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Esta teoria está explicitamente limitada aos comportamentos sobre os quais as pessoas têm
um elevado poder de controlo, não tomando em consideração os factores que facilitam ou
inibem o desempenho de comportamentos sobre os quais se tem apenas um controlo parcial.
Com relação às crenças salientes, quanto maior a crença saliente negativa, maior também será
a possibilidade de mudança de intenção. É bastante comum, com a aproximação de uma
situação na qual a mudança seja arriscada, a crença saliente tornar-se negativa, a ponto de
modificar as intenções e, consequentemente, as acções. Outro factor importante relaciona-se à
informação na contrapartida da confiança e do compromisso, ou seja, independente de uma
nova informação ser relevante a ponto de mudar a intenção, a partir do momento em que haja
confiança na informação anterior, a intenção não será modificada (AJZEN, 1985)..
1.4. Atitudes.
A atitude é o primeiro antecedente da intenção comportamental e é determinada pelas crenças
dos indivíduos acerca das consequências de executar o comportamento (crenças
comportamentais), carregadas por sua valoração sobre essas consequências (valorações do
resultado). A atitude parece ter efeito directo na intenção comportamental e está relacionada à
norma subjectiva.
Não se pode afirmar que existe perfeita correspondência entre intenção e comportamento,
pois pode haver interferência de factores externos, mas as pessoas agem frequentemente em
acordo com suas intenções.
De acordo com a TAR, maior será a intenção do sujeito em relação ao comportamento quanto
mais positiva for sua avaliação sobre este (atitudes) e quando perceber que as pessoas que lhe
são importantes acharem que ele deve realizar o comportamento.
1.5. Comportamento
Comportamento é a transmissão ou o processo de transitar da intenção à acção. Embora
pareçam tarefas simples, a definição e a mensuração de um comportamento constituem-se
em procedimento complexo. Diante disso, Fishbein e Ajzen (1975) sugerem que sejam
escolhidos, para a definição do comportamento, critérios comportamentais adequados.
Se o indivíduo, por exemplo, tem baixa percepção de controlo, provavelmente terá crenças de
controlo que impedirão seu comportamento. Essa percepção pode reflectir experiências
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Os autores Godin (1994), Hausenblas, Carron e Mack, (1997), Wankel (1997) e O’Brien
Cousins (1998), afirmam que os construtores dessa teoria podem ser resumidos em:
Daqui o terem surgido intervenções “de segunda geração”, que combinam abordagens
cognitivas e psicossociais, que tomam em conta os contextos socioculturais dos
comportamentos mais complexos em saúde, como é o caso do comportamento sexual. De
facto, hoje em dia, muitas das intervenções para prevenção da transmissão do HIV aplicam
programas baseados num ou vários constructos, que entram em linha de conta com as
características socioculturais, políticas e económicas e o estado da epidemia.
Os modelos psicossociais têm sido usados na prevenção da Sida a nível internacional, com
resultados diversos. Um deles, o modelo de redução de risco de SIDA, foi especialmente
desenvolvido para a prevenção desta doença.
Estes estados são dinâmicos, dado que o indivíduo pode, em qualquer um deles, retroceder,
voltando a desempenhar o comportamento anterior (Carvalho & Baptista, 2009, p. 173-174).
A partir de duas metanálises (Johnson, Carey, Chaudoir & Reid, 2006), verificou-se que a
prevenção com aconselhamento para a redução do risco secundário de HIV reduz a prática de
sexo desprotegido entre pessoas com HIV, especialmente se forem incluídas no programa
componentes motivacionais e de aptidões.
Conclusão
Findo este trabalho concluiu-se através das análises foi possível evidenciar que apenas o
construto Percepção de Controlo se relacionou com a Intenção Comportamental e apresentou
valor significativo. No entanto, os construtos Norma Subjectiva e Atitude não apresentaram
impacto significativo sobre a Intenção dos homens de procurar a UBS. Consideramos assim,
que os participantes não se preocupam tanto com as consequências (mesmo que positivas) de
procurar a UBS, e nem se importam com a influência que os referentes do seu convívio social
exercem para a realização deste comportamento.
O construto Percepção de Controlo acima foi abordado em relação a três factores, sendo
estes:
Bibliografia
Ajzen, I. & Fishbein, M. (1970).The prediction of behavior from attitudinal and normative
variables. Journal of Experimental Social Psychology, 6,466-487
Ajzen, I. & Fishbein, M (1977). Attitude-behavior relations: A theoretical analysis and review
of empirical research. Psychological Bulletin, 84, 888-918
Fishbein, M. (1963).An investigation of the relationships between beliefs about an object and
the attitude toward that object. Human Relations, 16, 233-240.
Fishbein, M. & Ajzen, I. (1975). Belief, attitude, intention and behavior: An introduction to
theory and research. Reading, Massachusetts: AddisonWesley.
Fishbein, M., & Ajzen, I. (2010). Predicting and changing behavior: The reasoned action
approach. New York: Psychology Press.