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Dora é aluna do 2º ano de medicina. Está voltando das férias com sua família e está muito
ansiosa para retomar suas atividades e rever, Regina, a ACS com que trabalhava. Preocupada,
pergunta para a recepcionista, que informa que Irene não vem trabalhar faz 3 dias, pois está
doente.
Após consultar sua preceptora, resolve ir visitá-la. Dora se solidariza com a situação atual de
irene. Irene sustenta dois filhos, nora e neto agora sozinha, pois, o filho, que tinha o maior
salário da família, perdeu o emprego há duas semanas.
Regina contou que se sente deprimida e há uma semana começou a apresentar episódios de
diarreia progressivamente mais frequentes, primeiro pensou que tivesse comido algo que lhe
fez mal, seguiu o conselho de uma vizinha e começou a comer mais fibras, o que piorou um
pouco a situação, agora tem diarreias com períodos de obstipação intestinal.
Sente que sua digestão varia entre fases de lentidão, quando tem náuseas e vômitos, para
aumento dos ruídos intestinais, associados com flatulência e fezes líquido-pastosas. Contou
que perdeu aproximadamente quatro quilos, que ficou com vergonha de passar em consulta
na UBS, porque havia faltado vários dias no trabalho e que ao passar na UPA pegou uma
receita de omeprazol.
No caminho de volta, Dora pensa como poderia ajudar sua amiga e lembrou de uma tia que
sempre está muito estressada e que tem os mesmos sintomas.
Palavras desconhecidas:
Obstipação intestinal; termo médico usado quando o paciente não consegue eliminar
fezes por mais de 4 dias.
Omeprazol; medicamento protótipo da classe dos inibidores da bomba de protões,
que diminuem a secreção gástrica alterando a atividade da H⁺/K⁺-ATPase.
É usado para tratar úlceras gástricas (estômago) e duodenais (intestino) e
refluxo gastresofágico (quando o suco gástrico do estômago volta para o
esôfago). Muitas vezes o omeprazol é usado também na combinação com
antibióticos para tratar as úlceras associadas às infecções causadas pela bactéria
Helycobacter pylori.
Ruídos intestinais;
Flatulência.
Problemas:
Objetivos de aprendizagem:
ANATOMIA;
O sistema digestório inicia com a cavidade oral (boca e faringe), que servem de
receptáculo para a comida (FIG. 21.1a). O alimento ingerido entra no trato
gastrintestinal (trato GI), que consiste em esôfago, estômago, intestino delgado
e intestino grosso.
O trato GI é um longo tubo com paredes musculares alinhadas por um epitélio
secretor e transportador (p. 150).
INTESTINO HISTOLOGIA:
Fonte:
Os reflexos longos podem se originar no SNE ou fora dele, mas são integrados no
SNC. (p. 664; Fig. 21.5)
Vomito:
Ato do Vômito. Uma vez que o centro do vômito tenha sido suficientemente estimulado
e instituído o ato do vômito, os primeiros efeitos são:
(1) respiração profunda,
(2) elevação do osso hioide e da laringe para a abertura do esfíncter esofágico
superior,
(3) fechamento da glote para impedir o fluxo de vômito para os pulmões
(4) elevação do palato mole para fechar as narinas posteriores. Em seguida, ocorrem
forte contração do diafragma e contração simultânea dos músculos da parede
abdominal. Isso comprime o estomago entre o diafragma e os músculos abdominais,
elevando a pressão intragástrica a alto nível.
A mucosa do intestino grosso, como a do intestino delgado, tem alta capacidade de absorver,
ativamente, sódio, e a diferença de pote ncial elétrico gerada, pela absorção do sódio,
promove absorção de cloreto. Os complexos funcionais, entre as células epiteliais do epitélio
do intestino grosso, são muito menos permeáveis que os do intestino delgado. Isto evita a
retrodifusão significativa de íons, através dessas junções, permitindo, assim, que a mucosa do
intestino grosso absorva íons sódio — isto é, contra gradiente de concentração bem maior —
diferentemente do que ocorre no intestino delgado. Isto é especialmente verdadeiro na
presença da aldosterona porque o hormônio intensifica, bastante, a capacidade de transporte
de sódio.
Além disso, como ocorre na porção distai do intestino delgado, a mucosa do intestino grosso
secreta íons bicar bonato enquanto absorve, simultaneamente, número igual de íons cloreto,
em processo de transporte por troca já descrito antes. O bicarbonato ajuda a neutralizar os
produtos ácidos da ação bacteriana no intestino grosso. A absorção de íons sódio e cloreto cria
um gradiente osmótico, através da mucosa do intestino grosso, o que, por sua vez, leva à
absorção de água.
Fonte: TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA GUYTON E HALL 12 EDIÇÃO
Hormonal: