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Noção intuitiva
Gráfico:
lim x→1 f ( x) = 3
Definição: se a função f(x) tende a uma constante L quando x tende a p, qualquer que seja a
maneira pela qual ela se aproxime sem, todavia, assumir o valor p, diz-se que L é o limite
de f(x) quando x tende a p. Isto é indicado pela notação:
Obs:
1a.) O que interessa para o cálculo do limite não é o valor que a função tem no ponto,
mas sim de onde ela se aproxima.
2 x + 1 se x ≠1
Ex: f(x)=
5 se x =1
f(1)=5
3
lim x→1 f ( x) = 3
2 x 2 − x − 1 (2 x + 1)( x − 1)
Ex1: f(x)= = = 2x + 1 D=R-{1}
x −1 x −1
g(x) f(x)
3 3
1 `1
x2
Ex2: f(x)= x D=R g(x)= D=R-{0}
x
g
lim x →0 g ( x) = 0
3a. ) Pode ocorrer que uma função exista no ponto, mas não tenha limite nesse
ponto.
x2 se x ≤ 2
Ex.: f(x)=
x + 5 se x > 2
f(2)=4
∃ lim x→2 f ( x)
Vemos assim que, embora a função exista no ponto 2, ela não tem limites nesse
ponto.
Limites laterais
lim x →2− f ( x) Limite à esquerda ou limite da função f(x) quando x tende a 2 pela esquerda.
lim x → 2+ f ( x) Limite à direita ou limite da função f(x) quando x tende a 2 pela direita
lim x → 2+ f ( x) =7
Para que uma função tenha limite num ponto, os dois limites laterais devem existir e serem
iguais.
Exercícios:
1) Para cada uma das funções abaixo, esboce seu gráfico e, utilizando a idéia
intuitiva de limite, calcule:
a) f(x)=x³ , a=2
b) f(x)=3x+1, a=3
2 x + 1, se x ≠ 3
c) f(x)= a=3
8 se x = 3
x ², se x ≥ 0
d) f(x)= a=0
− x se x < 0
2 x, se x ≥ 2
e) f(x)= a=2
7 se x < 2
2) Utilizando a idéia intuitiva de limite, calcule:
x² − 4 x² + x
a) lim x →2 b) lim x →0 c) lim x →0 senx
x−2 x
Limite e continuidade
f(1)=3
lim x→1 f ( x) = 3 = f(1)
1
função contínua
Logo, dizemos que uma função f(x) é contínua no ponto x=a se e somente se
lim x→ a f ( x) = f (a )
Vemos assim que para uma função ser contínua no ponto devem ser satisfeitas 3 condiçoes:
Propriedades
Se f(x) e g(x) são contínuas para x=a, então também são contínuas para x=a.
1) f(x)+g(x)
2) f(x)-g(x)
3) f(x).g(x)
f ( x)
4) , g (a) ≠ 0
g ( x)
1) h(x)=x 2 + sen 4 x
2) h(x)=x 3 −2 | x |
3) h(x)= 2 x cos 5 x
5 + sen 3 x
4) h(x)=
x2 +1
Exercícios:
1) Calcule os limites:
a) lim x →2 x ² − 1 3x + 1
f) lim x →−2
b) lim x →1 x ³ − 1 5
g) lim x →0 cos x
x +1
c) lim x →3 h) lim x→π / 2 senx
x+2
d) lim x→0 ex x ² − 3x + 4
i) lim x→1
e) lim x →0 e − x 1 + x + x²
2) Determine se a função é contínua no ponto x dado.
x ², se x ≥ 2 2 x − 1, se x ≤ 3
a) F(x)= x=2 c) F(x)= x=3
x + 1 se x < 2 3 x − 4 se x > 3
3x + 1, se x ≠ 1 0, se x ≤ 0
b) F(x)= x=1 d) F(x)= x=0
0 se x = 1 x se x > 0
3)
Quando a variável x assume valores cada vez maiores dizemos que ela tende a mais infinito
e indicamos x → +∞ . Analogamente, quando a variável x assume valores cada vez menores
dizemos que ela tende a menos infinito e indicamos por x → −∞ . Podemos ter os seguintes
casos de limite envolvendo infinito.
1) lim x →+∞ f ( x) = +∞
2) lim x →+∞ f ( x) = −∞
3) lim x→ +∞ f ( x) = b
4) lim x →−∞ f ( x) = +∞
5) lim x →−∞ f ( x) = −∞
6) lim x→ −∞ f ( x) = b
7) lim x→ a f ( x) = +∞
8) lim x→ a f ( x) = −∞
Ex.: 1) f(x)=x 2
lim x →+∞ f ( x) = +∞ (1º.caso)
lim x →−∞ f ( x) = +∞ (4o. caso)
Ex. 2) f(x)-x+2
Ex.3) f(x)=x 3
x
1
Ex.4) f(x)=
2
D=R
Im=R-{0}
lim x → +∞ f ( x) = 0 (3o. caso)
lim x →−∞ f ( x) = +∞ (4o. caso)
Ex.5) f(x)=3 x
1
Ex.6) f(x)=
x2
D=R-{0}
∃ f(0)
1
Ex.8) f(x)=
x
D=R
∃ f(0)
lim x →0− f ( x) = −∞
lim x →0+ f ( x) = +∞ ∃ lim x →0 f ( x)
OBS:
1. quando se afirma que um limite existe, deve ser entendido por isto , que o limite existe e
é finito. Possível confusão surge quando, por exemplo, se escreve a expressão
lim x →a A = ∞ . Entretanto, isto não significa que A tende a um número designado por ∞,
mas apenas que A torna-se arbitrariamente grande, à medida que x tende para a.
2. ∞ não é número! (e não deve ser considerado como tal, ainda que, por conviniência, seja
usado da forma que um número seria usado, em algumas expressões.)
Exercícios:
Calcule os limites
OBS:
1) Função constante: lim x →a k = k
2) Nenhuma função trigonométrica tem limite quando a variável tende ao infinito.
f ( x) lim x →a f ( x) b
3o.) lim x →a = = (c≠0)
g ( x) lim x →a g ( x) c
Exemplos:
1) lim x→0 (x 2 + cos x ) =lim x→0 x 2 + lim x →0 cos x =0+1=1
2) lim x →1 3 x −2 | x |= lim x →1 3 x − lim x →1 2|x|=3-2=1
π 2 π 2
3) lim ∏ (x.senx)=lim ∏ x. lim ∏ senx= . =
x→
4
x→
4
x→
4
4 2 8
x 2 − 1 lim x →2 x 2 − 1 3
4) lim x→ 2 = =
x 3 + 2 lim x →2 x 3 + 2 10
5) lim x→0 ( x + 4) tgx = [lim x →0 ( x + 4)]lim x →0 tgx = 4 0 = 1
6) lim x→3 log 2 ( x 2 − 1) = log 2 lim x →3 ( x 2 − 1) = log 2 8 = 3
Casos especiais:
a) lim x→ +∞ f (x) =
b)lim x→ +∞ g (x) =
c) lim x→ +∞ [ f ( x) + g ( x)] =
Calcule:
cos x
1) lim x→0
x2
cos x
2) lim x→0
x3
x 2 − 25
3) lim x→5 =
x−5
3
4) lim x→1 =
1− x
Casos de indeterminação
1) ∞-∞
2) 0 x ∞
0
3)
0
∞
4)
∞
5) 0 0
6) ∞ 0
7) 1 ∞
Calcule os limites
x2 − 4 x −1
1) lim x→2 7) lim x→1
x 2 − 13x + 22 x³ − 1
2) lim tgx t ³ + 4t ² + 4t
π x 8) lim t →−2
x→
4 (t + 2)(t − 3)
3) lim x→ +∞ (3 x . log x) x3 − 8
9) lim x→ 2
x3 − 8 x−2
4) lim x→ 2
x−2 x³ − 2 x² − 4 x + 8
10) lim t →2
x2 +1 x 4 − 8 x ² + 16
5) lim x→1 2
x − 4x + 3
x3 + 1
6) lim x→ −1
x² − 1
4 5 9
lim x →∞ 2 x 3 + 4 x ² − 5 x + 9 = x ³ 2 + − + = lim x→∞ 2 x ³ = ∞ =
x x² x³
a 0 x m + a 1 x m-1 + ... + a m -1 x + a m ∞
lim x→ ±∞ m m -1
=
b 0 x + b1 x + ... + b m-1 x + b m ∞
a a a m -1 a m
x m a 0 + 1 + 22 + ... + +
x m−1 x m
lim x→ ±∞
x x
b b b n -1 b n
x n b 0 + 1 + 22 + ... + +
x x x n −1 x n
a0 x m
=lim x→ ±∞
b0 x n
Para calcular o limite de uma função racional quando a variável tende a infinito, basta
calcular o limite do quociente dos termos de mais alto grau do numerador e
denominador.
Ex:
2 x 5 − 3x 4 + 7 x 2 − x + 12
1) lim x→ +∞
9 x 5 + 13x 3 + x 2 + x − 1
3x 8 + 2 x 7 − 5 x 4 + x 2 − 7
2) lim x→ +∞
4 x10 − x 9 + x 8 − 2 x 7 + x 4 + 13
− 5 x 7 + 2 x 6 − 5 x 3 + 4 x 2 − x + 12
3) lim x→ +∞
2 x 4 + 3x 3 − 5 x 2 + 19 x − 1
Limites fundamentais
sen x
1) lim x→0 =1
x
sen kx
2) lim x→0 =k
x
sen 9 x sen x − x
a) lim x→0 d) lim x→0
x x
sen 4 x tg kx
b) lim x→0 e) lim x→0
3x x
sen 10 x
c) lim x→0
sen 7 x
Limite de sequência
Sequência ou sucessão é uma função em que a variável pertence ao conjunto dos números
naturais, pode ser finita ou infinita. Indica-se por (a n ) onde a n é chamado termo geral da
sequência.
Ex:
1) f(n)=2n-1 , n ∈ N-> 1,3,5,7,...
2) f(n)=1/n, n ∈ N -> 1,1/2,1/3,1/4,...
3) f(n)=(n+1)/n , n ∈ N -> 2, 3/2, 4/3, 5/4, ...
1
4) f(n)= , n ∈ N -> 1, 1/ 2 , 1/ 3 , ...
n−2
Gráficos:
(formados por pontos isolados)
1) 2) 3)
(só tem sentido se for calcular limite da sequência tendendo ao infinito, quando tende a um
número, não faz sentido!)
Convergência de Sucessões
Dizemos que uma sucessão converge para um número fixo se, à medida que n aumenta, o
valor de f(n) se aproxima desse valor fixo.
1
1) Ex: f(n) =1/n converge para 0. lim n→∞ ( ) = 0
n
Se a medida que n aumenta, os valores de f(n) não convergem para nenhum valor fixo.
Dizemos que tal sequência diverge.
Entre as sucessões divergentes, existem aquelas que em que à medida que n aumenta, os
valores de f(n) conseguem superar qualquer valor fixado; dizemos que essas sucessoes
divergem para mais infinito.
Existem sucessões que não divergem nem para mais nem para menos infinito.
OBS:
1. Não se calcula limite da sequência através de gráfico, mas somente analisando o
termo geral.
2. Quando o limite da sequência é infinito, a sequência é divergente e quando o limite
da sequência é finito, a sequência é convergente.
n + 1
3) lim n→∞ (inicialmente indeterminado)
n
1
4) lim n→∞ ( 1 + )n
n
n
1
A sequência cujo termo geral é a n = 1 + é chamada de sequência de Euler.
n
lim n → ∞ n
1
lim n→∞ 1 + n =1 ∞ (indeterminado)
1
1
n=1 -> a 1 = 1 + = 21 = 2
1
2
1 9
n=2 -> a 2 = 1 + = = 2,250
2 4
3 3
1 4 64
n=3 -> a 3 = 1 + = = = 2,370
3 3 27
4 4
1 5 625
n=4 -> a 4 = 1 + = = = 2,441
4 4 256
5 5
1 6 7776
n=5 -> a 5 = 1 + = = = 2,488
5 5 3125
6 6
1 7 117649
n=6 -> a 6 = 1 + = = = 2,521
6 6 46656
Outros valores:
n 1
n
1 +
n
10 2,593742
20 2,653298
50 2,691588
100 2,704814
500 2,715569
1000 2,716924
5.000 2,718010
50.000 2,718255
100.000 2,718268
1.000.000 2,718280
n
1
lim n→∞ 1 + = e
n
Um número próximo ao número e foi usado como base de um sistema de logaritmos pelo
matemático escocês John Napier (ou Neper) e ficou conhecido como sistema de logaritmo
neperiano.
Símbolos: log e N , ln N.
Outros limites iguais a e.
x
1
lim x→ +∞ 1 + = e
x
x
1
lim x→ −∞ 1 + = e
x
1
lim x→ −0 (1 + x ) x = e
Em geral: k∈ℜ-{0}
x
k
lim x→ +∞ 1 + = e k
x
x
k k
lim x→ −∞ 1 + =e
x
Exercício
Calcule:
x
10
a) lim x→ +∞ 1 +
x
2x
1
b) lim x→ +∞ 1 +
x
x
1 3
c) lim x→ +∞ 1 +
x
x
2
d) lim x→ +∞ 1 +
x
Aplicação: Juros capitalizados continuamente
Para calcularmos tal limite, podemos chamar 0,12/k de 1/x e consequentemente será
igual a k/0,12. Quando k tende a infinito, x também tende, de modo que o limite
acima pode ser expresso por:
2.( 0 ,12 )
1
2.( 0 ,12 ). x
1
x