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Cefaleias secundarias
• Pós-trauma de crânio e/ou cervical
• Doença vascular craniana ou cervical
• Doença não vascular intracraniana
• Uso/exposição a drogas e substancias
• Por infecção
• Por transtorno da homeostase
• Por transtorno do crânio, pescoço, olhos, ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca e articulação
temporomandibular
• Por transtorno psiquiátrico
• Neuralgias craniais, dor facial central e dor facial idiopática
• Cefaleias, neuralgias cranianas e dores faciais não classificáveis
Neuralgia trigeminal
• Cefaleia/ dor orofacial intensa, lancinante, tipicamente em pontada/ choques
elétricos de início e términos súbitos, ate 2 minutos, limitada a distribuição de
uma ou mais divisões do nervo trigêmeo. (geralmente acomete mais V2 e V3)
• Desencadeada por fatores nocivos ou não nocivos, como o tato, vento,
mastigas ou falar
• Dividida em
o Neuralgia idiopática
o Neuralgia trigeminal clássica
o Neuralgia secundaria
NT clássica
• Causada por um conflito neurovascular, mais frequentemente a
artéria cerebelar superior, causa a compressão da saída do nervo
trigêmeo no tronco encefálico
NT secundaria
• Causa associada a esclerose múltipla
• Paciente jovem com quadro de dor lancinante, não relata melhora, não tem conflito neurovascular, na RM
visualizamos desmielinização na saída do nervo trigêmeo
Diagnostico
• Eminentemente clinico
• Necessidade de realização de exame de imagem para descartar NT secundarias
• Exame indicado é a RM de crânio, com necessidade de incluir sequencia 3DCISS, (balance) ou FIESTA-C, pois
esta é uma sequência onde conseguimos visualizar a saída do nervo trigêmeo. A RM cortes clássicos, não
identificada a saída do vaso
Tratamento
• Carbamazepina e Oxcarbamapina são drogas de escolha no tratamento clinico
o Oxcarbamapina gera menos hiponatremia e sintomas de letargia, se idoso preferir esse
medicamento
• Se presença de alça vascular comprimindo o nervo, o tratamento é cirúrgico
• Drogas coadjuvantes incluem baclofeno, pregabalina, lamotrigina
Quadro clinico
• Cefaleia (na área parietotemporal) + perda do campo visual com ou sem
oftalmoparesia + pacientes > 50 anos → tríade clássica
• Cefaleia descrita como “dor surda”, penetrante, “furando gelo”
predominantemente em região de artéria temporal
• Claudicação mandibular está presente em 50% dos casos
• Alodinea em região de couro cabeludo, com dificuldade de pentear o cabelo ou colocar a cabeça sobre o
travesseiro
• Pior a noite, e em situação de frio
• Associa-se a sintomas sistêmicos, tais como perda de peso, fadiga, febre e mialgia difusa
Diagnostico
• Clinica + aumento do VHS (normalmente > 50)
• A confirmação só é feita com biopsia de artéria temporal
• US de artéria temporal pode corroborar o diagnostico (exame menos invasivo), demonstrando fluxo
turbulento ou oclusão de artéria, com sinais de inflamação de parede do vaso
• O não aumento do VHS, não exclui o diagnostico
Tratamento
• Pulsoterapia com meilprednisolona 1g ev por 3 dias
• Prednisona 80 mg por 4 semanas, com desmame progressivo de 20mg por semana a partir da 5 semana
• Principal causa de perda de visão reversível em paciente > 50 anos, devido a neuropatia optica isquêmica. O
principal ponto de diagnostico precoce é evitar que o paciente perda a visão
Quadro clinico
• Cefaleia de forte intensidade, progressivo, com náusea, vomito e
alterações visuais. Associado a edema de papila
• Cefaleia forte intensidade, refrataria e analgesia + crise convulsiva
• Cefaleia forte intensidade, evoluindo para confusão mental e
rebaixamento do nível de consciência. Fundo de olho com edema papilar
• Cefaleia + dor a movimentação ocular. Fundo de olho com edema de papila
• Tríade: mulher jovem, cefalia súbita refrataria, em uso de ACO + edema papilar
Fisiopatologia
Desequilíbrio de drenagem venosa cerebral, devido a processo trombótico que impede a drenagem do sangue pelos
seios venosos cerebrais, levando a um extravasamento do liquido para o interstício, edema cerebral e dificuldade de
oxigenação/isquemia cerebral
Diagnostico
• TC de crânio, sinais indiretos de papiledema. Sinal do
delta vazio, ou espessamento do seio transverso
• Angio RM venosa: padrão ouro → haverá falha de
enchimento dos seios transversos
Tratamento
• Anticoagulação plena com heparina de baixo peso molecular, ou heparina não fracionada – na fase aguda
• Manter anticoagulação via oral por pelo menos 6 meses
• Solicitar fatores de trombofilia antes de iniciar o tratamento
• Se comprovado TVC devido ao uso de anticoncepcional oral, suspender medicação
Quadro clinico
• Cefaleia em região cervical com irradiação para região occipital
• Moderada intensidade, geralmente associado a náusea, vomito refratários, assim como tontura e vertigem
refratário
• Incoordenação de caminhar
• Embaçamento visual
• Sintoma predominantemente é de dor cervical que irradia para a região occipital com sintomas associados
Diagnostico
• Padrão ouro: RM de crânio + angio RM
• Sinal da chama de vela”
Fisiopatologia
• Laceração interna da artéria provoca o acumulo de sangue
entre a camada que sofreu a laceração e sua camada muscular
externa, levando a formação de um coagulo no local, isquemia
e dor constante
Tratamento
• Dupla anti-agregação com AAS e Clopidogrel por 90 dias
• Evitar trauma cervical, movimentos bruscos da região cervical
• Controle de fatores de risco
• Investigação de doenças associadas
Quadro clinico
• Cefaleia “pior da vida”
• Pico em ate 1 minuto
• “padrão thunder clap”
• Pode acontecer após esforço físico extenso, inclusive atividade sexual
• Visão dupla
• Dor orbicular/vermelhidão facial
• Evolui com rebaixamento do nível de consciência
Diagnostico
• Tomografia de crânio: exame de escolha na suspeita clínica na emergência
• LCR: indicado em paciente com alta suspeita clinica porem com exame de imagem normal. Indicado nas
primeiras 6h, após esses períodos, baixa sensibilidade
• Angiotomogragia arterial: evidencia a presença de aneurisma ou má formações
• Angiografia: padrão ouro
Complicações
• Vasoespasmo: pico de 4 a 21 dias após evento, profilaxia com nimodipino 60 mg 4/4h
• Resangramento: pico nas primeira 72h. profilaxia com controle pressórico adequado, meta até 130mmHg
• Hidrocefaleia aguda: controle pressórico adequado, se presente, há necessidade de abordagem cirúrgica de
emergência
Tratamento
• Nicardipina IV, se a pressão arterial media for >130mmHg
• Nimodipina 60ml 4/4h para prevenir vasoespasmo
• Oclusão de aneurisma causador (cirúrgico x endovenoso)
• Manter euvolemico, normotenso e evitar hipoxemia