Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO
Discentes:
Dionila Mariamo Feremo
Ester Fernando Verniz Cavalaria
Maria Fernanda Carlos Gamala
Tete, 2020
INSTITUTO POLITÉCNICO DE TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO
Tete, 2020
Índice
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
2. Objectivos da Pesquisa..................................................................................................2
2.1. Objectivo Geral..........................................................................................................2
2.2. Objectivos Específicos...............................................................................................2
3. Metodologia...................................................................................................................2
4. Revisão da Literatura.....................................................................................................3
4.1. Aspectos gerais dos Protozoários...............................................................................3
4.1.1. Plasmodium.............................................................................................................4
4.1.1.1. Morfologia………………………………………………………………………4
4.1.1.2. Ciclo evolutivo.....................................................................................................4
4.1.1.3. Caracteres diferenciais..........................................................................................5
4.1.1.4. Transmissão..........................................................................................................6
4.1.1.5. Sintomatologia......................................................................................................7
4.1.1.6. Diagnóstico clinico e laboratorial.........................................................................7
4.1.2. Toxoplasma.............................................................................................................8
4.1.2.1. Morfologia………………………………………………………………....……8
4.1.2.2. Ciclo evolutivo.....................................................................................................8
4.1.2.3. Transmissão..........................................................................................................9
4.1.2.4. Sintomatologia......................................................................................................9
4.1.2.5. Diagnóstico clínico e laboratorial.......................................................................10
4.1.3. Entamoeba.............................................................................................................10
4.1.3.1. Morfologia……………………………………………………………………..10
4.1.3.2. Ciclo evolutivo...................................................................................................11
4.1.3.3. Caracteres diferenciais........................................................................................12
4.1.3.4. Transmissão........................................................................................................12
4.1.3.5. Sintomatologia....................................................................................................12
4.1.3.6. Diagnóstico clínico e laboratorial.......................................................................13
5. Conclusão....................................................................................................................14
6. Referências Bibliográficas...........................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
O reino Protista é constituído por aproximadamente 60.000 espécies conhecidas, das
quais 10.000 são parasitas de diferentes animais, sendo que apenas umas dezenas de
espécies infectam o homem. No reino Protista, encontram-se os protozoários. Alguns
protozoários parasitas podem causar diversas doenças que afectam a saúde da
população.
1
2. Objectivos da Pesquisa
2.1. Objectivo Geral
3. Metodologia
Os procedimentos metodológicos que sustentam a realização deste trabalho enquadram-
se, com base em Andrade (2001), nas seguintes modalidades: Exploratório e
Bibliográfica.
2
4. Revisão da Literatura
4.1. Aspectos gerais dos Protozoários
De acordo com Muñoz & Fernandes (2014), os Protozoários são seres eucariontes, ou
seja, possuem núcleo celular organizado dentro de uma carioteca, sendo a maioria
heterótrofos, embora alguns sejam autótrofos, produzem clorofila e com ela fazem a
fotossíntese, e assim conseguem produzir seus próprios alimentos.
Segundo Muñoz & Fernandes (2014), de acordo com a locomoção no meio aquático, os
protozoários são classificados como:
Ciliados, que se locomovem mediante o batimento de cílios;
Flagelados, que se movimentam por meio de flagelos, estruturas mais adaptadas para
a natação;
Rizópodos, que se rastejam com movimento ameboide, um tipo de locomoção no
qual os microrganismos vão mudando a forma do seu corpo pela emissão de
pseudópodes (do grego pseudo, que significa falso, e podo, pé; portanto, “falsos
pés”);
Esporozoários, que não possuem organelas locomotoras nem vacúolos contráteis;
esses microrganismos parasitas se disseminam pelo ambiente através da produção de
muitos esporos, que são levados pela água e pelo ar, ou são levados através de animais
vetores (moscas, mosquitos, carrapatos etc.), que se contaminam com esses
protozoários patogênicos, ficam doentes e transmitem essas doenças para outros
animais.
A maioria dos protozoários apresenta vida livre e aquática, podendo ser encontrada na
água doce, salobra ou água salgada, leva vida livre também em lugares húmidos,
rastejando pelo solo ou sobre matéria orgânica em decomposição. No entanto, algumas
espécies levam vida parasitária nos organismos de diversos hospedeiros e, assim,
passam a maior parte da vida parasitando diversas espécies de seres vivos, causando
muitas doenças, (Muñoz & Fernandes, 2014).
A reprodução dos protozoários geralmente é assexuada, acontecendo por divisão
múltipla, onde o microrganismo apenas se divide em cópias dele mesmo. Alguns
produzem esporos para se disseminar pelo ambiente; outros, às vezes, também
3
apresentam reprodução sexual, havendo nítida troca de material genético entre um
microrganismo e outro, (Muñoz & Fernandes, 2014).
4.1.1. Plasmodium
4.1.1.1. Morfologia
De acordo com Camargo (2009), o Plasmodium é um parasita unicelular protozoário,
que infecta os eritrócitos, causando a malária. São parasitas esporozoides das células
sanguíneas. Têm diversas formas, de acordo com a fase do ciclo de vida, e em média
cerca de 1-2 micrómetros de diâmetro (a hemácia tem cerca de 7 micrómetros). Têm
duas fases de reprodução, desenvolvimento assexual e formação dos microgametas no
ser humano e formação sexual dos esporozoítos no mosquito.
I. Assexuado
Os plasmódios estão na fase de esporozoíto, e chegam em menos de 30 min pela
corrente sanguínea ao fígado, onde invadem os hepatócitos. Os esporozoítos dentro dos
hepatócitos transformam-se em esquizontes, maiores e multinucleares. Esses dividem-se
por reprodução assexuada, gerando milhares (mais se forem Plasmodium falciparum,
menos se outras espécies) de merozoítos, uma fase que dura seis dias (Plasmodium
falciparum) ou algumas semanas (outras espécies). São os merozóitos que invadem os
4
eritrócitos (glóbulos vermelhos). No caso do Plasmodium falciparum, todos os
esquizontes se transformam em merozóitos, mas nas outras espécies alguns ficam
dormentes no fígado, uma forma conhecida como hipnozoite, e a infecção pode
reaparecer, mesmo se aparentemente curada, muitos anos depois (frequente em Portugal
nos retornados de África, ainda hoje). Os merozóitos dividem-se assexuadamente no
interior dos eritrócitos, até ocorrer lise, saindo a descendência e substâncias tóxicas para
o sangue que irá infectar mais eritrócitos, (Gollin, 2007)
II. Sexuado
Para Gollin (2007), alguns merozóitos transformam-se em formas sexuais após meiose.
As formas sexuais (macrogametas e microgametas) são aspiradas por novo mosquito
Anopheles quando este pica a pele. No estômago do mosquito o microgameta sofre
exflagelação e funde-se com o macrogameta, gerando um zigoto. Este diferencia-se em
oocineto, uma forma móvel, que atravessa a parede do estômago e se aloja na
membrana basal diferenciando-se em oocisto e desenvolvendo-se em esporozoítos,
estourando o oocisto e migrando para as glândulas salivares do inseto, de onde invadem
um novo hóspedeiro humano. Podem exisitir muitos oocisto no estômago do Anopheles,
mas os danos causados a parede do estômago quando os oocistos eclodem não parecem
ter efeito negativo na longevidade do mosquito.
I. Plasmodium falciparum
Existe em todas as regiões tropicais. É a espécie que causa a malária mais grave.
A incubação é curta, de seis a dez dias. Invade todos os eritrócitos, imaturos,
envelhecidos ou de meia-idade. Os seus números por mililitro são muito superiores aos
das outras espécies, infectando por vezes 20% dos eritrócitos totais a cada instante.
Causa malária maligna (terciária com ciclos de 48 h). No entanto, inicialmente as crises
podem ser diárias. As características clínicas da sua infecção são muito mais graves,
com vômitos, náuseas, diarreia, fortes dores de cabeça, convulsões, défices mentais,
delírio e - não infrequentemente - coma e morte (se não tratada). É uma emergência
médica, (Camargo, 2009).
5
Microscopicamente, é visto como meia-lua na periferia do glóbulo. Infecta mais
frequentemente os eritrócitos que se encontram no fígado ou baço, e muitas vezes é
detectado no sangue periférico na forma de microgametas para infeccionar a fêmea do
Anopheles e de esquizontes para reprodução no fígado, sendo chamada de merozoitos a
forma circulante no sangue humano. As hemácias estão com tamanho aumentado e
distorcidas, com grânulos avermelhados. A resistência à cloroquina está a espalhar-se e
já é prevalente em muitas áreas.
4.1.1.4. Transmissão
De acordo com Gollin (2007) e Camargo (2009), é transmitido a seres humanos pela
picada da fêmea do mosquito Anopheles.
4.1.1.5. Sintomatologia
Os sinais e sintomas da malária manifestam-se geralmente entre 8 a 25 dias após a
infecção. No entanto, os sintomas podem-se manifestar mais tarde em indivíduos que
tenham tomado medicação anti-malárica de prevenção. As manifestações iniciais da
doença, iguais em todas as espécies de malária, são semelhantes aos sintomas da gripe,
podendo ainda ser semelhantes aos de outras doenças virais e condições clínicas como a
sepse ou gastroenterite. Entre os sinais incluem-se dores de cabeça, febre, calafrios,
dores nas articulações, vómitos, anemia hemolítica, icterícia, hemoglobina na urina,
lesões na retina e convulsões, (Gollin, 2007 e Camargo, 2009),
De acordo com Camargo (2009), os casos mais graves de malária são geralmente
provocados por Plasmodium falciparum, variante que é muitas vezes denominada
"malária falciparum". Os sintomas desta variante manifestam-se entre 9 a 30 dias após a
infecção. Os indivíduos com ‘’’malária cerebral’’’ apresentam muitas vezes sintomas
neurológicos, entre os quais postura anormal, nistagmo, paralisia do olhar conjugado
(incapacidade de mover em conjunto os olhos na mesma direção), opistótono,
convulsões ou coma.
7
aumento de volume do baço, febre, número reduzido de plaquetas no sangue e
quantidade de bilirrubina no sangue superior ao normal com quantidade normal de
glóbulos brancos.
4.1.2. Toxoplasma
4.1.2.1. Morfologia
De acordo com Levison (2010), o Toxoplasma é um protozoário parasita intracelular
obrigatório do grupo dos Apicomplexa, como outros parasitas como o Plasmodium. Há
pouca variação entre os toxoplasmas presentes em diferentes partes do globo, podendo-
se dizer que há, basicamente, três estirpes. A estirpe 1 é altamente virulenta e
responsável pelos casos de encefalite grave em imunodeprimidos e passagem
transplacentária. As estirpes 2 e 3 são avirulentas.
8
origem aos gâmetas. Os gâmetas masculino (microgameta) e feminino (macrogameta),
descendentes do mesmo parasita ou de dois diferentes, fundem-se dando origem ao ovo
ou zigoto, que após segregar a parede cística dá origem ao oocisto. Este é expulso com
as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500 milhões de oocistos
em cada defecação).
4.1.2.3. Transmissão
A toxoplasma pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados
com os oocistos esporulados, presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes
cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os cistos do
protozoário Toxoplasma, também pode ser transmitida de mãe para filho, mas não se
transmite de uma pessoa para outra apesar de que já foi constatado a transmissão por
transfusão sanguínea e transplante de órgãos de pessoas infectadas, (Levison, 2010).
4.1.2.4. Sintomatologia
9
A toxoplasmose pode apresentar-se na forma de uma síndrome febril aguda com
linfadenomegalia em adultos jovens, coriorretinite ou doença congênita, quando afecta
gestantes.
De acordo com Levison (2010), os indivíduos com sistema imunológico fortalecido
podem não apresentar sintomas da toxoplasmose. Para essas pessoas, a toxoplasmose
também pode parecer similar a uma leve gripe, apresentando febre, cansaço, dores de
cabeça e no corpo, além dos linfonodos levemente inflamados.
Já os pacientes com sistema imunológico debilitado apresentam sintomas de
toxoplasmose, como:
– Dor de cabeça e garganta;
– Manchas avermelhadas espalhadas pelo corpo;
– Febre;
– Confusão mental;
– Perda da coordenação motora;
– Aumento do fígado e do baço;
– Aumento dos linfonodos;
– Convulsões;
– Problemas de audição e
– Problemas na retina.
4.1.3. Entamoeba
4.1.3.1. Morfologia
De acordo com Levison (2010), há grande semelhança as espécies, por isso a distinção é
dificultada, principalmente no trofozóito a fresco, por tanto para um diagnóstico
diferencial preciso, se faz necessário a análise de vários exemplares e várias estruturas.
Assim são distintas de acordo com:
Número e forma das inclusões citoplasmáticas;
Tamanho do trofozóito e do cisto,
10
Número de núcleos no cisto.
I. Entamoeba histolytica
- Trofozóito de 20 a 40 mm podendo chegar a 60 mm na forma invasiva;
- Possui endo e ectocitoplasma;
- Geralmente um só núcleo;
- A fresco: pleomórfico, activo, alongado, com emissão continua a rápida de
pseudópodes;
- Pré-cisto, oval e ligeiramente arredondado e menor que o trofozóito;
- Cisto de 8 a 20 mm de diâmetro;
- Metacisto, multinucleado onde depois de divisões da origem ao trofozóito;
- Cariossoma pequeno e no centro do núcleo.
11
Em sequência, ocorrem a partir da ingestão dos cistos maduros, junto com água e
alimentos contaminados. Os cistos passam pelo estômago, resistindo à acção do suco
gástrico, chegam ao final do intestino delgado ou início do intestino grosso, onde ocorre
o descencistamento, (Melo et al. 2004).
4.1.3.4. Transmissão
Ocorre com a ingestão de cistos maduros, encontrados na água não tratada, em frutas
contaminadas mal lavadas e qualquer outro utensílio levado a boca, que esteja
contaminado pelo cisto. Há uma outra possibilidade onde insetos serviriam como pontes
e levariam as amebas para alimentos e outro, (Levison, 2010).
4.1.3.5. Sintomatologia
12
A Entamoeba pode ocorrer de forma assintomática ou sintomática. O trofozoíto pode
permanecer comensal no intestino ou invadir os tecidos da parede intestinal, se alojando
no mesmo ou migrando para outros órgãos através da circulação, originando a amebíase
extra intestinal, (Melo et. al, 2004).
13
5. Conclusão
Os Protozoários são seres eucariontes, ou seja, possuem núcleo celular organizado
dentro de uma carioteca, sendo a maioria heterótrofos, embora alguns sejam autótrofos,
produzem clorofila e com ela fazem a fotossíntese, e assim conseguem produzir seus
próprios alimentos.
14
A Entamoeba histolytica é o agente etiológico da amebíase, um importante problema de
saúde pública que leva ao óbito, anualmente, cerca de 100.000 pessoas no mundo.
6. Referências Bibliográficas
ANDRADE, Maria Margarida de. (2001). Introdução à metodologia do trabalho
científico. 5. ed. São Paulo: Atlas.
CAMARGO, E. (2009). Malária, Maleita, Paludismo. Ciência e Cultura.
MELO, M.; KLEM; V., MOTA, J.; & PENNA, F. (2004). Parasitoses intestinais. Ver
Med Minas Gerais.
MUÑOZ, Susana Segura; FERNANDES, Ana Paula Morais. (2014). Principais doenças
infecciosas e parasitárias e seus condicionantes em populações humanas, Licenciatura
em Ciências, USP/Univesp.
15