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ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOANE

Ficha de apoio teórica- 12ª classe

Unidade temática: Função real de Variável Real


Tema: Limites de uma função num ponto
1. Noção intuitiva de limite de uma função;
2. Operações com limites de funções;
3. Limites laterais;
4. Continuidade de funções;
5. Cálculo de assímptotas de funções racionais;
6. Exercícios propostos.

1. Introdução

O conceito de limite é fundamental no cálculo diferencial, um campo da Matemática que


iniciou – se no século XVII sendo bastante produtivo em resultados e aplicações em várias
áreas do conhecimento, como a Física, a Engenharia, a Economia, a Geologia, a Astronomia,
a Biologia, entre outras.
Com o desenvolvimento do cálculo diferencial, matemáticos como Huygens (1629 – 1695),
Newton (1642 – 1727) e Leibniz (1646 – 1716) tiveram papel marcante. Buscando aperfeiçoar
a conceituação de limites, tiveram destaques as contribuições de D’ Alembert (1717 – 1783) e
de Cauchy (1789 – 1857).
Na Matemática actual, as definições de convergência, divergência, continuidade, derivada e
integral estão baseadas no conceito de limite.

Noção Intuitiva de Limites


Exemplos:
a) Considerando uma região quadrada de área igual a 1.

Inicialmente vamos colorir a metade do quadrado.

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Após isso, vamos pintar a metade da região e mais metade do que restou.

Na próxima figura, vamos colorir o que havia sido colorido e mais metade do que restou:

E assim, sucessivamente e indefinidamente, a área da região colorida resultante vai tendendo a 1.


Dizemos, então, que o limite desse desenvolvimento, quando o número de vezes tende ao infinito,
é colorir a figura toda, ou seja, obter uma área colorida igual a 1.

1.1.Definição de limite
Considere uma função f definida para valores de x próximos de um ponto a sobre o eixo x, mas
não necessariamente definida no próprio ponto a. Suponha que exista um número real L com a
propriedade de que f(x) fica cada vez mais próximo de L, quando x se aproxima mais de a. Diz-
se então que L é o limite de f quando x tende para a, que simbolicamente expressa-se por:
lim f ( x)  L .
xa

Obs.: Se não existe um número L com essa propriedade diz-se que não existe lim f ( x)
xa

Teorema da unicidade do limite: O limite de uma função, quando existir, é único.

1.2.Propriedades dos Limites


As propriedades dos limites de funções são as mesmas que o das sucessões com a diferença
que os limites de funções a variável x pode tender a um número real ou infinito.

1.3.Função infinitamente pequena e infinitamente grande


a) Função Infinitamente Pequena (Ou infinitésimo): Se lim f ( x)  0 ou
x a

lim f ( x)  0 quando x  a ou x   , a função f x diz-se infinitamente


x 

pequena ou infinitésimo.

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Exemplo: Seja f x  
2 2 2
quando x   , então lim 3   0 , logo
x  2x  3
3 x   x  2x  3 
f x é uma função infinitamente pequena.

b) Função Infinitamente Grande (Positiva ou negativa): Se lim f ( x)   ou


x a

lim f ( x)   quando x  a ou x   , a função f x diz-se infinitamente


x 

grande (positiva para o limite igual a   e negativa para limite igual a   ).

x3  2 x  3 x3  2x  3  
Exemplo 1: Seja f x   quando x   , então lim    ,
2 x 2 2
logo f x é uma função infinitamente grande positiva.

Exemplo 2: Seja f x   x 3  2 x  1 quando x   , então lim x 3  2 x  1   , logo


x

f x é uma função infinitamente grande Negativa.

2. Operações com limites de funções

As operações com limites de funções são similares com as das sucessões. Por exemplo, a

resolução de limites com indeterminações do tipo e    seguem o mesmo

procedimento.
Portanto, nesse estudo ensinaremos como operar com limites com um novo tipo de
indeterminação.
0
2.1. Limites com indeterminação do tipo
0

Este tipo de indeterminação é comum se verificar quando a tendência da variável é para um


valor real. Para resolver é preciso recorrer a todas as formas de factorização de expressões
racionais, tais como: casos notáveis, evidência por factor comum, factorização do trinómio
quadrado e decomposição de polinómios em factores, que foram leccionadas nas classes
passadas.

Exemplos:

1) Calcular o limite

x 2 16 0
lim  . Para a expressão do numerador, usaremos a diferença de quadrados para
x 4 x4 0
( x4)( x4)
factorizar. lim  lim( x4)  4  4  8
x4 ( x 4 ) x 4

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2) Calcular o limite

x3  1 0
lim  . Para a expressão do numerador, usaremos a factorização por soma de cubos
x 1 x 2  1 0
e no denominador por diferença de quadrados.
( x 1)( x 2  x  1) x 2  x  1 (1) 2  (1)  1 3
lim  lim  
x1 ( x 1)( x  1) x1 x 1 11 2

3) Calcular o limite

x3  x 2 0
lim  . Para a expressão do numerador, usaremos a factorização por evidência do
x0 x2 0
factor comum.

x 2 ( x 1)
lim  lim( x  1)  0  1  1
x0 x2 x0

4) Calcular o limite

x 2  7 x  10 0
lim  . Tanto a expressão do numerador e denominador, usaremos a
x 2 x 2 x  6 0

factorização do trinómio quadrado a( x  x1 )(x  x2 ) .


( x 5)( x 2) x5 25 3
lim  lim  
x 2 ( x 2)( x  3) x  2 x3 23 5

5) Calcular o limite

x 3  3x  2 0
lim  . Tanto a expressão do numerador e denominador, usaremos a
x1 x 4 4x  3 0

factorização por decomposição de polinómios em factores (regra de Ruffini).

( x 1)( x 1)( x 2) x2 1 2 3 1


lim  lim 2  2  
x 1 ( x 1)( x  1)( x  2 x  3)
2 x 1 x  2 x  3 1  2.1  3 6 2

0
2.2.Limites de funções irracionais com indeterminação do tipo
0
Para limites de funções irracionais com este tipo de indeterminação, separaremos em dois
tipos:

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1º: Aquelas em que a variável no radical adiciona ou subtrai uma constante

Exemplos:

1) Calcular o limite
x2 0
lim  . Multiplicaremos o numerador e denominador pelo factor
x 0
x 2  12  12 0

racionalizante de x 2  12  12 que é x 2  12  12 .

x2 x 2  12  12
 lim
x2  x 2  12  12   lim x  2
x 2  12  12 
   12 
lim .
x 0
x 2  12  12 x 2  12  12 x 0
x 2  12 
2 2 x 0 x 2  12  12

 lim
x2  x  12  12   lim x  12  12  
2
2
0  12  12  2 12  2 2 2.3  4 3
x 0 2 x 0
x

2) Calcular o limite

1 x  1 x 0
lim  . Multiplicaremos o numerador e denominador pelo factor
x 0 x 0

racionalizante de 1  x  1  x que é 1  x  1  x .

1 x  1 x 1 x  1 x
 lim
1 x  1 x
 lim
  
1  x  (1  x)
2
 2

lim
x 0 x
.
1 x  1 x x  0 x. 1  x  1  x x  0 
x. 1  x  1  x   
1 x 1 x 2x 2 2 2
 lim  lim  lim   1
x 0 
x. 1  x  1  x 
x0 x. 1  x  1  x  x 0 1 x  1 x 
1 0  1 0 2

3) Calcular o limite

3 5 x 0
lim  . Para este caso, temos duas expressões para racionalizar (numerador e
x4
1 5  x 0
denominador). Multiplicaremos o numerador e denominador pelo factor racionalizante de

3  5  x que é 3  5  x e igualmente multiplicaremos o numerador e denominador

pelo factor racionalizante de 1  5  x que é 1  5  x .

3  5  x 3  5  x 1 5  x
3 2  5  x 2  1  5  x
 
   
lim . .  lim
x 4
1 5  x 3  5  x 1 5  x x4  2

1  5  x . 3  5  x
2


   

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 lim
9  (5  x)1  5 x   lim (4  x).1  5 x   lim  ( x  4).1  5  x    1  54 1
x4
1  (5  x).3  5  x (4  x)3 
x 4
5  x ( x  4)3  5  x 
x4
3 54 3

4) Calcular o limite

3
1 x  3 1 x 0
lim  . Faremos uma transformação no numerador para encontrar o seu
x 0 x 0
factor racionalizante. Elevemos os dois termos a 3 e teremos diferença de dois cubos:

 1 x    1 x    1 x 
3
3
3
3
3 3
1 x 
3
(1  x) 2  3 (1  x)(1  x )  3 (1  x) 2 
1  x 1  x   1 x 
3 3
1 x 
3
(1  x) 2  3 1  x 2  3 (1  x) 2 
Isolando 1  x  1  x , teremos
3 3

2x
 3 1 x  3 1 x
3
(1  x)  1  x  (1  x)
2 3 2 3 2

Então substituiremos o numerador pela expressão encontrada na transformação.

2x 0 2
lim
x 0 3
 (1  x) 2
 3 (1  x 2  3 (1  x) 2 .x  
0
 lim
x 0 3
(1  x) 2  3 (1  x 2  3 (1  x) 2

2 2
Substituindo o x por zero   .
3
(1  0) 2  3 (1  0 2  3 (1  0) 2 3

2º: Aquelas em que a variável no radical, aparece isolada.

Exemplos:

1) Calcular o limite
x 1 0
lim  . Faremos uma substituição do radical que contém a variável por uma letra
x 1 x 1 0
qualquer.

Seja: x  t  x  t 2 . Feito isso, procuraremos uma tendência para a nova variável t . Sendo

que x  t e x 1 , 1  t  t  1 . Teremos um limite com uma nova tendência onde

substituiremos x por t e x por t 2 .Assim o limite será escrito desta forma:

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t 1 0
lim  . Esse limite é matematicamente equivalente ao 1º e consideravelmente mais
t 1 t2 1 0
simples de resolver. Usando a diferença de quadrados no denominador, temos:
t 1 1 1 1
lim  lim   .
t 1 (t  1)(t  1) t 1 t  1 11 2

2) Calcular o limite
x 8 0
lim 3  . Procederemos como no 1º exemplo.
x 8 x 2 0

Seja: 3
x  t  x  t 3 . Feito isso, procuraremos uma tendência para a nova variável t .

Sendo que 3
x  t e x 8 , 3
8  t  t  2 . Teremos um limite com uma nova tendência

onde substituiremos 3
x por t e x por t 3 .Assim o limite será escrito desta forma:

t3  8 0
lim  . Usando a diferença de cubos no numerador, temos:
t 2 t  2 0

(t  2)(t 2  2t  2 2 )
lim  lim(t 2  2t  4)  2 2  2.2  4  12.
t 2 t2 t 2

3) Calcular o limite

x 1 0
lim 3  . Neste caso temos dois radicais xe 3
x . Faremos m.m.c (2 e 3) dos
x 1 x 1 0

indicies, para ter um único radical do qual faremos a substituição. Seja: 6


x  t  x  t6 .

Sendo que 6
x  t e x  1 , 6 1  t  t  1 . Substituiremos x por t 6 .Assim o limite será:

t6 1
0 t3 1 (t  1)(t 2  t  1) t 2  t  1 12  1  1 3
lim   lim 2  lim  lim   .
t 1 t  1 (t  1)(t  1) t 1 11
t 1 0
t 1 3 6 t 1 t 1 2

2.3.Limite notável

O limite notável com indeterminação do tipo 1 também tem o mesmo procedimento que as

sucessões e pode ser calculado pela fórmula:

lim  f ( x )1. g ( x )
lim f ( x)

 1  e x 
g ( x)
x

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Exemplo:

1) Calcular o limite
x
 5  
lim1  2   1 .Usando a fórmula teremos:
x
 x 2
 5   5x   5x 
lim  1 2 1 . x lim  2  lim  2 
e x   x 2 
e x 2 
x  
e x   x 
 e0  1

2) Calcular o limite
x 1
 3x  3  3 
lim   1 .Usando a fórmula teremos:
x  3 x  1
 
x 1 x 1 x 1
 3 x 3   
  3 x 33 x 1   
  4   
  4 x 4 
lim  1 . 3 lim  . 3 lim  . 3 4
x   3 x 1    x   3 x 1    x   3 x 1    lim  
3 x 1  1 1 1
e 
e  
e  
e x  
e 3
 4
  3
.
3
3
e4 e e
e

2.4.Limites de funções trigonométricas

Depois dos limites de funções racionais e irracionais, estudaremos os limites de funções


trigonométricas.

senf ( x) tgf ( x)
Teorema: lim  1 e lim  1 . Para o caso particular, quando f ( x)  x e a  0
x a f ( x) xa f ( x)

temos:

senx e tgx
lim 1 lim 1
x 0 x x 0 x

NB: Essa equivalência só e valida para o caso de x  0 . Caso não, é preciso fazer substituições
de forma a encontrar essa tendência.

Para operar devidamente com limites de funções trigonométricas é necessário rever as


fórmulas trigonométricas como: Identidade, ângulo duplo e transformação em produto,
estudadas nas classes anteriores.

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Exemplos:

1) Calcular o limite

sen5 x  0
lim  . Uma vez que o argumento da função Seno é 5x , multiplicaremos e
x 0 x 0
sen5 x  sen5 x 
dividiremos por 5, assim: lim 5.  5 lim  5.1  5
x 0 5. x x 0 5.x

2) Calcular o limite
sen2 x  0
lim  . Agora temos duas funções Seno. Temos que multiplicar e dividir cada uma
x0 sen3x  0
delas pelos respectivos argumentos. Assim:

sen2 x 
 2x
sen2 x  0 1  2 x   2
  lim 2 x  lim
x0 sen3 x 
lim
x0 sen3 x  0 x0 1  3 x  3
 3x
3x

3) Calcular o limite

tan5 x 0
lim  . Multiplicando o numerador e denominador por 5, temos:
x 0 x 0

5. tan5 x
lim  lim 5  5
x 0 5x x 0

4) Calcular o limite

x
sen2  
lim 3  0
2 . Podemos rescrever o limite dessa função desta forma
x 0 x 0

 x  x
sen  sen 
lim   .    . Assim sendo, precisamos fazer que o denominador multiplique por
3 3 0
x 0 x x 0
1
de forma que se transforme no argumento da função seno. Lembrando que ao multiplicar o
3
denominador por algum número, temos de o fazer também no numerador.
x 1  x 1
sen . sen .
lim   .    1. .1. 
3 3 3 3 1 1 1
x 0 1 1 3 3 9
x. x.
3 3

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5) Calcular o limite

1  cos x 0
lim  . Como se pode perceber, neste limite não temos a função seno. Mas
x 0 x2 0
podemos multiplicar e dividir a fracção pela expressão 1 cos x . Assim

(1  cos x).(1  cos x) 1  cos2 x


lim  lim lembrando que a fórmula de identidade
x 0 x 2 ((1  cos x) x 0 x 2 ((1  cos x )

trigonométrica é : sen2 x  cos2 x  1  sen2 x  1  cos2 x . Substituímos o numerador

sen2 x 1 1
 lim   .
x 0 x ((1  cos x)
2
1  cos 0 2

6) Calcular o limite

lim1  senx x  1 . Pela indeterminação que apresenta, temos que recorrer ao limite
1

x 0

notável, assim:

lim 1 senx 1.


1 1 senx
lim senx. lim
e x 0 x
 e x 0 x
 e x 0 x
.  e1  e

3. Limites laterais

Seja a função f ( x)  2 x  1 . Vamos associar valores de x que se aproximem de 1, pela sua


direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor
correspondente de y.

Observamos que quando x tende para 1, y (valor da função) tende para 3 tanto a esquerda
como a direita, ou seja lim (2 x  1)  3 e lim (2 x  1)  3 .
x1 x1

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Definição: Uma função tem limite num ponto x  a se e só se existem os limites laterais e estes
forem iguais, ou seja lim f ( x)  L e lim f ( x)  L .
xa xa

Para o nosso exemplo, como os limites laterais são iguais, concluímos que: lim(2 x  1)  3
x1

Exemplo1: Calcule o limite das funções abaixo nos pontos indicados

a) Em x= 2 b) Em x= 1 c) Em x= 0

Resp:

Alíneas a) b) c)
Resposta lim f ( x) Não existe lim f ( x) Não existe lim f ( x)  0
x2 x1 x0

Os limites laterais são Os limites laterais são Os limites laterais


diferentes. diferentes. são iguais.
Justificação
 lim f ( x)  0  lim f ( x )  1  lim f ( x)  0
x 2 x 1 x0
  
 xlim f ( x)  3  lim f ( x)  3  xlim f ( x)  0
2  x 1 0

Exemplo 2: Calcule o limite das funções abaixo nos pontos indicados


3x - 10, se x  4
 4x - 1, se x  3
a) lim f ( x) sendo f(x)  2, se x  4 b) lim f ( x) sendo f(x)  
x4
10  2 x, se x  4
x3
x  2 , se x  3

Resp: Nas funções definidas em parte (ramos), a noção de direita e esquerda analiticamente é
compreendido mediante a condição da variável x. Assim se x é maior ( x  a ) consideramos

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que é a parte direita da função e se x é menor ( x  a ) consideramos que é a parte esquerda da
função.
Alíneas a) b)
Resposta lim f ( x)  2 lim f ( x) Não existe
x4 x3

Os limites laterais são iguais. Os limites laterais são diferentes.


 lim (10  2 x)  10  2.4  2  lim ( x  2)  3  2  5
Justificação  x 4 x 3
 
 lim (3x  10)  3.4  10  2  xlim (4 x  1)  4.3  1  11
 x 4 3

5 x  3; se x  1

Exemplo 3: Dada função definida por f ( x)  2, se x  1 , determinar a 𝜖 𝑅 para que
1  ax , se x  1

exista lim f ( x)
x1

Resp: Para que exista lim f ( x) é necessário que os limites laterais sejam iguais
x1

lim (5 x  3)  5.1  3  2
x1
 então lim f ( x)  lim f ( x)  2  1  a  a  1
lim (1  ax)  1  a.1  1  a x1 x1
x1

Exemplo 4: Determine o valor dos limites das funções dadas sob forma de módulo.

0 x
a) lim 
. Uma vez que no valor da tendência não vem especificado se é a direita ou
x 0 x 0
esquerda do zero, implica calcular os laterais (direita e esquerda) e depois compará-los:

 x
 lim  1
x  x 0 x x
lim   como os limites são diferentes então lim não existe.
 lim  x  1
x 0 x x0 x

 x0 x

x2  9 0
b) lim  . Como o valor da tendência mostra que é a esquerda de três, implica
x 3 x  3 0
calcular apenas o limite lateral á esquerda:

x2  9 ( x  3)( x  3)
lim  lim  lim  ( x  3)  6 .
x 3 x  3 x 3  ( x  3) x3

1 x 0
c) lim  . Como o valor da tendência mostra que é a direita de um, implica calcular
x 1 x 12
0
apenas o limite lateral á direita:
1 x 1 x  ( x  1) 1 1
lim  lim  lim  lim  
x 1 x 1
2
x 1 ( x  1)( x  1) x 1 ( x  1)( x  1) x 1 x 1 2

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4. Continuidade de funções

Definição: Seja f uma função real de variável real e "a" um ponto de acumulação do seu
domínio. Diz-se que f é continua no ponto "a" do seu domínio se e só se as três condições se
verificarem:

1. Existe f (a ) (a função esta definida em x  a )


2. Existe lim f ( x) (os limites laterais nesse ponto são iguais)
xa

3. O lim f ( x)  f (a)
xa

Exemplo1: Estude a continuidade das funções abaixo nos pontos indicados

a) Em x= 1 b) Em x= 5 c) Em x= 0

Resp:
Alíneas a) b) c)
Resposta A função é continua A função é continua em A função não é continua em
em x  1 x5 x0
Os limites laterais são Os limites laterais são Os limites laterais são iguais
iguais e tem o mesmo iguais e tem o mesmo mas porém a função não esta
valor da função nesse valor da função nesse definida no ponto x  0 , ou
ponto f (1)  0 . ponto f (5)  0 . seja, não existe o valor de
Justificação f (0) .
 lim f ( x)  0  lim f ( x)  0
 x1  x5
   lim f ( x)  
 lim f ( x)  0  lim f ( x)  0  x 0 
 x1  x5 
 lim f ( x)  
 x 0 

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Exemplo 2: Estude a continuidade das funções abaixo nos pontos indicados:
3x - 10, se x  4
 4x - 1, se x  3
a) f(x)  2, se x  4 b) f(x)  
10  2 x, se x  4 x  2 , se x  3

Resp: Nas funções definidas em parte (ramos), o valor da função é calculado onde a função
apresenta igualdade ( x  a ) ou quando ( x  a  x  a ).

Alíneas a) b)
Resposta A função é continua em x  4 A função não é continua em x  3
Os limites laterais são iguais. Os limites laterais são diferentes.
 lim (10  2 x)  10  2.4  2  lim ( x  2)  3  2  5
 x 4 x 3
 
 lim (3x  10)  3.4  10  2  xlim (4 x  1)  4.3  1  11
Justificação  x 4 3

lim f ( x)  2 Não existe lim f ( x)


x4 x3

O valor da função f (4)  2 Violou a princípio da existência do limite.


Então lim f ( x)  f (4)  2 O valor da função f (3)  4 x  1  4.3  11
x4

Exemplo 3: Determine o valor k de modo que as funções abaixo sejam continuas nos pontos
indicados.

 x  1; se x  1
a) f ( x)   em x  1
3  kx , se x  1
2

Resp: 1º cálculo dos limites laterais 2º igualdade dos limites laterais

lim ( x  1)  1  1  2
 x1
 e lim f ( x)  lim f ( x)  2  3  k  k  3  2  k  1
 lim (3  kx2 )  3  k .12  3  k x1 x1
 x1

 x 2  1, se x  2
b) f ( x)   seja continua em x = 2?
k  7, se x  2
Resp: Como a condição é x  2 , implica dizer que nessa condição temos as duas partes
laterais (direita e esquerda).

1º Calculo dos limites laterais 2º valor da função 3º igualdade do 1º e 2º passo

lim( x 2  1)  2 2  1  5 f (2)  k  7  k  7 lim f ( x)  f (2)  5  k  7  k  2


x 2 x2

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 x2  1
 , se x  1
c) f ( x)   x  1 em x  1
kx - 3, se x  1

Resp: Como condição é x  1 , implica dizer que nessa condição temos as duas partes laterais
(direita e esquerda).

1º Cálculo dos limites laterais

x2  1 0 ( x  1)( x  1) x 1
lim   lim  lim 2
x1 x 1 0 x1 x 1 x 1 1

2º Valor da função

f (1)  kx  3  k .1  3  k  3

3º Igualdade do 1º e 2º passo

lim f ( x)  f (1)  2  k  3  k  1
x1

4.1.Continuidade lateral

Se uma função estiver definida no ponto x  a mas não tiver lim f ( x) então a função é
xa

descontínua, porém pode-se dizer que ela é contínua lateralmente se um dos limites laterais for
igual ao valor da função no ponto x  a .

A continuidade lateral de uma função pode ser de dois tipos:

1. Função continua á direita 2. Função continua á esquerda

Se lim f ( x)  f (a) e lim f ( x)  f (a) Se lim f ( x)  f (a) e lim f ( x)  f (a)


xa xa xa xa

Exemplo: Estude a continuidade das funções abaixo

a) Em x= 2 b) Em x= 1

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Resp: Nas funções definidas em partes (ramos), graficamente, o valor da função no ponto
indicado é calculado onde há uma "bola pintada".

Essas duas funções não são contínuas nos pontos indicados porém admitem uma continuidade
lateral, vejamos.

Alíneas a) b)
Resposta A função é continua á esquerda em x  2 A função é continua á direita em x  1
Os limites laterais diferentes. Os limites laterais diferentes.
 lim f ( x)  0  lim f ( x)  0
 x1
x 2
 
 xlim f ( x)  3  lim f ( x)  2
Justificação 2   x1
Não existe lim f ( x) Não existe lim f ( x)
x2 x1

O valor da função f (2)  0 O valor da função f (2)  0


Então lim f ( x)  f (2)  0 Então lim f ( x)  f (1)  2
x2 x1

4.2.Função descontínua

Definição: Uma função descontínua é aquela que viola pelo menos um dos princípios de
continuidade.

A descontinuidade de uma função pode ser classificada em 3 tipos:

1. Descontinuidade de 1ª espécie não eliminável ou não evitável

Se lim f ( x)  lim f ( x)
x a x a

Exemplo:

 lim f ( x)  2
 x 0

 xlim f ( x)  2
0 


 f ( 0)  2

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2. Descontinuidade de 1ª espécie eliminável ou evitável

Se lim f ( x)  lim f ( x)
xa xa

Exemplo:

 lim f ( x)  3
 x1

 lim f ( x)  3
x 1


 f (1)  1

3. Descontinuidade de 2ª espécie não eliminável ou não evitável

Se lim f ( x)   ou lim f ( x)  
xa xa

Exemplo:

 lim f ( x)  
 x1

 lim f ( x)  
 x1

f(1) não existe

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5. CÁLCULO DE ASSÍMPTOTAS DE FUNÇÕES RACIONAIS

Definição: Assimptota é uma recta que não pertence ao gráfico da função mas da qual o
gráfico se aproxima cada vez mais num dado momento.

As assímptotas de uma função racional podem ser horizontal, vertical e oblíqua.

1. Assímptota Horizotal: é uma recta horizontal no eixo das ordenadas (eixo y), paralela
ao eixo x, da qual o gráfico da função tende a intersecta-la num dado momento,
conforme mostra a figura.

Cálculo da Assímptota horizontal


Seja f uma função real de variável real e b uma constante qualquer.

Se lim f ( x)  b , então existe uma assímptota horizontal da função em y  b .


x

Exemplo: Determine a assimptota horizontal das funções abaixo, caso existam:


x 1
a) f ( x) 
x2
Resolução
Calculemos o valor do limite da função quando x  
x 1

x 1  1
lim   lim x x  lim  1 . Como o resultado é uma constante então
x x  2  x x 2 x 1

x x
AH : y  1

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x3
b) g ( x) 
x2  x
Resolução
Calculemos o valor do limite da função quando x  
x3
x 3
 x3 1
lim   lim 2  lim   . Como o resultado não é uma constante
x x x 
2 x  x x x  0
3
 3
x x
então AH : não existe.

2x
c) h( x) 
x 2
2

Resolução
Calculemos o valor do limite da função quando x  
2x
2x  2 0
lim 2   lim 2 x  lim  0 . Como o resultado é uma constante então
x x  2  x x 2 x 1
2
 2
x x
AH : y  0 .

d) i ( x)  x 3  x  2

Resolução
Calculemos o valor do limite da função quando x  
lim( x 3  x  2)   . Como o resultado não é uma constante então AH : não existe.
x

2. Assímptota Vertical: é uma recta vertical no eixo das abcissas (eixo x), paralela ao
eixo y, da qual o gráfico da função tende a intersecta-la num dado momento, conforme
mostra a figura.

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Cálculo da Assímptota vertical
Seja f uma função real de variável real e a um ponto de descontinuidade da função.

Se lim f ( x)   , então existe uma assímptota vertical da função em x  a .


xa

Exemplo: Determine a assímptota vertical das funções abaixo, caso existam:


x
a) f ( x) 
x 1
2

Resolução
 Calculemos o(s) ponto(s) de descontinuidade da função: x 2  1  0  x  1
 Calculemos o valor do limite quando x tender a cada um desses valores
x 1 1 x 1 1
lim  2    e lim 2     .
x1 x 1 1 1 0
2 x1 x  1 (1)  1 0
2

Como o resultado é infinito então AV : x  1

x2  4
b) g ( x) 
x2  x  6
Resolução
 Calculemos o(s) ponto(s) de descontinuidade da função:
x 2  x  6  0  x  2  x  3
 Calculemos o valor do limite quando x tender a cada um desses valores
x2  4 0 ( x  2)( x  2) x2 4
lim   lim  lim 
x2 x 2  x  6 0 x 2 ( x  2)( x  3) x  2 x 3 5

x2  4 32  4 5
lim    .
x3 x  x 6 3 36 0
2 2

Como o resultado é infinito apenas para x  3 então AV : x  3

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x
c) h( x) 
x 9
2

Resolução
 Calculemos o(s) ponto(s) de descontinuidade da função: x 2  9  0  não há
raízes, logo não há pontos de descontinuidade.
Como não existem os pontos de descontinuidade então não temos assimptota vertical,
AV : não existe..

3. Assímptota oblíqua: é uma recta oblíqua com inclinação positiva ou negativa da qual
o gráfico da função tende a intersecta-la num dado momento, conforme mostra a figura.

Cálculo da Assímptota Oblíqua


A assimptota oblíqua é calculada quando não existe a assimptota horizontal e é dada
pela equação AO : y  ax  b , com a  0 onde os coeficientes a e b são determinados

e b  lim f ( x)  ax
f ( x)
pelas formulas: a  lim
x  x x

Exemplo: Determine a assímptota oblíqua da função abaixo:


x2
f ( x)  Resolução: A função acima não possui AH porque lim f ( x)  
x 1 x

x2
x2
 lim x  1  lim
f ( x)
Calculemos os coeficientes a e b : a  lim 1
x x x x x x ( x  1)

 x2  x2  x2  x
b  lim f ( x)  ax  lim  1x   lim 1
x x x  1 x x 1
 
Então AO : y  ax  b  y  x  1 .

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6. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Limites quando a variável tende para infinito

1. lim (3x 4  5x 2  8) 2. lim (2x 5  x 4  2x 2  1) 3. lim (5x 3  3x  2)


x   x   x  

7x 6 x2 x2  x  1
4. lim 5. lim 120x 3 6. lim 7. lim
x   8 x 7 x   x 
x4 1 x   x 1

x1
2 x
8. lim x 1  x
2
9. lim ( x  5x  3  x )
2
10. lim  
x 3  x
x   x  
 

*Limites de funções racionais

( x  3) 3  27 x 2  7 x 10 x 2  x 2 x 2  2 x 35
1. lim 2. lim 3. lim 4. lim
x 0 x x 2 x 2 4 x  1 x 2 1 x 5 x 2  10x  25

x 2  6 x7 x 2  x 2 x 2  5x  4 x 2  3 x 4
5. lim 6. lim 7. lim 8. lim
x 1 x1 x 1 x1 x 1 x 1 x  4 x 4

x 2  4 x5 x 2  2 x 3 x 2  49 x3  1
9. lim 10. lim 11. lim 12. lim
x 5 x5 x2 x 2 x 7 x  7 x 1 x 2  1

4x  5 x 2  (a  1) x  a x2  2x x2 1
13. lim 14. lim 15. lim 16. lim
x  3 5x  1 x a x3  a3 x  1 x 2  4 x  4 x  1 x 2  3 x  2

( x  h) 3  x 3  1 3  x2 1
17. lim 18. lim  19. lim
h0 h x 1 1  x
 1  x 3  x 1 x3  1

x 2  2x  1 2x  4 x3  x2 x 2  2x  3
20. lim 21. lim 22. lim 23. lim
x 1 x 2  2 x  2 x  2 x  5x  6
2 x 1 x 1 x  3 x3

x 2  25 3x 4  x 3  5x 2  2x x 4  8x 3  18x 2  27
24. lim 25. lim 26. lim
x 5 x 5 x 0 x2  x x 3 x 4  10x 3  36x 2  54x  27

x 3  4x  3 x 3  x 2  8x  12 2x 2  12x  16
27. lim 28. lim 29. lim
x 1 x 5  2 x  1 x 2 x 2  4x  4 x  2 3x 2  3x  18

x 2 1 x 5  32 x 3  9x 2  x  9
30. lim 31. lim 32. lim
x  1 x 2  3x  2 x  2 x  2 x 9 x 2  81
2
33. lim(1  x ) x
x 0

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*Limites de funções irracionais

x x2 x2 2
1. lim 2. lim 3. lim
x 0 2  2x x2
4x  1  3 x 0 x

2 3 x xh  x x 2 x3
4. lim 5. lim 6. lim 7. lim
x 1 x 1 h 0 h x 0
x 1 1 x 7 x 2  49
x 4x  4x x x2  9
8. lim 9. lim 10. lim 11. lim
x 0 2  2x x 0 x x 0 2 4x x 3
1 4  x

x2  2x  6  x2  2x  6 3
xh 3 x x4
12. lim 13. lim 14. lim
x 3 x2  4x  3 h 0 h x 2
x 2
x 3 9 x 5 x x 8
15. lim 16. lim 17. lim 18. lim
x 3 x  25 25  x
x 3 x 9 x 3 x 8
3
x 2

x2
3
2x  3 1 x 8 x 4
19. lim 20. lim 21. lim 3 22. lim
x 2
2x  4 x  1 x 1 x 64 x 4 x 16 4
x 2

1  2x  3 x32 x 2  23 x  1
3
23. lim 24. lim 25. lim
x 4 x 2 x 1 x 1 x1 ( x  1) 2

*Limites de funções trigonométricos

 x
sen2  
sen x 3 sen πx tg4x tg5x
1. lim 2. lim 3. lim 4. lim 5. lim
x0 15x x0 x2 x 0 x x0 2x x0 tg3x
sen 4 x 1  cos x tgx  sen x x  sen x 1  cos x
6. lim 7. lim 8. lim 9. lim 10. lim
x  0 sen 3x x 0 x x 0 x x  0 x  sen x x  0 x. sen x

1  cos 2 x sen 5x  sen 4 x tgx  2 x tgx  sen x


11. lim 2
12. lim 13. lim 14. lim
x 0 3x x 0 sen 8x x 0 3x x 0 sen 2 x

x  sen 2 x tgx  sen x cos 5x  cos 3x


15. lim 16. lim 17. lim
x  0 x  sen 3x x 0 sen2 x x 0 sen 4 x

sen 3x  sen 2 x 1  senx  1  senx


20. limcos x  x 2
1
18. lim 19. lim
x 0 sen x x 0 x x 0

x
1  sen cos(x  a )  cos a
21. limcos x 
1
x 22*. lim 2 23. lim
x 0 xπ πx x 0 x

sen(x  a )  sen a
24. lim
x 0 x

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Limites Laterais
1. Considere a função f representada na figura.

Qual é o valor de lim f ( x) é:


x 1

A.0 B.1 C. 2 D. Não existe

2. Considere a função f(x) representada pelo gráfico. Qual é o valor de lim f ( x) ?


x 0

A.-2 B.0 C.1 D.2

3. Indique o lim f ( x) da função f (x) representada no gráfico abaixo


x0

A.   B.   C. 0 D. Não existe

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4. Para a função representada graficamente na figura a seguir:

Determine, se existir, cada item abaixo.

a ) lim f(x) b) lim f(x) c) lim f(x) d) lim f(x) e) f(3)


x 0 x  3 x  3- x 3

5. Para a função representada graficamente na figura a seguir:

Determine, se existir, cada item abaixo. Caso não exista, justifique.

a) lim f(x) b) lim f(x) c) lim f(x) d) lim f(x) e) f(3) f)f(-2) g) lim f(x) h) lim f(x)
x  3- x  3 x 3 x1 x   2- x 2

6. Para a função representada graficamente na figura a seguir:

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Determine, se existir, cada item abaixo. Caso não exista, justifique.
a ) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim f ( x) e) lim f ( x)
x  3 x  3 x  3 x2 x2

f) lim f ( x) g) f(2) h)f(1) i) f(-3) j) lim f ( x)


x2 x 1

7. Para a função representada graficamente na figura a seguir:

Determine, se existir, cada item abaixo. Caso não exista, justifique.


a ) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim f ( x) e) lim f ( x)
x 0 x 0 x 0 x4 x4

f) lim f ( x) g)f(4) h)f(0) i) f(-5) j) lim f ( x)


x4 x  5

8. Para a função representada graficamente na figura a seguir:

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Determine, se existir, cada item abaixo. Caso não exista, justifique.
a) lim f ( x) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) f(-9) e) f(6) f) lim f ( x)
x 9 x 9 x 9 x 3

9. Observe o gráfico da função f (x).Qual é o valor de lim f ( x) ?


x 2

A.-2 B.0 C.2 D.4

10. Seja dado o gráfico de uma função y  f (x) na figura abaixo.

O lim f ( x) é:
x0

A.2 B.0 C. 0 e 2 D. Não existe

11. Na figura abaixo está representado o gráfico da função f, definida no intervalo de [0,2].

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Então é correcto afirmar-se que:

A. lim f ( x)  0 B. lim f ( x)  0  lim f ( x)  1


x1 x1 x1

C. lim f ( x)  1  lim f ( x)  0 D. lim f ( x)  f (1)  lim f ( x)  f (1)


x1 x1 x1 x1

E. lim f ( x)  1  lim f ( x) Não existe


x1 x1

12. Na figura está representada parte do gráfico de uma função f de domínio R:

A afirmação verdadeira é:

A. lim f ( x)  f (3) e lim f ( x)  f (3) B. lim f ( x)  f (3) e lim f ( x)  f (3) C.


x3 x3 x3 x3

lim f ( x)  f (3) e lim f ( x)  f (3) D. lim f ( x)  f (3) e lim f ( x)  f (3)


x3 x3 x3 x3

E. f (3) Não existe

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13. Abaixo está representada parte do gráfico da função y  g (x)

1
O limite lim é igual a :
x   g ( x)

1 1
A. B.  C.  2 D. 0
2 2

3  x , se x  1

14. Considere a função definida por: f ( x)  4 , se x  1 , determine:
 x 2  1 , se x  1

a) lim
f ( x) b) lim
f ( x) c) lim f ( x)
x 1 x 1 x 1

15. Determine, caso exista.

x - 5, se x  3 4x - 1, se x  3
 
a) lim f ( x) sendo f(x)  - 2, se x  3 b) lim f ( x) sendo f(x)   1
x 3 x 3
7  2 x, se x  3 
2 , se x  3
x -3

x 2 - 5, se x  1 x2  4
  , se x  2
c) lim f ( x) sendo f(x)  2x - 3, se 1  x  2 d) lim f ( x) sendo: f ( x)   x  2
x 2
5 - x 2 , se x  2 5 ,
x2

  se x  2

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5 x  3; se x  1

16. Dada função definida por f ( x)  2, se x  1 , determinar a 𝜖 𝑅 para que exista
1  ax , se x  1

lim f ( x)
x1

A. 10 B.  1 C.  5 D. 5 E. 0

a  bx, se x  2

17. Considere a função f ( x)  3, se x  2 Quais são os valores de (a) e de (b) para
b  ax 2 , se x  2

que lim f ( x) exista e seja igual a f (2)?
x2

1 5 1 5 1 5 1 5
A. a   ; b   B. a  ; b   C. a   ; b  D. a  ; b 
3 3 3 3 3 3 3 3

2x  4
18. Qual é o valor de lim ?
x 2 | x2|

A.- 2 B. 1 C. 2 D. ∞

| x | 3 x
19. Qual é o valor de lim ?
x 0 2x

A.- 2 B. -1 C.1 D. 2

20. É correcto afirmar que :


x 1 x 1 x 1
A. lim 1 B. lim  1 C. lim 0
x 1 | x 1| x 1 | x 1| x 1 | x 1|

x 1 x 1
D. lim   E. lim 2
x 1 | x 1| x 1 | x 1|

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CONTINUIDADE DE FUNÇÕES

1. Observe a imagem geométrica da função f, indica em qual dos pontos 0, 1, 2, 4 a função


é contínua.

2. Para a função f, representada na figura abaixo

O ponto de abcissa x=3:


A. Não é ponto de descontinuidade
B. É ponto de descontinuidade eliminável
C. É ponto de descontinuidade não-eliminável de 1ª espécie
D. É ponto de descontinuidade não-eliminável de 2ª espécie
E. Nenhuma das alternativas anteriores

 sen x
 , se x  0
3. Analise a continuidade da função: f ( x)   x .

0, se x  0

2  x, se x  1
4. Analise a continuidade da função: f ( x)   .
2  x, se x  1

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 x 2  2, se x  1

5. Dada a função f ( x)  4, se x  1 , pede-se:

 x  3 , se x  1

a) f (1) b) lim f(x) c) lim f(x) d) lim f(x)


x1 x 1 x1

e) f é contínua em x  1? Justifique. f) lim f ( x) g) lim f(x)


x x

 5 x  10
 x 2  4 , se x  2

6. Dada a função f ( x)  3, se x  2 , pede-se:
 10x  20
 2 , se x  2
 x  4 x  12

a) f ( 2) b) lim f ( x) c) lim f ( x) d) lim f ( x) e) f é contínua em x  2 ? Justifique.


x 2 x 2 x 2

7. Verifique se as funções são contínuas nos pontos especificados e caso não sejam,
classifique os pontos de descontinuidade.

3 x 1
a) f ( x )  em x  5 b) f ( x )  em x  4
x2 x4
 x 2  3x  2
 , se x  -1
 x  1

1
c) f (x)  1  e x em x  0 d) f ( x)  1, se x  1 em x  - 1
3x, se x  -1


7x - 6, se x  2
e) f ( x)   2 em x  2 f) f ( x)  2 x 2  3 em x  3
2x , se x  2

 x  2, se x  2
1 
g) f ( x)  em x  1. h) f ( x)  4, se x  2 em x= 2
x 1  x 2 , se x  2

3 x  2, se x  0  x  1, se x  1
 
i) f ( x)  5, se x  0 em x= 0 j) f(x)  2 x, se 1  x  5 em x= 1 e x= 5
2, se x  0  x  3, se 5  x  6
 

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8. Verifique se as seguintes funções possuem algum ponto de descontinuidade e justifique
sua resposta.

1  x 2 , se x  1
3  2x 
a) f ( x)  c) f ( x)   x  1, se 1  x  2
x 1 2,
 se x  2

 x2  x  2
 , se x  2  x 2 - 2x  2, se x  1
d) f ( x)   x  2 e) f ( x)  
1, 3 - x, se x  1
 se x  2

x2 1
9. Para que valor de x o gráfico da função f ( x)  apresenta um ponto de
( x  1)( x  2)
descontinuidade eliminável?

A.{-2,1} B. {-2} C. {1} D.Não existe

x2
10. Considere a função f ( x)  .Em que ponto a função tem um ponto de
x  5x  6
2

descontinuidade eliminável?

A.-3 B.-2 C.2 D.3

11. Determine o valor de k para que as seguintes funções sejam contínuas no ponto
indicado:

 x 2  5x  6  x 2
 , se x  2  , se x  4
a) f ( x)   x  2 em x  2 b) f ( x)   x  4 em x  4
k, se x  2 3x  k , se x  4
 

 x2 2
 , se x  0  x  2, se x  2
c) f ( x)   x em x  0 d) f ( x)   em x  -2
3 - kx , se x  2
2
3x 2  4 x  k , se x  0

x2 1
 , se x  1  x  2, se x  2
e) f ( x)   x  1 em x  1 f) f ( x)   em x  -2
3 - kx , se x  2
2
k - 3, se x  1

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k , se x  3

12. Qual deve ser o valor de k para que a função f ( x)   x 2  9 seja contínua
 , se x   3
 x3
em x = -3?
A. -2 B. -6 C. 2 D. 1

 x  1; se x  1
13. Para que valores de p, a função f ( x)   é continua em x = 1?
3  px 2
, se x  1

A. p  1 B. p  1 C. p  4 D. p  5 E. p  5

0; se x  0
14. Qual é o valor de k para o qual a função definida por f ( x)   é
ln( x  k ), se x  0
contínua em x = 0?

A. k  0 B. k  1 C. k  e D. k  1

15. A que condições têm que satisfazer os parâmetros  e  para que seja contínua a
função f (x) definida por:

 
x  1, se x  2
f ( x)  
senx   , se x  
 2

 2
A.    B.     1 C.   1    0 D.   0   
2 

4 x  7, se x  2
16. Considere a função f ( x)   . Qual deve ser o valor de k para que a
k  1, se x  2
função f (x ) seja continua em x = 2?
A. k  12 B. k  14 C. k  15 D. k  16

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Cálculo de Assímptotas das funções racionais

17. Determine as assímptotas das seguintes funções:


1 x2
a) f ( x)  x 3  2 x  3 b) f ( x)  3  x 3 c) f ( x)  d) f ( x)  e)
x 3 x2 1
x2  9 x2 x2 x2
f ( x)  f) f ( x)  g) f ( x)  h) f ( x) 
x 3 x2  4 x 2 1 1 x
2
18. Qual é a equação da assímptotas horizontal do gráfico da função f ( x)  ?
x 1
A. x  1 B. y  1 C. x  0 D. y  0

1
19. Qual é a equação da assímptotas vertical do gráfico da função f ( x)   4?
x3
A. x  3 B. x  2 C. y  2 D. y  3

2x 1
20. Dada a função f ( x)  .Quais são as equações das assímptotas vertical e
x 1
horizontal?
A. x  2  y  1 B. x  1  y  2 C. x  1  y  1 D. x  1  y  1

x2  9
21. Em x  3 a função f ( x)  :
x3
A. Tem uma assímptota vertical B.Tem uma assímptota horizontal

x2  9
C. É descontínua não eliminável D. É descontínua eliminável E. lim  
x 3 x  3

x 2  2x  3
22. A (s) assimpotas(s) vertical(is) da função f ( x)  , é (são):
x 2 1
A. x  1 x  1 B. x  1 C. x  3  x  1 D. x  1 E.NDA

x2  2
As assímptotas verticais Av e horizontais Ah da função f ( x) 
x  2 ( x  1)
23. são:

A. Av: : x  2 e x  1e Ah não existe B. Av: : x  1 e Ah : y  1

C. Av: : x  2 e x  1e Ah : y  2 D. Av: : x  2 e Ah : y  2

E. Av: : x  2 e Ah : y   2

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