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Nesta nova era, típica das sociedades
desenvolvidas, o objetivo dos serviços de
saúde passa do curar (cure) para o cuidar
(care).
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A preocupação passa a ser de reduzir o
impacto da doença em termos de dor,
desconforto, incapacidade e outros aspetos do
estado de saúde.
→
Este aspeto é relevante sobretudo nos idosos.
Nos países desenvolvidos, 80 a 90% dos
óbitos têm mais de 65 anos; em Portugal, em
2018, 85% dos óbitos tinham mais de 65 anos.
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DGS | Plataforma da Mortalidade
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https://www.pordata.pt/publicacoes/infografias/causas+de+morte-289 9
Causes of death: Global Burden of Disease Study 2015 (2:15)
https://www.youtube.com/watch?v=ERvFgjBHizo&ab
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O contexto social da doença
A doença, seja ela qual for, não pode ser
compreendida sem analisar o contexto social,
ecológico, epidemiológico e evolutivo em que aparece
e se desenvolve.
Estar doente pode dever-se a outros fatores que não
apenas os biomédicos. Em situação de consulta, há
quem indique como causas para o seu mal-estar
diversas razões (familiares, profissionais, etc.).
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6.2. Estilos de vida em saúde
São vários e conhecidos os fatores que podem influenciar
a saúde de pessoas e comunidades, usualmente
designados por determinantes da saúde.
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FONTE: SNS, Retrato da Saúde, 2018, página 11.
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Em Portugal, a informação oficial sobre a área da
Saúde pode encontrar-se no site da Direção Geral
da Saúde (DGS). Nele, são identificados fatores
(determinantes) como o local de residência, o meio
ambiente, o estilo de vida, a genética, a educação,
o nível socioeconómico ou a rede social de apoio.
Destes determinantes, importa destacar os Estilos
de Vida (p.ex: alimentação, atividade física, sono,
gestão de stresse ou tabagismo), que representam
em si uma importante oportunidade de promoção da
saúde.
Fonte: www.dgs.pt
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A obtenção de ganhos em saúde pela adoção de
estilos de vida saudável surge como uma
oportunidade de influenciar positivamente a saúde,
sobretudo no que respeita às doenças crónicas não
transmissíveis.
A adoção de um Estilo de Vida Saudável deve ser
vista como uma oportunidade e um desafio da
pessoa, da família e da comunidade, pela
possibilidade de ter uma atitude preventiva no que
diz respeito à saúde.
Fonte: www.dgs.pt
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Importa então promover o aumento da literacia em
saúde, ter pessoas e comunidades ativadas e
capacitadas por forma a criar condições que favoreçam
a tomada de decisões críticas face às suas opções.
A Carta de Ottawa para Promoção da Saúde (1986) e os
documentos subsequentes sobre este tema, realçam a
importância de pensar a saúde em todas as políticas,
dos ambientes saudáveis, dos estilos de vida saudável e
da necessidade de orientação dos serviços de saúde
para a prevenção de doenças e promoção da saúde
(OMS, 2017).
Fonte: www.dgs.pt
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6.3. O papel de doente e os tipos
de doentes
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três perspetivas de doença:
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Na posse da informação que lhe é dada pelo médico, o
doente “constrói” a sua explicação para a doença, dando
um sentido aos termos que reteve da consulta, mais
conforme com a linguagem que lhe é familiar.
Na reutilização dos termos médicos no discurso do doente,
é possível distinguir a “doença do médico” e a “doença do
doente” (com linguagens, culturas e conceitos diferentes).
Um fenómeno recente e muito interessante é que há cada
vez mais quem chegue à consulta com o diagnóstico já
feito (com recurso às novas tecnologias) → cibercondria
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Deveres
Papel de doente Papel do profissional
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Segundo Freidson (1970), a
experiência do papel de doente varia
em função do tipo de doença, pois as
reações das pessoas a uma pessoa
doente são influenciadas pela
gravidade da doença e pela sua
perceção desse facto.
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Nesse sentido, Freidson fala de 3 tipos de
doentes:
➔ condicional (temporário) - Espera-se que a pessoa
doente «fique melhor», e ela recebe alguns direitos e
privilégios em função da gravidade da doença.
➔ legitimado incondicionalmente (crónico) - Dado a
pessoa doente nada poder fazer para recuperar a saúde,
ela tem automaticamente direito a desempenhar o papel
de doente.
➔ ilegítimo (estigmatizado) - Nestes casos, há a noção
de que o indivíduo pode de alguma forma ser
responsável pela doença, não lhe sendo reconhecidos
direitos e privilégios adicionais
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Novas conceções do doente
https://www.pordata.pt/Tema/Portugal/Sa%C3%BAde-12
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Retrato da Saúde (Portugal), 2018
PRINCIPAIS CONCLUSÕES:
⚫ O estado de saúde da população portuguesa melhorou
consideravelmente ao longo das últimas décadas.
⚫ Os portugueses vivem mais anos, sendo a esperança de
vida superior à média da União Europeia.
⚫ Isto deve-se às melhores condições de vida, mas
também ao facto de os cidadãos passarem a ter tido mais
e melhor acesso aos cuidados de saúde.
⚫ Por outro lado, o progresso da medicina e da tecnologia
refletiram-se positivamente nos medicamentos e nas
terapêuticas, que são, hoje, mais inovadores e eficazes.
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⚫ Todas estas evoluções, associadas à profunda
mudança de perfil demográfico e epidemiológico do
país, tiveram um forte impacto na sociedade.
Atualmente, e tal como acontece com os chamados
países desenvolvidos, deparamo-nos com problemas
de saúde bem diferentes daqueles que enfrentávamos
há uns anos.
⚫ Se, por um lado, o envelhecimento da população
conduz ao aumento de doenças crónicas, por outro,
adotámos também novos estilos de vida, com
comportamentos que determinam fortemente o estado
da nossa saúde.
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⚫ As doenças crónicas são responsáveis por 80% da
mortalidade nos países europeus, sendo as afeções do
aparelho circulatório as principais causas de mortalidade.
⚫ A incidência e prevalência destas doenças é condicionada por
fatores de risco individuais e sociais, dos quais se
destacam: >Excesso de peso; >Hábitos alimentares
inadequados; >Sedentarismo; >Tabagismo; >Alcoolismo.
⚫ De acordo com o Global Burden of Disease, em 2016, em
Portugal, cerca de 41% do total de anos de vida saudável
perdidos por morte prematura poderia ter sido evitado se
fossem eliminados os principais fatores de risco modificáveis.