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Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

Protocolo de Investigação Cientifica

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE


PACIENTES DIABÉTICOS TIPO 2 NO HOSPITAL GERAL DE MARRERE,
NAMPULA, 2021.

Dioklices da Luísa Olindo Soca

Nampula, Dezembro de 2020.


Faculdade de Ciências de Saúde

Curso de Licenciatura em Nutrição

Protocolo de Investigação Cientifica

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE


PACIENTES DIABÉTICOS TIPO 2 NO HOSPITAL GERAL DE MARRERE,
NAMPULA, 2021.

Dioklices da Luísa Olindo Soca

Protocolo de investigação cientifica, feito no


âmbito da aquisição do grau de licenciatura em
Nutrição, com o tema: avaliação do estado
Nutricional e consumo alimentar de pacientes
diabéticos tipo 2 no Hospital Geral de Marrere,
Nampula, 2021, sob orientação da dra. Lídia
Jaime.

Nampula, Dezembro de 2020


Índice
Índice de tabelas..............................................................................................................................4

1. Identificação do problema de conhecimento............................................................................5

2. Identificação da investigabilidade do problema.......................................................................7

Formulação e delimitação do problema.......................................................................................8

Justificativa da investigação.....................................................................................................8

3. Definição conceptual e operacional do problema....................................................................9

4. Objectivos e hipóteses............................................................................................................10

Hipóteses........................................................................................................................................10

6. Selecção do tipo de estudo e delineamento prévio.................................................................11

7. Definição do universo e escolha da amostra.......................................................................11

Critérios para selecção da amostra.............................................................................................12

8. Definição de variáveis e suportes de informação...................................................................12

9. Selecção e caracterização dos instrumentos de intervenção e medida...................................13

10. Tratamento de dados...........................................................................................................13

11. Questões éticas....................................................................................................................13

12. Inventariação de recursos operacionais e logísticos...........................................................14

13. Cronograma de actividades.................................................................................................14

14. Estudo piloto.......................................................................................................................15

15. Divulgação do estudo.........................................................................................................15

17. Apêndices...........................................................................................................................18

3
Índice de tabelas
Tabela 1- Classificação de variáveis

Tabela 2- Recursos materiais e logísticos

Tabela 3- Cronograma de actividades

4
1. Identificação do problema de conhecimento
Diabetes

A diabetes é um importante problema de saúde pública. É uma doença crónica que tem tido sua
incidência e prevalência aumentada nos últimos anos, inclusive por modificação no estilo de vida
da sociedade moderna, que leva às pessoas ao desenvolvimento da obesidade, ao sedentarismo e
ao consumo desenfreado de uma dieta rica em calorias e gorduras, tanto em países desenvolvidos
como em desenvolvimento.(1)

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), American Diabetes Association e


Sociedade Brasileira de Diabetes, o Diabetes Mellitus (DM) pode ser classificado em quatro
classes clínicas: Diabetes Mellitus tipo 1; Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2); Diabetes Gestacional
e Outros tipos de Diabetes.(2)

A diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma síndrome heterogénea que resulta de defeitos da
secreção e da acção da insulina desencadeando hiperglicemia crónica frequentemente associada à
dislipidemia, obesidade abdominal, hipertensão arterial e disfunção endotelial, sendo estes,
factores de risco para doenças cardiovasculares.(3)

Critérios para o diagnóstico

A evolução para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ocorre ao longo de um período de tempo
variável, passando por estágios intermediários que recebem a denominação de glicemia de jejum
alterada e tolerância à glicose diminuída. Tais estágios seriam decorrentes de uma combinação
de resistência à acção insulínica e disfunção de célula beta.(4)

Os sintomas clássicos da diabetes são a poliúria, a polidipsia, a polifagia e a perda involuntária


de peso. Para o diagnóstico da Diabetes, a Associação Americana dos Diabéticos (1999)
recomenda que sejam considerados como critérios(5):

 Sintomas de Diabetes (poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicada) e uma


concentração de glicose no plasma sanguíneo ≥ 200mg/dl;
 Nível de glicemia após privação calórica (jejum) de 8 horas igual ou superior a 126
mg/dl;
 Prova de tolerância oral à glicose com glicemia> 200mg/dl duas horas após a ingestão.6
5
Factores de risco

Consideram-se factores de risco para o desenvolvimento do diabetes: Idade ≥ 45 anos, excesso


de peso (IMC ≥ 25kg/m2), história familiar de diabetes (pais, irmãos), inactividade física
habitual, tolerância à glicose diminuída ou glicemia de jejum elevada e previamente identificada,
história de diabetes gestacional ou parto de bebê > 4,5kg, hipertensão arterial (≥ 140 x
90mmHg), colesterol HDL < 35, triglicerídeos ≥ 250mg/dl, síndrome de ovários policísticos e
história de doença vascular isquémica de qualquer natureza.(6)

Complicações da diabetes

Diversas são as complicações associadas a esta patologia que se podem manifestar a curto ou
longo prazo. Dever-se-á fazer um controlo rigoroso da glicemia, tensão arterial e dos lípidos bem
como dos órgãos mais sensíveis (olhos, rins, nervos periféricos e sistema vascular) de modo a
minimizar os danos resultantes de hiperglicemias permanentes.8As complicações agudas,
nomeadamente o coma ceto-acidótico, o coma hiperosmolar não cetósico, a acidose láctica e o
coma hipoglicémico, estão relacionadas com as alterações metabólicas mais rápidas pelo que
uma terapêutica imediata pode preveni-las. Elas surgem com frequência, nas urgências
hospitalares e reflectem desequilíbrios graves do metabolismo dos hidratos de carbono, sendo
uma ameaça imediata à vida, exigindo tratamento intensivo. As complicações crónicas devem-se
sobretudo a hiperglicémias prolongadas levando a dois grandes grupos de lesões, as
microvasculares e as macrovasculares. As lesões microvasculares dizem respeito aos vasos
sanguíneos pequenos e estão na origem da neuropatia, retinopatia e nefropatia.(7,8)

Relativamente às complicações macro vasculares caracterizam-se pela lesão dos vasos


sanguíneos de maior calibre devendo-se sobretudo ao processo de aterosclerose. Estas
complicações estão na origem da doença arterial coronária, doença cerebrovascular e doença
arterial periférica.(7)

Esta doença representa um importante problema de saúde pública com alta morbi-mortalidade,
com perda significativa na qualidade de vida. Isto se deve principalmente às complicações
crónicas que dela decorrem e que frequentemente têm carácter incapacitante, comprometendo a
qualidade de vida dos seus portadores e requerendo tratamento extremamente oneroso ao sistema

6
de saúde. Estimou-se que os custos dos cuidados de saúde para um indivíduo com diabetes, nos
Estados Unidos, eram duas ou três vezes maiores do que para os indivíduos sem a doença.(9)

Dieta

O controlo adequado da diabetes não pode ser atingido sem planeamento alimentar. A obesidade
é um fator de resistência periférica à insulina. É essencial que o indivíduo diabético se alimente
diariamente com os mesmos tipos/proporções de nutrientes, a mesma quantidade de alimentos e,
na medida do possível, nos mesmos horários. A alimentação deve ser distribuída em cinco ou
seis refeições.(6)

A Roda dos Alimentos é um símbolo do que se pretende como uma alimentação equilibrada.
Cada grupo de alimentos ocupa um espaço correspondente à proporção em que deve estar
presente na alimentação diária. Transmite assim as orientações para uma Alimentação Saudável,
isto é, uma alimentação(10):

 Completa: comer alimentos de todos os grupos e beber água diariamente;


 Equilibrada: comer em maior quantidade os alimentos representados nas fatias de maior
tamanho e menor quantidade dos que se encontram nas fatias de menor dimensão, de
forma a ingerir o número de porções recomendado;
 Variada: comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente,
semanalmente e nas diferentes épocas do ano.

O tratamento da doença envolve alterações no estilo de vida, principalmente em relação aos


hábitos alimentares, realização de actividade física e uso de medicamentos, como
hipoglicemiantes orais ou insulina.(11)

2. Identificação da investigabilidade do problema


A diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995,
atingia 4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de
5,4%. A maior parte desse aumento se dará em países em desenvolvimento,
acentuando-se, nesses países, o padrão atual de concentração de casos na faixa
etária de 45-64 anos. Segundo a International Diabetes Federation (IDF), existem
aproximadamente 387 milhões de pessoas com DM no mundo, e esse numero vem aumentado

7
significativamente, principalmente a DM tipo 2, podendo em 2035, chegar a 592 milhões de
pessoas. O preocupante é que 46.3% dos casos continuam por diagnosticar e estima-se que só em
2014 a diabetes tenha levado 4.9 milhões de mortes.(1,7,12)

A Diabetes Mellitus já não é rara em África. Ao longo das últimas décadas, a


Diabetes Mellitus surgiu como uma importante doença não transmissível (NCD) na África
Subsaariana. Em 2010, a mortalidade imputável à diabetes na África Subsaariana foi
estimada em 6% da mortalidade total. ; A pesquisa STEPS efectuada em muitos países
africanos relatou a prevalência da diabetes com base na concentração de glucose
sanguínea em jejum, que varia de 3 a 15%.4 A Seychelles e as Maurícias têm alguns dos
maiores índices de diabetes na Região. A Diabetes não diagnosticada previamente em
África é na ordem de 60% a 80% nos casos diagnosticados nos Camarões, Gana e
Tanzânia. A taxa de amputações de membros varia de 1,4% a 6,7% dos casos de pé
diabético.(13)

Entre 2005 e 2015 houve um aumento de 2,6 vezes na prevalência de diabetes em Moçambique
(de 2,8% a 7,4%). A maior prevalência foi observada na província de Gaza e Inhambane (16,3%
20,2%, respectivamente), enquanto as proporções mais baixas foram encontradas nas províncias
de Tete, Sofala e Niassa (todas abaixo de 3%). A prevalência de diabetes foi maior em indivíduos
com educação primária em relação aqueles com educação secundária (8,4% vs. 7,8%), sendo
os homens mais afectados que as mulheres (9,5% vs. 6,0%).(14)

Formulação e delimitação do problema

Justificativa da investigação
A Diabetes Mellitus pode ser considerado uma pandemia, que tem um impacto substancial em
todos os sistemas de saúde, bem como em toda a sociedade. A Diabetes Mellitus é um dos mais
importantes problemas de saúde na actualidade, tanto em termos do
número de pessoas afetadas, de incapacitações, de mortalidade prematura, como no que
diz respeito aos custos envolvidos no seu controle e no tratamento de suas complicações. O
estado nutricional dos pacientes está directamente relacionado com o consumo alimentar, pois
podem-se citar o como os principais factores de risco para o desenvolvimento da doença o
excesso de peso e o consumo excessivo de gorduras.(7,15)

8
A adopção de uma alimentação saudável é um dos principais pilares do tratamento e
gerenciamento da Diabetes Mellitus. As recomendações baseadas no fracionamento correcto das
refeições e no consumo de alimentos naturais, como hortaliças, frutas, cereais integrais,
leguminosas, alem da redução de alimentos fontes de gordura, sódio e açúcar, contribuem para a
manutenção do controle metabólico, estado nutricional adequado, bem como na prevenção das
complicações decorrentes da doença.(16)

Uma recente revisão sistémica focada em indivíduos em risco com “pré-diabetes” mostrou que
as intervenções no estilo de vida, recomendadas para prevenção e tratamento, são o principal
alvo para controlar a diabetes tipo 2. No entanto, na sociedade há grandes impedimentos com
relação às estratégias de promoção de estilos de vida saudáveis. As medidas de intervenção
comunitária para mudanças no estilo de vida e adopção de hábitos mais saudáveis devem ser
sustentáveis ao longo prazo e devem incluir todos os grupos sociais, especialmente aqueles com
menores possibilidades de escolha em razão da pobreza e da exclusão social.(17,18)

A alimentação constitui um factor determinante tanto no aparecimento, assim como no controle


ou tratamento das doenças cronicas não transmissíveis como a diabetes.

Para um melhor controle metabólico é imprescindível que o paciente consiga seguir as


recomendações dietéticas oferecidas a ele a quando do seu diagnostico. Neste contexto, torna-se
importante avaliar o estado nutricional pois ele correlaciona-se directamente com o consumo
alimentar, que por sua vez, dependendo do comportamento do paciente, irá auxiliar na prevenção
ou retardamento das complicações da doença sejam elas agudas ou crónicas da doença,
melhorando desta forma o prognóstico e qualidade de vida do paciente ou não.

Delineamento do estudo

Espaço: Nampula

Tempo: 2020

Âmbito: Culminação de curso

9
Pergunta de investigação: Qual é o estado nutricional e como é caracterizado o consumo
alimentar de pacientes diabéticos atendidos no Hospital Geral de Marrere?

3. Definição conceptual e operacional do problema


Figura 1- Modelo conceptual e operacional

Excesso de peso e Sedentarismo Ingestão excesiva


Stress
obesidadade de açucar e álcool

COMPROMETIMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL

Complicações da doença

Hiperglicemia Diminuição da visão Dano renal Coma/Morte


por lesões na retina

Fonte: Autor, 2020.


10
4. Objectivos e hipóteses
Geral

 Avaliar o estado nutricional e o consumo alimentar de pacientes diabéticos, no Hospital


Geral de Marrere.

Específicos

 Auferir as medidas antropométricas e glicemia.


 Classificar o estado nutricional dos pacientes diabéticos.
 Descrever a ingestão alimentar de pacientes diabéticos.
 Relacionar a ingestão alimentar com o estado nutricional dos pacientes.

Hipóteses
 H0= O estado nutricional não está relacionado com o consumo alimentar dos pacientes.
 H1= O estado nutricional está relacionado com o consumo alimentar dos pacientes.

5. Definição da unidade de observação

O estudo será conduzido no Hospital Geral de Marrere, que se localiza na cidade de


Nampula, aproximadamente a 12 Km da zona central da cidade. Tem como unidade de
referência o Hospital Central de Nampula. O raio de ação (em teoria) é de cerca de 15km, com
uma população a rondar os 56.025 habitantes.(19)

O hospital está dividido, no edifício principal, em diversos setores: Serviços de


Internamento de Medicina I, Medicina II, Pediatria, Cirurgia e Maternidade; Serviços de
Urgência (banco de socorros e farmácia de urgência); bloco operatório; laboratório; Setor de

11
Radiologia; depósito de medicamentos; setor de esterilização e lavandaria; serviços
administrativos; serviços de ação social.(19)

E quanto as consultas para os pacientes diabéticos podes descrever alguma coisa…. São
pacientes internados ou não

6. Selecção do tipo de estudo e delineamento prévio

Trata-se de um estudo observacional descritivo onde o pesquisador simplesmente observa o


paciente, as características da doença ou transtorno, e sua evolução, sem intervir ou modificar
qualquer aspecto que esteja estudando, transversal que são estudos em que a exposição ao factor
ou causa está presente ao efeito no mesmo momento ou intervalo de tempo analisado.
Prospectivo, pois, monta-se o estudo no presente, e o mesmo é seguido para o futuro, com
abordagem quantitativa pois ela enfatiza os indicadores numéricos e os percentuais sobre
determinado fenómeno pesquisado. Apresenta-se em forma de gráficos e tabelas, comparativas
ou não, sobre determinado objecto/fenómenos pesquisados.(20,21)

7. Definição do universo e escolha da amostra


O Universo será constituído por pacientes diabéticos tipo 2 atendidos no HGM…..

Tipo de amostragem: probabilística do tipo aleatória simples.

Amostra: para o cálculo da amostra utilizaremos a formula de proposta por Margarita Pocinho
para população finita, com 95% de intervalo de confiança e 5% de erro amostral.

1
n0 = en = N + n0/N + n0
E 20

Onde:

n0 = Amostra aproximada

n = Tamanho da amostra

E0 = Erro amostral

12
N = Tamanho da População

Critérios para selecção da amostra


Critérios de inclusão

 Farão parte do estudo, pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 de ambos os sexos
com idade ≥18 anos, que realizem as suas consultas no Hospital Geral de Marrere que se
disponham a fazer parte do mesmo.

Critérios de exclusão

 Todos pacientes que não se encontrem disponíveis de recolha de dados;


 Todos pacientes com idade inferior à 18 anos;
 Todos pacientes que se encontrem embriagados, ou que não disponham das suas
faculdades mentais nom momento de recolha de dados.

8. Definição de variáveis e suportes de informação


Por variáveis, em sentido lato, definem-se quaisquer eventos, situações, comportamentos ou
características individuais que assumem pelo menos dois valores discriminativos. Isso permite
opô-las às constantes, que se definem por possuir valores estáticos, naturais ou convencionados.
(22)

Em função do papel que uma variável desempenha numa investigação científica, ela pode ser
classificada em dependente ou independente.

Tabela 1- Classificação de variáveis


Variáveis
Dependentes Independentes
 Estado Nutricional  Idade
 Consumo Alimentar  Sexo
 Presença de complicações  Nível de escolaridade
 Condição socioeconómica
 Frequência de consumo de

13
bebidas alcoólicas
 Prática de actividade física
Fonte: Autor,2020

9. Selecção e caracterização dos instrumentos de intervenção e medida


Para auferir o estado nutricional, utilizaremos medidas antropométricas (peso e altura) Neste
sentido, como instrumento para essa medição, teremos a balança calibrada para o peso, onde a
pessoa irá posicionar-se no centro da balança, descalça, com roupas leves, ereta, com os pés
juntos e os braços estendidos ao longo do corpo, mantendo-se parada nessa posição e a leitura
será realizada após o ponteiro estar fixo no visor; o estadiómetro para a estatura, onde o
indivíduo vai
posicionar-se com os calcanhares unidos, ombros e nádegas em contato com o estadiómetro ,
tendo a cabeça orientada conforme o Plano de Frankfurt paralelo ao chão e os braços estendidos
ao longo do corpo.

Para medir o consumo alimentar, irá se utilizar o Questionário de Frequência alimentar (QFA). O
QFA que é um instrumento que tem como objectivo a avaliação da dieta habitual de grupos
populacionais e apresenta como vantagens a rapidez na aplicação e a eficiência na prática
epidemiológica para identificar o consumo habitual de alimentos, além do baixo custo.(23)

10. Tratamento de dados


A análise estatística será feita através do pacote estatístico informatizado SPSS Versão 23, para
análise descritiva (frequência absoluta e percentagem).

11. Questões éticas


O estudo irá seguir os princípios éticos para as pesquisas médicas em seres humanos da
Declaração de Helsínquia do ano de 2013.
Tendo como base respeitar a confidencialidade dos participantes, os questionários não terão
dados referentes ao nome e morada do inquerido e, portanto, cada participante será livre de
participar do estudo e poderá desistir do mesmo durante a colheita dos dados sem qualquer
consequência. Antes da aplicação do questionário será entregue aos participantes, o termo de
consentimento informado para a devida assinatura (pelo participante e pelo entrevistador). Os
participantes entrevistados serão informadas sobre os objectivos do estudo, riscos e benefícios,
destino dos dados e a garantia de protecção e confidencialidade.
14
12. Inventariação de recursos operacionais e logísticos
Para a realização de todas as actividades previstas, são necessários 29.920 MZN, como ilustra a
tabela abaixo.

Tabela 2- Recursos materiais e logísticos


Item Quantidade Preço unitário (mt) Preço total (mt)
Computador 1 28.000 28.000
Resma 1 250 250
Esferográfica 10 10 100
Bloco de notas 3 20 60
Impressão 300 2.5 700
Transporte 6 10 60
Alimentação 3 250 750
Total 29.920
Fonte: Autor, 2020

13. Cronograma de actividades

Tabela 3- Cronograma de actividades


Meses
Actividades Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Revisão
bibliográfica
Elaboração do
protocolo
Apresentação do
protocolo
Teste-Piloto
Recolha de Dados
Processamento,
análise e
interpretação de

15
dados
Entrega do trabalho
final

14. Estudo piloto


O estudo piloto será conduzido, em outra unidade sanitária mas que possua as mesmas
características, através da aplicação do instrumento de recolha de dados, para a verificação da
aplicabilidade e adequação do mesmo em relação ao estudo.

15. Divulgação do estudo


O estudo estará à disposição de toda a comunidade académica da Universidade Lúrio, bem como
do local de recolha de dados (Hospital Geral de Marrere). Para além de que os resultados
poderão ser apresentados em diversos eventos de fórum académico promovidos pela
Universidade Lúrio e as demais instituições de ensino superior sempre que for conveniente.

16. Referências Bibliográficas

16
1. Original A. Sobrepeso em idosos hipertensos e diabéticos cadastrados no Sistema
HiperDia da Unidade Básica de Saúde do Simões Lopes, Pelotas, RS, Brasil1. 2008;

2. Brito S. Revista Eletrônica Gestão & Saúde. 2011;02.

3. Mezzomo TR. Revista Brasileira de Obesidade , Nutrição e Emagrecimento. 2015;225–


34.

4. Alterada GDEJ. Métodos e critérios para o diagnóstico do diabetes mellitus. 2015;2014–6.

5. Doutora Maria Alexandra F. Rodrigues Maputo 2016. 2016;

6. Paulo S de E da S de S. Diabetes mellitus. 2011;

7. Duarte I, Barreiros C, Integrado M, Jo D, Lage CC. Revisão à Diabetes Fisiopatologia e


Tratamento Revisão à Diabetes Fisiopatologia e Tratamento. 2015;

8. Luzio JL, Matos F, Ferreira B, Pato AVAZ, Silva F, Athayde C, et al. complicaçoes
Agudas da Diabetes Melitus. 1998;319–22.

9. Paulo P, Netto P, Oliveira MS, Paula A, Brasil R. Ocorrência de complicações crônicas e


seus fatores de risco em pacientes diabéticos atendidos pelo Programa Saúde da Família
de Muriaé , MG , Brasil. 2015;126–34.

10. Mellitus D. Material educacional de suporte ao ensino da Diabetes Mellitus Controlar.


2014;

11. Entre N, Tipo D. ARTIGO ORIGINAL DE TEMA LIVRE AVALIAÇÃO DO


CONHECIMENTO SOBRE ALIMENTAÇÃO ANTES E APÓS INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL ENTRE DIABÉTICOS TIPO 2 Pamella Cristine Anunciação.
2012;986–1001.

12. CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA MINISTÉRIO. 2006.

13. Ua DA, Ministros DOS, Saúde DA, Exp C. Relatório sobre a diabetes. 2013;6(Vi):22–6.

14. Doenças Crónicas e Não Transmissíveis em Moçambique. 2018;

17
15. Porteiras-ce SDOMDE. NUTRITIONAL STATUS OF DIABETES MELLITUS TYPE 2.
2017;(October).

16. Zanchim MC, Kirsten VR, Carolina A, Marchi B De. Marcadores do consumo alimentar
de pacientes diabéticos avaliados por meio de um aplicativo móvel Consumption of
dietary intake markers by patients with diabetes assessed using a mobile
application. :4199–208.

17. Pereira G. Além das Intervenções de Estilo de Vida em Diabetes Tipo 2. 2016;

18. Minardi R, Cotta M, Cristina K, Batista S, Reis RS, Souza GA De. Perfil sociossanitário e
estilo de vida de hipertensos e / ou diabéticos , usuários do Programa de Saúde da Família
no município de Teixeiras , MG Social-sanitary and lifestyle profile of hypertense and / or
diabetics , users of the Family Health Program in the city of Teixeiras , Minas Gerais
State. :1251–60.

19. Marques AM. No Title. :1–65.

20. Original A. 2. Desenhos de pesquisa 1 Research designs 1.

21. Centro Universitário de Brusque - UNIFEBE. 2014;

22. Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores; 7-11 Mai 2012; Santa Catarina:
Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão Tubarão.

23. Philippi ST, Fisberg RM. Validação de Questionários de Freqüência Alimentar - QFA :
considerações metodológicas Validation of Food Frequency. 2003;6:200–8.

18
17. Apêndices
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
Pesquisador: Dioklices Soca, estudante de Nutrição, 4º ano.
Telefone: 848080641/878080633. Correio electrónico:dioklices.sokas99@gmail.com
Este estudo é realizado no âmbito de culminação do curso para aquisição do grau de licenciatura
em Nutrição, da Faculdade de Ciências de Saúde, Universidade Lúrio, e tem por objectivo
avaliar o estado nutricional, bem como o consumo alimentar de pacientes diabéticos, no Hospital
Geral de Marrere no ano de 2021. Deste modo, gostaria de convida-lo a participar do estudo, que
vai consistir no preenchimento de um questionário com dados pessoais e questões referentes a o
estado nutricional e ingestão alimentar.

Ao participar do estudo, não terá nenhum custo ou vantagem financeira, sendo que o mesmo não
proporciona nenhum risco para si. Será pedido apenas, um pouco do seu tempo e paciência para
fornecer a informação solicitada. Você será esclarecido sobre o estudo em qualquer aspecto que
desejar e está livre para participar ou recusar-se a participar, podendo retirar o seu consentimento
ou interromper a participação a qualquer momento, sem qualquer penalização, pois a sua
participação é voluntária.

19
CONSENTIMENTO INFORMADO

Eu, _____________________________________________________, declaro por meio desta o


meu consentimento para participar no estudo: AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
E CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES DIABÉTICOS TIPO 2, cujos objectivos me
foram explicados anteriormente.

Data:____/____________/________

Assinatura do entrevistado:_____________________________________________

Assinatura do pesquisador:_____________________________________________

20
Destinado para pacientes diabéticos atendidos no Hospital Geral de Marrere

Data da entrevista: __/______/____ Hora de inicio:____________

Nome do entrevistador: ___________________________________.

Número de identificação: _________________.

Nome do entrevistado: _________________________________ Sexo:____

Idade actual:______________

Assunto: Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar de pacientes diabéticos tipo 2 no


Hospital Geral de Marrere.

Peso: _____

Altura: _____

IMC: _____

Glicemia: ______

1. Será que esta a fazer uma dieta especial atualmente:


a) Sim ____ b) Não _____
Se sim, qual: ___________________________________________________.
2. Apresenta alguma outra doença? _______
Se sim, qual ____________________________________________________.
21
Foi diagnosticada antes ou depois de saber que é diabético? ______________.

Questionário de frequência alimentar


22
As questões a seguir relacionam-se ao seu hábito alimentar usual no período de um ano. Para
cada quadro responda, por favor, a frequência que melhor descreva quantas vezes você consome
cada item e a respetiva unidade de tempo (se por dia, por semana ou por mês). Se você não come
ou raramente come um determinado item, preencha o círculo da primeira coluna (n=nunca
come). Não deixe itens em branco.

1. Lacticínios Com qual frequência você costuma Unidade


comer?
Leite fresco N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M

Iogurte natural N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D S M

Iogurte açucarado N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

Queijo N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2. Cereais e Com qual frequência você costuma Unidade


Tubérculos comer?
Pão branco N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M
Pão integral N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M
Arroz N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M
Massas (esparguete e N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
macarrão)

D S M
Xima de milho N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Xima de mapira N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M

23
Mandioca N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D S M

Batata-doce N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D S M

3. Vegetais Com qual frequência você costuma Unidade


comer?
Frutas N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M
Sumo natural de fruta N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M
Verduras e hortaliças N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4. Carne, peixe e ovo Com qual frequência você costuma Unidade
comer?
Ovo N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M
Carne de vaca N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M
Carne de porco N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M

Carne frango N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Carne de cabrito N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

Peixe N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

5. Outros Com qual frequência você costuma Unidade


comer?
Doces e chocolates N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M

D S M
Refrigerantes N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

D S M
Bebidas alcoólicas N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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Fonte: Adaptado pelo autor, 2020.

Legenda:

D- por dia

S- por semana

M - por mês

A- por ano

N- nunca

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