Você está na página 1de 48

1

INDICE

DOENÇAS ENDOCRINAS E METABOLICAS............................................... 03


Diabetes Mellitus............................................................................................. 03
Fitoterápicos e Suplementos utilizados para Diabetes Mellitus...................... 04
Hipertireoidismo e Hipotireoidismo................................................................. 06
Obesidade ..................................................................................................... 08
Fitoterápicos e Suplementos utilizados para Obesidade .............................. 09
Síndrome Metabólica...................................................................................... 19
Dislipidemias................................................................................................... 19
Fitoterápicos e Suplementos utilizados para Dislipidemias............................ 23
DOENÇAS CARDIOVASCULARES.............................................................. 23
Hipertensão Arterial........................................................................................ 23
Arterosclerose................................................................................................. 24
Infarto Agudo do Miocardio............................................................................ 24
DOENÇAS OSTEOARTICULARES............................................................... 25
Osteoporose................................................................................................... 25
Fitoterápicos e Suplementos utilizados nas Doenças Osteoarticulares......... 26
DOENÇAS AUTOIMUNES............................................................................. 30
Câncer............................................................................................................ 30
AIDS............................................................................................................... 32
Fitoterápicos e Suplementos utilizados na AIDS e Imunomoduladores......... 32
DOENÇAS INLAMATORIAS INTESTINAIS................................................... 34
Colite Ulcerativa.............................................................................................. 34
Síndrome do Intestino Irrirtado....................................................................... 34
Doença Celíaca.............................................................................................. 35
Doença de Crhon.......................................................................................... 36
Fitoterápicos e Suplementos utilizados nas Doenças Gastrointestinais........ 37
DOENÇAS NEURÓLOGICAS........................................................................ 39
Depressão...................................................................................................... 39
Alzheimer........................................................................................................ 41
Parkinson........................................................................................................ 42
Esclerose Lateral Atrófica............................................................................... 42
Esquizofrenia.................................................................................................. 43
Fitoterápicos e Suplementos utilizados nas Doenças Neurológicas.............. 45
REFERENCIAS............................................................................................ 47

2
DOENÇAS ENDOCRINAS E METABOLICAS

DIABETES MELLITUS

De acordo com a sociedade Brasileira de Diabetes (2016), considera-se


como a doença endócrina mais comum, provem de desordens a longo prazo
que afetam os olhos, os rins, os nervos e os vasos sanguíneos, o distúrbio não
é caracterizado homogêneo e sim várias síndromes diabéticas distintas; o
diagnostico sintomático não é difícil, sempre que o paciente apresenta sinais e
sintomas atribuídos a uma diurese osmótica e hiperglicemia caracteriza a
presença da doença, porém o paciente assintomático são diagnósticos mais
difíceis sendo que estes apresentam concentrações plasmáticas normais de
glicose em jejum, estes na grande maioria tem o seu diagnostico por testes de
tolerância à glicose oral, estabelecendo o diagnostico após alterações na
concentrações plasmáticas.

A classificação da doença se dá pela sua origem e pelo uso ou não da


insulina, sendo classificada como: Diabetes Mellito Insulino Dependente
(DMID) ou Diabetes tipo I (DMI) e Diabetes Mellito não Insulino Dependente
(DMNID) ou Diabetes tipo II (DMII). O DMI, implica a presença da doença sem
gatilhos secundários, enquanto o DMII, há necessariamente a presença de um
distúrbio para o surgimento da síndrome diabética. Cabe ressaltar que essa
classificação não define o uso ou não de insulina, sabendo que muitos
pacientes após longos anos sendo pacientes de DMII não tratada podem iniciar
o uso de insulina (Genebra: OMS; 2004).

Fisiopatologia da DMID: Geralmente quando se manifesta, a grande


maioria das células beta do pâncreas já estão destruídas, este processo se dá
por natureza auto-imune, embora ainda esta confirmação seja obscura. Esse
processo caracteriza-se pela infiltração de monócitos, macrófagos e células T
citotóxicas ativadas, este processo é conhecido como ilhotite, e se dá devido
na corrente sanguínea haver múltiplos anticorpos contra antígenos das células
beta, sendo assim, a reserva de insulina diminui uniformemente até se tornar
infuficiente para manter a glicemia dentro da faixa normal, caracterizando o
diabetes (NUNES, L.R.; 2016).

3
De acordo com Torres, et al (2005) é possível que o diabetes tipo 1,
possa se desenvolver sem um gatilho ambienta para desencadear a desordem
auto-imune, sendo puramente genético; Porém a patologênia deve ser:
Predisposição genética – agressão ambiental – destruição auto-imune das
células beta – diabetes melito. A pré disposição genética é maior quando o pai
possui a doença, caracterizando uma relação com o sexo.

Fisiopatologia da DMNID: Estes pacientes apresentam dois defeitos


fisiológicos: secreção anormal de insulina e resistência à ação da insulina nos
tecidos-alvo, não se sabe qual desses é o principal gatilho. Pode-se reconhecer
três fases na clínica habitual: Na primeira, a glicemia permanece normal, a
despeito da resistência à insulina demonstrável, visto que os níveis de insulina
estão elevados. Na segunda fase, a resistência à insulina tende à agravar-se,
de modo que, apesar das concentrações elevadas de insulina, surge
hiperglicemia pós-prandial. Na terceira fase, a resistência a insulina não muda,
mas a secreção de hormônio cai, produzindo hiperglicemia em jejum e diabetes
(TORRES, et al. 2005).

A maioria da literatura acredita que a resistência a insulina seja uma


característica primária enquanto o hiperinsulinemismo seja secundária, isto se
dar devido o aumento da secreção da insulina para compensar o estado de
resistência. É possível que este aumento da secreção da insulina possa
produzir também resistência, para explicar tamanha desordem, envolve a
síntese hepática de gordura e transporte de gordura, resultando em
armazenamento secundário de gordura no musculo; o aumento da oxidação
dessa gordura afeta a captação de glicose e a síntese de glicogênio. A maioria
desses pacientes são obesos (Pereira D A, et al. 2012)

FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS PARA DIABETES


MELLITO

GYMNEMA SYLVESTRE

De acordo com Vasconcelos, D.A et al (2010), a parte utilizada para a


obtenção da ação do fito é a folha, sendo que os seus componente químicos
correspondem a presença de saponinas, gurmarina, ácido tartárico,

4
estigmasterol, betaína, colina, oferecendo uma ação antidiabética, diurética,
laxante, antiobesidade, hipolipidêmica.

A dose usual corresponde a: Extrato seco (75%) é de 50 a 100mg 2


vezes ao dia, meia hora antes do almoço e do jantar podendo chegar até
400mg ao dia (Vasconcelos, D.A et al; 2010).

Como todos os fitoterápicos há advertência no uso, as saponinas podem


causar ou agravar o refluxo gastroesofágico (Vasconcelos, D.A et al; 2010).

A erva não deve ser usada em pacientes com hipoglicemia. Utilize com
cautela paciente com problemas de coração (Vasconcelos, D.A et al; 2010)

Interação medicamentosa: Em pacientes que tomam drogas anti-


hiperglicêmicas e insulina devem se monitorar níveis de açúcar para ajustar a
dose (Vasconcelos, D.A et al; 2010).

GALEGA OFFICINALIS

Conforme TELES, D. I. C. (2013) para a obtenção da ação fitoterápica


utiliza-se as partes aéreas da planta, nelas contem alcaloide (galegina),
flavonóides, saponinas, traços de cromo, glicosídeos, taninos; sua ação é
hipoglicemiante, antidiabética, diurética, digestiva e antibacteriana. Apresenta
interação medicamentosa, sendo assim deve ser usada com com cautela em
pacientes que tomam drogas antidiabéticas ou insulina. Seu uso externo serve
para acelerar a cicatrização após cirurgia.

BATATA YACON

Esta raiz se difere das outras por não armazenar carboidratos na forma
de amido e sim de frutanos do tipo inulina e frutooligossacarídeos com terminal
sacarose. Os frutooligossacarídeos(FOS) e a inulina têm sido classificados
como prebióticos (ITF. Índice Terapêutico Fitoterápico. 2008).

Alguns autores têm apontado propriedades hipoglicemiantes da Yacon.


Embora, ainda se façam necessários muitos estudos, para que se possam

5
estabelecer bases mais científicas quanto à extensão dos benefícios da Yacon
(ITF. Índice Terapêutico Fitoterápico. 2008).

Outras funções desta raiz é ação hipolipimiante, sacetogena, prébiotico


(ITF. Índice Terapêutico Fitoterápico. 2008).

Ela é consumida crua, como uma fruta, ou na forma de suco, a dosagem


indicada é de 100g 3 vezes ao dia, antes das principais refeições (ITF. Índice
Terapêutico Fitoterápico. 2008).

PICOLINATO DE CROMO

Constituinte do fator de tolerância à glicose aumenta a atividade da


insulina, para aumentar a absorção deve ser utilizado na forma de picolinato,
as principais fonte são levedo de cerveja, cereais integrais, cogumelos,
oleoginosas, gérmen de trigo e brócolis. Sua recomendação é 200mcg/dl
efetivo obesidade e 400mcg/dia efetivo no diabetes 2 de picolinato de cromo
(MORRIS, B. W. et al. 2000).

Segundo Morris, B. W. et al (200) apresenta efeitos ergogênicos,


aumentando a massa muscular e acelerando o processo de lipólise.

HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO:

Hipertireoidismo:

Doença resultante do aumento da produção dos hormônios da tireoide,


normalmente associado com hipertrofia e hiperplasia da glândula. Os principais
sintomas do hipertireoidismo são: Alta excitabilidade, intolerância ao calor,
sudorese aumentada, perda de peso, diarreia, fraqueza muscular, distúrbios
psíquicos, fadiga e tremores nas mãos. O tratamento para o hipertireoidismo
resulta na redução parcial ou total da glândula por intervenção cirúrgica.
Quando estes pacientes apresentam um descontrole no tratamento pode
resultar como sequela a exoftalmia (BARROSO, C. F. et al. 2012)

Hipotireoidismo:

6
Condição patológica que resulta em hipoprodução dos hormônios da
tireoide, normalmente causado por deterioração progressiva e fibrose da
glândula. Os sintomas são opostos ao hipertireoidismo; pode causar um
aumento da glândula, cujo é conhecido como bócio, que pode ser endêmico
(restrito a determinada região geográfica) ou idiopático (surgido ou de causa
obscura). Outras condições conhecidas são o mixedema, arteriosclerose e
cretinismo (BENEVIDES, A. M. et al. 2006).

AÇÃO DOS HORMÔNIOS:

Quase toda tiroxina produzida é convertida para triiodotironina, e isto


confere uma ação geral dos hormônios da tireoide: um aumento generalizado
da atividade funcional (metabólica) por todo o corpo (KUMAR, V.; ABBAS, A.
K.; FAUSTO, N. 2010). O hormônio tiroxina só começa a agir em 2 ou 3 dias, e
seu efeito dura até dois meses. O hormônio triiodotironina só começa a agir em
6 a 12 horas, e seu efeito dura pouco mais que 2 a 3 dias.

EFEITOS ESPECÍFICOS: De acordo com Kumar, V. et al, 2010, estes efeitos


apresentam:

Mitocôndrias – Aumento no tamanho e número e formação de ATP.

Crescimento:

HIPERPRODUÇÃO – Crescimento dos ossos em crianças em crescimento e


do cérebro durante a vida fetal e no período pós-natal.

HIPOPRODUÇÃO – Crescimento ósseo retardado e crescimento e maturação


do cérebro retardado, com possível deficiência mental.

Metabolismo dos Carboidratos:

Estimula a rápida captação de glicose pelas células, aumenta glicólise e


gliconeogênese, absorção gastrointestinal e produção de insulina.

Metabolismo das Gorduras:

7
Hiperprodução – Redução da quantidade de colesterol, fosfolippidios e
triglicerídios no plasma, aumento dos ácidos graxos livres.

Hipoprodução - Ocorre o efeito inverso.

Metabolismo dos Carboidratos:

Estimula a rápida captação de glicose pelas células, aumenta glicólise e


gliconeogênese, absorção gastrointestinal e produção de insulina.

Metabolismo das Gorduras:

Hiperprodução – Redução da quantidade de colesterol, fosfolippidios e


triglicerídios no plasma, aumento dos ácidos graxos livres.

Hipoprodução - Ocorre o efeito inverso.

OBESIDADE

A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo


excessivo de tecido adiposo no organismo (Coutinho, 1999). É descrita como
um conjunto de desordens metabólicas e fatores de riscos cardiovasculares,
que inclui elevação da pressão arterial, dislipidemias, alteração do metabolismo
da glicose, além de alterações metabólicas inter-relacionadas(
Duarte, 2007). Pode ser resultado de alterações hormonais, principalmente por
desordem da adrenal (cortisol). Segundo Adriano Segal (2004), obesidade não
tem cura, mas tem tratamento. A ABESO (associação brasileira de estudos da
obesidade) conceituou obesidade como sendo “enfermidade crônica que se
caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, a tal nível que
comprometa a saúde do indivíduo”. Pacientes obesos e com obesidade grave,
tem risco magnificado, com aumento expressivo da mortalidade (250% em
relação a pacientes não obesos) (Bray, 1998).

TRATAMENTOS

Na grande maioria o tratamento da obesidade compreende a


reeducação alimentar, prescrevendo para o paciente dieta com baixa valor
calórico, porém mantendo as nescessidades ideais de micronutrientes para o

8
paciente; atividade física, com orientação profissional, se no casos o paciente
tiver condições de realizar; técnicas comportamentais que possam reduzir a
ansiedade e favorecer a perda de peso; tratamento farmacológico, prescrito por
médicos especialista no tratamento da obesidade, sendo estes com o objetivo
de corrigir o gatilho desencadeante da obesidade; fitoterápicos, para auxiliar no
processo sacetogeno, reduzir a ansiedade e favorecer o processo de
desinflamação, cabe também o uso de fitoterápicos para corrigir as
comorbidade provocdas pela obesidade e em casos extremos não descarda a
cirurgia de gastroplastia redutora (Segal, A. et al. 2004).

FITOTERÁPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS PARA OBESIDADE

O tratamento fitoterápico inclui classes variadas de fitoterápicos podendo


ser utilizados os fitoterápicos com ação termogenicas, adaptogênos e
moderadores de apetite.

TERMOGÊNICO

CAFEÍNA

A cafeína possui ações estimulantes, podendo estimular as terminações


nervosas dos nervos adrenérgicos, pode aumentar a ação da noradrenalina e
potenciar a liberação da mesma, também age estimulando a liberação da
adrenalina, induz o organismo a taquicardia em estado de vigília, tem ação
inibidora do apetite. A cafeína posssui efeito acumulativo e pode aumentar a
ansiedade e a agitação durante um período de vida correspondente de 4 a 6
horras. Ainda possui efeitos que favorecem a lipólise, o que favorece o
organismo a poupar glicogênio muscular evitando a fadiga e tem ação diurética
(Park, S.; Jang, J. S.; Hong, S. M. 2007)

De acordo com Park, S. (2007), a dosagem da cafeína varia de acordo


com o objetivo, porem recomenda-se o uso de 5mg/Kg, porem estudos
demonstram que 3 mg apresentam os mesmos resultados correspondente a
6mg. Quando a cafeína é usada em pré competições o comitê olímpico so
permite o uso de até 9mg/Kg, a mesma apresenta seu após 30 a 120 minutos

9
após a administração da dose, a mesma também é muito utilizada em
exercícios de endurance.

ERVA-MATE ( Ilex paraguariensis)

Este fitoterapico possui em suas folhas uma mistura complexa de cerca


de 250 substancias volateris e registra como seu principal constituinte os
alcaloides, cafeína, teobrimina, teofilina e taninos, além de flavonóides e várias
saponinas. O teor de cafína é maior nas folhas novas, aonde alcança até 2,2%
do valor semelhante ao do café e do chá preto; sua principal ação e estimular o
sistema nervoso central, e sua dose usual e dde 200mg ao dia. Possui efeito
regulador do fator tumoral TNF, e interleucina 6, agindo como antinflamatorio
na obesidade, tem ação vasodilatadora, antioxidante e apresenta ações com
efeitos cardioprotetores (VIEIRA, M. A., et al. 2008).

GUARANÁ ( Paullinia cupana)

Constuma-se utilizar as sementes para obtenção do seu principio ativo,


sendo este as metilxantinas (cafeína 3 a 5%, teobromina de 0,02 a 0,03% e
teofilina 0,25%), sua principal ação corresponde a estímulos no sistema
nervoso central o que resulta como um inibidor do cansaço físico e mental
melhorando a fadiga e a disposição (SALDAÑA, M. D. A. et al, 2002)

Produz a nível cortical, estímulo das funções basais, proporcionando um


maior estado de alerta, melhor associação das idéias e das atividades
intelectuais, maior concentração e resistência ao cansaço, além de bem-estar.
No sistema cardiovascular aumenta a frequência dos batimentos cardíacos e
provoca aumento do fluxo sanguíneo. Como a maioria dos fitoterápicos há
contra indicações no uso do guaraná, sendo que na gestação e lactação.
Existem relatos de mutagenicidade e genotoxicidade em estudos pré-clínicos,
portadores de: diabetes, hipertensão, arritimia, taquicardia, doenças renais,
gastrite, cólon irritável, úlcera péptica em atividade, úlcera duodenal,
hipertireoidismo, tendência aumentada a espasmos e púrpura, em casos de
desordens psíquicas como pânico e agitação, ansiedade, insônia e nervosismo.
Também apresenta interação medicamentosa, quando utilizada em
combinação com drogas como: adenosina, dissulfiram, antibióticos quinolonas,

10
norfloxacina, contraceptivos orais, neo-sinetrina, cimetidina, teofilina e tabaco,
pode produzir efeitos adversos não desejados. Pessoas que fazem
suplementação com ferro (Fe) devem esperar uma hora após as refeições e
somente depois utilizar o guaraná.Na superdosagem pode ocorrer insônia,
irritabilidade e excitação do humor (SALDAÑA, M. D. A. et al, 2002).

O usual recomendado é de:

- Extrato fluído: com 3% de cafeína. Administrar 0,5 a 1,5g em duas doses.

- Extrato seco(5:1): 100 a 600 mg/dia

- Pó: 2 a 3 g/dia, divididas em 2 a 3 doses. Não exceder 3g/dia.

CHÁ VERDE (Camellia sinensis)

Dentre os fitoterápicos utilizados para o tratamento da obesidade o chá


verde esta entre o mais utilizado e o de maior popularidade entre os pacientes
que lutam contra a balança. A parte utilizada desta planta são as folhas, sendo
que sua composição contem bases xânticas (2%) sendo que nestas bases
encontra-se cafeína, teofilina, teobromina, Polifenóis (30%): flavonoides,
catecóis e taninos catéquicos. Óleos essenciais: alcoóis alifáticos, ácidos
graxos e salicilato de metila. Enzimas: teasas e vitaminas e minerais: B1, B2,
C, flúor e vitamina K (Wolfram S.; Wang Y.; Thielecke F.)

Dentre as propriedades do chá verde podemos ressaltar que:

- A teofilina e a cafeína aumentam a freqüência e o ritimo cardíacos por


bloqueio da fosfodiesterasa, o que se conhece como efeito inotrópico positivo.

- A teofilina e a teobromina possuem ação diurética, produzem relaxamento da


musculatura lisa, ureteres e vias biliares.

- Os taninos são adstringentes.

Dentre os mecanismo de ação, podemos priorizar:

- No intestino os taninos catéquicos formam complexos com enzimas digestivas


diminuindo a absorção de nutrientes, especialmente açúcares e lipídios.

11
- O Chá verde aumenta a lipólise por um mecanismo de inibição da O-
metiltransferase.

- Inibição da fosfodiesterase pelas bases xânticas no interior do adiposito,


mantendo por mais tempo a estimulação das reações enzimáticas que intervêm
na lipólise.

- O chá verde é rico em substâncias antioxidantes, chamadas polifenóis, que


evitam a ação destrutiva das moléculas de radicais livres que degeneram as
células.

- O chá verde também é rico em tanino que faz diminuir as taxas do LDL-
colesterol.

- Possui biflavonóides e catequinas: substâncias que bloqueiam as alterações


celulares que dão origem aos tumores.

- O chá verde também possui manganês, potássio, ácido fólico, vitamina C,


vitamina K, vitamina B1 e a vitamina B2.

Mesmo com benefícios tao bem descritos o chá verde possui efeitos
adversos que tem que ser levados em considerações, por conter cafeína, que
eleva a pressão arterial. Por isso, não são recomendados a hipertensos,
gestantes ou lactantes; consumo exagerado pode causar sintomas como
taquicardia, náusea, dor de cabeça e problemas gastrointestinais. Recomenda-
se beber três ou quatro xícaras diariamente, seu consumo em excesso pode
apresentar efeitos hepatotoxico, e também pode acarretar anemia em uso
abusivo por impedir a absorção do ferro.

CITRUS AURANTIUM – LARANJA AMARGA SINEFRINA

É uma erva medicinal utilizada como estimulante e supressor do apetite,


possui metabólitos da anfetamina, octopamina e alcalóides da sinefrina. Seus
efeitos colaterais podem estar associado com tontura, ataque cardíaco,
problemas no ritmo cardíaco e morte; esta contra indicado para pacientes
hipertensos, gestantes e lactantes. A recomendação usual é de 320 mg ao dia.

12
O extrato de Citrus Aurantium, promove a liberação de adrenalina e
noradrenalina perto dos sítios de receptores beta-3. Estes sítios são
principalmente encontrados no tecido adiposo e no fígado. O estímulo dos
receptores beta-3 desencadeia o processo de quebra de gordura – lipólise,
simultaneamente, esse estímulo promove um aumento na taxa metabólica,
termogênese, queimando uma quantidade maior de calorias.

ADAPTÓGENOS

PANAX GINSENG

O Panax, possui em seu mecanismo de ação atividade adaptógena:


aumento da performance física e maior resistência a situações de estresse.
Age sobre a hipófise e suprarrenal: aumento de corticotrofina,
corticoesteroiedes e adrenalina, também aumento da síntese de ACTH
(aumento de glicocorticóides como o cortisol), evita a diminuição de ácido
ascórbico nas glândulas suprarrenais (atividade antiestresse).

A parte utilizada da planta para obter seus benefícios são as raízes,


nelas contem os princípios ativos deste fitoterápico sendo que dentre eles
temos as saponinas, glicosídeos, sesquiterpenos e vitaminas. Sua aplicação
esta relaciona ao estresse físico e mental, melhora do bem estar durante a
convalescença, perda de concentração, pois este fitoterápico tem ação no
sistema nervoso central, além destas ações, apresenta ações no sistema
cardiovasculares por possuir propriedades vasodilatadoras nos vasos cerebrais
e coronarianos melhorando o fluxo sanguíneo nestes locais, a atividade se dá
pela inibição da captação de Cálcio em membranas musculares o que provoca
vasodilatação, favorecendo uma manutenção da homeostase durante estresse
físico. Além disso este fitoterápico é capaz de aumenta a capacidade do
músculo esquelético em oxidar ácidos graxos livres, preferencialmente à
glicose para produção de energia celular; diminui o ácido lático e estimular
outras enzimas respiratórias na cadeia de transporte de elétrons para promover
a oxidação; apresenta atividade imunomoduladora; tem ação imunoestimulante
pelo incremento da capacidade fagocitária dos macrófagos e pelo estímulo na
produção de interferon.

13
Suas contra indicções resume em cautela em pacientes que apresentam
desordens cardíacas, diabetes, desordens hipo e hipertensivas; pacientes com
ocorrência de doenças agudas, hemorragia, hipertensão, durante períodos
agudos de trombose coronária, hiperestrogenia, taquicardia, insônia, síndromes
febris; indivíduos altamente nervosos, tensos, energéticos, histéricos, maníacos
ou esquizofrênicos.

FAFFIA PANICULATA

A parte utilizada é a raiz, sendo que dentre os seus princípios ativos


podemos citar como os mais importantes as saponinas, sais minerais, ácido
pfáfico. Este fitoterápico recebe a nomeação de Ginseng brasileiro pela
semelhança da raiz em termos morfológicos. Sua principal ação é de tônico
para memorias de curto prazo e declarativa.

Sua aplicação serve para auxiliar no tratamento da perda gradativa da


memória, principalmente da memória de curto prazo e declarativa (relativa aos
fatos e às informações corriqueiras, obtidas no dia-a-dia, assim como a
memória relacionada aos fatos, tempos, locais e objeto que um indivíduo pode
descrever).

Este fitoterápico esta contra indicado em pacientes gestantes e lactantes


devem utilizar mediante avaliação médica; durante o tratamento o paciente não
deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem
estar prejudicadas. A dose usual é entre 5g a 10/dia do pó; extrato seco: 300
mg 2x/dia. O período de tratamento recomendado são de seis meses.

MODERADORES DE APETITE

GUAR

A goma Guar possui como seus constituinte as fibras, proteínas e


guarano que é um polissacarídeo, sendo assim a sua ação é de preenchimento
gástrico, moderando o apetite de forma mecânica, além de ter uma suave ação
laxativa, possui ainda efeito nas moléculas de glicose, evitando a alta liberação
dessa molécula pelo fato de conter fibra entre os seus constituintes, aumenta a
viscosidade do conteúdo do trato digestivo, diminuição da velocidade de
14
esvaziamento do conteúdo gástrico intestinal, proporciona uma absorção lenta
e gradual da glicose pelo trato gastrointestinal, tem ação sacetogena, por
conter fibras proporciona a redução do perfil lipídico, aumenta a excreção de
ácidos biliares nas fezes. Sua contra indicação esta relacionada a gestantes,
lactantes e crianças menores de 12 anos. Por ser rica em fibra o seu uso
deverá estar associado ao aumento do consumo hídrico, e não recomenda-se
doses maiores de 3g ao dia, sendo esta administrada antes das principais
refeições. A goma Guar tem interação quando utilizada com outros produtos
fontes de fibras.

GLUCOMANAN

Contem como seus constituintes os polissacarídeos sendo a maioria de


D-glucose e D-monose, que apresentam a ação de serem um inibidor
mecânico do apetite, coadjuvante na redução das taxas de colesterol e
normalizador dos níveis de glicose no sangue, seu uso esta indicado como
coadjuvante em regimes de emagrecimento como inibidor natural do apetite e
sua contra indicação inclui gestantes, lactantes e menores de 12 anos, também
deve ser usado com restrições em casos de obstrução intestinal ou cólicas
intestinais de origem desconhecida. Recomenda-se o uso de até 2 g por dose
sendo no máximo 3 vezes ao dia e deve ser administrado sempre uma hora
antes das refeições com no mínimo 200 ml de agua.

GARCÍNIA CAMBOGIA

A Garcínia Cambogia possui dentre as suas ações a de reduzir a


produção de gordura e a vontade de ingerir doces, isso se dar pelo fato de
hidratos de carbono, ingeridos em excesso, são transformados e armazenados
como gordura. Neste processo é necessária a participação de uma enzima
chave, a ATP-citrato lipase. O HCA (ácido hidroxicitrico) liga-se a esta enzima
bloqueando-a, inibindo conseqüentemente o armazenamento de gordura. Já o
seu efeito como redutor de apetite inicia quando o HCA (ácido hidroxicitrico),
controla o apetite através de uma maior síntese de glicogênio, ou seja, quando
as reservas de glicogênio estão altas, os receptores do açúcar no fígado são
estimulados e enviam um sinal de Saciedade ao cérebro (sem estimular o

15
sistema nervoso central). Outro processo assenta na capacidade do HCA em
estimular a libertação da serotonina, um neurotransmissor vital envolvido no
controle do apetite. Este fitoterápico esta contra indicado em pacientes com
disfunções hormonais ou em tratamento hormonal, além de crianças, gestantes
e lactentes, pssoas diabéticas não devem consumir o produto sem a orientação
de um médico. Sua dosagem dever ser entre 300-500mg de estrato seco,
sendo administrado meia hora antes da principais refeições.

QUITOSANA

É um polissacarídeo catiônico produzido através da quitina, um


polissacarídeo encontrado no exoesqueleto de crustáceos; a quitosana tem
sido usada em cicatrização de ferimentos, remoção de proteínas alergênicas
de alimentos e como suplemento alimentar com efeito hipocolesterêmico. Sua
ação anti-obesidade é ainda discutida na literatura podendo agir de duas
formas:

1° Adesão aos lipídeos no trato intestinal, sendo excretado através das fezes.

2° Retardamento da ação de lipases digestivas.

Na presença do ácido gástrico no estômago, é convertida em um gel que


"captura" de 8 a 10 vezes o seu peso em gorduras dietéticas antes que sejam
metabolizadas. A redução calórica diária atua como auxiliar para a perda de
peso, pois o organismo irá compensar este déficit queimando as reservas do
organismo; envolve as gorduras dos alimentos de modo que resulta em um
complexo - Quitosana-Gordura - que não é absorvido pelo organismo e nem
pode ser "atacado" pelas enzimas digestivas, sendo estas eliminadas pelas
fezes. Sua indicação cabe no tratamento de hipercolesterolemia, redução
calórica da dieta e tratamento adjuvante para perda de peso. Sua dose usual
recomeda-se no máximo 2,5 g ao dia (3 x ao dia), antes das principais
refeições.

O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de


líquido. Os pesquisadores advertem que a ingestão de quitosana deve ser

16
acompanhada por antioxidantes para minimizar o grau de estresse oxidativo no
fígado.

CHRORELLA

Apresenta em sua composição proteínas, minerais, aminoácidos,


enzimas polissacarídeos, fibras, vitaminas e clorofila. A clorofila e seus
derivados estimulam a formação de glóbulos vermelhos e influenciam o
metabolismo e a respiração celular. As vitaminas são cobertas por aminoácidos
e, conseguinte, o corpo as assimila mais rapidamente. Possui 18 aminoácidos,
incluindo os oito aminoácidos essenciais. Alguns dos polissacarídeos são:
galactose, xilose, ramnose e arabinose, que foram descobertos como cruciais
para melhora o sistema imunológico. Rica em ácidos nucléicos - bons para o
crescimento e antienvelhecimento.

A Chlorella tem dez vezes mais beta-caroteno que as cenouras e é rica


em vitaminas do complexo B; promove o crescimento nas crianças e fortalece
seus tecidos por conter o Fator Chlorella de Crescimento (FCC); Chorella
incrementa o conteúdo das células brancas do corpo, ela pode revelar-se como
uma ajuda durante e após a quimioterapia, particularmente, aumenta a
produção de macrófagos e de linfócitos T.

Existe alguma indicação que ela aumenta a multiplicação de


lactobacilos, ajudando na digestão e é utilizada como agente oxigenante do
sangue, onde tem possibilidades interessantes contra células cancerígenas.

Suas Indicações estão relacionadas a auxilia na redução de peso,


reposição nutrientes, vitaminas e sais minerais; diminui o apetite; estimulante
das funções intestinais; normalizadora da digestão e a função intestinal;
fortalecimento do sistema imunológico; protetor contra agentes poluentes e
tóxicos; auxilia no tratamento de doenças degenerativas e estados de
desnutrição; melhora atividade cerebral e no tratamento e prevenção de
anemia;

A dose indica é no máximo de 4 gramas ao dia

17
SPIRULINA (Spirulina máxima)

Este fitoterápico em sua composição contem proteínas correspondente a


65% em peso seco, sendo esta porcentagem de proteína abrangindo todos os
aminoácidos essenciais, possui também hidratos de carbono, entre 8 e 14%
principalmente na forma de polissacarídeos. dos quais os monômeros
principais são glucose, galactose, manose e ribose, possui lipídios: 6%, mas
tanto suas quantidades como composição variam em função das condições de
cultivo, principalmente luz e nitrogênio, apresenta ácidos nucleicos, porem em
baixo conteúdo em ácidos nuclêicos; idôneo para suplementação em pacientes
com antecedentes ou predisposição à gota, visto que no metabolismos dos
ácidos nuclêicos se produz ácido úrico, sua composição vitamínica apresenta
elevadas concentrações de pigmentos, entre eles β-caroteno; é o organismo
não animal com maior conteúdo em vitamina B12 ou cobalamina. Sua ação
corresponde como supressor do apetite (fenilalanina + efeito mecânico) e
complemento dietético, proteico e vitamínico; este indicado para compor dietas
para emagrecimento e como suplemento nutricional. Apresenta contra
indicação para gestantes, nutrizes e crianças até 3 anos, sendo que somente
devem consumir este produto sob orientação de nutricionistas ou médico. Sua
indicação de uso depende da finalidade, sendo que para dietas de
emagrecimento de 2 a 3g, 30 minutos antes das refeições e como
suplementação nutricional de 1 a 1,5 g imediatamente antes das refeições.
Apresenta interações com ferro e taninos, podendo favorecer o preciptamento
de proteínas, e o uso de doses acima do recomendado pode apresentar
toxicidade.

FUCUS VESICULOSUS

Alga muito utilizada como estratégia no tratamento da obesidade


apresenta na sua composição iodo, boro, mucilagem (fucoidina, ácido algínico)
e sais minerais (Cl, K, Fe e P). Seu principal marcador é o iodo. Tem efeito no
funcionamento da tireoide, sendo assim indicado para pacientes com
hipotireoidismo, além de apresentar efeitos diuréticos e depurativos; por
apresentar grande quantidade de minerais esta indicado no tratamento para

18
reposição mineral. Como tem como ação o aumento da síntese de hormônios
T3 e T4, esta alga consegue acelerar o metabolismo basal e estimula a lipólise.

Seu uso corresponde a uma dose de 50mg/dia de extrato seco e


também é utilizado na produção de tinturas, cremes, géis e loções. Quando seu
uso for acima do recomendado, pode apresentar efeitos semelhantes ao do
hipertireoidismo, redução da absorção de ferro, sódio e potássio; agravamento
de erupções acnêicas.

Esta alga não esta indicada para pacientes com hipertireoidismo,


sensibilidade ao iodo, gestação, lactantes e crianças, hipertensos e problemas
cardíacos, acne pré-existente e seu uso em excesso ou por período prolongado
pode acarretar alterações na glândula tireoide.

SÍNDROME METABÓLICA:

Em resumo é quando o paciente possui no mínimo 3 dos 5 critérios


abaixo listados:

- Circunferência abdominal maior que 102 cm em homens e 88 cm em


mulheres;

- Triglicerídeos no sangue em níveis maiores que 150 mg/dl;

- Colesterol HDL, inferior a 40 mg/dl em homens e 50 mg/dl em mulheres;

- Hipertensão;

- Glicemia de jejum maior que 100 mg/dl;

DISLIPIDEMIAS

Essa doença refere-se ao aumento das frações isoladas do colesterol ou


o seu aumento total, com características vinda da dieta para o seu surgimento,
a mesma pode ser resultado de um fator genético ou distúrbios metabólicos
proveniente do metabolismo dos lipídios, considera-se hipercolesterolemia
isolada quando a fração do colesterol LDL esta ≥ 160 mg/dl e a
hipertrigliceridemia isolada, quando a elevação isolada dos TGs ≥ 150 mg/dl

19
que reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG,
como VLDL, IDL e quilomícrons, já a hiperlipidemia mista é quando Valores
aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 mg/dl) estão associados e
elevados ao mesmo tempo.

A fração HDL-Colesterol quando esta baixo(HDL-C (homens < 40 mg/ dl


e mulheres < 50 mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de
TG. Neste caso a fração supracitadas tem impacto na saúde cardiovascular do
paciente, porém o seu valor alterado também pode impactar na saúde do
paciente.

O tratamento das dislipidemias inclui tratamento medicamentoso,


nutricional e alterações no estilo de vida com a pratica do esporte; a terapia
nutricional e mudanças de estilo de vida no controle das dislipidemias deve
sempre ser adotada. O alcance das metas de tratamento é variável e depende
da adesão à dieta, às correções no estilo de vida − perda de peso, atividade
física e cessação do tabagismo e, principalmente, da influência genética da
dislipidemia em questão.

Os níveis séricos de colesterol e TG se elevam em função do consumo


alimentar aumentado de colesterol, de carboidratos, de ácidos graxos
saturados, de ácidos graxos trans e de excessiva quantidade de calorias.

O indivíduo deverá ser orientado de como selecionar os alimentos, da


quantidade a ser consumida e do modo de preparo, bem como das possíveis
substituições dos alimentos.

Quanto ao tratamento medicamentoso nas últimas duas décadas,


avanços notáveis foram obtidos com o desenvolvimento de hipolipemiantes
com potenciais crescentes para redução da hipercolesterolemia, permitindo a
obtenção das metas terapêuticas, especialmente do LDL-C.

Além das estatinas, resinas e ezetimiba, novas classes têm sido


investigadas.

Niacina (B3), que atua no tecido adiposo periférico, leucócitos e células


de Langerhans por meio de sua ligação com um receptor específico ligado à
20
proteína G, o GPR109A, a ativação da GPR109A inibe as lipases
hormonossensitivas nos adipócitos e, por esse meio, diminui a liberação de
AGs livres na circulação.

Ácidos graxos ômega 3, que em altas doses (4 a 10g ao dia) reduzem os


TGs e aumentam discretamente o HDL-C, podendo, entretanto, aumentar o
LDL-C, em um estudo inicial, a suplementação com ω-3 foi relacionada com
benefício clínico, mas recentes metanálises não confirmam o benefício dessa
terapia na redução de eventos cardiovasculares, coronarianos,
cerebrovasculares, arritmias ou mortalidade global, assim, sua indicação na
terapia de prevenção das doenças cardiovasculares não está recomendada.

No tratamento da hipercolesterolemia, segundo a American Heart


Association (AHA), a recomendação de ingestão de nutrientes na
hipercolesterolemia deve contemplar as necessidades orgânicas, sendo,
carboidratos na hipercolesterolemia não é diferente do estabelecido para um
indivíduo adulto (50 a 60%VET) sem hipercolesterolomia. De uma maneira
geral, devemos estabelecer orientações em relação à qualidade desses
alimentos, preferindo produtos integrais e evitando os refinados. A
recomendação para a ingestão de proteínas é semelhante àquela estabelecida
para um indivíduo adulto (15%VET), sem alteração do metabolismo das
gorduras. De uma maneira geral, devemos estabelecer orientações em relação
à qualidade desses alimentos, preferindo laticínios e carnes magras. A
recomendação para a ingestão de colesterol deve ser de no máximo 200
mg/dia e a recomendação de ingestão de fibra alimentar total para adultos é
de 20 a 30 g/dia, sendo 5 a 10g de fibras solúveis, como medida adicional para
a redução do colesterol.

Outras recomendações tem sido indicadas para estes pacientes sendo


que a proteína da soja apresenta estudos que demonstram efeito positivo da
soja na prevenção de doença cardiovascular envolvem a porção isoflavona,
devido às suas propriedades antioxidantes. Uma meta-análise publicada por
Anderson e col. em 1995, comprovou que a ingestão de 47g de proteína de
soja diminuiu o colesterol total em 9,3%, o LDL-c em 12,3% e os triglicerídeos
em 10,5%. Para atingir a recomendação devemos orientar a ingestão de 40

21
mg de isoflavonas ao dia, que equivale a 57g de soja cozida - 2 a 3 colheres de
sopa, 1 litro de leite de soja, 60g de carne de soja - 1 bife pequeno ou 2
colheres de carne picada ou 80g de tofu - 02 fatias médias.

Quanto ao fitoesterol, é necessária a ingestão de 2 g/dia de fitosteróis


para a redução média de 10-15% do LDL-C.

Os antioxidantes podem estar relacionados com a prevenção e o


tratamento das doenças cardiovasculares, Incluem os flavonóides, que são
antioxidantes polifenólicos encontrados nos alimentos, principalmente nas
verduras, frutas, grãos, sementes, castanhas, condimentos e ervas e também
em bebidas como vinho, suco de uva e chá e as vitaminas. Não há estudos
randomizados, controlados e com número suficiente de pacientes que
demonstrem a prevenção de eventos clínicos relacionados à aterosclerose com
suplementação de antioxidantes como, por exemplo, as vitaminas E, C ou beta-
caroteno, não existem evidências de que suplementos de vitaminas
antioxidantes previnam manifestações clínicas da aterosclerose.

No tratamento da hipertrigliceridemia, com níveis muito elevados de


triglicerídeos e que apresentam quilomicronemia, devem reduzir a ingestão de
gordura total proveniente da dieta. Recomenda-se a ingestão de no máximo
15% do valor energético diário na forma de gordura.

Na hipertrigliceridemia secundária à obesidade ou diabetes, recomenda-


se, respectivamente, dieta hipocalórica, adequação do consumo de
carboidratos e gordura, controle da hiperglicemia, além da restrição total do
consumo de álcool.

Existe na literatura fitoterápicos e suplementos nutricionais que podem


auxiliar no tratamento destas alterações no perfil lipídico, dentre estes podemos
citar:

FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS PARA DISLIPIDEMIAS

GUARANÁ (Paullinia cupana), CAFEÍNA, GARCÍNIA CAMBOGIA,


QUITOSANA e PROBIÓTICOS

22
Os probioticos existe estudos que os descrevem com atuantes na
redução do colesterol séricos através da inibição da HMG-coA redutase.

Os demais foram citados em patologias anteriores, cabe rever conteúdo.

DOENÇAS CARDIO VASCULARES

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Diferente do conceito que muitos tem desta doença a pressão arterial é


uma doença crônica; seu gatilho é multifatorial, geralmente na maioria dos
casos o paciente não apresenta sintomas, porém há um comprometimento do
equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores e vasoconstritores, levando a um
aumento da tensão sanguínea nos vasos, capaz de comprometer a irrigação
tecidual e danos aos órgãos por eles irrigados. A pressão refere-se à força com
que o sangue flui nas paredes de uma artéria, exercida pelo sangue devido a
pressão do coração; considera-se a Pressão Arterial Máxima – PAS, quando
há uma maior tensão causada pela contração do ventrículo esquerdo, reflete a
integridade do coração, das artérias e arteríolas e a Pressão Arterial Mínima –
PAD, quando há uma menor tensão devido à resistência oferecida pelos vasos
periféricos, ocorre durante o relaxamento do ventrículo esquerdo.

Em pacientes que apresentam sintomas, podem se queixar de sensação


de mal-estar, ansiedade e agitação, cefaleia, tontura, dor no peito, tosse e falta
de ar, formigamento dos membros, sangramento do nariz.

A hipertensão arterial pode comprometer a saúde do individuo quando


não tratada pode levar o paciente a desenvolver complicações colocando em
risco a sua vida, as principais evoluções estão relacionadas com Infarto –
acontece no coração, o entupimento de um vaso leva à angina e pode evoluir
para o infarto; insuficiência renal – Pode ocorrer a paralização dos rins devido
ao entupimento por trombos; derrame cerebral – O entupimento ou rompimento
de vasos leva ao AVC.

Não existe cura para a hipertensão, os portadores de hipertensão


necessitam tratar-se durante o resto de suas vidas para evitar complicações. O
tratamento pode ser feito através de fármacos, alterações dietéticas e
23
mudanças no estilo de vida, o paciente com uso de tratamento por meio de
fármacos deve tomar seus medicamentos conforme prescrição medica e não
somente quando a pressão estiver alterada.

As manobras do tratamento não medicamentoso inclui a redução da


ingesta de sal, controle do peso, pratica de exercícios físicos com orientação
profissional, reduzir o sessar o tabagismo e o consumo de bebidas com teor
alcoólico, controlar as comorbidades associadas caso o paciente apresente.

ATEROSCLEROSE

Condição patológica das artérias, que se caracteriza pelo acúmulo de


lipídios e tecido fibroso sobre a camada íntima das artérias. Essas placas que
se formam são denominadas de ateroma, sua etiologia está associada á
hiperlipidemia, porem existe fatores de ricos que contribuem para a formação
das placas de ateroma em pacientes que apresentam hipertensão, obesidade,
antecedentes familiares, estresse, tabagismo e inatividade física.

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida, como ação profilática


sendo que o paciente deve consumir dieta com baixo teor de lipídeos, fármacos
específicos e redução dos fatores de risco. Caso a doença se instale o paciente
pode evoluir ao tratamento cirúrgico de desobstrução e revascularização da
artéria e quando não tratado a doença pode levar a hipóxia favorecendo outros
acidentes cardiovasculares.

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO (IAM)

É a necrose da célula miocárdica resultante da oferta inadequada de


oxigênio ao músculo cardíaco, este evento tem fatores biológicos
determinantes como os trombos (placa aterosclerótica vulnerável), espasmo
coronário (vasoconstricção), aumento da placa aterosclerótica, desequilíbrio
entre a oferta e o consumo de oxigênio, condições que predispõe ao ataque
cardíaco e a obesidade.

Um dos fatores externos que causa grande impacto, favorecendo o


evento patológico e o tabagisco, sendo que o fumante tem uma maior chance
de morrer subitamente do que um não fumante. Os fumantes passivos também
24
têm o risco de um ataque cardíaco aumentado; outro fator é a vida sedentária,
a pratica de atividade física, favorece a correção da obesidade, a hipertensão,
o diabetes e a redução do colesterol.

O infarto agudo do miocárdio pode ter gatilho hereditário e hormonal,


homens devido a testosterona tem uma maior disponibilidade de forma e
depositar placas de ateroma no sistema circulatório.

As manifestações Clínicas no momento do evento variam de acordo com


a intensidade do dano, porém os pacientes podem apresentar dor súbita,
violenta e constritiva; sinais de choque, como palidez acinzentada, ansiedade,
sudorese abundante, pele fria e pegajosa, pulso rápido, irregular e fraco, e
hipotensão arterial; náuseas e vômitos e alterações no eletrocardio.

As complicações decorrente do infarto quando este não evolui para o


óbito é a evolução com edema agudo de pulmão, arritmias cardíacas,
insuficiência cardíaca congestiva, ruptura cardíaca que pode levar o paciente a
óbito, tromboembolias e choque cardiogênico, responsável por grande número
de óbitos, cerca de 40% do miocárdio está comprometido.

O tratamento da infarto agudo do miocárdio inclui medidas profiláticas


que melhoram as comorbidades de base, evitando a evolução e reduzindo a
probabilidade do evento.

DOENÇAS OSTEOARTICULARES

OSTEOPOROSE

Caracterizada pela prevalência de fratura osteoporótica, sendo que em


torno de 1,5 milhão de fraturas osteoporódicas ocorrem ao ano nos Estados
Unidos (80% mulheres), esta tendência tende a apresentar uma perspectiva de
triplicar em 2050 com o envelhecimento populacional.

O risco de uma mulher ter fratura osteoporótica (20 e 25%) é maior que
o risco combinado de ter câncer de mama, útero ou ovário, segundo os
estudos; trata-se de uma doença silenciosa até a ocorrência de fraturas (2/3
fraturas = assintomáticas), o que caracteriza o diagnostico tardio.

25
Em relação a doença o publico mais atingido são as mulheres após a
menopausa, já os homens apresentam em cada 8 homens acima de 50 anos.
A classificação da osteoporose pode ser primária: Osteoporose tipo I - Alta
reabsorção + osteogênese normal; osteoporose tipo II – Reabsorção normal +
osteogênese lentificada e osteoporose criptogenética – Adultos jovem. Já as
secundária esta associada a fatores e/ou doenças que causam perda de
massa óssea como as endocrinopatias, doenças inflamatórias crônicas,
doenças infecciosas, doenças hematológicas, doenças do aparelho digestório,
induzida por fármacos, imobilização prolongada e osteoporose dos
astronautas, por desuso e sedentarismo.

O diagnostico inclui a avaliação por meio da anamnese onde o paciente


apresenta queixas de dor; história familiar e fatores de risco. Associa-se a
avaliação física, para avaliação das alterações biomecânicas, quanto os
exames de imagens pode ser incluso no diagnostico a avaliação radiológica,
densitometria óssea e a tomografia, cabe incluir a avaliação bioquímica do
paciente.

No tratamento para a osteoporose inclui a pratica de atividade física


sendo esta sempre acompanhada por um profissional habilitado, a
suplementação de vitaminas E e D, além de magnésio, boro e óleos
essenciais. A utilização de fitoterápicos ricos em cálcio como o uso da
cavalinha e o uso de ervas com ação estrogênica como a calêndula, alcaçuz e
sálvia combinadas com ervas que melhoram a digestão e a absorção como o
gengibre e o coentro.

FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS NAS DOENÇAS


OSTEORTICULARES

CAVALINHA

Este fitoterápico rico em cálcio tem suas folhas e talos para a obtenção
dos seus efeitos, suas principais propriedades são a ação diurética, anti-
hipertensiva e mineralizante. Os seus princípios ativos principais são as
saponinas, K, Ca, P, Ácido silíco, Flavonóides, Alcalóides, Taninos,
Fitoesteróides, Ácidos graxos, Vitamina C e Lignanos; sua indicação esta

26
relacionada a osteoporose e reumatismo. A indicação de uso deve ser de 4g de
folhas frescas ou 2g de folhas desidratadas, sendo essas dosagens em forma
de chá (para 1 litro), se o uso for de tintura deve ser de 10 a 20ml, sendo 3
doses diluídas em agua.

SALVIA

Fitoterápico utilizado em varias patologias tendo as suas folhas como


principal forma de obtenção das suas propriedades, cujo as propriedades
apresentadas por esta planta inclui ação antiespamódica, antioxidante e
antibacteriana. Os princípios ativos inclui os flavonóides, triterpenos, ácido
oleânico, diterpenos, óleo essencial, limoneno, pineno, humuleno, linanol livre e
esterificado e bornil; sua indicação terapêutica esta indicada para higiene bucal
e vaginal, distúrbios estomacais, regulador menstrual e afecções da boca e
garganta. Apresenta efeitos colaterais associados a estomatite e boca seca.

A indicação de uso recomendada é 4g de folhas frescas ou 2g de folhas


secas para cada1 litro de água em infuso ou decocto após as refeições ou ao
deitar.

ARTRITE

A artrite é caracterizada por causar rigidez das articulações e


inflamação. Essas causas podem levar a degenerações das articulações,
desfigurações das articulações acompanhadas de dores intensas e constantes.

A osteoartrite é caracterizada pelo uso constante da articulação é evolui


com o desgaste.

ARTRITE REUMATOIDE

Caracterizada por doença autoimune, mais séria e progressiva, suas


causas subjacente incluem a dieta inadequada, problemas digestivos, disbiose,
toxicidade, danos provocados pelos radicais livres, idade, stress e infecções
crônicas.

27
A má digestão e a prisão de ventre produzem deficiência nutricional e
acúmulo de toxinas no intestino, as quais são absorvidas pela circulação e
contribuem para problemas nas articulações, no tratamento contempla o uso de
antioxidantes, ômega 3 e antiflamatórios.

Para o tratamento das doenças articulares, recomenda-se o uso de


alguns fitoterápicos, sendo entre eles:

GARRA DO DIABO

A parte utilizada deste fitoterápico são os tubérculos, o mesmo


apresenta como seus princípios ativos em sua composição a harpagoside,
procumbina, óleos essenciais e flavonoides, já quanto ao seu mecanismo de
ação considera-se a inibição da síntese de tromboxano B2, inibição da síntese
de leucotrienos, inibição da 5-lipoxigenase e cicloxigenase, inibição de
prostaglandina sintetase, aumento da atividade do fígado (eliminação da uréia)
e estimulante do sistema linfático.

Assim como a grande maioria dos fitoterápicos, este também apresenta


efeitos colaterais e contra indicações sendo as principais para pacientes que
tenham úlceras gástricas e duodenal, com obstrução das vias biliares, cálculos
vesiculares, gastrite e cólon irritável, gestação, lactação e diabetes e seus
efeitos Colaterais são leves distúrbios gastrointestinais; pode apresentar
interação medicamentosa quando associado a drogas antiarrítimicas e
antihipertensivas. Suas principais ações são como anti-inflamatória, análgésica,
espasmolítica e estimulante digestivo.

O uso deste fitoterápico esta indicado para atua como anti-inflamatório,


no tratamento da artrite reumatoide e desordens degenerativas do sistema
locomotor; seu uso permite freqüentemente reduzir as doses de corticoides e
antiinflamatórios não esteroidais. A dose recomendada é como decocção
sendo de 5 a 15 g em 500 mL de água; extrato Fluído em solução
hidroalcoólica 25%: 0,10 a 0,25mL, 3 x ao dia; tintura (1:5) em solução
hidroalcoólica 25%: 0,5 a 1 mL, 3x ao dia e extrato Seco: 4,5 a 9,0g que
equivalem a 30-100 mg de harpagoside por dia.

28
UNHA DE GATO

Utilizando a raiz para atingir e absorver seus princípios ativos este


fitoterápico tem como principio a ação dos alcalóides oxindólicos pentaciclicos;
alcalóides indólicos e oxindólicos tetracíclicos; glicosídeos do ácido quinóvico e
glicosídeos triterpênicos e procianidinas.

Apresenta ação como imunomoduladora, anti-inflamatória, antiviral,


antioxidante. É muito usado no tratamento de osteoartrite e artitre-reumatóide;
seu mecanismo de ação, é pela inibição da enzima fosfolipase A2 envolvida no
início do processo inflamatório por ativar a cascata do ácido araquidônico.

Esta contra indicado em pacientes no período de gestação, lactação e


crianças menores de três anos, pacientes com doenças do sistema imune e
pacientes transplantados. Seu uso prolongado (acima de 8 semanas) pode
provocar a queda dos níveis de estradiol e progesterona sérica e após
utilização do produto, orienta-se esperar 1 ano antes de aceitar um transplante.

Sua indicação ideal é na forma de decocção: 20g em 1000 mL de água,


ferver durante 45 minutos; tintura (1:10 em álcool 70%): 25 a 40 gotas, 2 a 3 x
ao dia; extrato fluído (1:1): 25 gotas, 3 x ao dia e extrato Seco: 100 a 300 mg
ao dia.

Recomenda-se que o tratamento não ultrapasse 2 meses, exceto por


orientação médica.

SALIX ALBA

Conhecido como salgueiro branco, a parte utilizada é a casca e o seu


marcador quando padronizado é a salicina, as indicações terapêuticas mais
evidentes são como anti-inflamatório, analgésico e antitérmico. A dose indicada
é de 60 a 240 mg de salicina ao dia.

DOENÇAS AUTOIMUNES

Autoimunidade corresponde a resposta imune específica contra um


antígeno ou uma série de antígenos próprios.

29
Doença autoimune são síndrome provocada por lesão tissular ou
alteração funcional desencadeadas por uma resposta autoimune. Essas
respostas podem ser de origem a tolerância Imunológica que depende do
mecanismo que garante a capacidade de reagir contra uma enorme variedade
de microorganismos, mas não contra os antígenos próprios. Pode ser por
fatores genéticos quando certos genes estão associados com doenças
autoimunes e certos haplótipos (grupos de alelos) com o risco destas se
desenvolverem ou por polimorfismo genético e/ou as mutações também tem
um papel preponderante nesta relação, pode ter gatilhos por fatores endócrinos
e ambientais quando o gatilho pode ser por hormônios, drogas, radiação e/ou
patógenos. Quando o fator é de característica hormonal as mulheres são mais
propensas a desenvolver doenças auto-imunes, devido as alterações
hormonais.

As doenças autoimunes específicas correspondem a doenças mediadas


por dano celular de forma direta, estas geralmente são mediadas por
anticorpos bloqueadores ou estimuladores, como no caso da Tireoidite de
Hashimoto, Diabetes Mellitus Insulina-Dependente, Doença de Graves
(caracterizada por apresentar hipertireoidismo, oftalmopatias, dermopatias
infiltrativas, fraqueza progressiva e perda do controle muscular), Anemia
Perniciosa, Lupus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatóide e Febre
Reumática.

O tratamento destas doenças inclui o uso de corticoideterapia


(medicamentoso) e correção das alterações clinicas (tratamento
interdisciplinar).

CÂNCER

Nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum


o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem tecidos e orgão.
A capacidade de se espalhar, comprometendo outros órgãos além do órgão
primário, apresenta grande potencial de mitose e meiose. O tumor maligno
diferente dos tumores benignos, a multiplicação celular nos canceres é muito

30
rápida, e os diferentes tipos de câncer corresponde aos vários tipos de células
do corpo.

Carcinoma: Inicia-se em tecidos epiteliais como pele ou mucosa.

Sarcoma: Inicia-se em tecidos conjuntivos como ossos, músculo ou cartilagem.

Metástases: Invasão de órgãos vizinhos ou distantes.

A carcinogênese é determinada pela exposição a agentes cancerígenos


em uma determinada frequência, o período de latência varia com a intensidade
do estímulo carcinogênico, com a presença ou ausência dos agentes
oncoiniciadores, oncoprotetores e onoacelerados.

Agente oncoiniciador: É capaz de provocar diretamente o dano genético das


células, iniciando o processo de carcinogênese. Exemplo: Bensopireno
(componente do cigarro) e Vírus HPV.

Agente Oncopromotor: Atua sobre as células iniciadas, transformando-as em


malignas.

Agente Oncoacelerador: Caracteriza-se pela multiplicação descontrolada e


irreversível das células alteradas. Atua no estágio final do processo

Entre os principais fatores de riscos, podemos citar o tabagismo, hábitos


alimentares, etilismo, hábitos sexuais, medicamentos, fatores ocupacionais,
radiação solar, radiações físicas anatômicas, hereditariedade, dentre outros

O tratamento para a doença depende da origem, órgão alvo e as


condições clinicam do paciente, porém na grande maioria resume em
quimioterapia, radioterapia, intervenção cirúrgica, correção do estado
nutricional, suplementação nutricional, fitoterápicos e suplementos com ação
imunomoduladoras, fitoterápicos que reduzem os efeitos colaterais dos
tratamentos de quimioterapia.

AIDS

31
Doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo
Vírus da Imunodeficiência Humana, conhecido como HIV; a infecção ocorre
quando o vírus entra no corpo e ataca os glóbulos brancos (linfócitos),
importantes na defesa imunológica do organismo. Esta situação pode se
prolongar por meses ou anos, sem nenhum sinal aparente da doença. O
organismo esta infectado pelo HIV, mas a doença ainda não se manifestou.

A transmissão do vírus do HIV se dá pelo contato sexual sem


preservativo, transfusão sanguínea, gestação, amamentação (transmissão
vertical), seringas e agulhas compartilhadas, instrumentos perfuro cortantes
não esterilizados e transplante de órgãos de doadores infectados.

Seus sintomas variam de acordo com as condições imunológicas e


exposição do hospedeiro, sendo que podem apresentar febre, calafrios, dor de
cabeça, garganta e musculares.

O tratamento para a doença resulta do uso de anti retrovirais,


suplementação nutricional, correção das doenças oportunistas, recuperação e
manutenção do sistema imunológico, fitoterápicos estimuladores do sistema
imunológico.

FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS NA SINDROME DA


IMUNODEFICIENCIA ADQUIRIDA (AIDS) E IMUNOMODULADORES

ECHINACEA

Tendo como constituintes químicos os compostos como o ácido caféico,


ácido chicórico, polialcanos, polissacarídeos, tusselagina, acetato de bornil,
alcamídeos, borneol, cariofileno, cinarina, equinacosídeo, isotussilagina. Este
fitoterápico apresnta ações signigicantes na estimulação do sistema nervoso
central, muito utilizado na Europa e nos Estados Unidos, como preventivo para
gripes e resfriados devido seu poder de estimular a fagocitose, estimular a
produção de interferon e interleucinas, ativa o complemento na presença de
antígenos bacterianos, estimulação da properdina (fator de imunidade não
específica do organismo), estimulante inespecífico da imunidade celular e do
sistema fagocitário.

32
As contra indicações quanto ao uso da echinacea resume em
apresentação pelo paciente de efeitos alérgicos, portadores de diabetes
mellitus, pois é rica em glicídios, uso por longos períodos sem orientação
médica, gestante e lactantes e pacientes com doenças autoimune. Seu uso
não deve ultrapassar de 250 mg, 3 a 4 vezes ao dia de extrato seco.

CANELA

Nativa do sul da China, essa especiaria doce e aromática apreciada na


culinária é um remédio que aquece, usado para combater as infecções do
inverno e para melhorar a digestão, sua parte utilizada são as cascas interna,
apresentando como componentes químicos os óleos voláteis (incluindo
eugenol), taninos, mucilagem, goma, resina e cumarinas. Sua ação esta
relacionada com efeitos de ação antibacteriana, antiviral, antifúngica,
antioxidante, tônica, estimulante do sistema imunitário, adaptógena,
estimulante da circulação, antiespasmódica, adstringente, digestiva, anestésica
e probiótica. A canela também pode ser utilizada no sistema urinário como anti-
séptica para problemas de bexiga e no sistema reprodutor a canela é
riquíssima em magnésio ajuda a manter equilíbrio hormonal útil na TPM
(transtornos pré menstruais) e controla o sangramento excessivo.

Sua indicação na sua forma em pó não deve ultrapassar a dose de 1 a


6g/dia

CRAVO DA ÍNDIA

Outra especiaria muito utilizada pela culinária este fitoterápico tem sua
utilização através dos seu óleo essencial e botões florais secos, onde encontra-
se os óleos voláteis (incluindo eugenol), ácido galico, vitaminas e ceras
vegetais. Apresenta uma ação antiséptica, atividade antitrombótica, efeitos
antipirético, analgésico, recomenda-se o uso de uma colher de sopa em um
litro de agua para obtenção destas ações.

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

COLITE ULCERATIVA

33
A retocolite Ulcerativa é uma doença que afeta o intestino grosso. É
descrita como um processo inflamatório, fazendo com que a mucosa intestinal
se apresente inflamada, vermelha, coberta de muco e com ulcerações. As
manifestações clínicas desta doença podem variar de acordo com a
intensidade da inflamação podendo o paciente apresentar diarreia (+ 6X/dia),
sangue e muco nas fezes, presença de úlceras na colonoscopia, sangramento
na realização de exames (colono), cólicas abdominais, perda de peso, febre. O
diagnóstico para a colite ulcerativa depende não somente de uma boa
anamnese, mas de exames complementares como a endoscopia,
colonoscopia, RX de abdome, exame de fezes (sangue oculto), exames
laboratoriais.

O tratamento clínico visa controlar a inflamação, reduzir os sintoma e


repor líquidos e nutrientes perdidos. A extirpação cirúrgica do cólon com
subsequente ileostomia pode ser indicada, quando o tratamento clinico for
inoperante. A terapia nutricional, tem o objetivo de conduzir o paciente ao seu
estado nutricional normal, prevenindo futuras perdas e corrigindo as
deficiências que tenham se instalado, líquidos e eletrólitos, dados
endovenosamente, podem ser usados para corrigir as perdas consequentes da
diarreia.

SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

Doença que ocorre em homens e mulheres, vários fatores estão


associados a síndrome: hereditariedade, estresse psicológicos ou condições
como a depressão e a ansiedade, uma dieta rica em lipídeos e alimentos
estimuladores ou irritantes, consumo de álcool e fumo. A fisiopatologia, resulta
de um distúrbio funcional da motilidade intestinal, que pode estar associada
com o sistema neurológico regulador, infecção ou irritação, ou com um
distúrbio vascular ou metabólico. Não há evidencia de inflamação ou alterações
tissulares na mucosa intestinal. As manifestações clínicas desta doença o
paciente pode apresentar sintomas que variam em intensidade e duração,
desde brandos e infrequentes a graves e contínuos; o principal sintoma é
alteração nos padrões intestinais – constipação, diarreia; a dor abdominal é por
vezes precipitada pela eliminação e com frequência, aliviada pela defecação.

34
DOENÇA CELÍACA

Conhecida com alguns sinônimos como enteropatia induzida pelo glúten;


espru não – tropical; espru celíaco; alergia á farinha, a doença celíaca (DC) é
caracteriza por uma inflamação crônica da mucosa e da submucosa do
intestino delgado, causando atrofia das vilosidades intestinais e diminuição na
absorção de nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.

A DC deve ser integrada no diagnóstico diferencial de múltiplas doenças


gastrointestinais. Os componentes humorais e celulares da resposta
imunológica participam ativamente no processo de lesão da mucosa intestinal.
Entre estes componentes humorais podemos citar a gliadina, que é o produto
da degradação do glúten por enzimas do lúmen intestinal, atualmente é sabido
que a gliadina inicia a lesão na mucosa intestinal que envolve todo o processo
imunológico em indivíduos geneticamente predispostos. O endomísio que
consta de uma camada de tecido conjuntivo que encobre uma fibra muscular e
é composta principalmente de fibras reticulares. Também contém capilares,
nervos e vasos linfáticos.

O diagnostico da DC é caracterizado por quadro clínico da doença


celíaca é mais expressivo em crianças e mais discreto em adultos, sendo que
os sintomas na infância podem desaparecer na adolescência e reaparecer na
maturidade ou mesmo na velhice. Em crianças é comum o paciente celíaco
apresentar diarreia, déficit no crescimento, dor abdominal, vômitos, constipação
e distensão abdominal e em pacientes adultos os sintomas são os mesmos,
menos o quesito crescimento. No exame físico e anamnese o paciente pode
apresentar dermatites herpertiformis, defeitos no esmalte dental, diabetes
melitus tipo I, deficiência de IGA, estatura baixa ou fora da curva e problemas
relacionados a tireoide. Indivíduos com a forma ativa da DC, nos quais é
evidente a má absorção, deficiências nutricionais e mesmo manifestações
clínicas atípicas.

Seu diagnostico é feito por meio da biopsia intestinal, porém cabe uma
avaliação e/ou investigação prévia para avaliar a necessidade de submeter o
paciente a invasão do procedimento da biopsia, dentre estes exames de

35
triagem podemos incluir o hemograma, anticorpos IgA, IgG, IgM, endomésio
IgG e IgA, gliadina IgG e IgA, transglutaminase IgG e IgA, bioquímica (rotina) e
avaliação das vitaminas e minerais.

A conduta nutricional depende em que fase da doença o paciente se


encontra, porém cabe a preocupação em repor as vitamina e minerais, corrigir
a desnutrição, retirar as fontes de glúten, orientar e dar opções ao paciente de
alimentos substitutos.

ENTERITE REGIONAL

A doença de Crohn (Enterite Regional) é uma inflamação crônica da


parede intestinal. Tipicamente, a doença afeta toda a espessura da parede
intestinal, mais comumente, ela ocorre na poção mais baixa do intestino
delgado (íleo) e no intestino grosso, mas pode ocorrer em qualquer parte do
trato digestivo, da boca ao ânus, e mesmo na pele perianal.

As manifestações clínicas da doença de Crohn podem ser dor


abdominal, diarreia, cólicas após as refeições, perda de peso, anemia
secundária, distensão abdominal e febre. Os sintomas estendem-se além do
intestino incluindo problemas articulares, eritema nodoso, conjuntivite e úlceras
orais.

No diagnóstico da doença esta incluso a avaliação da colonoscopia,


biópsia, exames laboratoriais.

Não existe um tratamento curativo para a doença de Crohn, porém,


muitos tratamentos ajudam a reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. A
remoção cirúrgica de áreas doentes do intestino pode aliviar os sintomas
indefinidamente, mas não é a cura.

A terapia nutricional inclui dieta com pouco resíduo, de alto valor


calórico, rico em proteínas animais e em vitaminas; em caso de desnutrição
acentuada, cabe a suplementação de nutrientes e em alguns casos para
repouso total do intestino é recomendado o uso de dietas parenterais.

36
FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS NAS DOENÇAS
GASTROINTESTINAIS

ESPINHEIRA SANTA

Fitoterápico muito utilizado para as patologias relacionadas ao trato


gastrointestinal tem as suas folhas como parte utilizada, sendo que nelas
encontra-se seus princípios ativos como a maitesina, flavonoides, fenóis e
mucilagens.

Sua ação atua na dispepsia coadjuvante no tratamento de gastrite e


úlcera gastroduodenal; sendo que o seu mecanismo de ação inclui proteção
gástrica (semelhante a cimetidina e ranitidina), cicatrizante sobre a lesão
ulcerosa; precauções e contra indicações para pacientes com
hipersensibilidade á espinheira-santa, Gestação e lactação.

O uso deste fito esta recomendado em extrato seco até 2g dividias em 3


doses diárias e Infuso sendo até 20g para cada 1000 ml de água. Tomar 3
xícaras ao dia.

BOLDO

As partes utilizadas são as folha, cujas estas contem como princípios


ativos os alcalóides (boldina), flavonoides, óleos voláteis. Estes apresentam
ações antiespamódico, colerático e colagogo, sendo indicado no tratamento de
dispepsias e queixas suaves do trato gastrointestinal.

Existe estudos que dão a este fitoterápico o titulo de hepatoproter,


aperitivo e digestivo e também a função de dobra a secreção biliar e fluidifica a
bile.

Por sua ação colerética não se deve prescrever em casos de obstrução


das vias biliares ou doenças severas do fígado e em casos de cálculos biliares,
deve ser usado somente depois de consultar um médico. A sua indicação pode
ser em infusão sendo 10g de folhas secas por litro de água; extrato líquido (1:1
em álcool a 45%): 0,1 a 0,3 mL, 3 x ao dia; tintura (1:10 em álcool a 60%): 0,5 a
2,0 mL, 3 x ao dia e extrato seco: 0,5 a 2g ao dia.

37
ALCACHOFRA

Usa a planta inteira para a aquisição dos princípios ativos deste


fitoterápico sendo que entre estes inclui os ácidos fenólicos (cinarina, ácido
cafêico), flavonoides, cinaropicrina e os óleos voláteis.

A indicação de uso é como colerético e colagogo, sendo indicado em


casos de problemas relacionados ao mau funcionamento do sistema
hepatobiliar, que levam à dispepsia por má digestão de gorduras. Este
mecanismo de ação se da pelo estímulo da produção de bile no fígado. Na
uremia a cinarina melhora a excreção de amônia por provocar um aumento na
produção de ácido úrico pelo epitélio renal; também tem ação em melhora a
regeneração hepática, atividade depurativa, atividade hipotrigliceridêmica e
hipocolesterolêmica e efeitos antioxidantes ou citoprotetores comprovados em
culturas de hepatócitos.

Esta contra indicado na gravidez e a lactação além de poder causar


dermatite de contato. Pacientes com obstrução do ducto biliar não devem usar
o produto e pacientes que apresentam cálculos biliares devem consultar um
médico antes da utilização da alcachofra.

Sua indicação de dosagem depende da forma a ser administrado sendo


que como extrato hidroalcoólico: 0,5 a 1,0g ao dia; infusos das folhas: 10g/L.
Tomar 01 xícara após as refeições; decocto das folhas: 30 a 40g/L; tintura: 5 a
25 mL/dia e extrato seco: 100 a 150 mg por dose. Tomar 3 x ao dia após as
principais refeições.

HORTELÃ-PIMENTA

Tendo como componentes químicos óleos volátil mentol e derivados


flavonoides, fitol, ácido rosmarínico e taninos,a sua parte utilizada são as
partes aéreas, apresenta ações diaforética (provoca aumento da transpiração),
carminativa, antiespasmódica, antiemética, digestiva e estimulante da
circulação.

38
DOENÇAS NEUROLÓGICAS

DEPRESSÃO

Em 1883, Emil Kraeplin, fundamentou a definição do termo


DEPRESSÃO, substituindo o termo usado na época MELANCOLIA; A
descrição dos fenômenos depressivos passa a ser descritos e observados no
caso Dora em 1922 e no caso Homem dos Ratos em 1915, ambos observados
por Freud.

A classificação da depressão depende do estado evolutivo da doença e


das condições psíquicas do paciente, entre as classificações podemos ter o
episódio depressivo que é classificado em leve, moderado ou grave de acordo
com o número, a intensidade e a importância clinica dos sintomas. Os leves e
moderados podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de
sintomas somáticos já os episódios graves são subdivididos de acordo com a
presença ou ausência de sintomas psicóticos.

Entre os sintomas dos episódios depressivos podemos citar os mais


comuns que incluem o rebaixamento do humor, perda do interesse e da
capacidade de experimentar o prazer, redução da energia e diminuição da
atividade, redução da capacidade de concentração e fadiga acentuada,
redução da autoestima e da autoconfiança e frequentes ideias de culpabilidade.
Sintomas somáticos como a lentidão psicomotora acentuada, agitação, perda
de apetite, perda de peso e perda da libido.

Entre os tipos de depressão descritos na literatura, podemos ter a:

DISTIMIA: Depressão crônica, geralmente de intensidade lenta; começa no


inicio da vida adulta e persiste por vários anos. Os sintomas devem estar
presentes, de forma ininterrupta, por, pelo menos dois anos.

DEPRESSÃO ENDÓGENA: De natureza neurobiologica, mais independente de


fatores psicológicos. Sintomas como: Lentificação psicomotora, perda de
apetite e de peso, alterações do sono, piora dos sintomas no período matutino.

DEPRESSÃO PSICÓTICA: Depressão grave associada a sintomas psicóticos.

39
ESTUPOR DEPRESSIVO: Estado depressivo grave, no qual o paciente
permanece dias na cama ou sentado, imóvel ou rigido. Apresenta anorexia,
urina e defeca no leito, o paciente pode vir a falecer por complicações clinicas.

DEPRESSÃO ANSIOSA: Queixa-se de angustia intensa associada aos


sintomas depressivos; há inquietação psicomotora e risco de suicídio.

DEPRESSÃO ORGÂNICA: É causada ou associada a um quadro clinico


somático, seja ele cerebral ou sistêmico.

DEPRESSÃO DISSIMULADA OU EQUIVALENTE: Sinais típicos de depressão,


mas o componente afetivo é afastado ou negado, muitas vezes expresso por
sintomas somáticos. A revelada à medida que são penetradas as defesas do
paciente.

DEPRESSÃO REATIVA OU SECUNDÁRIA: Surge em resposta a um estresse


identificável, como perdas, doenças físicas graves ou uso/abstinência de
drogas.

DEPRESSÃO MAIOR OU UNIPOLAR: Desordem primária e endógena,


caracterizada por episódios depressivos em períodos variáveis da vida do
paciente, geneticamente predisposto à doença. Corresponde a 25% de todas
as depressões.

TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR: Desordem primária e endógena,


caracterizada por episódios depressivos alternados com fases de mania ou
humor normal. No estado de mania, a pessoa tem prejudicado o seu raciocinio,
bem como sua capacidade de julgamento e o comportamento social; envolve-
se facilemnte em negócios mirabolantes ou aventuras; toma atitudes
inadequadas e incertas. Se não tratada adequadamente, pode evoluir para
quadros psicóticos. Corresponde a 10% das depressões.

DEPRESSÃO PÓS PARTO: O parto e as alterações que ele traz, sejam


hormonais ou na rotina da mulher, podem ser um potente estressor,
desencadeando a depressão em mulheres com tendências à mesma.

40
Os fatores que podem desencadear a depressão são muitos, porem os
mais comuns entre os pacientes que apresentam esta doença tiveram como
gatilho um dos fatores como eventos estressantes ou perdas, desemprego,
doença física, alterações afetivas, dentre outros fatores.

Quanto ao tratamento desta doença é indicado o uso de medicamentos,


realização de terapia, alterações no estilo de vida e fitoterápicos e suplementos
nutricionais.

ALZHEIMER

Doença degenerativa progressiva do cérebro, caracterizada por uma


perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por
alterações da memória episódica, considerada como uma forma de demência
caracterizada por um declínio geral em todas as áreas da atividade mental, não
sendo uma característica apenas da velhice nem sequer um destino inelutável.

Doença caracterizada pela atrofia causada pela degeneração dos


neurônios principalmente do córtex cerebral, lobo temporal e sistema límbico;
déficit colinérgico pré-sináptico demonstrado pela perda neuronal no núcleo
basal de Meynert e a perda de neurônios é o principal acontecimento
neurofisiopatológico subjacente aos sintomas da doença.

Os sintomas da doença depende do estagio em que o paciente se


encontra, sendo que no estagio 1 que pode durar de 2 a 4 anos depois da
doença instalado o paciente apresenta na grande maioria a perda da memoria
recente, perda da espontaneidade, alterações sutis de personalidade e
desorientação quanto ao tempo e datas; no estafio 2 (estagio confusional de
demência), o paciente apresenta cognição e pensamentos abstratos,
desassossego e agitação, perambulação, incapacidade de realizar atividades
da vida diária, comportamento social inadequado, raciocínio abstrato e apetite
veros; no terceiro e ultimo estagio da doença o paciente apresenta indiferença
a alimentos, incapacidade de comunicação, incontinência urinária e fecal e
convulsões.

41
Dentre os fatores de riscos a literatura apresenta a idade, histórico
familiar, baixa escolaridade e lesões cerebrais como os principais gatilhos para
o surgimento da doença.

No tratamento esta incluso o uso de medicamentos, suplementação de


vitaminas e minerais, correções das patologias associadas com usos de
fitoterápicos e intervenções com equipe interdisciplinar.

PARKINSON

Doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente


progressiva, idiopática, raramente acontece antes dos 50 anos,
comprometendo igualmente ambos os sexos. As principais características
desta doença inclui a rigidez muscular, tremor de repouso, hipocinesia
(redução da mobilidade), instabilidade postural e estas características resultam
principalmente pela perda de neurónios de uma área especifica do cérebro que
produzira a diminuição da dopamina, alterando os movimentos extrapiramidais.
Os principais sintomas iniciam-se com tremores ou falta de mímica facial, voz
monótona, escorrendo com facilidade saliva pelos cantos da boca, apresenta
pele lustrosa, principalmente a facial e um déficit da marcha.

No tratamento esta incluso o tratamento medicamentoso, nutricional,


suplementação nutricional quando preciso, psicoterapêutico, intervenção de
equipe interdisciplinar e a intervenção cirúrgica.

ESCLEROSE LATERAL ATROFICA

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é provocada pela degeneração


progressiva no primeiro neurônio motor superior no cérebro e no segundo
neurônio motor inferior na medula espinhal. Esses neurônios são células
nervosas especializadas que, ao perderem a capacidade de transmitir os
impulsos nervosos, dão origem à doença.

Não se conhece a causa específica para a esclerose lateral amiotrófica.


Parece que a utilização excessiva da musculatura favorece o mecanismo de
degeneração da via motora, por isso os atletas representam a população de

42
maior risco, outra possível causa é que a dieta rica em glutamato seja
responsável pelo aparecimento da doença em pessoas predispostas.

Dentre as principais probabilidades da doença estão incluso o gênero


masculino, brancos, maior que 60 anos, atletas e com alto consumo de
glutamato monossodico.

Apesar das limitações da doença de forma progressiva, os pacientes


apresentam-se carinhosos, amorosos e alegres; isso se dá pela preservação
da capacidade intelectual e cognitiva e raramente estes pacientes evoluem
com depressão. Os principais sintomas incluem fraqueza muscular,
acompanhada de endurecimento dos músculos (esclerose), inicialmente em um
dos lados do corpo e atrofia muscular, cãibras, tremor muscular, reflexos vivos,
espasmos e perda da sensibilidade.

Difícil diagnostico. Em grande parte dos casos, o paciente passa por


vários médicos especialistas para então ter a conclusão da doença. O seu
tratamento inclui o tratamento medicamentoso, nutricional (dietoterapia e
suplementação nutricional), fisioterapêutico, fonoaudiólogico, psicológico,
neurológico e outros que podem aliviar a evolução da doença.

ESQUIZOFRENIA

Transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente por uma


coleção de sintomas que podem ocorrer, como alterações do pensamento,
alucinações, delírios, perda de contato com a realidade, transtornos graves do
humor, episódio maníaco e episódio depressivo grave.

As esquizofrenias compõem o grupo das psicoses e atualmente são


tratadas não como um doença no sentido clássico do termo, e sim como um
grupo de sintomas, atingindo todas as classes sociais e grupos humanos.

De acordo com algumas estatísticas, a esquizofrenia atinge 1% da


população mundial e manifesta entre os 15 e 25 nãos de idade em ambos os
sexos; a doença caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da
estrutura básica dos processos de pensamentos, acompanhada pela
dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas.
43
Embora primariamente uma doença que afeta os processos cognitivos,
os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções, os
sintomas não são os mesmos em todos os indivíduos; os transtornos e
alucinações são dependentes do estilo de vida do paciente.

Os sintomas se dividem em positivos e negativos, sendo os sintomas


positivos os que estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da
doença e são as perturbações mentais fora do normal, afetando as funções
psicológicas do paciente, nestes sintomas o paciente tende a apresentar
delírios e ideias que fogem da realidade. E os sintomas negativos o paciente
apresenta uma perda ou diminuição da capacidade mental, isolamento social,
apatia e indiferença emocional.

Os tipos de esquizofrenia, descritos na literatura são:

Paranóide: Quadro clinico dominado por delírios, relativamente bem


organizado. Os pacientes apresentam-se desconfiados, reservados podendo
ter comportamento agressivos.

Catatónico: Caracterizada pelo predomínio de sintomas motores e por


alterações da atividade, que podem ir desde uma estado de cansaço e
acinético até a excitação.

Desorganizado: Sintomas afetivos e as alterações do pensamento são


predominantes. As idéias delirantes, embora presentes, não são organizadas.
Alguns doentes podem ocorrer uma irritabilidade marcada estando associada
ao comportamento agressivo. Não há contato com a realidade para estes
pacientes.

Indiferenciado: Apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um


isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e
intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença
relativamente ao mundo exterior.

Residual: Predomínio de sintomas negativos, os doentes paresentam um


isolamento social marcado por um embotamento afetivo e uma pobreza ao
nível do conteúdo de pensamento.
44
No diagnostico esta incluso a avaliação psiquiátrica e a avaliação
psicológica e o tratamento consta de fármacos específicos e intervenção
interdisciplinar para tratamento de doenças oportunistas.

FITOTERAPICOS E SUPLEMENTOS UTILIZADOS NAS DOENÇAS


NEUROLOGICAS

HIPÉRICO

A parte utilizada desta planta são as folhas e flores, estas partes deste
fitoterápico apresenta como princípios ativo a hipericina, flavonoides,
hiperforina. A ação deste fito é seu potencial como calmante e antidepressivo;
sua aplicação de uso inclui a depressão leve, insônia e o nervosismo.

Seu mecanismo de ação deve-se aos seus princípios ativos, pois, inibem
a receptação de vários neurotransmissores à nível sináptico, principalmente da
serotonina, aumentando a transmissão dos impulsos nervosos, mantendo o
equilíbrio emocional e do humor.

Como quase todos os fitoterápicos sua contra-indicações esta associada


a gestantes devido ao seu efeito emenagogo (favorece a menstruação) e
abortífero (empírico), e sua ação estimulante uterina, também nos casos de
depressão endógena (atual depressão grave); não deve ser usado durante a
lactação sem orientação médica.

Pode apresentar reações adversas e efeitos colaterais, sendo que no


sistema nervoso central pode surgir dores de cabeça, cansaço e impaciência;
no trato gastrointestinal pode surgir constipação, boca seca, dores
gastrointestinais ou do estômago, diarréia e anorexia e no sistema
dermatológico pode evoluir com prurido, exantema e foto sensibilização.

Como interações medicamentosas há uma inibição da absorção de ferro,


redução de níveis sanguíneos de contraceptivos orais, pode reduzir o efeito
anticoagulante da varfarina e orienta-se evitar o uso concomitante com drogas
fotossensibilizantes, como tetraciclinas, sulfonamidas, tiazidas, quinolonas e
piroxicam.

45
Sua indicação de uso é em extrato líquido (1:1 em álcool 25%): 2 a 4
mL, 3 x ao dia.

MARACUJÁ

Através da utilização das suas folhas pode ser adquirido os seus


princípios ativos como os flavonóides, especialmente, glicosídeos, apigenina,
luteolina e isovitexina. Sua indicação de uso em extrato seco padronizado em
2,5% de vitexina (Passiflora) e tintura (1:10 em álcool 45%): 2 a 4 mL, 3 x ao
dia.

Possui efeitos com ação sedativo, tranqüilizante, antiespasmódico e


diurético. Atua no Sistema Nervoso Central, diminuindo a atividade das células
nervosas, proporcionando relaxamento, prolongando no período do sono e
atuando como calmante.

Seu uso é indicado para o tratamento da insônia, irritação, agitação e


impaciência nervosa, tendo como ação o efeito de estimula a ligação do GABA
nos receptores GABA alfa, neurotransmissor inibitório da condução do impulso
nervoso, responsável pela mediação da sedação do sistema nervoso central e
diminuição dos níveis de serotonina, o que pode explicar o efeito desta planta
como calmante natural. Não esta indicado na gestação e a lactação sem
orientação médica, evitar uso concomitante com álcool, não ingerir doses
maiores que as recomendadas e deve ser usado com cautela por hipotensos.

Sua recomendação de uso depende da forma de administração, sendo


que em tintura é de 1 a 4 mL de tintura 1:8; 640 mg de extrato seco, 3 x ao dia;
chá: 2g de erva seca (1 colher de folha seca a cada litro de água) em infusão 3
vezes ao dia.

46
REFERENCIAS

Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de


Diabetes (2015-2016). São Paulo: AC Farmacêutica; 2016.

Organización Mundial de la Salud. Adherencia a los tratamientos a largo plazo:


Pruebas para la acción. Genebra: OMS; 2004.

NUNES, L.R.; Manual Prático de Diabetes - Prevenção, Detecção e Tratamento -


5ª Ed. 2016, Guanabara Koogan

Torres HC, Hortale VA, Schall VT. Validação dos questionários de


conhecimento (DKN-A) e atitude (ATT19) de Diabetes Mellitus. Rev Saúde
Pública. 2005

Pereira DA, Costa NMSC, Sousa ALL, Jardim PCBV, Zanini CRO. The effect of
educational intervention on the disease knowledge of diabetes mellitus patients.
Rev. Latino- Am. Enfermagem 2012.

VASCONCELOS, D. A.; LIMA, M. M. O.; ALCOFORADO, G. G. Plantas


medicinais de uso caseiro: conhecimento popular na região do centro do
município de Floriano/PI. V Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e
Inovação, Maceió, 2010. Anais CONNEPI 2010, 2010.

TELES, D. I. C. A Fitoterapia como tratamento complementar na Diabetes


mellitus. 2013. Tese de Doutorado.

ITF. Índice Terapêutico Fitoterápico 1. Ed. Petrópolis: Editora Científica, 2008.

MORRIS, B. W. et al. 2000. Cromium supplementations improves insulin


resistence in patients with Type 2 diabetes mellitus. In: British Diabetic
Association. Diabetic Medicine, 17, pp. 684-686.

BARROSO, C. F. et al. Estado Nutricional relativo ao zinco em pacientes com


hipertireoidismo. Nutrire, v. 37, 2012.

47
BENEVIDES, A. M. et al. Perfil epidemiológico de portadores de hipotireoidismo
congênito. Revista Paranaense de Medicina, Belém, v. 20, n. 3, p. 23-26,
jul./set. 2006.

KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. Robbins & Cotran - Patologia - Bases
Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

APPOLINÁRIO JC, COUTINHO W, PÓVOA LC. O Transtorno do Comer


Compulsivo. Revisão de Literatura. J Bras Psiquiat 1999.

Duarte, A.C.G. Avaliação Nutricional Aspectos Clínicos e Laboratoriais.


Atheneu. 2007.

Segal, A. et al, Obesidade não tem cura, mas tem tratamento Ed. Prestígio,
2004.

Bray D, Levin MD, Morton-Firth CJ.Receptor clustering as a cellular mechanism


to control sensitivity. 1998.

Segal, A. et al, Obesidade não tem cura, mas tem tratamento Ed. Prestígio,
2004.

Park, S.; Jang, J. S.; Hong, S. M. Longterm consumption of caffeine improves


glucose homeostasis by enhancing insulinotropic action through islet
insulin/insulin-like growth factor 1 signaling in diabetic rats. Metab Clin Exp. Vol.
56. Núm. 5. 2007.

VIEIRA, M. A., ROVARIS. A. A., MARASCHIN, M., SIMAS, K. N., PAGLIOSA,


C. M., PODESTÁ, R., AMBONI, R. D. M. C., BARRETO, P. L. M., AMANTE, E.
R., 2008. Chemical Characterization of Candy Made of Erva-Mate (Ilex
paraguariensis A. St. Hil.) Residue. J. Agric. Food Chem. 56.

SALDAÑA, M. D. A., ZETZL, C., MOHAMED, R. S., BRUNNER, G., 2002.


Extraction of methylxanthines from guaraná seeds, mate leaves, and cocoa
beans using supercritical dioxide and ethanol. J. Agric. Food Chem.

Wolfram S.; Wang Y.; Thielecke F. Antiobesity effects of green tea: form
bedside to bench. Molecular Nutrition & Food Research. Vol. 50. Num. 2. 2006.

48

Você também pode gostar