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Cálculo de Limites

Técnicas para Cálculo de limites - ao calcular um limite, podemos escolher três processos básicos, ou seja, procurar determinar o limite
graficamente (esboçar o gráfico) ou numericamente (tabelar a função) ou analiticamente (substituição direta), que veremos a seguir.

Propriedades dos Limites

1ª) lim  f ( x)  g ( x)  lim f ( x)  lim g ( x) Exemplo:


x a x a x a

O limite da soma é a soma dos limites. x 1


 
lim x2  3x  lim x2  lim 3x
x 1 x 1
O limite da diferença é a diferença dos limites.

2ª) lim  f ( x).g ( x)  lim f ( x). lim g ( x) Exemplo:


x a x a x a

O limite do produto é o produto dos limites. x


 
lim 3x3.cos x  lim 3x3. lim cos x
x x

lim f ( x) Exemplo:
 f ( x )  x a
3ª) lim   lim cos x
x  a  g ( x)  lim g ( x)  cos x 
x a lim   x 0

x 0  x 2  1  lim x 2  1
x 0
O limite do quociente é o quociente dos limites desde que
o denominador não seja zero.

  Exemplo:
4ª) lim  f ( x) n   lim f ( x)  n n  N*
x a  x  a 
x 1
 
 x 1

lim x 2  3 2   lim x 2  3  2

n N*

Exemplo:
lim n f ( x)  lim f ( x)
5ª) x a x a
n  N * e f ( x)  0 ( Se f ( x)  0, n é impar) lim x3  x 2  1  lim x3  x 2  1
x 2 x 2
n  N * e f ( x)  0 ( Se f ( x)  0, n é impar)

  Exemplo:
6ª) lim ln f ( x)   ln lim f ( x) se lim f ( x)  0
x a  x a  x a

x e
  
 x e 

lim ln x 2 )  ln lim x 2  se lim f ( x)  0
x a

  Exemplo:
7ª) lim sen( f ( x))  sen  lim f ( x) 
x a  x a   
lim sen( x 2  3x)  sen  lim ( x 2  3x) 
x 1  x 1 

lim f ( x) Exemplo:
8ª) lim e f ( x)  e x c
x a lim x 2  3 x
lim e x  3x  e x 1
2

x1

10
Limite de uma função polinomial
Se p  f (x) é uma função polinomial e a é um número arbitrário, então

lim f ( x)  f (a) Substituição direta


xa

Podemos dizer que o limite pode ser calculado por substituição direta.

Exemplo 1

Calcule o lim 3x 2  5 x  2
x 2
Solução:

lim 3x 2  5 x  2 = lim 3x 2  lim 5 x  lim 2 1ª Propriedade – soma ou diferença


x 2 x 2 x 2 x 2

= 3(2) 2  5(2)  2 Substituição direta


=4
O exemplo é uma ilustração da definição citada acima que afirma que o limite de um polinômio pode se calculado por substituição direta.
Interpretação: quando x se aproxima de 2 (pela direita e pela esquerda, a função y se aproxima e 4).

Exemplo 2

x3  2 x 2  3x  2
lim 3
x 2 x2  4x  3

Solução

x3  2 x 2  3x  2 3 x 3  2 x 2  3x  2
lim 3 = lim 5ª Propriedade – Radical
x 2 x2  4x  3 x 2 x2  4x  3

(2)3  2(2) 2  3(2)  2


= 3 = 3  8 = 2 Substituição direta
2
(2)  4(2)  3

E X E R C Í C I OS

Calcule os limites.

a) lim (3x 2  5 x  2)
x 2

x2  2x  3
b) lim
x  1 4 x  3
2
 2x2  x  1 
c) lim  
x  1  3x  2 

x 3  2 x 2  3x  2
d) lim 3
x  2 x2  4x  3
2
 x 3  3x 2  2 x  5 
e) lim  
x  4  2 x 2  9 x  2 

4 9
Respostas: a) 4 b) c) 4 d) -2 e)
7 4

11
0 
Casos com indeterminação ; ; 0.
0 

Exemplo 3
x2  4
Calcule o lim
x 2 x 2  2 x
Solução
2
x 4
lim
x 2 x 2  2 x

x2  4 (2) 2  4 0
= lim = = Substituição direta
2 2
x  2 x  2 x (2)  2( x) 0

0
indica INDETERMINAÇÃO e nada podemos concluir ainda sobre o limite procurado.
0
Manipulando algebricamente (simplificando) a função temos:

x2  4
Fatorando
x2  2x
( x  2)( x  2)
=
x( x  2)
( x  2)
=
x
Considerando que no cálculo do limite de uma função, quando x tende a c, interessa o comportamento da função quando x se aproxima de c
e não o que ocorre com a função quando x=c, concluímos:
x2  4 ( x  2)
lim = lim
x 2 x 2  2 x x 2 x
22
= Substituição direta
2
=2
Assim, quando ocorrer indeterminação devemos simplificar a função em seguida fazer a substituição direta.

Exemplo 4
3
2x  x2  4x  1
lim
x  1 x 3  3x 2  5 x  3

Solução
2 x3  x 2  4 x  1 2(1)3  (1) 2  4(1)  1 0
Fazendo substituição direta lim = = Isso indica INDETERMINAÇÃO e nada podemos
x 1 x3  3x 2  5 x  3 3 2
(1)  3(1)  5(1)  3 0
concluir ainda sobre o limite procurado. Devemos então tentar simplificar a função.
3 2 3 2
Os polinômios ( 2 x  x  4 x  1 ) e ( x  3x  5 x  3 ) se anulam para x=1; portanto, são divisíveis por (x-1). Efetuando-se as divisões
3 2 3 2
( 2 x  x  4 x  1 ) e ( x  3x  5 x  3 ) por x – 1, obtemos:

2 x3  x 2  4 x  1 ( x  1).( 2 x 2  3x  1) 2 x 2  3x  1
 
x3  3x 2  5 x  3 ( x  1).( x 2  2 x  3) x2  2x  3

Então:
2 x3  x 2  4 x  1 2 x 2  3x  1
lim = lim
x 1 x3  3x 2  5 x  3 x 1 x 2  2 x  3

2(1) 2  3(1)  1
= Substituição direta
(1) 2  2(1)  3
=2

11
E X E R C Í C I OS

Calcule os limites
x2  1 x3  3x 2  x  3
a) lim e) lim
x 1 x  1 x  1 x3  x 2  2
4  x2 3x3  4 x 2  x  2
b) lim f) lim
x  2 2  x x 1 2 x3  3x 2  1
x3  1 x 3  3x  2
c) lim g) lim
x 1 x2 1 x 1 x 4  4 x  3

x 4  16
d) lim
x  2 8  x3
3 8 4 5 1
Respostas: a) 2 b) 4 c) d)  e)  f) g)
2 3 5 3 2

Funções definidas por mais de uma sentença

Exemplo 5
 x 2  3x  2
 se x  1
f ( x)   x 1
3 se x  1

Calcule o lim f ( x)
x1
Solução
Como no cálculo do limite de uma função, quando x tende a a x  a  , interessa o comportamento da função quando x se aproxima de
2
x  3x  2
a e não o que ocorre com a função quando x  a  . Assim na função acima, mesmo que seja para valores de x  1
x 1
podemos calcular o limite dessa função quando x tende a 1 (iremos analisar o comportamento da função nas proximidades de 1 e não
exatamente no x  1 .

x 2  3x  2 0
lim f ( x) = lim = INDETERMINAÇÃO
x1 x 1 x 1 0
( x  1)( x  2)
= lim Fatorando
x 1 ( x  1)
= lim ( x  2) = 1 Substituição direta
x 1

Exemplo 6
 2 x  4 se x  1

f ( x )   1 se x  1 Calcule os limites: lim f ( x) e lim f ( x)
3  x se x  1 x 1 x 1

Solução
lim f ( x) - deseja-se calcular o limite da função para valores de x se aproximando de 1 pela direita, ou seja, x  1 . Para x  1 temos:
x 1
lim (3  x)  2
x 1

lim f ( x) - deseja-se calcular o limite da função para valores de x se aproximando de 1 pela esquerda, ou seja, x  1 . Para x  1 temos
x 1
lim f ( x) = lim x 2  4  3
x 1 x 1
Como os limites laterais são diferentes, dizemos que lim f ( x) não existe.
x1

12
E X E R C Í C I OS

a) Seja a função f definida por:


 2 2 x  3x  2
 se x  2
f ( x)   x2
3 se x  2

Calcule o lim f ( x)
x2

b) Seja a função f definida por:


 2 2x  9x  9
 se x  3
f ( x)   x3
3 se x  3

Calcule o lim f ( x)
x  3

c) Seja a função f definida por:

3x  2 se x  1

f ( x )  2 se x  1
4 x  1 se x  1

Calcule os limites: lim f ( x) ; lim f ( x) e lim f ( x)
x 1 x 1 x1

d) Seja a função f definida por:


3  2 x se x  1
f ( x)  
4  x se x  1
Calcule os limites: lim f ( x) ; lim f ( x) e lim f ( x)
x  1 x  1 x  1
e) Dada função f definida por
3x  2 se x  1

f ( x)  3 se x  1
5  ax se x  1

Determine a   para que exista lim f ( x) .
x  1
Respostas: a) 5 b) -3 c) 1 5 não existe d) 5 5 5 e) -10

c
Casos com divisão por zero: ; c é um número qualquer diferente de zero. LIMITES INFINITOS
0
Exemplo 7
3x  2
Ache o limite lim
x 1 ( x  1) 2
Solução
3x  2 3(1)  2 5
lim =  NÃO EXISTE DIVISÃO POR ZERO. Assim, o limite da função não existe, ou seja, o limite a esquerda é
x 1 ( x  1) 2 2
(1  1) 0
diferente do limite lateral direito, mas, isso não impede que calculemos separadamente os limites laterais. Nessas situações é recomendado
tabelar a função quando x se aproxima de 1 para chegarmos a uma conclusão.

x 1


x 1 0 0,5 0,9 0,99 0,999 0,9999 0,999999


3x  2 4.999.996.999.712
f ( x)  2 14 470 49.700 4.997.000 499.970.000
( x  1) 2

f (x) 


13
x 1


x 1 1 1,1 1,5 1,01 1,001 1,0001 1,000001


3x  2 5.000.003.000.822
f ( x)  8 26 530 50.300 5.003.000 500.030.000
( x  1) 2

f (x) 

“ f (x) cresce sem limitação quando x tende a 1 ”

3x  2 3x  2 3x  2
lim   e lim   logo, lim  
 2  2 x 1 ( x  1) 2
x 1 ( x  1) x 1 ( x  1)

Esboçando o gráfico confirmamos tal comportamento:

50100

40100

30100

20100
Observem que o gráfico apresenta um assíntota vertical (reta vertical) em
10100
x  1 . Nesse ponto a função tende a infinito positivo.
100
0,8 1 1,2
1

Vejamos como chegar à mesma conclusão sem construir a tabela (muito cansativo)!!!

f ( x) c 
Sejam f (x) e g (x) duas funções tais que lim   lim f ( x) = c  0 e lim g ( x)  0  . Então,
x a g ( x) 0  x  a x a 
f ( x) f ( x)
lim   se  0 quando x está próximo de a;
x  a g ( x) g ( x)

f ( x) f ( x)
lim   se  0 quando x está próximo de a;
x  a g ( x) g ( x)

Exemplo 8
3x  2
Calcule lim
x 1 ( x  1) 2
Solução:
f ( x) 3x  2
lim = lim
x a g ( x) x 1 ( x  1) 2
3x  2
= lim Substituição direta
x 1 ( x  1) 2
3x  2 3(1)  2 5
= lim =  Esse resultado não existe na matemática!!!
x 1 ( x  1) 2 2
(1  1) 0

Para calcularmos o limite sem precisar tabelar a função, atribua valores a x pela esquerda: x 1 , por exemplo, x = 0,9 e substitua na
3x  2 3(0,9)  2 3x  2
função: =  470 . Como 470  0 podemos concluir que lim  
( x  1) 2 (0,9  1) 2 x 1 ( x  1) 2

 3x  2 3(1,1)  2
Atribua valores a x pela direita: x 1 , por exemplo, x=1,1 e substitua na função: =  530 . Como 530  0
2
( x  1) (1,1  1) 2
3x  2
concluímos que lim  

x 1 ( x  1) 2
3x  2
Assim, lim   (lembre-se que o limite não existe - infinito não é número).
x 1 ( x  1) 2

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Exemplo 9
2x  1
Calcule o lim
x 1 x  1
Solução
2 x  1 2(1)  1 3 2x  1 2x  1
lim = = . O limite não existe! Mas podemos calcular os limites laterais: lim e lim .
x 1 x  1 1 1 0 x 1 x 1 x 1 x 1

Atribua valores a x pela esquerda de 1, x 1 :


2x  1 2(0,9)  1 2x  1
x = 0,9 e substitua na função: =  28  0 podemos concluir que lim  
x 1 (0,9)  1 x 1 x 1

Atribua valores a x pela direita, x 1


2x  1 2(1,1)  1 2x  1
x=1,1 e substitua na função: =  32  0 concluir que lim  
x 1 1,1  1 x 1 x 1
2x  1 2x  1
Assim, lim   e lim  
x 1 x 1 x 1 x 1

E X E R C Í C I OS

Calcule os limites
x4
a) lim
x 2 x  2

x4
b) lim
x 2 x  2

1  2x
c) lim
x  3 x  3
1  2x
d) lim
x3 x  3

2 x 2  3x  5
e) lim
x 2 2  x 3
2 x 2  3x  5
f) lim
x 2 2  x 3

Respostas: a)   b)   c)   d)   e)   f)  

LIMITES NO INFINITO
x
n
1ª. lim x =  se n é um número inteiro e positivo
x 

n    se n é par 2ª a.
2ª. lim ( x) = 
x    se n é ímpar 2ª b.

x

3ª. lim ( x) n =  se n é um número inteiro e positivo


x  

   se n é par 4ª a.
4ª. lim xn = 
x    se n é ímpar 4ª b.

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Exemplo 10
x


lim x 5   expoente n inteiro e positivo
x  a. lim (  x) 2   ( n é par)
x 
lim x 2  
x  b. lim (  x)5   (n é ímpar)
x 
x

3ª. lim ( x)5   n é um número inteiro e positivo


x  

4ª a. lim x 2   n é par
x 

4ª b. lim x 5   n é ímpar
x  

Se n é um número inteiro e positivo Se n é um número inteiro e negativo


1 1
5ª. lim = 0 7ª. lim = lim x n = Aplicar a 1ª propriedade = lim x n = 
x  xn x  x n x  x 
1 1
6ª. lim =  8ª. lim = 0
x   xn x   xn

Exemplo 11
1
5ª. lim = 0
x   x3
1
6ª. lim = 
x    x3
1
7ª. lim = lim x 3
x   x 3 x 

Aplicar 1ª propriedade lim x n    lim x 3  


x  x 
1
8ª. lim =0
x    x 3

2 n
9ª. Se f ( x)  a0  a1x  a2 x  ...  an x , an  0 é uma função polinomial, então:

lim a0  a1x  a2 x 2  ...  an x n = lim an x n e,


x  x 

lim a0  a1x  a2 x 2  ...  an x n = lim an x n onde an x n é o termo de maior grau do polinômio.


x  x  

Exemplo 12
lim 3x  x 4  3x = lim 3x 5
5
x  x 

Aplicando a 1ª propriedade: lim x n =  temos


x 

lim 3x 5 = 
x 

lim 3x 5  x 4  3x = lim 3x 5
x   x  

Aplicando a 4ªb propriedade: lim x n   se n é ímpar temos lim 3x 5 = 


x  x  

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Se f ( x)  a0  a1x  a2 x 2  ...  an x n , an  0

g ( x)  b0  b1x  b2 x 2  ...  bn x m , bm  0

f ( x) a  a1x  a2 x 2  ...  an x n a xn a n  m Aplicar a propriedade mais conveniente (já citada


lim = lim 0 = lim n = lim n x
x  g ( x ) 2
x   b0  b1x  b2 x  ...  bm x m x   bm x m x   bn
acima) dependendo do sinal da variável x e do expoente (n-m).

f ( x) a  a x  a2 x 2  ...  an x n an x n an n  m
lim = lim 0 1 = lim = lim x Aplicar a propriedade mais conveniente (já
x    g ( x) x    b0  b1x  b2 x 2  ...  bm x m x    bm x m x    bn
citada acima) dependendo do sinal da variável x e do expoente (n-m).

Exemplo 13
6
2 x  x 4  3x 3  x  3 2x6
lim = lim Simplificar
x  2 x 4  2 x3  10 x  2x4

= lim x 2 Aplicar 1ª propriedade


x 
= 

2 x 6  x 4  3x 3  x  3 2x6
lim = lim Simplificar
x  2 x 7  2 x3  10 x  2x7

lim x 1 =
1
= lim Aplicar a 5ª propriedade
x  x  x
= 0
E X E R C Í C I OS

Calcule os limites

a) lim 4 x 2  5 x  2
x 

b) lim  3x3  2 x 2  5 x  2
x  

c) lim 5 x3  4 x 2  3x  2
x  

d) lim 3x 4  7 x3  3x  2
x  

e) lim 3x3  7 x3  3x  2
x  

Respostas: a)   b)   c)   d)   e)  

Calcule os limites
3x  2 d)
4x  1 x4  4
a) lim lim g) lim
x   5x  1 x    3x 2
 5x  2 x    8x5 1
b)
5  4x x  3x  4
2
lim e) lim
x   2x  3 x   3x3  5x 2  6 x  2
c)
5x 2  4 x  3 x3  1
lim f) lim
x  3x  2 x   x2 1

3 c)  f) 
Respostas: a) b) -2 d) 0 e) 0 g) 0
5

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Limites fundamentais

Os três limites abaixo são denominados limites fundamentais e podem ser utilizados no cálculo de outros limites, quando necessário. A
demonstração será omitida aqui, porém é aconselhável que os estudantes façam a verificação através da visualização gráfica e/ou com a
construção de tabelas.

1º Limite Fundamental: “Se x é um arco em radianos e sen x é a medida do seno desse arco; então quando o arco x tender a zero, o
limite da divisão do valor de seno de x pela medida do arco x será igual a 1”

sen x
lim 1
x 0 x
Intuitivamente isto pode ser percebido da seguinte forma: seja x um arco em radianos, cuja medida seja próxima de zero, digamos x = 0,0001
rad. Nestas condições, o valor de senx será igual a sen 0,0001 = 0,00009999, (obtido numa calculadora científica). Efetuando-se o

senx 0,00009999 senx


quociente, vem:   0,99999  1 . Quanto mais próximo de zero for o arco x, mais o valor do quociente se
x 0,0001 x
aproximará do valor 1, caracterizando-se aí, a noção intuitiva de limite de uma função.

Exemplo 1
senx
Calcule o limite: lim
x 0 5x
Solução
A técnica de cálculo de limites consiste, na maioria das vezes, em conduzir a questão até que se possa aplicar os limites fundamentais,
facilitando assim, as soluções procuradas.
senx
lim
x 0 5x
1 senx
 lim .
x 0 5 x
1 senx
 lim . lim 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
x 0 5 x 0 x
1
 .1
5
1

5

Exemplo 2
sen3x
Calcule o limite: lim
x 0 x
Solução
sen3x
lim
x 0 x
senu u  3x , temos x  u
 lim Mudança de variável: fazendo
u 0u 3
3 Como x 0 e u  3x teremos u 0
3.senu senu
 lim  lim 3
u 0 u u 0 u
senu
 lim 3 . lim 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
u 0 u 0 u
 3 .1
3

18
Exemplo 3
tg x
Calcule o limite: lim
x 0 x
Solução
tg x
lim
x 0 x
senx
 lim cos x
x 0 x
senx 1
 lim .
x  0 cos x x
senx 1
 lim .
x 0 x cos x
senx 1
 lim . lim 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
x 0 x x 0 cos x
1 1 por substituição direta.
 1. lim Calcular o  lim
x  0 cos 0 x  0 cos x

 1.1  1

E X E R C Í C I OS

Calcule os limites
sen 2 x tg 2 x
a) lim c) lim
x 0 x x 0 3x
sen3x sen3x
b) lim d) lim
x 0 2 x x  0 sen5 x
3 2 3
Respostas: a) 2 b) c) d)
2 3 5

x
 1
2º Limite Fundamental: lim 1    e onde e  2,71828...número de Euler
x   x

2x
 1
Exemplo 1 Calcule o limite: lim 1  
x   x
Solução:
2x
 1
lim 1  
x   x
2
 1  x 
 lim 1    Aplicando propriedade de potência (a n ) m  a n.m
x    x 

2
  1 
x
  lim 1    3ª Propriedade dos Limites: lim  f ( x) n   lim f ( x)  n

 x   x  x a  x a 

 e2  e 2

19
Exemplo 2
2x
 3 
Calcule o limite: lim 1  
x   4x 
Solução:
2x
 3 
lim 1  
x   4 x
1 3 3u
2.
3u Mudança de variável: fazendo  , temos x
 1 4 u 4x 4
 lim 1   4x
u   u Como x  e u teremos u 
3
3u 3
.u
 1 2  1 2
 lim 1    lim 1  
u   u u   u
3
 1 2
u

  lim 1    3ª Propriedade dos Limites: lim  f ( x) n   lim f ( x)  n
x a  x a 
u   u  
3 3
 e2  e 2

Exemplo 3
1
Calcule o limite: lim 1  x  x
x 0
Solução:
1
lim 1  x  x
x 0

1 1
u Mudança de variável: fazendo u , temos x
 1 x u
 lim 1  
u   u Como x  0 e u
1
teremos u 
x
e

E X E R C Í C I OS

Calcule os limites
x
 3
a) lim 1  
x   x
1 x
 1
b) lim 1  
x   x
x2
 2
c) lim 1  
x   x
x
 1
d) lim 1  
x    x
1 1
Respostas: a) e3 b) c) e2 d)
e e

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3º Limite Fundamental: “ Seja um valor exponencial b x , onde b é a base, positiva e diferente de 1. Sendo x o expoente, um numero
bx  1
real qualquer temos que: se o número x tender a zero então a expressão assumirá o valor de ln b .
x

b x 1
lim  ln b
x 0 x

Exemplo 1
Calcule o limite:

e3 x  1
lim
x 0 x
Solução

e3 x  1
lim
x 0 x

eu  1 u  3x , temos x 
u
 lim Mudança de variável: fazendo
3
u 0 u 3 Como x  0 e u  3x teremos u  0
3
 lim eu  1.
u 0 u

eu  1
 lim .3
u 0 u

eu  1
 lim 3. lim 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
u 0 u 0 u

 3.ln e
3

Exemplo 2
Calcule o limite:

e2x  1
lim
x 0 e
3x
1
Solução

e2x  1
lim
x 0 e
3x
1

e2x  1
 lim x Dividindo o numerador e denominador da função dada por x ( a expressão não se altera).
x 0 e  1
3x

x
e2x  1
lim
x 0 x 3ª Propriedade de Limites “O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero.”

e 3x
1 (consultar página 10)
lim
x 0 x
Resolvendo separadamente os limites do numerador e denominador :
u
e 1 u
Denominador: Mudança de variável fazendo: u  3x , temos x 
lim 3
x 0 u 2 Como x  0 e u  3x teremos u  0

eu  1
lim u
x 0 u 3 Numerador: Mudança de variável fazendo: u  2 x , temos x 
2
Como x  0 e u  2 x teremos u  0

21
eu  1
lim 2.
x 0 u

eu  1
lim 3.
x 0 u

eu  1
lim 2. lim
x 0 x 0 u
 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
eu  1
lim 3. lim
x 0 x 0 u
2 ln e

3 ln e
2

3

Exemplo 3
Calcule o limite:

5 x  25
lim
x 2 x  2
Solução

5 x  25
lim
x 2 x  2

5u  2  25 Mudança de variável: fazendo u  x  2 , temos x  u  2


lim
u 0 u Como x  0 e u  x  2 teremos u  0

5u.52  52
lim Propriedade de potências
u 0 u

52 (5u  1)
lim Fatorar: Fator comum em evidência
u 0 u

5u  1
lim 52. lim 2ª Propriedade dos Limites: “O limite do produto é o produto dos limites” (consultar página 10).
u 0 u 0 u

25.ln 5

E X E R C Í C I OS

Calcule os limites

e2 x  1 e x  e2
a) lim d) lim
x 0 x x 2 x  2
23 x  1 3x  9
b) lim e) lim 
x 0 x x 2 x  2
32 x  1
c) lim 5 x
x 0 2  1

c)
Respostas: a) 2 b) 3 ln 2 2 ln 3 d) e2 e) 9 ln 3
3 ln 2

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