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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA

DÉBORA DO SOCORRO SOBRINHO VELOSO

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DIABETES MELLITUS

Docente: Profª Railene

BELÉM
Junho, 2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 4
2.1. Objetivo Geral 4
2.2. Objetivos Específicos 4
3. DESENVOLVIMENTO 5
3.1. Classificação do Diabetes 5
3.2. Diagnóstico 6
3.3. Prevenção 6
3.4. Tratamento 7
4. MATERIAIS 8
4.1. Métodos 8
5. CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
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1. INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus (DM) compreende um grupo heterogêneo de distúrbios


metabólicos, que apresenta em comum a hiperglicemia, cuja consequência
advém do desequilíbrio na ação da insulina DM tipo 2 e/ou na secreção da
insulina DM tipo 1 (COSTA et al., 2019).

A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células


do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas
atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta
portanto em acúmulo de glicose no sangue (NILSON et al., 2020).

A doença é reconhecida mundialmente em decorrência de seus impactos


biopsicossociais, ocasionada por fatores genéticos e ambientais. Considerada
uma das síndromes mais prevalentes de evolução crônica da atualidade, vem
atingindo cada vez mais pessoas, independentemente de sua etnia, condição
social, idade, gênero, localização geográfica, entre outros fatores (COSTA et al.,
2019).

O Brasil tem cerca de 15 milhões de pessoas diabéticas. O país está entre os


cinco primeiros da América do Sul e Central com os maiores índices de
diabéticos entre 20 e 79 anos. No Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas são
portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia, assim como estima-
se que 50% da população com DM tipo 2 desconhece seu diagnóstico,
percebendo-o apenas após o aparecimento de suas complicações (BRASIL,
2018).

Estudos da Sociedade Brasileira de Diabetes demonstram que a grande parte


dos casos são encontrados em países em desenvolvimento. As causas que são
descritas indicam decorrência do crescimento e envelhecimento populacional,
maior urbanização, alta prevalência de obesidade e sedentarismo. Com isso,
entende-se que a população mundial, com o estado de desenvolvimento
tecnológico vê-se movida a uma vida mais estática, fora de atividade física, bem
como presença de condimentos alimentares industriais mais fortes para atender
a velocidade da presente sociedade de mercado atual com sua evolução (DE
OLIVEIRA SANTOS et al., 2021).
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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral: Obter conhecimento sobre a patologia Diabetes mellitus

2.2. Objetivos Específicos:

 Descrever a classificação da Diabetes mellitus;


 Destacar diagnóstico, tratamento e prevenção da Diabetes mellitus
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3. DESENVOLVIMENTO
3.1. Classificação do Diabetes

A classificação proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e


pela Associação Americana de Diabetes (ADA), e recomendada pela Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD), inclui na síndrome da DM quatro classes clínicas: a
DM tipo 1 (DM1), a DM tipo 2 (DM2), DM gestacional (DMG) e outros tipos
específicos de DM. Além disso, há ainda outras condições, referidas como pré-
diabetes, que são assim classificadas quando a glicemia em jejum se encontra
alterada em níveis maior que 100 mg/dL e menor que126 mg/dL e quando a
tolerância à glicose se apresenta diminuída. Estas duas condições citadas
são, atualmente, denominadas como risco aumentado de diabetes (BRASIL,
2019).

Os tipos 1 e 2 de DM são os mais frequentes e diferem em vários aspectos,


como a idade e prevalência (DE CASTRO et al., 2021).

Diabetes Mellitus TIPO 1; acomete cerca de 5 a 10% dos portadores de DM, e


geralmente tem início em indivíduos com menos de 30 anos de idade, entretanto
pode acometer pessoas em qualquer faixa etária. Ocorre devido à destruição
das células beta do pâncreas, geralmente por processo autoimune,
determinada forma autoimune tipo 1A, ou, de forma menos frequente, por
causa desconhecida, determinada forma idiopática tipo 1B. Nestas formas
de DM, a taxa de destruição das células beta do pâncreas ocorrem de maneira
variável, podendo ser rápida em alguns indivíduos, como em crianças, por
exemplo, e lenta em outros, como nos adultos, por exemplo (FONSECA; ABI
RACHED, 2019).

Diabetes Mellitus TIPO 2; É a forma mais comum de DM, acometendo


cerca de 90% dos pacientes diabéticos, e resulta da deficiência da secreção
de insulina ou de sua ação, podendo culminar em um aumento da produção
hepática de glicose, decorrentes dessas alterações em torno da insulina. A
predisposição para ocorrência de DM tipo 2 está interligada entre fatores
genéticos e ambientais, onde o estilo de vida é um dos fatores principais
para o seu desencadeamento (MUZY et al., 2021).
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Diabetes Gestacional; é considerado Diabetes Gestacional (DG) o


aparecimento de qualquer grau de intolerância à glicose que se manifeste
durante a gravidez, ou que tenha o seu reconhecimento pela primeira vez no
período de gestação; representa riscos tanto para a mãe quanto para o
bebê, e a probabilidade de que as mulheres que desenvolveram DG se
tornem diabéticas futuramente são consideráveis (FONSECA; ABI RACHED,
2019).

3.2. Diagnóstico
Os procedimentos empregados para diagnóstico de DM são: Glicemia em
jejum: medida de glicose no sangue venoso, após jejum de 8 a 12 horas; Teste
da Tolerância a Glicose –TTG, TTOG ou GTT: administrado de forma oral glicose
anidra (1,75 mg/kg para crianças) ou dextrose (82,5g), diluída em 300 ml de
água, ingerida em até 5 minutos, após 120 minutos da ingestão, coleta-se o
sangue para a mensuração da glicemia; Glicemia casual: medida de glicose
no sangue venoso, medida a qualquer momento do dia, sem observaro intervalo
desde a última refeição. Válida como método diagnóstico apenas em paciente
sintomático; Hemoglobina glicada –HbA1c: é a fração da hemoglobina
que se liga a glicose, reflete a média das glicemias nos últimos 3 meses, que
equivale ao período devida das hemácias (MENDES; DIEHL, 2019).
Convém lembrar que a glicemia em jejum é o procedimento mais utilizado
para diagnóstico de Diabetes Mellitus, devido ao baixo custo efácil acesso.
Ahemoglobina glicada, embora possa ser usada como método diagnóstico,
contém limitações, devido a presença de comorbidades associadas, como:
anemia e hemoglobinopatia. Todos os pacientes devem ter, no mínimo,
dois exames diagnósticos alterados para confirmar DM. Independente do
parâmetro utilizado (DE CASTRO et al., 2021).

3.3. Prevenção

Há inúmeros fatores envolvidos no controle da DM, muitos dependem da


adesão do paciente, medidas terapêuticas como dieta, exercício físico e, em
alguns casos o uso de medicamentos são indicadas. O estado nutricional dos
pacientes, seus hábitos alimentares, sua constituição emocional e seus
ambientes familiares, profissionais e sociais também interferem, dificultando na
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identificação dos fatores que podem ser responsáveis pela a deterioração do


controle clínico e metabólico. Esses fatores, na maioria das vezes estão
diretamente relacionados ao comportamento dos pacientes, o que se torna
evidente que a conquista de um controle clínico e metabólico em longo prazo
pode ser uma das consequências de um processo complexo que envolve
simultaneamente fatores psicossociais, endócrinos e farmacológicos (CASARIN
et al., 2022).

Para o Ministério da Saúde a melhor forma de prevenir o diabetes é a prática


de hábitos saudáveis, o incentivo para uma alimentação saudável e balanceada
e a prática de atividades físicas é fundamental (BRASIL, 2019).

3.4. Tratamento

O objetivo do tratamento do DM é a normalização dos níveis glicêmicos e


metabólico; o paciente precisa ser orientado a seguir a prescrição de
medicamentos e as mudanças de estilo de vida, que compreendem hábitos
alimentares saudáveis e a prática de atividade física (CASARIN et al., 2022).

Para Bertonhi e Dias (2018) existem duas opções de tratamento com


medicamentos: os antidiabéticos orais que são substâncias que, quando
ingeridas, têm a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la dentro dos valores
normais geralmente usados quase em sua totalidade, por pessoas com diabetes
tipo 2 e em alguns casos raros e específicos sendo usados por quem tem
diabetes tipo 1, e a insulinoterapia que é a aplicação intramuscular de insulina
exógena diária para a manutenção dos níveis glicêmicos, podendo ser prescrita
tanto para pessoas com DM tipo 1 ou 2 que possuem resistência insulínica ou
comprometimento nas células β.
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4. MATERIAIS

Lista de materiais a partir dos experimentos realizados em sala de aula, a


seguinte lista de materiais foi elaborada segundo a instrumentação necessária para
a correta realização do experimento.

 Algodão;
 Pisseta com Álcool;
 Luvas de látex de procedimento;
 Mel em sachê;
 Folhas de papel toalha, caso achar necessário.
- Um kit de medição de glicose contendo:
 Tiras Reagentes para medição de glicose;
 Lancetador;
 Lancetas;
 Monitor de Glicemia.

4.1. Métodos:

Após a higienização das mãos e o calço das luvas, com o auxílio de um algodão
e da pisseta com álcool, realizou-se a higienização correta do local utilizado para a
coleta de amostra de sangue, em seguida, realizou-se a incisão com o lanceteador e
lanceta e colheu-se a gota de sangue para a tira reagente, conseguintemente a taxa
de glicemia do indivíduo aparece no monitor de glicemia, após isso é realizado o
registro das informações colhidas.
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5. CONCLUSÃO

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica que vem aumentando em


prevalência em todo o mundo. Acomete diferentes faixas etárias e sexos, sendo
um problema vasto e se apresentando de formas variadas (AMORIM, 2019).
O DM é uma doença que desafia a medicina, pois representa uma doença
crônica de difícil diagnóstico precoce e de evolução silenciosa. Os profissionais
da saúde encontram grande dificuldade em convencerem os portadores da
doença em aderirem ao tratamento, além disso, é uma doença que ainda não
tem cura. As principais causas da doença estão ligadas aos hábitos de vida,
alimentação e sedentarismo que tem preocupado profissionais da área da saúde
(MENDES; DIEHL, 2019).
Diante disso conclui-se a importância do conhecimento desta patologia, bem
como, das técnicas para verificação da mesma e as formas de tratamento e
prevenção, pois através disso pode-se mudar as altas taxas de pessoas com
diabetes e de complicações advindas da mesma.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, Rayne Gomes et al. Doença renal do diabetes: cross-linking entre


hiperglicemia, desequilíbrio redox e inflamação. Arquivos brasileiros de
cardiologia, v. 112, p. 577-587, 2019.
BRASIL. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Tipos de Diabetes. 2019.
Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/tipos-de-diabetes.
Acesso em: 19 Mai. 2023. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS). Saúde de A a Z.
2020, 2020. Disponível em: acesso em 18 de MAI de 2023.
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Atenção Básica. (2018). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
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DE OLIVEIRA SANTOS, Givanildo et al. Exercícios físicos e diabetes mellitus:
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FONSECA, Kathlem Pereira; ABI RACHED, Chennyfer Dobbins. Complicações do
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MUZY, Jéssica et al. Prevalência de diabetes mellitus e suas complicações e
caracterização das lacunas na atenção à saúde a partir da triangulação de
pesquisas. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, 2021.
NILSON, Eduardo Augusto Fernandes et al. Custos atribuíveis a obesidade,
hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018. Revista
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