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AULA 01

LIMITES E CONTINUIDADE

PROFESSOR JOÃO ALESSANDRO


JULHO - 2012
Longe, ao norte, numa terra chamada INFINITO, existe uma rocha.
Possui 100 Km de altura, 100 Km de largura e 100 Km de
comprimento. A cada milênio um pássaro vem nela afiar o seu bico.
Assim, quando a rocha estiver totalmente gasta pela ação do
pássaro, um dia na eternidade terá se passado. (Hendrick Van Loon)
Noção Intuitiva
Sucessões Dizemos
numéricas que:
Os termos tornam-se cada vez
1, 2, 3, 4, 5, .... maiores, sem atingir um limite x→+∞
1 2 3 4 5 Os números aproximam-se
, , , , ,..... cada vez mais de 1, sem x→1
2 3 4 5 6 nunca atingir esse valor
Os termos tornam-se cada vez
1, 0, -1, -2, -3, ... menor, sem atingir um limite x→-∞
3 5 6 Os termos oscilam sem tender
1, ,3, ,5, ,7,... a um limite
2 4 7
Definição de Limites
 Seja f(x) definida em um intervalo aberto
em torno de “a” (um número real), exceto
talvez em a.
c a d

 Dizemos que f(x) tem limite L quando x


tende a “a” e escrevemos
Figura 1: Um intervalo aberto de raio 3 em torno de
x0 = 5 estará dentro do intervalo aberto (2, 10).

Figura 1:
Definição informal de limite

Seja f(x) uma função definida em um intervalo aberto em


torno de x0, exceto, possivelmente em x0.

Se f(x) fica arbitrariamente próxima de L para todos os


valores de x suficientemente próximos de x0, então
dizemos que a função f tem limite L quando x tende para
x0 e escrevemos: lim f(x) = L
x→ x0

x0
 Definição de Limite
y

L+ε

L -ε

0 a- δ a a+ δ x

O limite de uma função y = ƒ(x) , quando x tende a “a“ , a ∈ R ,


indicado por lim ƒ(x) é a constante real“L“ , se para qualquer ε
(épsilon), ε ∈ R , ε > 0 , por menor que seja, existir δ (delta), δ ∈
R , δ > 0 , tal que:
Ix–aI <δ → I ƒ(x) - L I < ε .
Exemplo - Limites
Seja y = f(x) = 2x + 1
Aproximação à direita Aproximação à esquerda
x y x y
1,5 4 0,5 2
1,3 3,6 0,7 2,4
1,1 3,2 0,9 2,8
1,05 3,1 0,95 2,9
1,02 3,04 0,98 2,96
1,01 3,02 0,99 2,98
Limites
4,0

3,5

3,0
y

2,5

2,0

0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6


x
Limites
Nota-se que quando x tende para 1, pelos
dois lados, ao mesmo tempo, y tende para 3,
ou seja, (x 1) implica em (y 3). Assim,
diz-se que:

lim f ( x) = lim(2 x + 1) = 3
x →1 x →1
Neste caso o limite é igual ao valor da função.
f(x) = f(1) = 3
lim
x→1
Limites

x2 + x − 2
No caso da função f(x) = é diferente pois
x −1
f(x) não é definida para x = 1. Porém o limite existe

e é igual 3.

Ver gráfico a seguir:


Limites
4,0

3,5

3,0
y

2,5

2,0

0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6


x
Limites Laterais
 Quando faz-se x tender para a, por valores menores que a,
está-se calculando o limite lateral esquerdo. x a -
 Quando faz-se x tender para a, por valores maiores que a,
está-se calculando o limite lateral direito. x a +
 Para o limite existir, os limites laterais devem ser iguais:

lim− lim+
[f(x)] x= →a[f(x)] x →a
Dada a função f: IR → IR, definida por f(x) = x + 3.

Estudemos o comportamento da função f(x) quando x estiver


próximo de 1, mas não for igual a 1.
Pela direita
Pela esquerda
y x f(x) = x + 3
x f(x) = x + 3
2 5
0 3
1,5 4,5
0,25 3,25
4 1,25 4,25
0,75 3,75
1,1 4,1
0,9 3,9
1,01 4,01
0,99 3,99
1,001 4,001
0,999 3,999
1,0001 4,0001

lim f ( x) = 4 lim f ( x) = 4
x →1− 1 x x →1+
 x + 1, para x ≤ 1
Dada a função f: IR → IR, definida por f ( x) = 
 x + 3, para x > 1
Determinar, graficamente, lim f ( x)
x→1

lim+ f ( x) = 4 4
x →1

lim− f ( x) = 2 2
x →1

Não existe limite de f(x), quando x tende para 1


Noção Intuitiva de Limite Noção intuitiva de limite

∴lim(x2 ) = 4
x →2

“O limite da função f(x) = x2 quando x tende a 2 é 4”.


EXERCÍCIO 1
O que ocorre com f(x) próximo de x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) não existe


x 1
EXERCÍCIO 2
O que ocorre com f(x) quando x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) = L = 2
x 1
EXERCÍCIO 3
O que ocorre com f(x) quando x = 1?
y

1 5 x

Lim f(x) sim existe, mas não coincide com f(1)


x 1
Continuidade de uma função em um número

Uma função f é contínua em um número x0 se


lim f ( x) = f ( x0 )
x → x0

Nenhuma destas funções é contínua em x = xo.

a) b) c)
Continuidade de uma função em um intervalo aberto

Uma função f é contínua em um intervalo aberto


se for contínua em todos os pontos desse intervalo.
]a, b[
BIBLIOGRAFIA

1) DEMANA, WAITS, FOLEY, KENNEDY. Pré-Cálculo. São Paulo:


Pearson, 2009.
2) DEMIDOVITCH, B. Problemas e exercícios de análise matemática.
Moscou: Mir, 1977. 488 p.
3) FLEMMING, D. M. Cálculo A. 6. ed. São Paulo: Pearson, 2006.
4) LEITHOLD, L. O cálculo com geometria analítica. v. 1 e 2. 2. ed. São
Paulo: HARBRA, 1982.
5) PISKUNOV, N. Cálculo diferencial e integral. v. 1. Moscou: Mir, 1977.
6) ROGAWSKI, J. Cálculo. v.1. Porta Alegre: Bookman, 2009.
7) STEWART, J. Cálculo. v. 1. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 2001. 577 p.
8) SWOKOWSKI, E.W. Cálculo com geometria analítica. v. 1. 2. ed. São
Paulo: Makron Books, 1994. 744 p.
9) THOMAS, G. B. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pearson, 2002.

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