Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Curitiba 2023
ISBN 978-85-535-1773-2
I. Título.
CDD: 530
CDU: 37.046.14:53:371.1
PI_EXT21_1_FIS_LP
PI_EXT21_1_FIS_LP
IV
LIVRO DO PROFESSOR
conhecimentos;
● Recursos digitais que ampliam a exploração dos temas;
● Ferramentas de sistematização dos conteúdos estudados;
● Relatórios de desempenho para os alunos, orientando-os para os próximos pas-
sos nos estudos.
● Solução comentada em vídeo para todas as questões presentes no livro;
● Ambiente virtual de aprendizagem com mais questões, que contribuem para o
reforço dos estudos;
● Ferramenta digital para a prática de produção de textos.
Esses recursos oferecem importante suporte ao trabalho do professor e, mais do
que isso, garantem a possibilidade de que os alunos se preparem de forma autônoma,
sendo protagonistas na organização de sua rotina de estudos de acordo com suas
principais necessidades.
Objetivando a aprovação nos vestibulares e um excelente desempenho no Enem
oferecemos como parte dessa coleção recursos avaliativos que permitirão acom-
panhar o desempenho dos alunos, propiciando diagnósticos mais precisos sobre a
aprendizagem de cada conteúdo, permitindo uma intervenção estratégica e pedagó-
gica pelos professores, para direcionar esforços na melhoria no desempenho dos
alunos no Enem e nos vestibulares.
● Simulados Enem (com correção pelo método TRI e correção de redações pelo
SAE);
● Simulado Fuvest;
● Desafios bimestrais;
● Ferramenta para que os professores gerem suas provas.
● On school: o que o aluno faz no espaço da escola na interação entre professores e colegas nas aulas
presenciais.
● Online: o que o aluno faz junto com a escola, em tempo real, porém com uso de tecnologias de forma
síncrona, como nas aulas on-line.
● On time: o que o aluno faz além da escola, de modo autônomo e personalizado conforme seu interesse,
no tempo e espaço que escolher, fazendo uso da tecnologia de forma assíncrona, como na plataforma
do SAE Digital com as trilhas de aprendizagem, Escola Digital, resolução das questões por meio do QR
Code, livro digital, Projeto de Vida.
PI_EXT21_1_FIS_LP
PI_EXT21_1_FIS_LP
Revisão anual 4
Número de
Componente curricular Ênfase Aulas por semana
frentes
Língua 2
Literatura 2
Língua Inglesa 1 - 2
Álgebra e funções 2
Trigonometria e contagem 1
Mecânica 2
Eletricidade 1
PI_EXT21_1_FIS_LP
PI_EXT21_1_FIS_LP
VI
LIVRO DO PROFESSOR
Moléculas e reações orgânicas 1
Seres vivos 1
História Geral 2
História 2
História do Brasil 1
Sociologia 1 - 1
Língua Espanhola 1 - 1
Arte 1 - 1
Filosofia 1 - 1
*Na apresentação da programação anual de conteúdos, de cada um dos componentes curriculares, serão evidenciadas as organizações
curriculares, bem como indicado o número de aulas necessárias para o trabalho com cada um dos módulos de conteúdo.
PI_EXT21_1_FIS_LP
PI_EXT21_1_FIS_LP
VII
Estrutura do material
LIVRO DO PROFESSOR
Objeto Digital
PI_EXT21_1_FIS_LP
VIII
LIVRO DO PROFESSOR
Enem e vestibulares: ques-
tões selecionadas das últimas apli-
cações do Enem e dos principais
vestibulares do país, organizadas por
nível de dificuldade. Nessa seção são
indicadas as competências e habili-
dades da Matriz do Enem exploradas,
assim como o nível de dificuldade
de cada uma das questões. Todas as
questões possuem um QR code que
direciona a um vídeo explicativo da
resolução.
Médio
Difícil
Fácil
PI_EXT21_1_FIS_LP
leitura, os alunos receberão relatórios de desempenho e preenchimento deve ser feito em caneta azul ou
serão direcionados ao AVA para uma trilha digital. preta, sem rasuras, para que a leitura seja possível
por meio do aplicativo.
IX
Além do material impresso e das avaliações, a Trilha digital apresenta mais de 400 videoaulas e mais de
400 vídeos na Seção Fixar, que correspondem aos módulos do material impresso. Além disso, os mais de 10
mil exercícios do material têm suas resoluções comentadas em vídeos. Por fim, alunos e professores conta-
rão com mais de 4000 questões no AVA para o acompanhamento e consolidação da aprendizagem.
● A trilha tem início pelo estudo proposto no livro do aluno e pelo acompanhamento das aulas.
● As videoaulas da Escola digital e da seção Fixar devem auxiliar os alunos nesse estudo, antes de
darem início à resolução das questões.
● Após a resolução das questões, e o preenchimento e a leitura do cartão-resposta, os alunos terão
identificado os pontos aos quais devem dedicar maior atenção.
● Eles devem, então, assistir aos vídeos das resoluções das questões e, no
AVA resolver mais questões referentes aos temas de maior dificuldade.
● Os desafios e simulados permitem que os alunos analisem o rendi-
mento de seus estudos e identifiquem o que falta para alcançarem
seus objetivos.
Arena SAE
O gerador de provas é um instrumento que auxilia o professor a criar, formatar e aplicar atividades e
provas para seus alunos. Com mais de 80.000 questões, é um banco constantemente atualizado, construído
para permitir ao docente inserir itens autorais, fazer adaptações em questões de domínio público e, o mais
importante, agrupar as atividades de forma rápida e eficiente, facilitando a aplicação e o envio aos alunos.
Essa ferramenta foi construída para potencializar e personalizar o processo de ensino e
aprendizagem, além de facilitar algumas tarefas onerosas aos professores: construção,
edição e aplicação de atividades e provas.
GoogleMeet
Em parceria com o Google, o SAE Digital incorporou o Google Meet ao AVA.
Com essa ferramenta, os professores podem realizar aulas on-line por meio de
videochamadas com alta qualidade de imagem, praticidade e segurança.
Esta tecnologia facilita, aproxima e reforça a comunicação entre alunos e
professores, fazendo com que o aprendizado continue acontecendo fora da es-
cola preconizando a autonomia e a aprovação plena dos estudantes.
Durante as aulas on-line é possível:
● Visualizar todos os alunos participantes;
● projetar a tela para apresentar conteúdos diversos, como imagens, in-
fográficos, vídeos e jogos educacionais;
● compartilhar links e materiais complementares, sendo uma ótima
oportunidade para aproveitar conteúdos interativos; e
● usar o bate-papo para incentivar a participação dos alunos,
funcionando como um canal de comunicação simples e rápi-
do para perguntas e respostas.
Mark Nazh/Shutterstock
PI_EXT21_1_FIS_LP
LIVRO DO PROFESSOR
turmas e componentes curriculares. Com isso, pode-se identificar com maior precisão os pontos fortes e as dificuldades de cada
estudante, permitindo ao professor criar planos personalizados de ensino e programar atividades para cada turma de maneira
individual e independente.
Quadros de conteúdos
Os quadros apresentados a seguir destacam a organização dos conteúdos de cada um dos componentes curriculares, em suas
frentes, ao longo do ano letivo de 32 semanas. Intercaladas às semanas de conteúdo, propomos semanas para a aplicação das
avaliações. O calendário com essas informações está no Portal SAE Digital.
Conhecimentos de Física
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio enfatizam o importante papel do Ensino da Física para a formação de
um cidadão atuante, reflexivo e com pensamento crítico, com embasamento para compreender a realidade em que vive e partici-
par dela.
Ao longo desse processo, é importante demonstrar ao aluno que, como resultado de uma evolução científica, tecnológica, so-
cial e econômica, há a cultura humana e uma cultura que permeia a Física – e ambas não são antagônicas. Assim, ao longo da abor-
dagem dos conteúdos, devem ser desenvolvidas competências que abordem a investigação dos fenômenos físicos, a utilização da
linguagem física e matemática, a contextualização histórica e social, a relação entre ciência, tecnologia e sociedade.
Para isso, os conteúdos foram divididos em três frentes. Na frente A serão abordados conteúdos de mecânica; na frente B, os
conteúdos de ondulatória e termologia; e na frente C os conteúdos de eletromagnetismo.
Assim, o material explora o grande potencial da Física, proporcionando o desenvolvimento das competências necessárias à
formação de um cidadão que possa compreender o mundo ao seu redor por meio do pensamento crítico, que o levará a atuar de
maneira significativa na sociedade.
PI_EXT21_1_FIS_LP
PI_EXT21_1_FIS_LP
XI
Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas
Introdução à Física •
Fundamentos da Ciência
1 Grandezas Físicas • Sistema Internacional de Unidades (SI) • 3
Física
LIVRO DO PROFESSOR
Movimento harmônico
10 Dinâmica do movimento harmônico simples 4
simples
PI_EXT21_1_FIS_LP
XII
LIVRO DO PROFESSOR
Leis de Newton • Aplicações da 2.ª lei de Newton • Dinâmica do
20 Aplicações da dinâmica 2
movimento harmônico simples
Revisão
Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas
PI_EXT21_1_FIS_LP
4
LIVRO DO PROFESSOR
Revisão
Fenômenos ópticos e
14 Instrumentos ópticos • Olho humano • Propagação de calor 1
térmicos
Estudo do calor e dos Fases da matéria • Calor latente • Lei geral dos gases • Máquinas
15 1
gases térmicas • Ciclo de Carnot
Frente C: Eletromagnetismo
Quantidade de
Livro Módulo Título Conteúdos foco
aulas
PI_EXT21_1_FIS_LP
LIVRO DO PROFESSOR
Ímãs e suas propriedades • Campo magnético de um ímã •
3 8 Magnetismo Campo magnético terrestre • Experiência de Oersted • Fontes de 3
campo magnético • Campo magnético uniforme
Revisão
PI_EXT21_1_FIS_LP
Conceitos de
15 Indução eletromagnética • Ondas eletromagnéticas 1
eletromagnetismo
XV
SUMÁRIO
AGCuesta/Shutterstock
Fundamentos da Ciência Física ................ 383
Ondulatória e
FÍSICA
1
termologia
Movimentos e fenômenos
ondulatórios .................................................. 438
Eletromagnetismo
Introdução à eletrostática ...........................471
Campo elétrico e
potencial elétrico .......................................... 482
FF
FF
universo etc.). Algumas áreas
da Física também estudam as-
Grandezas escalares
F
FFF
FFF
FFFF
FFFFFFF suntos mais complexos, como a pos- As grandezas escalares são compos-
FFFFF
sibilidade de existirem mais do que três tas de um número real acompanhado da Frente A
dimensões espaciais, a matéria e a energia escuras, a origem respectiva unidade de medida. mód. 01/22
FIS
tudadas com base nos conceitos da dinâmica. por módulo, direção e sentido, ou seja,
além de apresentarem um valor acompa-
● Termodinâmica: estuda a energia em trânsito (calor), nhado de sua respectiva unidade de medi-
Fundamentos da
suas propriedades e suas transformações. da, também apresentam uma orientação.
● Eletromagnetismo: estuda a união da eletricidade e do Nesse momento, é fundamental sa-
Ciência Física
magnetismo, bem como as causas e as consequências ber distinguir direção de sentido. Direção
dessa junção. é utilizada sempre que se fala de direção
horizontal, direção vertical, direção circu-
● Física moderna: surgiu em meados do século XIX. Alguns
lar etc. Já sentido é utilizado sempre que
exemplos de estudos nessa área são a relatividade, que se fala da direita para a esquerda, da es-
estuda fenômenos relacionados a referenciais inerciais e querda para a direita, de cima para baixo,
não inerciais, e a mecânica quântica, que aborda objetos de baixo para cima, sentido horário, senti-
de dimensões atômicas e subatômicas. do anti-horário etc.
● Física de partículas: é o estudo contemporâneo sobre Isso é o que acontece com determina-
as partículas elementares que constituem a matéria, das grandezas físicas, como velocidade,
preocupando-se com a radiação que emitem e a intera- força, aceleração, empuxo, campo elétri-
ção entre elas. co, entre outras.
Pavel L Photo and Video/Shutterstock
9 Exemplo:
Para deslocar um corpo, é necessário aplicar
uma força. Para se ter a informação completa
EXT21_1_FIS_A_01
383
de Unidades (SI) 1
g
103 kg
103
kg / m3 103 kg / m3
O Sistema Internacional de Unidades (SI) foi criado com o cm3 (102 )3 m3 106
intuito de padronizar as unidades das grandezas físicas ao re-
dor do mundo, sendo muito útil no desenvolvimento científico
● Velocidade ● Volume
e tecnológico. O SI é formado por sete unidades de base, mos-
tradas na tabela a seguir.
1 m3 = 1 000 L
103 m 1
1=
km/h = m/s 1 dm3 = 1 L
Grandeza Unidade Símbolo 3 600s 3, 6
1 cm3 = 1 mL
Comprimento metro m
Massa quilograma kg ● Potência
Tempo segundo s A potência P de uma máquina, de maneira geral, é definida
Corrente elétrica ampere A como a razão entre a energia E utilizada em um determinado
Quantidade de matéria mol mol E
intervalo de tempo t : P . Em alguns países, é comum a uti-
Intensidade luminosa candela Cd t
Temperatura kelvin K lização da unidade de potência hp (horsepower, do inglês).
1 hp = 745,7 W
Unidades derivadas do SI Em algumas áreas de estudo, é mais conveniente utilizar
Existem algumas unidades derivadas das unidades de base
outros sistemas de unidades. Um exemplo é o sistema CGS, no
do SI. A tabela a seguir mostra alguns exemplos de unidades
qual as unidades de comprimento, massa e tempo são respecti-
FÍSICA • FRENTE A
Transformação de unidades
potências de dez. Este conteúdo é trabalhado na questão 15 da seção
Enem e vestibulares.
As imagens es tã
Escala de comparação: medidas de comprimento fora de escala
o
fusebulb/Shutterstock
EXT21_1_FIS_A_01
EXT21_1_FIS_A_01
Linnas/Shutterstock
384
1 mm = 10–3 m
1 pm = 10–12 m 1 ηm = 10–9 m 1 μm = 10–6 m
FÍSICA • FRENTE A
da velocidade pelo tempo do percurso, calcule Δs, em metros, para um
percurso de 2 horas.
Ordem de grandeza
Sabe-se que Δt = 2 horas = 2 · 60min = 120min = 120 · 60 = 7 200s =
Em alguns casos, quando se resolve certos cálculos mate-
7,2 · 103s.
máticos, são utilizados valores aproximados para uma grande-
Δs = v · Δt = (2,5 · 101) · (7,2 · 103) = 1,8 · 105 m za, expressando uma resposta final, em potência de 10, mais
mT 6 ,0 10 24 mmédio 1 10 10 3,16
8 ,16 101
mL 7 , 35 10 22
Portanto, para um número escrito em notação científica
Potenciação como y = m · 10 n, a ordem de grandeza OG é:
Antares A
Aliona Ursu/Shutterstock
NASA
Tigre
apple2499/Shutterstock
EXT21_1_FIS_A_01
EXT21_1_FIS_A_01
385
Algarismos
No resultado da medição de uma grandeza, o número de algarismos significativos
corresponde à quantidade de algarismos contados da esquerda para a direita. Além
significativos
FÍSICA • FRENTE A
disso, o número zero não será significativo quando estiver à esquerda de números
significativos, e as potências de dez não são significativas.
Ao se fazer a medida de alguma gran-
9 Exemplos:
deza física, é comum que essa medida
não tenha total exatidão. Devido a essa 2,49 tem 3 algarismos significativos. 4 · 102s tem 1 algarismo significativo.
imprecisão, introduziu-se a ideia de alga- 0,0017 tem 2 algarismos significativos. 2,00 · 104 m tem 3 algarismos significativos.
rismos significativos.
3,400 tem 4 algarismos significativos.
Algarismos significativos são os
“responsáveis” pela exatidão do resul-
tado numérico da medida de uma gran-
Operações com algarismos significativos
deza física. Na utilização de algarismos Quando ocorre a operação de soma entre dois números, o resultado deve conter
significativos, a casa mais à direita repre- apenas 1 algarismo duvidoso.
senta um valor incerto ou duvidoso. 9 Exemplo:
Suponha que um estudante queira ● 7,43 m + 3,918 m = 11,348 = 11,35 m
medir o comprimento do corpo de um be- Já o resultado de uma multiplicação ou divisão não deve ultrapassar a sensibilida-
souro com uma régua comum, graduada de de qualquer das medidas.
em centímetros, para um trabalho esco-
● 2,35 m · 3,1 m = 7,3 m2
lar, conforme mostrado na figura a seguir.
Algumas equações apresentam constantes que não devem ser levadas em consi-
deração nas operações com algarismos significativos. Em geral, essas regras não são
definidas com rigor absoluto.
algarismos significativos.
Representação de uma medição realizada por um paquímetro.
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampere A
Mochipet/Shutterstock
FÍSICA • FRENTE A
Temperatura kelvin K
A notação científica é
expressa pelo formato: A ordem de grandeza
Sendo que:
y = m · 10n tem como base os
OG = n se m < 3,16
números escritos em
OG = n + 1 se m ≥ 3,16
notação científica.
Interação
1. Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões.
Africa Studio/Shutterstock
Novos smartwatches trazem recursos tão avançados quanto os de celulares
Quando o primeiro relógio inteligente da Apple foi lançado, em 2015, os fanáticos por novas
tecnologias torceram o nariz. Eles não viam sentido em um aparelho que trazia praticamente
os mesmos recursos oferecidos por um smartphone, mas com a desvantagem evidente de ficar preso
no pulso — algo que, segundo os especialistas, soaria anacrônico para os jovens. [...] Erraram feio. Cinco
anos depois, a empresa da maçã não é a única a faturar com as vendas crescentes de smartwatches. [...]
Os números confirmam a ascensão dos smartwatches. [...] O setor vive uma onda inovadora. [...]
Com esses recursos, as marcas poderão avançar sobre o reinado da Apple. É o que a sul-coreana Samsung
planeja com o lançamento do modelo Active 3, que terá acabamento de aço inoxidável e titânio e suporte
para sensores de eletrocardiograma e pressão arterial, além dos atributos típicos dos relógios inteligentes,
como giroscópio, acelerômetro e barômetro.
LOPES, A. Novos smartwatches trazem recursos tão avançados quanto os de celulares. Veja,
17 jul. 2020. Disponível em: http://url.sae.digital/irlBj64. Acesso em: 10 set. 2020.
Uma programadora está fazendo um aplicativo para smartwatches que mede a frequência cardíaca e emite relatórios semanais para que as pessoas que o
utilizarem possam cuidar melhor da saúde. Esse aplicativo medirá constantemente a frequência cardíaca e, após uma semana, mostrará se o usuário está
dentro do padrão considerado normal. A programadora utiliza a tabela a seguir para seus cálculos.
Frequência cardíaca
Público
(batimentos por minuto) Ao final de uma semana, o smartwatch calcula a ordem de grandeza da quan-
Crianças de 8 a 12 anos 85 a 90 tidade total de batimentos do usuário e compara com determinada ordem
de grandeza esperada.
Adultos 60 a 100
a) Após uma semana, para um adulto saudável, essa ordem de grandeza não pode ultrapassar qual valor?
EXT21_1_FIS_A_01
EXT21_1_FIS_A_01
b) Pesquise quais problemas podem ser os responsáveis pelas frequências cardíacas muito altas em adultos. Relate os resultados no espaço a seguir.
387
a) 1,305
a) 23
b) 0,00032
c) 1,45 · 10–4
b) 32 · 104
d) 401,89030
c) 0,45 · 10–3
7. C5:H17 Preencha as lacunas a seguir com os valores corres-
pondentes às unidades solicitadas.
EXT21_1_FIS_A_01
388
do (s), ampere (A), mol (mol), kelvin (K) e candela (cd). Outras
unidades, chamadas derivadas, são obtidas a partir da com-
binação destas. Por exemplo, o coulomb (C) é uma unidade derivada, e a
representação em termos de unidades básicas é 1C = 1 A · s. A unidade
associada a forças, no SI, é o newton (N), que também é uma unidade
derivada.
Assinale a alternativa que expressa corretamente a representação do
newton em unidades básicas.
a) 1 N = 1 kg · m/s2
b) 1 N = 1 kg · m2/s2
c) 1 N = 1 kg/s2
d) 1 N = 1 kg/s
e) 1 N = 1 kg · m/s2
2. C5:H17 (UEMG-2016)
“A moça imprimia mais e mais velocidade a sua louca e
Fácil
solitária maratona.”
FÍSICA • FRENTE A
“imprimia mais e mais velocidade.” Trata-se de uma grandeza relacionada
não à velocidade, mas à mudança da velocidade, em relação ao tempo.
A unidade dessa grandeza física, no Sistema Internacional de Unidades, é
a) m.
b) s.
c) m · s–1.
d) m · s–2.
3. C5:H17 (UFU-2018) Em 2014, um importante trabalho publi-
cado revelou novos dados sobre a estrutura em larga escala
Fácil
EXT21_1_FIS_A_01
b) 106 e 103.
c) 108 e 104.
d) 108 e 105.
389
e) 1010 e 106.
a) coulomb e segundo.
b) volt e segundo.
c) coulomb e volt.
d) joule e volt.
e) volt e ohm.
9. C5:H17 (Enem-2017) Uma empresa especializada em conser-
vação de piscinas utiliza um produto para tratamento da água
Médio
EXT21_1_FIS_A_01
c) 28,80.
d) 32,25.
e) 49,50.
390
FÍSICA • FRENTE A
Fonte: adaptado de http://www.newsjs.com - redação
olhardigital.uol.com.br. Acesso em 01/09/2016.
a) 100 anos.
b) 101 anos.
c) 102 anos.
d) 103 anos.
e) 104 anos.
12. C6:H20 (EEAR-2016) Uma hélice de avião gira a 2 800 rpm. Qual
a frequência (f ) de rotação da hélice, em unidades do Sistema
Médio
a) 16,7
b) 26,7
c) 36,7
d) 46,7
EXT21_1_FIS_A_01
b) s/m3.
c) m3/s.
391
d) m/s.
a) 1 kWh = 3,6 J.
b) 1 J = 3,6 · 106 kWh.
c) 1 J = 3,6 kWh.
d) 1 kWh = 3,6 · 106 J.
19. 5:H17 (Fuvest-2019) Forma‐se uma pilha de folhas de papel,
C
em que cada folha tem 0,1 mm de espessura. A pilha é formada
Difícil
EXT21_1_FIS_A_01
e) do diâmetro da Terra.
FÍSICA • FRENTE A
b) m2/kg.
c) L/km.
d) m/kg.
22. 5:H17 (Unesp-2016) Um torneio de futebol será disputado por
C
16 equipes que, ao final, serão classificadas do 1º ao 16º lugar.
Difícil
a) s. c) s–2.
b) s .
–1
d) s2.
24. 5:H17 (UERJ-2016) Admita que a ordem de grandeza de uma
C
medida x é uma potência de base 10, com expoente n inteiro,
Difícil
1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E 22 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_01
EXT21_1_FIS_A_01
5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E 23 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E 24 A B C D E
393
Grandezas
Escola Digital
de dimensional de s é [s] = L, é possível afirmar que
a t2
fundamentais [v0 · t] = L e que
2
= L.
A → grandeza física X = K · A a · B b · Cg
[A] → unidade dimensional de A
FIS
03
número puro é 1. Assim, tem-se:
Esse método é uma forma de prever uma equa-
[n] = 1 se n for um número puro. ção física ou relembrar uma fórmula.
Este conteúdo é trabalhado na questão 22 da seção
9 Exemplo
Introdução à Física
[ T ] kg m 2 [ T ] kg m m s 2
Então, para a unidade dimensional: s
[ T ] kg m s 2 [ T ] M L T 2
s L
v L T 1 M 0 L0 T 1 M L T 2
t T
Com isso, tem-se:
Logo, a dimensão de velocidade é a razão entre compri-
1 1
mento e tempo, no caso, m/s. 0 ; 0 ; 1 2 ;
2 2
Adição e subtração Por fim:
1
Nas operações de adição e subtração que tradu- 1
1
l 2
zem uma lei física, sempre é preciso considerar a homo- T K l 2 g 2
T K
g
geneidade, isto é, os dois lados de qualquer igualdade
l
devem ter necessariamente as mesmas dimensões. T 2
EXT21_1_FIS_A_02
EXT21_1_FIS_A_02
g
Na expressão acima, o 2 p é equivalente à constante K.
394
M
MMM
dos corpos sem considerar as causas deles. A condutora está em repouso, pois
M
MMM
M
não se movimenta e não muda sua
MMM
Ainda, toda descrição cinemática está relacio-
MMMM
nada a um referencial e aos conceitos de ponto posição em relação ao referencial.
M M
material, corpo extenso, movimento, repou- O ponto de ônibus e a moça sen-
so, trajetória, deslocamento e velocidade. tada nele estão em movimento,
Ponto material
pois suas posições se alteram em
relação ao referencial.
Portanto, os conceitos de
Macrovector/Shutterstock
Trajetória
Quando as dimensões do corpo são desprezíveis com rela- A trajetória é o caminho que o corpo percorre no decorrer
FÍSICA • FRENTE A
ção às dimensões do fenômeno estudado, define-se esse corpo do tempo. Neste caso o referencial adotado é importante, já
como ponto material. Contudo, mesmo tendo dimensões des- que observadores em referenciais diferentes poderão obser-
prezíveis, sua massa não é desprezível. var trajetórias distintas de um mesmo fenômeno.
Movimento e repouso
Na Física, é possível estar em movimento e em repouso
ao mesmo tempo, portanto, nesse contexto, o referencial é
essencial.
● Movimento: quando um corpo muda sua posição em re-
lação ao referencial adotado.
● Repouso: quando um corpo não muda sua posição em
relação ao referencial adotado.
9 Exemplo:
De acordo com os referenciais da imagem abaixo, tem-se:
● Ponto de ônibus como referencial
A moça sentada está em repouso, pois ela não se movimenta e não
muda sua posição em relação ao referencial. Em relação à trajetória, é possível afirmar que:
O carro e sua condutora estão em movimento, pois suas posições ● Quando o referencial for o piloto do avião, a trajetória da bomba
será reta e vertical.
se alteram em relação ao referencial.
● Quando o referencial for quem estiver no solo, a trajetória da bomba
será parabólica.
Visual Generation/Shutterstock
EXT21_1_FIS_A_02
EXT21_1_FIS_A_02
395
∆s = sf – s 0
9 Exemplo
O sinal positivo referente ao valor do deslocamento Ds não Considere um móvel que parte da cidade X, vai até a cidade Y e volta
precisa ser expresso, ao contrário do sinal negativo. Quando para a cidade X.
o valor do deslocamento for negativo, entende-se que o movi-
mento é no sentido contrário ao eixo positivo adotado.
Já quando o sinal é ignorado e, portanto, o sentido do des-
locamento também, é obtido o módulo ou o valor absoluto do
deslocamento.
∆s1 ∆s2
9 Exemplo
Imagine um carro que vai de um ponto X a um ponto Y em uma estrada,
passando pelos pontos A, B e C. É possível definir a posição (s) desse carro
na estrada com base nestas condições:
1) Adoção de um ponto dessa trajetória conhecido como origem.
FÍSICA • FRENTE A
d1 s1 20 km 25 km 45 km
d 2 s 2 25 km 20 km 45 km 45 km
EXT21_1_FIS_A_02
EXT21_1_FIS_A_02
Outra forma de verificar a velocidade média é por meio da inclinação da reta dos gráficos da posição em relação ao tempo.
9 Exemplo
O gráfico a seguir representa o movimento de um cachorro em determinado intervalo de tempo.
FÍSICA • FRENTE A
EXT21_1_FIS_A_02
EXT21_1_FIS_A_02
é possível verificar a velocidade escalar instantânea em que o veículo está naquele momento.
Cinemática escalar
• Ponto material: as dimensões do corpo são desprezíveis em relação às dimensões do fenômeno estudado.
FÍSICA • FRENTE A
• Corpo extenso: as dimensões do corpo não são desprezíveis em relação às dimensões do fenômeno estudado.
• Referencial: toda cinemática deve ser descrita conforme determinado referencial. A mudança de referencial pode mudar a descrição.
• Trajetória: depende do referencial. Observadores em referenciais diferentes poderão observar trajetórias distintas de um mesmo fenômeno.
• Deslocamento: é a variação do espaço e é expresso matematicamente como ∆s = sf – s0.
• Distância percorrida: é dada pela soma dos módulos dos deslocamentos escalares e expressa matematicamente como d s1 s 2 ...
• Velocidade média: razão entre o deslocamento (Ds) e o intervalo de tempo (Dt) durante o qual esse deslocamento aconteceu. É matematica-
s
mente expressa por v m .
t
• Velocidade escalar instantânea: é a que um corpo tem em um exato instante de tempo.
Interação
1. Leia o texto abaixo e, em seguida, responda à questão • O primeiro usuário do transporte coletivo chegou ao ponto de
proposta. encontro em 16’30”, com saída da Zona Norte (Praça da Bíblia).
SORRILHA, F. “Desafio Intermodal” irá refletir sobre transporte mais eficiente. Prefeitura
“Desafio Intermodal” irá refletir sobre de Sorocaba, 22 nov. 2016. Disponível em: http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/desafio-
transporte mais eficiente intermodal-ira-refletir-sobre-transporte-mais-eficiente/. Acesso em: 20 jul. 2020.
O evento não é uma competição. Serve como pesquisa para avaliar O Desafio Intermodal, feito no horário de pico de trânsito, serve para que
o desempenho dos seis tipos de modalidades de deslocamento (a pé, seja dado destaque à mobilidade urbana e, com isso, sejam pensadas
bicicleta, motocicleta, automóvel, táxi e transporte coletivo), que sairão políticas públicas a respeito.
de quatro pontos da cidade para medir qual deles consegue se deslocar Um estudante da cidade citada está decidindo se é melhor ele voltar de
com mais eficiência na cidade e chegar à Praça do Campolim, na Zona Sul, bicicleta ou de transporte público de uma de suas aulas, que acaba no horá-
ponto de encontro final desta ação. rio de pico. Em ambos os casos, a distância que ele vai percorrer é de 8 km.
Os locais de saída serão: Ginásio de Esportes Dr. Gualberto Moreira, Considerando que a velocidade de cada meio de transporte no horário de
Praça Carlos de Campos, Praça São José e Largo do Divino. Cada saída pico é a mesma registrada no Desafio Intermodal, respectivamente, qual é
possui trajeto com 3,5 km de extensão. o tempo aproximado economizado, em minutos, em 20 dias se o estudante
[...] optar pela modalidade mais rápida?
Modais por tempo de chegada:
• A primeira bicicleta chegou ao ponto de encontro em 7’45”, com
saída da Zona Leste (Praça do Tropeiro).
• A primeira motocicleta chegou ao ponto de encontro em 8’57”,
com saída da Zona Sul (Parque do Campolim).
• O primeiro automóvel chegou ao ponto de encontro em 12’36”,
com saída da Zona Sul (Parque do Campolim).
EXT21_1_FIS_A_02
FÍSICA • FRENTE A
8. C6:H20 Um automóvel percorre uma estrada retilínea, sempre
3. C5:H17 Muitas vezes, é comum anunciar o consumo de energia no mesmo sentido, de comprimento total igual a 20 km. Ele
elétrica de um aparelho em unidade quilowatts por hora. Essa percorre o primeiro trecho, de 15 km, em 15 minutos. O se-
unidade está correta? Explique. gundo trecho é percorrido em 3 minutos. Determine, em km/h,
a velocidade escalar média do automóvel v1 no primeiro trecho
e a v2 no segundo trecho.
399
Fácil
1. C6:H20 (COTUCA-2020) partir das posições registradas durante seu deslocamento.
Fácil
Fácil
● 1 ano é aproximadamente igual a 3 · 107 s; Internacional, unidade de medida de
FÍSICA • FRENTE A
Kylian Mbappé é marcado por Javier Mascherano e Nicolás No caso de um automóvel que trafega na velocidade máxima permitida,
Tagliafico no jogo contra a Argentina (Foto: Getty Imagens) o tempo, em milissegundos, medido pelo dispositivo, é
a) 8,3. d) 45,0.
Além dos dois gols na vitória da França sobre a Argentina por 4 a 3, o camisa
10 francês protagonizou uma arrancada incrível ainda no primeiro tempo b) 12,5. e) 75,0.
da partida disputada na Arena Kazan, válida pelas oitavas de final da “Copa c) 30,0.
do Mundo da Rússia 2018”. Mbappé percorreu 64 m do gramado com uma
velocidade média de 38 km/h. O lance culminou em um pênalti a favor da
6. C5:H17 (UECE-2019) Um dispositivo eletrônico muito comum
nos celulares tipo smartphones é o acelerômetro. Entre as
seleção europeia, convertido por Griezmann.
Fácil
EXT21_1_FIS_A_02
FÍSICA • FRENTE A
nesses tempos.
9. C5:H17 (EFOMM-2018) Observando um fenômeno físico,
Tamires, uma pesquisadora da NASA, verificou que determi-
Médio
EXT21_1_FIS_A_02
d) 50 m/dia.
13. C5:H17 (UECE-2019) Assinale a opção que apresenta a mesma
unidade de medida de energia cinética.
Médio
a) (movimento linear)2/massa
b) (movimento linear)/massa
c) massa · comprimento
d) massa · aceleração
14. 5:H17 (UDESC-2016) Ao resolver alguns exercícios, um estu-
C
dante de Física achou interessante inventar uma nova grandeza
Médio
B C
Considere que a distância entre os pontos A e C seja 50 m, que a distância
entre A e B seja 30 m, que a distância entre B e C seja 40 m, que Marcos
e Pedro nadem com velocidade média de 1,0 m/s e que Pedro corra
com velocidade média de 3,0 m/s. Ao realizarem a travessia, partindo no
mesmo instante,
a) Marcos chega ao barco 1,0 segundo antes de Pedro.
EXT21_1_FIS_A_02
EXT21_1_FIS_A_02
FÍSICA • FRENTE A
18. C5:H17 (Unicamp-2018) Materiais termoelétricos são
aqueles com alto potencial de transformar calor em
Difícil
EXT21_1_FIS_A_02
d) β = 0, γ = 1, e δ = 3
e) β = −10, γ = 3, e δ = 9
403
c) L–2T–2
d) L1–NT2
e) L–2TN–1
22. 5:H17 (UECE-2019) Considere um pêndulo simples oscilando
C
sob efeito da gravidade. A partir da análise dimensional, po-
Difícil
1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E 22 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_02
5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E 23 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
404
Movimento uniforme
A decomposição de vetores é uma das opera-
ções possíveis de serem realizadas com vetores. Ela
Representação de um vetor. determina os componentes de um vetor sobre os
O módulo de um vetor é a sua intensidade, a di- eixos x e y do plano cartesiano.
reção é a reta por onde passa esse vetor e o sentido Na realização da decomposição de vetores, po-
é indicado pela seta. Para que dois vetores sejam de-se fazer o processo inverso da soma da regra do
iguais, é necessário que essas três características paralelogramo, ou seja, qualquer vetor pode ser de-
sejam iguais. composto em outros dois vetores perpendiculares
Soma vetorial
entre si. Para isso, deve-se traçar na origem do vetor
um eixo y e um eixo x e, depois, desenhar as retas pa-
Para efetuar a soma de grandezas vetoriais, há ralelas aos eixos passando pela extremidade do vetor.
duas regras que podem ser utilizadas: a regra do y
polígono e a regra do paralelogramo. Um ponto im-
portante é que, qualquer que seja a regra utilizada
para efetuar a soma dos vetores, o resultado deve
ser sempre o mesmo.
Regra do polígono
v2
A regra do polígono pode ser utilizada para reali- vy
zar a soma de dois ou mais vetores.
Para realizar a soma vetorial basta ligar as ex- α
x
tremidades dos vetores, sem alterar o módulo, a di-
FIS
vx
reção e o sentido. O vetor resultante da soma será
aquele que liga a origem do primeiro vetor à extre-
Decomposição do vetor nos eixos x e y.
midade do último vetor. Veja o exemplo a seguir.
Observe que na área hachurada há um triângu-
v1 + v2 + v3 = vR lo retângulo. Sendo assim, pode-se usar as relações
v2
v1 trigonométricas e encontrar os módulos dos veto-
res v x e v y.
v1 + v2 + v3 = v3
Para o vetor v x tem-se a seguinte relação:
gd_project/shutterstock
vR
v
Vetor resultante cos() x
da soma vR
Soma vetorial usando a regra do polígono.
v x vR cos ()
Para obter o módulo do vetor soma, é interes-
sante que os vetores estejam sobre um espaço
quadriculado, pois, assim, é possível usar regras de Para o vetor v y tem-se a seguin-
geometria e encontrar seu módulo. te relação:
Regra do paralelogramo
v
s e n() y
Quando há apenas dois vetores para serem soma- vR
dos, é possível utilizar essa regra. Para obter o vetor
soma, basta ligar as duas origens dos vetores soma- v y vR s e n()
dos e desenhar uma reta paralela a cada um dos ve-
tores passando por suas extremidades. A origem do
vetor resultante é a mesma dos vetores somados e
EXT21_1_FIS_A_03
405
Definições de
movimento uniforme
A palavra uniforme na Física remete à ideia de constân- Vista aérea das marginais Pinheiros e Tietê, na cidade de São Paulo.
cia, ou seja, de algo que não se altera. No caso dos movimen-
Este conteúdo é trabalhado na questão 6 da seção
tos, é classificado como movimento uniforme aquele em
Enem e vestibulares.
que o corpo permanece com a velocidade escalar constante
e diferente de zero ao longo do tempo.
÷ 3,6
Comumente, a velocidade é uma grandeza física vetorial
que indica a ideia quantitativa da rapidez com que um corpo
se movimenta. Pode-se considerar que a velocidade é a taxa km/h m/s
de variação do espaço em relação ao tempo, ou seja, a razão
do deslocamento em um determinado intervalo de tempo. X 3,6
Matematicamente a velocidade média do movimento pode
ser expressa como:
No movimento uniforme, a taxa com que a posição do cor-
po varia no tempo é constante. Portanto, pode-se concluir que:
s s s0
vm
t t t 0
O corpo percorre espaços iguais em interva-
los de tempo iguais.
EXT21_1_FIS_A_03
EXT21_1_FIS_A_03
hu
Considera-se em movimento progressi- ut
h/
S
aw
vo aqueles móveis que estão no sentido po- Es
sar
r;
sitivo da trajetória. Utilizando como exemplo ce
ne
Ra
o esquema presente na página, o carro azul
está movimentando-se no sentido da traje-
tória, ou seja, é um movimento progressivo.
No entanto, o carro verde, que está no senti-
do contrário, está realizando um movimento
Função horária
da posição
chamado retrógrado.
Matematicamente, no movimento retró-
grado Ds < 0 e v < 0, enquanto no movi- Para fazer previsões da posição dos
mento progressivo o Ds > 0 e v > 0. móveis em determinados instantes no mo-
É importante destacar que o vimento uniforme, é possível utilizar a função
sinal da velocidade apenas está da posição em relação ao tempo, que é obtida da
indicando o sentido do móvel definição da velocidade.
de acordo com a orienta-
s s s0
ção da trajetória adotada vm
t t t 0
e não tem relação com
o módulo da velocida- Considerando t 0 = 0, tem-se:
de. Por exemplo, um
s s0
FÍSICA • FRENTE A
móvel que está a v v · t s s0
t
uma velocidade de
60 km/h no sen- Isolando o s, obtém-se a seguinte função horária da posição:
tido da trajetória
(velocidade posi- s s0 v · t
tiva, v = +60 km/h)
movimenta-se Observe que essa é uma função do primeiro grau em que a posição inicial
mais devagar do móvel (s 0) e a velocidade (v) são constantes e as variáveis são o espaço (s) e o
que um móvel tempo (t). Portanto, a função horária da posição é um exemplo de função de
com velocidade primeiro grau do tipo y = a · x + b, em que analogamente o y corresponde ao
70 km/h no sentido s e o x corresponde ao t. Além disso, as constantes v e s 0 correspondem
oposto da trajetória respectivamente aos coeficientes a e b.
(velocidade nega- Para construir o gráfico dessa função, deve-se obter no mínimo
tiva, v = –70 km/h). dois pontos (t;s).
O gráfico da posição por tempo fornece informações impor-
tantes sobre o movimento em questão. Se o movimento for pro-
gressivo, o gráfico será crescente, no entanto, se o movimento for
retrógrado, o gráfico será decrescente.
O coeficiente linear do gráfico (o ponto em que a reta toca o
eixo s) corresponde à posição do móvel quando o instante de
tempo t é igual a zero, e o coeficiente angular da reta correspon-
de à velocidade.
Sentido da s s
trajetória
+
s0
movimento progressivo movimento retrógrado
s0
v>0 v<0
0 t 0 t
s
Com base no gráfico, Ds
também é possível calcular
a velocidade média do mó- θ
s0
vel por meio do ângulo q, Dt s
tg v
EXT21_1_FIS_A_03
EXT21_1_FIS_A_03
em função do tempo
no mesmo sentido, mas sendo a velocidade do veículo A igual a
60 km/h e a do carro B igual a 70 km/h. Aqui, como no caso an-
É possível também construir o gráfico da velocidade em terior, a velocidade relativa será obtida pela subtração da maior
função do tempo para o movimento uniforme. Nesse caso, velocidade pela menor velocidade (VB – VA), resultando em
como a velocidade é constante, só é necessário saber o valor uma velocidade relativa de 10 km/h. Para essa situação (VB >
para traçar a reta correspondente. Veja o exemplo. VA), como o veículo da frente (B) tem maior velocidade que o
veículo de trás (A), o carro B se afastará do carro A a uma taxa
v de 10 km/h.
v>0
● Carros em sentidos opostos
Considere a situação em que um carro A está em um senti-
do da rodovia com uma velocidade de 100 km/h enquanto um
carro B está no sentido contrário e se aproximando com uma
0
t velocidade de 70 km/h.
v
22 da
seção Enem e
vestibulares.
em movimentos
do estiverem em sentidos opostos.
FÍSICA • FRENTE A
t1 t2 t s = s0 + v · t
0
S0
movimento retrógrado
movimento progressivo v<0
S0 v>0
0 t
0 t
Interação
1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere limite de a) a distância de frenagem no caso em que houve a redução da veloci-
velocidade de 50 km/h em vias urbanas com o objetivo dade máxima permitida e no caso em que não houve essa redução,
de reduzir acidentes. Assim, em 2015, o prefeito de respondendo se o motorista foi capaz de frear a tempo para a pas-
São Paulo da época alterou a velocidade máxima sagem do pedestre.
permitida na pista local das marginais, redu-
zindo a velocidade máxima na via de 70 km/h para
50 km/h, como o recomendado pela OMS.
Com base nisso, analise uma situação comum no
trânsito considerando a velocidade antes e depois
da redução feita pela prefeitura.
Imagine um motorista dirigindo na via local da Marginal b) a diferença de tempo para percorrer a Marginal Tietê, considerando
Tietê quando observa um pedestre atravessando a rua a que ela tem 24,5 km de extensão.
uma distância de 50 m. A distância de frenagem do veículo é
Tonktiti/Shutterstock
48 m, calcule:
409
d) O instante em que a partícula ocupa a posição s = 102 m. S (km) 500 400 300 200 100
t (h) 0 1 2 3 4
v(m/s)
10
–8
s(m) 15
14.5 A partir dos dados fornecidos, responda:
14
13.5
13 a) Qual foi o deslocamento do carro?
12.5
12
11.5
11
10.5
10
9.5
9
8.5
8
7.5
7
6.5 b) Qual foi a distância total percorrida pelo carro?
6
5.5
5
4.5
4
3.5
3
2.5
2
1.5
1
0.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5 9 9.5 10 10.5 11 11.5 12 12.5 13 13.5 14 14.5 15
10. C6:H20 Um viajante está fazendo um percurso longo, de 500 km,
t(s) e no primeiro quarto da viagem o fez a uma velocidade de
a) Escreva a função horária da posição. 70 km/h. Em seguida, fez uma parada de 20 minutos. No se-
gundo quarto da viagem, a velocidade foi de 100 km/h e no-
vamente fez uma parada de 20 minutos. O resto da viagem o
motorista fez com uma velocidade de 90 km/h até chegar ao seu destino.
a) Qual foi o tempo total da viagem?
b) Construa em seu caderno o gráfico da velocidade em função do tempo
e classifique o movimento em progressivo ou retrógrado.
5. C6:H20 Segundo estudos realizados na Universidade de
Cardiff, no Reino Unido, pessoas gripadas perdem mais o re-
EXT21_1_FIS_A_03
EXT21_1_FIS_A_03
flexo na hora de dirigir do que quem bebe até quatro garrafas b) Qual foi a velocidade média de todo o percurso?
de cerveja, ou seja, o tempo de reação dos gripados no trânsito
aumenta tanto ou mais que o de pessoas embriagadas. O
tempo de reação de um condutor saudável é de aproximadamente 0,5s,
410
FÍSICA • FRENTE A
a) 60 km/h
b) 72 km/h
c) 45 km/h
d) 40 km/h
e) 36 km/h
3. C6:H20 (Unicamp-2017) Em 2016 foi batido o recorde de voo
ininterrupto mais longo da história. O avião Solar Impulse 2,
Fácil
EXT21_1_FIS_A_03
c) 0,1s
d) 0,01s
e) 1ms
411
Médio
de física. Quando seu pai ultrapassou um caminhão em um
a distância que a luz percorre no vácuo em um ano. Considere um ônibus
trecho reto da estrada, ele calculou a velocidade do caminhão
espacial atual que viaja a uma velocidade média v = 2 · 104 km/s.
ultrapassado utilizando um cronômetro.
O tempo que esse ônibus levaria para chegar a um planeta a uma distância
de 100 anos-luz é igual a
Dado: A velocidade da luz no vácuo é igual a c = 3 · 108 m/s. Se necessário,
use aceleração da gravidade g = 10 m/s2, aproxime π = 3,0 e 1 atm = 105 Pa.
a) 66 anos.
b) 100 anos. VEÍCULO LONGO
comprimento 30m
c) 600 anos.
d) 1 500 anos.
7. C5:H17 (Unicamp-2017) O semáforo é um dos recursos utili-
zados para organizar o tráfego de veículos e de pedestres nas
Médio
b) 115. d) 165.
Pedro
9. C6:H20 (UFRGS-2018) Em grandes aeroportos e shoppings, Paulo
existem esteiras móveis horizontais para facilitar o desloca- 400
Médio
Com que velocidade, em m/s, a pessoa caminha sobre a esteira? Com base no gráfico, considere as seguintes afirmações:
a) 2,6 d) 0,8 I. A velocidade média desenvolvida por Pedro foi maior do que a de-
b) 1,6 e) 0,6 senvolvida por Paulo.
c) 1,0 II. A máxima velocidade foi desenvolvida por Paulo.
III. Ambos estiveram parados pelo mesmo intervalo de tempo, durante
10. C1:H2 (Unesp-2017) O limite máximo de velocidade para
seus percursos.
veículos leves na pista expressa da Av. das Nações Unidas, em
Médio
São Paulo, foi recentemente ampliado de 70 km/h para Quais estão corretas?
90 km/h. O trecho dessa avenida conhecido como Marginal a) Apenas I.
EXT21_1_FIS_A_03
EXT21_1_FIS_A_03
12
FÍSICA • FRENTE A
3
0 1 2 3 t (s)
Desenho ilustrativo – fora de escala
EXT21_1_FIS_A_03
citado, é:
a) 1 000s. c) 3 000s.
b) 2 000s. d) 4 000s.
413
x y
a) c)
2y − x 3x
6( y − x ) 3y
b) d)
2 y − 3x y−x
EXT21_1_FIS_A_03
a) 40 segundos. d) 16 segundos.
b) 32 segundos. e) 8 segundos.
c) 28 segundos.
414
FÍSICA • FRENTE A
c) 55
d) 61
e) 70
22. C6:H20 (UERJ-2016) A figura abaixo mostra dois barcos que
se deslocam em um rio em sentidos opostos. Suas velocidades
Fácil
v águas do rio 3 m / s
1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_03
EXT21_1_FIS_A_03
5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
415
Nº de aulas
Aceleração escalar média e instantânea
03 O conceito de aceleração está intrinsecamente ligado à variação da velocidade,
pois, sempre que o módulo da velocidade aumenta ou diminui, significa que houve
uma aceleração. Observe o exemplo a seguir.
Frente A v
mód. 04/22
04
v 0 = 1 m/s v1 = 3 m/s v 2 = 5 m/s
uniformemente variado
t = 0s t = 1s t = 2s s (m)
Representação do movimento uniformemente variado de um carro.
Note que a cada segundo a velocidade do móvel aumentou em 2 m/s, portanto essa é a taxa de
variação da velocidade do móvel. Como esse caso se trata de uma variação uniforme, a aceleração é
constante.
9 Exemplo
Considere um kart que varia sua velocidade de 0 a 100 km/h (≈27,8 m/s) em um intervalo de tempo de 1,5s. É possível calcular
o valor de sua aceleração da seguinte maneira:
v v v 0
am
t t t0
27 , 8 0
am 18 , 5 m / s 2
1, 5 0
Sendo assim, a taxa de variação da velocidade do kart é 18,5 m/s².
Assim como há a velocidade média e instantânea, também há a aceleração média e instantânea. Esta é
FIS
uma grandeza que indica a aceleração de um corpo em cada instante do movimento, por isso é necessário
considerar intervalos de tempo muito pequenos. Já no caso do movimento retilíneo uniformemente variado, a
Os carros de aceleração instantânea é a mesma que a aceleração média, já que a aceleração é constante.
fórmula 1
Movimento acelerado e
atingem grandes
acelerações,
movimento retardado
podendo chegar
de 0 a 300 km em
10,6s.
O movimento uniformemente variado pode ser classificado em dois princi-
pais: movimento acelerado e movimento retardado. É comum associar a pala-
vra acelerado com aceleração positiva, no entanto, a classificação de movimento
acelerado ou retardado não depende apenas do sinal da aceleração, mas
sim de uma combinação entre o sinal da aceleração e o sinal da veloci-
dade. Assim: Este conteúdo é trabalhado na questão 8 da seção Enem e vestibulares.
EXT21_1_FIS_A_04
FÍSICA • FRENTE A
Relembre a geometria
Veja a seguir as expressões uti-
lizadas no cálculo da área de algu-
mas figuras planas.
Retângulo
h A=b·h
Trapézio
B
h (B b) h
A
2
b
Es
sa
ra
wu
t
h/
Sh
ut
te
rs
to
ck
EXT21_1_FIS_A_04
EXT21_1_FIS_A_04
417
v0
a<0
( v v 0 )· t
s
v0 a>0 2
Como v = v0 + a · t, ao substituir
0
essa expressão na equação do deslo-
t t
camento apresentada acima, é pos-
sível obter uma função da posição
Gráficos representando velocidade x tempo crescente (aceleração positiva) e decrescente relacionada ao tempo.
(aceleração negativa).
( v a · t ) v 0 · t
Deslocamento escalar no gráfico da (s s 0 ) 0
2
velocidade em função do tempo (v × t)
2 · v 0 a · t t
No movimento uniforme foi visto que o deslocamento escalar poderia ser obti- (s s 0 )
do por meio do gráfico da velocidade em função do tempo. Para isso, era necessário 2
calcular a área delimitada pela curva do gráfico. 2 · v0 · t a · t2 2 · v0 · t a · t2
Esse mesmo processo pode ser adotado para o movimento uniformemente varia- (s s 0 )
2 2 2
do. Assim, considerando que v0 é a velocidade inicial no tempo t 0 = 0 e que vF é a velo-
cidade em um instante de tempo posterior t, é possível construir o seguinte gráfico:
1
s s0 v 0 · t a · t 2
v 2
Isolando a posição s, obtém-se a
função horária da posição.
vF
1
s s0 v 0 · t a · t 2
2
N
v0 A = Ds Sensvector/Shutterstock
0 t t
EXT21_1_FIS_A_04
418
Equação de
Torricelli
s0
s0
0 t
Em muitos casos é preciso rela-
0 t cionar as grandezas velocidade, ace-
leração e deslocamento sem que o
FÍSICA • FRENTE A
Gráfico da posição em função do tempo (s x t) Gráfico da posição em função do tempo (s x t) com intervalo de tempo do movimento seja
com concavidade para cima (a > 0). concavidade para baixo (a < 0).
conhecido. Para essas situações utiliza-
A partir desses gráficos podemos obter informações relevantes para o estudo do mos a equação de Torricelli, expressa
movimento, como a posição inicial do móvel, a posição e o instante em que houve matematicamente como:
a inversão do movimento e o sinal da velocidade em cada trecho do gráfico. Veja o
exemplo a seguir. v2 = v02 + 2 · a · Ds
s (m)
v=0
si As equações apresentadas neste
v>0
módulo são válidas somente para
movimentos com aceleração cons-
tante, ou seja, para movimentos uni-
v<0 formemente variados.
s0
v=0
v0
+
s 0 e t0 s 1 e t = ti
−v
EXT21_1_FIS_A_04
EXT21_1_FIS_A_04
419
ProStockStudio/Shutterstock
s e t > ti + s1
Os gráficos do deslocamento em
função do tempo (s x t) são
parábolas e podem ser do tipo
crescente e decrescente dependend
valor da aceleração. o do
Os gráficos da velocidade em função do tempo (v x t) são retas e
podem ser do tipo crescente ou decrescente. s
s
v v
a>0 a<0
v0
a<0
v0 a>0 s0
s0
t 0
0 t t 0
t
Interação
1. Os gráficos são bons aliados no momento de fazer análises No movimento uniformemente variado (MUV), a posição de um objeto é
de fenômenos, ajudando a prever cenários futuros. Na pan- obtida por meio de uma função horária quadrática no tempo, isto é, uma
demia do novo coronavírus não foi diferente, visto que muitas função do tipo:
decisões foram tomadas com base em dados dispostos em 1
gráficos como o representado a seguir. s s0 v 0 t a t 2
2
Essa função horária pode, então, ser usada para prever a posição desse
Casos de Covid-19 no Brasil objeto em qualquer instante de tempo.
Evolução dos casos entre 16 e 20 de março Na pandemia de Covid-19, muitos cientistas trabalharam arduamente para
fazer previsões e, assim, poder ajudar as autoridades a tomar melhores
decisões. Em algumas situações, foi possível verificar, por meio dos dados
obtidos, que a função quadrática no tempo pode ser usada com boa
1.000
9 04 aproximação. Porém, na maioria das vezes, a função que se mostra mais
apropriada é a função exponencial, dada por:
x = x0 · b
750 Suponha que, com os dados obtidos, exis-
621 tem dois possíveis cenários, nos quais
a função quadrática é x = 1 + t + t² e
500 a função exponencial é x = 3t.
428
a) Construa o gráfico dessas
duas funções.
291
250
234 b) Qual modelo deve ser con-
siderado mais preocupante
para as autoridades de saú-
de? Compare o número de
EXT21_1_FIS_A_04
0
casos para t = 4 dias.
SEG/16 TER/17 QUA/18 QUI/19 SEX/20
Você pode agora investigar como
2020 se dá a evolução do número de casos
de Covid-19 em sua cidade e desenhar
420
Gráfico dos casos de Covid-19 no tempo. Fonte: Ministério da saúde um gráfico real.
CKA/Shutterstock
c) Construa o gráfico v x t.
FÍSICA • FRENTE A
a) A posição inicial das partículas e o instante em que elas vão se
encontrar.
v (m/s)
20
10
2 0 2 4 6 8 10 12 14 t (s)
4 9 6
6 13 5
421
8 17 2
Fácil
1. C5:H17 (Unicamp-2020) A volta da França é uma das maiores indicado no gráfico.
competições do ciclismo mundial. Num treino, um ciclista
Fácil
0 t1 t2 t3
v (m/s)
tempo
2,0 I
c)
1,5 II
velocidade
III
1,0
IV
0,5
0 t1 t2 t3
tempo 1 2 3 4
t (s)
d)
O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte
numeração
velocidade
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
0 t1 t2 t3 6. C5:H17 (IFCE-2020) Define-se velocidade escalar média como
tempo a razão entre o espaço percorrido e o intervalo de tempo gasto
Fácil
b) 10. d) 2. d) 30.
e) 23.
3. C6:H20 (UFRGS-2015) Trens MAGLEV, que têm como princípio
de funcionamento a suspensão eletromagnética, entrarão em 7. C5:H17 (Enem-2016) Dois veículos que trafegam com veloci-
Fácil
operação comercial no Japão, nos próximos anos. Eles podem dade constante em uma estrada, na mesma direção e sentido,
Médio
atingir velocidades superiores a 550 km/h. Considere que um devem manter entre si uma distância mínima. Isso porque o
trem, partindo do repouso e movendo-se sobre um trilho movimento de um veículo, até que ele pare totalmente, ocorre
retilíneo, é uniformemente acelerado durante 2,5 minutos até atingir em duas etapas, a partir do momento em que o motorista
540 km/h. detecta um problema que exige uma freada brusca. A primeira etapa é
Nessas condições, a aceleração do trem, em m/s², é associada à distância que o veículo percorre entre o intervalo de tempo da
EXT21_1_FIS_A_04
EXT21_1_FIS_A_04
Velocidade (m/s)
locamento do automóvel, nos mesmos intervalos de tempo.
Informação: nos gráficos, (0,0) representa a origem do sistema de
coordenadas.
a)
Distância (m)
b)
Velocidade (m/s)
b)
Distância (m)
c)
Velocidade (m/s)
FÍSICA • FRENTE A
Distância (m)
c)
d)
Velocidade (m/s)
Distância (m)
e)
Velocidade (m/s)
d)
Distância (m)
considerado como t = 0, o automóvel sofre acelerações dis- C6:H20 (Unicamp-2016) A demanda por trens de alta veloci-
tintas em três intervalos consecutivos de tempo, conforme dade tem crescido em todo o mundo. Uma preocupação
Médio
representado no gráfico a seguir. importante no projeto desses trens é o conforto dos passa-
geiros durante a aceleração. Sendo assim, considere que, em
uma viagem de trem de alta velocidade, a aceleração experi-
mentada pelos passageiros foi limitada a amax = 0,09 g, onde g = 10 m/s² é
a aceleração da gravidade. Se o trem acelera a partir do repouso com
aceleração constante igual a amax, a distância mínima percorrida pelo trem
para atingir uma velocidade de 1 080 km/h corresponde a
EXT21_1_FIS_A_04
EXT21_1_FIS_A_04
a) 10 km.
b) 20 km.
c) 50 km.
423
d) 100 km.
repouso em t igual a zero, foi uniformemente acelerado até de braçadas completas dadas por ele foi em torno de
um instante t1, foi mantido com velocidade constante entre a) 20. c) 15. e) 25.
os instantes t1 e t2 e, a partir de t2, paraquedas traseiros foram b) 35. d) 30.
acionados para frear o carro, em um movimento uniformemente desace-
lerado, até parar no instante t3. Selecione a alternativa que contém o gráfico 13. C5:H17 (Fuvest-2017) Um elevador sobe verticalmente com
que representa corretamente a aceleração do carro em função do velocidade constante v0 e, em um dado instante de tempo t0,
Difícil
tempo. um parafuso desprende-se do teto. O gráfico que melhor re-
presenta, em função do tempo t, o módulo da velocidade v
a desse parafuso em relação ao chão do elevador é
a)
Note e adote:
Os gráficos se referem ao movimento do parafuso antes que ele atinja o
chão do elevador.
t a)
0 t1 t2 t3
a
b) v
b)
t
0 t1 t2 t3
FÍSICA • FRENTE A
a
c)
c)
t
0 t1 t2 t3
d)
d) a
t
0 t1 t2 t3
e)
e) a
t
0 t1 t2 t3
14. C6:H20 (Mackenzie-2019) Um bitrem, também chamado de
treminhão, é comum nas zonas rurais do Brasil. Eles são enor-
Difícil
pleto de braçadas em uma prova disputada no estilo nado de treminhão quando o ponto extremo traseiro está a uma distância de 42 m.
peito, em uma piscina. Acelera então constantemente com módulo 1,0 m/s2. Alcança o ponto
extremo traseiro e prossegue com a mesma aceleração constante até o
ponto extremo dianteiro para dar sinal ao motorista. Pode-se afirmar
corretamente que o módulo aproximado da velocidade da motocicleta,
em km/h, no momento em que o policial dá sinal ao motorista, vale
a) 100. c) 135. e) 155.
b) 120. d) 150.
15. C6:H20 (Enem-2017) Um motorista que atende a uma chamada
de celular é levado à desatenção, aumentando a possibilidade
Difícil
EXT21_1_FIS_A_04
Difícil
a) 2,90 m c) 14,5 m e) 17,4 m em movimento uniformemente acelerado com velocidade
b) 14,0 m d) 15,0 m inicial nula. Assim, pode-se afirmar que a taxa de crescimento
de bactérias comporta-se da mesma maneira que a velocidade
16. C6:H20 (ITA-2020) Um sistema de defesa aérea testa separada- de uma partícula. Admita um experimento no qual foi medido o cresci-
mente dois mísseis
contra alvos móveis que se deslocam com mento do número de bactérias em um meio adequado de cultura, durante
Difícil
velocidade v a constante ao longo de uma reta distante de d um determinado período de tempo. Ao fim das primeiras quatro horas do
do ponto de lançamento dos mísseis. Para atingir o alvo, o míssil experimento, o número de bactérias era igual a 8 · 105. Após a primeira
1 executa uma trajetória retilínea, enquanto o míssil 2, uma hora, a taxa de crescimento dessa amostra, em número de bactérias por
trajetória com velocidade sempre orientada para o alvo. A figura ilustra o hora, foi igual a
instante de disparo de cada míssil, com o alvo passando pela origem do
a) 1,0 · 105. c) 4,0 · 105.
sistema de coordenadas xy.
b) 2,0 · 105. d) 8,0 · 105.
20. C5:H17 (EPCAR-AFA-2018) O gráfico seguinte representa a
velocidade escalar v de uma partícula em movimento
Míssil 1
Difícil
Míssil 2 retilíneo.
Alvo móvel
Sendo os módulos das velocidades do mísseis iguais entre si, maiores que
v a e mantidos constantes, considere as seguintes afirmações:
I. Os intervalos de tempo entre o disparo e a colisão podem ser iguais
FÍSICA • FRENTE A
para ambos os mísseis. Considerando que, em t = 0, a partícula está na origem dos espaços
(S0 – 0), o gráfico que melhor representa a posição (S) dessa partícula até
II. Para que o míssil 1 acerte o alvo, é necessário que o módulo da com-
o instante t = 5s é
ponente y de sua velocidade seja igual a va.
a)
III. Desde o disparo até a colisão, o míssil 2 executa uma trajetória curva
de concavidade positiva com relação ao sistema xy.
a) V, V e V. c) V, F e V. e) F, V e V.
b) F, F e F. d) F, V e F.
17. C6:H20 (EEAr-2018) A posição (x) de um móvel em função do
tempo (t) é representada pela parábola no gráfico a seguir.
Difícil
x(m)
0 3 5 b)
t(s)
EXT21_1_FIS_A_04
do sistema viário da Grande Florianópolis. O projeto inicial- atingir a velocidade de 22 m/s e, após ter atingido essa velocidade, percorre
mente prevê uma linha de 14 quilômetros entre o bairro 1 200 m em movimento uniforme. A partir daí, desacelera uniformemente
Barreiros e a Universidade Federal de Santa Catarina, passando até parar na estação seguinte, Maracanã.
pelos 800 m da ponte Hercílio Luz. Considere que seja construída uma Estime, em metros, a distância total percorrida pela composição entre as
estação em cada cabeceira da ponte (com parada obrigatória), que a ve- duas estações.
locidade máxima do metrô sobre a ponte seja de 20,0 m/s e que as acele- 24. C6:H20 (Unicamp-2019) Nos cruzamentos de avenidas das
rações durante os movimentos acelerado e retardado – que são os únicos grandes cidades é comum encontrarmos, além dos semáforos
Médio
movimentos do metrô – sejam uniformes e de mesmo módulo. tradicionais de controle de tráfego de carros, semáforos de
De acordo com o projeto acima, é correto afirmar que: fluxo de pedestres, com cronômetros digitais que marcam o
(1) a aceleração máxima do metrô durante a travessia da ponte terá tempo para a travessia na faixa de pedestres.
módulo de 1,0 m/s². a) No instante em que o semáforo de pedestres se torna verde e o
(2) o tempo do percurso entre as duas estações será de 80,0s. cronômetro inicia a contagem regressiva, uma pessoa encontra-se
a uma distância d = 20 m do ponto de início da faixa de pedestres,
(3) a velocidade escalar média do metrô durante a travessia da ponte
caminhando a uma velocidade inicial v0 = 0,5 m/s. Sabendo que ela
será de 10,0 m/s.
inicia a travessia da avenida com velocidade v = 1,5 m/s, calcule a
(4) o deslocamento do metrô na travessia da ponte no tempo t = 4,0s sua aceleração constante no seu deslocamento em linha reta até o
será de 4,0 m. início da faixa.
(5) a velocidade escalar média do metrô será maior na primeira meta- b) Considere agora uma pessoa que atravessa a avenida na faixa de pedes-
de da travessia da ponte do que no trecho completo. tres, partindo de um lado da avenida com velocidade inicial v0 = 0,4 m/s
Soma ( ) e chegando ao outro lado com velocidade final v = 1,2 m/s. O pedestre
realiza todo o percurso com aceleração constante em um intervalo de
22. C6:H20 (Unicamp-2015) A Agência Espacial Brasileira está
tempo de t = 15s. Construa o gráfico da velocidade do pedestre em
desenvolvendo um veículo lançador de satélites (VLS) com a
função do tempo e, a partir do gráfico, calcule a largura da avenida.
Médio
Médio
a) Considere que, durante um lançamento, o VLS percorre uma distância certo ponto do percurso, esse automóvel se encontra parado
de 1 200 km em 800s. Qual é velocidade média do VLS nesse trecho? em um semáforo. A partir do instante em que o semáforo abre
(em t = 0), o automóvel: a) permanece parado por 6s; b) passa
b) Suponha que no primeiro estágio do lançamento o VLS suba a partir
de 0 a 72 km/h em 5s com aceleração constante; e c) permanece com ve-
do repouso com aceleração resultante constante de módulo aR.
locidade constante nos próximos 20s. Sejam Vt e At a velocidade escalar
Considerando que o primeiro estágio dura 80s, e que o VLS percorre
média e a aceleração escalar média do automóvel, respectivamente, cal-
uma distância de 32 km, calcule aR.
culadas no intervalo de t = 0 a t (em segundos).
23. C6:H20 (UERJ-2019) Sobre o movimento desse automóvel durante o período considerado
A questão a seguir aborda situações relacionadas ao ambiente (t ≤ 31s), assinale o que for correto.
Médio
do metrô, referindo-se a uma mesma composição, formada (1) Vt > 0 para qualquer t ≤ 31s.
por oito vagões de dois tipos e movida por tração elétrica. Para
(2) Vt < 72 km/h para qualquer t ≤ 31s.
seus cálculos, sempre que necessário, utilize os dados e as fórmulas abaixo.
(3) Vt < 12 km/h para t = 10s.
Características da composição (4) At > 0 para qualquer t ≤ 31s.
velocidade máxima 100 km/h (5) At decresce com o aumento de t nos últimos 20s.
aceleração constante 1,10 m/s2 Soma ( )
desaceleração constante 1,25 m/s2
Gerais
quantidade de tipo I 2
vagões tipo II 6
massa média por passageiro 60 kg
comprimento médio 22,0 m
largura 3,00 m
altura 3,60 m
Por tipo I 38 000 kg GABARITO E SOLUCIONÁRIO ONLINE
vagão massa GABARITO ONLINE
tipo II 35 000 kg 1.
1. Faça
Faça oodownload
downloaddede qualquer
qualqueraplicativo de leitura
aplicativo de de QR Code.
de leitura
QR Code.
quantidade 4 2.
2.
Abra o aplicativo e aponte a câmera para o QR
Abra o aplicativo e aponte a câmera para um dos QR Co-
Code ao lado.
motores 3. Odesgabarito
potência por motor 140 kW ao lado deste módulo
para acessar será exibido
o gabarito em sua tela.
ou o solucionário
deste módulo.
capacidade máxima 8 passageiros/m2
1 A B C D E 6 A B C D E 11 A B C D E 16 A B C D E
2 A B C D E 7 A B C D E 12 A B C D E 17 A B C D E
3 A B C D E 8 A B C D E 13 A B C D E 18 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_04
4 A B C D E 9 A B C D E 14 A B C D E 19 A B C D E
5 A B C D E 10 A B C D E 15 A B C D E 20 A B C D E
426
v = v0 + a · t
Como o corpo é abandonado do
04
repouso (v0 = 0) e a aceleração é igual
à aceleração da gravidade (a = g), é
possível reescrever a função como:
O v=0+g·t
entendi- Obtendo-se:
mento de como
os corpos caem é v=g·t Frente A
algo que intriga a huma- mód. 05/22
Também é possível, a partir da
nidade desde a Idade Antiga.
Na concepção de Aristóteles,
equação de Torricelli, obter a veloci-
dade em função da altura do corpo,
05
os corpos pesados, do latim gra-
que é equivalente ao deslocamento.
ves, caem buscando seu lugar natural.
Assim,
Seguindo essa ideia, os corpos com mais
massa cairiam mais rapidamente que cor- v 2 = v02 + 2 · a · Ds ⇒ v 2 = 2 · g · H
pos com menos massa – um pensamento que
perdurou por quase dois mil anos. v = 2· g ·H
Galileu Galilei (1564-1642) estudou mais a fun-
do a queda dos corpos e percebeu que o que fazia
os corpos caírem com velocidades diferentes era a re-
Tempo de queda
sistência do ar, portanto, afirmou que, se não houvesse Para calcular o tempo de queda
a resistência do ar, todos os corpos abandonados de uma de um objeto, é utilizada como ori-
mesma altura, independentemente de suas características, gem a função horária da posição.
chegariam ao solo ao mesmo tempo.
1
s s0 v 0 · t · g · t2
2
Considerando que o corpo é
abandonado do repouso (v0 = 0) e
que o deslocamento é equivalente à
Composição de
altura em que o objeto foi abandona-
do (Ds = H), tem-se:
FIS
movimentos
1
H= · g · t2
2
Isolando o tempo t, obtém-se a
relação para o tempo de queda.
2 H
t
Galileu também observou que, ao g
caírem, a velocidade dos corpos au-
menta a uma taxa constante, ou seja,
o movimento de queda é acelerado. A
essa aceleração ele deu o nome de gra-
vidade, cujo módulo é representado
Este conteúdo
pela letra g, e assumiu que todos os cor- é trabalhado na
pos caem sob essa mesma aceleração. É questão 3 da
importante lembrar que o valor da ace- seção Enem e
leração da gravidade não depende de vestibulares.
características como massa, densidade
e forma, sendo sempre a mesma para
todos os objetos.
Todas as funções matemáticas que
descrevem o movimento uniformemen-
te variado (MUV) podem ser utilizadas
para a queda livre nas proximidades da
EXT21_1_FIS_A_05
Lançamento vertical
Isolando a altura H, obtém-se a seguinte
equação para a altura máxima:
O lançamento vertical difere do movimento de queda livre
somente pelo fato de a velocidade inicial vertical ter um valor v 20
Hmáx =
diferente de zero quando o corpo é lançado para cima ou para 2· g
baixo.
Também pode-se utilizar a função horária da posição, caso
No ponto mais Hmáx o tempo de subida seja conhecido.
alto v = 0 Considerando que a aceleração é igual à aceleração da gra-
vidade (a = g), que o deslocamento é equivalente à altura em
que o objeto foi abandonado (Ds = H) e que o tempo é equiva-
lente ao tempo de subida, tem-se:
1
Durante s s0 v 0 · t · a · t2
2
a descida, a
aceleração é igual
a –g, a velocidade
Durante escalar aumenta 1
a subida, a Hmáx v 0 · t sub · g · t 2sub
e o movimento é 2
aceleração é igual acelerado.
a –g, a velocidade
escalar diminui Todas as equações do MUV podem ser usadas tanto na que-
e o movimento é da livre quanto no lançamento vertical, mas é importante defi-
retardado.
nir o referencial adotado antes de aplicar as equações.
H0 = 0 9 Exemplo:
Uma bola é lançada verticalmente para cima a partir do solo com uma
FÍSICA • FRENTE A
Visto que está sendo considerado um movimento sem a re- 5) O instante em que a bola atinge o solo.
sistência do ar e com a aceleração constante, o tempo de subida Considerando que o tempo de subida do corpo será o mesmo que o tempo
do corpo será o mesmo que o tempo de descida (t subida = t descida). de descida (tsubida = tdescida), o tempo total do movimento será:
Assim, o tempo total do movimento será: ttotal 2 t sub ttotal 2 4 ttotal 8 s
Altura máxima com que a bola atinge o solo será a mesma com que iniciou o movimento,
ou seja, 40 m/s.
Pode-se utilizar a equação de Torricelli para encontrar a al-
tura máxima que o objeto atinge. Considerando que na altura
máxima a velocidade é nula, tem-se:
v 2 = v02 – 2 · g · H ⇒ 0 = v02 – 2 · g · H
EXT21_1_FIS_A_05
EXT21_1_FIS_A_05
428
FÍSICA • FRENTE A
g
v0x X
Entrada
v0x
v0y
v0x g
v y1
Separação do mó-
dulo de aterrissa-
gem, início da des-
vy2
cida de potência
y Aterragem de corte
por propulsão
SAE DIGITAL S/A
EXT21_1_FIS_A_05
EXT21_1_FIS_A_05
Lançamento oblíquo
O lançamento oblíquo é o movimento em que o corpo é lan- Na direção vertical, durante Na altura má-
xima, há somente
çado com o vetor velocidade formando um ângulo em relação a descida, o movimento é do
tipo acelerado, com o módulo da a componente
ao eixo horizontal. Nesse tipo de movimento, a ação gravita- horizontal v x .
velocidade aumentando.
cional atua somente na direção vertical, sendo assim,
nesse eixo o movimento é uniformemente variado.
Na direção horizontal, despreza-se a resistência do Na direção
ar, portanto realiza-se um movimento uniforme. vertical, durante a
subida, o movimento
A trajetória do lançamento oblíquo pode ser ilus- é do tipo retardado,
trada da seguinte maneira: com o módulo da ve-
locidade diminuindo.
As equações para o lançamento oblíquo têm
como base as equações dos movimentos uniforme e
uniformemente variado. Para diferenciar as compo-
nentes de posição e velocidade nas diferentes dire-
ções, é comum utilizar as seguintes notações:
● A posição s passa a ser x na horizontal e y na
vertical.
● A velocidade v passa a ser vx na hori-
zontal e vy na vertical.
FÍSICA • FRENTE A
Velocidade
udaix/Shutterstock
De acordo com a regra de decomposição de vetores, as com-
ponentes da velocidade na horizontal (x) e na vertical (y) são:
Tempo de subida
α = 75°
y
v 0 s e n()
t sub
g α = 45°
2 v 0 s e n() α = 15°
t total
g
x
Alcance
Representação dos alcances dos corpos em relação aos ângulos de
lançamento.
= · t ou v
v g= 2 · g·H
v 02
Altura máxima: Hmáx ou
2g
2 ·H
Tempo de queda: t =
VectorMine/Shutterstock
g
Hmáx v 0 · t sub 1 · g · t 2
sub
2
FÍSICA • FRENTE A
O lançamento horizontal e o lançamento oblíquo são
movimentos em duas dimensões, pois agora o corpo tem
velocidade na horizontal diferente de zero.
Para o lançamento horizontal, tem-se:
Alcance: A v 0x t
vy
Tempo de queda: t queda =
g
Interação
1. Recentemente, os Estados Unidos da América iniciaram uma Imagine que novos estudantes de Ensino Médio, animados com o setor
campanha de retomada do protagonismo em missões espa- espacial, embarcassem em uma missão da SpaceX para Marte, financiados
ciais. Entre os planos da NASA está, por exemplo, o envio de por Elon Musk. Sabendo que a aceleração gravitacional daquele planeta é
novas missões tripuladas para a Lua e até mesmo para Marte. aproximadamente 2,5 vezes menor que a da Terra, o que se deve esperar
Além disso, o projeto SpaceX, liderado pelo empresário Elon para a trajetória dos foguetes caseiros? Permaneceria parabólica? O al-
Musk, inaugurou em 2020 uma nova era na corrida espacial, com a parti- cance seria maior ou menor? A altura alcançada pelo foguete seria maior
cipação ativa do setor privado trabalhando em conjunto com os esforços ou menor? Explique.
governamentais.
A trajetória espacial americana é antiga e no início contou com vários
EXT21_1_FIS_A_05
a) o tempo de queda.
EXT21_1_FIS_A_05
0
tH t
e) a
0
tH t
Fácil
c) trajetória 3. um ponto situado na periferia do disco do alvo. O disco gira
em MCU com a velocidade de 4,5 m/s e possui um raio de
FÍSICA • FRENTE A
d) trajetória 4. 45 cm.
e) trajetória 5. João lança o dardo horizontalmente na direção do centro do alvo, distante
2. C6:H20 (UECE-2018) Sem considerar qualquer atrito e assu- 6 m, quando o ponto está passando na extremidade superior do disco,
mindo a força da gravidade constante, é correto afirmar que como mostra a figura abaixo.
Fácil
a) reta.
b) hiperbólica.
c) parabólica.
d) semicircular.
3. C6:H20 (IFCE-2019) Considere um movimento de queda livre
em que duas partículas, 1 e 2, têm massas m1 = 1 kg e m2 = 2 kg
Fácil
EXT21_1_FIS_A_05
rencial não inercial, pois sua aceleração será menor que a do elevador.
e) manterá um movimento uniforme de subida em relação aos olhos
da pessoa, que está em referencial não inercial, podendo até atingir
0 tH t seu teto.
433
EXT21_1_FIS_A_05
434
Médio
partir do solo, em uma direção que faz um ângulo α com a
direção horizontal, conforme representado na figura abaixo.
Y
X
O objeto 1 é lentamente deslocado até começar a cair verticalmente. No
instante em que o objeto 1 começa a cair, o objeto 2 é lançado horizontal- Assinale a opção que, desconsiderando a resistência do ar, indica os
mente com velocidade v0. A resistência do ar é desprezível. gráficos que melhor representam, respectivamente, o comportamento
Assinale a alternativa que melhor representa os gráficos de posição vertical da componente horizontal e o da componente vertical da velocidade do
dos objetos 1 e 2, em função do tempo. Nos gráficos, tq1 representa o tempo projétil, em função do tempo.
de queda do objeto 1. Em cada alternativa, o gráfico da esquerda representa
o objeto 1 e o da direita representa o objeto 2. tvoo tvoo tvoo
tvoo tvoo
a) h h
I II III IV V
a) I e V.
FÍSICA • FRENTE A
b) II e V.
t1q t1q
c) II e III.
b) h h
d) IV e V.
e) V e II.
14. C6:H20 (Unesp-2015) A fotografia mostra um avião bombar-
deiro norte-americano B52 despejando bombas sobre deter-
Médio
c) h h
t1q t1q/2
d) h h
H2
mais tarde, outro objeto é abandonado de uma altura h, 120
H1 metros abaixo de H. Determine o valor H, em metros, sabendo
que os dois objetos chegam juntos ao solo e a aceleração da
gravidade é g = 10 m/s².
a) 150
EXT21_1_FIS_A_05
EXT21_1_FIS_A_05
b) 175
Considerando a aceleração gravitacional igual a 10 m/s e desprezando a
2 c) 215
existência de correntes de ar e a sua resistência, é correto afirmar que, entre d) 245
435
Difícil
L0 de prata na prova de tiro esportivo com carabina de ar com-
d) . primido para a distância de 10 metros, conquistando a pri-
2
meira medalha do Brasil na competição. Uma carabina de ar
e) L0 .
comprimido lança o projétil com velocidade inicial de aproximadamente
4 170 m/s. Considere g = 9,81 m/s² e despreze a resistência do ar. Assinale a
17. C6:H20 (ITA-2018) Numa quadra de vôlei de 18 m de compri- alternativa correta abaixo.
mento, com rede de 2,24 m de altura, uma atleta solitária faz a) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 45° com
Difícil
um saque com a bola bem em cima da linha de fundo, a 3,0 m a horizontal, sendo praticamente igual a 1 700 m. A altura máxima
de altura, num ângulo θ de 15° com a horizontal, conforme a possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 100° com
figura, com trajetória num plano perpendicular à rede. a horizontal e vale aproximadamente 2 946 m.
Desprezando o atrito, pode-se dizer que, com 12 m/s de velocidade inicial,
a bola b) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 45° com
a horizontal, sendo praticamente igual a 2 536 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 100° com
a horizontal e vale aproximadamente 1 700 m.
c) O alcance do projétil é máximo para um ângulo de tiro de 55° com
a horizontal, sendo praticamente igual a 2 946 m. A altura máxima
possível para o projétil é obtida com um ângulo de tiro de 90° com a
horizontal e vale aproximadamente 1 170 m.
FÍSICA • FRENTE A
altura do solo, uma partícula é lançada sequencialmente em muitas construções foram demolidas para que outras fossem
Difícil
três condições diferentes, mas sempre com a mesma veloci- construídas em seu lugar. Um dos métodos utilizados nessas
dade inicial horizontal v0. O primeiro lançamento é feito no demolições é a implosão. Em 2011, a prefeitura do Rio de
vácuo e o segundo, na atmosfera com ar em repouso. O ter- Janeiro, por exemplo, implodiu uma antiga fábrica para ampliar o
ceiro é feito na atmosfera com ar em movimento cuja velocidade em relação Sambódromo. Na ocasião, para evitar que qualquer pessoa fosse atingida
ao solo é igual em módulo, direção e sentido à velocidade v0. Para os três por detritos provenientes diretamente da explosão, os engenheiros res-
lançamentos, designando-se respectivamente de t1, t2 e t3 os tempos de ponsáveis pela operação solicitaram a remoção temporária dos moradores
queda da partícula e de v1, v2 e v3 os módulos de suas respectivas veloci- em um certo raio medido a partir do ponto de implosão. Desprezando os
dades ao atingir o solo, assinale a alternativa correta. efeitos de resistência do ar e considerando que a máxima velocidade com
a) t1 < t3 < t2; v1 > v3 > v2 que um detrito pode ser arremessado a partir do ponto da implosão é de
108 km/h, o raio mínimo de segurança que deveria ser adotado para re-
b) t1 < t2 = t3; v1 > v3 > v2
moção dos moradores de tal forma que eles não fossem atingidos direta-
c) t1 = t3 < t2; v1 = v3 > v2 mente por nenhum detrito é de (Considere g = 10 m/s²)
d) t1 < t2 < t3; v1 = v3 > v2 a) 60 m. d) 180 m.
e) t1 < t2 = t3; v1 > v2 = v3 b) 90 m. e) 210 m.
19. C6:H20 (Fatec-2017) Em um jogo de futebol, o goleiro, para c) 150 m.
aproveitar um contra-ataque, arremessa a bola no sentido do
22. C6:H20 (UEPG-2019) Um objeto de massa igual a 100 g é
Difícil
t (s) 0 1 2 3 4
y (m) 1 16 21 16 1
EXT21_1_FIS_A_05
respectivamente, Soma ( )
FÍSICA • FRENTE A
a velocidade do som no ar igual a 350 m/s e 1400 = 37, calcule:
a) a distância percorrida pelo tijolo entre os instantes t = 1s e t = 3s após
o início de sua queda.
b) o intervalo de tempo, em segundos, que o operário no solo terá para
reagir e se movimentar, depois de ter ouvido o grito de alerta emitido
pelo operário no alto, e não ser atingido pelo tijolo.
24. C6:H20 (UNIFESP-2018) Um avião bombardeiro sobrevoa uma
superfície plana e horizontal, mantendo constantes uma alti-
Difícil
1 A B C D E 7 A B C D E 13 A B C D E 19 A B C D E
2 A B C D E 8 A B C D E 14 A B C D E 20 A B C D E
3 A B C D E 9 A B C D E 15 A B C D E 21 A B C D E
4 A B C D E 10 A B C D E 16 A B C D E
EXT21_1_FIS_A_05
EXT21_1_FIS_A_05
5 A B C D E 11 A B C D E 17 A B C D E
6 A B C D E 12 A B C D E 18 A B C D E
437
corda, se movimenta para cima e para baixo em uma pagam em todas as direções, como as ondas
direção perpendicular à de propagação da onda, o sonoras no ar atmosférico.
que significa que a partícula recebeu energia dessa
onda. Observando, ainda, a mesma imagem, note
que a partícula P não acompanha a propagação da
Natureza das ondas
onda, indicando que não há transporte de matéria Sobre a natureza das ondas, elas se classificam
por esse meio. Concluímos, então, que: em:
● Mecânicas: ondas que se originam da defor-
As ondas transferem energia entre os pon- mação de um meio elástico e necessitam de
tos, mas não transportam matéria. um meio material (sólido, líquido ou gasoso)
para se propagarem. As ondas mecânicas não
se propagam no vácuo.
SAE DIGITAL/SA
ondulatórios
Em 11 de março de 2011,
foi registrado um tsunami
na costa de Sendai,
nordeste do Japão. Após
um terremoto de 8,9 graus
de magnitude, formaram-
-se ondas gigantes de até
10 metros de altura.
TT
TT
TT
TT
TT
TTT
TT TTT
T
EXT21_1_FIS_B_01
EXT21_1_FIS_B_01
438
Amplitude
A
Representação de uma onda transversal. x
As ondas longitudinais são aquelas em que a direção de
propagação da onda é a mesma que a de vibração. Um exemplo –A
de ondas longitudinais são as ondas sonoras.
Direção de
vibração Comprimento de onda λ
Propagação Vale
FÍSICA • FRENTE B
mesmo ponto. Já a frequência (f) de uma onda pode ser defini-
As ondas mistas são aquelas em que as partículas vibram
da como o número de vibrações provocadas em certo intervalo
ao mesmo tempo, tanto de modo transversal quanto longitu-
de tempo.
dinal. As ondas que se formam na superfície de um líquido são
exemplos de ondas mistas. Lembre-se de que existe uma relação importante entre pe-
ríodo e frequência: elas são inversamente proporcionais entre
si. Observe a seguir.
Propagação
1
f=
T
EXT21_1_FIS_B_01
namtipStudio/Shutterstock
enxergarmos os objetos, processo que ocorre devido às ondas luminosas refletirem.
Fibra ótica, sonares, radares, sinais de rádio e até mesmo a recente descoberta das
ondas gravitacionais se utilizam desse fenômeno.
Onda unidimensional
Quando a extremidade da corda é fixa, o pulso refletido sofre uma inversão do
pulso incidente, isto é, sofre uma reflexão com inversão de fase. Se a extremidade da
corda é móvel, não há inversão do pulso. Nesse caso, ao se movimentar, a corda envia
um pulso no sentido oposto e com a mesma fase do pulso incidente.
Pulso incidente Pulso incidente
λ N Linha normal
Ângulo de Ângulo de Onda
Onda bidimensional
Onda
incidente incidência reflexão refletida
No fenômeno da reflexão são válidas as seguintes leis:
● 1.ª lei: o raio da onda incidente e refletida e a linha normal
v î r^
EXT21_1_FIS_B_01
EXT21_1_FIS_B_01
sen (i) n2
Corda menos Corda mais Corda mais Corda menos = ou n1 · sen (î) = n2 · sen (r)
densa Depois densa densa Depois densa sen (r ) n1
FÍSICA • FRENTE B
da onda diminuir, seu comprimento também diminuirá.
É possível observar que, quando a primeira parte da corda
apresenta menor densidade linear, o pulso refletido é inverti-
do em relação ao pulso incidente. Isso acontece pelo fato de a
corda de maior densidade linear manter fixo o ponto de jun-
ção entre as cordas. A energia total do pulso se divide entre o
v1 l1
pulso refratado e o pulso refletido, sendo menor a velocidade
de propagação do pulso na corda de maior densidade linear. î
Entretanto, quando a primeira parte da corda apresenta Meio 1
maior densidade linear, o pulso refletido não é invertido. A Meio 2
corda de menor densidade linear acompanha os movimentos
v2 l2
r
da corda de maior densidade, com uma situação análoga à da
reflexão de uma corda com uma extremidade livre.
9 Exemplo:
Um estudante possui uma chapa de vidro transparente, em cima de um copo cheio com um tipo de líquido, e pretende descobrir qual material está contido
dentro do copo. Para isso, utiliza um laser e percebe que, na superfície de contato entre o vidro e o líquido do copo, forma-se um ângulo de incidência
com sen ( î ) = 0,71 e um ângulo de refração com sen ( r ) = 0,56. Utilizando a tabela abaixo, qual o possível material contido no copo?
EXT21_1_FIS_B_01
d) Bálsamo do Canadá
e) Água
441
Ondas
Mista Eletromagnética
Unidimensional
Propagação Bidimensional
Fenômenos
FÍSICA • FRENTE B
Tridimensional
Reflexão Refração
Ocorre quando a onda encon- Ocorre quando a onda encontra uma Exemplos
tra uma superfície de separação superfície de separação com outro meio e ela
com outro meio e ela retorna continua a propagar-se nesse novo meio, mas • Som: mecânica e longitudinal
para o meio de origem, sem alterando sua velocidade e seu comprimento e • Luz: eletromagnética e transversal
alterar suas características. mantendo a sua frequência.
Interação
1. O que é o 5G e como ele pode mudar as nossas vidas A rede 4G no Brasil opera com frequência máxima 26 · 108 Hz. Já a tecnologia
[...] É a próxima geração de rede de internet móvel, que 5G será uma nova era da conexão com a internet, pois opera em faixas
promete velocidade de download e upload de dados mais de frequência mais altas, embora com um menor comprimento de onda.
rápida, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis. Trata- Sobre o assunto, responda às questões a seguir.
-se de utilizar melhor o espectro de rádio e permitir que mais a) Considerando que uma onda de rádio tenha velocidade igual a
dispositivos acessem a internet móvel ao mesmo tempo. 300 000 km/s, calcule o menor comprimento de onda da rede 5G e 4G.
[...] Como funciona?
Há uma série de novas tecnologias que podem ser aplicadas – mas
os padrões ainda não foram definidos para todos os protocolos 5G. Faixas
de frequência mais altas – de 3,5 GHz (gigahertz) a pelo menos 26 GHz –
têm uma capacidade maior, mas como seus comprimentos de onda são
menores, significa que seu alcance é mais curto – ou seja, são bloqueados
mais facilmente por objetos físicos.
[...] É muito diferente do 4G?
Sim, é uma nova tecnologia de rádio. Mas pode ser que você não
note logo de cara a melhora da velocidade, já que o 5G deve ser usado
inicialmente pelas operadoras como uma forma de aumentar a capacidade
das redes 4G LTE existentes, garantindo um serviço mais consistente aos
clientes. A velocidade que você vai receber dependerá de qual espectro
de radiofrequência a operadora vai utilizar e de quanto investirá em novas
antenas e transmissores. b) Como é possível resolver o problema do pequeno alcance das redes 5G?
FrankHH/Shutterstock
EXT21_1_FIS_B_01
WALL, M. O que é o 5G e como ele pode mudar nossas vidas. Época Negócios.
442
FÍSICA • FRENTE B
III. A onda formada na superfície da água é longitudinal.
Das afirmações acima, é (são) correta(s):
4. C1:H1 É possível classificar as ondas segundo sua natureza a) Apenas I. c) Apenas III.
(mecânica ou eletromagnética), direção de propagação (uni-, b) Apenas II. d) Apenas I e III.
bi- ou tridimensional) e direção de vibração (longitudinal ou
transversal). Preencha a tabela abaixo de acordo com a clas- 8. C1:H1 A figura abaixo mostra uma onda propagando-se em
sificação das ondas dadas: um meio físico. A frequência da fonte geradora da onda é de
300 Hz. Calcule a velocidade de propagação dessa onda e sua
Direção de Direção de amplitude.
Natureza
vibração propagação
Som
Luz 20 cm
Micro-ondas
Onda numa corda 30 cm
Onda na superfí-
cie da água
Onda de rádio
corda 1 corda 2
Sabendo-se que a corda 1 tem massa de 20 g, a corda 2 tem massa de 30 g
e que ambas têm comprimento L = 10 cm, calcule a densidade linear das
cordas e descreva o que ocorrerá com o pulso ao encontrar a segunda corda.
6. C1:H1 Uma fonte produz 120 oscilações por minuto. Abaixo
a representação dessa onda que foi captada em um determi-
nado instante:
y(m)
4
10. C1:H1 Em uma festa na piscina, uma das caixas de som emite
ondas sonoras com frequência de 600 Hz. Ao propagar-se na
3
2
água da piscina, as ondas alteram sua velocidade, sendo no
1 ar igual a 340 m/s e na água igual a 1 500 m/s. Calcule a razão
0 entre o comprimento de onda na água e no ar.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112 131415 16 1718 x(m)
EXT21_1_FIS_B_01
-1
-2
-3
-4
443
Fácil
1. C1:H1 (EEAR-2018) No estudo de ondulatória, um dos fenô- culado como a figura a seguir.
menos mais abordados é a reflexão de um pulso numa corda.
Fácil
3. C1:H1 (Enem-2017) b) 1.
c) 8.
FÍSICA • FRENTE B
Fácil
d) 16.
8. C1:H3 (Enem-2019) Quando se considera a extrema velocidade
com que a luz se espalha por todos os lados e que, quando vêm
Médio
para a superfície da água de um tanque, com o líquido em passar sobre os sonorizadores, a suspensão do veículo sofre vibrações que
repouso. O raio de luz monocromático incide sobre a super- produzem ondas sonoras, resultando em um barulho peculiar. Considere
fície, sendo parcialmente refletido e parcialmente refratado. um veículo que passe com velocidade constante igual a 108 km/h sobre
Em relação ao raio incidente, o refratado muda um sonorizador cujas faixas são separadas por uma distância de 8 cm.
a) a frequência.
Disponível em: www.denatran.gov.br. Acesso em: 2 set. 2015 (adaptado).
b) o índice de refração.
c) a velocidade de propagação. A frequência da vibração do automóvel percebida pelo condutor durante
a passagem nesse sonorizador é mais próxima de
d) a densidade.
a) 8,6 hertz.
6. C1:H1 (UFRGS-2019) Assinale a alternativa que preenche b) 13,5 hertz.
corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em
c) 375 hertz.
Fácil
que aparecem.
Na propagação de uma onda mecânica longitudinal, o meio é d) 1350 hertz.
deslocado __________ à direção de propagação, __________ ao transporte e) 4860 hertz.
de energia. Nessa propagação, __________ transporte de matéria.
10. C5:H17 (Enem-2017) O osciloscópio é um instrumento que
EXT21_1_FIS_B_01
EXT21_1_FIS_B_01
Médio
150
100
P
50
0 I Q II
–50
A figura acima representa um pulso P que se propaga em uma corda I,
–100
de densidade linear µI, em direção a uma corda II, de densidade linear µII.
–150 O ponto Q é o ponto de junção das duas cordas. Sabendo que µI > µII o
–200 t (ms) perfil da corda logo após a passagem do pulso P pela junção Q é mais
5 bem representado por
BOMFIM, M. Disponível em: www.ufpr.br. Acesso em: 14 ago. 2012 (adaptado). a)
e) 125 Hz.
11. C1:H1 (UECE-2019) A radiação X, com comprimentos de onda c)
entre 0,01 nm a 10 nm, tem frequência menor do que a Q
Médio
frequência
FÍSICA • FRENTE B
a) da radiação ultravioleta, cujos comprimentos de onda são na faixa de d)
380 · 10-9 m a 10-9 m.
b) da radiação infravermelha, cujos comprimentos de onda são na faixa Q
de 700 nm a 50.000 nm.
c) da radiação na faixa visível, cujos comprimentos de onda são na faixa e)
de 400 nm a 750 nm.
d) da radiação gama, cujos comprimentos de onda são na faixa de Q
10-12 m a 10-14 m.
12. C5:H17 (UFPR-2019) O gráfico ao lado apresenta a frequência
f de uma onda sonora que se propaga num dado meio em
Médio
função do comprimento de onda λ dessa onda nesse meio. 15. C5:H17 (UFRGS-2015) Na figura abaixo, estão representadas
duas ondas transversais P e Q, em um dado instante de tempo.
Médio
25
10
10 30 λ (m)
Com base nesse gráfico, assinale a alternativa que expressa corretamente o
módulo da velocidade do som v no meio considerado, quando a frequência
da onda sonora é de 25 Hz.
a) v = 250 m/s. d) v = 1 000 m/s.
b) v = 340 m/s. e) v = 1 500 m/s.
c) v = 750 m/s.
13. C1:H1 (Unicamp-2019) A depilação a laser é um procedimento Q
de eliminação dos pelos que tem se tornado bastante popular
Médio
EXT21_1_FIS_B_01
e) I, II e III.
Difícil
perdas que aumentam com a distância d entre a antena
transmissora e a antena receptora. Uma aproximação frequen-
temente usada para expressar a perda L, em decibéis (dB), do
sinal em função de d, no espaço livre de obstáculos, é dada pela
expressão
cerca cerca
L = 20 log10 4d ,
rio rio
em que λ é o comprimento de onda do sinal. O gráfico a seguir mostra L (em
dB) versus d (em metros) para um determinado comprimento de onda λ.
60
55
50
45
L (dB)
*As setas da figura indicam somente a direção da movimentação das placas tectônicas.
Adaptado de J.F. Petersen, D. Sack e R. E. Glabler, Fundamentos 40
de Geografia Física. São Paulo: Cengage, 2015, p. 277.
35
Eventos sísmicos de grande magnitude causam imensos danos. As ondas
30
sísmicas que se originam nesses eventos e que se propagam no interior
da Terra são de dois tipos: longitudinais e transversais. A figura anterior 25
0 2 4 6 8 10
representa um tipo de contato entre placas que dá origem a ondas sísmicas.
Esse tipo de contato ocorre d (m)
a) na Califórnia (EUA), e as ondas longitudinais são aquelas em que a Com base no gráfico, a frequência do sinal é aproximadamente
oscilação se dá na direção de propagação.
Note e adote:
b) nos Andes (Chile), e as ondas transversais são aquelas em que a osci-
FÍSICA • FRENTE B
que o ultrassom usado pelos pesquisadores tem velocidades de 1 440 m/s, aceleração da gravidade, desde que se propaguem em águas
na água, e de 3 840 m/s, no gelo, com um comprimento de onda na água rasas. O gráfico representa o módulo v da velocidade da onda
de 36 mm. Podemos afirmar que o comprimento de onda, quando se em função da profundidade h da água.
propaga na geleira, em milímetros, é de: 7
a) 96 d) 144
b) 36 e) 14,4 6
c) 192
18. C1:H1 (Insper-2019) O esquema da figura ilustra o perfil de 5
uma cuba de ondas de profundidade espraiada, cheia de água.
Difícil
marinha.
F 3
v 2 v 1
2
h2
1
h1
0
0 1 2 3 4 5
h (m)
Uma fonte vibratória F, localizada na parte profunda da cuba, produz Uma onda no mar, onde a profundidade da água é 4,0 m, tem comprimento
frentes de onda retas, paralelas à “praia”, com frequência f. Sabe-se que de onda igual a 50 m. Na posição em que a profundidade da água é 1,0 m,
ondas mecânicas na água sofrem mais refringência com a diminuição da essa onda tem comprimento de onda, em m, aproximadamente igual a
profundidade. Considerando as velocidades v1 e v2 de propagação das a) 8.
frentes de onda nas profundidades h1 e h2, respectivamente, assim como b) 12.
os comprimentos de onda λ1 e λ2 e frequências de oscilação f1 e f2, são
corretas as relações de ordem: c) 25.
a) v1 > v2, λ1 = λ2 e f1 > f2 d) 35.
b) v1 > v2, λ1 > λ2 e f1 = f2 e) 50.
EXT21_1_FIS_B_01
EXT21_1_FIS_B_01
Percentual de absorção
Difícil
Note e adote:
As plantas e as rãs permaneceram vivas durante o experimento.
–3 –2 –1 0 1 2 3 As cores da solução de cresol em ambientes com dióxido de carbono
com concentração menor, igual e maior que a da atmosfera são,
x (m) respectivamente, roxa, rosa e amarela.
Velocidade da luz = 3 · 108 m/s.
1 nm = 10-9 m.
FÍSICA • FRENTE B
a) roxa, amarela e amarela.
Dentre as alternativas, a que pode corresponder à velocidade de propa- b) roxa, rosa e amarela.
gação dessa onda é c) rosa, roxa e amarela.
a) 0,14 m/s.
d) amarela, amarela e roxa.
b) 0,25 m/s.
e) roxa, roxa e rosa.
c) 0,33 m/s.
d) 1,00 m/s. 25. C6:H22 (Unesp-2020) A sensibilidade visual de humanos e
e) 2,00 m/s. animais encontra-se dentro de uma estreita faixa do espectro
Difícil
em uma parede e a outra presa a um oscilador capaz de gerar e o crescimento fototrópico. A razão para a importância dessa estreita faixa
ondas transversais nessa corda. A figura representa o perfil de de radiação eletromagnética é o fato de a energia carregada por um fóton
um trecho da corda em determinado instante posterior ao ser inversamente proporcional ao comprimento de onda. Assim, os compri-
acionamento do oscilador e um ponto P que descreve um movimento mentos de onda mais longos não carregam energia suficiente em cada fóton
harmônico vertical, indo desde um ponto mais baixo (vale da onda) até para produzir um efeito fotoquímico apreciável, e os mais curtos carregam
um mais alto (crista da onda). energia em quantidade que danifica os materiais orgânicos.
3m
Knut Schmidt-Nielsen. Fisiologia animal: adaptação e meio ambiente, 2002. Adaptado.
0,8 m
Cor Comprimento de onda (nm)
cados em três recipientes de vidro, I, II e III, idênticos e trans- mente c = 3 · 108 m/s e que 1 nm = 10-9 m, a cor da luz cujos fótons carregam
parentes. Em I e II, havia plantas e, em III, rãs. Os recipientes uma quantidade de energia correspondente a 3,96 · 10-19 J é
foram vedados e iluminados durante um mesmo intervalo de a) azul.
tempo com luz de mesma intensidade, sendo que I e III foram iluminados b) verde.
EXT21_1_FIS_B_01
EXT21_1_FIS_B_01
com luz de frequência igual a 7,0 · 1014 Hz e II, com luz de frequência igual
c) amarela.
a 5,0 · 1014 Hz. O gráfico mostra a taxa de fotossíntese das clorofilas a e b
em função do comprimento de onda da radiação eletromagnética. d) laranja.
Considere que, para essas plantas, o ponto de compensação fótica corres- e) vermelha.
447
esquemático.
Bronzeamento
Epiderme Radiação Radiação
Envelhecimento
UVA Derme bloqueada bloqueada
Manchas
Hipoderme por reflexão por absorção
Câncer
∆t
Vermelhidão
Queimadura Radiação Radiação
UVB Epiderme Envelhecimento bloqueada bloqueada
Manchas por reflexão por absorção
Câncer
∆t
a) a radiação UVA possui menor comprimento de onda e produz os mesmos efeitos que a UVB.
b) as duas radiações não são igualmente penetrantes e não são refletidas por FSF.
c) as duas radiações penetram as mesmas camadas da pele e são absorvidas por FSQ.
d) a radiação UVA apresenta maior frequência e é mais penetrante que a UVB.
e) a radiação UVB apresenta maior frequência e menor comprimento de onda que a UVA.
27. C1:H1 (Unicamp-2017) Considere que, de forma simplificada, a resolução máxima de um microscópio óptico é igual ao comprimento de onda
da luz incidente no objeto a ser observado. Observando a célula representada na figura abaixo, e sabendo que o intervalo de frequências do
Médio
espectro de luz visível está compreendido entre 4,0 · 1014 Hz e 7,5 · 1014 Hz, a menor estrutura celular que se poderia observar nesse microscópio
de luz seria
(Se necessário, utilize c = 3 · 108 m/s.)
Mitocôndria Cloroplasto
a) o ribossomo.
1000 nm 2000 nm b) o retículo endoplasmático.
Retículo c) a mitocôndria.
Endoplasmático
420 nm d) o cloroplasto.
Ribossomo
25 nm
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E 26 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_01
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E 27 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
448
02
frequência natural, armazenam a energia recebida,
fazendo com que as ondas tenham amplitudes de
oscilação cada vez maiores. Isso ocorre devido à su- Fenda
perposição de ondas, ou seja, pela soma da ampli-
tude de onda natural do corpo com a amplitude da
onda energética que causou a ressonância.
Fenômenos ondulatórios
Princípio de Huygens Fenda com
ordem de O fenômeno
O Princípio de Huygens, conceito aplicado para grandeza da difração
Designua/Shutterstock
ondas bidimensionais, diz que cada ponto de uma maior que o é menos
frente de onda pode ser comprimento intenso
de onda
considerado uma nova Frente de onda:
fonte de onda, forman- conjunto de pontos
do ondas secundárias atingidos simultanea-
que se propagam para mente pela mesma Fenda
além da região já atin- fase de uma onda.
gida pela onda original. Representação do fenômeno da difração para fendas de
diferentes tamanhos.
Dn Br/Shutterstock
Frente de
e acústica
onda plana Frente de As ondas sonoras possuem comprimento de
onda esférica onda que variam entre 2,0 cm e 20,0 m, enquanto
as ondas luminosas possuem comprimento de onda
t > t0 ; λ da ordem de 10 -7 m. Devido à condição da grandeza
dos obstáculos ou das fendas, é mais comum nossa
percepção da difração do som, uma vez que as on-
das luminosas necessitam de um obstáculo muito
pequeno.
Fonte
primária
FIS
t0 = 0
Fontes Fontes
secundárias secundárias
Difração
O fenômeno da difração corresponde à capaci-
dade de as ondas contornarem obstáculos ou de se
espalharem após atravessar uma fenda.
A difração pode ser explicada pelo Princípio
de Huygens, quando obstáculos ou fendas se
tornam fontes de ondas secundárias ao serem
atingidos por uma frente de onda, alterando a
direção de propagação da onda primária.
SSS
EXT21_1_FIS_B_02
SS
SSS
SSS
SSS
Professor, é interessante destacar uma aplicação da ressonância no cotidiano. Explique aos alunos que o
SSS
SSS
forno de micro-ondas funciona por meio desse fenômeno, emitindo ondas eletromagnéticas na mesma fre- 449
SSSS
quência natural de oscilação das moléculas de água presentes nos alimentos. Com base nisso, as moléculas
SSSSSS
como antes. Contudo, durante o intervalo de tempo em que as ondas estão superpostas, cada ponto do meio de propagação segue
o princípio da superposição. A interferência de ondas bidimensionais será estudada no tópico de fenômenos sonoros.
Quando ocorre inversão de fase entre pulsos idênticos e com deslocamentos verticais iguais, no momento da super-
posição, é gerada uma interferência destrutiva total. No momento da interferência destrutiva total, os efeitos que cada onda
produziria sobre a corda são anulados até que os pulsos ressurjam.
MMMMM
MMMMMMMMMMMMMMMM
Polarização
O fenômeno da polarização ocorre somente com as ondas transversais, ou seja, aquelas em que a direção de vibração é
perpendicular à direção de propagação. Essas ondas podem vibrar em vários planos de vibração, mas os polarizadores podem
bloquear alguns deles, de forma que as ondas vibrem somente em uma direção, tornando a onda polarizada.
No caso das ondas longitudinais, a direção de vibração do meio já coincide com a direção de propagação da onda, não sendo
possível que essa onda seja polarizada.
Polarizador
(vertical)
Feixe de luz
Feixe de luz polarizado Ausência de
verticalmente luz
Fouad A. Saad/Shutterstock
Feixe de luz
não polarizado
Analisador
EXT21_1_FIS_B_02
Observe que na imagem são utilizados dois filtros polaroides, o polarizador e o analisador. O primeiro permite à luz que seja
polarizada, enquanto o segundo revela o fenômeno, uma vez que nós não distinguimos a luz natural da luz polarizada.
Os filtros polarizadores são muito utilizados em fotografias para eliminar reflexos ou melhorar a definição. Também podem
450
FÍSICA • FRENTE B
entre 20 Hz a 20 000 Hz é conhecida como som audível e possível de ser detectada fracos (ondas com baixa amplitude).
pelos seres humanos. As ondas mecânicas que estão na faixa inferior a 20 Hz são cha-
A intensidade sonora depende da po-
madas de infrassom, enquanto as ondas mecânicas acima de 20 000 Hz são chamadas tência da fonte e da superfície que a onda
de ultrassom. atinge, expressa matematicamente como:
Sons audíveis P
20 Hz
5 000 Hz
20 000 Hz
EXT21_1_FIS_B_02
Zheltyshev/Shutterstock
15 °C é de 340 m/s, e a 0 °C
é de 332 m/s. apresentarem a mesma altura e inten-
sidade, elas não são iguais porque não
têm o mesmo timbre, isto é, ondas com
451
o mesmo formato.
Reflexão
linha ventral V0; para n = 2, os pontos
A difração sonora é a propriedade pertencem à linha ventral V1; para n = 4,
sonora: reforço, da onda de contornar obstáculos posicio- os pontos pertencem à linha ventral v 2 , e
reverberação e eco nados entre a fonte sonora e o receptor, assim por diante.
mudando sua direção e sua intensidade. ● A interferência será destrutiva se
Para que nosso aparelho auditivo Considerando que a velocidade do n for um número ímpar.
seja capaz de distinguir dois sons, é ne- som no ar é vsom = 340 m/s e que o sis-
cessário que esses sons cheguem às Para n = 1, os pontos pertencem à li-
tema auditivo humano distingue sons nha nodal N1; para n = 3, os pontos per-
orelhas com uma diferença de tempo mí- entre 20 Hz e 20 000 Hz, o comprimento tencem à linha nodal N2 ; para n = 5, os
nima de 0,1s – intervalo conhecido como de onda do som no ar pode variar entre pontos pertencem à linha ventral N 3 , e
persistência auditiva. 1,7 cm e 17 m, sendo considerados, na assim por diante.
A reflexão do som, dependendo do prática, os valores de 2 cm e 20 m. Assim,
intervalo de tempo entre o som refletido para ocorrer a difração do som, os obs-
e a percepção pelo receptor, pode origi- táculos a serem contornados devem ter Observação
nar o reforço, a reverberação ou o eco do dimensões dessa ordem de grandeza. As condições anteriores são válidas para fonte
s em fase,
som emitido. Observe, na imagem a se- ou seja, que estejam em concordância na difere
guir, como ocorre a reflexão do som em Interferência caminho de meio período. Caso as ondas esteja
nça de
m fora
FÍSICA • FRENTE B
uma sala fechada. A interferência de ondas sonoras de fase, as seguintes condições são válidas:
segue o mesmo padrão teórico da inter-
Douglas Lopes
Batimento
das, ocorrem as seguintes possibilidades:
● Interferência construtiva – ponto
Quando duas ondas de frequências
em que uma crista encontra outra
ligeiramente diferentes se sobrepõem,
Representação da reflexão da onda sonora em crista ou que um vale se encontra
uma sala fechada. ou seja, sofrem interferência, pode-se
com outro vale. observar o fenômeno conhecido como
Caso o obstáculo refletor esteja mui- batimento. Observe, a seguir, a interfe-
● Interferência destrutiva – ponto em
to próximo do receptor e o som direto e rência de uma onda de frequência f1 com
que uma crista encontra um vale.
o som refletido cheguem aos ouvintes outra onda de frequência f2 .
em intervalo de tempo próximo a zero Observe a imagem a seguir, em que
(∆t ≈ 0), ocorrerá o que chamamos de re- as cristas são representadas pela linha
forço, isto é, o aumento da intensidade cheia, e os vales, posicionados no meio Onda de frequência f1
sonora, gerando a sensação de um som do caminho de duas cristas, são repre-
mais forte aos ouvidos dos receptores. sentados pela linha pontilhada.
Se o obstáculo refletor estiver mais F1 F2 Onda de frequência f2
afastado e o intervalo de tempo for
Dt < 0,1, mas não desprezível, percebe-
-se um prolongamento da sensação so-
nora, caracterizando a reverberação. N4 N4 Ondas superpostas
Nesse caso, o som refletido chega aos V3
V3
ouvidos antes de o som direto ter se ex- N3 N3
tinguido, dando a impressão de um som V2 N V2
2 V1 N1 V0 N1 V1 N2 Batimentos
prolongado.
Quando os sons chegam aos ouvin- À medida que as ondas vão aumentando, criam-
tes em um intervalo de tempo maior que -se linhas ventrais (construtivas) e linhas nodais
(destrutivas).
0,1s, ocorre o eco. Nesse caso, quando o
Com as ondas em propagação e so-
som refletido chega aos ouvidos, o som Interferência de ondas com frequências
frendo interferência, ocorre a formação
direto já se extinguiu, possibilitando ao diferentes – batimentos.
de linhas radiais no padrão de interfe-
ouvinte diferenciar os dois sons. A condi- A frequência dos batimentos pode
rência: construtiva (linhas ventrais) e
ção para que ocorra eco é que a distância ser obtida por meio da diferença entre as
destrutiva (linhas nodais).
mínima entre o receptor e o obstáculo frequências:
refletor seja maior que 17 m no ar. Para saber se ocorrerá uma interfe-
rência construtiva ou destrutiva em um
determinado ponto P, a uma distância d1 fB f2 f1
Kostenyukova Nataliya/Shutterstock
EXT21_1_FIS_B_02
Reforço
Qualidades fisiológicas do som Reverberação
Fenômenos sonoros Eco
Altura
Interferência
Intensidade
Batimento
Timbre
FÍSICA • FRENTE B
L
LL
LLL
LL L
LLL
Onda mecânica,
LLLLLLLLLLLLLL
longitudinal e que
possui velocidade de
propagação tal que:
Ondas sonoras vsólidos > vlíquidos > vgases.
Interação
Como a poluição sonora influencia até na obesidade decibelímetro em seu celular e faça as medições dos locais que você
costuma frequentar, principalmente nos que você passa muitas horas,
1. A poluição sonora é um problema mais grave do que pode como sua casa e a sala de aula. Não se esqueça de medir também os fones
parecer. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece de ouvido. Depois, preencha a tabela abaixo com os valores encontrados.
que barulho é um tema sério, pois a poluição sonora afeta
Tempo de Nível sonoro con-
diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas. Ambiente
exposição tínuo
Em um relatório recente, a organização estipulou recomendações de
níveis máximos de barulho em locais públicos como forma de combater
doenças decorrentes da influência do estresse sonoro. Um dos documen-
tos que serviram de base às recomendações associa o excesso de ruído a
doenças metabólicas e cardiovasculares, déficits cognitivos em crianças,
zumbidos nos ouvidos, distúrbios do sono, danos ao aparelho auditivo e
até mesmo à obesidade.
[...]
WENTZEL, M. Como a poluição sonora influencia até na obesidade.
BBC News Brasil. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/
geral-46040219. Acesso em: 15 jul. 2020. Adaptado.
CCCC
CC
CC ruídos próximos e sua precisão de-
pende da qualidade do microfone.
Sabendo disso, realize o do-
453
wnload de um aplicativo de
NotionPic/Shutterstock
EXT21_1_FIS_B_02
454
Fácil
mentos um do outro.
salvar milhões de pessoas. Uma onda sísmica foi detectada pelo sismógrafo
Essa diferenciação se deve principalmente ao(a)
e está representada na figura abaixo:
deslocamento (µm) a) intensidade sonora do som de cada instrumento musical.
2 b) potência sonora do som emitido pelos diferentes instrumentos musicais.
c) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada ins-
trumento musical.
d) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de cada ins-
0 62,5 125 tempo trumento sejam diferentes.
(10-3s) e) altura do som, que possui diferentes frequências para diferentes
instrumentos musicais.
-2
2. C1:H1 (UECE-2018) No ouvido, para a chegada de informações
sonoras ao cérebro, o som se propaga, de modo simplificado,
Sabemos que diferentes seres vivos conseguem detectar ondas mecânicas
Fácil
por três meios consecutivos: o ar, no ouvido médio, um meio
em distintas faixas de frequência, como mostra a tabela.
sólido (os ossos martelo, bigorna e estribo) e um meio líquido,
Seres vivos Faixas de frequências audíveis no interior da cóclea. Ao longo desse percurso, as ondas so-
noras têm
Pombo 0,1 Hz – 20 000 Hz
a) mudança de frequência de um meio para o outro.
Cachorro 15 Hz – 45 000 Hz
b) manutenção da amplitude entre os meios.
Ser humano 20 Hz – 20 000 Hz c) mudança de velocidade de propagação de um meio para o outro.
Elefante 16 Hz – 12 000 Hz d) manutenção na forma de onda e na frequência entre os meios.
FÍSICA • FRENTE B
Morcego 10 300 Hz – 114 000 Hz 3. C1:H1 (EEAR-2019) Um adolescente de 12 anos, percebendo
Fácil alterações em sua voz, comunicou à sua mãe a situação ob-
Quais seres vivos serão capazes de detectar essa onda sísmica? servada com certa regularidade. Em determinados momentos
apresentava tom de voz fina, em outros momentos tom de
voz grossa. A questão relatada pelo adolescente refere-se a
uma qualidade do som denominada:
a) altura.
b) timbre.
c) velocidade.
d) intensidade.
4. C1:H1 (IMED-2018) Um brinquedo conhecido pela maioria das
crianças é aquele que, com a adição de um pouco de sabão
Fácil
10. C1:H1 As notas musicais correspondem a diferentes frequên- em pó ou líquido, permite a produção de bolhas de sabão.
cias, conforme mostrado na tabela a seguir. Um fenômeno físico que chama a atenção é a mudança de
coloração que ocorre nessas bolhas quando vistas de posições
diferentes. Esse mesmo fenômeno também é visível em dias de chuva
Nota Frequência
quando uma fina camada de óleo fica sobre a pista.
Dó 264 Hz A respeito do descrito, analise as proposições abaixo:
Ré 297 Hz I. Esse efeito visual é causado predominantemente por fenômenos térmicos.
II. O fenômeno que explica essa situação é conhecido como interferência
Mi 330 Hz
(superposição) ondulatória.
Fá 352 Hz III. É o nosso olho que se altera para poder ver as cores de forma diferente.
Sol 396 Hz IV. O fenômeno ondulatório que explica a mudança da coloração da bolha,
onde as cores vistas podem ser classificadas com ondas eletromagné-
Lá 440 Hz
ticas, também pode ocorrer para ondas mecânicas.
Si 495 Hz Marque a alternativa que contém a(s) proposição(ões) CORRETA(S):
a) Apenas a I está correta.
A frequência de vibração de uma corda é dada pela expressão b) Apenas a II está correta.
1 T c) Apenas a alternativa IV está correta.
f= ,
2 L d) Apenas II e III estão corretas.
em que T é a força de tração na corda, L é seu comprimento e µ, a densidade e) Apenas II e IV estão corretas.
linear da corda. Suponha que um violinista deseje afinar a corda de um
5. C1:H1 (EEAR-2018) Um professor de música esbraveja com
violão utilizando a nota Lá. Considerando que o comprimento da corda é
seu discípulo:
de 80 cm e que a massa é de 400 mg, qual deve ser a força de tração que
Fácil
ele deve submeter a corda ao aparafusar a tarraxa do instrumento? “Você não é capaz de distinguir a mesma nota musical emitida
por uma viola e por um violino!”.
A qualidade do som que permite essa distinção à que se refere o professor é a(o)
a) altura.
b) timbre.
c) intensidade.
EXT21_1_FIS_B_02
EXT21_1_FIS_B_02
d) velocidade de propagação.
455
Médio
Fácil
seguinte forma: anotou-se a frequência de operação de um ondas que chegam à antena receptora do aparelho. Essa se-
forno de micro-ondas e, em seguida, retirou-se sua plataforma leção acontece em razão da ressonância do circuito receptor
giratória. No seu lugar, colocou-se uma travessa refratária com com a onda que se propaga.
uma camada grossa de manteiga. Depois disso, o forno foi ligado por alguns O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual característica
segundos. Ao se retirar a travessa refratária do forno, observou-se que havia da onda?
três pontos de manteiga derretida alinhados sobre toda a travessa. Parte a) Amplitude. d) Intensidade.
da onda estacionária gerada no interior do forno é ilustrada na figura.
b) Polarização. e) Velocidade.
I II III IV V
c) Frequência.
10. C5:H17 (Enem-2016) A Figura 1 apresenta o gráfico da inten-
sidade, em decibéis (dB) da onda sonora emitida por um al-
Médio
to-falante, que está em repouso, e medida por um microfone
em função da frequência da onda para diferentes distâncias:
3 mm, 25 mm, 51 mm e 60 mm, e A Figura 2 apresenta um
diagrama com a indicação das diversas faixas do espectro de frequência
sonora para o modelo de alto-falante utilizado neste experimento.
De acordo com a figura, que posições correspondem a dois pontos con-
Figura 1
secutivos da manteiga derretida?
Resposta de Frequência
a) I e III. d) II e IV.
+20
b) I e V. e) II e V.
3 mm
c) II e III.
+10
25 mm
7. C5:H17 (Enem-2017) Em uma linha de transmissão de infor-
51 mm
mações por fibra óptica, quando um sinal diminui sua inten- 0
Fácil
2 Média Média
Subgrave Grave Média Aguda
1 baixa alta
20 Hz
63 Hz
250 Hz
640 Hz
2,5 Hz
5 Hz
20 Hz
0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8
Comprimento de onda (µm) Disponível em: www.somsc.com.br. Acesso em: 2 abr. 2015.
Atenuação e limites das fibras ópticas. Disponível em: www.
gta.ufrj.br. Acesso em: 25 maio 2017 (adaptado). Relacionando as informações presentes nas figuras 1 e 2, como a intensi-
dade sonora percebida é afetada pelo aumento da distância do microfone
Qual é a máxima distância, em km, que um sinal pode ser enviado nessa ao alto-falante?
fibra sem ser necessária uma retransmissão? a) Aumenta na faixa das frequências médias.
a) 6. d) 90.
b) Diminui na faixa das frequências agudas.
b) 18. e) 100.
c) Diminui na faixa das frequências graves.
c) 60.
d) Aumenta na faixa das frequências médias altas.
8. C5:H17 (Enem-2018) Alguns modelos mais modernos de fones e) Aumenta na faixa das frequências médias baixas.
de ouvido contam com uma fonte de energia elétrica para
Médio
poderem funcionar. Esses novos fones têm um recurso deno- 11. C1:H1 (UFRGS-2018) A figura I, abaixo, representa esquema-
minado “Cancelador de Ruídos Ativo”, constituído de um cir- ticamente o experimento de Young. A luz emitida pela fonte
Médio
cuito eletrônico que gera um sinal sonoro semelhante ao sinal F, ao passar por dois orifícios, dá origem a duas fontes de luz
externo de frequência fixa. No entanto, para que o cancelamento seja F1 e F2 idênticas, produzindo um padrão de interferência no
realizado, o sinal sonoro produzido pelo circuito precisa apresentar simul- anteparo A. São franjas de interferência, compostas de faixas
taneamente características específicas bem determinadas. claras e escuras, decorrentes da superposição de ondas que chegam ao
Quais são as características do sinal gerado pelo circuito desse tipo de anteparo.
fone de ouvido? A
a) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 90° em relação ao sinal externo.
b) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 180° em relação ao sinal externo.
F1
c) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença de fase
igual a 45° em relação ao sinal externo.
F
d) Sinal de amplitude maior, mesma frequência e diferença de fase igual
a 90° em relação ao sinal externo. F2
EXT21_1_FIS_B_02
EXT21_1_FIS_B_02
Figura I
Médio
onda proveniente do orifício F2. A diferença entre as duas distâncias é DL. microfone M através de dois caminhos diferentes. As ondas
A sonoras viajam simultaneamente pelo tubo esquerdo FXM,
de comprimento fixo, e pelo tubo direito FYM, cujo compri-
mento pode ser alterado movendo-se a seção deslizante (tal qual um
trombone). As ondas sonoras que viajam pelos dois caminhos interferem-se
em M. Quando a seção deslizante do caminho FYM é puxada para fora por
F1 DL 0,025 m, a intensidade sonora detectada pelo microfone passa de um
máximo para um mínimo.
q
O
q
Fonte
F2
Parte
F deslizante
P
Figura II X Y
FÍSICA • FRENTE B
d) semi-inteiro − escura − destrutiva c) 1,0 · 10³ m/s.
e) semi-inteiro − clara – construtiva d) 2,0 · 10³ m/s.
12. C1:H1 (EM-2018) Analise a figura abaixo. e) 3,4 · 10² m/s.
anteparo plano,
15. C1:H1 (UFRGS-2019) Considere as afirmações abaixo, sobre o
Médio
opaco, absorvente
fenômeno da difração.
Médio
a) apenas a onda sonora pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à mecânicas planas, coerentes e em fase, oscilando com a fre-
difração. quência de 4,0 Hz. As ondas produzidas propagam-se a uma
b) apenas a onda luminosa pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D > 2,8 m e que P é um
à refração. ponto vibrante de máxima amplitude.
c) a propagação das duas ondas é aproximadamente retilínea se d >> 1,7 cm.
d) a propagação das duas ondas é aproximadamente esférica se d >> 1,7 cm. P
e) nenhuma das ondas pode ser plana.
13. C1:H1 (UFPR-2016) Foram geradas duas ondas sonoras em um D
determinado ambiente, com frequências f1 e f2. Sabe-se que
2,8 m
Médio
EXT21_1_FIS_B_02
c) 3,1 m.
Difícil
ondulatória. No início do século XIX, Thomas Young, com a fina- que aparecem.
lidade de auxiliar na discussão, realizou o experimento apresen- A luz é uma onda eletromagnética formada por campos elétri-
tado de forma simplificada na figura. Nele, um feixe de luz cos e magnéticos que variam no tempo e no espaço e que, no vácuo, são
monocromático passa por dois anteparos com fendas muito pequenas. No ________ entre si. Em um feixe de luz polarizada, a direção da polarização
primeiro anteparo há uma fenda e no segundo, duas fendas. Após passar pelo é definida como a direção ________ da onda.
segundo conjunto de fendas, a luz forma um padrão com franjas claras e a) paralelos - do campo elétrico
escuras.
b) paralelos - do campo magnético
c) perpendiculares - de propagação
d) perpendiculares - do campo elétrico
e) perpendiculares - do campo magnético
Franjas 20. C1:H1 (Unesp-2018) Define-se a intensidade de uma onda (I)
claras como potência transmitida por unidade de área disposta
Difícil
Fenda perpendicularmente à direção de propagação da onda. Porém,
simples Fenda essa definição não é adequada para medir nossa percepção
Luz monocromática
dupla de sons, pois nosso sistema auditivo não responde de forma
Franjas
escuras linear à intensidade das ondas incidentes, mas de forma logarítmica.
I
Define-se, então, nível sonoro (b) como 10 log , sendo b dado em
decibel (dB) e I = 10-12 W/m². I0
0
Supondo que uma pessoa, posicionada de forma que a área de 6,0 · 10-5 m²
Anteparo de um de seus tímpanos esteja perpendicular à direção de propagação da
SILVA, F. W. O. A evolução da teoria ondulatória da luz e os livros didáticos. Revista
onda, ouça um som contínuo de nível sonoro igual a 60 dB durante 5,0 s, a
Brasileira de Ensino de Física, n. 1, 2007 (adaptado). quantidade de energia que atingiu seu tímpano nesse intervalo de tempo foi
a) 1,8 · 10-8 J.
Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para uma
FÍSICA • FRENTE B
5
interface ar/óleo
d d d
camada fina de óleo 3 4 E
F1 F2 F3 F4 P x
água A figura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais (F1, F2, F3 e F4), isotrópi-
cas, uniformemente espaçadas de d = 0,2 m, ao longo do eixo x. Um ponto
Disponível em: http://2011.igem.org. Acesso em: 18 nov. 2014 (adaptado). P também é mostrado sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emitem
ondas sonoras na frequência de 825 Hz, com mesma amplitude A e mesma
Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura mínima
velocidade de propagação, 330 m/s. Suponha que, quando as ondas se
é igual a
propagam até P, suas amplitudes se mantêm praticamente constantes.
λ
a) . d) λ. Sendo assim a amplitude da onda resultante no ponto P é
EXT21_1_FIS_B_02
EXT21_1_FIS_B_02
4
e) 2λ. a) Zero. d) A.
λ b) A/4. e) 2A.
b) .
2
c) A/2.
458
3λ
c) .
4
Difícil
2 ferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras
1 de determinada frequência na entrada do dispositivo. Essas
0 (× 10-6 m) ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e se en-
2 4 6 8 10 contram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se posiciona um detector.
-1
-2 O trajeto ADC pode ser aumentado pelo deslocamento dessa parte do
-3 dispositivo. Com o trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso
Legenda: na saída. Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até
que ele fique como mostrado na figura, a intensidade do som na saída fica
1s Onda 1 Onda 2
praticamente nula. Desta forma, conhecida a velocidade do som no interior
do tubo (320 m/s), é possível determinar o valor da frequência do som
Considerando a situação apresentada pela figura no instante t = 0, podemos
produzido pela fonte.
afirmar que, após
40 cm 30 cm
a) 1 segundo a superposição das ondas 1 e 2 apresenta uma nova onda
com amplitude de 1 volt.
b) 1 segundo ocorre uma interferência destrutiva total.
Fonte sonora
c) o cruzamento das ondas, a onda 2 é completamente amortecida.
d) o cruzamento das ondas, a amplitude da onda 2 fica maior que a da Entrada do som
onda 1.
e) o cruzamento das ondas, a frequência da onda 1 fica maior que a
FÍSICA • FRENTE B
da onda 2.
D E
24. C2:H6 (Enem-2018) Nos manuais de instalação de equipamen-
tos de som há o alerta aos usuários para que observem a
Difícil
E D E D
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_02
EXT21_1_FIS_B_02
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
459
Escola Digital
Ondas estacionárias
Como visto anteriormente, a propagação de ondas sonoras tem origem mecânica, ou seja, se deri-
vam de deformações em um meio elástico e, portanto, não se propagam no vácuo.
A propagação dessas ondas e suas reflexões determinam a formação do que chamamos ondas es-
tacionárias. Como efeito, as ondas estacionárias que se propagam no ar ou em outro meio provocam
Frente B regiões em que há compressão e rarefação, dando origem a ondas sonoras.
mód. 03/15 Onda incidente
03
Onda refletida
Representação de uma onda incidente (linha sólida) em
interferência com uma onda refletida (linha tracejada) em uma
corda fixa em suas extremidades.
Em algumas situações, como o caso de uma corda fixa em suas extremidades, há superposição
das ondas incidentes com as ondas que foram refletidas, provocando interferência construtiva em
algumas regiões e destrutiva em outras. Os pontos em que ocorrem o fenômeno de interferência
destrutiva permanecem fixos e são chamados de nós (N); os pontos em que ocorrem interferência
construtiva vibram com amplitude máxima e são chamados ventres (V).
λ/2
V V V
Ondas sonoras e
efeito Doppler
N N N N
Nesse contexto, a emissão sonora e a música constituem os melhores exemplos associados à pro-
pagação de ondas sonoras. O processo de execução de uma música envolve diversos instrumentos
musicais que são classificados de acordo com a natureza de vibração da fonte sonora, podendo ser:
● instrumentos de corda;
tommaso79/Shutterstock
● instrumentos de percussão;
● instrumentos de sopro.
Nos instrumentos de corda a fonte sonora é a vibração
que se produz quando uma corda tensionada é perturbada.
Pelo fenômeno de ressonância, a frequência de vibração das
cordas é transmitida ao ar, fazendo com que suas partículas
constituintes vibrem nossos tímpanos, produzindo a sensa-
ção auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em cor- O piano é considerado um instrumento
de corda. Ele possui cordas metálicas com
das sonoras são: berimbau, violão, cavaquinho, piano, entre diferentes comprimentos e densidades que,
outros. por meio das teclas, são percutidas por
pequenos martelos.
Os instrumentos de percussão são aqueles em que o
som é obtido através da agitação, do impacto ou da raspagem com auxílio de objetos, geralmente
baquetas. O som se produz quando a frequência de vibração de uma membrana ou, em geral, de todo
o instrumento, é transmitida ao ar e, pelo fenômeno de ressonância, essa vibração se propaga até
nossos tímpanos, gerando a sensação auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em percussão são: pandeiro, chocalho, bateria,
sino, entre outros.
Nos instrumentos de sopro, diferentemente dos instrumentos de corda e percussão, a vibração
EXT21_1_FIS_B_03
EXT21_1_FIS_B_03
do próprio ar que ocorre dentro deles é que chega aos nossos tímpanos, gerando a sensação auditiva.
Os principais instrumentos musicais com base em sopro são: flauta, saxofone, trombone, entre
460 outros.
FÍSICA • FRENTE B
harmônico, em que a corda vibra com menor valor de fre- v
f2
quência de ressonância, chamado som fundamental. L
N N
V É possível concluir, então, que a n-ésima frequência de
vibração pode ser encontrada pela seguinte equação:
n v
fn
2 L
Primeiro harmônico para uma corda vibrante. Podemos relacionar também a frequência de vibração
De acordo com a figura, o primeiro harmônico possui dois fundamental com os próximos modos de vibração por meio
nós e um ventre, de modo que seu comprimento de onda será: da expressão:
1 fn n f1 (n 1, 2, 3,...),
L 1 2 L
2
Lembrando que a velocidade de propagação de uma onda na qual fn é a frequência da n-ésima vibração (Hz), v é a
sonora é dada pela equação fundamental da ondulatória: velocidade de vibração do pulso (m/s), e L é o comprimento
da corda vibrante (m).
v f
EXT21_1_FIS_B_03
/S
emitirá um som ainda mais agudo a 1 320 Hz. to
flic
k
461
ot
L L
L
Representação do primeiro e do segundo harmônico para um tubo sonoro aberto. V
L 1 1 2 L f1
2 2 L
Como a distância entre um ventre e um nó equivale a , tem-se os compri-
2
mentos de onda em um tubo sonoro aberto que são encontrados por meio da
seguinte equação: 2.° harmônico
FÍSICA • FRENTE B
V V V
2 L
n N N
n
fn n f1 (n 1, 2, 3,...) 3 2 L V
L 3 3 f3 3
2 3 2 L
Assim, para os tubos sonoros abertos, todos os harmônicos são possíveis, as-
sim como nas cordas.
Tubos sonoros fechados
Tubos sonoros fechados
O tubo sonoro fechado possui uma de suas extremidades aberta e a outra 1.° harmônico
extremidade fechada. Para formar a onda estacionária, na extremidade fechada,
a onda deve sempre terminar em nó e, na parte aberta, terminar em ventre. V
V N
N L
4 L V
L 1 1 f1
4 n 4 L
L
Primeiro harmônico para um
tubo sonoro fechado.
3.° harmônico
Como a distância entre um ventre e um nó equivale à , tem-se os compri-
4 L
mentos de onda em um tubo sonoro fechado que são encontrados por meio da
seguinte equação: 3 3 4 L 3 V
L 3 f3
4 n 4 L
4 L
n
n
5.° harmônico
Já a frequência de vibração nos tubos sonoros fechados pode ser encontrada
por meio da seguinte equação:
EXT21_1_FIS_B_03
EXT21_1_FIS_B_03
L
1 v
f1 5 5 4 L 5 V
4 L L 5 f5
462
4 n 4 L
se aproximando do
frequência real f do som.
Usando conceitos de velocidade relativa associados aos de
observador em repouso
FÍSICA • FRENTE B
ondulatória, temos a equação geral para o efeito Doppler sono-
Considere um observador O em repouso enquanto um car- ro expressa como:
ro com velocidade vF se aproxima com a buzina acionada. Como
exemplificado na figura a seguir. v v0
f f
v vF
Douglas Lopes
Douglas Lopes
pela fonte. Como a fonte sonora está se aproximando, a frente
de onda percorre uma distância vT até o observador O, e a fonte
percorre uma distância vFT enquanto emite a segunda frente de
onda. O observador irá perceber um comprimento de onda l’ me-
nor que o comprimento de onda l da fonte sonora, equivalente à
distância entre as frentes de onda. Desse modo, tem-se que:
' v T v F T ' ( v v F ) T
Relação entre sentidos e sinais adotados para fonte sonora e observador.
Para o observador, as ondas sonoras apresentam uma fre-
quência aparente, então:
EXT21_1_FIS_B_03
emitida pela fonte (f’< f). Nesse caso, fala-se que houve um desvio para o vermelho (redshift), que no espectro visível é a luz
de menor frequência.
● No caso da aproximação da fonte, a frequência aparente da luz recebida pelo observador é maior que a frequência da onda
emitida pela fonte (f’> f). Nesse caso, fala-se que houve um desvio para o azul (blueshift), que no espectro visível é uma das
463
v
• Frequência para ondas estacionárias: fn n
2 L
Tubos fechados
4 L
• Comprimentos de onda das ondas estacionárias: n
n
v
• Frequência para ondas estacionárias: fn n
4 L
No SI temos que o comprimento de onda λn é dado em (m), a frequência de vibração f é dada em (Hz), n
é adimensional e assume apenas valores inteiros, ou seja, 1, 2, 3, ..., para cordas vibrantes e tubos sonoros
abertos, e valores inteiros e ímpares, ou seja, 1, 3, 5, ..., para tubos sonoros fechados.
FÍSICA • FRENTE B
Douglas Lopes
v v0
f' f
v v
F
Interação
1. Observe a pintura e leia o texto a seguir. Considerando os elementos de linguagem apresentados, responda às
questões a seguir.
a) Como a cultura do berimbau chegou ao Brasil e como era utilizada?
c) Suponha que numa roda de capoeira haja duas pessoas de posse, cada
uma, de um berimbau. Considere, ainda, que um berimbau possui uma
corda de aço de 1 m de comprimento e o outro, uma corda de 1,5 m,
porém ambos vibram com a mesma velocidade de 90 m/s. Nessa situa-
ção, qual berimbau emite o menor valor de frequência fundamental?
DEBRET, Jean-Baptiste. O Velho Orfeu Africano (oricongo). 1826.
Aquarela sobre papel: 15,6 cm × 21,5 cm.
FÍSICA • FRENTE B
harmônico associado pode ser calculada por meio da equação
a seguir: n v
fn ,
3. C1:H1 Comumente encon- 2 L
trada em regiões praieiras, na qual n representa os valores inteiros possíveis para os harmônicos asso-
a concha do mar é consi- ciados, v a velocidade de propagação da onda sonora, e L o comprimento
derada um instrumento do tubo. Considere dois harmônicos consecutivos, n e n + 1. Nesses termos,
AlinaKruk/Shutterstock
acústico que tem a função obtenha a razão entre a frequência posterior pela anterior das ondas esta-
de melhorar a audição dos sons emiti- cionárias formadas no interior desse tubo.
dos. Seu funcionamento baseia-se no
fenômeno da ressonância. Por conta
disso, esse fenômeno é bastante utilizado em auditórios ao ar livre, com a
finalidade de intensificar a frequência das ondas sonoras nesse espaço.
Com base no que foi estudado até aqui, o que determina essa intensificação
da frequência das ondas sonoras nas conchas?
400
300 10. C1:H1 Considere um observador O em repouso a uma distância
fixa d em relação a uma fonte sonora F, também em repouso.
200 Em determinado instante de tempo t, a fonte é ligada e emite
100 ondas sonoras que se propagam em todas as direções, com
0 as frentes de ondas esféricas chegando ao observador depois
0 1 2 3 4 5 de um intervalo de tempo Dt.
n, ordem do harmônico Considerando as condições citadas acima, é possível a ocorrência do efeito
EXT21_1_FIS_B_03
Médio
1. C1:H1 (FATEC-2019) Para explicar o efeito Doppler, um profes- entre duas barreiras de modo a formar nesse meio uma onda
sor do curso de Mecânica brinca com o uso de personagens estacionária. Se a distância entre dois nós consecutivos dessa
onda estacionária é 4,0 cm, a frequência da onda sonora é
Fácil
Fácil
50 cm.
d) 100 Hz.
e) 120 Hz.
Considere que as observadoras Betty Rubble e Wilma Flintstone estejam
em repouso na posição apresentada na figura.
5. C1:H1 (UECE-2015) Uma corda de violão vibra de modo que,
num dado instante, a onda estacionária tenha duas cristas e
Fácil
Fácil
tro da atividade elétrica do coração ao longo de um certo por um violino e a outra por uma guitarra. Assim, é correto
intervalo de tempo. A figura representa o eletrocardiograma afirmar que nos dois tipos de ondas estacionárias, têm-se as
de um paciente adulto, descansado, não fumante, em um extremidades das cordas vibrando com amplitudes:
ambiente com temperatura agradável. Nessas condições, é considerado a) nulas.
normal um ritmo cardíaco entre 60 e 100 batimentos por minuto.
b) máximas.
c) variáveis.
d) dependentes da frequência das ondas.
7. C1:H1 (UECE-2019) Suponha que uma fonte sonora com ve-
locidade de módulo V se desloca na direção de uma pessoa.
Médio
EXT21_1_FIS_B_03
e) comprimento de onda.
Médio
tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades foi parcial-
mente imerso em um recipiente com água e o diapasão vi-
brando foi colocado próximo ao topo desse tubo, conforme
a figura 1. O comprimento L da coluna de ar dentro do tubo foi ajustado
movendo-o verticalmente. Verificou-se que o menor valor de L, para o qual
as ondas sonoras geradas pelo diapasão são reforçadas por ressonância
dentro do tubo, foi de 10 cm conforme a figura 2.
A B C
Em função do comprimento do tubo, qual o comprimento de onda da
FÍSICA • FRENTE B
oscilação que forma o próximo harmônico?
a) L/4.
b) L/5.
c) L/2.
d) L/8.
e) 6L/8.
10. C1:H1 (UEPA-2015) Leia o texto XVII para responder à
questão:
Médio
Texto XVII
O violino é um instrumento que sempre cativou físicos e,
entre os de maior destaque, podemos citar Albert Einstein (1879-1955), Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s, é
estudioso das grandes composições de música clássica. Tal instrumento, correto afirmar que a frequência de vibração do diapasão, em Hz, é igual a
para adultos, costuma medir 60 cm ou até mais. Suas 4 cordas possuem as a) 425.
seguintes frequências de afinação: Sol3: 196 Hz, Re4: 293,66 Hz, Lá4: 440 Hz
b) 850.
e Mi5: 659,26 Hz.
c) 1 360.
d) 3 400.
e) 1 700.
13. C5:H18 (IFSul-2019) A figura a seguir representa um aparato
experimental para demonstração de ondas estacionárias em
Médio
idênticos. É possível utilizar programas computacionais para indicar uma força de tensão de 156,25 newtons, a frequência de vibração
expressar o formato dessas ondas sonoras em cada uma das da fonte é igual a
situações, como apresentado nas figuras, em que estão indi-
EXT21_1_FIS_B_03
EXT21_1_FIS_B_03
a) 6,00 Hz.
cados intervalos de tempo idênticos (T).
b) 93,75 Hz.
c) 156,25 Hz.
467
d) 187,50 Hz.
Difícil
do ar. Na figura abaixo, estão representadas, esquematica-
mente, ondas sonoras estacionárias em dois tubos, 1 e 2,
abertos em ambas as extremidades. Os comprimentos dos
tubos 1 e 2 são, respectivamente, L e L/2.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Note e adote:
21/12 = 1,059
1 2
(1,059)2 = 1,12
Sendo λ1 e λ2 os respectivos comprimentos de onda das ondas represen- Velocidade do som no ar = 340 m/s
tadas nos tubos 1 e 2, e f1 e f2 suas frequências, as razões entre os compri-
mentos de onda λ1/λ2 e as frequências f1/f2 são, nessa ordem:
a) 0,56 m. d) 1,12 m.
a) 1 e 1. d) 1/2 e 1.
FÍSICA • FRENTE B
b) 0,86 m. e) 1,45 m.
b) 2 e 1. e) 1/2 e 2.
c) 1,06 m.
c) 2 e 1/2.
19. C5:H17(EPCar-2019) A figura abaixo representa dois harmô-
15. C1:H1 (UFPR-2014) Um órgão é um instrumento musical
nicos A e B, de frequências, respectivamente, iguais a FA e fB,
composto por diversos tubos sonoros, abertos ou fechados
Difícil
EXT21_1_FIS_B_03
c) 2,28 kg
d) 2,58 kg
e) 2,98 kg
468
B’
Difícil
move-se com velocidade V em direção a uma parede que
reflete totalmente as ondas sonoras que nela incidem.
Considerando-se que o ar esteja em repouso em relação ao solo, e que
vs seja a velocidade do som no ar, assinale a alternativa que fornece a
frequência recebida pela fonte.
v V
a) f0 s
vs V
f1 f2
L1 L2 v V
b) f0 s
Um tubo sonoro de comprimento total L = 1 m aberto nas duas extremida- vs V
des possui uma parede móvel em seu interior, conforme mostra a figura.
Essa parede é composta de material refletor de ondas sonoras e pode ser v V
c) f0 s
transladada para diferentes posições, dividindo o tubo em duas câmaras de vs V
comprimento L1 e L2. Duas ondas sonoras distintas adentram nesse tubo,
uma pela abertura da esquerda, com f1 = 2,89 kHz, e a outra pela abertura v V
d) f0 s
da direita, com f2 = 850 Hz.
vs V
Em relação às ondas sonoras, os valores de L1 e L2, em cm, que possibi-
litarão a formação de ondas ressonantes em ambas as cavidades são, V
respectivamente: e) f0
vs V
(Dado: o meio interior do tubo é o ar, onde o som se propaga com velo-
cidade de 340 m/s). 24. C5:H18 (IME-2020) Uma fonte sonora de frequência f0 é arre-
a) 14,7 e 85,3. messada verticalmente para cima, com velocidade inicial v0,
Difícil
de um ponto da superfície terrestre no qual a aceleração da
b) 44,1 e 55,9. gravidade é g.
c) 50,0 e 50,0.
FÍSICA • FRENTE B
Dados:
d) 70,0 e 30,0.
● aceleração da gravidade: g = 9,8 m/s2; e
e) 90,0 e 10,0.
● velocidade inicial da fonte sonora: v0 = 98 m/s.
21. C5:H17(ENaval-2018) Analise o gráfico abaixo. Nota: despreze a resistência do ar e a variação da aceleração da gravidade
com a altitude.
Difícil
c) f0 < f < 2 f0
0,5 d) f = 2 f0
e) f > 2 f0
25. C5:H18 (Mackenzie-2019) No campeonato de Fórmula 1 na
0,2 cidade brasileira de São Paulo, a fim de determinar a veloci-
Difícil
em Mi da buzina na aproximação do carro e em Ré, no seu (1) Ondas sonoras não transportam energia em meios materiais.
afastamento. Então, com base no fato de ser de 10/9 a relação
das frequências vMi/vRé, a perícia técnica conclui que a veloci- (2) A frequência de uma onda não se altera quando ela passa de um
dade do carro, em km/h, deve ter sido aproximadamente de meio material para outro.
a) 64. (3) A altura de um som é caracterizada pela frequência da onda.
b) 71. (4) O som é uma onda transversal.
c) 83. (5) O efeito Doppler ocorre apenas com ondas sonoras e não com a
EXT21_1_FIS_B_03
EXT21_1_FIS_B_03
luz.
d) 102.
Soma ( )
e) 130.
469
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_B_03
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
470
Neste módulo, estudaremos os conceitos da Já as cargas dos prótons e dos elétrons ELETROSTÁTICA
NÃO ABRA OU MANUSEIE,
Eletrostática e seus fenômenos. Com isso, estudare- são: EXCETO EM ESTAÇÕES DE
TRABALHO ANTIESTÁTICAS.
mos as cargas elétricas em repouso ou em situações
● Carga elétrica do próton:
de equilíbrio.
Carga elétrica
QP = +1,6 · 10–19 C = +e
igual a zero.
u
Sh
e/
r
tu
Escola Digital
Na
et
we
OS
Tamanho do
átomo = 10–10 m
Diâmetro do
núcleo = 10–15 m
03
sitivas que negativas ou vice-versa, ele é classificado
Núcleo como eletrizado. Nesse caso, o corpo possui carga
total diferente de zero.
Os corpos podem estar eletrizados de duas ma-
neiras: negativamente e positivamente.
Nesse exemplo, o corpo ganhou elétrons de ou-
tro objeto, ficando com excesso de cargas negativas.
Portanto, diz-se que ele está carregado negativa-
mente ou eletrizado negativamente.
Representação de um átomo.
Introdução à
FIS
eletrostática
Todos os objetos e corpos são dotados de mui-
tas cargas elétricas, contudo, os corpos são eletrica-
mente neutros, por isso os fenômenos elétricos não Ganha elétrons
são percebidos. Assim, só é possível sentir os efeitos
desses fenômenos quando os corpos apresentam
desigualdade ou desequilíbrio de cargas.
Corpo neutro Corpo carregado
Carga fundamental negativamente
Representação da distribuição de cargas em um corpo
Os prótons e os elétrons possuem cargas elétri- negativamente eletrizado.
cas com sinais opostos, porém, essas duas partícu-
las têm a mesma intensidade de carga elétrica – base No segundo exemplo, o corpo perdeu elétrons
em seu valor absoluto. Esse valor absoluto repre- para outro objeto e ficou com excesso de cargas po-
senta a carga elétrica fundamental ou elementar. sitivas. Sendo assim, diz-se que ele está carregado
positivamente ou eletrizado positivamente.
A carga elétrica fundamental, simbolizada pela
letra e, tem como valor:
e = 1,6 · 10 –19 C
Perde elétrons
Frente C
Sendo o coulomb (C) sua unidade de medida
mód. 01/15
pelo Sistema Internacional de Unidades.
471
Sansanorth/Shutterstock
Q n e
Condutores e
isolantes elétricos
Representação da atração e repulsão de cargas
elétricas.
B B B
A A A
Alumínio Água de
Cobre Grafite Aço torneira
Representação do processo de eletrização por contato.
Materiais isolantes
EXT21_1_FIS_C_01
FÍSICA • FRENTE C
Representação dos processos de eletrização por indução.
Para que o corpo com carga induzida permaneça eletrizado
após a indução, é necessário que, quando a carga for induzida
no condutor, ele seja ligado a um terceiro corpo neutro. O refe-
Haste de vidro rencial de corpo neutro utilizado para a eletrização por indução
eletrizada será o terra.
Nesse caso, é importante notar que, assim como na ele-
trização por contato, é necessário que o corpo indutor esteja
carregado e que o corpo induzido seja de um material condu-
Pano de seda eletrizado
tor. Caso o corpo induzido seja um isolante, as cargas não terão
Representações dos processos de eletrização por atrito. mobilidade para se movimentar e ficarão induzidas tempora-
riamente apenas em uma parte do objeto.
EXT21_1_FIS_C_01
vidro perderá elétrons e o servação das cargas elétricas. Nesse princípio, afirma-se que
cabelo ganhará elétrons. a carga elétrica é uma propriedade inerente da matéria, assim
Série triboelétrica. como a massa de um corpo, e não pode ser criada ou destruída
473
Kuno Toming/Shutterstock
Logo, a quantidade de carga total de um sistema eletricamente
isolado permanece a mesma nos processos de eletrização e nas
reações que possam ocorrer. É possível enunciar tal princípio
da seguinte forma:
9 Exemplo:
No sistema a seguir, estão presentes três corpos idênticos, 1, 2 e 3.
Fronteira do sistema
Representação do funcionamento de um eletroscópio de folhas.
Força elétrica
1 Este conteúdo é trabalhado na questão 8
3 da seção Sistematização.
Q1 = –3q Q3 = 0 É uma grandeza vetorial que demonstra como as interações
entre as cargas elétricas ocorrem, com base nas relações da for-
2
ça de atração e repulsão entre corpos carregados.
Q2 = –1q A lei que rege a força elétrica, conhecida como Lei de
Coulomb, diz que:
Corpos dentro de um sistema
fechado. A força de atração ou repulsão entre duas cargas pon-
tuais atua ao longo da linha reta que as une e será inversa-
A soma algébrica das cargas elétricas do sistema pode ser calculada e mente proporcional ao quadrado da distância entre elas e
FÍSICA • FRENTE C
Emir Kaan/Shutterstock
1 1 F F
3 3
Q'1 = 3q
2 Q'3 = 0q Q’1 = 1q Q’3 = 0 d
Q'2 = –1q 2
–q –q
Q’2 = 1q
F F
|Q|·|q|
Fe K
Eletroscópio d2
O eletroscópio é um instrumento utilizado para detectar se No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de medida
um corpo está eletrizado, porém não indica o sinal da carga do para força elétrica é o N (newton).
corpo. O modelo mais conhecido é o eletroscópio de folhas, A constante eletrostática, ou constante de proporcionalidade
formado por duas pequenas folhas metálicas presas na extre- K, depende do meio em que as partículas se encontram, indican-
midade inferior de uma haste de metal que possui uma esfera do a facilidade ou dificuldade de interação entre elas. Nos cálcu-
de material condutor em sua outra extremidade. Ao aproximar N⋅m2
um corpo eletrizado à esfera condutora, é induzida uma carga los, costuma-se adotar um valor de K igual a 9, 0 ⋅109 , que é
C2
EXT21_1_FIS_C_01
nessa esfera, acumulando cargas de sinal contrário nas folhas o valor da constante no vácuo.
metálicas. Como as duas folhas ficam com mesmo sinal, as
cargas se repelem e consequentemente as folhas metálicas se Importante
Sendo uma grandeza vetorial, a força elétrica sempre
474
afastam.
terá uma direção e um sentido associados a ela.
Processos de eletrização Q = ±n · e
Princípios da eletrostática
• Por atrito.
• Por contato. Princípio da atração e repulsão Princípio da conservação
• Por indução. Cargas elétricas de mesmo sinal da carga elétrica
se repelem e cargas elétricas de Em um sistema eletricamente isolado,
sinais opostos se atraem. a soma das cargas elétricas é constante,
Cargas de mesmo sinal mesmo que ocorram transferências de
Lei de Coulomb:
FRENTE CC
cargas entre os corpos do sistema.
FÍSICA •• FRENTE
Repulsão entre cargas
Cargas de sinais opostos
Qq
Fe K 2
FÍSICA
ΣQ inicial = ΣQfinal
N·m
d2 9
K 9, 0 10 C2
Atração entre cargas
Interação
475
2. C6:H20 Para que um condutor fique eletrizado com uma carga Madeira
elétrica de 0,96 C, é necessário que ele transfira para outro
corpo determinada quantidade de elétrons. Selecione a alter-
FÍSICA • FRENTE C
EXT21_1_FIS_C_01
Fácil
natureza da força elétrica realizada, principalmente, pelos
trabalhos de Charles Augustin de Coulomb (1736-1806).
Situação 1
Coulomb realizou diversos experimentos para determinar a
+q +q força elétrica existente entre objetos carregados, resumindo suas conclu-
sões em uma relação que conhecemos atualmente como Lei de Coulomb.
Considerando a Lei de Coulomb, assinale a alternativa correta.
K L a) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
d/2 mente proporcional ao produto das cargas e ao quadrado da distância
entre estes corpos.
b) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é inversa-
Situação 2 Situação 3 mente proporcional ao produto das cargas e diretamente proporcional
+q –q/2 –2q –2q ao quadrado da distância entre estes corpos.
c) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
mente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcio-
nal ao quadrado da distância entre estes corpos.
K L K L
d d) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
d
mente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcio-
nal à distância entre estes corpos.
Assinale a alternativa correta. e) A força elétrica entre dois corpos eletricamente carregados é direta-
a) A força elétrica na situação 1 é de atração e tem maior intensidade mente proporcional à distância entre estes corpos e inversamente
que a força de repulsão da situação 3. proporcional ao produto das cargas.
b) A força elétrica na situação 2 é de repulsão e tem menor intensidade 3. C5:H17 (UFAM-2015) Num experimento realizado em sala de
que a força de repulsão da situação 1. aula, duas pequenas esferas metálicas idênticas são conecta-
Fácil
c) A força elétrica na situação 3 é de repulsão e tem maior intensidade das por fios isolantes e penduradas em um suporte, conforme
FÍSICA • FRENTE C
que a força de atração da situação 2. indicado na figura a seguir. As esferas estavam inicialmente
d) A força elétrica na situação 2 é de atração e tem a mesma intensidade na situação A da figura. Em seguida, o professor transfere certa
da força de atração da situação 1. quantidade de carga para uma das esferas. Os alunos observam que após
a transferência de carga as esferas ficam em equilíbrio, conforme indicado
e) A força elétrica na situação 1 é de repulsão e tem menor intensidade na situação B da figura. Finalmente, o professor transfere certa quantidade
que a força de atração da situação 3. de carga para a outra esfera e elas ficam em equilíbrio, conforme ilustrado
10. C6:H17 No triângulo isósceles a seguir está representada a na situação C da figura:
posição de três corpos carregados com a mesma intensidade A B C
de cargas e sinais diferentes. Além disso, os corpos B e C têm
cargas positivas e o corpo A tem carga negativa.
–Q
A
Enem e vestibulares I. Na eletrização por atrito, além de adquirirem cargas elétricas de sinais
opostos, os corpos apresentam quantidades de cargas elétricas de
1. C5:H18 (UFMG-2015) Em um dia muito seco, é normal sentir- mesmo valor absoluto.
mos um pequeno choque elétrico ao colocarmos a mão na
II. Na eletrização por atrito, as substâncias podem ser distribuídas numa
Fácil
EXT21_1_FIS_C_01
Médio
b) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. B e C, eletrizadas, no ar, com cargas elétricas 5Q, 3Q e –2Q,
respectivamente.
c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas. A B C
e) Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas. 5Q 3Q –2Q
5. C6:H20 (FTT-2017) Analise a imagem na qual se vê uma se-
quência de eletrização por contato entre dois condutores A
Fácil
e B feitos com o mesmo material, mas de tamanhos diferentes, Utilizando luvas de borracha, o estudante coloca as três esferas simultanea-
sendo inicialmente A neutro e B eletricamente positivo. mente em contato e, depois de separá-las, suspende A e C por fios de seda,
mantendo-as próximas. Verifica, então, que elas interagem eletricamente,
antes durante o contato depois permanecendo em equilíbrio estático a uma distância d uma da outra.
Sendo k a constante eletrostática do ar, assinale a alternativa que contém a
A A correta representação da configuração de equilíbrio envolvendo as esferas
A A e C e a intensidade da força de interação elétrica entre elas.
10KQ2
a) e F=
B B B d2
Os corpos A e B, após o contato, são levados a uma posição tal que efeitos
de indução passam a ser desprezíveis. O resultado é A C
a) A e B ficam carregados com sinais contrários.
b) A e B ficam carregados positivamente, mas em quantidades desiguais 4KQ2
b) e F=
de cargas. d2
c) A fica positivamente carregado, e B se neutraliza.
FÍSICA • FRENTE C
/////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////
A C
4 cm 2 cm
O módulo da força elétrica exercida por B na esfera C é F. O módulo da 10. C6:H20 (UFAM-2016) A Eletrostática estuda as propriedades
força elétrica exercida por A na esfera B é e o comportamento de cargas elétricas em repouso, bem
Médio
é, então, aterrada com um fio condutor. +3Q, separadas por uma distância d de centro a centro, se repelem com
uma força de natureza elétrica, cuja intensidade é F. Em seguida, as esferas
Se a carga Q for afastada para bem longe enquanto a es-
são colocadas em contato e afastadas por uma distância de centro a centro
fera está aterrada, e, a seguir, for desfeito o aterramento, a esfera ficará
igual a 2d. Podemos afirmar que, na situação final, as esferas vão se
_______________.
Por outro lado, se primeiramente o aterramento for desfeito e, depois, a a) repelir com uma força de intensidade 3F.
carga Q for afastada, a esfera ficará _________________. b) repelir com uma força de intensidade F/3.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado c) repelir com uma força de intensidade F/2.
abaixo, na ordem em que aparecem. d) atrair com uma força de intensidade F/3.
a) Eletricamente neutra – positivamente carregada.
e) atrair com uma força de intensidade 3F.
EXT21_1_FIS_C_01
EXT21_1_FIS_C_01
d) Positivamente carregada – negativamente carregada. qual gira um elétron a 1,6 · 10–10 m de seu centro, no vácuo.
478
e) Negativamente carregada – positivamente carregada. Considerando a carga elementar e = 1,6 · 10–19 C e a constante
Difícil
duas esferas metálicas idênticas, X e Y: X está suspensa por mostra a figura. Na parte interna do triângulo, está afixada outra
Médio
um fio isolante na forma de um pêndulo e Y fixa sobre um pequena esfera, com carga negativa q. As distâncias dessa carga
suporte isolante, conforme representado na figura abaixo. As às outras três podem ser obtidas a partir da figura.
esferas encontram-se inicialmente afastadas, estando X posi-
tivamente carregada e Y eletricamente neutra. y
Q
Y
x
X q
FÍSICA • FRENTE C
ordem em que aparecem.
Q Q
I. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. Nesse caso, ve- d d
rifica-se, experimentalmente, que a esfera X é _________ pela esfera Y.
II. A esfera Y é aproximada de X, sem que elas se toquem. Enquanto man- Sendo Q = 2 · 10–4 C, q = –2 · 10–5 C e d = 6 m, a força elétrica resultante
tida nessa posição, faz-se uma ligação da esfera Y com a terra, usando sobre a carga q
um fio condutor. Ainda nessa posição próxima de X, interrompe-se o Note e adote: A constante k0 da Lei de Coulomb vale 9 ∙ 109 Nm2/C2
contato de Y com a terra e, então, afasta-se novamente Y de X. Neste
a) é nula.
caso, a esfera Y fica ___________________.
b) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo 1,8 N.
a) atraída — eletricamente neutra
c) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo 1,0 N.
b) atraída — positivamente carregada
d) tem direção do eixo y, sentido para baixo e módulo 1,0 N.
c) atraída — negativamente carregada
e) tem direção do eixo y, sentido para cima e módulo 0,3 N.
d) repelida — positivamente carregada
e) repelida — negativamente carregada 16. C5:H17 (AFA-2015) Uma pequenina esfera vazada, no ar, com
carga elétrica igual a 1 μC e massa 10 g, é perpassada por um
Difícil
13. C6:H20 (PUC-SP-2019) Considere cinco esferas metálicas aro semicircular isolante, de extremidades A e B, situado num
condutoras, idênticas e bem distantes entre si, apoiadas em plano vertical. Uma partícula carregada eletricamente com
Médio
suportes isolantes. A esfera 1 é eletrizada com carga Q, estando carga igual a 4μC é fixada por meio de um suporte isolante,
as demais eletricamente neutras. A esfera 1 é colocada em no centro C do aro, que tem raio R igual a 60 cm, conforme ilustra a figura
contatos sucessivos com as esferas 2, 3, 4 e 5, respectivamente. a seguir.
Após os contatos citados, as esferas 1, 3 e 5 são postas em contato simul-
tâneo e depois separadas novamente. Podemos afirmar que a carga final
da esfera 3, após todos os contatos citados, será igual a
A B
a) Q/8. C g
b) 3Q/8.
c) 13Q/16.
d) 13Q/48. R
14. C5:H17 (Mackenzie-2016) Dois corpos eletrizados com cargas
elétricas puntiformes +Q e –Q são colocados sobre o eixo x
Médio
EXT21_1_FIS_C_01
Difícil
Difícil
perfil quadrado de madeira, sem atrito, conforme representa
Considerando-se a constante eletrostática igual a 9,0 ∙ 109 Nm2/C2 e as a figura 1 abaixo.
distâncias a e b, respectivamente iguais a 5,0 cm e 3,0 cm, é correto afirmar
que o valor aproximado da intensidade da força resultante sobre a carga
Q3, em kN, é igual a
a) 0,11.
b) 0,13.
c) 0,15.
d) 0,17.
e) 0,19.
FÍSICA • FRENTE C
Figura 1
18. C5:H17 (Unimontes-2017) Na figura A, temos representado
um arranjo de três partículas carregadas com cargas positivas.
Difícil
L L Figura 2
q4
Figura B
q1 = q2 = q3 = q4 = q5 = q
Considere a força resultante F1, exercida pelas cargas q1 e q2 sobre a carga q3,
θ
e a força F2, exercida pela carga q4 sobre a carga q5. É CORRETO afirmar que:
a) F1 e F2 têm o mesmo módulo e a mesma direção, mas sentidos diferentes.
b) F1 e F2 são iguais.
c) F1 e F2 têm o mesmo módulo, mas direções diferentes.
d) F1 e F2 têm módulos diferentes, mas a mesma direção e o mesmo sentido.
19. C6:H20 (UFAM-2017) Num experimento realizado no labora-
tório de eletricidade, quatro esferas metálicas idênticas, A, B, A figura acima mostra um sistema formado por duas pequenas esferas
Difícil
C e D, apoiadas em suportes isolantes, se encontravam inicial- idênticas, de massa m cada uma, condutoras, neutras, suspensas por fios
EXT21_1_FIS_C_01
EXT21_1_FIS_C_01
mente neutras e separadas. Elas foram eletrizadas, de modo ideais e mantidas separadas uma da outra por um agente externo. Ao se
que QA = Q, QB = −Q/2 e com os valores das cargas QC e eletrizar uma das esferas com carga –q e liberando o sistema da posição in-
QD desconhecidos. Em seguida, realizou-se a seguinte sequência de dicada na figura, após um pequeno intervalo de tempo, as esferas atingem
novamente o repouso, estabelecendo uma distância x entre elas, sem o
480
procedimentos:
auxílio de um agente externo. Sendo k a constante elétrica e g a aceleração
Difícil
a) A carga q possui massa m = 10 g e gira em uma trajetória de
m g x
raio R = 10 cm, vertical, em torno da carga Q que está fixa.
K q
2 Sabendo que o maior valor possível para a tração no fio du-
b) rante esse movimento é igual a T = 11 N, determine o módulo da velocidade
m g 2x
tangencial quando isso ocorre. A constante eletrostática do meio é igual
2 a 9 ∙ 109 Nm2/C2.
K q
c)
m g x
2K 2q
2 g
d) R
m g x
2
K q
e) Q
2m g x
Difícil
1,0 m uma da outra. A força resultante que atua em uma carga
FÍSICA • FRENTE C
de –2,0 μC, colocada entre elas, será igual a zero, quando esta
estiver a uma distância da carga de +1,0 μ C de,
aproximadamente,
Considere: 2 = 1, 4 e 3 = 1, 7.
a) 0,3 m. d) 0,7 m.
b) 0,4 m. e) 1,2 m.
c) 0,5 m.
25. C6:H21 (ITA-2015) Considere um tubo horizontal cilíndrico de
comprimento ℓ, no interior do qual encontram-se respectiva-
Difícil
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_01
EXT21_1_FIS_C_01
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
481
Zita/Shutterstock
o de campo, que pode ser definido como a proprie- a do campo elétrico e o sentido dela será definido
dade de uma região do espaço que sofre influên- pelos sinais das cargas Q e q, sendo a força de apro-
cia das alterações de um agente físico. Assim, um ximação quando as cargas tiverem sinais opostos
campo só pode existir se houver um agente físico e de afastamento quando os sinais forem iguais.
capaz de alterar o espaço ao seu redor. Além disso, a força elétrica e o campo elétrico terão
sempre a mesma direção, mas os sentidos vão va-
9 Exemplo:
riar conforme o sinal da carga elétrica geradora do
A existência do planeta Terra altera o espaço ao seu redor, campo elétrico.
fazendo com que ele adquira uma propriedade de atrair
–q +q
outros corpos e objetos para si. Essa propriedade do espa- Q F E Q E
ço ao redor da Terra é chamada de campo gravitacional. + – + +
Se a Terra deixasse de existir, o campo gravitacional dela d d F
também não existiria.
–q Q E +q
uma grandeza vetorial, caracterizada pelo vetor cam- É importante notar que, como essa razão é cons-
po elétrico e representada por E. Esse vetor permite tante para qualquer carga colocada em determina-
potencial elétrico
Campo elétrico e
que sejam atribuídos, para cada ponto do espaço do ponto, o campo elétrico não depende da carga de
ao redor da carga elétrica que originou o campo prova nem da força elétrica, mas sim de uma carga
elétrico, uma intensidade, uma direção e um senti- geradora.
do. Além disso, o sinal das cargas geradoras é im- 9 Exemplo:
portante para determinar a direção e o sentido do
Se em determinada região do espaço o valor do campo
vetor campo elétrico. Sendo assim, quando a carga
10 N
for positiva, o vetor campo elétrico apontará para elétrico é de , uma força elétrica de 10 N atuará em
C
fora da carga, em um sentido de afastamento, e cada coulomb de carga de prova colocada naquela região.
quando a carga for negativa, o vetor campo elétrico Logo, se uma carga de prova de 2C for adicionada àquele
apontará para dentro da carga, em um sentido de
10 N
aproximação. espaço, o campo elétrico continuará sendo de , mas
C
a força elétrica será de 20N.
Q E Q E
+ – Campo elétrico de uma e
Direção e sentido do vetor campo elétrico.
várias cargas puntiformes
O vetor campo elétrico apresenta algumas ca- É possível determinar o valor da intensidade
racterísticas, como a relação que existe entre ele e do campo elétrico gerado por uma carga elétrica
Frente C em qualquer ponto do espaço ao redor dessa car-
mód. 02/15
a força elétrica. Como visto anteriormente, quando
ga. Para isso, podem ser utilizadas as seguintes
02
há uma partícula Q carregada, um campo elétrico
expressões:
surgirá ao seu redor. Esse campo pode aproximar
ou afastar as chamadas cargas de prova – partículas
q eletrizadas – que estiverem na região do campo K Q
Eou
Q
K K Q K Q
E ou E 2
E ou
EXT21_1_FIS_C_02
EXT21_1_FIS_C_02
DKN0049/Shutterstock
DKN0049/Shutterstock
B
Já o campo elétrico para duas ou mais cargas elétricas é
dado pela soma vetorial de cada campo elétrico produzido in- A
dividualmente por cada carga, sendo chamado de campo elé-
C
trico resultante. + – + +
ER E1 E2 ... En
FÍSICA • FRENTE C
Q1
+ espaço em estudo têm as mesmas características de campo elé-
trico e determina-se que o campo elétrico é uniforme (C.E.U.).
E2 As linhas de força para o campo elétrico uniforme são retas
P igualmente espaçadas e têm a mesma orientação – saindo das
cargas positivas em direção às cargas negativas.
θ
EP
DKN0049/Shutterstock
+ E1 + + –
Q2 + + –
+ + –
Vetor campo elétrico resultante de duas +
cargas positivas em um ponto P. + –
EXT21_1_FIS_C_02
EPE d
V= Q1
q B
+
V = V1 + V2 + ... + Vn
q ( v A vB )
Diferença de
Sendo assim, o trabalho realizado pela força elétrica pode
ser descrito como o produto da diferença de potencial elétrico
potencial elétrico
EXT21_1_FIS_C_02
EXT21_1_FIS_C_02
vimentação da carga elétrica em um campo elétrico. Quando a medida, pelo Sistema Internacional de Unidades, é o joule (J).
DKN0049/Shutterstock
+
Q Equipotenciais
Linha de força entrando em uma carga elétrica positiva. Pode-se notar que, nesse caso, as equipotenciais são apre-
FÍSICA • FRENTE C
sentadas como circunferências, no plano, ou esferas, no espaço.
Portanto, pode-se concluir que, tanto para cargas gerado-
ras positivas quanto para negativas, o potencial elétrico decres- ● Equipotenciais em um campo elétrico gerado por duas ou
ce ao longo e no sentido da linha de força e o trabalho da força mais cargas elétricas
elétrica é sempre positivo. Equipotenciais
DKN0049/Shutterstock
Diferença de potencial para
um campo elétrico uniforme
Com base nas definições de trabalho da força elétrica, é
possível calcular outra grandeza: a diferença de potencial elé- + –
trico de um campo elétrico uniforme.
Considere que uma partícula eletrizada é adicionada a um
campo elétrico uniforme, como na figura a seguir.
Linhas
A B de força
Representação das linhas de força e
das linhas equipotenciais para duas
partículas eletrizadas com cargas de
FE sinais opostos.
+
Nesse caso, as equipotenciais são deformadas pela presen-
Q
ça do campo elétrico gerado pela outra carga, sem apresentar
um formato preciso de esfera ou circunferência.
● Equipotenciais em um campo elétrico uniforme
Equipotenciais
DKN0049/Shutterstock
Linhas de força
EXT21_1_FIS_C_02
Interação
1. C5:H18 Leia o enunciado e responda, em seu caderno, às questões propostas.
É comum, principalmente no Brasil, que é um país tropical, observar durante uma tempestade muitos raios e relâmpagos. Esses fenômenos
naturais estão totalmente relacionados aos estudos do campo elétrico e pode-se dizer que a essência deles é essa grandeza física. Além disso,
os seres humanos têm certa responsabilidade no aumento da incidência desses fenômenos nas grandes cidades devido ao aumento da emissão
de gases do efeito estufa, por exemplo.
Contudo, há superstições relacionadas a esse fenômeno natural, o que pode dificultar o entendimento do que é real e do que é lenda sobre a incidência
e as consequências dos raios nas cidades. Por isso, é importante saber como os raios são formados, quais são os reais perigos e as consequências da queda
de raios e como é possível contribuir para que esse fenômeno não se torne mais destrutivo em nosso planeta.
Sendo assim, faça uma pesquisa e responda em seu caderno às seguintes questões.
1. Quais são as relações entre o campo elétrico e a formação dos raios?
2. Como as pessoas podem contribuir para o controle da incidência desses fenômenos nas cidades?
3. De que forma e possível se proteger desses acontecimentos?
4. Elabore possíveis soluções para os problemas que possam ser levantados a respeito das relações entre o aumento da incidência de raios e o local em
que você vive.
Vasin Lee/Shutterstock
EXT21_1_FIS_C_02
486
FÍSICA • FRENTE C
c) Possui intensidade de 3 · 107 N/C com direção vertical e sentido para b) 7,2 ∙ 104 J
baixo. c) –6,0 ∙ 10 –4 J
d) Possui intensidade de 9 · 107 N/C com direção horizontal e sentido d) –7,2 ∙ 105 J
para a direita. e) –3,0 ∙ 104 J
e) Possui intensidade de 6 · 107 N/C com direção vertical e sentido para
8. C6:H21 Uma partícula está eletrizada com carga Q = –6 μC,
baixo.
no vácuo, produzindo um campo elétrico ao seu redor. Um
3. C6:H21 Sobre as linhas de força e superfícies equipotenciais, ponto P, distante 5 cm dessa carga, apresenta uma intensidade
marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmações a de potencial elétrico igual a
seguir.
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2 .
a) –10,8 ∙ 106 V.
( ) As linhas de força saem das cargas positivas e vão em direção às b) 1,08 ∙ 10–6 V.
cargas negativas.
c) 10,8 ∙ 105 V.
( ) Em um campo elétrico uniforme, as linhas de força serão sempre retas
d) –1,08 ∙ 106 V.
paralelas e igualmente espaçadas, sendo as superfícies equipotenciais
sempre paralelas a essas linhas. e) –10,8 ∙ 10–4 V.
( ) As superfícies equipotenciais apresentam o mesmo valor de potencial 9. C5:H17 Nos vértices da base de um triângulo estão duas
elétrico para cada um dos pontos que as constituem. partículas eletrizadas, com cargas iguais a QA = 9,6 μC e
( ) A superfícies equipotenciais são sempre perpendiculares às linhas QB = 7,2 μC . Assinale a alternativa que apresenta corretamente
de força. a intensidade, a direção e o sentido do campo elétrico resul-
tante no vértice C do triângulo.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os espaços
acima. Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2.
a) V– V – F – F. d) V – F – V – V. C
b) F – F – V – V. e) F – V – F – F.
c) F – V – V – F.
4. C6:H21 Uma partícula carregada com carga de Q = 3 μC gera 4 cm
um campo elétrico. Nesse campo, é adicionada uma carga de 3 cm
prova, q = 2 nC, a uma distância de 4 cm de Q. Sabendo que
a carga de prova se afastou 5 cm de sua posição inicial, qual
será o valor do trabalho da força elétrica que atua em q?
Dado: k = 9,0 · 109 N · m2/C2 .
a) 7,5 ∙ 10–5 J d) 2,7 ∙ 10–4 J + +
b) 2,7 ∙ 10–3 J e) 7,5 ∙ 10–4 J
QA QB
c) 7,5 ∙ 101 J
a) Possui intensidade de 0,65 · 10 N/C com direção vertical e sentido
9
5. C5:H17 Em um campo elétrico uniforme, existem duas super-
para baixo.
fícies equipotenciais, A e B, com potenciais elétricos de 40 V
e 10 V, respectivamente. b) Possui intensidade de 1,0 · 109 N/C com direção horizontal e sentido
para a esquerda.
A B
c) Possui intensidade de 6,75 · 108 N/C com direção vertical e sentido
para cima.
EXT21_1_FIS_C_02
E
d
Fácil
conjunto de superfícies equipotenciais.
A
3 cm 3 cm
B C
–Q +Q
I E b) 1 e 3 – iguais – q1 < q2 < q3
+ – c) 1 e 2 – opostos – q1 < q2 < q3
+ – d) 2 e 3 – opostos – q1 > q2 > q3
+ – e) 2 e 3 – iguais – q1 > q2 > q3
II III
+ –
5. C5:H17 (PUCRS-2016) Para responder à questão, considere a
+ – figura, que representa as linhas de força do campo elétrico
Fácil
a) diminui.
b) aumenta. a) par.
c) aumenta inicialmente e, em seguida, diminui. b) ímpar.
d) permanece constante. c) inteiro.
e) diminui inicialmente e, em seguida, aumenta. d) positivo.
presentes nos gases de exaustão em chaminés industriais. O move-se entre os pontos A e B de um campo elétrico. Sabendo
Fácil
princípio básico de funcionamento do equipamento é a ioni- que o potencial elétrico no ponto A é VA = 10 V e no ponto B
zação dessas partículas, seguida de remoção pelo uso de um é VB = 3 V, podemos afirmar que o trabalho realizado pela força
campo elétrico na região de passagem delas. Suponha que uma delas tenha elétrica durante esse transporte foi de
massa m, adquira uma carga de valor q e fique submetida a um campo
a) 8,4 ∙ 10–5 J.
elétrico de módulo E. A força elétrica sobre essa partícula é dada por
EXT21_1_FIS_C_02
EXT21_1_FIS_C_02
b) 8,4 J.
a) mqE
c) 8,4 µJ.
b) mE/q
d) 30,6 ∙ 10–6 J.
c) q/E
488
e) 30,6 J.
d) qE
Médio
a) com cargas elétricas positivas, enquanto sua base é carregada
r
negativamente. Considere um modelo simplificado que trata
2kq2 cada uma dessas distribuições como planos de carga paralelos
b) −
r e com distribuição uniforme. Sobre o vetor campo elétrico gerado por essas
cargas em um ponto entre o topo e a base, é correto afirmar que
4kq2
c) − a) é vertical e tem sentido de baixo para cima.
r
b) é vertical e tem sentido de cima para baixo.
4kq2
d) c) é horizontal e tem o mesmo sentido da corrente de ar predominante
r no interior da nuvem.
kq2 d) é horizontal e tem o mesmo sentido no norte magnético da Terra.
e)
r
11. C5:H17 (UFAM-2017) A figura a seguir mostra a configuração
8. C5:H17 (CPAEN-2018) Analise a figura abaixo. das linhas de força e de duas superfícies equipotenciais de
Médio
6V um campo elétrico uniforme de intensidade E = 5 · 102 V/m .
Médio
A
–q Fext
A 11 V
C
25 V
100 V
B
FÍSICA • FRENTE C
10 cm
EXT21_1_FIS_C_02
– + – + – +
R S
P Q
– – + + – + + –
P
Sobre os campos elétricos resultantes, é correto afirmar que:
a) é nulo apenas no ponto R.
b) são nulos nos pontos P, Q e S. Nessas condições, a relação q/m será dada por:
c) são nulos apenas nos pontos R e S. d ⋅ U2
a)
d) são nulos apenas nos pontos P e Q. g
14. C5:H17 (Unesp-2017) Três esferas puntiformes, eletrizadas b) g ⋅ U2
com cargas elétricas q1 = q2= +Q e q3 = –2Q, estão fixas e d
Médio
d) 2 ⋅K 0 ⋅ Q 2 ⋅K 0 ⋅ Q .
e
r r2 Depois dos contatos, a esfera inicialmente eletrizada por atrito é le-
2 ⋅K 0 ⋅ Q vada para bem longe das demais. Supondo o local do experimento
e) zero e .
r2 eletricamente isolado, k a constante eletrostática do meio do local do
experimento e o potencial de referência no infinito igual a zero, deter-
15. C6:H21 (FGV-SP-2019) Na figura, está representada uma linha mine o potencial elétrico no ponto C devido às cargas das esferas fixas.
retilínea de um campo elétrico; A e B são pontos pertencentes Dado: carga do elétron = 1,6 ·10–19 C.
Médio
o desenvolvimento científico ocorreram durante o século XIX. forme mostra a figura abaixo.
Difícil
EXT21_1_FIS_C_02
intensidade g. Q
Difícil
metálicas; a diferença de potencial entre elas é gases devem controlar a emissão de poluentes no ambiente
Difícil
VB – VA = 2,0 ·104 V. As linhas tracejadas 1 e 2 representam e o não cumprimento dessa obrigação é passível de adver-
duas possíveis trajetórias de um elétron, no plano da figura tências e multas. O Conselho Nacional do Meio Ambiente
B (CONAMA) estabelece três normas que regulam a emissão de efluentes
atmosféricos provenientes de fontes fixas, CONAMA 08/90, 382/06 e 436/11,
fixando assim os limites máximos admissíveis para a emissão de poluentes.
Uma solução eficaz adotada pelas indústrias para controlar esses índices
é o uso de um tipo de filtro, conhecido como precipitador eletrostático,
2 1
que retém as partículas de poluição e as ioniza, fazendo com que adquiram
carga elétrica. As placas de coleta contidas nas laterais do precipitador
atraem as partículas carregadas deixando-as retidas, sendo assim, capazes
de eliminar mais de 99% das cinzas de poluição. A figura a seguir mostra
um comparativo da poluição do ar quando (a) esse equipamento está em
FÍSICA • FRENTE C
A
X funcionamento e (b) quando está desativado.
130 V 0 50 V
R P x
120 V
S
(b)
a) 12,0 V/m.
b) 8,0 V/m. Raymond A. Serway ; John W. Jewett Jr. Física Para Cientistas
e Engenheiros. Vol. 3-8ª Ed. 2012 (Adaptado)
c) 6,0 V/m.
d) 10,0 V/m. Um dos gases poluentes emitidos pelas fábricas é o óxido de enxofre cuja
densidade é ρ = 2,60 kg/m3. Uma partícula de poluição de raio r = 5,0 · 10–4 m
e) 16 V/m.
está inicialmente centralizada entre as placas do coletor cuja distância
EXT21_1_FIS_C_02
EXT21_1_FIS_C_02
21. C6:H21 (ITA-2015) Uma pequena esfera metálica, de massa m e vertical é d = 1,0 cm, conforme figura a seguir. A partícula leva um tempo
carga positiva q, é lançada verticalmente para cima com veloci- total de 1 segundo para atravessar completamente essa região. Quando
Difícil
dade inicial V0 em uma região onde há um campo elétrico de uma diferença de potencial igual a 8,125 · 104 volts é estabelecida entre as
módulo E, apontado para baixo, e um gravitacional de módulo placas do coletor, essa partícula sofre uma deflexão, podendo atingir uma
491
g, ambos uniformes. A máxima altura que a esfera alcança é: dessas placas e ficar retida, filtrando o ar.
Difícil
experimento em que pequenas esferas eletrizadas são injeta-
das na parte superior de uma câmara, em vácuo, onde há um
Qual deve ser a carga mínima que a partícula deve receber para que fique campo elétrico uniforme na mesma direção e sentido da
retida nesse coletor? (Considere a partícula esférica e use π = 3). aceleração local da gravidade. Observou-se que, com campo elétrico de
módulo igual a 2 · 103 V/m, uma das esferas, de massa 3,2 · 10–15 kg, perma-
a) 1,6 ∙ 10–19 C d) 14,4 ∙ 10–19 C necia com velocidade constante no interior da câmara. Essa esfera tem
b) 3,2 ∙ 10–19 C e) 16,0 ∙ 10–19 C Note e adote: carga do elétron = –1,6 · 10-19 C; carga do próton = + 1,6 · 10–19 C;
c) 11,2 ∙ 10–19
C aceleração local da gravidade = 10 m/s2.
a) o mesmo número de elétrons e de prótons.
23. C6:H21 (IME-2018)
b) 100 elétrons a mais que prótons.
Difícil
Difícil
carregadas que geram um campo elétrico uniforme de mó-
FÍSICA • FRENTE C
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_02
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
492
jultud/Shutterstock
Eprox
eletrostático
● ´ é o campo elétrico fora do con-
dutor (N/C).
Um material condutor é aquele que possui elétrons livres ● K é a constante eletrostática do meio.
e, portanto, consegue ter maior mobilidade de cargas elétricas. ● Q é a carga elétrica (C).
Além disso, uma partícula carregada, quando abandonada sob
a influência de um campo elétrico, é capaz de se movimentar ● R é o raio da esfera (m).
espontaneamente caso haja uma diferença de potencial entre ● Δd é a pequeníssima distância de um
dois pontos. ponto P até a superfície do condutor
Quando se eletriza um condutor, as cargas em excesso (m).
ficam em sua superfície, se espalhando por ela até atingir o Quanto mais próximo da superfície es- Capacitores
equilíbrio eletrostático. tiver o ponto, mais próxima de zero será a com formatos e
tamanhos diferentes.
Quando um condutor se encontra em equilíbrio eletros- variação da distância. Logo:
tático, significa que as cargas elétricas desse material não
apresentam, naquele momento, um movimento ordenado K· Q
e com uma orientação definida. Não há um fluxo de cargas Eprox´ =
R2
elétricas no material, mas isso não significa que as cargas es-
tão paradas, e sim que se movimentam de forma aleatória. Embora regularmente seja feita a apro-
ximação de que esse ponto muito perto
Campo elétrico de um corresponde ao valor do campo elétrico na Escola Digital
+
+ + Gráfico do campo elétrico de uma esfera condutora
em equilíbrio eletrostático em razão da distância.
Condutores e
Potencial elétrico
+
FIS
E=0 +
de um condutor
capacitores
+ +
+ + em equilíbrio
Sabendo que as cargas de um condutor
Campo elétrico é nulo no interior de um condutor em equilíbrio
eletrostático e perpendicular nas proximidades da superfície do condutor. eletrizado se distribuem em sua superfície,
não haverá diferença de potencial entre
Campo elétrico em um ponto externo duas regiões desse condutor em equilíbrio.
e na superfície de um condutor Isso significa que o valor do potencial elétri-
co será o mesmo para toda a região super-
Nas situações em que o condutor em equilíbrio é esféri-
ficial ou interna de um condutor eletrizado,
co, há uma distribuição uniforme de cargas elétricas Q em
que se encontra em equilíbrio eletrostático.
sua superfície e, para um ponto externo a esse condutor, o
campo elétrico será dado por: + +
A
+
Q +
Eext = k · + C
d2 D
+
Porém, se esse ponto estiver muito próximo da esfera, com
B + + Frente C
uma distância quase igual à de seu raio, pode-se dizer que toda
mód. 03/15
a carga da esfera se concentra no centro e o campo elétrico
03
Distribuição de cargas na superfície de um condutor
naquele ponto será muito próximo de: em equilíbrio eletrostático, formando uma superfície
equipotencial.
K· Q Logo:
Eprox
´
EXT21_1_FIS_C_03
2
R d
VA = VB = VC = VD
Vsup = Vint 493
+ +
A
R + +
P
+ +
d + +
Q
Condutor oco com um corpo protegido
de efeitos elétricos no interior.
Como em seu interior o campo elétrico é nulo e as cargas
FÍSICA • FRENTE C
Capacitores
– –
– –
Ao estudar as cargas elétricas e a energia, pode-se ques-
tionar se existe alguma forma de armazenar essas cargas ou
k Q
–v essa energia elétrica com a finalidade de serem reutilizadas em
R algum momento posterior, ou alimentar algum componente in-
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
terno de um circuito.
Gráficos dos potenciais elétricos de uma esfera condutora que
se encontra em equilíbrio eletrostático em razão da distância. Os capacitores são componentes de um circuito que têm
a capacidade de armazenar uma determinada quantidade de
494
Capacitância
C1
Cn
Q1 v1 Qn vn
Capacitância é a grandeza escalar que mede a capacidade
de armazenamento de um capacitor e, nos estudos dos con- C2
Q2 v2
dutores elétricos, também indica qual é a capacidade de um Q1= C1 · v1
Qn= Cn · vn
condutor de armazenar carga elétrica. Essa capacidade está
relacionada tanto à quantidade de cargas quanto ao potencial Q2= C2 · v2
elétrico adquirido por um condutor eletrizado e pode ser calcu-
lada pelas seguintes expressões: Três diferentes condutores em equilíbrio eletrostático,
com valores de cargas e capacitâncias específicos.
FÍSICA • FRENTE C
É importante ressaltar que uma capacitância de 1 farad é Três diferentes esferas condutoras em equilíbrio eletrostático
conectadas por um fio condutor de capacitância desprezível.
igual a 1 C e, como 1 coulomb de carga é uma quantia muito Aplicando o princípio da conservação das cargas elétricas,
V
a quantidade de cargas antes deve ser igual à quantidade de
alta, 1 farad representa uma capacitância enorme. Por isso,
cargas depois desse processo.
assim como nos estudos das cargas elétricas, serão utilizados
regularmente os submúltiplos, como o microfarad (μF = 10 –6 F) Sendo Q = C ⋅ v, temos para o sistema:
e o picofarad (pF = 10 –12 F).
A capacitância não depende da carga e tampouco do poten- Q1 Q2 ... Qn
v
cial elétrico; ela depende
KQformato, das dimensões e do meio
do C1 C2 ... Cn
vocapacitor se encontra.
em que o condutor ou R C Q Para um condu-
tor esférico, por exemplo, pode-se calcular
C Q KQ a sua capacitância Dessa forma, é possível calcular o potencial comum entre
por meio destas relações:
U R vários condutores conectados que se encontram em equilíbrio
eletrostático.
R
C
K Potencial eletrostático da Terra
Para os fenômenos que acontecem na superfície da Terra, o
Em que: potencial elétrico é invariável, então considera-se que ele seja
igual a zero.
● R é o raio da esfera (m).
Assim como descrito no primeiro módulo, ao conectar um
● C é a capacitância e tem como unidade de medida o farad (F). corpo carregado à Terra por meio de um fio condutor, há troca
● K é a constante eletrostática do meio. de elétrons, de modo que:
Já para um capacitor plano, formado por duas placas carre- ● Se um corpo carregado positivamente for ligado à Terra
gadas, tem-se: por um fio condutor, de capacitância desprezível, os elé-
trons serão transferidos da Terra para o condutor, dei-
1 A
C
C 1 A xando-o neutro. Já se um corpo carregado negativamente
4K d
4K d
for ligado à Terra por um fio condutor, de capacitância
desprezível, os elétrons serão transferidos do corpo para
A
C
C A a Terra, deixando-o neutro.
d
d
+ –
+ + – –
Em que:
+ + –
● C é a capacitância (F). – –
–
– –
● ε é a permissividade elétrica do meio. + + – –
+ –
● A é a área das placas (m²). Fio terra Fio terra
● d é a distância entre as placas (m).
Condutor carregado Condutor carregado
Conexão de condutores
positivamente ligado ao terra. negativamente ligado ao terra.
EXT21_1_FIS_C_03
série.
Na associação em série, os terminais + e - terão uma dife-
rença de potencial U, que se iguala à diferença de potencial
do gerador. Sendo assim, cada capacitor consegue armazenar
FÍSICA • FRENTE C
U
C1 C3 C2
EP
E P ≅ área ⇒ EP =
2
Ceq C1 C2 ... Cn
496
FRENTE CC
A energia potencial elétrica Q U U2 C
FÍSICA •• FRENTE
KQ que fica armazenada em um Ep ou E P
Potencial elétrico externo v Ext 2 2
d capacitor pode ser calculada
Considerando que toda a carga pelas expressões a seguir.
FÍSICA
do condutor se encontra em
seu centro.
Associação de capacitores
KQ
Potencial em um ponto v int
R Associação em série Associação em paralelo
interno ou superficial
Interação
1. Leia o enunciado e responda, em seu caderno, às questões
propostas.
Você estudou o que são as descargas atmosféricas (raios) e viu
que o Brasil apresenta grande incidência desses fenômenos
Atomazul/Shutterstock
naturais devido ao clima e à poluição das grandes cidades. Uma das formas
mais eficientes de proteger casas e outras construções desses raios, que
podem ser bastante destrutivos, é o uso de para-raios. Contudo, por que
uma haste pontiaguda de metal pode proteger esses locais? Como essa
proteção acontece?
Além dos estudos realizados neste módulo e das questões propostas acima,
faça uma pesquisa para responder às seguintes questões:
Como os para-raios funcionam? Para que eles servem? Qual a importância
deles? Todas as casas e os prédios devem fazer uso de para-raios? Eles
podem proteger outras residências ao redor ou apenas a residência em
que estão instalados? Por quê?
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
Raio atingindo o para-raios de um prédio.
497
30 95 d(cm)
I. O valor da carga envolvida é de, aproximadamente, –1,67 · 10–6 C.
( ) Ao cair um raio sobre um carro feito de fibra de vidro, os passageiros
FÍSICA • FRENTE C
que ali estiverem não sofrerão danos, uma vez que as cargas se distri- II. Em y, o valor do potencial elétrico será de 1,58 · 104 V.
buem na superfície externa do carro. III. O campo elétrico, quando d = 20 cm, será de, aproximadamente,
( ) O campo elétrico no interior de um condutor em equilíbrio eletrostá- 3,76 · 106 N/C.
tico só será igual a zero se esse condutor for oco. IV. O raio da esfera condutora é de 0,3 m.
( ) Se um celular for embrulhado em papel alumínio, ele não poderá Sabendo que a constante eletrostática do meio tem um valor de
receber chamadas. 9 · 109 Nm²/C², assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
( ) Dentro de condutores em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico é a) Apenas I e II são corretas.
zero. Por isso, qualquer material que esteja dentro do condutor estará b) Apenas I e III são corretas.
livre de efeitos elétricos exteriores a ele.
c) Apenas III e IV são corretas.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os espaços
acima. d) Apenas II e IV são corretas.
a) V– V – F – F. e) Apenas I, II e IV são corretas
b) F – F – V – V. 7. C6:H21 Duas esferas condutoras, uma carregada com carga
c) F – V – V – F. Q e outra neutra, apresentam raios iguais a R e R/2, respecti-
vamente, e estão em um sistema isolado. Ao conectar essas
d) V – F – V – V. esferas por um fio condutor de capacitância desprezível, elas
e) F – V – F – F. atingem o equilíbrio eletrostático.
3. C5:H18 Se for triplicada a quantidade de cargas em um con- A
dutor, o que acontecerá com a sua capacitância e sua diferença R
de potencial?
R
a) A capacitância triplicará, assim como a diferença de potencial. 2
b) A capacitância permanecerá a mesma e a diferença de potencial Sobre a situação das esferas enquanto estão conectadas, analise as afir-
triplicará. mações a seguir.
c) A capacitância será dividida por três e a diferença de potencial per- I. As duas esferas têm o mesmo potencial elétrico.
manecerá a mesma. Q
II. As duas esferas ficam carregadas com carga igual a .
d) A capacitância permanecerá a mesma e a diferença de potencial será 2
dividida por três. III. A capacitância de cada esfera será proporcional ao raio de cada uma
delas, logo, a esfera A terá maior capacitância que a esfera B.
e) A capacitância será dividida por três, assim como a diferença de
potencial. IV. O potencial da esfera A será maior que o potencial elétrico da esfera B.
V. As cargas das duas esferas serão diferentes.
4. C2:H6 Sabe-se que, ao construir uma casa, deve ser feito um
sistema de aterramento para que as cargas elétricas em ex- Assinale a alternativa que apresenta as afirmações corretas.
cesso em um equipamento elétrico não causem acidentes. a) Apenas I e II. d) Apenas II e IV.
Sobre o processo de aterramento, assinale a alternativa b) Apenas I, II e III. e) Apenas III, IV e V.
correta.
c) Apenas I, III e V.
a) Ao ligar à terra um corpo carregado positivamente, as cargas negativas
da terra subirão para o corpo, deixando-o neutro. 8. C5:H18 Três capacitores têm capacitâncias de 4 pF, 6 pF e 8 pF,
respectivamente. O valor do capacitor equivalente será maior
b) Ao ligar à terra um corpo carregado negativamente, as cargas positivas
se esses capacitores forem associados em paralelo ou em
da terra subirão para o corpo, deixando-o neutro.
série?
c) Ao ligar à terra um corpo carregado positivamente, as cargas positivas a) Em série, pois terá valor de 18 pF.
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
da terra subirão para o corpo, deixando-o carregado positivamente. e) Em paralelo, pois terá valor de 18 pF.
Fácil
igual a 8 μC. Em um ponto P, distante 60 cm do centro da capacitor acumula carga elétrica por um determinado tempo
esfera, terá um campo elétrico E e, na superfície da esfera, um (alguns segundos) e, quando o botão para tirar a foto é acio-
potencial v. Sabendo que a constante eletrostática do meio nado, toda a carga acumulada é “despejada” sobre a lâmpada
tem um valor de 9 · 10 9 N · m²/C², quais são os valores de E e v, do flash, daí o seu brilho intenso, porém de curta duração. Se nesse circuito
respectivamente? houver um capacitor, de dados nominais 315 V e 100 μF, corresponderá a
a) 2,0 · 101 N/C e 3,6 · 103 V. uma carga, em coulomb, máxima acumulada de
b) 2,0 · 101 N/C e 1,2 · 103 V. a) 3,1500. d) 0,0315.
c) 1,125 · 105 N/C e 1,2 · 105 V. b) 0,3175. e) 3,1750.
d) 2,0 · 105 N/C e 1,2 · 105 V. c) 0,3150.
e) 2,0 · 105 N/C e 3,6 · 105 V. 5. C5:H18 (UEFS-2015) Capacitores são comumente utilizados
em uma variedade de circuitos elétricos, como, por exemplo,
10. C5:H18 Três capacitores estão associados em série, de forma
Fácil
ajustar a frequência de rádios, filtros de fontes de alimentação
que todos ficam carregados com carga de 4Q. Sabendo que ou dispositivos de armazenagem de energia em flash eletrô-
a diferença de potencial entre as placas desses capacitores é nico, entre outras aplicações. Considere um capacitor de ca-
igual a 1U, 2U e 4U, respectivamente, qual será o valor da pacidade C = 2,0 µF conectado a uma bateria de 8,0 V. Após ser carregado,
capacitância do capacitor equivalente? esse capacitor apresentará uma energia elétrica, em µJ, igual a
Q2 a) 30. d) 55.
a)
U2
b) 35. e) 64.
b) 7Q2 c) 46.
8U2
4Q 6. C6:H21 (FGV-SP-2018) A gaiola de Faraday é um curioso dis-
c) positivo que serve para comprovar o comportamento das
7U
Fácil
cargas elétricas em equilíbrio. A pessoa em seu interior não
d)
8
sofre descarga.
7
FÍSICA • FRENTE C
e)
8Q
7U
Enem e vestibulares
1. C5:H18 (UECE-2019) Considere um capacitor ideal, composto
de um par de placas metálicas paralelas, bem próximas uma
Fácil
EXT21_1_FIS_C_03
e) 16Q.
Médio
regime estacionário, assinale o gráfico abaixo que melhor KQx
e o campo elétrico é dado pela expressão: E
representa o valor do potencial elétrico dentro da esfera, como 3
x P
r
R No limite de x >> a (leia-se x muito maior que a), a expressão do campo
b) V(r) elétrico EP é equivalente
a) ao campo elétrico de uma carga pontual com a carga do anel.
b) à aproximação de a >> x, que leva a um valor nulo nas duas situações.
c) à mesma expressão apresentada no enunciado do problema.
d) à equação EP , salvo uma correção necessária no valor de Q.
r 11. C5:H17 (UEG-2015) Considere uma esfera condutora carregada
R com carga Q, que possua um raio R. O potencial elétrico divi-
Médio
dido pela constante eletrostática no vácuo dessa esfera em
c) V(r) função da distância d, medida a partir do seu centro, está
descrito no gráfico a seguir.
V
(C / m)
FÍSICA • FRENTE C
k0
r
R 1,0x105
d) V(r)
r 0 0,20 d(m)
R
Qual é o valor da carga elétrica Q, em coulomb?
e) V(r) a) 2,0 x 104
b) 4,0 x 103
c) 0,5 x 106
d) 2,0 x 106
12. C5:H18 (Enem-2010) Duas irmãs que dividem o mesmo quarto
r
de estudos combinaram de comprar duas caixas com tampas
Médio
montou um circuito com o objetivo de acumular energia da de estudos, guardaram seus celulares ligados dentro de suas caixas. Ao
ordem de mJ (milijoule). Após algumas tentativas, ele vibrou longo desse dia, uma delas recebeu ligações telefônicas, enquanto os
com a montagem do circuito abaixo, cuja energia potencial amigos da outra tentavam ligar e recebiam a mensagem de que o celular
elétrica acumulada vale, em mJ, estava fora da área de cobertura ou desligado. Para explicar essa situação,
um físico deveria afirmar que o material da caixa, cujo telefone celular não
recebeu as ligações, é de
a) madeira, e o telefone não funcionava porque a madeira não é um bom
condutor de eletricidade.
+
30V b) metal, e o telefone não funcionava devido à blindagem eletrostática
que o metal proporcionava.
– C1 C2 C3 C4 c) metal, e o telefone não funcionava porque o metal refletia todo tipo
6µF 2µF 8µF 4µF de radiação que nele incidia.
d) metal, e o telefone não funcionava porque a área lateral da caixa de
metal era maior.
e) madeira, e o telefone não funcionava porque a espessura desta caixa
a) 2. era maior que a espessura da caixa de metal.
b) 3.
c) 4.
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
d) 6.
e) 9.
500
C
C
4
C
C
B Tempo
FÍSICA • FRENTE C
diferença de potencial entre as suas placas. Tempo
V
RB
EXT21_1_FIS_C_03
transferência de carga
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
Difícil
+ de raio e 3,3 ×10–6 cm de espessura. Sendo a capacitância de
+ + + +
+ uma esfera condutora no ar proporcional ao seu raio, assinale
+ + + o potencial elétrico da gota esférica formada após a bolha
+ + estourar.
+ +
+ + + + a) 6k
+ + + +
+ + + b) 7 kV
A
B c) 8 kV
Admita que no processo ocorreu conservação da carga elétrica total e que d) 9 kV
o fio condutor não acumule carga alguma. Qual a carga final, respectiva- e) 10 kV
mente, das esferas A e B?
a) 1,0 ∙ 10-6 C e 2,0 ∙ 10-6 C. d) 2,7 ∙ 10-6 C e 3,3 ∙ 10-7 C.
24. C6:H21 (Unicentro-2015) Considerando a associação de capa-
citores em série e em paralelo, assinale a alternativa correta.
Difícil
b) 2,0 ∙ 10-6 C e 1,0 ∙ 10-6 C. e) 1,5 ∙ 10-6 C e 1,5 ∙ 10-6 C.
c) 3,3 ∙ 10-7 C e 2,7∙ 10-6 C.
22. 5:H17 (AFA-2015) Duas grandes placas metálicas idênticas,
C a) Ligados em série, a capacitância equivalente é igual à soma das capa-
P1 e P2, são fixadas na face dianteira de dois carrinhos, de citâncias de cada capacitor.
Difícil
mesma massa, A e B. Essas duas placas são carregadas eletri- b) Ligados em série, a carga acumulada pelo capacitor equivalente é igual
camente, constituindo, assim, um capacitor plano de placas à soma das cargas de cada capacitor.
paralelas. Lançam-se, simultaneamente, em sentidos opostos,
os carrinhos A e B, conforme indicado na figura abaixo. c) Ligados em paralelo, a carga do capacitor equivalente é igual à carga
de cada um dos capacitores associados.
d) Ligados em paralelo, a carga total acumulada pela associação é igual
à soma das cargas de cada capacitor.
e) Ligados em paralelo, a ddp total da associação é igual à soma das
FÍSICA • FRENTE C
ddp parciais.
Difícil 25. C6:H21 (EM-2015) Analise a imagem a seguir.
+Q ++++++++ 156 cm
++ +++
++ ++
++
+++ ++
+
+ O +
SUPERFÍCIE PLANA E HORIZONTAL + R + P
++ ++
++ ++
+++ +
Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do sistema e conside- +++++++++++
rando que as placas estão eletricamente isoladas, o gráfico que melhor
representa a ddp, U, no capacitor, em função do tempo t, contado a partir
Uma carga esférica metálica fina, isolada, de raio R = 4,00 cm e carga Q,
do lançamento, é:
produz um potencial elétrico igual a 10,0 V no ponto P, distante 156 cm da
a) U c) U superfície da casca (ver figura). Suponha agora que o raio da casca esférica
foi alterado para um valor quatro vezes menor. Nessa nova configuração, a
ddp entre o centro da casca e o ponto P, em quilovolts, será
a) 0,01.
b) 0,39.
c) 0,51.
0 t 0 t d) 1,59.
e) 2,00.
b) U d)
U
1 A B C D E 8 A B C D E 15 A B C D E 22 A B C D E
2 A B C D E 9 A B C D E 16 A B C D E 23 A B C D E
3 A B C D E 10 A B C D E 17 A B C D E 24 A B C D E
4 A B C D E 11 A B C D E 18 A B C D E 25 A B C D E
5 A B C D E 12 A B C D E 19 A B C D E
EXT21_1_FIS_C_03
EXT21_1_FIS_C_03
6 A B C D E 13 A B C D E 20 A B C D E
7 A B C D E 14 A B C D E 21 A B C D E
503
PAUTADA_FIS_EXT
504
COVID-19
MATRIZ DE REFERÊNCIA
Conteúdos: Vírus
Eixos: III e IV
Competência: 4 e 8
Habilidades: 14, 15 e 30
Proteína
Spike (S) Proteína N
e RNA
tes para sua penetração nas células hospedeiras, como S, Cientistas e pesquisado-
E, M e N. A proteína Spike (S) é uma das mais importantes res do mundo inteiro inicia-
para que esse vírus penetre nas células e a responsável ram a corrida para a elabora-
pelo nome do grupo viral “corona”, pois seu aspecto lem- ção de uma vacina contra o
bra uma coroa; essa proteína permite que o vírus reconhe- SARS-CoV-2. Apesar de o de-
ça receptores na célula e a penetre. A proteína E está pre- senvolvimento, a testagem e a
sente no envelope viral, atuando na montagem do vírus. A distribuição de vacinas ser um
proteína M está inserida na bicamada lipídica, exerce fun- processo longo e complexo, as
ção estrutural e participa da replicação viral. A proteína N instituições receberam autori-
permite camuflar o material genético. zação dos órgãos responsáveis
Por meio da proteína Spike ou S, o vírus penetra as cé- para flexibilizar as regras, devido
lulas, pois essa proteína reconhece outra, a Enzima Con- à gravidade da pandemia. Espe-
versora de Angiotensina do tipo 2 (ACE-2), presente nas ra-se que até meados de 2021 já
células do trato respiratório e que atua como um receptor existam vacinas eficazes e segu-
para o vírus. Por meio do receptor ACE-2, o vírus invade a ras à disposição da população
célula e injeta seu material genético (RNA). Dentro da cé- brasileira.
lula, o vírus utilizará o maquinário celular para sua replica-
ção, podendo criar em média 100.000 cópias que, quando
prontas, rompem a célula para infectar novas células.
CORONAVÍRUS
MATRIZ DE REFERÊNCIA
Conteúdos: Grandezas físicas,
unidades de medida e notação cien-
tífica, ordem de grandeza, prefixos e
algarismos significativos e fenômenos
ondulatórios
Eixos: II
Competência: 1, 5, 6
Habilidades: 1, 17, 18, 21 e 22
Pan Xunbin/Shutterstock
A corrida científica para o combate ao novo co-
ronavírus contou com o auxílio de muitas técnicas,
como as que envolvem a microscopia. Assim como
a maioria dos vírus, o SARS-CoV-2 tem dimensões
que estão na ordem de 0,05 μm a 0,2 μm. Mesmo se
comparados a organismos como bactérias e células,
os vírus ainda são muito pequenos, com dimensões
menores até mesmo que o comprimento de onda
da luz visível, que varia entre 380 e 750 nm. Devido
às pequenas dimensões do vírus, microscópios ópti-
cos não são uma opção para sua observação.
Embora utilizar a luz visível não funcione para
caracterizar os vírus, existem outras maneiras efi-
cazes, entre elas o uso do microscópio eletrônico.
Essa técnica se baseia no fato de que elétrons apre-
sentam comportamento de partícula e onda, en-
tão, com a colisão de elétrons em um corpo, eles
podem sofrer reflexão, difração, entre outros fenô-
menos ondulatórios.
Essa técnica é muito eficaz, pois o elétron tem
um diâmetro menor que 10–15 m, tornando-se uma
excelente partícula para que se possa analisar a
forma do vírus. Dessa forma, é possível obter uma
imagem que permite determinar a presença de
proteínas na camada externa do vírus, conseguin-
do-se, assim, mais detalhes do fármaco a ser utili-
zado para inutilizar essas proteínas, bem como dos
tipos de receptores em células humanas mais com-
patíveis com o coronavírus. Microscópio eletrônico.
CROCOTHERY/ shutterstock
738
ÁGUA E SABÃO
Conteúdos: Soluções
Eixos: II e III
Competência: 6 e 7
Habilidades: 22, 24 e 27
Para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, algumas barreiras mecânicas são indicadas, como o
uso de máscaras e protetores faciais. Além dessas barreiras, recomenda-se a lavagem periódica das mãos
com água corrente e sabão ou o uso de álcool em gel 70%, quando não houver acesso a outro método. Mas
como esses compostos químicos ajudam a prevenir a contaminação?
Ambos desestruturam a bicamada lipídica (formada de lipídios e proteínas) que reveste o vírus. Assim,
o vírus perde a capacidade de infectar a pessoa. Veja no esquema a seguir por que lavar as mãos com
água e sabão é eficaz no combate ao vírus.
pikisuperstar/ freepik
POR QUE LAVAR AS MÃOS É EFICAZ
NO COMBATE AO CORONAVÍRUS?
Membrana Com as interações, a
Na molécula do sabão, Lipídica Sabão camada lipídica é
existe uma parte polar (com destruída, fazendo com
afinidade com a água) e que as proteínas e outros
uma parte apolar (com fragmentos do vírus
afinidade com a membrana sejam arrastados pela
Água água.
lipídica do vírus).
O sabão é solubilizado
Parte polar Parte apolar
na água e entra em
contato com a camada
lipídica do vírus por
meio de interações
Vírus moleculares.
Moléculas Molécula
de água do sabão
Fonte: https://www.opovo.com.br/noticias/saude/2018/04/
confirmados-30-casos-de-h1n1-em-fortaleza.html
DIAS Transmissão
O vírus SARS-CoV-2 é transmitido entre as
pessoas por meio de secreções da boca e
do nariz durante a fala, a tosse ou o espirro.
Período de incubação Quando um indivíduo contaminado espirra
O tempo entre a exposição ao vírus e o apareci- ou tosse sem proteção, ou nas mãos, as
mento dos sintomas da doença (período de gotículas com vírus infectam superfícies ou
incubação) é de 2 a 14 dias, e as infecções se propagam no ar.
respiratórias podem ser de três tipos: brandas,
moderadas de curta duração e infecções graves
(esse quadro é mais comum em pessoas que
estão presentes no grupo de alto risco). Sintomas
Alguns estudos demonstraram que a transmissão
do vírus ocorre antes do início dos sintomas. Os
Prevenção indivíduos com idade acima de 60 anos, diabetes,
hipertensão, doenças pulmonares e sob
tratamento imunossupressor são os mais
propensos a desenvolver quadro grave.
Fique em casa Evite tocar olhos, boca
enquanto e nariz com as mãos
estiver doente. não higienizadas.
Limpe e desinfete
Evite contato próximo objetos manipulados
com pessoas doentes. Febre Tosse Falta
com frequência. seca de ar
Lave sempre as
mãos com água e Evite lugares com
sabão por cerca de aglomerações.
20 segundos. Fadiga Dores
musculares
Cubra sempre o
rosto ao tossir ou
espirrar.
740
FÍSICA
PURCELL, E. Curso de Física de Berkeley: Volume 2. São Paulo: Edgard Blücher, 1973. v. 2.
SABA, M. A Física das tempestades e dos raios. Revista Física na escola, São Paulo, v. 2, n. 1, 2001. Disponível em: <http://www.
cepa.if.usp.br/e-fisica/apoio/textos/raios.pdf>. Acesso em 10 mai. 2020.
SARKIS, N.; PIRES, M. A. F.; GUADALUPE, A. O. Física livro 4. 1. ed. São José dos Campos: Editora Poliedro, 2011.
SEARS, F. W. et al. Física I. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009. v. 1.
SEARS, F. W. et al. Física II. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009. v. 2.
SERWAY, Raymond; JEWETT JUNIOR, John. Princípios de Física: volume 3. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. v. 3.
REF_EXT21_FIS_L1_LP
741
REF_EXT21_FIS_L1_LP
742