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digestorion

*
Componentes
do
digestória:argan do canal
sistema alimentar
e
orgas digestäd assórios:

Dois grupos de órgãos compõem o sistema digestório (Figura 24.1): o canal alimentar1 e os órgãos digestórios acessórios. O
canal alimentar é um tubo contínuo que se prolonga da boca ao ânus ao longo das cavidades torácica e abdominopélvica. Os
órgãos do canal alimentar incluem a boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino
grosso. O comprimento do canal alimentar é de aproximadamente 5 a 7 m em uma pessoa viva em decorrência do tônus dos
músculos da parede do canal alimentar). No cadáver, é mais longo (aproximadamente 7 a 9 m), por causa da perda do tônus
muscular após a morte. Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula
biliar e o pâncreas. Os dentes ajudam na fragmentação física dos alimentos, e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os
outros órgãos digestórios acessórios, no entanto, nunca entram em contato direto com os alimentos. Eles produzem ou
armazenam secreções que fluem para o canal alimentar por meio de ductos; as secreções ajudam na decomposição química dos
alimentos.
O canal alimentar contém o alimento desde o momento em que ele é consumido até quando é digerido e absorvido ou eliminado.
Contrações musculares na parede do canal alimentar fragmentam fisicamente os alimentos, agitando-os e impulsionando-os desde
o esôfago até o ânus. As contrações também ajudam a dissolver os alimentos, misturando-os com os líquidos secretados no canal
alimentar. As enzimas secretadas pelos órgãos digestórios acessórios e as células que revestem o canal alimentar fragmentam os
alimentos quimicamente.
Os órgãos do canal alimentar são a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso. Os órgãos
digestórios acessórios incluem os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas e estão indicados
em vermelho.
~
funções:
Em geral, o sistema digestório executa seis processos básicos:
1.Ingestão. Este processo envolve colocar os alimentos e líquidos na cavidade oral.
2.Secreção. Diariamente, as células nas paredes do canal alimentar e nos órgãos digestórios acessórios secretam um total de
aproximadamente 7 ℓ de água, ácido, tampões e enzimas para o lúmen do canal alimentar.
3.Mistura e propulsão. Contração e relaxamento alternados do músculo liso das paredes do canal alimentar misturam os
alimentos e secreções e movem-nos em direção ao ânus. Esta capacidade do canal alimentar de misturar e mover o material ao
longo do seu comprimento é chamada motilidade.
4.Digestão. Processos mecânicos e químicos fragmentam os alimentos ingeridos em pequenas moléculas. Na digestão
mecânica, os dentes cortam e trituram os alimentos antes de eles serem engolidos; em seguida, os músculos lisos do estômago e
do intestino delgado agitam o alimento para ajudar ainda mais no processo. Como resultado, as moléculas do alimento são
dissolvidas e bem misturadas às enzimas digestórias. Na digestão química, as grandes moléculas de carboidratos, lipídios,
proteínas e ácidos nucleicos dos alimentos são clivadas em moléculas menores por meio da hidrólise (ver Figura 2.15). As
enzimas digestórias produzidas pelas glândulas salivares, língua, estômago, pâncreas e intestino delgado catalisam essas reações
catabólicas. Poucas substâncias dos alimentos podem ser absorvidas sem digestão química. Estas incluem as vitaminas, os íons,
o colesterol e a água.
5.Absorção. A entrada nas células epiteliais de revestimento do lúmen do canal alimentar dos líquidos, íons e produtos da
digestão ingeridos e secretados é chamada absorção. As substâncias absorvidas passam para o sangue ou linfa e circulam até as
células do corpo.
6.Defecação. Escórias metabólicas, substâncias não digeridas, bactérias, células descamadas da túnica mucosa do canal
alimentar e materiais digeridos que não foram absorvidos ao longo do canal alimentar deixam o corpo através do ânus, em um
processo chamado defecação. O material eliminado é denominado fezes.

& camadas ou túnicas:

A parede do canal alimentar desde a parte inferior do esôfago até o canal anal tem o mesmo o arranjo básico de quatro
camadas de tecido. As quatro camadas, de profunda para superficial, são a túnica mucosa, a tela submucosa, a túnica
muscular e a túnica serosa/túnica adventícia (Figura 24.2).

Túnica mucosa
A túnica mucosa, ou revestimento interno do canal alimentar, é uma membrana mucosa. É composta por (1) uma camada de
epitélio em contato direto com o conteúdo do canal alimentar, (2) uma camada de tecido conjuntivo denominada lâmina
própria, e (3) uma camada fina de músculo liso (lâmina muscular da mucosa).
1. O epitélio na boca, faringe, esôfago e canal anal é feito principalmente de epitélio escamoso estratificado não
queratinizado, que tem uma função protetora. O epitélio colunar simples, que atua na secreção e absorção, reveste o
estômago e os intestinos. As zônulas de oclusão que vedam firmemente as células epiteliais colunares simples vizinhas uma
à outra restringem os extravasamentos intercelulares. A taxa de renovação das células epiteliais do canal alimentar é rápida:
a cada 5 a 7 dias, descamam e são substituídas por células novas. Localizadas entre as células epiteliais estão as células
exócrinas que secretam muco e líquidos para o lúmen do canal alimentar, e vários tipos de células endócrinas, chamadas
coletivamente células enteroendócrinas, que secretam hormônios.
2. A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo areolar contendo muitos vasos sanguíneos e linfáticos, que são as vias
pelas quais os nutrientes absorvidos no canal alimentar alcançam os outros tecidos do corpo. Esta camada apoia o epitélio e
liga-o à lâmina muscular da mucosa (discutida adiante). A lâmina própria também contém a maior parte das células tecido
linfoide associado à mucosa (MALT). Esses nódulos linfáticos proeminentes contêm células do sistema imunológico que
protegem contra doenças (ver Capítulo 22). O MALT é encontrado em todo o canal alimentar, especialmente nas tonsilas, no
intestino delgado, no apêndice vermiforme e no intestino grosso.
3. Uma fina camada de fibras musculares lisas chamada lâmina muscular da mucosa produz múltiplas pequenas pregas na
túnica mucosa do estômago e intestino delgado, que aumentam a área de superfície para a digestão e absorção. Os
movimentos da lâmina muscular da mucosa asseguram que todas as células absortivas sejam totalmente expostas ao
conteúdo do canal alimentar.
Tela submucosa
A tela submucosa consiste em tecido conjuntivo areolar que liga a túnica mucosa à túnica muscular. Contém
muitos vasos sanguíneos e linfáticos que recebem moléculas dos alimentos absorvidos. Uma extensa rede de
neurônios conhecida como plexo submucoso (que será descrito adiante) também está localizada na tela
submucosa. A tela submucosa também pode conter glândulas e tecidos linfáticos.

Túnica muscular
A túnica muscular da boca, faringe e partes superior e média do esôfago contém músculo esquelético que produz
a deglutição voluntária. O músculo esfíncter externo do ânus é esquelético, possibilitando o controle voluntário da
defecação. No restante do canal alimentar, a túnica muscular consiste em músculo liso, que geralmente é
encontrado em duas lâminas: uma camada interna de fibras circulares e uma camada externa de fibras
longitudinais. As contrações involuntárias do músculo liso ajudam a fragmentar os alimentos, misturá-los às
secreções digestórias e levá-los ao longo do canal alimentar. Entre as camadas da túnica muscular está um
segundo plexo de neurônios – o plexo mientérico (ver adiante).

Túnica serosa
Estas partes do canal alimentar que estão suspensas na cavidade abdominal têm uma camada superficial
chamada túnica serosa. Como o próprio nome indica, a túnica serosa é uma membrana serosa composta por
tecido conjuntivo areolar e epitélio escamoso simples (mesotélio). A túnica serosa é também chamada peritônio
visceral, porque forma uma parte do peritônio, que examinaremos em detalhes em breve. O esôfago não tem
túnica serosa; em vez disso, apenas uma única camada de tecido conjunto areolar chamada túnica adventícia
forma a camada superficial deste órgão.
-
-vestibulo da boca e cavidade própria
da boca:

O vestíbulo da boca da cavidade oral é o espaço delimitado externamente pelas bochechas e lábios e internamente pelos dentes e
gengivas.
A cavidade própria da boca é o espaço que se estende das gengivas e dentes às fauces, a abertura entre a cavidade oral e a parte
oral da faringe.

·
salivares
mais e menores:
glandulas
A glândula salivar é uma glândula que libera uma secreção chamada saliva na cavidade oral. Normalmente, é secretada apenas
uma quantidade suficiente de saliva para manter as túnicas mucosas da boca e da faringe úmidas e para limpar a boca e os
dentes. Quando o alimento entra na boca, no entanto, a secreção de saliva aumenta e o lubrifica, dissolvendo-o e iniciando a
decomposição química dos alimentos.
A túnica mucosa da boca e da língua contém muitas pequenas glândulas salivares que se abrem diretamente, ou indiretamente,
via ductos curtos, na cavidade oral. Estas glândulas incluem as glândulas labial, bucal e palatina nos lábios, bochechas e palato,
respectivamente, e as glândulas linguais na língua, todas dando uma pequena contribuição para a saliva.
No entanto, a maior parte da saliva é secretada pelas glândulas salivares maiores, que se encontram além da túnica mucosa da
boca, em ductos que levam à cavidade oral. Há três pares de glândulas salivares maiores: as glândulas parótidas,
submandibulares e sublinguais
As glândulas parótidas estão localizadas inferior e anteriormente às orelhas, entre a pele e o músculo masseter. Cada uma delas
secreta saliva na cavidade oral por meio de um ducto parotídeo, que perfura o músculo bucinador para se abrir em um vestíbulo
oposto ao segundo dente molar maxilar (superior). As glândulas submandibulares são encontradas no assoalho da boca; são
mediais e parcialmente inferiores ao corpo da mandíbula. Seus ductos, os ductos submandibulares, passam sob a túnica mucosa
em ambos os lados da linha média do assoalho da boca e entram na cavidade própria da boca lateralmente ao frênulo da língua.
As glândulas sublinguais estão abaixo da língua e superiormente às glândulas submandibulares. Seus ductos, os ductos
sublinguais menores, se abrem no assoalho da boca na cavidade própria da boca.
↑ saliva e valivação:
Quimicamente, a saliva é composta por 99,5% de água e 0,5% de solutos. Entre os solutos estão íons, incluindo o sódio, o
potássio, o cloreto, o bicarbonato e o fosfato. Também estão presentes alguns gases dissolvidos e substâncias orgânicas, incluindo
a ureia e ácido úrico, o muco, a imunoglobulina A, a enzima bacteriolítica lisozima e a amilase salivar, uma enzima digestória que
atua sobre o amido.
Nem todas as glândulas salivares fornecem os mesmos ingredientes. As glândulas parótidas secretam um líquido aquoso (seroso)
que contém amilase salivar. Como as glândulas submandibulares contêm células semelhantes às encontradas nas glândulas
parótidas, além de algumas células mucosas, secretam um líquido que contém amilase, mas que é espessada com muco. As
glândulas sublinguais contêm principalmente células mucosas, de modo que secretam um líquido muito mais espesso que
contribui com apenas com uma pequena quantidade de amilase salivar.
A água na saliva fornece um meio para a dissolução de alimentos, de modo que eles possam ser provados pelos receptores
gustativos e de modo que as reações digestórias possam ter início. Os íons cloreto na saliva ativam a amilase salivar, uma enzima
que inicia a degradação do amido na boca em maltose, maltotriose e α-dextrina. Os íons bicarbonato e fosfato tamponam
alimentos ácidos que entram na boca, de modo que a saliva é apenas ligeiramente ácida (pH entre 6,35 e 6,85). As glândulas
salivares (como as glândulas sudoríparas da pele) ajudam a remover moléculas residuais do corpo, que respondem pela presença
de ureia e ácido úrico na saliva. O muco lubrifica o alimento para que ele possa ser movimentado facilmente na boca, modelado
em uma bola e deglutido. A imunoglobulina A (IgA) impede a ligação de microrganismos, de modo que eles não são capazes de
penetrar o epitélio, e a enzima lisozima mata as bactérias; no entanto, estas substâncias não estão presentes em quantidades
suficientes para eliminar todas as bactérias da boca.

Salivação
A secreção de saliva, a chamada salivação, é controlada pela divisão autônoma do sistema nervoso. A quantidade de saliva
secretada diariamente varia consideravelmente, mas em média é de 1.000 a 1.500 mℓ. Normalmente, a estimulação
parassimpática promove a secreção contínua de uma quantidade moderada de saliva, o que mantém as túnicas mucosas úmidas e
lubrifica os movimentos da língua e dos lábios durante a fala. A saliva é então engolida e ajuda a umedecer o esôfago.
Eventualmente, a maior parte dos componentes da saliva é reabsorvida, o que impede a perda de líquidos. A estimulação
simpática domina durante o estresse, resultando em ressecamento da boca. Se o corpo fica desidratado, as glândulas salivares
param de secretar saliva para conservar a água; o ressecamento da boca resultante contribui para a sensação de sede. Beber não só
restaura a homeostasia da água corporal, mas também umedece a boca.
A sensação e o sabor dos alimentos também são potentes estimuladores das secreções das glândulas salivares. Produtos químicos
nos alimentos estimulam os receptores nas papilas gustativas, e os impulsos são transmitidos das papilas gustativas para dois
núcleos salivares no tronco encefálico (núcleos salivatório superior e salivatório inferior). Os impulsos parassimpáticos que
retornam pelas fibras dos nervos facial (VII) e glossofaríngeo (IX) estimulam a secreção de saliva. A saliva continua sendo
intensamente secretada durante algum tempo depois que o alimento é ingerido; esse fluxo de saliva lava a boca e dilui e isola os
restos de produtos químicos irritantes, como molhos saborosos (mas picantes!). Cheirar, ver, ouvir ou pensar em alimentos
também podem estimular a secreção de saliva.
->

lingua:
A língua é um órgão digestório acessório composto de músculo esquelético recoberto por túnica mucosa. Juntamente com seus
músculos associados, forma o assoalho da cavidade oral. A língua é dividida em metades laterais simétricas por um septo
mediano que se estende por todo o seu comprimento, e está ligado inferiormente ao hioide, processo estiloide do temporal e
mandíbula. Cada metade da língua consiste em um complemento idêntico de músculos extrínsecos e intrínsecos.
Os músculos extrínsecos da língua, que se originam fora da língua (inserem-se aos ossos na região) e se inserem nos tecidos
conjuntivos da língua, incluem os músculos hioglosso, genioglosso e estiloglosso (ver Figura 11.7). Os músculos extrínsecos
movem a língua de um lado para o outro e para dentro e para fora para manobrar os alimentos para a mastigação, moldar o
alimento em massa arredondada e forçar o alimento para a parte de trás da boca para ser engolido. Eles também formam o
assoalho da boca e mantêm a língua em sua posição. Os músculos intrínsecos da língua se originam e se inserem no tecido
conjuntivo da língua. Eles alteram a forma e o tamanho da língua para a fala e deglutição. Os músculos intrínsecos incluem os
músculos longitudinal superior, longitudinal inferior, transverso da língua e vertical da língua. O frênulo da língua, uma prega de
túnica mucosa na linha média da face inferior da língua, se insere ao assoalho da boca e ajuda a limitar o movimento da língua
posteriormente (ver Figuras 24.5 e 24.6). Se o frênulo da língua da pessoa é anormalmente curto ou rígido – uma condição
chamada anquiloglossia – diz-se que a pessoa tem a “língua presa”, por causa do prejuízo à fala resultante. A condição pode ser
corrigida cirurgicamente.
As faces dorsal (face superior) e lateral da língua são recobertas por papilas, projeções da lâmina recobertas por epitélio
escamoso estratificado (ver Figura 17.3). Muitas papilas contêm papilas gustativas, os receptores para gustação (gosto). Algumas
papilas não têm papilas gustativas, mas contêm receptores para o tato e aumentam o atrito entre a língua e o alimento, facilitando
para a língua mover a comida na cavidade oral. Os diferentes tipos de paladar são descritos em detalhes na Seção 17.2. As
glândulas linguais na lâmina própria da língua secretam muco e um líquido seroso aquoso que contém a enzima lipase lingual,
que atua em até 30% dos triglicerídios (óleos e gorduras) dietéticos e os converte em ácidos graxos mais simples e diglicerídios.

->
dentes:

Os dentes (Figura 24.7) são órgãos digestórios acessórios localizados nos soquetes dos processos alveolares da mandíbula
e da maxila. Os processos alveolares são recobertos pela gengiva, que se estende ligeiramente para dentro de cada
soquete. Os soquetes são revestidos pelo ligamento periodontal, que consiste em tecido conjuntivo fibroso denso que
ancora os dentes às paredes do soquete e age como um amortecedor de impacto durante a mastigação.

Internamente, a dentina forma a maior parte do dente. A dentina consiste em um tecido conjuntivo calcificado que confere
ao dente a sua forma e rigidez. É mais rígida do que o osso, em razão do seu maior teor de hidroxiapatita (70% versus
55% do peso seco).
A dentina da coroa é recoberta pelo esmalte, que consiste principalmente em fosfato de cálcio e carbonato de cálcio. O
esmalte é também mais duro do que o osso, em decorrência do seu maior teor de sais de cálcio (aproximadamente 95% do
peso seco). Na verdade, o esmalte é a substância mais dura do corpo. Serve para proteger o dente do desgaste da
mastigação. Também protege contra ácidos que podem facilmente dissolver a dentina. A dentina da raiz é recoberta por
cemento, outra substância semelhante ao osso, que insere a raiz ao ligamento periodontal.
A dentina de um dente envolve um espaço. A parte alargada do espaço, a cavidade pulpar, situa-se no interior da coroa e é
preenchida pela polpa do dente, um tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos. Extensões
estreitas da cavidade pulpar, chamadas canais da raiz do dente, percorrem a raiz do dente. Cada canal da raiz do dente tem
uma abertura em sua base, o forame do ápice do dente, por meio do qual os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos
entram no dente. Os vasos sanguíneos trazem nutrição, os vasos linfáticos oferecem proteção, e os nervos fornecem
sensibilidade.
·

>faringe:
Quando o alimento é inicialmente ingerido, ele passa da boca para a faringe, um tubo afunilado que se estende dos cóanos
ao esôfago posteriormente e à laringe anteriormente (ver Figura 23.2). A faringe é composta por músculo esquelético e
revestida por túnica mucosa; é dividida em três partes: a parte nasal da faringe, a parte oral da faringe e a parte laríngea da
faringe. A parte nasal da faringe atua apenas na respiração, mas as partes oral e laríngea da faringe têm funções
digestórias e respiratórias. A comida engolida passa da boca para as partes oral e laríngea da faringe; as contrações
musculares dessas áreas ajudam a impulsionar o alimento para o esôfago e, em seguida, para o estômago.
*
esofago
-

O esôfago é um tubo muscular colabável de aproximadamente 25 cm de comprimento que se encontra posteriormente à traqueia.
O esôfago começa na extremidade inferior da parte laríngea da faringe, passa pelo aspecto inferior do pescoço, e entra no
mediastino anteriormente à coluna vertebral. Em seguida, perfura o diafragma através de uma abertura chamada hiato esofágico e
termina na parte superior do estômago. O esôfago secreta muco e transporta os alimentos para o estômago. Ele não produz
enzimas digestórias nem realiza absorção.

A túnica mucosa do esôfago consiste em epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, lâmina própria (tecido conjuntivo
areolar) e lâmina muscular da mucosa (músculo liso) (Figura 24.9). Próximo ao estômago, a túnica mucosa do esôfago também
contém glândulas mucosas. O epitélio escamoso estratificado associado aos lábios, boca, língua, parte oral da faringe, laringe e
esôfago confere proteção considerável contra a abrasão e desgaste de partículas de alimento que são mastigadas, misturadas com
secreções e deglutidas. A tela submucosa contém tecido conjuntivo areolar, vasos sanguíneos e glândulas mucosas. A túnica
muscular do terço superior do esôfago é de músculo esquelético, o terço intermediário é de músculo esquelético e liso, e o terço
inferior é de músculo liso. Em cada extremidade do esôfago, a túnica muscular se torna ligeiramente mais proeminente e forma
dois esfíncteres – o esfíncter esofágico superior (EES), que consiste em músculo esquelético, e o esfíncter esofágico inferior
(EEI), que consiste em músculo liso e está próximo do coração. O esfíncter esofágico superior controla a circulação de alimentos
da faringe para o esôfago; o esfíncter esofágico inferior regula o movimento dos alimentos do esôfago para o estômago. A
camada superficial do esôfago é conhecida como túnica adventícia, em vez de túnica serosa como no estômago e nos intestinos,
porque o tecido conjuntivo areolar desta camada não é recoberto por mesotélio e porque o tecido conjuntivo funde-se ao tecido
conjuntivo das estruturas circundantes do mediastino, através do qual ele passa. A túnica adventícia insere o esôfago às estruturas
adjacentes.

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