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Chelsea Cherry Fonseca

Elézio Francisco Ncucu

Lesito Santos

Manuel Milagre Pereira

Moisés Samuel Nhamaiabo

Óscar Abílio Namora

Tipos de HIV e Transmissão Vertical

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Chelsea Cherry Fonseca

Elézio Francisco Ncucu

Lesito Santos

Manuel Milagre Pereira

Moisés Samuel Nhamaiabo

Óscar Abílio Namora

Tipos de HIV e Transmissão Vertical

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Tema Transversal - II, do
curso de Engenharia Electrónica, 2°
ano, 2º semestre, 3º Grupo, que será
leccionado pela docente:

Mestre Zaneide Nallá

Universidade Rovuma

Nampula

2019
3

III

Índice

1. Introdução...........................................................................................................................4

1.1. Objectivos.....................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo geral:.....................................................................................................4

1.1.2. Objectivos específicos:.........................................................................................4

1.2. Metodologia..............................................................................................................4

1.3. Tipos de pesquisa.........................................................................................................4

I. Tipos de HIV.......................................................................................................................5

HIV-1......................................................................................................................................6

HIV-2......................................................................................................................................7

II. Transmissão Vertical do HIV (TV)....................................................................................7

1. Infecção intrauterina (durante a Gravidez)......................................................................8

2. Infecção intraparto...........................................................................................................8

3. Infecção tardia através da amamentação..........................................................................8

4. Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) em Moçambique..........................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Referências Bibliográficas........................................................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho, aborda sobre os Tipos de HIV e a Transmissão Vertical do HIV,. Os


tópicos pré – apresentados de forma precisa, levam a condução de todos o aspectos práticos e
mecanismos necessários para a resolução do tema, que por meio desta trará várias
informações relevantes e coerentes refrentes ao HIV-1 e HIV-2, infecção intrauterina (durante
a gravidez), Infecção Intraparto, Infecção tardia através da Amamentação e a Preventcao da
Transmissão Vertical em Moçambique. Neste contexto a pesquisa foi precisa d modo a trazer
informações coerentes e objectivas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral:

O trabalho tem como objectivo geral de dar a conhecer e entender ou mesmo transmitir
conhecimentos de forma precisa e clara sobre os Tipos de HIV e a Transmissão Vertical do
HIV para a prevenção de todos nós sobre este Víros.

1.1.2. Objectivos específicos:

- Conhecer o HIV-1 e o HIV-2;

- Conhecer os modos de Transmissão Vertical do HIV;

- Saber como acontece a transmissão durante a gravidez, durante o parto e durante a


amamentação;

- Conhecer a Prevenção da Transmissão Vertical no nosso País.

1.2. Metodologia

Nerici (1991) afirma que o método é o caminho pelo qual se pretende alcançar certo objectivo
proposto. Para a elaboração deste trabalho foi necessário o uso dos diversos métodos com
maior destaque para o método de pesquisa bibliográfica.

1.3. Tipos de pesquisa

O tipo de pesquisa utilizada é a Qualitativa.


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I. Tipos de HIV

Segundo a Unidade de Assistência em 1983, o HIV-1 foi isolado de pacientes com AIDS
pelos pesquisadores Luc Montaigner, na França, e Robert Gallo, nos EUA, recebendo os
nomes de LAV (Lymphadenopathy Associated Virus ou Virus Associado à Linfadenopatia) e
HTLV-III (Human T-Lymphotrophic Virus ou Vírus T-Linfotrópico Humano tipo lll)
respectivamente nos dois países. Em 1986, foi identificado um segundo agente etiológico,
também retrovírus, com características semelhantes ao HIV-1, denominado HIV-2. Nesse
mesmo ano, um comitê internacional recomendou o termo HIV (Human Immunodeficiency
Virus ou Vírus da Imunodeficiência Humana) para denominá-lo, reconhecendo-o como capaz
de infectar seres humanos. [6]

O HIV é um retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília


Lentivirinae. Pertence ao grupo dos retrovírus citopáticos e não-oncogênicos que necessitam,
para multiplicar-se, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela
transcrição do RNA viral para uma cópia DNA, que pode, então, integrar-se ao genoma do
hospedeiro.

Embora não se saiba ao certo qual a origem do HIV-1 e 2 , sabe-se que uma grande família de
retrovírus relacionados a eles está presente em primatas não-humanos, na África sub-
Sahariana. Todos os membros desta família de retrovírus possuem estrutura genômica
semelhante, apresentando homologia em torno de 50%. Além disso, todos têm a capacidade
de infectar linfócitos através do receptor CD4. Aparentemente, o HIV-1 e o HIV-2 passaram a
infectar o homem há poucas décadas; alguns trabalhos científicos recentes sugerem que isso
tenha ocorrido entre os anos 40 e 50. Numerosos retrovírus de primatas não-humanos
encontrados na África têm apresentado grande similaridade com o HIV-1 e com o HIV-2. O
vírus da imunodeficiência símia (SIV), que infecta uma subespécie de chimpanzés africanos,
é 98% similar ao HIV-1, sugerindo que ambos evoluíram de uma origem comum. Por esses
fatos, supõe-se que o HIV tenha origem africana. Ademais, diversos estudos sorológicos
realizados na África, utilizando amostras de soro armazenadas desde as décadas de 50 e 60,
reforçam essa hipótese.

Como identificado em 1983, o vírus da imunodeficiência humana tipo 1 passou a pertencer,


juntamente com outros dois retrovírus conhecidos - os vírus T-linfotrópicos humanos tipo 1 e
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tipo 2 (HTLV-1 e HTLV-2) - à família Retroviridae, porém à uma subfamília diferente, a dos
lentivírus. Atualmente, o vírus HIV é dividido em dois tipos, o HIV-1 e o HIV-2, com
homologia de 40 a 60% entre seus aminoácidos. [4]

HIV-1 :

Responsável por quase todos os casos de AIDS no mundo , exceto no oeste da África, o HIV-
1 é subdividido em 4 grupos:

 Grupo M (do inglês, major ou majoritário): A maioria das infecções ocorre com HIV-
1 do grupo M, o qual é diferenciado em subtipos (A, B, C, D, F, G, H, J e K). Os
subtipos A e F, por sua vez, são subdivididos em A1, A2, A3, A4 e A5, e em F1 e F2,
respectivamente.
 Grupo N (do inglês, new ou non-M, non-O, ou novo, não-M, não-O);
 Grupo O (do inglês, outlier) o mais divergente dentre os grupos.
 Grupo P. [2]

Figura 1: Representação esquemática.


Fonte: Manual Técnico Para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV, 2013.

Quando um indivíduo é portador de uma infecção mista, composta por dois ou mais vírus de
linhagens (subtipos) diferentes, pode ocorrer a transferência de material genético entre eles,
dando origem às formas recombinantes (RF, do inglês recombinant forms). Caso a
transmissão de uma forma recombinante tenha sido documentada em mais de três indivíduos,
passa a ser denominada como CRF (forma recombinante circulante, do inglês, circulating
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recombinant form). Formas recombinantes que foram identificadas, mas cujas transmissões
são desconhecidas ou não relatadas, são definidas como URF (forma recombinante única ou,
do inglês, unique recombinant form). A variação genética do HIV tem implicações tanto na
biologia do vírus e sua transmissão, quanto na reatividade e reação cruzada em testes
diagnósticos que detectem a presença de anticorpos específicos para os antígenosG virais. [2]

HIV-2 :

 Encontrado principalmente no oeste da África, sendo raro em outros locais.


 Comparado ao HIV-1, o risco de transmissão parece ser significativamente menor, a
velocidade de progressão para doença é longa, com redução mais lenta na contagem
de linfócitos T CD4, e com carga viral mais reduzida. [4]

II. Transmissão Vertical do HIV (TV)

A TV do HIV pode ocorrer em três períodos: intrauterino, no nascimento (intraparto) ou


durante a amamentação (pós-parto). O HIV pode ser transmitido dentro do útero pelo
transporte celular transplacentário, por meio de uma infecção progressiva dos trofoblastos da
placenta até que o vírus atinja a circulação fetal, ou devido a rupturas na barreira placentária
seguidas de microtransfusões da mãe para o feto. A transmissão durante o parto ocorre pelo
contato do bebê com as secreções infectadas da mãe ao passar pelo canal vaginal, por meio de
uma infecção ascendente da vagina para as membranas fetais e para o líquido amniótico ou
por meio da absorção no aparelho digestivo do RN. No período após o parto, a principal
forma de transmissão é a amamentação. Em crianças não-amamentadas, a transmissão
intraútero tardia e no período intraparto parecem ser os momentos de maior risco para TV.

Na África, são encontradas as maiores taxas desta forma de infecção pelo HIV, da ordem de
30 a 40%; entretanto, em outras partes do mundo, como na América do Norte e Europa,
situam-se em torno de 15 a 29%. Os principais motivos dessa diferença devemse ao fato de
que, na África, a transmissão heterossexual é mais intensa, e que neste continente, o
aleitamento materno é muito mais freqüente do que nos países industrializados. Cerca de 65%
das infecções ocorrem no período periparto, e 95% ocorrem até 2 meses antes do nascimento.
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1. Infecção intrauterina (durante a Gravidez)

A placenta é comprovadamente uma barreira efetiva à transmissão do HIV durante a gestação,


visto que mesmo antes de haver intervenções eficazes para reduzir a TV, apenas 1 em 4
crianças expostas se tornavam infectadas. Baseado no momento de positivação do exame,
sabe-se que apenas 20-25% das infecções ocorrem no ambiente intrauterino, e exames de
PCR de fetos abortados indicam que praticamente não existe transmissão no 1° trimestre de
gestação, e a transmissão no 2° trimestre, medida através de amniocentese, também é rara. No
entanto, no 3° trimestre, a integridade vascular da placenta é significativamente reduzida e a
maior parte das infecções parecem ocorrer poucas semanas antes do parto. Foi postulado que
estas infecções são principalmente causadas por microtransfusões através da placenta nas
fases tardias da gestação[5].

A transmissão intrauterina é possível em qualquer fase da gravidez; porém é menos frequente


no primeiro trimestre. As infecções ocorridas nesse período não têm sido associadas a
malformações fetais. O risco de transmissão do HIV da mãe para o filho

pode ser reduzido em até 67% com o uso de AZT durante a gravidez e no momento do parto,
associado à administração da mesma droga ao recém-nascido por seis semanas. Um estudo
realizado nos Estados Unidos (Aids Clinical Trial Group 076 ou ACTG-076) demonstrou
redução na transmissão vertical de 25,6% para 8,3% com o uso de AZT durante a gravidez.

2. Infecção intraparto

É a principal forma de TV, compreendendo cerca de 65% das infecções. Refere-se à


exposição da mucosa do RN ao sangue materno e outras secreções infectadas durante a
passagem do bebê pelo canal de parto. A cesareana protetora realizada antes do início do
trabalho de parto pode reduzir o risco de TV em até 50%, possivelmente reduzindo as
microtransfusões que ocorrem na fase ativa do trabalho de parto e a exposição da mucosa
intestinal e conjuntival do RN do contato com o vírus durante a passagem pelo canal de
parto[5].

3. Infecção tardia através da amamentação

A amamentação é crucial à sobrevivência do RN em muitos países. No entanto, pode ser


responsável por um terço à metade da transmissão vertical. Os primeiros dias de vida são
especialmente suscetíveis devido à ausência do suco gástrico, capaz de inativar o vírus, e pela
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ingestão de macrófagos infectados pelo HIV presentes no colostro materno. Este risco
aumenta para 30-50% de toda a TV com o prolongamento da amamentação após os 12 meses
de vida. Taxas reduzidas de TV mesmo durante a amamentação, em países de baixos recursos,
podem ser obtidas com o uso contínuo de profilaxia com nevirapina durante este período. No
entanto, o risco da transmissão do HIV pela amamentação parece exceder seu benefício
quando superior a 3-7 meses.

Existe um risco significativamente maior de TV quando a criança é alimentada de forma


mista, com leite materno e fórmula, devido à maior penetração do vírus pela mucosa intestinal
através das microfissuras provocadas por fórmulas à base de leite de vaca. Para estas, as taxas
de transmissão podem ser tão altas quanto 29,2%, e são altamente associadas ao CD4
materno[1].

4. Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) em Moçambique

O programa PTV foi concebido para reduzir o risco da transmissão do HIV de mãe para filho.
É oferecido durante a Consulta Pré-Natal (CPN) das mães em estado de gravidez onde, para
além dos serviços de saúde regulares, a mulher grávida encontra aconselhamento, com
empatia, por parte do pessoal de saúde, testagem de HIV com confidencialidade,
medicamentos sem discriminação e apoio e aceitação incondicionais (MISAU: 2008).

(I) Os factores que aumentam o risco de transmissão do HIV da mãe para o filho durante
a gravidez (Infecção intrauterina) são:
 A infecção pelo HIV durante a gravidez;
 Carga Viral elevada;
 Deficiências nutricionais;
 Infecção de Transmissão Sexual;
 Parceiro HIV positivo e que não usa preservativo durante as relações sexuais;
 Comportamento de risco com múltiplos parceiros.
(II) A transmissão do HIV duma mãe seropositiva para o filho pode acontecer durante o
parto e os factores que aumentam esse risco são:
 Trabalho de parto difícil;
 Parte sem ajuda de pessoal qualificado;
 Parto sem condições de limpeza.
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(III) Finalmente, os riscos que podem aumentar a transmissão vertical por via do
aleitamento materno são os seguintes:
 Infecção recente do HIV (Uma mulher que foi infectada durante a gravidez, ou quando
estava amamentando, pode facilmente transmitir o vírus ao seu filho);
 Presença de SIDA;
 Deficiência de vitamina A na mãe;
 Condições do peito: feridas, lesões nos mamilos, abcessos mamários, etc

As crianças com maior risco de apanhar HIV são, nomeadamente, os bebés prematuros e os
bebés com feridas na boca.

Para evitar a transmissão do HIV e porque a maioria das pessoas infectadas não conhece o seu
seroestado, é importante que a mulher grávida e o seu parceiro recebam aconselhamento e
façam o teste de HIV juntos. O teste é voluntário e não deve ser feito sem aconselhamento. A
transmissão pelo leite materno é evitada com o uso de leite artificial ou de leite humano
processado em bancos de leite, que fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

Os medicamentos indicados para tomar durante a gravidez e quando começam as dores de


parto reduzem o risco do bebé nascer infectado, desde que tomados adequadamente. O leite
do peito exclusivo ajuda a reduzir o risco de transmissão do HIV de mãe para filho e, segundo
o MISAU, é aconselhável que, a partir dos 5 meses e 2 semanas, as mães comecem a dar
outro tipo de alimentação ao recém-nascido.
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Conclusão

Após a conclusão do presente trabalho podemos compreender que, O HIV é bastante lábil no
meio externo, sendo inativado por uma variedade de agentes físicos (calor) e químicos
(hipoclorito de sódio, glutaraldeído). Em condições experimentais controladas, as partículas
virais intracelulares parecem sobreviver no meio externo por até, no máximo, um dia,
enquanto que partículas virais livres podem sobreviver por 15 dias, à temperatura ambiente,
ou até 11 dias, a 37ºC.
Recentemente, têm sido descritas, ainda, variantes genômicas (subtipos), tanto de HIV1
quanto de HIV-2, em pacientes infectados procedentes de diferentes regiões geográficas.
Classificam-se, assim, os isolados de HIV-1 em dois grupos, M (major) e O (outlier), com
variabilidade genética de até 30%. No grupo M, identificam-se nove subtipos (A, B, C, D, E,
F, G, H e I), e no grupo O, apenas um. Em relação ao HIV-2 descrevem-se cinco subtipos: A,
B, C, D, e E. Embora ainda não conhecida, especulase a possibilidade de variantes virais
possuírem diferentes índices de transmissibilidade e/ou patogenicidade.

A transmissão vertical (da mãe para o seu filho) é a principal via de infecção pelo HIV na
população infantil. Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV
ocorre mais tardiamente na gestação, durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito.
As mulheres infectadas pelo HIV devem ser aconselhadas sobre o risco de transmissão do
vírus da aids durante a amamentação, e devem ser orientadas quanto à supressão da lactação e
ao uso de substitutos do leite materno. Recomendam-se o leite de bancos de leite credenciados
pelo Ministério da Saúde (quando disponível) e o leite artificial.
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Referências Bibliográficas

[1] John GC and Kreiss J. Mother-to-Child Transmission of Human Immunodeficiency Virus


Type 1. Epidemiol Rev. 1996;18(2):149-57.

[2] Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e


Hepatites Virais. Manual Técnico Para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. Brasília,
dezembro de 2013. Pdf.

[3]“Saiba Mais Sobre a Prevenção de Transmissão Vertical”: Álbum Seridado para a


Comunicação Interpessoal; USAID, MISAU, PSI: 2008, Maputo, Moçambique.

[4] Schecter M, Rachid M. Manual de HIV / AIDS. 8ª edição. Revinter, 2005.

[5] Sripan P, Le Coeur S, Amzal B, Ingsrisawang L, Traisathit P, Huong NNG, et al.


Modeling of In-Utero and Intra-Partum Transmissions to Evaluate the Efficacy of
Interventions for the Prevention of Perinatal HIV. PLoS ONE. 2015;10(5):e0126647.
doi:10.1371.

[6] Unidade de Assistência. "Aids: etiologia, clínica, diagnóstico e tratamento". Brasil. Pdf.

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