Você está na página 1de 67

Engenharia

Cálculo Difencial e Integral – Aula 7


Prof. Régis Luíz
regisluiz@usp.br
Aula 7 - LIMITES
Prof. Régis Luíz
regisluiz@usp.br
Calcule os limites infinitos nos exemplos a seguir:

2
y
(x  1)2
Limites infinitos

2
y
(x  1)2

2 2
lim 2
  e lim 2
 
x1 (x  1) x1 (x  1)
2
 lim 2
 
x1 (x  1)
(a ) lim
x1
f ( x ) 
(b) lim
x  
f ( x ) 

 
(a ) (b )
(a) lim f ( x)  0
x 1

(b) lim f ( x)  
x 

 
(a ) (b )
Limites infinitos
y = tg x
Limites infinitos
y = tg x
lim tg x   e lim tg x  
 
x x
2 2

 não existe lim tg x



x
2
Limites infinitos
Limites infinitos

lim f(x)  1 e lim f(x)  1


x  x 
EXERCÍCIO 1
O que ocorre com f(x) próximo de x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) =
x 1
EXERCÍCIO 1
O que ocorre com f(x) próximo de x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) = não existe


x 1
EXERCÍCIO 2
O que ocorre com f(x) quando x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) =
x 1
EXERCÍCIO 2
O que ocorre com f(x) quando x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) = L = 2
x 1
EXERCÍCIO 3
O que ocorre com f(x) quando x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) sim existe, mas não coincide com f(1)


x 1
Limite Exponencial Fundamental

x
 1
lim  1    e
x  x
Continuidade de uma função em um número

Uma função f é contínua em um número x0 se


lim f ( x)  f ( x0 )
x  x0

Nenhuma destas funções é contínua em x = xo.

a) b) c)
Continuidade de uma função em um intervalo aberto

Uma função f é contínua em um intervalo aberto


se for contínua em todos os pontos desse intervalo.
a, b
Propriedades dos
Limites
Propriedades dos limites

Sejam b e c dois números reais, e seja n um inteiro positivo.

I) lim b  b
x c

II) lim x  c
x c

III) lim xn  c n
x c

IV) lim n x  n c
x c

Obs.: Em IV, se n for par, c deve ser positivo.


Operação com limites

Sejam b e c dois números reais, n um inteiro positivo e f e g


funções para as quais lim f ( x) e L lim g ( x)  M .
x c x c

I) lim [b.f(x)]  bL  f(x)  L  lim g(x)  0


xc IV) lim    ;
x  c  g(x)  M  xc 
II) lim [f(x)  g(x)]  L  M
x c n
V) lim  f(x)  Ln
III) lim [f(x).g(x)]  L.M xc
xc
VI) lim n f(x)  n L
x c

Obs.: Em VI, se n for par, L deve ser positivo.


Operação com limites

Propriedades
 P1 - O limite da função identidade f(x) = x, quando x tende
a “a”, é igual a “a”.
lim x  a
xa
Exemplos:
lim x  3 lim x  e lim x  0,3
x 3 x e x  0 , 3

3
lim x   lim x  5
x  x 5 3
Operação com limites

 P2 - O limite de uma função constante f(x) = K, quando x


tende a “a”, é igual a própria constante:

lim K  K
xa

Exemplos:

lim 4  4 lim e  e
x 3 x 2

lim    lim 3
5 3 5
x 2 x  
Operação com limites

 P3 - O limite da soma é igual a soma dos limites


(caso esses limites existam):

lim  f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)


xa x a xa

Exemplo:
2 2
lim ( x  3 x  5)  lim x  lim 3 x  lim 5 
x2 x 2 x2 x2

lim x 2  3 lim x  lim 5  2 2  3.2  5  15


x2 x2 x2
Operação com limites

 P4 - O limite da diferença é igual a diferença dos limites


(caso esses limites existam):

lim  f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)


xa xa xa

Exemplo:
2 2
lim (2 x  x)  lim 2 x  lim x
x 2 x2 x2
2 2
2 lim x  lim x  2.2  2  6
x2 x 2
Operação com limites

 P5 - O limite do produto é igual ao produto dos limites


(caso esses limites existam):

lim  f ( x). g ( x)  lim f ( x). lim g ( x)


xa xa xa

Exemplo:

lim( x 2 )  lim x.x  lim x. lim x  3.3  9


x 3 x 3 x 3 x 3
Operação com limites

 P6 - O limite do quociente é igual ao quociente dos limites


(caso esses limites existam):

 f ( x )  lim f ( x)
lim   xa
xa g ( x) 
  lim
x a
g ( x)
Exemplo:

 x  5  lim ( x  5) 35 1
lim  3   x 3
3
 
x 3 x  7
  lim
x 3
( x  7) 27  7 10
Operação com limites

 P7 - O limite da potência de uma função (f(x))n, onde n é um


número inteiro positivo, é igual a potência do limite da
função (caso exista):
n n
lim ( f ( x))  (lim f ( x))
xa x a

Exemplo:
3 4 3 4 4
lim (2 x  x )  (lim (2 x  x ))  3  81
x 1 x 1
Operação com limites

 P8 - O limite da raiz de uma função n f ( x), é a raiz do


limite da função, se o limite existe e é maior ou igual
a zero:
lim n f ( x)  n lim f ( x)
xa xa

Exemplo:

lim x4  4x 1  lim ( x 4  4 x  1)  (2) 4  4(2)  1  5


x  2 x  2
Exemplos de Limites envolvendo radicais:

“O limite de uma raiz enésima é a raiz


enésima do limite.”
Exemplo 2
Exemplo 3
Limites

Resumindo:

Propriedades dos Limites

 Se L, M, a e c são números reais e n inteiro

lim f ( x)  L e lim g ( x)  M ,
xa x a
 Regra da soma(subtração):
lim f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x)  L  M
xa xa xa
 Regra do Produto:
lim f ( x). g ( x)  lim f ( x). lim g ( x)  L.M
xa xa xa
 Regra da multiplicação por escalar:
lim c. f ( x)  c . lim f ( x)  c.L
xa xa
 Regra do quociente:

f ( x) lim f ( x) L
lim  xa 
xa g ( x) lim g ( x) M
xa
 Regra da potência:
n n n
lim f ( x)  (lim f ( x))  L
xa xa

 Regra da raíz
lim n f ( x)  n lim f ( x)  n L
xa xa

se lim f ( x)  L  0, n é impar.
xa
 Regra do logaritmo:
lim log c ( f ( x))  log c (lim f ( x))
xa xa

 log c L se lim f ( x)  0
xa
 Regra do seno (o mesmo para o cosseno)
lim sen f ( x)  sen(lim f ( x))  sen L
xa xa

 Regra da exponencial:
f ( x) lim f ( x ) L
lim c c x a
c
xa
Limites
Limite de uma função polinomial
Se P(x) é uma função polinomial e c é um número real, então

lim P ( x )  P (c )
x c

Teorema 2 – Os Limites de Funções Polinomiais podem ser


obtidos por Substituição:
Se P ( x )  an x n  an 1 x n 1  ...  a0
n n 1
então lim P ( x)  P (c)  an c  an 1c  ...  a0
x c
Limites

Exemplo – Limite de Uma Função Polinomial


Limites

Exemplo – Limite de Uma Função Polinomial


5 4 2
lim 3x  4 x  x  x  2 
x  2

5 4 2
3  (2)  4  (2)  (2)  (2)  2 

3  (32)  4  16  4  2  2 
 96  64  4  2  2  32
Limites

Limites de Funções Racionais


Teorema 3 – Os Limites de Funções Racionais podem ser
obtidos por Substituição, caso o limite do
denominador não seja zero:

Se P(x) e Q(x) são polinômios e Q(c)  0 ,


P( x) P (c )
então lim 
x c Q ( x ) Q (c )
Limites

Exemplo – Limite de Uma Função Racional

3 2 3 2
x  4 x  3 (1)  4(1)  3 0
lim 2
 2
 0
x  1 x 5 (1)  5 6
Limites
Exemplo 3 – Cancelando um Fator Comum

x2  x  2 0
lim
x 1
2
x x

0
Limites
Exemplo 3 – Cancelando um Fator Comum
x2  x  2 0
lim
x 1
2
x x

0

Solução: Não podemos substituir x = 1 porque isso resulta em um


denominador zero. Testamos o numerador para ver se este também
é zero em x = 1. Também é, portanto apresenta o fator (x – 1) em
comum com o denominador. Cancelar o (x – 1) resulta em uma
fração mais simples, com os mesmos valores da original para x  1:

x 2  x  2 ( x  1)( x  2) x  2
2
  Se x  1
x x x( x  1) x
Limites

Usando a fração simplificada, obtemos o limite desses valores


quando x  1 por substituição:

x2  x  2 ( x  2)( x  1)
lim
x 1
2
x x
 lim
x 1 x( x  1)

x  2 1 2
lim
x 1 x

1
3
Limites

2h  2
Calcule lim
h 0 h

 2h  
2. 2h  2   lim 2h2

 lim
h 0 h  2h  2  h0 h( 2  h  2)

h
 lim h(
h0 2  h  2)

1 1 1
 lim
h 0 2h  2
 
20  2 2 2
Limites de Expressões
Indeterminadas
Limites

Para o cálculo do limite de uma função basta substituir o valor


para o qual x está tendendo (valor genérico “a”) na expressão
da função f(x).

No entanto, esta regra falha, algumas vezes (nem


sempre) para funções racionais. Isto acontece quando se
faz a substituição direta de x por seu valor de tendência
e encontra-se indeterminação (0/0 ou b/0 ou / ou /0).
Veja os casos nos slides seguintes.
Limites
Regras adicionais
 1ª Regra: Para funções racionais cujos numeradores e
denominadores são 0 quando se substitui x por a (valor de
tendência). Neste caso, tanto o polinômio do numerador
quanto o do denominador devem ser divididos por (x - a).
Após esta simplificação, faz-se a substituição de x por a.

x 2  4 22  4 0
lim    Indeterminação
x 2 x  2 22 0
x2  4 ( x  2)( x  2)
lim  lim  lim( x  2)  2  2  4
x 2 x  2 x 2 x2 x2
Limites

Regras adicionais
 2ª Regra: Quando somente o denominador for 0 na
substituição direta de x, calcula-se os limites laterais. O
limite existirá somente se os limites laterais forem iguais.
1 1 1
lim    Indeterminação
x2 x  2 22 0
1 1
lim  ....e...... lim  .
x2 x  2 x2 x  2

Portanto o limite não existe


Limites
Regras adicionais
 3ª Regra: Quando se tem uma função polinomial ou uma
função racional, os limites destas funções, quando x tende
para +∞ ou -∞ , são calculados com base no termo de maior
ordem, veja os exemplos abaixo.
1o exemplo (função racional):
2 x3  x 2  5x  3 2x3
lim  lim  lim 2 x 2  2.( ) 2  
x  x2 x  x x 

2o exemplo (função polinomial):


lim (5 x 2  2 x  1)  lim (5 x 2 )  5.() 2  
x  x 
Limites
 Expressões indeterminadas
Considere o seguinte limite:
x 3  27
lim
x 3 x  3

Se fôssemos resolver de acordo com as ferramentas já


conhecidas chegaríamos ao seguinte resultado:

x 3  27 33  27 0
lim  
x 3 x  3 33 0
Limites
 Expressões indeterminadas
Mas vejamos o gráfico desta função:

x f(x)
2,7 24,39

2,8 25,24

2,9 26,11
L
3,0 27
3,1 27,91

3,2 28,84

3,3 29,79
Limites
 Apesar da função não estar definida no ponto x = 3, quando
nos aproximamos de x = 3, f(x) se aproxima de 27. Portanto:
x 3  27
lim  27
x 3 x  3

 Mas como se resolve a equação algébrica de modo a chegar


a este valor?
Limites
 Com os PRODUTOS NOTÁVEIS!!!

3 2
 Neste exemplo, x  27  ( x  3)( x  3 x  9)
Logo, podemos reescrever a função do seguinte modo:
( x  3)( x 2  3 x  9)
f ( x)   x 2  3x  9
( x  3)
Basta então calcular:

lim ( x 2  3 x  9)  27
x 3
Limites
 Produtos Notáveis!!!
 Diferença de quadrados
2 2
a  b  (a  b).( a  b)
(a  b).(a  b)  a 2  a.b  b.a  b 2  a 2  b 2
 Exemplos:

x 2  16  ( x  4).( x  4)
9 y 2  a 2  (3 y  a ).(3 y  a)
16x 2  81  (4 x  9).(4 x  9)  (2 x  3).(2 x  3).(4 x  9)
Limites
 Trinômio quadrado perfeito
(a  b) 2  (a  b).( a  b)  a 2  ab  ba  b 2  a 2  2ab  b 2

(a  b) 2  (a  b).( a  b)  a 2  ab  ba  b 2  a 2  2ab  b 2

 Exemplos:
a  4a  4  a  2a 2  2  (a  2) 2

16 y 6  24 y 3  9  (4 y 3 ) 2  2(4 y 3 ).3  32  (4 y 3  3) 2

Não confundir o quadrado da diferença (a - b)2, com a diferença


de quadrados a2 - b2.
Limites
 Soma e Diferença de Cubos
3 3 2 2
a  b  (a  b).( a  ab  b )
3 3 2 2
a  b  (a  b).( a  ab  b )

 Exemplos:
x 3  8  ( x  2).( x 2  x.2  2 2 )  ( x  2).( x 2  2 x  4)

64a 3  125  (4a ) 3  53  (4a  5).(16a 2  20a  25)


Limites
 Cubo perfeito
(a  b)3  a 3  3a 2b  3ab 2  b 3
(a  b)3  a 3  3a 2b  3ab 2  b 3

 Exemplos:
x 3  6 x 2  12 x  8  x 3  3x 2 .2  3x.2 2  23  ( x  2)3
27  27 a  9a 2  a 3  33  3.32.a  3.3.a 2  a 3  (3  a ) 3

Não confundir o cubo da soma (a + b)3, com a soma e cubos a3 + b3;


Nem o cubo da diferença (a - b)3, com a diferença de cubos a3 - b3.
Exemplo
Exemplo
Limites
Vamos agora calcular alguns limites imediatos, de forma a facilitar o
entendimento dos exercícios mais complexos que virão em seguida:

a) lim (2x + 3) =
x 5

b) lim (x2 + x) =
x + ∞

c) lim (4 + x3) =
x 2

d) lim [(3x + 3) / (2x - 5)] =


x 4

e) lim [(x + 3) (x - 3)] =


x 4
Limites
Vamos agora calcular alguns limites imediatos, de forma a facilitar o
entendimento dos exercícios mais complexos que virão em seguida:

a) lim (2x + 3) = 2.5 + 3 = 13


x 5

b) lim (x2 + x) = (+ ∞ )2 + (+ ∞ ) = + ∞ + ∞ = + ∞
x + ∞

c) lim (4 + x3) = 4 + 23 = 4 + 8 = 12
x 2

d) lim [(3x + 3) / (2x - 5)] = [(3.4 + 3) / (2.4 - 5)] = 5


x 4

e) lim [(x + 3) (x - 3)] = (4 + 3) (4 -3) = 7.1 = 7


x 4
Limites
x 2  5x  4
f) Lim
x 1 x 1
3
g) Lim
x  3x  2
x 1 x2  1

x3  3
h) Lim
x 0 x
x4  1
i) Lim 3
x 1 x  1

x 1
3
j) Lim
x 1 x 1
Limites
x 2  5x  4
f) Lim R: -3
x 1 x 1
3
g) Lim
x  3x  2 R: 0
x 1 x2  1

x3  3 3
h) Lim R:
x 0 x 6
x4  1
i) Lim 3 R: 4/3
x 1 x  1

x 1
3
j) Lim R: 2/3
x 1 x 1
i) e j) utilizar os
expoentes

Você também pode gostar