela. Assim, a presidência não fez mais do que avivar a afeição
primitiva; foi a droga com que tornamos mais saboroso o nosso amor, e mais
prezado também. Nos primeiros dias, depois daquele incidente, folgávamos de
imaginar a dor da separação, se houvesse separação, a tristeza de um e de outro, à
proporção que o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre nós; e,
semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço das mães, para fugir a uma
simples careta, fugíamos do suposto perigo, apertando-nos com abraços.
— Minha boa Virgília!

— Meu amor!

— Tu és minha, não?

— Tua, tua...

E assim reatamos o fio da aventura, como a sultana Scheherazade* o dos seus


contos. Esse foi, cuido eu, o ponto máximo do nosso amor, o cimo da montanha,
donde por algum tempo divisamos os vales de leste e de oeste, e por cima de nós o
céu tranquilo e azul. Repousado esse tempo, começamos a descer a encosta, com
as mãos presas ou soltas, mas a descer, a descer...

* personagem principal das Mil e uma noites, em que é a narradora que conta ao sultão as histórias
que vão adiando a sentença de morte dela.

(1998, p. 128-129)

Nesse capítulo, destaca-se uma característica marcante do romance realista de


Machado de Assis, que é

a) a sucessão rápida de acontecimentos, criando um constante clima de suspense.

b) o discurso impessoal, impossibilitando o acesso ao interior das personagens.

c) o tom emocional, de indignação, com que se denunciam os problemas sociais.

d) a reflexão a respeito das motivações psicológicas das atitudes humanas.

e) a descrição de uma natureza exuberante e intocada pela civilização.

1708) Concurso: Tec Adm /PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade, para responder à questão.

Muitos casos sucederam nessa viagem por caatingas rios corredeiras, gerais,
corgos, corredores de tabatinga matos- virgens e milagres do sertão. Macunaíma
vinha com os dois manos pra São Paulo. Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem.
Por tantas conquistas e tantos feitos passados o herói não ajuntara um vintém só
mas os tesouros herdados da icamiaba estrela estavam escondidos nas grunhas do
Roraima lá. Desses tesouros Macunaíma apartou pra viagem nada menos de
quarenta vezes quarenta milhões de bagos de cacau, a moeda tradicional. Calculou
com eles um dilúvio de embarcações. E ficou lindo trepando pelo Araguaia aquele
poder de igaras, duma em uma duzentas em ajojo que nem flecha na pele do rio.
Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade.
Matutava matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto
apontarem Ci estrela. Os manos remavam espantando os mosquitos e cada arranco
dos remos repercutindo nas duzentas igaras ligadas, despejava uma batelada de
bagos na pele do rio, deixando uma esteira de chocolate onde os camuatás
pirapitingas dourados piracanjubas uarus-uarás e bacus se regalavam.

(1988, p. 36-37)

A partir da leitura do trecho, é possível reconhecer, na composição de Macunaíma,


marcas

a) do discurso cientificista, vinculado a uma linguagem marcadamente formal.

b) do conflito existencial, somado à recorrência de termos com sentidos opostos.

c) do relato memorialista, acompanhado de um discurso de tom melancólico.

d) da narrativa fantástica, combinada com elementos próprios da cultura popular.

e) da representação realista da natureza, articulada à descrição objetiva da


realidade.

1709) Concurso: Tec Adm /PM SP/2015 Banca: VUNESP

Leia o trecho de Macunaíma, de Mário de Andrade, para responder à questão.

Muitos casos sucederam nessa viagem por caatingas rios corredeiras, gerais,
corgos, corredores de tabatinga matos- virgens e milagres do sertão. Macunaíma
vinha com os dois manos pra São Paulo. Foi o Araguaia que facilitou-lhes a viagem.
Por tantas conquistas e tantos feitos passados o herói não ajuntara um vintém só
mas os tesouros herdados da icamiaba estrela estavam escondidos nas grunhas do
Roraima lá. Desses tesouros Macunaíma apartou pra viagem nada menos de
quarenta vezes quarenta milhões de bagos de cacau, a moeda tradicional. Calculou
com eles um dilúvio de embarcações. E ficou lindo trepando pelo Araguaia aquele
poder de igaras, duma em uma duzentas em ajojo que nem flecha na pele do rio.
Na frente Macunaíma vinha de pé, carrancudo, procurando no longe a cidade.
Matutava matutava roendo os dedos agora cobertos de berrugas de tanto
apontarem Ci estrela. Os manos remavam espantando os mosquitos e cada arranco
dos remos repercutindo nas duzentas igaras ligadas, despejava uma batelada de
bagos na pele do rio, deixando uma esteira de chocolate onde os camuatás
pirapitingas dourados piracanjubas uarus-uarás e bacus se regalavam.

(1988, p. 36-37)
Um traço do estilo modernista presente no trecho é a

a) quebra dos padrões convencionais de pontuação gráfica.

b) caracterização do herói como ser nobre, sábio e prudente.

c) linguagem impessoal, influenciada pelo discurso jornalístico.

d) comparação das personagens humanas com animais selvagens.

e) abundância de conectivos lógicos, revelando intenso racionalismo.

1710) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto, para responder à questão.

Ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura na


Universidade de Turim, no último dia 11 de junho, o escritor e filósofo Umberto Eco
referiu-se aos usuários das mídias sociais como ―uma legião de imbecis, que antes
falavam apenas no bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a
coletividade‖. O consagrado autor de ―O Nome da Rosa‖ foi além: ―Normalmente,
eles, os imbecis, eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à
palavra que um Prêmio Nobel‖. Não satisfeito, acrescentou: ―O drama da internet é
que ela promoveu o idiota a portador da verdade‖.

É triste constatar que há uma boa dose de verdade na fala do escritor italiano, mas
dar voz também aos imbecis talvez seja o preço da liberdade. Quem frequenta as
redes sociais de forma ampla, em rol de ―amizades‖ que vá além do, digamos,
círculo de convivência presencial, sabe do que se trata. Não se pode negar a mídia
social como palco revelador das faces verdadeiras: personalidades, crenças e
crendices, ódios e amores antes recolhidos são catapultados do teclado para o
mundo, satisfazendo aquele desejo de boa parcela da humanidade de se exibir.
Contudo, essa liberdade de expressão, absoluta nas redes, não exime ninguém de
crimes como calúnia, difamação, insulto, escárnio por motivo religioso,
favorecimento da prostituição, ato ou escrito obsceno, incitação ao crime, apologia
do crime, falsa identidade, pedofilia, preconceito, discriminação ou revelação de
segredo profissional, todos descritos no Código Penal.

Para brilhar sem sustos no Facebook, no Instagram ou no Youtube, o internauta


deve medir as consequências de suas postagens. ―A internet não é um mundo sem
lei. O Código Penal, que é relativamente antigo em comparação com a tecnologia, é
aplicável à internet‖, afirma o advogado Rony Vainzof, especialista em crimes
digitais. ―Pessoas chegam a se matar por causa do alcance de crimes contra a
honra em rede social, porque não se permite o arrependimento. A lesão é muito
grande não só para as vítimas, mas também para o agressor, porque, além da
punição judicial, há a punição social por determinada conduta, que às vezes é até
maior‖, explica. É ilustrativo o caso da executiva americana Justine Sacco. Antes de
embarcar a trabalho para a África do Sul, ela tuitou: ―Indo para a África. Espero
que não pegue Aids. Brincadeira, sou branca‖. Ao pousar no seu destino, ela não
apenas estava demitida da empresa em que trabalhava, como havia tido uma foto
sua postada e compartilhada 1 164 vezes. Funcionários dos hotéis locais
ameaçaram fazer greve caso Justine fosse aceita como hóspede.

(Paulo Henrique Arantes e Joaquim Carvalho, As redes sociais e os


inadvertidos criminosos virtuais. Revista da CAASP, agosto 2015, p. 14 a 18. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o emprego de pronomes está de acordo com a


norma-padrão.

a) Quando perguntaram sua opinião sobre os usuários das redes sociais, Umberto
Eco chamou eles de ―uma legião de imbecis‖.

b) A executiva americana, onde a foto dela foi postada e compartilhada pelas


redes, não teve boa acolhida na África.

c) As mídias sociais satisfazem o desejo de exibir-se, cujo boa parte da


humanidade alimenta.

d) Quanto às mídias sociais, não se pode negar-lhes a condição de palco para


exposição de personalidades e crenças.

e) Crimes contra a honra podem levar as vítimas ao homicídio, pois elas querem
vingar quem lhes ofendeu.

1711) Concurso: Ass SA I/UNESP/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira, para responder à questão.

(André Dahmer, Malvados, Folha de S.Paulo, 01.09.2015. Adaptado)


É correto interpretar as falas da personagem como uma forma

a) injusta de se referir às redes sociais, por associação com o tratamento dado a


um recém-nascido.

b) de censura aos criadores de redes sociais, que as lançam sem que estejam
prontas para a circulação de mensagens.

c) crítica de se referir às redes sociais como espaço em que se manifestam ideias e


conteúdos sem qualidade.

d) de controle do que os usuários costumam postar nas redes, aconselhando-os a


agir dentro da lei.

e) julgamento negativo das redes sociais, pelo fato de elas imporem regras e
limitações à livre expressão de ideias.

1712) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.

Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a


um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.
Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

Releia o seguinte trecho do penúltimo parágrafo do texto:

… há, principalmente na Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam


sem base fática que a vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

O termo em destaque no trecho foi utilizado pelo autor para enfatizar sua opinião
de que associar a vacina tríplice viral a casos de autismo é uma postura

a) conveniente.

b) irrelevante.

c) insensata.

d) criteriosa.

e) oportuna.

1713) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.


Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a
um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

Segundo a opinião do autor expressa no primeiro parágrafo do texto, a ideologia


está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa

a) ajudar as pessoas a concebê-los a partir de seu próprio ponto de vista, por meio
do qual poderão formar suas próprias opiniões.

b) criar obstáculos para que as pessoas os percebam com clareza, sendo esta
essencial para que possam formar suas próprias opiniões.

c) fornecer elementos para que as pessoas possam compreendê-los de maneira


imparcial, a fim de que possam formar suas próprias opiniões.

d) propiciar meios para que as pessoas os compreendam com base na percepção


coerente da realidade, e possam formar suas próprias opiniões.

e) criar condições para que as pessoas os percebam a partir de suas impressões


pessoais, com base nas quais poderão formar suas próprias opiniões.
1714) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.

Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a


um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

De acordo com o segundo parágrafo do texto, para os norte-americanos, mais ou


menos até os anos 80, as questões ambientais em geral e particularmente o efeito
estufa

a) constituíam uma importante plataforma de debates políticos.

b) estavam na base da sólida ideologia de proteção ambiental.

c) constituíam uma ideologia, mas que não resultava em políticas.

d) eram temas sobre os quais não se havia formado uma ideologia.

e) já atraíam os debates políticos e constituíam uma tímida ideologia.


1715) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.

Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a


um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

De acordo com o autor, a máxima segundo a qual ideologia faz mal à saúde se
justifica, nesse contexto, porque, ao deixarem de vacinar seus filhos, os pais o
fazem

a) alheios às evidências científicas, motivados apenas por suas crenças.

b) observando as evidências científicas, em detrimento de suas crenças.

c) amparados por sua própria convicção destituída de apelo sentimental.

d) a partir de suas crenças, cujo raciocínio parte de evidências científicas.

e) com base em um raciocínio construído a partir de evidências científicas.


1716) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Ideologia e saúde

A ideologia é um troço esquisito. Ela não se limita a turvar a visão das pessoas em
relação aos assuntos de sempre, como papel do Estado, aborto, legalização das
drogas, mas também está sempre em busca de novos temas sobre os quais possa
lançar seus feitiços.

Um caso bem documentado desse fenômeno é a atitude dos norte-americanos em


relação ao aquecimento global. Mais ou menos até os anos 80, a proteção
ambiental em geral e o efeito estufa em particular não constituíam questões
ideológicas. A probabilidade de um político norte-americano defender uma
plataforma ambientalista era muito baixa, fosse ele democrata ou republicano.

Do final dos anos 90 para cá, porém, o panorama mudou bastante.

Agora, assistimos praticamente ao vivo a um movimento semelhante em relação a


um tema improvável: as vacinas. Os EUA vivem hoje um surto de sarampo que
pode ser diretamente ligado à queda nas taxas de vacinação. E há dois tipos de
pais que deixam deliberadamente de vacinar seus filhos.

Pela direita, temos ultraconservadores religiosos que desconfiam de tudo o que


venha de cientistas ou do governo e, pela esquerda, há, principalmente na
Califórnia, bolsões de liberais desmiolados que acreditam sem base fática que a
vacina tríplice viral está associada a casos de autismo.

Em comum, ambos colocam suas convicções, que têm muito mais de emocional
que de racional, à frente de sólidas evidências científicas. Pior, sua obstinação faz
com que ponham em risco não só seus próprios filhos como também terceiros.
Nunca foi tão verdadeira a máxima segundo a qual a ideologia faz mal à saúde.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 08.02.2015. Adaptado)

No trecho do último parágrafo – … sua obstinação faz com que ponham em risco
não só seus próprios filhos como também terceiros. –, o termo em destaque tem
sentido equivalente ao de

a) condescendência.

b) indiscrição.

c) ingerência.

d) aceitação.

e) teimosia.
1717) Concurso: Ag Educ/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa correta quanto à concordância das palavras, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa.

a) Existe razões diversas e desconhecidas por trás da formação de algumas


ideologias.

b) Haveriam, existindo interesse, meios de se construir uma nova política de


proteção ambiental.

c) A percepção dos acontecimentos a partir do qual formamos opinião não deveria


estar ―contaminada‖.

d) Algumas convicções traz danos, à medida que têm efeitos reais sobre a nossa
percepção.

e) Algumas crenças acabam se consolidando a ponto de se transformarem em


ideologias.

1718) Concurso: Ass GM/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso das novas tecnologias em sala de aula

Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco


frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera
essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar
esse conhecimento em outros espaços. Isso nem sempre funciona, pois frequentar
cursos de poucas horas nem sempre garante ao professor segurança e domínio
dessas tecnologias.

Muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar


novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com
videogame, tablets e até mesmo com o celular.

O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além
de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de
mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais
ativo e participativo.

A tecnologia também auxilia o professor na busca por conteúdos a serem


trabalhados. O Google, por exemplo, criou um espaço próprio para a educação, o
Google Play for Education – cuja versão em português ainda está sem data de
lançamento. O programa faz uma peneira por disciplina e série para sugerir
aplicativos educacionais específicos para tablets. O professor pode, por exemplo,
criar um grupo da sala em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo,
facilitando a participação.

A ideia não é abandonar o quadro negro, mas hoje, com todos os avanços, existe a
necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais
atraentes, participativas e eficientes.

(Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br. Acesso em 24.10.2014. Adaptado)

O termo Isso, em destaque no primeiro parágrafo do texto, refere-se a:

a) Em um mundo tecnológico

b) integrar novas tecnologias à sala de aula

c) um desafio para docentes

d) essas tecnologias

e) buscar esse conhecimento em outros espaços

1719) Concurso: Ass GM/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder à questão.

Uso das novas tecnologias em sala de aula

Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco


frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera
essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar
esse conhecimento em outros espaços. Isso nem sempre funciona, pois frequentar
cursos de poucas horas nem sempre garante ao professor segurança e domínio
dessas tecnologias.

Muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar


novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com
videogame, tablets e até mesmo com o celular.

O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além
de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de
mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais
ativo e participativo.

A tecnologia também auxilia o professor na busca por conteúdos a serem


trabalhados. O Google, por exemplo, criou um espaço próprio para a educação, o
Google Play for Education – cuja versão em português ainda está sem data de
lançamento. O programa faz uma peneira por disciplina e série para sugerir
aplicativos educacionais específicos para tablets. O professor pode, por exemplo,
criar um grupo da sala em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo,
facilitando a participação.

A ideia não é abandonar o quadro negro, mas hoje, com todos os avanços, existe a
necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais
atraentes, participativas e eficientes.

(Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br. Acesso em 24.10.2014. Adaptado)

De acordo com o autor do texto, o uso das tecnologias em sala de aula pode
contribuir para

a) distanciar professores e alunos, dada a atração que os conteúdos digitais


exercem sobre os adolescentes.

b) diminuir o rendimento dos alunos, em face da intensa interação deles com os


conteúdos digitais.

c) tornar as aulas mais interativas, com o aluno desempenhando um papel mais


ativo na exploração dos conteúdos.

d) tumultuar as aulas, diante da dificuldade para disciplinar o uso de aparelhos


como tablets e celulares em sala de aula.

e) tornar os alunos mais dispersivos, apenas espectadores de ferramentas com as


quais não sabem interagir.
1720) Concurso: Ass GM/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Uso das novas tecnologias em sala de aula

Em um mundo tecnológico, integrar novas tecnologias à sala de aula ainda é pouco


frequente e um desafio para docentes. Em muitos casos, a formação não considera
essas tecnologias, e se restringe ao teórico, ou seja, o professor precisa buscar
esse conhecimento em outros espaços. Isso nem sempre funciona, pois frequentar
cursos de poucas horas nem sempre garante ao professor segurança e domínio
dessas tecnologias.

Muitos educadores já perceberam o potencial dessas ferramentas e procuram levar


novidades para a sala de aula, seja com uma atividade prática no computador, com
videogame, tablets e até mesmo com o celular.

O fato é que o uso dessas tecnologias pode aproximar alunos e professores, além
de ser útil na exploração dos conteúdos de forma mais interativa. O aluno passa de
mero receptor, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito mais
ativo e participativo.

A tecnologia também auxilia o professor na busca por conteúdos a serem


trabalhados. O Google, por exemplo, criou um espaço próprio para a educação, o
Google Play for Education – cuja versão em português ainda está sem data de
lançamento. O programa faz uma peneira por disciplina e série para sugerir
aplicativos educacionais específicos para tablets. O professor pode, por exemplo,
criar um grupo da sala em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo,
facilitando a participação.

A ideia não é abandonar o quadro negro, mas hoje, com todos os avanços, existe a
necessidade de adequação, de abertura para o novo, a fim de tornar as aulas mais
atraentes, participativas e eficientes.

(Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br. Acesso em 24.10.2014. Adaptado)

A expressão em destaque na frase do penúltimo parágrafo – … um grupo da sala


em que todos os alunos poderão acessar o aplicativo… – pode ser corretamente
substituída, sem alteração do sentido e de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, por:

a) com o qual
b) pelo qual
c) do qual
d) no qual
e) ao qual
1721) Concurso: Ass GM/Pref SJC/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira para responder à questão.

(Bill Watterson. As aventuras de Calvin e Haroldo. São Paulo: Conrad Editora, 2010)

A frase do terceiro quadrinho da tira – … se eu usasse lente… – apresenta reescrita


correta, sem alteração do sentido original, em:

a) … caso eu usasse lente…

b) … enquanto eu usasse lente…

c) … mesmo que eu usasse lente…

d) … a fim de que eu usasse lente…

e) … de modo que eu usasse lente…


1722) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?

Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

É correto afirmar que o autor

a) mostra-se incomodado por ter de compartilhar espaço no restaurante com


pessoas fotografando a comida.

b) recusa-se a conviver com provadores de vinho amadores que frequentam


espaços públicos.

c) ironiza os hábitos de divulgar em redes sociais até o que se come e de agir como
especialista em vinhos.

d) declara sua simpatia para com a nova moda de as pessoas ostentarem a classe a
que pertencem.

e) não confia em competições gastronômicas, as quais considera ostentação de


ingredientes caros.
1723) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?

Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

A frase que inicia o terceiro parágrafo – Depois sou informado de que não – nega o
juízo do autor, segundo o qual

a) as pessoas tiravam fotos da comida como se fotografassem a modelo Gisele


Bündchen.

b) as pessoas estavam, de fato, fotografando pratos da comida que lhes era


servida.

c) era moda fotografar e expor nas redes sociais os pratos servidos nos
restaurantes.

d) os amigos divulgam fatos da vida pessoal, expondo as atividades desenvolvidas


durante 24 horas.

e) as pessoas fotografavam o que comiam para não repetir a refeição, pois


começavam a perder a memória.
1724) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto para responder a questão.

Entro no restaurante, sento-me, consulto o cardápio. E então reparo que alguns


dos presentes, nas mesas em volta, não comem. Fotografam. O prato está pronto,
e eles, antes de usarem os talheres, tiram foto da refeição com os celulares – de
todos os ângulos, como se tivessem uma Gisele Bündchen na frente.

Por momentos, penso que o problema é médico: pessoas com primeiros sintomas
de demência que gostam de registrar o que comeram ao almoço para não
repetirem ao jantar.

Depois sou informado de que não: é moda fotografar os pratos e enviá-los para as
redes sociais. Se os ―amigos‖ sabem onde estamos e o que fazemos 24 horas por
dia, é inevitável saberem também o que comemos. Desconfio até de que existem
competições gastronômicas em que os pratos são usados como exibição de classe.
Se as férias em família já servem para isso – esqui na Suíça, praia em Bali – por
que não o almoço ou o jantar?

Mas o pasmo não termina com os fotógrafos. Continua com os enólogos amadores
que tomaram conta do espaço público. No mesmo restaurante, os clientes giram os
copos, cheiram, conferem a cor. Depois provam, fecham os olhos e invariavelmente
convidam o empregado a servir o vinho. Quando foi que o mundo distribuiu
diplomas de enologia pelo pessoal? E por que motivo eu não fui convidado?

(João Pereira Coutinho, In vino veritas. Folha de S.Paulo, 21.07.2015. Adaptado)

Substituindo-se Se por Caso e estamos por vamos no trecho – Se os ―amigos‖


sabem onde estamos… –, obtém-se redação de acordo com a norma-padrão de
conjugação e regência dos verbos, em:

a) Caso os ―amigos‖ saibam aonde vamos…

b) Caso os ―amigos‖ sabem aonde vamos…

c) Caso os ―amigos‖ saibam onde vamos…

d) Caso os ―amigos‖ sabiam onde vamos…

e) Caso os ―amigos‖ saberem aonde vamos…


1725) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Minha avó gostava de festa. Minha mãe gosta de festa. Eu gosto de festa.

Quando penso em dar uma festa, meu coração se anima. Muitas vezes, no meio da
lista de convidados e acepipes, tenho vontade de desistir diante da trabalheira da
empreitada.

Respiro, me lembro das últimas festas que dei, penso na minha avó e na minha
mãe em seus mistos de alegria e tensão, e acabo seguindo em frente.

Há que comemorar, há que manter os bolos, as velas, os brindes.

Há que passar adiante o ―Parabéns pra Você‖, mesmo que no meio da canção tudo
pareça engraçado e sem sentido. Vale a pena. Nunca me arrependi de dar uma
festa. No mínimo, fico feliz de ver meus vários afetos misturados em minha casa,
conversando entre si, se juntando em tranças que retornam ao novelo do meu
coração.

Não sei direito o porquê, mas tenho especial prazer em ver o namorado da filha da
minha amiga em papo animado com a minha sogra, por exemplo. Improváveis
misturas humanas a partir de mim. Foi assim que meu pai fez amizade com a mãe
do segundo marido de minha mãe.

Tuta era uma senhora sacudida. Sempre de salto alto, se maquiava muito, punha
flores no cabelo, fazia discursos, cantava e tocava piano.

Tinha passado a maior parte da vida longe da família e foi resgatada por minha
mãe, que, inconformada e antes tarde do que nunca, decidiu presentear seu marido
com o reencontro emocionado com a mãe desgarrada. Tuta passou, então, a
frequentar as festas da família.

Conviveu com o filho, a nova nora e os parentes que pouco conhecia durante algum
tempo, até que Fernando se foi. Viúva, minha mãe herdou de seu amado a mãe
excêntrica, que continuou a fazer seus discursos, a tocar e a cantar nas festas lá de
casa até seus 98.

Um tempo depois da morte de Fernando, meu pai voltou a frequentar as festas.


Também afeito à cantoria, se juntou a Tuta nas canções e até declamavam poesias.
Em uma festa de aniversário que ela promoveu em seu pequeno apartamento na
Tijuca, minha mãe deu de cara com uma cena curiosa: os dois sozinhos na sala.
Tuta ao piano e meu pai já exibindo pela janela sua linda voz de tenor. Numa
manobra do destino, meu pai virou grande amigo da mãe do segundo marido de
minha mãe. A vida faz um bom crochê. As festas ajudam. Há que celebrar.

(Denise Fraga, Há que celebrar. http://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 24.07.2015.


Adaptado)
A maneira como a autora descreve as festas que promove revela nela um
sentimento de

a) indisposição, principalmente porque dá muito trabalho preparar tudo sozinha.

b) intolerância, diante de convidados que gostam de cantoria e discursos sem fim.

c) nostalgia, acordando lembranças boas de reuniões com pessoas amadas.

d) tristeza, porque a família já não se reúne mais como costumava fazer


antigamente.

e) insatisfação, especialmente com a presença de estranhos, que querem misturar-


se à família.

1726) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

Minha avó gostava de festa. Minha mãe gosta de festa. Eu gosto de festa.
Quando penso em dar uma festa, meu coração se anima. Muitas vezes, no meio da
lista de convidados e acepipes, tenho vontade de desistir diante da trabalheira da
empreitada.
Respiro, me lembro das últimas festas que dei, penso na minha avó e na minha
mãe em seus mistos de alegria e tensão, e acabo seguindo em frente.
Há que comemorar, há que manter os bolos, as velas, os brindes.
Há que passar adiante o ―Parabéns pra Você‖, mesmo que no meio da canção tudo
pareça engraçado e sem sentido. Vale a pena. Nunca me arrependi de dar uma
festa. No mínimo, fico feliz de ver meus vários afetos misturados em minha casa,
conversando entre si, se juntando em tranças que retornam ao novelo do meu
coração.
Não sei direito o porquê, mas tenho especial prazer em ver o namorado da filha da
minha amiga em papo animado com a minha sogra, por exemplo. Improváveis
misturas humanas a partir de mim. Foi assim que meu pai fez amizade com a mãe
do segundo marido de minha mãe.
Tuta era uma senhora sacudida. Sempre de salto alto, se maquiava muito, punha
flores no cabelo, fazia discursos, cantava e tocava piano.
Tinha passado a maior parte da vida longe da família e foi resgatada por minha
mãe, que, inconformada e antes tarde do que nunca, decidiu presentear seu marido
com o reencontro emocionado com a mãe desgarrada. Tuta passou, então, a
frequentar as festas da família.
Conviveu com o filho, a nova nora e os parentes que pouco conhecia durante algum
tempo, até que Fernando se foi. Viúva, minha mãe herdou de seu amado a mãe
excêntrica, que continuou a fazer seus discursos, a tocar e a cantar nas festas lá de
casa até seus 98.
Um tempo depois da morte de Fernando, meu pai voltou a frequentar as festas.
Também afeito à cantoria, se juntou a Tuta nas canções e até declamavam poesias.
Em uma festa de aniversário que ela promoveu em seu pequeno apartamento na
Tijuca, minha mãe deu de cara com uma cena curiosa: os dois sozinhos na sala.
Tuta ao piano e meu pai já exibindo pela janela sua linda voz de tenor. Numa
manobra do destino, meu pai virou grande amigo da mãe do segundo marido de
minha mãe. A vida faz um bom crochê. As festas ajudam. Há que celebrar.
(Denise Fraga, Há que celebrar. http://www1.folha.uol.com.br/colunas. Acesso em: 24.07.2015.
Adaptado)

Os adjetivos destacados nas expressões – mãe excêntrica – e – mãe desgarrada


– significam, no contexto, respectivamente,
a) extraordinária e acanhada.
b) assanhada e desnaturada.
c) estourada e inconsequente.
d) extravagante e afastada.
e) esquisita e desrespeitosa.

1727) Concurso: Ag/Pref Poá/Administrativo/2015 Banca: VUNESP

(Charles M Schulz, Snoopy – Feliz dia dos namorados!)


É correto afirmar que a reação da garota aos comentários do menino indica que ela

a) tem um ponto de vista nada coerente com sua postura de acomodação.

b) revela sua falta de disposição para a aquisição de conhecimentos.

c) censura o uso de recursos tecnológicos, que não devem substituir a


aprendizagem.

d) se submete às condições impostas pela escola, que a obriga a estudar.

e) expressa seu receio de não saber nada, num futuro muito próximo.

1728) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

Leia os quadrinhos.

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, quanto ao emprego de


pronomes, a frase que completa adequadamente o balão do último quadrinho é:

a) Ele está engordando-os para mim comer.

b) Ele está engordando-lhes para eu comer.

c) Ele está engordando-os para eu comer.

d) Ele está engordando eles para mim comer.

e) Ele está engordando-lhes para mim comer.


1729) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

O lavrador

Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono
em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce
quando ainda se podiam requerer duas colônias de cinco alqueires ―na beira da
água grande‖ quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou,
queimou, plantou seu café.
Explica-me: ―Eu trabalho sozinho, mais o menino meu‖. Seu raciocínio quando veio
foi este: ―Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado,
devo ter direito‖. Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada:
―Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...‖
No começo, não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o
menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro.
[...]
Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse o mesmo tipo de feiura
triste do interior. [...] Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo,
diz que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas escritas
em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e tenho vergonha de
contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; digo que sou comerciante
em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o comércio é melhor que a lavoura;
que o lavrador se arrisca e o comerciante é que lucra mais; mas ele foi criado na
lavoura e não tem nenhum preparo. Endireita para mim o cigarro de palha que
estou enrolando com o fumo todo maçarocado. Deve ser de minha idade – mas
sabe muito mais coisas.
(Rubem Braga. 200 Crônicas Escolhidas, 2001. Adaptado)

No início e no final do texto, o narrador afirma que o ex-colono deveria ter a


mesma idade que ele, porém sabia muito mais coisas. Isso significa que o narrador

a) reconhece que as pessoas do interior são mais sinceras, pois não duvidam de
ninguém.
b) valoriza a vida no interior, em razão das muitas experiências que ela
proporciona.
c) considera sua profissão superior à do lavrador, mas este tem uma vida menos
sofrida.
d) ironiza a história de vida do lavrador, já que este estava vivendo em terras
ilegais.
e) lamenta ter vivido longe do interior, sobretudo por não gostar do trabalho que
realiza.
1730) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

O lavrador

Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono
em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce
quando ainda se podiam requerer duas colônias de cinco alqueires ―na beira da
água grande‖ quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou,
queimou, plantou seu café.
Explica-me: ―Eu trabalho sozinho, mais o menino meu‖. Seu raciocínio quando veio
foi este: ―Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado,
devo ter direito‖. Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada:
―Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...‖
No começo, não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o
menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro.
[...]
Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse o mesmo tipo de feiura
triste do interior. [...] Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo,
diz que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas escritas
em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e tenho vergonha de
contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; digo que sou comerciante
em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o comércio é melhor que a lavoura;
que o lavrador se arrisca e o comerciante é que lucra mais; mas ele foi criado na
lavoura e não tem nenhum preparo. Endireita para mim o cigarro de palha que
estou enrolando com o fumo todo maçarocado. Deve ser de minha idade – mas
sabe muito mais coisas.
(Rubem Braga. 200 Crônicas Escolhidas, 2001. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho destacado altera o sentido do


texto.
a) Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café. =
Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou o café dele.
b) ―Eu trabalho sozinho, mais o menino meu‖. = Eu trabalho sozinho, mais o meu
filho.
c) Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada... = Confessa que
sua posse até hoje ainda está irregular...
d) ... e tenho vergonha de contar que vivo de escrever papéis... = ... e fico
constrangido de contar que vivo de escrever papéis...
e) Endireita para mim o cigarro de palha que estou enrolando... = Põe na minha
mão direita o cigarro de palha que estou enrolando...
1731) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

O lavrador

Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono
em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce
quando ainda se podiam requerer duas colônias de cinco alqueires ―na beira da
água grande‖ quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou,
queimou, plantou seu café.
Explica-me: ―Eu trabalho sozinho, mais o menino meu‖. Seu raciocínio quando veio
foi este: ―Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado,
devo ter direito‖. Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada:
―Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...‖
No começo, não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o
menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro.
[...]
Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse o mesmo tipo de feiura
triste do interior. [...] Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo,
diz que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas escritas
em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e tenho vergonha de
contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; digo que sou comerciante
em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o comércio é melhor que a lavoura;
que o lavrador se arrisca e o comerciante é que lucra mais; mas ele foi criado na
lavoura e não tem nenhum preparo. Endireita para mim o cigarro de palha que
estou enrolando com o fumo todo maçarocado. Deve ser de minha idade – mas
sabe muito mais coisas.
(Rubem Braga. 200 Crônicas Escolhidas, 2001. Adaptado)

O raciocínio do lavrador, expresso no segundo parágrafo, tem equivalente de


sentido e redação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:

a) Vou tratar de cair na mata, porque ela é do governo, e eu sou filho do Estado,
portanto devo ter direito a ela.
b) Vou tratar de cair na mata, embora ela é do governo, e eu sou filho do Estado,
porque devo ter direito nela.
c) Vou tratar de cair na mata, enquanto ela é do governo, e eu sou filho do Estado,
pois devo ter direito dela.
d) Vou tratar de cair na mata, ainda que ela é do governo, e eu sou filho do Estado,
então devo ter direito sobre ela.
e) Vou tratar de cair na mata, já que ela é do governo, e eu sou filho do Estado,
todavia devo ter direito sob ela.
1732) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

O lavrador

Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono
em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce
quando ainda se podiam requerer duas colônias de cinco alqueires ―na beira da
água grande‖ quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou,
queimou, plantou seu café.

Explica-me: ―Eu trabalho sozinho, mais o menino meu‖. Seu raciocínio quando veio
foi este: ―Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado,
devo ter direito‖. Confessa que sua posse até hoje ainda não está legalizada:
―Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...‖

No começo, não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o
menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro.
[...]

Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse o mesmo tipo de feiura
triste do interior. [...] Volta a falar de sua terra e desconfia que eu sou do governo,
diz que precisa passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas coisas escritas
em um papel valem muito. Pergunta pela minha profissão, e tenho vergonha de
contar que vivo de escrever papéis que não valem nada; digo que sou comerciante
em Vitória, tenho um negocinho. Ele diz que o comércio é melhor que a lavoura;
que o lavrador se arrisca e o comerciante é que lucra mais; mas ele foi criado na
lavoura e não tem nenhum preparo. Endireita para mim o cigarro de palha que
estou enrolando com o fumo todo maçarocado. Deve ser de minha idade – mas
sabe muito mais coisas.

(Rubem Braga. 200 Crônicas Escolhidas, 2001. Adaptado)

Observe as passagens do texto.

―Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...‖ (segundo parágrafo)

―...digo que sou comerciante em Vitória, tenho um negocinho.‖ (quarto parágrafo)

Considerando o contexto em que os termos estão empregados, o aumentativo e o


diminutivo dos substantivos indicam respectivamente:
a) um rio de volume de água considerável, visto com desdém pelo lavrador / um
estabelecimento comercial simples, mas rentável.
b) um rio com volume de água acima do normal, visto como um desafio pelo
lavrador / um estabelecimento comercial com ótima rentabilidade.
c) um rio normal, visto como um espaço de águas encantadoras pelo lavrador / um
estabelecimento comercial com parcos rendimentos.
d) um rio de grande volume de água, visto como um perigo pelo lavrador / um
estabelecimento comercial de pequeno alcance financeiro.
e) um rio de águas intransponíveis, visto com medo extremo pelo narrador / um
estabelecimento comercial à beira da falência.

1733) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

Assinale a alternativa em que os verbos estão empregados de acordo com a norma-


padrão da língua portuguesa.

a) Se o senhor tem de ir a Linhares, leve seu filho. E, quando ir, faça uma boa
viagem.
b) Se o senhor tiver de ir a Linhares, leve seu filho. E, quando for, faça uma boa
viagem.
c) Se o senhor ter de ir a Linhares, leve seu filho. E, quando vai, faça uma boa
viagem.
d) Se o senhor terá de ir a Linhares, leve seu filho. E, quando ir, faça uma boa
viagem.
e) Se o senhor tenha de ir a Linhares, leve seu filho. E, quando vai, faça uma boa
viagem.

1734) Concurso: Ag/Pref Arujá/Fiscalização de Trânsito/2015 Banca: VUNESP

Leia o texto.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com:

a) onde ... de
b) à onde ... em
c) aonde ... em
d) onde ... a
e) aonde ... de

1735) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

Leia a charge.

Considerando o contexto global da charge, é correto concluir que o chargista faz


uma crítica

a) à sinalização inadequada das rodovias que ligam os estados brasileiros.

b) à imprudência dos motoristas que falam ao celular enquanto dirigem.

c) à má conservação de aspectos da infraestrutura das rodovias no Brasil.

d) aos motoristas que dirigem em alta velocidade mesmo em vias perigosas.

e) ao despreparo dos motoristas que não sabem interpretar os sinais de trânsito.


1736) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

„Você deságua em mim, e eu, oceano‟

Sempre ouço música com o encarte do disco nas mãos. Quero saber de quem é o
arranjo, quem toca e quem compôs. As letras merecem atenção especial. Nada de
preocupação com ―erros‖ de português. Quero captar a mensagem, alcançar a
beleza da tessitura do texto.

E o ―grande público‖? Será que dá importância às letras? Será que presta atenção
ao enredo, à tessitura, à construção das orações e dos períodos, ao sentido das
letras? Sei não... O pior é que nem mesmo grandes cantores escapam da
demonstração de desprezo pelo texto.

Quer exemplos, caro leitor? Vamos lá. Em sua genial ―Oriente‖, de 1972, Gilberto
Gil escreveu: ―Se oriente, rapaz, (...) pela constatação de que a aranha vive do que
tece‖. No ano seguinte, uma das nossas maiores cantoras gravou a canção, desta
forma: ―Se oriente, rapaz, (...) pela constatação de que a aranha duvido que tece‖.
Isso faz sentido?

Djavan compôs algumas maravilhas, entre as quais ―Oceano‖, em cuja letra se


encontra esta passagem: ―Amar é um deserto e seus temores‖. Dia desses, um
amigo me mostrou alguma coisa da internet em que as pessoas dizem como
cantam certas canções, como entendem as letras. Na compreensão de muitas
dessas pessoas, esse trecho de ―Oceano‖ virou isto: ―Amarelo é o deserto e seus
temores‖.

Ainda nessa letra, há uma passagem que diz isto: ―Você deságua em mim, e eu,
oceano, esqueço que amar é quase uma dor‖. Nem vou dizer como muita gente
entende esses versos. A questão é simples: assim como o rio deságua no mar, você
(ser amado) deságua em mim, portanto eu sou oceano, ou seja, o receptor da água
desse rio que você é. E isso tudo me faz esquecer que amar é quase uma dor.

(Pasquale Cipro Neto, www.folha.uol.com.br, 21.05.2015. Adaptado)

Com os exemplos apresentados nos três últimos parágrafos, o autor defende o


ponto de vista de que

a) uma letra com erros gramaticais está sujeita a ser incompreendida, tanto pelo
público quanto pelo intérprete.

b) a obscuridade de certas letras de músicas faz com que surjam versões alterando
seu sentido original.

c) as pessoas, de modo geral, parecem não se esforçar para compreender o sentido


veiculado pelas canções.
d) o grande público, por desconhecimento da gramática, tende a alterar letras de
música rebuscadas.

e) o grande compositor deve cuidar da construção das frases para evitar


interpretações ambíguas.

1737) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

„Você deságua em mim, e eu, oceano‟

Sempre ouço música com o encarte do disco nas mãos. Quero saber de quem é o
arranjo, quem toca e quem compôs. As letras merecem atenção especial. Nada de
preocupação com ―erros‖ de português. Quero captar a mensagem, alcançar a
beleza da tessitura do texto.

E o ―grande público‖? Será que dá importância às letras? Será que presta atenção
ao enredo, à tessitura, à construção das orações e dos períodos, ao sentido das
letras? Sei não... O pior é que nem mesmo grandes cantores escapam da
demonstração de desprezo pelo texto.

Quer exemplos, caro leitor? Vamos lá. Em sua genial ―Oriente‖, de 1972, Gilberto
Gil escreveu: ―Se oriente, rapaz, (...) pela constatação de que a aranha vive do que
tece‖. No ano seguinte, uma das nossas maiores cantoras gravou a canção, desta
forma: ―Se oriente, rapaz, (...) pela constatação de que a aranha duvido que tece‖.
Isso faz sentido?

Djavan compôs algumas maravilhas, entre as quais ―Oceano‖, em cuja letra se


encontra esta passagem: ―Amar é um deserto e seus temores‖. Dia desses, um
amigo me mostrou alguma coisa da internet em que as pessoas dizem como
cantam certas canções, como entendem as letras. Na compreensão de muitas
dessas pessoas, esse trecho de ―Oceano‖ virou isto: ―Amarelo é o deserto e seus
temores‖.

Ainda nessa letra, há uma passagem que diz isto: ―Você deságua em mim, e eu,
oceano, esqueço que amar é quase uma dor‖. Nem vou dizer como muita gente
entende esses versos. A questão é simples: assim como o rio deságua no mar, você
(ser amado) deságua em mim, portanto eu sou oceano, ou seja, o receptor da água
desse rio que você é. E isso tudo me faz esquecer que amar é quase uma dor.

(Pasquale Cipro Neto, www.folha.uol.com.br, 21.05.2015. Adaptado)


O termo preocupação, no contexto do primeiro parágrafo, é empregado com o
sentido de
a) descuramento.
b) anuência.
c) resignação.
d) condescendência.
e) atenção.

1738) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:

a) O encarte do disco contém informações acerca de arranjadores, intérpretes e


compositores, as quais despertam o interesse do autor.

b) Alguns cantores não se atém ao enredo original da canção que interpretam, pois
importam-lhes mais a melodia.

c) O autor questiona se a maior parte do público sabe apreciar devidamente as


canções com que estão habituadas.

d) Na internet, tornaram-se popular os sites que apresentam interpretações


equivocadas para canções famosas.

e) A interpretação da letra de Djavan recebeu um sem-número de comentários,


dos quais se destacou alguns muito elogiosos.

1739) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

Leia a tira.
A afirmação da personagem no primeiro quadrinho, a respeito de toda mãe achar
que o filho seja um gênio, é

a) justificada no segundo quadrinho.

b) generalizada no segundo quadrinho.

c) refutada no terceiro quadrinho.

d) ratificada no terceiro quadrinho.

e) contestada no terceiro quadrinho.

1740) Concurso: Ass Jur/Pref Arujá/2015 Banca: VUNESP

O Rio

O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio corria pela planície,
contornando árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por
grama verde e macia.

O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando que, lá, ele lhe desse a
mesma beleza. Mas o que aconteceu foi sua casa ser inundada e suas coisas
levadas pela água.

O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe falam das belezas que antes
admirava, ele diz que não se lembra. Não se lembra das planícies, das grandes
pedras, dos reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas da sua
casa alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.

(Oswaldo França Júnior. As laranjas iguais, 1985)

Com relação ao rio, a casa, em contraste com planície, está corretamente


interpretada como símbolo de

a) aconchego à natureza.

b) lugar próprio para descanso.

c) inovação tecnológica.

d) cerceamento da liberdade.

e) inexistência da individualidade.

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