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CELSO SILVA
CIRURGIA do Esófago
Estabelece a conexão entre a fase oral da digestão com a fase gástrica da
digestão (entre a boca e o estomago) - Órgão de passagem/transporte.
ESOFAGECTOMIA SUBTOTAL
ESOFAGECTOMIA TOTAL
(PERGUNTA DE FREQUÊNCIA)
1. ESTOMAGO
2. COLON
3. INTESTINO DELGADO
Estômago
Ação química do ácido clorídrico. Meio estomacal é estritamente ácido.
Vão ser ainda mais destruídos para originar o quimo. Após começar a
apresentar uma constituição pastosa passa para o duodeno.
Carcinoma do Estomago
As gastrectomias subtotais e totais têm a sua maior incidência para o
tratamento do câncer gástrico.
GASTRECTOMIA TOTAL
GASTRECTOMIA SUBTOTAL
Acalásia
Fisiopatologia: Estenose do esfíncter esofágico inferior.
Úlcera péptica
Pode ser úlcera duodenal, gástrica ou outros.
HP +
1. Estenose Pilórica
2. Perfuração
3. Hemorragia
HP –
Hiperplasia das células G do antro
Tumores neuroendocrinos do pâncreas ou do duodenal
Recorre-se:
Tratamento cirúrgico
Gastrectomia total
Úlcera Gástrica
HP +: tratamento cirúrgico
HP -: gastrectomia total (cirurgia paliativa)
I – Resseção
Consiste na remoção de um segmento intestinal doente. Podem ser
oncológicas.
II – Reparação
Lesão qualquer que é possível reparar, ou seja, á uma solução de
continuidade.
III – Derivação
JEJUNOSTOMIA:
ILEOSTOMIA:
Apendicite aguda fleimonosa (se não for feito o diagnóstico com antecedencia,
a estase prolifera para bacterias provocando uma infeção)
Choque séptico
Morte
PATOLOGIA II DR.
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CELSO SILVA
DII
Só começamos a ter doença inflamatória do intestino quando
começamos a adotar tipos de alimentação do externas – doença do
envolvimento. Normalmente aparece na fase final dos teenagers
prolongando até o resto da vida.
COLITE ULCEROSA
o Só atinge a mucosa do colon e do reto e do terço superior do
ânus.
o Tem cura pois podemos viver sem reto
Colonostomia
Ferimentos anorretocólicos
Obstrução mecânica de causas diversas
Perfurações não traumáticas de segmentos cólicos
Amputação abdominoperineal do reto
Lesões inflamatórias do colon distal
PATOLOGIA II DR.
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CELSO SILVA
Cirurgia anorretal
Linha pectínea
Transição do epitélio simples para o epitélio estratificado. Começa a
colite Ulcerosa
Levantador do Ânus
Limite inferior do soalho pélvico. Constituído por três feixes.
Fleimão Perianal
Os detritos do globo fecal que ficam no canal anal podem entupir as
glândulas anais podendo criar uma infeção, excitando o pretan devido ao
aumento das glândulas.
Fistulas perianais
A principal causa de uma fistula é o fleimão maltratado. Temos três tipos
de fistulas:
Fistula subesfíncterianais
Fistula transesfinterianais
Fistula supraesfinterianais
Hemorroidas
As hemorroidas, dilatações anorretais, são as afeções proctológicas mais
frequentes.
INTERNAS
EXTERNAS
Órgãos anexos
Cirurgia do Fígado
Existe três tipos de cirurgia hepática: (vem em frequência)
Resseção
Reparação
Derivação
Cirurgia do pâncreas
Pancreatite é considerada benigna. Os tumores neuroendócrinos são
malignos. Produz suco pancreático.
Pancreatite aguda
o Edematosa (edemas) (tratada em regime de enfermaria com
pausa alimentar e soroterapia)
Pancreatite crónica
o Provocada por obstrução dos cálculos ou por
desenvolvimento da pancreatite aguda
o Complicações pseudoquistos pancreáticos (o seu crescimento
pode criar compressões locorregionais)
o As grandes queixas da pancreatite crónica são:
Diabetes Insulinodependentes
Insuficiência exócrina: metabolização do quilo
Dor crónica
Adenocarcinoma
Tumores neuroendócrinos
Cirurgia do baço
Doenças hematológicas
o HEMOGLOBINOPATIAS
Esferocitose
Eliptocitose
Doenças traumáticas
Doenças oncológicas
o Linfomas no baço
Fisiopatologia cirúrgica
SIRS: Resposta inflamatória própria podendo ser
positiva para o organismo
As operações cirúrgicas são alterações traumáticas.
Não só corrigir, mas também tratar a operação cirúrgicas CARS: é uma síndroma de resposta anti-
executada no corpo humano inflamatória compensatória
SIRS + CARS = MARS: Síndroma de resposta
O trauma em geral é o traumatismo cirúrgico – Cuidados antagónica mista
Intensivo 3. Componentes associados – não decorre diretamente do
Um acidente traumático ou uma operação cirúrgica é uma trauma, mas influenciam a resposta corporal ao mesmo.
agressão ao corpo humano – resposta endócrino metabólica
Consequências
ao trauma
1. Vasoconstrição – Esplâncnica - com isquemia intestinal
Resposta endócrino metabólica ao e translocação bacteriana
Renal – IRA pré-renal;
trauma Periferia – morte celular – edema e lesão da
microcirculação – CHOQUE IRREVERSIVEL
O trauma anatómico, acidental ou cirúrgico, desencadeia lise
celular, libertação de mediadores inflamatórios e ativação 2. Catabolismo proteico e hiperglicemia
imunológica perda de massa muscular – síndrome do imobilismo,
dificuldade respiratória
A resposta orgânica consiste numa serie de reações no proteínas de fase aguda – queda na produção de
sentido de restaurar a homeostase, de forma gradual anticorpos – IMUNOSSUPRESSÃO
progressiva e previsível.
3. Inflamação pulmonar – quebra da barreira alveolo-
Componentes biológicos do trauma capilar com ativação de macrófagos e lesão do
pneumócito tipo II, que conduz a disfunção do
1. Componentes primários – a nossa ação como cirurgiões
surfactante e a ARDS (síndrome de disfunção
que executam agressão sobre os tecidos
respiratória aguda)
Lesão dos tecidos – inerente ao trauma cirúrgico
Lesão de órgãos específicos – perda parcial ou total
4. Lesão endotelial – com inibição da quimiotaxia,
de funções
libertação de óxido nítrico e vasoplegia
Lesão vascular – rutura de vasos com hematoma ou
hemorragia e redução do volume circulante
5. Coagulação – aumento do consumo, fribinolise, CIVD
(coagulação intravascular disseminada), trombose
2. Componentes secundários – reações do organismo á
microvascular e perpetuação da isquemia
nossa agressão cirúrgica. Reações de adaptação ou
complicações das alterações induzidas pelos
componentes primários.
Equilíbrio hidro-eletrolítico e
Acidobásico
Alterações endócrinas
Alterações hemodinâmicas
Infeções Determinantes das alterações hídricas e
Falência multiorgânica eletrolíticas
Resposta do organismo á agressão
Ação de vários órgãos endócrinos 1. Perdas hídricas intrínsecas
Infeções o Perdas sanguíneas
Falência multiorgânica: não foi corregido de forma o Perdas insensíveis (ventilatórias e pelo peritoneu
adequada aberto)
Dor o Perdas gastrointestinais
Medo e ansiedade
Hipertermia/Hipotermia 2. Uso de diuréticos
Queda do volume circulante efetivo o Uso de soluções parenterais
Imobilização prolongada o Isotónicas – soluções fisiológicas
Alterações das concentrações de O2, CO2 e H+ o Hipotónicas – soluções glicosadas e lactato de Ringer
Jejum prolongado
Principais alterações
Alterações inerentes ao uso de gases anestésicos
PATOLOGIA II DR.
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1. Distúrbios do sódio e água corporal assistência integral individualizada a doentes gravemente
Hiponatremia – situações patológicas de base enfermos, com otimização terapêutica pelo menor tempo
Hipernatremia – choque hipovolémico, perdas possível, evitando lesões secundárias decorrentes da
insensíveis, febre, uso de diuréticos osmóticos hospitalização
(neurocirurgias), diabetes insípida
2. Distúrbios do potássio
Hipocaliémia – perda de potássio – diuréticos, alcalose,
bicarbonatos, glicoinsulina, β2 agonistas
Hipercaliémia – acidose metabólica, IRA ou IRC,
diuréticos poupadores de potássio, IECAS, β
bloqueadores, digitálicos, reposições excessivas
3. Outros
Alterações do cálcio, magnésio e fosfato (só necessitam
reposição em situações especificas- intoxicação
digitálica, torsades de pointes)
Tratamento
Choque
Estado de má perfusão sistémica, com desequilíbrio entre a
oferta e as necessidades de oxigénio, com incentivação
inicial do metabolismo anaeróbico, e na sua perpetuação,
com sofrimento tecidual progressivo, MOF (falência múltipla
de órgãos) e morte
Tempo cirúrgico
Extensão das resseções
Estado hemodinâmico pré-operatório
Comorbilidades
Idade
Presença de infeção prévia
Cirurgia de urgência
Traumatismos torácicos
Lesões das Maioria chega ao hospital sem vida
vias aéreas
O POLITRAUMATISMO é atualmente a maior causa de Lesões do Nas lesões abertas, o estômago é o principal
morte até a quarta década da vida e destes 25% são diafragma órgão herniado
traumatismos torácicos.
grande circulação (nutrição celular) O gânglio linfático é uma pequena estrutura encapsulada
pequena circulação (hematose) entre 1 e 2,5 cm, com macrófagos e linfócitos, que ralentam
o fluxo da linfa e funcionam como filtros oncológicos ou
Veias antimicrobianos
As veias levam o sangue das diferentes partes do corpo para Os vasos linfáticos coalescem em ductos maiores que vão
o coração. drenar nos triângulos de Pirogoff na confluência das veias
subclávias com as veias jugulares internas; a linfa do lado
Estrutura histológica direito da cabeça, da região cervical, do tórax, da parede
abdominal superior e do membro superior direito entra no
túnica interna ou intima (endotélio)
triângulo direito de Pirogoff; todas as outras regiões
túnica média ou própria (tecido muscular liso
corporais entram no triângulo esquerdo de Pirogoff através
escasso ou ausente e fibras elásticas)
do canal torácico
túnica externa ou adventícia (tecido conjuntivo)
A drenagem linfática das regiões infradiafragmáticas faz-se
Estrutura anatómica através do retroperitoneu:
sistema valvular periférico “coração periférico” (bomba Membro inferior e períneo – gânglios e rede linfática dos
músculovenosa) vasos ilíacos externos e comuns até à bifurcação aórtica
Cavidade pélvica – rede linfática hipogástrica até à aorta
Linfáticos
Extensa e complexa rede de canais distribuída por todo o O trajeto superior segue 3 vias
corpo (exceto cérebro, medula óssea e tecidos avasculares
Pré-aórtica – drenagem do trato gastrointestinal e
como o epitélio e a cartilagem) que drena linfa às grandes
órgãos anexos (região esplâncnica)
veias da raiz do pescoço (confluentes de Pirogoff – jugular
Latero-aórticas (gânglios lombares) – parede abdominal,
interna e subclávia)
rins, suprarrenais, testículos e ovários
O sistema linfático coleta: Os gânglios pré-aórticos vão constituir o tronco intestinal e
os latero-aórticos vão constituir os troncos lombares direito
fluido incolor do espaço intersticial da rede capilar, e esquerdo; os 3 troncos vão confluir na cisterna de Pecquet
perdido nas trocas de partículas de micronutrientes com (cisterna quilosa), que se situa no lado direito da aorta
as células; patogénicos, linfócitos e macrófagos; restos abdominal, ao nível de L1 / L2, dando início ao ducto torácico
da degradação celular normal ou neoplásica que desagua na confluência entre as artérias subclávia e
fluido leitoso de quilomicrons provenientes da absorção jugular interna esquerdas (triangulo esquerdo de Pirogoff, na
de lípidos no jejuno base da região cervical)
o progresso da linfa através dos canais linfáticos faz-se
com a ajuda da contração dos músculos esqueléticos e
do pulso arterial, e o fluxo unidirecional é garantido pela
presença de válvulas
PATOLOGIA II DR.
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CELSO SILVA
Cirurgia vascular
Lesão Mecanismo Quadro clínico
Arteriosclerose fundamental
FERIDA Fuga de HEMORRAGIA
ARTERIAL sangue HEMATOMA
Doença sistémica com envolvimento multifocal
FALSO ANEURISMA
A OMS define arteriosclerose como “uma combinação FÍSTULA ARTERIO-VENOSA
variável de alterações da íntima das artérias consistindo OBSTRUÇÃ Paragem ISQUÉMIA AGUDA
numa acumulação focal de lípidos, complexos de hidratos de O ARTERIAL do sangue ISQUÉMIA FUNCIONAL
ISQUÉMIA NECROSANTE
carbono, sangue e produtos do sangue, tecido fibroso e
PROGRESSIVA
depósitos de cálcio, e associadas a alterações da média”
Classificação clinicopatológica
Aspetos clínicos da insuficiência
ESTADIO I - Assintomático. Aparecimento de estrias
lipídicas com evolução para as placas fibrosas arterial
Isquemia aguda Desde o início necrosante
ESTADIO II - Potencialmente sintomático. Placas fibrosas Pode ser devida a dois mecanismos:
complicadas de calcificação, hemorragia, ulceração e TROMBOSE
trombose EMBOLIA
ESTADIO III - Processo isquémico terminal com enfarte Isquemia crónica Funcional
cerebral, EAM, trombose da mesentérica e gangrena das Agravada por esforço, hipotensão e
extremidades hipoperfusão
Isquemia crónica Finalmente necrosante
O processo inicia-se na infância (há quem refira lesões já in
progressiva
útero), mas só se torna aparente na idade média de vida
Hérnias incisionais: ocorrem em locais de cirurgia prévia. Triângulo lombar superior ou quadrilátero de Grynfelt
Sobreposição imperfeita dos Limitado pela massa comum, bordo inferior do serrado
planos osteo-musculo- posterior e inferior ou pequeno dentado, 12ª costela e bordo
aponevroticos (triângulo de posterior do obliquo interno
JLPetit e quadrilátero de
Grynfelt) Está num plano mais profundo que o triângulo de JLPetit, é
Interseção aponevrótica laxa
(linha alba, umbigo, hérnia
inguinal direta no triângulo de
Hesselbach)
Parede abdominal atravessada por elementos viscerais
(canal inguinal e anel femoral)
Parede abdominal atravessada por elementos
vasculonervosos (hérnias ventrais laterais na linha de
Spiegel)
Localização
Região lombar (posteriores) coberto pela aponevrose posterior do obliquo interno e o seu
fundo é representado pela aponevrose do transverso
Triângulo lombar inferior ou de JLPetit abdominal
A crista pectinea, no bordo posterior do ramo horizontal do A identificação dos ramos nervosos maiores (ílio-inguinal e
pubis, representa a referência anatómica entre a cavidade ílio-hipogástrico).
abdominal e a virilha
Nervo ilioinguinal
Tem origem em T12 e L1 e segue curso paralelo sobre o
quadrado lombar, abaixo do nervo ilio-hipogástrico;
Nervo genirofemural
Tem origem em L1 e L2;
Quadro clínico
Sintomatologia pobre;
Tumefação;
Dores leves ao esforço;
Encarceramento agudo e estrangulamento.
Tratamento
A preparação pré-operatória.
Os cuidados anestésicos durante a cirurgia e a
interação com o cirurgião.
A via laparoscópica como via de eleição da cirurgia das
adrenais
A adrenalectomia direita e a suprarrenalectomia
esquerda
Abordagem cirúrgica semelhante para a
esplenectomia
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Tratamento (cirúrgico e médico – octreótido)
Terapêutica neoadjuvante/adjuvante
Radioterapia
Quimioterapia
Hormonoterapia
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Colheita de órgãos
Dadores
Legislação (Lei 12/93)
Para que um indivíduo seja considerado um dador viável,
Modelo consentimento presumido
deve cumprir os seguintes critérios:
o São considerados como potenciais dadores todos os
cidadãos nacionais, os apátridas e os estrangeiros 1. Integridade anatómica e funcional dos órgãos a colher
residentes em Portugal que não tenham manifestado 2. Ausência de doenças malignas extracerebrais
junto do Ministério da Saúde a sua qualidade de não 3. Ausência de doenças transmissíveis pelos enxertos
dadores (tuberculose, viroses, parasitoses, tumores,
RENNDA Registo Nacional de não dadores granulomatoses, infeções loco-regionais com risco de
o Registo informatizado de todos aqueles que tenham contaminação do enxerto
manifestado junto do Ministério da Saúde a sua 4. No caso de dadores vivos, deve haver mínimo risco
qualidade de não dadores operatório e ausência de consequências à distância
IPST (Instituto Português de Sangue e Transplantação) 5. Realização de análises laboratoriais e exames
Gabinetes de Coordenação De Colheita e Transplantação complementares de diagnóstico para despiste de
(GCCT) patologias e minimização do risco de insucesso do
o Avisados pelas UCIs da existência dum potencial dador, transplante
consultam a lista RENNDA para exclusão de registo de 6. Idade biológica igual ou inferior a 65 anos (modificação
objeção e informação da família, que não possui direito do perfil do dador)
de oposição à colheita; manutenção do dador, 7. Contraindicações absolutas à doação de órgãos – HIV,
organização da colheita, distribuição de órgãos e tecidos tumores malignos (exceto alguns tumores cerebrais,
e garantia da qualidade e transparência basalioma, carcinoma in situ do colo do útero), infeção
(falência múltipla de órgãos e sépsis)
Perfil do dador
Diagnóstico de Morte Cerebral
Tem-se verificado uma mudança no padrão típico do dador:
jovem, com TCE provocado por acidente de viação: a idade
dos dadores tem vindo a aumentar, há muitos dadores com
AUSÊNCIA DE REFLEXOS DO TRONCO CEREBRAL AVC e há mais dadores do sexo feminino, devido ao aumento
das listas de espera.
1. Pré-condições essenciais ao diagnóstico
Doente em coma ligado a ventilador em que a causa Algumas infeções podem ser tratadas durante o período de
do coma seja uma lesão cerebral estrutural e manutenção do dador, tornando os enxertos viáveis.
irreversível
2. Exclusão de causas reversíveis de coma apneico O caso recente mais espetacular foi o transplante dum órgão
dum indivíduo HIV positivo, sem que o recetor tenha
Hipotermia, alterações metabólicas ou endócrinas,
evidenciado aparecimento do vírus até 3 anos após.
intoxicação aguda por drogas depressoras do SNC ou
bloqueadores neuromusculares
3. Testes demonstrativos da cessação das funções do
tronco cerebral (TC)
Ausência de reflexos do TC (reflexos motores com Exames complementares a realizar aos
pupilas de diâmetro fixo, oculo-cefálicos, oculo-
dadores
vestibulares, córneo-palpebrais e faríngeo)
Manutenção do doador
6. Recolhido o órgão, deve ser rapidamente mergulhado
1. No indivíduo em evolução para morte cerebral, é numa solução de preservação tipo UW (University of
fundamental a manutenção dum estado cardio- Wisconsin), Celsior ou Euro-Collins e guardado em caixa
circulatório e respiratório que garanta uma boa função de isotérmica repleta de gelo
todos os órgãos, permitindo uma eventual recuperação
clínica do doente ou um bom estado funcional dos 7. Estas soluções permitem uma melhor conservação dos
tecidos a colher órgãos na medida em que a sua tonicidade é semelhante
(mas não igual) à do meio intracelular. Com a
2. O uso de plasma, soluções eletrolíticas e aminas hiperosmolaridade da solução de perfusão evita-se a
vasopressoras é frequente e permite a manutenção do passagem de água para o espaço intracelular e, por
equilíbrio necessário antes da colheita conseguinte, o rebentamento das células tanto no
arrefecimento como aquecimento (pela criação e fusão
3. Os principais objetivos desta manutenção são: de microcristais de gelo)
Controlo hemodinâmico
Equilíbrio hidroeletrolítico 8. O tempo decorrido desde o início da perfusão
Manutenção da ventilação hipotérmica até à revascularização é denominado tempo
Correção das alterações endócrinas de isquemia fria, e varia consoante o órgão a transplantar
Correção da coagulação (Rim-24h, Fígado- 12h, Coração-4h) e o meio de
Manutenção da temperatura corporal
A manutenção do dador só termina quando os órgãos Verificação dos
a colher são perfundidos com o líquido de preservação Aceitação de um
critérios de morte
a 4ºC potencial dador
cerebral
1. Rim
2. Fígado
3. Coração
4. Pâncreas
5. Pulmão
6. Intestino
7. Rim e pâncreas
8. Coração e pulmão
Transplantação Renal
1. Utiliza fígados de doentes com PAF (paramiloidose
1. A grande maioria efetua-se a partir de cadáver familiar ou doença de Corino de Andrade), que são
2. A indicação é a IRCT (insuficiência renal crónica normais anatómica e funcionalmente, salvo no referente
terminal), que afeta 730 indivíduos/106 de habitantes à produção de uma proteína aberrante (transtiterrina-
3. Principais causas de IRCT: Diabetes, HTA, poliquistose Met 30)
renal, LED, glomerulonefrites, nefrite intersticial 2. Esta proteína é responsável pela polineuropatia que
4. Taxas de mortalidade raramente se desenvolve antes dos 20 a 30 anos de
Doentes submetidos a diálise: 6.3 %/ ano idade, causando morte cerca de 12 a 15 anos depois
Após transplante (dador cadáver): 3.8 3. Assim, o fígado do doente com PAF pode ser útil no caso
Após transplante (dador vivo): 2.0 dum doente com neoplasia hepática primária ou
5. Esperança de vida no 1º ano pós transplante: 95 a 98% secundária, cujo tempo de vida seja inferior ao início da
6. Tipos de transplantação renal instalação dos sintomas da PAF
PATOLOGIA II DR.
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CELSO SILVA
4. O doente com PAF recebe um fígado novo e o doente
com cancro ganha um fígado que vai ser funcionante
durante o tempo que tem de vida
Imunologia da transplantação
1. Avaliação imunológica
Determinação do grupo sanguíneo (sistema AB0)
Tipagem HLA I e II
Determinação de anticorpos anti-HLA
Cross-match
2. Drogas imunosupressoras
1. O recetor é irradiado
2. A reação antigénio-anticorpo faz-se do tecido doado
contra o recetor