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Chelsea Cherry Fonseca Bucuane

Elézio Francisco Ncucu

Isaque Evaristo Tatiua

Óscar Abílio Namora

Indutância Mútua e Ressonância

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Chelsea Cherry Fonseca Bucuane

Elézio Francisco Ncucu

Isaque Evaristo Tatiua

Óscar Abílio Namora

Indutância Mútua e Ressonância

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Electrotecnia Teórica - II,
do curso de Engenharia electrónica,
2° ano, 2º semestre, que será
leccionado pelo docente:

Engº António João Domingos.

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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iii

Índice

Introdução.........................................................................................................................................4

I. Indutância Mútua......................................................................................................................5

1. Definição...............................................................................................................................5

2. Equações................................................................................................................................6

3. Indutâncias Mútuas em série.................................................................................................7

II. Ressonância...............................................................................................................................9

1. Definição...............................................................................................................................9

2. Ressonância em série ou de tensão......................................................................................10

3. Ressonância em Paralelo ou de Corrente............................................................................11

EXEMPLOS...................................................................................................................................13

Conclusão.......................................................................................................................................14

Referências Bibliográficas..............................................................................................................15
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Introdução

O presente trabalho, aborda sobre a Indutância Mútua e Ressonância, onde por este meio trará
várias informações relevantes e coerentes referentes ao conceito de indutância mútua e a
indutância mútua em série. Os tópicos pré – apresentados de forma precisa, levam a condução de
todos o aspectos práticos e mecanismos necessários para a resolução do tema, que por meio desta
foi também necessário abordar sobre o conceito de Ressonância, a Ressonância em série ou de
tensão e a Ressonância em paralelo ou de corrente. Neste sentido a pesquisa foi profunda de
modo a trazer informações necessárias.

Objectivo geral:
O trabalho tem como objectivo geral de dar a conhecer e entender ou mesmo transmitir
conhecimentos de forma precisa e clara sobre a Indutância Mútua em circuitos eléctricos e
electrónicos, juntamente com a ressonância e seus tipos.

Objectivos específicos:

- Compreender a indutância mútua nos circuitos;

- Saber o que acontece quando um circuito tem indutância mútua;

- Compreender os circuitos ressonantes;

- saber diferenciar os circuitos ressonantes série dos paralelos.


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I. Indutância Mútua

1. Definição
Segundo L. Bessonov (2000), se um circuito eléctrico contém uma indutância mútua, ou seja,
enrolamentos magneticamente acopulados o fluxo originado por um, abraça o outro, e há uma
força electromotriz de indução mútua em cada enrolamento que deve ser levada em conta.

Ao escrever as equações para um circuito com indução mútua, deve-se saber os sentidos relativos
das f.e.m. de auto e mútua indução. Estes sentidos podem ser assegurados se se souber o sentido
em que as bobinas foram enroladas nos seus núcleos e o sentido positivo da corrente através
delas, como as seguintes figuras:

Figura 1: Demostração.

Fonte: L. Bessonov, 2000.

As bobinas na fig. 1 (a) são de tal modo acopuladas que os seus fluxos somam-se; as da fig. 1 (b)
estão acopuladas de modo que os seus fluxos estão a contrariar-se um ao outro. Os símbolos dos
núcleos atravancarão os diagramas. Em vez disso a convenção é assinalar terminais idênticos
(digamos, os inícios das bobinas) com um asterisco ou um ponto. A convenção do asterisco é
mostrada no diagrama da fig. 1 (c) que corresponde ao da fig. 1 (a), e no diagrama da fig. 1 (d),
que corresponde ao da fig. 1 (b).

Se as correntes numa indutancia mútua estão a dirigir-se para (ou distanciar-se de) terminais
homologos (para ou distanciar-se, dos asteriscos no diagrama) as bobinas componentes são
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referidas como sendo ligadas a somar. Se a corrente numa bobina corre para o terminal marcado
com um asterisco e a da outra bobina corre distanciando-se do terminal homólogo, diz-se que as
bobinas estão ligadas contrariando-se ou em oposição.

2. Equações
Os circuitos possuindo inducções mútuas (ou simplesmente circuitos acopulados) são estudados
pelo método dos complexos. Tendo em conta ao circuito da Fig. 1 atribuimos um sentido positivo
ás correntes nos ramos dos circuitos e tomamos o sentido dos ponteiros do relógio para a
circulação. (L. BESSONOV, 2000).

A corrente insantânea é dada por:

i 1=i 2+ i3

Para a malha da esquerda (ramo 1 e 2):

1 di1 di 3 1
i 1 R1 + ∫ i 1 dt + L1 + M + ∫ i dt+i 2 R 2=e 1 (1)
C1 dt dt C2 2

O termo M(di3 /dt) tem o mesmo sinal que o termo L1((di1 /dt)) porque ambas it e i3 entram em
terminais homólogos, isto é, os circuitos estão ligados em conjunção. Soma-se M (di3ldt) + L1
((di1 /dt)) à queda de tensão no circuito ou malha do lado esquerdo. Todas as parcelas do lado
esquerdo da equação são positivas porque o sentido convencionado positivo das correntes no
circuito coincide com o sentido positivo de circulação.

Ao escrever uma equação para a malha do lado direito, notamos que i2 se dirige contra o sentido
positivo da malha. Portanto, a soma das quedas de tensão relativas a i na malha do lado direito é
negativa na equação:

−1 di di
∫ i 2 dt−i 2 R 2+ L3 3 + M 1 +i 3 R 3=−e3 (2)
C2 dt dt

Em notação complexa:

İ 1= İ 2 + İ 3 (3)
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˙ ˙
j̇ j̇
İ 1(R 1− ¿ + j̇ ω L 1 )+ İ 2 ( R 2− ¿ )+ İ 3 j̇ ωM= Ė 1 ¿ ¿ (4)
ω C1 ωC2


(
İ 1 j̇ωM − İ 2 R 2−
ω C2 )
+ İ 2 ( R 3+ j̇ ω L1) =− Ė1 (5)

Tendo assim, um sistema de 3 equações com 3 icognitas.

3. Indutâncias Mútuas em série

A fig. 2 (a) mostra duas bobinas ligadas em conjunção, e a fig. 2 (b), duas bobinas ligadas em
série em oposição.

Para a ligação em série em conjunção:

di di di di
i R 1 + L1 + M + L2 + M +i R2 =e
dt dt dt dt

Em notação complexa:

İ [ R 1+ R 2+ j̇ ω ( L1+ L2 +2 M ) ]= Ė

İ Z aid = Ė

Z conj =R1+ R2+ j̇ ω ( L1 + L2+2 M )

Para a série em oposição:

di di di di
i R 1 + L1 −M + L2 −M +i R2=e
dt dt dt dt

İ Z op= Ė

Onde:

Z op=R1 + R2 + j̇ ω ( L1 + L2−2 M )
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(a) (b)

Figura 2: Indutância Mútua em Série.

Fonte: L. Bessonov, 2000.

A figura 3 (a) representa um diagrama de vectores para ua ligação em série a somar, em que V˙ 1 é
a queda de tensão complexa na primeira bobina, e V˙ 2 é a tensao complexa na segunda bobina. O
diagrama de vectores para séries em opoição com L1 > M e L2 > M é representado na figura 3 (b).
(L. BESSONOV, 2000).

(a) (b)

Figura 3: Diagrama de vectores para uma ligação em série a soma.

Fonte: L. Bessonov, 2000.


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II. Ressonância

1. Definição

Para L. Bessonov (2000), quando uma alimentação de c.a. é ligada a uma rede de dois terminais,
contendo uma ou várias indutâncias e uma ou várias capacidades a adicionar a uma resitência,
surgem fenómenos em determinadas condições, conhecidos como ressonância. Em condições de
ressonância, tal rede, torna-se puramente ohmica nos seus efeitos, e a tensão e corrente na rede
ficam em fase. Para ocorrer isto, a reactância indutiva e a reactância capacitiva devem igualar-se.
Então como estão desfazadas de 180° a parcela reactancia anula-se e a potência reactiva em
ressonância é nula.
Pode existir ressonância de corrente (paralelo) e ressonância de tensão (série).

Segundo Boylestad (2004), o circuito ressonante é uma combinação de elementos R, L e C cuja


resposta de freqüência é semelhante à que aparece na Fig. 4. Observe na figura que a resposta é
máxima para a freqüência Fr, diminuindo à medida que nos afastamos desta freqüência. Em
outras palavras, a resposta tem um valor relativamente elevado em uma certa faixa de freqüências
e um valor muito pequeno fora dessa faixa.

Figura 4: Curva de Ressonância.


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Fonte: Boylestad, 2004.

2. Ressonância em série ou de tensão

O circuito em série RLC da fig. 5 (a) tem uma impedância complexa:


1
(
Z=R+ j̇ ωL−
ωC )

Figura 5: Ressonância em série ou de tensão.

Fonte: L. Bessonov, 2000.

1
Quando o circuito está sintonizado de modo que ωL= , a impedância reduz-se a Z = R, isto
ωC
é, torna-se inteiramente ohmica nos seus efeitos, a corrente I está em fase com a tensão V, e I =
V/R, isto é, torna-se máxima para uma dada tensão aplicada. Tensões enormes aparecem através
dos componentes reactivos e:
ωL
V L=V C =ωLI =V
R

A relação ωL/R pode ser muito maior do que a unidade, de modo que as quedas de tensão nos
componentes reactivos podem ser muitas vezes superiores à tensão aplicada. Esta condição é
chamada ressonância de tensão, mas também é conhecida como ressonância série (uma vez
que os componentes reactivos estão em série). A condição para ressonância de tensão é portanto:
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1
ω 0 L= (6)
ω0 C
Onde ω 0é a frequência de ressonância, Então:
L
ω0 L
R
=
C
R
√ =Q

É chamado o factor Q, factor de qualidade de um circuito ressonante. Mostra quantas vezes a


tensão no componente reactivo excede a tensão aplicada, em ressonância. Em circuitos de
realizações práticas Q e muitas vezes relativamente alto (300 ou mais alto). Um diagrama de
vectores para o caso de ressonância em paralelo é mostrado na figura 5 (b). (L. BESSONOV,
2000).

3. Ressonância em Paralelo ou de Corrente

Quando unia reactância indutiva e uma reactância capacitiva são ligadas em paralelo (como na
fig. 6 a) podem obter-se condições em que a ressonância de corrente (também conhecida como
ressonância paralela) apareça.

Figura 5: Ressonância em paralelo ou de corrente.

Fonte: L. Bessonov, 2000.


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Admitamos que um ramo apresenta a resistência Rl e uma reactância indutiva ωL, e o outro ramo,
uma resistência R2 e uma reactância capacitiva 1/ωC. A corrente complexa İ 1, no primeiro ramo
está atrazada da tensão complexa V̇ =V˙ab (Fig. 6 b) escrever-se:
İ 1=V̇ Y 1=V̇ ( g1− j̇b 1)
A corrente complexa İ 2 está em avanço relativamente à tensão
İ 2=V̇ Y 2=V̇ ( g2− j̇ b2)

A corrente total:
İ = İ 1+ İ 2=V̇ ( g1 + g2 ) − j̇ V̇ ( b1+ b2 )

Por definição a ressonância, İ está em fase com V̇ . Isto pode ocorrer se a soa das susceptâncias é
nula:
b 1+b 2=0
Portanto, a condição para que se verifique ressonância de corrente na rede da fig. 6 a pode ser
esquica do seguinte modo:
1
ωL ωC
=
R 1+ ω L R 2 + 1
2 2 2
2
ω2 C2

O correspondent diagrama de vectores é representado na fig. 6 (b). (L. BESSONOV, 2000).


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EXEMPLOS
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Conclusão

Após concluirmos o presente trabalho podemos compreender que, se um circuito eléctrico


contém uma indutância mútua, ou seja, enrolamentos magneticamente acopulados o fluxo
originado por um, abraça o outro, e há uma força electromotriz de indução mútua em cada
enrolamento que deve ser levada em conta. Os circuitos possuindo inducções mútuas (ou
simplesmente circuitos acopulados) são estudados pelo método dos complexos.

Circuito ressonante é uma combinação de elementos R, L e C. Quando uma alimentação de c.a. é


ligada a uma rede de dois terminais, contendo uma ou várias indutâncias e uma ou várias
capacidades a adicionar a uma resitência, surgem fenómenos em determinadas condições,
conhecidos como ressonância. Em condições de ressonância, tal rede, torna-se puramente ohmica
nos seus efeitos, e a tensão e corrente na rede ficam em fase.
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Referências Bibliográficas

[1] BOYLESTAD, Robert L. NASHELSKY, Louis. Dispositivos Electrónicos e Teoria de


Circuitos_. 8ª. ed. São Paulo. Sabrina Levensteinas. 2004. Capítulo 24.

[2] BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos. 12ª. ed. São Paulo. Sabrina
Levensteinas. 2012. Capítulo 25.

[3] L.Bessonov. Electricidade Aplicada para Engenheiros. 3ª. ed. Edições Lopes Da Silva –
Porto. 2000.

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