Você está na página 1de 28

Alex Monito Nhancololo

Benedito Jeremias Nhatsolo

Dalila Pedro Cossa

Donaldo Daniel Quissico

Edialésio Refinaldo Sumbe

Lodovina Nazário Maússe

Funções Eulerianas

Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações à Estatística

Universidade Save
Sede
2020
Alex Monito Nhancololo

Benedito Jeremias Nhatsolo

Dalila Pedro Cossa

Donaldo Daniel Quissico

Edialésio Refinaldo Sumbe

Lodovina Nazário Maússe

Funções Eulerianas

Trabalho prático elaborado no âmbito de


leccionação Virtual da cadeira de Análise
Harmónica, para efeitos de Avaliação, sob
orientação do docente:

MSc. André Silvestre Cuinica

Universidade Save
Sede
2020
Índice
1.0 Introdução............................................................................................................................3
1.1 Objectivos.........................................................................................................................3
1.1.1Geral............................................................................................................................3
1.1.2 Específicos..................................................................................................................3
1.2 Metodologias.....................................................................................................................3
2.0 Funções Eulerianas...............................................................................................................4

2.1 Função Gama (n) ...........................................................................................................4


2.1.1 Estudo da Convergência da Função Gama.................................................................4
2.1.2 Propriedades da Função Gama...................................................................................6
2.1.3 Demostração das propriedades...................................................................................6
2.1.4 Valores Especiais da Função Gama.........................................................................10
2.1.5 Relações entre Funções Gama..................................................................................10
2.1.6 Exercícios Resolvidos..............................................................................................10
2.1.7 Exercícios Propostos................................................................................................15
2.2 Função Beta β (m , n).......................................................................................................16
2.2.1 Definição..................................................................................................................16
2.2.2 Critério de Convergência da Função beta.................................................................16
2.2.3 Alguns Resultados Importantes................................................................................16
2.2.4 Definição de recorrência...........................................................................................17
2.2.5 Aplicação das Funções Eulerianas...........................................................................17
2.2.6 Exercícios Resolvidos..............................................................................................17
2.2.7 Exercícios Propostos sobre Função Beta..................................................................20
3.0 Conclusão............................................................................................................................21
4.0 Referencias Bibliográficas..................................................................................................22
5.0 Apêndice: Nota Histórica das Funções Eulerianas.............................................................23
5.1 Breve historial do Leonhard Euler..................................................................................23
5.2 Nota Histórica da Função Beta.......................................................................................24
3

1.0 Introdução

1.1 Objectivos

1.1.1Geral

1.1.2 Específicos

1.2 Metodologias
2.0 Funções Eulerianas

O nome Funções Eulerianas é em homenagem ao grande Matemático Suíço Leonard Euler


(1707-1783), que contribuiu baste para a descoberta das mesmas.

Funções Eulerianas são dois tipos de integrais impróprios também designados de Função

Gama (n) e Função Beta (m; n) respectivamente, (LARA, 2013, p.151).

2.1 Função Gama (n)


Definição: Seja, n um parâmetro qualquer, a integral imprópria em (1) chama-se Função

Gama (n) de parâmetro n e representa-se por:


x
n 1
 ( n)   e  x dx (1)
0

2.1.1 Estudo da Convergência da Função Gama


x
n 1
 ( n)   e  x dx
do a função gama definida por: 0

Da

O expoente n pode assumir três possíveis valores se:

a) Para n  1

1a Fórma : n  1, k > 0 : n < k, torna n Finito


Seja x  x
2

- x   2x Multiplica ndo tudo por ()


 2x
ex  e Aplicando euler (e) em todos membros temos
 2x
e  x  x n 1  e  x n 1  n  1 Aplicando x n 1 em todos membros temos
  
 2x
 e  x dx   e Aplicando  em todos membros temos
x n 1
 x n 1 dx
0 0 0
 
 x n 1 dx  2 k n  ( k  1)!  e 2 dx
x
e
x
Para n < k (Finito)
0 0

e
x
 x n 1 dx  2 k 1 n  (k  1)!
0
5

e
x
 x n 1 dx
Logo para n finito a integral 0 é convergente

2 a Forma : x > 0, r > 0 que para n  1, a funcão f ( x)  e  x  x n 1 , é contínua em [0; x],


 2x
vide que lim e  x n 1  0,
x 
 2x
Então x  r , r > 0: e  x n 1 < 1
x  2x
Seja e  x  x n 1  e 2 (e  x n 1 )
 2x
e  x  x n 1 < e
  
 2x
 e  x dx <  e Aplicando  em todos membros temos
x n 1
 dx
0 0 0

e
x
 x n 1 dx < 2
0

Por tan to conclui  se que  e  x  x n 1 dx é convergente
0

b) Para0< n<1
∞ 1 ∞

∫ e−x ∙ x n−1 dx=¿∫ e−x ∙ x n−1 dx +¿ ∫ e− x ∙ x n−1 dx ¿ ¿


0 0 0

Sabe-se que integral∫ e ∙ x


−x n−1
dx é convergente. Todavia falta verificar a convergência da
1

integral ∫ e ∙ x dx para x ∈[0 ; 1]


−x n−1

e− x ∙ xn−1 ≤ x n−1
1 1

∫e ∙x−x n−1
dx ≤∫ x
n−1
dx Aplicando o integralem ambos membros
0 0

∫ e−x ∙ x n−1 dx ≤ 1n
0

1 ∞

Como a integral ∫e −x
∙x n−1
dx também converge, implica que ∫ e−x ∙ x n−1 dx será convergente
0 1

para 0< n<1.


c) n ≤ 0
Assumindo n ≤ 0 →n−1<0 ( ou 1−n>0 ) , pelo critério da Comparação
6

−x n−1 n−1
e ∙x ≤x
∞ ∞

∫e ∙x −x n−1
dx ≤∫ x
n−1
dx
0 0

∞ 1 ∞

∫e −x
∙x
n−1
dx ≤∫ x
n−1
dx+∫ x
n−1
dx
0 0 0

1 ∞

A integral ∫ x dx=+∞ para n≤ 0 Isto é pelo critério da comparação a integral ∫ e ∙ x


n−1 −x n−1
dx
0 0

divergirá para n ≤ 0

2.1.2 Propriedades da Função Gama

P1: (n) é convergente para qualquer n> 0

P2: Para qualquer ∀ n ∈∈, n>0 , ( n  1) = n  ( n)  n!



0< n<1 ( n)  (1  n)  sen( n   )
P3: Para qualquer ,
(n  1)
Para qualquer n< 0, n  (n)  n
P4:
P5: ∀ n ∈∈, (n) = (n-1)!

P.6: (n) = (n-1)  (n  1)

Gráfico da Função Gama


7

Figura 1. 1: Gráfico da Função Gama


Fonte: Coleção Schaum, 2012, p.157
2.1.3 Demostração das propriedades Seja
u  x n 1  du  (n  1)  x n  2 dx
a) P1: (n) é convergente para qualquer n> 0

x  log un 1  du  (n  1)  (log un 1 ) n  2 dx
 (n)   x n 1  e  x dx dv  e  x dx  v   dv   e  x dx  e  x  c
0
 b b

 x  e dx  lim  u dv  lim v  u 0  lim  v  du


n 1 x b

0 b  0 b  b  0

 b

 x  e dx  lim  e  x 0  lim   e  (n  1)  x dx
n 1 x x n 1 x n 2 b

0 b  b  0

 b

 x  e dx  lim  e  x 0  (n  1)  lim  e  x dx
n 1 x x n 1 x n 2 b
 (1)
0 b  b  0

 b

lim  e  x n 1 0  ( n  1)  [( e  x  x n  2 )  lim   e  x  ( n  3)  x n 3 dx
b
x
n 1
 e  x dx  x

0 b  b  0
 b

lim  e  x n 1 0  ( n  1)  [( e  x  x n  2 )  ( n  3)  lim  e  x  x n 3 dx ]
b
x
n 1
 e  x dx  x

0 b  b  0
b b

lim  e 
b
se n  1, pela ( p.1.a ) tem  se : lim  x 11
e x
dx  1
x 11
0  (1  1)  lim  e  x  x 1 2 dx
b  0 b  b  0
 b b
1
lim  e 
b
x
0
e x
dx  1
x 0
0
 0  lim  e x
x 1 2
dx  lim  e
x
dx  lim[   x ] b0
0 b  b  0 b 0 b  e
b
1 1 1
e lim[ e lim (0  1)  1
x
dx  b
 ]  (1.a )
0 b  e0 b
8

Como o integra converge então (n) é convergente para qualquer n> 0, pelo teste e integral

b) P2: Para qualquer n> 0, ( n  1) = n  ( n)  n !

Substituindo na integral (1), n por n+1


 b
 (n  1) =  x n 11  e  x dx  lim  e  x  x n 11 0  (n  1  1)  lim  e  x  x n 1 2 dx
b

0 b b 0
 b
 (n  1)   x n  e  x dx  lim  e  x  x n 0  n  lim  e  x  x n 1dx
b

0 b b 0
 b
1 1
 (n  1)   x n  e  x dx  [lim(  x
 x   x  x 0 )]  n  lim  e  x  x n 1dx
0 b e e b  0
 b
 (n  1)   x n  e  x dx  lim 0  n  lim  e  x  x n 1dx
0 b b  0
 b
 (n  1)   x n  e  x dx  0  nlim  e  x  x n 1dx Substituindo b por , resultará na
0 b 0

 
(n  1)   x n  e  x dx  n   e  x  x n 1dx
0
0    
(n)

(n  1)  n  (n) (1.b)


NB:
Por recorrênci a : Se n for igual 1;2;3;4;5;6...; n na equacão (1.b) respectiva mente tem  se
n  1 : (1  1)  1 (1) pela (1.a ) (1)  1  (2)  1 1  1
 (1)

n  2 : (2  1)  2  (2) pela (1.b) (2)  1  (3)  (3  1)  2  1  2


n  3 : (3  1)  3  (3) pela (1.b) (3)  2  (4)  (4  1)  (4  2)  3  2 1  6
(2)

n  4 : (4  1)  4  (4) pela (1.b) (4)  6  (5)  (5  1)  (5  2)  (5  3)  4  3 2  1  24


 (4)


n  n : (n  1)  n  (n)  n  (n  1)  (n  2)  (n  3)    4  3  2  1  n!

Logo (n  1)  n  (n) =n!


0< n<1 (n)  (1  n)  sen ( n   )
c) P3: Para qualquer ,
1 1
n : n
Se 2 Substituindo n por 2 tem-se:
9

1 1 1 1 1
 ( )   (1  )  ( )   ( )   2 ( ) (1.b.1)
2 2 2 2 2
1
n :
Como 2 Pela integral (P1) tem-se
 1  1
1 1 
x x
x
( )  2
 e dx  2
 e  x dx (1.c )
2 0 0
2
Seja: x=r , obtém-se
dx=2rdr , e substituindo na função gama (1.c) obtém-se
∞ −1 ∞ −1 ∞ ∞

∫x ∙ e ∙ dx=2∫ e ∙(r ¿¿ 2) ∙ r ∙ dr =2∫ r ∙ r ∙ e ∙ dr =2∫ e


2 2 2
2 −x −r 2 −1 −r −r
∙ dr ¿
0 0 0 0

∞ ∞

∫e dx =∫ e
2 2
−x −y
Seja dy =2∙
0 0

( )
2 ∞ ∞ 2 ∞ ∞
 1 
2  ( 2 ) ¿ ∫ e dx →= ∫ e dx=∫ e dx ∙2∫ e dx
2 2 2 2
−x −x −x −x

0 0 0 0

2
 1  ∞ ∞ ∞ ∞
2  ( 2 ) ∙∫ e dx ∫ e dy ∙∫ ∫ e
2 2 2 2
−x −y −(x +y )
dxdy (1. d)
=4 0 0 =4 0 0

1.d) é integral dupla facilmente calculada em coordenadas polares:

{
x=r ∙ cos (φ)
Onde
x 2 + y 2=r 2 x=∞, ∞=r ∙ cos ( φ ) x=∞, ∞=cos(φ) {
y=r ∙ sen ( φ ) → se x=0 , 0=r ∙ cos ( φ ) ↔ x =0 , 0=cos ( φ ) ↔
{
dxdy=rdrd φ

{
π
r =0 e φ= se x=0
2
r=∞ e φ=0 , comolimite máximoé 1
π π π
2 2 ∞ 2 b 2
 1 
=∫ ∫ e rdrdφ=∫ dφ ∫ e rdr=∫ dφ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿ ¿
2  ( 2 )
2 2
−r −r
 
0 0 0 0 0

  
2 2 2
1 2 1 2 1 1
   d . lim[e r ]b0     d . lim[e ( b )  e 0 ]     d  lim[ b 2  1]
 1 
2 2 0 b  2 0 b  2 0 b 
e  
2  ( 2 ) 
  =  1
10

0
1 1 1   
  (1)  d         0 
2 0
 1  2 2 2 2  4
 2   ( )
2  =
 2
2

2
 1  2 1  2 1  2 1
2  ( 2 )    4   ( 2 )  4   ( 2 )  4  4     ( 2 )  
1
( )   ( 2)
2
1 
( n)  (1  n) 
Substituindo n por 2 em ambos membros sen ( n )
2
 1   
 2  ( 2 )   sen (n   )    
 
sen ( )
Tem-se: (1.b.1) = sen ( n  )  2
(n  1)
n< 0 n  (n) 
d) P4: Para qualquer , n
1
(  1) 1
−1
2   ( )
n= 1 2 ,
2 
n  (n)   2
1
então n  (n)  2
Para

Substituindo, pelo valor de (2) na função gama



,  n   ( n )  2 
n  (n)  1
2

Obs: A noção e factorial nos guia para a informação sobre uma função gama com parâmetro

n+1, em mais de um caminho.

No século XVIII, Sterling apresentou uma fórmula para qualquer parâmetro inteiro positivo.

2  n n 1  e  n
lim ( 2.1)
n  n!

Por consequência da fórmula de Sterling, para valores suficientemente grandes


2  n n1  e  n
n! (n  1) 
n! (2.2)

2.1.4 Valores Especiais da Função Gama

1 1  3  5 ( 2n  1)
n  IN  : (n  ) 
2 2n (2.2)
11

1 ( 1)  2 n  
n  IN  : (-n  )
2 1  3  5  ( 2n  1) (2.3)

2.1.5 Relações entre Funções Gama


1
2 2 n 1 (n)(n  )   (2n) (2.4)
2 é Chamada Fórmula de Duplicação
(n -1 )
1
1 2 n 1  nk
 (n)  (k  )  (k  )  (k  )  n2  (2 ) 2
 (nk) (2.5)
n n n
1  2  3 k
 (n  1)  lim kn
k  ( n  1)( n  2)  ( n  k ) (2.6)
n
1 
 n 
(n)
 ne n  1   e k
n 1  k

1
Obs. A função n  esta definida para todo n  R e se anula nos pontos 0,  1,  2, ...... pois
n  é infinita. Em outras palavras a singularidade que a função teria nos pontos pode ser
1
0  f ( n) 
removida pondo o valor da função como sendo n 

Figura 1. 2: Função inversa da função Gama


Fonte: Colecção Schaum, 2012
2.1.6 Exercícios Resolvidos
Determine a convergência das seguintes séries aplicando as propriedades da função gama, e
calcule o respectivo integral caso convirjam.
12


a ) x 3  e  x
0

b) x 3  e  2 x
0

c ) x 3  e 9 x
0

d ) x 4  e  x
2

0

e)  x  e  x
0

Resolução

a¿∑ x ∙e
3 −x


Esta série pode ser transformada na forma de função gama em ∫ xn −1 ∙ e−x e fica :
0

n−1=3 → n=4 , como n>0 então a integral converge .

Como a integral converge então vamos calcular o integral .Como n∈∈, então pela

propriedade 5 da função gama temos : (n)   x  e  (n  1)!


n 1 x

x
n 1
 ( n)   e  x dx
que 0

Sabe-se

Então no nosso integral tem-se.


∞ ∞

∫x 3
∙e dx =∫ x
−x 4−1 −x
∙ e dx
0 0

x
4 1
 ( 4)   e  x  ( 4  1)!
0

x
3
 ( n)   e  x  3!
0
13

x
3
 ( n)   e  x  3  2 1
0

x
3
 ex  6
0


b)  x 3  e  2 x
0


Esta série pode ser transformada na forma de função gama em ∫ xn −1 ∙ e−x e fica :
0

∫ x −2−1 ∙e− x dx , onde n=−2<0 logo pela condiçãode convêrgencia da alinea c ¿ ¿o integral não
0

é convergente, consequentemente a série também não converge.



c ) x 3  e 9 x
0


Esta série pode ser transformada na forma de função gama em ∫ xn −1 ∙ e−x e fica :
0

∞ ∞ 3 ∞ 3

∫ √x ∙ e 3 −9 x
dx=¿ ∫ x ∙ e 2 −9 x
dx=∫ x ∙ e
2 −9 x
dx ¿ Apesar de ter se transformado esta não
0 0 0

assemelha-se à função gama, como n>0 então converge, logo vamos calcular o integral
∞ 3 ∞ u 1
∫x 2
∙e
−9 x
dx=∫ ¿ ¿ ¿ Seja u=9 x; x= , du=9 dx →dx = du
9 9
0 0


1
¿
90
∫¿¿
3
∞ 2❑ ∞ 3
1 u 1 3 2 3 3 2 5
9∫ ∫ u 2 ∙ e−u du,
−u
∙ e du= n−1= , n− = , n= + =
0
27 9 ∙ 27 0 2 2 2 2 2 2
∞ 3
1 ( 52 )
∫x 2
∙ e−9 x dx=
9 ∙ 27
0

1 1  3  5 (2n  1)
n  IN  : (n  )  
Sabe-se pela relação de função gama que 2 2n
1 5 5 1 4
n+ = , n= − = =2
2 2 2 2 2
14

∞ 3 (2n  1)
1 ( 5 )  1 ∙ 
∫ x2∙e −9 x
dx=
9 ∙ 27
2
9 ∙27 2n
0

∞ 3 (2  2  1) ( 4  1)
1  1 
∫ x2∙e −9 x
dx=
9 ∙ 27
∙ 2 2
= 9 ∙27
∙ 22
0

∞ 3 3
1 
∫x2∙e −9 x
dx =
243
∙4
0

∞ 3 3

∫x2∙e −9 x
dx = 972
0

∞ 3 
∫x 2
∙e
−9 x
dx=¿ 324
0


d ) x 4  e  x
2


Esta série pode ser transformada na forma de função gama em ∫ xn −1 ∙ e−x e fica :
0
du du
Seja u=x , x=√ u du=2 xdx , dx=
2
=
∞ 2 x 2 √u
∫ x 4 ∙ e−x dx,porém não está na forma da função gama.
2

∞ ∞ ∞ ∞ ∞ 1 ∞ 4 1 ∞
du 1 du 1 2− 1 − 1
∫ x 4 ∙ e−x dx=∫(x ¿¿ 2)2 ∙ e−x dx=¿ ∫ u2 ∙e−u ∙ = ∫ u 2 ∙ e−u ∙ 1 = ∫ u 2 ∙ e−u ∙ du= ∫ u 2 2 ∙ e−u ∙ du= ∫
2 2

0 0 0 2 √ u 2 0 2 0 2 0 20
u2
3 5
logo a integral obtida pode ser reduzida à forma da função gama, vide que n−1= , n= .
2 2
∞ 5
1 −1 5
Contudo a integral fica:
20
∫ −u
u 2 ∙ e ∙ du , como é maior que zero então a integral converge,
2
consequentemente a série também converge, faltando apenas determinar o integral

1 1  3  5 (2n  1)
n  IN  : (n  )  
Sabe-se pela relação de função gama que 2 2n
1 5 5 1 4
∞ 3 (2n  1) n+ = , n= − = =2
1 1 5 1  2 2 2 2 2
20
∫ u 2 ∙ e du= ( 2 ) 
−u
2 9 ∙27
∙ 2n
15

∞ 3 (2  2  1) (4  1)
1   
20
∫ u 2 ∙ e−u du= 12 ∙ 2 2
22

∞ 3 3
1 1 
20
∫ 2 −u
u ∙ e du= ∙ 4
2

∞ 3 3
1 
20
∫ 2 −u
u ∙ e du= 8

∞ ∞ 3 3
1 
∫x ∙e ∫
2
4 −x 2 −u
dx= u ∙ e du=¿ 8
0 20

∫ x 4 ∙ e−x dx=¿
2


e) x  e  x
0


Esta série pode ser transformada na forma de função gama em ∫ xn −1 ∙ e−x dx e fica:
0

∞ ∞

∫ x ∙ e dx=¿ ¿
−x
∫ x 2−1 ∙ e− x dx , onde n=2> 0 então o integralconverge , falta calcular o próprio
0 0

integral.

(n) = x n−1 ∙ e− x dx

0

∞ ∞
(2) = x 2−1 ∙ e− x dx = x ∙ e−x dx
∫ ∫
0 0


(2) = x ∙ e−x dx

0

Sabe-se de P2: Que Para qualquer ∀ n ∈∈, n>0 ,  ( n  1) = n   ( n)  n!

Então n  (n)  n! (n) 


n!
n

(2) = 2! = 2 ×1 = 2 =1
2 2 2
16

∫ x ∙ e−x dx = (2)
0

∫ x ∙ e−x dx=1
0

2.1.7 Exercícios Propostos


Determine a convergência das seguintes séries, pelo teste de Integral aplicando as
propriedades da função gama.
17

 3
a ) x 2  e 9 x
0

b)  x  e  3 x
0

1  ex
c )
0 x

d ) x m  e ax 
n

0

x p 1
e)
0 1 x

cos( x)
f )
0 xp

2) Usando o conhecimento adquirido nos semestres anteriores em diversas cadeiras de


cálculo, resolva os mesmos exercícios acima resolvidos aplicando a integração por
partes, ou outro critério a sua escolha e confirme a veracidade das soluções dos
mesmos obtida aplicando conhecimentos da função gama. Eis os exercícios abaixam:

a ) x 3  e  x
0

b ) x 3  e  2 x
0

c ) x 3  e 9 x
0

d ) x 4  e  x
2

0

e)  x  e  x
0
18

2.2 Função Beta β ( m , n )


2.2.1 Definição
Em matemática, a função beta, também chamada de integral de Euler de primeiro tipo ou
função Euleriana, é a função definida pela integral definida por:

β ( m , n )=∫ x (1−x ) dx
m−1 n−1
(3.0) de parâmetros m e n.
0

2.2.2 Critério de Convergência da Função beta


Seja a função Beta definida em 3, então:

a) Se m>1 e n>1 a integral (3.0) é própria convergente.


b) Se 0 ˂ m˂1 ou 0 ˂n ˂ 1, esta integral é impropria convergente.

2.2.3 Alguns Resultados Importantes


β ( m, n )= β ( n , m ) (3.1)

m  n  π
2
m  n  = 2 (senθ )2m −1 ∙ ( cosθ )2 n−1 dθ (3.2)

0

∞ m−1
t
β ( m, n )=∫ m+n
dt (3.3)
0 ( 1+ t)

∞ m−1 n−1
t (1−t)
n
β ( m, n )=r (r +1)
m
∫ (r +t )
m+n
dt (3.4)
0

β ( x , y )=β ( x , y+ 1 )+ β ( x+ 1 ) ; (3.5)

x
β ( x +1 , y )=β ( x , y ) . (3.6)
x+ y

y
β ( x , y+ 1 )=β ( x , y ) . (3.7)
x+ y
19

2.2.4 Definição de recorrência


1. Cálculo directo
(n  1)!
 m, n   n 1

 m  i 
i 0

2. Função beta em relação a função gama


m   n 
 m, n  
 m  n 

3. Relação dos complementos se m  n  1, com 0  n  1 m  1  n, entao


1  n   n  
 m, n    (1  n, n)   (1  n)   (n) 
1  n  n  sen n 

2.2.5 Aplicação das Funções Eulerianas


As funções Eulerianas podem ser aplicadas para o cálculo da densidade de uma variável
aleatória

Se X é uma distribuição beta com parâmetros m e n, a sua função densidade de probabilidade


é obtida recorrendo à fórmula.

 ( m  n)
Se X ~  m, n   f ( x )   x m1  (1  x) b 1 , 0  x 1, m, n  0
 ( m )   ( n)

2.2.6 Exercícios Resolvidos


1.Resolva os seguintes integrais definidos aplicando as propriedades da função Beta e Gama
(se necessário).
1
a ¿ ∫ x (1−x) dx
2 3

π
2

b ¿ ∫ sen(θ)∙cos ⁡(θ)dθ
0

1
c ¿∫ x ∙ √ ( 1− x )3 dx
0
20

π
2
d) ∫ cos (θ)2 dθ
0

e) Determine a função densidade de uma variável aleatória com distribuição beta:  6, 2 

Resolução
1
a ¿ ∫ x (1−x) dx ,
2 3

Como o integral está na forma de uma função β ( m , n )=∫ x


m−1 n−1
(1−x ) dx , resta nos
0

determinar os valores de m e n, e proceder cm os cálculos.


1 1
a ¿ ∫ x (1−x) dx=β ( 3 , 4 )=∫ x 3−1 (1−x)4 −1 dx ,onde m e n são respectivamente 3 e 4.
2 3

0 0
m   n 
 m, n  
que: m  n 

Sabe-se da relação entre função gama e beta

1 3  4 ( n)  ( n  1)!


β (3 , 4 )=∫ x dx = 3  4
3−1 4−1
(1−x )
0

1 3  4
∫ x (1−x ) dx = 3  4
2 3

1 (3  1)!(4  1)!
∫ x (1−x ) dx = 3  4  1!
2 3

1 2!3!
∫ x (1−x ) dx = 6!
2 3

1 2  1  3!
∫ x
2
(1−x )
3
dx = 6  5  4  3!
0

1 1
∫ x (1−x ) dx = 6  5  2
2 3

1 1
∫ x (1−x ) dx = 60
2 3

0
21

m  n  π
2
π
m  n  = 2 (senθ )2m −1 ∙ ( cosθ )2 n−1 d θ
2 ∫
b ¿ ∫ sen(x )∙ cos ⁡( x) dx 0
0
π
2
2 m−1=1 , 2 m=2 ,m=1
2∫ senθ ∙ cosθ d θ=¿
0
π
2

∫ senθ ∙ cosθ d θ=¿


0
π
2

∫ senθ ∙ cosθ d θ=¿


0
π
2

∫ senθ ∙ cosθ d θ=¿ ¿


0
π
2

∫ senθ ∙ cosθ d θ= 12
0

1 1 3
2 m−1=1 , 2 m=2 ,m=1
c ¿∫ x ∙ √ ( 1− x ) dx=∫ x ∙ ( 1−x ) dx
3 2

0 0

m   n  1  54  (n) = (n-1)  (n  1)


1
 
∫ x ∙ √( 1−x ) 3
m  n  1  54 
0

∫ x ∙ √( 1−x )3=¿ ❑1 =¿
0
1

∫ x ∙ √( 1−x )3= 45
0

π π
1
2 2
2 m−1=0 ,2 m=1 , m=
d) ∫ cos (θ) d θ = ∫ sen(θ) ∙ cos(θ) d θ
2 0 2 2
0 0
3
2 n−1=2 ,2 n=3 , n=
π m   n  2
2
m  n 
2∫ cos(θ) d θ
2

0 =
22

π 12    32 
2

∫ cos (θ)2 d θ = 2  2  2 


3 1

π    32  132  1    32  22  32  22    12 12    12  


2   
∫ cos (θ)2 d θ = 2  2  2 2 2
0

π   12 
2 
∫ cos (θ)2 d θ=¿ 2 = 4

e) Determine a função densidade de uma variável aleatória com distribuição beta:  6, 2 

( m  n)
Se X ~  m, n   f ( x)   x m1  (1  x) n 1 , 0  x 1, m, n 0
que  ( m)   ( n )
Sabe-se

Onde m e n são respectivamente iguais a 6 e 2


 ( m  n)
f ( x)   x m1  (1  x) n 1
 ( m)   ( n )
(6  2)
f ( x)   x 61  (1  x) 21
(6)  (2)
(8)
f ( x)   x 5  (1  x )
(6)  ( 2)
(8  1)!
f ( x)   x 5  (1  x)
(6  1)!(2  1)!
7! 5 7  6  5! 5
f ( x)   x  (1  x )  x  (1  x )
5!1! = 5!1!  7  6  x 5  (1  x)
f ( x)  42  x 5  (1  x)

2.2.7 Exercícios Propostos sobre Função Beta


1. Aplicando os conhecimentos adquiridos no estudo da função Beta, e gama (se
necessário), resolva s seguintes integrais.
1
x4
a ¿∫ −3
dx
0 (1−x )

π
2

b ¿ ∫ sen(δ )11 ∙cos ⁡(δ)7 dδ


0
23

1
c ¿∫ x ∙ (1−x ) dx
3

π
2
d) ∫ d∅
0 cos (∅)−8

2. Numa fábrica de máquinas impressoras, a esperança de funcionamento a longo prazo tem


uma distribuição descrita pela densidade de probabilidade f ( x )=0,002∙ e−0,002 x , x ≥ 0 , onde x é
medido em dias.

a) Qual é a probabilidade de as máquinas funcionarem menos de 5 anos?

b) Qual é a probabilidade de as máquinas funcionarem após de 5 anos?


24

3.0 Conclusão
25

4.0 Referencias Bibliográficas

ÁVILA, G. S. Introdução à Análise Matematica ., (2ed. ed.), São Paulo: Blucher, 1999

ÁVILA, G. S. Cálculo das funções de uma variável (Vol. 2).,Rio de Janeiro: LTC Editora.
2004.

JUNIOR Oldemir Brill..Integral imprópria e Funções Eulerianas.,Campo Mourão, 2010.

LARA Idemauro António Rodrigues..Cálculo Diferencial e Integral., Piraciba SP, 2013

SPIEGEL R.M..Análise de Fourier.Schaum., McGraw-Hill, são Paulo


26

5.0 Apêndice: Nota Histórica das Funções Eulerianas


5.1 Breve historial do Leonhard Euler
Matemático suíço, que viveu entre 1707 e 1783. Euler apresentou uma valiosa contribuição
para o uso da geometria das coordenadas no espaço tridimensional. Este apresentou equações
gerais para três classes de superfícies (cilindros, cones, superfícies de revolução). Euler
escreveu duas notas sobre o sistema de coordenadas polares tão perfeitas e sistemáticas que
por vezes dá-se o nome de “sistema Euler”.
Ao nos referirmos a Leonhard Euler estamos falando do escritor de matemática mais
produtivo de todos os tempos. Com 886 trabalhos publicados, a maioria deles no final de sua
vida, quando já estava completamente cego, Euler foi tão importante não apenas para a
matemática, mas também a física, engenharia e astronomia. Para se ter uma idéia, a Academia
de Ciências de São Petersburgo continuou a publicar trabalhos novos de Euler por mais de 30
anos depois da sua morte.
Entre suas contribuições mais conhecidas na matemática moderna estão: a introdução da
função gama, a relação entre o cálculo diferencial de Leibniz e o método das fluxões de
Newton e a resolução de equações diferenciais com a utilização do fator integrante.
Euler foi o primeiro a tratar seno e cosseno como funções. Devemos a ele as notações f(x)

para uma função, e para a base do logaritmo natural, i para a raiz quadrada de −1,  para a
n
somatória, d y para derivadas de graus elevados, entre muitas outras.
Um acontecimento interessante: Euler foi um cristão por toda a sua vida e frequentemente lia
a Bíblia a sua família. Uma história sobre sua religião durante sua estada na Rússia envolve o
dito filósofo ateu Diderot. Diderot foi convidado à corte por Catarina, mas tornou-se
inconveniente ao tentar converter todos ao ateísmo. Catarina pediu a Euler que ajudasse, e
Euler disse a Diderot, que era ignorante em matemática, que lhe daria uma prova matemática
da existência de Deus, se ele quisesse ouvir. Diderot disse que sim, e, conforme conta De
Morgan, Euler se aproximou de Diderot e disse, sério, em um tom de perfeita convicção: “
a  bn
x
n , portanto, Deus existe”. Diderot ficou sem resposta, e a corte caiu na gargalhada.
27

5.2 Nota Histórica da Função Beta


Gabriele Veneziano (Florença, 7 de Setembro de 1942) é um físico teórico italiano. Era
pesquisador do CERN no ano de 1968, onde estudava certas propriedades da força nuclear
forte. Até então viera trabalhando nesse problema quando descobriu que a função beta de
Euler servia para descrever muitas propriedades das partículas sob a influência da força
nuclear forte. Entretanto, a explicação por que a função beta servia tão bem só foi descoberta
dois anos depois, em 1970, pelos trabalhos de Leonard Susskind, da Universidade de
Stanford, de Holger Nielsen, do Instituto Niels Bohr, e de Yochiro Nambu, da Universidade
de Chicago, dando uma explicação em função da hipótese que veio a ser a origem da teoria
das cordas.

Você também pode gostar