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FACULDADE MULTIVIX DE VITÓRIA

CURSO DE FISIOTERAPIA – NOTURNO

EMILLY OLIVEIRA FRANÇA VIANA


LAÍS DE FREITAS MUNIZ
MARIA LUIZA TREVIZANI
MARYANNA VITÓRIA DE MATOS SILVA
RENATA HUGUINIM EMERICK

DIABETES TIPO II: RELATO DE CASO CLÍNICO E DESCRIÇÃO DA


DOENÇA

VITÓRIA – ES
2023
DIABETES TIPO 1: RELATO DE CASO CLÍNICO E DESCRIÇÃO DA
DOENÇA1
Aline Zandonadi Lamas2
Emilly Oliveira França Viana3
Laís de Freitas Muniz3
Maria Luiza Trevizani3
Maryanna Vitória de Matos Silva3
Renata Huguinim Emerick3

RESUMO
O caso clínico para estudantes da área da saúde é fundamental para a formação
acadêmica dos futuros profissionais, cujo objetivo é poder aplicar os conhecimentos
adquiridos e diagnosticar casos reais, realizando pesquisas mais aprofundadas.

ABSTRACT

SÚMARIO

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1. CASO CLÍNICO
Mulher de 45 anos relata queixas de sede intensa, aumento da ingesta de líquidos
e micção excessiva. Relata não sentir sintomas de infecção do trato urinário e não ter
qualquer outro problema médico. A mulher está acima do peso, porém sem qualquer
perturbação aguda. O exame físico está normal e o de urina mostrou a presença de
glicose e nível de açúcar no sangue de 400 mg/dL.
2. INTRODUÇÃO
De acordo com pesquisas em documentos científicos, a paciente possui um
provável diagnóstico de mellitus tipo II ou diabetes tipo II, como é conhecida
normalmente.
O diabetes é uma enfermidade que está relacionada a uma elevada taxa de
mortalidade e a diversas complicações graves, como amputação de membros e perda
da visão. O desenvolvimento dessa doença está associado a vários fatores, como
envelhecimento, sobrepeso, alimentação inadequada, falta de exercícios físicos,
histórico familiar, níveis elevados de glicemia de jejum e triglicerídeos, pressão arterial
elevada, síndrome do ovário policístico e antecedentes de doenças vasculares. Existe
uma classificação para distinguir qual é o grau que o paciente adquiriu.
O quadro 1 descreve os valores que devem ser encontrados para realizar a
investigação de possíveis casos de diabetes.
Quadro 1: critérios diagnósticos de diabetes
EXAME NORMAL PRÉ-DIABETES DIABETES
Glicose em jejum (mg/dL) < 100 100 a 125 ≥ 126
TOTG (mg/dL) < 140 140 a 199 ≥ 200
Hemoglobina glicada (%) < 5,7 5,7 a 6,4 ≥ 6,5
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019)

Os exames acima são feitos coletas de sangue com o paciente em jejum de 8 a


12 horas. Níveis aumentados de triglicérides, refletem riscos cardiovasculares,
principalmente quando associados a elevadas concentrações glicose e CC elevada.
A partir desses resultados, é feito uma classificação para distinguir qual é o grau
que o paciente adquiriu. Partindo desses conhecimentos, poderá iniciar o tratamento.
2.1 Pré diabetes
Ocorre quando o nível de açúcar no sangue está subindo, mas ainda não é
suficiente para diagnosticar a diabete. O grupo de alto risco e mais vulnerável a
doença é composto por pessoas com obesidade e hipertensão arterial (Vale Mais
Saúde, 2022).
2.2 Diabetes tipo I
Também conhecida como Mellitus tipo 1. É o tipo mais agressivo, causa
emagrecimento rápido. Ocorre na infância e adolescência (SMELTZER; BARE, 2002).
Atinge de 5% a 10% do total de pessoas com a doença. É considerado como
autoimune pois, o próprio organismo ataca as células responsáveis pela produção da
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insulina, sendo assim a insulina não é produzida e a glicose não é transportada para
as células e acaba se acumulando no sangue (Vale Mais Saúde, 2022). A maioria dos
indivíduos com diabetes tipo 1 apresentam a doença antes dos 30 anos (GUYTON;
HALL, 2002)
2.3 Diabetes tipo II
Também chamada de Mellitus tipo 2, atinge cerca de 90% da população que
possui a doença. É o tipo mais comum decorrente a uma certa resistência à insulina
(produzida pelo pâncreas) que pode surgir no decorrer da vida. Essa insuficiência
pode se originar através da má alimentação, erro genético, entre outras. Ela diminui a
ação da insulina e faz com a glicose acabe se acumulando no corpo. É um tipo que
se manifesta frequentemente em adultos, entretanto crianças também podem
desenvolver (Vale Mais Saúde, 2022).
2.4 Diabetes gestacional
Ocorre durante a gestação e que está relacionado com a produção de outros
hormônios pela placenta que bloqueiam a ação da insulina (Vale Mais Saúde, 2022).
Os especialistas acham que o diabetes gestacional pode ser uma etapa do diabetes
tipo 2, pelas semelhanças clínicas existentes em ambos (SELIGMAN; DUNCAN;
BRANCHTEIN, 2006), podendo ou não desaparecer após o parto.
3. DESENVOLVIMENTO
A diabetes do tipo II é uma síndrome que dificulta o metabolismo de gorduras,
carboidratos e proteínas. Ela é decorrente a produção insuficiente ou a má absorção
da insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável por transportar a glicose
do sangue para o interior das células (Tua Saúde, 2022). É causado pela resistência
à insulina e obesidade (GUYTON; HALL, 2002). Os indivíduos que possuem a doença
podem permanecer assintomáticos por um longo período de tempo. No início ocorre
aumento da micção e sede e os sintomas vão piorando no decorrer das semanas e
meses. Como não ocorre a absorção da insulina, a glicose se acumula no sangue e
provoca o surgimento da hiperglicemia.
Sem a devida absorção de glicose pelas células, o organismo utiliza outras
fontes para obter energia, como os lipídeos. Um dos efeitos importantes da insulina
envolve a translocação de transportadores de glicose (GLUT) do aparelho de Golgi
para a membrana plasmática, assim facilitando a captação celular de glicose
(PASSOS; BARRETOS; DINIZ, 2006).
Esses GLUTs são um conjunto de proteínas presentes na membrana celular,
cuja função é facilitar a entrada de glicose através da membrana plasmática para
dentro das células. No pâncreas, encontramos o GLUT 2, que desempenha o papel
de regular a liberação de insulina. Já no tecido adiposo, o GLUT 4 é responsável pela
captação de glicose, que ocorre com a mediação da insulina. (COTRAN; KUMAR;
COLLINS, 2000).
Após ser absorvida, a glicose percorre a via glicolítica, onde sofre uma
sequência de reações que a transformam em glicogênio, uma forma de
armazenamento de glicose. No entanto, na presença de diabetes, ocorre um
desequilíbrio no metabolismo da glicose, resultando na eliminação da mesma através
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da urina, sem que seja aproveitada como fonte de energia pelo nosso corpo. Essa
eliminação urinária da glicose ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão
excessivamente elevados.
4. CONCLUSÃO
O tratamento é baseado no controle da glicemia – quantidade de glicose
acumulada no sangue. Vai desde a correção na alimentação e exercícios físicos até a
ingestão de medicamentos específicos que atuem na estimulação de insulina pelo
pâncreas e aumentam a resposta do organismo a ela.
Alguns medicamentos atrasam a absorção da glicose pelo organismo e outros
aumentam a excreção da glicose na urina. É necessário também a vigilância de outros
fatores como pressão arterial e colesterol.
Se não for devidamente tratada, a concentração sérica alta de glicose lesa os
vasos sanguíneos, os nervos e outras estruturas internas fazendo com que esses
vasos transportem cada vez menos sangue para a pele e nervos.
Portanto, uma alimentação adequada favorece o controle metabólico e pode
contribuir para a normalização da glicemia, diminuição dos fatores de risco
cardiovasculares, obtenção e/ou manutenção do peso corpóreo saudável e prevenção
de complicações agudas e crônicas (SDB, 2003)

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5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Transporte De Glicose. Repertório Instucional Ufal. Disponível em:


https://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/632#:~:text=O%20transporte%20de%20g
licose%20para,glicose%20atrav%C3%A9s%20de%20difus%C3%A3o%20facilitada.
Acesso em: 16. Jun. 2023
GUYTON, A. C. ; HALL, J. E. Insulina, glucagon e diabetes mellitus. In: ______.
Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002. p. 827-
840. (Jun. 2023)
COTRAN, R. S. ; CRAWFORD, J. M. Pâncreas. In: COTRAN, R. S. ; KUMAR, V. ;
COLLINS, T. Patologia estrutural e funcional. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 2000. Cap. 20. (Jun. 2023)
SMELTZER, S. C. ; BARE, B. G. Histórico e tratamento de pacientes com diabetes
mellitus. In: ______. Tratado de enfermagem médico-cirurgica. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002. Cap. 37. (Jun. 2023)
PASSOS, V. M. A. ; BARRETO, S. M. ; DINIZ, L. M. Diabetes tipo 2: prevalência e
fatores associados em uma comunidade brasileira. Projeto Bambuí de estudo de
saúde e envelhecimento. J. Méd. v. 123, n. 2, p. 66-71. São Paulo, março 2005. (Jun.
2023)
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Brasileira de Diabetes 2019-2020. Acesso em: 18. Jun. 2023
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2023
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