Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTESTINO DEL-
GADO E GROSSO
ANATOMIA GASTROINSTINAL 1
INTESTINO DELGADO E GROSSO
INTESTINO DEL-
GADO E GROSSO
2
INTESTINO DELGADO E GROSSO
SUMÁRIO
INTESTINO DELGADO..................................................................................................... 4
DUODENO ............................................................................................................................ 4
JEJUNO E ÍLEO..................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 12
3
INTESTINO DELGADO E GROSSO
4
INTESTINO DELGADO E GROSSO
5
INTESTINO DELGADO E GROSSO
6
INTESTINO DELGADO E GROSSO
7
INTESTINO DELGADO E GROSSO
8
INTESTINO DELGADO E GROSSO
ascendente com acúmulo retrógrado, por esses dois colos estão suscetíveis a tor-
exemplo, esse acúmulo pode extrapolar ções, volvos ou vólvulos. Os vólvulos de
para o íleo também. Já no caso de válvulas colo são considerados emergência aguda
competentes, caso haja essa mesma obs- por potencial isquemia e necrose do tecido
trução, o acúmulo excessivo de conteúdo afetado. O sulco paracólico direito localiza-
no ceco pode comprimir as paredes, cau- se entre o colo ascendente e a parede do
sando isquemia, passível de gerar necrose abdome e o sulco paracólico esquerdo en-
e perfuração cecal, constituindo um qua- tre o colo descendente e a parede abdomi-
dro considerado grave incorrendo em peri- nal. O colo sigmoide é bastante móvel e
tonite fecal. apresenta, ainda, apêndices omentais lon-
gos que desaparecem quando o mesocolo
Ainda no ceco, encontra-se o apêndice
sigmoide termina.
vermiforme, um divertículo intestinal cego
de aproximadamente 9 cm de compri- Além disso, em relação aos colos existem
mento que contém tecido linfoide. O apên- as importantes flexuras direita e esquerda
dice possui mesentério, o mesoapêndice. do colo. A flexura esquerda é mais aguda
O apêndice pode sofrer, ainda, inflamação e situada em um nível superior ao da di-
aguda, apendicite, podendo gerar abdome reita. A flexura direita tem relação íntima
agudo. Nesse caso, a compressão sobre o com o fígado, sendo denominada clinica-
ponto de McBurney (final do primeiro 1/3 mente, flexura hepática, enquanto a es-
da linha espinoumbilical) provoca dor ab- querda, relacionada ao baço é denominada
dominal máxima. A inflamação do apên- clinicamente de flexura esplênica. Clinica-
dice pode ocorrer por obstrução de mate- mente, esses dois ângulos são pontos re-
rial fecal causando edema e distensão do levantes de localização para exames, já
peritônio visceral. A apendicectomia é in- que durante uma colonoscopia ao exami-
dicada nesse caso. nar o colo é possível avistar a sombra he-
pática, por exemplo.
COLO
Em exames de imagem contrastada as di-
visões do colo ficam bem claras, evidenci-
Em relação as quatro segmentações do
ando bem as saculações.
colo, tanto a parte ascendente quanto a
descendente são retroperitoneais, já o colo Em relação à vascularização do intestino
transverso e o sigmoide são intraperitone- grosso, inicialmente na região ileocecal a
ais tendo um meso, o mesocolo transverso nutrição é realizada pela artéria ileocólica,
e o mesocolo sigmoide. Por terem mesos,
9
INTESTINO DELGADO E GROSSO
através dos ramos cecais. A região do có- A parte final da via digestória é formada
lon ascendente e parte do transverso tem pelo reto e pelo ânus.
nutrição por projeções da artéria mesen-
O reto inicia-se na junção reto-sigmoide,
térica superior, ramo da aorta. Já a artéria
localizada aproximadamente a nível da 3ª
mesentérica inferior, ramo da aorta, ga-
vértebra sacral, e se estende inferiormente
rante a irrigação arterial do restante do
até, aproximadamente, o nível final do cóc-
colo transverso, todo colo descendente,
cix. O reto é contínuo internamente com o
colo sigmoide e região inicial do reto.
canal anal.
No intestino grosso, existem dois pontos
Interiormente, essa região apresenta al-
"divisores de águas", ou seja, que estão na
guns desvios laterais provocados pelas
fronteira entre territórios de vascularização
pregas transversas que acarretam flexu-
distintos. Em casos de isquemia mesenté-
ras. No reto há duas flexuras, a flexura sa-
rica, esses locais são os últimos pontos de
cral e a flexura anorretal (perineal). O reto
vascularização, portanto serão os primei-
ainda possui três pregas transversais (su-
ros a sofrer isquemia, gerando grandes re-
perior, média e inferior), sendo a média a
percussões clínicas. O primeiro, também
mais forte delas. A ampola retal se localiza
chamado de Ponto de Griffith, se localiza
em uma dilatação do reto, inferior a prega
na flexura esplênica ou ângulo esquerdo,
transversal média, e serve de reservatório
entre os territórios da artéria mesentérica
durante a defecação.
superior e os territórios da artéria mesen-
térica inferior. O segundo ponto está na O sistema de pregueamentos confere ao
junção retossigmoide, também chamado trânsito intestinal bloqueios, de forma que
de Ponto de Sudeck, entre os territórios da o bolo fecal não desça diretamente ao
artéria mesentérica inferior e territórios da ânus, estando colapsado apenas com ex-
artéria ilíaca interna. ceção do momento das fezes; permitindo,
assim, a continência fecal.
Toda a arcada arterial que se dispõe peri-
fericamente no mesentério é também cha- O canal anal é a parte terminal do intestino
mada de Arcada de Riolan ou arco justa- grosso, iniciando-se no estreitamento da
cólico, anastomose formada por ramos das ampola retal e terminando no ânus, aber-
artéria mesentérica superior e inferior. tura de saída do sistema digestório.
10
INTESTINO DELGADO E GROSSO
se dispõe, na parede interna do canal anal • Artéria retal média (com origem na ar-
um conjunto de fibras musculares lisas for- téria ilíaca interna)
mam o esfíncter interno de contração in- • Artéria retal inferior (com origem na
voluntária (músculo liso). Já na parede ex- artéria pudenda interna)
terna, fibras de musculatura esquelética
Paralelamente a essas artérias, estão um
compõe o esfíncter externo de contração
conjunto de veias retais superior, média e
voluntária (músculo esquelético). O pro-
inferior que fazem ampla anastomosae na
cesso de defecação envolve relaxamento
parede retal. A veia retal superior possui
dos dois esfíncteres.
sentido de drenagem para o sistema porta,
Na região mucosa é observado um con- enquanto as veias retais média e inferior
junto de colunas anais, chamadas de colu- drenam para a veia ilíaca interna e, por-
nas anais (de Morgagni), que determinam tanto, para o sistema cava inferior.
a presença, entre elas, de válvulas anais e
Nesse sentido, em relação a administração
depressões, os seios anais. Quando com-
de medicamentos locais, como supositó-
primidos os seios anais liberam muco, im-
rios, se colocados muito superiormente em
portante na evacuação das fezes do canal
relação ao reto pode ser drenado pelo sis-
anal. Nessas depressões podem ocorrer
tema porta. Além disso, a anastomose en-
retenções de fezes formadas, proliferação
tre as veias retais pode constituir uma via
de bactérias, indução de processo inflama-
de ligação porto-cava, logo hipertensões
tório e formação de fístulas, completas ou
portais podem ter repercussões nessa vas-
incompletas. Superiormente às válvulas
cularização, originando na circulação cola-
anais há uma linha pectinada, anorretal ou
teral um regime de passagem de sangue
ainda chamada de denteada, sendo ponto
não usual, produzindo dilatação e varizes
de referência para separação histológica e
hemorroidárias.
de vascularização e inervação das porções
superior e inferior do canal anal.
VESTINDO O JALEKO
O reto mantém extensa vascularização ar- OBSTRUÇÃO INTESTINAL
terial e venosa, há a anastomose de três Em radiografia de abdome, quando obser-
artérias: vamos o colo transverso excessivamente
dilatado sem visualização de gás no inte-
• Artéria retal superior (com origem na
rior do reto, provavelmente trata-se de
artéria mesentérica inferior)
uma obstrução. No intestino grosso exis-
tem regiões de dilatação e há diversas
11
INTESTINO DELGADO E GROSSO
REFERÊNCIAS
12
INTESTINO DELGADO E GROSSO
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 8ed. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2019. 1128p.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 7ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 672p.
DRAKE, Richard L.. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015. 1192p.
13