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APROVA +

Curitiba 2023

Livro do PROFESSOR | física

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© 2023 – SAE DIGITAL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização
por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Catalogação na Publicação (CIP)


Aprova +: física : livro do professor / SAE DIGITAL S/A. - 1. ed. - Curitiba, PR : SAE DIGITAL
S/A, 2023.

144 p. : il. ; 28 cm.

ISBN 978-85-535-1773-2

1. Ensino Médio. 2. Física. 3. Universidades e faculdades – Vestibular.

I. Título.
CDD: 530
CDU: 37.046.14:53:371.1

Gerência Executiva Rita Egashira Vanzela


Coordenação Editorial Juliana Wojciechowski
Edição Lucas Carvalho Moreira, Mariana Rigo Passarin, Tássila Zerbini Monteiro Pereira
Coordenação de Cotejo e Revisão Fabiana Teixeira Lima
Cotejo e Revisão Anna Karolina de Souza, Brunno Freire, Everson de Lara Caetano, Gabriele Varão, Henrique Luiz Fendrich,
Igor Spisila, Juliana Basichetti Martins, Ludmilla Borinelli, Marcela Batista Martinhão, Priscila Sousa,
Rafaella Ravedutti, Thainara Gabardo, Victor Augusto de Lima Truccolo
Gerência de Design Tassiane Aparecida Sauerbier
Arte da Capa Cinthia Satoko Fujii de Siqueira, Deny Mayer Machado, Scarllet Gabardo Anderson, Wagner de Oliveira
Ramari
Especialista em Ilustrações Wagner de Oliveira Ramari
Ilustrações Cinthia Satoko Fujii de Siqueira, Deny Mayer Machado, Douglas Lopes Alves de Souza, Flávio Saburo Munhoz
de Oliveira, Scarllet Gabardo Anderson
Projeto Gráfico Thiago Figueiredo Venâncio
Iconografia Ana Paula de Jesus Gonçalves Cruz
Coordenação de Produção Visual Marina Prado Pereira de Mello
Diagramação André Lima, Diego Vinicius Kloss, Fernanda Wolf, Flávia Sousa Gonçalves, Gustavo Ribeiro Vieira, Jéssica
Xavier de Carvalho, Juliana Adami Santos, Luana Santos, Luciana Nesello Künzel, Luisa Piechnik Souza,
Raphaela Candido, Silvia Santos, Thiago Figueiredo Venâncio, Vanessa Trevisan Marcon
Supervisão de Processos e Qualidade Raul Jungles
Processos e Qualidade Bianca Borba, Camila Radulski, Luana Rosa de Souza, Mariana Chaves, Sara Scepanik, Sheila Roman
Colaboração externa Caroline Lúcia da Silva (Revisão), Clarice Yumi Yokoi Bogut (Diagramação), Estevam Cezar Maia Goulart
(Diagramação), Italo Demétrio de Jesus Barros (Revisão), Matheus Lincoln Borges dos Santos (Edição),
Muse Design (Diagramação), Patrik Wilson Goncalves (Testagem de Questões), Sincronia Design Gráfico
(Diagramação), Walter Zonaro Junior (Testagem de Questões)
Autoria Adriano de Souza Silva, Bruno Barbagallo Fonseca, Jéssica Miranda e Souza, Maria Lúcia de Camargo
Linhares, Patrik Wilson Gonçalves

Todos os direitos reservados.

SAE DIGITAL S/A.


R. João Domachoski, 5. CEP: 81200-150
Mossunguê – Curitiba – PR
0800 725 9797 | Site: sae.digital

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Aprova + SAE Digital
Estrutura da coleção
Recursos de aprendizagem
Trilhas digitais
Recursos para o professor
IV
VI
VIII
X
X
SUMÁRIO
Quadros de conteúdos XI
Conhecimentos de Física XII

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Aprova + SAE Digital
A Educação Básica brasileira vem, ao longo dos últimos anos, passando por uma série de mudanças que
visam à garantia de uma educação universal, voltada ao desenvolvimento de competências e habilidades
cognitivas, mas também atitudinais. A reforma do Ensino Médio, pautada pela Lei n. 13.415/2017, trouxe mu-
danças significativas para esse segmento e, com elas, diversos desafios. Dialogando com o Plano Nacional
de Educação (2014), o Novo Ensino Médio é um projeto amplo de reestruturação desse segmento. A nova
proposta tem como objetivo principal estabelecer um ensino com mais qualidade, que considere os inte-
resses dos jovens, diante das exigências do mundo contemporâneo e do dinamismo das novas tecnologias.
LIVRO DO PROFESSOR

As mudanças previstas pela reforma são sustentadas pelos seguintes documentos:


● Diretrizes curriculares nacionais do Ensino Médio (DCEM), de 2018;
● Lei de diretrizes e bases (LDB), atualizada em 2017;
● Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2018.
Ainda em período de implementação, para a qual estão sendo elaboradas diretrizes, a reforma elucida
a importância dessa etapa de estudos para a definição do futuro dos alunos e a necessidade de os sistemas
de ensino oferecerem meios para
● o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo juvenis;
● o estímulo à escolha dos jovens na construção de seus projetos de vida.
Considerando esses objetivos, e em consonância com nossa missão: Desbravar o caminho para uma
educação excelente e acessível, que permita a cada aluno e educador escolher e concretizar os próprios so-
nhos, o SAE Digital concebeu uma solução didática que promove o acesso à ciência, à tecnologia e à cultura
por meio de leituras críticas da realidade, resoluções de situações-problema, hierarquização e sistematiza-
ção dos objetos de conhecimento. Objetiva-se, desse modo, a consolidação das competências necessárias
para a aprovação dos estudantes nos vestibulares e para o êxito em sua vida acadêmica.
São utilizados como referências didático-pedagógicas de nossa solução:

● Matriz de Referência do ENEM, de 2009.

● Base Nacional Comum Curricular,


de 2018.

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IV

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Aprovação
O ingresso no Ensino Superior é o principal objetivo dos alunos neste momento
de suas vidas. Dessa forma, o SAE Digital se propõe a contribuir para que alcancem
esse sonho oferecendo um conjunto de soluções didáticas diferenciadas, listadas
abaixo, agregadas à apresentação dos principais conteúdos avaliados no Enem e em
vestibulares:
● Bateria de questões do Enem e de vestibulares para a prática e testagem dos

LIVRO DO PROFESSOR
conhecimentos;
● Recursos digitais que ampliam a exploração dos temas;
● Ferramentas de sistematização dos conteúdos estudados;
● Relatórios de desempenho para os alunos, orientando-os para os próximos pas-
sos nos estudos.
● Solução comentada em vídeo para todas as questões presentes no livro;
● Ambiente virtual de aprendizagem com mais questões, que contribuem para o
reforço dos estudos;
● Ferramenta digital para a prática de produção de textos.
Esses recursos oferecem importante suporte ao trabalho do professor e, mais do
que isso, garantem a possibilidade de que os alunos se preparem de forma autônoma,
sendo protagonistas na organização de sua rotina de estudos de acordo com suas
principais necessidades.
Objetivando a aprovação nos vestibulares e um excelente desempenho no Enem
oferecemos como parte dessa coleção recursos avaliativos que permitirão acom-
panhar o desempenho dos alunos, propiciando diagnósticos mais precisos sobre a
aprendizagem de cada conteúdo, permitindo uma intervenção estratégica e pedagó-
gica pelos professores, para direcionar esforços na melhoria no desempenho dos
alunos no Enem e nos vestibulares.
● Simulados Enem (com correção pelo método TRI e correção de redações pelo
SAE);
● Simulado Fuvest;
● Desafios bimestrais;
● Ferramenta para que os professores gerem suas provas.

Modelo híbrido de Educação


Corroborando para a aprovação plena do aluno, o material do Aprova + promove o ensino híbrido, pois
mescla o estudo presencial com propostas de estudo on-line. Com base nesse ensino temos o trinômio on
school, online e on time, dando mais autonomia e liberdade para a aprendizagem de cada aluno.

● On school: o que o aluno faz no espaço da escola na interação entre professores e colegas nas aulas
presenciais.
● Online: o que o aluno faz junto com a escola, em tempo real, porém com uso de tecnologias de forma
síncrona, como nas aulas on-line.
● On time: o que o aluno faz além da escola, de modo autônomo e personalizado conforme seu interesse,
no tempo e espaço que escolher, fazendo uso da tecnologia de forma assíncrona, como na plataforma
do SAE Digital com as trilhas de aprendizagem, Escola Digital, resolução das questões por meio do QR
Code, livro digital, Projeto de Vida.
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Estrutura da coleção
A coleção Aprova + é composta de:
● 5 livros do aluno organizados em 4 volumes.
● 5 livros do professor para cada componente curricular organizados em 4 volumes.
● 1 volume Livro da coordenação.
● Materiais complementares anuais: Arte, Sociologia, Filosofia e Língua Espanhola.
LIVRO DO PROFESSOR

Número de Número de Componentes


Volume Abordagem
livros semanas curriculares

Matriz do Enem e dos


1 1 8
principais vestibulares

Matriz do Enem e dos


2 1 8
principais vestibulares
Língua Portuguesa • Língua
Matriz do Enem e dos Inglesa • Matemática •
3 1 8
principais vestibulares Física • Química • Biologia •
Geografia • História
Matriz do Enem e dos
4
principais vestibulares
4 2

Revisão anual 4

Matriz do Enem e dos Arte • Filosofia • Sociologia •


Anual 1 32
principais vestibulares Língua Espanhola

Organização por componente curricular


O Livro do aluno está organizado em frentes que concentram grandes temas:

Número de
Componente curricular Ênfase Aulas por semana
frentes

Língua 2

Língua Portuguesa 3 Leitura e produção de texto 1

Literatura 2

Língua Inglesa 1 - 2

Álgebra e funções 2

Matemática 3 Geometria, grandezas e medidas 2

Trigonometria e contagem 1

Mecânica 2

Física 3 Ondulatória e termologia 1

Eletricidade 1
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VI

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Número de
Componente curricular Ênfase Aulas por semana
frentes

Matéria e suas transformações 2

Química 3 Grandezas e cálculos químicos 1

LIVRO DO PROFESSOR
Moléculas e reações orgânicas 1

Seres vivos 1

Biologia 3 Ecologia e botânica 1

Citologia, genética e evolução 1

Geografia Geral e do Brasil 2


Geografia 2
Geopolítica e regionalização 1

História Geral 2
História 2
História do Brasil 1

Sociologia 1 - 1

Língua Espanhola 1 - 1

Arte 1 - 1

Filosofia 1 - 1

*Na apresentação da programação anual de conteúdos, de cada um dos componentes curriculares, serão evidenciadas as organizações
curriculares, bem como indicado o número de aulas necessárias para o trabalho com cada um dos módulos de conteúdo.
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VII

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Recursos de aprendizagem
Os livros apresentam uma organização de conteúdos e propostas de atividade que evidencia a sequência didática da coleção e
oferece ferramentas para auxiliar a prática dos professores e o estudo dos alunos.

Estrutura do material
LIVRO DO PROFESSOR

Objeto Digital

Objetos digitais: conteúdos explorados digitalmente de


forma interativa, criados por meio de recursos como vídeos,
animações, gamificações e 3D.

Escola digital: para todos os módulos são disponibiliza-


das, por meio de QR codes, videoaulas dinâmicas que exploram
o conteúdo e permitem que os alunos se preparem para as au-
las e tenham a possibilidade de retomar explicações dos assun-
tos estudados anteriormente.

Remissão às questões: no livro do professor são indi-


cadas algumas questões que podem ser exploradas durante a
explanação teórica, pois auxiliam na compreensão da aplicabi-
lidade do conteúdo.

Conteúdo: retomada dos conteúdos estudados ao lon-


go da vida escolar dos alunos. A abordagem revisional objetiva
o reforço desses temas, bem como o desenvolvimento de re-
lações entre conteúdos e conceitos, e a compreensão de suas
aplicabilidades. Os conteúdos são explorados de forma dinâ-
mica, considerando sempre a abordagem do Enem e dos princi-
pais vestibulares do país.

Seção Fixar: ao final da ex-


plicação teórica, os conteúdos são
sistematizados por meio de mapas
mentais, esquemas, fórmulas e de-
finição de conceitos. Os QR codes
presentes nessa seção direcionam a
vídeos explicativos da aplicabilidade
do conteúdo nas atividades.

Seção Interação: proposta de


atividade na qual são apresentadas
situações relacionadas à realidade do
aluno e exigem a aplicação dos con-
teúdos estudados para serem solu-
cionadas. Nessa seção são indicadas
as competências e habilidades do
Enem e/ou da BNCC exploradas.
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VIII

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Sistematização: para os com-
ponentes curriculares Matemática,
Física e Química, são apresentados
exercícios que exploram a prática de
raciocínios fundamentais para o de-
senvolvimento de cada conteúdo, de
forma a contribuir para a fixação de
conceitos básicos do módulo.

LIVRO DO PROFESSOR
Enem e vestibulares: ques-
tões selecionadas das últimas apli-
cações do Enem e dos principais
vestibulares do país, organizadas por
nível de dificuldade. Nessa seção são
indicadas as competências e habili-
dades da Matriz do Enem exploradas,
assim como o nível de dificuldade
de cada uma das questões. Todas as
questões possuem um QR code que
direciona a um vídeo explicativo da
resolução.

Médio
Difícil
Fácil

Gabarito e solucionário*: po-


dem ser acessados pela leitura dos
QR codes ao final de cada módulo.

*Para a seção Interação, os gabaritos podem


apresentar a solução da questão ou um comentário,
caso a questão não tenha uma resposta objetiva.

*Os cartões-respostas permitem o preenchimento


Cartão-resposta*: os cartões devem ser preenchi- apenas das respostas das questões de múltipla-
dos ao final de cada módulo. Com auxílio de um APP de escolha, para que seja possível a leitura e a geração
dos relatórios. Assim como em provas oficiais, o
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leitura, os alunos receberão relatórios de desempenho e preenchimento deve ser feito em caneta azul ou
serão direcionados ao AVA para uma trilha digital. preta, sem rasuras, para que a leitura seja possível
por meio do aplicativo.
IX

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Trilhas digitais
Nessa etapa da vida escolar, voltados para o objetivo de ingressar nas universidades, os alunos precisam
de auxílio na organização de seus estudos. É preciso que, ao longo do processo, consigam identificar seus
pontos fortes e seus pontos de desenvolvimento para que consigam atingir seu objetivo.
Com esse intuito, o SAE Digital oferece, como parte fundamental de sua solução didática, recursos digi-
tais que devem fazer parte da rotina de estudos. Esses recursos norteiam a organização do aluno, por meio
de trilhas que permitem o estudo autônomo.
LIVRO DO PROFESSOR

Além do material impresso e das avaliações, a Trilha digital apresenta mais de 400 videoaulas e mais de
400 vídeos na Seção Fixar, que correspondem aos módulos do material impresso. Além disso, os mais de 10
mil exercícios do material têm suas resoluções comentadas em vídeos. Por fim, alunos e professores conta-
rão com mais de 4000 questões no AVA para o acompanhamento e consolidação da aprendizagem.

● A trilha tem início pelo estudo proposto no livro do aluno e pelo acompanhamento das aulas.
● As videoaulas da Escola digital e da seção Fixar devem auxiliar os alunos nesse estudo, antes de
darem início à resolução das questões.
● Após a resolução das questões, e o preenchimento e a leitura do cartão-resposta, os alunos terão
identificado os pontos aos quais devem dedicar maior atenção.
● Eles devem, então, assistir aos vídeos das resoluções das questões e, no
AVA resolver mais questões referentes aos temas de maior dificuldade.
● Os desafios e simulados permitem que os alunos analisem o rendi-
mento de seus estudos e identifiquem o que falta para alcançarem
seus objetivos.

Recursos para o professor


Para os professores oferecemos recursos que os auxiliarão na organização e preparação de suas aulas,
permitindo uma análise diagnóstica de suas turmas.

Arena SAE
O gerador de provas é um instrumento que auxilia o professor a criar, formatar e aplicar atividades e
provas para seus alunos. Com mais de 80.000 questões, é um banco constantemente atualizado, construído
para permitir ao docente inserir itens autorais, fazer adaptações em questões de domínio público e, o mais
importante, agrupar as atividades de forma rápida e eficiente, facilitando a aplicação e o envio aos alunos.
Essa ferramenta foi construída para potencializar e personalizar o processo de ensino e
aprendizagem, além de facilitar algumas tarefas onerosas aos professores: construção,
edição e aplicação de atividades e provas.

GoogleMeet
Em parceria com o Google, o SAE Digital incorporou o Google Meet ao AVA.
Com essa ferramenta, os professores podem realizar aulas on-line por meio de
videochamadas com alta qualidade de imagem, praticidade e segurança.
Esta tecnologia facilita, aproxima e reforça a comunicação entre alunos e
professores, fazendo com que o aprendizado continue acontecendo fora da es-
cola preconizando a autonomia e a aprovação plena dos estudantes.
Durante as aulas on-line é possível:
● Visualizar todos os alunos participantes;
● projetar a tela para apresentar conteúdos diversos, como imagens, in-
fográficos, vídeos e jogos educacionais;
● compartilhar links e materiais complementares, sendo uma ótima
oportunidade para aproveitar conteúdos interativos; e
● usar o bate-papo para incentivar a participação dos alunos,
funcionando como um canal de comunicação simples e rápi-
do para perguntas e respostas.
Mark Nazh/Shutterstock

O Google Meet pode ser acessado tanto do computador


quanto de dispositivos móveis, promovendo grande comodidade
na participação dos alunos nas aulas. Tudo isso com o design e
a segurança garantidos pelo Google para assegurar sua privaci-
dade e proteger suas informações em uma experiência de uso
descomplicada.
As aulas on-line realizadas por meio do Google Meet podem
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ser agendadas por turma diretamente pelo AVA, notificando alu-


nos e família sobre a data e horário do encontro virtual. Basta
preencher alguns campos e com poucos cliques a aula on-line
está programada. Dentro da AVA é possível ainda conferir todos
os agendamentos e o histórico de aulas on-line realizadas.
X

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Relatórios
O AVA é um grande aliado de toda a comunidade escolar. Os conteúdos disponibilizados estão em conformidade com o material
impresso, oferecendo importantes complementos para o aprendizado dos alunos por meio de atividades, questões e videoaulas.
Esta ferramenta educacional conta com mecanismos de acompanhamento da evolução dos alunos, dos professores e da es-
cola, instrumentalizando os agentes envolvidos para diversificar as atividades, fomentar o comprometimento de todos e o uso de
metodologias ativas.
Dados e relatórios são gerados durante e após a realização de atividades, possibilitando a análise de desempenho de alunos,

LIVRO DO PROFESSOR
turmas e componentes curriculares. Com isso, pode-se identificar com maior precisão os pontos fortes e as dificuldades de cada
estudante, permitindo ao professor criar planos personalizados de ensino e programar atividades para cada turma de maneira
individual e independente.

Quadros de conteúdos
Os quadros apresentados a seguir destacam a organização dos conteúdos de cada um dos componentes curriculares, em suas
frentes, ao longo do ano letivo de 32 semanas. Intercaladas às semanas de conteúdo, propomos semanas para a aplicação das
avaliações. O calendário com essas informações está no Portal SAE Digital.

Os quadros trazem informações essenciais para a organização das aulas:


● o número dos módulos;
● o tema abordado em cada um deles;
● os conteúdos foco de cada tema;
● e o número de aulas previsto para cada um deles.

Conhecimentos de Física
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio enfatizam o importante papel do Ensino da Física para a formação de
um cidadão atuante, reflexivo e com pensamento crítico, com embasamento para compreender a realidade em que vive e partici-
par dela.
Ao longo desse processo, é importante demonstrar ao aluno que, como resultado de uma evolução científica, tecnológica, so-
cial e econômica, há a cultura humana e uma cultura que permeia a Física – e ambas não são antagônicas. Assim, ao longo da abor-
dagem dos conteúdos, devem ser desenvolvidas competências que abordem a investigação dos fenômenos físicos, a utilização da
linguagem física e matemática, a contextualização histórica e social, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade.
Para isso, os conteúdos foram divididos em três frentes. Na frente A serão abordados conteúdos de mecânica; na frente B, os
conteúdos de ondulatória e termologia; e na frente C os conteúdos de eletromagnetismo.
Assim, o material explora o grande potencial da Física, proporcionando o desenvolvimento das competências necessárias à
formação de um cidadão que possa compreender o mundo ao seu redor por meio do pensamento crítico, que o levará a atuar de
maneira significativa na sociedade.
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XI

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Quadro de conteúdos - Física
Frente A: Mecânica

Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas
Introdução à Física •
Fundamentos da Ciência
1 Grandezas Físicas • Sistema Internacional de Unidades (SI) • 3
Física
LIVRO DO PROFESSOR

Notação científica • Ordem de grandeza • Algarismos significativos

2 Introdução à Física Análise dimensional • Cinemática escalar 3

Vetores • Definições de Movimento Uniforme •


1 3 Movimento uniforme Função horária da posição • Velocidade em função do tempo • Velocidade 3
relativa em movimentos unidimensionais • Encontro entre dois móveis
Aceleração escalar média e instantânea •
Movimento
4 Movimento acelerado e movimento retardado • Função horária da 3
uniformemente variado
velocidade • Função horária da posição • Equação de Torricelli
Composição de Queda livre • Lançamento vertical • Lançamento horizontal •
5 4
movimentos Lançamento oblíquo

Conceitos do movimento circular • Movimento circular uniforme •


6 Movimento circular 3
Movimento circular uniformemente variado

7 Dinâmica I Forças mecânicas • 1.ª lei de Newton • 3.ª lei de Newton 3

2 8 Dinâmica II 2.ª lei de Newton • Força de atrito • Plano inclinado 3

9 Dinâmica III Força de tração • Força elástica • Forças em trajetórias curvilíneas 3

Movimento harmônico
10 Dinâmica do movimento harmônico simples 4
simples

11 Energia mecânica I Trabalho de uma força • Potência • Rendimento • Tipos de energia 3

Conservação de energia • Sistemas conservativos •


12 Energia mecânica II 3
Sistemas dissipativos

Um pouco de história • Leis de Kepler • Lei da gravitação universal •


3 13 Gravitação 3
Corpos em órbitas circulares

Impulso e quantidade de Quantidade de movimento • Impulso e conservação do momento


14 3
movimento linear • Colisões

Centro de massa e centro de gravidade • Estática de um ponto


15 Estática I 4
material • Equilíbrio de forças em um ponto material

Estática de um corpo extenso •


16 Estática II 3
Condições de equilíbrio de um corpo • Alavanca

Conceitos de hidrostática • Teorema de Stevin • Princípio de


4 17 Hidrostática 3
Pascal • Empuxo • Teorema de Arquimedes

18 Hidrodinâmica Linhas de corrente • Vazão • Equação da continuidade 2


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XII

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Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas

Conceitos do movimento uniforme • Conceitos do movimento


19 Cinemática 2
uniformemente variado • Composição de movimentos

LIVRO DO PROFESSOR
Leis de Newton • Aplicações da 2.ª lei de Newton • Dinâmica do
20 Aplicações da dinâmica 2
movimento harmônico simples

Revisão

Gravitação e estática de Leis de Kepler • Lei da gravitação universal • Colisões • Equilíbrio


21 2
um ponto material de forças em um ponto material

Estática de um corpo Estática de um corpo extenso • Teorema de Stevin • Princípio de


22 2
extenso e hidrostática Pascal • Empuxo • Teorema de Arquimedes

Frente B: Ondulatória e termologia

Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas

Movimento e fenômenos Natureza do movimento ondulatório • Introdução aos fenômenos


1 3
ondulatórios ondulatórios

Fenômenos ondulatórios e Ressonância • Princípio de Huygens • Interferência


1 2 3
acústica Polarização • Ondas sonoras • Fenômenos sonoros

Ondas sonoras e efeito


3 Ondas estacionárias • Cordas sonoras • Tubos sonoros • Efeito Doppler 2
Doppler

Fontes de luz • Princípios da óptica geométrica • Fenômenos


4 Introdução à óptica 3
ópticos • Espelhos planos

Elementos geométricos • Características dos espelhos côncavos •


2 5 Espelhos esféricos 3
Características dos espelhos convexos

Índice de refração • Leis da refração • Dioptro plano • Lâmina de


6 Refração da luz 2
faces paralela • Comportamento óptico em prismas

Elementos geométricos • Características das lentes convergentes


7 Lentes esféricas • Características das lentes divergentes • Instrumentos ópticos • 3
Olho humano

Termologia • Temperatura • Equilíbrio térmico • Escalas


3 8 Fenômenos térmicos 3
termométricas • Dilatação térmica
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Energia térmica • Capacidade térmica e calor específico •


9 Calorimetria 2
Propagação de calor
XIII

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Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas

Fases da matéria • Calor latente • Ponto crítico e ponto tríplice •


10 Mudanças de fase 2
Curvas de fusão, vaporização e sublimação • Diagramas de fase

4
LIVRO DO PROFESSOR

Característica dos gases • Variáveis de estado • Lei geral dos gases


11 Estudo dos gases 2
• Trabalho e energia interna • Máquinas térmicas • Ciclo de Carnot

Ondas sonoras e efeito


12 Cordas sonoras • Tubos sonoros • Efeito Doppler 1
Doppler

Fontes de luz • Espelhos planos • Espelhos esféricos • Refração da


13 Comportamento da luz 1
luz

Revisão

Fenômenos ópticos e
14 Instrumentos ópticos • Olho humano • Propagação de calor 1
térmicos

Estudo do calor e dos Fases da matéria • Calor latente • Lei geral dos gases • Máquinas
15 1
gases térmicas • Ciclo de Carnot

Frente C: Eletromagnetismo

Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas

Carga elétrica • Corpos eletrizados • Condutores e isolantes


1 Introdução à eletrostática elétricos • Princípio da conservação das cargas elétricas • 3
Processos de eletrização • Força elétrica

Vetor campo elétrico • Linhas de força de uma e duas cargas


Campo elétrico e potencial puntiformes • Campo elétrico uniforme • Conceitos de
1 2 3
elétrico potencial elétrico • Diferença de potencial elétrico • Superfícies
equipotenciais

Condutores em equilíbrio eletrostático • Capacitância • Capacitores •


3 Condutores e capacitores 2
Associação de capacitores

Introdução à Corrente elétrica • Efeitos da corrente elétrica • Elementos de um


4 3
eletrodinâmica circuito • 1.ª lei de Ohm

Associação de resistores • Medidores elétricos • Ponte de


2 5 Resistores 3
Wheatstone
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PI_EXT21_1_FIS_LP

2.ª lei de Ohm • Efeito Joule • Potência elétrica • Consumo de


6 Potência elétrica 2
energia elétrica
XIV

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Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas

7 Transformação de energia Geradores elétricos • Receptores elétricos • Leis de Kirchhoff 3

LIVRO DO PROFESSOR
Ímãs e suas propriedades • Campo magnético de um ímã •
3 8 Magnetismo Campo magnético terrestre • Experiência de Oersted • Fontes de 3
campo magnético • Campo magnético uniforme

Conceitos de força magnética • Condutor retilíneo • Fios paralelos


9 Força magnética 2
• Espira • Efeito Hall

Experiência de Faraday • Fluxo de indução magnética • Força


10 Indução eletromagnética 2
eletromotriz induzida

Conceitos de ondas eletromagnéticas • Teoria da relatividade •


Radiação do corpo negro • Efeito fotoelétrico • Modelo atômico
11 Ondas eletromagnéticas 2
de Bohr • Dualidade onda-partícula • A hipótese de de Broglie •
Princípio da incerteza

Processos de eletrização • Força elétrica • Potencial elétrico •


12 Eletrostática 1
Capacitores

1.ª Lei de Ohm • Associação de resistores • Efeito Joule • Potência


13 Circuitos 1
elétrica

Revisão

14 Eletrodinâmica Leis de Kirchhoff • Campo magnético • Força magnética 1


PI_EXT21_1_FIS_LP

PI_EXT21_1_FIS_LP

Conceitos de
15 Indução eletromagnética • Ondas eletromagnéticas 1
eletromagnetismo
XV

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 15 31/08/2021 07:50:21


Mecânica

SUMÁRIO
AGCuesta/Shutterstock
Fundamentos da Ciência Física ................ 383

Introdução à Física ....................................... 394

Movimento uniforme ................................. 405

Movimento uniformemente variado ........ 416

Composição de movimentos ..................... 427

Ondulatória e

FÍSICA

1
termologia
Movimentos e fenômenos
ondulatórios .................................................. 438

Fenômenos ondulatórios e acústica ....... 449

Ondas sonoras e efeito Doppler .............. 460

Eletromagnetismo
Introdução à eletrostática ...........................471

Campo elétrico e
potencial elétrico .......................................... 482

Condutores e capacitores .......................... 493

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 382 31/08/2021 07:50:22


Introdução Grandezas físicas
à Física Você já percebeu que utiliza quanti-
dades o tempo todo? Aquilo que pode ser
A palavra Física vem do grego quantificado é considerado uma gran- Escola Digital
physikè, cujo significado é natureza, e deza física, por exemplo: comprimento,
representa a ciência que estuda todos massa, tempo, corrente elétrica, tempera-
os seus fenômenos. Assim, a Física tura, quantidade de matéria e intensidade
descreve desde o microcos- luminosa. Contudo, é importante lem-
mo (que envolve prótons, brar-se de que para cada uma dessas
elétrons, nêutrons, par- grandezas físicas há unidades de medida
tículas subatômicas etc.) correspondentes. Nº de aulas

até o macrocosmo (que


trata de buracos negros,
Ao estudar grandezas físicas, pode-se
distingui-las entre escalares e vetoriais.
03
das galáxias, dos limites do

FF
FF
universo etc.). Algumas áreas
da Física também estudam as-
Grandezas escalares
F

FFF
FFF
FFFF
FFFFFFF suntos mais complexos, como a pos- As grandezas escalares são compos-
FFFFF
sibilidade de existirem mais do que três tas de um número real acompanhado da Frente A
dimensões espaciais, a matéria e a energia escuras, a origem respectiva unidade de medida. mód. 01/22

do Universo, entre outros.


Por meio dessa área, é possível explicar fenômenos natu-
Algumas grandezas escalares são
sempre positivas, como área, volume e
01
rais, aprimorar o entendimento acerca do Universo em que massa. Outras, contudo, podem apresen-
estamos inseridos e melhorar a qualidade de vida da popula- tar valores tanto positivos quanto negati-
ção através de desenvolvimentos tecnológicos. A Física não é vos, como temperatura e carga elétrica.
resultado do trabalho de alguns cientistas, mas de uma vasta 9 Exemplo:
comunidade que continua a desenvolver esses conhecimentos,
Para saber a massa de uma pessoa, você só
visto que o constante aperfeiçoamento está na essência do mé-
precisa saber o número real e a unidade de
todo científico.
medida, por exemplo 65 quilogramas, não

Áreas de estudo da Física necessitando de orientações como sentido e


direção dessa massa.
Devido à expansão dos estudos e das descobertas, os cien-
9 Exemplo:
tistas sugeriram divisões de grandes áreas dentro da Física com
o objetivo de englobar assuntos que apresentassem leis e pro- Para informar a temperatura do dia, são apre-
priedades semelhantes, tornando mais fácil o desenvolvimento sentados somente o número real e a unidade
dessas áreas. Com isso, surgiram as áreas e os ramos da Física de medida, por exemplo –2 °C ou 25 °C, pois
descritos a seguir. não é preciso saber sua orientação.

● Mecânica: estuda objetos macroscópicos com base em


seu estado de movimento ou de ausência de movimento
Grandezas vetoriais
por meio da cinemática. As causas do movimento são es- As grandezas vetoriais são formadas

FIS
tudadas com base nos conceitos da dinâmica. por módulo, direção e sentido, ou seja,
além de apresentarem um valor acompa-
● Termodinâmica: estuda a energia em trânsito (calor), nhado de sua respectiva unidade de medi-

Fundamentos da
suas propriedades e suas transformações. da, também apresentam uma orientação.
● Eletromagnetismo: estuda a união da eletricidade e do Nesse momento, é fundamental sa-

Ciência Física
magnetismo, bem como as causas e as consequências ber distinguir direção de sentido. Direção
dessa junção. é utilizada sempre que se fala de direção
horizontal, direção vertical, direção circu-
● Física moderna: surgiu em meados do século XIX. Alguns
lar etc. Já sentido é utilizado sempre que
exemplos de estudos nessa área são a relatividade, que se fala da direita para a esquerda, da es-
estuda fenômenos relacionados a referenciais inerciais e querda para a direita, de cima para baixo,
não inerciais, e a mecânica quântica, que aborda objetos de baixo para cima, sentido horário, senti-
de dimensões atômicas e subatômicas. do anti-horário etc.
● Física de partículas: é o estudo contemporâneo sobre Isso é o que acontece com determina-
as partículas elementares que constituem a matéria, das grandezas físicas, como velocidade,
preocupando-se com a radiação que emitem e a intera- força, aceleração, empuxo, campo elétri-
ção entre elas. co, entre outras.
Pavel L Photo and Video/Shutterstock
9 Exemplo:
Para deslocar um corpo, é necessário aplicar
uma força. Para se ter a informação completa
EXT21_1_FIS_A_01

acerca dessa força, é preciso saber seu módulo,


sua direção e seu sentido, por exemplo: 50 N, na
horizontal, da esquerda para a direita.
Este conteúdo é trabalhado na questão 5 da seção Enem
e vestibulares.

383

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 383 31/08/2021 07:50:27


Sistema Internacional ● Densidade

de Unidades (SI) 1
g

103 kg

103
kg / m3  103 kg / m3
O Sistema Internacional de Unidades (SI) foi criado com o cm3 (102 )3 m3 106
intuito de padronizar as unidades das grandezas físicas ao re-
dor do mundo, sendo muito útil no desenvolvimento científico
● Velocidade ● Volume
e tecnológico. O SI é formado por sete unidades de base, mos-
tradas na tabela a seguir.
1 m3 = 1 000 L
103 m 1
1=
km/h = m/s 1 dm3 = 1 L
Grandeza Unidade Símbolo 3 600s 3, 6
1 cm3 = 1 mL
Comprimento metro m
Massa quilograma kg ● Potência
Tempo segundo s A potência P de uma máquina, de maneira geral, é definida
Corrente elétrica ampere A como a razão entre a energia E utilizada em um determinado
Quantidade de matéria mol mol E
intervalo de tempo t : P  . Em alguns países, é comum a uti-
Intensidade luminosa candela Cd t
Temperatura kelvin K lização da unidade de potência hp (horsepower, do inglês).

1 hp = 745,7 W
Unidades derivadas do SI Em algumas áreas de estudo, é mais conveniente utilizar
Existem algumas unidades derivadas das unidades de base
outros sistemas de unidades. Um exemplo é o sistema CGS, no
do SI. A tabela a seguir mostra alguns exemplos de unidades
qual as unidades de comprimento, massa e tempo são respecti-
FÍSICA • FRENTE A

derivadas. Este conteúdo é trabalhado nas questões 21 e 23 da


seção Enem e vestibulares. vamente dadas por centímetro, grama e segundo.
Grandeza Unidade Símbolo
Volume metro cúbico m3 Notação científica
Velocidade metros por segundo m/s Alguns números são bem pequenos; outros, muito gran-
Densidade quilograma por metro cúbico kg/m3 des, por exemplo: a massa da Lua é aproximadamente
quilograma vezes metro por 73 600 000 000 000 000 000 000 kg, já a massa do elétron é
Momento linear kg · m/s
segundo
0,000000000000000000000000000000911 kg. Apesar de pos-
Energia joule J sível, fazer um cálculo com todos esses algarismos é muito tra-
Potência watt W balhoso. Por esse motivo, esse tipo de número é escrito de uma
kg  m2 kg  m2 forma mais clara, chamada de notação científica.
Notas: 1 J  1 2
e 1W  1
s s3 A notação científica é um padrão de escrita de números em

Transformação de unidades
potências de dez. Este conteúdo é trabalhado na questão 15 da seção
Enem e vestibulares.

Frequentemente, é preciso transformar unidades de gran- y = m · 10 n


dezas físicas, pois algumas utilizadas no cotidiano podem não Em que:
estar no SI. Para transformar unidades para o padrão do SI ou
● y representa o valor da grandeza física.
para derivadas do SI, deve-se utilizar as seguintes relações:
● Distância
Este conteúdo é trabalhado nas questões 9 e 17 da se- ● m representa o coeficiente (1  m  9, 9999...).
ção Enem e vestibulares.
● 10n representa o termo exponencial (n ∈ ).
1 milha = 1,6 km = 1 600 m

● Tempo Operações básicas


As operações básicas com notações científicas seguem as
1 dia = 24h · 60min = 1 440min
mesmas regras de operações com potências de base dez, sendo
1 dia = 1 440min · 60s = 86 400s necessário deixar o resultado em notação científica.

As imagens es tã
Escala de comparação: medidas de comprimento fora de escala
o

Raio gama Molécula de glicose Bactéria


Formiga
Andrey Pavlov/Shutterstock
VectorMine/Shutterstock

fusebulb/Shutterstock

EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01
Linnas/Shutterstock
384

1 mm = 10–3 m
1 pm = 10–12 m 1 ηm = 10–9 m 1 μm = 10–6 m

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 384 31/08/2021 07:50:29


Adição e subtração Prefixos do Sistema
Para realizar essas operações, deve-se, primeiramente, dei-
xar os termos em mesma potência de dez e, posteriormente, Internacional de Unidades
realizar a soma ou a subtração dos termos dígitos. A maioria das grandezas físicas apresenta um grande inter-
valo de valores. Sendo assim, para auxiliar na notação de uni-
9 Exemplo:
dades muito grandes ou muito pequenas, utilizam-se prefixos.
Uma barra metálica, de comprimento total L, foi dividida em duas par- Eles têm nome, fator de base dez e símbolo. Observe alguns
tes. A primeira parte com comprimento de 5,2 · 102 cm e a outra com desses prefixos a seguir.
comprimento de 9,7 · 101 cm.
Determine o comprimento total da barra, em cm, expressando o valor Prefixo Fator Símbolo Decimal
em notação científica. Giga G 109 1 000 000 000
Mega M 106 1 000 000
L  5 , 2  10 2 cm  9 ,7  101 cm
Quilo k 103 1 000
L  52 ,0  101 cm  9 ,7  101 cm
Hecto h 102 100
L  61,7  101 cm  6 ,17  10 2 cm
Deca da 101 10
Multiplicação Nenhum Nenhum 100 1
Deci d 10–1 0,1
Para realizar essa operação, multiplicam-se os dígitos nor-
malmente, ao passo que os expoentes das potências de dez são Centi c 10–2 0,01
somados. Mili m 10–3 0,001
Micro μ 10–6 0,00001
9 Exemplo:
Nano η 10–9 0,000000001
A velocidade de determinado corpo andando em linha reta é de
2,5 · 101 m/s. Sabendo que o deslocamento Δs é dado pelo produto Tabela dos principais prefixos do Sistema Internacional de Unidades.

FÍSICA • FRENTE A
da velocidade pelo tempo do percurso, calcule Δs, em metros, para um
percurso de 2 horas.
Ordem de grandeza
Sabe-se que Δt = 2 horas = 2 · 60min = 120min = 120 · 60 = 7 200s =
Em alguns casos, quando se resolve certos cálculos mate-
7,2 · 103s.
máticos, são utilizados valores aproximados para uma grande-
Δs = v · Δt = (2,5 · 101) · (7,2 · 103) = 1,8 · 105 m za, expressando uma resposta final, em potência de 10, mais

Divisão próxima do resultado encontrado. Respostas encontradas des-


sa forma são chamadas de ordem de grandeza.
Para realizar essa operação, dividem-se os dígitos normal-
mente, ao passo que os expoentes das potências de dez são A ordem de grandeza de um número é o valor em potên-
subtraídos. cia de dez mais próximo do valor exato desse número.
9 Exemplo:
Quando um número é escrito da forma y = m · 10n, sendo
A Terra possui massa aproximada de mT = 6,0 · 1024 kg e a Lua, massa
1  m  9, 999... , a média geométrica dos valores extremos que
aproximada de mL = 7,35 · 1022 kg. Utilizando notação científica, determine
m pode assumir é dada por:
a razão entre a massa da Terra e a massa da Lua.

mT 6 ,0  10 24 mmédio  1 10  10  3,16
  8 ,16  101
mL 7 , 35  10 22
Portanto, para um número escrito em notação científica
Potenciação como y = m · 10 n, a ordem de grandeza OG é:

Para realizar essa operação, mantêm-se as bases, e multi- OG = n se m < 3,16


plica-se os expoentes.
OG = n + 1 se m ≥ 3,16
9 Exemplo:
Uma chapa metálica quadrada tem sua lateral com comprimento de 9 Exemplo
5 · 102 cm. Calcule a área da chapa metálica. A ordem de grandeza do número 2,49 · 10–3 é –3, já que m = 2,49 < 3,16.
A = (5 · 102 cm)2 = 52 · 10(2 · 2) cm2 A ordem de grandeza do número 7,9 · 104 é 5, pois m = 7,9 > 3,16. Logo,
A = 25 · 10 = 2,5 · 10 cm
4 5 2
OG = n + 1 = 4 + 1 = 5.
Este conteúdo é trabalhado nas questões 4, 10 e 19 da seção Enem e vestibulares.

Antares A
Aliona Ursu/Shutterstock

Burj Khalifa Tétis


Sophie James/Shutterstock

NASA

Tigre
apple2499/Shutterstock
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

385

1m 1 km = 103 m 1 Mm = 106 m 1 Tm = 1012 m

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Aprovada a nova definição universal do quilograma
Essa mudança não terá implicação no carrinho de compras e não será notada no dia a dia, mas talvez seja muito impor-
tante em âmbitos científicos, como o desenvolvimento de medicamentos.
[...] Agora, graças a um aparelho chamado balança de Watt (às vezes balança de Kibble ou balança de potência), po-
dem-se calibrar padrões do quilograma [...]. A balança de Watt lembra uma balança de pratos, mas o objeto a pesar não se
equilibra com outra massa, e sim com uma potência eletromagnética. A potência é calculada a partir do valor da corrente
elétrica aplicada para gerá-la e do valor da constante de Planck, ambos conhecidos. Quando alcança um equilíbrio com o
prato do peso, permite calibrar padrões de massa com a menor margem de erro obtida até hoje (para um quilo, a margem
de erro é de 20 microgramas).

MARTÍN, B. Aprovada a nova definição universal do


quilograma. El País, 16 nov. 2018. Disponível em: http://
url.sae.digital/G1TiLXT. Acesso em: 10 set. 2020.

Algarismos
No resultado da medição de uma grandeza, o número de algarismos significativos
corresponde à quantidade de algarismos contados da esquerda para a direita. Além
significativos
FÍSICA • FRENTE A

disso, o número zero não será significativo quando estiver à esquerda de números
significativos, e as potências de dez não são significativas.
Ao se fazer a medida de alguma gran-
9 Exemplos:
deza física, é comum que essa medida
não tenha total exatidão. Devido a essa 2,49 tem 3 algarismos significativos. 4 · 102s tem 1 algarismo significativo.
imprecisão, introduziu-se a ideia de alga- 0,0017 tem 2 algarismos significativos. 2,00 · 104 m tem 3 algarismos significativos.
rismos significativos.
3,400 tem 4 algarismos significativos.
Algarismos significativos são os
“responsáveis” pela exatidão do resul-
tado numérico da medida de uma gran-
Operações com algarismos significativos
deza física. Na utilização de algarismos Quando ocorre a operação de soma entre dois números, o resultado deve conter
significativos, a casa mais à direita repre- apenas 1 algarismo duvidoso.
senta um valor incerto ou duvidoso. 9 Exemplo:
Suponha que um estudante queira ● 7,43 m + 3,918 m = 11,348 = 11,35 m
medir o comprimento do corpo de um be- Já o resultado de uma multiplicação ou divisão não deve ultrapassar a sensibilida-
souro com uma régua comum, graduada de de qualquer das medidas.
em centímetros, para um trabalho esco-
● 2,35 m · 3,1 m = 7,3 m2
lar, conforme mostrado na figura a seguir.
Algumas equações apresentam constantes que não devem ser levadas em consi-
deração nas operações com algarismos significativos. Em geral, essas regras não são
definidas com rigor absoluto.

A régua graduada é um instrumento muito utilizado para medir


comprimentos com precisão de milímetros, centímetros, decímetros etc.
Por apresentarem como menor divisão o valor de 1 milímetro, as réguas
não fornecem valores significativos menores que essa escala. Sendo as-
sim, como são medidos objetos de pequenas dimensões?
Para isso, são utilizados instrumentos de alta precisão, como o paquí-
metro manual, que possui escalas auxiliares que determinam precisões
de 0,05 milímetro, isto é, cinco centésimos de milímetro. Dessa forma,
Medição de um besouro com uma régua.
não é necessário assumir algarismos duvidosos, o que garante resultados
O estudante mediu o comprimen- mais precisos.
oYOo; Zonda/Shutterstock

to e observou que o inseto é maior que No paquímetro,


1,5 cm e menor que 1,6 cm. Logo, o va- os centésimos de
lor do comprimento é 1,5X cm, em que medidas são ob-
X é um algarismo entre 1 e 9. Então, ele tidos das marcas
anotou em seu caderno que o valor do que melhor coinci-
comprimento é de 1,54 cm. dem entre a escala
Nessa medição, os dois primeiros principal e a escala
algarismos (1 e 5) são significativos, en- móvel.
quanto o 4 é duvidoso, pois este foi uma
EXT21_1_FIS_A_01

estimativa feita pelo estudante. A me-


30 mm + 0,95 mm = 30,95 mm
dida correta do comprimento do corpo
desse besouro é 1,5 cm, com apenas dois
386

algarismos significativos.
Representação de uma medição realizada por um paquímetro.

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FIXAR
Grandezas escalares Grandezas vetoriais
Apresentam módulo e Apresentam módulo e
unidade de medida. unidade de medida, direção e sentido.
O Sistema Internacional de Unidades (SI)
é formado pelas seguintes grandezas:
yaruna/Shutterstock

Grandeza Unidade Símbolo

Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Mochipet/Shutterstock

Quantidade de matéria mol mol


Intensidade luminosa candela cd

FÍSICA • FRENTE A
Temperatura kelvin K

A notação científica é
expressa pelo formato: A ordem de grandeza
Sendo que:
y = m · 10n tem como base os
OG = n se m < 3,16
números escritos em
OG = n + 1 se m ≥ 3,16
notação científica.

Interação
1. Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões.

Africa Studio/Shutterstock
Novos smartwatches trazem recursos tão avançados quanto os de celulares
Quando o primeiro relógio inteligente da Apple foi lançado, em 2015, os fanáticos por novas
tecnologias torceram o nariz. Eles não viam sentido em um aparelho que trazia praticamente
os mesmos recursos oferecidos por um smartphone, mas com a desvantagem evidente de ficar preso
no pulso — algo que, segundo os especialistas, soaria anacrônico para os jovens. [...] Erraram feio. Cinco
anos depois, a empresa da maçã não é a única a faturar com as vendas crescentes de smartwatches. [...]
Os números confirmam a ascensão dos smartwatches. [...] O setor vive uma onda inovadora. [...]
Com esses recursos, as marcas poderão avançar sobre o reinado da Apple. É o que a sul-coreana Samsung
planeja com o lançamento do modelo Active 3, que terá acabamento de aço inoxidável e titânio e suporte
para sensores de eletrocardiograma e pressão arterial, além dos atributos típicos dos relógios inteligentes,
como giroscópio, acelerômetro e barômetro.
LOPES, A. Novos smartwatches trazem recursos tão avançados quanto os de celulares. Veja,
17 jul. 2020. Disponível em: http://url.sae.digital/irlBj64. Acesso em: 10 set. 2020.

Uma programadora está fazendo um aplicativo para smartwatches que mede a frequência cardíaca e emite relatórios semanais para que as pessoas que o
utilizarem possam cuidar melhor da saúde. Esse aplicativo medirá constantemente a frequência cardíaca e, após uma semana, mostrará se o usuário está
dentro do padrão considerado normal. A programadora utiliza a tabela a seguir para seus cálculos.
Frequência cardíaca
Público
(batimentos por minuto) Ao final de uma semana, o smartwatch calcula a ordem de grandeza da quan-
Crianças de 8 a 12 anos 85 a 90 tidade total de batimentos do usuário e compara com determinada ordem
de grandeza esperada.
Adultos 60 a 100

a) Após uma semana, para um adulto saudável, essa ordem de grandeza não pode ultrapassar qual valor?
EXT21_1_FIS_A_01
EXT21_1_FIS_A_01

b) Pesquise quais problemas podem ser os responsáveis pelas frequências cardíacas muito altas em adultos. Relate os resultados no espaço a seguir.
387

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Sistematização 6. C5:H17 Qual a quantidade de algarismos significativos que
há nos números a seguir?
1. C5:H17 Escreva os números a seguir em notação científica.

a) 1,305

a) 23
b) 0,00032

c) 1,45 · 10–4
b) 32 · 104

d) 401,89030

c) 0,45 · 10–3
7. C5:H17 Preencha as lacunas a seguir com os valores corres-
pondentes às unidades solicitadas.

d) 50,4 · 10–5 a) 1 kg/cm3 =     kg/m3.


b) 1 m/s =     km/min.
c) 1 m2 =     cm2.
d) 1 g · km2/h2 =     J.
2. C5:H17 A luz do Sol demora 8 minutos e 20 segundos para 8.
FÍSICA • FRENTE A

C5:H17 Transforme as medidas a seguir para as unidades


chegar à Terra. Sabendo que a velocidade da luz no vácuo é recomendadas pelo Sistema Internacional de Unidades, de
de 300 000 km/s, qual é a ordem de grandeza da distância da forma que contenham 2 algarismos significativos.
Terra ao Sol, em metros?

a) 109. a) Distância do Sol à Terra = 149 600 000 km.


b) 1010.
c) 1011.
b) Velocidade da luz = 299 792 km/s.
d) 1012.
3. C5:H17 Diferencie grandeza escalar de grandeza vetorial.
c) Densidade do mercúrio = 13 579 g/cm3.

9. C5:H17 A Terra é um planeta que pode ser considerado esfé-


rico, de raio aproximado igual a 6 400 km. Qual é a ordem de
grandeza do volume da Terra em mm3?

4. C5:H17 João levantou-se da mesa e mediu seu peso, que é


de 80 kg. Em seguida, verificou que precisava pagar a conta
de luz e que o consumo no mês anterior era de 150 kWh. Após
pagar a conta, decidiu fazer uma corrida por 30 minutos,
observando que sua velocidade média era de 10 km/h. Nesse
exercício, gastou 250 calorias. Identifique as grandezas físicas no texto e 10. C1:H3 A unidade de energia cotidiana utilizada para sinalizar
as respectivas unidades corretas no SI. o consumo de energia elétrica de um eletrodoméstico é o
kWh. Essa energia é obtida do produto da potência elétrica P
do eletrodoméstico, em kW, pelo tempo de consumo, em
horas. Suponha que um eletrodoméstico, cuja potência elé-
trica P é de 0,50 kW, é utilizado por 40 horas em um mês. Calcule a energia
elétrica consumida por ele em unidades do SI.

5. C5:H17 Um dos objetos mais rápidos já construídos pelo


homem é a sonda Juno, que chegou a percorrer 500 mil
quilômetros em duas horas. Qual é a ordem de grandeza da
velocidade máxima dessa sonda no SI?
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EXT21_1_FIS_A_01
388

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Enem e vestibulares
1. C5:H17 (UFPR-2019) O Sistema Internacional de Unidades (SI)
tem sete unidades básicas: metro (m), quilograma (kg), segun-
Fácil

do (s), ampere (A), mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Outras
unidades, chamadas derivadas, são obtidas a partir da com-
binação destas. Por exemplo, o coulomb (C) é uma unidade derivada, e a
representação em termos de unidades básicas é 1C = 1 A · s. A unidade
associada a forças, no SI, é o newton (N), que também é uma unidade
derivada.
Assinale a alternativa que expressa corretamente a representação do
newton em unidades básicas.
a) 1 N = 1 kg · m/s2
b) 1 N = 1 kg · m2/s2
c) 1 N = 1 kg/s2
d) 1 N = 1 kg/s
e) 1 N = 1 kg · m/s2
2. C5:H17 (UEMG-2016)
“A moça imprimia mais e mais velocidade a sua louca e
Fácil

solitária maratona.”

EVARISTO, 2014, p. 67.

Conceição Evaristo refere-se claramente a uma grandeza física nesse texto:

FÍSICA • FRENTE A
“imprimia mais e mais velocidade.” Trata-se de uma grandeza relacionada
não à velocidade, mas à mudança da velocidade, em relação ao tempo.
A unidade dessa grandeza física, no Sistema Internacional de Unidades, é
a) m.
b) s.
c) m · s–1.
d) m · s–2.
3. C5:H17 (UFU-2018) Em 2014, um importante trabalho publi-
cado revelou novos dados sobre a estrutura em larga escala
Fácil

do universo, indicando que nossa galáxia faz parte de um


superaglomerado chamado Laniakea, com massa de cerca de
1017 estrelas como o Sol, que tem 2 · 1030 kg de massa, aproximadamente.
Em 2015, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a cientistas que desco-
briram uma das menores massas, 4 · 10–33 g, a de um neutrino, um tipo de
partícula elementar.
Em ciência, uma maneira de se trabalhar com valores muito grandes ou
muito pequenos é a ordem de grandeza. Com base nas duas descobertas
apontadas, quantas vezes a ordem de grandeza da massa de Laniakea é
maior do que a de um neutrino?
a) 1082
b) 1079
c) 1049
d) 1062
4. C5:H17 (IFPE-2017) No passado, Pernambuco participou ati-
vamente da formação cultural, étnica, social e, até mesmo,
Fácil

quantitativa da população brasileira. No período colonial, e


com a chegada dos portugueses à região, em 1501, o território
foi explorado por Gaspar de Lemos, que teria criado feitorias ao longo da
costa da colônia, possivelmente na atual localidade de Igarassu. A partir
daí, a população da província só cresceu, porém, mesmo na época da
ocupação holandesa (1630-1654), os colonos contavam entre 10 e 20 mil
pessoas (não mencionamos aqui o grande quantitativo e mesmo pouco
conhecido de indígenas que habitavam toda a província). Hoje, o Brasil
possui cerca de 200 milhões de habitantes. Na Física, expressamos a ordem
de grandeza como o valor mais próximo de uma medida em potência de 10.
Em uma estimativa aproximada, podemos dizer que as ordens de grandeza
do quantitativo de habitantes em nosso país, na atualidade, e de colonos,
no período holandês, são, respectivamente
a) 103 e 106.
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

b) 106 e 103.
c) 108 e 104.
d) 108 e 105.
389

e) 1010 e 106.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 389 31/08/2021 07:50:41


5. C5:H17 (IFSUL-2016) “Em Física, há duas categorias de gran-
dezas: as escalares e as vetoriais. As primeiras caracterizam-se
Fácil

apenas pelo valor numérico, acompanhado da unidade de


medida. Já as segundas requerem um valor numérico acom-
panhado da respectiva unidade de medida, denominado módulo ou in-
tensidade, e de uma orientação, isto é, uma direção e sentido.”

HELOU, R.; BISCUOLA, G. J.; BÔAS, N. V. Tópicos de Física.


20. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 1. p. 96.

Com base no texto e em seus conhecimentos a respeito das categorias de


grandezas físicas, as grandezas vetoriais aparecem apenas em
a) massa, aceleração e comprimento.
b) peso, aceleração e temperatura.
c) força, aceleração e impulso.
d) força, energia e trabalho.
6. C5:H17 (UFPR-2018) Existem grandezas características de cada
área da Física, e suas respectivas unidades são usadas de forma
Fácil

bastante comum. Considerando essas unidades, em


Eletromagnetismo,        aparece como unidade
comum. Em Termodinâmica, temos              . Em Mecânica, te-
mos       
      , e em Ondulatória,              .
Assinale a alternativa que apresenta as unidades que preenchem correta-
mente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.
a) metro – segundo – dioptria – tesla.
FÍSICA • FRENTE A

b) coulomb – kelvin – newton – hertz.


c) joule – metro – volt – grama.
d) watt – radiano – ampere – pascal.
e) newton – mol – ohm – candela.
7.  5:H17 (UECE-2019) As grandezas físicas escalares são expres-
C
sas apenas pelo seu valor numérico e unidade de medida. As
Fácil

grandezas físicas vetoriais, além do valor numérico e unidade


de medida, para serem expressas, necessitam de direção e
sentido.
Com base nisso, assinale a opção que corresponde a uma grandeza física
de natureza vetorial.
a) Massa.
b) Energia.
c) Temperatura.
d) Força.
8. C5:H17 (UTFPR-2018) A grandeza intensidade de corrente
elétrica tem como unidade de medida ampere e essa unidade
Médio

é definida pela razão (divisão) entre duas outras unidades,


que são, respectivamente,

a) coulomb e segundo.
b) volt e segundo.
c) coulomb e volt.
d) joule e volt.
e) volt e ohm.
9. C5:H17 (Enem-2017) Uma empresa especializada em conser-
vação de piscinas utiliza um produto para tratamento da água
Médio

cujas especificações técnicas sugerem que seja adicionado


1,5 mL desse produto para cada 1 000 L de água da piscina.
Essa empresa foi contratada para cuidar de uma piscina de base retangular,
de profundidade constante igual a 1,7 m, com largura e comprimento iguais
a 3 m e 5 m, respectivamente. O nível da lâmina d’água dessa piscina é
mantido a 50 cm da borda da piscina.
A quantidade desse produto, em mililitro, que deve ser adicionada a essa
piscina de modo a atender às suas especificações técnicas é
a) 11,25.
b) 27,00.
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

c) 28,80.
d) 32,25.
e) 49,50.
390

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 390 31/08/2021 07:50:41


10.  6:H20 (UPE-2016) Se um ano-luz corresponde à distância
C
Médio percorrida pela luz em um ano, qual é a ordem de grande-
za, em metros, da distância percorrida pela luz em 2 anos,
levando-se em consideração um ano tendo 365 dias e a velo-
cidade da luz igual a 300 000 km/s?
a) 108
b) 1010
c) 1013
d) 1015
e) 1016

11. C6:H20 (UFJF-2017) Recentemente foi divulgada pela revista


norte-americana Nature a descoberta de um planeta poten-
Médio

cialmente habitável (ou com capacidade de abrigar vida) na


órbita de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do nosso
Sistema Solar. Chamado de Proxima b, o nosso vizinho está a “apenas”
4,0 anos-luz de distância, que é considerada a menor distância entre a Terra
e um exoplaneta. Considerando que a sonda espacial Helios B (desenvolvida
para estudar os processos solares e que atinge uma velocidade máxima
recorde de aproximadamente 250 000 km/h) fosse enviada a esse exopla-
neta, numa tentativa de encontrar vida, qual a ordem de grandeza, em
anos, dessa viagem?
Considere que o movimento da sonda é retilíneo uniforme, que
1 ano-luz = 1 · 1013 km e que 1 ano terrestre tenha exatos 365 dias.

FÍSICA • FRENTE A
Fonte: adaptado de http://www.newsjs.com - redação
olhardigital.uol.com.br. Acesso em 01/09/2016.

a) 100 anos.
b) 101 anos.
c) 102 anos.
d) 103 anos.
e) 104 anos.

12. C6:H20 (EEAR-2016) Uma hélice de avião gira a 2 800 rpm. Qual
a frequência (f ) de rotação da hélice, em unidades do Sistema
Médio

Internacional (SI)? Adote p= 3.

a) 16,7
b) 26,7
c) 36,7
d) 46,7

13. C5:H17 (UECE-2015) A aceleração da gravidade próximo à


superfície da Terra é, no Sistema Internacional de Unidades,
Médio

aproximadamente 10 m/s2. Caso esse sistema passasse a usar


como padrão de comprimento um valor dez vezes menor que
o atual, esse valor da aceleração da gravidade seria numericamente igual
a
a) 10.
b) 1.
c) 100.
d) 0,1.

14. C5:H17 (UECE-2018) Considere um tanque cilíndrico contendo


água até uma altura h, em metros. No fundo do tanque há
Médio

uma torneira, através da qual passa um determinado volume


(em m3) de água a cada segundo, resultando numa vazão q
(em m3/s). É possível descrever a altura em função da vazão q através da
equação h = Rq, na qual a constante de proporcionalidade R pode ser
entendida como uma resistência mecânica à passagem do fluido pela
torneira. Assim, a unidade de medida dessa resistência é
a) s/m2.
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

b) s/m3.
c) m3/s.
391

d) m/s.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 391 31/08/2021 07:50:42


15. C5:H17 (Enem-2019) A gripe é uma infecção respiratória aguda
de curta duração causada pelo vírus influenza. Ao entrar no
Médio

nosso organismo pelo nariz, esse vírus multiplica-se, dissemi-


nando-se para a garganta e demais partes das vias respirató-
rias, incluindo os pulmões.
O vírus influenza é uma partícula esférica que tem um diâmetro interno
de 0,00011 mm.
Disponível em: www.gripenet.pt. Acesso em: 2 nov. 2013 (adaptado).

Em notação científica, o diâmetro interno do vírus influenza, em mm, é


a) 1,1 · 10–1.
b) 1,1 · 10–2.
c) 1,1 · 10–3.
d) 1,1 · 10–4.
e) 1,1 · 10–5.
16. C5:H17 (Enem-PPL-2016) Benjamin Franklin (1706-1790), por
volta de 1757, percebeu que dois barcos que compunham a
Médio

frota com a qual viajava para Londres permaneciam estáveis,


enquanto os outros eram jogados pelo vento. Ao questionar
o porquê daquele fenômeno, foi informado pelo capitão que
provavelmente os cozinheiros haviam arremessado óleo pelos lados dos
barcos. Inquirindo mais a respeito, soube que habitantes das ilhas do
Pacífico jogavam óleo na água para impedir que o vento a agitasse e
atrapalhasse a pesca.
Em 1774, Franklin resolveu testar o fenômeno jogando uma colher de chá
FÍSICA • FRENTE A

(4 mL) de óleo de oliva em um lago onde pequenas ondas eram formadas.


Mais curioso que o efeito de acalmar as ondas foi o fato de que o óleo havia
se espalhado completamente pelo lago, numa área de aproximadamente
2 000 m2, formando um filme fino.
Embora não tenha sido a intenção original de Franklin, esse experimento
permite uma estimativa da ordem de grandeza do tamanho das moléculas.
Para isso, basta supor que o óleo se espalha até formar uma camada com
uma única molécula de espessura.
RAMOS, C. H. I. História. CBME Informação, n. 9, jan. 2006 (adaptado).

Nas condições do experimento realizado por Franklin, as moléculas do óleo


apresentam um tamanho da ordem de
a) 10–3 m.
b) 10–5 m.
c) 10–7 m.
d) 10–9 m.
e) 10–11 m.
17. C5:H17 (UERJ-2017) Pela turbina de uma hidrelétrica, passam
500 m3 de água por segundo. A ordem de grandeza do volume
Médio

de água que passa por essa turbina em 3h corresponde, em


litros, a
a) 108.
b) 1010.
c) 1012.
d) 1014.
18. C5:H17 (UECE-2017) A unidade de medida de energia utilizada
usualmente pelas distribuidoras de energia elétrica é o kWh.
Médio

Em termos de joules, a equivalência é

a) 1 kWh = 3,6 J.
b) 1 J = 3,6 · 106 kWh.
c) 1 J = 3,6 kWh.
d) 1 kWh = 3,6 · 106 J.
19.  5:H17 (Fuvest-2019) Forma‐se uma pilha de folhas de papel,
C
em que cada folha tem 0,1 mm de espessura. A pilha é formada
Difícil

da seguinte maneira: coloca‐se uma folha na primeira vez e,


em cada uma das vezes seguintes, tantas quantas já houverem
sido colocadas anteriormente. Depois de 33 dessas operações,
a altura da pilha terá a ordem de grandeza
a) da altura de um poste.
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

b) da altura de um prédio de 30 andares.


c) do comprimento da Av. Paulista.
d) da distância da cidade de São Paulo (SP) à cidade do Rio de Janeiro (RJ).
392

e) do diâmetro da Terra.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 392 31/08/2021 07:50:43


20. C5:H17 (Enem-PPL-2019)
Difícil Astrônomos medem a velocidade de afastamento de galáxias
distantes pela detecção da luz emitida por esses sistemas. A
Lei de Hubble afirma que a velocidade de afastamento de
uma galáxia (em km/s) é proporcional à sua distância até a Terra, medida
em megaparsec (Mpc). Nessa lei, a constante de proporcionalidade é a
constante de Hubble (H0) e seu valor mais aceito é de 72 (km/s)/Mpc. O
parsec (pc) é uma unidade de distância utilizada em astronomia que vale
aproximadamente 3 · 1016 m. Observações astronômicas determinaram que
a velocidade de afastamento de uma determinada galáxia é de 1 400 km/s.
Utilizando a Lei de Hubble, pode-se concluir que a distância até essa galáxia,
medida em km, é igual a
a) 20 · 100.
b) 20 · 106.
c) 6 · 1020.
d) 6 · 1023.
e) 6 · 1026.
21. C5:H17 (UECE-2018) Recentemente o tema combustível e
caminhões ganhou destaque nos noticiários com a greve de
Difícil

caminhoneiros. Suponha que o consumo (c) de diesel de um


caminhão, em m3 de combustível por metro viajado, seja
proporcional à massa M do veículo. Considere que o consumo
seja descrito pela equação c = βM, onde β é uma constante. No Sistema
Internacional de Unidades, β tem unidade de
a) km/L.

FÍSICA • FRENTE A
b) m2/kg.
c) L/km.
d) m/kg.
22.  5:H17 (Unesp-2016) Um torneio de futebol será disputado por
C
16 equipes que, ao final, serão classificadas do 1º ao 16º lugar.
Difícil

Para efeitos da classificação final, as regras do torneio impedem


qualquer tipo de empate. Considerando para os cálculos log
15! = 12 e log 2 = 0,3, a ordem de grandeza do total de classifi-
cações possíveis das equipes nesse torneio é de
a) bilhões. d) milhões.
b) quatrilhões. e) trilhões.
c) quintilhões.
23. C5:H17 (UECE-2018) Considere um dado movimento oscila-
tório em que uma partícula seja sujeita a uma força propor-
Difícil

cional a cos (ωt2), onde t é o tempo. É correto afirmar que,


neste caso, a unidade de medida de ω no S.I. é

a) s. c) s–2.
b) s .
–1
d) s2.
24.  5:H17 (UERJ-2016) Admita que a ordem de grandeza de uma
C
medida x é uma potência de base 10, com expoente n inteiro,
Difícil

para 10n–1/2 ≤ x < 10n+1/2. Considere que um terremoto tenha


liberado uma energia E, em joules, cujo valor numérico é tal GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
GABARITO ONLINE
que log10E = 15,3. A ordem de grandeza de E, em joules, 1. Faça oodownload
1. Faça
QR Code.
downloaddede qualquer aplicativo
qualquer de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
equivale a
2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR Code ao lado.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
a) 10 . 14
c) 1016. 3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
b) 1015. d) 1017. deste ­módulo.

Cartão-resposta Fundamentos da Ciência Física

1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E 22 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_01

EXT21_1_FIS_A_01

5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E 23 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E 24 A B C D E
393

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 393 31/08/2021 07:50:44


Análise dimensional
Observe a seguinte equação da cinemática:

OSTILL is Franck Camhi/Shutterstock


a  t2
s  s0  v 0  t 
A análise dimensional é a área que relaciona as 2
grandezas físicas e suas unidades de medida.
Considerando a homogeneidade, como a unida-

Grandezas
Escola Digital
de dimensional de s é [s] = L, é possível afirmar que
 a  t2 
fundamentais [v0 · t] = L e que 
 2 
 = L.

Com base nas unidades de base do


SI, é possível montar uma tabela com as Observação: Os argumentos de funções trans-
grandezas físicas e os respectivos sím- cendentais (seno, cosseno, tangente, logaritmo,
bolos dimensionais. função exponencial etc.) e os resultados das ope-
rações dessas funções são sempre adimensionais.
Símbolo
Grandeza
Multiplicação e divisão
dimensional
Comprimento L
Uma segunda regra da análise dimensional deter-
Massa M
mina que, ao multiplicar ou dividir grandezas, também
Tempo T se deve fazer isso com seus valores e suas unidades.
Corrente elétrica I Adotando o mesmo exemplo anterior, sabe-se
Quantidade de matéria N que:
Intensidade luminosa I0 a  t2  a  t2 
s  s0  v 0  t    L
Temperatura θ 2  2 
Mesmo não sendo Entre as grandezas físicas, três são muito utiliza-  a  t 2  a  t  a  t 
2 2
sempre visível, a
Física está presente das em diversas áreas da Mecânica: a massa (M), o Logo:     a  t 2   [a]  T 2
em praticamente comprimento (L) e o tempo (T). Tal sistema de unida-  2  2 1
tudo à nossa volta.
des é, muitas vezes, conhecido como MLT. L
Assim: L  [a]  T 2  [a] 
 [a]  L  T -2
T2
Números puros não têm unidade, sendo isso
O resultado condiz com o esperado, pois a uni-
o que diferencia um número de uma grandeza.
dade de aceleração no Sistema Internacional é m/s2.

Equação dimensional Teorema de Bridgman


Cada grandeza física pode ser obtida de grande- O Teorema de Bridgman afirma que, se experi-
Frente A mentalmente for constatado que uma determinada
zas fundamentais, mas como isso é feito? Em geral,
mód. 02/22
é preciso ter uma expressão que defina a grandeza grandeza física (X) depende das grandezas A, B, C...

02 estudada baseada em outras conhecidas. independentes entre si, então:

A → grandeza física X = K · A a · B b · Cg
[A] → unidade dimensional de A
FIS

No qual K é um fator constante puramente nu-


mérico. Ainda, a determinação dos expoentes α, β e
Nº de aulas Por conveniência, a unidade dimensional de um
γ é feita por meio da análise dimensional.

03
número puro é 1. Assim, tem-se:
Esse método é uma forma de prever uma equa-
[n] = 1 se n for um número puro. ção física ou relembrar uma fórmula.
Este conteúdo é trabalhado na questão 22 da seção
9 Exemplo
Introdução à Física

Este conteúdo é trabalhado nas questões 9 e 10 da se- Enem e vestibulares.


9 Exemplo
ção Enem e vestibulares.
Suponha que você esteja interessado em calcular o período
A análise dimensional da velocidade v é:
de oscilação de um corpo de massa m, preso por um fio de
v → grandeza física velocidade comprimento l, em um ambiente de gravidade dada por g,
Tem-se: conforme a figura.
s T  K  ( massa )  ( comprimento )  ( gravidade ) 
v  → equação que representa a grandeza física
t velocidade m


[ T ]  kg   m   2   [ T ]  kg   m  m  s 2 
Então, para a unidade dimensional: s 
[ T ]  kg   m    s 2   [ T ]  M   L    T 2 
 s  L
v       L  T 1 M 0  L0  T 1  M   L   T 2 
 t  T
Com isso, tem-se:
Logo, a dimensão de velocidade é a razão entre compri-
1 1
mento e tempo, no caso, m/s.   0 ;     0 ; 1  2   ; 
2 2
Adição e subtração Por fim:
1
Nas operações de adição e subtração que tradu- 1

1
 l 2
zem uma lei física, sempre é preciso considerar a homo- T  K l 2  g 2
 T  K  
g
geneidade, isto é, os dois lados de qualquer igualdade
l
devem ter necessariamente as mesmas dimensões. T  2
EXT21_1_FIS_A_02

EXT21_1_FIS_A_02

g
Na expressão acima, o 2 p é equivalente à constante K.
394

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 394 31/08/2021 07:50:47


Cinemática escalar
● Carro como referencial
A cinemática escalar estuda os movimentos

M
MMM
dos corpos sem considerar as causas deles. A condutora está em repouso, pois

M
MMM
M
não se movimenta e não muda sua

MMM
Ainda, toda descrição cinemática está relacio-

MMMM
nada a um referencial e aos conceitos de ponto posição em relação ao referencial.

M M
material, corpo extenso, movimento, repou- O ponto de ônibus e a moça sen-
so, trajetória, deslocamento e velocidade. tada nele estão em movimento,

Ponto material
pois suas posições se alteram em
relação ao referencial.
Portanto, os conceitos de
Macrovector/Shutterstock

repouso e movimento são re-


lativos, dependendo de qual
referencial está sendo adota-
do. Sempre é possível achar um
referencial em que um corpo este-
ja em repouso e outro em que esteja
em movimento.

Um carro viajando 100 km de uma cidade para outra


tem seu tamanho desprezível em relação à estrada.
Contudo, o mesmo carro, ao manobrar para entrar
em uma garagem, torna-se um corpo extenso.

Trajetória
Quando as dimensões do corpo são desprezíveis com rela- A trajetória é o caminho que o corpo percorre no decorrer

FÍSICA • FRENTE A
ção às dimensões do fenômeno estudado, define-se esse corpo do tempo. Neste caso o referencial adotado é importante, já
como ponto material. Contudo, mesmo tendo dimensões des- que observadores em referenciais diferentes poderão obser-
prezíveis, sua massa não é desprezível. var trajetórias distintas de um mesmo fenômeno.

Corpo extenso 9 Exemplo:


Considere a situação em que um avião se movimenta com velocidade
É um corpo que possui dimensões que não são desprezíveis
constante em um local onde os efeitos do ar são desprezíveis.
em relação às dimensões do fenômeno estudado.

Movimento e repouso
Na Física, é possível estar em movimento e em repouso
ao mesmo tempo, portanto, nesse contexto, o referencial é
essencial.
● Movimento: quando um corpo muda sua posição em re-
lação ao referencial adotado.
● Repouso: quando um corpo não muda sua posição em
relação ao referencial adotado.
9 Exemplo:
De acordo com os referenciais da imagem abaixo, tem-se:
● Ponto de ônibus como referencial
A moça sentada está em repouso, pois ela não se movimenta e não
muda sua posição em relação ao referencial. Em relação à trajetória, é possível afirmar que:
O carro e sua condutora estão em movimento, pois suas posições ● Quando o referencial for o piloto do avião, a trajetória da bomba
será reta e vertical.
se alteram em relação ao referencial.
● Quando o referencial for quem estiver no solo, a trajetória da bomba
será parabólica.
Visual Generation/Shutterstock
EXT21_1_FIS_A_02

EXT21_1_FIS_A_02

395

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 395 31/08/2021 07:50:47


Deslocamento Deslocamento e distância percorrida
Suponha que em um dado instante inicial de tempo (t 0) um É importante diferenciar deslocamento escalar de distância
objeto se encontre em uma posição inicial s 0 e que, após deter- percorrida. A distância d percorrida por um móvel é dada pela
minado tempo t (t f), sua posição é sf. soma dos módulos dos deslocamentos escalares desse móvel.
Assim,
O deslocamento Ds desse móvel é definido, então, como
a variação de seu espaço, sendo expresso matematicamente
como: d  s1  s2  ...

∆s = sf – s 0
9 Exemplo
O sinal positivo referente ao valor do deslocamento Ds não Considere um móvel que parte da cidade X, vai até a cidade Y e volta
precisa ser expresso, ao contrário do sinal negativo. Quando para a cidade X.
o valor do deslocamento for negativo, entende-se que o movi-
mento é no sentido contrário ao eixo positivo adotado.
Já quando o sinal é ignorado e, portanto, o sentido do des-
locamento também, é obtido o módulo ou o valor absoluto do
deslocamento.
∆s1 ∆s2

9 Exemplo
Imagine um carro que vai de um ponto X a um ponto Y em uma estrada,
passando pelos pontos A, B e C. É possível definir a posição (s) desse carro
na estrada com base nestas condições:
1) Adoção de um ponto dessa trajetória conhecido como origem.
FÍSICA • FRENTE A

2) Adoção de um sentido positivo para a trajetória.


Na figura a seguir, o ponto B é a origem e o sentido positivo é o que vai
da cidade X à Y. Adotando-se as condições mencionadas, a posição s do
ponto A na trajetória é negativa, enquanto no ponto C é positiva.

● De X até Y, a variação do espaço, que corresponde à distância per-


corrida, é dada por:

d1  s1  20 km   25 km   45 km

● De Y até X, a distância percorrida é:

d 2  s 2   25 km   20 km  45 km  45 km

● Então, a distância total percorrida é:


d = d1 + d2
d = 45 + 45 = 90 km

Entretanto, o deslocamento escalar


total é dado por:
∆s = sf – s0 = –25 km – (–25 km) = 0 km
Logo, o deslocamento escalar e a
Um corpo que parte inicialmente de X apresenta posição inicial dada por distância percorrida não serão neces-
s0 = –25 km. Quando estiver em Y, sua posição será sf = 20 km. A variação sariamente iguais. Eles terão módulos
de sua posição ou de seu deslocamento escalar é dada por: iguais se o móvel se deslocar sempre
no mesmo sentido de uma trajetória
∆s = s – s0 = 20 km – (–25 km) = 45 km
retilínea.
Nesse caso, seu deslocamento foi de 45 km no sentido positivo.
Tem-se, portanto, as relações:
Se o carro tivesse partido inicialmente de C e ido para A, seu deslocamento
seria dado por: d total  d1  d 2  ...  s1  s 2  ...
∆s = sf – s0 = (–20 km) – (10 km) = –30 km d total  s
Janielli Lima/Shutterstock

EXT21_1_FIS_A_02

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Nesse caso, seu deslocamento em valor absoluto foi de 30 km no sentido


negativo ou contrário.
396

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Velocidade escalar média
A velocidade escalar média vm de um corpo corresponde à razão entre o deslocamento (Ds) e o intervalo de tempo (Dt) durante
o qual esse deslocamento aconteceu. Matematicamente, é expressa como:

s Este conteúdo é trabalhado nas questões 3, 7 e 12 da


vm  → Unidade SI: m/s
t seção Enem e vestibulares.

Outra forma de verificar a velocidade média é por meio da inclinação da reta dos gráficos da posição em relação ao tempo.
9 Exemplo
O gráfico a seguir representa o movimento de um cachorro em determinado intervalo de tempo.

  


 

 

FÍSICA • FRENTE A




 







 




    


  


 
 
 





  

 


  
 
 ­
EXT21_1_FIS_A_02

EXT21_1_FIS_A_02

Velocidade escalar instantânea


A velocidade escalar instantânea de um corpo é a que ele tem em um exato instante de tempo. Ao olhar para um velocímetro,
397

é possível verificar a velocidade escalar instantânea em que o veículo está naquele momento.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 397 31/08/2021 07:50:50


FIXAR
Análise dimensional
• Utilizada para verificar se as dimensões de uma grandeza estão corretas.
• Grandezas fundamentais:

Grandeza Símbolo dimensional


Comprimento L
Massa M
Tempo T
Corrente elétrica I
Quantidade de matéria N
Intensidade luminosa I0
Temperatura θ

Cinemática escalar
• Ponto material: as dimensões do corpo são desprezíveis em relação às dimensões do fenômeno estudado.
FÍSICA • FRENTE A

• Corpo extenso: as dimensões do corpo não são desprezíveis em relação às dimensões do fenômeno estudado.
• Referencial: toda cinemática deve ser descrita conforme determinado referencial. A mudança de referencial pode mudar a descrição.
• Trajetória: depende do referencial. Observadores em referenciais diferentes poderão observar trajetórias distintas de um mesmo fenômeno.
• Deslocamento: é a variação do espaço e é expresso matematicamente como ∆s = sf – s0.
• Distância percorrida: é dada pela soma dos módulos dos deslocamentos escalares e expressa matematicamente como d  s1  s 2  ...
• Velocidade média: razão entre o deslocamento (Ds) e o intervalo de tempo (Dt) durante o qual esse deslocamento aconteceu. É matematica-
s
mente expressa por v m  .
t
• Velocidade escalar instantânea: é a que um corpo tem em um exato instante de tempo.

Interação

1. Leia o texto abaixo e, em seguida, responda à questão • O primeiro usuário do transporte coletivo chegou ao ponto de
proposta. encontro em 16’30”, com saída da Zona Norte (Praça da Bíblia).
SORRILHA, F. “Desafio Intermodal” irá refletir sobre transporte mais eficiente. Prefeitura
“Desafio Intermodal” irá refletir ­sobre de Sorocaba, 22 nov. 2016. Disponível em: http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/desafio-
transporte mais eficiente intermodal-ira-refletir-sobre-transporte-mais-eficiente/. Acesso em: 20 jul. 2020.
O evento não é uma competição. Serve como pesquisa para avaliar O Desafio Intermodal, feito no horário de pico de trânsito, serve para que
o desempenho dos seis tipos de modalidades de deslocamento (a pé, seja dado destaque à mobilidade urbana e, com isso, sejam pensadas
bicicleta, motocicleta, automóvel, táxi e transporte coletivo), que sairão políticas públicas a respeito.
de quatro pontos da cidade para medir qual deles consegue se deslocar Um estudante da cidade citada está decidindo se é melhor ele voltar de
com mais eficiência na cidade e chegar à Praça do Campolim, na Zona Sul, bicicleta ou de transporte público de uma de suas aulas, que acaba no horá-
ponto de encontro final desta ação. rio de pico. Em ambos os casos, a distância que ele vai percorrer é de 8 km.
Os locais de saída serão: Ginásio de Esportes Dr. Gualberto Moreira, Considerando que a velocidade de cada meio de transporte no horário de
Praça Carlos de Campos, Praça São José e Largo do Divino. Cada saída pico é a mesma registrada no Desafio Intermodal, respectivamente, qual é
possui trajeto com 3,5 km de extensão. o tempo aproximado economizado, em minutos, em 20 dias se o estudante
[...] optar pela modalidade mais rápida?
Modais por tempo de chegada:
• A primeira bicicleta chegou ao ponto de encontro em 7’45”, com
saída da Zona Leste (Praça do Tropeiro).
• A primeira motocicleta chegou ao ponto de encontro em 8’57”,
com saída da Zona Sul (Parque do Campolim).
• O primeiro automóvel chegou ao ponto de encontro em 12’36”,
com saída da Zona Sul (Parque do Campolim).
EXT21_1_FIS_A_02

• O primeiro táxi chegou ao ponto de encontro em 14’22”, com


saída da Zona Leste (Praça do Tropeiro).
• O primeiro pedestre chegou ao ponto de encontro em 16’02”,
com saída da Zona Leste (Praça do Tropeiro).
398

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 398 31/08/2021 07:50:53


Sistematização 6. C1:H3 É possível que a Terra seja sempre considerada um ponto
material? Explique por meio de exemplos.
1. C5:H17 A força de atrito F devido ao ar atuando em um corpo
é proporcional à velocidade v desse corpo e dada, para altas
velocidades, por F = bv + cv2, sendo b e c constantes. Quais
as dimensões de b e c?

7. C6:H20 Imagine a situação em que um ônibus está se deslo-


cando da esquerda para a direita. Há em seu interior uma
mosca se movendo, em relação aos assentos, da esquerda
para a direita com velocidade de 10 m/s. Adote como sentido
positivo da trajetória o sentido do ônibus em relação à calçada.
Com base nessas informações e considerando como sentido positivo da
2. C5:H17 Por vezes, é útil na Física a utilização do conceito de trajetória o do ônibus, responda:
densidade de energia, que é a energia por unidade de volume. a) A mosca está em repouso ou em movimento em relação a uma pessoa
Utilizando as unidades de base do SI, qual é a unidade de que observa o ônibus da calçada?
densidade de energia?

b) Qual a velocidade da mosca em relação à traseira do ônibus?

c) Qual a velocidade da pessoa na calçada em relação a um dos assentos


do ônibus?

FÍSICA • FRENTE A
8. C6:H20 Um automóvel percorre uma estrada retilínea, sempre
3. C5:H17 Muitas vezes, é comum anunciar o consumo de energia no mesmo sentido, de comprimento total igual a 20 km. Ele
elétrica de um aparelho em unidade quilowatts por hora. Essa percorre o primeiro trecho, de 15 km, em 15 minutos. O se-
unidade está correta? Explique. gundo trecho é percorrido em 3 minutos. Determine, em km/h,
a velocidade escalar média do automóvel v1 no primeiro trecho
e a v2 no segundo trecho.

4. C5:H17 A figura a seguir mostra a curva do gráfico da veloci-


dade em função do tempo de um corpo, dividida em 6
partes.
V

9. C6:H20 Um móvel está inicialmente na posição –50 m de uma


1 trajetória. Ele percorre a trajetória no sentido positivo até
chegar à posição de –30 m, em 10s. Nesse momento, ele in-
6
verte o sentido de seu movimento por 30s, mantendo o dobro
2 5 do módulo da velocidade média que tinha no trecho anterior.
Qual a posição final do móvel e a distância total percorrida por ele?
t
3 4

Identifique em quais trechos o movimento é progressivo e em quais é


retrógrado.

5. C5:H17 Um grupo de pesquisa está realizando experimentos


com ressonância magnética nuclear para estudos de poros 10. C5:H17 O período T de oscilação de um pêndulo simples mede
na extração de petróleo e verifica que determinado intervalo o intervalo de tempo em que essa oscilação se repete e é dado
de tempo ∆t é diretamente proporcional à razão entre a área por T = ga ⋅ Lb. Sabendo que g é a aceleração gravitacional local
e L corresponde ao comprimento do pêndulo, determine os
S
superficial S desse poro e seu volume V, da seguinte forma: t    . valores de a e b.
V
Sendo α a constante de proporcionalidade, qual é sua dimensão?
EXT21_1_FIS_A_02

399

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Enem e vestibulares 3. C5:H17 (UERJ-2019) Observe no gráfico a curva representativa
do movimento de um veículo ao longo do tempo, traçada a

Fácil
1. C6:H20 (COTUCA-2020) partir das posições registradas durante seu deslocamento.
Fácil

Crédito: Projeto Event Horizon Telescope – National Science Foundation

No dia 10 de abril de 2019, foi publicada a primeira imagem de um buraco


negro.
Essa imagem foi produzida por uma rede de telescópios como resultado
do projeto Event Horizon Telescope, realizado pela Fundação Nacional de
Ciências (National Science Foundation). O valor estimado da velocidade média do veículo, em m/s, corresponde a
O buraco negro fotografado possui uma massa 6,5 bilhões de vezes maior a) 1. c) 3.
que a massa do Sol e se encontra a 5 milhões de anos-luz da Terra. b) 2. d) 4.
Considere que:
4. C5:H17 (UECE-2018) Em um gás ideal, o produto da pressão
● 1 ano-luz é a distância percorrida pela luz em um ano; pelo volume dividido pela temperatura tem, no Sistema

Fácil
● 1 ano é aproximadamente igual a 3 · 107 s; Internacional, unidade de medida de
FÍSICA • FRENTE A

● a velocidade da luz é igual a 3,0 · 105 km/s.


Sendo assim, a distância do buraco negro observado em relação à Terra é de a) Pa/K. c) m3/K.
a) 5,9 · 1025 m. b) Nm/K. d) Pa/m2.
b) 4,5 · 1022 m. 5. C6:H20 (Enem-Libras-2017) No Brasil, a quantidade de mortes
c) 1,5 · 1015 m. decorrentes de acidentes por excesso de velocidade já é tra-
Fácil

tada como uma epidemia. Uma forma de profilaxia é a insta-


d) 9,0 · 1015 m.
lação de aparelhos que medem a velocidade dos automóveis
e) 1,5 · 1014 m. e registram, por meio de fotografias, os veículos que trafegam
2. C6:H20 (Mackenzie-2019) acima do limite de velocidade permitido. O princípio de funcionamento
desses aparelhos consiste na instalação de dois sensores no solo, de forma
a registrar os instantes em que o veículo passa e, em caso de excesso de
Fácil

velocidade, fotografar o veículo quando ele passar sobre uma marca no


Mbappé mais rápido que Bolt? solo, após o segundo sensor.
Considere que o dispositivo representado na figura esteja instalado em
uma via com velocidade máxima permitida de 60 km/h.

Kylian Mbappé é marcado por Javier Mascherano e Nicolás No caso de um automóvel que trafega na velocidade máxima permitida,
Tagliafico no jogo contra a Argentina (Foto: Getty Imagens) o tempo, em milissegundos, medido pelo dispositivo, é
a) 8,3. d) 45,0.
Além dos dois gols na vitória da França sobre a Argentina por 4 a 3, o camisa
10 francês protagonizou uma arrancada incrível ainda no primeiro tempo b) 12,5. e) 75,0.
da partida disputada na Arena Kazan, válida pelas oitavas de final da “Copa c) 30,0.
do Mundo da Rússia 2018”. Mbappé percorreu 64 m do gramado com uma
velocidade média de 38 km/h. O lance culminou em um pênalti a favor da
6. C5:H17 (UECE-2019) Um dispositivo eletrônico muito comum
nos celulares tipo smartphones é o acelerômetro. Entre as
seleção europeia, convertido por Griezmann.
Fácil

funções desse dispositivo, nos celulares, está a detecção da


Uma comparação com Usain Bolt foi feita em relação ao atual recorde posição do celular em relação ao campo gravitacional da Terra.
mundial na prova dos 100 m rasos, em 2009. Usain Bolt atingiu a marca O acelerômetro é capaz de identificar se o celular está na
de 9,58s de tempo de prova. posição vertical ou horizontal, alterando automaticamente a imagem e as
O tempo de prova dos 100 metros rasos, caso um atleta mantivesse uma posições das funções disponíveis na tela do telefone.
velocidade média igual a de Mbappé, nesse famoso episódio da copa, seria Considerando que uma das informações disponibilizadas pelo acelerô-
a) igual ao recorde mundial. metro seja o ângulo entre a normal à tela e o vetor força peso do celular,
do ponto de vista dimensional, esse ângulo medido pelo acelerômetro
EXT21_1_FIS_A_02

EXT21_1_FIS_A_02

b) de aproximadamente 1,0s a mais que o recorde mundial.


c) de aproximadamente 0,2s a mais que o recorde mundial. a) é adimensional.
d) de aproximadamente 0,1s a menos que o recorde mundial. b) tem unidades de m/s2.
c) tem unidade de medida de m/s.
400

e) de aproximadamente 0,5s a menos que o recorde mundial.


d) é um vetor.

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7. C6:H20 (UERJ-2017) O rompimento da barragem de contenção
Fácil de uma mineradora em Mariana (MG) acarretou o derrama-
mento de lama contendo resíduos poluentes no rio Doce.
Esses resíduos foram gerados da obtenção de um minério
composto do metal de menor raio atômico do grupo 8 da
tabela de classificação periódica. A lama levou 16 dias para atingir o mar,
situado a 600 km do local do acidente, deixando um rastro de destruição
nesse percurso. Caso alcance o arquipélago de Abrolhos, os recifes de coral
dessa região ficarão ameaçados.
Com base nas informações apresentadas no texto, a velocidade média de
deslocamento da lama, do local onde ocorreu o rompimento da barragem
até atingir o mar, em km/h, corresponde a
a) 1,6.
b) 2,1.
c) 3,8.
d) 4,6.
8. C6:H20 (UECE-2018) Considere um carro que viaja em linha
reta de forma que sua posição seja uma função linear do
Médio

tempo. É correto afirmar que, entre dois instantes de tempo


t1 e t2,
a) a velocidade média é igual à soma das velocidades instantâneas
nesses tempos.
b) a velocidade instantânea é uma função crescente do tempo.
c) a velocidade instantânea é uma função decrescente do tempo.
d) a velocidade média é igual à média das velocidades instantâneas

FÍSICA • FRENTE A
nesses tempos.
9. C5:H17 (EFOMM-2018) Observando um fenômeno físico,
Tamires, uma pesquisadora da NASA, verificou que determi-
Médio

nada grandeza era diretamente proporcional ao produto de


uma força por uma velocidade e inversamente proporcional
ao produto do quadrado de um peso pelo cubo de uma
aceleração. Sabendo-se que a constante de proporcionalidade é adimen-
sional, a expressão dimensional da referida grandeza é:
a) [L]–4[M]–2[T ]5
b) [L]–2[M]–1[T ]3
c) [L]–1[M]–3[T]7
d) [L]–5[M]–3[T]6
e) [L]–3[M]–1[T]7
10. C5:H17 (FGV-2018) Para efeito de análise dimensional das
grandezas físicas, são consideradas como fundamentais, no
Médio

Sistema Internacional de Unidades (SI), a massa [M], o com-


primento [L] e o tempo [T]. Ao se estudar o comportamento
dos elétrons no efeito fotoelétrico, a expressão Ec = h ⋅ f – Uo
é a que relaciona a energia cinética máxima de emissão (Ec) com a função
trabalho (Uo), com a frequência da radiação incidente (f ) e a constante de
Planck (h).
Com base nas informações dadas, é correto afirmar que a constante de
Planck tem as dimensões
a) MLT–2. d) ML2T–2.
b) MLT–1. e) ML2T–3.
c) ML T .
2 –1

11. C6:H20 (FATEC-2016) Nos primeiros Jogos Olímpicos, as provas


de natação eram realizadas em águas abertas, passando a ser
Médio

disputadas em piscinas olímpicas em 1908. Atualmente, os


sensores instalados nas piscinas cronometram, com precisão,
o tempo dos atletas até centésimos de segundo. Uma das
disputas mais acirradas é a prova masculina de 50 m em estilo livre. Observe
o tempo dos três medalhistas dessa prova nos Jogos de Londres em 2012.

Florent Manaudou César Cielo


Cullen Jones (EUA)
(FRA) (BRA)
21,34s 21,54s 21,59s

Considerando a velocidade média dos atletas, quando o vencedor com-


pletou a prova, a distância entre César Cielo e o ponto de chegada era de,
aproximadamente,
EXT21_1_FIS_A_02

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a) 0,49 cm. d) 4,90 m.


b) 0,58 cm. e) 5,80 m.
c) 0,58 m.
401

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12. C6:H20 (Unicamp-2018) Situado na costa peruana, Chankillo,
o mais antigo observatório das Américas, é composto de treze
Médio

torres que se alinham de norte a sul ao longo de uma colina.


Em 21 de dezembro, quando ocorre o solstício de verão no
Hemisfério Sul, o Sol nasce à direita da primeira torre (sul), na
extrema direita, a partir de um ponto de observação definido. À medida
que os dias passam, a posição em que o Sol nasce se desloca entre as torres
rumo à esquerda (norte). Pode-se calcular o dia do ano, observando-se
qual torre coincide com a posição do Sol ao amanhecer. Em 21 de junho,
solstício de inverno no Hemisfério Sul, o Sol nasce à esquerda da última
torre na extrema esquerda e, à medida que os dias passam, vai se movendo
rumo à direita, para reiniciar o ciclo no dezembro seguinte.

Sabendo que as torres de Chankillo se posicionam ao longo de 300 metros


no eixo norte-sul, a velocidade escalar média com a qual a posição do nascer
do Sol se desloca através das torres é de aproximadamente
a) 0,8 m/dia.
b) 1,6 m/dia.
c) 25 m/dia.
FÍSICA • FRENTE A

d) 50 m/dia.
13. C5:H17 (UECE-2019) Assinale a opção que apresenta a mesma
unidade de medida de energia cinética.
Médio

a) (movimento linear)2/massa
b) (movimento linear)/massa
c) massa · comprimento
d) massa · aceleração
14.  5:H17 (UDESC-2016) Ao resolver alguns exercícios, um estu-
C
dante de Física achou interessante inventar uma nova grandeza
Médio

física que foi calculada pela multiplicação entre massa e tempo,


dividindo o resultado pela multiplicação entre distância e
pressão. Segundo o Sistema Internacional de Unidades, uma
unidade de medida para essa nova grandeza física é dada por
a) s²/kg. d) s³/W.
b) J/W. e) N · m/s³.
c) J · s²/W.
15. C5:H17 (FGV-2020) Dois amigos, Marcos e Pedro, estão às
margens de um lago, no ponto A, e decidem nadar até um
Médio

barco, que se encontra no ponto C. Marcos supõe que chegará


mais rápido se nadar direto do ponto A até o ponto C, enquan-
to Pedro supõe que seria mais rápido correr até o ponto B,
que está sobre uma reta que contém o ponto C e é perpendicular à margem,
e depois nadar até o barco.
A

B C
Considere que a distância entre os pontos A e C seja 50 m, que a distância
entre A e B seja 30 m, que a distância entre B e C seja 40 m, que Marcos
e Pedro nadem com velocidade média de 1,0 m/s e que Pedro corra
com velocidade média de 3,0 m/s. Ao realizarem a travessia, partindo no
mesmo instante,
a) Marcos chega ao barco 1,0 segundo antes de Pedro.
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EXT21_1_FIS_A_02

b) Marcos chega ao barco 0,5 segundo antes de Pedro.


c) Pedro chega ao barco 1,0 segundo antes de Marcos.
d) Pedro chega ao barco 0,5 segundo antes de Marcos.
402

e) Pedro e Marcos chegam juntos ao barco.

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16. C5:H17 (Fuvest-2016) Uma gota de chuva se forma no alto
Médio de uma nuvem espessa. À medida que vai caindo dentro
da nuvem, a massa da gota vai aumentando, e o incre-
mento de massa ∆m, em um pequeno intervalo de tempo
∆t, pode ser aproximado pela expressão: ∆m = α ⋅ v ⋅ S ⋅ ∆t,
em que α é uma constante, v é a velocidade da gota e S é a área de sua
superfície. No Sistema Internacional de Unidades (SI), a constante α é
a) expressa em kg ⋅ m³.
b) expressa em kg ⋅ m–3.
c) expressa em m³ ⋅ s ⋅ kg–1.
d) expressa em m³ ⋅ s–1.
e) adimensional.
17. C6:H20 (UFMS-2019) No dia 4 de novembro de 2018, foi
realizada a 8.ª volta UFMS. O percurso tem largada e
Difícil

chegada em frente ao prédio da Reitoria da universidade,


com circuitos de uma ou duas voltas, sendo cada volta
de 3,5 km. Um atleta que correrá as duas voltas terminará
a primeira volta com um pace médio de 6,0 min/km. Como ele pretende
completar a prova com um pace médio de 5,0 min/km, a segunda
volta deve ser completada com uma velocidade média de
a) 4,0 km/h.
b) 12 km/h.
c) 14,4 km/h.
d) 15 km/h.
e) 18 km/h.

FÍSICA • FRENTE A
18. C5:H17 (Unicamp-2018) Materiais termoelétricos são
aqueles com alto potencial de transformar calor em
Difícil

energia elétrica. A capacidade de conversão de calor em


S2
eletricidade é quantificada pela grandeza F  T , que
k
é adimensional e função da temperatura T e das propriedades do

material: resistividade elétrica ρ, condutividade térmica k, coeficiente


Seebeck S. O gráfico a seguir mostra ρ em função de T para certo
material termoelétrico.

Analisando o gráfico e considerando k = 2,0 W/(m · K) e S = 300 μV/K


para esse material, a uma temperatura T = 300 K, conclui-se que a
grandeza F desse material a essa temperatura vale
a) 0,003.
b) 0,6.
c) 0,9.
d) 90.
19. C5:H17 (ITA-2017) Ondas gravitacionais foram previstas
por Einstein em 1916 e diretamente detectadas pela
Difícil

primeira vez em 2015. Sob determinadas condições, um


sistema girando com velocidade angular ω irradia tais
ondas com potência proporcional a GcβQγωδ, em que G é
a constante de gravitação universal; c, a velocidade da luz e Q, uma
grandeza que tem unidade em kg·m2. Assinale a opção correta.
a) β = −5, γ = 2, e δ = 6
b) β = −3/5, γ = 4/3, e δ = 4
c) β = −10/3, γ = 5/3, e δ = 5
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d) β = 0, γ = 1, e δ = 3
e) β = −10, γ = 3, e δ = 9
403

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20. C6:H20 (ITA-2016) No sistema de sinalização de trânsito urbano
chamado de “onda verde”, há semáforos com dispositivos
Difícil

eletrônicos que indicam a velocidade a ser mantida pelo


motorista para alcançar o próximo sinal ainda aberto.
Considere que de início o painel indique uma velocidade de
45 km/h. Alguns segundos depois ela passa para 50 km/h e, finalmente,
para 60 km/h. Sabendo que a indicação de 50 km/h no painel demora 8,0s
antes de mudar para 60 km/h, então a distância entre os semáforos é de
a) 1,0 · 10–1 km.
b) 2,0 · 10–1 km.
c) 4,0 · 10–1 km.
d) 1,0 km.
e) 1,2 km.
21. C6:H20 (ITA-2020) Considere uma teoria na qual a força de
interação entre duas “cargas generalizadas” q1 e q2 em univer-
Difícil

sos N-dimensionais é expressa por Fe= q1q2/ (krN–1), em que k


é uma constante característica do meio. A teoria também
prevê uma força entre dois “polos generalizados” p1 e p2 ex-
pressa por Fm= p1p2/(μrN–1), na qual μ é outra constante característica do
meio. Sabe-se ainda que um polo p pode interagir com uma corrente de
carga, i, gerando uma força F = ip/(rN–2). Em todos os casos, r representa a
distância entre os entes interagentes. Considerando as grandezas funda-
mentais massa, comprimento, tempo e corrente de carga, assinale a alter-
nativa que corresponde à fórmula dimensional de kμ.
a) L2T–2
b) L–2T2
FÍSICA • FRENTE A

c) L–2T–2
d) L1–NT2
e) L–2TN–1
22.  5:H17 (UECE-2019) Considere um pêndulo simples oscilando
C
sob efeito da gravidade. A partir da análise dimensional, po-
Difícil

de-se determinar a forma como o período T depende da di-


mensão de comprimento [L], da dimensão da aceleração da
gravidade [g] e da dimensão da massa [M]. Para isso assume-se
que [T] = [L]a [g]b [M]c.
Para haver homogeneidade dimensional, os expoentes a, b e c devem ser
a) 0, 1 e 1.
b) 1, −1 e 0.
c) 1, 1 e 1.
d) 1/2, −1/2 e 0.
23. C5:H17 (ITA-2018) Quando precisar, use os seguintes valores
para constantes: constante da gravitação universal
Difícil

G = 7 · 10–11 m3/kg ⋅ s2. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.


Velocidade do som no ar = 340 m/s.
Considere uma estrela de nêutrons com densidade média de 5 · 1014 g/cm3,
sendo que sua frequência de vibração radial ν é função do seu raio R, de sua
massa m e da constante da gravitação universal G. Sabe-se que ν é dada
por uma expressão monomial, em que a constante adimensional de pro-
porcionalidade vale aproximadamente 1. Então o valor de ν é da ordem de
a) 10–2 Hz.
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
GABARITO ONLINE
b) 10–1 Hz. 1. Faça oodownload
1. Faça
QR Code.
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
c) 100 Hz. 2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
d) 102 Hz. 3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste ­módulo.
e) 104 Hz.

Cartão-resposta Introdução à Física

1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E 22 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_02

5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E 23 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
404

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 404 31/08/2021 07:51:01


Vetores 
  
v1 + v2 = v2
As grandezas físicas podem ser do tipo escalar 

ou vetorial. As grandezas vetoriais são represen-  

 v1 vR
tadas por vetores, que são objetos matemáticos v1 v2 α
+ =
 Escola Digital
descritos por um segmento de reta e têm módulo, v2 Vetor r­ esultante
direção e sentido. da soma
Nº de aulas

Soma vetorial usando a regra do paralelogramo.


Para obter o módulo do vetor soma, pode-se
03
usar a Lei dos Cossenos.
ulo Frente A
ód Sentido     
M vR 2  v12  v 22  2 · v1 · v 2 ·cos()
mód. 03/22

Observação: quando o ângulo entre os vetores


03
for de 90°, o último termo é anulado, pois cos 90° = 0.
Origem do vetor

Reta indicando a direção


Decomposição de vetores

Movimento uniforme
A decomposição de vetores é uma das opera-
ções possíveis de serem realizadas com vetores. Ela
Representação de um vetor. determina os componentes de um vetor sobre os
O módulo de um vetor é a sua intensidade, a di- eixos x e y do plano cartesiano.
reção é a reta por onde passa esse vetor e o sentido Na realização da decomposição de vetores, po-
é indicado pela seta. Para que dois vetores sejam de-se fazer o processo inverso da soma da regra do
iguais, é necessário que essas três características paralelogramo, ou seja, qualquer vetor pode ser de-
sejam iguais. composto em outros dois vetores perpendiculares

Soma vetorial
entre si. Para isso, deve-se traçar na origem do vetor
um eixo y e um eixo x e, depois, desenhar as retas pa-
Para efetuar a soma de grandezas vetoriais, há ralelas aos eixos passando pela extremidade do vetor.
duas regras que podem ser utilizadas: a regra do y
polígono e a regra do paralelogramo. Um ponto im-
portante é que, qualquer que seja a regra utilizada
para efetuar a soma dos vetores, o resultado deve
ser sempre o mesmo.

Regra do polígono

 v2
A regra do polígono pode ser utilizada para reali- vy
zar a soma de dois ou mais vetores.
Para realizar a soma vetorial basta ligar as ex- α
 x
tremidades dos vetores, sem alterar o módulo, a di-

FIS
vx
reção e o sentido. O vetor resultante da soma será
aquele que liga a origem do primeiro vetor à extre-
Decomposição do vetor nos eixos x e y.
midade do último vetor. Veja o exemplo a seguir.
Observe que na área hachurada há um triângu-

    
v1 + v2 + v3 = vR lo retângulo. Sendo assim, pode-se usar as relações

 v2
v1 trigonométricas e encontrar os módulos dos veto-
 

    res v x e v y.
v1 + v2 + v3 = v3 
 Para o vetor v x tem-se a seguinte relação:
gd_project/shutterstock

vR 
v
Vetor resultante cos()   x
da soma vR
Soma vetorial usando a regra do polígono.  
v x  vR cos ()
Para obter o módulo do vetor soma, é interes-
sante que os vetores estejam sobre um espaço 
quadriculado, pois, assim, é possível usar regras de Para o vetor v y tem-se a seguin-
geometria e encontrar seu módulo. te relação:

Regra do paralelogramo

v
s e n()   y
Quando há apenas dois vetores para serem soma- vR
dos, é possível utilizar essa regra. Para obter o vetor
 
soma, basta ligar as duas origens dos vetores soma- v y  vR  s e n()
dos e desenhar uma reta paralela a cada um dos ve-
tores passando por suas extremidades. A origem do
vetor resultante é a mesma dos vetores somados e
EXT21_1_FIS_A_03

a extremidade será no encontro das retas paralelas.

405

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 405 31/08/2021 07:51:07


A redução da velocidade máxima nas
Marginais exige atenção dos paulistanos

Desde 2011, a prefeitura tem apostado na


redução dos limites de velocidade de trân-
sito para reverter o alto número de aci-
dentes automobilísticos. Nesse período,
530 quilômetros de mais de 150 vias foram
submetidos à chamada “padronização”
da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET). Na segunda (20), os dois corredo-
res mais importantes da capital passarão
a integrar o pacote de mudanças. Na pista
expressa das marginais Pinheiros e Tietê,
a máxima permitida cairá de 90 para 70
quilômetros por hora. Na central (quando
existente), a variação é de 80 para 60. E,
finalmente, na local, de 70 para 50. Hoje
as perimetrais lideram o ranking de mor-
talidade na cidade por colisão ou atropela-
mento, com 73 vítimas somadas ao longo
de 2014 — houve um crescimento de 16%
em relação ao ano anterior.
FÍSICA • FRENTE A

COSTA, N. A redução da velocidade


máxima nas Marginais exige atenção dos
paulistanos. Veja São Paulo, 1 jun. 2017.
Fernando Stankuns/W.Commons

Disponível em: http://url.sae.digital/5hbElWO.


Acesso em: 11 set. 2020.

Atualmente, viver em grandes cida-


des exige que as pessoas transitem cada
vez mais rápido para cumprir todos os
compromissos diários. No entanto, há a
necessidade de regras e leis de trânsito
para que todos transitem em segurança.
No ano de 2015, a prefeitura de São
Paulo, com base em estudos interna-
cionais de tráfego, optou por reduzir as
velocidades máximas em suas vias, mas
muitos paulistanos não ficaram satisfei-
tos com a redução. E você? Qual a sua opi-
nião sobre essa discussão?

Definições de
movimento uniforme
A palavra uniforme na Física remete à ideia de constân- Vista aérea das marginais Pinheiros e Tietê, na cidade de São Paulo.
cia, ou seja, de algo que não se altera. No caso dos movimen-
Este conteúdo é trabalhado na questão 6 da seção
tos, é classificado como movimento uniforme aquele em
Enem e vestibulares.
que o corpo permanece com a velocidade escalar constante
e diferente de zero ao longo do tempo.
÷ 3,6
Comumente, a velocidade é uma grandeza física vetorial
que indica a ideia quantitativa da rapidez com que um corpo
se movimenta. Pode-se considerar que a velocidade é a taxa km/h m/s
de variação do espaço em relação ao tempo, ou seja, a razão
do deslocamento em um determinado intervalo de tempo. X 3,6
Matematicamente a velocidade média do movimento pode
ser expressa como:
No movimento uniforme, a taxa com que a posição do cor-
po varia no tempo é constante. Portanto, pode-se concluir que:
s s  s0
vm  
t t  t 0
O corpo percorre espaços iguais em interva-
los de tempo iguais.
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

A unidade da velocidade no Sistema Internacional de


Unidades é o metro por segundo (m/s), mas também é mui-
Os movimentos com velocidade constante podem ser re-
to comum a utilização de outras unidades, como o quilôme-
tilíneos ou curvilíneos. Neste módulo, estudaremos o movi-
406

tro por hora (km/h). Para converter uma unidade em outra,


mento retilíneo e uniforme (MRU).
é possível utilizar a seguinte relação:

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 406 31/08/2021 07:51:08


Movimento
progressivo e
movimento retrógrado tte
rs
to
ck

hu
Considera-se em movimento progressi- ut
h/
S

aw
vo aqueles móveis que estão no sentido po- Es
sar
r;
sitivo da trajetória. Utilizando como exemplo ce
ne
Ra
o esquema presente na página, o carro azul
está movimentando-se no sentido da traje-
tória, ou seja, é um movimento progressivo.
No entanto, o carro verde, que está no senti-
do contrário, está realizando um movimento
Função horária
da posição
chamado retrógrado.
Matematicamente, no movimento retró-
grado Ds < 0 e v < 0, enquanto no movi- Para fazer previsões da posição dos
mento progressivo o Ds > 0 e v > 0. móveis em determinados instantes no mo-
É importante destacar que o vimento uniforme, é possível utilizar a função
sinal da velocidade apenas está da posição em relação ao tempo, que é obtida da
indicando o sentido do móvel definição da velocidade.
de acordo com a orienta-
s s  s0
ção da trajetória adotada vm   
t t  t 0
e não tem relação com
o módulo da velocida- Considerando t 0 = 0, tem-se:
de. Por exemplo, um
s  s0

FÍSICA • FRENTE A
móvel que está a v   v · t  s  s0
t
uma velocidade de
60 km/h no sen- Isolando o s, obtém-se a seguinte função horária da posição:
tido da trajetória
(velocidade posi- s  s0  v · t
tiva, v = +60 km/h)
movimenta-se Observe que essa é uma função do primeiro grau em que a posição inicial
mais devagar do móvel (s 0) e a velocidade (v) são constantes e as variáveis são o espaço (s) e o
que um móvel tempo (t). Portanto, a função horária da posição é um exemplo de função de
com velocidade primeiro grau do tipo y = a · x + b, em que analogamente o y corresponde ao
70 km/h no sentido s e o x corresponde ao t. Além disso, as constantes v e s 0 correspondem
oposto da trajetória respectivamente aos coeficientes a e b.
(velocidade nega- Para construir o gráfico dessa função, deve-se obter no mínimo
tiva, v = –70 km/h). dois pontos (t;s).
O gráfico da posição por tempo fornece informações impor-
tantes sobre o movimento em questão. Se o movimento for pro-
gressivo, o gráfico será crescente, no entanto, se o movimento for
retrógrado, o gráfico será decrescente.
O coeficiente linear do gráfico (o ponto em que a reta toca o
eixo s) corresponde à posição do móvel quando o instante de
tempo t é igual a zero, e o coeficiente angular da reta correspon-
de à velocidade.
Sentido da s s
trajetória
+
s0
movimento progressivo movimento retrógrado
s0
v>0 v<0

0 t 0 t

Gráfico da posição x tempo crescente (movimento progressivo) e


decrescente (movimento retrógrado).
s

s
Com base no gráfico, Ds
também é possível calcular
a velocidade média do mó- θ
s0
vel por meio do ângulo q, Dt s
tg   v 
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

cuja tangente é chamada de t


coeficiente angular.
407

Este conteúdo é trabalhado na questão 14 da seção 0 t t


Enem e vestibulares.
Cálculo da velocidade média por meio do gráfico do deslocamento em
função do tempo (s x t).

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 407 31/08/2021 07:51:09


Gráfico da velocidade Agora, imagine uma situação em que os dois carros estão

em função do tempo
no mesmo sentido, mas sendo a velocidade do veículo A igual a
60 km/h e a do carro B igual a 70 km/h. Aqui, como no caso an-
É possível também construir o gráfico da velocidade em terior, a velocidade relativa será obtida pela subtração da maior
função do tempo para o movimento uniforme. Nesse caso, velocidade pela menor velocidade (VB – VA), resultando em
como a velocidade é constante, só é necessário saber o valor uma velocidade relativa de 10 km/h. Para essa situação (VB >
para traçar a reta correspondente. Veja o exemplo. VA), como o veículo da frente (B) tem maior velocidade que o
veículo de trás (A), o carro B se afastará do carro A a uma taxa
v de 10 km/h.
v>0
● Carros em sentidos opostos
Considere a situação em que um carro A está em um senti-
do da rodovia com uma velocidade de 100 km/h enquanto um
carro B está no sentido contrário e se aproximando com uma
0
t velocidade de 70 km/h.

SAE DIGITAL S/A


v<0

Gráfico da velocidade em função do tempo (v x t).


Por meio desse gráfico, também é possível calcular o deslo-
camento escalar do móvel, sendo o deslocando numericamen-
te igual à área do gráfico.
v
Este conteúdo é trabalhado na questão 7 da seção Este conteúdo
Enem e vestibulares. é trabalhado
na questão
FÍSICA • FRENTE A

v
22 da
seção Enem e
vestibulares.

s N A Nesse caso, a velocidade relativa de aproximação será a


soma das velocidades (VA + VB), ou seja, 170 km/h. Assim, quan-
do os dois carros passam próximo um do outro, a sensação de
quem está dentro de um dos carros é de que o outro está a uma
0 t1 t2 t
velocidade de 170 km/h.
Cálculo do deslocamento por meio do gráfico da velocidade No caso em que os veículos estão em sentidos opostos e se
em função do tempo (v x t).
afastando, a velocidade também será a soma das velocidades
No caso do gráfico acima, o deslocamento do móvel do tem- (VA + VB), resultando em um afastamento a uma taxa de 170 km/h.
po t1 até t 2 pode ser encontrado por meio da área do retângulo.
Ds = (t 2 – t1 · V) Pode-se concluir que, em movimentos unidimensio-
nais, a velocidade relativa entre dois móveis será subtraída
Velocidade relativa quando estes estiverem no mesmo sentido e somada quan-

em movimentos
do estiverem em sentidos opostos.

unidimensionais Encontro entre dois móveis


Quando se fala que um corpo está em movimento, um
Outra situação que se pode observar no estudo do movi-
conceito muito importante é o de velocidade relativa. Essa
mento é o encontro de dois móveis, ou seja, o instante em que
velocidade se refere ao valor único do movimento relativo en-
dois móveis estarão na mesma posição. As funções horárias
tre dois corpos. Considerando o sentido dos movimentos dos
para dois móveis podem ser organizadas da seguinte maneira:
corpos, a velocidade relativa poderá ser de aproximação ou de
Este conteúdo é trabalhado
afastamento. na questão 1 da seção Enem e
sA = sB
● Carros no mesmo sentido vestibulares.

Imagine que um carro A está a uma velocidade de 70 km/h 9 Exemplo:


e deseja realizar uma ultrapassagem em relação a um carro B,
Um carro A sai da posição inicial s0 = 10 km com velocidade constante
que está a 60 km/h. Qual será a velocidade de ultrapassagem
igual a v = 70 km/h. Portanto, a função horária da posição que descreve
do carro A em relação ao carro B?
o movimento desse carro é SA = 10 + 70 · t. Um carro B, que também está
na marginal, sai da posição s0 = 30 km com velocidade constante igual
SAE DIGITAL S/A

a v = 50 km/h e função horária da posição dada por SB = 30 + 50 · t.


Em quanto tempo os dois carros vão se encontrar na rodovia?
Africa Studio/Shutterstock

Para encontrar essa resposta, basta igualar as posições.


sA = sB
10 + 70 · t = 30 + 50 · t
Resolvendo essa equação, obtém-se o
instante do encontro.
70 · t – 50 · t = 30 – 10 ⇒ t = 1h
EXT21_1_FIS_A_03

Observe que os dois carros estão no mesmo sentido, por


Verifica-se que, uma hora após o
isso é necessário subtrair a maior velocidade pela menor ve-
início do movimento, os carros A e
locidade (VA – VB), resultando em uma velocidade relativa de
B estarão na mesma posição.
10 km/h. Nessa situação (VA > VB), o carro A se aproximará do
408

carro B a uma velocidade de 10 km/h.

EXT21_1_FIS_A_03.indd 408 15/08/2022 16:29:00


FIXAR
Movimento progressivo:
Velocidade relativa • em móveis no mesmo a velocidade é positiva e indica
entre dois móveis: sentido, os módulos da que o móvel está no sentido
velocidade serão subtraídos. crescente da trajetória.
• em móveis em sentidos
opostos, os módulos da
velocidade serão somados. Movimento retrógrado:
a velocidade é negativa e indica
que o móvel está no sentido
A velocidade é constante e definida matema- decrescente da trajetória.
s
ticamente por v m  e pode ser expressa
t
graficamente da seguinte maneira:
v Movimento uniforme:
v
o corpo percorre espaços iguais
N em intervalos de tempo iguais A função horária da posição que
s  A
nesse tipo de movimento. descreve o movimento é:

FÍSICA • FRENTE A
t1 t2 t s = s0 + v · t
0

No encontro de dois móveis,


nte ou decrescente.
tem-se sA = sB. O gráfico da função é uma reta e pode ser cresce
S
S
Ksuxa-muxa/Shutterstock

S0
movimento retrógrado
movimento progressivo v<0
S0 v>0

0 t
0 t

Interação
1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere limite de a) a distância de frenagem no caso em que houve a redução da veloci-
velocidade de 50 km/h em vias urbanas com o objetivo dade máxima permitida e no caso em que não houve essa redução,
de reduzir acidentes. Assim, em 2015, o prefeito de respondendo se o motorista foi capaz de frear a tempo para a pas-
São Paulo da época alterou a velocidade máxima sagem do pedestre.
permitida na pista local das marginais, redu-
zindo a velocidade máxima na via de 70 km/h para
50 km/h, como o recomendado pela OMS.
Com base nisso, analise uma situação comum no
trânsito considerando a velocidade antes e depois
da redução feita pela prefeitura.
Imagine um motorista dirigindo na via local da Marginal b) a diferença de tempo para percorrer a Marginal Tietê, considerando
Tietê quando observa um pedestre atravessando a rua a que ela tem 24,5 km de extensão.
uma distância de 50 m. A distância de frenagem do veículo é
Tonktiti/Shutterstock

uma soma da distância percorrida pelo carro durante o tempo de


reação do motorista e da distância necessária para que o veículo
pare totalmente. Como o tempo de reação de uma pessoa é
de aproximadamente 0,5s, é possível calcular a distância que o
carro percorre até que os freios sejam acionados. Além disso, a
distância para frenagem também varia conforme a velocidade c) Você considera a recomendação da OMS benéfica para a população?
inicial do carro. Por quê?
Considerando que, para o caso de v = 50 km/h, essa distância
EXT21_1_FIS_A_03

de frenagem é de 21 m e que, para v = 70 km/h, a distância é de


EXT21_1_FIS_A_03

48 m, calcule:
409

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 409 31/08/2021 07:51:13


condutor gripado viaja a uma velocidade constante de 72 km/h e que vi-
Sistematização sualiza um pedestre atravessando a rua. Calcule a distância, em metros,
que esse motorista vai percorrer até que consiga pisar no freio.
1. C6:H20 Uma partícula descreve um movimento retilíneo e
uniforme, cuja função que descreve o movimento é s = 2 + 5 · t,
com unidades do SI. Determine:

a) A posição inicial da partícula.


6. C6:H20 Dois corredores, A e B, estão em uma competição, e a
função horária da posição que representa o movimento do
corredor A é sA = 3 + 2t e a do B é sB = 1 + 3t, em unidades do
SI. Em qual posição eles vão se encontrar? Além disso, no mo-
b) A velocidade escalar da partícula. mento do encontro, qual será a velocidade relativa entre eles?

c) A posição da partícula no instante t = 5s.


7. C6:H20 Dada a tabela a seguir, que mostra os dados da posição
de um móvel ao longo do tempo, pode-se dizer que a função
horária da posição para o movimento é

d) O instante em que a partícula ocupa a posição s = 102 m. S (km) 500 400 300 200 100
t (h) 0 1 2 3 4

a) s = 100 + 500 · t. c) s = 500 – 100 · t.


2. C6:H20 Um móvel em movimento retilíneo e uniforme varia suas b) s = 500 + 100 · t. d) s = 100 – 500 · t.
posições de acordo com a função s = 3 – 6 · t, em que s está em
8. C6:H20 Um motorista está em uma rodovia a uma velocidade
FÍSICA • FRENTE A

metros e t, em segundos. Construa o gráfico da posição x tempo


v1 = 20 m/s e pretende ultrapassar um carro, que está com
e classifique o movimento em progressivo ou retrógrado.
velocidade v2 = 60 km/h. Qual será a velocidade relativa entre
os carros em m/s e em km/h?

3. C6:H20 Um motorista está planejando sua viagem saindo de


São Paulo até Curitiba. O trajeto todo tem 408 km e a veloci-
dade média permitida é de 80 km/h. Se o motorista sair de 9. C6:H20 Considere um carro que trafega em uma rodovia re-
casa às 7h da manhã, qual será o horário aproximado de tilínea. O gráfico a seguir mostra a velocidade do automóvel
chegada a Curitiba? em função do tempo.

v(m/s)

10

4. C6:H20 O movimento de uma partícula pode ser representado


por gráficos da posição em função do tempo, como no gráfico
0 4 5 6 10
a seguir. Observe os dados e faça o que se pede. t(s)

–8

s(m) 15
14.5 A partir dos dados fornecidos, responda:
14
13.5
13 a) Qual foi o deslocamento do carro?
12.5
12
11.5
11
10.5
10
9.5
9
8.5
8
7.5
7
6.5 b) Qual foi a distância total percorrida pelo carro?
6
5.5
5
4.5
4
3.5
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 12.5 13 13.5 14 14.5 15
10. C6:H20 Um viajante está fazendo um percurso longo, de 500 km,
t(s) e no primeiro quarto da viagem o fez a uma velocidade de
a) Escreva a função horária da posição. 70 km/h. Em seguida, fez uma parada de 20 minutos. No se-
gundo quarto da viagem, a velocidade foi de 100 km/h e no-
vamente fez uma parada de 20 minutos. O resto da viagem o
motorista fez com uma velocidade de 90 km/h até chegar ao seu destino.
a) Qual foi o tempo total da viagem?
b) Construa em seu caderno o gráfico da velocidade em função do tempo
e classifique o movimento em progressivo ou retrógrado.
5. C6:H20 Segundo estudos realizados na Universidade de
Cardiff, no Reino Unido, pessoas gripadas perdem mais o re-
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

flexo na hora de dirigir do que quem bebe até quatro garrafas b) Qual foi a velocidade média de todo o percurso?
de cerveja, ou seja, o tempo de reação dos gripados no trânsito
aumenta tanto ou mais que o de pessoas embriagadas. O
tempo de reação de um condutor saudável é de aproximadamente 0,5s,
410

enquanto o de uma pessoa gripada é próximo de 2s. Suponha que um

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 410 31/08/2021 07:51:14


Enem e vestibulares
1. C6:H20 (FAMEMA-2020) De dentro do ônibus, que ainda fazia
manobras para estacionar no ponto de parada, o rapaz, atra-
Fácil

sado para o encontro com a namorada, a vê indo embora pela


calçada. Quando finalmente o ônibus para e o rapaz desce, a
distância que o separa da namorada é de 180 m.
Sabendo que a namorada do rapaz se movimenta com velocidade cons-
tante de 0,5 m/s e que o rapaz pode correr com velocidade constante de
5 m/s, o tempo mínimo para que ele consiga alcançá-la é de
a) 10s.
b) 45s.
c) 25s.
d) 50s.
e) 40s.
2. C6:H20 (UFJF-2020) Uma viagem de ônibus entre Juiz de Fora
e o Rio de Janeiro normalmente é realizada com velocidade
Fácil

média de 60 km/h e tem duração de 3 horas, entre suas res-


pectivas rodoviárias. Uma estudante fez essa viagem de ônibus
e relatou que, após 2 horas do início da viagem, devido a obras
na pista, o ônibus ficou parado por 30 minutos. Depois disso, a pista foi
liberada e o ônibus seguiu sua viagem, mas, devido ao engarrafamento na
entrada da cidade do Rio de Janeiro até a rodoviária, a estudante demorou
mais 2 horas. Qual foi a velocidade média do ônibus na viagem relatada
pela estudante?

FÍSICA • FRENTE A
a) 60 km/h
b) 72 km/h
c) 45 km/h
d) 40 km/h
e) 36 km/h
3. C6:H20 (Unicamp-2017) Em 2016 foi batido o recorde de voo
ininterrupto mais longo da história. O avião Solar Impulse 2,
Fácil

movido a energia solar, percorreu quase 6 480 km em aproxi-


madamente 5 dias, partindo de Nagoya, no Japão, até o Havaí,
nos Estados Unidos da América. A velocidade escalar média
desenvolvida pelo avião foi de aproximadamente
a) 54 km/h.
b) 15 km/h.
c) 1 296 km/h.
d) 198 km/h.
4. C6:H20 (Unicamp-2015) Recentemente, uma equipe de astrô-
nomos afirmou ter identificado uma estrela com dimensões
Fácil

comparáveis às da Terra, composta predominantemente de


diamante. Por ser muito frio, o astro, possivelmente uma es-
trela anã branca, teria tido o carbono de sua composição
cristalizado em forma de um diamante praticamente do tamanho da Terra.
Os astrônomos estimam que a estrela estaria situada a uma distância
d = 9,0 · 1018 m da Terra. Considerando um foguete que se desloca a uma
velocidade v = 1,5 · 104 m/s, o tempo de viagem do foguete da Terra até
essa estrela seria de (1 ano ≈ 3 · 107 s)
a) 2 000 anos.
b) 300 000 anos.
c) 6 000 000 anos.
d) 20 000 000 anos.
5. C5:H18 (UFPR-2017) A utilização de receptores GPS é cada vez
mais frequente em veículos. O princípio de funcionamento
Fácil

desse instrumento é baseado no intervalo de tempo de pro-


pagação de sinais, por meio de ondas eletromagnéticas, desde
os satélites até os receptores GPS. Considerando a velocidade
de propagação da onda eletromagnética como sendo de 300 000 km/s e
que, em determinado instante, um dos satélites encontra-se a 30 000 km
de distância do receptor, qual é o tempo de propagação da onda eletro-
magnética emitida por esse satélite GPS até o receptor?
a) 10s
b) 1s
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

c) 0,1s
d) 0,01s
e) 1ms
411

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6. C6:H20 (Unicamp-2019) O físico inglês Stephen Hawking a) 1 minuto e 7 segundos.
(1942-2018), além de suas contribuições importantes para a b) 4 minutos e 33 segundos.
Fácil

cosmologia, a física teórica e sobre a origem do universo, nos c) 3 minutos e 45 segundos.


últimos anos de sua vida passou a sugerir estratégias para
salvar a raça humana de uma possível extinção, entre elas, a d) 3 minutos e 33 segundos.
mudança para outro planeta. Em abril de 2018, uma empresa americana, e) 4 minutos e 17 segundos.
em colaboração com a Nasa, lançou o satélite TESS, que analisará cerca de
11. C6:H20 (Unesp-2016) Em uma viagem de carro com sua família,
vinte mil planetas fora do Sistema Solar. Esses planetas orbitam estrelas
um garoto colocou em prática o que havia aprendido nas aulas
situadas a menos de trezentos anos-luz da Terra, sendo que um ano-luz é

Médio
de física. Quando seu pai ultrapassou um caminhão em um
a distância que a luz percorre no vácuo em um ano. Considere um ônibus
trecho reto da estrada, ele calculou a velocidade do caminhão
espacial atual que viaja a uma velocidade média v = 2 · 104 km/s.
ultrapassado utilizando um cronômetro.
O tempo que esse ônibus levaria para chegar a um planeta a uma distância
de 100 anos-luz é igual a
Dado: A velocidade da luz no vácuo é igual a c = 3 · 108 m/s. Se necessário,
use aceleração da gravidade g = 10 m/s2, aproxime π = 3,0 e 1 atm = 105 Pa.
a) 66 anos.
b) 100 anos. VEÍCULO LONGO
comprimento 30m
c) 600 anos.
d) 1 500 anos.
7. C5:H17 (Unicamp-2017) O semáforo é um dos recursos utili-
zados para organizar o tráfego de veículos e de pedestres nas
Médio

grandes cidades. Considere que um carro trafega em um


trecho de uma via retilínea, em que temos 3 semáforos. O
gráfico abaixo mostra a velocidade do carro, em função do
tempo, ao passar por esse trecho em que o carro teve que parar nos três
semáforos. A distância entre o primeiro e o terceiro semáforo é de
FÍSICA • FRENTE A

14 O garoto acionou o cronômetro quando seu pai alinhou a frente do carro


com a traseira do caminhão e o desligou no instante em que a ultrapassa-
12 gem terminou, com a traseira do carro alinhada com a frente do caminhão,
obtendo 8,5s para o tempo de ultrapassagem.
10
velocidade (m/s)

Em seguida, considerando a informação contida na figura e sabendo que


8 o comprimento do carro era 4 m e que a velocidade do carro permaneceu
constante e igual a 30 m/s, ele calculou a velocidade média do caminhão,
6 durante a ultrapassagem, obtendo corretamente o valor
4 a) 24 m/s.
b) 21 m/s.
2
c) 22 m/s.
0 d) 26 m/s.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
tempo (s) e) 28 m/s.
a) 330 m. 12. C6:H20 (UFRGS-2016) Pedro e Paulo diariamente usam bici-
b) 440 m. cletas para ir ao colégio. O gráfico abaixo mostra como ambos
Médio

percorreram as distâncias até o colégio, em função do tempo,


c) 150 m. em certo dia.
d) 180 m.
1 600
8. C6:H20 (UERJ-2020) O universo observável, que se expande
em velocidade constante, tem extensão média de 93 bilhões
Médio

de anos-luz e idade de 13,8 bilhões de anos. Quando o uni-


1 200
verso tiver a idade de 20 bilhões de anos, sua extensão, em
bilhões de anos-luz, será igual a
a) 105. c) 135.
800
d (m)

b) 115. d) 165.
Pedro
9. C6:H20 (UFRGS-2018) Em grandes aeroportos e shoppings, Paulo
existem esteiras móveis horizontais para facilitar o desloca- 400
Médio

mento de pessoas. Considere uma esteira com 48 m de


comprimento e velocidade de 1,0 m/s.
Uma pessoa ingressa na esteira e segue caminhando sobre ela com velo- 0
cidade constante no mesmo sentido de movimento da esteira. A pessoa 0 200 400 600
atinge a outra extremidade 30s após ter ingressado na esteira. t (s)

Com que velocidade, em m/s, a pessoa caminha sobre a esteira? Com base no gráfico, considere as seguintes afirmações:
a) 2,6 d) 0,8 I. A velocidade média desenvolvida por Pedro foi maior do que a de-
b) 1,6 e) 0,6 senvolvida por Paulo.
c) 1,0 II. A máxima velocidade foi desenvolvida por Paulo.
III. Ambos estiveram parados pelo mesmo intervalo de tempo, durante
10. C1:H2 (Unesp-2017) O limite máximo de velocidade para
seus percursos.
veículos leves na pista expressa da Av. das Nações Unidas, em
Médio

São Paulo, foi recentemente ampliado de 70 km/h para Quais estão corretas?
90 km/h. O trecho dessa avenida conhecido como Marginal a) Apenas I.
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

Pinheiros possui extensão de 22,5 km. Comparando os limites b) Apenas II.


antigo e novo de velocidades, a redução máxima de tempo que um mo-
torista de veículo leve poderá conseguir ao percorrer toda a extensão da c) Apenas III.
Marginal Pinheiros pela pista expressa, nas velocidades máximas permiti- d) Apenas II e III.
412

das, será de, aproximadamente, e) I, II e III.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 412 31/08/2021 07:51:15


13. C6:H20 (Fuvest-2020) Um estímulo nervoso em um dos dedos
Médio do pé de um indivíduo demora cerca de 30ms para chegar ao
cérebro. Nos membros inferiores, o pulso elétrico, que conduz
a informação do estímulo, é transmitido pelo nervo ciático,
chegando à base do tronco em 20ms. Da base do tronco ao
cérebro, o pulso é conduzido na medula espinhal. Considerando que a
altura média do brasileiro é de 1,70 m e supondo uma razão média de 0,6
entre o comprimento dos membros inferiores e a altura de uma pessoa,
pode-se concluir que as velocidades médias de propagação do pulso
nervoso desde os dedos do pé até o cérebro e da base do tronco até o
cérebro são, respectivamente,
a) 51 m/s e 51 m/s. d) 57 m/s e 68 m/s.
b) 51 m/s e 57 m/s. e) 68 m/s e 68 m/s.
c) 57 m/s e 57 m/s.
14. C6:H20 (EsPCEx-AMAN-2020) Considere um objeto que se
desloca em movimento retilíneo uniforme durante 10s. O
Médio

desenho abaixo representa o gráfico do espaço em função do


tempo.
s (m)

12

FÍSICA • FRENTE A
3

0 1 2 3 t (s)
Desenho ilustrativo – fora de escala

O espaço do objeto no instante t = 10s, em metros, é


a) 25 m. d) 36 m.
b) 30 m. e) 40 m.
c) 33 m.
15. C6:H20 (COTIL-Unicamo-2020) O rio Tapajós nasce no estado
de Mato Grosso, banha parte do estado do Pará e deságua no
Médio

rio Amazonas, em frente à cidade de Santarém (PA). Seu nome


tem origem indígena, apresenta extensão aproximada de
1800 km, dos quais apenas 280 km são navegáveis, apresen-
tando fluxo médio de 13.500 m3/s e velocidade média de 0,4 m/s. Em frente
a Santarém, ocorre o encontro das águas do rio Tapajós com o rio Amazonas.
Esse fenômeno tornou-se atração turística, pois a água lodosa do segundo
rio não se mistura com a do primeiro, que é menos densa.
Um indígena, em sua canoa (caiaque, na língua tupi-guarani), pretende
fazer um ritmo constante de 1 remada por segundo, deslocando-se por
1,2 km nesse rio. Considere que sua remada consiste num movimento de
80 cm de distância entre os pontos de entrada e saída do remo na água.

A diferença entre o tempo de subida e de descida do rio, no trecho acima


EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

citado, é:
a) 1 000s. c) 3 000s.
b) 2 000s. d) 4 000s.
413

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 413 31/08/2021 07:51:16


16. C6:H20 (Uern-2015) Um garoto que se encontra em uma
quadra coberta solta um balão com gás hélio e este passa a
Difícil

se deslocar em movimento retilíneo uniforme com velocidade


de 2 m/s. Ao atingir o teto da quadra, o balão estoura e o som
do estouro atinge o ouvido do garoto 5,13s após ele o ter
soltado. Se o balão foi solto na altura do ouvido do garoto, então a distância
percorrida por ele até o instante em que estourou foi de
(Considere a velocidade do som = 340 m/s.)
a) 8,6 m. c) 10,2 m.
b) 9,1 m. d) 11,4 m.
17. C6:H20 (EPCAr-AFA-2019) Três partículas, A, B e C, movimen-
tam-se, com velocidades constantes, ao longo de uma mesma
Difícil

direção. No instante inicial, t0 = 0, a distância entre A e B vale


x, e entre B e C vale y, conforme indica a figura a seguir.
A

x y

Em t = 2s, a partícula A cruza com a partícula B. Em t = 3s, a partícula A


cruza com a partícula C. A partícula C alcançará a partícula B no instante
dado pela relação
6y y−x
FÍSICA • FRENTE A

a) c)
2y − x 3x

6( y − x ) 3y
b) d)
2 y − 3x y−x

18. C6:H20 (EEAr-2018) Um móvel completa 1/3 de um percurso com


o módulo da sua velocidade média igual a 2 km/h e o restante
Difícil

com o módulo da velocidade média igual a 8 km/h. Sendo


toda a trajetória retilínea, podemos afirmar que a velocidade
média desse móvel durante todo o percurso, em km/h, foi igual
a
a) 4. c) 6.
b) 5. d) 10.
19. C5:H19 (Enem-2019) A agricultura de precisão reúne técnicas
agrícolas que consideram particularidades locais do solo ou la-
Difícil

voura a fim de otimizar o uso de recursos. Uma das formas de


adquirir informações sobre essas particularidades é a fotografia
aérea de baixa altitude realizada por um veículo aéreo não tripu-
lado (vant). Na fase de aquisição, é importante determinar o nível de sobrepo-
sição entre as fotografias. A figura ilustra como uma sequência de imagens é
coletada por um vant e como são formadas as sobreposições frontais.

O operador do vant recebe uma encomenda na qual as imagens devem


ter uma sobreposição frontal de 20% em um terreno plano. Para realizar a
aquisição das imagens, seleciona uma altitude H fixa de voo de 1 000 m, a
uma velocidade constante de v = 50 m/s. A abertura da câmera fotográfica
do vant é de 90°. Considere tan 45° = 1.
Natural Resources Canada. Concepts of Aerial Photography. Disponível
em: www.nrcan.gc.ca. Acesso em: 26 abr. 2019 (adaptado).

Com que intervalo de tempo o operador deve adquirir duas imagens


consecutivas?
EXT21_1_FIS_A_03

EXT21_1_FIS_A_03

a) 40 segundos. d) 16 segundos.
b) 32 segundos. e) 8 segundos.
c) 28 segundos.
414

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20. C6:H20 (Fuvest-2016) Um veículo viaja entre dois povoados Admita que a distância entre dois radares sucessivos na Ponte Rio-Niterói
Difícil da Serra da Mantiqueira, percorrendo a primeira terça parte corresponde a um trecho de 1 km. Um motorista percorreu 0,81 km desse
do trajeto à velocidade média de 60 km/h, a terça parte se- trecho com velocidade de 90 km/h.
guinte a 40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h. O valor Sabendo que a velocidade máxima permitida na Ponte Rio-Niterói é de
que melhor aproxima a velocidade média do veículo nessa 80 km/h, estime a velocidade máxima, em km/h, que o motorista deverá
viagem, em km/h, é manter no restante do trecho para não ser multado.
a) 32,5.
b) 35,0.
c) 37,5.
d) 40,0.
e) 42,5.
21. C5:H17 (EFOMM-2020) Um circuito muito veloz da Fórmula
1 é o GP de Monza, onde grande parte do circuito é percorrida
Difícil

com velocidade acima de 300 km/h. O campeão em 2018


dessa corrida foi Lewis Hamilton com sua Mercedes V6 Turbo
Híbrido, levando um tempo total de 1h16min54s para percor-
rer as 53 voltas do circuito que tem 5,79 km de extensão. A corrida é fina-
lizada quando uma das duas situações ocorre antes: ou o número estipulado
de voltas é alcançado, ou a duração da corrida chega a 2 horas. Suponha
que o regulamento seja alterado, e agora a corrida é finalizada apenas pelo
tempo de prova. Considere ainda que Hamilton tenha mantido a velocidade
escalar média. Quantas voltas a mais o piloto completará até que a prova
seja finalizada pelo tempo?
a) 29
b) 46

FÍSICA • FRENTE A
c) 55
d) 61
e) 70
22. C6:H20 (UERJ-2016) A figura abaixo mostra dois barcos que
se deslocam em um rio em sentidos opostos. Suas velocidades
Fácil

são constantes e a distância entre eles, no instante t, é igual


a 500 m.

Nesse sistema, há três velocidades paralelas, cujos módulos, em relação


às margens do rio, são:
v=
barco 1 v=
barco 2 5 m/ s

v águas do rio  3 m / s

Estime, em segundos, o tempo necessário para ocorrer o encontro dos


barcos, a partir de t.
23. C5:H18 (UERJ-2020) A Polícia Rodoviária Federal revelou que
os radares da Ponte Rio-Niterói são do tipo “inteligentes”, ou
Difícil

seja, calculam a velocidade média do condutor na via. Dessa


forma, o motorista que passar pelo primeiro aparelho terá o
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
horário e a velocidade registrados pelo equipamento. Se ele GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
alcançar o segundo radar antes do tempo necessário para percorrer o QR Code.
trecho, será multado. 2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
Adaptado de oglobo.globo.com, 29/12/2017. deste ­módulo.

Cartão-resposta Movimento uniforme

1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E
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EXT21_1_FIS_A_03

5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
415

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Diversos movimentos do cotidiano não são uniformes, e sim variados. Muitos de-
les partem do repouso e têm sua velocidade instantânea aumentada ou diminuída de
diversas maneiras quando o corpo é acelerado ou desacelerado.
Há movimentos, porém, em que a velocidade varia com um padrão, isto é, a taxa
de variação da velocidade é a mesma para intervalos de tempos iguais. A esse movi-
Escola Digital
mento podemos dar o nome de movimento uniformemente variado (MUV).

Nº de aulas
Aceleração escalar média e instantânea
03 O conceito de aceleração está intrinsecamente ligado à variação da velocidade,
pois, sempre que o módulo da velocidade aumenta ou diminui, significa que houve
uma aceleração. Observe o exemplo a seguir.

Frente A v
mód. 04/22

04
  
v 0 = 1 m/s v1 = 3 m/s v 2 = 5 m/s
uniformemente variado

t = 0s t = 1s t = 2s s (m)
Representação do movimento uniformemente variado de um carro.
Note que a cada segundo a velocidade do móvel aumentou em 2 m/s, portanto essa é a taxa de
variação da velocidade do móvel. Como esse caso se trata de uma variação uniforme, a aceleração é
constante.

Matematicamente, pode-se definir a aceleração como:

v v  v 0 Este conteúdo é trabalhado nas


am   → Unidade SI: m/s2 questões 3, e 4 da seção Enem e
t t  t0 vestibulares.
Movimento

9 Exemplo
Considere um kart que varia sua velocidade de 0 a 100 km/h (≈27,8 m/s) em um intervalo de tempo de 1,5s. É possível calcular
o valor de sua aceleração da seguinte maneira:
v v  v 0
am  
t t  t0
27 , 8  0
am   18 , 5 m / s 2
1, 5  0
Sendo assim, a taxa de variação da velocidade do kart é 18,5 m/s².
Assim como há a velocidade média e instantânea, também há a aceleração média e instantânea. Esta é
FIS

uma grandeza que indica a aceleração de um corpo em cada instante do movimento, por isso é necessário
considerar intervalos de tempo muito pequenos. Já no caso do movimento retilíneo uniformemente variado, a
Os carros de aceleração instantânea é a mesma que a aceleração média, já que a aceleração é constante.
fórmula 1

Movimento acelerado e
atingem grandes
acelerações,

movimento retardado
podendo chegar
de 0 a 300 km em
10,6s.
O movimento uniformemente variado pode ser classificado em dois princi-
pais: movimento acelerado e movimento retardado. É comum associar a pala-
vra acelerado com aceleração positiva, no entanto, a classificação de movimento
acelerado ou retardado não depende apenas do sinal da aceleração, mas
sim de uma combinação entre o sinal da aceleração e o sinal da veloci-
dade. Assim: Este conteúdo é trabalhado na questão 8 da seção Enem e vestibulares.

Movimento acelerado: o módulo da velocidade aumenta


com o passar do tempo.
Movimento retardado: o módulo da velocidade diminui com
o passar do tempo.

Em resumo, o movimento acelerado é aquele em que os sinais


da velocidade e o da aceleração são os mesmos e, nesse caso, o
movimento será cada vez mais rápido. Já o movimento retardado é
aquele em que os sinais da velocidade e o da aceleração são opos-
tos e, nesse caso, o movimento será cada vez mais devagar.
Os movimentos acelerado e retardado ainda podem ser classifi-
EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04

cados em progressivo ou retrógrado, dependendo do sentido da tra-


jetória. Observe o esquema a seguir.
416

EXT21_1_FIS_A_04.indd 416 15/08/2022 16:35:24


Quando o módulo da
Quando o módulo da velocidade velocidade aumenta Quando o módulo da
aumenta com o passar do tempo e com o passar do tempo velocidade diminui com o
o sentido do movimento é a favor do e o sentido do movi- passar do tempo e o sentido
sentido estabelecido para a trajetória, mento é oposto ao sen- do movimento é a favor do
o movimento é chamado de acelera- tido estabelecido para a sentido estabelecido para
do e progressivo. trajetória, o movimento a trajetória, o movimento é
é chamado de acelera- chamado de retardado e
do e retrógrado. progressivo.

FÍSICA • FRENTE A
Relembre a geometria
Veja a seguir as expressões uti-
lizadas no cálculo da área de algu-
mas figuras planas.
Retângulo

h A=b·h

b Quando o módulo da velo-


Triângulo cidade diminui com o pas-
sar do tempo e o sentido
do movimento é oposto ao
sentido estabelecido para
a trajetória, o movimento é
h chamado de retardado e
b h
A retrógrado.
2

Trapézio
B

h (B  b)  h
A
2

b
Es
sa
ra
wu
t
h/
Sh
ut
te
rs
to
ck
EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04

417

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 417 31/08/2021 07:51:34


Função horária da velocidade
Sendo a área sob o gráfico
(B  b) · h
A , conclui-se que nesse
Quando se trata de um movimento uniformemente variado (MUV), a velocidade 2
é variável, mudando a cada instante com uma taxa de variação constante. No MUV, caso o deslocamento escalar poderá
para obter os valores da velocidade (v) em qualquer instante de tempo (t), é utilizada
a função horária da velocidade, que pode ser obtida da definição de aceleração. ser obtido da seguinte expressão:
Considerando que v0 é a velocidade inicial no tempo t 0 = 0 e que v é a velocidade
em um instante de tempo posterior t, tem-se: ( v  v 0 )· t
s 
v 2
am  a 
t
a
v v  v 0
 a
v  v0
 a  t  v  v0 Função horária
da posição
t t 0 t
Isolando a velocidade v, obtém-se a função horária da velocidade.
A função horária da velocidade for-
v = v0 + a · t nece os valores da velocidade (v) em
qualquer instante de tempo (t), mas
Sendo essa uma função de primeiro grau, o gráfico da velocidade em função do não fornece informações sobre a loca-
tempo é uma reta. Quando a aceleração for positiva, resultará em um gráfico cres- lização do corpo no espaço. Para obter
cente e, quando for negativa, o gráfico será decrescente. os dados sobre a localização no MUV,
v v utiliza-se a função horária da posição.
Observe que a área sob o gráfico
da velocidade em função do tempo
(v x t) é numericamente igual ao des-
locamento ∆s do móvel. Sendo assim:
FÍSICA • FRENTE A

v0
a<0
( v  v 0 )· t
s 
v0 a>0 2
Como v = v0 + a · t, ao substituir
0
essa expressão na equação do deslo-
t t
camento apresentada acima, é pos-
sível obter uma função da posição
Gráficos representando velocidade x tempo crescente (aceleração positiva) e decrescente relacionada ao tempo.
(aceleração negativa).
( v  a · t )  v 0  · t
Deslocamento escalar no gráfico da (s  s 0 )   0
2
velocidade em função do tempo (v × t)
2 · v 0  a · t   t
No movimento uniforme foi visto que o deslocamento escalar poderia ser obti- (s  s 0 )  
do por meio do gráfico da velocidade em função do tempo. Para isso, era necessário 2
calcular a área delimitada pela curva do gráfico. 2 · v0 · t  a · t2 2 · v0 · t a · t2
Esse mesmo processo pode ser adotado para o movimento uniformemente varia- (s  s 0 )   
2 2 2
do. Assim, considerando que v0 é a velocidade inicial no tempo t 0 = 0 e que vF é a velo-
cidade em um instante de tempo posterior t, é possível construir o seguinte gráfico:
1
s  s0  v 0 · t  a · t 2
v 2
Isolando a posição s, obtém-se a
função horária da posição.
vF
1
s  s0  v 0 · t  a · t 2
2

N
v0 A = Ds Sensvector/Shutterstock

0 t t

No gráfico da velocidade em função do tempo, o deslocamento


escalar é numericamente igual ao valor da área.
EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04
418

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Gráficos da posição em Com base no gráfico da posição em fun-
função do tempo (s x t) ção do tempo (s x t) com as retas tangentes,
identifica-se as seguintes características:
A função horária da posição é uma função do segundo grau na variável de tempo t, ● A posição inicial s0.
portanto, o gráfico da posição em relação ao tempo (s x t) será uma parábola, que ● A posição em que o móvel inverte o
pode ter sua concavidade voltada para cima ou para baixo, dependendo do valor da sentido do seu movimento é si, no
aceleração. instante ti.
● No momento em que ocorre a inver-
● se a > 0 → parábola com concavida- ● se a < 0 → parábola com concavida-
são do movimento, a velocidade é
de voltada para cima. de voltada para baixo. nula.
s s ● No primeiro trecho 0 < t < ti a velo-
cidade é positiva (a reta tangente ao
gráfico é crescente), portanto o mo-
vimento é progressivo. Já no segundo
trecho t > ti (reta tangente ao gráfico
é decrescente), o movimento é retró-
grado.

Equação de
Torricelli
s0
s0

0 t
Em muitos casos é preciso rela-
0 t cionar as grandezas velocidade, ace-
leração e deslocamento sem que o

FÍSICA • FRENTE A
Gráfico da posição em função do tempo (s x t) Gráfico da posição em função do tempo (s x t) com intervalo de tempo do movimento seja
com concavidade para cima (a > 0). concavidade para baixo (a < 0).
conhecido. Para essas situações utiliza-
A partir desses gráficos podemos obter informações relevantes para o estudo do mos a equação de Torricelli, expressa
movimento, como a posição inicial do móvel, a posição e o instante em que houve matematicamente como:
a inversão do movimento e o sinal da velocidade em cada trecho do gráfico. Veja o
exemplo a seguir. v2 = v02 + 2 · a · Ds
s (m)

v=0
si As equações apresentadas neste
v>0
módulo são válidas somente para
movimentos com aceleração cons-
tante, ou seja, para movimentos uni-
v<0 formemente variados.
s0

Este conteúdo é trabalhado na questão 11 da seção


0 ti t (s) Enem e vestibulares.

Gráfico da posição em função do tempo (s x t) com as retas tangentes


e os pontos relevantes para o estudo do movimento.
O gráfico da posição em função do tempo pode ser ilustrado da seguinte forma:


v=0

v0

+
s 0 e t0  s 1 e t = ti
−v
EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04

419

ProStockStudio/Shutterstock

s e t > ti + s1

EXT21_1_FIS_A_04.indd 419 16/05/2022 17:25:04


FIXAR
• É aquele em que o módulo • A taxa de variação da
da velocidade varia a uma velocidade é a aceleração,
taxa constante. matematicamente am  v
expressa como: t

Movimento acelerado Movimento retardado


Movimento uniformemente
variado
• Retardado progressivo:
• Acelerado progressivo:
a<0ev>0
a>0ev>0
• Retardado retrógrado:
• Acelerado retrógrado:
a>0ev<0
a<0ev<0
A função horária da posição é expressa como:
1
A função horária da velocidade é expressa como: s  s0  v 0 · t  · a · t 2
2
v = v0 + a · t
FÍSICA • FRENTE A

Os gráficos do deslocamento em
função do tempo (s x t) são
parábolas e podem ser do tipo
crescente e decrescente dependend
valor da aceleração. o do
Os gráficos da velocidade em função do tempo (v x t) são retas e
podem ser do tipo crescente ou decrescente. s
s

v v

a>0 a<0

v0
a<0
v0 a>0 s0
s0

t 0
0 t t 0
t

Interação

1. Os gráficos são bons aliados no momento de fazer análises No movimento uniformemente variado (MUV), a posição de um objeto é
de fenômenos, ajudando a prever cenários futuros. Na pan- obtida por meio de uma função horária quadrática no tempo, isto é, uma
demia do novo coronavírus não foi diferente, visto que muitas função do tipo:
decisões foram tomadas com base em dados dispostos em 1
gráficos como o representado a seguir. s  s0  v 0  t   a  t 2
2
Essa função horária pode, então, ser usada para prever a posição desse
Casos de Covid-19 no Brasil objeto em qualquer instante de tempo.
Evolução dos casos entre 16 e 20 de março Na pandemia de Covid-19, muitos cientistas trabalharam arduamente para
fazer previsões e, assim, poder ajudar as autoridades a tomar melhores
decisões. Em algumas situações, foi possível verificar, por meio dos dados
obtidos, que a função quadrática no tempo pode ser usada com boa
1.000
9 04 aproximação. Porém, na maioria das vezes, a função que se mostra mais
apropriada é a função exponencial, dada por:
x = x0 · b
750 Suponha que, com os dados obtidos, exis-
621 tem dois possíveis cenários, nos quais
a função quadrática é x = 1 + t + t² e
500 a função exponencial é x = 3t.
428
a) Construa o gráfico dessas
duas funções.
291
250
234 b) Qual modelo deve ser con-
siderado mais preocupante
para as autoridades de saú-
de? Compare o número de
EXT21_1_FIS_A_04

0
casos para t = 4 dias.
SEG/16 TER/17 QUA/18 QUI/19 SEX/20
Você pode agora investigar como
2020 se dá a evolução do número de casos
de Covid-19 em sua cidade e desenhar
420

Gráfico dos casos de Covid-19 no tempo. Fonte: Ministério da saúde um gráfico real.
CKA/Shutterstock

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 420 31/08/2021 07:51:46


Construa o gráfico da posição por tempo para as duas partículas.
Sistematização
1. C5:H17 Considere um carro com velocidade v0 = 10 m/s e que,
ao ver um obstáculo, freia uniformemente até parar totalmen-
te depois de 5s.

a) Escreva a função horária da velocidade para esse movimento.

b) Classifique o movimento nos instantes t1 = 2s, t2 = 5s e t3 = 8s.

c) Construa o gráfico v x t.

6. C5:H17 Usando os dados da tabela do exercício anterior,


classifique os movimentos em uniforme ou uniformemente
2. C5:H17 Uma partícula realiza um movimento descrito pela variado e em progressivo/retrógrado e acelerado/retardado.
função s = 3 + 2t + 1,5t2, em unidades do SI. Escreva a posição Justifique sua resposta.
inicial dessa partícula e encontre a função horária da
velocidade.

7. C5:H17 Com base nos dados obtidos do exercício 5,


determine:

3. C5:H17 O movimento de um atleta em uma corrida é repre-


sentado pelo gráfico a seguir.

FÍSICA • FRENTE A
a) A posição inicial das partículas e o instante em que elas vão se
encontrar.

v (m/s)
20

b) A posição e o instante de inversão da partícula Y.


15

10

8. C5:H17 Um automóvel está a 100 km/h e, ao frear, aplica uma


5 desaceleração de 0,5 m/s². Calcule o tempo que o automóvel
demora para parar e seu deslocamento nesse período.

2 0 2 4 6 8 10 12 14 t (s)

Calcule o deslocamento nos 12s da corrida e classifique o movimento do


atleta nos instantes 0 < t < 4, 4 < t < 8 e 8 < t < 12.

9. C5:H17 A tabela a seguir fornece dados da velocidade de um


trem em função do tempo nos instantes iniciais do seu
deslocamento.

4. C5:H17 Um móvel parte do repouso em uma via retilínea com


aceleração de a = 3 m/s². Calcule a distância percorrida e a
velocidade do móvel no instante t = 5s. v (m/s) 0,0 7,5 15,0 22,5 30,0 37,5
t (s) 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Com base nos dados, calcule a aceleração do trem e construa, em seu


caderno, o gráfico da velocidade x tempo.

5. C5:H17 Um aluno, ao fazer um experimento em laboratório,


anotou os seguintes dados referentes a uma partícula X e a
uma partícula Y:
10. C5:H17 Atualmente o trem de maior velocidade alcança
Posição em metros 350 km/h, mas, para garantir o conforto dos passageiros, sua
Tempo em
aceleração não pode passar de 0,9 m/s². Calcule quantos
segundos X Y quilômetros de ferrovia são necessários para que o trem al-
cance a velocidade máxima e em quanto tempo.
0 1 2
2 5 5
EXT21_1_FIS_A_04

4 9 6
6 13 5
421

8 17 2

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 421 31/08/2021 07:51:49


Enem e vestibulares 4. C5:H17 (UERJ-2018) Um carro se desloca ao longo de uma
reta. Sua velocidade varia de acordo com o tempo, conforme

Fácil
1. C5:H17 (Unicamp-2020) A volta da França é uma das maiores indicado no gráfico.
competições do ciclismo mundial. Num treino, um ciclista
Fácil

entra num circuito reto e horizontal (movimento em uma


dimensão) com velocidade constante e positiva. No instante
t1, ele acelera sua bicicleta com uma aceleração constante e
positiva até o instante t2. Entre t2 e t3 ele varia sua velocidade com uma
aceleração também constante, porém negativa. Ao final do percurso, a
partir do instante t3, ele se mantém em movimento retilíneo uniforme. De
acordo com essas informações, o gráfico que melhor descreve a velocidade
do atleta em função do tempo é
a)
velocidade

A função que indica o deslocamento do carro em relação ao tempo t é


0 t1 t2 t3
tempo a) 5 t – 0,55 t2.
b) 5 t + 0,625 t2.
b)
c) 20 t – 1,25 t2.
d) 20 t + 2,5 t2.
velocidade

5. C5:H17 (UERJ-2015) Em uma pista de competição, quatro


FÍSICA • FRENTE A

carrinhos elétricos, numerados de I a IV, são movimentados


Fácil

de acordo com o gráfico v x t a seguir.

0 t1 t2 t3
v (m/s)

tempo
2,0 I
c)

1,5 II
velocidade

III
1,0
IV
0,5

0 t1 t2 t3
tempo 1 2 3 4
t (s)
d)
O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte
numeração
velocidade

a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
0 t1 t2 t3 6. C5:H17 (IFCE-2020) Define-se velocidade escalar média como
tempo a razão entre o espaço percorrido e o intervalo de tempo gasto
Fácil

no percurso. A velocidade inicial de um móvel que percorre


2. C6:H20 (UECE-2018) Considere que um vagão de metrô sofre 100 m, em linha reta, com velocidade média de 25 m/s e
uma aceleração de 5 m/s² durante a partida. Assuma que a aceleração constante de 1,0 m/s2, em m/s, é igual a
Fácil

aceleração da gravidade é 10 m/s². Assim, é correto afirmar a) 28.


que, durante esse regime de deslocamento, a cada segundo,
b) 25.
a velocidade (em m/s) aumenta
a) 5. c) 50. c) 20.

b) 10. d) 2. d) 30.
e) 23.
3. C6:H20 (UFRGS-2015) Trens MAGLEV, que têm como princípio
de funcionamento a suspensão eletromagnética, entrarão em 7. C5:H17 (Enem-2016) Dois veículos que trafegam com veloci-
Fácil

operação comercial no Japão, nos próximos anos. Eles podem dade constante em uma estrada, na mesma direção e sentido,
Médio

atingir velocidades superiores a 550 km/h. Considere que um devem manter entre si uma distância mínima. Isso porque o
trem, partindo do repouso e movendo-se sobre um trilho movimento de um veículo, até que ele pare totalmente, ocorre
retilíneo, é uniformemente acelerado durante 2,5 minutos até atingir em duas etapas, a partir do momento em que o motorista
540 km/h. detecta um problema que exige uma freada brusca. A primeira etapa é
Nessas condições, a aceleração do trem, em m/s², é associada à distância que o veículo percorre entre o intervalo de tempo da
EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04

detecção do problema e o acionamento dos freios. Já a segunda se relaciona


a) 0,1. d) 150.
com a distância que o automóvel percorre enquanto os freios agem com
b) 1. e) 216. desaceleração constante. Considerando a situação descrita, qual esboço
c) 60. gráfico representa a velocidade do automóvel em relação à distância
422

percorrida até parar totalmente?

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 422 31/08/2021 07:51:50


a) Assinale a alternativa que contém o gráfico que melhor representa o des-

Velocidade (m/s)
locamento do automóvel, nos mesmos intervalos de tempo.
Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema de
coordenadas.
a)

Distância (m)

b)
Velocidade (m/s)

b)
Distância (m)

c)
Velocidade (m/s)

FÍSICA • FRENTE A
Distância (m)
c)
d)
Velocidade (m/s)

Distância (m)

e)
Velocidade (m/s)

d)

Distância (m)

8. C6:H20 (UECE-2015) Um carro, partindo do repouso, desloca-se


em um trecho A de modo que sua velocidade aumente linear-
Médio

mente com o tempo até atingir 60 km/h. Após algum tempo,


em um trecho B, o motorista aciona o freio, de modo que a e)
velocidade decresça também linearmente com o tempo.
Considere que a trajetória do automóvel é retilínea nos dois trechos e que
ambos sejam estradas sem aclives ou declives. Assim, pode-se afirmar
corretamente que o vetor aceleração nos dois trechos tem
a) mesma direção e mesmo sentido.
b) mesma direção e sentido contrário.
c) mesmo módulo e mesmo sentido.
d) direções perpendiculares e mesmo módulo.
9. C5:H17 (UFRGS-2019) Um automóvel viaja por uma estrada
retilínea com velocidade constante. A partir de dado instante,
10.
Médio

considerado como t = 0, o automóvel sofre acelerações dis- C6:H20 (Unicamp-2016) A demanda por trens de alta veloci-
tintas em três intervalos consecutivos de tempo, conforme dade tem crescido em todo o mundo. Uma preocupação
Médio

representado no gráfico a seguir. importante no projeto desses trens é o conforto dos passa-
geiros durante a aceleração. Sendo assim, considere que, em
uma viagem de trem de alta velocidade, a aceleração experi-
mentada pelos passageiros foi limitada a amax = 0,09 g, onde g = 10 m/s² é
a aceleração da gravidade. Se o trem acelera a partir do repouso com
aceleração constante igual a amax, a distância mínima percorrida pelo trem
para atingir uma velocidade de 1 080 km/h corresponde a
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a) 10 km.
b) 20 km.
c) 50 km.
423

d) 100 km.

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11. C6:H20 (UFJF-2020) Um teste de um carro esportivo foi reali- Considerando que, em um trecho de comprimento 36 m, o nadador repetiu
zado em uma pista longa, lisa, plana e reta. O carro partiu do esse ciclo de braçadas e manteve o ritmo de seu nado constante, o número
Médio

repouso em t igual a zero, foi uniformemente acelerado até de braçadas completas dadas por ele foi em torno de
um instante t1, foi mantido com velocidade constante entre a) 20. c) 15. e) 25.
os instantes t1 e t2 e, a partir de t2, paraquedas traseiros foram b) 35. d) 30.
acionados para frear o carro, em um movimento uniformemente desace-
lerado, até parar no instante t3. Selecione a alternativa que contém o gráfico 13. C5:H17 (Fuvest-2017) Um elevador sobe verticalmente com
que representa corretamente a aceleração do carro em função do velocidade constante v0 e, em um dado instante de tempo t0,

Difícil
tempo. um parafuso desprende-se do teto. O gráfico que melhor re-
presenta, em função do tempo t, o módulo da velocidade v
a desse parafuso em relação ao chão do elevador é
a)
Note e adote:
Os gráficos se referem ao movimento do parafuso antes que ele atinja o
chão do elevador.
t a)
0 t1 t2 t3

a
b) v

b)
t
0 t1 t2 t3
FÍSICA • FRENTE A

a
c)
c)

t
0 t1 t2 t3

d)
d) a

t
0 t1 t2 t3

e)

e) a

t
0 t1 t2 t3
14. C6:H20 (Mackenzie-2019) Um bitrem, também chamado de
treminhão, é comum nas zonas rurais do Brasil. Eles são enor-
Difícil

mes caminhões com três carretas e seu comprimento beira


os vinte metros. Um deles, irregular, com 22,5 m de compri-
mento, trafega carregado por uma rodovia e passa por um
12. C5:H17 (Unesp-2020) O gráfico representa a velocidade escalar posto rodoviário com velocidade constante de 20 m/s. O policial, que está
de um nadador em função do tempo, durante um ciclo com- sobre uma motocicleta assimilável a um ponto material, decide abordar o
Médio

pleto de braçadas em uma prova disputada no estilo nado de treminhão quando o ponto extremo traseiro está a uma distância de 42 m.
peito, em uma piscina. Acelera então constantemente com módulo 1,0 m/s2. Alcança o ponto
extremo traseiro e prossegue com a mesma aceleração constante até o
ponto extremo dianteiro para dar sinal ao motorista. Pode-se afirmar
corretamente que o módulo aproximado da velocidade da motocicleta,
em km/h, no momento em que o policial dá sinal ao motorista, vale
a) 100. c) 135. e) 155.
b) 120. d) 150.
15. C6:H20 (Enem-2017) Um motorista que atende a uma chamada
de celular é levado à desatenção, aumentando a possibilidade
Difícil

de acidentes ocorrerem em razão do aumento de seu tempo de


reação. Considere dois motoristas, o primeiro atento e o segundo
EXT21_1_FIS_A_04

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utilizando o celular enquanto dirige. Eles aceleram seus carros


inicialmente a 1 m/s². Em resposta a uma emergência, freiam com uma desa-
celeração igual a 5 m/s². O motorista atento aciona o freio à velocidade de
424

14 m/s, enquanto o desatento, em situação análoga, leva 1,0 segundo a mais


para iniciar a frenagem.

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Que distância o motorista desatento percorre a mais do que o motorista 19. C5:H18 (UERJ-2016) O número de bactérias em uma cultura
atento, até a parada total dos carros? cresce de modo análogo ao deslocamento de uma partícula

Difícil
a) 2,90 m c) 14,5 m e) 17,4 m em movimento uniformemente acelerado com velocidade
b) 14,0 m d) 15,0 m inicial nula. Assim, pode-se afirmar que a taxa de crescimento
de bactérias comporta-se da mesma maneira que a velocidade
16. C6:H20 (ITA-2020) Um sistema de defesa aérea testa separada- de uma partícula. Admita um experimento no qual foi medido o cresci-
mente dois mísseis
 contra alvos móveis que se deslocam com mento do número de bactérias em um meio adequado de cultura, durante
Difícil

velocidade v a constante ao longo de uma reta distante de d um determinado período de tempo. Ao fim das primeiras quatro horas do
do ponto de lançamento dos mísseis. Para atingir o alvo, o míssil experimento, o número de bactérias era igual a 8 · 105. Após a primeira
1 executa uma trajetória retilínea, enquanto o míssil 2, uma hora, a taxa de crescimento dessa amostra, em número de bactérias por
trajetória com velocidade sempre orientada para o alvo. A figura ilustra o hora, foi igual a
instante de disparo de cada míssil, com o alvo passando pela origem do
a) 1,0 · 105. c) 4,0 · 105.
sistema de coordenadas xy.
b) 2,0 · 105. d) 8,0 · 105.
20. C5:H17 (EPCAR-AFA-2018) O gráfico seguinte representa a
velocidade escalar v de uma partícula em movimento
Míssil 1

Difícil
Míssil 2 retilíneo.

Alvo móvel

Sendo os módulos das velocidades do mísseis iguais entre si, maiores que

v a e mantidos constantes, considere as seguintes afirmações:
I. Os intervalos de tempo entre o disparo e a colisão podem ser iguais

FÍSICA • FRENTE A
para ambos os mísseis. Considerando que, em t = 0, a partícula está na origem dos espaços
(S0 – 0), o gráfico que melhor representa a posição (S) dessa partícula até
II. Para que o míssil 1 acerte o alvo, é necessário que o módulo da com-
o instante t = 5s é
ponente y de sua velocidade seja igual a va.
a)
III. Desde o disparo até a colisão, o míssil 2 executa uma trajetória curva
de concavidade positiva com relação ao sistema xy.
a) V, V e V. c) V, F e V. e) F, V e V.
b) F, F e F. d) F, V e F.
17. C6:H20 (EEAr-2018) A posição (x) de um móvel em função do
tempo (t) é representada pela parábola no gráfico a seguir.
Difícil

x(m)

0 3 5 b)
t(s)

Durante todo o movimento, o móvel estava sob uma aceleração constante


de módulo igual a 2 m/s2. A posição inicial desse móvel, em m, era
a) 0. b) 2. c) 15. d) –8.
18. C5:H17 (IFSul-2019) A nota técnica número 148/92, da
Companhia de Engenharia de Tráfego da cidade de São Paulo,
Difícil

já alertava para a importância do tempo de reação do moto-


rista na frenagem, bem como para a necessidade de ser
considerado esse tempo no cálculo de distâncias seguras até c)
parar. O físico Jearl Walker, da Universidade Estadual de Cleveland, define
a distância percorrida até o carro parar como sendo aquela obtida pela
soma da distância de reação, que é igual à velocidade inicial multiplicada
pelo tempo de reação do motorista, com a distância de frenagem, que é a
distância percorrida pelo carro enquanto está freando até parar.
A tabela abaixo mostra os valores da velocidade inicial, da distância de
reação, da distância de frenagem e da distância total até parar, para um
veículo de teste. Considera-se ainda que a frenagem ocorreu com acele-
ração constante.

Velocidade Distância de Distância de Distância to-


inicial reação frenagem tal até parar
20,00 m/s 17,00 m 25,00 m 42,00 m
25,00 m/s 21,25 m 39,00 m 60,25 m
d)
30,00 m/s 25,50 m 56,25 m 81,75 m

Os dados da tabela permitem concluir que a aceleração retardadora a que


EXT21_1_FIS_A_04

EXT21_1_FIS_A_04

o veículo foi submetido tem módulo igual a


a) 4,76 m/s². c) 10,0 m/s²
b) 8,00 m/s². d) 11,76 m/s².
425

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 425 31/08/2021 07:51:58


21. C6:H20 (UFSC-2018) A construção de uma linha de metrô de Uma estudante, para chegar à UERJ, embarca no metrô na estação São
superfície é uma das alternativas estudadas para a melhoria Cristóvão. Ao sair dessa estação, a composição acelera uniformemente até
Médio

do sistema viário da Grande Florianópolis. O projeto inicial- atingir a velocidade de 22 m/s e, após ter atingido essa velocidade, percorre
mente prevê uma linha de 14 quilômetros entre o bairro 1 200 m em movimento uniforme. A partir daí, desacelera uniformemente
Barreiros e a Universidade Federal de Santa Catarina, passando até parar na estação seguinte, Maracanã.
pelos 800 m da ponte Hercílio Luz. Considere que seja construída uma Estime, em metros, a distância total percorrida pela composição entre as
estação em cada cabeceira da ponte (com parada obrigatória), que a ve- duas estações.
locidade máxima do metrô sobre a ponte seja de 20,0 m/s e que as acele- 24. C6:H20 (Unicamp-2019) Nos cruzamentos de avenidas das
rações durante os movimentos acelerado e retardado – que são os únicos grandes cidades é comum encontrarmos, além dos semáforos

Médio
movimentos do metrô – sejam uniformes e de mesmo módulo. tradicionais de controle de tráfego de carros, semáforos de
De acordo com o projeto acima, é correto afirmar que: fluxo de pedestres, com cronômetros digitais que marcam o
(1) a aceleração máxima do metrô durante a travessia da ponte terá tempo para a travessia na faixa de pedestres.
módulo de 1,0 m/s². a) No instante em que o semáforo de pedestres se torna verde e o
(2) o tempo do percurso entre as duas estações será de 80,0s. cronômetro inicia a contagem regressiva, uma pessoa encontra-se
a uma distância d = 20 m do ponto de início da faixa de pedestres,
(3) a velocidade escalar média do metrô durante a travessia da ponte
caminhando a uma velocidade inicial v0 = 0,5 m/s. Sabendo que ela
será de 10,0 m/s.
inicia a travessia da avenida com velocidade v = 1,5 m/s, calcule a
(4) o deslocamento do metrô na travessia da ponte no tempo t = 4,0s sua aceleração constante no seu deslocamento em linha reta até o
será de 4,0 m. início da faixa.
(5) a velocidade escalar média do metrô será maior na primeira meta- b) Considere agora uma pessoa que atravessa a avenida na faixa de pedes-
de da travessia da ponte do que no trecho completo. tres, partindo de um lado da avenida com velocidade inicial v0 = 0,4 m/s
Soma ( ) e chegando ao outro lado com velocidade final v = 1,2 m/s. O pedestre
realiza todo o percurso com aceleração constante em um intervalo de
22. C6:H20 (Unicamp-2015) A Agência Espacial Brasileira está
tempo de t = 15s. Construa o gráfico da velocidade do pedestre em
desenvolvendo um veículo lançador de satélites (VLS) com a
função do tempo e, a partir do gráfico, calcule a largura da avenida.
Médio

finalidade de colocar satélites em órbita ao redor da Terra. A


agência pretende lançar o VLS em 2016, a partir do Centro de 25. C5:H17 (UEM-2020) Um automóvel trafega por uma avenida,
Lançamento de Alcântara, no Maranhão. em um trecho retilíneo e horizontal, no sentido Norte-Sul. Em
FÍSICA • FRENTE A

Médio
a) Considere que, durante um lançamento, o VLS percorre uma distância certo ponto do percurso, esse automóvel se encontra parado
de 1 200 km em 800s. Qual é velocidade média do VLS nesse trecho? em um semáforo. A partir do instante em que o semáforo abre
(em t = 0), o automóvel: a) permanece parado por 6s; b) passa
b) Suponha que no primeiro estágio do lançamento o VLS suba a partir
de 0 a 72 km/h em 5s com aceleração constante; e c) permanece com ve-
do repouso com aceleração resultante constante de módulo aR.
locidade constante nos próximos 20s. Sejam Vt e At a velocidade escalar
Considerando que o primeiro estágio dura 80s, e que o VLS percorre
média e a aceleração escalar média do automóvel, respectivamente, cal-
uma distância de 32 km, calcule aR.
culadas no intervalo de t = 0 a t (em segundos).
23. C6:H20 (UERJ-2019) Sobre o movimento desse automóvel durante o período considerado
A questão a seguir aborda situações relacionadas ao ambiente (t ≤ 31s), assinale o que for correto.
Médio

do metrô, referindo-se a uma mesma composição, formada (1) Vt > 0 para qualquer t ≤ 31s.
por oito vagões de dois tipos e movida por tração elétrica. Para
(2) Vt < 72 km/h para qualquer t ≤ 31s.
seus cálculos, sempre que necessário, utilize os dados e as fórmulas abaixo.
(3) Vt < 12 km/h para t = 10s.
Características da composição (4) At > 0 para qualquer t ≤ 31s.
velocidade máxima 100 km/h (5) At decresce com o aumento de t nos últimos 20s.
aceleração constante 1,10 m/s2 Soma ( )
desaceleração constante 1,25 m/s2
Gerais
quantidade de tipo I 2
vagões tipo II 6
massa média por passageiro 60 kg
comprimento médio 22,0 m
largura 3,00 m
altura 3,60 m
Por tipo I 38 000 kg GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
vagão massa GABARITO ONLINE
tipo II 35 000 kg 1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
QR Code.
quantidade 4 2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
motores 3. Odesgabarito
potência por motor 140 kW ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste ­módulo.
capacidade máxima 8 passageiros/m2

Cartão-resposta Movimento uniformemente variado

1 A B C D E 6 A B C D E 11 A B C D E 16 A B C D E
2 A B C D E 7 A B C D E 12 A B C D E 17 A B C D E
3 A B C D E 8 A B C D E 13 A B C D E 18 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_04

4 A B C D E 9 A B C D E 14 A B C D E 19 A B C D E
5 A B C D E 10 A B C D E 15 A B C D E 20 A B C D E
426

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Objeto Digital

Queda livre Velocidade


de queda
Para o cálculo da
Busto de Galileu Galilei. velocidade do corpo
Escola Digital
em queda livre em qualquer instan-
te, é utilizada como origem a função
horária da velocidade. Nº de aulas

v = v0 + a · t
Como o corpo é abandonado do
04
repouso (v0 = 0) e a aceleração é igual
à aceleração da gravidade (a = g), é
possível reescrever a função como:
O v=0+g·t
entendi- Obtendo-se:
mento de como
os corpos caem é v=g·t Frente A
algo que intriga a huma- mód. 05/22
Também é possível, a partir da
nidade desde a Idade Antiga.
Na concepção de Aristóteles,
equação de Torricelli, obter a veloci-
dade em função da altura do corpo,
05
os corpos pesados, do latim gra-
que é equivalente ao deslocamento.
ves, caem buscando seu lugar natural.
Assim,
Seguindo essa ideia, os corpos com mais
massa cairiam mais rapidamente que cor- v 2 = v02 + 2 · a · Ds ⇒ v 2 = 2 · g · H
pos com menos massa – um pensamento que
perdurou por quase dois mil anos. v = 2· g ·H
Galileu Galilei (1564-1642) estudou mais a fun-
do a queda dos corpos e percebeu que o que fazia
os corpos caírem com velocidades diferentes era a re-
Tempo de queda
sistência do ar, portanto, afirmou que, se não houvesse Para calcular o tempo de queda
a resistência do ar, todos os corpos abandonados de uma de um objeto, é utilizada como ori-
mesma altura, independentemente de suas características, gem a função horária da posição.
chegariam ao solo ao mesmo tempo.
1
s  s0  v 0 · t  · g · t2
2
Considerando que o corpo é
abandonado do repouso (v0 = 0) e
que o deslocamento é equivalente à

Composição de
altura em que o objeto foi abandona-
do (Ds = H), tem-se:

FIS
movimentos
1
H= · g · t2
2
Isolando o tempo t, obtém-se a
relação para o tempo de queda.

2 H
t
Galileu também observou que, ao g
caírem, a velocidade dos corpos au-
menta a uma taxa constante, ou seja,
o movimento de queda é acelerado. A
essa aceleração ele deu o nome de gra-
vidade, cujo módulo é representado
Este conteúdo
pela letra g, e assumiu que todos os cor- é trabalhado na
pos caem sob essa mesma aceleração. É questão 3 da
importante lembrar que o valor da ace- seção Enem e
leração da gravidade não depende de vestibulares.
características como massa, densidade
e forma, sendo sempre a mesma para
todos os objetos.
Todas as funções matemáticas que
descrevem o movimento uniformemen-
te variado (MUV) podem ser utilizadas
para a queda livre nas proximidades da
EXT21_1_FIS_A_05

superfície da Terra, isto é, aplicam-se


quando um objeto está em uma traje-
tória vertical (para cima ou para baixo) 427
e os efeitos da resistência do ar são
desconsiderados.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 427 31/08/2021 07:52:01


Objeto Digital

Lançamento vertical
Isolando a altura H, obtém-se a seguinte
equação para a altura máxima:
O lançamento vertical difere do movimento de queda livre
somente pelo fato de a velocidade inicial vertical ter um valor v 20
Hmáx =
diferente de zero quando o corpo é lançado para cima ou para 2· g
baixo.
Também pode-se utilizar a função horária da posição, caso
No ponto mais Hmáx o tempo de subida seja conhecido.
alto v = 0 Considerando que a aceleração é igual à aceleração da gra-
vidade (a = g), que o deslocamento é equivalente à altura em
que o objeto foi abandonado (Ds = H) e que o tempo é equiva-
lente ao tempo de subida, tem-se:

1
Durante s  s0  v 0 · t  · a · t2
2
a descida, a
aceleração é igual
a –g, a velocidade
Durante escalar aumenta 1
a subida, a Hmáx  v 0 · t sub  · g · t 2sub
e o movimento é 2
aceleração é igual acelerado.
a –g, a velocidade
escalar diminui Todas as equações do MUV podem ser usadas tanto na que-
e o movimento é da livre quanto no lançamento vertical, mas é importante defi-
retardado.
nir o referencial adotado antes de aplicar as equações.
H0 = 0 9 Exemplo:
Uma bola é lançada verticalmente para cima a partir do solo com uma
FÍSICA • FRENTE A

g velocidade inicial v0 = 40 m/s. Adotando a origem do eixo como referência


no solo e orientando a trajetória para cima, determine:
udaix/Shutterstock

(Considere a aceleração como a = g = 9,8 m/s2)


1) A equação da velocidade em função do tempo.
De acordo com os dados fornecidos, a bola está subindo em MUV com
Resumidamente, considerando o referencial adotado, é desaceleração de 9,8 m/s2. Assim, a equação para a velocidade é expressa
possível concluir que: da seguinte forma:
v = v0 + a · t ⇒ v = 40 – 9,8 · t
● A aceleração da gravidade é negativa em todo o percurso,
na subida e na descida. 2) A equação da posição em função do tempo.
A equação da posição pode ser obtida substituindo os valores na seguinte
● Na subida v > 0, na altura máxima v = 0 e na descida v < 0.
equação do MUV:
● Na subida, tem-se um movimento retardado (o objeto
1 1
está freando) e, na descida, tem-se um movimento acele- s  s0  v 0  t   a  t 2  S  0  40  t   9 , 8  t 2
2 2
rado (o objeto aumenta sua velocidade).
s  40  t  4 ,9  t 2

Tempo de subida Este conteúdo é trabalhado na questão 4


da seção Enem e vestibulares.
3) O instante em que a bola atinge a altura máxima no movimento.
Utilizando a equação do tempo de subida e os dados fornecidos, tem-se:
Com as equações do MUV, é possível calcular o tempo de su-
bida do objeto. Utilizando a função horária da velocidade e con- v0 40
t sub   t sub   t sub  4 s
siderando que na altura máxima a velocidade é nula, tem-se: g 9 ,8
v = v0 – g · t ⇒ 0 = v0 – g · t 4) A altura máxima atingida pela bola.
Utilizando a equação da altura máxima e os dados fornecidos, tem-se:
v0
t sub = v 02 40 2
g Hmáx   Hmáx   Hmáx  81m
2 g 2  9 ,8

Visto que está sendo considerado um movimento sem a re- 5) O instante em que a bola atinge o solo.
sistência do ar e com a aceleração constante, o tempo de subida Considerando que o tempo de subida do corpo será o mesmo que o tempo
do corpo será o mesmo que o tempo de descida (t subida = t descida). de descida (tsubida = tdescida), o tempo total do movimento será:
Assim, o tempo total do movimento será: ttotal  2  t sub  ttotal  2  4  ttotal  8 s

t total = 2 · t sub 6) A velocidade em que a bola atinge o solo.


Como não é considerada a resistência do ar no movimento, a velocidade

Altura máxima com que a bola atinge o solo será a mesma com que iniciou o movimento,
ou seja, 40 m/s.
Pode-se utilizar a equação de Torricelli para encontrar a al-
tura máxima que o objeto atinge. Considerando que na altura
máxima a velocidade é nula, tem-se:
v 2 = v02 – 2 · g · H ⇒ 0 = v02 – 2 · g · H
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05
428

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 428 31/08/2021 07:52:04


Lançamento horizontal
Outra contribuição de Galileu foi referente aos movimentos em duas dimensões. Ele observou que nesse tipo de movimento é
possível estudar cada dimensão separadamente, pois os movimentos na horizontal e na vertical são independentes.
Nesse tipo de movimento, no eixo horizontal temos a velocidade (v0x) diferente de zero e constante em todo o percurso, execu-
tando um movimento uniforme. Na vertical, sob a influência da aceleração da gravidade, a velocidade (v y) aumenta a cada instante,
portanto, o corpo realiza um movimento uniformemente variado.
Como na horizontal ocorre um movimento uniforme e na vertical trata-se de um movimento uniformemente variado, todas as
equações desses movimentos são a base das equações do lançamento horizontal.

Alcance Este conteúdo é trabalhado nas questões


2 e 9 da seção Enem e vestibulares. Tempo de queda
Nesse tipo de movimento, é comum que se calcule o alcance Para calcular o alcance do corpo, é preciso saber o tempo
(A) que o corpo atinge na horizontal. Para isso, pode-se usar a de queda, informação que pode ser obtida com o uso das equa-
função horária da posição do MU. ções do MUV para a queda livre.
s = s0 + v · t
1 2 H
Considerando que Ds = A e que a velocidade na horizontal é s  v 0y  t  g  t2  t 
2 g
v0x , tem-se a seguinte equação para o alcance:
Considerando que no lançamento horizontal a velocidade
A = v0x · t na vertical é igual a v y, a equação para o tempo de queda é ex-
pressa por:
Matematicamente, observa-se que o alcance depende ape-
nas da velocidade inicial na horizontal e do tempo de queda do
corpo. vy
t queda =

FÍSICA • FRENTE A
g


v0x X

Entrada 
v0x

v0y
 
v0x g


v y1

Separação do mó-
dulo de aterrissa-
 gem, início da des-
vy2
cida de potência

y Aterragem de corte
por propulsão
SAE DIGITAL S/A
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05

Após viajar por, aproximadamente, oito


meses e por 566 milhões de quilômetros, Implantação da plataforma
o rover espacial Curiosity pousou em de pouso
Marte no ano de 2012. Para isso, realizou
429

um movimento do tipo horizontal.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 429 31/08/2021 07:52:07


Objeto Digital

Lançamento oblíquo
O lançamento oblíquo é o movimento em que o corpo é lan- Na direção vertical, durante Na altura má-
xima, há somente
çado com o vetor velocidade formando um ângulo em relação a descida, o movimento é do
tipo acelerado, com o módulo da a componente

ao eixo horizontal. Nesse tipo de movimento, a ação gravita- horizontal v x .
velocidade aumentando.
cional atua somente na direção vertical, sendo assim,
nesse eixo o movimento é uniformemente variado.
Na direção horizontal, despreza-se a resistência do Na direção
ar, portanto realiza-se um movimento uniforme. vertical, durante a
subida, o movimento
A trajetória do lançamento oblíquo pode ser ilus- é do tipo retardado,
trada da seguinte maneira: com o módulo da ve-
locidade diminuindo.
As equações para o lançamento oblíquo têm
como base as equações dos movimentos uniforme e
uniformemente variado. Para diferenciar as compo-
nentes de posição e velocidade nas diferentes dire-
ções, é comum utilizar as seguintes notações:
● A posição s passa a ser x na horizontal e y na
vertical.
● A velocidade v passa a ser vx na hori-
zontal e vy na vertical.
FÍSICA • FRENTE A

Velocidade

udaix/Shutterstock
De acordo com a regra de decomposição de vetores, as com-
ponentes da velocidade na horizontal (x) e na vertical (y) são:

v x  v 0  cos () Matematicamente, o alcance horizontal tem relação direta


v 0y  v 0  s e n() com o valor do ângulo de lançamento, isto é, alguns ângulos
proporcionam alcances maiores que outros.

Tempo de subida
α = 75°
y

A equação para o tempo de subida do lançamento oblíquo é: α = 60°

v 0  s e n()
t sub 
g α = 45°

O tempo destacado se refere somente ao tempo de subida,


portanto o tempo total do movimento será o dobro. α = 30°

2  v 0  s e n() α = 15°
t total 
g
x

Alcance
Representação dos alcances dos corpos em relação aos ângulos de
lançamento.

Entre os movimentos anteriores, foi visto que a equação uti-


lizada para obter o valor do alcance horizontal é: É possível observar que 45° é o ângulo de máximo alcance.
Isso pode ser explicado pelo fato de a velocidade na horizontal
A  v 0x  t ser proporcional ao dobro do valor do seno, assim, o valor a ser
calculado será sin (90°) = 1, que corresponde ao valor máximo
Substituindo o tempo pelo tempo total do movimento para de seno, resultando em um máximo alcance.
o lançamento oblíquo e a velocidade pela velocidade na direção
horizontal, tem-se: Altura máxima
v  cos ()  2  v 0  sen() A equação da altura máxima pode ser determinada com
A 0
g base na equação de Torricelli.
Considerando que na altura máxima a velocidade do cor-
Utilizando a identidade trigonométrica para o cosseno e o po será nula verticalmente, a equação da altura máxima para o
seno, a equação para o alcance no lançamento oblíquo é: lançamento oblíquo é:
EXT21_1_FIS_A_05

v 20  sen(2) v 20  sen2 ()


A Hmáx 
g 2g
430

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 430 31/08/2021 07:52:09


FIXAR

A queda livre é um movimento retilíneo O lançamento vertical segue os mesmos


vertical em que o corpo está sob a influên- princípios da queda livre, no entanto, nesse
cia da aceleração da gravidade (MUV). caso, o corpo é lançado com uma velocida-
Além disso, sem a resistência do ar, corpos de inicial diferente de zero. Como não há a
de massas e formatos diferentes, abando- resistência do ar, tsubida = t .
nados de uma mesma altura, chegam ao
descida

solo ao mesmo tempo. v0


Tempo de subida: t sub =
Velocidade de queda: g

= · t ou v
v g= 2 · g·H
v 02
Altura máxima: Hmáx  ou
2g
2 ·H
Tempo de queda: t =
VectorMine/Shutterstock

g
Hmáx  v 0 · t sub  1 · g · t 2
sub
2

FÍSICA • FRENTE A
O lançamento horizontal e o lançamento oblíquo são
movimentos em duas dimensões, pois agora o corpo tem
velocidade na horizontal diferente de zero.
Para o lançamento horizontal, tem-se:
Alcance: A  v 0x  t

vy
Tempo de queda: t queda =
g

Para o lançamento oblíquo, tem-se:

Velocidade: v x  v 0 .cos(  ) e v 0y  v 0 .s e n(  ) v 02 . sen( 2  )


Alcance: A
g
v0
Tempo de subida: t sub =
g v 02  sen 2 (  )
Altura máxima: Hmáx 
2g

Interação

1. Recentemente, os Estados Unidos da América iniciaram uma Imagine que novos estudantes de Ensino Médio, animados com o setor
campanha de retomada do protagonismo em missões espa- espacial, embarcassem em uma missão da SpaceX para Marte, financiados
ciais. Entre os planos da NASA está, por exemplo, o envio de por Elon Musk. Sabendo que a aceleração gravitacional daquele planeta é
novas missões tripuladas para a Lua e até mesmo para Marte. aproximadamente 2,5 vezes menor que a da Terra, o que se deve esperar
Além disso, o projeto SpaceX, liderado pelo empresário Elon para a trajetória dos foguetes caseiros? Permaneceria parabólica? O al-
Musk, inaugurou em 2020 uma nova era na corrida espacial, com a parti- cance seria maior ou menor? A altura alcançada pelo foguete seria maior
cipação ativa do setor privado trabalhando em conjunto com os esforços ou menor? Explique.
governamentais.
A trajetória espacial americana é antiga e no início contou com vários
EXT21_1_FIS_A_05

entusiastas da população. Uma figura de destaque nessa história é o


EXT21_1_FIS_A_05

escritor e engenheiro industrial Homer Hickam. Quando estava no Ensino


Médio, Homer e seus colegas se destacaram pelos sucessivos testes de
lançamento de foguetes caseiros. A história ficou famosa e foi contada no
filme O céu de outubro.
431

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Sistematização
1. C5:H17 Para encontrar a altura de uma ponte, um estudante
lembrou-se dos estudos sobre queda livre e resolveu aban-
donar uma pedra do alto da ponte e cronometrar o tempo de
queda. Considerando que o tempo cronometrado tenha sido
de 5s e desconsiderando a resistência do ar, g = 10 m/s2, qual
é a altura da ponte?

7. C5:H17 Duas esferas, 1 e 2, de massas diferentes, caem de uma


mesma altura, sendo que a esfera 1 cai em queda livre e a
esfera 2 é lançada com uma velocidade v0 na horizontal. Qual
a razão do tempo de queda da esfera 2 em relação à esfera 1?

2. C5:H17 Felix Baumgartner bateu o recorde mundial de velo-


cidade em queda livre realizando o maior salto livre da história
em 2012. Ele pulou de uma altura de 39 km e atingiu uma
velocidade de v = 1 173 km/h antes de abrir o paraquedas.
Considerando g = 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar,
calcule a altura, em quilômetros, de que o atleta caiu para atingir tal
velocidade.

8.  5:H17 Um competidor da Olimpíada Brasileira de Astronomia


C
vai participar da prova de lançamento de foguetes e quer bater
FÍSICA • FRENTE A

o recorde da competição, que foi um alcance máximo de 363 m.


Fazendo um lançamento com um ângulo de 45° com a hori-
zontal e velocidade inicial de 60 m/s, o competidor vai alcançar
o objetivo dele?
3. C5:H17 Um objeto é abandonado de uma altura de 100 m.
Dados: cos 45° = sen 45° = 0,7
Considerando que g = 10 m/s2 e que o objeto caia em queda
livre, calcule:

a) o tempo de queda.

b) a velocidade do objeto ao atingir o solo.


9. C5:H17 Um jogador de futebol cobra uma falta em que o movi-
mento da bola é um lançamento oblíquo e o ângulo de lança-
mento com a horizontal é de 30°. A bola sai com uma velocidade
inicial de 20 m/s e, após 3 segundos, chega ao solo novamente.
Calcule o alcance da bola e a altura máxima atingida.
4. C5:H17 Um gato no chão deseja pular em uma janela que está Dados: cos 30° = 0,85, sen 30° = 0,5, g = 10 m/s2
a uma altura de 1,5 m. Se não houvesse resistência do ar e
considerando g = 10 m/s2, qual seria a velocidade inicial ne-
cessária para o gato alcançar a janela, em km/h?

10. C5:H17 Ao entrar em Marte, o robô Curiosity fez, com algumas


5. C5:H17 Três esferas de massas m1 = m, m2 = m e m3 = 2m são aproximações, um movimento como o lançamento horizontal.
lançadas verticalmente para cima de uma mesma altura com Considerando que o robô entre com velocidade inicial de
velocidades iniciais v1, v2 e v3, respectivamente. As esferas de 5 900 m/s a uma altura do solo de 125 km, com qual velocidade
massa m1 e m3 chegam ao solo ao mesmo tempo, enquanto ele chegará ao solo, desprezando as resistências e conside-
a de massa m2 chega depois. A relação entre as velocidades rando que não haverá equipamento para freá-lo durante a queda?
está mais bem indicada em Considere a aceleração da gravidade em Marte g = 4,0 m/s2.
a) v1 = v2 > v3. c) v1 = v3 < v2.
b) v1 < v2 < v3. d) v1 = v2 = v3.
6. C5:H17 Muitas vezes, em ajudas humanitárias, a ONU envia
aviões com suprimentos médicos e alimentos para populações
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05

em risco. Suponha que um avião com velocidade horizontal de


150 m/s, a uma altura de 3 000 m, solta suprimentos para um
grupo de pessoas no solo. Desprezando a resistência do ar, qual
é a distância horizontal do local em que os suprimentos foram soltos, em
432

quilômetros, na qual as pessoas devem estar para receber os pacotes?

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 432 31/08/2021 07:52:15


c)
Enem e vestibulares a

1. C5:H17 (Fuvest-2020) Um drone voando na horizontal, em


relação ao solo (como indicado pelo sentido da seta na figura), 0
tH t
Fácil

deixa cair um pacote de livros. A melhor descrição da trajetória


realizada pelo pacote de livros, segundo um observador em
repouso no solo, é dada pelo percurso descrito na
d) a

0
tH t

e) a

0
tH t

a) trajetória 1. 5. C5:H17 (Acafe-2020) Em um parque de diversões, João tenta


b) trajetória 2. ganhar um prêmio no jogo dos dardos. Para isso, deve acertar

Fácil
c) trajetória 3. um ponto situado na periferia do disco do alvo. O disco gira
em MCU com a velocidade de 4,5 m/s e possui um raio de

FÍSICA • FRENTE A
d) trajetória 4. 45 cm.
e) trajetória 5. João lança o dardo horizontalmente na direção do centro do alvo, distante
2. C6:H20 (UECE-2018) Sem considerar qualquer atrito e assu- 6 m, quando o ponto está passando na extremidade superior do disco,
mindo a força da gravidade constante, é correto afirmar que como mostra a figura abaixo.
Fácil

a trajetória idealizada de corpos que são arremessados hori-


zontalmente próximos à superfície da Terra é

a) reta.
b) hiperbólica.
c) parabólica.
d) semicircular.
3. C6:H20 (IFCE-2019) Considere um movimento de queda livre
em que duas partículas, 1 e 2, têm massas m1 = 1 kg e m2 = 2 kg
Fácil

e estão localizadas a uma mesma altura acima do solo. As duas


partículas são abandonadas simultaneamente. Para a
partícula 1 observa-se que, no intervalo de tempo ∆t = 2s, se
desloca verticalmente ∆y = 20 m. Para o mesmo intervalo de tempo ∆t = 2s,
o deslocamento vertical da partícula 2, em m, será
(Utilize g = 10 m/s2) Com base no exposto, marque a alternativa que indica o módulo da velo-
cidade de lançamento horizontal do dardo, em m/s, para que João acerte
a) 4. o ponto na extremidade inferior do disco do alvo.
b) 10. a) 35
c) 20. b) 30
d) 5. c) 25
e) 50. d) 20
4. C5:H17 (UFRGS-2017) Considere que uma pedra é lançada 6. C5:H17 (Insper-2019) Uma pessoa está segurando um livro no
verticalmente para cima e atinge uma altura máxima H. interior de um elevador em movimento vertical, uniforme e
Fácil

Despreze a resistência do ar e considere um referencial com


Fácil

descendente. Em determinado instante, rompe-se o cabo de


origem no solo e sentido positivo do eixo vertical orientado sustentação do elevador e ele passa a cair em queda livre. De
para cima. Assinale o gráfico que melhor representa o valor susto, a pessoa solta o livro. A ação dissipativa do ar ou de
da aceleração sofrida pela pedra, desde o lançamento até o retorno ao outro tipo de atrito é desprezível.
ponto de partida.
A partir do momento em que é abandonado, e enquanto o elevador não
a) a tocar o chão, o livro
a) cairá, atingindo o piso rapidamente, com aceleração maior que a do
elevador, para um observador em referencial não inercial, dentro do
elevador.
b) manterá um movimento uniforme de queda em relação à pessoa, que
0 tH t está em referencial não inercial, podendo até atingir seu piso.
b) a
c) cairá em queda livre também, com aceleração igual à do elevador, e
não atingirá seu piso, para qualquer observador em referencial inercial.
d) deverá subir em relação aos olhos da pessoa, que está em um refe-
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05

rencial não inercial, pois sua aceleração será menor que a do elevador.
e) manterá um movimento uniforme de subida em relação aos olhos
da pessoa, que está em referencial não inercial, podendo até atingir
0 tH t seu teto.
433

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7. C6:H20 (IFPE-2019) Em um lançamento de um projétil para
cima, foi desenvolvida a equação horária do espaço do projétil,
Médio

que se move em linha reta na direção vertical, segundo a


expressão S = 105 + 20t – 5t2 (S é dado em metros e t em se-
gundos). Nessa situação, determine o módulo da velocidade
do projétil ao fim de 3s.
a) 120 m/s
b) 10 m/s
c) 60 m/s
d) 5 m/s
e) 15 m/s
8. C6:H20 (PUC-Campinas-2018) Um objeto foi lançado obliqua-
mente a partir de uma superfície plana e horizontal de modo
Médio

que o valor da componente vertical de sua velocidade inicial


era v0y = 30 m/s e o da componente horizontal era vox = 8,0 m/s.
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m/s² e desprezando a
resistência do ar, o alcance horizontal do objeto foi
a) 12 m.
b) 24 m.
c) 48 m.
d) 78 m.
e) 240 m.
9. C6:H20 (UECE-2019) Em função da diferença de massa entre
a Terra e a Lua, a gravidade aqui é cerca de seis vezes a encon-
FÍSICA • FRENTE A
Médio

trada na Lua. Desconsidere quaisquer forças de atrito. Um


objeto lançado da superfície da Terra com uma dada veloci-
dade inicial VT atinge determinada altura. O mesmo objeto
deve ser lançado a uma outra velocidade VL caso seja lançado do solo lunar
e atinja a mesma altura. A razão entre a velocidade de lançamento na Terra
e a de lançamento na Lua, para que essa condição seja atingida, é,
aproximadamente,
a) 6.
b) 10.
c) 10 .
d) 6.
10. C6:H20 (Fuvest-2018) Em uma tribo indígena de uma ilha
tropical, o teste derradeiro de coragem de um jovem é dei-
Médio

xar-se cair em um rio, do alto de um penhasco. Um desses


jovens se soltou verticalmente, a partir do repouso, de uma
altura de 45 m em relação à superfície da água. O tempo
decorrido, em segundos, entre o instante em que o jovem iniciou sua queda
e aquele em que um espectador, parado no alto do penhasco, ouviu o
barulho do impacto do jovem na água é, aproximadamente,
Note e adote:
- Considere o ar em repouso e ignore sua resistência.
- Ignore as dimensões das pessoas envolvidas.
- Velocidade do som no ar: 360 m/s.
- Aceleração da gravidade: 10 m/s2.
a) 3,1.
b) 4,3.
c) 5,2.
d) 6,2.
e) 7,0.
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05
434

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11. C5:H17 (UFRGS-2018) Dois objetos de massas m1 e m2 ( = 2m1) a) 5,4 m. d) 0,8 m.
Médio encontram-se na borda de uma mesa de altura h em relação b) 7,2 m. e) 4,6 m.
ao solo, conforme representa a figura abaixo. c) 1,2 m.
13. C5:H17 (UFRGS-2015) Em uma região onde a aceleração da
gravidade tem módulo constante, um projétil é disparado a

Médio
partir do solo, em uma direção que faz um ângulo α com a
direção horizontal, conforme representado na figura abaixo.
Y

X
O objeto 1 é lentamente deslocado até começar a cair verticalmente. No
instante em que o objeto 1 começa a cair, o objeto 2 é lançado horizontal- Assinale a opção que, desconsiderando a resistência do ar, indica os
mente com velocidade v0. A resistência do ar é desprezível. gráficos que melhor representam, respectivamente, o comportamento
Assinale a alternativa que melhor representa os gráficos de posição vertical da componente horizontal e o da componente vertical da velocidade do
dos objetos 1 e 2, em função do tempo. Nos gráficos, tq1 representa o tempo projétil, em função do tempo.
de queda do objeto 1. Em cada alternativa, o gráfico da esquerda representa
o objeto 1 e o da direita representa o objeto 2. tvoo tvoo tvoo
tvoo tvoo
a) h h

I II III IV V
a) I e V.

FÍSICA • FRENTE A
b) II e V.
t1q t1q
c) II e III.
b) h h
d) IV e V.
e) V e II.
14. C6:H20 (Unesp-2015) A fotografia mostra um avião bombar-
deiro norte-americano B52 despejando bombas sobre deter-
Médio

minada cidade no Vietnã do Norte, em dezembro de 1972.


t1q t1q

c) h h

t1q t1q/2

d) h h

Durante essa operação, o avião bombardeiro sobrevoou, horizontalmente e


com velocidade vetorial constante, a região atacada, enquanto abandonava
t1q t1q 2t1q
as bombas que, na fotografia tirada de outro avião em repouso em relação
e) h h ao bombardeiro, aparecem alinhadas verticalmente sob ele, durante a
queda. Desprezando a resistência do ar e a atuação de forças horizontais
sobre as bombas, é correto afirmar que:
a) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, cada bomba
percorreu uma trajetória parabólica diferente.
t1q t1q b) no referencial em repouso sobre a superfície da Terra, as bombas
estavam em movimento retilíneo acelerado.
12. C6:H20 (Unesp-2017) No período de estiagem, uma pequena c) no referencial do avião bombardeiro, a trajetória de cada bomba é
pedra foi abandonada, a partir do repouso, do alto de uma representada por um arco de parábola.
Médio

ponte sobre uma represa e verificou-se que demorou 2,0s para


d) enquanto caíam, as bombas estavam todas em repouso, uma em
atingir a superfície da água. Após um período de chuvas, outra
relação às outras.
pedra idêntica foi abandonada do mesmo local, também a
partir do repouso e, desta vez, a pedra demorou 1,6s para atingir a superfície e) as bombas atingiram um mesmo ponto sobre a superfície da Terra,
da água. uma vez que caíram verticalmente.
15. C6:H20 (EFOMM-2018) Em um determinado instante um
objeto é abandonado de uma altura H do solo e, 2,0 segundos
Difícil

H2
mais tarde, outro objeto é abandonado de uma altura h, 120
H1 metros abaixo de H. Determine o valor H, em metros, sabendo
que os dois objetos chegam juntos ao solo e a aceleração da
gravidade é g = 10 m/s².
a) 150
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05

b) 175
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m/s e desprezando a
2 c) 215
existência de correntes de ar e a sua resistência, é correto afirmar que, entre d) 245
435

as duas medidas, o nível da água da represa elevou-se e) 300

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 435 31/08/2021 07:52:19


16. C6:H20 (PUC-Rio-2018) Uma bola é lançada horizontalmente Dados: sen β = 0,8; cos β = 0,6
com uma velocidade v0 a partir de uma calha que se encontra a) 15 e 25.
Difícil

a uma altura h0 do solo. A bola atinge o solo à distância hori- b) 15 e 50.


zontal L0 a partir do ponto de lançamento. Se a altura da calha
c) 25 e 15.
for quadruplicada, a nova distância horizontal a partir do
ponto de lançamento será d) 25 e 25.
a) 4 L0. e) 25 e 50.
b) 2 L0. 20. C6:H20 (UCPEL-2017) No primeiro dia dos Jogos Olímpicos de
c) L0. 2016, o paulista Felipe Wu, de 24 anos, conquistou medalha

Difícil
L0 de prata na prova de tiro esportivo com carabina de ar com-
d) . primido para a distância de 10 metros, conquistando a pri-
2
meira medalha do Brasil na competição. Uma carabina de ar
e) L0 .
comprimido lança o projétil com velocidade inicial de aproximadamente
4 170 m/s. Considere g = 9,81 m/s² e despreze a resistência do ar. Assinale a
17. C6:H20 (ITA-2018) Numa quadra de vôlei de 18 m de compri- alternativa correta abaixo.
mento, com rede de 2,24 m de altura, uma atleta solitária faz a) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 45° com
Difícil

um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 3,0 m a horizontal, sendo praticamente igual a 1 700 m. A altura máxima
de altura, num ângulo θ de 15° com a horizontal, conforme a possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 100° com
figura, com trajetória num plano perpendicular à rede. a horizontal e vale aproximadamente 2 946 m.
Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 12 m/s de velocidade inicial,
a bola b) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 45° com
a horizontal, sendo praticamente igual a 2 536 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 100° com
a horizontal e vale aproximadamente 1 700 m.
c) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 55° com
a horizontal, sendo praticamente igual a 2 946 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 90° com a
horizontal e vale aproximadamente 1 170 m.
FÍSICA • FRENTE A

d) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 45° com


a horizontal, sendo praticamente igual a 2 946 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 90° com a
a) bate na rede. horizontal e vale aproximadamente 736 m.
b) passa tangenciando a rede. e) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 55° com
c) passa a rede e cai antes da linha de fundo. a horizontal, sendo praticamente igual a 2 946 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 90° com a
d) passa a rede e cai na linha de fundo.
horizontal e vale aproximadamente 1 253 m.
e) passa a rede e cai fora da quadra.
21. C6:H20 (PUCPR-2017) Durante a preparação do país para re-
18. C6:H20 (ITA-2018) A partir de um mesmo ponto a uma certa ceber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016,
Difícil

altura do solo, uma partícula é lançada sequencialmente em muitas construções foram demolidas para que outras fossem
Difícil

três condições diferentes, mas sempre com a mesma veloci- construídas em seu lugar. Um dos métodos utilizados nessas
dade inicial horizontal v0. O primeiro lançamento é feito no demolições é a implosão. Em 2011, a prefeitura do Rio de
vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O ter- Janeiro, por exemplo, implodiu uma antiga fábrica para ampliar o
ceiro é feito na atmosfera com ar em movimento cuja velocidade em relação Sambódromo. Na ocasião, para evitar que qualquer pessoa fosse atingida
ao solo é igual em módulo, direção e sentido à velocidade v0. Para os três por detritos provenientes diretamente da explosão, os engenheiros res-
lançamentos, designando-se respectivamente de t1, t2 e t3 os tempos de ponsáveis pela operação solicitaram a remoção temporária dos moradores
queda da partícula e de v1, v2 e v3 os módulos de suas respectivas veloci- em um certo raio medido a partir do ponto de implosão. Desprezando os
dades ao atingir o solo, assinale a alternativa correta. efeitos de resistência do ar e considerando que a máxima velocidade com
a) t1 < t3 < t2; v1 > v3 > v2 que um detrito pode ser arremessado a partir do ponto da implosão é de
108 km/h, o raio mínimo de segurança que deveria ser adotado para re-
b) t1 < t2 = t3; v1 > v3 > v2
moção dos moradores de tal forma que eles não fossem atingidos direta-
c) t1 = t3 < t2; v1 = v3 > v2 mente por nenhum detrito é de (Considere g = 10 m/s²)
d) t1 < t2 < t3; v1 = v3 > v2 a) 60 m. d) 180 m.
e) t1 < t2 = t3; v1 > v2 = v3 b) 90 m. e) 210 m.
19. C6:H20 (Fatec-2017) Em um jogo de futebol, o goleiro, para c) 150 m.
aproveitar um contra-ataque, arremessa a bola no sentido do
22. C6:H20 (UEPG-2019) Um objeto de massa igual a 100 g é
Difícil

campo adversário. Ela percorre, então, uma trajetória parabó-


lançado verticalmente para cima, com uma velocidade inicial
lica, conforme representado na figura, em 4 segundos.
Médio

de 20 m/s, a partir de uma altura de 1 m em relação ao solo.


A tabela a seguir apresenta os valores da posição em função
do tempo para o movimento do objeto. A partir do enunciado
e desprezando os efeitos de atrito, assinale o que for correto.

t (s) 0 1 2 3 4
y (m) 1 16 21 16 1

(1) Para um observador fixo ao solo, a trajetória do objeto é uma


parábola.
(2) O módulo da velocidade com que o objeto atinge o solo é menor
que 22 m/s.
(3) O objeto atinge o solo no tempo t = 5s.
EXT21_1_FIS_A_05

EXT21_1_FIS_A_05

(4) Entre os tempos t = 3s e t = 4s, o movimento do objeto é retrógrado


Desprezando a resistência do ar e com base nas informações
 apresentadas, e acelerado.
podemos concluir
 que os módulos da velocidade V , de lançamento, e da
(5) A altura máxima atingida pelo objeto em relação ao solo é 22 m.
velocidade VH , na altura máxima, são, em metros por segundos, iguais a,
436

respectivamente, Soma ( )

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 436 31/08/2021 07:52:25


23. C6:H20 (UNIFESP-2019) Do alto de um edifício em construção,
Difícil um operário deixa um tijolo cair acidentalmente, a partir do
repouso, em uma trajetória vertical que passa pela posição
em que outro operário se encontra parado, no solo. Um se-
gundo depois do início da queda do tijolo, o operário no alto
grita um alerta para o operário no solo.

Considerando o dado da figura, a resistência do ar desprezível, g = 10 m/s²,

FÍSICA • FRENTE A
a velocidade do som no ar igual a 350 m/s e 1400 = 37, calcule:
a) a distância percorrida pelo tijolo entre os instantes t = 1s e t = 3s após
o início de sua queda.
b) o intervalo de tempo, em segundos, que o operário no solo terá para
reagir e se movimentar, depois de ter ouvido o grito de alerta emitido
pelo operário no alto, e não ser atingido pelo tijolo.
24. C6:H20 (UNIFESP-2018) Um avião bombardeiro sobrevoa uma
superfície plana e horizontal, mantendo constantes uma alti-
Difícil

tude de 500 m e uma velocidade de 100 m/s. Fixo no solo, um


canhão antiaéreo será disparado com a intenção de acertar o
avião. Considere que o avião e o canhão estejam contidos em
um mesmo plano vertical, despreze a resistência do ar e adote g = 10 m/s².

a) A quantos metros antes da vertical que passa pelo canhão o piloto do


avião deve abandonar uma bomba para acertá-lo no solo?
b) Considere que o canhão não tenha sido atingido pela bomba e que,
na tentativa de acertar o avião, um artilheiro dispare desse canhão um GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
GABARITO ONLINE
projétil com velocidade inicial v0 exatamente no momento em que o 1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
avião passa verticalmente sobre ele. Desprezando as dimensões do QR Code.
2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
avião e considerando que o avião não altere sua velocidade, qual o 3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
mínimo valor de v0 para que o artilheiro tenha sucesso? deste ­módulo.

Cartão-resposta Composição de movimentos

1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E
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EXT21_1_FIS_A_05

5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
437

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Natureza do movimento Classificação das ondas
ondulatório As ondas possuem diferentes características e
são classificadas de acordo com a natureza, o tipo e
Como é possível mudar o canal da televisão a direção de propagação de energia.
usando um controle remoto? Como os aparelhos de
Direção de propagação
Escola Digital
raio x funcionam? Como o Sol aquece a Terra? Como
Nº de aulas
conseguimos acessar a internet no celular? Embora de energia
essas perguntas não pareçam ter qualquer relação
03 umas com as outras, todas elas têm uma resposta
em comum: por meio de ondas.
Com relação à direção de propagação de ener-
gia, podemos classificar as ondas em:
● Unidimensionais: quando as ondas se pro-
Frente B
Ondas são perturbações periódicas que se pagam somente em uma direção, como em
mód. 01/15
propagam em um meio. uma corda.
01 Ao gerar a perturbação na corda, ou seja, o pul-
● Bidimensionais: quando as ondas se propa-
gam em duas direções, como na superfície da
so, uma parte da corda se desloca para cima e, em
seguida, para baixo. Observando a imagem, é possí- água de um lago.
vel perceber que a partícula P, ao receber o pulso da ● Tridimensionais: quando as ondas se pro-
Movimentos e fenômenos

corda, se movimenta para cima e para baixo em uma pagam em todas as direções, como as ondas
direção perpendicular à de propagação da onda, o sonoras no ar atmosférico.
que significa que a partícula recebeu energia dessa
onda. Observando, ainda, a mesma imagem, note
que a partícula P não acompanha a propagação da
Natureza das ondas
onda, indicando que não há transporte de matéria Sobre a natureza das ondas, elas se classificam
por esse meio. Concluímos, então, que: em:
● Mecânicas: ondas que se originam da defor-
As ondas transferem energia entre os pon- mação de um meio elástico e necessitam de
tos, mas não transportam matéria. um meio material (sólido, líquido ou gasoso)
para se propagarem. As ondas mecânicas não
se propagam no vácuo.
SAE DIGITAL/SA
ondulatórios

● Eletromagnéticas: ondas que se originam


P da oscilação de cargas elétricas, não necessi-
tando obrigatoriamente de um meio material
para se propagarem, o que as permite se pro-
P
pagar também no vácuo.

O movimento vertical imposto pela mão da pessoa (fonte)


FIS

promove uma perturbação (também denominada pulso) na


P corda (meio de propagação). O movimento do pulso na corda
é o que chamamos de onda.

Em 11 de março de 2011,
foi registrado um tsunami
na costa de Sendai,
nordeste do Japão. Após
um terremoto de 8,9 graus
de magnitude, formaram­-
-se ondas gigantes de até
10 metros de altura.
TT
TT
TT
TT
TT
TTT
TT TTT
T
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

438

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 438 31/08/2021 07:52:31


Tipo de ondas Ondas periódicas
Além de classificarmos as ondas em termos de sua natu- Quando um pulso segue o outro de forma sucessiva, ocorre
reza, podemos segmentá-las quanto à direção de propagação. o que chamamos de trem de ondas. Se essa sucessão for re-
As ondas transversais são aquelas em que a direção de gular, ou seja, com pulsos produzidos no mesmo intervalo de
propagação da onda é perpendicular à direção de vibração. São tempo, a onda será do tipo periódica.
exemplos de ondas transversais as que são originadas em uma As ondas periódicas contam com os seguintes elementos:
corda e as ondas eletromagnéticas.
y Crista
Direção de Propagação
vibração λ

Amplitude
A
Representação de uma onda transversal. x
As ondas longitudinais são aquelas em que a direção de
propagação da onda é a mesma que a de vibração. Um exemplo –A
de ondas longitudinais são as ondas sonoras.
Direção de
vibração Comprimento de onda λ
Propagação Vale

Representação de uma onda periódica e seus elementos.


O período (T) de uma onda pode ser definido como o tem-
Representação de uma onda longitudinal. po necessário para que duas cristas consecutivas passem pelo

FÍSICA • FRENTE B
mesmo ponto. Já a frequência (f) de uma onda pode ser defini-
As ondas mistas são aquelas em que as partículas vibram
da como o número de vibrações provocadas em certo intervalo
ao mesmo tempo, tanto de modo transversal quanto longitu-
de tempo.
dinal. As ondas que se formam na superfície de um líquido são
exemplos de ondas mistas. Lembre-se de que existe uma relação importante entre pe-
ríodo e frequência: elas são inversamente proporcionais entre
si. Observe a seguir.
Propagação

1
f=
T

No sistema internacional de unidades (SI), a unidade do pe-


ríodo é o segundo (s) e a unidade da frequência é o hertz (Hz).

Representação de uma onda mista.

Tsunami: que onda é essa?


[...] O termo, formado pela junção das palavras japonesas para “onda” - tsu - e “porto” - nami, descreve uma série de ondas maríti-
mas geradas por qualquer distúrbio brusco que cause um deslocamento vertical em larga escala da água dos oceanos. A maior parte dos
tsunamis é gerada por maremotos, como no caso focalizado aqui. Mas tsunamis também podem ser causados por erupções vulcânicas,
deslizamentos de terra e impactos de meteoros. [...] Começando por uma questão básica: o que distingue um tsunami de uma onda
ordinária, produzida por ventos? [...] “Tsunamis são diferentes de ondas geradas por ventos [...], sendo caracterizados como ondas de
águas rasas, com períodos e comprimento de onda longos. Ondas geradas por ventos que vemos arrebentar em uma praia [...], origina-
das por tormentas em alto mar, quebrando ritmicamente, uma após a outra, podem ter período em torno de 10s e um comprimento de
onda de 150 m. Um tsunami, por outro lado, pode ter um comprimento de onda de mais de 100 km e período da ordem de uma hora”.
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

SANTOS, M. L. Tsunami: que onda é essa?. Física na Escola. Disponível em:


http://url.sae.digital/kPeoC7x. Acesso em: 27 jul. 2020. Adaptado.
439

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 439 31/08/2021 07:52:35


Equação fundamental da ondulatória Propagação de um
Quando a velocidade em que a onda se propaga em determinado meio é cons- pulso transversal
tante, o valor da velocidade pode ser determinado pela equação fundamental da
Para cordas tensionadas, como no
ondulatória.
caso de instrumentos musicais, utiliza-
Sendo o movimento da onda, neste caso, um movimento uniforme, calcula-se a mos a Lei de Taylor para determinar a
distância por ela percorrida utilizando a seguinte equação: velocidade de propagação do pulso na
corda.
s
v De acordo com a Lei de Taylor, a veloci-
t
dade (v) da onda em cordas tensionadas
Substituindo a distância Ds pelo comprimento de onda λ, e o tempo Dt pelo perío- depende da força tensora (T) e da densi-
do T, temos: dade linear da corda (µ). Assim,
s 
v v T
t T v ,
1 
Utilizando a relação f = , temos a chamada equação fundamental da ondulatória.
T
cuja unidade no SI é dada em metros
v=λ·f
por segundo (m/s).
As unidades do sistema internacional de unidades (SI) são: A densidade linear da corda é encon-
trada por meio da seguinte equação:
v = metro por segundo (m/s)
λ = metro (m) m
 ,
L
f = hertz (Hz)
FÍSICA • FRENTE B

Introdução aos fenômenos ondulatórios


cuja unidade do SI é dada em quilo-
grama por metro (kg/m).
Neste módulo, vamos conhecer os fenômenos ondulatórios partindo dos estudos Pela equação da velocidade de propa-
da reflexão e da refração. gação do pulso, percebe-se que quanto
maior for a intensidade da força tensora,
Reflexão maior será a velocidade de propagação
do pulso. Por ouro lado, quanto maior
A reflexão de uma onda ocorre quando ela atinge a extremidade da corda, retor- for a densidade linear da corda, menor
nando para o meio de origem. Ao sofrer o fenômeno da reflexão, a onda mantém sua será a velocidade de propagação do pul-
natureza, velocidade de propagação, frequência e comprimento. so.
Existem várias aplicações práticas desse fenômeno, entre elas o simples fato de

namtipStudio/Shutterstock
enxergarmos os objetos, processo que ocorre devido às ondas luminosas refletirem.
Fibra ótica, sonares, radares, sinais de rádio e até mesmo a recente descoberta das
ondas gravitacionais se utilizam desse fenômeno.

Onda unidimensional
Quando a extremidade da corda é fixa, o pulso refletido sofre uma inversão do
pulso incidente, isto é, sofre uma reflexão com inversão de fase. Se a extremidade da
corda é móvel, não há inversão do pulso. Nesse caso, ao se movimentar, a corda envia
um pulso no sentido oposto e com a mesma fase do pulso incidente.
Pulso incidente Pulso incidente

Extremidade fixa Extremidade


móvel
O violão é um exemplo de instrumento
composto de cordas tensionadas.

Pulso refletido Pulso refletido

Pulso se propagando em uma corda com a extremidade fixa, à esquerda, e


com a extremidade móvel, à direita.

λ N Linha normal
Ângulo de Ângulo de Onda
Onda bidimensional
Onda
incidente incidência reflexão refletida
No fenômeno da reflexão são válidas as seguintes leis:
● 1.ª lei: o raio da onda incidente e refletida e a linha normal
v î r^
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

ao ponto de incidência são coplanares. v


● 2.ª lei: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
Superfície refletora
440

Representação da reflexão de uma onda bidimensional.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 440 31/08/2021 07:52:36


Refração
A refração modifica a velocidade de propagação e o comprimento de uma onda ao passar de um meio para outro, quando têm
características diferentes. Contudo, a natureza e a frequência da onda não se alteram.
O fenômeno da refração pode ser identificado nas diversas lentes, na formação do arco-íris e na observação de objetos dentro
da água.

Onda unidimensional Onda bidimensional


Considere agora o uso de cordas de diferentes densida- No fenômeno da refração são válidas as seguintes leis:
des, cujas pontas estão unidas, representando diferentes ● 1.ª lei – os raios incidentes e refratados e a linha normal
meios de propagação.
no ponto de incidência são coplanares.

Pulso Pulso ● 2.ª lei – Lei de Snell-Descartes, que é matematicamente


incidente incidente expressa por:
Antes Antes

sen (i) n2
Corda menos Corda mais Corda mais Corda menos = ou n1 · sen (î) = n2 · sen (r)
densa Depois densa densa Depois densa sen (r ) n1

Pulso Pulso Pulso Na qual n é o índice de refração do meio.


Pulso transmitido refletido transmitido
refletido Ao passar de um meio 1 para um meio 2, se a velocidade
de propagação da onda aumentar, o mesmo sucederá com
Representação de refração em cordas de diferentes densidades lineares. seu comprimento de onda, e se a velocidade de propagação

FÍSICA • FRENTE B
da onda diminuir, seu comprimento também diminuirá.
É possível observar que, quando a primeira parte da corda
apresenta menor densidade linear, o pulso refletido é inverti-
do em relação ao pulso incidente. Isso acontece pelo fato de a
corda de maior densidade linear manter fixo o ponto de jun-
ção entre as cordas. A energia total do pulso se divide entre o
v1 l1
pulso refratado e o pulso refletido, sendo menor a velocidade
de propagação do pulso na corda de maior densidade linear. î
Entretanto, quando a primeira parte da corda apresenta Meio 1
maior densidade linear, o pulso refletido não é invertido. A Meio 2
corda de menor densidade linear acompanha os movimentos
v2 l2
r
da corda de maior densidade, com uma situação análoga à da
reflexão de uma corda com uma extremidade livre.

Em ambos os casos não há inversão


de fase no pulso refratado.
Representação da refração de uma onda bidimensional.

9 Exemplo:
Um estudante possui uma chapa de vidro transparente, em cima de um copo cheio com um tipo de líquido, e pretende descobrir qual material está contido
dentro do copo. Para isso, utiliza um laser e percebe que, na superfície de contato entre o vidro e o líquido do copo, forma-se um ângulo de incidência
com sen ( î ) = 0,71 e um ângulo de refração com sen ( r ) = 0,56. Utilizando a tabela abaixo, qual o possível material contido no copo?

Substância Índice de refração


Água 1,333
Álcool etílico (anidro) 1,362
9 RESOLUÇÃO: C
Acetona 1,359
Pela Lei de Snell-Descartes, podemos encontrar o índice de refração do
Querosene 1,448 meio 2:
Bálsamo do Canadá 1,477 n1 · sen ( î ) = n2 · sen ( r )
Vidro 1,500 1,50 · 0,71 = n2 · 0,56
Glicerina 1,537 1, 50  0 ,71
n2   1,90
0 , 56
a) Acetona
Portanto, o líquido contido no copo é a glicerina.
b) Querosene
c) Glicerina
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

d) Bálsamo do Canadá
e) Água
441

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 441 31/08/2021 07:52:40


FIXAR
ndamental
Equação fu ria y
da ondulató Crista “É uma perturbaçã
o que
v=λ·f +A
λ não transporta mat
éria,
mas transfere energ
ia de um
ponto a outro no esp
x aço!”
λ
–A
λ - Comprimento de onda
Mecânica
Transversal A – Amplitude
Vale
Tipo Natureza
Longitudinal

Ondas
Mista Eletromagnética

Unidimensional

Propagação Bidimensional
Fenômenos
FÍSICA • FRENTE B

Tridimensional
Reflexão Refração
Ocorre quando a onda encon- Ocorre quando a onda encontra uma Exemplos
tra uma superfície de separação superfície de separação com outro meio e ela
com outro meio e ela retorna continua a propagar-se nesse novo meio, mas • Som: mecânica e longitudinal
para o meio de origem, sem alterando sua velocidade e seu comprimento e • Luz: eletromagnética e transversal
alterar suas características. mantendo a sua frequência.

Interação

1. O que é o 5G e como ele pode mudar as nossas vidas A rede 4G no Brasil opera com frequência máxima 26 · 108 Hz. Já a tecnologia
[...] É a próxima geração de rede de internet móvel, que 5G será uma nova era da conexão com a internet, pois opera em faixas
promete velocidade de download e upload de dados mais de frequência mais altas, embora com um menor comprimento de onda.
rápida, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis. Trata- Sobre o assunto, responda às questões a seguir.
-se de utilizar melhor o espectro de rádio e permitir que mais a) Considerando que uma onda de rádio tenha velocidade igual a
dispositivos acessem a internet móvel ao mesmo tempo. 300 000 km/s, calcule o menor comprimento de onda da rede 5G e 4G.
[...] Como funciona?
Há uma série de novas tecnologias que podem ser aplicadas – mas
os padrões ainda não foram definidos para todos os protocolos 5G. Faixas
de frequência mais altas – de 3,5 GHz (gigahertz) a pelo menos 26 GHz –
têm uma capacidade maior, mas como seus comprimentos de onda são
menores, significa que seu alcance é mais curto – ou seja, são bloqueados
mais facilmente por objetos físicos.
[...] É muito diferente do 4G?
Sim, é uma nova tecnologia de rádio. Mas pode ser que você não
note logo de cara a melhora da velocidade, já que o 5G deve ser usado
inicialmente pelas operadoras como uma forma de aumentar a capacidade
das redes 4G LTE existentes, garantindo um serviço mais consistente aos
clientes. A velocidade que você vai receber dependerá de qual espectro
de radiofrequência a operadora vai utilizar e de quanto investirá em novas
antenas e transmissores. b) Como é possível resolver o problema do pequeno alcance das redes 5G?
FrankHH/Shutterstock

EXT21_1_FIS_B_01

WALL, M. O que é o 5G e como ele pode mudar nossas vidas. Época Negócios.
442

Disponível em: http://url.sae.digital/dOYLW5U. Acesso em: 23 jul. 2020. Adaptado.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 442 31/08/2021 07:52:41


Determine:
Sistematização
a) A amplitude da onda.
1. C1:H1 No fenômeno da refração, as ondas necessariamente
a) alteram sua frequência.
b) O comprimento da onda.
b) alteram sua velocidade de propagação.
c) não alteram suas características.
d) alteram sua frequência e sua velocidade de propagação. c) A frequência e o período da onda.

2. C1:H1 Os morcegos usam um sistema conhecido como eco-


localização para se orientarem. Eles emitem sons que, ao se
encontrarem com obstáculos, são refletidos de volta, ajudan-
do-os a mapear o local. Sabendo que as ondas emitidas pelos
d) A velocidade da onda.
morcegos têm velocidade de 340 m/s e comprimento da or-
dem de 0,4 cm, calcule a frequência dessas ondas.

7. C1:H1 Considere uma torneira gotejando em um balde com


água. Nessa situação, uma onda passa a se propagar na su-
perfície da água, sendo possível chegar às seguintes
afirmações:
3. C1:H1 Explique a diferença entre ondas de natureza mecânica I. A frequência da onda formada na superfície é igual à frequência com
e eletromagnética. que a gota cai na água, ou seja, a fonte que deu origem à onda.
II. A velocidade de propagação dessa onda independe de que o líquido
seja água, óleo ou qualquer outro líquido, pois a velocidade não
depende do meio de propagação.

FÍSICA • FRENTE B
III. A onda formada na superfície da água é longitudinal.
Das afirmações acima, é (são) correta(s):
4. C1:H1 É possível classificar as ondas segundo sua natureza a) Apenas I. c) Apenas III.
(mecânica ou eletromagnética), direção de propagação (uni-, b) Apenas II. d) Apenas I e III.
bi- ou tridimensional) e direção de vibração (longitudinal ou
transversal). Preencha a tabela abaixo de acordo com a clas- 8. C1:H1 A figura abaixo mostra uma onda propagando-se em
sificação das ondas dadas: um meio físico. A frequência da fonte geradora da onda é de
300 Hz. Calcule a velocidade de propagação dessa onda e sua
Direção de Direção de amplitude.
Natureza
vibração propagação
Som
Luz 20 cm
Micro-ondas
Onda numa corda 30 cm

Onda na superfí-
cie da água
Onda de rádio

5. C1:H1 Um marinheiro sentado na proa de seu barco observa


9. C1:H1 Um pulso desloca-se com velocidade v por uma corda,
que as ondas do mar chegam até ele a uma razão de 10 cristas
como mostra a figura:
a cada 25 segundos, sendo a distância entre elas de 10 m.
Calcule a velocidade de propagação.

corda 1 corda 2
Sabendo-se que a corda 1 tem massa de 20 g, a corda 2 tem massa de 30 g
e que ambas têm comprimento L = 10 cm, calcule a densidade linear das
cordas e descreva o que ocorrerá com o pulso ao encontrar a segunda corda.
6. C1:H1 Uma fonte produz 120 oscilações por minuto. Abaixo
a representação dessa onda que foi captada em um determi-
nado instante:

y(m)

4
10. C1:H1 Em uma festa na piscina, uma das caixas de som emite
ondas sonoras com frequência de 600 Hz. Ao propagar-se na
3
2
água da piscina, as ondas alteram sua velocidade, sendo no
1 ar igual a 340 m/s e na água igual a 1 500 m/s. Calcule a razão
0 entre o comprimento de onda na água e no ar.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112 131415 16 1718 x(m)
EXT21_1_FIS_B_01

-1
-2
-3
-4
443

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 443 31/08/2021 07:52:42


Enem e vestibulares 7. C1:H1 (EEAR-2019) Um garoto mexendo nos pertences de seu
pai, que é um professor de física, encontra um papel quadri-

Fácil
1. C1:H1 (EEAR-2018) No estudo de ondulatória, um dos fenô- culado como a figura a seguir.
menos mais abordados é a reflexão de um pulso numa corda.
Fácil

Quando um pulso transversal se propagando em uma corda


devidamente tensionada encontra uma extremidade fixa, o
pulso retorna à mesma corda, em sentido contrário e com
a) inversão de fase.
b) alteração no valor da frequência.
c) alteração no valor do comprimento de onda.
d) alteração no valor da velocidade de propagação.
2. C1:H1 (Enem-2019) Um professor percebeu que seu apontador
a laser, de luz monocromática, estava com o brilho pouco
Fácil

intenso. Ele trocou as baterias do apontador e notou que a


intensidade luminosa aumentou sem que a cor do laser se
alterasse. Sabe-se que a luz é uma onda eletromagnética e
Suponha que a figura faça referência a uma onda periódica, propagando-se
apresenta propriedades como amplitude, comprimento de onda, fase,
da esquerda para a direita. Considerando que no eixo das abscissas esteja
frequência e velocidade.
representado o tempo (em segundos), que no eixo das ordenadas esteja
Dentre as propriedades de ondas citadas, aquela associada ao aumento representada a amplitude da onda (em metros), que o comprimento de
do brilho do laser é o(a) onda seja de 8 m e que cada quadradinho da escala da figura tenha uma
a) amplitude. d) velocidade da onda. área numericamente igual a 1, a sua velocidade de propagação (em metros
b) frequência. e) comprimento de onda. por segundo) será de:
c) fase da onda. a) 0,25.

3. C1:H1 (Enem-2017) b) 1.
c) 8.
FÍSICA • FRENTE B
Fácil

d) 16.
8. C1:H3 (Enem-2019) Quando se considera a extrema velocidade
com que a luz se espalha por todos os lados e que, quando vêm
Médio

de diferentes lugares, mesmo totalmente opostos, os raios lu-


minosos se atravessam uns aos outros sem se atrapalharem,
compreende-se que, quando vemos um objeto luminoso, isso
não poderia ocorrer pelo transporte de uma matéria que venha do objeto
até nós, como uma flecha ou bala atravessa o ar; pois certamente isso repugna
bastante a essas duas propriedades da luz, principalmente a última.
DAVIS, J. Disponível em: http://garfield.com. Acesso em: 15 ago. 2014. HUYGENS, C. In: MARTINS, R. A. Tratado sobre a luz, de Cristian Huygens.
A faixa espectral da radiação solar que contribui fortemente para o efeito Caderno de História e Filosofia da Ciência, supl. 4, 1986.
mostrado na tirinha é caracterizada como
O texto contesta que concepção acerca do comportamento da luz?
a) visível. d) ultravioleta.
a) O entendimento de que a luz precisa de um meio de propagação,
b) amarela. e) infravermelha. difundido pelos defensores da existência do éter.
c) vermelha.
b) O modelo ondulatório para a luz, o qual considera a possibilidade de
4. C1:H1 (UECE-2016) Os parâmetros que caracterizam tanto interferência entre feixes luminosos.
ondas eletromagnéticas quanto ondas sonoras são: c) O modelo corpuscular defendido por Newton, que descreve a luz
Fácil

como um feixe de partículas.


d) A crença na velocidade infinita da luz, defendida pela maioria dos
a) frequência, velocidade de propagação e comprimento de onda. filósofos gregos.
b) velocidade de propagação, comprimento de onda e cor. e) A ideia defendida pelos gregos de que a luz era produzida pelos olhos.
c) comprimento de onda, cor e intensidade. 9. C1:H1 (Enem-2018) O sonorizador é um dispositivo físico
d) comprimento de onda, frequência e energia de fótons. implantado sobre a superfície de uma rodovia de modo que
Médio

provoque uma trepidação e ruído quando da passagem de


5. C1:H1 (UECE-2016) Um apontador laser, também conhecido um veículo sobre ele, alertando para uma situação atípica à
como “laser pointer”, é direcionado não perpendicularmente frente, como obras, pedágios ou travessia de pedestres. Ao
Fácil

para a superfície da água de um tanque, com o líquido em passar sobre os sonorizadores, a suspensão do veículo sofre vibrações que
repouso. O raio de luz monocromático incide sobre a super- produzem ondas sonoras, resultando em um barulho peculiar. Considere
fície, sendo parcialmente refletido e parcialmente refratado. um veículo que passe com velocidade constante igual a 108 km/h sobre
Em relação ao raio incidente, o refratado muda um sonorizador cujas faixas são separadas por uma distância de 8 cm.
a) a frequência.
Disponível em: www.denatran.gov.br. Acesso em: 2 set. 2015 (adaptado).
b) o índice de refração.
c) a velocidade de propagação. A frequência da vibração do automóvel percebida pelo condutor durante
a passagem nesse sonorizador é mais próxima de
d) a densidade.
a) 8,6 hertz.
6. C1:H1 (UFRGS-2019) Assinale a alternativa que preenche b) 13,5 hertz.
corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em
c) 375 hertz.
Fácil

que aparecem.
Na propagação de uma onda mecânica longitudinal, o meio é d) 1350 hertz.
deslocado __________ à direção de propagação, __________ ao transporte e) 4860 hertz.
de energia. Nessa propagação, __________ transporte de matéria.
10. C5:H17 (Enem-2017) O osciloscópio é um instrumento que
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

a) paralelamente – perpendicular – ocorre.


permite observar uma diferença de potencial (ddp) em um
Médio

b) paralelamente – paralela – ocorre. circuito elétrico em função de tempo ou em função de outra


c) paralelamente – paralela – não ocorre. ddp. A leitura do sinal é feita em uma tela sob a forma de um
gráfico tensão x tempo.
444

d) perpendicularmente – paralela – não ocorre.


e) perpendicularmente – perpendicular – não ocorre.

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ddp (V) 14. C1:H1 (EM-2017) Analise a figura abaixo.
200

Médio
150
100
P
50
0 I Q II
–50
A figura acima representa um pulso P que se propaga em uma corda I,
–100
de densidade linear µI, em direção a uma corda II, de densidade linear µII.
–150 O ponto Q é o ponto de junção das duas cordas. Sabendo que µI > µII o
–200 t (ms) perfil da corda logo após a passagem do pulso P pela junção Q é mais
5 bem representado por
BOMFIM, M. Disponível em: www.ufpr.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). a)

A frequência de oscilação do circuito elétrico estudado é mais próxima de Q


a) 300 Hz.
b) 250 Hz.
b)
c) 200 Hz.
d) 150 Hz. Q

e) 125 Hz.
11. C1:H1 (UECE-2019) A radiação X, com comprimentos de onda c)
entre 0,01 nm a 10 nm, tem frequência menor do que a Q
Médio

frequência

FÍSICA • FRENTE B
a) da radiação ultravioleta, cujos comprimentos de onda são na faixa de d)
380 · 10-9 m a 10-9 m.
b) da radiação infravermelha, cujos comprimentos de onda são na faixa Q
de 700 nm a 50.000 nm.
c) da radiação na faixa visível, cujos comprimentos de onda são na faixa e)
de 400 nm a 750 nm.
d) da radiação gama, cujos comprimentos de onda são na faixa de Q
10-12 m a 10-14 m.
12. C5:H17 (UFPR-2019) O gráfico ao lado apresenta a frequência
f de uma onda sonora que se propaga num dado meio em
Médio

função do comprimento de onda λ dessa onda nesse meio. 15. C5:H17 (UFRGS-2015) Na figura abaixo, estão representadas
duas ondas transversais P e Q, em um dado instante de tempo.
Médio

f (Hz) Considere que as velocidades de propagação das ondas são


iguais.

25

10

10 30 λ (m)
Com base nesse gráfico, assinale a alternativa que expressa corretamente o
módulo da velocidade do som v no meio considerado, quando a frequência
da onda sonora é de 25 Hz.
a) v = 250 m/s. d) v = 1 000 m/s.
b) v = 340 m/s. e) v = 1 500 m/s.
c) v = 750 m/s.
13. C1:H1 (Unicamp-2019) A depilação a laser é um procedimento Q
de eliminação dos pelos que tem se tornado bastante popular
Médio

na indústria de beleza e no mundo dos esportes. O número


de sessões do procedimento depende, entre outros fatores, Sobre essa representação das ondas P e Q, são feitas as seguintes
da coloração da pele, da área a ser tratada e da quantidade afirmações.
de pelos nessa área. I. A onda P tem o dobro da amplitude da onda Q.
Três tipos de laser comumente utilizados para depilação têm comprimentos II. A onda P tem o dobro do comprimento de onda da onda Q.
de onda λ1 ≈ 760 nm, λ2 ≈ 800 nm e λ3 ≈ 1 060 nm, respectivamente. Se III. A onda P tem o dobro de frequência da onda Q.
a velocidade da luz vale c = 3,0 · 108 m/s, o laser de maior frequência tem
Quais estão corretas?
uma frequência de aproximadamente
Dados: Se necessário, use aceleração da gravidade g = 10 m/s2, aproxime a) Apenas I.
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

π = 3,0 e 1 atm = 105 Pa. b) Apenas II.


a) 3,9 · 1014 Hz. c) 2,5 · 1015 Hz. c) Apenas III.
b) 2,8 · 105 Hz. d) 3,7 · 1012 Hz. d) Apenas I e II.
445

e) I, II e III.

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16. C1:H1 (Unicamp-2019) 19. C5:H18 (Fuvest-2020) A transmissão de dados de telefonia
celular por meio de ondas eletromagnéticas está sujeita a
Médio

Difícil
perdas que aumentam com a distância d entre a antena
transmissora e a antena receptora. Uma aproximação frequen-
temente usada para expressar a perda L, em decibéis (dB), do
sinal em função de d, no espaço livre de obstáculos, é dada pela
expressão
cerca cerca
L = 20 log10 4d ,
  
rio rio
em que λ é o comprimento de onda do sinal. O gráfico a seguir mostra L (em
dB) versus d (em metros) para um determinado comprimento de onda λ.
60
55
50
45

L (dB)
*As setas da figura indicam somente a direção da movimentação das placas tectônicas.
Adaptado de J.F. Petersen, D. Sack e R. E. Glabler, Fundamentos 40
de Geografia Física. São Paulo: Cengage, 2015, p. 277.
35
Eventos sísmicos de grande magnitude causam imensos danos. As ondas
30
sísmicas que se originam nesses eventos e que se propagam no interior
da Terra são de dois tipos: longitudinais e transversais. A figura anterior 25
0 2 4 6 8 10
representa um tipo de contato entre placas que dá origem a ondas sísmicas.
Esse tipo de contato ocorre d (m)
a) na Califórnia (EUA), e as ondas longitudinais são aquelas em que a Com base no gráfico, a frequência do sinal é aproximadamente
oscilação se dá na direção de propagação.
Note e adote:
b) nos Andes (Chile), e as ondas transversais são aquelas em que a osci-
FÍSICA • FRENTE B

lação se dá perpendicularmente à direção de propagação. Velocidade da luz no vácuo: c = 3 · 108 m/s;


c) na Califórnia (EUA), e as ondas longitudinais são aquelas em que a π ≈ 3;
oscilação se dá perpendicularmente à direção de propagação. 1 GHz = 109 Hz.
d) nos Andes (Chile), e as ondas transversais são aquelas em que a osci-
lação se dá na direção de propagação. a) 2,5 GHz.
17. C1:H1 (UFJF-2020) O ultrassom possui frequência acima do b) 5 GHz.
limite audível para o ser humano, ou seja, acima de 20 kHz, c) 12 GHz.
Médio

podendo alcançar vários giga-hertz. Pesquisadores em um d) 40 GHz.


submarino estão utilizando ultrassom para detectar a locali-
zação de um antigo navio preso em uma geleira, no polo sul. e) 100 GHz.
As ondas ultrassônicas propagam-se primeiramente no mar, onde se en- 20. C5:H17 (Fuvest-2018) Ondas na superfície de líquidos têm
contra o gerador de ultrassom, e seguem em direção à geleira. Sabemos velocidades que dependem da profundidade do líquido e da
Difícil

que o ultrassom usado pelos pesquisadores tem velocidades de 1 440 m/s, aceleração da gravidade, desde que se propaguem em águas
na água, e de 3 840 m/s, no gelo, com um comprimento de onda na água rasas. O gráfico representa o módulo v da velocidade da onda
de 36 mm. Podemos afirmar que o comprimento de onda, quando se em função da profundidade h da água.
propaga na geleira, em milímetros, é de: 7
a) 96 d) 144
b) 36 e) 14,4 6
c) 192
18. C1:H1 (Insper-2019) O esquema da figura ilustra o perfil de 5
uma cuba de ondas de profundidade espraiada, cheia de água.
Difícil

É uma simulação do que acontece na realidade em uma praia 4


v (m/s)

marinha.
F 3
v 2 v 1

2
h2
1
h1

0
0 1 2 3 4 5
h (m)

Uma fonte vibratória F, localizada na parte profunda da cuba, produz Uma onda no mar, onde a profundidade da água é 4,0 m, tem comprimento
frentes de onda retas, paralelas à “praia”, com frequência f. Sabe-se que de onda igual a 50 m. Na posição em que a profundidade da água é 1,0 m,
ondas mecânicas na água sofrem mais refringência com a diminuição da essa onda tem comprimento de onda, em m, aproximadamente igual a
profundidade. Considerando as velocidades v1 e v2 de propagação das a) 8.
frentes de onda nas profundidades h1 e h2, respectivamente, assim como b) 12.
os comprimentos de onda λ1 e λ2 e frequências de oscilação f1 e f2, são
corretas as relações de ordem: c) 25.
a) v1 > v2, λ1 = λ2 e f1 > f2 d) 35.
b) v1 > v2, λ1 > λ2 e f1 = f2 e) 50.
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

c) v1 > v2, λ1 > λ2 e f1 > f2


d) v1 = v2, λ1 > λ2 e f1 > f2
e) v1 > v2, λ1 = λ2 e f1 = f2
446

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 446 31/08/2021 07:52:51


21. C1:H1 (UECE-2018) Luz infravermelha com comprimentos de
onda entre 780 e 1 400 nm tem maior penetração na pele, 80

Percentual de absorção
Difícil

podendo superar 4 mm de profundidade. Essa característica


é bem útil em aplicações em que o calor é utilizado no trata- 60
mento de lesões musculares localizadas. Para essa faixa do Clorofila a
espectro eletromagnético, as frequências, em Tera Hertz, ficam localizadas
aproximadamente entre 40
Clorofila b
a) 780 a 1400.
b) 380 e 210. 20

c) 780 · 108 e 1 400 · 108.


0
d) 380 · 3 · 108 e 210 · 3 · 108.
400 450 500 550 600 650 700
22. C5:H17 (Fuvest-2017) A figura representa uma onda harmônica Comprimento de onda (nm)
transversal, que se propaga no sentido positivo do eixo x, em
Difícil

dois instantes de tempo: t = 3s (linha cheia) e t = 7s (linha


tracejada). É correto afirmar que, após o período de iluminação, as cores dos chuma-
Amplitude da onda ços de algodão embebidos em solução de cresol dos recipientes I, II e III
ficaram, respectivamente,

Note e adote:
As plantas e as rãs permaneceram vivas durante o experimento.
–3 –2 –1 0 1 2 3 As cores da solução de cresol em ambientes com dióxido de carbono
com concentração menor, igual e maior que a da atmosfera são,
x (m) respectivamente, roxa, rosa e amarela.
Velocidade da luz = 3 · 108 m/s.
1 nm = 10-9 m.

FÍSICA • FRENTE B
a) roxa, amarela e amarela.
Dentre as alternativas, a que pode corresponder à velocidade de propa- b) roxa, rosa e amarela.
gação dessa onda é c) rosa, roxa e amarela.
a) 0,14 m/s.
d) amarela, amarela e roxa.
b) 0,25 m/s.
e) roxa, roxa e rosa.
c) 0,33 m/s.
d) 1,00 m/s. 25. C6:H22 (Unesp-2020) A sensibilidade visual de humanos e
e) 2,00 m/s. animais encontra-se dentro de uma estreita faixa do espectro
Difícil

da radiação eletromagnética, com comprimentos de onda entre


23. C1:H1 (Unesp-2016) Uma corda elástica está inicialmente 380 nm e 760 nm. É notável que os vegetais também reajam à
esticada e em repouso, com uma de suas extremidades fixa radiação dentro desse mesmo intervalo, incluindo a fotossíntese
Difícil

em uma parede e a outra presa a um oscilador capaz de gerar e o crescimento fototrópico. A razão para a importância dessa estreita faixa
ondas transversais nessa corda. A figura representa o perfil de de radiação eletromagnética é o fato de a energia carregada por um fóton
um trecho da corda em determinado instante posterior ao ser inversamente proporcional ao comprimento de onda. Assim, os compri-
acionamento do oscilador e um ponto P que descreve um movimento mentos de onda mais longos não carregam energia suficiente em cada fóton
harmônico vertical, indo desde um ponto mais baixo (vale da onda) até para produzir um efeito fotoquímico apreciável, e os mais curtos carregam
um mais alto (crista da onda). energia em quantidade que danifica os materiais orgânicos.
3m
Knut Schmidt-Nielsen. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente, 2002. Adaptado.

A tabela apresenta o comprimento de onda de algumas cores do espectro


P da luz visível:

0,8 m
Cor Comprimento de onda (nm)

Azul 450 – 495


Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade constante
de 10 m/s e que a frequência do oscilador também é constante, a velocidade Verde 495 – 570
escalar média do ponto P, em m/s, quando ele vai de um vale até uma crista
da onda no menor intervalo de tempo possível é igual a Amarela 570 – 590
a) 4.
b) 8. Laranja 590 – 620
c) 6.
d) 10.
Vermelha 620 – 750
e) 12.
24. C1:H1 (Fuvest-2016) Chumaços de algodão embebidos em Sabendo que a energia carregada por um fóton de frequência f é dada por
uma solução de vermelho de cresol, de cor rosa, foram colo- E = h · f, em que h = 6,6 · 10-34 J · s, que a velocidade da luz é aproximada-
Difícil

cados em três recipientes de vidro, I, II e III, idênticos e trans- mente c = 3 · 108 m/s e que 1 nm = 10-9 m, a cor da luz cujos fótons carregam
parentes. Em I e II, havia plantas e, em III, rãs. Os recipientes uma quantidade de energia correspondente a 3,96 · 10-19 J é
foram vedados e iluminados durante um mesmo intervalo de a) azul.
tempo com luz de mesma intensidade, sendo que I e III foram iluminados b) verde.
EXT21_1_FIS_B_01

EXT21_1_FIS_B_01

com luz de frequência igual a 7,0 · 1014 Hz e II, com luz de frequência igual
c) amarela.
a 5,0 · 1014 Hz. O gráfico mostra a taxa de fotossíntese das clorofilas a e b
em função do comprimento de onda da radiação eletromagnética. d) laranja.
Considere que, para essas plantas, o ponto de compensação fótica corres- e) vermelha.
447

ponde a 20% do percentual de absorção.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 447 31/08/2021 07:52:52


26. C1:H1 (FATEC-2017) Um aluno do curso de Cosméticos da FATEC trabalha em uma indústria farmacêutica fazendo aprimoramento de Filtros
Solares Físicos e Químicos (FSF e FSQ, respectivamente). Para isso, ele estuda as radiações solares chamadas de UVA e UVB, montando um quadro
Médio

esquemático.

ONDA PENETRAÇÃO EFEITO FSF FSQ

Bronzeamento
Epiderme Radiação Radiação
Envelhecimento
UVA Derme bloqueada bloqueada
Manchas
Hipoderme por reflexão por absorção
Câncer

∆t

Vermelhidão
Queimadura Radiação Radiação
UVB Epiderme Envelhecimento bloqueada bloqueada
Manchas por reflexão por absorção
Câncer
∆t

Baseando-se nas informações apresentadas no quadro, é certo afirmar que


FÍSICA • FRENTE B

a) a radiação UVA possui menor comprimento de onda e produz os mesmos efeitos que a UVB.
b) as duas radiações não são igualmente penetrantes e não são refletidas por FSF.
c) as duas radiações penetram as mesmas camadas da pele e são absorvidas por FSQ.
d) a radiação UVA apresenta maior frequência e é mais penetrante que a UVB.
e) a radiação UVB apresenta maior frequência e menor comprimento de onda que a UVA.
27. C1:H1 (Unicamp-2017) Considere que, de forma simplificada, a resolução máxima de um microscópio óptico é igual ao comprimento de onda
da luz incidente no objeto a ser observado. Observando a célula representada na figura abaixo, e sabendo que o intervalo de frequências do
Médio

espectro de luz visível está compreendido entre 4,0 · 1014 Hz e 7,5 · 1014 Hz, a menor estrutura celular que se poderia observar nesse microscópio
de luz seria
(Se necessário, utilize c = 3 · 108 m/s.)

Mitocôndria Cloroplasto
a) o ribossomo.
1000 nm 2000 nm b) o retículo endoplasmático.
Retículo c) a mitocôndria.
Endoplasmático
420 nm d) o cloroplasto.
Ribossomo
25 nm

GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE


Adaptado de http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/ GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
celulas-conheca-a-historia-de-sua-descoberta-e-entenda-
QR Code.
sua-estrutura.htm. Acessado em 25/10/2016. 2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste ­módulo.

Cartão-resposta Movimentos e fenômenos ondulatórios

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E

2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E

3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E

4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E

5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E 26 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_01

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E 27 A B C D E

7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
448

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 448 31/08/2021 07:52:53


Neste módulo, vamos continuar os estudos so- Para que ocorra o fenômeno da difração de for-
bre os fenômenos ondulatórios, aprofundando os ma acentuada, é necessário que a ordem de gran-
conceitos de ressonância, princípio de Huygens, di- deza do obstáculo ou da fenda seja igual ou pouco
fração, interferência e polarização. menor que o comprimento da onda incidente.

Ressonância Escola Digital

O fenômeno da ressonância ocorre quando os


Fenda com
corpos recebem pulsos com uma frequência igual ordem de
(ou muito próxima) a de suas frequências naturais. grandeza O fenômeno
pouco menor da difração é
Todas as matérias compostas de moléculas, ou igual ao mais intenso
que possuem uma frequência natural de vibração, comprimento Frente B
quando recebem pulsos energéticos iguais as de sua de onda
mód. 02/15

02
frequência natural, armazenam a energia recebida,
fazendo com que as ondas tenham amplitudes de
oscilação cada vez maiores. Isso ocorre devido à su- Fenda
perposição de ondas, ou seja, pela soma da ampli-
tude de onda natural do corpo com a amplitude da
onda energética que causou a ressonância.

Fenômenos ondulatórios
Princípio de Huygens Fenda com
ordem de O fenômeno
O Princípio de Huygens, conceito aplicado para grandeza da difração

Designua/Shutterstock
ondas bidimensionais, diz que cada ponto de uma maior que o é menos
frente de onda pode ser comprimento intenso
de onda
considerado uma nova Frente de onda:
fonte de onda, forman- conjunto de pontos
do ondas secundárias atingidos simultanea-
que se propagam para mente pela mesma Fenda
além da região já atin- fase de uma onda.
gida pela onda original. Representação do fenômeno da difração para fendas de
diferentes tamanhos.
Dn Br/Shutterstock

Frente de

e acústica
onda plana Frente de As ondas sonoras possuem comprimento de
onda esférica onda que variam entre 2,0 cm e 20,0 m, enquanto
as ondas luminosas possuem comprimento de onda
t > t0 ; λ da ordem de 10 -7 m. Devido à condição da grandeza
dos obstáculos ou das fendas, é mais comum nossa
percepção da difração do som, uma vez que as on-
das luminosas necessitam de um obstáculo muito
pequeno.
Fonte
primária

FIS
t0 = 0

Fontes Fontes
secundárias secundárias

Representação do Princípio de Huygens nas ondas


bidimensionais.

Difração
O fenômeno da difração corresponde à capaci-
dade de as ondas contornarem obstáculos ou de se
espalharem após atravessar uma fenda.
A difração pode ser explicada pelo Princípio
de Huygens, quando obstáculos ou fendas se
tornam fontes de ondas secundárias ao serem
atingidos por uma frente de onda, alterando a
direção de propagação da onda primária.
SSS
EXT21_1_FIS_B_02

SS
SSS
SSS
SSS

Professor, é interessante destacar uma aplicação da ressonância no cotidiano. Explique aos alunos que o
SSS
SSS

forno de micro-ondas funciona por meio desse fenômeno, emitindo ondas eletromagnéticas na mesma fre- 449
SSSS

quência natural de oscilação das moléculas de água presentes nos alimentos. Com base nisso, as moléculas
SSSSSS

vibram e aumentam sua agitação, caracterizando o aumento da temperatura.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 449 31/08/2021 07:52:54


Interferência
O fenômeno da interferência é resultado da superposição de duas ou mais ondas em determinado ponto.
Quando os pulsos estão em concordância de fase, ocorre uma interferência construtiva, fazendo com que a amplitude resul-
tante da interferência seja a soma das amplitudes dos pulsos originais.
Entretanto, caso os pulsos estejam em oposição de fase, ocorre uma interferência destrutiva, e a amplitude no momento da
interferência será a diferença entre as amplitudes dos pulsos originais.

Representação da interferência entre ondas unidimensionais.


Devido ao fenômeno de independência das ondas, após a superposição, as ondas mantêm a forma e continuam a se propagar
FÍSICA • FRENTE B

como antes. Contudo, durante o intervalo de tempo em que as ondas estão superpostas, cada ponto do meio de propagação segue
o princípio da superposição. A interferência de ondas bidimensionais será estudada no tópico de fenômenos sonoros.

Quando ocorre inversão de fase entre pulsos idênticos e com deslocamentos verticais iguais, no momento da super-
posição, é gerada uma interferência destrutiva total. No momento da interferência destrutiva total, os efeitos que cada onda
produziria sobre a corda são anulados até que os pulsos ressurjam.

MMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMM

Polarização
O fenômeno da polarização ocorre somente com as ondas transversais, ou seja, aquelas em que a direção de vibração é
perpendicular à direção de propagação. Essas ondas podem vibrar em vários planos de vibração, mas os polarizadores podem
bloquear alguns deles, de forma que as ondas vibrem somente em uma direção, tornando a onda polarizada.
No caso das ondas longitudinais, a direção de vibração do meio já coincide com a direção de propagação da onda, não sendo
possível que essa onda seja polarizada.

Polarizador
(vertical)

Feixe de luz
Feixe de luz polarizado Ausência de
verticalmente luz
Fouad A. Saad/Shutterstock

Feixe de luz
não polarizado

Analisador

Representação de um feixe de luz polarizado entre os filtros polaroides.


EXT21_1_FIS_B_02

EXT21_1_FIS_B_02

Observe que na imagem são utilizados dois filtros polaroides, o polarizador e o analisador. O primeiro permite à luz que seja
polarizada, enquanto o segundo revela o fenômeno, uma vez que nós não distinguimos a luz natural da luz polarizada.
Os filtros polarizadores são muito utilizados em fotografias para eliminar reflexos ou melhorar a definição. Também podem
450

estar presentes em óculos de sol e óculos para visão 3D.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 450 31/08/2021 07:52:56


Objeto Digital

Ondas sonoras Qualidades


As ondas sonoras são classificadas como ondas mecânicas e longitudinais, produzi- fisiológicas
das por meio da vibração da matéria. Essa vibração provoca uma variação de pressão em do som
torno da fonte emissora, formando regiões de compressão e rarefação das moléculas. Nosso aparelho auditi-
Moléculas do ar Rarefação Compressão vo é capaz de distinguir algumas caracte-
Designua/Shutterstock rísticas das ondas sonoras, características
essas conhecidas como qualidades fisioló-
gicas do som, que são: a altura, a intensida-
de e o timbre.
A altura do som está relacionada
com a frequência da onda, permitindo-
-nos distinguir entre sons mais graves
(baixa frequência) e sons mais altos (alta
frequência).
Comprimento de onda Por exemplo, é comum que homens
tenham a voz mais grave, e as mulheres,
Amplitude a voz mais aguda. Isso ocorre porque
os homens costumam emitir sons entre
100 Hz e 200 Hz, enquanto as mulheres
Comprimento de onda emitem sons entre 200 Hz e 400 Hz.
A intensidade sonora está relacio-
Representação da onda sonora.
nada com a amplitude da onda, permi-
Ao atingirem as orelhas, as ondas sonoras fazem o tímpano vibrar, transmitindo tindo-nos distinguir entre sons fortes
impulsos elétricos ao cérebro e causando a sensação sonora. A faixa de frequência (ondas com grande amplitude) e sons

FÍSICA • FRENTE B
entre 20 Hz a 20 000 Hz é conhecida como som audível e possível de ser detectada fracos (ondas com baixa amplitude).
pelos seres humanos. As ondas mecânicas que estão na faixa inferior a 20 Hz são cha-
A intensidade sonora depende da po-
madas de infrassom, enquanto as ondas mecânicas acima de 20 000 Hz são chamadas tência da fonte e da superfície que a onda
de ultrassom. atinge, expressa matematicamente como:

Sons audíveis P

Vasyl Hubar; schankz; Martin Mecnarowski/Shutterstock


I= Unidade no SI: W/m2
s Ultra A
sson ssons
Infra
na qual P é a potência da fonte emisso-
Sons Sons ra (W) e A é a área da frente de onda (m2).
musicais desagradáveis Em geral, a mínima intensidade que
uma onda sonora deve ter para ser au-
0 Hz

20 Hz

5 000 Hz

20 000 Hz

dível aos ouvidos humanos é aproxima-


damente 10 -12 W/m², sendo o limiar de
audição. As intensidades sonoras que
excedem 1 W/m² causam efeitos doloro-
sos, sendo esse o limiar de dor.
Espectro sonoro. Experimentos revelaram que a ma-
As fontes sonoras são todos os dispositivos que produzem som em um meio ma- neira mais eficiente de medir o nível de
terial, ou seja, que produzem ondas sonoras com frequência entre 20 Hz e 20 000 Hz. intensidade sonora é por meio de uma
São consideradas fontes sonoras: cordas sonoras, membranas sonoras, tubos sono- escala logarítmica. Considerando I 0 o li-
ros e hastes sonoras. miar de audição 10 -12 W/m2 e I a intensi-
dade sonora, tem-se que a intensidade

Velocidade de propagação do som sonora pode ser calculada por:


I
Considerando que a onda sonora é uma onda mecânica, ela necessita de um meio   10  log  
para se propagar. De modo geral, as ondas sonoras propagam-se com maior velocida-  I0 
de nos meios sólidos e com menor velocidade nos meios gasosos.
Na qual b é a intensidade sonora me-
1
vsólidos > vlíquidos > vgases dida em decibel (dB), sendo 1 dB = bel.
10
O instrumento utilizado para medir a in-
O som se propaga com menor velocidade nos gases porque as moléculas encontram-
tensidade em decibel é o decibelímetro.
-se afastadas umas das outras, dificultando o choque entre elas e facilitando a propa-
gação da onda longitudinal de pressão. Já nos sólidos e nos líquidos, as moléculas estão O timbre de um som está relaciona-
mais próximas, fazendo com que a onda sonora se propague com maior velocidade. do com o formato da onda e nos permite
distinguir sons emitidos por fontes dife-
No entanto, a velocidade dessa propagação também vai depender
rentes, mas que possuem mesma altura
das características do meio, como a densidade e a temperatura. Para
e intensidade.
os fluidos (gases e líquidos), a tempe-
ratura tem influência direta sobre a ve- Por exemplo, uma nota dó produzida
locidade de propagação da por um piano soa diferente da mesma
onda sonora. Por exemplo, nota emitida por um violão. Ou quando
a velocidade do som no ar a uma pessoa imita a voz de outra, embo-
ra as vozes possam ser semelhantes por
EXT21_1_FIS_B_02

EXT21_1_FIS_B_02

Zheltyshev/Shutterstock

15 °C é de 340 m/s, e a 0 °C
é de 332 m/s. apresentarem a mesma altura e inten-
sidade, elas não são iguais porque não
têm o mesmo timbre, isto é, ondas com
451

o mesmo formato.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 451 31/08/2021 07:52:58


Fenômenos Refração
da fonte 1 e a uma distância d2 da fonte 2,
basta usar o esquema:
sonoros A refração do som ocorre quando a
onda sonora muda de meio de propaga- d  d2  d1  n  

2
As ondas sonoras possuem seus pró- ção, portanto, a onda sofre alteração de
prios fenômenos, como o eco, o reforço, a velocidade e comprimento, mas mantém ● A interferência será construtiva se
reverberação, a interferência e o batimen- sua frequência. n for um número par.
to. Veja mais detalhes sobre eles a seguir.
Difração sonora
Para n = 0, os pontos pertencem à

Reflexão
linha ventral V0; para n = 2, os pontos
A difração sonora é a propriedade pertencem à linha ventral V1; para n = 4,
sonora: reforço, da onda de contornar obstáculos posicio- os pontos pertencem à linha ventral v 2 , e

reverberação e eco nados entre a fonte sonora e o receptor, assim por diante.
mudando sua direção e sua intensidade. ● A interferência será destrutiva se
Para que nosso aparelho auditivo Considerando que a velocidade do n for um número ímpar.
seja capaz de distinguir dois sons, é ne- som no ar é vsom = 340 m/s e que o sis-
cessário que esses sons cheguem às Para n = 1, os pontos pertencem à li-
tema auditivo humano distingue sons nha nodal N1; para n = 3, os pontos per-
orelhas com uma diferença de tempo mí- entre 20 Hz e 20 000 Hz, o comprimento tencem à linha nodal N2 ; para n = 5, os
nima de 0,1s – intervalo conhecido como de onda do som no ar pode variar entre pontos pertencem à linha ventral N 3 , e
persistência auditiva. 1,7 cm e 17 m, sendo considerados, na assim por diante.
A reflexão do som, dependendo do prática, os valores de 2 cm e 20 m. Assim,
intervalo de tempo entre o som refletido para ocorrer a difração do som, os obs-
e a percepção pelo receptor, pode origi- táculos a serem contornados devem ter Observação
nar o reforço, a reverberação ou o eco do dimensões dessa ordem de grandeza. As condições anteriores são válidas para fonte
s em fase,
som emitido. Observe, na imagem a se- ou seja, que estejam em concordância na difere
guir, como ocorre a reflexão do som em Interferência caminho de meio período. Caso as ondas esteja
nça de
m fora
FÍSICA • FRENTE B

uma sala fechada. A interferência de ondas sonoras de fase, as seguintes condições são válidas:
segue o mesmo padrão teórico da inter-
Douglas Lopes

• A interferência será construtiva se n for um


ferência de ondas luminosas. Ela ocorre
número ímpar.
quando um ponto do meio recebe dois
ou mais sons provenientes de fontes dis- • A interferência será destrutiva se n for um
tintas ou de reflexões em superfícies. número par.
À medida que as ondas são produzi-

Batimento
das, ocorrem as seguintes possibilidades:
● Interferência construtiva – ponto
Quando duas ondas de frequências
em que uma crista encontra outra
ligeiramente diferentes se sobrepõem,
Representação da reflexão da onda sonora em crista ou que um vale se encontra
uma sala fechada. ou seja, sofrem interferência, pode-se
com outro vale. observar o fenômeno conhecido como
Caso o obstáculo refletor esteja mui- batimento. Observe, a seguir, a interfe-
● Interferência destrutiva – ponto em
to próximo do receptor e o som direto e rência de uma onda de frequência f1 com
que uma crista encontra um vale.
o som refletido cheguem aos ouvintes outra onda de frequência f2 .
em intervalo de tempo próximo a zero Observe a imagem a seguir, em que
(∆t ≈ 0), ocorrerá o que chamamos de re- as cristas são representadas pela linha
forço, isto é, o aumento da intensidade cheia, e os vales, posicionados no meio Onda de frequência f1
sonora, gerando a sensação de um som do caminho de duas cristas, são repre-
mais forte aos ouvidos dos receptores. sentados pela linha pontilhada.
Se o obstáculo refletor estiver mais F1 F2 Onda de frequência f2
afastado e o intervalo de tempo for
Dt < 0,1, mas não desprezível, percebe-
-se um prolongamento da sensação so-
nora, caracterizando a reverberação. N4 N4 Ondas superpostas
Nesse caso, o som refletido chega aos V3
V3
ouvidos antes de o som direto ter se ex- N3 N3
tinguido, dando a impressão de um som V2 N V2
2 V1 N1 V0 N1 V1 N2 Batimentos
prolongado.
Quando os sons chegam aos ouvin- À medida que as ondas vão aumentando, criam­-
tes em um intervalo de tempo maior que -se linhas ventrais (construtivas) e linhas nodais
(destrutivas).
0,1s, ocorre o eco. Nesse caso, quando o
Com as ondas em propagação e so-
som refletido chega aos ouvidos, o som Interferência de ondas com frequências
frendo interferência, ocorre a formação
direto já se extinguiu, possibilitando ao diferentes – batimentos.
de linhas radiais no padrão de interfe-
ouvinte diferenciar os dois sons. A condi- A frequência dos batimentos pode
rência: construtiva (linhas ventrais) e
ção para que ocorra eco é que a distância ser obtida por meio da diferença entre as
destrutiva (linhas nodais).
mínima entre o receptor e o obstáculo frequências:
refletor seja maior que 17 m no ar. Para saber se ocorrerá uma interfe-
rência construtiva ou destrutiva em um
determinado ponto P, a uma distância d1 fB  f2  f1
Kostenyukova Nataliya/Shutterstock

EXT21_1_FIS_B_02

Os ouvidos humanos conseguem dis-


tinguir batimentos até uma frequência
de 7 Hz, aproximadamente.
452

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 452 31/08/2021 07:52:59


FIXAR
Ressonância
Difração
Fenômenos ondulatórios Interferência
Polarização

Reforço
Qualidades fisiológicas do som Reverberação
Fenômenos sonoros Eco
Altura
Interferência
Intensidade
Batimento
Timbre

FÍSICA • FRENTE B
L
LL
LLL
LL L
LLL

Onda mecânica,
LLLLLLLLLLLLLL

longitudinal e que
possui velocidade de
propagação tal que:
Ondas sonoras vsólidos > vlíquidos > vgases.

Interação
Como a poluição sonora influencia até na obesidade decibelímetro em seu celular e faça as medições dos locais que você
costuma frequentar, principalmente nos que você passa muitas horas,
1. A poluição sonora é um problema mais grave do que pode como sua casa e a sala de aula. Não se esqueça de medir também os fones
parecer. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece de ouvido. Depois, preencha a tabela abaixo com os valores encontrados.
que barulho é um tema sério, pois a poluição sonora afeta
Tempo de Nível sonoro con-
diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas. Ambiente
exposição tínuo
Em um relatório recente, a organização estipulou recomendações de
níveis máximos de barulho em locais públicos como forma de combater
doenças decorrentes da influência do estresse sonoro. Um dos documen-
tos que serviram de base às recomendações associa o excesso de ruído a
doenças metabólicas e cardiovasculares, déficits cognitivos em crianças,
zumbidos nos ouvidos, distúrbios do sono, danos ao aparelho auditivo e
até mesmo à obesidade.
[...]
WENTZEL, M. Como a poluição sonora influencia até na obesidade.
BBC News Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/
geral-46040219. Acesso em: 15 jul. 2020. Adaptado.

Conforme apresentado no texto, devido ao problema de poluição sonora,


vários estados e municípios têm suas próprias leis para combater o problema,
mas como a população pode se proteger? Após preencher a tabela, pesquise o nível de intensidade sonora e o tempo
É de grande importância conhecer as de exposição recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
consequências danosas que a poluição em diferentes situações, para preservar a saúde humana.
sonora pode causar, mas também é a) Cite algumas alternativas possíveis para solucionar ou diminuir a
fundamental saber como medir o nível exposição a altos níveis sonoros.
sonoro do local em que você está para
então tomar as devidas providências.
Com um smartphone é possível
CCCCCC

acessar aplicativos que exercem


a mesma função de um decibelí- b) Estabeleça uma correlação entre o uso contínuo de fones de ouvido
CCCCC
EXT21_1_FIS_B_02

metro. Esses programas utilizam e o tema discutido nesta atividade.


CCC
EXT21_1_FIS_B_02

CCCC

o microfone do celular para medir


CCC
CCC

CC
CC ruídos próximos e sua precisão de-
pende da qualidade do microfone.
Sabendo disso, realize o do-
453

wnload de um aplicativo de

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 453 31/08/2021 07:53:00


Sistematização 5. C1:H1 Sabendo que o som se propaga no ar com velocidade
de 340 m/s, calcule a distância mínima entre uma parede e
1. C1:H1 Na figura abaixo, observa-se o fenômeno da difração uma pessoa para que esta escute o eco da sua própria voz.
em duas situações distintas. Na primeira, a difração apresenta
menor intensidade do que na segunda. Explique por que isso
acontece.

6. C1:H1 Suponha que para regressar a casa uma pessoa tenha


que passar, todos os dias e em horário de pico, pela avenida
Paulista, em São Paulo, momento em que o ruído apresenta
intensidade de 10-3 W/m². Calcule o nível sonoro a que essa
pessoa está exposta todos os dias.

2. C1:H1 Nas guitarras elétricas, os amplificadores são os respon-


sáveis pelo aumento da intensidade do som e, sem eles, o som
das cordas seria quase inaudível. Na versão acústica, como no
caso do violão, o amplificador é a caixa acústica do instrumen-
to, também conhecida como caixa de ressonância, não sendo
FÍSICA • FRENTE B

necessário um amplificador elétrico. Explique como é possível aumentar


a intensidade do som nas versões acústicas.
caixa acústica 7. C1:H1 Dois alto-falantes estão posicionados a uma distância de
3 m um do outro e estão em fase. Um ouvinte se posiciona a uma
distância de 4 m à frente de uma das fontes. Calcule a frequência
do som escutado, sabendo que n = 2 naquele ponto.

NotionPic/Shutterstock

3. C1:H1 Sabendo que uma onda possui vários planos de vibra-


ção, é possível uma onda não polarizada ser 100% absorvida
usando apenas um filtro polarizador? Explique.

4. C1:H1 O ouvido humano consegue detectar sons com fre-


quências de 20 Hz a 20 000 Hz. Se a velocidade do som no ar
é de 340 m/s e na água é de 1 530 m/s, um som emitido com
um comprimento de onda igual a 30 m será audível tanto no 8. C1:H1 Quando ouvimos um som cuja intensidade incomoda
ar como na água? Explique. a audição, é comum escutarmos a frase “abaixa o volume, o
som está muito alto”. Conceitualmente, há um erro nessa frase.
Escreva e explique qual é o conceito.
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9. C1:H1 Um terremoto produz ondas mecânicas, chamadas Enem e vestibulares
ondas sísmicas, que podem ser de vários tipos. As ondas pri-
márias são as que chegam primeiro e causam menos estragos. 1. C1:H1 (Enem-2015) Ao ouvir uma flauta e um piano emitindo
Ao compreendermos as diversas características dessas ondas, a mesma nota musical, consegue-se diferenciar esses instru-
podemos criar sistemas de alarme de terremotos que podem

Fácil
mentos um do outro.
salvar milhões de pessoas. Uma onda sísmica foi detectada pelo sismógrafo
Essa diferenciação se deve principalmente ao(a)
e está representada na figura abaixo:
deslocamento (µm) a) intensidade sonora do som de cada instrumento musical.
2 b) potência sonora do som emitido pelos diferentes instrumentos musicais.
c) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada ins-
trumento musical.
d) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de cada ins-
0 62,5 125 tempo trumento sejam diferentes.
(10-3s) e) altura do som, que possui diferentes frequências para diferentes
instrumentos musicais.
-2
2. C1:H1 (UECE-2018) No ouvido, para a chegada de informações
sonoras ao cérebro, o som se propaga, de modo simplificado,
Sabemos que diferentes seres vivos conseguem detectar ondas mecânicas

Fácil
por três meios consecutivos: o ar, no ouvido médio, um meio
em distintas faixas de frequência, como mostra a tabela.
sólido (os ossos martelo, bigorna e estribo) e um meio líquido,
Seres vivos Faixas de frequências audíveis no interior da cóclea. Ao longo desse percurso, as ondas so-
noras têm
Pombo 0,1 Hz – 20 000 Hz
a) mudança de frequência de um meio para o outro.
Cachorro 15 Hz – 45 000 Hz
b) manutenção da amplitude entre os meios.
Ser humano 20 Hz – 20 000 Hz c) mudança de velocidade de propagação de um meio para o outro.
Elefante 16 Hz – 12 000 Hz d) manutenção na forma de onda e na frequência entre os meios.

FÍSICA • FRENTE B
Morcego 10 300 Hz – 114 000 Hz 3. C1:H1 (EEAR-2019) Um adolescente de 12 anos, percebendo
Fácil alterações em sua voz, comunicou à sua mãe a situação ob-
Quais seres vivos serão capazes de detectar essa onda sísmica? servada com certa regularidade. Em determinados momentos
apresentava tom de voz fina, em outros momentos tom de
voz grossa. A questão relatada pelo adolescente refere-se a
uma qualidade do som denominada:
a) altura.
b) timbre.
c) velocidade.
d) intensidade.
4. C1:H1 (IMED-2018) Um brinquedo conhecido pela maioria das
crianças é aquele que, com a adição de um pouco de sabão
Fácil

10. C1:H1 As notas musicais correspondem a diferentes frequên- em pó ou líquido, permite a produção de bolhas de sabão.
cias, conforme mostrado na tabela a seguir. Um fenômeno físico que chama a atenção é a mudança de
coloração que ocorre nessas bolhas quando vistas de posições
diferentes. Esse mesmo fenômeno também é visível em dias de chuva
Nota Frequência
quando uma fina camada de óleo fica sobre a pista.
Dó 264 Hz A respeito do descrito, analise as proposições abaixo:
Ré 297 Hz I. Esse efeito visual é causado predominantemente por fenômenos térmicos.
II. O fenômeno que explica essa situação é conhecido como interferência
Mi 330 Hz
(superposição) ondulatória.
Fá 352 Hz III. É o nosso olho que se altera para poder ver as cores de forma diferente.
Sol 396 Hz IV. O fenômeno ondulatório que explica a mudança da coloração da bolha,
onde as cores vistas podem ser classificadas com ondas eletromagné-
Lá 440 Hz
ticas, também pode ocorrer para ondas mecânicas.
Si 495 Hz Marque a alternativa que contém a(s) proposição(ões) CORRETA(S):
a) Apenas a I está correta.
A frequência de vibração de uma corda é dada pela expressão b) Apenas a II está correta.
1 T c) Apenas a alternativa IV está correta.
f=  ,
2 L  d) Apenas II e III estão corretas.
em que T é a força de tração na corda, L é seu comprimento e µ, a densidade e) Apenas II e IV estão corretas.
linear da corda. Suponha que um violinista deseje afinar a corda de um
5. C1:H1 (EEAR-2018) Um professor de música esbraveja com
violão utilizando a nota Lá. Considerando que o comprimento da corda é
seu discípulo:
de 80 cm e que a massa é de 400 mg, qual deve ser a força de tração que
Fácil

ele deve submeter a corda ao aparafusar a tarraxa do instrumento? “Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical emitida
por uma viola e por um violino!”.
A qualidade do som que permite essa distinção à que se refere o professor é a(o)
a) altura.
b) timbre.
c) intensidade.
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d) velocidade de propagação.
455

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6. C2:H6 (Enem-2016) Um experimento para comprovar a natu- 9. C1:H1 (Enem-2017) Ao sintonizar uma estação de rádio AM,
reza ondulatória da radiação de micro-ondas foi realizado da o ouvinte está selecionando apenas uma dentre as inúmeras

Médio
Fácil

seguinte forma: anotou-se a frequência de operação de um ondas que chegam à antena receptora do aparelho. Essa se-
forno de micro-ondas e, em seguida, retirou-se sua plataforma leção acontece em razão da ressonância do circuito receptor
giratória. No seu lugar, colocou-se uma travessa refratária com com a onda que se propaga.
uma camada grossa de manteiga. Depois disso, o forno foi ligado por alguns O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual característica
segundos. Ao se retirar a travessa refratária do forno, observou-se que havia da onda?
três pontos de manteiga derretida alinhados sobre toda a travessa. Parte a) Amplitude. d) Intensidade.
da onda estacionária gerada no interior do forno é ilustrada na figura.
b) Polarização. e) Velocidade.
I II III IV V
c) Frequência.
10. C5:H17 (Enem-2016) A Figura 1 apresenta o gráfico da inten-
sidade, em decibéis (dB) da onda sonora emitida por um al-

Médio
to-falante, que está em repouso, e medida por um microfone
em função da frequência da onda para diferentes distâncias:
3 mm, 25 mm, 51 mm e 60 mm, e A Figura 2 apresenta um
diagrama com a indicação das diversas faixas do espectro de frequência
sonora para o modelo de alto-falante utilizado neste experimento.
De acordo com a figura, que posições correspondem a dois pontos con-
Figura 1
secutivos da manteiga derretida?
Resposta de Frequência
a) I e III. d) II e IV.
+20
b) I e V. e) II e V.
3 mm
c) II e III.
+10
25 mm
7. C5:H17 (Enem-2017) Em uma linha de transmissão de infor-
51 mm
mações por fibra óptica, quando um sinal diminui sua inten- 0
Fácil

sidade para valores inferiores a 10 dB, este precisa ser


60 mm
retransmitido. No entanto, intensidades superiores a 100 dB
FÍSICA • FRENTE B

não podem ser transmitidas adequadamente. A figura apre- -10


senta como se dá a perda de sinal (perda óptica) para diferentes compri-
mentos de onda para certo tipo de fibra óptica.
-20
6 2 3 4 5 67 89 2 3 4 5 6 789
20 50 100 1 000 10 000 20 000
5 Hz
Pedra óptica (dB/km)

Disponível em: www.balera.com.br. Acesso em: 8 fev. 2015.


4
Figura 2
3 Faixas do espectro de frequência sonora

2 Média Média
Subgrave Grave Média Aguda
1 baixa alta
20 Hz

63 Hz

250 Hz

640 Hz

2,5 Hz

5 Hz

20 Hz
0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8
Comprimento de onda (µm) Disponível em: www.somsc.com.br. Acesso em: 2 abr. 2015.
Atenuação e limites das fibras ópticas. Disponível em: www.
gta.ufrj.br. Acesso em: 25 maio 2017 (adaptado). Relacionando as informações presentes nas figuras 1 e 2, como a intensi-
dade sonora percebida é afetada pelo aumento da distância do microfone
Qual é a máxima distância, em km, que um sinal pode ser enviado nessa ao alto-falante?
fibra sem ser necessária uma retransmissão? a) Aumenta na faixa das frequências médias.
a) 6. d) 90.
b) Diminui na faixa das frequências agudas.
b) 18. e) 100.
c) Diminui na faixa das frequências graves.
c) 60.
d) Aumenta na faixa das frequências médias altas.
8. C5:H17 (Enem-2018) Alguns modelos mais modernos de fones e) Aumenta na faixa das frequências médias baixas.
de ouvido contam com uma fonte de energia elétrica para
Médio

poderem funcionar. Esses novos fones têm um recurso deno- 11. C1:H1 (UFRGS-2018) A figura I, abaixo, representa esquema-
minado “Cancelador de Ruídos Ativo”, constituído de um cir- ticamente o experimento de Young. A luz emitida pela fonte
Médio

cuito eletrônico que gera um sinal sonoro semelhante ao sinal F, ao passar por dois orifícios, dá origem a duas fontes de luz
externo de frequência fixa. No entanto, para que o cancelamento seja F1 e F2 idênticas, produzindo um padrão de interferência no
realizado, o sinal sonoro produzido pelo circuito precisa apresentar simul- anteparo A. São franjas de interferência, compostas de faixas
taneamente características específicas bem determinadas. claras e escuras, decorrentes da superposição de ondas que chegam ao
Quais são as características do sinal gerado pelo circuito desse tipo de anteparo.
fone de ouvido? A
a) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 90° em relação ao sinal externo.
b) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 180° em relação ao sinal externo.
F1
c) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 45° em relação ao sinal externo.
F
d) Sinal de amplitude maior, mesma frequência e diferença de fase igual
a 90° em relação ao sinal externo. F2
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e) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e mesma fase do


sinal externo.
456

Figura I

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A figura II, abaixo, representa dois raios de luz que atingem o anteparo no 14. C2:H6 (ITA-2020) O som produzido pelo alto-falante F (fonte)
ponto P. A onda oriunda do orifício F1 percorre uma distância maior que a ilustrado na figura tem frequência de 10 kHz e chega a um

Médio
onda proveniente do orifício F2. A diferença entre as duas distâncias é DL. microfone M através de dois caminhos diferentes. As ondas
A sonoras viajam simultaneamente pelo tubo esquerdo FXM,
de comprimento fixo, e pelo tubo direito FYM, cujo compri-
mento pode ser alterado movendo-se a seção deslizante (tal qual um
trombone). As ondas sonoras que viajam pelos dois caminhos interferem-se
em M. Quando a seção deslizante do caminho FYM é puxada para fora por
F1 DL 0,025 m, a intensidade sonora detectada pelo microfone passa de um
máximo para um mínimo.
q
O
q
Fonte
F2
Parte
F deslizante
P

Figura II X Y

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado


abaixo, na ordem em que aparecem. M
Se, no ponto P, há uma franja escura, a diferença DL deve ser igual a um
número __________ de comprimentos de onda. Microfone
No ponto central O, forma-se uma franja __________ decorrente da inter-
ferência __________ das ondas.
a) inteiro − escura − destrutiva Assinale o módulo da velocidade do som no interior do tubo.
b) inteiro − escura − construtiva a) 5,0 · 10² m/s.
c) inteiro − clara − construtiva b) 2,5 · 10² m/s.

FÍSICA • FRENTE B
d) semi-inteiro − escura − destrutiva c) 1,0 · 10³ m/s.
e) semi-inteiro − clara – construtiva d) 2,0 · 10³ m/s.
12. C1:H1 (EM-2018) Analise a figura abaixo. e) 3,4 · 10² m/s.
anteparo plano,
15. C1:H1 (UFRGS-2019) Considere as afirmações abaixo, sobre o
Médio

opaco, absorvente
fenômeno da difração.
Médio

I. A difração é um fenômeno ondulatório que ocorre apenas com ondas


sonoras.
d II. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto
mais acentuada quanto menor for a largura da fenda.
III. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto
mais acentuada quanto maior for o comprimento de onda da onda.
Quais estão corretas?
ondas planas a) Apenas I.
b) Apenas II.
Considere duas ondas planas, uma de luz visível e outra de som audível, c) Apenas I e III.
oscilando com comprimento de onda iguais a λL = 10-4 cm e λS = 1,7 cm,
respectivamente. No mesmo instante, ambas incidem perpendicularmente d) Apenas II e III.
sobre um mesmo lado do anteparo plano, opaco e bom absorvente acústico e) I, II e III.
mostrado na figura acima. Atravessando o orifício circular de diâmetro d
16. C1:H1 (FGV-2017) As figuras a seguir representam uma foto e
pode-se afirmar que, na região do outro lado do anteparo:
um esquema em que F1 e F2 são fontes de frentes de ondas
Médio

a) apenas a onda sonora pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à mecânicas planas, coerentes e em fase, oscilando com a fre-
difração. quência de 4,0 Hz. As ondas produzidas propagam-se a uma
b) apenas a onda luminosa pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D > 2,8 m e que P é um
à refração. ponto vibrante de máxima amplitude.
c) a propagação das duas ondas é aproximadamente retilínea se d >> 1,7 cm.
d) a propagação das duas ondas é aproximadamente esférica se d >> 1,7 cm. P
e) nenhuma das ondas pode ser plana.
13. C1:H1 (UFPR-2016) Foram geradas duas ondas sonoras em um D
determinado ambiente, com frequências f1 e f2. Sabe-se que
2,8 m
Médio

a frequência f2 era de 88 Hz. Percebeu-se que essas duas ondas


estavam interferindo entre si, provocando o fenômeno acús-
tico denominado “batimento”, cuja frequência era de 4 Hz.
Com o uso de instrumentos adequados, verificou-se que o comprimento F1
de onda para a frequência f2 era maior que o comprimento de onda para F2
a frequência f1. Com base nessas informações, assinale a alternativa que
apresenta a frequência f1.
a) 22 Hz. educação.com.br
b) 46 Hz. Nessas condições, o menor valor de D deve ser
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c) 84 Hz. a) 2,9 m. d) 3,2 m.


d) 92 Hz. b) 3,0 m. e) 3,3 m.
e) 352 Hz.
457

c) 3,1 m.

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17. C1:H1 (Enem-2017) O debate a respeito da natureza da luz per- 19. C1:H1 (UFRGS-2015) Assinale a alternativa que preenche
durou por séculos, oscilando entre a teoria corpuscular e a teoria corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em
Difícil

Difícil
ondulatória. No início do século XIX, Thomas Young, com a fina- que aparecem.
lidade de auxiliar na discussão, realizou o experimento apresen- A luz é uma onda eletromagnética formada por campos elétri-
tado de forma simplificada na figura. Nele, um feixe de luz cos e magnéticos que variam no tempo e no espaço e que, no vácuo, são
monocromático passa por dois anteparos com fendas muito pequenas. No ________ entre si. Em um feixe de luz polarizada, a direção da polarização
primeiro anteparo há uma fenda e no segundo, duas fendas. Após passar pelo é definida como a direção ________ da onda.
segundo conjunto de fendas, a luz forma um padrão com franjas claras e a) paralelos - do campo elétrico
escuras.
b) paralelos - do campo magnético
c) perpendiculares - de propagação
d) perpendiculares - do campo elétrico
e) perpendiculares - do campo magnético
Franjas 20. C1:H1 (Unesp-2018) Define-se a intensidade de uma onda (I)
claras como potência transmitida por unidade de área disposta

Difícil
Fenda perpendicularmente à direção de propagação da onda. Porém,
simples Fenda essa definição não é adequada para medir nossa percepção
Luz monocromática
dupla de sons, pois nosso sistema auditivo não responde de forma
Franjas
escuras linear à intensidade das ondas incidentes, mas de forma logarítmica.
I
Define-se, então, nível sonoro (b) como   10 log , sendo b dado em
decibel (dB) e I = 10-12 W/m². I0
0

Supondo que uma pessoa, posicionada de forma que a área de 6,0 · 10-5 m²
Anteparo de um de seus tímpanos esteja perpendicular à direção de propagação da
SILVA, F. W. O. A evolução da teoria ondulatória da luz e os livros didáticos. Revista
onda, ouça um som contínuo de nível sonoro igual a 60 dB durante 5,0 s, a
Brasileira de Ensino de Física, n. 1, 2007 (adaptado). quantidade de energia que atingiu seu tímpano nesse intervalo de tempo foi
a) 1,8 · 10-8 J.
Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para uma
FÍSICA • FRENTE B

interpretação a respeito da natureza da luz, baseada em uma teoria b) 3,0 · 10-12 J.


a) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer c) 3,0 · 10-10 J.
dispersão e refração. d) 1,8 · 10-14 J.
b) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer e) 6,0 · 10-9 J.
dispersão e reflexão.
21. C3:H10 (Unioeste-2018) O Conselho Nacional de Trânsito
c) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
(CONTRAN) recentemente alterou a resolução que regulamen-
difração e polarização.
Difícil

tava o valor do nível sonoro permitido que poderia ser emitido


d) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer por um veículo automotor. A norma antiga, no seu artigo
interferência e reflexão. primeiro, diz o seguinte:
e) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer “A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que pro-
difração e interferência. duza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em
nível sonoro não superior a 80 decibéis, medido a 7 metros de distância
18. C1:H1 (Enem-2015) Certos tipos de superfícies na natureza
do veículo” (BRASIL, 2006).
podem refletir luz de forma a gerar um efeito de arco-íris. Essa
Considerando-se um alto-falante como uma fonte pontual e isotrópica de
Difícil

característica é conhecida como iridescência e ocorre por


causa do fenômeno da interferência de película fina. A figura som, que emite ondas sonoras esféricas, assinale a alternativa CORRETA
ilustra o esquema de uma fina camada iridescente de óleo que indica a potência mínima que ele deve possuir para produzir um nível
sobre uma poça d’água. Parte do feixe de luz branca incidente (1) reflete sonoro de 80 decibéis a 7 metros de distância.
na interface ar/óleo e sofre inversão de fase (2), o que equivale a uma Dados: Limiar de audibilidade I0 = 10-12 W/m² e π = 3.
mudança de meio comprimento de onda. A parte refratada do feixe (3) Fonte: BRASIL, Min. das Cidades. CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
incide na interface óleo/água e sofre reflexão sem inversão de fase (4). O Resolução n° 204, de 20-10-2006 regulamenta o volume e a frequência dos sons
observador indicado enxergará aquela região do filme com coloração produzidos por equipamentos utilizados em veículos. p. 1-4, out. 2006.
equivalente à do comprimento de onda que sofre interferência completa-
mente construtiva entre os raios (2) e (5), mas essa condição só é possível a) 5,88 · 10-2 W.
para uma espessura mínima da película. Considere que o caminho percor- b) 11,76 · 10-2 W.
rido em (3) e (4) corresponde ao dobro da espessura E da película de óleo.
c) 2,94 · 10-2 W.
d) 3,14 · 10-2 W.
Esses raios produzem a e) 5,60 · 10-2 W.
interferência observada
22. C1:H1 (EM-2017) Analise a figura abaixo.
1 2
Difícil

5
interface ar/óleo
d d d
camada fina de óleo 3 4 E
F1 F2 F3 F4 P x
água A figura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais (F1, F2, F3 e F4), isotrópi-
cas, uniformemente espaçadas de d = 0,2 m, ao longo do eixo x. Um ponto
Disponível em: http://2011.igem.org. Acesso em: 18 nov. 2014 (adaptado). P também é mostrado sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emitem
ondas sonoras na frequência de 825 Hz, com mesma amplitude A e mesma
Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura mínima
velocidade de propagação, 330 m/s. Suponha que, quando as ondas se
é igual a
propagam até P, suas amplitudes se mantêm praticamente constantes.
λ
a) . d) λ. Sendo assim a amplitude da onda resultante no ponto P é
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4
e) 2λ. a) Zero. d) A.
λ b) A/4. e) 2A.
b) .
2
c) A/2.
458


c) .
4

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23. C5:H17 (FATEC-2019) No curso de “Big Data no Agronegócio” d) O alto-falante E emite ondas sonoras que apresentam um lapso de
Difícil da FATEC, o aluno estuda sobre eletrônica, circuitos eletrônicos tempo em relação às emitidas pelo alto-falante D, provocando o
e suas propriedades, tais como ondas que podem ser regis- fenômeno de reverberação.
tradas em um osciloscópio. e) O alto-falante E emite ondas sonoras em oposição de fase às emitidas
A figura representa duas dessas ondas que se propagam em sentidos pelo alto-falante D, provocando o fenômeno de interferência destrutiva
opostos e com mesma velocidade de módulo 2 · 10-6 m/s. nos pontos equidistantes aos alto-falantes.
(volt) 25. C1:H1 (Enem-2017) O trombone de Quincke é um dispositivo
3 V1 V2 experimental utilizado para demonstrar o fenômeno da inter-

Difícil
2 ferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras
1 de determinada frequência na entrada do dispositivo. Essas
0 (× 10-6 m) ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e se en-
2 4 6 8 10 contram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se posiciona um detector.
-1
-2 O trajeto ADC pode ser aumentado pelo deslocamento dessa parte do
-3 dispositivo. Com o trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso
Legenda: na saída. Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até
que ele fique como mostrado na figura, a intensidade do som na saída fica
1s Onda 1 Onda 2
praticamente nula. Desta forma, conhecida a velocidade do som no interior
do tubo (320 m/s), é possível determinar o valor da frequência do som
Considerando a situação apresentada pela figura no instante t = 0, podemos
produzido pela fonte.
afirmar que, após
40 cm 30 cm
a) 1 segundo a superposição das ondas 1 e 2 apresenta uma nova onda
com amplitude de 1 volt.
b) 1 segundo ocorre uma interferência destrutiva total.
Fonte sonora
c) o cruzamento das ondas, a onda 2 é completamente amortecida.
d) o cruzamento das ondas, a amplitude da onda 2 fica maior que a da Entrada do som
onda 1.
e) o cruzamento das ondas, a frequência da onda 1 fica maior que a

FÍSICA • FRENTE B
da onda 2.
D E
24. C2:H6 (Enem-2018) Nos manuais de instalação de equipamen-
tos de som há o alerta aos usuários para que observem a
Difícil

correta polaridade dos fios ao realizarem as conexões das


caixas de som. As figuras ilustram o esquema de conexão das
caixas de som de um equipamento de som mono, no qual os Saída de som
alto-falantes emitem as mesmas ondas. No primeiro caso, a ligação obedece
às especificações do fabricante e no segundo mostra uma ligação na qual Detector
a polaridade está invertida.
Polaridade correta Polaridade invertida O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte sonora é
Saídas do equipamendo de som Saídas do equipamendo de som a) 3 200.
b) 1 600.
E D E D
c) 800.
d) 640.
e) 400.

E D E D

Caixa de som Caixa de som Caixa de som Caixa de som


O que ocorre com os alto-falantes E e D se forem conectados de acordo
com o segundo esquema?
a) O alto-falante E funciona normalmente e o D entra em curto-circuito
e não emite som.
GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
b) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências ligeiramente GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
diferentes do alto-falante D, provocando o fenômeno de batimento. QR Code.
2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
c) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências e fases diferentes
3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
do alto-falante D, provocando o fenômeno conhecido como ruído.
deste ­módulo.

Cartão-resposta Fenômenos ondulatórios e acústica

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_02

EXT21_1_FIS_B_02

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
459

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Neste módulo, vamos aprender o que são ondas estacionárias e entender como funcionam os
instrumentos com base em cordas sonoras e tubos sonoros. Por fim, vamos conhecer e discutir os
fundamentos do efeito Doppler.

Escola Digital
Ondas estacionárias
Como visto anteriormente, a propagação de ondas sonoras tem origem mecânica, ou seja, se deri-
vam de deformações em um meio elástico e, portanto, não se propagam no vácuo.
A propagação dessas ondas e suas reflexões determinam a formação do que chamamos ondas es-
tacionárias. Como efeito, as ondas estacionárias que se propagam no ar ou em outro meio provocam
Frente B regiões em que há compressão e rarefação, dando origem a ondas sonoras.
mód. 03/15 Onda incidente

03

Onda refletida
Representação de uma onda incidente (linha sólida) em
interferência com uma onda refletida (linha tracejada) em uma
corda fixa em suas extremidades.
Em algumas situações, como o caso de uma corda fixa em suas extremidades, há superposição
das ondas incidentes com as ondas que foram refletidas, provocando interferência construtiva em
algumas regiões e destrutiva em outras. Os pontos em que ocorrem o fenômeno de interferência
destrutiva permanecem fixos e são chamados de nós (N); os pontos em que ocorrem interferência
construtiva vibram com amplitude máxima e são chamados ventres (V).
λ/2
V V V
Ondas sonoras e
efeito Doppler

N N N N

Representação da formação de uma onda estacionária.


A região que compreende dois nós consecutivos é chamada de fuso e a distância entre eles correspon-

de a meio comprimento de onda   . Os nós e os ventres mantêm suas posições impedindo a transferên-
2
cia de energia ao longo da corda. Portanto, a energia fica estacionária entre os nós, não se propagando.
FIS

Nesse contexto, a emissão sonora e a música constituem os melhores exemplos associados à pro-
pagação de ondas sonoras. O processo de execução de uma música envolve diversos instrumentos
musicais que são classificados de acordo com a natureza de vibração da fonte sonora, podendo ser:
● instrumentos de corda;

tommaso79/Shutterstock
● instrumentos de percussão;
● instrumentos de sopro.
Nos instrumentos de corda a fonte sonora é a vibração
que se produz quando uma corda tensionada é perturbada.
Pelo fenômeno de ressonância, a frequência de vibração das
cordas é transmitida ao ar, fazendo com que suas partículas
constituintes vibrem nossos tímpanos, produzindo a sensa-
ção auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em cor- O piano é considerado um instrumento
de corda. Ele possui cordas metálicas com
das sonoras são: berimbau, violão, cavaquinho, piano, entre diferentes comprimentos e densidades que,
outros. por meio das teclas, são percutidas por
pequenos martelos.
Os instrumentos de percussão são aqueles em que o
som é obtido através da agitação, do impacto ou da raspagem com auxílio de objetos, geralmente
baquetas. O som se produz quando a frequência de vibração de uma membrana ou, em geral, de todo
o instrumento, é transmitida ao ar e, pelo fenômeno de ressonância, essa vibração se propaga até
nossos tímpanos, gerando a sensação auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em percussão são: pandeiro, chocalho, bateria,
sino, entre outros.
Nos instrumentos de sopro, diferentemente dos instrumentos de corda e percussão, a vibração
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

do próprio ar que ocorre dentro deles é que chega aos nossos tímpanos, gerando a sensação auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em sopro são: flauta, saxofone, trombone, entre
460 outros.

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Cordas sonoras
Então, a frequência de vibração para o primeiro harmô-
nico é:
Considere uma corda de massa m e comprimento L, com
m v
densidade linear   , presa em suas extremidades e sub- f1 
L 2  L 
metida a uma força de tração T.
Já para o segundo harmônico, a onda tem como caracte-
L
T T rística três nós e dois ventres.
m N N N
V V
Corda sob força de tração.

Ao se provocar vibrações nessa corda, as ondas se pro-


T
pagam a uma velocidade v  e, devido à reflexão dessas

ondas nas extremidades, ocorre nesses pontos a formação
Segundo harmônico para uma corda vibrante.
de ondas estacionárias com nós.
A formação desses nós em cada uma das extremidades Assim, o comprimento de onda para o segundo harmô-
restringe os comprimentos de onda daquelas que formam nico é:
as ondas estacionárias, valendo a seguinte equação:
l2 = L
2 L
n  (n  1, 2, 3,...)
n Já a frequência de vibração para o segundo harmônico
O modo mais simples de vibração de uma onda estacio- pode ser encontrada por meio da equação a seguir.
nária formada em uma corda vibrante é chamado primeiro

FÍSICA • FRENTE B
harmônico, em que a corda vibra com menor valor de fre- v
f2   
quência de ressonância, chamado som fundamental. L 
N N
V É possível concluir, então, que a n-ésima frequência de
vibração pode ser encontrada pela seguinte equação:

n v
fn   
2 L 

Primeiro harmônico para uma corda vibrante. Podemos relacionar também a frequência de vibração
De acordo com a figura, o primeiro harmônico possui dois fundamental com os próximos modos de vibração por meio
nós e um ventre, de modo que seu comprimento de onda será: da expressão:

1 fn  n  f1 (n  1, 2, 3,...),
L  1  2 L
2
Lembrando que a velocidade de propagação de uma onda na qual fn é a frequência da n-ésima vibração (Hz), v é a
sonora é dada pela equação fundamental da ondulatória: velocidade de vibração do pulso (m/s), e L é o comprimento
da corda vibrante (m).
v  f

A música tem relação com a Física?


A resposta é sim! Nem sempre conseguimos estabe-
lecer essa relação ao ouvirmos uma melodia ou o som
de um instrumento. Veja o exemplo de como a física se
aplica no som de uma guitarra por meio da densidade, da
tração e do comprimento da corda.
Por meio da equação fundamental da ondulatória é
possível estabelecer a relação de que a frequência funda-
mental emitida por uma corda é inversamente proporcio-
nal ao seu comprimento.
Ao tocar a corda Lá da guitarra, sem pressioná-la, ela
emitirá sua frequência fundamental, ou seja, a frequência
de 440 Hz.
Pressionando a corda Lá na metade do seu compri-
mento, ela emitirá uma frequência com o dobro da fre-
quência anterior, ou seja, emitirá um som mais agudo a
880 Hz.
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

Pressionando a corda Lá em um terço do seu compri- ck


to
mento, ela emitirá o triplo da frequência inicial, ou seja, hut
te
rs

/S
emitirá um som ainda mais agudo a 1 320 Hz. to
flic
k
461

ot

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Tubos sonoros
Para os tubos sonoros também vale
a relação entre frequência fundamental
Assim como nas cordas, o ar pode vibrar dentro de tubos, formando os pa- e os próximos modos de vibração, isto é:
drões de ondas sonoras. Os tubos sonoros podem ser classificados em abertos e
fechados, dependendo da sua extremidade, o que acarreta certas especificidades. fn  n  f1 (n  1, 2, 3,...)
Veja essas especificidades a seguir.

Tubos sonoros abertos


Os tubos sonoros abertos possuem ambas as extremidades abertas de modo
que, quando ressoa, se forma em seu interior uma onda estacionária no ar. Um
detalhe importante sobre os tubos sonoros abertos é: onde há extremidade aber-
ta, se formará um ventre.
Tubos sonoros abertos
V V V V V 1.° harmônico
N N N
V V
N

L L
L
Representação do primeiro e do segundo harmônico para um tubo sonoro aberto.  V
L  1  1  2 L  f1 
 2 2 L
Como a distância entre um ventre e um nó equivale a   , tem-se os compri-
2
mentos de onda em um tubo sonoro aberto que são encontrados por meio da
seguinte equação: 2.° harmônico
FÍSICA • FRENTE B

V V V
2 L
n  N N
n

Para encontrar a frequência dos harmônicos deve-se utilizar a seguinte equação: L


 V
L  2  2   2  L  f2 
 v  2 L
fn  n   
 2 L 
3.° harmônico
Já a relação entre frequência fundamental e os próximos modos de vibração é
expressa matematicamente pela expressão:

fn  n  f1 (n  1, 2, 3,...) 3 2 L V
L  3  3   f3  3 
2 3 2 L
Assim, para os tubos sonoros abertos, todos os harmônicos são possíveis, as-
sim como nas cordas.
Tubos sonoros fechados
Tubos sonoros fechados
O tubo sonoro fechado possui uma de suas extremidades aberta e a outra 1.° harmônico
extremidade fechada. Para formar a onda estacionária, na extremidade fechada,
a onda deve sempre terminar em nó e, na parte aberta, terminar em ventre. V
V N

N L
 4 L V
L  1  1   f1 
4 n 4 L
L
Primeiro harmônico para um
tubo sonoro fechado.
3.° harmônico

Como a distância entre um ventre e um nó equivale à   , tem-se os compri-
4 L
mentos de onda em um tubo sonoro fechado que são encontrados por meio da
seguinte equação: 3  3 4 L 3 V
L  3   f3 
4 n 4 L
4 L
n 
n
5.° harmônico
Já a frequência de vibração nos tubos sonoros fechados pode ser encontrada
por meio da seguinte equação:
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

L
1 v
f1     5  5 4 L 5 V
4 L  L  5   f5 
462

4 n 4 L

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Efeito Doppler
v v
f'   f' 
' ( v  vF )  T
O efeito Doppler é um fenômeno físico que ocorre devido à 1
Considerando que a frequência real f é equivalente a f =,
alteração da frequência sonora percebida pelo observador em T
relação a uma fonte, em virtude de um movimento relativo, de tem-se que a frequência aparente f’ é encontrada por meio da
aproximação ou afastamento. seguinte equação:
Embora se trate de um fenômeno característico de qual-
quer propagação ondulatória, o efeito Doppler sonoro é mais v
f'  f
comum em nosso cotidiano. O motivo é que as ondas sonoras ( v  vF )
se propagam com baixa velocidade se comparadas com a velo-
cidade da luz. Como consequência, observamos que a frequência aparen-
A seguir são apresentados alguns casos particulares em te f’ do som, que atinge o observador com a fonte sonora se
que o efeito Doppler pode ser analisado. aproximando, é maior que a frequência real f do som.
Agora considere a situação em que a fonte sonora esteja se
Fonte sonora e observador afastando do observador O. Seguindo o raciocínio anterior, é
em repouso possível concluir que a frequência aparente f’ será:

Considere um observador O em repouso em relação a um  v 


carro, que também está parado, cuja buzina emite um som com f   f   
frequência f. Como não existe movimento entre a fonte sonora  v  vF 
(buzina) e o observador, não ocorre o efeito Doppler.
Nesse caso, a frequência aparente f’ do som que atinge o
Fonte em movimento observador com a fonte sonora se afastando é menor que a

se aproximando do
frequência real f do som.
Usando conceitos de velocidade relativa associados aos de
observador em repouso

FÍSICA • FRENTE B
ondulatória, temos a equação geral para o efeito Doppler sono-
Considere um observador O em repouso enquanto um car- ro expressa como:
ro com velocidade vF se aproxima com a buzina acionada. Como
exemplificado na figura a seguir.  v  v0 
f   f   
 v  vF 
Douglas Lopes

No Sistema Internacional de Unidades, as unidades dessas


grandezas são:
● v: velocidade da onda sonora no meio (m/s)
● v0: velocidade do observador (m/s)
● vF: velocidade da fonte sonora (m/s)
● f: frequência real da fonte (Hz)
Fonte sonora em movimento, aproximando-se do
observador em repouso. ● f’: frequência aparente recebida pelo observador (Hz)
No instante t = 0, a fonte emite uma frente de onda com uma Na equação apresentada, os sinais ± indicam os possíveis
velocidade de propagação v, atingindo o observador em um inter- sentidos de movimento para a fonte ou o observador. Assim,
valo de tempo igual ao período T da emissão de ondas sonoras

Douglas Lopes
pela fonte. Como a fonte sonora está se aproximando, a frente
de onda percorre uma distância vT até o observador O, e a fonte
percorre uma distância vFT enquanto emite a segunda frente de
onda. O observador irá perceber um comprimento de onda l’ me-
nor que o comprimento de onda l da fonte sonora, equivalente à
distância entre as frentes de onda. Desse modo, tem-se que:
'  v  T  v F  T  '  ( v  v F )  T
Relação entre sentidos e sinais adotados para fonte sonora e observador.
Para o observador, as ondas sonoras apresentam uma fre-
quência aparente, então:

O efeito Doppler para as ondas luminosas


É possível notar o efeito Doppler não apenas com ondas sonoras, mas também com as ondas luminosas, ou seja, é o efeito de
mudança aparente da frequência da luz. Como a luz é uma onda eletromagnética e não depende de um meio de propagação, a
frequência aparente depende apenas das velocidades. Considerando que a velocidade da luz é muito alta (c = 3 · 108 m/s), o efeito
Doppler só é perceptível se a fonte for veloz.
Na Astronomia, o efeito Doppler permitiu perceber que as galáxias não estão fixas. Elas estão se afastando umas das outras em
alta velocidade, o que levou o físico Edwin Hubble à conclusão de que o Universo está em expansão.
Ao observar a luz proveniente de diversas estrelas, Hubble percebeu que seus comprimentos de onda sofriam desvios:
● No caso do afastamento da fonte, a frequência aparente da luz recebida pelo observador é menor que a frequência da onda
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

emitida pela fonte (f’< f). Nesse caso, fala-se que houve um desvio para o vermelho (redshift), que no espectro visível é a luz
de menor frequência.
● No caso da aproximação da fonte, a frequência aparente da luz recebida pelo observador é maior que a frequência da onda
emitida pela fonte (f’> f). Nesse caso, fala-se que houve um desvio para o azul (blueshift), que no espectro visível é uma das
463

luzes de maior frequência.

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FIXAR PLotulitStocker/Shutterstock

Cordas vibrantes e tubos abertos


2 L
• Comprimentos de onda das ondas estacionárias:  n 
n

 v 
• Frequência para ondas estacionárias: fn  n   
 2 L 

Tubos fechados
4 L
• Comprimentos de onda das ondas estacionárias:  n 
n

 v 
• Frequência para ondas estacionárias: fn  n   
 4 L 
No SI temos que o comprimento de onda λn é dado em (m), a frequência de vibração f é dada em (Hz), n
é adimensional e assume apenas valores inteiros, ou seja, 1, 2, 3, ..., para cordas vibrantes e tubos sonoros
abertos, e valores inteiros e ímpares, ou seja, 1, 3, 5, ..., para tubos sonoros fechados.
FÍSICA • FRENTE B

Efeito Doppler no qual:

Douglas Lopes
 v  v0 
f'  f  
 v  v 
 F 

Relação entre sentidos e sinais adotados para fonte


sonora e observador.

Interação

1. Observe a pintura e leia o texto a seguir. Considerando os elementos de linguagem apresentados, responda às
questões a seguir.
a) Como a cultura do berimbau chegou ao Brasil e como era utilizada?

b) Quais são os componentes de um berimbau?

c) Suponha que numa roda de capoeira haja duas pessoas de posse, cada
uma, de um berimbau. Considere, ainda, que um berimbau possui uma
corda de aço de 1 m de comprimento e o outro, uma corda de 1,5 m,
porém ambos vibram com a mesma velocidade de 90 m/s. Nessa situa-
ção, qual berimbau emite o menor valor de frequência fundamental?
DEBRET, Jean-Baptiste. O Velho Orfeu Africano (oricongo). 1826.
Aquarela sobre papel: 15,6 cm × 21,5 cm.

Como surgiu o berimbau?


Sua origem se perde na poeira dos milênios, porque o instrumento
nada mais é que um modelo de arco, um dos principais instrumentos
usados pelo homem para produzir sons, há quase 20 mil anos. A grande
dúvida dos estudiosos, até hoje sem resposta, é se foi o arco usado para
atirar flechas que deu origem ao arco musical – tataravô do berimbau – ou
EXT21_1_FIS_B_03

se ocorreu o contrário. Seja como for, o instrumento ganhou a forma que


tem hoje entre as antigas tribos nativas africanas.

COMO surgiu o berimbau? Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.


com.br/mundo-estranho/como-surgiu-o-berimbau/. Acesso em: 14 jul. 2020.
464

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 464 31/08/2021 07:53:23


Com base no gráfico , responda às questões a seguir.
Sistematização
a) Qual é a relação da frequência com os harmônicos?
1.  1:H1 A música é uma das expressões artísticas mais antigas de
C
que o homem tem conhecimento. Até mesmo antes de o con-
ceito ter sido criado, já havia produção de som, uma vez que eles
se inspiravam em sons já existentes na natureza. Como exemplo
primitivo de emissão e propagação de ondas sonoras, que fenô- b) Supondo que o modelo de ajuste para o gráfico tenha a forma
meno físico está envolvido no processo de produção musical? fn(n) = a · n, ou seja, uma função do 1.° grau na variável n, estime o
valor médio de a.

2. C1:H1 Considere uma corda de massa m e comprimento L


presa em suas extremidades, que recebe uma perturbação e
começa a oscilar. Fisicamente, há uma sucessão de fenômenos 6. C1:H1 Como se dá a formação de ondas estacionárias em uma
de reflexão das ondas na corda que são propagadas por toda corda vibrante e quais são os harmônicos associados?
a sua extensão e que, por sua vez, ao sofrerem reflexão, aca-
bam interferindo construtiva e destrutivamente nas outras ondas propa-
gadas. Como efeito, há a formação de um padrão para algumas frequências
específicas em que a corda entra em ressonância.
Considerando a situação citada acima, qual é o nome dado a esse padrão
entre os pontos de extremidade da corda?

7. C1:H1 Nos tubos sonoros abertos, a frequência do n-ésimo

FÍSICA • FRENTE B
harmônico associado pode ser calculada por meio da equação
a seguir: n v
fn    ,
3. C1:H1 Comumente encon- 2 L
trada em regiões praieiras, na qual n representa os valores inteiros possíveis para os harmônicos asso-
a concha do mar é consi- ciados, v a velocidade de propagação da onda sonora, e L o comprimento
derada um instrumento do tubo. Considere dois harmônicos consecutivos, n e n + 1. Nesses termos,
AlinaKruk/Shutterstock

acústico que tem a função obtenha a razão entre a frequência posterior pela anterior das ondas esta-
de melhorar a audição dos sons emiti- cionárias formadas no interior desse tubo.
dos. Seu funcionamento baseia-se no
fenômeno da ressonância. Por conta
disso, esse fenômeno é bastante utilizado em auditórios ao ar livre, com a
finalidade de intensificar a frequência das ondas sonoras nesse espaço.
Com base no que foi estudado até aqui, o que determina essa intensificação
da frequência das ondas sonoras nas conchas?

8. C1:H1 Obtenha a mesma relação entre as frequências posterior


n e n + 1 para o tubo sonoro fechado.

4. C1:H1 Considere a situação em que uma pessoa está sentada em


um balanço e este começa a oscilar. Utilizando os conceitos físicos
estudados até o momento, explique de que maneira essa pessoa
pode aumentar a amplitude do movimento do balanço.

9. C1:H1 Reflita sobre os resultados obtidos nos itens 7 e 8 quanto


ao valor da razão entre as frequências. Em seguida, compare
com o caso da corda vibrante e explique o que esse resultado
5.  5:H17 O violão é um instrumento musical com base em cordas
C significa fisicamente?
vibrantes que auxiliam na produção e propagação das ondas
sonoras. O comportamento da frequência de um violão em
função dos harmônicos associados é uma relação linear, po-
dendo ser expressa por meio de gráficos. O gráfico a seguir é
um exemplo dessa relação.
600
500
Frequência Hz

400
300 10. C1:H1 Considere um observador O em repouso a uma distância
fixa d em relação a uma fonte sonora F, também em repouso.
200 Em determinado instante de tempo t, a fonte é ligada e emite
100 ondas sonoras que se propagam em todas as direções, com
0 as frentes de ondas esféricas chegando ao observador depois
0 1 2 3 4 5 de um intervalo de tempo Dt.
n, ordem do harmônico Considerando as condições citadas acima, é possível a ocorrência do efeito
EXT21_1_FIS_B_03

Doppler? Justifique sua resposta.


SANTOS, E. M.; MOLINA, C.; TUFAILE, A. P. B. Violão e guitarra como ferramentas
para o ensino de física. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 35, n. 2, 2013.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
465

11172013000200027&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 28 jun. 2020.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 465 31/08/2021 07:53:27


Enem e vestibulares 3. C1:H1 (UFRGS-2020) Uma onda sonora propagando-se em um
meio fluido, com velocidade de módulo 1440 m/s, sofre reflexão

Médio
1. C1:H1 (FATEC-2019) Para explicar o efeito Doppler, um profes- entre duas barreiras de modo a formar nesse meio uma onda
sor do curso de Mecânica brinca com o uso de personagens estacionária. Se a distância entre dois nós consecutivos dessa
onda estacionária é 4,0 cm, a frequência da onda sonora é
Fácil

de um desenho animado. Ele projeta uma figura do carro de


Fred Flintstone no episódio em que ele e Barney Rubble eram a) 180 Hz.
policiais. A figura mostra a representação do carro visto de b) 360 Hz.
cima se deslocando para a direita com velocidade constante em módulo.
c) 1 800 Hz.
Na figura ainda, ele representa, em outra perspectiva, as personagens Betty
Rubble e Wilma Flintstone. Os círculos representam as frentes de ondas d) 3 600 Hz.
sonoras de “YABBA DABBA DOO” emitidas pela sirene. e) 18 000 Hz.
4. C1:H1 (UFRGS-2016) A figura abaixo representa uma onda
estacionária produzida em uma corda de comprimento L =

Fácil
50 cm.

Sabendo que o módulo da velocidade de propagação de ondas nessa corda


é de 40 m/s, a frequência da onda é de:
a) 40 Hz.
b) 60 Hz.
c) 80 Hz.
FÍSICA • FRENTE B

d) 100 Hz.
e) 120 Hz.
Considere que as observadoras Betty Rubble e Wilma Flintstone estejam
em repouso na posição apresentada na figura.
5. C1:H1 (UECE-2015) Uma corda de violão vibra de modo que,
num dado instante, a onda estacionária tenha duas cristas e
Fácil

três nós. Considere que o comprimento da corda vibrante seja


Em relação ao som emitido do carro de Fred e Barney, é correto afirmar que
de 60 cm. Nessa situação, é correto afirmar que o comprimento
a) Wilma o escutará com uma frequência menor que a de Betty. de onda dessa onda estacionária é, em cm:
b) Wilma o escutará com uma frequência maior que a de Betty. a) 20.
c) Betty o escutará mais intenso que Wilma. b) 60.
d) Betty o escutará mais agudo que Wilma. c) 180.
e) Betty o escutará mais alto que Wilma. d) 30.
2. C1:H1 (Enem-2016) O eletrocardiograma, exame utilizado para 6. C1:H1 (UECE-2016) Considere duas cordas vibrantes, com
avaliar o estado do coração de um paciente, trata-se do regis- ondas estacionárias e senoidais, sendo uma delas produzida
Fácil

Fácil

tro da atividade elétrica do coração ao longo de um certo por um violino e a outra por uma guitarra. Assim, é correto
intervalo de tempo. A figura representa o eletrocardiograma afirmar que nos dois tipos de ondas estacionárias, têm-se as
de um paciente adulto, descansado, não fumante, em um extremidades das cordas vibrando com amplitudes:
ambiente com temperatura agradável. Nessas condições, é considerado a) nulas.
normal um ritmo cardíaco entre 60 e 100 batimentos por minuto.
b) máximas.
c) variáveis.
d) dependentes da frequência das ondas.
7. C1:H1 (UECE-2019) Suponha que uma fonte sonora com ve-
locidade de módulo V se desloca na direção de uma pessoa.
Médio

Este observador também se desloca com a mesma velocidade


V no mesmo sentido e direção, tentando se afastar da fonte
sonora.
Nesta situação, pode-se afirmar corretamente que
a) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa aumentada.
b) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa não se altera.
c) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa diminui.
d) a potência da onda sonora ouvida pela pessoa aumenta.
8. C1:H1 (Enem-2016) As notas musicais podem ser agrupadas
de modo a formar um conjunto. Esse conjunto pode formar
Médio

uma escala musical. Dentre as diversas escalas musicais exis-


tentes, a mais difundida é a escala diatônica, que utiliza as
notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas notas estão
Com base no eletrocardiograma apresentado, identifica-se que a frequência organizadas em ordem crescente de alturas, sendo a nota dó a mais baixa
cardíaca do paciente é: e a nota si a mais alta.
a) normal. Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que tem menor:
b) acima do valor ideal. a) amplitude.
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

c) abaixo do valor ideal. b) frequência.


d) próxima do limite inferior. c) velocidade.
e) próxima do limite superior. d) intensidade.
466

e) comprimento de onda.

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9. C5:H17 (Enem-2015) Em uma flauta, as notas musicais pos- T T
Médio suem frequências e comprimentos de onda (λ) muito bem
definidos. As figuras mostram esquematicamente um tubo
de comprimento L, que representa de forma simplificada uma
flauta, em que estão representados: em A o primeiro harmô-
nico de uma nota musical (comprimento de onda λA), em B seu segundo Dó central Dó maior
harmônico (comprimento de onda λB) e em C o seu terceiro harmônico A razão entre as frequências do Dó central e do Dó maior é de:
(comprimento de onda λC), onde λA > λB > λC.
a) 1/2.
b) 2.
c) 1.
d) 1/4.
e) 4.
12. C1:H1 (Unesp-2016) Um experimento foi feito com a finalidade
L de determinar a frequência de vibração de um diapasão. Um

Médio
tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades foi parcial-
mente imerso em um recipiente com água e o diapasão vi-
brando foi colocado próximo ao topo desse tubo, conforme
a figura 1. O comprimento L da coluna de ar dentro do tubo foi ajustado
movendo-o verticalmente. Verificou-se que o menor valor de L, para o qual
as ondas sonoras geradas pelo diapasão são reforçadas por ressonância
dentro do tubo, foi de 10 cm conforme a figura 2.

A B C
Em função do comprimento do tubo, qual o comprimento de onda da

FÍSICA • FRENTE B
oscilação que forma o próximo harmônico?
a) L/4.
b) L/5.
c) L/2.
d) L/8.
e) 6L/8.
10. C1:H1 (UEPA-2015) Leia o texto XVII para responder à
questão:
Médio

Texto XVII
O violino é um instrumento que sempre cativou físicos e,
entre os de maior destaque, podemos citar Albert Einstein (1879-1955), Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s, é
estudioso das grandes composições de música clássica. Tal instrumento, correto afirmar que a frequência de vibração do diapasão, em Hz, é igual a
para adultos, costuma medir 60 cm ou até mais. Suas 4 cordas possuem as a) 425.
seguintes frequências de afinação: Sol3: 196 Hz, Re4: 293,66 Hz, Lá4: 440 Hz
b) 850.
e Mi5: 659,26 Hz.
c) 1 360.
d) 3 400.
e) 1 700.
13. C5:H18 (IFSul-2019) A figura a seguir representa um aparato
experimental para demonstração de ondas estacionárias em
Médio

cordas. O experimento, conhecido como gerador de ondas


estacionárias, é composto por um vibrador, um dinamômetro,
uma corda e uma base sólida para fixação do aparato. Sabe-se
que a corda utilizada tem comprimento igual a 1 metro e massa igual a 10
gramas.
Fonte da imagem: Reprodução/Biography
Considerando que as partes vibrantes das cordas de um violino para adultos
tenham 40 cm de comprimento e que as mesmas vibrem no primeiro modo
de vibração, as velocidades de propagação de uma onda para as cordas
afinadas em Sol3 e Mi5 serão, em m/s, respectivamente iguais a:
a) 156,8 e 352,8.
b) 234,9 e 527,4.
c) 440,2 e 156,8.
d) 186,4 e 156,8.
e) 156,8 e 527,4.
11. C5:H17 (Enem-2013) Em um piano, o Dó central e a próxima Considerando a onda estacionária gerada no momento em que a foto do
nota Dó (Dó maior) apresentam sons parecidos, mas não experimento foi registrada e o fato de, nesse instante, o dinamômetro
Médio

idênticos. É possível utilizar programas computacionais para indicar uma força de tensão de 156,25 newtons, a frequência de vibração
expressar o formato dessas ondas sonoras em cada uma das da fonte é igual a
situações, como apresentado nas figuras, em que estão indi-
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

a) 6,00 Hz.
cados intervalos de tempo idênticos (T).
b) 93,75 Hz.
c) 156,25 Hz.
467

d) 187,50 Hz.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 467 31/08/2021 07:53:29


14. C5:H17 (UFRGS-2019) Uma onda sonora propagando-se no 18. C5:H17 (Fuvest-2015)
ar é uma sucessão de compressões e rarefações da densidade Dó# Ré# Fá# Sol# Lá# Dó#
Médio

Difícil
do ar. Na figura abaixo, estão representadas, esquematica-
mente, ondas sonoras estacionárias em dois tubos, 1 e 2,
abertos em ambas as extremidades. Os comprimentos dos
tubos 1 e 2 são, respectivamente, L e L/2.

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó

L A figura acima mostra parte do teclado de um piano. Os valores das fre-


quências das notas sucessivas, incluindo os sustenidos, representados pelo
símbolo #, obedecem a uma progressão geométrica crescente da esquerda
para a direita: a razão entre as frequências de duas notas Dó consecutivas
L/2 vale 2; a frequência da nota Lá do teclado da figura é 440 Hz. O comprimento
de onda, no ar, da nota Sol indicada na figura é próximo de:

Note e adote:
21/12 = 1,059
1 2
(1,059)2 = 1,12
Sendo λ1 e λ2 os respectivos comprimentos de onda das ondas represen- Velocidade do som no ar = 340 m/s
tadas nos tubos 1 e 2, e f1 e f2 suas frequências, as razões entre os compri-
mentos de onda λ1/λ2 e as frequências f1/f2 são, nessa ordem:
a) 0,56 m. d) 1,12 m.
a) 1 e 1. d) 1/2 e 1.
FÍSICA • FRENTE B

b) 0,86 m. e) 1,45 m.
b) 2 e 1. e) 1/2 e 2.
c) 1,06 m.
c) 2 e 1/2.
19. C5:H17(EPCar-2019) A figura abaixo representa dois harmô-
15. C1:H1 (UFPR-2014) Um órgão é um instrumento musical
nicos A e B, de frequências, respectivamente, iguais a FA e fB,
composto por diversos tubos sonoros, abertos ou fechados
Difícil

que podem ser estabelecidos em uma mesma corda, fixa em


Médio

nas extremidades, com diferentes comprimentos. Num certo


suas extremidades, e tracionada por uma força de módulo F.
órgão, um tubo A é aberto em ambas as extremidades e possui
uma frequência fundamental de 200 Hz. Nesse mesmo órgão,
um tubo B tem uma das extremidades aberta e a outra fechada, e a sua
frequência fundamental é igual a frequência do segundo harmônico do
tubo A. Considere a velocidade do som no ar igual a 340 m/s. Os compri- Harmônico A
mentos dos tubos A e B são, respectivamente:
a) 42,5 cm e 31,9 cm.
b) 42,5 cm e 63,8 cm.
Harmônico B
c) 85,0 cm e 21,3 cm.
fA
d) 85,0 cm e 42,5 cm. Nessas condições, a mesma razão, entre as frequências , pode ser obtida
fB
e) 85,0 cm e 127,0 cm. entre as frequências das ondas estacionárias representadas nos tubos
16. C1:H1 (FGV-2018) Um carro trafega a 20 m/s em uma estrada sonoros abertos e idênticos A’ e B’, indicados na opção
reta. O carro se aproxima de uma pessoa, parada no acosta- a)
Médio

mento, querendo atravessar a estrada. O motorista do carro,


para alertá-la, toca a buzina, cujo som por ele ouvido tem 640 A’
Hz. A frequência do som da buzina percebida pela pessoa
parada é, aproximadamente:
Considere: velocidade do som no ar igual a 340 m/s e não há vento.
a) 760 Hz. B’
b) 720 Hz. b)
c) 640 Hz.
d) 600 Hz. A’
e) 680 Hz.
17. C5:H18 (EFOMM-2018) Para ferver três litros de água para fazer
uma sopa, dona Marize mantém uma panela de 500 g sus- B’
Difícil

pensa sobre a fogueira, presa em um galho de árvores por um


c)
fio de aço com 2 m de comprimento. Durante o processo de
aquecimento, são gerados pulsos de 100 Hz em uma das
extremidades do fio. Esse processo é interrompido com a observação de A’
um regime estacionário de terceiro harmônico. Determine, aproximada-
mente, a massa de água restante na panela.
(Dados: densidade linear do aço = 10-3 kg/m; aceleração da gravidade =
B’
10 m/s2 e densidade da água = 1 kg/L)
a) 1,28 kg d)
b) 1,58 kg
A’
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

c) 2,28 kg
d) 2,58 kg
e) 2,98 kg
468

B’

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20. C5:H17 (IME-2019) 23. C1:H1 (UDESC-2017) Uma fonte emite ondas sonoras com
Difícil frequência f0, quando em repouso em relação ao ar. Esta fonte

Difícil
move-se com velocidade V em direção a uma parede que
reflete totalmente as ondas sonoras que nela incidem.
Considerando-se que o ar esteja em repouso em relação ao solo, e que
vs seja a velocidade do som no ar, assinale a alternativa que fornece a
frequência recebida pela fonte.
v V
a) f0  s 
 vs  V 
f1 f2
L1 L2 v V
b) f0  s 
Um tubo sonoro de comprimento total L = 1 m aberto nas duas extremida-  vs  V 
des possui uma parede móvel em seu interior, conforme mostra a figura.
Essa parede é composta de material refletor de ondas sonoras e pode ser  v V 
c) f0  s 
transladada para diferentes posições, dividindo o tubo em duas câmaras de  vs  V 
comprimento L1 e L2. Duas ondas sonoras distintas adentram nesse tubo,
uma pela abertura da esquerda, com f1 = 2,89 kHz, e a outra pela abertura  v V 
d) f0  s 
da direita, com f2 = 850 Hz.
 vs  V 
Em relação às ondas sonoras, os valores de L1 e L2, em cm, que possibi-
litarão a formação de ondas ressonantes em ambas as cavidades são,  V 
respectivamente: e) f0  
 vs  V 
(Dado: o meio interior do tubo é o ar, onde o som se propaga com velo-
cidade de 340 m/s). 24. C5:H18 (IME-2020) Uma fonte sonora de frequência f0 é arre-
a) 14,7 e 85,3. messada verticalmente para cima, com velocidade inicial v0,

Difícil
de um ponto da superfície terrestre no qual a aceleração da
b) 44,1 e 55,9. gravidade é g.
c) 50,0 e 50,0.

FÍSICA • FRENTE B
Dados:
d) 70,0 e 30,0.
● aceleração da gravidade: g = 9,8 m/s2; e
e) 90,0 e 10,0.
● velocidade inicial da fonte sonora: v0 = 98 m/s.
21. C5:H17(ENaval-2018) Analise o gráfico abaixo. Nota: despreze a resistência do ar e a variação da aceleração da gravidade
com a altitude.
Difícil

1,0 A frequência f percebida 10 segundos mais tarde por um observador


estático situado no local do arremesso é tal que
a) 0 < f < f0
b) f = f0
Período (s)

c) f0 < f < 2 f0
0,5 d) f = 2 f0
e) f > 2 f0
25. C5:H18 (Mackenzie-2019) No campeonato de Fórmula 1 na
0,2 cidade brasileira de São Paulo, a fim de determinar a veloci-
Difícil

dade dos carros de corrida com um frequenciômetro espe-


cialmente adaptado, um operador fica no interior de um posto
na pista, verificando o módulo da velocidade dos carros que
1,0 2,5 5,0 se aproximam. O posto está com uma sirene emitindo um som de frequên-
cia f e o frequenciômetro que mede a frequência percebida por um refe-
Comprimento (m) rencial no automóvel acusa o valor
12
f.
10
Em uma série de experiências, foi medido, para três valores do comprimento
L, o período de oscilação correspondente a meio comprimento de onda Adotando-se como 340 m/s o módulo da velocidade do som no ar, afirma-se
estacionária entre as extremidades fixas de uma corda com densidade que o módulo da velocidade do automóvel que se aproxima do posto, em
linear de massa 0,60 kg/m. Os resultados, representados no gráfico (linear) km/h, vale, aproximadamente,
da figura acima, indicam que a tensão na corda, em newtons, em todas as a) 68
experiências realizadas, foi igual a: b) 136
a) 60. c) 204
b) 45. d) 245
c) 30. e) 256
d) 20.
26. C1:H1 (UEM-2017) Assinale o que for correto sobre ondas.
e) 15.
Médio

22. C5:H18 (ITA-2018) Em queixa à polícia, um músico depõe ter


sido quase atropelado por um carro, tendo distinguido o som
Difícil

em Mi da buzina na aproximação do carro e em Ré, no seu (1) Ondas sonoras não transportam energia em meios materiais.
afastamento. Então, com base no fato de ser de 10/9 a relação
das frequências vMi/vRé, a perícia técnica conclui que a veloci- (2) A frequência de uma onda não se altera quando ela passa de um
dade do carro, em km/h, deve ter sido aproximadamente de meio material para outro.
a) 64. (3) A altura de um som é caracterizada pela frequência da onda.
b) 71. (4) O som é uma onda transversal.
c) 83. (5) O efeito Doppler ocorre apenas com ondas sonoras e não com a
EXT21_1_FIS_B_03

EXT21_1_FIS_B_03

luz.
d) 102.
Soma ( )
e) 130.
469

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27. C1:H1 (UFSC-2018) Quando estamos apaixonados, muitas
vezes fazemos coisas improváveis que não faríamos em outras
Difícil

situações, tudo para chamar a atenção ou fazer a felicidade


da pessoa amada. A análise de algumas dessas situações serve
para melhor compreender os fenômenos físicos relacionados
a tais eventos, como na situação a seguir.
Um ciclista apaixonado se aproxima com velocidade de 36,0 km/h da casa
de sua namorada, que o observa parada na janela. Ao avistar a moça, o
ciclista dá um toque na buzina da bicicleta, emitindo um som de 600,0 Hz.
Considere a velocidade do som no ar igual a 340 m/s.
Com base no exposto acima, é correto afirmar que:
(1) o som ouvido pelo ciclista possui frequência maior do que o som
emitido pela buzina da bicicleta.
(2) o som ouvido pela namorada do ciclista tem velocidade de 350
m/s.
(3) o som ouvido pela namorada do ciclista tem frequência aproxima-
da de 618,0 Hz.
(4) o som refletido pela casa tem frequência de 600,0 Hz.
(5) o comprimento de onda do som ouvido pela namorada do ciclista
é maior do que o comprimento de onda do som emitido pela bu-
zina da bicicleta.
(6) o som refletido pela casa, e em seguida ouvido pelo ciclista, tem
frequência aproximada de 636,0 Hz.
Soma ( )
FÍSICA • FRENTE B

GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE


GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
QR Code.
2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste ­módulo.

Cartão-resposta Ondas sonoras e efeito Doppler

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_03

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
470

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Sawangkaew/Shutterstock
CUIDADO
DISPOSITIVOS SENSÍVEIS À

Neste módulo, estudaremos os conceitos da Já as cargas dos prótons e dos elétrons ELETROSTÁTICA
NÃO ABRA OU MANUSEIE,
Eletrostática e seus fenômenos. Com isso, estudare- são: EXCETO EM ESTAÇÕES DE
TRABALHO ANTIESTÁTICAS.
mos as cargas elétricas em repouso ou em situações
● Carga elétrica do próton:
de equilíbrio.

Carga elétrica
QP = +1,6 · 10–19 C = +e

A carga elétrica é uma propriedade física da ● Carga elétrica do elétron:


Os conhecimentos
matéria associada à existência das partículas fun- de eletrostática pos-
sibilitaram a criação
damentais que compõem tudo o que existe no    Qe = –1,6 · 10 C = –e
–19
de equipamentos
Universo. Ela é composta de átomos, os quais são eletrônicos, como
formados por prótons, nêutrons e elétrons, sendo circuitos embar-
cados, microchips,
prótons e elétrons portadores de carga elétrica, Corpos eletrizados transístores etc.
enquanto os nêutrons não. Esses átomos são com-
postos de um núcleo, no qual se encontram os pró- Todos os corpos e os objetos têm milhares de
tons e os nêutrons, e da eletrosfera, na qual circulam cargas elétricas em composição. Nos momentos em
os elétrons. que há igualdade de cargas elétricas, diz-se que o
corpo está eletricamente neutro e com carga total
k c
to
rs
tte

igual a zero.
u
Sh
e/
r
tu

Escola Digital
Na
et
we
OS

Tamanho do
átomo = 10–10 m

Diâmetro do
núcleo = 10–15 m

Representação de um corpo neutro.

Quando há perda ou ganho de elétrons em um


adison pangchai/Shutterstock

Eletrosfera corpo, ocorre uma desigualdade de cargas elétricas.


Nesse caso, quando o corpo possui mais cargas po- Nº de aulas

03
sitivas que negativas ou vice-versa, ele é classificado
Núcleo como eletrizado. Nesse caso, o corpo possui carga
total diferente de zero.
Os corpos podem estar eletrizados de duas ma-
neiras: negativamente e positivamente.
Nesse exemplo, o corpo ganhou elétrons de ou-
tro objeto, ficando com excesso de cargas negativas.
Portanto, diz-se que ele está carregado negativa-
mente ou eletrizado negativamente.
Representação de um átomo.

Introdução à

FIS
eletrostática
Todos os objetos e corpos são dotados de mui-
tas cargas elétricas, contudo, os corpos são eletrica-
mente neutros, por isso os fenômenos elétricos não Ganha elétrons
são percebidos. Assim, só é possível sentir os efeitos
desses fenômenos quando os corpos apresentam
desigualdade ou desequilíbrio de cargas.
Corpo neutro Corpo carregado
Carga fundamental negativamente
Representação da distribuição de cargas em um corpo
Os prótons e os elétrons possuem cargas elétri- negativamente eletrizado.
cas com sinais opostos, porém, essas duas partícu-
las têm a mesma intensidade de carga elétrica – base No segundo exemplo, o corpo perdeu elétrons
em seu valor absoluto. Esse valor absoluto repre- para outro objeto e ficou com excesso de cargas po-
senta a carga elétrica fundamental ou elementar. sitivas. Sendo assim, diz-se que ele está carregado
positivamente ou eletrizado positivamente.
A carga elétrica fundamental, simbolizada pela
letra e, tem como valor:

e = 1,6 · 10 –19 C
Perde elétrons
Frente C
Sendo o coulomb (C) sua unidade de medida
mód. 01/15
pelo Sistema Internacional de Unidades.

Corpo neutro Corpo carregado 01


positivamente
EXT21_1_FIS_C_01

Representação da distribuição de cargas em um corpo


positivamente eletrizado.

471

EXT21_1_FIS_C_01.indd 471 11/02/2022 13:17:36


Objeto Digital

Carga elétrica total Essa interação entre diferentes tipos de


carga elétrica acontece como no esquema a
Todas as cargas elétricas são dadas com base na carga fun- seguir.
damental e. Além disso, quando um corpo está eletrizado, ele
apresenta perda ou excesso de uma quantidade n de elétrons. Cargas de mesmo sinal: repulsão entre cargas
Logo, pode-se calcular a quantidade total de cargas de um cor-
po eletrizado com a seguinte expressão:

Sansanorth/Shutterstock
Q  n  e

● Em que n poderá ser qualquer número inteiro.


A unidade de medida para carga elétrica é C (coulomb) no
Sistema Internacional de Unidades.
Cargas de sinais opostos: atração entre cargas
Sendo assim, a carga elétrica Q é quantizada, pois o seu
valor sempre será um múltiplo inteiro da carga elétrica funda-
mental, visto que um objeto, ao ser eletrizado, sempre perderá
ou ganhará elétrons inteiros, sem a possibilidade de receber ou
perder frações de um elétron. Este conteúdo é trabalhado na questão 3
da seção Sistematização.

Condutores e
isolantes elétricos
Representação da atração e repulsão de cargas
elétricas.

Cada objeto ou corpo é composto de vários tipos de ma-


teriais, com diferentes estruturas atômicas e moleculares que Processos de eletrização
proporcionam as especificidades de cada um deles. Com base Esse fenômeno é possível por meio da transferência de elé-
na estrutura atômica desses materiais, é possível classificá-los trons entre os corpos, o que não ocorre com prótons, uma vez
FÍSICA • FRENTE C

em condutores ou isolantes. que estes estão fortemente ligados ao núcleo atômico.


Os materiais condutores são aqueles que têm maior quan- Dentre as formas de fazer essa transferência de elétrons,
tidade de elétrons na camada mais externa dos átomos – co- algumas são realizadas frequentemente, como andar na rua,
nhecidos como elétrons livres. A vantagem de haver excesso de agradar um gato, varrer o chão, secar o corpo depois do banho,
elétrons livres em um material é que, devido à fraca ligação que escovar o cabelo e, até mesmo, vestir ou tirar um casaco. Em
têm com o núcleo, essas cargas elétricas podem se movimentar todas essas ações, ocorrem trocas de cargas elétricas entre os
mais facilmente, tornando-os bons condutores de eletricidade. corpos envolvidos no processo, dessa forma, um corpo vai per-
Por outro lado, materiais isolantes são aqueles constituídos der elétrons e outro vai recebê-los.
de átomos que possuem elétrons fortemente ligados ao núcleo, Há três formas de eletrizar um corpo: por contato, por atrito
dificultando a movimentação das cargas e tornando-os péssi- ou por indução.

Eletrização por contato


mos condutores de eletricidade.

Observação Ocorre quando um corpo condutor neutro entra em conta-


O fato de um material ser isolante não significa que ele to com um corpo condutor eletrizado, proporcionando a trans-
não pode ser eletrizado, mas sim que as cargas elétricas ferência de cargas elétricas entre os corpos até que elas entrem
terão dificuldade de se espalhar e se movimentar por ele. em equilíbrio.
Outro ponto importante é que os materiais isolantes têm
um valor máximo de diferenças de cargas elétricas que po- Antes do contato Durante o contato Após o contato
dem suportar e, quando esse valor é ultrapassado, o mate-
rial passa a conduzir eletricidade. Corpo B ganha Ambos carregados
Carregado (–) um elétron negativamente
Materiais condutores Neutro
udaix/Shutterstock

B B B
A A A
Alumínio Água de
Cobre Grafite Aço torneira
Representação do processo de eletrização por contato.
Materiais isolantes

Antes do contato Durante o contato Após o contato

Corpo A ganha Ambos carregados


Ar Vidro Madeira Borracha Papel Plástico Carregado (+) um elétron positivamente
Neutro
Exemplos de materiais condutores e isolantes.

Princípio da atração e repulsão


Um dos princípios fundamentais da eletrostática é o da B B B
atração e repulsão das cargas, relacionado à forma como acon- A A A
tecem as interações entre as cargas. Esse princípio, conhecido
Representação do processo de eletrização por contato.
como Lei de Du Fay, enuncia que:
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

No processo, o corpo neutro fica eletrizado com cargas elétri-


Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e cargas elé- cas do mesmo sinal do corpo que estava eletrizado previamente.
tricas de sinais opostos se atraem. É importante saber que, se dois ou mais corpos idênticos
472

estiverem em contato simultaneamente, após o afastamento a


carga final de cada corpo será a mesma.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 472 31/08/2021 07:53:43


Eletrização por indução
A carga final de cada corpo é encontrada pela seguinte
equação matemática:
Ocorre quando aproximamos um condutor eletricamente
Q1 + Q2 carregado a um condutor neutro. As cargas do condutor carre-
Qf = gado induzem uma carga de sinal contrário nesse lado do con-
2 dutor neutro.

Eletrização por atrito Antes da indução Durante a indução

Ocorre quando há dois corpos de materiais que, ao se atri-


tarem, ficam eletrizados com a mesma intensidade de cargas,
porém com sinais opostos.
Neutro
Antes de atritar: corpos neutros Carregado (–) Induz a separação
Corpo Corpo das cargas no corpo
induzido indutor induzido

Antes da indução Durante a indução


Haste de vidro

Pano de seda Neutro


Carregado (+)
Induz a separação
Corpo Corpo de cargas no corpo
induzido indutor
Emir Kaan/Shutterstock

Depois de atritar: corpos carregados

FÍSICA • FRENTE C
Representação dos processos de eletrização por indução.
Para que o corpo com carga induzida permaneça eletrizado
após a indução, é necessário que, quando a carga for induzida
no condutor, ele seja ligado a um terceiro corpo neutro. O refe-
Haste de vidro rencial de corpo neutro utilizado para a eletrização por indução
eletrizada será o terra.
Nesse caso, é importante notar que, assim como na ele-
trização por contato, é necessário que o corpo indutor esteja
carregado e que o corpo induzido seja de um material condu-
Pano de seda eletrizado
tor. Caso o corpo induzido seja um isolante, as cargas não terão
Representações dos processos de eletrização por atrito. mobilidade para se movimentar e ficarão induzidas tempora-
riamente apenas em uma parte do objeto.

Indução eletrostática Durante a indução Depois da indução


Para compreender quais matérias tendem a perder elé-
trons e quais tendem a ganhar elétrons, foi criada uma lista,
com base em experimentos, chamada série triboelétrica, que
ordena os materiais da seguinte forma:
Corpo eletrizado
Fio terra
positivamente
Ao serem atrita-
Série triboelétrica dos, os materiais que Durante a indução
Indução eletrostática Depois da indução
estão no início da série
Pele humana triboelétrica têm mais
chances de perder elé-
Couro trons, ficando carrega-
dos positivamente, e os Corpo eletrizado
Fio terra
Vidro que estão ao final têm negativamente
mais chances de ganhar
Cabelo humano Representação dos processos de eletrização por indução de forma
elétrons, ficando carre- permanente, por meio de um fio terra.
gados negativamente.
Náilon Assim, quando a carga induzida for positiva, os elétrons em
9 Exemplo: excesso do corpo se deslocam em direção ao terra. Já se a carga
Seda Se atritarmos o couro induzida for negativa, as cargas negativas do terra se deslocam
com vidro, o couro per- para o corpo.
Alumínio derá elétrons, ficando Ao desfazer essa conexão e afastar o indutor, o corpo que
eletrizado positivamente, teve as cargas induzidas permanecerá eletrizado.
Papel
Princípio da conservação
enquanto o vidro ganha-
rá elétrons, ficando ele-

das cargas elétricas


Madeira trizado negativamente.
Mas, se atritarmos o vidro
Plásticos com cabelo humano, o Um dos princípios fundamentais da eletrostática é a con-
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

vidro perderá elétrons e o servação das cargas elétricas. Nesse princípio, afirma-se que
cabelo ganhará elétrons. a carga elétrica é uma propriedade inerente da matéria, assim
Série triboelétrica. como a massa de um corpo, e não pode ser criada ou destruída
473

dos materiais. Além disso, a carga elétrica de um sistema isola-


do (que não troca cargas elétricas com o meio exterior) só pode

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ser transferida de um corpo para outro dentro desse sistema.

Kuno Toming/Shutterstock
Logo, a quantidade de carga total de um sistema eletricamente
isolado permanece a mesma nos processos de eletrização e nas
reações que possam ocorrer. É possível enunciar tal princípio
da seguinte forma:

Em um sistema eletricamente isolado, a soma algé-


brica das cargas elétricas é constante.

9 Exemplo:
No sistema a seguir, estão presentes três corpos idênticos, 1, 2 e 3.

Fronteira do sistema
Representação do funcionamento de um eletroscópio de folhas.

Força elétrica
1 Este conteúdo é trabalhado na questão 8
3 da seção Sistematização.
Q1 = –3q Q3 = 0 É uma grandeza vetorial que demonstra como as interações
entre as cargas elétricas ocorrem, com base nas relações da for-
2
ça de atração e repulsão entre corpos carregados.
Q2 = –1q A lei que rege a força elétrica, conhecida como Lei de
Coulomb, diz que:
Corpos dentro de um sistema
fechado. A força de atração ou repulsão entre duas cargas pon-
tuais atua ao longo da linha reta que as une e será inversa-
A soma algébrica das cargas elétricas do sistema pode ser calculada e mente proporcional ao quadrado da distância entre elas e
FÍSICA • FRENTE C

terá como resultado: diretamente proporcional ao produto absoluto das cargas.


Essa força será repulsiva para cargas de mesmo sinal e atra-
∑Q inicial = Q1 + Q2 + Q3
tiva para cargas de sinais opostos.
∑Q = 3q – 1q + 0 = 2q
Equação da força elétrica
inicial

Se nesse sistema existirem trocas de cargas entre os corpos, por contato,


por exemplo, tem-se a seguinte situação: Considere duas partículas eletrizadas, separadas a uma
distância d. Dependendo do sinal das cargas elétricas de cada
Fronteira do sistema Fronteira do sistema corpo, elas podem se atrair ou se repelir.
–q +q

Emir Kaan/Shutterstock
1 1 F F
3 3
Q'1 = 3q
2 Q'3 = 0q Q’1 = 1q Q’3 = 0 d
Q'2 = –1q 2
–q –q
Q’2 = 1q
F F

Corpos eletrizados dentro de um sistema fechado, com trocas de cargas.


d
Como os corpos 1 e 2 são idênticos, suas cargas são somadas e, ao
+q +q
final, divididas por 2. E a soma algébrica da situação final desse sistema
será dada por: F F
∑Q final = Q’1 + Q’2 + Q’3
d
∑Q final
= 1q + 1q + 0 = 2q
Representação da ação da força elétrica em corpos
Sendo assim, pode-se notar que a soma de cargas antes e após o contato carregados.
dos corpos é a mesma. De acordo com a Lei de Coulomb, essas partículas vão inte-
É possível descrever matematicamente esse princípio da seguinte forma: ragir devido à força eletrostática que se estabelece entre elas,
podendo ter sua intensidade calculada pela seguinte equação:
∑Q inicial = ∑Qfinal

|Q|·|q|
Fe  K 
Eletroscópio d2
O eletroscópio é um instrumento utilizado para detectar se No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de medida
um corpo está eletrizado, porém não indica o sinal da carga do para força elétrica é o N (newton).
corpo. O modelo mais conhecido é o eletroscópio de folhas, A constante eletrostática, ou constante de proporcionalidade
formado por duas pequenas folhas metálicas presas na extre- K, depende do meio em que as partículas se encontram, indican-
midade inferior de uma haste de metal que possui uma esfera do a facilidade ou dificuldade de interação entre elas. Nos cálcu-
de material condutor em sua outra extremidade. Ao aproximar N⋅m2
um corpo eletrizado à esfera condutora, é induzida uma carga los, costuma-se adotar um valor de K igual a 9, 0 ⋅109 , que é
C2
EXT21_1_FIS_C_01

nessa esfera, acumulando cargas de sinal contrário nas folhas o valor da constante no vácuo.
metálicas. Como as duas folhas ficam com mesmo sinal, as
cargas se repelem e consequentemente as folhas metálicas se Importante
Sendo uma grandeza vetorial, a força elétrica sempre
474

afastam.
terá uma direção e um sentido associados a ela.

EXT21_1_FIS_C_01.indd 474 11/02/2022 13:39:11


FIXAR
Condutores Isolantes
Os materiais condutores têm Os materiais isolantes apresentam
uma quantidade maior de elétrons fortemente ligados ao
elétrons livres. núcleo.

Carga fundamental: e = 1,6 · 10–19 C


Eletrostática Quantidade de
carga total:

Processos de eletrização Q = ±n · e

Princípios da eletrostática
• Por atrito.
• Por contato. Princípio da atração e repulsão Princípio da conservação
• Por indução. Cargas elétricas de mesmo sinal da carga elétrica
se repelem e cargas elétricas de Em um sistema eletricamente isolado,
sinais opostos se atraem. a soma das cargas elétricas é constante,
Cargas de mesmo sinal mesmo que ocorram transferências de
Lei de Coulomb:

FRENTE CC
cargas entre os corpos do sistema.

FÍSICA •• FRENTE
Repulsão entre cargas
Cargas de sinais opostos
Qq
Fe  K  2

FÍSICA
ΣQ inicial = ΣQfinal
N·m
d2 9
K  9, 0  10 C2
Atração entre cargas

Interação

1. Leia o texto e responda às perguntas a seguir.


Por que levamos choques ao
­encostar em maçanetas?
Isso acontece quando o corpo humano está tão eletrizado
que acaba descarregando a energia acumulada (conhecida como energia
estática) no primeiro objeto condutor que aparece pela frente. [...] É essa
sensação que chamamos de choque.

MOTOMURA, Marina. Por que levamos choques ao encostar em maçanetas?


Superinteressante. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/por-que-
levamos-choques-ao-encostar-em-macanetas/. Acesso em: 10 set. 2020.

Quantas vezes você já tirou o casaco de lã e escutou estalos de faíscas


elétricas? Ou então encostou em uma pessoa, em um carro ou, até mesmo,
em uma maçaneta e levou um choque leve? Esses eventos estão presentes
no cotidiano e muitas vezes são considerados normais.
Bandersnatch/Shutterstock

a) Explique qual o fenômeno responsável pelos eventos citados no texto


e que presenciamos no dia a dia.

b) Considerando o fenômeno da alternativa anterior, cite outras situa-


ções em que se possa presenciar o acúmulo e descarga de pequenas
quantidades de cargas elétricas no corpo.
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475

Criança com os cabelos arrepiados depois de brincar na cama elástica.

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Sistematização 6. C5:H17 Analise o quadro a seguir, que contém alguns materiais
organizados de acordo com a série triboelétrica.
1. C6:H21 Sobre as cargas elétricas e seus fenômenos, marque
V para verdadeiro e F para falso nas seguintes afirmações:
Couro

( ) As cargas elétricas são componentes intrínsecos da matéria.


( ) Somente materiais condutores podem ser eletrizados. Vidro
( ) Os corpos com cargas de mesmo sinal se atraem e de sinais diferentes
se repelem.
( ) Um material isolante não pode ser eletrizado. Lã
( ) Um objeto é neutro quando possui uma quantidade igual de cargas
positivas e negativas.
Selecione a alternativa que corresponde ao correto preenchimento das
colunas. Seda
a) V – V – F – V – V
b) V–F–V–F–V
c) F–V–V–V–F Alumínio
d) V–F–F–F–V
e) F–F–V–F–F

2. C6:H20 Para que um condutor fique eletrizado com uma carga Madeira
elétrica de 0,96 C, é necessário que ele transfira para outro
corpo determinada quantidade de elétrons. Selecione a alter-
FÍSICA • FRENTE C

nativa que apresenta o valor dessa quantidade.


Um bastão de alumínio é atritado com um pedaço de lã e ambos ficam
Dado: a carga elétrica fundamental é 1,6 · 10–19 C. eletrizados. É correto afirmar que, nesse caso
a) 6,0 ∙ 1018 elétrons a) O alumínio ganha elétrons, ficando carregado negativamente, e o
b) 0,6 ∙ 10–19 elétrons pedaço de lã perde elétrons, ficando carregado positivamente.
c) 1,6 ∙ 10–19 elétrons b) O alumínio perde elétrons, ficando carregado negativamente, e o
d) 6,0 ∙ 1020 elétrons pedaço de lã ganha elétrons, ficando carregado positivamente.
e) 1,6 ∙ 1019 elétrons c) O alumínio ganha elétrons, ficando carregado positivamente, e o
pedaço de lã perde elétrons, ficando carregado negativamente.
3. C6:H20 Determinado objeto, feito de material condutor, está d) O alumínio perde elétrons, ficando carregado positivamente, e o pe-
inicialmente neutro e ganha 4 · 1018 elétrons. Assinale a alter- daço de lã ganha elétrons, ficando carregado negativamente.
nativa que apresenta corretamente o sinal e o valor da carga
e) O alumínio ganha elétrons, ficando carregado negativamente, e o
elétrica final do objeto eletrizado.
pedaço de lã ganha elétrons, ficando carregado positivamente.
a) O objeto ficará carregado positivamente e com carga igual a 6,4 C. 7. C6:H21 Sobre os processos de eletrização, analise as afirmações
b) O objeto ficará carregado negativamente e com carga igual a 0,64 C. a seguir.
c) O objeto ficará carregado positivamente e com carga igual a 64 C.
d) O objeto ficará carregado negativamente e com carga igual a 6,4 C.
e) O objeto ficará carregado positivamente e com carga igual a 0,64 C. I. Na eletrização por contato, não é necessário que um dos corpos já
esteja eletrizado.
4. C6:H21 Três esferas condutoras e idênticas, A, B e C, com cargas
II. A eletrização por indução sempre é momentânea e não existe a pos-
iniciais de 3q, 3q e –3q, respectivamente, fazem parte de um
sibilidade de o corpo induzido se manter carregado.
sistema eletricamente isolado. A, B e C entraram em contato,
simultaneamente e depois foram separadas. Posteriormente, III. A eletrização por atrito pode ocorrer tanto com materiais condutores
A e B entraram em contato e se separaram e, por fim, A entra quanto com isolantes.
em contato com C. Qual será a carga final de cada uma das esferas, IV. Em todos os processos de eletrização um corpo perderá elétrons e
respectivamente? outro ganhará elétrons.
a) 1q, –1q, 1q. Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
b) 3q, –3q, 3q. a) Apenas I e II. d) Apenas II e IV.
c) 1q, 1q, 1q. b) Apenas I e III. e) Apenas III e IV.
d) 3q, 3q, 3q. c) Apenas II e III.
e) –3q, 1q, 1q. 8. C5:H18 Considere um eletroscópio de folhas, inicialmente
neutro, ao qual é aproximado um corpo carregado
5. C6:H21 Três esferas idênticas, A, B e C, estão eletrizadas res-
positivamente.
pectivamente com cargas –2q, 5q e 6q. Uma quarta esfera, D,
neutra e idêntica às anteriores, entra em contato sucessivo Sobre essa situação, assinale a alternativa que apresenta
com as esferas A, B e C, nessa ordem. Qual será o valor final corretamente o que acontecerá com esse eletroscópio.
da carga da esfera D? a) Nada acontecerá, pois, para que ele funcione, é necessário que já
a) –1q esteja carregado.
b) 9/4q b) As folhas ficarão com um acúmulo de cargas positivas e se abrirão.
c) 2q c) Suas folhas se abrirão e serão induzidas cargas positivas no instrumen-
to, as quais descerão também para as folhas.
d) 3/2q
d) Suas folhas se fecharão e serão induzidas cargas negativas no instru-
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EXT21_1_FIS_C_01

e) 4q mento, as quais descerão também para as folhas.


e) Suas folhas se abrirão, serão induzidas cargas positivas no instrumento
e as cargas negativas descerão para as folhas.
476

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9. C5:H17 Analise as imagens a seguir, que apresentam três si- 2. C6:H21 (UDESC-2015) Uma das principais contribuições para
tuações de interação entre corpos carregados. os estudos sobre eletricidade foi a da definição precisa da

Fácil
natureza da força elétrica realizada, principalmente, pelos
trabalhos de Charles Augustin de Coulomb (1736-1806).
Situação 1
Coulomb realizou diversos experimentos para determinar a
+q +q força elétrica existente entre objetos carregados, resumindo suas conclu-
sões em uma relação que conhecemos atualmente como Lei de Coulomb.
Considerando a Lei de Coulomb, assinale a alternativa correta.
K L a) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
d/2 mente proporcional ao produto das cargas e ao quadrado da distância
entre estes corpos.
b) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é inversa-
Situação 2 Situação 3 mente proporcional ao produto das cargas e diretamente proporcional
+q –q/2 –2q –2q ao quadrado da distância entre estes corpos.
c) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
mente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcio-
nal ao quadrado da distância entre estes corpos.
K L K L
d d) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
d
mente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcio-
nal à distância entre estes corpos.
Assinale a alternativa correta. e) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
a) A força elétrica na situação 1 é de atração e tem maior intensidade mente proporcional à distância entre estes corpos e inversamente
que a força de repulsão da situação 3. proporcional ao produto das cargas.
b) A força elétrica na situação 2 é de repulsão e tem menor intensidade 3. C5:H17 (UFAM-2015) Num experimento realizado em sala de
que a força de repulsão da situação 1. aula, duas pequenas esferas metálicas idênticas são conecta-

Fácil
c) A força elétrica na situação 3 é de repulsão e tem maior intensidade das por fios isolantes e penduradas em um suporte, conforme

FÍSICA • FRENTE C
que a força de atração da situação 2. indicado na figura a seguir. As esferas estavam inicialmente
d) A força elétrica na situação 2 é de atração e tem a mesma intensidade na situação A da figura. Em seguida, o professor transfere certa
da força de atração da situação 1. quantidade de carga para uma das esferas. Os alunos observam que após
a transferência de carga as esferas ficam em equilíbrio, conforme indicado
e) A força elétrica na situação 1 é de repulsão e tem menor intensidade na situação B da figura. Finalmente, o professor transfere certa quantidade
que a força de atração da situação 3. de carga para a outra esfera e elas ficam em equilíbrio, conforme ilustrado
10. C6:H17 No triângulo isósceles a seguir está representada a na situação C da figura:
posição de três corpos carregados com a mesma intensidade A B C
de cargas e sinais diferentes. Além disso, os corpos B e C têm
cargas positivas e o corpo A tem carga negativa.

–Q
A

Desses experimentos é possível concluir que:


I. Na situação B, a esfera eletrizada induz uma separação de cargas na
outra esfera, fazendo com que elas se atraiam.
II. Na situação B, a esfera eletrizada atrai a outra esfera porque ela já
estava eletrizada com carga de sinal oposto.
B C
III. A situação C indica que as duas esferas foram eletrizadas com cargas
de mesmo sinal.
+Q +Q
Assinale a alternativa correta:
a) Somente a afirmativa I está correta.
Considerando essa situação, selecione a alternativa que apresenta cor- b) Somente a afirmativa II está correta.
retamente a direção e o sentido da força elétrica resultante no corpo A.
c) Somente a afirmativa III está correta.
a) Direção vertical com sentido para baixo.
d) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b) Direção horizontal com sentido para a direita.
e) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c) Direção horizontal com sentido para a esquerda.
4. C6:H20 (UFAM–2019) São três os processos de eletriza-
d) Direção vertical com sentido para cima.
ção: por atrito, por contato e por indução. Considere as se-
Fácil

e) Direção diagonal com sentido esquerdo para baixo. guintes afirmativas:

Enem e vestibulares I. Na eletrização por atrito, além de adquirirem cargas elétricas de sinais
opostos, os corpos apresentam quantidades de cargas elétricas de
1. C5:H18 (UFMG-2015) Em um dia muito seco, é normal sentir- mesmo valor absoluto.
mos um pequeno choque elétrico ao colocarmos a mão na
II. Na eletrização por atrito, as substâncias podem ser distribuídas numa
Fácil

carroceria metálica de um carro que acabou de estacionar,


sequência, denominada série triboelétrica, de acordo com o sinal da
após se deslocar por algum tempo. Isso ocorre porque o carro,
carga que adquirem ao serem atritadas umas com as outras.
durante o seu movimento, adquire um excesso de carga
elétrica. O contato da mão faz com que parte do excesso de carga seja III. Tanto nos processos de eletrização por contato quanto no processo
transferida entre o carro e o corpo da pessoa. As cargas que se movimentam de eletrização por indução, um dos corpos deve, inicialmente, estar
na carroceria metálica do carro são constituídas por carregado eletricamente.
a) elétrons de carga negativa. IV. Tanto nos processos de eletrização por contato quanto no processo
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

de eletrização por indução, torna-se necessário que um dos corpos


b) prótons de carga positiva.
seja ligado temporariamente a um aterramento.
c) íons de carga positiva.
V. Nos três processos de eletrização, torna-se necessário manter, tempo-
477

d) íons de carga negativa. rariamente, um contato direto entre os corpos.

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Assinale a alternativa correta: 9. C5:H17 (Unesp-2015) Em um experimento de eletrostática,
a) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. um estudante dispunha de três esferas metálicas idênticas, A,

Médio
b) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. B e C, eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e –2Q,
respectivamente.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. A B C
e) Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas. 5Q 3Q –2Q
5. C6:H20 (FTT-2017) Analise a imagem na qual se vê uma se-
quência de eletrização por contato entre dois condutores A
Fácil

e B feitos com o mesmo material, mas de tamanhos diferentes, Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultanea-
sendo inicialmente A neutro e B eletricamente positivo. mente em contato e, depois de separá-las, suspende A e C por fios de seda,
mantendo-as próximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente,
antes durante o contato depois permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d uma da outra.
Sendo k a constante eletrostática do ar, assinale a alternativa que contém a
A A correta representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas
A A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas.

10KQ2
a) e F=
B B B d2

Os corpos A e B, após o contato, são levados a uma posição tal que efeitos
de indução passam a ser desprezíveis. O resultado é A C
a) A e B ficam carregados com sinais contrários.
b) A e B ficam carregados positivamente, mas em quantidades desiguais 4KQ2
b) e F=
de cargas. d2
c) A fica positivamente carregado, e B se neutraliza.
FÍSICA • FRENTE C

d) A e B ficam carregados positivamente e com a mesma quantidade


de carga.
A C
e) A permanece neutro, e B permanece carregado positivamente.
6. C6:H20 (FGV-SP-2015) Deseja-se eletrizar um objeto metálico, 10KQ2
inicialmente neutro, pelos processos de eletrização conheci- c) e F=
d2
Fácil

dos, e obter uma quantidade de carga negativa de 3,2 μC.


Sabendo-se que a carga elementar vale 1,6 · 10–19 C, para se
conseguir a eletrização desejada será preciso
a) retirar do objeto 20 trilhões de prótons.
A C
b) retirar do objeto 20 trilhões de elétrons.
c) acrescentar ao objeto 20 trilhões de elétrons. 2KQ2
d) e F=
d) acrescentar ao objeto cerca de 51 trilhões de elétrons. d2
e) retirar do objeto cerca de 51 trilhões de prótons.
7. C5:H17 (PUCRS-2016) Três esferas de dimensões desprezí-
veis A, B e C estão eletricamente carregadas com cargas
A C
Médio

elétricas respectivamente iguais a 2q, q e q. Todas encontram-


-se fixas, apoiadas em suportes isolantes e alinhadas horizon-
talmente, como mostra a figura a seguir. 4KQ2
e) e F=
A B C d2

/////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////
A C
4 cm 2 cm
O módulo da força elétrica exercida por B na esfera C é F. O módulo da 10. C6:H20 (UFAM-2016) A Eletrostática estuda as propriedades
força elétrica exercida por A na esfera B é e o comportamento de cargas elétricas em repouso, bem
Médio

a) F/4. d) 2F. como os fenômenos do equilíbrio da eletricidade nos corpos


que de alguma forma se tornam carregados de carga elétrica,
b) F/2. e) 4F.
ou eletrizados. O fenômeno eletrostático mais antigo conhe-
c) F. cido é aquele que ocorre quando o âmbar (elektron, em grego) é atritado,
8. C5:H18 (UFRGS-2018) Uma carga negativa Q é aproximada de adquirindo a propriedade de atrair corpos leves. Considere a situação em
uma esfera condutora isolada, eletricamente neutra. A esfera que duas esferas metálicas de mesmo raio e eletrizadas com cargas +Q e
Médio

é, então, aterrada com um fio condutor. +3Q, separadas por uma distância d de centro a centro, se repelem com
uma força de natureza elétrica, cuja intensidade é F. Em seguida, as esferas
Se a carga Q for afastada para bem longe enquanto a es-
são colocadas em contato e afastadas por uma distância de centro a centro
fera está aterrada, e, a seguir, for desfeito o aterramento, a esfera ficará
igual a 2d. Podemos afirmar que, na situação final, as esferas vão se
_______________.
Por outro lado, se primeiramente o aterramento for desfeito e, depois, a a) repelir com uma força de intensidade 3F.
carga Q for afastada, a esfera ficará _________________. b) repelir com uma força de intensidade F/3.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado c) repelir com uma força de intensidade F/2.
abaixo, na ordem em que aparecem. d) atrair com uma força de intensidade F/3.
a) Eletricamente neutra – positivamente carregada.
e) atrair com uma força de intensidade 3F.
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EXT21_1_FIS_C_01

b) Eletricamente neutra – negativamente carregada.


11. C6:H21 (Unesp-2018) Suponha uma pequeníssima esfera
c) Positivamente carregada – eletricamente neutra. contendo 12 nêutrons, 11 prótons e 10 elétrons, ao redor da
Médio

d) Positivamente carregada – negativamente carregada. qual gira um elétron a 1,6 · 10–10 m de seu centro, no vácuo.
478

e) Negativamente carregada – positivamente carregada. Considerando a carga elementar e = 1,6 · 10–19 C e a constante

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eletrostática do vácuo k = 9 · 109 Nm²/C², a intensidade da força elétrica A força eletrostática resultante sobre a carga elétrica de prova
entre a esfera e o elétron é
a) tem direção horizontal e sentido da esquerda para a direita.
a) 5,6 ∙ 10–10 N.
b) tem direção horizontal e sentido da direita para a esquerda.
b) 9,0 ∙ 10–9 N.
c) tem direção vertical e sentido ascendente.
c) 1,4 ∙ 10–9 N.
d) tem direção vertical e sentido descendente.
d) 1,4 ∙ 10–12 N.
e) é um vetor nulo.
e) 9,0 ∙ 10–12 N.
15. C5:H17 (Fuvest-2019) Três pequenas esferas carregadas com
12. C6:H20 (UFRGS-2015) Em uma aula de Física, foram utilizadas carga positiva Q ocupam os vértices de um triângulo, como

Difícil
duas esferas metálicas idênticas, X e Y: X está suspensa por mostra a figura. Na parte interna do triângulo, está afixada outra
Médio

um fio isolante na forma de um pêndulo e Y fixa sobre um pequena esfera, com carga negativa q. As distâncias dessa carga
suporte isolante, conforme representado na figura abaixo. As às outras três podem ser obtidas a partir da figura.
esferas encontram-se inicialmente afastadas, estando X posi-
tivamente carregada e Y eletricamente neutra. y
Q
Y
x

X q

Considere a descrição, abaixo, de dois procedimentos simples para


demonstrar possíveis processos de eletrização e, em seguida, assinale a
alternativa que preenche corretamente as lacunas dos enunciados, na d

FÍSICA • FRENTE C
ordem em que aparecem.
Q Q
I. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. Nesse caso, ve- d d
rifica-se, experimentalmente, que a esfera X é _________ pela esfera Y.
II. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. Enquanto man- Sendo Q = 2 · 10–4 C, q = –2 · 10–5 C e d = 6 m, a força elétrica resultante
tida nessa posição, faz-se uma ligação da esfera Y com a terra, usando sobre a carga q
um fio condutor. Ainda nessa posição próxima de X, interrompe-se o Note e adote: A constante k0 da Lei de Coulomb vale 9 ∙ 109 Nm2/C2
contato de Y com a terra e, então, afasta-se novamente Y de X. Neste
a) é nula.
caso, a esfera Y fica ___________________.
b) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo 1,8 N.
a) atraída — eletricamente neutra
c) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo 1,0 N.
b) atraída — positivamente carregada
d) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo 1,0 N.
c) atraída — negativamente carregada
e) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo 0,3 N.
d) repelida — positivamente carregada
e) repelida — negativamente carregada 16. C5:H17 (AFA-2015) Uma pequenina esfera vazada, no ar, com
carga elétrica igual a 1 μC e massa 10 g, é perpassada por um
Difícil

13. C6:H20 (PUC-SP-2019) Considere cinco esferas metálicas aro semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num
condutoras, idênticas e bem distantes entre si, apoiadas em plano vertical. Uma partícula carregada eletricamente com
Médio

suportes isolantes. A esfera 1 é eletrizada com carga Q, estando carga igual a 4μC é fixada por meio de um suporte isolante,
as demais eletricamente neutras. A esfera 1 é colocada em no centro C do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a figura
contatos sucessivos com as esferas 2, 3, 4 e 5, respectivamente. a seguir.
Após os contatos citados, as esferas 1, 3 e 5 são postas em contato simul-
tâneo e depois separadas novamente. Podemos afirmar que a carga final
da esfera 3, após todos os contatos citados, será igual a
A B 
a) Q/8. C g
b) 3Q/8.
c) 13Q/16.
d) 13Q/48. R
14. C5:H17 (Mackenzie-2016) Dois corpos eletrizados com cargas
elétricas puntiformes +Q e –Q são colocados sobre o eixo x
Médio

nas posições +x e –x, respectivamente. Uma carga elétrica de


prova –q é colocada sobre o eixo y na posição +y, como mostra
D
a figura a seguir.
Despreze quaisquer forças dissipativas e considere a aceleração da gravida-
y
de constante. Ao abandonar a esfera, a partir do repouso, na extremidade A,
pode-se afirmar que a intensidade da reação normal, em newtons, exercida
+y –q pelo aro sobre ela no ponto mais baixo (ponto D) de sua trajetória é igual a
a) 0,20.
b) 0,40.
c) 0,50.
d) 0,60.
17. C5:H17 (UESB-2017) Três cargas puntiformes, Q1, Q2 e Q3,
–Q +Q respectivamente iguais a 2,0 μC, −3,0 μC e 4 μC, são dispostas
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

Difícil

x nos vértices de um triângulo retângulo, conforme mostra a


–x +x figura.
479

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 479 31/08/2021 07:54:06


Q1 I. As esferas A e B foram colocadas em contato e novamente separadas.
II. As esferas A e C foram colocadas em contato e novamente separadas.
III. As esferas B e D foram colocadas em contato e novamente separadas.
IV. Verificou-se ao final que as esferas A e C ficaram com cargas Q/2 e as
esferas B e D com cargas −Q/2.
A partir dessa sequência de procedimentos, podemos afirmar que as cargas,
a inicialmente desconhecidas, das esferas C e D, valiam, respectivamente,
a) –Q/2 e Q/2.
b) Q/2 e –Q/2.
c) –3Q/4 e –5Q/4.
d) 3Q/4 e –5Q/4.
e) 3Q/4 e 5Q/4.

Q3 b Q2 20. C6:H21 (UFRGS-2019) Duas pequenas esferas idênticas, con-


tendo cargas elétricas iguais, são colocadas no vértice de um

Difícil
perfil quadrado de madeira, sem atrito, conforme representa
Considerando-se a constante eletrostática igual a 9,0 ∙ 109 Nm2/C2 e as a figura 1 abaixo.
distâncias a e b, respectivamente iguais a 5,0 cm e 3,0 cm, é correto afirmar
que o valor aproximado da intensidade da força resultante sobre a carga
Q3, em kN, é igual a
a) 0,11.
b) 0,13.
c) 0,15.
d) 0,17.
e) 0,19.
FÍSICA • FRENTE C

Figura 1
18. C5:H17 (Unimontes-2017) Na figura A, temos representado
um arranjo de três partículas carregadas com cargas positivas.
Difícil

Elas estão fixadas nos vértices de um triângulo equilátero de


lado L. Na figura B, temos um arranjo mais simples, em que
duas partículas com cargas positivas estão fixadas em pontos
separados por uma distância L.
q3 h

L L Figura 2

As esferas são liberadas e, devido à repulsão elétrica, sobem pelas paredes


do perfil e ficam em equilíbrio a uma altura h em relação à base, conforme
q1 q2 representa a figura 2. Sendo P, Fe e N os módulos, respectivamente, do peso
L de uma esfera, da força de repulsão elétrica entre elas e da força normal en-
tre uma esfera e a parede do perfil, a condição de equilíbrio ocorre quando
Figura A
a) P = Fe.
b) P = – Fe.
c) P – Fe = N.
q5
d) Fe – P = N.
e) P + Fe = N.
21. C6:H21 (ENaval-2019) Analise a figura a seguir.
L
Difícil

q4

Figura B

q1 = q2 = q3 = q4 = q5 = q
Considere a força resultante F1, exercida pelas cargas q1 e q2 sobre a carga q3,
θ
e a força F2, exercida pela carga q4 sobre a carga q5. É CORRETO afirmar que:
a) F1 e F2 têm o mesmo módulo e a mesma direção, mas sentidos diferentes.
b) F1 e F2 são iguais.
c) F1 e F2 têm o mesmo módulo, mas direções diferentes.
d) F1 e F2 têm módulos diferentes, mas a mesma direção e o mesmo sentido.
19. C6:H20 (UFAM-2017) Num experimento realizado no labora-
tório de eletricidade, quatro esferas metálicas idênticas, A, B, A figura acima mostra um sistema formado por duas pequenas esferas
Difícil

C e D, apoiadas em suportes isolantes, se encontravam inicial- idênticas, de massa m cada uma, condutoras, neutras, suspensas por fios
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

mente neutras e separadas. Elas foram eletrizadas, de modo ideais e mantidas separadas uma da outra por um agente externo. Ao se
que QA = Q, QB = −Q/2 e com os valores das cargas QC e eletrizar uma das esferas com carga –q e liberando o sistema da posição in-
QD desconhecidos. Em seguida, realizou-se a seguinte sequência de dicada na figura, após um pequeno intervalo de tempo, as esferas atingem
novamente o repouso, estabelecendo uma distância x entre elas, sem o
480

procedimentos:
auxílio de um agente externo. Sendo k a constante elétrica e g a aceleração

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 480 31/08/2021 07:54:07


da gravidade local, qual a tangente do ângulo θ nessa nova situação? 23. C6:H20 (UFPE-2015) Duas cargas elétricas pontuais, Q = 2,0 μC
K  2q 
2
e q = 0,5 μC, estão amarradas à extremidade de um fio isolante.

Difícil
a)   A carga q possui massa m = 10 g e gira em uma trajetória de
m g  x 
raio R = 10 cm, vertical, em torno da carga Q que está fixa.
K  q
2 Sabendo que o maior valor possível para a tração no fio du-
b)   rante esse movimento é igual a T = 11 N, determine o módulo da velocidade
m  g  2x 
tangencial quando isso ocorre. A constante eletrostática do meio é igual
2 a 9 ∙ 109 Nm2/C2.
K q
c)  
m g  x 

2K  2q 
2 g
d)   R
m g  x 
2
K q
e)   Q
2m  g  x 

22. C6:H21 (Fuvest-2016) Os centros de quatro esferas idênticas,


I, II, III e IV, com distribuições uniformes de carga, formam um
Difícil

quadrado. Um feixe de elétrons penetra na região delimitada q, m


por esse quadrado, pelo ponto equidistante dos centros das
esferas III e IV, com velocidade inicial V na direção perpendi- a) 10 m/s d) 14 m/s
cular à reta que une os centros de III e IV, conforme representado na b) 11 m/s e) 20 m/s
figura.
c) 12 m/s

I II 24. C6:H21 (Mackenzie-2018) Duas cargas elétricas +6,0 μC e +1,0


μC estão fixadas em uma região no vácuo a uma distância de

Difícil
1,0 m uma da outra. A força resultante que atua em uma carga

FÍSICA • FRENTE C
de –2,0 μC, colocada entre elas, será igual a zero, quando esta
estiver a uma distância da carga de +1,0 μ C de,
aproximadamente,
Considere: 2 = 1, 4 e 3 = 1, 7.
a) 0,3 m. d) 0,7 m.
b) 0,4 m. e) 1,2 m.
c) 0,5 m.
25. C6:H21 (ITA-2015) Considere um tubo horizontal cilíndrico de
comprimento ℓ, no interior do qual encontram-se respectiva-
Difícil

III IV mente fixadas em cada extremidade de sua geratriz inferior


 as cargas q1 e q2, positivamente carregadas. Nessa mesma
v geratriz, numa posição entre as cargas, encontra-se uma pe-
A trajetória dos elétrons será retilínea, na direção de V, e eles serão acele- quena esfera em condição de equilíbrio, também positivamente carregada.
rados com velocidade crescente dentro da região plana delimitada pelo Assinale a opção com as respostas corretas na ordem das seguintes
quadrado, se as esferas I, II, III e IV estiverem, respectivamente, eletrizadas perguntas:
com cargas I. Essa posição de equilíbrio é estável?
Note e adote: Q é um número positivo. II. Essa posição de equilíbrio seria estável se não houvesse o tubo?
a) +Q, –Q, –Q, +Q. III. Se a esfera fosse negativamente carregada e não houvesse o tubo, ela
b) +2Q, –Q, +Q, –2Q. estaria em equilíbrio estável?
c) +Q, +Q, –Q, –Q. a) Não. Sim. Não. d) Sim. Não. Sim.
d) –Q, –Q, +Q, +Q. b) Não. Sim. Sim. e) Sim. Sim. Não.
e) +Q, +2Q, –2Q, –Q. c) Sim. Não. Não.

GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE


GABARITO ONLINE
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Cartão-resposta Introdução à eletrostática

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_01

EXT21_1_FIS_C_01

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
481

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 481 31/08/2021 07:54:19


Na Física, um dos conceitos mais importantes é Essa força elétrica terá a mesma direção que

Zita/Shutterstock
o de campo, que pode ser definido como a proprie- a do campo elétrico e o sentido dela será definido
dade de uma região do espaço que sofre influên- pelos sinais das cargas Q e q, sendo a força de apro-
cia das alterações de um agente físico. Assim, um ximação quando as cargas tiverem sinais opostos
campo só pode existir se houver um agente físico e de afastamento quando os sinais forem iguais.
capaz de alterar o espaço ao seu redor. Além disso, a força elétrica e o campo elétrico terão
sempre a mesma direção, mas os sentidos vão va-
9 Exemplo:
riar conforme o sinal da carga elétrica geradora do
A existência do planeta Terra altera o espaço ao seu redor, campo elétrico.
fazendo com que ele adquira uma propriedade de atrair
 –q  +q 
outros corpos e objetos para si. Essa propriedade do espa- Q F E Q E
ço ao redor da Terra é chamada de campo gravitacional. + – + +

Se a Terra deixasse de existir, o campo gravitacional dela d d F
também não existiria.
  
–q Q E +q

Angel Soler Gollonet/Shutterstock


Q E F
– – –  +
F
d d

Relação entre os vetores campo elétrico e força elétrica.


O campo
elétrico foi uma Uma das propriedades fundamentais do campo
descoberta do
químico e físico elétrico é a de que, para um mesmo ponto, a razão
Michael Faraday entre a intensidade da força elétrica e as respectivas
(1791-1867),
um importante cargas de prova será constante, ou seja:
pesquisador da   
área de Eletro- F1 F2 Fn
magnetismo. = = ... =
q1 q2 qn
Ilustração do campo gravitacional da Terra evidenciando a Essa razão é a definição matemática do campo
deformação do espaço com propriedades atrativas.
elétrico e pode ser escrita como:
Do mesmo modo, entende-se que o campo elétri-
co é uma região do espaço que se encontra ao redor 
de uma carga elétrica e tem determinadas proprie-
 F
E=
F
E= ou em módulo, na forma
Escola Digital dades elétricas, como a capacidade de promover o q q
afastamento e a aproximação de outras cargas.
Dessa forma, a presença de uma partícula carre- Nas quais
gada cria um campo elétrico ao seu redor e quando
Nº de aulas
outra partícula é adicionada a sua proximidade é ca- ● F é a força elétrica (N).

03 paz de “sentir” os efeitos desse campo. ● q é a carga de prova (C).

Vetor campo elétrico


● A unidade de medida para o campo elétrico
será o N .
O campo elétrico, assim como a força elétrica, é C
FIS

uma grandeza vetorial, caracterizada pelo vetor cam- É importante notar que, como essa razão é cons-

po elétrico e representada por E. Esse vetor permite tante para qualquer carga colocada em determina-
potencial elétrico
Campo elétrico e

que sejam atribuídos, para cada ponto do espaço do ponto, o campo elétrico não depende da carga de
ao redor da carga elétrica que originou o campo prova nem da força elétrica, mas sim de uma carga
elétrico, uma intensidade, uma direção e um senti- geradora.
do. Além disso, o sinal das cargas geradoras é im- 9 Exemplo:
portante para determinar a direção e o sentido do
Se em determinada região do espaço o valor do campo
vetor campo elétrico. Sendo assim, quando a carga
10 N
for positiva, o vetor campo elétrico apontará para elétrico é de , uma força elétrica de 10 N atuará em
C
fora da carga, em um sentido de afastamento, e cada coulomb de carga de prova colocada naquela região.
quando a carga for negativa, o vetor campo elétrico Logo, se uma carga de prova de 2C for adicionada àquele
apontará para dentro da carga, em um sentido de
10 N
aproximação. espaço, o campo elétrico continuará sendo de , mas
C
  a força elétrica será de 20N.
Q E Q E
+ – Campo elétrico de uma e
Direção e sentido do vetor campo elétrico.
várias cargas puntiformes
O vetor campo elétrico apresenta algumas ca- É possível determinar o valor da intensidade
racterísticas, como a relação que existe entre ele e do campo elétrico gerado por uma carga elétrica
Frente C em qualquer ponto do espaço ao redor dessa car-
mód. 02/15
a força elétrica. Como visto anteriormente, quando
ga. Para isso, podem ser utilizadas as seguintes
02
há uma partícula Q carregada, um campo elétrico
expressões:
surgirá ao seu redor. Esse campo pode aproximar
ou afastar as chamadas cargas de prova – partículas
q eletrizadas – que estiverem na região do campo K Q
Eou
 Q
K K Q  K Q
E  ou E  2
 E ou
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

formado. Quando isso ocorre, uma força elétrica d2 d2 d


d2
mediará essa interação.
482 Sugestão: Professor, apresente de forma rápida a dedução dessas fórmulas
a partir da relação entre as equações do campo elétrico e da força elétrica.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 482 31/08/2021 07:54:22


É importante ressaltar que a intensidade do campo elétrico de força (o que não aconteceria no cruzamento entre duas linhas).
depende somente da carga geradora, do meio onde ela se en- Ainda, a densidade de linhas de força representa a intensidade do
contra e da distância até o ponto analisado. campo elétrico na região, que pode variar de muito intenso até
  nulo, portanto, quanto mais próximo da carga, maior a intensida-
Q P E Q E P de do campo e, quanto mais distante, menor a intensidade.
+ –
A seguir, há um esquema da interação de linhas de cargas
d d de mesmo sinal e de sinais contrários.
Vetor campo elétrico gerado por uma carga positiva e uma negativa.

DKN0049/Shutterstock

DKN0049/Shutterstock
B
Já o campo elétrico para duas ou mais cargas elétricas é
dado pela soma vetorial de cada campo elétrico produzido in- A
dividualmente por cada carga, sendo chamado de campo elé-
C
trico resultante. + – + +
   
ER  E1  E2  ...  En

É importante ter atenção ao analisar o sinal das cargas, pois


este vai interferir na direção e no sentido do vetor campo elétri-
co resultante. Quando a carga é negativa, o vetor campo elétri- Linhas de força resultantes da interação de cargas de sinais opostos e de
cargas de mesmo sinal.
co resultante apontará em direção à carga e, quando a carga é
positiva, o vetor campo elétrico resultante apontará na direção
contrária à carga.
Campo elétrico uniforme
Sendo assim, o campo elétrico resultante em um ponto P indi- Há uma particularidade de campo elétrico em que o vetor de
cará a direção e o sentido do campo elétrico formado pelas cargas. todos os seus pontos apresenta a mesma intensidade, a mesma
direção e o mesmo sentido. Nessa situação, todos os pontos do

FÍSICA • FRENTE C
Q1
+ espaço em estudo têm as mesmas características de campo elé-
trico e determina-se que o campo elétrico é uniforme (C.E.U.).

E2 As linhas de força para o campo elétrico uniforme são retas
P igualmente espaçadas e têm a mesma orientação – saindo das
 cargas positivas em direção às cargas negativas.
θ
EP

DKN0049/Shutterstock

+ E1 + + –
Q2 + + –
+ + –
Vetor campo elétrico resultante de duas +
cargas positivas em um ponto P. + –

Linhas de força de uma e


+ + –
+ + –

duas cargas puntiformes


+ + –
+ + –
+ + –
A existência do campo elétrico depende, necessariamente, + + –
da presença de uma ou mais cargas elétricas, que podem ser + + –
positivas ou negativas. + + –
Para representar a trajetória de uma carga de prova que
sofre a ação de uma força elétrica, são utilizadas linhas radiais Representação de linhas de força em um campo elétrico uniforme.
imaginárias, chamadas de linhas de força. Elas são orientadas
de forma que os pontos do vetor campo elétrico sempre fiquem Observação
tangentes a elas e com o mesmo sinal.
O campo elétrico entre duas placas condutoras retas é
Essas linhas de força apresentam diferenças em relação às uniforme somente entre as placas, pois nas bordas apre-
suas cargas geradoras. Isso significa que, para cargas elétricas senta um aspecto não uniforme, fazendo o desenho de um
positivas, as linhas de força são representadas saindo da carga, semicírculo.
e para cargas elétricas negativas, as linhas de força são repre-

Conceitos de potencial elétrico


sentadas entrando na carga.
DKN0049/Shutterstock

Assim como o campo gravitacional atrai os corpos para o


centro da Terra com uma força F, o campo elétrico também tem
a propriedade de atrair ou repelir as cargas elétricas com a for-
q –q
+ – ça elétrica. Esse processo realizado pelo campo elétrico gera
uma energia chamada potencial elétrica, que pode ser trans-
formada em energia cinética quando as cargas não estão fixas.
A intensidade da energia potencial elétrica dependerá da
interação entre a carga geradora de campo elétrico e a carga de
prova, sendo a distância a variável que influencia a intensidade
Direção e sentido das linhas de força para uma carga
positiva e uma negativa, respectivamente. dessa energia.
Apesar de representarem a trajetória das cargas de prova, A energia potencial elétrica é uma grandeza escalar, medida
o que determinará o sentido em que essas cargas de prova se em J (joule), e pode ser descrita por meio da seguinte equação:
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

deslocarão é a força elétrica.


As linhas de força podem sofrer interferências quando houver K Q q
interações entre cargas e nunca se cruzam, pois o vetor campo elé-
EPE 
d
483

trico de uma carga geradora precisa ser sempre tangente à linha

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 483 31/08/2021 07:55:01


A energia potencial elétrica depende da interação entre carga elétrica está em um ponto A de um campo elétrico, tem
cargas, assim, ao determinar qual é a energia potencial elétrica uma energia potencial armazenada naquele ponto, mas, quan-
associada a um campo elétrico, é preciso considerar a energia do essa carga se desloca dentro do mesmo campo elétrico, indo
armazenada por unidade de carga. para um ponto B, há outra energia potencial elétrica armazenada
A medida associada à intensidade da energia potencial elé- nesse outro ponto. Da mesma forma, cada localidade, A e B, terá
trica é chamada de potencial elétrico. É possível dizer, então, uma intensidade de potencial elétrico, ou seja, há uma variação
que o potencial elétrico é uma grandeza escalar calculada com do potencial elétrico causada pelo deslocamento da carga.
base na quantidade de energia necessária para afastar ou apro-
ximar uma carga elétrica entre dois pontos distintos de uma 
Q1 E
região de campo elétrico. A
+

EPE d
V= Q1
q B
+

● A unidade de medida para o potencial elétrico é o volt (v),


que é equivalente ao joule por coulomb J .
C
Potencial elétrico de uma e
várias cargas puntiformes
Representação da diferença de potencial elétrico pelo deslocamento de
O potencial elétrico apresenta algumas particularidades uma carga elétrica.
quando se está analisando uma região do espaço com uma ou
A diferença de potencial é representada por U e pode ser
mais cargas elétricas.
calculada com a seguinte expressão:
Considere que em um ponto P, distante de uma carga pon- U  VA  VB
tual Q fixa adiciona-se uma carga de prova móvel q. Ao subs-
EPEA EPEB
FÍSICA • FRENTE C

tituir a energia potencial elétrica na expressão do potencial U  VA  VB ou U  


elétrico encontra-se a seguinte equação para o potencial elétri- q q
EPEA EPEB
co de uma carga unitária: U 
q q
Em que:
K Q
V ● U é a diferença de potencial elétrico (V).
d
● V é o potencial em cada ponto (V).
Evidencia-se, nessa expressão, que o potencial elétrico não ● EPE é a energia potencial em cada ponto (J).
depende da carga de prova, mas sim da carga geradora de cam- ● q é a carga de prova (C).

Trabalho da força elétrica


po elétrico, da distância entre ela e o ponto a ser analisado e
da constante eletrostática do meio onde o campo se encontra.
Se a carga geradora for positiva, o potencial elétrico será posi- Como visto anteriormen-
tivo, no entanto, se a carga geradora for negativa, o potencial elé- te, uma carga pode se des- Observação
trico será negativo. Isso pode ser ilustrado nos gráficos a seguir. locar em um campo elétrico,
Essa força elétrica é uma
fazendo com que o sistema
força do tipo conservativa,
Carga positiva Carga negativa adquira uma diferença de
pois não depende da traje-
potencial. Contudo, para que
v v tória realizada pela carga
esse deslocamento ocorra, é
d elétrica ao se deslocar.
necessário que seja realizado
0 um trabalho pela carga elétri-
ca e que também exista uma força elétrica aplicada sobre ela.
Logo, para cada um dos pontos, A e B, existirá uma energia
potencial elétrica associada e, nesse sentido, a diferença des-
sa energia será igual ao trabalho da força elétrica.
0 d
  EPE
Gráficos demonstrando a intensidade do potencial elétrico em razão da   EPE  EPE
distância. A B

Com base nos gráficos, é possível notar ainda que, quanto


maior for a distância, mais próximo de zero será o valor do po- EPE
O potencial elétrico é dado por V = . Logo, a energia po-
tencial elétrico. q
Nas situações em que há mais de uma carga geradora de tencial pode ser escrita como EPE = q · V, para cada ponto, A e B:
campo elétrico, o potencial elétrico resultante será dado pela t = E PE A – EPEB
soma algébrica dos potenciais criados por cada uma das partí-
t = q · VA – q · VB
culas eletrizadas.

V = V1 + V2 + ... + Vn
  q ( v A  vB )

Diferença de
Sendo assim, o trabalho realizado pela força elétrica pode
ser descrito como o produto da diferença de potencial elétrico

potencial elétrico
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

pelo valor da carga que se movimenta.


Como o trabalho realizado pela força elétrica pode ser en-
A diferença de potencial está diretamente relacionada à mo- tendido como a variação da energia potencial, sua unidade de
484

vimentação da carga elétrica em um campo elétrico. Quando a medida, pelo Sistema Internacional de Unidades, é o joule (J).

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 484 31/08/2021 07:55:02


Superfícies equipotenciais
Há algumas propriedades do campo elétrico relacionadas
à variação do potencial elétrico que podem ser definidas após
o conhecimento do trabalho da força elétrica. Essas proprieda- As superfícies ou linhas equipotenciais são caracterizadas
des correspondem às características do potencial elétrico em por apresentarem, em todos os seus pontos, o mesmo valor
razão das cargas geradoras de campo e suas linhas de força. de potencial elétrico. Dependendo do tipo e da quantidade de
À medida que a distância entre uma carga geradora, com cargas geradoras de campo, essas superfícies se apresentarão
sinal positivo, e um referencial externo à carga aumenta, o po- em formatos diferentes, como nos casos a seguir.
tencial elétrico diminui e vice-versa. Logo, a diferença de po- ● Equipotenciais em um campo elétrico gerado por uma
tencial U será positiva e o trabalho realizado pela força elétrica
única partícula eletrizada
também será positivo.

DKN0049/Shutterstock
+
Q Equipotenciais

Linha de força saindo de uma carga elétrica positiva.


q
Por outro lado, se houver uma carga geradora negativa, à +
medida que a distância para essa carga aumenta ao longo da
linha de força, o potencial elétrico também aumenta, pois se
torna cada vez mais próximo de zero. Da mesma forma, quando
a distância diminui, o potencial elétrico também diminui. Desse
modo, a diferença de potencial U será negativa, mas o trabalho Linhas de
realizado pela força elétrica será positivo. força
Representação das linhas de força e
– das linhas equipotenciais para uma
Q partícula eletrizada.

Linha de força entrando em uma carga elétrica positiva. Pode-se notar que, nesse caso, as equipotenciais são apre-

FÍSICA • FRENTE C
sentadas como circunferências, no plano, ou esferas, no espaço.
Portanto, pode-se concluir que, tanto para cargas gerado-
ras positivas quanto para negativas, o potencial elétrico decres- ● Equipotenciais em um campo elétrico gerado por duas ou
ce ao longo e no sentido da linha de força e o trabalho da força mais cargas elétricas
elétrica é sempre positivo. Equipotenciais

DKN0049/Shutterstock
Diferença de potencial para
um campo elétrico uniforme
Com base nas definições de trabalho da força elétrica, é
possível calcular outra grandeza: a diferença de potencial elé- + –
trico de um campo elétrico uniforme.
Considere que uma partícula eletrizada é adicionada a um
campo elétrico uniforme, como na figura a seguir.
Linhas
A B de força
Representação das linhas de força e
das linhas equipotenciais para duas
partículas eletrizadas com cargas de
FE sinais opostos.
+
Nesse caso, as equipotenciais são deformadas pela presen-
Q
ça do campo elétrico gerado pela outra carga, sem apresentar
um formato preciso de esfera ou circunferência.
● Equipotenciais em um campo elétrico uniforme
Equipotenciais
DKN0049/Shutterstock


Linhas de força

Partícula eletrizada positivamente se deslocando em um


campo elétrico uniforme.
Essa partícula se movimentará no sentido da linha de força
devido ao efeito de uma força elétrica que age sobre ela. Como
o campo elétrico é uniforme, ou seja, tem a mesma intensida-
de em todos os pontos, a força elétrica é constante e igual a
FE = q · E.
Representação das linhas de força e
Dessa forma, o trabalho realizado pela força elétrica sobre das linhas equipotenciais em um campo
essa partícula poderá ser calculado utilizando a seguinte equação: elétrico uniforme.
Note que, nesse caso, as equipotenciais são linhas retas ou
superfícies planas.
U  E d
Em todos os casos, as equipotenciais serão perpendiculares
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

às linhas de força e, como não há variação de potencial sobre


É importante notar, com base na ilustração anterior, que
uma linha equipotencial, o trabalho da força elétrica no deslo-
o potencial elétrico diminui no sentido de A para B, enquanto
camento de uma carga elétrica será nulo. Concluímos, então,
permanece constante nos pontos de uma mesma linha perpen-
que a força elétrica só realiza trabalho para deslocamentos de
485

dicular às linhas de força, chamada de linha equipotencial.


cargas entre superfícies com potenciais diferentes.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 485 31/08/2021 07:55:03


FIXAR
KQ
v U  VA  VB
K Q q d
E PE  U  Ed F
d E=
q
Campo elétrico Potencial K·q
elétrico (V) Diferença de E=
• É uma propriedade do espaço ao redor de Energia potencial d2
potencial (DDP)
uma carga elétrica que faz com que essa elétrica (J)
carga possa atrair ou repelir outras cargas
que estiverem na proximidade.
• O campo elétrico só depende da carga elétrica Campo elétrico

geradora para existir. Potencial elétrico (E )
• É uma grandeza vetorial, representado por

E e com unidade de medida, no Sistema e
N
Internacional, de . Campo elétrico
C
Potencial elétrico
• É uma grandeza escalar, medida em volts,
que está relacionada com a energia potencial Trabalho da
FÍSICA • FRENTE C

elétrica em cada ponto de um campo força elétrica Equipotenciais


Vetor campo
elétrico.
elétrico
• Pode ser calculado pela soma algébrica dos
potenciais criados por n cargas.   E PE A  E PEB • Possuem o mesmo valor de poten-
• Quanto maior for a distância da carga Sempre perpen- cial elétrico em todos os seus pontos.
Ou
geradora, mais próximo de zero será o valor dicular às linhas • São sempre perpendiculares às
  q ( VA  VB )
potencial elétrico. de campo. linhas de força.

Interação
1. C5:H18 Leia o enunciado e responda, em seu caderno, às questões propostas.
É comum, principalmente no Brasil, que é um país tropical, observar durante uma tempestade muitos raios e relâmpagos. Esses fenômenos
naturais estão totalmente relacionados aos estudos do campo elétrico e pode-se dizer que a essência deles é essa grandeza física. Além disso,
os seres humanos têm certa responsabilidade no aumento da incidência desses fenômenos nas grandes cidades devido ao aumento da emissão
de gases do efeito estufa, por exemplo.
Contudo, há superstições relacionadas a esse fenômeno natural, o que pode dificultar o entendimento do que é real e do que é lenda sobre a incidência
e as consequências dos raios nas cidades. Por isso, é importante saber como os raios são formados, quais são os reais perigos e as consequências da queda
de raios e como é possível contribuir para que esse fenômeno não se torne mais destrutivo em nosso planeta.
Sendo assim, faça uma pesquisa e responda em seu caderno às seguintes questões.
1. Quais são as relações entre o campo elétrico e a formação dos raios?
2. Como as pessoas podem contribuir para o controle da incidência desses fenômenos nas cidades?
3. De que forma e possível se proteger desses acontecimentos?
4. Elabore possíveis soluções para os problemas que possam ser levantados a respeito das relações entre o aumento da incidência de raios e o local em
que você vive.
Vasin Lee/Shutterstock

EXT21_1_FIS_C_02
486

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 486 31/08/2021 07:55:06


Sabendo que essas superfícies estão distantes 20 cm uma da outra, qual é
Sistematização a intensidade desse campo elétrico?
a) 1 500 V/m
1. C6:H21 Em determinado ponto ao redor de uma carga elétrica
Q, há um campo elétrico cujo vetor campo elétrico tem in- b) 150 V/m
tensidade de 80 N/C. O que isso significa? c) 15 V/m
d) 1,5 V/m
a) Significa que, naquele ponto, cada coulomb de carga está sujeito a e) 0,15 V/m
uma força elétrica com intensidade de 1/80 N.
6. C6:H21 Uma carga puntiforme Q, com intensidade de 8 µC,
b) Significa que, naquele ponto, cada coulomb de carga está sujeito a está no meio de um campo elétrico uniforme. Desprezando
uma força elétrica com intensidade de 80 N. os efeitos da gravidade, qual será a intensidade da força que
c) Significa que, naquele ponto, cada coulomb de carga está sujeito a age sobre essa carga se o campo elétrico em que ela se en-
uma energia potencial elétrica com intensidade de 8 J. contra tem um valor de 4,6 · 105 N/C?
d) Significa que, naquele ponto, cada coulomb de carga está sujeito a a) Terá intensidade de 3,68 N.
um potencial elétrico com intensidade de 80 V. b) Terá intensidade de 368 N.
e) Significa que, naquele ponto, cada coulomb de carga está sujeito a c) Terá intensidade de 0,368 N.
uma força elétrica com intensidade de 1/80 V.
d) Terá intensidade de 36,8 N.
2. C6:H21 Uma carga elétrica puntiforme tem intensidade de e) Terá intensidade de 386 N.
–3 µC. Qual a intensidade, a direção e o sentido do vetor
campo elétrico sobre um ponto P, situado a uma distância de 7. C6:H21 Em um ponto P de um campo elétrico, gerado por
3 cm acima da partícula? uma partícula Q = –2 μC, é adicionada uma carga puntiforme
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2. q = 4 nC. Sabendo que essas duas cargas interagem e estão
separadas por uma distância de 12 cm, determine a intensi-
a) Possui intensidade de 3 · 107 N/C com direção horizontal e sentido
dade da energia potencial elétrica adquirida por q.
para a esquerda.
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2 .
b) Possui intensidade de 9 · 107 N/C com direção vertical e sentido para
cima. a) 6,0 ∙ 105 J

FÍSICA • FRENTE C
c) Possui intensidade de 3 · 107 N/C com direção vertical e sentido para b) 7,2 ∙ 104 J
baixo. c) –6,0 ∙ 10 –4 J
d) Possui intensidade de 9 · 107 N/C com direção horizontal e sentido d) –7,2 ∙ 105 J
para a direita. e) –3,0 ∙ 104 J
e) Possui intensidade de 6 · 107 N/C com direção vertical e sentido para
8. C6:H21 Uma partícula está eletrizada com carga Q = –6 μC,
baixo.
no vácuo, produzindo um campo elétrico ao seu redor. Um
3. C6:H21 Sobre as linhas de força e superfícies equipotenciais, ponto P, distante 5 cm dessa carga, apresenta uma intensidade
marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmações a de potencial elétrico igual a
seguir.
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2 .
a) –10,8 ∙ 106 V.
( ) As linhas de força saem das cargas positivas e vão em direção às b) 1,08 ∙ 10–6 V.
cargas negativas.
c) 10,8 ∙ 105 V.
( ) Em um campo elétrico uniforme, as linhas de força serão sempre retas
d) –1,08 ∙ 106 V.
paralelas e igualmente espaçadas, sendo as superfícies equipotenciais
sempre paralelas a essas linhas. e) –10,8 ∙ 10–4 V.
( ) As superfícies equipotenciais apresentam o mesmo valor de potencial 9. C5:H17 Nos vértices da base de um triângulo estão duas
elétrico para cada um dos pontos que as constituem. partículas eletrizadas, com cargas iguais a QA = 9,6 μC e
( ) A superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas QB = 7,2 μC . Assinale a alternativa que apresenta corretamente
de força. a intensidade, a direção e o sentido do campo elétrico resul-
tante no vértice C do triângulo.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os espaços
acima. Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2.
a) V– V – F – F. d) V – F – V – V. C

b) F – F – V – V. e) F – V – F – F.
c) F – V – V – F.
4. C6:H21 Uma partícula carregada com carga de Q = 3 μC gera 4 cm
um campo elétrico. Nesse campo, é adicionada uma carga de 3 cm
prova, q = 2 nC, a uma distância de 4 cm de Q. Sabendo que
a carga de prova se afastou 5 cm de sua posição inicial, qual
será o valor do trabalho da força elétrica que atua em q?
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2 .
a) 7,5 ∙ 10–5 J d) 2,7 ∙ 10–4 J + +
b) 2,7 ∙ 10–3 J e) 7,5 ∙ 10–4 J
QA QB
c) 7,5 ∙ 101 J
a) Possui intensidade de 0,65 · 10 N/C com direção vertical e sentido
9
5. C5:H17 Em um campo elétrico uniforme, existem duas super-
para baixo.
fícies equipotenciais, A e B, com potenciais elétricos de 40 V
e 10 V, respectivamente. b) Possui intensidade de 1,0 · 109 N/C com direção horizontal e sentido
para a esquerda.
A B
c) Possui intensidade de 6,75 · 108 N/C com direção vertical e sentido
para cima.
EXT21_1_FIS_C_02

d) Possui intensidade de 0,24 · 109 N/C com direção horizontal e sentido


para a direita.
e) Possui intensidade de 1,0 · 108 N/C com direção vertical e sentido
 para cima.
487

E
d

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 487 31/08/2021 07:55:07


10. C5:H17 Duas cargas elétricas estão distribuídas nos vértices 4. C5:H17 (UFRGS-2019) Na figura abaixo, está representado, em
de um triângulo, como na imagem a seguir. corte, um sistema de três cargas elétricas com seu respectivo

Fácil
conjunto de superfícies equipotenciais.
A

3 cm 3 cm

B C

–Q +Q

Sabendo que nos pontos B e C as cargas têm valores de –8 μC e 6 μC,


respectivamente, avalie as afirmações a seguir.
I. O potencial elétrico em A será de 6,0 · 105 V.
II. O campo elétrico resultante em A será, em módulo, igual a 1,0 · 108 N/C.
III. O campo elétrico resultante terá direção horizontal e sentido para
a esquerda.
Selecione a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2.
a) I, II e III são corretas.
b) Apenas I e II são corretas.
c) Apenas I e III são corretas.
d) Apenas II e III são corretas.
e) Todas estão incorretas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado
FÍSICA • FRENTE C

abaixo, na ordem em que aparecem.


Enem e vestibulares A partir do traçado das equipotenciais, pode-se afirmar que as cargas
têm sinais e que os módulos das cargas
1. C5:H17 (UERJ-2019) Na ilustração, estão representados os são tais que .
pontos I, II, III e IV em um campo elétrico uniforme. a) 1 e 2 – iguais – q1 < q2 < q3
Fácil


I E b) 1 e 3 – iguais – q1 < q2 < q3
+ – c) 1 e 2 – opostos – q1 < q2 < q3
+ – d) 2 e 3 – opostos – q1 > q2 > q3
+ – e) 2 e 3 – iguais – q1 > q2 > q3
II III
+ –
5. C5:H17 (PUCRS-2016) Para responder à questão, considere a
+ – figura, que representa as linhas de força do campo elétrico
Fácil

+ – gerado por duas cargas pontuais QA e QB.


IV
+ – A soma QA e QB é necessariamente um número
+ –
+ –

Uma partícula de massa desprezível e carga positiva adquire a maior energia


potencial elétrica possível se for colocada no ponto
a) I.
b) II.
c) III. QB QB
d) IV.
2. C6:H21 (UDESC-2015) Ao longo de um processo de aproxima-
ção de duas partículas de mesma carga elétrica, a energia
Fácil

potencial elétrica do sistema

a) diminui.
b) aumenta. a) par.
c) aumenta inicialmente e, em seguida, diminui. b) ímpar.
d) permanece constante. c) inteiro.
e) diminui inicialmente e, em seguida, aumenta. d) positivo.

3. C2:H6 (UECE-2016) Precipitador eletrostático é um equipamen- e) negativo.


to que pode ser utilizado para remoção de pequenas partículas 6. C6:H21 (UERR-2017) Uma carga elétrica puntiforme de 1,2 µC
Fácil

presentes nos gases de exaustão em chaminés industriais. O move-se entre os pontos A e B de um campo elétrico. Sabendo
Fácil

princípio básico de funcionamento do equipamento é a ioni- que o potencial elétrico no ponto A é VA = 10 V e no ponto B
zação dessas partículas, seguida de remoção pelo uso de um é VB = 3 V, podemos afirmar que o trabalho realizado pela força
campo elétrico na região de passagem delas. Suponha que uma delas tenha elétrica durante esse transporte foi de
massa m, adquira uma carga de valor q e fique submetida a um campo
a) 8,4 ∙ 10–5 J.
elétrico de módulo E. A força elétrica sobre essa partícula é dada por
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

b) 8,4 J.
a) mqE
c) 8,4 µJ.
b) mE/q
d) 30,6 ∙ 10–6 J.
c) q/E
488

e) 30,6 J.
d) qE

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7. C6:H21 (PUCPR-2019) Um sistema de cargas pontuais é for- A respeito das cargas elétricas A e B, é correto afirmar que:
Fácil mado por duas cargas positivas +q e uma negativa –q, todas a) Ambas são eletricamente positivas.
de mesma intensidade, cada qual fixa em um dos vértices de b) Ambas são eletricamente negativas.
um triângulo equilátero de lado r. Se substituirmos a carga
c) B é eletricamente positiva e A é negativa.
negativa por uma positiva de mesma intensidade, qual será
a variação da energia potencial elétrica do sistema? A constante de d) A é eletricamente positiva e B é negativa.
Coulomb é denotada por k. 10. C5:H18 (UECE-2015) Imediatamente antes de um relâmpago,
2kq 2 uma nuvem tem em seu topo predominância de moléculas

Médio
a) com cargas elétricas positivas, enquanto sua base é carregada
r
negativamente. Considere um modelo simplificado que trata
2kq2 cada uma dessas distribuições como planos de carga paralelos
b) −
r e com distribuição uniforme. Sobre o vetor campo elétrico gerado por essas
cargas em um ponto entre o topo e a base, é correto afirmar que
4kq2
c) − a) é vertical e tem sentido de baixo para cima.
r
b) é vertical e tem sentido de cima para baixo.
4kq2
d) c) é horizontal e tem o mesmo sentido da corrente de ar predominante
r no interior da nuvem.
kq2 d) é horizontal e tem o mesmo sentido no norte magnético da Terra.
e)
r
11. C5:H17 (UFAM-2017) A figura a seguir mostra a configuração
8. C5:H17 (CPAEN-2018) Analise a figura abaixo. das linhas de força e de duas superfícies equipotenciais de

Médio
6V um campo elétrico uniforme de intensidade E = 5 · 102 V/m .
Médio

A
–q Fext
A 11 V
C
25 V
100 V
B

FÍSICA • FRENTE C
10 cm

Se uma carga puntiforme q = +0,1 µC é colocada no ponto A, assinale a


B
alternativa INCORRETA.
a) O trabalho da força elétrica que atua na carga puntiforme não depende
da trajetória que liga o ponto A com o ponto C e vale 5 · 10–6 J.
b) A diferença de potencial elétrico entre os pontos A e C vale 50 J.
c) Nenhum trabalho é realizado pela força elétrica ao deslocar a carga
Na figura acima, a linha pontilhada mostra a trajetória plana de uma partí- puntiforme do ponto A para o ponto B.
cula de carga –q = –3,0 C que percorre 6,0 metros, ao se deslocar do ponto d) O potencial elétrico é uma grandeza escalar associada a cada ponto do
A, onde estava em repouso, até o ponto B, onde foi conduzida novamente campo elétrico, de modo que o potencial elétrico no ponto B é maior
ao repouso. Nessa região do espaço, há um campo elétrico conservativo, que o potencial elétrico no ponto C.
cujas superfícies equipotenciais estão representadas na figura. Sabe-se e) O potencial elétrico é uma grandeza vetorial associada a cada ponto
que, ao longo desse deslocamento da partícula, atuam somente duas do campo elétrico, de modo que o potencial elétrico nos pontos A e
forças sobre ela, onde uma delas é a força externa, F. Sendo assim, qual B tem o mesmo valor.
o trabalho, em quilojoules, realizado pela força Fext no deslocamento da
partícula do ponto A até o ponto B? 12. C5:H17 (UFPR-2016)
a) –0,28 d) +0,56 V (mV)
Médio

b) +0,28 e) –0,85 7,5


c) –0,56
9. C5:H17 (UEMG-2019) “Fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel 5,0
Carl Wieman, o projeto PhET Simulações Interativas da
Médio

Universidade de Colorado Boulder (EUA) cria simulações in-


terativas gratuitas de matemática e ciências. As simulações 2,5
PhET baseiam-se em extensa pesquisa em educação e envol-
vem os alunos através de um ambiente intuitivo, estilo jogo, onde os alunos r (cm)
aprendem através da exploração e da descoberta”. 0,0
0 5 10 15 20
Disponível em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/. Acesso: 11 dez. 2018. Verificou-se que, numa dada região, o potencial elétrico V segue o com-
portamento descrito pelo gráfico V x r anterior.
A figura a seguir foi obtida pelo PhET, sendo que duas partículas A e B,
eletricamente carregadas, foram colocadas em uma determinada região (Considere que a carga elétrica do elétron é –1,6 · 10–19 C.)
do espaço. As setas indicam a direção e o sentido das linhas de força do Baseado nesse gráfico, considere as seguintes afirmativas:
vetor campo elétrico do sistema. I. A força elétrica que age sobre uma carga q = 4 μC colocada na posição
r = 8 cm vale 2,5 · 10–7 N.
II. O campo elétrico, para r = 2,5 cm, possui módulo E = 0,1 N/C.
III. Entre 10 cm e 20 cm, o campo elétrico é uniforme.
IV. Ao se transferir um elétron de r = 10 cm para r = 20 cm, a energia
potencial elétrica aumenta de 8,0 · 10–22 J.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.


c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
489

e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 489 31/08/2021 07:55:16


13. C5:H17 (UERN-2015) Os pontos P, Q, R e S são equidistantes
das cargas localizadas nos vértices de cada figura a seguir: 
Fel
Médio

– + – + – +

R S
P Q
– – + + – + + – 
P
Sobre os campos elétricos resultantes, é correto afirmar que:
a) é nulo apenas no ponto R.
b) são nulos nos pontos P, Q e S. Nessas condições, a relação q/m será dada por:
c) são nulos apenas nos pontos R e S. d ⋅ U2
a)
d) são nulos apenas nos pontos P e Q. g
14. C5:H17 (Unesp-2017) Três esferas puntiformes, eletrizadas b) g ⋅ U2
com cargas elétricas q1 = q2= +Q e q3 = –2Q, estão fixas e d
Médio

dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C, em d⋅g


c)
uma região onde a constante eletrostática é igual a K0, con- U2
forme representado na figura. d ⋅U
d)
g
q2 d⋅g
e)
U
r 17. C6:H20 (PUCSP-2015) Por meio do processo conhecido como
eletrização por atrito eletriza-se com um tecido uma pequena
Difícil
C
FÍSICA • FRENTE C

esfera metálica, inicialmente neutra e presa a um suporte iso-


lante. Após o atrito, constata-se que essa esfera perdeu 1,0 · 1020
r elétrons. A seguir, faz-se o contato imediato e sucessivo dessa
esfera com outras três (3) esferas idênticas a ela, inicialmente neutras, fixadas
em suportes isolantes e separadas entre si conforme mostra a figura.
q1 q3 Q2

Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do campo elétrico no Q1 Q3


ponto C devido às três cargas. Os valores de VC e EC são, respectivamente,
θ
4 ⋅K 0 ⋅ Q r r
a) zero e .
r2 c
b) 4 ⋅K 0 ⋅ Q K 0 ⋅ Q .
e 2
r r
c) zero e zero.

d) 2 ⋅K 0 ⋅ Q 2 ⋅K 0 ⋅ Q .
e
r r2 Depois dos contatos, a esfera inicialmente eletrizada por atrito é le-
2 ⋅K 0 ⋅ Q vada para bem longe das demais. Supondo o local do experimento
e) zero e .
r2 eletricamente isolado, k a constante eletrostática do meio do local do
experimento e o potencial de referência no infinito igual a zero, deter-
15. C6:H21 (FGV-SP-2019) Na figura, está representada uma linha mine o potencial elétrico no ponto C devido às cargas das esferas fixas.
retilínea de um campo elétrico; A e B são pontos pertencentes Dado: carga do elétron = 1,6 ·10–19 C.
Médio

a esta linha, e vale a relação VA > VB de seus potenciais


elétricos: 12K
a) sen 
A B r
14 ⋅K
Trata-se de um campo elétrico ________, orientado de ________, e uma b)
r2
partícula eletrizada ________ se deslocaria espontaneamente de ________.
14 K
A alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas é: c) cos 
r
a) uniforme … B para A … negativamente … A para B
16 ⋅K
b) uniforme … A para B … positivamente … B para A d)
r2
c) não uniforme … B para A … negativamente … A para B 14 ⋅K
e)
d) uniforme ou não uniforme … A para B … positivamente … B para A r
e) uniforme ou não uniforme … A para B … negativamente … B para A 18. C5:H17 (UFRGS-2017) Seis cargas elétricas iguais a Q estão
16. C5:H18 (FGV-SP-2016) Muitos experimentos importantes para dispostas, formando um hexágono regular de aresta R, con-
Difícil

o desenvolvimento científico ocorreram durante o século XIX. forme mostra a figura abaixo.
Difícil

Entre eles, destaca-se a experiência de Millikan, que determi- Q


nou a relação entre a carga q e a massa m de uma partícula
eletrizada e que, posteriormente, levaria à determinação da
carga e da massa das partículas elementares. No interior de um recipiente Q R Q
cilíndrico, em que será produzido alto vácuo, duas placas planas e paralelas,
ocupando a maior área possível, são mantidas a uma curta distância d, e
R
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

entre elas é estabelecida uma diferença de potencial elétrico constante U.


Variando-se d e U, é possível fazer com que uma partícula de massa m Q Q
eletrizada com carga q fique equilibrada, mantida em repouso entre as
placas. No local da experiência, a aceleração da gravidade é constante de
490

intensidade g. Q

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 490 31/08/2021 07:55:38


Com base nesse arranjo, sendo k a constante eletrostática, considere as v2
seguintes afirmações. a)
2g
I. O campo elétrico resultante no centro do hexágono tem módulo
igual a 6kQ/R2. b) qE
II. O trabalho necessário para se trazer uma carga q, desde o infinito até mv 0
o centro do hexágono, é igual a –6kQq/R. c) v0
III. A força resultante sobre uma carga de prova q, colocada no centro qmE
do hexágono, é nula. mv 0 2
d)
Quais estão corretas? 2(qE + mg)
a) Apenas I. d) Apenas II e III.
3mEqv 0
b) Apenas II. e) I, II e III. e)
8g
c) Apenas I e III.
22. C2:H6 (Unifor-CE-2019) A preservação do meio ambiente é
19. C5:H17 (Fuvest-2018) Na figura, A e B representam duas placas um dever de todos. Em especial, as indústrias que emitem

Difícil
metálicas; a diferença de potencial entre elas é gases devem controlar a emissão de poluentes no ambiente
Difícil

VB – VA = 2,0 ·104 V. As linhas tracejadas 1 e 2 representam e o não cumprimento dessa obrigação é passível de adver-
duas possíveis trajetórias de um elétron, no plano da figura tências e multas. O Conselho Nacional do Meio Ambiente
B (CONAMA) estabelece três normas que regulam a emissão de efluentes
atmosféricos provenientes de fontes fixas, CONAMA 08/90, 382/06 e 436/11,
fixando assim os limites máximos admissíveis para a emissão de poluentes.
Uma solução eficaz adotada pelas indústrias para controlar esses índices
é o uso de um tipo de filtro, conhecido como precipitador eletrostático,
2 1
que retém as partículas de poluição e as ioniza, fazendo com que adquiram
carga elétrica. As placas de coleta contidas nas laterais do precipitador
atraem as partículas carregadas deixando-as retidas, sendo assim, capazes
de eliminar mais de 99% das cinzas de poluição. A figura a seguir mostra
um comparativo da poluição do ar quando (a) esse equipamento está em

FÍSICA • FRENTE C
A
X funcionamento e (b) quando está desativado.

Considere a carga do elétron igual a –1,6 · 10–19 C e as seguintes afirmações


com relação à energia cinética de um elétron que sai do ponto X na placa
A e atinge a placa B:
I. Se o elétron tiver velocidade inicial nula, sua energia cinética, ao atingir
a placa B, será 3,2 · 10–15 J.
II. A variação da energia cinética do elétron é a mesma, independente-
mente de ele ter percorrido as trajetórias 1 ou 2.
III. O trabalho realizado pela força elétrica sobre o elétron na trajetória 2
é maior do que o realizado sobre o elétron na trajetória 1.
Apenas é correto o que se afirma em
a) I. d) I e II.
b) II. e) I e III.
c) III.
20. C5:H17 (ITA-2019) Na figura mostra-se o valor do potencial
elétrico para diferentes pontos P(50 V), Q(60 V), R(130 V) e (a)
Difícil

S(120 V) situados no plano xy. Considerando o campo elétrico


uniforme nessa região e o comprimento dos segmentos
OP , OQ , OR e OS igual a 5,0 m, pode-se afirmar que a mag-
nitude do campo elétrico é igual a
y
60 V
Q

130 V 0 50 V

R P x

120 V
S

(b)
a) 12,0 V/m.
b) 8,0 V/m. Raymond A. Serway ; John W. Jewett Jr. Física Para Cientistas
e Engenheiros. Vol. 3-8ª Ed. 2012 (Adaptado)
c) 6,0 V/m.
d) 10,0 V/m. Um dos gases poluentes emitidos pelas fábricas é o óxido de enxofre cuja
densidade é ρ = 2,60 kg/m3. Uma partícula de poluição de raio r = 5,0 · 10–4 m
e) 16 V/m.
está inicialmente centralizada entre as placas do coletor cuja distância
EXT21_1_FIS_C_02

EXT21_1_FIS_C_02

21. C6:H21 (ITA-2015) Uma pequena esfera metálica, de massa m e vertical é d = 1,0 cm, conforme figura a seguir. A partícula leva um tempo
carga positiva q, é lançada verticalmente para cima com veloci- total de 1 segundo para atravessar completamente essa região. Quando
Difícil

dade inicial V0 em uma região onde há um campo elétrico de uma diferença de potencial igual a 8,125 · 104 volts é estabelecida entre as
módulo E, apontado para baixo, e um gravitacional de módulo placas do coletor, essa partícula sofre uma deflexão, podendo atingir uma
491

g, ambos uniformes. A máxima altura que a esfera alcança é: dessas placas e ficar retida, filtrando o ar.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 491 31/08/2021 07:55:47


a) g  m 4V  qE d) g  mg 4V  qE
     
k 2 3  2K K 2 3  2K
d g  3m 4V  3qE mg  qE 2V 
b)    e)
2 k 2 3  2K   
K  d 3 
d = 1 cm g qE
c) (m  4V  qE ) 
3k K
24. C6:H21 (Fuvest-2015) Em uma aula de laboratório de Física,
para estudar propriedades de cargas elétricas, foi realizado um

Difícil
experimento em que pequenas esferas eletrizadas são injeta-
das na parte superior de uma câmara, em vácuo, onde há um
Qual deve ser a carga mínima que a partícula deve receber para que fique campo elétrico uniforme na mesma direção e sentido da
retida nesse coletor? (Considere a partícula esférica e use π = 3). aceleração local da gravidade. Observou-se que, com campo elétrico de
módulo igual a 2 · 103 V/m, uma das esferas, de massa 3,2 · 10–15 kg, perma-
a) 1,6 ∙ 10–19 C d) 14,4 ∙ 10–19 C necia com velocidade constante no interior da câmara. Essa esfera tem
b) 3,2 ∙ 10–19 C e) 16,0 ∙ 10–19 C Note e adote: carga do elétron = –1,6 · 10-19 C; carga do próton = + 1,6 · 10–19 C;
c) 11,2 ∙ 10–19
C aceleração local da gravidade = 10 m/s2.
a) o mesmo número de elétrons e de prótons.
23. C6:H21 (IME-2018)
b) 100 elétrons a mais que prótons.
Difícil

c) 100 elétrons a menos que prótons.


d) 2 000 elétrons a mais que prótons.
e) 2 000 elétrons a menos que prótons.
25. C6:H21 (UFMS-2019) Uma partícula de massa 2,5 · 10–21 kg
move-se 4 cm, a partir do repouso, entre duas placas metálicas

Difícil
carregadas que geram um campo elétrico uniforme de mó-
FÍSICA • FRENTE C

dulo igual a 1 · 105 N/C. Considerando que para percorrer essa


distância a partícula gasta um tempo de 4 · 10–6 s, a opção que
dá corretamente o valor da carga elétrica é:
a) 1,25 ∙ 10–16 C d) 1,45 ∙ 10–15 C
+++++++
b) 1,75 ∙ 10–16 C e) 1,15 ∙ 10–15 C
corpo carga c) 2,25 ∙ 10–15
C
E
líquido
26. C6:H21 (UEM-2019) Uma pequena esfera eletricamente car-
regada, de massa m = 10 g e carga q = 5 · 10–6 C, cai vertical-
Difícil

mente a partir do repouso em uma região em que atua um


– – – – – – –
campo elétrico constante e uniforme E . Esse campo tem di-
 reção vertical, aponta para baixo e tem módulo igual a
200 V/m (E é paralelo ao campo gravitacional da Terra no local do experi-
Um corpo encontra-se com 2/3 de seu volume submerso. Uma de suas mento). Despreze a resistência do ar e considere g = 9,8 m/s2. Assinale o
extremidades está presa por uma corda a um conjunto de roldanas que sus- que for correto.
pende uma carga puntiforme submetida a um campo elétrico uniforme. A
(1) Apesar da presença do campo elétrico, a esfera cai com aceleração
outra extremidade está presa a uma mola distendida que está fixa no fundo
constante e igual a g, visto que seu peso é igual a mg.
do recipiente. Este sistema se encontra em equilíbrio e sua configuração
é mostrada na figura acima. Desprezando os efeitos de borda no campo (2) Em módulo, a velocidade da esfera é igual a 4,85 m/s após meio
elétrico, a deformação da mola na condição de equilíbrio é: segundo de queda.
● Dados: a corda e as roldanas são ideais; (3) A esfera percorre 4,85 m no primeiro segundo de queda.
● aceleração da gravidade: g; (4) A razão entre o peso da esfera e a força de origem eletrostática que
● massa específica do fluido: p; atua sobre ela, em módulo, é igual a 98.

● massa específica do corpo: 2p; (5) Se a resistência do ar fosse levada


 em conta, a velocidade terminal
da esfera não dependeria de E .
● constante elástica da mola: k; Soma ( )
● volume do corpo: V;
● intensidade do campo elétrico uniforme: E; GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
● massa da carga elétrica: m; QR Code.
2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
● carga elétrica: +q. 3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste ­módulo.

Cartão-resposta Campo elétrico e potencial elétrico

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_02

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
492

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Condutores em equilíbrio
Em que:

jultud/Shutterstock
Eprox
eletrostático
● ´ é o campo elétrico fora do con-

dutor (N/C).
Um material condutor é aquele que possui elétrons livres ● K é a constante eletrostática do meio.
e, portanto, consegue ter maior mobilidade de cargas elétricas. ● Q é a carga elétrica (C).
Além disso, uma partícula carregada, quando abandonada sob
a influência de um campo elétrico, é capaz de se movimentar ● R é o raio da esfera (m).
espontaneamente caso haja uma diferença de potencial entre ● Δd é a pequeníssima distância de um
dois pontos. ponto P até a superfície do condutor
Quando se eletriza um condutor, as cargas em excesso (m).
ficam em sua superfície, se espalhando por ela até atingir o Quanto mais próximo da superfície es- Capacitores
equilíbrio eletrostático. tiver o ponto, mais próxima de zero será a com formatos e
tamanhos diferentes.
Quando um condutor se encontra em equilíbrio eletros- variação da distância. Logo:
tático, significa que as cargas elétricas desse material não
apresentam, naquele momento, um movimento ordenado K· Q
e com uma orientação definida. Não há um fluxo de cargas Eprox´ =
R2
elétricas no material, mas isso não significa que as cargas es-
tão paradas, e sim que se movimentam de forma aleatória. Embora regularmente seja feita a apro-
ximação de que esse ponto muito perto
Campo elétrico de um corresponde ao valor do campo elétrico na Escola Digital

condutor em equilíbrio superfície da esfera, essa afirmação não está


correta, uma vez que o campo elétrico na su-
O vetor campo elétrico no interior de um condutor em perfície da esfera não pode ser definido.
equilíbrio eletrostático é nulo, seja ele oco ou maciço.
Por meio de um gráfico do campo elé-
Nº de aulas
 trico pela distância, com base no centro da
Eint = 0 esfera, pode-se notar estas relações:
E
02
Se esse campo não fosse nulo, o condutor nunca poderia
estar em equilíbrio eletrostático, pois as cargas sofreriam as Epróx
influências desse campo elétrico e se movimentariam para
outras áreas do condutor.
Além disso, é importante saber que, nos casos de equi-
Eext
líbrio eletrostático, o campo elétrico sempre estará per-
pendicular à superfície do condutor, tendo sua intensidade R d
proporcional à quantidade de cargas presentes na região.

+
+ + Gráfico do campo elétrico de uma esfera condutora
em equilíbrio eletrostático em razão da distância.

Condutores e
Potencial elétrico
+

FIS
E=0 +

de um condutor

capacitores
+ +

+ + em equilíbrio
Sabendo que as cargas de um condutor
Campo elétrico é nulo no interior de um condutor em equilíbrio
eletrostático e perpendicular nas proximidades da superfície do condutor. eletrizado se distribuem em sua superfície,
não haverá diferença de potencial entre
Campo elétrico em um ponto externo duas regiões desse condutor em equilíbrio.
e na superfície de um condutor Isso significa que o valor do potencial elétri-
co será o mesmo para toda a região super-
Nas situações em que o condutor em equilíbrio é esféri-
ficial ou interna de um condutor eletrizado,
co, há uma distribuição uniforme de cargas elétricas Q em
que se encontra em equilíbrio eletrostático.
sua superfície e, para um ponto externo a esse condutor, o
campo elétrico será dado por: + +
A

+
Q +
Eext = k · + C
d2 D
+
Porém, se esse ponto estiver muito próximo da esfera, com
B + + Frente C
uma distância quase igual à de seu raio, pode-se dizer que toda
mód. 03/15
a carga da esfera se concentra no centro e o campo elétrico
03
Distribuição de cargas na superfície de um condutor
naquele ponto será muito próximo de: em equilíbrio eletrostático, formando uma superfície
equipotencial.

K· Q Logo:
Eprox
´ 
EXT21_1_FIS_C_03

2
R  d
VA = VB = VC = VD
Vsup = Vint 493

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Potencial elétrico em um ponto Propriedades dos condutores
externo ao condutor Algumas propriedades são derivadas das características dos
Ao analisar as características do potencial elétrico em um condutores em equilíbrio, proporcionando diferentes aplicações
condutor esférico carregado em equilíbrio eletrostático, per- científicas e tecnológicas no cotidiano. As duas principais pro-
cebe-se que há algumas diferenças em relação ao ponto a ser priedades são: blindagem eletrostática e poder das pontas.
analisado, assim como acontece com o campo elétrico. ● Blindagem eletrostática: Um condutor eletrizado e oco,
Sendo assim, para um condutor esférico carregado, que se que se encontra em equilíbrio eletrostático, pode ser
encontra em equilíbrio eletrostático, e considerando que toda a usado como um “escudo” para corpos que se encontrem
carga do condutor está concentrada no centro da esfera, o valor dentro desse condutor, protegendo-os e os mantendo
do potencial elétrico em uma região externa ao condutor pode
isolados da ação de cargas elétricas no exterior.
ser encontrado por meio da seguinte equação:
+ + +
+ +
K ·Q
v= + +
d
+ +

+ +
A
R + +
P
+ +
d + +
Q
Condutor oco com um corpo protegido
de efeitos elétricos no interior.
Como em seu interior o campo elétrico é nulo e as cargas
FÍSICA • FRENTE C

tendem a se espalhar por toda a sua superfície, o interior desse


Potencial elétrico na região exterior de uma esfera condutora
em equilíbrio eletrostático. condutor fica livre das ações elétricas exteriores. Essa proprie-
dade também é conhecida como a gaiola de Faraday.
Potencial elétrico em um
ponto interno ao condutor
● Poder das pontas: Quando um condutor esférico em
equilíbrio é eletrizado, as cargas na superfície desse con-
Sabe-se que o campo elétrico é nulo em uma região interna dutor se distribuem uniformemente. No entanto, quando
de um condutor esférico em equilíbrio eletrostático, mas e o esse condutor apresenta outros formatos, essa distribui-
potencial elétrico, também será nulo?
ção não é uniforme. Se o condutor possuir uma ponta ou
Nesse caso, o potencial elétrico no interior e na superfície qualquer formato pontiagudo, as cargas vão ter uma con-
de um condutor é igual, portanto: centração maior nessa região em comparação ao resto
do condutor. Com isso, o campo elétrico ao redor dessa
K Q ponta será mais intenso.
v
R
+ + + + + + +
++ +
Essas relações podem ser descritas pelos seguintes gráficos: + +
+
Condutor carregado positivamente + +
v +
+
+
k Q
v +
R +
+
+ +
+ + Distribuição de cargas em uma superfície
condutora pontiaguda em equilíbrio eletrostático.

Por conta disso, um condutor pontiagudo vai se eletrizar


+ R + d mais facilmente que um condutor não pontiagudo. Da mesma
forma, esse condutor vai se descarregar mais facilmente tam-
+ + bém pela região pontiaguda.
v Condutor carregado negativamente Esse fenômeno é responsável pelo funcionamento dos pa-
– – ra-raios, que são hastes de metais condutores com extremi-
dades pontiagudas aterradas. Quando instalados no alto de
– – prédios e casas, oferecem um caminho seguro para as descar-
R gas elétricas provindas de tempestades.
d

Capacitores
– –
– –
Ao estudar as cargas elétricas e a energia, pode-se ques-
tionar se existe alguma forma de armazenar essas cargas ou
k Q
–v  essa energia elétrica com a finalidade de serem reutilizadas em
R algum momento posterior, ou alimentar algum componente in-
EXT21_1_FIS_C_03

EXT21_1_FIS_C_03

terno de um circuito.
Gráficos dos potenciais elétricos de uma esfera condutora que
se encontra em equilíbrio eletrostático em razão da distância. Os capacitores são componentes de um circuito que têm
a capacidade de armazenar uma determinada quantidade de
494

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 494 31/08/2021 07:56:01


carga. Para começar esse assunto, é necessário compreender Há algumas esferas condutoras em um sistema fechado e
qual é a quantidade de carga que um capacitor consegue arma- cada uma está eletrizada com uma carga (Q) e possui capaci-
zenar, ou seja, qual a sua capacitância. tância (C) e potencial (v) específicos, como indicado na imagem.

Capacitância
C1
Cn
Q1 v1 Qn vn
Capacitância é a grandeza escalar que mede a capacidade
de armazenamento de um capacitor e, nos estudos dos con- C2
Q2 v2
dutores elétricos, também indica qual é a capacidade de um Q1= C1 · v1
Qn= Cn · vn
condutor de armazenar carga elétrica. Essa capacidade está
relacionada tanto à quantidade de cargas quanto ao potencial Q2= C2 · v2
elétrico adquirido por um condutor eletrizado e pode ser calcu-
lada pelas seguintes expressões: Três diferentes condutores em equilíbrio eletrostático,
com valores de cargas e capacitâncias específicos.

Ao conectar essas esferas por meio de um fio condutor de


Q ou Q = U · C
C= capacitância desprezível, ocorrerá uma distribuição de cargas,
U de forma que os potenciais se tornem iguais e seja possível atin-
gir o equilíbrio eletrostático.
Observações: Q'1 Q'n
v
● A unidade de medida para capacitância é o farad (F) no C'n
Sistema Internacional, nome dado em homenagem ao fí-
C'1 v
sico Michael Faraday. ...
● Quanto maior a capacitância de um condutor, maior a Q'2 v
quantidade de cargas que pode ser armazenada. C'2

FÍSICA • FRENTE C
É importante ressaltar que uma capacitância de 1 farad é Três diferentes esferas condutoras em equilíbrio eletrostático
conectadas por um fio condutor de capacitância desprezível.
igual a 1 C e, como 1 coulomb de carga é uma quantia muito Aplicando o princípio da conservação das cargas elétricas,
V
a quantidade de cargas antes deve ser igual à quantidade de
alta, 1 farad representa uma capacitância enorme. Por isso,
cargas depois desse processo.
assim como nos estudos das cargas elétricas, serão utilizados
regularmente os submúltiplos, como o microfarad (μF = 10 –6 F) Sendo Q = C ⋅ v, temos para o sistema:
e o picofarad (pF = 10 –12 F).
A capacitância não depende da carga e tampouco do poten- Q1  Q2  ...  Qn
v
cial elétrico; ela depende
 KQformato, das dimensões e do meio
do C1  C2  ...  Cn
 vocapacitor se encontra.
em que o condutor ou R  C Q Para um condu-

tor esférico, por exemplo, pode-se calcular
C  Q KQ a sua capacitância Dessa forma, é possível calcular o potencial comum entre
por meio destas relações:
 U R vários condutores conectados que se encontram em equilíbrio
eletrostático.
R
C
K Potencial eletrostático da Terra
Para os fenômenos que acontecem na superfície da Terra, o
Em que: potencial elétrico é invariável, então considera-se que ele seja
igual a zero.
● R é o raio da esfera (m).
Assim como descrito no primeiro módulo, ao conectar um
● C é a capacitância e tem como unidade de medida o farad (F). corpo carregado à Terra por meio de um fio condutor, há troca
● K é a constante eletrostática do meio. de elétrons, de modo que:
Já para um capacitor plano, formado por duas placas carre- ● Se um corpo carregado positivamente for ligado à Terra
gadas, tem-se: por um fio condutor, de capacitância desprezível, os elé-
trons serão transferidos da Terra para o condutor, dei-
1 A
C
C  1  A xando-o neutro. Já se um corpo carregado negativamente
4K d
4K d
for ligado à Terra por um fio condutor, de capacitância
desprezível, os elétrons serão transferidos do corpo para
A
C
C    A a Terra, deixando-o neutro.
d
d
+ –
+ + – –
Em que:
+ + –
● C é a capacitância (F). – –

– –
● ε é a permissividade elétrica do meio. + + – –
+ –
● A é a área das placas (m²). Fio terra Fio terra
● d é a distância entre as placas (m).
Condutor carregado Condutor carregado

Conexão de condutores
positivamente ligado ao terra. negativamente ligado ao terra.

O que são capacitores?


EXT21_1_FIS_C_03

EXT21_1_FIS_C_03

Quando há dois ou mais condutores eletrizados em um


mesmo sistema isolado, é possível conectá-los para que todos
Os capacitores são estruturas formadas por dois condutores
fiquem em equilíbrio eletrostático. Para isso, considere a se-
separados por um dielétrico (material isolante), que são eletriza-
guinte situação:
495

dos com cargas opostas e de mesma intensidade.

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 495 31/08/2021 07:56:02


Podem ser de diferentes formatos, mas todos têm a mesma Sendo:
função: armazenar cargas elétricas ou, mais especificamente, ● EP: Energia potencial – Unidade no SI: J (joule)
energia potencial elétrica. Diferentemente das pilhas e das bate-
rias, que armazenam grandes quantidades de energia, um capa- ● Q: Carga – Unidade no SI: C (coulomb)
citor consegue armazenar um pequeno número de cargas. Essa ● U: Potencial – Unidade no SI: U (volts)
característica faz com que carregue rapidamente e, assim, contri-
Podemos obter também outras duas expressões para
bui para o funcionamento dos circuitos elétricos, seja em esque-
o cálculo da energia potencial em função da capacidade
mas de proteção, seja em transformações de corrente elétrica.
eletrostática:
Energia armazenada em capacitores
Considere um capacitor sendo carregado por meio de sua li- Q Q
C · U · UC · U · U C · U2 C · U2e Q· Q·
gação com um gerador elétrico, que pode ser uma pilha ou uma Q2 Q2
EP  EP   EP   EP  e EP =e EP = EPC=  EP =
C
bateria, dependendo do circuito em que está sendo emprega- 2 2 2 2 2 2 2·C 2·C
do. Ainda, uma placa do capacitor é ligada ao lado positivo da
bateria, e a outra placa, ao lado negativo.
Desse modo, serão transferidos elétrons para a placa ligada ao
lado negativo e retirados elétrons da placa ligada ao lado positivo.
Associação de capacitores
Um capacitor pode ser adicionado a um circuito elétrico so-
zinho ou com uma associação de capacitores, o que vai propor-
cionar diferentes efeitos no circuito. Além disso, os capacitores
podem ser associados de duas maneiras: em paralelo ou em
Sergey Merkulov/Shutterstock

série.
Na associação em série, os terminais + e - terão uma dife-
rença de potencial U, que se iguala à diferença de potencial
do gerador. Sendo assim, cada capacitor consegue armazenar
FÍSICA • FRENTE C

quantidades iguais de cargas.

Funcionamento de um capacitor ligado a uma bateria,


com dimensões fora de escala. C1 C2 C3 C4 C5
O capacitor ficará totalmente carregado quando a diferença Ueq ser
Essa associação pode U1 descrita
U2  ... matematicamente
Un da se-
de potencial entre suas placas for igual à diferença de poten- guinte forma: Q Q Q Q
cial da bateria, ou seja, quando ele atingir o equilíbrio eletros-    ... 
Ceq C1 C2 Cn
tático, uma placa ficará carregada positivamente, e a outra,
negativamente. 1 1 1 1
   ... 
Ceq C1 C2 Cn
Energia potencial elétrica
em um condutor Para circuitos com apenas dois capacitores em série, po-
Toda vez que um condutor é eletrizado, a cada quantidade de-se calcular a capacitância equivalente utilizando a seguinte
de carga elétrica que ele adquire, ocorre aumento da energia equação:
potencial elétrica armazenada no condutor.
A figura seguinte mostra o gráfico do potencial elétrico C1  C2
Q Ceq 
em função da carga elétrica do condutor. Como C = , tem-se C1  C2
Q U
U= .
C U
Já a associação em paralelo pode ser representada da se-
guinte forma:

U
C1 C3 C2

EP

Circuito com capacitores associados em paralelo.


0 Q Q
A energia potencial elétrica armazenada no condutor é nu- Nesse tipo de associação, a diferença de potencial entre as
mericamente igual à área do triângulo representado no gráfico. placas de cada capacitor será a mesma, e a carga total do ca-
Portanto: pacitor equivalente será a soma das cargas de cada capacitor.
Desse modo, essa associação pode ser descrita matematica-
mente como: Qeq  Q1  Q2  ...  Qn
Q·U U  Ceq  U  C1  U  C2  ...  U  Cn
EXT21_1_FIS_C_03

E P ≅ área ⇒ EP =
2
Ceq  C1  C2  ...  Cn
496

EXT21_1_FIS_C_03.indd 496 10/03/2022 16:15:57


FIXAR
Equilíbrio Capacitores
São estruturas formadas por dois con-
eletrostático As cargas elétricas se
espalham por toda a dutores eletrizados com cargas opostas
superfície do condutor. e por um material isolante entre elas.
Têm a função de armazenar energia
potencial elétrica.
Campo elétrico em um condutor E=0 Capacitância
em equilíbrio eletrostático É a capacidade de um con-
Q
dutor de armazenar cargas C= ou Q  U  C
elétricas. U
Campo elétrico em um K Q
E ext 
d2
ponto externo: C1  v 1  C 2  v 2  ...  Cn  v n
Conexão de v
C1  C 2  ...  Cn
Campo elétrico em um ponto E próx 
K Q condutores Q 1  Q 2  ...  Q n
próximo à superfície R2 ou v 
C1  C 2  ...  Cn
Energia armazenada
Potencial elétrico v int = v sup
em um capacitor

FRENTE CC
A energia potencial elétrica Q U U2  C

FÍSICA •• FRENTE
KQ que fica armazenada em um Ep  ou E P 
Potencial elétrico externo v Ext  2 2
d capacitor pode ser calculada
Considerando que toda a carga pelas expressões a seguir.

FÍSICA
do condutor se encontra em
seu centro.
Associação de capacitores
KQ
Potencial em um ponto v int 
R Associação em série Associação em paralelo
interno ou superficial

Blindagem eletrostática Poder das pontas


C1 C2 C3
+ + + C1 C2 C3 C4 C5
As cargas se distribuem na +
+ + +
++ +
+
superfície exterior do condutor. ++
+
1 1 1 1
+
+
+     C eq  C1  C 2  ...  Cn
+
+ C eq C 1 C 2 Cn
+
+ +

Interação
1. Leia o enunciado e responda, em seu caderno, às questões
propostas. 
Você estudou o que são as descargas atmosféricas (raios) e viu
que o Brasil apresenta grande incidência desses fenômenos 
Atomazul/Shutterstock

naturais devido ao clima e à poluição das grandes cidades. Uma das formas
mais eficientes de proteger casas e outras construções desses raios, que
podem ser bastante destrutivos, é o uso de para-raios. Contudo, por que
uma haste pontiaguda de metal pode proteger esses locais? Como essa
proteção acontece?
Além dos estudos realizados neste módulo e das questões propostas acima,
faça uma pesquisa para responder às seguintes questões:
Como os para-raios funcionam? Para que eles servem? Qual a importância
deles? Todas as casas e os prédios devem fazer uso de para-raios? Eles
podem proteger outras residências ao redor ou apenas a residência em
que estão instalados? Por quê?
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Raio atingindo o para-raios de um prédio.
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Sistematização 5. C5:H18 Um capacitor está carregado com carga de 6 µC e tem
uma capacitância de 12 nF. Sob essas condições, qual será a
1. C6:H21 Considere o objeto a seguir eletrizado feito de material energia potencial elétrica acumulada entre as placas desse
condutor, que está em equilíbrio eletrostático. capacitor?
a) 1,5 · 10–3 J
A C b) 3,0 · 10–3 J
B c) 15 · 10–2 J
d) 30 · 10–2 J
e) 1,5 · 10–4 J

Os pontos A, C e B são as regiões na superfície e no interior do condutor,


6. C5:H17 Observe este gráfico, que se refere ao potencial de um
condutor esférico em equilíbrio eletrostático em razão da
respectivamente. Sabendo disso, selecione a alternativa correta.
distância, e avalie as afirmações a seguir.
a) Os potenciais elétricos de cada região serãov= A v=
B v C =12 mV. v(V)
b) A distribuição de cargas na região A é mais concentrada que na
região C.
5 · 104
c) Os potenciais elétricos de cada região serão v A  vB  v C.
d) A distribuição de cargas na região C é mais concentrada que na
região A.
e) O campo elétrico em cada região é dado por E A > EB > E C .
2. C6:H21 Sobre a blindagem eletrostática e seus efeitos, assinale
y
V para verdadeira e F para falsa nas afirmações a seguir.

30 95 d(cm)
I. O valor da carga envolvida é de, aproximadamente, –1,67 · 10–6 C.
( ) Ao cair um raio sobre um carro feito de fibra de vidro, os passageiros
FÍSICA • FRENTE C

que ali estiverem não sofrerão danos, uma vez que as cargas se distri- II. Em y, o valor do potencial elétrico será de 1,58 · 104 V.
buem na superfície externa do carro. III. O campo elétrico, quando d = 20 cm, será de, aproximadamente,
( ) O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostá- 3,76 · 106 N/C.
tico só será igual a zero se esse condutor for oco. IV. O raio da esfera condutora é de 0,3 m.
( ) Se um celular for embrulhado em papel alumínio, ele não poderá Sabendo que a constante eletrostática do meio tem um valor de
receber chamadas. 9 · 109 Nm²/C², assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
( ) Dentro de condutores em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico é a) Apenas I e II são corretas.
zero. Por isso, qualquer material que esteja dentro do condutor estará b) Apenas I e III são corretas.
livre de efeitos elétricos exteriores a ele.
c) Apenas III e IV são corretas.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os espaços
acima. d) Apenas II e IV são corretas.
a) V– V – F – F. e) Apenas I, II e IV são corretas
b) F – F – V – V. 7. C6:H21 Duas esferas condutoras, uma carregada com carga
c) F – V – V – F. Q e outra neutra, apresentam raios iguais a R e R/2, respecti-
vamente, e estão em um sistema isolado. Ao conectar essas
d) V – F – V – V. esferas por um fio condutor de capacitância desprezível, elas
e) F – V – F – F. atingem o equilíbrio eletrostático.
3. C5:H18 Se for triplicada a quantidade de cargas em um con- A
dutor, o que acontecerá com a sua capacitância e sua diferença R
de potencial?
R
a) A capacitância triplicará, assim como a diferença de potencial. 2
b) A capacitância permanecerá a mesma e a diferença de potencial Sobre a situação das esferas enquanto estão conectadas, analise as afir-
triplicará. mações a seguir.
c) A capacitância será dividida por três e a diferença de potencial per- I. As duas esferas têm o mesmo potencial elétrico.
manecerá a mesma. Q
II. As duas esferas ficam carregadas com carga igual a .
d) A capacitância permanecerá a mesma e a diferença de potencial será 2
dividida por três. III. A capacitância de cada esfera será proporcional ao raio de cada uma
delas, logo, a esfera A terá maior capacitância que a esfera B.
e) A capacitância será dividida por três, assim como a diferença de
potencial. IV. O potencial da esfera A será maior que o potencial elétrico da esfera B.
V. As cargas das duas esferas serão diferentes.
4. C2:H6 Sabe-se que, ao construir uma casa, deve ser feito um
sistema de aterramento para que as cargas elétricas em ex- Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
cesso em um equipamento elétrico não causem acidentes. a) Apenas I e II. d) Apenas II e IV.
Sobre o processo de aterramento, assinale a alternativa b) Apenas I, II e III. e) Apenas III, IV e V.
correta.
c) Apenas I, III e V.
a) Ao ligar à terra um corpo carregado positivamente, as cargas negativas
da terra subirão para o corpo, deixando-o neutro. 8. C5:H18 Três capacitores têm capacitâncias de 4 pF, 6 pF e 8 pF,
respectivamente. O valor do capacitor equivalente será maior
b) Ao ligar à terra um corpo carregado negativamente, as cargas positivas
se esses capacitores forem associados em paralelo ou em
da terra subirão para o corpo, deixando-o neutro.
série?
c) Ao ligar à terra um corpo carregado positivamente, as cargas positivas a) Em série, pois terá valor de 18 pF.
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do corpo descerão para a terra, deixando-o carregado negativamente.


b) Em paralelo, pois terá valor de 10,67 · 10–24 F.
d) Ao ligar à terra um corpo carregado negativamente, as cargas negativas
do corpo descerão para a terra, deixando-o carregado positivamente. c) O valor do capacitor equivalente será igual nas duas situações.
e) Ao ligar à terra um corpo carregado positivamente, as cargas positivas d) Em série, pois terá valor de 10,67 pF.
498

da terra subirão para o corpo, deixando-o carregado positivamente. e) Em paralelo, pois terá valor de 18 pF.

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9. C6:H21 Uma esfera condutora, com raio de 20 cm, se encontra 4. C5:H18 (UEMA-2016) Uma das aplicações dos capacitores é
em equilíbrio eletrostático e está carregada com uma carga no circuito eletrônico de um flash de máquina fotográfica. O

Fácil
igual a 8 μC. Em um ponto P, distante 60 cm do centro da capacitor acumula carga elétrica por um determinado tempo
esfera, terá um campo elétrico E e, na superfície da esfera, um (alguns segundos) e, quando o botão para tirar a foto é acio-
potencial v. Sabendo que a constante eletrostática do meio nado, toda a carga acumulada é “despejada” sobre a lâmpada
tem um valor de 9 · 10 9 N · m²/C², quais são os valores de E e v, do flash, daí o seu brilho intenso, porém de curta duração. Se nesse circuito
respectivamente? houver um capacitor, de dados nominais 315 V e 100 μF, corresponderá a
a) 2,0 · 101 N/C e 3,6 · 103 V. uma carga, em coulomb, máxima acumulada de
b) 2,0 · 101 N/C e 1,2 · 103 V. a) 3,1500. d) 0,0315.
c) 1,125 · 105 N/C e 1,2 · 105 V. b) 0,3175. e) 3,1750.
d) 2,0 · 105 N/C e 1,2 · 105 V. c) 0,3150.
e) 2,0 · 105 N/C e 3,6 · 105 V. 5. C5:H18 (UEFS-2015) Capacitores são comumente utilizados
em uma variedade de circuitos elétricos, como, por exemplo,
10. C5:H18 Três capacitores estão associados em série, de forma

Fácil
ajustar a frequência de rádios, filtros de fontes de alimentação
que todos ficam carregados com carga de 4Q. Sabendo que ou dispositivos de armazenagem de energia em flash eletrô-
a diferença de potencial entre as placas desses capacitores é nico, entre outras aplicações. Considere um capacitor de ca-
igual a 1U, 2U e 4U, respectivamente, qual será o valor da pacidade C = 2,0 µF conectado a uma bateria de 8,0 V. Após ser carregado,
capacitância do capacitor equivalente? esse capacitor apresentará uma energia elétrica, em µJ, igual a
Q2 a) 30. d) 55.
a)
U2
b) 35. e) 64.
b) 7Q2 c) 46.
8U2
4Q 6. C6:H21 (FGV-SP-2018) A gaiola de Faraday é um curioso dis-
c) positivo que serve para comprovar o comportamento das
7U

Fácil
cargas elétricas em equilíbrio. A pessoa em seu interior não
d)
8
sofre descarga.
7

FÍSICA • FRENTE C
e)
8Q
7U

Enem e vestibulares
1. C5:H18 (UECE-2019) Considere um capacitor ideal, composto
de um par de placas metálicas paralelas, bem próximas uma
Fácil

da outra, e carregadas eletricamente com cargas opostas. Na


região entre as placas, distante das bordas, o vetor campo
elétrico
a) tem direção tangente às placas.
b) tem direção normal às placas.
c) é nulo, pois as placas são condutoras.
d) é perpendicular ao vetor campo magnético gerado pela distribuição
estática de cargas nas placas.
2. C5:H18 (UFGD-2015) O para-raios foi construído por Benjamin
Dessa experiência, conclui-se que o campo elétrico no interior da gaiola é
Franklin, sendo constituído por uma haste de metal ligada à
a) uniforme e horizontal, com o sentido dependente do sinal das cargas
Fácil

terra por um fio condutor. Em sua extremidade superior existe


uma coroa de pontas metálicas capaz de suportar o forte calor externas.
gerado pela descarga elétrica. Seu princípio de funcionamento b) nulo apenas na região central onde está a pessoa.
se baseia no poder das pontas do condutor metálico. Quando uma nuvem c) mais intenso próximo aos vértices, pois é lá que as cargas mais se
eletrizada que esteja passando nas proximidades de um para-raios interage concentram.
com ele, surge um forte campo elétrico entre as cargas elétricas da nuvem
e as cargas que surgem na ponta do para-raios, oriundas do aterramento. d) uniforme, dirigido verticalmente para cima ou para baixo, dependendo
O campo elétrico fica cada vez mais intenso até ultrapassar a rigidez dielé- do sinal das cargas externas.
trica do ar (3 x 106 V/m), quando o ar se ioniza formando um caminho e) inteiramente nulo.
condutor até as nuvens. A partir desse momento, ocorrem as descargas
7. C5:H17 (UFPR-2019) Um dado capacitor apresenta uma certa
elétricas.
quantidade de carga Q em suas placas quando submetido a
Médio

Disponível em <http://www.brasilescola.com/fisica/o- uma tensão V. O gráfico apresenta o comportamento da carga


pararaios.htm>. Acesso em: 26 set. 2014. Q (em microcoulombs) desse capacitor para algumas tensões
V aplicadas (em volts).
De acordo com esse texto, o fenômeno de eletrização que surge no para-
Com base no gráfico, assinale a alternativa que expressa corretamente a
-raios antes da descarga elétrica é
energia U armazenada nesse capacitor quando submetido a uma tensão
a) atrito. d) ionização. de 3 V.
b) contato. e) radiação. Q(µc)
c) indução.
3. C5:H18 (UFPE-2015) Um certo capacitor acumula uma carga 64
de módulo Q em cada uma de suas placas quando sujeito a
Fácil

uma diferença de potencial de 4 V. Quando esse mesmo ca- 32


pacitor está sujeito a uma diferença de potencial de 16 V, o
módulo da carga em cada uma de suas placas é igual a
0 2 4 v(V)
a) Q/16.
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b) Q/4. a) U = 24 µJ. d) U = 96 µJ.


c) Q. b) U = 36 µJ. e) U = 144 µJ.
d) 4Q. c) U = 72 µJ.
499

e) 16Q.

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8. C5:H17 (UFRGS-2016) Uma esfera condutora e isolada, de raio 10. C6:H21 (UEG-2016) A figura a seguir descreve um anel metálico,
R, foi carregada com uma carga elétrica Q. Considerando o de raio a, carregado positivamente com carga Q, no ponto P
Médio

Médio
regime estacionário, assinale o gráfico abaixo que melhor KQx
e o campo elétrico é dado pela expressão: E 
representa o valor do potencial elétrico dentro da esfera, como 3

função da distância r < R até o centro da esfera. a2


 x2  2
a) V(r)
a

x P

r
R No limite de x >> a (leia-se x muito maior que a), a expressão do campo
b) V(r) elétrico EP é equivalente
a) ao campo elétrico de uma carga pontual com a carga do anel.
b) à aproximação de a >> x, que leva a um valor nulo nas duas situações.
c) à mesma expressão apresentada no enunciado do problema.
d) à equação EP , salvo uma correção necessária no valor de Q.
r 11. C5:H17 (UEG-2015) Considere uma esfera condutora carregada
R com carga Q, que possua um raio R. O potencial elétrico divi-

Médio
dido pela constante eletrostática no vácuo dessa esfera em
c) V(r) função da distância d, medida a partir do seu centro, está
descrito no gráfico a seguir.

V
(C / m)
FÍSICA • FRENTE C

k0
r
R 1,0x105

d) V(r)

r 0 0,20 d(m)
R
Qual é o valor da carga elétrica Q, em coulomb?
e) V(r) a) 2,0 x 104
b) 4,0 x 103
c) 0,5 x 106
d) 2,0 x 106
12. C5:H18 (Enem-2010) Duas irmãs que dividem o mesmo quarto
r
de estudos combinaram de comprar duas caixas com tampas
Médio

R para guardarem seus pertences dentro de suas caixas, evitan-


do, assim, a bagunça sobre a mesa de estudos. Uma delas
comprou uma metálica, e a outra, uma caixa de madeira de
9.  2:H5 (Mackenzie-2019) Um estagiário do curso de Engenharia
C área e espessura lateral diferentes, para facilitar a identificação. Um dia as
Elétrica da UPM – Universidade Presbiteriana Mackenzie – meninas foram estudar para a prova de Física e, ao se acomodarem na mesa
Médio

montou um circuito com o objetivo de acumular energia da de estudos, guardaram seus celulares ligados dentro de suas caixas. Ao
ordem de mJ (milijoule). Após algumas tentativas, ele vibrou longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os
com a montagem do circuito abaixo, cuja energia potencial amigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagem de que o celular
elétrica acumulada vale, em mJ, estava fora da área de cobertura ou desligado. Para explicar essa situação,
um físico deveria afirmar que o material da caixa, cujo telefone celular não
recebeu as ligações, é de
a) madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira não é um bom
condutor de eletricidade.
+
30V b) metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem eletrostática
que o metal proporcionava.
– C1 C2 C3 C4 c) metal, e o telefone não funcionava porque o metal refletia todo tipo
6µF 2µF 8µF 4µF de radiação que nele incidia.
d) metal, e o telefone não funcionava porque a área lateral da caixa de
metal era maior.
e) madeira, e o telefone não funcionava porque a espessura desta caixa
a) 2. era maior que a espessura da caixa de metal.
b) 3.
c) 4.
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d) 6.
e) 9.
500

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13. C2:H5 (Mackenzie-2018) c) Potencial
Médio
A
V
C
2
C

C
C
4
C
C

B Tempo

Na associação de capacitores esquematizada acima, a capacitância está d) Potencial


indicada na figura para cada um dos capacitores. Assim, a capacitância
equivalente, entre os pontos A e B no circuito, é
V
a) C.
b) 2C.
c) 3C.
d) 4C.
e) 8C.
14. C5:H17 (UEG-2015) A quantidade de carga armazenada em
um capacitor em função do tempo é dada pelo gráfico a seguir,
Médio

no qual a letra C representa a capacitância do capacitor e V, a

FÍSICA • FRENTE C
diferença de potencial entre as suas placas. Tempo

Carga 15. C5:H18 (Enem-2016) Um cosmonauta russo estava a bordo


da estação espacial MIR quando um de seus rádios de comu-
Médio

nicação quebrou. Ele constatou que dois capacitores do rádio


CV
de 3 μF e 7 μF ligados em série estavam queimados. Em função
da disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores defei-
tuosos por um único capacitor que cumpria a mesma função. Qual foi a
capacitância, medida em μF, do capacitor utilizado pelo cosmonauta?
a) 01 c) 2,1 e) 21
b) 0,5 d) 10
16. C6:H21 (UFAM-2016) Considere a situação na qual uma casca
esférica condutora, de raio interno RA e raio externo RB, en-
Difícil

contra-se eletrizada com uma carga +Q.


Tempo
Qual é o gráfico que representa a diferença de potencial no capacitor no
processo de carga? RA
a) Potencial

V
RB

Sejam as seguintes afirmativas, relativas às condições necessárias para


que a casca esférica condutora se encontre em equilíbrio eletrostático:
I. É necessário que esteja neutra.
II. A diferença de potencial entre as superfícies interna e externa deve
ser nula.
Tempo III. O campo elétrico no interior deve ser nulo.
b) Potencial IV. Qualquer aparelho eletrônico colocado dentro da casca esférica ficará
protegido de influências elétricas externas, graças ao fenômeno co-
V nhecido como blindagem eletrostática.
V. O potencial elétrico no interior deve ser nulo. Se houvesse uma di-
ferença de potencial entre dois pontos quaisquer da casca esférica,
os elétrons livres estariam em movimento e não haveria o equilíbrio
eletrostático.
VI. O campo elétrico fora da casca esférica condutora deve ser diretamente
proporcional à carga Q e ao raio externo RB.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e VI estão corretas.
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b) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.


Tempo
c) Somente as afirmativas I, II, V e VI estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
501

e) Somente as afirmativas III, IV, V e VI estão corretas.

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17. C2:H6 (PUCPR-2016) Fibrilação ventricular é um processo de X X
contração desordenada do coração que leva à falta de circu-
Difícil

lação sanguínea no corpo, chamada parada cardiorrespirató-


ria. O desfibrilador cardíaco é um equipamento que aplica um
pulso de corrente elétrica através do coração para restabelecer
o ritmo cardíaco. O equipamento é basicamente um circuito de carga e
descarga de um capacitor (ou banco de capacitores). Dependendo das
características da emergência, o médico controla a energia elétrica arma-
zenada no capacitor dentro de uma faixa de 5 a 360 J. Suponha que o
gráfico dado mostra a curva de carga de um capacitor de um desfibrilador.
O equipamento é ajustado para carregar o capacitor através de uma dife-
rença de potencial de 4 kV.
Q(C)
R d R d
Com base em seus conhecimentos a respeito de eletrostática, analise as
afirmações a seguir.
0,15
I. O gráfico X versus d apresenta a relação entre o campo elétrico com
a distância a partir do centro do condutor esférico.
II. O gráfico Y versus d apresenta a relação entre o potencial elétrico com
a distância a partir do centro do condutor esférico.
0,10
III. A esfera condutora é obrigatoriamente maciça.
1
IV. A relação entre o campo elétrico e a distância é E α , que é a mesma
1 d
entre o potencial elétrico e a distância, V α .
d
0,05 Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas as afirmações III e IV são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
FÍSICA • FRENTE C

c) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.


d) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.
0 2 4 6 V(kV)
20. C2:H5 (UFGD-2018) O arranjo experimental representado na
Qual o nível de energia acumulada no capacitor que o médico ajustou? figura a seguir possui uma fonte de tensão igual a 4 V e três
Difícil

a) 100 J d) 300 J capacitores com capacitâncias C1 = 2 μF, C2 = 4 μF e C3 = 6 μF.


b) 150 J e) 400 J
c) 200 J
C1 C2
18. C5:H17 (UFAM-2017) Uma pilha (ou bateria) só pode fornecer
energia aos poucos, enquanto um capacitor (ou condensador) + –
Difícil

pode fornecer energia com uma rapidez muito maior como,


por exemplo, quando o flash de uma câmera é disparado. Essa C3
capacidade de armazenar cargas elétricas para usá-las futu-
ramente de maneira flexível, quando houver resistência em seus terminais,
torna o capacitor um componente importante. A grandeza física que de-
termina a quantidade de carga que um capacitor é capaz de armazenar é A capacitância equivalente e as cargas armazenadas nos capacitores C1,
sua capacitância, que representa a quantidade de carga que precisa ser C2 e C3 são, respectivamente,
acumulada nas placas para produzir certa diferença de potencial entre elas. a) 3 μF, 4 μC, 8 μC e 12 μC. d) 12 μF, 4 μC, 0,5 μC e 12 μC.
Para um capacitor de placas paralelas, o valor da capacitância depende da b) 6 μF, 12 μC, 0,5 μC e 4 μC. e) 3 μF, 2 μC, 4 μC e 6 μC.
geometria das placas. A figura a seguir mostra o gráfico da carga em função
c) 12 μF, 8 μC, 6 μC e 8 μC.
da diferença de potencial elétrico para três capacitores de placas paralelas,
de mesma área, A, B e C. 21. C6:H21 (FACERES-2016) Uma esfera condutora A de carga
Podemos afirmar que a relação da distância entre as placas dos três QA = 3,0 x 106 C, isolada, encontra-se distante de outra esfera
Difícil

capacitores é: condutora B, descarregada (eletricamente neutra), também


dB dC d) d= isolada, cujo volume é oito vezes maior que o volume da esfera A.
a) d= d= dC
A = A B
2 4
dB dC + + +
dA dC e) d= = + +
b) = d=
b
A
4 2
2 4 + +
+
dA dB + + +
c) = = dC
4 2 A
B
19. C5:H17 (IFSC-2015) Os gráficos abaixo apresentam a relação Um longo fio condutor é então usado para ligar a esfera A na esfera B e
entre duas grandezas físicas com a distância. As duas grande- inicia-se assim uma transferência de carga elétrica.
Difícil

zas físicas em questão estão relacionadas a uma esfera con-


dutora, de raio R, carregada positivamente. longo fio B
condutor
A

transferência de carga
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O fio só é retirado depois de estabelecido o equilíbrio eletrostático.


502

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Equilíbrio eletrostático + +
+ + + 23. C
 6:H21 (ITA-2017) Carregada com um potencial de 100 V, flutua
estabelecido e fio + + no ar uma bolha de sabão condutora de eletricidade, de 10 cm
condutor retirado +

Difícil
+ de raio e 3,3 ×10–6 cm de espessura. Sendo a capacitância de
+ + + +
+ uma esfera condutora no ar proporcional ao seu raio, assinale
+ + + o potencial elétrico da gota esférica formada após a bolha
+ + estourar.
+ +
+ + + + a) 6k
+ + + +
+ + + b) 7 kV
A
B c) 8 kV
Admita que no processo ocorreu conservação da carga elétrica total e que d) 9 kV
o fio condutor não acumule carga alguma. Qual a carga final, respectiva- e) 10 kV
mente, das esferas A e B?
a) 1,0 ∙ 10-6 C e 2,0 ∙ 10-6 C. d) 2,7 ∙ 10-6 C e 3,3 ∙ 10-7 C.
24. C6:H21 (Unicentro-2015) Considerando a associação de capa-
citores em série e em paralelo, assinale a alternativa correta.

Difícil
b) 2,0 ∙ 10-6 C e 1,0 ∙ 10-6 C. e) 1,5 ∙ 10-6 C e 1,5 ∙ 10-6 C.
c) 3,3 ∙ 10-7 C e 2,7∙ 10-6 C.
22.  5:H17 (AFA-2015) Duas grandes placas metálicas idênticas,
C a) Ligados em série, a capacitância equivalente é igual à soma das capa-
P1 e P2, são fixadas na face dianteira de dois carrinhos, de citâncias de cada capacitor.
Difícil

mesma massa, A e B. Essas duas placas são carregadas eletri- b) Ligados em série, a carga acumulada pelo capacitor equivalente é igual
camente, constituindo, assim, um capacitor plano de placas à soma das cargas de cada capacitor.
paralelas. Lançam-se, simultaneamente, em sentidos opostos,
os carrinhos A e B, conforme indicado na figura abaixo. c) Ligados em paralelo, a carga do capacitor equivalente é igual à carga
de cada um dos capacitores associados.
d) Ligados em paralelo, a carga total acumulada pela associação é igual
à soma das cargas de cada capacitor.
e) Ligados em paralelo, a ddp total da associação é igual à soma das

FÍSICA • FRENTE C
ddp parciais.
Difícil 25. C6:H21 (EM-2015) Analise a imagem a seguir.

+Q ++++++++ 156 cm
++ +++
++ ++
++
+++ ++
+
+ O +
SUPERFÍCIE PLANA E HORIZONTAL + R + P
++ ++
++ ++
+++ +
Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do sistema e conside- +++++++++++
rando que as placas estão eletricamente isoladas, o gráfico que melhor
representa a ddp, U, no capacitor, em função do tempo t, contado a partir
Uma carga esférica metálica fina, isolada, de raio R = 4,00 cm e carga Q,
do lançamento, é:
produz um potencial elétrico igual a 10,0 V no ponto P, distante 156 cm da
a) U c) U superfície da casca (ver figura). Suponha agora que o raio da casca esférica
foi alterado para um valor quatro vezes menor. Nessa nova configuração, a
ddp entre o centro da casca e o ponto P, em quilovolts, será
a) 0,01.
b) 0,39.
c) 0,51.
0 t 0 t d) 1,59.
e) 2,00.
b) U d)
U

GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE


GABARITO ONLINE
1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
QR Code.
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2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
3. Odesgabarito
ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
0 deste ­módulo.
t 0 t

Cartão-resposta Condutores e capacitores

1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_03

EXT21_1_FIS_C_03

6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
503

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FÍSICA • FRENTE C

PAUTADA_FIS_EXT
504

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A Ciência no combate à

COVID-19
MATRIZ DE REFERÊNCIA
Conteúdos: Vírus
Eixos: III e IV
Competência: 4 e 8
Habilidades: 14, 15 e 30

Proteína
Spike (S) Proteína N
e RNA

No ano de 2020, a rotina de bilhões de pessoas no mun- Proteína M


do todo mudou por causa do surgimento de uma nova
doença, a covid-19. Escolas e estabelecimentos, como res-
taurantes, cinemas, shopping centers, lojas e escritórios,
foram fechados em prol do combate à disseminação do
vírus que a causa, o SARS-CoV-2.
No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta sobre o surto do
novo coronavírus. Três meses depois, no dia 11 de março de
2020, a OMS decretou o surto como situação de pandemia
devido ao fato de a doença acometer países de todos os
continentes do mundo.
O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez em
seres humanos na cidade de Wuhan, na China, em dezem-
bro de 2019. Wuhan é considerada a 7ª maior cidade da
China, com cerca de 11 milhões de habitantes. Os primeiros
contaminados foram os frequentadores e comerciantes
de um mercado de frutos do mar e animais selvagens. Em
poucos meses a doença se expandiu para muitas regiões
da China e, posteriormente, por diversos países.

O papel da Biologia: do vírus à vacina


Proteína E
A subfamília do coronavírus (Orthocoronavirinae),
constituída por mais 6 agentes patogênicos, é amplamen-
te conhecida em espécies de diferentes animais, mas rara- Bicamada
mente infecta os seres humanos. Esse vírus é constituído
por um núcleo de RNA de fita simples, membrana lipídica
glicoproteica em que se encontram proteínas importan-
E a vacina? lipídica

tes para sua penetração nas células hospedeiras, como S, Cientistas e pesquisado-
E, M e N. A proteína Spike (S) é uma das mais importantes res do mundo inteiro inicia-
para que esse vírus penetre nas células e a responsável ram a corrida para a elabora-
pelo nome do grupo viral “corona”, pois seu aspecto lem- ção de uma vacina contra o
bra uma coroa; essa proteína permite que o vírus reconhe- SARS-CoV-2. Apesar de o de-
ça receptores na célula e a penetre. A proteína E está pre- senvolvimento, a testagem e a
sente no envelope viral, atuando na montagem do vírus. A distribuição de vacinas ser um
proteína M está inserida na bicamada lipídica, exerce fun- processo longo e complexo, as
ção estrutural e participa da replicação viral. A proteína N instituições receberam autori-
permite camuflar o material genético. zação dos órgãos responsáveis
Por meio da proteína Spike ou S, o vírus penetra as cé- para flexibilizar as regras, devido
lulas, pois essa proteína reconhece outra, a Enzima Con- à gravidade da pandemia. Espe-
versora de Angiotensina do tipo 2 (ACE-2), presente nas ra-se que até meados de 2021 já
células do trato respiratório e que atua como um receptor existam vacinas eficazes e segu-
para o vírus. Por meio do receptor ACE-2, o vírus invade a ras à disposição da população
célula e injeta seu material genético (RNA). Dentro da cé- brasileira.
lula, o vírus utilizará o maquinário celular para sua replica-
ção, podendo criar em média 100.000 cópias que, quando
prontas, rompem a célula para infectar novas células.

CIÊNCIAS DA NATUREZA 737


CNT

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O papel da Física: é possível enxergar o novo

CORONAVÍRUS
MATRIZ DE REFERÊNCIA
Conteúdos: Grandezas físicas,
unidades de medida e notação cien-
tífica, ordem de grandeza, prefixos e
algarismos significativos e fenômenos
ondulatórios
Eixos: II
Competência: 1, 5, 6
Habilidades: 1, 17, 18, 21 e 22

Pan Xunbin/Shutterstock
A corrida científica para o combate ao novo co-
ronavírus contou com o auxílio de muitas técnicas,
como as que envolvem a microscopia. Assim como
a maioria dos vírus, o SARS-CoV-2 tem dimensões
que estão na ordem de 0,05 μm a 0,2 μm. Mesmo se
comparados a organismos como bactérias e células,
os vírus ainda são muito pequenos, com dimensões
menores até mesmo que o comprimento de onda
da luz visível, que varia entre 380 e 750 nm. Devido
às pequenas dimensões do vírus, microscópios ópti-
cos não são uma opção para sua observação.
Embora utilizar a luz visível não funcione para
caracterizar os vírus, existem outras maneiras efi-
cazes, entre elas o uso do microscópio eletrônico.
Essa técnica se baseia no fato de que elétrons apre-
sentam comportamento de partícula e onda, en-
tão, com a colisão de elétrons em um corpo, eles
podem sofrer reflexão, difração, entre outros fenô-
menos ondulatórios.
Essa técnica é muito eficaz, pois o elétron tem
um diâmetro menor que 10–15 m, tornando-se uma
excelente partícula para que se possa analisar a
forma do vírus. Dessa forma, é possível obter uma
imagem que permite determinar a presença de
proteínas na camada externa do vírus, conseguin-
do-se, assim, mais detalhes do fármaco a ser utili-
zado para inutilizar essas proteínas, bem como dos
tipos de receptores em células humanas mais com-
patíveis com o coronavírus. Microscópio eletrônico.

CROCOTHERY/ shutterstock

Microscopia eletrônica, renderizada


em 3D, do novo coronavírus.

738

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 738 31/08/2021 07:56:45


O papel da Química: muito mais do que MATRIZ DE REFERÊNCIA

ÁGUA E SABÃO
Conteúdos: Soluções
Eixos: II e III
Competência: 6 e 7
Habilidades: 22, 24 e 27

Para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, algumas barreiras mecânicas são indicadas, como o
uso de máscaras e protetores faciais. Além dessas barreiras, recomenda-se a lavagem periódica das mãos
com água corrente e sabão ou o uso de álcool em gel 70%, quando não houver acesso a outro método. Mas
como esses compostos químicos ajudam a prevenir a contaminação?
Ambos desestruturam a bicamada lipídica (formada de lipídios e proteínas) que reveste o vírus. Assim,
o vírus perde a capacidade de infectar a pessoa. Veja no esquema a seguir por que lavar as mãos com
água e sabão é eficaz no combate ao vírus.

pikisuperstar/ freepik
POR QUE LAVAR AS MÃOS É EFICAZ
NO COMBATE AO CORONAVÍRUS?
Membrana Com as interações, a
Na molécula do sabão, Lipídica Sabão camada lipídica é
existe uma parte polar (com destruída, fazendo com
afinidade com a água) e que as proteínas e outros
uma parte apolar (com fragmentos do vírus
afinidade com a membrana sejam arrastados pela
Água água.
lipídica do vírus).

O sabão é solubilizado
Parte polar Parte apolar
na água e entra em
contato com a camada
lipídica do vírus por
meio de interações
Vírus moleculares.
Moléculas Molécula
de água do sabão

E como esse vírus tem se espalhado?


Em carta aberta à Organização Mundial da Saúde (OMS), 239 cientistas de
diversos lugares do mundo alertam para a possibilidade de transmissão por
gotículas que saem do nariz e da boca das pessoas. As gotículas maiores que
contêm o vírus caem nas superfícies, aumentando o risco de contaminação.
Além disso, as gotículas menores podem ficar em suspensão no ar, permitindo
a transmissão por esse meio. Assim, o vírus, além de ser passado de pessoa para
pessoa, criando milhares de novos casos diariamente e colocando em risco mais
e mais vidas, também é capaz de se manter no ar, em suspensão.

CIÊNCIAS DA NATUREZA 739


CNT

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TESTE SUAS CONEXÕES
1. (UECE-2018) Atente para a seguinte notícia “A Secretaria da Saúde
do Ceará (Sesa) confirmou três mortes e sete casos de gripe H1N1
no Ceará. A doença pode causar febres de até 40°.”(16/04/2018)

Fonte: https://www.opovo.com.br/noticias/saude/2018/04/
confirmados-30-casos-de-h1n1-em-fortaleza.html

No que diz respeito à gripe H1N1, é correto afirmar que

a) para imunizar-se contra a bactéria causadora dessa infecção,


a população deve tomar antibióticos e informar-se por meio
de fontes seguras.
b) a infecção bacteriana H1N1 é a mesma da epidemia conhecida
como “gripe Espanhola” e também “gripe suína”.
c) diante de uma infecção respiratória de causa viral, como é o
caso da H1N1, o antibiótico e a vacina têm o mesmo efeito.
d) a imunização da H1N1, causada por vírus, deve ser feita por
meio de vacinação, além disso, lavar as mãos constantemente
pode diminuir a transmissão do vírus.
Resposta: Letra D. A imunização da gripe causada pelo vírus H1N1 (influenza A) é
feita por meio de vacinação. Os cuidados com a higiene pessoal, como lavar bem as
mãos e utilizar lenços e copos descartáveis, podem reduzir a transmissão do vírus.

DIAS Transmissão
O vírus SARS-CoV-2 é transmitido entre as
pessoas por meio de secreções da boca e
do nariz durante a fala, a tosse ou o espirro.
Período de incubação Quando um indivíduo contaminado espirra
O tempo entre a exposição ao vírus e o apareci- ou tosse sem proteção, ou nas mãos, as
mento dos sintomas da doença (período de gotículas com vírus infectam superfícies ou
incubação) é de 2 a 14 dias, e as infecções se propagam no ar.
respiratórias podem ser de três tipos: brandas,
moderadas de curta duração e infecções graves
(esse quadro é mais comum em pessoas que
estão presentes no grupo de alto risco). Sintomas
Alguns estudos demonstraram que a transmissão
do vírus ocorre antes do início dos sintomas. Os
Prevenção indivíduos com idade acima de 60 anos, diabetes,
hipertensão, doenças pulmonares e sob
tratamento imunossupressor são os mais
propensos a desenvolver quadro grave.
Fique em casa Evite tocar olhos, boca
enquanto e nariz com as mãos
estiver doente. não higienizadas.

Limpe e desinfete
Evite contato próximo objetos manipulados
com pessoas doentes. Febre Tosse Falta
com frequência. seca de ar

Lave sempre as
mãos com água e Evite lugares com
sabão por cerca de aglomerações.
20 segundos. Fadiga Dores
musculares

Cubra sempre o
rosto ao tossir ou
espirrar.

740

PG22LP411SDB0_MIOLO_EXT22_1_FIS_LP.indb 740 31/08/2021 07:56:48


Referências bibliográficas – Volume 1 – Física
ASSAD, G. E. Campo elétrico “na superfície” de um condutor: uma questão a ser esclarecida. Revista brasileira de ensino de física,
São Paulo, v. 34, n. 4, 2012. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbef/v34n4/a24v34n4.pdf>. Acesso em: 25 mai. 2020.
ÁSSIS, A. K. Os fundamentos experimentais e históricos da eletricidade: volume 2. Montreal: Apeiron Montreal, 2018.
CARRON, W.; GUIMARÃES, O. As faces da Física: volume único. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
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dos Campos. Disponível em: <http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/relamp/eletricidade.atmosferica/circuito.eletrico.
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HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física: eletromagnetismo. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 3.
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HEWITT, Paul G. et al. Física conceitual. Porto Alegre: Bookman Editora LTDA, 2015. 820 p.
JÚNIOR, F. R. et al. Fundamentos da Física. 9. ed. São Paulo: Moderna, 2009. v. 2.
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FÍSICA
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SEARS, F. W. et al. Física I. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009. v. 1.
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SERWAY, Raymond; JEWETT JUNIOR, John. Princípios de Física: volume 3. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. v. 3.
REF_EXT21_FIS_L1_LP

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FÍSICA

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