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FACULDADE DA SAÚDE E ECOLOGIA HUMANA

Diabetes Mellitus

Participantes:
Alice Vitória de Freitas Marques
Erik Vinicius Soares Viana Costa
Júlia Gonçalves Chaves
Laura Ister Gomes
Letícia Gabriele de Paula dos Reis
Thayne Camille de Matos Sena

Professores:
André Roberto Melo Silva
Elizabeth Fonseca Dos Reis

Vespasiano MG, 2023.


INTRODUÇÃO

Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome metabólica de origem múltipla,


decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos. A insulina é produzida pelo pâncreas e é responsável
pela manutenção do metabolismo da glicose e a falta desse hormônio provoca déficit
na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por
altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. O tipo um é
causado pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de
defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que
produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos, já o tipo dois
resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção de insulina que ocorre
em cerca de 90% dos diabéticos. A Diabetes Gestacional é a diminuição da
tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não
persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida e outros tipos podem
ser decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com o uso
de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos
genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite,
neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos
químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc. Principais
sintomas do DM tipo 1: vontade de urinar diversas vezes; fome frequente; sede
constante; perda de peso; fraqueza; fadiga; nervosismo; mudanças de humor;
náusea; vômito. E os principais sintomas do DM tipo 2: infecções frequentes;
alteração visual (visão embaçada); dificuldade na cicatrização de feridas;
formigamento nos pés; furúnculos (Ministério da saúde., 2009).
Há aproximadamente 143 milhões de pessoas que sofrem de diabetes
mellitus tipo II no mundo e a projeção para o ano de 2025 é que o número de
diabéticos atinja em torno de 300 milhões, isso em grande parte de países em
desenvolvimento e devido ao crescimento e envelhecimento da população,
obesidade, distúrbios nutricionais e sedentarismo (MODENEZE e col., 2012).

Os efeitos benéficos do exercício físico no paciente diabético do tipo II são


vários, entre eles podemos destacar a diminuição das concentrações de glicose
sanguínea antes e após o exercício, melhora do controle glicêmico, diminuição do
uso de medicamentos orais ou insulinas, melhora na sensibilidade à insulina e no
condicionamento cardiovascular e consequente a diminuição dos fatores de risco
cardiovascular. Sendo assim, a prática sistemática de exercícios físicos fundamental
para controle e tratamento da diabetes tipo II (FRANCHI e col., 2008).

Pessoas com diabetes mellitus tipo II que realizam exercícios físicos podem-
se beneficiar a curto e/ou em longo prazo. Em curto prazo, há o aumento da ação da
insulina, aumento da captação da glicose pelo músculo, aumento da captação da
glicose no período pós-exercício, diminuição da taxa de glicose e aumento da
sensibilidade celular à insulina. Em logo prazo, há melhoria das capacidades
cardiorrespiratórias, diminuição de tecido adiposo, redução dos riscos de doenças
coronárias e melhora da qualidade de vida (D'ÂNGELO e col., 2015)

Segundo Lara (2009) o exercício físico regular, acelera as adaptações


metabólicas e hormonais e contribuem para aumentar a sensibilidade à insulina. O
mesmo autor relata que os benefícios do exercício físico regular em diabéticos
ajudam na redução da perda da massa óssea, aumento do fluxo sanguíneo
muscular, redução de tecido adiposo e aumento da massa muscular. A prática de
exercício físico é uma das principais formas de reduzir o risco de diabetes mellitus
tipo II e diversas outras doenças crônicas, como por exemplo, as cardiopatias.
O controle da diabetes mellitus está diretamente relacionado ao
metabolismo da glicose, redução de gordura corporal e eficácia contra a resistência
à insulina, uma vez que induz a musculatura esquelética fazer uso da insulina para o
metabolismo energético. (CARVALHO e col., 2015).
D'Ângelo e col., (2015) relatam para promover uma melhora no
controle glicêmico, o indivíduo deve realizar o exercício aeróbio de forma regular por
pelo menos um tempo de 150 minutos por semana, distribuídos em três dias
alternados. Adicionalmente, os autores relatam que o paciente pode manter ou
diminuir o peso corporal e assim reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.
Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença,
algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de
complicações. Por isso, testes de rastreamento são indicados em indivíduos
assintomáticos que apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios
clínicos que documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser
questionável.

O tema escolhido para ser abordado tem como justificativa a importância


em ser chamada a atenção da população para os fatores de risco da doença e
também sobre a importância de controlá-la no intuito de evitar outras complicações
de saúde para os portadores de Diabetes Mellitus.

Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre o Diabetes Mellitus,
estudando sobre seus aspectos fisiológicos, epidemiologia, aspectos genéticos e
moleculares, diagnósticos e tratamento em indivíduos portadores dessa doença. E
para isso esta sendo utilizadas pesquisas bibliográficas em artigos científicos e
também a criação de um instagram abordando os temas de maneira assertiva para a
conscientização da população através de postagens em datas preestabelecidas.

METODOLOGIA
Para este trabalho foi utilizado o método de pesquisas
bibliográficas e postagens de textos na rede social (Instagram). Com a finalidade de
analisar a importância desta doença em que o Brasil ocupa o quinto lugar em
incidência de Diabetes Mellitus no mundo. O estudo parte de uma revisão
compostas pelos principais profissionais e sites da área, a exemplo; o Ministério da
Saúde.
DESENVOLVIMENTO COMPILAÇÃO DOS TEXTOS DOS POSTS DO
INSTAGRAM
POST 1 Apresentação Clínica da doença e sua Epidemiologia:
O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível
caracterizada pela alteração dos níveis de glicose no sangue devido à deficiência de
insulina. Existem dois tipos principais: tipo 1, uma condição autoimune em que o
corpo não produz insulina suficiente, e tipo 2, mais comum e associado a fatores
como obesidade e estilo de vida sedentário. O diabetes tipo 2 é uma epidemia global
o Brasil é o 5° país em incidência no mundo, com 16,8 milhões de adultos (20 a 79
anos), afetados. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5
milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de
Diabetes (IDF).Embora não haja cura, avanços científicos têm permitido terapias
eficazes para controlar a doença. E importante realizar exames de rotina e adotar
um estilo de vida saudável para prevenir complicações associadas ao diabetes. Por
meio da busca e análise dos dados epidemiológicos da incidência da DM no Brasil,
verificou-se o registro de 659.639 casos confirmados durante o período de 2018 a
2022, sendo 2022 o ano com mais notificações (137.004), e o ano de 2020 os de
menor número (124.646). A região com maior incidência de DM foi o Sudeste com
239.278 registros e o Centro-Oeste a região do país com menor número de casos
(45.034). Dentre a faixa etária, idosos (60 anos ou mais foi o grupo mais acometido
com 344.500 e jovens nascimento aos 19 anos o grupo etário menos atingido com
47.785 registros de DM. Em relação à Taxa de Mortalidade (TM), o Brasil registrou
na analise total dos 5 anos de estudo o valor de 4,44 (por mil habitantes) sendo o
Centro-Oeste a região com menor TM (3,46) e o Sudeste a região com a maior (4,8).
O país registrou um total de 29.280 óbitos decorrentes da DM sendo o Centro-Oeste
a região com menor número (1.561)e o Sudeste a região com maior (11.248).

POST 2 Aspectos genéticos e moleculares da doença:


A diabetes há uma influência genética, ou seja, ter um parente próximo com
a doença aumenta consideravelmente as chances de você ter também. O diabetes
tipo 1 é mais comum entre os brancos. Por outro lado, membros dos grupos étnicos
indígenas, negros e hispânicos correm maior risco de desenvolver o diabetes tipo 2.
É possível que a estrutura genética desses grupos os predisponha à diabetes, que
tendem a serem consequências do estilo de vida sedentário. Parte da diabetes está
relacionada à genética e outra parte associada aos hábitos de vida, alimentação e
fatores externos. A hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) é o denominador
comum a todas as formas de diabetes, sendo dela resultantes os sintomas iniciais
da doença.

POST 3 Comparação célula afetada e célula normal:


O organismo responde à insulina, um hormônio produzido pelas células B-
pancreáticas, responsável por facilitar a entrada da glicose nas células, consegue
produzi-la de modo adequado, isso acontece em pessoas saudáveis. Em pessoas
com o diabetes tipo 1 (DM1) apresenta-se com uma retroalimentação positiva, ou
seja, um desequilíbrio celular no meio endócrino, no qual a insulina não reconhece
os receptores de membrana das moléculas de glicose livres na corrente sanguínea
ou acaba reconhecendo a insulina como antígeno, ativando os anticorpos para
combatê-la. Dessa forma, não haverá captação de glicose, corretamente,
impossibilitando assim seu encaminhamento para as células. Em contrapartida, o
diabetes tipo 2 (DM2), geralmente, manifesta-se em adultos de meia idade e idosos,
aliado ao déficit metabólico, sedentarismo e má alimentação. Neste caso, o
organismo estará sobrecarregado com glicose, impossibilitando a insulina de realizar
a ligação com o receptor.

POST 4 Fisiopatologia da doença e suas consequências:


O organismo responde à insulina, um hormônio produzido pelas células B-
pancreáticas, responsável por facilitar a entrada da glicose nas células, consegue
produzi-la de modo adequado, isso acontece em pessoas saudáveis. gEm pessoas
com o diabetes tipo 1 (DM1) apresenta-se como uma retroalimentação positiva, ou
seja, um desequilíbrio celular no meio endócrino, no qual a insulina não reconhece
os receptores de membrana das moléculas de glicose livres na corrente sanguínea
ou acaba reconhecendo a insulina como antígeno, ativando os anticorpos para
combatê-la. Dessa forma, não haverá captação de glicose, corretamente,
impossibilitando assim seu encaminhamento para as células. Em contrapartida, o
diabetes tipo 2 (DM2), geralmente, manifesta-se em adultos de meia idade e idosos,
aliado ao déficit metabólico, sedentarismo e má alimentação. Neste caso, o
organismo estará sobrecarregado com glicose, impossibilitando a insulina de realizar
a ligação com o receptor.
REFERÊNCIAS:

D'ÂNGELO, F. A; LEATTE, P. E; DEFANI, M. A. O exercício físico como


coadjuvante no tratamento do diabetes, Revista Saúde e Pesquisa, v. 8, n. 1, p. 157-
166, 2015.

FRANCHI, K. M. B; MONTEIRO, L. Z: MEDEIROS, A I. A; ALMEIDA, S. B;


PINHEIRO, M. H. N. P; MONTENEGRO, R. M; JÚNIO, R. M. M. Estudo comparativo
do conhecimento e prática de atividade física de idosos diabéticos tipo 2 e não
diabéticos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 11 p. 327- 339 2008.

LARA, F. N. O efeito agudo do exercício de força e da caminhada, na glicemia


de um indivíduo sedentário, diabético do tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e
Fisiologia do Exercício, v. 3, n. 15, p. 248-254, 2009.

MODENEZE, M. D; VILARTA, R; MARCIEL, S. E; SONATI, G. J; SOUZA, M.


E. S.N; BOCCALETTO, E. M. A. Nível de atividade física de portadores de diabetes
mellitus tipo 2 em (DM2) comunidades carente no Brasil, Medicina Ribeirão
Preto, p. 78-86, 2012.

CARVALHO, S. S; SILVA, T. M. A; COELHO, J. M. F. Revista de


Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 5, p. 1-13, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento


de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:
Diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, n. 36, 2013.
ALVES, B. / O. / O.-M. Diabetes | Biblioteca Virtual em Saúde MS.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/diabetes/>.

SOFIA, N.; FERNANDES, M.; FERNANDO PESSOA, U. Alterações


metabólicas no diabético. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/4476/1/PPG_22125.pdf>.

BRUTSAERT, E. F. Diabetes melito (DM). Disponível em:


<https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-e-dist%C3%BArbios-do-
metabolismo-de-carboidratos/diabetes-melito-dm>.

CASARIN, D. E. et al. Diabetes mellitus: causas, tratamento e prevenção / Diabetes


mellitus: causes, treatment and prevention. Brazilian Journal of Development, v. 8,
n. 2, p. 10062–10075, 9 fev. 2022.

SICONELLO, G.; SANTOS, D. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE


MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE GENÉTICA.
Disponível em<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-29062023-
135148/publico/GustavoSiconellodosSantos.pdf>. Acesso em: 29 out. 2023

Insulina: o que é, para que serve e quando tomar. Disponível em:


<https://www.tuasaude.com/insulina/>.

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