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FICHA DE APOIO

Cd: Edson Samuel Manhoso

1. Leis de Composição Internas


1.2.Definição 1. (Operação sobre E ou lei de composição interna sobre E).

Definição: Sendo um conjunto não vazio toda a aplicação Recebe o


nome operação sobre E (ou em E) ou lei de composição interna sobre E (ou em E).
Nas considerações de carácter geral que faremos a seguir neste parágrafo, uma
operação f sobre E associa a cada par de um elemento de E que será
simbolizado por (lê-se estrela ’) Assim é uma forma de indicar
Diremos também que E é um conjunto munido da operação *.
O elemento x*y é chamado composto de x e y pela operação . Os elementos
do composto x e y são chamados termos do composto .

Os termos x e y do composto x*y são chamados, respectivamente, primeiro e segundo


termos ou, então, termo do esquerdo e termo do direito.
Outras notações poderão ser usadas para indicar uma operação sobre F.

a) Notação aditiva

Nesse caso, o símbolo da operação é +, a operação é chamada adição, o com posto


é chamado sorna, e os termos x e y são as parcelas

b) Notação multiplicativa
3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Nesse caso, o símbolo da operação é ou a simples justaposição, a opera ção é chamada
multiplicação, o composto ou é chamado produto, e os ter mos x e y são os
factores.

c) Outros símbolos utilizados para operações genéricas são ⨂

2. Propriedades
3.1.Propriedade associativa

Como é do conhecimento geral que a propriedade associativa é aquela em que os termos


de uma operação podem ser agrupados indistintamente, obtendo sempre o mesmo
resultado. É regra que se cumpre na adição e multiplicação.

Diz-se que goza da propriedade associativa quando satisfaz o seguinte:

Quais que sejam

Exemplos 1:
1) As adições em ou são operações que gozam da propriedade
associativa. (Costuma-se dizer que são operações associativas)

2) As multiplicações em ou são operações associativas

3) A adição em Conjunto das matrizes do tipo m x n com elementos reais,


é operação associativa.

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
4) A multiplicação em ) é operação associativa.

5) A composição de funções de em é operação associativa.

1) A potenciação em não é operação associativa, pois:


=

2) A divisão em R* não é operação associativa, pois:

Observação
O fato de urna operação ser associativa possibilita indicar o composto de mais de
dois elementos sem necessidade de usar os parênteses, uma vez que qualquer associação
entre os elementos presentes conduz ao mesmo resultado. Por exemplo:

Se uma operação não é associativa, temos a obrigação de usar parênteses


para indicar como deve ser calculado um composto de três ou mais elementos,
pois, caso contrário, deixamos o composto sem significado. Por exemplo, em
Não tem significado, pois:

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Exemplo:
Verifique se é associativa

Resposta:

1º Primeiro vai se substituir , teremos

2º Olhando para condição teremos

Logo não é associativa.

3.2.Propriedade comutativa

Como é do nosso conhecimento é aquela que mesmo alterando os factores o resultado


não altera, ou seja continua o mesmo.

Diz-se que goza da propriedade comutativa quando satisfaz o seguinte:

Quais que sejam .

Exemplos 1:
1) As adições em ou são operações que gozam da propriedade comutativa.
(Costuma-se dizer que são operações comutativas.)

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
2) As multiplicações em ou são operações comutativas.

2) A adição em é operação comutativa.

Exemplo 2:

Verifique se em ; é comutativa

Resposta:

4. Logo é comutativa, porque goza da propriedade ou seja satisfaz a condição para ser
comutativa.

3.3. Propriedade (existência de elemento neutro)


Dizemos que um elemento neutro é qualquer elemento cuja utilização numa operação
binária bem definida não causa alteração de identidade no outro elemento com qual
entra em operação.

Definição: Dizemos que e é um elemento neutro para operação * quando

Exemplo 1:

1) O elemento neutro das adições em ou é o número O, pois


para qualquer número x.

2) O elemento neutro das multiplicações em ou é o número 1, pois


para qualquer número K.

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
3) O elemento neutro da adição em matriz nula do tipo ). pois
,quaIquer que seja .

4) O elemento neutro da multiplicação em é In,., (matriz identidade do tipo


), pois In n qualquer que seja .

5) 0 elemento neutro da composição em É a função i (função idêntica em ), pois


‘ , qualquer que seja

Proposição: Se uma operação sobre tem um elemento neutro, * E então ele é único

Demonstração: Suponhamos que sejam elementos neutros da operação *. Como


e é elemento neutro e E. então . Por raciocínio análogo, chega-se à
conclusão de que . De onde.

3.4. Elementos simetrizáveis


Definição: Seja * uma operação sobre E que tem elemento neutro a Dizemos que
é um elemento simetrizáve! Para essa operação se existir tal que

O elemento é chamado simétrico de para a operação *.


Quando a operação é uma adição, o simétrico de x também é chamado oposto de x e
indicado por — .
Quando a operação è uma multiplicação, o simétrico de também é chamada inverso de
e indicado por .
Exemplos:

1) é um elemento simetrizável para a adição em , e seu simétrico (ou oposto) é


pois:

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
2) 3 é um elemento simetrizável para a multiplicação em , e seu simétrico (ou

inverso) , Pois:

O não é simetrizável para a mesma operação, pois não há elemento tal que:

3) Existem apenas dois elementos simetrizáveis para a multiplicação em : o eo— ,


que são iguais aos seus respectivos inversos.

Já o não é simetrizável para a multiplicação em , uma vez que não existe tal
que

4) ( )é simetrizável para a adição em , e seu simétrico é ( ) pois:

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

5. ( ) não é simetrizável para a multiplicação em pois, supondo que sua

inversa pudesse ser ( ) teríamos:

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) {

E esse sistema não tem solução.

Proposição : Seja * uma operação sobre E que é associativa e tem elemento to neutro e.
a) Se um elemento é simetrizável, então o simétrico de x é único.
b) Se é sinietrizável, então seu simétrico também é e
c) Se são simetrizáveis, então é simetrizável e

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Demonstração:

a) Suponhamos que e sejam simétricos de Temos :

b) Sendo o simétrico de temos:

E pela definição , x é o simétrico de x ou seja, x = (x’)’.

c) Para provarmos que ’ é o simétrico de devemos mostrar que:

De fato, temos:

] ]

(2) Analogamente. #

Por indução, pode-se generalizar a propriedade C): se , São elementos de E,


então ( )’= ,

Notação: conjunto dos simetrizáveis

Se * operação sobre E com elemento neutro e, indica-se por (E) o conjunto dos
elementos simetrizáveis de E para a operação *.
(E)={ | }

Exemplos:

{ }

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
{ }

{ | }

{ }

Podemos notar que , Pois necessariamente e uma vez que

3.5. Elementos regulares


Definição: Seja * uma operação sobre E Dizemos que um elemento a E é regular (ou
simplificável ou que cumpre a lei do cancelamento) à esquerda em relação à operação *
se, para quaisquer tais que , vale
Dizemos que um elemento a E é regular (ou simplificável) à direita relativamente à
operação * se, para quaisquer tais que , vale Se a E é
um elemento regular à esquerda e à direita para a operação * dizemos simplesmente que
o é regular para essa operação.
Exemplos:

1) é regular para a adição em N, pois:

Quaisquer que sejam

2) 3 é regular para a multiplicação em . pois:

Quaisquer que sejam

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
3) 0 Não é regular para a multiplicação em , pois:

4.) ( ) é regular para a adição cm , pois:

Se ( ) ( ) ( ) ( ) então ( )=( )

e dai de onde ( ) ( ).

Proposição : Se a operação * sobre E é associativa, tem elemento neutro e


e um elemento simetrizável, então a é regular.

Demonstrações

Sejam elementos quaisquer de E tais quo e

Da primeira dessas hipóteses, segue que Daí,


considerando-se a associatividade, , ou seja,

De onde, . Analogamente se prova que, se então .


Portanto, a é regular.

Notação: conjunto dos regulares

Sendo * uma operação sobre E, indica-se com o conjunto dos elementos


regulares de E para a operação *.

Exemplo :

( )
3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Podemos notar que, se * tem elemento neutro , então e, portanto,

Podemos notar também que, se * é associativa e tem elemento neutro então


Conforme mostrou a proposição.

3.6. Propriedade distributiva


Como é do nosso conhecimento que a distribuitividade de duas operações binárias, em
que a ordem em que as são efectuadas pode, de certa forma, ser trocada.

Definição: Sejam * e duas operações sobre E Dizemos que é distributiva à


esquerda relativamente a * se:

Quaisquer que sejam

Dizemos que é distributivo à direita relativamente a * se;

Quaisquer que sejam Quando A é distributiva à esquerda e à direita de 1c


dizemos simplesmente que A é distributiva relativamente a .
Exemplos:
1) A multiplicação em é distributiva em relação à adição em , pois:

Quaisquer que sejam .

2) A multiplicação em é distributiva em relação à adição em pois;

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Quaisquer que sejam .

3) Em , a potenciação é distributiva à direita em relação à multiplicação,

Quaisquer que sejam .

Entretanto, a potenciação em não ê distributiva à esquerda em relação à


multiplicação, pois, por exemplo:

5. Parte fechada para uma operação

Definição. Dizemos que A é uma parte de E, fechada para a operação * ou,


simplesmente, que A é fechado para a operação *, se, e somente se, vale o seguinte:

Neste caso, a operação *, definida em E, também é uma operação definida em A. Essa


operação, definida em A , é chamada restrição de * ao conjunto A .

Exemplo 1. O subconjunto A = {-1, 0, 1}, do conjunto Z, dos números inteiros, é


fechado para a multiplicação de números inteiros.

Exemplo 2. O subconjunto E = {1, i, -1, -i}, do conjunto C, dos números complexos, é


fechado para a multiplicação de números complexos.

Exemplo 3 :

o conjunto é uma parte fechada para adição e a multiplicação em pois :

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.
Quaisquer que sejam

Exemplo 4:

o conjunto é uma parte fechada para de para a adição e a multiplicação em pois

Quaisquer que sejam

Exemplo 5:

O conjunto é uma parte fechada de para operação de multiplicação em , pois:

Quaisquer que sejam

3. Referencias Bibliográficas
1. Domingues, H., & Iezzi, G.(1979) Álgebra Moderna. São Paulo, Actual.
2. Sá, Pedro. (2011) Universidade do estado do Pará departamento de matemática,
estatística e informática licenciatura em matemática
3. Vasconcelos, Cleiton . (2019) Batista, Estruturas algébricas 1º ed.

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