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AGRADECIMENTOS
Agradeço:
Primeiramente a Deus, por ser o autor da minha vida, por nunca me abandonar mesmo
quando dele eu me afasto.
Ao nosso orientador e amigo, Professor Dr. Márcio Espindola Patrianova, pela total
confiança em nossa auto-suficiência e dedicação a este trabalho.
A professora e amiga Elisabete Rabaldo Bottan, pelos ensinamentos, puxões de orelha, e pela
paciência.
Aos meus pais Moacir e Guiomar, obrigada por tudo, principalmente pelo amor
incondicional, sempre me apoiando e me entendendo de coração, sem vocês nada disso seria
possível.
Ao meu irmão Gustavo, meu espelho e meu herói, que mesmo longe, porem perto do meu
coração, sempre soube me dar carinho, e amor, me ensinando muitos valores que tenho hoje.
A minha cunhada Thaís, por ter entrado de forma delicada na minha vida, se tornando uma
irmã.
Ao Jonathan Bruno Oelke, Manuela Oelke Schindler, e Enzo Oelke Schindler, por me
ensinar outra forma de amar.
A Caroline Gomes Braga, pela amizade verdadeira e cumplicidade.
Aos meus avos José (in memoriam) e Erica Rudolf, e João e Maria Haverroth, pelo amor, e
pela referência que são para mim, minha inspiração.
Aos demais familiares, que sempre acreditaram em mim.
A todos os meus amigos pelo apoio que sempre me deram.
E finalmente a Emanuelle Louise Collet, pela paciência, entendimento que sempre teve
comigo, sem ela essa etapa jamais poderia ser concluída.
“Guarda-me, ó Deus, porque em ti me refugio” (Salmos 16:1)
LARISSA RUDOLF HAVERROTH
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Agradeço à minha amada família, por ter sempre incentivado, por me ensinar que a perfeição
é inatingível, por confiar que faríamos um trabalho relevante, por compreender meus tantos
momentos de ausência;
Aos queridos professores Márcio e Elisabete, o mais profundo agradecimento, por permitirem
que eu mergulhasse pela primeira vez na pesquisa científica e me aguçarem este gosto, por
compreenderem das dificuldades da realização deste estudo, por confiarem na nossa
capacidade, pelas tantas horas e extra-horas dispensadas a solucionar nossas dúvidas. No
princípio mestres, para sempre amigos;
Aos amigos, pelos ouvidos, pelo carinho, por acreditarem em meu potencial, e por deixá-lo
sempre evidente aos meus olhos, mesmo quando eu pensava que não mais o possuía;
À Larissa, colega e amiga, agradeço pelos risos, pelas conversas, pelos iogurtes, por tantas
vezes que deixou a família em momentos difíceis para produzir o trabalho.
“Foi o tempo que perdi com a minha rosa que a fez tão importante.”
Antoine de Saint-Exupéry
EMANUELLE LOUISE COLLET
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Resumo
SUMÁRIO
1 ARTIGO ....................................................................................................... 07
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 08
3 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 20
6 DISCUSSÃO ............................................................................................... 12
7 CONCLUSÃO .............................................................................................. 16
1 ARTIGO
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Resumo
Introdução
A Doença de Machado-Joseph (DMJ) ou Ataxia Espinocerebelar Tipo 3
(SCA3) é uma desordem neurodegenerativa de herança autossômica dominante,
que foi inicialmente relatada em pacientes norte-americanos provenientes das ilhas
portuguesas dos Açores. Hoje em dia a doença ocorre em pacientes de diferentes
antecedentes étnicos.³
_______________________
Materiais e Métodos
A pesquisa é um estudo exploratório, mediante descrição de quatro (4) casos
clínicos de pacientes das Clínicas de Especialidades Odontológicas (CEO), do
serviço público do município de Itajaí, Santa Catarina, Brasil.
Foram retirados os dados dos prontuários dos pacientes portadores da
Doença de Machado-Joseph, sob a supervisão do cirurgião-dentista Dr. Márcio
Espindola Patrianova.
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Caso nº 1
Paciente do sexo masculino, com 51 anos de idade, tem pouca audição e
ataxia. Em consulta, sua Pressão Arterial (PA) era de 120x70 mmHg em média. Ao
final do tratamento, tinha dificuldade de caminhar, e hipotonia generalizada.
Foi encaminhado para tratamento de doença gengival e restos radiculares.
Foi realizada radiografia periapical, exodontia dos elementos 22, 23 e 33,
restauração Classe V nos elementos 21, 11, 12 e 13, confecção de prótese parcial
removível. O paciente possui dificuldade de higienização. Apresenta disartria e
andar atáxico, com base alargada.
Sua mãe com 84 anos apresentou tardiamente sinais da doença, mostrando
principalmente hipotonia.
No prontuário não havia informações sobre uso de medicação por parte do
paciente.
Caso nº 2
Paciente do gênero masculino, com 35 anos de idade, queixou-se de dor na
região do elemento 48, e relatou sentir-se mal durante exodontias. Apresentava
respiração bucal, marcha atáxica, disartria, disfagia, e hipotonia generalizada.
Foi encaminhado para exodontia do elemento 48 parcialmente submucoso.
Solicitou-se avaliação do médico para realização do tratamento e radiografia
panorâmica.
Realizou-se visita domiciliar para cumprimento da exodontia. Paciente
apresentou hipotensão e síncope ao sentir gosto de sangue, e desmaiou. Foi
realizada a incisão e drenagem gengival, houve drenagem sanguinolenta. Foi
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Caso nº 3
Paciente do gênero masculino, com 54 anos de idade, precisava de
intervenção odontológica na área de periodontia, e de exodontia do elemento dental
12. O tratamento objetivado neste paciente no primeiro dia foi emergencial, no
elemento 12; realizou-se exame clínico, abertura endodôntica, irrigação com
hipoclorito de sódio e selamento provisório. Após quinze dias, a exodontia do resto
radicular do elemento 12 foi feita em visita domiciliar, bem como o diagnóstico de
que o paciente necessitava de reabilitação protética. Foi prescrito o uso de
amoxicilina 500mg – 1 cápsula a cada 6 horas, após a realização da exodontia.
Um ano depois foi feita uma nova visita domiciliar, onde se pôde notar certa
progressão da doença. O paciente caminhava com dificuldade, fazia movimentos
lentos; os músculos estavam contraídos hipotônicos (espásticos) e a deglutição era
difícil.
Na ocasião da visita, foi feito um novo exame clínico que mostrou que o
paciente precisava de restauração Classe IV no elemento dental 42; também foi
executado o preparo para prótese parcial removível, tomando o cuidado de usar
silicona para a moldagem, a fim de evitar engasgo.
Este paciente tem um filho que não se interessa em saber se tem ou não a
doença do pai.
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Seu pai com 82 anos tem a doença, instalada tardiamente, recluso a cadeira
de rodas, possuía alterações sistêmicas como disfagia, disartria e hipotonia.
No prontuário não havia informações sobre uso de medicação por parte do
paciente.
Caso nº 4
Paciente do gênero masculino, 50 anos, foi encaminhado ao CEO por ter tido
diagnóstico antecedente de doença degenerativa; No resumo da história médica, foi
constatado que o paciente tinha dificuldade motora e reflexo de deglutição, que
gerava desconforto.
Foram realizados anamnese e exame clínico, e solicitação de restaurações
nos elementos dentais 14, 24 e 25 (Classe V), no elemento 47 (Classe I) e no
elemento 22 (Classe IV M), e raspagem periodontal em dentes superiores e
inferiores e profilaxia.
Paciente casado, pai de 2 filhos, apresenta músculos hipertônicos, dificuldade
para falar, respirar e deglutir. Hoje está em cadeira de rodas. A esposa não tem
muitas informações sobre a doença.
Tem uma filha de 27 anos com a doença, apresentando as características
físicas de ataxia, como postura de base alargada. No atendimento odontológico
percebeu-se aumento no tempo de coagulação, aumento do número de cáries em
faces lisas e interproximais, devido à dificuldade de escovação e passagem de fio
dental.
Externou a vontade de ter mais um filho além dos que já tem, e reclama de
dificuldades de deambular.
Notou-se hipertonia dos músculos cervicais e respiração bucal, levando à
boca seca. Clinicamente também foram constatadas alterações oculares.
No prontuário não havia informações sobre uso de medicação por parte do
paciente.
Discussão
Não foram encontradas alterações bucais que pudessem ser atribuídas
especificamente à DMJ. Pudemos perceber que, em comum, todos os quatro
pacientes que tiveram seus prontuários analisados possuíam a presença de
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Conclusão
Com base nos prontuários analisados, foi possível concluir que os sinais
clínicos comuns da doença, como hipotonia e marcha atáxica eram mais evidentes
em idades avançadas, sendo relatado um caso apenas que o paciente apresentava
35 anos de idade, e os demais com idade igual ou superior a 50 anos.
Foi demonstrada a necessidade de um controle periódico da saúde com
cirurgião-dentista e equipe multiprofissional, pois portadores da DMJ apresentam
bastantes agravos bucais que não são específicos da doença, mas sim
conseqüências destes, e estão relacionados direta ou indiretamente com os sinais e
sintomas da mesma. As características dos portadores da DMJ, como respiração
bucal, disfagia, hipotonia, delimitam à higienização precária proveniente da
dificuldade de executar a escovação de forma individual e eficaz. Com a perda do
controle motor, os pacientes têm dificuldade ou são impossibilitados de fazer sua
própria escovação, usar colutório e passar o fio dental. Apesar dos portadores da
DMJ precisarem de acompanhamento multiprofissional contínuo, o papel principal
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Abstract
Machado-Joseph Disease (MJD) or Espinocerebellar Ataxia Type 3 (SCA3) is an autossomal
dominant inheritance neurodegenerative disorder, with progressive nature, wich can start in
childhood or adult life, and is characterized by degeneration of the spinocerebellar nerves.
The MJD diagnosis needs confirmation by genetical examination, once the disease shows a
great variety of clinical symptoms, that makes difficult the diagnosis. The objective of this
study was to identify odontological approaching methods and treatments used in carriers of
Machado-Joseph Disease, by the description of four clinical cases, by the aid of analysis of
health records, originating from Odontological Especialities Center (OEC) in Itajaí, Santa
Catarina, Brazil.
The founds showed patients with inadequate oral condition resulting from oral breathing,
hypossalivation and another disease’s known factors, such as swallowing and diction
alterations, tongue fasciculation, ataxia, disfagy and motor difficulties, associated to bad
hygienization, that also intervene at odontological condition and approaching of the patients.
Referências
13. TEIVE, H. A. G. et al. Machado Joseph disease versus hereditary spastic paraplegia:
case report. Arq. neuropsiquiatr., São Paulo, v.59, n.3-B, p.809-811, set. 2001.
14. TEIVE, H. A. G. Spinocerebellar ataxias. Arq. neuropsiquiatr., São Paulo, v.67, n.4,
p.1133-1142, dez. 2009.
15. TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B. da; SILVA, O. J. da. Atlas de prótese parcial
removível. São Paulo: Livraria Santos Editora, 1996. p.1-27.
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16. VEL ROTNES W. G. et al. Utilização dos movimentos oculares no tratamento da ataxia
cerebelar na Doença de Machado-Joseph. Revista Neurociência, São Paulo, v.16, n.1,
p.53-61, 2008.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TEIVE, H. A. G. et al. Machado Joseph disease versus hereditary spastic paraplegia: case
report. Arq. neuropsiquiatr., São Paulo, v.59, n.3-B, p.809-811, set. 2001.
TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B. da; SILVA, O. J. da. Atlas de prótese parcial removível.
São Paulo: Livraria Santos Editora, 1996. p.1-27.
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