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Universidade Aberta Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância

Curso de Licenciatura em Nutrição


Módulo de Parasitologia

Parasitoses causadas por Protozoários – Malária

Discente:
Esperança Maria Joaquim

Docentes:
Dr. Afonso António Nacoto
Dra. Idélcia Moiane
Dr. Gabriel Júnior

Maio de 2022
Discente:
Esperança Maria Joaquim

Parasitoses causadas por Protozoários – Malária

O presente Trabalho emerge da modalidade de


relatório de campo datada de dezanove Maio de
dois mil e vinte um, a qual corresponde a
requisito no estudo Química Geral e, é levado a
cabo para fins de carácter avaliativo.

Docentes:

Dr. Afonso António Nacoto

Dra. Idélcia Moiane

Dr. Gabriel Júnior

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ÍNDICE:

I. INTRODUÇÃO III

1.1. Contextualização iii

1.2. Objetivos iii


1.2.1. Objectivo específico iii

1.3. Metodologia iv
1.3.1. Material iv
1.3.2. Métodos iv

II. DESENVOLVIMENTO 5

2.1. Agentes causadores da malária 5

2.2. Descrição do ciclo de vida 5

2.3. Distribuição geográfica dos casos da malária no mundo e em África 5

2.4. prevalência da malária na tua província 6

2.5. Descrição detalhada dos procedimentos de tratamento da malária em vigor em Moçambique 6

2.6. Medidas de controlo e prevenção da malária 7


2.6.1. Conduta em Relação à Doença (Diagnóstico e Tratamento) 7
2.6.2. Conduta em Relação ao Vetor (Controle Seletivo de Vetores) 7

III. CONCLUSÕES 8

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9


I. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

A ciência surge no contexto humano como uma necessidade de saber o porquê dos
acontecimentos (Praça, 2015), por este motivo questionou-se a relação da Malária no estudo das
Parasitologia, contudo, se teve a mercê e liberdade se propõe o seguinte reflexão temática Parasitoses
causadas por Protozoários – Malária.
Os parasitos da malária são da família plasmodidae, gênero Plasmodium. Os plasmódios se
caracterizam por apresentarem dois tipos de multiplicação: uma assexuada denominada esquizogonia,
que ocorre no hospedeiro vertebrado (aves, répteis e mamíferos), e outra sexuada chamada de
esporogonia, que se passa no hospedeiro invertebrado (mosquitos do gênero Anopheles) (Brasil,
2006). Os agentes da malária são protozoários do gênero Plasmodium (P. vivax, P. falciparum e P.
malariae e P. ovale) (Siqueira et al., 2018)
Ao picar o homem sadio, os mosquitos infectados com Plasmodium, de um modo geral, injetam
uma pequena quantidade de saliva que serve basicamente como um anticoagulante. É nesta saliva
que, caso o mosquito esteja infectado, podem se encontrar os esporozoítos. Após a inoculação das
formas infectantes, pela picada de um mosquito contaminado, passa- se um breve período de cerca
de 30 minutos em que os esporozoítos circulam livres pelo sangue. Nesse curto período, alguns deles
são fagocitados; porém, vários deles podem alcançar o fígado e, no interior das células hepáticas, os
Plasmodium passam por uma primeira divisão assexuada (esquizogonia tecidual). Decorridos alguns
dias, tendo sido produzidos alguns milhares de novos parasitas, a célula do fígado se rompe e os
Plasmodium caem na circulação sanguínea, onde invadem os glóbulos vermelhos. Novamente, se
multiplicam de forma assexuada (esquizogonia eritrocítica), em ciclos variáveis (de 24 a 72 horas)
(Siqueira et al., 2018).

1.2. Objetivos

 Sistematizar os conhecimentos adquiridos sobre a Malária.

1.2.1. Objectivo específico

Descrever a:
 A ocorrência da malária no mundo e em África;
 O ciclo de vida do Plasmodium sp.;
 O Tratamento e controlo e prevenção da malária.
iii
1.3. Metodologia

O emprego metodológico durante a pesquisa visa delimitar e adequar aos critérios vigente na
revisão narrativa característico, bem como garantir o rigor científico exigido, para tal se tem como:
1. Finalidade: Básica pura;
2. Objectivos: Explicativo;
3. Abordagem: Qualitativo (valorativo).

1.3.1. Material

Foram identificadas e obtidos de fontes como artigos e manuais, obras de referência, periódicos
científicos, Base de dados (SciELO, Science Direct e Z-Library), assim como uso do sistema de busca
(Google Search e Academic).

1.3.2. Métodos

Quanto aos procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários
para a elaboração da pesquisa, se de encaixa na Pesquisa Bibliográficas, que constitui uma base
teórica para o desenvolvimento de todo trabalho de investigação em ciência (Fonseca, 2012), tem
como foco documentos já com tratamento analítico, na maior parte das vezes publicadas na forma de
livros ou artigos (Junior et al., 2021).
Critérios de Inclusão: Se obteve material no idioma Portuguesa e Inglesa principalmente, para
esta última foi transladada para o idioma padrão (Portuguesa) através da ferramenta online Google
Translater e reanalisado pelo L&H Power Translator Pro;
Na base do material-fonte, se procede a Pesquisa Bibliográficas, donde foram dadas as confecções
de levantamento bibliográfico preliminar, elaboração do plano provisório do assunto, busca das
fontes, fichamento e redação do texto (Prodanov & Freitas, 2013), modelada sobre a vigência da
UnISCED.

iv
II. DESENVOLVIMENTO

2.1. Agentes causadores da malária


Os parasitos da malária são da família plasmodidae, gênero Plasmodium (Brasil, 2006). Os
agentes da malária são protozoários do gênero Plasmodium (P. vivax, P. falciparum e P. malariae e
P. ovale) (Siqueira et al., 2018).

2.2. Descrição do ciclo de vida


O ciclo de vida do Plasmodium sp apresenta uma fase sexuada exógena (esporogonia), com a
multiplicação dos parasitos nas fêmeas do mosquito do gênero Anopheles, e uma fase assexuada,
endógena (esquizogonia), com multiplicação no hospedeiro humano. Esta última fase inclui o ciclo
que ocorre nas células do parênquima hepático (esquizogonia tecidual) e o ciclo que se desenvolve
nos glóbulos vermelhos (esquizogonia eritrocítica). Ao picar o homem sadio, os mosquitos infectados
com Plasmodium, de um modo geral, injetam uma pequena quantidade de saliva que serve
basicamente como um anticoagulante. É nesta saliva que, caso o mosquito esteja infectado, podem se
encontrar os esporozoítos. Após a inoculação das formas infectantes, pela picada de um mosquito
contaminado, passa- se um breve período de cerca de 30 minutos em que os esporozoítos circulam
livres pelo sangue. Nesse curto período, alguns deles são fagocitados; porém, vários deles podem
alcançar o fígado e, no interior das células hepáticas, os Plasmodium passam por uma primeira divisão
assexuada (esquizogonia tecidual). Decorridos alguns dias, tendo sido produzidos alguns milhares de
novos parasitas, a célula do fígado se rompe e os Plasmodium caem na circulação sanguínea, onde
invadem os glóbulos vermelhos. Novamente, se multiplicam de forma assexuada (esquizogonia
eritrocítica), em ciclos variáveis (de 24 a 72 horas), cada parasita produzindo de oito a 32 novos
exemplares, em média, e de acordo com a espécie envolvida. Depois de alguns ciclos (três ou quatro),
surgem os sintomas da doença. Esse intervalo, que vai desde a picada infectante até o início dos
sintomas, é chamado de período de incubação e dura, em média, 15 dias (Siqueira et al., 2018).

2.3. Distribuição geográfica dos casos da malária no mundo e em África


O número estimado de casos de malária em todo o mundo caiu 18%, passando de 262 milhões no
ano 2000 para 214 milhões em 2015. Levando-se em conta o crescimento da população, estima-se
que a incidência da malária diminuiu 37%, entre 2000 e 2015. Mais de 40% da população mundial
vive em áreas endêmicas para a malária, totalizando, hoje, 105 países. As áreas de transmissão da
malária no mundo: 79% do total de casos estimados ocorrem no continente Africano; 15% no Sudeste
Asiático, 5% no leste do Mediterrâneo, 0.8% no oeste do Pacífico, 0.5% na região das Américas e
um percentual bem menor na Europa. De acordo com esse Relatório, em todo o mundo os registros

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estimados de mortes por malária também apresentam reduções de 60% entre 2000 a 2015, passando
de 839.000 no ano 2000 para 438.000 em 2015, um decréscimo de 48%. Apesar de evitável e tratável,
continua a ser uma das principais causas de morte em crianças, especialmente na África, ao Sul do
Saara (OMS, 2015 citado por Siqueira et al., 2018).

2.4. prevalência da malária na tua província


Na província de Nampula a prevalência da malária em Nampula no ano 2014 é de 42,2%
(Arroz, 2016).

2.5. Descrição detalhada dos procedimentos de tratamento da malária em vigor em


Moçambique

Segundo o MISAU, (2005) a nova política de tratamento da malária em Moçambique preconiza


o uso da terapia combinada, o tratamento da malária consiste de três linhas:

1ª Linha de tratamento A combinação de Sulfadoxina-pirimetamina (SP) + Artesunato (AS):


 Adultos- 3 comprimidos de 500 mg de Sulfadoxina e 25 mg de Pirimetamina, em dose única
ou a formulação injectável de 7,5 ml (3 ampolas) por via IM em dose única.
 Crianças- 25 mg/kg de Sulfadoxina e 1,25 mg/kg de Pirimetamina (MISAU, 2005).
Tabela 1. dose de Artesunato (AS) + Sulfadoxina Pirimetamina (SP)

peso Idade1 Dia 1 Dia 2 Dia 3


Comp. SP2 Comp. AS3 Comp. AS3 Comp. AS3
---- < 6 meses Não recomendado
<10kg 6-11 meses ½comp ¼ comp ¼ comp ¼ comp
10-20kg 1-6 anos 1 comp ½comp ½comp ½comp
21-35kg 7-13 anos 2 comp 1 comp 1 comp 1 comp
>35kg > 14 anos 3 comp 2 comp 2 comp 2 comp
1
Use sempre que possível o peso. 2nº de comp de 500mg de Sulfadoxina e 25mg de Pirimetamina. 3nº de comp. de 100mg de Artesunato.

2ª Linha de tratamento combinação a dose fixa de Arteméter + Lumefantrina (AL):


O tratamento com AL tem a duração de 3 dias e deve ser administrado de acordo com o peso ou
idade, se este é desconhecido (MISAU, 2005).
 O tratamento deve ser administrado em toma única imediatamente após o diagnóstico (hora
0), repetida 8 horas depois e depois em duas tomas diárias (duas vezes por dia) em cada um
dos dois dias que se seguem. É importante que o doente complete os 3 dias (6 tomas) de
tratamento (MISAU, 2005).

Tabela 2. dose de Arteméter – Lumefantrina a ser administrada em 3 dias

peso Idade N. de comp./dose1 Total de comp2


<10kg < 6 meses Não recomendado
10-15kg 6-11 meses 1 comp 6 comp
16-25kg 1-6 anos 2 comp 12 comp
25-35kg 7-13 anos 3 comp 18 comp
>35kg > 14 anos 4 comp 24 comp
1
Nº de comprimidos por dose administrados 2 vezes por dia durante 3 dias
2
Nº total de comprimidos administrados durante os 3 dias

3ª Linha de tratamento Quinino:

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EM ADULTO:
 Dose de ataque: 20 mg/kg de dicloridrato de quinino diluídos em 10 ml/kg de dextrose a 5%
por via intravenosa, durante 4 horas;
 Dose de manutenção: 10 mg/kg de quinino (máximo de 600 mg no adulto) diluídos em
10ml/kg de dextrose a 5% durante 4 horas a iniciar 8 horas após a dose de ataque e repetida
de 8 em 8 horas até o doente poder tomar o medicamento por via oral. Se o tratamento
intravenoso continuar por mais de 48 horas, reduza a dose de quinino para 5-7 mg/kg, para
evitar toxicidade. Logo que o estado geral do doente melhore, mude para comprimidos de
quinino, 10mg/kg de 8 em 8 horas, para completar 7 dias de tratamento, ou administre a dose
completa da primeira linha. Se o doente já tiver tomado a primeira linha deverá ser
administrada a segunda linha de tratamento (MISAU, 2005).
EM CRIANÇAS:
 Dose de ataque: 20 mg/kg de quinino intravenoso, diluídos em 1ml/mg de quinino de dextrose
a 5% durante 4 horas;
 Dose de manutenção: 10 mg/kg de quinino diluídos em 1ml/mg de quinino de dextrose a 5%
durante 4 horas a iniciar 8 horas após a dose de ataque e repetida de 8 em 8 horas até o doente
melhorar clinicamente e poder tomar o medicamento por via oral (ver tabela 5), devendo
terminar o tratamento com a 1ª ou 2ª linha. Quando não houver condições para administrar
quinino por via intravenosa, deve-se administrar a dose calculada por via intramuscular
(MISAU, 2005).

2.6. Medidas de controlo e prevenção da malária


2.6.1. Conduta em Relação à Doença (Diagnóstico e Tratamento)

O elemento fundamental no controle efetivo da malária é dispor de meios para a realização do


diagnóstico precoce e tratamento imediato e adequado dos casos. Esse é um direito constitucional das
pessoas e comunidades afetadas pela malária, independente das condições locais existentes. A
efetivação desse procedimento garante a prevenção de óbito por malária, a redução do aparecimento
de casos graves, a redução de fonte de infecção e a diminuição da transmissão, mantendo a doença
em níveis endêmicos, epidemiológica e socialmente suportáveis (Brasil, 2006).

2.6.2. Conduta em Relação ao Vetor (Controle Seletivo de Vetores)

A Estratégia de Controle Integrado prevê a aplicação seletiva de medidas antivetoriais. A seleção


das medidas antivetoriais a serem utilizadas pressupõe um conhecimento prévio da área onde serão
aplicadas e relativos ao comportamento do vetor e das pessoas (Mabunda et al., 2007).
As medidas antivetoriais disponíveis compreendem o manejo adequado do ambiente (reduzir a
densidade de anofelinos, eliminando criadouros por meio de aterro, drenagem ou limpeza da
vegetação), o tratamento químico do domicílio (erradicação e instrumento de controle de vetores
entomo-epidemiológicos da localidade) e tratamento químico de espaços abertos e o tratamento de
criadouros (Brasil, 2006).

7
III. CONCLUSÕES

Logo na introdução estabeleceu-se a direcção objectiva deste trabalho, na qual firmou-se que se quera
“Sistematizar os conhecimentos adquiridos sobre a Malária”. Subdomínio dos três objectivos
específicos estabelecidos, desde já de forma positiva se afirma sua consecução e, é vigente citar de
forma afirmativa a sua consecução, o plasmódio é um parasita porisso é de interesse da cadeira de
parasitologia uma fracção das gnoses da área da saude, principalmente para o estudo da Nutrição
porque o vetor principal do Plasmódio é o mosquito, que muitas vezes quando há ma gestão e
conservação de insumos de interesse nutricional acaba propiciando e condicionando melhores
condições do seu desenvolvimento, alem do mais é de interesse das ciências de saude a promoção e
prevenção de saúde, porisso conhecer o seu agente etiológico é essencial para estes objectivos como
futuro profissional como ele desenvolve-se e ganha asas para dominar e fazer suas vitimas, feito suas
vitimas é necessário saber seu tratamento a todos níveis etários para evitar intoxicação e outros efeitos
adversos, porem existe uma maneira de evitar a intoxicação efeitos adversos sem tomar
medicamentos, sim, simplesmente prevenindo e controlando com métodos adequados, contudo, nota-
se claramente a relação sistemática descrita.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Arroz, J. A. H. (2016). Increase in cases of malaria in Mozambique, 2014: epidemic or new endemic
pattern? Revista de Saude Publica, 50, 1–7. https://doi.org/10.1590/S1518-
8787.2016050006105
Brasil, M. da S. (2006). Ações de Controle da Malária: manual para profissionais de saúde na atenção
básica. Em Ministério da Saúde (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Fonseca, R. C. V. da. (2012). Metodologia do Trabalho Científico (1a. edição). IESDE Brasil.
Junior, E. B. L., Oliveira, G. S. de, Santos, A. C. O. dos, & Schnekenberg, G. F. (2021). Análise
documental como percurso metodológico na pesquisa qualitativa. Cadernos da Fucamp, 22, 36–
51.
Mabunda, S., Mathe, G., Streat, E., Nery, S., & Kilian, A. (2007). Inquérito Nacional sobre
Indicadores de Malária em Mocambique (IIM-2007). Programa Nacional de Controlo da Malária
(Ministério da Saúde Autores).
MISAU. (2005). MINISTÉRIO DA SAÚDE Programa Nacional de Controlo da Malária NORMAS
DE MANEJO DOS CASOS DE MALÁRIA EM MOÇAMBIQUE.
Praça, F. S. G. (2015). Metodologia da pesquisa científica: organização estrutural e os desafios para
redigir o trabalho de conclusão. Diálogos Acadêmicos, 08(01), 72–87.
http://www.uniesp.edu.br/fnsa/revista
Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. de. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas
da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico (2a Edição).
Siqueira, A., Marchesini, P., Torres, R. M., Rodovalho, S., & Chaves, T. (2018). Malária na atenção
básica Malária na atenção básica. Em Belo Horizonte. UFMG.

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