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INTESTINO DELGADO E GROSSO

INTESTINO DELGADO
E GROSSO

ANATOMIA GASTROINSTINAL 1
INTESTINO DELGADO E GROSSO

INTESTINO DELGADO
E GROSSO

CONTEÚDO: YASMIN FRAGA DA SILVA


CURADORIA: MARCO PASSOS

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INTESTINO DELGADO E GROSSO

SUMÁRIO

INTESTINO DELGADO ................................................................................... 4

DUODENO ........................................................................................................ 4

JEJUNO E ÍLEO................................................................................................. 5

VESTINDO O JALEKO .................................................................................... 6

JEJUNO E ÍLEO................................................................................................. 8

VESTINDO O JALEKO .................................................................................... 9

INTESTINO GROSSO ..................................................................................... 9

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 14

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INTESTINO DELGADO E GROSSO

INTESTINO DELGADO anatomistas por ter a extensão


aproximada de 12 dedos transversos.
Após o bolo alimentar transitar e passar o Possui formato de C e inicia-se no piloro no
tempo necessário para sofrer ação do suco lado direito (em relação à linha mediana),
gástrico dentro do estômago, ele tem sua faz uma curva se dirigindo à linha mediana
admissão controlada pelo esfíncter e termina-se no lado esquerdo, na flexura
pilórico e alcança o intestino delgado. O duodenojejunal, aproximadamente no
intestino delgado é o principal local de nível de L2. Grande parte do duodeno está
absorção de nutrientes. Em uma vista fixada na parede abdominal posterior pelo
geral do intestino delgado, observamos as peritônio.
três porções desse componente do
sistema digestório: O duodeno pode ser divido, ainda, em 4
porções:
Duodeno: 1ª porção
• 1ª porção: parte superior, bulbo ou
Jejuno: 2ª porção ampola duodenal

Íleo: 3ª porção • 2ª porção: parte descendente

• 3ª porção: parte horizontal ou


inferior

• 4ª porção: parte ascendente

A primeira porção é o local de maior


acometimento de úlceras duodenais. Além
disso, dessas 4 partes, a 2ª é a mais
importante do ponto de vista clínico-
cirúrgico, pois é nela que irão desembocar
Representação das porções do intestino
as secreções vindas do fígado e do
delgado.
pâncreas. A 3ª porção é a secção mais
DUODENO longa, que cruza a veia cava inferior, a
aorta e a coluna vertebral. A 4ª porção ou
O duodeno é a menor porção do intestino parte ascendente segue superiormente e
delgado, com cerca de 25 a 30cm, e ao longo do lado esquerdo da aorta e, após
também a mais larga e mais fixa das três alcançar a cabeça do pâncreas, se curva
porções. Foi assim chamado pelos

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INTESTINO DELGADO E GROSSO

anteriormente, no ângulo ou flexura menor, que é o local onde desemboca o


duodenojejunal. ducto pancreático acessório (de Santorini).
Essas duas papilas têm os óstios que
O ligamento ou músculo suspensor do
levam a esses ductos.
duodeno (músculo de Treitz) é uma prega
de peritônio contendo fibras musculares JEJUNO E ÍLEO
que circunda a flexura duodenojejunal. O jejuno e íleo formam a maior parte do
intestino delgado, cerca de 6 a 7 m de
O duodeno é retroperitoneal, exceto em
comprimento, e se distribuem através de
seu início que é ligado ao fígado pelo
alças, que ficam localizadas em uma
ligamento hepatoduonal (parte do omento
espécie de moldura feita pelo intestino
maior).
grosso. Juntas, essas duas porções do
O duodeno apresenta relações intestino delgado, têm um papel
importantes com outras vísceras vizinhas, importante no processo da digestão,
dentre as principais, a convexidade da 2ª sobretudo na absorção.
porção com o rim direito e com a glândula A superfície da mucosa do jejuno e do íleo
suprarrenal direita e a concavidade apresenta vilosidades, pequenas
duodenal que se dispõe ao redor da projeções, que exercem função de
cabeça do pâncreas. Nesse último caso, absorção de nutrientes.
alterações nessa região pancreática Na vista anterior do abdome, é possível
poderão acarretar compressão da observar, entre as estruturas digestivas
concavidade duodenal e, por conseguinte, tubulares, que a disposição do jejuno e do
dificultar o esvaziamento de secreções íleo se dá na parte central, envolvidos por
nesse local, com repercussões sistêmicas uma moldura (como se fosse um quadro)
imediatas. de intestino grosso. O jejuno localizando-
Na 2ª porção duodenal, há a papila se mais superior e a esquerda - no
duodenal maior, região abaulada da quadrante superior esquerdo (QSE) -, o
mucosa duodenal em que há íleo mais inferior e a direita - no quadrante
desembocadura da Ampola inferior direito (QID).
hepatopancreática ou Ampola de Vater, Ainda que não exista demarcação nítida
formada pela união do ducto colédoco entre o jejuno e o íleo, algumas
(com a secreção biliar) e do ducto características como espessura da parede,
pancreático (de Wirsung). Há, em alguns coloração, quantidade de nódulos linfoides
casos, a presença da papila duodenal (Placas de Peyer), volume de pregas e

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INTESTINO DELGADO E GROSSO

perfil das arcadas arteriais permitem a responsável por evitar refluxo do ceco ao
diferenciação. íleo e controlar a passagem de conteúdo
Além disso, é possível perceber que as do íleo ao ceco.
alças do intestino delgado são diferentes
VESTINDO O JALEKO
das alças do intestino grosso.
Os limites dessa região do intestino CRPE
delgado são a flexura duodenojejunal até A segunda porção duodenal é a porção
o íleo-terminal, que estabelece relação mais importante do duodeno, visto que
anatômica íntima com a primeira porção do recebe as secreções oriundas do sistema
intestino grosso, o ceco. biliar e a secreção do pâncreas. Assim, a
As alças do intestino delgado estão presas papila duodenal maior pode ser acessada
à parede posterior por uma reflexão ou por um endoscópio, através do qual pode
prega de peritônio em forma de leque, que ser injetado contraste nessa região. O
é o chamada Mesentério, estrutura que contraste vai preencher a via pancreática e
permite mobilidade e condução de a via biliar e podemos então, através do
vascularização, inervação, linfonodos, no exame Colangeopancreatotomografia
seu interior em meio ao tecido adiposo, retrógrada, observar todo trajeto,
para nutrir, drenar e inervar esses órgãos. integridade e perviedade dos ductos. Além
A irrigação do jejuno e do íleo é toda da observação, essa técnica possibiliza
oriunda da artéria mesentérica superior uma opção terapêutica, visto que pode ser
(AMS), via artérias jejunais e ileais, que se usada uma garra biloscópica para
dispõem em arcadas. A drenagem venosa remoção de cálculos biliares.
do jejuno e íleo é realizada pela veia
mesentérica superior. VÓLVULO INTESTINAL
A artéria ileocólica supre a porção final do O mesentério que liga o intestino à parede
íleo, pelos ramos ileais, e o ceco, através lhe confere mobilidade, de suma
dos ramos cecais. importância. Porém, em alguns casos esse
A transição entre intestino delgado (íleo) e meso pode ser muito longo e essa
intestino grosso (ceco) é feita por meio de mobilidade ser prejudicial, causando
uma projeção chamada de Papila ileal, torção do intestino em torno de si próprio.
antigamente chamada de válvula ileocecal. Essa situação, em que o meso, junto com
Essa papila forma dois lábios, um superior os vasos que estão no seu interior, sofrem
e outro inferior formando um esfíncter com torção é chamada de volvo ou vólvulo. O
um orifício entre eles. Essa válvula é vólvulo intestinal ocasiona isquemia do

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órgão, é considerada emergência médica, anteriormente, no ângulo ou flexura


exigindo intervenção cirúrgica. duodenojejunal.
O duodeno é a menor porção do intestino
delgado, com cerca de 25 a 30cm, e O ligamento ou músculo suspensor do
também a mais larga e mais fixa das três duodeno (músculo de Treitz) é uma prega
porções. Foi assim chamado pelos de peritônio contendo fibras musculares
anatomistas por ter a extensão que circunda a flexura duodenojejunal.
aproximada de 12 dedos transversos.
Possui formato de C e inicia-se no piloro O duodeno é retroperitoneal, exceto em
no lado direito (em relação à linha seu início que é ligado ao fígado pelo
mediana), faz uma curva se dirigindo à
ligamento hepatoduonal (parte do omento
linha mediana e termina-se no lado
maior).
esquerdo, na flexura duodenojejunal,
aproximadamente no nível de L2. Grande
O duodeno apresenta relações
parte do duodeno está fixada na parede
importantes com outras vísceras vizinhas,
abdominal posterior pelo peritônio.
O duodeno pode ser divido, ainda, em 4 dentre as principais, a convexidade da 2ª
porções: porção com o rim direito e com a glândula
• 1ª porção: parte superior, bulbo suprarrenal direita e a concavidade
ou ampola duodenal duodenal que se dispõe ao redor da
• 2ª porção: parte descendente cabeça do pâncreas. Nesse último caso,
• 3ª porção: parte horizontal ou
alterações nessa região pancreática
inferior
poderão acarretar compressão da
• 4ª porção: parte ascendente
concavidade duodenal e, por conseguinte,
A primeira porção é o local de maior dificultar o esvaziamento de secreções
acometimento de úlceras duodenais. Além nesse local, com repercussões sistêmicas
disso, dessas 4 partes, a 2ª é a mais imediatas.
importante do ponto de vista clínico- Na 2ª porção duodenal, há a papila
cirúrgico, pois é nela que irão desembocar duodenal maior, região abaulada da
as secreções vindas do fígado e do mucosa duodenal em que há
pâncreas. A 3ª porção é a secção mais desembocadura da Ampola
longa, que cruza a veia cava inferior, a hepatopancreática ou Ampola de Vater,
aorta e a coluna vertebral. A 4ª porção ou formada pela união do ducto colédoco
parte ascendente segue superiormente e (com a secreção biliar) e do ducto
ao longo do lado esquerdo da aorta e, após pancreático (de Wirsung). Há, em alguns
alcançar a cabeça do pâncreas, se curva casos, a presença da papila duodenal

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menor, que é o local onde desemboca o perfil das arcadas arteriais permitem a
ducto pancreático acessório (de Santorini). diferenciação.
Essas duas papilas têm os óstios que Além disso, é possível perceber que as
levam a esses ductos. alças do intestino delgado são diferentes
das alças do intestino grosso.
JEJUNO E ÍLEO
Os limites dessa região do intestino
O jejuno e íleo formam a maior parte do delgado são a flexura duodenojejunal até
intestino delgado, cerca de 6 a 7 m de o íleo-terminal, que estabelece relação
comprimento, e se distribuem através de anatômica íntima com a primeira porção do
alças, que ficam localizadas em uma intestino grosso, o ceco.
espécie de moldura feita pelo intestino As alças do intestino delgado estão presas
grosso. Juntas, essas duas porções do à parede posterior por uma reflexão ou
intestino delgado, têm um papel prega de peritônio em forma de leque, que
importante no processo da digestão, é o chamada Mesentério, estrutura que
sobretudo na absorção. permite mobilidade e condução de
A superfície da mucosa do jejuno e do íleo vascularização, inervação, linfonodos, no
apresenta vilosidades, pequenas seu interior em meio ao tecido adiposo,
projeções, que exercem função de para nutrir, drenar e inervar esses órgãos.
absorção de nutrientes. A irrigação do jejuno e do íleo é toda
Na vista anterior do abdome, é possível oriunda da artéria mesentérica superior
observar, entre as estruturas digestivas (AMS), via artérias jejunais e ileais, que se
tubulares, que a disposição do jejuno e do dispõem em arcadas. A drenagem venosa
íleo se dá na parte central, envolvidos por do jejuno e íleo é realizada pela veia
uma moldura (como se fosse um quadro) mesentérica superior.
de intestino grosso. O jejuno localizando- A artéria ileocólica supre a porção final do
se mais superior e a esquerda - no íleo, pelos ramos ileais, e o ceco, através
quadrante superior esquerdo (QSE) -, o dos ramos cecais.
íleo mais inferior e a direita - no quadrante A transição entre intestino delgado (íleo) e
inferior direito (QID). intestino grosso (ceco) é feita por meio de
Ainda que não exista demarcação nítida uma projeção chamada de Papila ileal,
entre o jejuno e o íleo, algumas antigamente chamada de válvula ileocecal.
características como espessura da parede, Essa papila forma dois lábios, um superior
coloração, quantidade de nódulos linfoides e outro inferior formando um esfíncter com
(Placas de Peyer), volume de pregas e um orifício entre eles. Essa válvula é

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responsável por evitar refluxo do ceco ao órgão, é considerada emergência médica,


íleo e controlar a passagem de conteúdo exigindo intervenção cirúrgica.
do íleo ao ceco.
INTESTINO GROSSO
VESTINDO O JALEKO
O intestino grosso é o principal local de
CRPE absorção de água do trato gastrintestinal,
A segunda porção duodenal é a porção sendo responsável por converter o quimo
mais importante do duodeno, visto que líquido em fezes semissólidas. Após essa
recebe as secreções oriundas do sistema etapa, as fezes são armazenadas e
biliar e a secreção do pâncreas. Assim, a acumuladas até o momento de defecação.
papila duodenal maior pode ser acessada Anatomicamente se localiza no abdome,
por um endoscópio, através do qual pode representando uma espécie de "moldura"
ser injetado contraste nessa região. O para o intestino delgado.
contraste vai preencher a via pancreática e Algumas características são específicas do
a via biliar e podemos então, através do intestino grosso, como:
exame Colangeopancreatotomografia • Apêndices adiposos ou
retrógrada, observar todo trajeto, omentais no colo: pequenas
integridade e perviedade dos ductos. Além projeções adiposas
da observação, essa técnica possibiliza • Saculações: dilatações da
uma opção terapêutica, visto que pode ser parede do colo entre as pregas
usada uma garra biloscópica para semilunares
remoção de cálculos biliares. • Tênias do colo (musculatura
longitudinal): Existem três
Vólvulo intestinal
faixas longitudinais distintas: a

O mesentério que liga o intestino à parede tênia mesocólica, a tênia

lhe confere mobilidade, de suma omental e a tênia livre.

importância. Porém, em alguns casos esse As tênias do colo iniciam juntas, "encontro

meso pode ser muito longo e essa das tênias", na base do apêndice

mobilidade ser prejudicial, causando vermiforme. Elas seguem, ainda, todo

torção do intestino em torno de si próprio. comprimento do intestino grosso se

Essa situação, em que o meso, junto com encontrando para formar uma camada

os vasos que estão no seu interior, sofrem longitudinal contínua ao redor do reto.

torção é chamada de volvo ou vólvulo. O Além dessas características, o intestino

vólvulo intestinal ocasiona isquemia do grosso é distinguível do intestino delgado


por seu maior calibre.

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O intestino grosso, assim como o delgado, no colo ascendente com acúmulo


é formado por porções: retrógrado, por exemplo, esse acúmulo
• Ceco pode extrapolar para o íleo também. Já no
• Colo (partes ascendente, caso de válvulas competentes, caso haja
transversa, descendente e essa mesma obstrução, o acúmulo
sigmoide) excessivo de conteúdo no ceco pode
• Reto comprimir as paredes, causando isquemia,
• Canal anal passível de gerar necrose e perfuração
cecal, constituindo um quadro considerado
grave incorrendo em peritonite fecal.
Ainda no ceco, encontra-se o apêndice
vermiforme, um divertículo intestinal cego
de aproximadamente 9 cm de
comprimento que contém tecido linfoide. O
apêndice possui mesentério, o
mesoapêndice. O apêndice pode sofrer,
ainda, inflamação aguda, apendicite,
podendo gerar abdome agudo. Nesse
Representação das porções do intestino
caso, a compressão sobre o ponto de
grosso
McBurney (final do primeiro 1/3 da linha
espinoumbilical) provoca dor abdominal
CECO
máxima. A inflamação do apêndice pode
ocorrer por obstrução de material fecal
O ceco é a primeira parte do intestino causando edema e distensão do peritônio
grosso, totalmente revestido por peritônio, visceral. A apendicectomia é indicada
porém sem mesentério. Nele se encontra o nesse caso.
óstio ileal, na junção ileocecal, projetando-
se entre os lábios ileocólico e ileocecal.
COLO
Esse óstio é tonicamente fechado
apresentando-se como uma papila ileal.
Essa estrutura tem importância clínica por Em relação as quatro segmentações do
evitar regurgitações do ceco para o íleo e colo, tanto a parte ascendente quanto a
controlar o trânsito do conteúdo do íleo descendente são retroperitoneais, já o colo
para o ceco. Caso essa válvula fique transverso e o sigmoide são
incompetente, em situações de obstrução intraperitoneais tendo um meso, o

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mesocolo transverso e o mesocolo nutrição é realizada pela artéria ileocólica,


sigmoide. Por terem mesos, esses dois através dos ramos cecais. A região do
colos estão suscetíveis a torções, volvos ou cólon ascendente e parte do transverso
vólvulos. Os vólvulos de colo são tem nutrição por projeções da artéria
considerados emergência aguda por mesentérica superior, ramo da aorta. Já a
potencial isquemia e necrose do tecido artéria mesentérica inferior, ramo da
afetado. O sulco paracólico direito localiza- aorta, garante a irrigação arterial do
se entre o colo ascendente e a parede do restante do colo transverso, todo colo
abdome e o sulco paracólico esquerdo descendente, colo sigmoide e região inicial
entre o colo descendente e a parede do reto.
abdominal. O colo sigmoide é bastante No intestino grosso, existem dois pontos
móvel e apresenta, ainda, apêndices "divisores de águas", ou seja, que estão na
omentais longos que desaparecem fronteira entre territórios de vascularização
quando o mesocolo sigmoide termina. distintos. Em casos de isquemia
Além disso, em relação aos colos existem mesentérica, esses locais são os últimos
as importantes flexuras direita e esquerda pontos de vascularização, portanto serão
do colo. A flexura esquerda é mais aguda os primeiros a sofrer isquemia, gerando
e situada em um nível superior ao da grandes repercussões clínicas. O primeiro,
direita. A flexura direita tem relação íntima também chamado de Ponto de Griffith, se
com o fígado, sendo denominada localiza na flexura esplênica ou ângulo
clinicamente, flexura hepática, enquanto a esquerdo, entre os territórios da artéria
esquerda, relacionada ao baço é mesentérica superior e os territórios da
denominada clinicamente de flexura artéria mesentérica inferior. O segundo
esplênica. Clinicamente, esses dois ponto está na junção retossigmoide,
ângulos são pontos relevantes de também chamado de Ponto de Sudeck,
localização para exames, já que durante entre os territórios da artéria mesentérica
uma colonoscopia ao examinar o colo é inferior e territórios da artéria ilíaca interna.
possível avistar a sombra hepática, por Toda a arcada arterial que se dispõe
exemplo. perifericamente no mesentério é também
Em exames de imagem contrastada as chamada de Arcada de Riolan ou arco
divisões do colo ficam bem claras, justacólico, anastomose formada por
evidenciando bem as saculações. ramos das artéria mesentérica superior e
Em relação à vascularização do intestino inferior.
grosso, inicialmente na região ileocecal a

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RETO E ÂNUS estruturas se dispõe, na parede interna do


canal anal um conjunto de fibras
musculares lisas formam o esfíncter
A parte final da via digestória é formada
interno de contração involuntária
pelo reto e pelo ânus.
(músculo liso). Já na parede externa, fibras
O reto inicia-se na junção reto-sigmoide,
de musculatura esquelética compõe o
localizada aproximadamente a nível da 3ª
esfíncter externo de contração voluntária
vértebra sacral, e se estende inferiormente
(músculo esquelético). O processo de
até, aproximadamente, o nível final do
defecação envolve relaxamento dos dois
cóccix. O reto é contínuo internamente
esfíncteres.
com o canal anal.
Na região mucosa é observado um
Interiormente, essa região apresenta
conjunto de colunas anais, chamadas de
alguns desvios laterais provocados pelas
colunas anais (de Morgagni), que
pregas transversas que acarretam
determinam a presença, entre elas, de
flexuras. No reto há duas flexuras, a
válvulas anais e depressões, os seios
flexura sacral e a flexura anorretal
anais. Quando comprimidos os seios anais
(perineal). O reto ainda possui três pregas
liberam muco, importante na evacuação
transversais (superior, média e inferior),
das fezes do canal anal. Nessas
sendo a média a mais forte delas. A
depressões podem ocorrer retenções de
ampola retal se localiza em uma dilatação
fezes formadas, proliferação de bactérias,
do reto, inferior a prega transversal média,
indução de processo inflamatório e
e serve de reservatório durante a
formação de fístulas, completas ou
defecação.
incompletas. Superiormente às válvulas
O sistema de pregueamentos confere ao
anais há uma linha pectinada, anorretal ou
trânsito intestinal bloqueios, de forma que
ainda chamada de denteada, sendo ponto
o bolo fecal não desça diretamente ao
de referência para separação histológica e
ânus, estando colapsado apenas com
de vascularização e inervação das porções
exceção do momento das fezes;
superior e inferior do canal anal.
permitindo, assim, a continência fecal.
O reto mantém extensa vascularização
O canal anal é a parte terminal do intestino
arterial e venosa, há a anastomose de três
grosso, iniciando-se no estreitamento da
artérias:
ampola retal e terminando no ânus,
• Artéria retal superior (com
abertura de saída do sistema digestório.
origem na artéria mesentérica
Observando detalhes da parede entre a
inferior)
região retal e anal, um conjunto de

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• Artéria retal média (com origem excessivamente dilatado sem visualização


na artéria ilíaca interna) de gás no interior do reto, provavelmente
• Artéria inferior inferior (com trata-se de uma obstrução. No intestino
origem na artéria pudenda grosso existem regiões de dilatação e há
interna) diversas causas de obstrução intestinal.
Paralelamente a essas artérias, estão um Obstruções colônicas podem ocorrer,
conjunto de veias retais superior, média e majoritariamente, por tumor de colo, sendo
inferior que fazem ampla anastomosae na o colo esquerdo mais afetado, diverticulite,
parede retal. A veia retal superior possui volvo de sigmoide ou ceco, doença de
sentido de drenagem para o sistema porta, Hirschsprung ou, ainda, doença de Chron.
enquanto as veias retais média e inferior Porém, em um contexto de América Latina,
drenam para a veia ilíaca interna e, a infecção por áscaris lumbricoides, tem
portanto, para o sistema cava inferior. de ser considerada. Nesse caso, o
Nesse sentido, em relação a administração tratamento pode ser por meio de terapia
de medicamentos locais, como anti-helmíntica, mas pode ser necessária
supositórios, se colocados muito extração cirúrgica ou endoscópica dos
superiormente em relação ao reto pode ser vermes.
drenado pelo sistema porta. Além disso, a
anastomose entre as veias retais pode Hemorróidas
constituir uma via de ligação porto-cava,
logo hipertensões portais podem ter A região anorretal é um local de frequentes
repercussões nessa vascularização, patologias. Hemorroidas são vasos
originando na circulação colateral um dilatados no canal anal e que podem ser
regime de passagem de sangue não usual, divididas em internas, podendo sofrer
produzindo dilatação e varizes prolapsos em relação ao exterior, ou
hemorroidárias. hemorroidas externas. São quadros, que
além de incômodos, representam potencial
VESTINDO O JALEKO hemorrágico, inflamatório e infeccioso,
Obstrução intestinal necessitando de tratamento clínico e
cirúrgico. O tratamento consiste, portanto,
Em radiografia de abdome, quando na ligadura desses vasos, realizada por
observamos o colo transverso cirurgia convencional ou por Stapler.

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REFERÊNCIAS

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Duodeno (Professor Marco


Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Vestindo o Jaleko - Duodeno


(Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <
https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Jejuno e Íleo (Professor Marco


Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Vestindo o Jaleko – Jejuno e


Íleo (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <
https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Intestino Grosso (Professor


Lucas Cottini da Fonseca Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <
https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Vestindo o Jaleko - Intestino


Grosso (Professor Lucas Cottini da Fonseca Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível
em: < https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Reto e ânus (Professor Marco


Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.

Sistema Gastrointestinal – Anatomia Gastrointestinal – Vestindo o Jaleko - Reto e


ânus (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <
https://www.jaleko.com.br>.

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MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 8ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019. 1128p.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
672p.

DRAKE, Richard L.. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2015. 1192p.

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