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DESCRIÇÃO

Anatomia do sistema digestório, correlacionada ao contexto clínico e


cirúrgico.

PROPÓSITO
Conhecer os aspectos morfofuncionais do sistema digestório e seus
constituintes é fundamental para o profissional de saúde.

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OBJETIVOS

MÓDULO 1

Identificar os conceitos gerais sobre os sistemas digestório, nervoso entérico


e peritônio

MÓDULO 2

Reconhecer os elementos que compõem o tubo digestivo

MÓDULO 3

Conhecer os órgãos e glândulas anexas do sistema digestório

INTRODUÇÃO

Os alimentos que ingerimos contêm uma variedade de nutrientes que são


usados para construir novos tecidos corporais e reparar tecidos danificados.

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Também são vitais para a vida, porque são a nossa única fonte de energia.
No entanto, a maior parte dos alimentos que comemos consiste em
moléculas grandes demais para serem usadas pelas células do corpo.

Por essa razão, os alimentos devem ser quebrados em moléculas pequenas


o bastante para entrar nas células do corpo, cujo processo é conhecido como
digestão. Os órgãos envolvidos na degradação e digestão dos alimentos
participam do sistema digestório, cada um com uma função distinta.

O sistema digestório é um sistema tubular que se inicia na cavidade oral e se


estende até o ânus, e possui relações fundamentais com os sistemas
respiratório e cardiovascular.

AVISO: orientações sobre unidades de medida.

ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES


DE MEDIDA

Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos


(ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o
Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais
escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação
dos números e das unidades.

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MÓDULO 1

 Identificar os conceitos gerais sobre os sistemas digestório,


nervoso entérico e peritônio

GENERALIDADES SOBRE O
SISTEMA DIGESTÓRIO

O sistema digestório tem duas subdivisões anatômicas: o trato digestório e


os órgãos acessórios. O trato é composto por um tubo musculomembranoso
que se estende da boca ao ânus, que mede cerca de 5m de comprimento in
vivo, mas, devido à perda de tônus muscular na morte, normalmente, tem
cerca de 9m de comprimento no cadáver. É também conhecido como canal
alimentar. Note na imagem a seguir que o baço está representado, porém,
não possui papel no sistema digestório, somente relações anatômicas.

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Imagem: Shutterstock.com
 Elementos do sistema digestório.

Pertencem ao sistema digestório a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o


intestino delgado (Dividido em duodeno, jejuno e íleo) e o intestino grosso.
Parte dele, o estômago e os intestinos, constitui o trato
gastrointestinal (TGI) . Os órgãos acessórios, na parte proximal (Boca) ,
são os dentes, a língua e as glândulas salivares. Na cavidade abdominal, os
anexos são o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam na
decomposição física (Mecânica) dos alimentos; a língua auxilia na
mastigação e na deglutição.

 VOCÊ SABIA
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Os outros órgãos digestivos acessórios, entretanto, nunca entram em contato
direto com os alimentos: eles produzem ou armazenam secreções que fluem
para o trato gastrointestinal (TGI) por meio de ductos e auxiliam na
decomposição química dos alimentos.

O sistema digestório é o sistema orgânico que processa os alimentos, extrai


os nutrientes e elimina os resíduos. Ele o faz por meio de algumas etapas:

INGESTÃO

Processo que envolve levar os alimentos sólidos e líquidos à boca.

SECREÇÃO

As células das paredes do TGI e órgãos digestivos acessórios secretam


água, ácidos, tampões e enzimas para o lúmen do trato.

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MISTURA E PROPULSÃO

As contrações e relaxamentos alternados do músculo liso nas paredes do


TGI misturam alimentos e secreções e os movem em direção ao ânus. Essa
capacidade do TGI de misturar e mover material ao longo de seu
comprimento é chamada de motilidade.

DIGESTÃO

Trata-se de processos mecânicos ou químicos que visam quebrar em


pequenas moléculas os alimentos ingeridos. Na digestão mecânica, os
dentes cortam e trituram o alimento antes deste ser deglutido. Em seguida,
os músculos lisos do estômago e do intestino delgado movimentam o
alimento para auxiliar no processo. Como resultado, as moléculas dos
alimentos se dissolvem e se misturam às enzimas digestivas. Na digestão
química, as moléculas dos alimentos são quebradas em moléculas menores.
As enzimas digestivas produzidas pelas glândulas salivares, língua,
estômago, pâncreas e intestino delgado aceleram essas reações. Algumas
substâncias presentes nos alimentos podem ser absorvidas sem digestão

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química, como vitaminas, íons, colesterol e água.

ABSORÇÃO

Refere-se à passagem de fluidos, íons e produtos da digestão para a


corrente sanguínea.

DEFECAÇÃO

Resíduos, substâncias e/ou frações indigestíveis dos alimentos, bactérias,


células eliminadas do revestimento do TGI e materiais digeridos que não
foram absorvidos em sua jornada pelo trato digestório deixam o corpo pelo
ânus, em um processo chamado defecação, que os elimina por meio das
fezes.

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A parede do trato digestório, desde a parte inferior (1/3) do esôfago até o


canal anal, tem o mesmo arranjo estrutural de tecidos em quatro camadas, a
saber:

MUCOSA

SUBMUCOSA

MUSCULAR

SEROSA

A mucosa é o revestimento interno do trato gastrointestinal, composta por


uma camada de epitélio em contato direto com o conteúdo do TGI, uma
camada de tecido conjuntivo chamada de lâmina própria e uma fina camada
de músculo liso (muscular da mucosa). Na lâmina própria, há a presença

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predominante de aglomerados de tecidos linfáticos, denominados de tecido
linfático associado à mucosa (MALT, a sigla em inglês).

 EXEMPLO

Temos as placas de Peyer no íleo, a terceira porção do intestino delgado.


A muscular da mucosa forma vilosidades que criam uma maior superfície de
contato com o alimento, seja para a digestão, seja para a absorção.

A submucosa consiste em tecido conjuntivo que liga a túnica mucosa à túnica


muscular. Ela contém muitos vasos sanguíneos e linfáticos que recebem
moléculas de alimento absorvidas. Também localizada na submucosa está
uma extensa rede de neurônios conhecida como plexo submucoso (Plexo de
Auerbach) . A submucosa também pode conter glândulas e tecido linfático.

A túnica muscular da boca, faringe e partes superior e média do esôfago


contém músculo estriado esquelético (voluntários). O músculo esquelético
também forma o esfíncter anal externo, que permite o controle voluntário da
defecação. Ao longo do restante do trato, a túnica consiste em músculo liso
que geralmente é encontrado em duas lâminas: uma lâmina interna de fibras
circulares e uma lâmina externa de fibras longitudinais.

 SAIBA MAIS

As contrações involuntárias do músculo liso ajudam a quebrar os alimentos,


misturá-los com as secreções digestivas e impulsioná-los ao longo do trato.

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Entre as camadas do músculo está um segundo plexo de neurônios, o plexo
mioentérico (Plexo de Meissner) .

A camada mais externa (Serosa) está presente nas porções do TGI que
estão suspensas na cavidade abdominal. Como o próprio nome indica, a
serosa é uma membrana composta de tecido conjuntivo areolar e epitélio
escamoso simples (Mesotélio) . No abdome, a serosa que está próxima ao
trato e aos órgãos anexos também é chamada de peritônio visceral porque
forma uma porção do peritônio. No tórax, o esôfago não tem serosa; em vez
disso, apenas uma única camada de tecido conjuntivo areolar (adventícia)
forma a camada de revestimento mais superficial desse órgão.

Imagem: Shutterstock.com
 As camadas do trato gastrointestinal.

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SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO

Para exercer sua função, o trato gastrointestinal é regulado por um conjunto


intrínseco de nervos conhecido como
sistema nervoso entérico (SNE) e por um conjunto extrínseco de nervos
que fazem parte do sistema nervoso autônomo. O SNE consiste em milhões
de neurônios conectados que se estendem do esôfago ao ânus. Esses
neurônios são organizados em dois plexos: o plexo mioentérico (Plexo de
Auerbach) e o plexo submucoso (Plexo de Meissner) . O plexo mioentérico
está localizado entre as camadas de músculo liso longitudinal e circular da
muscular. O plexo submucoso é encontrado na camada submucosa. Os
plexos do sistema nervoso entérico consistem em neurônios motores,
interneurônios e neurônios sensoriais.

Como os neurônios motores do plexo mioentérico inervam as camadas do


músculo liso longitudinal e circular da musculatura, esse plexo controla
principalmente a motilidade do TGI, particularmente, a frequência e força da
contração da musculatura. Os neurônios motores do plexo submucoso
suprem as células secretoras do epitélio da mucosa, controlando as
secreções dos órgãos do TGI.

Os interneurônios do SNE interconectam os neurônios dos plexos


mioentérico e submucoso.

Os neurônios sensoriais do SNE suprem o epitélio da mucosa e contêm


receptores que detectam estímulos no lúmen do TGI. A parede do trato
gastrointestinal contém dois tipos principais de receptores sensoriais
(percebem e conduzem estímulos à medula e ao encéfalo):

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Fonte:Shutterstock

Quimiorreceptores: colhem, no alimento, estímulos de certos produtos


químicos presentes no lúmen.

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Fonte:Shutterstock

Mecanorreceptores: percebem estímulos de estiramento, que são ativados


quando o alimento distende a parede de uma das porções do TGI.

Devemos ressaltar que o SNE é regulado por nervos do sistema nervoso


autônomo (extrínseco a parede do TGI).

O nervo vago (X par craniano) é responsável pela inervação parassimpática


da maior parte do trato gastrointestinal, exceto a última parte do intestino
grosso, que é suprida pelos nervos esplâncnicos pélvicos. O sistema
parassimpático estimula tanto a secreção de enzimas como a motilidade,
dessa forma, aumentando a atividade do SNE.

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A porção simpática do TGI é controlada por nervos esplâncnicos torácicos. A
porção simpática diminui a atividade do SNE, reduzindo a secreção de
enzimas e outras substâncias, assim como diminuindo a
motilidade/peristalse.

PERITÔNIO
O peritônio é a maior membrana serosa do corpo; consiste em uma
camada de epitélio escamoso simples (mesotélio) com uma camada de
suporte subjacente de tecido conjuntivo areolar. Durante o desenvolvimento,
o peritônio sofre alterações morfológicas dimensionais e complexas antes de
atingir sua forma e posição definitivas. O peritônio é dividido em:

Peritônio parietal, que reveste a parede da cavidade abdominal.

Peritônio visceral, que cobre alguns dos órgãos da cavidade abdominal e é


sua membrana serosa.

Entre essas duas lâminas, há um espaço estreito contendo fluido seroso


lubrificante que fica entre as porções parietal e visceral do peritônio
(cavidade peritoneal).

O peritônio, ao manter relação íntima com os órgãos da cavidade abdominal


(TGI e anexos), divide-os em:

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ÓRGÃOS PERITONIZADOS

Envelopados totalmente pelo peritônio

ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS
(EXTRAPERITONEAIS)

Envelopados parcialmente pelo peritônio (subperitonizados)

Os rins, o cólon ascendente e descendente do intestino grosso, parte do


duodeno e o pâncreas são exemplos de órgãos retroperitoneais. As demais
partes do trato gastrointestinal são peritonizadas.

O peritônio possui inúmeras pregas que fixam as vísceras umas às outras ou


às paredes da cavidade abdominal. Além de terem papel na fixação, o
peritônio contém os vasos e nervos que seguem em direção às vísceras.
Existem cinco grandes pregas de peritônio:

OMENTO MAIOR
O omento (Epiplon) maior cobre o cólon transverso e as alças do intestino
delgado como um “avental de gordura”. É uma folha dupla que se dobra
sobre si mesma, totalizando quatro camadas coalescidas (Incorporadas,
unidas) . A partir do estômago e do duodeno, o omento maior se estende no
sentido inferior, estando situado anteriormente ao intestino delgado, depois
dobra-se, estende-se superiormente e se fixa ao cólon transverso.

O omento maior normalmente contém uma quantidade considerável de

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tecido adiposo, que pode se expandir muito com o ganho de peso. Os muitos
nódulos linfáticos do omento maior contribuem com macrófagos e células
plasmáticas produtoras de anticorpos que ajudam a combater e conter
infecções do trato gastrointestinal.

LIGAMENTO FALCIFORME
Possui formato de foice, daí seu nome. O ligamento falciforme é uma
extensão do peritônio visceral que recobre grande parte do fígado e o fixa à
parede abdominal anterior e ao diafragma. O fígado é o único órgão anexo
do TGI ligado à parede abdominal anterior.

OMENTO MENOR
O omento menor surge como uma prega anterior na serosa do estômago e
do duodeno e conectando esses órgãos ao fígado, formando os ligamentos
hepatogástrico (proximal) e hepatoduodenal (distal). É a via de entrada do
feixe vasculonervoso no fígado ― contém a veia porta hepática, a artéria
hepática comum, nervos e o ducto biliar comum, juntamente com alguns
nódulos linfáticos.

MESENTÉRIO
Essa reflexão peritoneal tem formato de “leque” e fixa o jejuno e o íleo à
parede abdominal posterior (raiz do mesentério). Normalmente, é ampla em
tecido adiposo; contribui significativamente para a circunferência abdominal
em indivíduos obesos (gordura visceral). O mesentério se estende da parede
abdominal posterior para envolver o intestino delgado e retorna à sua origem,
formando uma estrutura de duas camadas. Entre as duas camadas estão os
vasos sanguíneos (motivo do nome, mesentéricos), nervos, vasos linfáticos e
linfonodos para as respectivas porções do intestino delgado.

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MESOCÓLON
Trata-se de uma reflexão peritoneal que envolve o cólon transverso
(mesocólon transverso) e o cólon sigmoide (mesocólon sigmoide) e os fixa à
parede posterior do abdome. Assim como o mesentério, o mesocólon permite
a passagem de vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos para as
respectivas porções do intestino.

Essas são as maiores reflexões peritoneais, porém há outras, por exemplo, o


mesoapêndice, que está relacionado ao envelopamento e fixação do
apêndice vermiforme. Existem também algumas variações anatômicas que
culminam no surgimento de outras reflexões peritoneais, como o mesorreto,
que possui relação com o reto, uma das porções do intestino grosso.

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GENERALIDADES DOS SISTEMAS
DIGESTÓRIO, NERVOSO
ENTÉRICO E PERITÔNIO
O especialista José Carlos Siciliano fará resumo do módulo, abordando todos
os subtópicos descritos neste módulo.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. O SISTEMA DIGESTÓRIO É O SISTEMA ORGÂNICO QUE


PROCESSA OS ALIMENTOS, EXTRAI OS NUTRIENTES E
ELIMINA OS RESÍDUOS. DENTRE AS ETAPAS FUNCIONAIS
LISTADAS ABAIXO, QUAL DELAS CORRESPONDE À
PORÇÃO GASTRODUODENAL (ESTÔMAGO E DUODENO)?
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ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

A) Secreção

B) Mistura e propulsão

C) Digestão

D) Absorção

E) Defecação

2. IDENTIFIQUE QUAL DAS REFLEXÕES DO PERITÔNIO


LISTADAS ABAIXO FIXA O FÍGADO À PAREDE ANTERIOR
DO ABDOME E AO DIAFRAGMA. ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA:

A) Ligamento hepatogástrico

B) Ligamento hepatoduodenal

C) Ligamento coronário

D) Ligamento falciforme

E) Ligamento triangular

GABARITO

1. O sistema digestório é o sistema orgânico que processa os


alimentos, extrai os nutrientes e elimina os resíduos. Dentre as etapas
funcionais listadas abaixo, qual delas corresponde à porção

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gastroduodenal (estômago e duodeno)? Assinale a alternativa
CORRETA:

A alternativa "C " está correta.

Digestão: trata-se de processos mecânicos ou químicos que visam quebrar


os alimentos ingeridos em pequenas moléculas. A musculatura lisa do
estômago e duodeno movimentam o alimento para auxiliar no processo de
mistura com as enzimas digestivas. Após a mistura, as enzimas digestivas
produzidas pelas glândulas salivares, estômago e pâncreas que desemboca
no duodeno catalisam essas reações. Algumas substâncias nos alimentos
podem ser absorvidas sem digestão química.

2. Identifique qual das reflexões do peritônio listadas abaixo fixa o


fígado à parede anterior do abdome e ao diafragma. Assinale a
alternativa CORRETA:

A alternativa "D " está correta.

O ligamento falciforme é uma reflexão do peritônio visceral que recobre


grande parte do fígado e o fixa à parede abdominal anterior e ao diafragma.
O fígado é o único órgão anexo do TGI ligado à parede abdominal anterior.

MÓDULO 2

 Reconhecer os elementos que compõem o tubo digestivo

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OS ELEMENTOS DO TUBO
DIGESTIVO

CAVIDADE ORAL

Conhecida popularmente como boca, a cavidade oral possui a função de


ingestão, além de fornecer respostas sensoriais dos alimentos ou líquidos
ingeridos graças às papilas gustativas da língua. A boca participa no
processo mecânico de mastigação (graças aos dentes), digestão química,
deglutição, fonação e respiração.

A boca é delimitada pelas bochechas, lábios, palato e língua. Sua abertura


anterior, situada entre os lábios, é denominada de comissura labial e sua
abertura posterior é denominada de istmo das fauces. É revestida por
epitélio escamoso estratificado, sendo queratinizado em áreas sujeitas à
maior abrasão, como as gengivas e palato duro, e não queratinizado no
assoalho da boca, no palato mole e na superfície interna das bochechas e
lábios. A parede lateral da cavidade oral (Bochechas) é formada também
pelo músculo bucinador.

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Imagem: Shutterstock.com

As bochechas e os lábios retêm o alimento e o comprimem entre os dentes


para a mastigação e são essenciais para a fala articulada e para ações de
sucção e sopro, sendo fundamentais na nutrição do recém-nascido. Uma
prega mediana chamada frênulo labial liga cada lábio à gengiva, entre os
incisivos anteriores.

 VOCÊ SABIA

O vestíbulo oral é o espaço situado entre as bochechas/lábios e os dentes ―


o espaço em que você insere a escova de dentes ao escovar as superfícies
externas dos dentes (face vestibular).

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Os lábios são divididos em três áreas:

Fonte:Shutterstock

Área cutânea, que possui a mesma coloração do resto da face e possui


folículos capilares e glândulas sebáceas.

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Fonte:Shutterstock

Área vermelha, que é a região sem pelos onde os lábios se encontram.


Possui papilas dérmicas excepcionalmente altas, que permitem que os
capilares sanguíneos e as terminações nervosas se aproximem da superfície
epidérmica, sendo mais sensível que a área cutânea.

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Fonte:Shutterstock

Área mucosa, formada pela superfície interna do lábio, voltada para a


gengiva e os dentes e contém glândulas labiais que contribuem para a
formação de saliva.

O palato forma o teto da cavidade oral e a separa da cavidade nasal. Sua


porção anterior, denominada de palato duro (Ósseo) , é formada pelos
processos palatinos da maxila e pelos ossos palatinos. Possui cristas
transversais chamadas pregas (Rugas) palatinas que ajudam a língua a
segurar e a manipular os alimentos. Posteriormente, encontra-se o palato
mole, que tem uma textura mais esponjosa e é composto de músculo
esquelético e tecido glandular.

O palato mole possui uma projeção medial cônica, a úvula, visível na parte
posterior da boca, que retém o alimento na boca até que esteja pronto para

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ser engolido. Na parte posterior da boca, dois arcos musculares (revestidos
por mucosas) de cada lado começam no teto perto da úvula e descem até o
assoalho da boca. O anterior é o arco palatoglosso e o posterior é o arco
palatofaríngeo. O último arco marca o limite entre a cavidade oral e a
faringe (Orofaringe) . As tonsilas palatinas estão localizadas na
parede entre os arcos (Fossa tonsilar) .

Imagem: Shutterstock.com
 Alguns elementos da cavidade oral.
 Elementos da
cavidade oral e istmo das fauces.

FARINGE

A faringe é definida como um funil musculomembranoso que conecta a


cavidade oral ao esôfago e a cavidade nasal à laringe; é um órgão que
participa da formação dos sistemas digestório e respiratório. Consiste em
três regiões chamadas de: (1) nasofaringe, (2) orofaringe e (3) laringofaringe.

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Imagem: Shutterstock.com
 A faringe e suas porções.

A nasofaringe é exclusivamente respiratória e é revestida por epitélio colunar


pseudoestratificado; as demais porções são compartilhadas pelos tratos
respiratório e digestivo e são revestidas por epitélio escamoso estratificado
não queratinizado, uma adaptação para resistir à abrasão pela passagem de
alimentos.

A faringe possui uma camada profunda de músculo esquelético orientado


longitudinalmente, e uma camada superficial de músculo esquelético circular.
Os músculos circulares são os constritores: músculo constritor superior,
médio e inferior da faringe, que forçam o alimento para baixo durante a
deglutição.

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 SAIBA MAIS

Quando a pessoa não está engolindo, o constritor inferior permanece


contraído para excluir o ar do esôfago. Essa conformação é considerada
como o esfíncter esofágico superior, embora não seja uma característica
anatômica do esôfago. Ele desaparece na hora da morte, quando o músculo
relaxa. Assim, é considerado um esfíncter fisiológico, e não uma estrutura
anatômica constante.

Imagem: Shutterstock.com
 Músculos faríngeos.

Os músculos longitudinais da faringe tracionam a parede faríngea


superiormente e auxiliam a movimentar o bolo alimentar através da faringe
para o esôfago. São os seguintes:

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MÚSCULO ESTILOFARÍNGEO

MÚSCULO SALPINGOFARÍNGEO

MÚSCULO PALATOFARÍNGEO

A nasofaringe é posterior às coanas e ao palato mole. Recebe as tubas


auditivas (de Eustáquio) do ouvido médio e aloja a tonsila faríngea. O ar
inalado gira 90° para baixo ao passar pela nasofaringe. Partículas
relativamente grandes (>10 μm) geralmente não conseguem fazer a curva
por causa de sua inércia. Elas colidem com a parede posterior da
nasofaringe e aderem à mucosa próxima à tonsila, que está bem-posicionada
para responder aos patógenos transportados pelo ar.

A orofaringe é a região situada posteriormente à raiz da língua. Ele se


estende da ponta inferior do palato mole até a ponta superior da epiglote.
Sua borda anterior é formada pela base da língua e pelo istmo das fauces, a
abertura da cavidade oral na faringe. Na parte “faríngea” da língua, grandes
coleções de
tecido linfoide (Tonsilas linguais) podem ser encontradas.

Nas paredes laterais da orofaringe, estão os arcos (Arcos ou pregas)


palatoglosso e o palatofaríngeo, e as tonsilas palatinas situam-se entre eles.
O arco palatoglosso é uma prega de membrana mucosa que cobre o

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músculo palatoglosso. O intervalo entre os dois arcos palatoglossais é
denominado de istmo das fauces e marca o limite entre a cavidade oral e a
orofaringe, como já vimos. O arco palatofaríngeo é uma prega de membrana
mucosa que recobre o músculo palatofaríngeo.

Ao conter líquidos ou sólidos na cavidade oral, o istmo das fauces é fechado


pela depressão do palato mole, elevação da parte posterior da língua e
movimento em direção à linha média das pregas palatoglossal e
palatofaríngea. Isso permite que uma pessoa respire enquanto mastiga ou
manipula o material na cavidade oral.

Na deglutição, o istmo das fauces é aberto, o palato é elevado, a cavidade


laríngea é fechada e o alimento ou líquido é direcionado para o esôfago.
Uma pessoa não pode respirar e engolir ao mesmo tempo porque as vias
aéreas estão fechadas em dois locais, o istmo da faringe e a laringe.

A laringofaringe se estende da margem superior da epiglote até a porção


superior do esôfago ao nível da sexta vértebra cervical. A entrada da laringe
se abre na parede anterior da laringofaringe, portanto, a parede anterior da
laringofaringe consiste na face posterior da laringe. Na laringofaringe, há um
par de recessos mucosos (fossas piriformes) entre a parte central da laringe
e a porção posterolateral das lâminas da cartilagem tireoide. As fossas
piriformes formam canais que direcionam sólidos e líquidos da cavidade oral
ao redor da abertura laríngea elevada e para o esôfago.

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Imagem: Shutterstock.com
 Corte sagital demonstrando algumas estruturas relacionadas à faringe.

A faringe é suprida por inúmeros vasos. A porção superior é suprida por


ramos da carótida externa. Já a porção inferior é suprida por ramos da artéria
subclávia. As veias que drenam a faringe formam um plexo venoso
faríngeo ao redor da parede. Esse plexo drena superiormente para o plexo
pterigoideo, na fossa infratemporal, e inferiormente para a veia facial e veia
jugular interna. Os vasos linfáticos da faringe drenam para os linfonodos
cervicais profundos, assim como linfonodos retrofaríngeos (Região posterior
da faringe.) , paratraqueais e infra-hioides.

A inervação motora e sensorial (exceto para a região nasal) da faringe é


fornecida por ramos dos nervos vago e glossofaríngeo, que formam um
plexo. Os ramos faríngeos provenientes do vago surgem do gânglio cervical

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inferior e inervam toda a musculatura da faringe, com exceção do músculo
estilofaríngeo, que recebe um ramo do glossofaríngeo.

 ATENÇÃO

A inervação sensitiva é diferente de acordo com a porção estudada. A


nasofaringe recebe fibras de um ramo faríngeo do nervo maxilar. A orofaringe
é inervada sensitivamente pelo glossofaríngeo, ao emitir ramos para o plexo
faríngeo. E a laringofaringe é suprida pelo vago.

ESÔFAGO

O esôfago é um órgão tubular musculomembranoso retilíneo de 25 a 30


cm de comprimento, posterior à traqueia. Sua abertura superior encontra-se
entre a sexta vértebra cervical e a cartilagem cricoide da laringe. Após descer
pelo mediastino superior e atingir o segmento posterior desse espaço, o
esôfago atravessa o diafragma em uma abertura chamada hiato esofágico,
continua por 3 a 4cm e encontra o estômago. Sua abertura para o estômago
é chamada de orifício cárdico. O bolo alimentar faz uma breve pausa neste
ponto antes de entrar no estômago, devido à presença do esfíncter
esofágico inferior, que evita que o conteúdo do estômago regurgite para o
esôfago, protegendo a mucosa esofágica do efeito dos ácidos gástricos.

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Imagem: Shutterstock.com
 Esquema demonstrando a trajetória do esôfago até alcançar o estômago.

A parede do esôfago possui algumas especializações regionais. A mucosa


possui epitélio escamoso estratificado não queratinizado. A submucosa
contém glândulas esofágicas, que secretam muco lubrificante para o lúmen.

A muscular externa (Longitudinal) é composta de músculo esquelético no


terço superior do esôfago, uma mistura de músculo esquelético e liso no
terço médio e apenas músculo liso no terço inferior. A maior parte do esôfago
está no mediastino, onde é coberto por uma adventícia de tecido conjuntivo
que se funde com a adventícia da traqueia e aorta torácica. O segmento
curto, abaixo do diafragma, é parcialmente coberto por uma
serosa (Peritônio) .

A deglutição é uma ação complexa que envolve mais de 22 músculos na

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boca, faringe e esôfago, coordenada pelo centro da deglutição, um par de
núcleos nervosos situados no bulbo, que compõe o tronco encefálico. Este
centro se comunica com os músculos da faringe e esôfago por meio dos
nervos trigêmeo, facial, glossofaríngeo e hipoglosso (nervos cranianos V, VII,
IX e XII, respectivamente) e coordena uma série complexa de contrações
musculares para produzir deglutição sem engasgo.

O esôfago é essencialmente muscular e flexível. Graças a essa


característica, o esôfago pode ser comprimido ou estreitado por estruturas
vizinhas em quatro locais, a saber:

Na junção do esôfago com a faringe no pescoço.

No mediastino superior, onde o esôfago é atravessado pelo arco da aorta.

No mediastino posterior, onde o esôfago é comprimido pelo brônquio


principal esquerdo.

No mediastino posterior, no hiato esofágico do músculo diafragma.

Essas constrições têm consequências clínicas importantes.

 EXEMPLO

Um corpo estranho engolido tem mais probabilidade de parar em uma


dessas áreas mais estreitas; ou, uma substância corrosiva ingerida se
moveria mais lentamente por meio de uma região estreitada, causando mais
danos neste local que em qualquer outro lugar ao longo do esôfago.

O esôfago é inervado pelo nervo vago (Parassimpático) e por ramos do


tronco simpático (Plexo esofágico) . É irrigado por ramos esofágicos da

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aorta torácica, das artérias bronquiais e da artéria gástrica esquerda. As
veias esofágicas drenam para a veia ázigo, hemiázigo e para a veia gástrica
esquerda.

O esfíncter esofágico inferior (EEI) evita o refluxo gastroesofágico. O


enfraquecimento desse esfíncter leva ao refluxo repetitivo ou crônico.

O ácido estomacal, às vezes, os ácidos biliares e as enzimas pancreáticas


regurgitam no esôfago e irritam a mucosa. Isso causa a sensação de
“azia” (Pirose) . Essa doença afeta especialmente os homens brancos. Além
do sexo e da etnia, os fatores de risco incluem idade avançada, obesidade,
gestação, tabagismo, hérnia de hiato e deitar-se logo após refeições.

 ATENÇÃO

A sensação de pirose, muitas vezes, pode ser tratada com antiácidos.


Porém, em alguns casos, o refluxo gastroesofágico pode levar a
complicações mais sérias, como cicatrizes e estreitamento do esôfago
(estenose), erosão e inflamação da parede esofágica (esofagite erosiva) e
até metaplasia do epitélio esofágico, sendo então transformado em um
epitélio colunar (esôfago de Barrett).

Embora a maioria das pessoas com esôfago de Barrett e adenocarcinoma


tenha uma história de longo prazo de refluxo, apenas 5% a 15% das pessoas
com refluxo progridem para esôfago de Barrett e menos de 0,1% para
adenocarcinomas.

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ESTÔMAGO

O estômago é uma dilatação do trato digestório entre o esôfago e o intestino


delgado. É especializado no acúmulo de alimentos ingeridos, os quais
prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o
duodeno. O estômago atua como um liquidificador e reservatório de
alimentos; sua função principal é a digestão enzimática. O suco gástrico
converte gradualmente uma massa de alimento em uma mistura semilíquida,
denominada de quimo, que passa rapidamente para o duodeno.

 VOCÊ SABIA

Um estômago vazio apresenta diâmetro ligeiramente maior que o intestino


grosso; no entanto, é capaz de expansão considerável e pode conter de 2 a
3 litros de alimento.

Logo após a junção esofagogástrica, observamos uma angulação entre o


esôfago e estômago chamada de incisura cárdica (ângulo de His), que auxilia
na divisão do estômago em duas das quatro regiões principais:

CÁRDIA

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FUNDO

CORPO

PARTE PILÓRICA

A cárdia circunda a abertura do esôfago no estômago e é guarnecida por


uma camada circular de músculo, o colar de Helvetius. A parte arredondada
situada superiormente e à esquerda da cárdia é o fundo. Inferior ao fundo
está a grande parte central do estômago, o corpo. A parte pilórica é
divisível em três regiões.

A primeira subdivisão, o antro pilórico, se conecta ao corpo do estômago.


A segunda subdivisão, o canal pilórico, que leva à terceira região, o piloro,
que por sua vez se conecta ao duodeno.

Quando o estômago está vazio, a mucosa forma grandes pregas gástricas


que podem ser vistas a “olho nu”.

O piloro se comunica com o duodeno do intestino delgado por meio de um

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óstio controlado pelo esfíncter muscular liso, denominado esfíncter pilórico.

O esvaziamento intermitente do estômago ocorre quando a pressão


intragástrica vence a resistência do piloro.

O piloro é normalmente contraído tonicamente de forma que o óstio pilórico é


reduzido, exceto quando emite o quimo.

Em intervalos irregulares, o peristaltismo gástrico envia o quimo por meio do


canal pilórico e se dirige ao intestino delgado para posterior mistura, digestão
e absorção.

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O estômago possui duas curvaturas, a margem (borda) medial côncava do
estômago chamada de curvatura menor, e a margem convexa, lateral, é
denominada de curvatura maior do estômago.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia do estômago. Podemos notar a presença da curvatura maior e
menor.

 VOCÊ SABIA

O tamanho, a forma e a posição do estômago podem variar em pessoas de


diferentes biotipos e mudar até mesmo no mesmo indivíduo como resultado
dos movimentos diafragmáticos durante a respiração, o conteúdo do

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estômago (vazio/cheio) e a posição.

Na posição supina (Deitada) , o estômago comumente fica entre os


quadrantes superiores direito e esquerdo (regiões epigástrica, umbilical e
hipocôndrio esquerdo). Na posição ereta, o estômago se move inferiormente.
Em indivíduos astênicos (Magros ou fracos) , o corpo do estômago pode se
estender até a pelve.

O suprimento arterial do estômago vem dos ramos da artéria celíaca (Ou


tronco celíaco) . A maior parte do sangue é fornecida por anastomoses
formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e
esquerda, e, ao longo da curvatura maior, pelas
artérias gastro-omentais (Gastroepiploicas) direita e esquerda. O fundo e a
parte superior do corpo recebem sangue das artérias gástricas curtas e
posterior.

As veias do estômago seguem as artérias.

As veias gástricas direita e esquerda drenam para a veia porta hepática.

As veias gástricas curtas e as veias gastro-omentais esquerdas drenam para


a veia esplênica.

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3

A veia esplênica se junta à veia mesentérica superior para formar a veia


porta hepática.

Uma veia pré-pilórica sobe sobre o piloro até a veia gástrica direita. Como
essa veia é de fácil localização, os cirurgiões a usam para identificar o piloro.

Os vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao longo das


curvaturas maior e menor do estômago. Eles aferem linfa para quatro
áreas (Zonas de Coller) de drenagem e 3 estações de drenagem da linfa,
conectadas em série. As quatro zonas linfáticas (De Coller) são:

ZONA I - GÁSTRICA INFERIOR


ZONA II – ESPLÊNICA
ZONA III - GÁSTRICO SUPERIOR
ZONA IV – HEPÁTICA

ZONA I - GÁSTRICA INFERIOR

Delineada por 2/3 inferiores da curvatura maior e piloro: linfonodos

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gastromentais.

ZONA II – ESPLÊNICA

Composta pelo quadrante superior esquerdo e curvatura maior: linfonodos


esplênicos, no hilo do baço.

ZONA III - GÁSTRICO SUPERIOR

Região cárdica e curvatura menor: linfonodos gástricos, diretamente na curva


menor.

ZONA IV – HEPÁTICA

Região suprapilórica: linfonodos pilóricos.

Nas quatro grandes áreas de drenagem linfática, existem três estações do


fluxo de drenagem linfáticas dispostas em série:

PRIMEIRA ESTAÇÃO

Linfonodos regionais das quatro zonas de drenagem.

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SEGUNDA ESTAÇÃO

Linfonodos ao longo dos ramos do tronco celíaco.

TERCEIRA ESTAÇÃO

Linfonodos na saída do tronco celíaco (linfonodos celíacos).

Em seguida, a linfa flui através dos troncos intestinais para o ducto torácico
(de Pecquet).

O suprimento nervoso parassimpático do estômago vem dos troncos do


nervo vago anterior, posterior e seus ramos, que entram no abdome pelo
hiato esofágico. O suprimento nervoso simpático do estômago vem dos
segmentos T6 a T9 dos nervos espinhais, que se unem formando o nervo
esplâncnico maior e alcança o plexo celíaco para ser distribuído para o
estômago através de plexos ao redor das artérias gástrica e gastro-omental.

A inflamação do estômago, chamada de gastrite, pode causar úlceras


pépticas, pois a pepsina e o ácido clorídrico corroem a parede do estômago.
Úlceras pépticas ocorrem no duodeno e no esôfago. Se não forem tratadas,
as úlceras podem perfurar o órgão e causar hemorragia fatal ou peritonite. A
maioria dessas fatalidades ocorre em pessoas com mais de 65 anos.

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Imagem: Shutterstock.com
 Úlcera péptica na mucosa gástrica.

INTESTINO DELGADO

A maior parte da digestão e absorção dos nutrientes ocorre em um longo


tubo estreito, o intestino delgado. Por isso, sua estrutura é especialmente
adaptada para essas funções. Seu comprimento fornece uma grande área de
superfície para digestão e absorção e essa área é ainda aumentada por
pregas (Dobras) circulares da mucosa, vilosidades e microvilosidades.

O intestino delgado inicia-se no esfíncter pilórico do estômago, apresenta-se


enovelado (enrolado) na parte central e inferior da cavidade abdominal e se

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abre para o intestino grosso. Tem em média 2,5cm de diâmetro; seu
comprimento é de cerca de 3 metros no organismo vivo, e cerca de 6,5
metros em um cadáver devido à perda do tônus da musculatura lisa após a
morte.

O intestino delgado é dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.

DUODENO

A primeira parte do intestino delgado é o duodeno. Começa no esfíncter


pilórico do estômago, tubular em forma de “C” que se estende por cerca de
25cm até se fundir com o jejuno.

 VOCÊ SABIA

Do latim, duodeno significa “12 dedos”; é assim chamado, porque tem quase
a largura de 12 dedos.

O duodeno segue um curso em forma de C ao redor da cabeça do pâncreas.


Começa no piloro no lado direito e termina na flexura duodenojejunal no lado
esquerdo. Essa junção ocorre aproximadamente no nível da vértebra L2. A
maior parte do duodeno é fixada pelo peritônio a estruturas na parede
abdominal posterior, portanto, é considerado parcialmente retroperitoneal. O
duodeno é divisível em quatro partes, a saber:

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PRIMEIRA PORÇÃO (SUPERIOR):

Possui em torno de 5 cm e está situada anterolateralmente ao corpo da


primeira vértebra lombar (L1).

SEGUNDA PORÇÃO (DESCENDENTE):

Possui em torno de 7 a 10 cm e tem trajetória inferior, situada ao lado direito


entre a primeira e a terceira vértebra lombar (L1-L3).

TERCEIRA PORÇÃO (INFERIOR):

Possui em torno de 6 a 8 cm e cruza a terceira vértebra lombar (L3).

QUARTA PORÇÃO (ASCENDENTE):

Possui algo em torno de 5 cm e se inicia do lado esquerdo da terceira


vértebra lombar e ascende até a segunda vértebra lombar (L3-L2).

A maior parte dos primeiros 2cm da parte superior do duodeno,


imediatamente distal ao piloro, tem um mesentério e é móvel. Os 3cm distais
da parte superior e as outras três partes do duodeno não têm mesentério e
são imóveis por serem retroperitoneais.

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PRIMEIRA PORÇÃO
SEGUNDA PORÇÃO
TERCEIRA PORÇÃO
QUARTA PORÇÃO

PRIMEIRA PORÇÃO

A parte superior (primeira) do duodeno surge do piloro, dilatada como uma


ampola, e está sobreposta pelo fígado e vesícula biliar. A parte proximal tem
o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor, como já vimos).

SEGUNDA PORÇÃO

A parte descendente (segunda parte) do duodeno segue inferiormente,


curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, ele fica à direita e
paralelo à veia cava inferior. O colédoco (Ducto biliar comum) e o ducto
pancreático principal (De Wirsung) entram em sua parede posteromedial.
Esses ductos se unem para formar a ampola hepatopancreática (De Vater) ,
que se abre em uma eminência, chamada papila duodenal maior localizada
posteromedialmente na mucosa do duodeno descendente.

TERCEIRA PORÇÃO
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A parte horizontal (terceira parte) do duodeno segue transversalmente, da
direita para a esquerda, passando pela veia cava inferior, aorta e a terceira
vértebra lombar. É atravessado pela artéria e veia mesentérica superior e
pela raiz do mesentério do jejuno e do íleo. Superior a essa porção,
encontra-se a cabeça do pâncreas e seu processo uncinado (Ganchoso) .

QUARTA PORÇÃO

A parte ascendente (quarta) do duodeno segue superiormente e ao longo do


lado esquerdo da aorta para alcançar a margem inferior do corpo do
pâncreas. Nesse ponto, ele se curva anteriormente para se juntar ao jejuno
na flexura duodenojejunal, apoiado pela fixação do músculo suspensor do
duodeno (Ligamento de Treitz) . Esse músculo é composto por uma tira de
músculo esquelético do diafragma e por uma faixa fibromuscular de músculo
liso da terceira e quarta parte do duodeno. A contração desse músculo
amplia o ângulo (Ângulo de Treitz) da flexura duodenojejunal, facilitando a
movimentação do conteúdo intraluminal do intestino.

As artérias que suprem o duodeno originam-se da artéria celíaca (ou tronco


celíaco) e da artéria mesentérica superior.

O tronco celíaco, por meio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria


pancreaticoduodenal superior, suprem o duodeno proximal à entrada do
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ducto biliar na parte descendente do duodeno. A artéria mesentérica superior,
por meio de seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o
duodeno distal à entrada do ducto biliar.

As artérias pancreaticoduodenais situam-se na curva entre o duodeno e a


cabeça do pâncreas e suprem ambas as estruturas. A anastomose das
artérias pancreaticoduodenais superior e inferior (entre as artérias celíaca e
mesentérica superior) ocorre entre a entrada do colédoco e a junção das
partes descendente e inferior do duodeno.

As veias do duodeno seguem as artérias e drenam para a veia porta


hepática, algumas diretamente e outras indiretamente, por meio das veias
mesentéricas superiores e esplênicas.

Os vasos linfáticos do duodeno seguem as artérias. Os vasos linfáticos


anteriores drenam para os linfonodos pancreaticoduodenais, localizados ao
longo das artérias pancreaticoduodenais superior e inferior e para os
linfonodos pilóricos, que se encontram ao longo da artéria gastroduodenal.
Os vasos linfáticos posteriores passam posteriormente à cabeça do pâncreas
e drenam para os linfonodos mesentéricos superiores.

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4

Os nervos do duodeno derivam do vago e dos nervos esplâncnicos maior e


menor por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior. As fibras
nervosas são então conduzidas ao duodeno por meio de plexos menores
periarteriais que se estendem até as artérias pancreaticoduodenais.

Imagem: Shutterstock.com
 O duodeno e sua relação com o pâncreas.

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 ATENÇÃO

Note também na imagem a presença do ducto pancreático principal e


acessório desaguando na segunda porção do duodeno.

JEJUNO E ÍLEO

A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa na flexura


duodenojejunal, onde o trato gastrointestinal retoma o curso intraperitoneal. A
terceira parte do intestino delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a
união do íleo terminal com o ceco.

 SAIBA MAIS

Juntos, o jejuno e o íleo possuem em média de 6 a 7 metros de


comprimento, o jejuno constituindo aproximadamente 2/5 e o íleo
aproximadamente 3/5 da seção intraperitoneal do intestino delgado.

A maior parte do jejuno encontra-se no quadrante superior esquerdo do


compartimento infracólico, enquanto a maior parte do íleo se encontra no
quadrante inferior direito. O íleo terminal geralmente fica na pelve, de onde
sobe, terminando na face medial do ceco. A artéria mesentérica superior é
responsável por irrigar todo o jejuno e o íleo por meio das artérias jejunais e
ileais. Esses vasos formam arcadas (alças) pelo mesentério que originam
artérias retas.
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Uma das formas de diferenciar o jejuno do íleo é observar tais arcadas
arteriais.

 ATENÇÃO

O jejuno apresenta menos arcos arteriais, enquanto no íleo esses arcos


estão em maior quantidade. Uma diferença histológica entre essas porções é
dada pela maior presença de agregados linfoides no íleo, denominados de
placas de Peyer.

Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais (minúsculas


projeções da membrana mucosa) que absorvem a gordura são chamados de
lácteos. Eles esvaziam seu fluido semelhante ao leite nos plexos linfáticos
nas paredes do jejuno e do íleo. Os lácteos drenam, por sua vez, em vasos
linfáticos entre as camadas do mesentério. Os vasos linfáticos eferentes dos
linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores
e linfonodos Ileocólicos.

A inervação do jejuno e do íleo é dada por fibras simpáticas de nervos que se


originam nos segmentos T8 a T10 da medula espinhal e alcançam o plexo do
nervo mesentérico superior por meio dos troncos simpáticos e nervos
esplâncnicos torácicos. As fibras parassimpáticas que inervam o jejuno e íleo
derivam dos troncos vagais posteriores.

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Imagem: Shutterstock.com
 Esquema mostrando as porções do intestino delgado e
uma linha representativa de suas divisões.

INTESTINO GROSSO

O intestino grosso mede cerca de 1,5m de comprimento e 6,5cm de diâmetro


no cadáver. Seu nome é devido ao seu diâmetro, relativamente grande.
Consiste em oito partes:

Ceco

Apêndice vermiforme

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Cólon ascendente

Cólon transverso

Cólon descendente

Cólon sigmoide

Reto

Canal anal

O cólon possui morfologia tecidual típica do trato digestório: mucosa,


submucosa, muscular e serosa/adventícia. A mucosa é forrada por epitélio
colunar (cilíndrico) simples (lâmina epitelial), com microvilosidades longas.
Ela é coberta por uma camada de muco que auxilia no transporte das fezes.
A mucosa não contém vilosidades, entretanto, muitas criptas de Lieberkühn,
nas quais numerosas células caliciformes e enteroendócrinas são
encontradas.

CECO

O ceco é a primeira parte do intestino grosso, apresenta o formato de uma


bolsa situada no quadrante inferior direito do abdome (Fossa ilíaca) , inferior
à válvula ileocecal (ponto de conexão entre o íleo e o ceco). Preso à sua
extremidade inferior está o apêndice vermiforme, um tubo cego de 2 a 7cm
de comprimento. Note na imagem a seguir a presença da válvula ileocecal e
do íleo terminal.

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Imagem: Shutterstock.com
 O ceco e o apêndice vermiforme.

APÊNDICE VERMIFORME

O apêndice possui um mesentério triangular curto, o mesoapêndice, que


deriva da parte posterior do mesentério do íleo terminal. O mesoapêndice se
conecta ao ceco e à parte proximal do apêndice e permite a passagem dos
vasos apendiculares. De topografia e sintopia variada, as posições do
apêndice são, a saber:

Apêndice descendente (ilíaca [a mais comum] e pélvica)

Apêndice medial

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Apêndice ascendente (medial, lateral e retrocecal)

A mucosa do apêndice é povoada por linfócitos e é uma fonte significativa de


células imunológicas. Primatas herbívoros, como gorilas e orangotangos, têm
um ceco de tamanho aumentado, repleto de bactérias que digerem a fibra
vegetal em sua dieta. Os humanos, com sua dieta mais variada e facilmente
digerida, têm apenas o apêndice como vestígio do tamanho do ceco dos
primatas.

CÓLONS

O cólon ascendente começa nivelado com a válvula ileocecal e sobe pelo


lado direito da cavidade abdominal. Encontra-se retroperitonealmente no lado
direito da cavidade abdominal e dirige-se em direção à flexura cólica direita
próxima à superfície inferior do fígado. Nesse ponto, ele se curva em um
ângulo de 90° e forma a flexura cólica direita (flexura hepática), perto do lobo
direito do fígado, e se torna o cólon transverso.

O cólon transverso, por sua vez, passa horizontalmente pela cavidade


abdominal superior, da direita para a esquerda, projetando-se para dentro do
peritônio. Esse segmento colônico cursa intraperitonealmente em direção ao
baço, formando a flexura cólica esquerda (flexura esplênica) de 90°. Essa
parte encontra-se presa à parede abdominal posterior pelo mesocólon, sendo
bastante flexível. Iniciando na flexura cólica esquerda, o cólon descendente
procede inferiormente retroperitonealmente no lado esquerdo da cavidade
abdominal e transforma-se no cólon sigmoide, que possui forma de “S”.

O cólon sigmoide encontra-se intraperitonealmente. Ele também possui um

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mesocólon. Essa última parte do cólon termina no reto ao nível de S2-S3. Os
cólons ascendente, transverso e descendente formam uma estrutura
quadrada e trilateral ao redor do intestino delgado.

A parede do cólon possui algumas características diferentes do intestino


delgado. Devido às contrações musculares, as paredes dos cólons
apresentam pregas semilunares na superfície interna. As pregas semilunares
são causadas de forma meramente funcional, e são móveis. Tais dobras
formam bolsas (seriadas) na superfície externa, chamadas de haustrações
(haustros).

A musculatura longitudinal (externa) dos cólons, embora envolva


completamente o cólon da mesma maneira que circunda o intestino delgado,
estão concentradas em três faixas espessas, em forma de fita: as tênias
cólicas. O mesocólon está preso às tênias mesocólicas e o omento maior
está preso à tênia omental, enquanto as tênias livres são ilimitadas e
completamente visíveis. Outra característica morfológica do cólon são as
pequenas saculações preenchidas por gorduras formadas pela serosa, os
apêndices epiploicos.

A serosa do cólon transverso até o cólon sigmoide frequentemente tem


bolsas de gordura, chamadas de apêndices omentais ou apêndices
epiploicos. No reto e no canal anal, o músculo longitudinal forma uma lâmina
contínua e os haustros estão ausentes.

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Imagem: Shutterstock.com
 Esquema demonstrando o intestino grosso.

 ATENÇÃO

Note na imagem as flexuras cólicas direita e esquerda (hepática e esplênica),


assim como os haustros.

A cavidade pélvica é mais estreita que a cavidade abdominal, então, o cólon


sigmoide, nivelado com a crista ilíaca, gira medialmente e desce pela entrada
pélvica, onde inicia-se o reto. Isso resulta em uma porção aproximadamente
em forma de “S”, daí o nome sigmoide (pois, no grego, a letra que representa
o som de “S” chama-se sigma).

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O cólon ascendente e o cólon descendente são retroperitoneais, enquanto os
cólons transverso e sigmoide são envelopados por serosa, ou seja, peritônio
visceral, e ancorados na parede abdominal posterior pelo mesocólon
(mesocólon transverso e mesocólon sigmoide). A serosa do cólon transverso
até o cólon sigmoide frequentemente tem bolsas de gordura, chamadas de
apêndices omentais ou apêndices epiploicos.

O suprimento arterial do cólon ascendente e a flexura cólica direita é


proveniente de ramos da artéria mesentérica superior (artérias ileocólica e
cólica direita). Essas artérias se anastomosam entre si e com o ramo direito
da artéria cólica média, a primeira de uma série de arcadas anastomóticas
que são continuadas pelas artérias cólica esquerda e artérias sigmoideas
para formar um canal arterial contínuo, a artéria marginal de Drummond, ou
artéria justacólica (arco de Riolan).

Essa artéria é paralela e se estende ao longo do cólon transverso. Não há


um consenso a respeito da definição exata do que é a artéria marginal de
Drummond. Na imagem ao lado, considera-se que esta artéria se origina do
arco justacólico, enquanto alguns autores acreditam que ambas se tratem do
mesmo vaso.

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Imagem: Shutterstock.com
 Suprimento arterial dos cólons transverso, descendente
e sigmoide, assim como o reto.

 ATENÇÃO

O suprimento arterial do cólon transverso provém principalmente da artéria


cólica média, um ramo da artéria mesentérica superior. No entanto, o cólon
transverso recebe suprimento das artérias cólicas direita e esquerda por
meio da artéria marginal.

A irrigação arterial do cólon descendente e sigmoide provém das artérias


cólica esquerda e sigmoide, ramos da artéria mesentérica inferior. As artérias

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sigmoides descem obliquamente para a esquerda, onde se dividem em
ramos ascendentes e descendentes. O ramo superior da artéria sigmoide
superior se anastomosa com o ramo descendente da artéria cólica esquerda,
formando assim uma parte da artéria marginal.

Desse modo, na flexura cólica esquerda, há uma transição no suprimento


sanguíneo da parte abdominal do trato digestório: a artéria mesentérica
superior supre a parte proximal à flexura, enquanto a artéria mesentérica
inferior supre a parte distal à flexura. Isso ocorre durante o desenvolvimento
embrionário, no qual a artéria celíaca é responsável por suprir o intestino
primitivo anterior, a artéria mesentérica superior é responsável por suprir o
intestino primitivo médio e a artéria mesentérica inferior supre o intestino
primitivo posterior.

A drenagem venosa do cólon ascendente e transverso se dá por tributárias


da veia mesentérica superior. A drenagem venosa do cólon descendente e
do cólon sigmoide é dada pela veia mesentérica inferior, que aflui na veia
esplênica e para a veia porta hepática.

A drenagem linfática do cólon ascendente passa primeiro para os linfonodos


epicólicos e paracólicos, próximos aos linfonodos ileocólicos e cólicos direitos
intermediários, e destes passam para os linfonodos mesentéricos superiores.
A drenagem do cólon transverso corre para os linfonodos cólicos médios, que
por sua vez drenam para os linfonodos mesentéricos superiores.

A drenagem do cólon descendente e do cólon sigmoide é conduzida através


dos vasos que passam para os linfonodos epicólicos e paracólicos e, em
seguida, através dos linfonodos cólicos intermediários ao longo da artéria
cólica esquerda. A linfa desses nódulos passa para os linfonodos
mesentéricos inferiores que ficam ao redor da artéria mesentérica inferior.

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O suprimento nervoso para o cólon ascendente é derivado do plexo
mesentérico superior. O suprimento nervoso do cólon transverso provém do
plexo do nervo mesentérico superior por meio dos plexos periarteriais das
artérias cólicas direita e média. Esses nervos transmitem fibras nervosas
aferentes simpáticas, parassimpáticas (provenientes do vago) e viscerais.

Para o cólon descendente e sigmoide, a porção proximal à flexura cólica


esquerda possui fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas provenientes
do plexo aórtico. A porção distal à flexura recebe ramos da parte lombar do
tronco simpático via nervos esplâncnicos lombares e ramos do plexo
mesentérico superior e dos plexos periarteriais que seguem a artéria
mesentérica inferior e seus ramos. O suprimento nervoso parassimpático
provém dos nervos esplâncnicos pélvicos, via plexo hipogástrico inferior.

RETO E CANAL ANAL

O reto possui cerca de 15 cm de comprimento, é a continuação do intestino


grosso para a cavidade pélvica e se inicia a partir da junção reto sigmoide.
Apesar do nome, não é uma porção do intestino perfeitamente reta, pois
possui três ligeiras curvas laterais, além de uma curvatura anteroposterior.
A mucosa retal é mais lisa que a do cólon. Possui três dobras (pregas) retais
transversais internas (valvas retais: superior, média e inferior) que permitem
reter fezes durante a passagem dos gases.

O peritônio cobre as superfícies anterior e lateral do terço superior do reto,


apenas a superfície anterior do terço médio e nenhuma superfície do terço
inferior. Nos homens, o peritônio reflete-se do reto para a parede posterior da
bexiga, onde forma o

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assoalho da escavação (Recesso) retovesical (Espaço de Retzius) . Nas
mulheres, o peritônio reflete do reto para a parte posterior do fórnice da
vagina,
onde forma o assoalho da escavação (Bolsa) retouterina (Saco de
Douglas) .

Em ambos os sexos, os reflexos laterais do peritônio a partir do terço


superior do reto formam fossas pararretais que permitem que o reto se
distenda à medida que se enche de fezes. O reto encontra-se anteriormente
a três vértebras sacrais inferiores e ao cóccix, ao ligamento anococcígeo, aos
vasos sacrais medianos e às extremidades inferiores dos troncos simpáticos
e plexos sacrais.

Imagem: Shutterstock.com

Nos homens, o reto está relacionado anteriormente ao fundo da bexiga

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urinária, partes terminais dos ureteres, ducto deferente, glândulas seminais e
próstata. O septo retovesical (fáscia de Denonvilliers) fica entre o fundo da
bexiga e a ampola do reto e está associado às glândulas seminais e à
próstata.

Imagem: Shutterstock.com

Nas mulheres, o reto está relacionado anteriormente à vagina e é separado


da parte posterior do fórnice e do colo pela escavação retouterina (de
Douglas). Inferior a esta escavação, o septo retovaginal fraco separa a
metade superior da parede posterior da vagina do reto.

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A mucosa do canal anal forma cristas longitudinais chamadas colunas anais,
com depressões entre elas, chamadas seios anais. Conforme as fezes
passam pelo canal, elas pressionam as suas células e fazem com que
exalem muco extra, que lubrifica o canal durante a defecação. O canal anal é
estruturado por dois tubos musculomembranosos sobrepostos:

O esfíncter interno, espessamento terminal da musculatura circular da


parede do intestino grosso.

O esfíncter externo, porção terminal da musculatura levantadora do ânus.

O esfíncter externo é composto por três fascículos:

O PROFUNDO

O SUPERFICIAL

O SUBCUTÂNEO

Aparentemente, possui apenas uma região que se destaca de sua estrutura


principal, a porção subcutânea. O restante do esfíncter externo forma um
tubo muscular contínuo com o músculo puborretal (constituinte do o anel
anorretal, sentido ao toque retal), porção mais interna da musculatura
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levantadora do ânus (formada também pelos músculos iliococcígeo e
pubococcígeo) que constitui o assoalho muscular da pelve.

O esfíncter interno é composto de musculatura lisa, suprido por inervação


autônoma, enquanto o externo é formado de musculatura estriada, possuindo
inervação somática. Assim, o ânus é normalmente mantido fechado por dois
anéis musculares. O esfíncter anal interno está sob controle involuntário e
relaxa automaticamente quando o reto é distendido com fezes. O esfíncter
anal externo está sob controle voluntário e permite adiar a defecação quando
apropriado.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia do reto e canal anal.

O suprimento nervoso para o reto vem dos sistemas simpático e


parassimpático.

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O suprimento simpático provém da medula espinhal lombar, conduzido pelos
nervos esplâncnicos lombares e pelos plexos hipogástrico e pélvico, assim
como por ramos dos plexos periarteriais das artérias mesentérica inferior e
retal superior.

O suprimento parassimpático vem do nível S2-S4 da medula espinhal,


passando pelos nervos esplâncnicos pélvicos e pelos plexos hipogástricos
inferiores esquerdo e direito para o plexo pélvico.

O sangue venoso do reto é drenado pelas veias retais superior, média e


inferior. As anastomoses servem de via de circulação colateral entre a
circulação portal e a circulação sistêmica na parede do canal anal. Como a
veia retal superior drena para o sistema venoso portal e as veias retais média
e inferior drenam para o sistema sistêmico, essas anastomoses são áreas
clinicamente importantes de anastomose porta-cava. Ao contrário das veias
dos membros, as veias retais não têm válvulas e estão particularmente
sujeitas à distensão e acúmulo venoso.

O plexo venoso retal submucoso circunda o reto, comunicando-se com o


plexo venoso vesical nos homens e com o plexo venoso uterovaginal nas
mulheres. O plexo venoso retal consiste em duas partes:

O plexo venoso retal interno, logo acima da mucosa da junção anorretal

O plexo venoso retal externo subcutâneo, externo à parede muscular do reto.

Embora esses plexos carreguem o termo “retal”, eles são principalmente


"anais" em termos de localização, função e significado clínico.

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ELEMENTOS DO TUBO DIGESTIVO
O especialista José Carlos Siciliano fará resumo do módulo, abordando todos
os subtópicos descritos neste módulo.

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VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. QUAL A PARTE DO DUODENO, QUE, CRUZADA


TRANSVERSALMENTE AO SEU EIXO PELO MESOCÓLON, É
A MAIOR EM COMPRIMENTO? ASSINALE A ALTERNATIVA
CORRETA:

A) Primeira porção (ou superior)

B) Segunda porção (ou descendente)

C) Terceira porção (ou inferior)

D) Quarta porção (ou ascendente)

E) Quinta porção

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2. A SINTOPIA E VARIAÇÃO DE POSIÇÃO DO APÊNDICE
VERMIFORME É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA NA
SEMIOLOGIA E CIRURGIA. DAS SITUAÇÕES LISTADAS
ABAIXO, QUAL É A MAIS FREQUENTE?
ASSINALE A CORRETA:

A) Retrocecal

B) Subcecal

C) Medial

D) Ilíaco

E) Posterior

GABARITO

1. Qual a parte do duodeno, que, cruzada transversalmente ao seu eixo


pelo mesocólon, é a maior em comprimento? Assinale a alternativa
correta:

A alternativa "B " está correta.

A parte descendente (segunda porção) do duodeno possui em torno de 7 a


10cm e tem trajetória inferior, situada ao lado direito entre a primeira e a
terceira vértebra lombar (L1-L3).

2. A sintopia e variação de posição do apêndice vermiforme é de


extrema importância na semiologia e cirurgia. Das situações listadas
abaixo, qual é a mais frequente?

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Assinale a CORRETA:

A alternativa "D " está correta.

O apêndice vermiforme apresenta grande variação de posição na fossa


ilíaca. Existem três grupos de variações, as ascendentes, mediais e
descendentes. Dessa última, a descendente ilíaca é mais frequente.

MÓDULO 3

 Conhecer os órgãos e glândulas anexas do sistema digestório

DENTES
Os dentes são chamados coletivamente de dentição e servem para realizar a
fase mecânica da digestão, triturando os alimentos ingeridos em pedaços
menores. Isso não apenas torna o alimento mais fácil de engolir, mas
também expõe mais área de superfície à ação das enzimas digestivas
acelerando a digestão. Os adultos normalmente apresentam um total de
dezesseis dentes na mandíbula e dezesseis na maxila. Da linha média até a
parte posterior de cada mandíbula ou maxila, existem dois incisivos, um
canino, dois pré-molares e até três molares (conhecidos como sisos).

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Imagem: Shutterstock.com
 Dentição humana permanente.

Os incisivos são dentes cortantes em forma de bisel usados para morder um


pedaço de comida. Os caninos são mais pontiagudos e agem para perfurá-
los e rasgá-los. Eles servem como armas em muitos mamíferos, mas foram
reduzidos no curso da evolução humana até que agora mal se projetam além
dos outros dentes. Os pré-molares e os molares têm superfícies largas para
triturar alimentos.

Cada dente está embutido em uma cavidade chamada alvéolo, formando


uma articulação do tipo fibrosa, denominada de gonfose, que ocorre entre o
dente e o osso. O alvéolo é revestido por um ligamento periodontal, um
periósteo modificado cujas fibras de colágeno penetram no osso, de um lado,
e no dente, de outro. Isso ancora o dente firmemente no alvéolo, mas permite
um leve movimento sob o estresse da mastigação. A gengiva cobre o osso
alveolar.

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As regiões de um dente são definidas por sua relação com a gengiva:

A coroa está exposta na cavidade oral, é a porção acima da gengiva.

A raiz é a porção inserida no alvéolo abaixo da gengiva.

Colo é a linha onde a coroa, a raiz e a gengiva se encontram.

O espaço entre o dente e a gengiva é o sulco gengival.

A maior parte do dente consiste em tecido duro amarelado chamado dentina,


coberto por esmalte na coroa e cemento na raiz. A dentina e o cemento são
tecidos conjuntivos vivos com células ou processos celulares embutidos em
uma matriz calcificada.

As células do cemento (cementócitos) estão espalhadas mais ou menos


aleatoriamente e ocupam cavidades minúsculas semelhantes às lacunas do
osso. As células da dentina (odontoblastos) revestem a cavidade pulpar e
possuem processos delgados que viajam por meio de minúsculos túneis
paralelos na dentina. O esmalte não é um tecido, mas uma secreção livre de
células produzida antes de o dente emergir acima da gengiva. A dentina e o
cemento danificados podem se regenerar, mas o esmalte danificado não;
deve ser reparado artificialmente.

Internamente, um dente possui uma cavidade pulpar dilatada na coroa e na


raiz superior e um canal radicular estreito na raiz inferior. Esses espaços são
ocupados pela polpa, uma massa de tecido conjuntivo frouxo, vasos
sanguíneos e linfáticos e nervos. Esses nervos e vasos entram no dente
através de um poro, o forame apical, na extremidade inferior de cada canal
radicular.

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Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia típica de um dente.

Os dentes se desenvolvem sob as gengivas e emergem (erupção dentária)


em uma ordem previsível. Vinte dentes decíduos (dentes de leite) surgem
com idades entre seis e trinta meses, começando pelos incisivos. Entre seis
e vinte e cinco anos, eles são substituídos por 32 dentes permanentes.

À medida que um dente permanente cresce e se torna um dente decíduo,


sua raiz se dissolve e deixa pouco mais do que a coroa quando se
desprende e cai. Os terceiros molares surgem por volta dos 17 a 25 anos. Ao
longo da evolução humana, o rosto tornou-se mais achatado e as
mandíbulas, mais curtas, deixando pouco espaço para os terceiros molares.
Assim, muitas vezes, permanecem abaixo da gengiva e ficam oclusos.

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LÍNGUA
A língua é composta por músculo esquelético e coberta por uma membrana
mucosa e papilas gustativas. Junto com seus músculos associados, ela
forma o assoalho da cavidade oral. Auxilia na formação da fala articulada. É
dividida em metades laterais simétricas por um septo mediano que se
estende por todo o seu comprimento, sendo fixada ao osso hioide, ao
processo estiloide do osso temporal e à mandíbula. Cada metade da língua
consiste em um complemento idêntico de músculos extrínsecos e
intrínsecos.

Os músculos extrínsecos da língua se originam fora dela, de regiões


adjacentes, e se inserem em seus tecidos conjuntivos. São:

Músculo genioglosso

Músculo hioglosso

Músculo estiloglosso

Os músculos extrínsecos movem a língua de um lado para o outro e para


dentro e para fora para manobrar o alimento para mastigar, moldar o
alimento em uma massa arredondada e forçá-lo a ir para o fundo da boca
para ser deglutido. Eles também formam o assoalho da boca e mantêm a
língua na posição.


Os músculos intrínsecos da língua se originam e se inserem no tecido

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conjuntivo da própria língua. Eles alteram a forma e o tamanho da língua
para falar e deglutir.

Os músculos intrínsecos são:

Músculo longitudinal superior

Músculo longitudinal inferior

Músculo transverso da língua

Músculo vertical da língua

O frênulo (freio) lingual é uma prega de membrana mucosa na linha média da


superfície inferior da língua, é anexado ao assoalho da boca e auxilia na
limitação do movimento da língua posteriormente. Cada lado do frênulo, uma
veia lingual profunda, é visível através da fina membrana mucosa. A
carúncula sublingual está presente em cada lado da base do frênulo lingual
que inclui a abertura do ducto submandibular da glândula salivar
submandibular.

O dorso (superfície superior) e as superfícies laterais da língua são cobertos


por papilas gustativas, projeções da lâmina própria cobertas por epitélio
escamoso estratificado. Existem quatro tipos de papilas (onde somente as
últimas não possuem botões gustativos):

PAPILAS VALADAS OU CIRCUNVALADAS


PAPILAS FUNGIFORMES
PAPILAS FOLIÁCEAS
PAPILAS FILIFORMES

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PAPILAS VALADAS OU CIRCUNVALADAS

As papilas valadas são grandes e se agrupam em número médio de 12,


numa região conhecida como V lingual, situada posteriormente na língua,
margeadas pelo sulco terminal. Elas contêm em torno de 100 a 300 botões
gustativos.

PAPILAS FUNGIFORMES

As papilas fungiformes possuem um formato histológico semelhante a um


cogumelo e estão espalhadas por toda a superfície da língua, cada uma
contendo em média 5 botões gustativos.

PAPILAS FOLIÁCEAS

As papilas foliáceas estão situadas nas margens laterais da língua e a


maioria de seus botões gustativos degenera na infância.

PAPILAS FILIFORMES

As papilas filiformes estão situadas em toda a superfície da língua, entretanto


não possuem botões gustativos. Essas papilas são pontiagudas e possuem

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receptores táteis e aumentam o atrito entre a língua e o alimento, tornando
mais fácil para a língua mover o bolo alimentar na cavidade oral.

A mucosa da parte posterior da língua é espessa e livremente móvel. Não


tem papilas linguais, mas os nódulos linfoides subjacentes dão a essa parte
da língua uma aparência irregular. Os nódulos linfoides são conhecidos
coletivamente como tonsilas linguais. A parte faríngea da língua constitui a
parede anterior da orofaringe e está presa à cartilagem epiglote por pregas
glossoepiglóticas.

Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia da língua.

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As glândulas linguais na lâmina própria da língua secretam muco e um
líquido seroso aquoso que contém a enzima lipase lingual, que atua em até
30% dos triglicerídeos dietéticos e os converte em ácidos graxos e
diglicerídeos mais simples.

As artérias da língua derivam da artéria lingual, que se origina da artéria


carótida externa. As veias da língua são as veias linguais dorsais, que
acompanham a artéria lingual; as veias linguais profundas, que começam no
ápice da língua, correm posteriormente ao lado do frênulo lingual para se
juntar à veia sublingual.

A maior parte da drenagem linfática converge para a drenagem venosa e a


segue; no entanto, a linfa da ponta da língua, frênulo e lábio inferior central
segue um curso independente. Toda a linfa da língua finalmente drena para
os linfonodos cervicais profundos e passa através dos troncos venosos
jugulares para o sistema venoso nos ângulos venosos direito e esquerdo.

Todos os músculos da língua, exceto o palatoglosso, recebem inervação


motora do nervo hipoglosso, o XII par de nervo craniano. Palatoglosso é um
músculo palatino suprido pelo plexo faríngeo. Para sensações gerais (toque

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e temperatura), a mucosa dos dois terços anteriores da língua é suprida pelo
nervo lingual, um ramo do nervo mandibular (proveniente do trigêmeo, V par
de nervo craniano).

Para sensação especial (paladar), essa parte da língua, exceto as papilas


valadas, recebem um ramo do nervo facial, o VI par de nervo craniano. A
mucosa do terço posterior da língua e as papilas valadas são supridas pelo
nervo glossofaríngeo, o IX par de nervo craniano. Existem quatro percepções
sensoriais básicas de sabor: (1) doce, (2) salgado, (3) azedo e (4) amargo. A
percepção de doçura é detectada no ápice, salgada é detectada nas
margens laterais, e as de acidez e de amargor, na parte posterior da língua.

Imagem: Shutterstock.com
 Esquema demonstrando a área correspondente à percepção dos
sabores.

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GLÂNDULAS SALIVARES
Existem dois tipos de glândulas salivares, as intrínsecas (Menores) e as
extrínsecas (Maiores) .

GLÂNDULAS SALIVARES INTRÍNSECAS


As glândulas salivares intrínsecas são formadas por um número indefinido
de pequenas glândulas dispersas entre os outros tecidos orais. Elas incluem
glândulas linguais, glândulas labiais na parte interna dos lábios, glândulas
bucais na mucosa jugal (parte interna das bochechas) e glândulas palatinas,
no palato. Elas secretam saliva a uma taxa constante, quer estejamos
comendo, quer não, mas em quantidades relativamente pequenas. Essa
saliva mantém a boca úmida e inibe o crescimento bacteriano.

GLÂNDULAS SALIVARES EXTRÍNSECAS


As glândulas salivares extrínsecas são três pares de órgãos maiores e
localizados fora da mucosa oral. Elas se comunicam com a cavidade oral por
meio de ductos, que são:

A glândula parótida, a maior, localizada logo abaixo da pele,


anteriormente ao lóbulo da orelha. Seu ducto (ducto parotídeo, ou ducto
de Stenon) cruza superficialmente o músculo masseter, perfura o
músculo bucinador e se abre em um óstio na boca, nivelado com o
segundo molar superior.

A glândula submandibular, localizada a meio caminho ao longo do


corpo da mandíbula, medialmente à sua margem, profundamente ao
músculo milo-hióideo. Seu ducto (ducto submandibular, ou ducto de
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Wharton) penetra na cavidade oral por meio de uma papila situada
lateralmente ao frênulo lingual, a carúncula lingual. A glândula
submandibular é sulcada na maioria das vezes pela artéria facial, ramo
da artéria carótida externa.

A glândula sublingual, localizada no assoalho da boca. Possui


múltiplos ductos que desembocam na boca posterior à carúncula
submandibular.

Imagem: Shutterstock.com
 As glândulas salivares maiores.

 SAIBA MAIS

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Todas essas glândulas salivares maiores são tubuloacinares compostas com
um arranjo semelhante a uma árvore de ductos ramificados terminando em
ácinos; alguns possuem apenas células mucosas, alguns apenas células
serosas e alguns apresentam uma mistura de ambas (ácinos mistos).

A saliva umedece a boca, digere uma pequena quantidade de amido e


gordura; limpa os dentes; inibe o crescimento bacteriano; dissolve moléculas
para que possam estimular as papilas gustativas; umedece e lubrifica os
alimentos e une as partículas para ajudar na deglutição. É uma solução
formada por 97% a 99,5% de água e os seguintes solutos:

Amilase salivar, uma enzima que inicia a digestão do amido na boca.

Lipase lingual, uma enzima que é ativada pelo ácido gástrico e digere a
gordura após a ingestão do alimento.

Muco, que se liga à massa alimentar de forma a lubrificá-la e ajudar na

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deglutição.

Lisozima, uma enzima que auxilia a eliminar bactérias.

Imunoglobulina A (IgA), um anticorpo que inibe o crescimento bacteriano.

Eletrólitos, incluindo sódio, potássio, cloreto, fosfato e sais de bicarbonato.

A salivação é controlada por grupos de neurônios chamados núcleos


salivatórios no bulbo e ponte, elementos do tronco encefálico. Eles recebem
sinais dos receptores sensoriais na boca, bem como de centros cerebrais
superiores que respondem ao odor, visão ou pensamento da comida. A
salivação está principalmente sob o controle de fibras parassimpáticas dos
nervos facial (VII) e glossofaríngeo (IX), que estimulam a secreção de saliva
aquosa e rica em enzimas. As fibras simpáticas dos gânglios cervicais
estimulam a secreção de saliva mais espessa e rica em muco.

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PÂNCREAS
O pâncreas é uma glândula flácida, com pouco tecido conjuntivo, e alongada
em forma de “martelo”, topograficamente no plano transverso do abdome.
Está relacionado com o duodeno pela cabeça e processo uncinado. É uma
glândula volumosa, achatada e finamente lobulada; produz secreções
exócrinas e endócrinas, sendo, portanto, chamada de anfícrina.

PROCESSO UNCINADO

Região anatômica do pâncreas que faz relação com o duodeno.


Etimologicamente, uncinado significa “em forma de gancho”.

O pâncreas está localizado na parte superior e, aproximadamente, 2/3 de


sua estrutura, na porção posterior da cavidade abdominal, ocultado por
órgãos da região epigástrica em um plano retromesocólico. Na superfície,
encontra-se delimitado no quadrante superior esquerdo, contudo, não é
acessível ao exame físico. Situa-se retroperitoneal e transversalmente da
direita para a esquerda, levemente oblíquo, de baixo para cima, e posterior
ao estômago entre o duodeno, à direita, e o baço, à esquerda: na sua maior
parte, atrás do omento menor.

O mesocólon transverso se fixa à sua margem anterior. O pâncreas se


estende do lado direito das vértebras L1, L2 e às vezes L3, para a esquerda

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até o hilo do baço, passando por diante da veia cava inferior e da aorta. O
pâncreas forma um perfil sinuoso em uma secção transversa e que não é
evidente quando visto anteriormente.

Imagem: Shutterstock.com

RETROMESOCÓLICO

Atrás do mesocólon (porção central do cólon transverso).

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 VOCÊ SABIA

O peso médio do pâncreas é, aproximadamente, 100g nos homens e de 80 a


85g nas mulheres, medindo aproximadamente 15 cm de comprimento, 4cm
de altura e 2cm de espessura. Esse órgão consiste em uma cabeça, colo,
corpo e cauda ― porções estão fixadas à parede abdominal posterior, com
exceção da cauda que é, porém, pouco móvel. A forma do pâncreas é
alongada e lobulada, por suas características de superfície, assim como por
sua estrutura, e apresenta analogia com as glândulas salivares.

A cabeça, larga e plana, se adapta emoldurando-se perfeitamente à


curvatura côncava do duodeno, lembrando o formato de um disco que tem
pequena orientação anterior direita. Para a esquerda, a parte da cabeça é
continuada pelo colo (Istmo) e, da parte inferior da cabeça para a esquerda,
projeta-se o processo uncinado (Ganchoso) .

O colo é comprimido pelos vasos mesentéricos superiores (artéria e veia)


que se situam na incisura pancreática, um sulco profundo na face posterior
do colo. O processo uncinado situa-se inferiormente ao colo do pâncreas,
posteriormente estão os vasos mesentéricos superiores. Esses vasos estão
comprimidos, por assim dizer, entre o colo, para cima e anteriormente, o
processo uncinado para baixo e posteriormente.

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Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia do pâncreas.

O corpo situa-se acima da flexura duodenojejunal e sobre o rim esquerdo,


onde se afila na cauda, que se estende pelo ligamento esplenorrenal.

A função exócrina é exercida pelos ácinos pancreáticos que lançam no


duodeno (2ª parte, descendente) uma secreção constituída de algumas das
mais importantes enzimas digestivas capazes de hidrolisar proteínas,
gorduras e carboidratos.


Já a função endócrina, exercida pelas

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ilhotas pancreáticas (De Langherans) , lança no sistema venoso (Pela veia
esplênica) hormônios (Insulina e glucagon) que são essenciais ao
metabolismo dos carboidratos.

O suco pancreático corre por ductos menores, que, em última instância,


unem-se e formam o ducto pancreático principal (De Wirsung) .


Este se une ao
ducto colédoco (Biliar comum) e entra no duodeno como um ducto comum
dilatado chamado de ampola hepatopancreática, ou ampola de Vater.


A ampola se abre em uma elevação da mucosa duodenal conhecida como
papila maior do duodeno (De Vater) .

A passagem do suco pancreático e da bile através da ampola


hepatopancreática para o duodeno do intestino delgado é regulada por uma
massa de músculo liso que envolve a ampola, conhecida como esfíncter da
ampola hepatopancreática (De Oddi) . O outro ducto principal do pâncreas,
o ducto pancreático acessório (De Santorini) , sai do pâncreas e deságua no
duodeno, na papila menor do duodeno, também na segunda porção.

O pâncreas é irrigado pelos ramos da artéria tronco celíaco e da artéria


mesentérica superior.

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Os arcos pancreáticos são formados superiormente, por ramos da artéria
gastroduodenal e inferiormente, por ramos da artéria mesentérica superior.


O colo, o corpo e cauda do pâncreas são irrigados pela artéria esplênica.

A artéria pancreaticoduodenal superior anterior representa um dos ramos


terminais da artéria gastroduodenal que desce posteriormente à 1ª porção do
duodeno. A artéria pancreaticoduodenal superior posterior é fornecida pela
artéria gastroduodenal antes de dividir-se em seus ramos terminais. A artéria
pancreaticoduodenal superior posterior percorre inferiormente ao longo do
lado esquerdo do colédoco.

As duas artérias pancreaticoduodenais inferiores provêm de um tronco


comum emitido pela artéria mesentérica superior que se divide em ramo
anterior e posterior. Esses vasos ascendem na intimidade da cabeça do
pâncreas ou na sua superfície para se anastomosar com as artérias
respectivas derivadas da gastroduodenal.

O sistema venoso é correspondente ao arterial, e as veias drenam para a


veia porta hepática. Os vasos linfáticos eferentes do tecido pancreático
drenam para os linfonodos da região celíaca e para os linfonodos do grupo
mesentérico superior.

O pâncreas é inervado por fibras nervosas autônomas e sensoriais que


surgem dos plexos celíaco e mesentérico superior. As fibras sensoriais

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incluem algumas relacionadas com os reflexos e outras relacionadas com
dor. As fibras relacionadas com percepção dolorosa do pâncreas entram na
medula espinhal através dos nervos esplâncnicos.

FÍGADO
O fígado é o maior órgão glandular do abdome, de consistência mole e
coloração vermelho escuro. Topograficamente, está localizado
imediatamente inferior ao diafragma e preenche a maior parte do hipocôndrio
direito e região epigástrica. É a maior glândula do corpo, pesando entre 1.4-
1.8 kg no homem adulto e 1.1-1.4 kg na mulher. No adulto mede 20-25 cm no
eixo transversal e 10-12 cm no anteroposterior.

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Imagem: Shutterstock.com

Funções do fígado:

Digestão: Sintetiza bile, que emulsifica lipídeos e facilita sua digestão.

Metabolismo: É capaz de realizar gliconeogênese, um processo que


visa produzir glicose a partir de compostos que não são carboidratos;
metaboliza e sintetiza aminoácidos, além de ser capaz de converter
amônia em ureia; participa do metabolismo do calcitriol, forma ativa da
vitamina D.

Síntese proteica: Sintetiza a maioria das proteínas plasmáticas, como


a albumina, fibrinogênio, protrombina e outros fatores de coagulação.

Desintoxicação: O fígado é capaz de remover álcool e diversas drogas


da corrente sanguínea.

Defesa: Possui macrófagos (células de Kupffer) que auxiliam o


organismo na defesa de patógenos.

Devido a essa gama de funções, é fácil entender por que doenças como
cirrose, hepatite e câncer de fígado são sérias e, frequentemente, evoluem
fatalmente. Apenas uma dessas funções contribui para a digestão ― a
secreção da bile.

A bile é um fluido verde que contém minerais, colesterol, gorduras neutras,


fosfolipídios, pigmentos biliares e ácidos biliares. O principal pigmento é a
bilirrubina, derivada da decomposição da hemoglobina. As bactérias do
intestino grosso metabolizam a bilirrubina em urobilinogênio, que é

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responsável pela cor marrom das fezes. Na ausência de secreção de bile
(acolia), as fezes são branco-acinzentadas e marcadas com estrias de
gordura não digerida.

Os ácidos biliares (sais biliares) são esteroides sintetizados a partir do


colesterol. Esses sais e a lecitina, um fosfolipídio, emulsificam a gordura,
quebrando os seus glóbulos em gotículas menores com mais área de
superfície exposta à ação enzimática. A emulsificação aumenta muito a
eficiência da digestão da gordura.

O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do


abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo músculo diafragma. O
órgão está relacionado com as costelas (da sétima à décima primeira) no
lado direito e cruza a linha média em direção ao lado esquerdo.

Ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e epigástrio e se estende até o


hipocôndrio esquerdo. O fígado se move de acordo com os movimentos do
diafragma (elevação e depressão); por causa da gravidade e sua posição
corporal, apresenta-se mais inferiormente quando o indivíduo está em pé e
ereto. Essa mobilidade facilita a palpação do fígado durante um exame
clínico.

Ele possui uma superfície diafragmática convexa (anterior, superior e


posterior) e uma superfície visceral relativamente plana ou mesmo côncava
(posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior
aguda que segue o rebordo costal direito, inferior ao músculo diafragma. A
superfície diafragmática do fígado é lisa e em forma de cúpula, onde está
relacionada à concavidade do músculo diafragma, que o separa da pleura,
pulmões, pericárdio e coração.

Entre o músculo diafragma e os aspectos anterior e superior da superfície

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diafragmática do fígado existe um recesso, denominado de recesso
subfrênico. Os recessos subfrênico são separados em recessos direito e
esquerdo pelo ligamento falciforme, que se estende entre o fígado e a parede
abdominal anterior. A porção do compartimento supracólico da cavidade
peritoneal imediatamente inferior ao fígado é o espaço sub-hepático. Esse
espaço sub-hepático possui uma extensão posterossuperior, que separa o
fígado do rim direito. Essa região é conhecida como recesso hepatorrenal
(recesso de Morison), que pode ser preenchido por fluido em casos de ascite
ou hemoperitônio, podendo ser visualizado em exame de imagens.

O fígado é envolvido por uma cápsula fibrosa (cápsula de Glisson) e,


externamente, a maior parte dela é coberta por serosa (peritônio visceral). A
serosa está ausente em uma área denominada de “área nua”, situada na
superfície superior que está fixada ao diafragma.

O fígado é subdividido superficialmente nos lobos direito, esquerdo,


quadrado e caudado. De uma vista anterior, vemos apenas o grande lobo
direito e o menor lobo esquerdo. Eles são separados um do outro pelo
ligamento falciforme, uma lâmina espessa de peritônio que fixa o fígado à
parede abdominal anterior.

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 Anatomia do fígado, vista anterior e posterior.

Superiormente, o ligamento falciforme bifurca-se nos ligamentos


triangulares direito e esquerdo, que se unem formando o ligamento
coronário (Aspecto de coroa) ― este possui função de suspender e fixar o
fígado no músculo diafragma. O ligamento redondo do fígado, visível
anteriormente na extremidade inferior do falciforme, é um remanescente
fibroso da veia umbilical (Pré-natal) , que transporta sangue do cordão
umbilical para o fígado de um feto.

Sob vista inferior, também vemos o lobo quadrado próximo à vesícula biliar e
o lobo caudado. Uma abertura irregular entre esses lobos, o hilo hepático
(porta hepatis ) é o ponto de entrada para a veia porta hepática, as artérias
hepáticas e um ponto de saída para as vias biliares.

Todos esses vasos sanguíneos e passagens de ductos biliares correm pelo


omento menor.

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A vesícula biliar adere a uma depressão na superfície inferior do fígado entre
os lobos direito e quadrado. A face posterior do fígado possui um sulco
profundo (sulco) ocupado pela veia cava inferior. O sulco de Rouviere é uma
fenda anterior (Segmento I), de 2-5cm que se estende à direita do hilo
hepático em direção ao colo da vesícula biliar. Contém estruturas no
Triângulo de Calot. O sulco de Rouviere é um marco anatômico frequente
(82%) presente na tríade portal direita ou em seus ramos.

Embora não esteja de forma clara demarcado internamente onde o


parênquima parece contínuo, o fígado tem lados (fígados) direito e esquerdo
funcionalmente independentes que são muito mais parecidos em tamanho do
que os lobos anatômicos; entretanto, o fígado direito ainda é um pouco
maior.

Cada parte recebe seu próprio ramo primário da artéria hepática e da veia
porta hepática e é drenada por seu próprio ducto hepático, direito e
esquerdo. O fígado pode ser subdividido em quatro e depois em oito
segmentos hepáticos (de Coinaud) ressecáveis cirurgicamente, cada um
servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade
portal, respectivamente. Observe o esquema que demonstra a segmentação
hepática de Coinaud.

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Imagem: Dr. Márcio Antônio Babinsk
 Observe o esquema que demonstra a segmentação hepática.

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Imagem: Shutterstock.com
 Segmentos hepáticos.

O fígado apresenta suprimento sanguíneo duplo: uma fonte venosa (veia


porta) dominante e outra arterial menor (artéria hepática própria). A veia porta
hepática leva entre 75% e 80% do sangue para o fígado. O sangue portal,
contendo cerca de 40% a mais de oxigênio do que o sangue que retorna ao
coração do circuito sistêmico, nutre o parênquima hepático (células hepáticas
ou hepatócitos).

A veia porta hepática carrega todos os nutrientes absorvidos pelo trato


alimentar para os sinusoides do fígado. A exceção são os lipídios, que são
absorvidos e contornam o fígado por meio do sistema linfático. O sangue
arterial da artéria hepática própria, responsável por apenas 20-25% do
sangue recebido pelo fígado, é distribuído inicialmente para estruturas não

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parenquimatosas, particularmente os dutos biliares intra-hepáticos.

A veia porta hepática (curta e larga) é formada pela união da veia


mesentérica superior e pela veia esplênica, situadas atrás do colo do
pâncreas. Ela sobe anteriormente à veia cava inferior e forma parte da tríade
portal no ligamento hepatoduodenal ― uma porção do omento menor. A
artéria hepática comum surge da artéria tronco celíaco, e após emitir a artéria
gastroduodenal, torna-se artéria hepática própria. No hilo hepático ou
próximo a ele, a artéria hepática própria e a veia porta hepática terminam
dividindo-se em ramos direito e esquerdo; esses ramos primários suprem os
“fígados” direito e esquerdo, respectivamente.

Entre as divisões estão as veias hepáticas direita, intermediária (média) e


esquerda, que são intersegmentares em sua distribuição e função, drenando
partes de segmentos adjacentes. As veias hepáticas, formadas pela união de
veias coletoras que por sua vez drenam as veias centrais do parênquima
hepático, abrem-se na veia cava inferior imediatamente antes de esta passar
pelo forame da veia cava, no músculo diafragma.

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Imagem: Shutterstock.com

O fígado é o principal órgão produtor de linfa. Entre 1/4 e metade da linfa que
entra no ducto torácico vem do fígado. Os vasos linfáticos do fígado correm
como linfáticos superficiais na cápsula fibrosa subperitoneal (Cápsula de
Glisson) , que reveste sua superfície externa e correm como linfáticos
profundos no tecido conjuntivo, que acompanham as ramificações da tríade
portal e das veias hepáticas.

A maior parte da linfa é formada nos espaços perissinusoidais (Espaço de


Disse) e drena para os vasos linfáticos profundos nas tríades portais

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intralobulares circundantes. Os linfáticos superficiais das faces anteriores das
superfícies diafragmática e visceral do fígado e os vasos linfáticos profundos
que acompanham as tríades portais convergem em direção ao hilo hepático.
Alguns outros linfáticos superficiais drenam para os linfonodos hepáticos
espalhados ao longo dos vasos e ductos hepáticos no omento menor.

Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos hepáticos drenam para os


linfonodos celíacos, que por sua vez drenam para a cisterna do quilo (de
Pecquet) , um saco dilatado na extremidade inferior do
ducto torácico (de Pecquet) .

Os linfáticos superficiais das faces posteriores das superfícies diafragmática


e visceral do fígado drenam em direção à área nua do fígado. Aqui, eles
drenam para os linfonodos frênicos ou se unem aos linfáticos profundos que
acompanharam as veias hepáticas que convergem para a veia cava inferior e
passam com essa grande veia através do músculo diafragma para drenar
para os linfonodos mediastinais posteriores. Os vasos linfáticos eferentes
desses linfonodos unem-se aos ductos linfático e torácico direitos.

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VESÍCULA BILIAR
Como a única função participativa do processo digestivo do fígado se dá pela
secreção de bile, seguiremos rastreando o fluxo pela vesícula biliar, que é um
saco em forma de pera, situado na face inferior do fígado, entre os lobos
quadrado e caudado, que serve para armazenar e concentrar a bile. Tem
cerca de 10cm de comprimento e é revestida internamente por uma mucosa
altamente pregueada com um epitélio colunar simples.

Possui um fundo, que, geralmente, projeta-se um pouco além da margem


inferior do fígado. Seu colo leva ao ducto cístico, por meio do qual a bile
entra e sai da vesícula biliar. O ducto cístico possui uma série de
pregas espiraladas (Válvulas de Heister) que regulam a entrada e saída da
bile.

Quando os dois ductos hepáticos (Direito e esquerdo) deixam a porta


hepatis, eles convergem quase imediatamente para formar o ducto hepático
comum. Este ducto percorre apenas uma curta distância antes de se unir ao
ducto cístico formando o ducto colédoco (Biliar comum) , que desce pelo
omento menor até o duodeno. O ducto colédoco e o ducto pancreático
principal (De Wirsung) se aproximam da papila maior do duodeno (De
Vater) .

Normalmente, logo antes de desaguar no duodeno, os dois ductos se unem e


formam uma expansão chamada ampola hepatopancreática (de Vater). Um
esfíncter hepatopancreático (de Oddi) regula a liberação de bile e suco
pancreático da ampola para a segunda porção do duodeno.

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Imagem: Shutterstock.com
 Anatomia da vesícula biliar e parte do fígado.

O suprimento arterial da vesícula biliar e do ducto cístico provém da artéria


cística, que surge da artéria hepática direita no triângulo entre o ducto
hepático comum, o ducto cístico e a superfície visceral do fígado, o trígono
cisto-hepático (De Calot) .

A drenagem venosa do colo da vesícula biliar e do ducto cístico é dada por


veias císticas. Essas veias pequenas e geralmente múltiplas entram no
fígado diretamente ou drenam para a veia porta hepática do fígado, após se
juntarem às veias que drenam os dutos hepáticos e o ducto biliar proximal.

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3

A drenagem linfática da vesícula biliar drena para os linfonodos hepáticos,


geralmente por meio de linfonodos císticos localizados próximos ao colo da
vesícula biliar. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos passam para
os linfonodos celíacos.

Os nervos para a vesícula biliar e ducto cístico passam ao longo da artéria


cística e provêm do plexo celíaco, carregando fibras simpáticas e viscerais
aferentes; do nervo vago (Fibras parassimpáticas) e do
nervo frênico direito (Fibras aferentes somáticas) .

A estimulação parassimpática causa contrações da vesícula biliar e


relaxamento dos esfíncteres na ampola hepatopancreática. No entanto,
essas respostas são geralmente estimuladas pelo hormônio colecistocinina,
produzido pelas paredes duodenais, em resposta à chegada de uma refeição
gordurosa.

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Imagem: Shutterstock.com
 Colelitíase.

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ÓRGÃOS E GLÂNDULAS ANEXAS
DO SISTEMA DIGESTÓRIO

O especialista José Carlos Siciliano fará resumo do módulo, abordando todos


os subtópicos descritos neste módulo.

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VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. ONDE ESTÁ POSICIONADO O FÍGADO? ASSINALE A


ALTERNATIVA CORRETA:

A) Quadrante superior esquerdo do abdome

B) Quadrante superior direito do abdome

C) Quadrante inferior esquerdo do abdome

D) Atrás do diafragma

E) Quadrante inferior direito do abdome

2. MARQUE O MÚSCULO QUE NÃO PERTENCE AO GRUPO


DE MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA:

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A) Músculo longitudinal superior

B) Músculo longitudinal inferior

C) Músculo hioide

D) Músculo transverso da língua

E) Músculo vertical da língua

GABARITO

1. Onde está posicionado o fígado? Assinale a alternativa CORRETA:

A alternativa "B " está correta.

O fígado está situado no quadrante superior direito do abdome, protegido


pela caixa torácica e pelo músculo diafragma. O fígado está relacionado com
as costelas (da sétima à décima primeira) no lado direito e cruza a linha
média em direção ao lado esquerdo.

2. Marque o músculo que não pertence ao grupo de músculos


intrínsecos da língua:

A alternativa "C " está correta.

Os músculos intrínsecos da língua se originam e se inserem em seu tecido


conjuntivo, alterando a forma e o tamanho da língua para falar e deglutir. Os
músculos intrínsecos são: músculo longitudinal superior; músculo longitudinal
inferior; músculo transverso da língua; músculo vertical da língua;

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CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo você viu que o sistema digestório é basicamente um grande
tubo que se inicia na cavidade oral e termina no ânus. Esse tubo possui
diferenças estruturais e funcionais em cada porção, sendo versátil e útil para
efetuar a deglutição, passagem de alimento, degradação do alimento,
digestão e formação de fezes que visam remover os produtos da digestão
que não são interessantes para o nosso organismo.

Além disso, você viu que esse tubo, para efetuar seu papel, conta com a
presença de várias glândulas acessórias, como as glândulas salivares, o
pâncreas, o fígado e a vesícula biliar.

Por fim, você estudou as peculiaridades estruturais e funcionais de cada


porção desse tubo, assim como de suas glândulas acessórias,
correlacionando esses aspectos com algumas patologias que podem causar
mudanças significativas na fisiologia do sistema digestório.

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AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e
segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.

DIDIO, L. J. A. Tratado de anatomia humana sistêmica aplicada. 2. ed.


São Paulo: Editora Atheneu, 2002.

GARDNER, E.; GRAY, D. J.; O'RAHILLY, R. R. Anatomia: Estudo regional do


corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.

GOSS, C. M. Gray Anatomia. 29. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


1977.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 12. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

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EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:

Leia o artigo Hérnia diafragmática traumática: relato de dois casos com


20 e 52 anos de evolução , de Mitre Kalil et al ., no site Relatos de
casos cirúrgicos ,

Leia o artigo Hérnias abdominais e inguinais em pacientes cirróticos:


qual é a melhor conduta? de Felipe Duarte Silva et al ., publicado na
revista Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva .

Leia o artigo Doença do refluxo gastroesofágico: tratamento não


farmacológico , de Aloisio Carvalhaes et al ., publicado na Revista da
Associação Médica Brasileira.

CONTEUDISTA
Márcio Antônio Babinski

 CURRÍCULO LATTES

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