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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Anatomia e Fisiologia Humana


(Aula 3)

Elaborado por:
Idari Francisco de Oliveira Netto – Farmacêutico-Bioquímico
- Especialista em farmacologia clínica e assistência farmacêutica PUC-GO
- Especialista em gestão da Assistência farmacêutica no SUS UFSC
-Complementação Pedagógica em química – FAESPE
- Acadêmico Medicina – UNICERRADO-GO

2023

1
Sumário
Sumário ...................................................................................................... 2
Sistema Digestório ..................................................................................... 3
Função do Sistema Digestório ................................................................. 3
Boca ........................................................................................................ 4
Glândulas Salivares ................................................................................. 6
Língua ..................................................................................................... 7
Dentes ..................................................................................................... 7
Digestão mecânica e química na boca ..................................................... 7
Faringe .................................................................................................... 8
Esôfago ................................................................................................... 8
Deglutição ............................................................................................... 8
Estômago ................................................................................................ 9
Funções do estômago ............................................................................ 10
Pâncreas ................................................................................................ 11
Fígado ................................................................................................... 11
Vesícula Biliar ...................................................................................... 12
Intestino Delgado .................................................................................. 12
Funções do intestino delgado ................................................................ 13
Intestino Grosso .................................................................................... 14
Funções do Intestino Grosso ................................................................. 14
Reflexo de defecação ............................................................................ 15
Sistema Linfático e Imunidade ................................................................. 17
Funções do Sistema Linfático................................................................ 18
Órgãos e tecidos linfáticos .................................................................... 18
Timo ..................................................................................................... 19
Linfonodos ............................................................................................ 19
Baço ...................................................................................................... 19
Imunidade Inata .................................................................................... 20
Imunidade Adaptativa ........................................................................... 21
Atividades ............................................................................................. 24
Referência Bibliográfica ........................................................................... 26
2
Sistema Digestório
O sistema digestório contribui para a homeostasia ao fragmentar os alimentos em
substâncias que podem ser absorvidas e utilizadas pelas células do corpo. Também
absorve água, vitaminas e minerais, e elimina escórias metabólicas do corpo. Os
alimentos que consumimos contêm inúmeros nutrientes, que são utilizados para formar
novos tecidos corporais e reparar tecidos danificados. A comida também é vital para a
vida, porque é a nossa única fonte de energia química. No entanto, a maioria dos
alimentos que consumimos são compostos por moléculas que são grandes demais para
serem usadas pelas células do corpo. Portanto, os alimentos precisam ser quebrados em
moléculas que sejam pequenas o suficiente para entrar nas células, em um processo
conhecido como digestão. Os órgãos envolvidos na fragmentação dos alimentos –
coletivamente chamados sistema digestório. Tal como o sistema respiratório, o sistema
digestório é um sistema tubular. Ele se estende da boca ao ânus, forma uma grande área
de superfície em contato com o ambiente externo, e apresenta correlação significativa
com o sistema circulatório. A combinação da ampla exposição ambiental com a estreita
associação com os vasos sanguíneos é essencial para o processamento do alimento que
nós comemos.
Dois grupos de órgãos compõem o sistema digestório, o canal alimentar1 e os
órgãos digestórios acessórios. O canal alimentar é um tubo contínuo que se prolonga da
boca ao ânus ao longo das cavidades torácica e abdominopélvica. Os órgãos do canal
alimentar incluem a boca, a maior parte da faringe, o esôfago, o estômago, o intestino
delgado e o intestino grosso. O comprimento do canal alimentar é de aproximadamente 5
a 7 m em uma pessoa viva em decorrência do tônus dos músculos da parede do canal
alimentar). No cadáver, é mais longo (aproximadamente 7 a 9 m), por causa da perda do
tônus muscular após a morte. Os órgãos digestórios acessórios incluem os dentes, a
língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes ajudam
na fragmentação física dos alimentos, e a língua auxilia na mastigação e na deglutição.
Os outros órgãos digestórios acessórios, no entanto, nunca entram em contato direto com
os alimentos. Eles produzem ou armazenam secreções que fluem para o canal alimentar
por meio de ductos; as secreções ajudam na decomposição química dos alimentos.O canal
alimentar contém o alimento desde o momento em que ele é consumido até quando é
digerido e absorvido ou eliminado. Contrações musculares na parede do canal alimentar
fragmentam fisicamente os alimentos, agitando-os e impulsionando-os desde o esôfago
até o ânus. As contrações também ajudam a dissolver os alimentos, misturando-os com
os líquidos secretados no canal alimentar. As enzimas secretadas pelos órgãos digestórios
acessórios e as células que revestem o canal alimentar fragmentam os alimentos
quimicamente.

Função do Sistema Digestório


1- Ingestão. Este processo envolve colocar os alimentos e líquidos na cavidade oral.
3
2- Secreção. Diariamente, as células nas paredes do canal alimentar e nos órgãos
digestórios acessórios secretam um total de aproximadamente 7 ℓ de água, ácido,
tampões e enzimas para o lúmen do canal alimentar.
3- Mistura e propulsão. Contração e relaxamento alternados do músculo liso das
paredes do canal alimentar misturam os alimentos e secreções e movem-nos em
direção ao ânus. Esta capacidade do canal alimentar de misturar e mover o material
ao longo do seu comprimento é chamada motilidade.
4- Digestão. Processos mecânicos e químicos fragmentam os alimentos ingeridos em
pequenas moléculas. Na digestão mecânica, os dentes cortam e trituram os
alimentos antes de eles serem engolidos; em seguida, os músculos lisos do
estômago e do intestino delgado agitam o alimento para ajudar ainda mais no
processo. Como resultado, as moléculas do alimento são dissolvidas e bem
misturadas às enzimas digestórias. Na digestão química, as grandes moléculas de
carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos alimentos são clivadas em
moléculas menores por meio da hidrólise. As enzimas digestórias produzidas pelas
glândulas salivares, língua, estômago, pâncreas e intestino delgado catalisam essas
reações catabólicas. Poucas substâncias dos alimentos podem ser absorvidas sem
digestão química. Estas incluem as vitaminas, os íons, o colesterol e a água.
5- Absorção. A entrada nas células epiteliais de revestimento do lúmen do canal
alimentar dos líquidos, íons e produtos da digestão ingeridos e secretados é
chamada absorção. As substâncias absorvidas passam para o sangue ou linfa e
circulam até as células do corpo.
6- Defecação. Escórias metabólicas, substâncias não digeridas, bactérias, células
descamadas da túnica mucosa do canal alimentar e materiais digeridos que não
foram absorvidos ao longo do canal alimentar deixam o corpo através do ânus, em
um processo chamado defecação. O material eliminado é denominado fezes
Figura 01- Sistema Digestório

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição


Boca
A boca é uma das estruturas anatômicas mais importantes do sistema digestório
humano. Ela é responsável pela entrada dos alimentos no corpo e pelo início do processo
de digestão mecânica, que é a fragmentação dos alimentos em pedaços menores que
possam ser digeridos mais facilmente. A cavidade oral é delimitada por lábios, bochechas,
palato duro e mole, língua e dentes. A língua é um órgão muscular que ajuda na
4
manipulação dos alimentos e é responsável pela deglutição. Os dentes são estruturas
rígidas que cortam, rasgam e trituram os alimentos, e sua estrutura varia de acordo com
sua localização na boca e função específica.
O processo de digestão mecânica começa com a mastigação, que é a fragmentação
dos alimentos pelos dentes e a mistura com a saliva. A saliva é produzida pelas glândulas
salivares e contém enzimas digestivas, como a amilase salivar, que quebra o amido em
moléculas menores. A saliva também lubrifica os alimentos e facilita a deglutição.
Durante a mastigação, a língua empurra os alimentos para os dentes, que cortam e trituram
os alimentos em pedaços menores. O alimento é então misturado com a saliva e formado
em um bolo alimentar. O processo de mastigação é controlado pelo sistema nervoso
autônomo, que regula a força da mandíbula e a quantidade de saliva produzida. Após a
mastigação, o bolo alimentar é engolido e passa pela faringe, onde é direcionado para o
esôfago e, posteriormente, para o estômago. A digestão mecânica é um processo
importante, pois ajuda a aumentar a superfície de contato do alimento com as enzimas
digestivas e acelera a digestão química posterior.
Os lábios são pregas carnudas que circundam a abertura da boca. Eles contêm o
músculo orbicular da boca e são recobertos externamente por pele e internamente por
túnica mucosa. A face interna de cada lábio está ligada à sua gengiva correspondente por
uma prega de túnica mucosa na linha média chamada frênulo do lábio. Durante a
mastigação, a contração dos músculos bucinadores nas bochechas e do músculo orbicular
da boca nos lábios ajuda a manter os alimentos entre os dentes superiores e inferiores.
Estes músculos também ajudam na fala.
Figura 02 - Cavidade Oral

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

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Figura 03- Músculos da face

Fonte: Fundamentos de Anatomia Clinica de MOORE 1° edição

Glândulas Salivares
A glândula salivar é uma glândula que libera uma secreção chamada saliva na
cavidade oral. Normalmente, é secretada apenas uma quantidade suficiente de saliva para
manter as túnicas mucosas da boca e da faringe úmidas e para limpar a boca e os dentes.
Quando o alimento entra na boca, no entanto, a secreção de saliva aumenta e o lubrifica,
dissolvendo-o e iniciando a decomposição química dos alimentos.
Figura 04- Glândulas Salivares

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Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição
Língua
A língua é um órgão muscular e móvel localizado na cavidade oral, sendo
fundamental para a fala, deglutição e para a percepção dos sabores. É revestida por papilas
gustativas, que contêm células receptoras de sabor, permitindo a identificação dos gostos
amargo, doce, salgado, ácido e umami. Além disso, a língua é responsável pela
manipulação dos alimentos durante a mastigação e pela formação do bolo alimentar, que
será deglutido e direcionado para o esôfago. Também está envolvida na produção de sons
durante a fala, sendo utilizada para articular as palavras e fazer modulações de voz. A
língua é controlada por nervos cranianos e apresenta conexões com outras estruturas do
sistema nervoso central. Lesões ou doenças que afetam a língua podem interferir na sua
função e provocar alterações na fala, deglutição e percepção dos sabores.
Figura 05 - Língua Humana

Fonte: Google imagens

Dentes
Os dentes humanos são estruturas duras, calcificadas e brancas que se encontram
na boca, e têm a função de triturar e cortar os alimentos durante a mastigação. Os humanos
adultos possuem 32 dentes, divididos em quatro tipos: incisivos, caninos, pré-molares e
molares. Os incisivos são responsáveis pela mordida e corte dos alimentos, os caninos
ajudam a rasgar alimentos mais duros, enquanto os pré-molares e molares são
responsáveis pela trituração e moagem dos alimentos. Os dentes são compostos por várias
camadas, incluindo o esmalte, dentina e polpa, e possuem raízes que se fixam nos ossos
da mandíbula e maxila. A higiene bucal adequada é essencial para manter os dentes
saudáveis, prevenindo a formação de cáries, doenças gengivais e a perda dos dentes.

Digestão mecânica e química na boca


A digestão mecânica na boca resulta da mastigação, em que o alimento é
manipulado pela língua, triturado pelos dentes e misturado com saliva. Como resultado,
a comida é reduzida a uma massa macia flexível, facilmente engolida, chamada bolo
alimentar. As moléculas de alimento começam a se dissolver na água da saliva, uma
atividade importante porque as enzimas podem reagir com as moléculas do alimento
apenas em um meio líquido. Duas enzimas, a amilase salivar e a lipase lingual,
contribuem para a digestão química na boca. A amilase salivar, que é secretada pelas
glândulas salivares, inicia a degradação do amido. Os carboidratos dietéticos são açúcares
monossacarídeos e dissacarídeos ou polissacarídeos complexos, como os amidos

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Faringe
Ao ser ingerido, o alimento é direcionado da boca para a faringe, um tubo estreito
que se estende do nariz até o esôfago e a laringe. A faringe é composta por músculos
esqueléticos e revestida por uma camada mucosa, sendo dividida em três partes: a parte
nasal, que atua apenas na respiração, e as partes oral e laríngea, que possuem funções
tanto digestórias quanto respiratórias. Durante a deglutição, a comida é impulsionada
pelas contrações musculares das partes oral e laríngea da faringe em direção ao esôfago
e, posteriormente, para o estômago.

Esôfago
O esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o
estômago. Localiza-se posteriormente à traqueia começando na altura da 7ª vértebra
cervical. Perfura o diafragma pela abertura chamada hiato esofágico e termina na parte
superior do estômago. Mede cerca de 25cm de comprimento. A presença de alimento no
interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento se mova
para o estômago. As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em
direção ao estômago.
A passagem do alimento sólido, ou semissólido, da boca para o estômago leva
4/8segundos; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo.
Ocasionalmente, o refluxo do conteúdo do estômago para o interior do esôfago causa azia
(ou pirose). A sensação de queimação é um resultado da alta acidez do conteúdo
estomacal. O refluxo gastresofágico se dá quando o esfíncter esofágico inferior
(localizado na parte superior do esôfago) não se fecha adequadamente após o alimento
ter entrado no estômago, o conteúdo pode refluir para a parte inferior do esôfago.
O esôfago é formado por três porções:
 Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia.
 Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo
(mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral).
 Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando
nele a impressão esofágica.
Figura 06 - Esôfago

Fonte: Brasil Escola

Deglutição
O movimento do alimento da boca para o estômago é alcançado pelo ato de
engolir, ou deglutição. A deglutição é facilitada pela secreção de saliva e muco e envolve
a boca, a faringe e o esôfago. A deglutição ocorre em três fases: (1) a fase voluntária, em
que o bolo alimentar é passado para a parte oral da faringe; (2) a fase faríngea, a passagem

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involuntária do bolo alimentar pela faringe até o esôfago; e (3) a fase esofágica, a
passagem involuntária do bolo alimentar através do esôfago até o estômago.
Figura 07 - Fases da deglutição

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

Estômago
O estômago é um alargamento do canal alimentar em formato de J diretamente
inferior ao diafragma no abdome. O estômago liga o esôfago ao duodeno, a primeira parte
do intestino delgado. Como uma refeição pode ser consumida muito mais rapidamente do
que os intestinos podem digeri-la e absorvê-la, uma das funções do estômago é servir
como uma câmara de mistura e reservatório de retenção. Em intervalos adequados após
o alimento ter sido ingerido, o estômago força uma pequena quantidade de material até a
primeira parte do intestino delgado. A posição e o tamanho do estômago variam
continuamente; o diafragma o empurra inferiormente a cada inspiração e o puxa
superiormente a cada expiração. Vazio, tem aproximadamente o tamanho de uma salsicha
grande, mas é a parte mais distensível do canal alimentar e pode acomodar uma grande
quantidade de comida. No estômago, a digestão de amido e triglicerídios continua, a
digestão das proteínas começa, o bolo alimentar semissólido é convertido em um líquido,
e determinadas substâncias são absorvidas.
O estomago é dividido em quatro partes principais, cárdia, fundo, corpo e antro.
A cárdia é a parte superior do estômago, localizada próxima ao esôfago, e serve
como uma espécie de válvula que regula a entrada do alimento no estômago. O fundo é a
parte mais alta do estômago, que se estende acima da cárdia. É responsável pela produção
de ácido clorídrico e enzimas digestivas que ajudam a quebrar os alimentos. O corpo do
estômago é a parte central e maior do órgão, que armazena e mistura o alimento com os
sucos digestivos produzidos pelo fundo. O antro é a parte inferior do estômago, que se
comunica com o intestino delgado. É responsável pela produção de movimentos
peristálticos que impulsionam o alimento em direção ao intestino delgado.
O revestimento interno do estômago é formado por várias camadas de tecido,
incluindo a mucosa gástrica, a submucosa, a muscular e a serosa. A mucosa gástrica
contém glândulas que produzem suco gástrico, que contém ácido clorídrico, enzimas
digestivas e muco, que protege a parede do estômago do ácido. O suprimento de sangue
para o estômago é fornecido pelas artérias gástricas, enquanto a drenagem venosa é

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realizada pelas veias gástricas. O nervo vago é responsável por controlar a atividade do
estômago, transmitindo sinais do cérebro para o órgão.

Funções do estômago
 Mistura a saliva, os alimentos e o suco gástrico para formar o quimo.
 Serve como reservatório para o alimento antes da liberação para o intestino
delgado.
 Secreta suco gástrico, que contém HCl (mata bactérias e desnatura proteínas),
pepsina (começa a digestão de proteínas), fator intrínseco (auxilia na absorção de
vitamina B12) e lipase gástrica (auxilia na digestão de triglicerídios).
 Secreta gastrina no sangue.

Figura 08 – Estômago

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

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Pâncreas
Do estômago, o quimo passa para o intestino delgado. Como a digestão química no
intestino delgado depende da atividade do pâncreas, do fígado e da vesícula biliar,
consideraremos em primeiro lugar as atividades destes órgãos digestórios acessórios e
suas contribuições para a digestão no intestino delgado.
O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago, que desempenha papéis
importantes tanto no sistema digestivo quanto no endócrino. No sistema digestivo, o
pâncreas produz enzimas pancreáticas, que são liberadas no intestino delgado para ajudar
na digestão de proteínas, gorduras e carboidratos. Essas enzimas são produzidas em forma
inativa e só são ativadas quando chegam ao intestino delgado.
No sistema endócrino, o pâncreas produz hormônios como a insulina e o glucagon,
que são responsáveis pelo controle dos níveis de açúcar no sangue. A insulina ajuda as
células do corpo a absorver a glicose do sangue, enquanto o glucagon ajuda a liberar
glicose do fígado quando necessário.
O pâncreas também possui células especiais chamadas de ilhotas de Langerhans,
que produzem os hormônios insulina e glucagon. Essas células são especialmente
importantes para pessoas com diabetes, que têm dificuldade em controlar seus níveis de
açúcar no sangue. O pâncreas é irrigado por várias artérias, incluindo a artéria pancreática,
que fornece sangue ao órgão. A drenagem venosa é realizada pelas veias pancreáticas,
que se juntam à veia esplênica e à veia mesentérica superior para formar a veia porta
hepática. Problemas de saúde relacionados ao pâncreas incluem pancreatite (inflamação
do pâncreas), câncer de pâncreas e diabetes.
Figura 09- Pâncreas humano

Fonte: Google
Fígado
O fígado é o maior órgão interno do corpo humano e o mais pesado (média de
1,4kg), localizado no quadrante superior direito do abdômen, abaixo do diafragma. Ele
desempenha diversas funções importantes para a saúde, incluindo a produção da bile, a
síntese de proteínas, o armazenamento de nutrientes e a desintoxicação do organismo.
A bile produzida pelo fígado é liberada no intestino delgado para ajudar na
digestão de gorduras. O fígado também produz proteínas importantes para o transporte de
substâncias no sangue, como a albumina e a globulina. Ele também é responsável por

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armazenar vitaminas e minerais essenciais, como ferro, cobre e vitamina A. O fígado é
um órgão importante para a desintoxicação do organismo, pois remove toxinas,
medicamentos e outras substâncias do sangue. Ele também é capaz de quebrar o álcool
em uma substância menos tóxica, a acetato.
O fígado recebe o suprimento de sangue das artérias hepáticas e da veia porta, que
traz sangue rico em nutrientes do intestino. A bile produzida pelo fígado é armazenada na
vesícula biliar, um pequeno órgão localizado abaixo do fígado. Algumas condições de
saúde que podem afetar o fígado incluem a hepatite, a cirrose e o câncer de fígado. O
consumo excessivo de álcool, a obesidade e a exposição a substâncias tóxicas são alguns
dos fatores de risco associados a doenças hepáticas.

Vesícula Biliar
A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado abaixo do fígado, responsável
pelo armazenamento e liberação da bile produzida pelo fígado. A bile é uma substância
importante para a digestão de gorduras, que é produzida pelo fígado e armazenada na
vesícula biliar. Quando a comida chega ao intestino delgado, a vesícula biliar é estimulada
a liberar a bile no trato gastrointestinal, onde ela ajuda a quebrar as gorduras em moléculas
menores, facilitando a sua absorção pelo organismo.
A vesícula biliar é irrigada pela artéria cística e drenada pelo ducto cístico, que se
une ao ducto hepático para formar o ducto colédoco, que leva a bile até o intestino
delgado. Algumas condições de saúde que podem afetar a vesícula biliar incluem a
colecistite, uma inflamação da vesícula biliar, e os cálculos biliares, que são depósitos de
substâncias endurecidas que se formam na vesícula biliar. Em casos graves, a remoção da
vesícula biliar pode ser necessária para aliviar os sintomas e tratar as condições
associadas.
Figura 10 - Fígado e vesícula Biliar

Fonte: Google

Intestino Delgado
A maior parte da digestão e absorção de nutrientes ocorre em um tubo longo
chamado intestino delgado. Por causa disto, sua estrutura é especialmente adaptada a estas
funções. O seu comprimento isoladamente já fornece uma grande área de superfície para
a digestão e a absorção, e a área é aumentada ainda por pregas circulares, vilosidades e
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microvilosidades. O intestino delgado começa no músculo esfíncter do piloro do
estômago, serpenteia a parte central e inferior da cavidade abdominal e, por fim, se abre
no intestino grosso. A média é de 2,5 cm de diâmetro; seu comprimento é de
aproximadamente 3 m na pessoa viva e de cerca de 6,5 m no cadáver, em razão da perda
do tônus do músculo liso após a morte.
O intestino delgado é dividido em três regiões. A primeira é o duodeno, a região
mais curta, que é retroperitoneal. Inicia-se no músculo esfíncter do piloro do estômago e
tem a forma de um tubo em C. Estende-se por aproximadamente 25 cm até que se funde
com o jejuno. Duodeno significa “12”; é assim chamado porque é quase tão longo quanto
a largura de 12 dedos. O jejuno é a próxima parte e tem aproximadamente 1 m de
comprimento e se estende até o íleo. Jejuno significa “vazio”, que é como ele é encontrado
no momento da morte. A última e mais longa região do intestino delgado, o íleo, mede
aproximadamente 2 m e junta-se ao intestino grosso em um esfíncter de músculo liso
chamado óstio ileal.

Funções do intestino delgado


 As segmentações misturam o quimo com os sucos digestórios e colocam a comida
em contato com a túnica mucosa para a absorção; o peristaltismo impulsiona o
quimo ao longo do intestino delgado.
 Completa a digestão de carboidratos, proteínas e lipídios; inicia e completa a
digestão de ácidos nucleicos.
 Absorve aproximadamente 90% da água e dos nutrientes que passam pelo sistema
digestório.
Figura 11 – Sistema Digestório

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

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Figura 12- Balanço Hídrico

Fonte: Fundamentos de Anatomia Clinica de MOORE 1° edição

Intestino Grosso
O intestino grosso é a parte terminal do canal alimentar. As funções globais do
intestino grosso são concluir a absorção, produzir determinadas vitaminas, formar fezes
e expulsar as fezes do corpo. O intestino grosso, com aproximadamente 1,5 m de
comprimento e 6,5 cm de diâmetro em seres humanos vivos e cadáveres, se estende do
íleo ao ânus. Está ligado à parede posterior do abdome por seu mesocolo, que é uma
camada dupla de peritônio. Estruturalmente, as quatro principais regiões do intestino
grosso são o ceco, o colo, o reto e o canal anal

Funções do Intestino Grosso


 A agitação das saculações do colo, o peristaltismo e o peristaltismo da massa
movem o conteúdo do colo para o reto.
 As bactérias do intestino grosso convertem as proteínas em aminoácidos, clivam
os aminoácidos e produzem algumas vitaminas B e vitamina K.
 Absorção de um pouco de água, íons e vitaminas.
 Formação das fezes.
 Defecação (esvaziamento do reto).
O reto mede aproximadamente 15 cm de comprimento e se situa anteriormente ao
sacro e cóccix. Os 2 a 3 cm terminais do intestino grosso são chamados canal anal. A
túnica mucosa do canal anal é disposta em pregas longitudinais chamadas colunas anais,
que contêm uma rede de artérias e veias. A abertura do canal anal para o exterior, o

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chamado ânus, é guardada pelo músculo esfíncter interno do ânus comporto por músculo
liso (involuntário) e pelo esfíncter externo do ânus composto por músculo esquelético
(voluntário). Normalmente, estes esfíncteres mantêm o ânus fechado, exceto durante a
eliminação das fezes.
Figura 13 Divisões do Intestino Grosso

Fonte: Fundamentos de Anatomia Clinica de MOORE 1° edição

Reflexo de defecação
Os movimentos peristálticos em massa empurram o material fecal do colo
sigmoide para o reto. A distensão resultante da parede retal estimula os receptores de
estiramento, que iniciam um reflexo de defecação que resulta na defecação, a eliminação
das fezes do reto por meio do ânus. O reflexo de defecação ocorre do seguinte modo: em
resposta à distensão da parede retal, os receptores enviam impulsos nervosos sensitivos
para a medula espinal sacral. Impulsos motores da medula viajam ao longo dos nervos
parassimpáticos de volta para o colo descendente, colo sigmoide, reto e ânus. A contração
resultante dos músculos longitudinais retais encurta o reto, aumentando assim a pressão
em seu interior. Esta pressão, junto com contrações voluntárias do diafragma e dos
músculos abdominais, além do estímulo parassimpático, abrem o músculo esfíncter
interno do ânus. O número de defecações em um determinado período de tempo depende
de vários fatores, como a dieta, a saúde e o estresse. A variação normal de atividade
intestinal vai de 2 ou 3 defecações por dia a 3 ou 4 defecações por semana.
A diarreia é um aumento da frequência, do volume e do teor de líquido das fezes
causado por aumento na motilidade e diminuição na absorção pelos intestinos. Quando o
quimo passa muito rapidamente pelo intestino delgado e as fezes passam muito
rapidamente pelo intestino grosso, não há tempo suficiente para a absorção. A diarreia
frequente pode resultar em desidratação e desequilíbrio eletrolítico. A motilidade
excessiva pode ser causada pela intolerância à lactose, estresse e microrganismos que
irritam a túnica mucosa gastrintestinal.
A constipação intestinal se refere à defecação infrequente ou difícil causada pela
diminuição da motilidade do intestino. Como as fezes permanecem no colo por períodos
prolongados, ocorre uma absorção excessiva de água, e as fezes tornam-se ressecadas e
duras. A constipação intestinal pode ser causada por maus hábitos (adiar a defecação),

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espasmos do colo, teor insuficiente de fibras na dieta, ingestão inadequada de líquidos,
falta de exercício, estresse emocional e certos medicamentos.

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Sistema Linfático e Imunidade
O sistema linfático contribui para a homeostasia ao drenar o líquido intersticial,
bem como ao fornecer os mecanismos de defesa contra doenças. A manutenção da
homeostasia do corpo exige constante combate contra os agentes nocivos em nossos
meios interno e externo. Apesar da constante exposição a uma variedade de patógenos –
microrganismos produtores de doença como as bactérias e os vírus – a maior parte das
pessoas se mantém saudável. A superfície do corpo também resiste a cortes e impactos,
exposição a raios ultravioleta, toxinas químicas e queimaduras leves com uma série de
manobras defensivas.
A imunidade ou resistência é a capacidade de afastar uma lesão ou doença utilizando
nossas defesas. A vulnerabilidade ou falta de resistência é denominada suscetibilidade.
Os dois tipos gerais de imunidade são (1) a inata e (2) a adaptativa. A imunidade inata
(inespecífica) se refere às defesas que já existem por ocasião do nascimento. A
imunidade inata não envolve o reconhecimento específico de um microrganismo e atua
contra todos os microrganismos da mesma maneira. Entre os componentes da
imunidade inata estão a primeira linha de defesa (as barreiras físicas e químicas da pele
e das túnicas mucosas) e a segunda linha de defesa (as substâncias antimicrobianas, as
células exterminadoras naturais [NK, natural killer], os fagócitos, a inflamação e a
febre). A resposta imune inata representa o sistema de alerta inicial da imunidade e é
projetada para evitar que os microrganismos entrem no corpo e para ajudar a eliminar
aqueles que conseguem entrar.
A imunidade adaptativa (específica) se refere às defesas que envolvem o
reconhecimento específico de um microrganismo uma vez que ele passou pelas defesas
da imunidade inata. A imunidade adaptativa se baseia em uma resposta específica a um
microrganismo específico; ou seja, ela se adapta ou se ajusta para lidar com um
microrganismo específico. A imunidade adaptativa envolve os linfócitos (um tipo de
leucócito) T e B.
O sistema do corpo responsável pela imunidade adaptativa (e alguns aspectos da
imunidade inata) é o sistema linfático. Este sistema está intimamente ligado ao sistema
circulatório, e também atua com o sistema digestório na absorção de alimentos
gordurosos.
O sistema linfático consiste em um líquido chamado linfa, em vasos chamados
vasos linfáticos que transportam a linfa, em diversas estruturas e órgãos que contêm
tecido linfático (linfócitos dentro de um tecido de filtragem), e em medula óssea. O
sistema linfático auxilia na circulação dos líquidos corporais e ajuda a proteger o corpo
contra os agentes causadores de doenças. A maior parte dos componentes do plasma
sanguíneo é filtrada pelas paredes dos capilares sanguíneos para formar o líquido
intersticial. Depois de o líquido intersticial passar para os vasos linfáticos, é chamado de
linfa. A principal diferença entre o líquido intersticial e a linfa é a sua localização: o
líquido intersticial é encontrado entre as células, e a linfa está localizada nos vasos
linfáticos e no tecido linfático. O tecido linfático é um tipo especializado de tecido
conjuntivo reticular que contém numerosos linfócitos. Dois tipos de linfócitos participam
das respostas imunes adaptativas: os linfócitos B e os linfócitos T.

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Funções do Sistema Linfático
O sistema linfático tem três funções principais:
 Drenar o excesso de líquido intersticial. Os vasos linfáticos drenam o excesso de
líquido intersticial dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta função
conecta-o intimamente com o sistema circulatório. Na verdade, sem esta função,
a manutenção do volume de sangue circulante não seria possível.
 Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos linfáticos transportam lipídios e
vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema digestório.
 Desempenhar respostas imunes. O tecido linfático inicia respostas altamente
específicas dirigidas contra microrganismos ou células anormais específicas.

Figura 14- Circulação Linfática

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

Órgãos e tecidos linfáticos


Os órgãos e tecidos linfáticos amplamente distribuídos são classificados em dois
grupos, de acordo com suas funções. Os órgãos linfáticos primários são os locais em que
as células-tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar
uma resposta imune. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dos ossos chatos
e epífises de ossos longos nos adultos) e o timo. As células-tronco pluripotentes da medula
óssea dão origem a linfócitos B maduros e imunocompetentes, e a células pré-T. As
células pré-T por sua vez migram para o timo, onde se transformam em linfócitos T
imunocompetentes. Os órgãos e tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre
a maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos
linfáticos (folículos). O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque são
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circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro lado,
não são considerados órgãos, porque carecem de uma cápsula.

Timo
O timo é um órgão linfático localizado na parte superior do tórax, atrás do osso
esterno. Ele é responsável por produzir e amadurecer os linfócitos T, que desempenham
um papel importante no sistema imunológico. Durante a infância, o timo é um órgão
relativamente grande e ativo, mas ele diminui de tamanho com o passar do tempo,
perdendo cerca de 90% do seu tamanho até a idade adulta. Isso ocorre porque o timo é
mais ativo durante o desenvolvimento do sistema imunológico, e sua atividade diminui à
medida que o sistema imunológico se torna mais maduro. Os linfócitos T produzidos pelo
timo são essenciais para a defesa do organismo contra infecções e doenças, pois são
capazes de reconhecer e atacar células infectadas por vírus, bactérias ou outras
substâncias estranhas. Os linfócitos T também são importantes no combate a células
cancerosas e outras doenças autoimunes.

Linfonodos
Os linfonodos são pequenos órgãos linfáticos encontrados em todo o corpo
geralmente em forma de cadeias, podendo estar superficiais ou profundos. Podem estar
localizados no pescoço, axilas, virilha e abdômen. Eles fazem parte do sistema
imunológico e são responsáveis por filtrar a linfa, um fluido que circula pelo sistema
linfático, removendo bactérias, vírus, células cancerosas e outras substâncias estranhas.
Quando uma infecção ou doença é detectada pelos linfonodos, eles produzem células de
defesa chamadas linfócitos, que atuam na defesa do organismo. Os linfonodos também
podem se tornar inflamados ou aumentados em resposta a uma infecção ou inflamação
localizada, o que pode ser um sinal de que o sistema imunológico está combatendo uma
doença.

Baço
O baço é um órgão localizado no abdômen, no lado esquerdo do corpo, próximo ao
estômago e ao pâncreas. Ele é um órgão importante do sistema imunológico, responsável
por produzir e armazenar células sanguíneas e ajudar na defesa do organismo contra
infecções. O baço é responsável por filtrar o sangue e remover células velhas ou
danificadas, bem como bactérias, vírus e outros agentes patogênicos. Ele também produz
anticorpos e outras substâncias que ajudam a combater infecções e outras doenças. Além
disso, o baço armazena plaquetas e glóbulos vermelhos, que podem ser liberados na
corrente sanguínea quando necessário, como em caso de hemorragia ou outras
emergências médicas.

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Figura 15- Sistema Linfático

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

Imunidade Inata
A imunidade inata é uma resposta imunológica não específica que o corpo ativa
imediatamente quando detecta a presença de um agente patogênico, como bactérias, vírus,
fungos e outros agentes estranhos. Essa resposta imunológica é mediada por células como
macrófagos, células NK e células dendríticas, que atuam na defesa do organismo sem a
necessidade de identificar o agente patogênico de forma específica.Entre os exemplos de
imunidade inata, podemos citar a inflamação, que ocorre quando os tecidos do corpo são
danificados ou infectados por um agente patogênico. A inflamação é uma resposta
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imunológica importante que ajuda a isolar a área afetada, impedindo que a infecção se
espalhe. Os sinais de inflamação incluem vermelhidão, inchaço, calor e dor.
Outro exemplo é a resposta dos macrófagos, que são células imunológicas que engolfam
e digerem os agentes patogênicos. Os macrófagos também liberam substâncias químicas
que ajudam a recrutar outras células do sistema imunológico para a área afetada,
amplificando a resposta imunológica. As células NK também desempenham um papel
importante na imunidade inata, reconhecendo e matando células infectadas por vírus ou
células cancerosas. Já as células dendríticas têm a função de capturar e processar os
agentes patogênicos, apresentando-os ao sistema imunológico para que as células de
defesa possam identificá-los e combatê-los.

Imunidade Adaptativa
A imunidade adaptativa é uma resposta imunológica específica do organismo a
um agente patogênico, caracterizada pela capacidade de reconhecer, memorizar e atacar
de forma precisa e direcionada um antígeno específico. Essa resposta imunológica é
mediada por células como os linfócitos T e B, que são capazes de reconhecer e atacar o
agente patogênico de forma específica.
A imunidade adaptativa pode ser dividida em dois tipos: a imunidade humoral e a
imunidade celular. A imunidade humoral envolve a produção de anticorpos pelas células
B, que reconhecem e se ligam ao antígeno para neutralizá-lo ou marcar as células
infectadas para a destruição pelos linfócitos T. Já a imunidade celular envolve a ativação
dos linfócitos T, que reconhecem e matam as células infectadas ou atuam para regular a
resposta imunológica. Uma das características mais importantes da imunidade adaptativa
é a capacidade de memorização, ou seja, a capacidade de lembrar e reconhecer o antígeno
em um possível encontro futuro, produzindo uma resposta imunológica mais rápida e
eficiente através da fabricação de antígenos. Essa memória imunológica é a base das
vacinas, que estimulam o sistema imunológico a produzir uma resposta adaptativa
específica para um agente patogênico sem causar a doença.
A imunidade adaptativa é fundamental para a defesa do organismo contra os
agentes patogênicos, oferecendo uma proteção específica e duradoura contra as doenças.
No entanto, algumas doenças e condições médicas podem afetar a imunidade adaptativa,
comprometendo a capacidade do organismo de produzir uma resposta imunológica
eficiente.

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Figura 16- Classe de Imunoglobulinas ou Anticorpos

Fonte: Princípios de Fisiologia e Anatomia Humana. TORTORA 14° Edição

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Atividades

1. São responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue. Essa
estrutura recebe o nome de:
A- Linfa
B- Vasos Linfáticos
C- Linfonodos
D- Linfomas

2. Três órgãos estão intimamente relacionados com o sistema linfático. Marque a


alternativa que indica corretamente quais são esses órgãos.
A- Timo, fígado e baço.
B- Baço, coração e fígado
C- Tonsilas, baço e fígado
D- Baço, tonsilas e timo

3. Quando ficamos doentes, é comum que os linfonodos aumentem de tamanho,


formando as popularmente conhecidas ínguas. Esse inchaço ocorre em virtude
de:
A- Um aumento de linfa no interior dos linfócitos
B- Um aumento de quantidade de hemácias no interior do linfócito
C- Uma multiplicação de linfócitos no interior do linfonodo
D- Um aumento do número de vírus mortos no interior do linfonodo

4. O esôfago é um dos órgãos que atuam no sistema digestório fazendo a ligação da


faringe até o estômago. Considerando seu papel no processo de digestão, assinale
a alternativa que indica como o esôfago atua.

A- Através da liberação de ácidos.


B- Através de movimentos peristálticos.
C- Através do esfíncter que se mantém aberto.
D- Através da ação de enzimas diluidoras do alimento.
passagem do alimento.

5. O Sistema Digestório é dividido em duas partes, sendo uma delas o tubo


digestório e a outra os órgãos anexos. O tubo digestório por sua vez é dividido em
três partes: alto, médio e baixo. Assinale a alternativa que indica quais são os
órgãos que formam o tubo digestório.

A- Faringe, laringe, pulmão, pâncreas e fígado.


B- Boca, laringe, faringe, vesícula biliar e apêndice.
C- Estômago, intestino delgado, fígado e rim.
D- Laringe, estômago, pulmão, rim e fígado.
E- Boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso.

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6. Sabemos que o organismo humano se defende de várias agressões diariamente
através do sistema imunológico. Quais os tipos de imunidade temos? Qual a
diferença entre as duas?
7. O sistema digestório é muito importante para absorção de vitamina, sais minerais,
carboidratos, proteínas e lipídeos entre outras substâncias. Cite o caminho que o
alimente faz desde o início até chegar na parte final do sistema digestório.
8. Quais são os órgãos primários e secundários do sistema linfático?
9. Quais as funções do sistema linfático?
10. Quais as funções do sistema digestório?

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Referência Bibliográfica

1. AGUR, Anne M R. Fundamentos de Anatomia Clínica. [Digite o Local


da Editora]: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737265. Disponível em:
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2. GARCIA, Sonia M L.; FERNÁNDEZ, Casimiro G. Embriologia. [Digite o
Local da Editora]: Grupo A, 2012. E-book. ISBN 9788536327044. Disponível
em:
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3. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª
ed., 2017
4. NETTER, Frank H.. Atlas de anatomia humana. 7ª RIO DE JANEIRO: Elsevier,
2019, 602 p
5. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia humana. [Digite o Local da Editora]:
Grupo A, [Inserir ano de publicação]. E-book. ISBN 9788582714041.
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6. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. E-book. ISBN
9788527728867. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527728867

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