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Autoras
Neidy Marcia de Souza Silva
Helena Ferraz Gomes
Anália da Silva Barbosa
Organizadoras
Rita Maria Lino Tarcia
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO
EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
DE ADOLESCENTES E JOVENS
Autoras
Neidy Marcia de Souza Silva
Helena Ferraz Gomes
Anália da Silva Barbosa
Organizadoras
Rita Maria Lino Tarcia
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bibliografia.
ISBN 978-85-66909-41-8
23-144536 CDD-362.21
Índices para catálogo sistemático:
Apresentação do módulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
VAMOS CONVERSAR UM POUCO SOBRE HISTÓRIA? VOCÊ ACREDITA QUE
CONHECER O PASSADO AJUDA A EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO AGORA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
VAMOS CAMINHAR MAIS UM POUCO NA COMPREENSÃO E ORGANIZAÇÃO
DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
VAMOS, A PARTIR DE AGORA, PENSAR SOBRE A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA
DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS SUAS MUDANÇAS NOS DIAS ATUAIS? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR NESSES EQUIPAMENTOS NO SEU TERRITÓRIO? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
VAMOS AGORA PENSAR COMO A REFORMA PSIQUIÁTRICA POSSIBILITOU A
CRIAÇÃO DE UMA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Encerramento do módulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Minicurrículo das autoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Material de apoio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
apresentação do módulo
Olá! Neste módulo, vamos trocar conhecimentos, pensando
juntos sobre as Redes de Atenção à Saúde e proteção social
e o eixo de defesa de direitos nas adolescências e juventudes.
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
ajuda a explicar o que está po de intervenção, é importante entender que as políticas públi-
cas de atenção à criança, ao adolescente e ao jovem têm uma
acontecendo agora?
trajetória muito recente de mudança, fruto de muitas lutas.
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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Curso de Aperfeiçoamento em Saúde Mental
e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
nos remete ao significado de “qualidade de integrar”, “total,” trizes? Como elas se organizam e se entrelaçam em um movi-
“inteiro” e “completo”, num movimento de integralizar, com- mento de rede? Convidamos você a refletir conosco!
pletar, interagir , ou seja, compreender esse sujeito mediante • Você já pensou nos argumentos mais importantes para jus-
os diversos fatores, culturais, sociais e ambientais, que afe- tificar investimentos na saúde da população adolescente e
tam a sua saúde. Sendo assim, as ações de cuidado para jovem?
esse grupo etário devem buscar articulação e integração • Diante dos desafios da promoção, proteção e recuperação
entre campos e setores diversificados da sociedade, numa da saúde dos adolescentes e jovens e da magnitude das
visão holística do ser humano e uma abordagem sistêmica questões e das situações de risco que envolvem esse seg-
das necessidades da população. mento, o Ministério da Saúde criou o Programa de Saúde do
Adolescente (PROSAD) (BRASIL, 1996), cujas Bases Progra-
máticas foram publicadas em 1989.
Feedback orientador:
Destacamos alguns pontos desse Programa: a integrali-
Segundo alguns autores a atenção integral está diretamente dade das ações, o trabalho multidisciplinar e a integração
vinculada ao princípio da integralidade, podendo se apre- com outros setores governamentais e não governamen-
sentar com vários significados, vozes, sentidos e instrumen- tais (educação, trabalho, cultura, justiça e lazer). Esses as-
pectos têm como base fundamental a consideração da na-
tos, resultantes da interação democrática dos sujeitos no
tureza múltipla da problemática do adolescente.
cotidiano de suas práticas e dos saberes. Ou seja, é um prin-
cípio de ação que orienta uma determinada prática, tanto • Posteriormente, em 2005, o Minis-
no ato do atendimento ao usuário como na organização do tério lançou o documento Marco
Legal da Saúde de Adolescentes.
serviço, que assegure a realização de um tratamento digno e
Apenas em 2010 os jovens passa-
respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. No cam- ram a ser também incluídos nessa
po da saúde, para Mattos, a integralidade é definida como política consolidada nas Diretrizes
“garantia de oferta de um conjunto articulado de ações e ser- Nacionais para a Atenção Integral
viços de saúde, preventivos e curativos, individuais e coleti- à Saúde de Adolescentes e Jovens
na Promoção, Proteção e Repara-
vos, conforme as necessidades de cada caso, nos vários âm-
ção da Saúde. Esse documento
bitos de complexidade do sistema de saúde.”(Mattos, 2003) aprofunda o enfoque da perspec-
tiva de atenção integral da saúde
Partindo dessas reflexões, vamos avançar um pouco mais
do adolescente e jovem, visando
na nossa troca, abordando e conhecendo a Rede de Atenção
superar uma visão fragmentada e
à Saúde e de Proteção Social? Quais são suas principais dire-
entender os vários aspectos que
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens
Vamos caminhar mais um pouco na (UBS) ou Estratégia Saúde da Família (ESF) (ANDERSON, 2019).
compreensão e organização dos que as UBS e a ESF são unidades instaladas perto de onde as
pessoas vivem, trabalham e estudam que possibilitam a resolu-
ção de grande parte das suas necessidades de saúde e, caso
serviços de atenção à saúde? seja necessário, encaminham os usuários para outros níveis de
atenção. No caso relatado neste módulo, “Caio: da camisa do pai
“Em cada degrau que subi, encontrei a subida. A cada
passo que dei, encontrei o caminho. Sempre estreito, aos olhos de jabuticaba”, a ESF foi a porta de entrada e o início
mesmo tendo sido já trilhado. Sempre novo, mesmo de uma grande jornada na garantia dos direitos e da dignidade.
tendo sido já visitado. É o caminho da vida, que, não Essa rede de cuidados garantiu a Caio e à sua família o atendi-
nascendo pronto, a cada subida ou descida é revelado.”
mento pautado pelos princípios da universalidade, da integrali-
(Caminhos – Damião Fernandes)
dade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da equidade e da
humanização.
Para responder às diferentes demandas dos indivíduos
que procuram os cuidados em saúde, é preciso destacar o papel A ESF, por meio de seus agentes de cuidado, Agente Co-
da Atenção Básica ou Atenção Primária em Saúde na reorganiza- munitário de Saúde (ACS), médico, enfermeiro, assistente social e
ção do sistema. Ela foi desenvolvida com base na descentraliza- dos profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Aten-
ção e na capilaridade, para ser oferecida no local mais próximo ção Primária (NASF-AP) possibilitou a Caio a escuta ativa, a criação
da vida das pessoas (BRASIL, 2012; BRASIL, 2017a). de vínculo e a articulação com a rede de serviços de saúde, de
proteção social e demais políticas públicas que contribuem para o
A Atenção Básica é considerada a “porta de entrada” e o
acesso a direitos.
centro articulador da Rede de Atenção à Saúde. Carac-
teriza-se por um “conjunto de ações de saúde, no âm-
bito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnós-
tico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e
a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver
uma atenção integral” (BRASIL, 2012, p. 19).
Dentre os profissionais, destaca-se o ACS, que fortalece a Lembra-se da equipe do Consultório na Rua, que foi res-
integração entre os serviços de saúde e a comunidade. O ACS atua ponsável pela acolhida e escuta qualificada de Caio e que, por
como um elo, fazendo parte da comunidade, o que favorece o aco- meio de uma articulação com a rede, encaminhou o jovem a uma
lhimento e a criação do vínculo, e responsabilizando-se pelo usu- Central de Acolhimento para Crianças e Adolescentes?
ário na garantia do atendimento na rede de atenção à saúde. Nas
atividades desempenhadas por esses profissionais, eles reforçam A situação de Caio e de seu amigo nos leva a pensar na-
a importância da visita domiciliar, que favorece a avaliação das ne- quilo que Bruna Alt afirma no estudo que fez:
cessidades e demandas dos usuários e família: “é no cuidado do- a pessoa que se encontra em situação de rua sente
miciliar, na ida ao domicílio, percorrendo o trajeto de vida dessas fome e frio, e, mais do que o atendimento das neces-
sidades essenciais, essas pessoas precisam de meios
pessoas” que muitas situações se descortinam (BRASIL, 2020). para se tornarem protagonistas de suas vidas e con-
quistarem condições de suprir suas necessidades de
A Visita Domiciliar constitui instrumento técnico-operati- forma independente (ALT, 2017, p. 8).
vo de acompanhamento das famílias, tendo como objetivo com-
preender os aspectos que envolvem o cotidiano e a realidade As pessoas em situação de rua enfrentam violência psi-
socioterritorial daquela família. A Visita Domiciliar também visa cológica devido às ações preconceituosas e a discriminação
aprofundar o conhecimento sobre o modo de viver e as condi- que sofrem no cotidiano. Além disso, sofrem violência física nas
ções de vida das famílias, de modo singular, com postura ético- ruas e nos espaços institucionalizados.
-política voltada ao atendimento das necessidades, respeitando
a liberdade e a autonomia (CLOSS; SCHERER, 2017).
Adolescentes e jovens sonham, constroem projetos de e que Bia passou a ser acompanhada no ambulatório de saúde
vida, amam com intensidade, sentem muita vontade de viver e mental do território?
gostam de rir e de se divertir. Se nos lembrarmos das nossas ju-
ventudes, vamos nos recordar desse momento de pujança de Saiba mais
vida. Vamos refletir um pouco sobre como se sentem os perso-
Vamos compreender melhor o que é ma-
nagens da nossa história?
triciamento? Leia o Guia prático de matri-
Imagine que Caio, após perder o amigo da forma trágica ciamento em saúde mental.
que o perdeu, entra em contato com você por meio do chat do
Nesse guia, podemos compreender que
podefalar.org.br1. Como seria essa conversa?
o matriciamento ou apoio matricial é um clique e
acesse
Essa iniciativa do canal Pode Falar é uma potente estraté- novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equi-
gia de ação voltada aos adolescentes e jovens que busca a inte-
pes, num processo de construção compartilhada, criam
gração com as atividades rotineiramente previstas e desenvolvi-
uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.
das pelas equipes de atenção básica.
No processo de integração da saúde mental à atenção pri-
Essas equipes da atenção básica são compostas por pro- mária na realidade brasileira, esse novo modelo tem sido
fissionais de saúde com a responsabilidade exclusiva de
o norteador das experiências implementadas em diversos
articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas
em situação de rua, tendo papel importante dentro da municípios, ao longo dos últimos anos.
Rede de Atenção à Saúde porque articulam e desenvol-
vem ações em parceria com as demais equipes de aten- Nesse caso, podemos observar o papel da ESF e do
ção básica do território e dos Centros de Atenção Psicos- NASF e a articulação em rede, fundamentais para a garantia da
social, da Rede de Urgência e dos serviços e instituições resolutividade e do cuidado, que deve ser pautado pelas neces-
componentes do Sistema Único de Assistência Social. sidades de saúde do usuário.
Somam-se às equipes da NASF-AP, compostos por equi- Portanto, as UBS e a ESF estão próximas ao território e
pe multiprofissional e interdisciplinar com profissionais de saúde têm por função organizar a Rede de Atenção à Saúde por meio
de diferentes categorias e especialidades que atuam de forma da interlocução com os serviços de saúde, da proteção social e
integrada buscando garantir a ampliação das ações e a resoluti- demais políticas públicas que contribuem para o acesso a direi-
vidade. Lembra-se de que Bia e Carol, irmãs de Caio, por intermé- tos, ressignificando o modo de ser e de viver de muitos adoles-
dio da equipe pedagógica da escola em conjunto com a equipe centes, jovens e seus familiares.
da ESF, foram avaliadas pela psicóloga matriciadora do NASF-AP
1 O Pode Falar, canal de ajuda virtual em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, foi criado em abril de 2021. A
iniciativa nasceu da parceria do UNICEF com organizações da sociedade civil e empresas com expertise em tecnologia e funciona de forma anônima
e gratuita por meio de um chatbot batizado de Ariel por adolescentes que pode ser acessado pelo site podefalar.org.br.
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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Ah, lembra-se de que falamos do Programa Saúde na Escola WhatsApp que tinha profissionais que compunham os serviços
(PSE)? Pois bem, esse Programa foi instituído pelo Decreto n0 da rede local (CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, CAPSi, CAPSad,
6.286, de 5 de dezembro de 2007 (BRASIL, 2007). Surgiu como Escola Municipal, Clínica da Família, ONGs), articulou uma reu-
política intersetorial e interministerial, em uma perspectiva de nião com os equipamentos públicos locais e com a rede socio-
atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do assistencial do território para pensar estratégias de cuidado para
ensino básico, no âmbito das escolas e UBS. Caio. Bianca juntou todas as lembranças e aprendizados e trans-
formou-os em propulsão.
Foto: flickr.com
Módulo: Redes de serviços de saúde, de proteção social e de direitos nas adolescências e juventudes
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Vamos, a partir de agora, pensar Na área da Assistência Social esse movimento é impul-
sionado pela Constituição Federal de 1988, em que o
termo Seguridade Social é utilizado pela primeira vez. A
sobre a importância da política Seguridade Social é composta pelo tripé: Saúde, como
direito de todos; Previdência, de caráter contributivo; e
de assistência social e as suas Assistência Social, para os que dela necessitarem (BRA-
SIL, 1988). Assim, a perspectiva da assistência social na
lógica dos direitos marca seu início em 1993 com a apro-
mudanças nos dias atuais? vação da Lei Orgânica da Assistência Social, Lei n0 8.742
(LOAS) (BRASIL, 1993).
“O tempo escorre pela ampulheta.
A LOAS preconiza que a gestão da política de Assistência
É ele o contador da história que construímos.
O tempo que cura saudades, Social e a organização das ações devem ser articuladas em um
que em mais-valia capitalista sistema descentralizado e participativo, organizado nos três ní-
explora cada trabalhador/a na sua labuta. veis de gestão governamental. A política de assistência social é
O tempo é também contradição, que prepara a luta, tece
a resistência...
um direito do cidadão e um dever do Estado no provimento aos
E que o tempo que nós vivemos mínimos sociais.
traga na sua outra face
a sonoridade da liberdade, um verde mais vicejante de Em 2004, o Ministério do Desenvolvimento Social e Com-
esperança. bate à Fome (MDS) consolidou a assistência social como Política
E que em todos os seus versos
Nacional de Assistência Social (PNAS), com o compromisso de
tenha a emergência da luta e da resistência,
no tempo em que lutar redesenhar, coletivamente, a política na perspectiva de imple-
é tão necessário quanto viver, respirar...” mentação de um Sistema com diretrizes e serviços envolvidos: o
(Tempo de luta e Resistência – Andrea Lima) Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que foi promulgado
em 2005 (BRASIL, 2005b). É a partir da implementação do SUAS
que há um forte movimento de rompimento com a lógica de uma
Vamos conversar um pouco mais sobre os percursos his-
ação vinculada à concepção assistencialista. Os segmentos mais
tóricos para entender o processo de fortalecimento desse cam-
pobres, com mais desempregados e subempregados sem vín-
po. Mais uma vez, esse caminho não foi fácil. Bem, aqui estamos
culo formal não tinham direito aos benefícios e serviços sociais
falando de uma rede de dispositivos, no campo da Assistência
públicos. Para eles eram destinados, pelo Estado ou sociedade
Social que assegura direitos, apesar de historicamente já demar-
civil, os programas assistenciais a título compensatório ou de be-
car na prática a necessidade de fortalecimento de uma política
nesse.
voltada para a lógica de direitos sociais. Esse movimento chega
bem mais tarde ao Brasil, o que o diferencia do campo da saúde Você sabe a diferença entre assistencialismo
que foi pioneira nessa luta. e a política de Assistência Social?
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Feedback orientador:
O SUAS, por meio da territorialização, reconhece a presen-
ça dos múltiplos fatores sociais e econômicos que levam o
indivíduo e a família a situações de vulnerabilidade ou risco
social. Com a intersetorialidade, busca a integração entre
os diferentes serviços de saúde, proteção social e justiça. E
na perspectiva da descentralização, cada esfera de governo
Você consegue perceber que essa forma de gestão tem tem suas ações político-administrativas, respeitando-se as
o mesmo desenho do Programa Estratégia Saúde da Família, que diferenças e características socioterritoriais e locais. Além
desmonta uma marca a ser superada? Concorda que o contexto
disso, é importante enfatizar que todos somos participantes:
em que se encontram e se movimentam setores e organizações
faz diferença no desenvolvimento dos programas? gestores, técnicos, trabalhadores em geral, usuários, con-
junto social, na implementação e consolidação do SUAS.
Proposição ? Nessa perspectiva, a política de proteção social toma
Você consegue perceber no seu território que a execução uma nova forma, passando a compor um conjunto de ações que
das políticas públicas hoje estão focadas num desenho de deve assegurar a preservação, a segurança e a dignidade de to-
gestão e organização dos serviços de forma descentralizada, dos os cidadãos. Tem como fundamento diretrizes embasadas
intersetorial e focada no território? na perspectiva do acolhimento, do fortalecimento de vínculos,
do atendimento integral ao cidadão e da prática intersetorial.
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Você já ouviu falar nesses dos problemas e demandas de uma população em seus diversos
ciclos de vida. (SILVA JUNIOR et al, 2006)
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Você já pensou nos múltiplos significados que a palavra sionais de saúde e à família assegurar a proteção de crianças,
rede tem? Rede de pesca, rede de cabelo, rede de fute- adolescentes e jovens. Dentro do ordenamento jurídico, ressal-
bol, redes de cuidado, e, mais recentemente, um grupo ta-se a importância do Conselho Tutelar, do Ministério Público e
de redes ganhou destaque: as redes sociais virtuais. das Varas da Infância e da Juventude, órgãos responsáveis pela
Bianca buscou parcerias em um grupo de WhatsApp. defesa dos direitos de criança e adolescente e assegurados pelo
Você já fez uso ou vislumbra outras utilidades das redes Sistema de Garantia do Direito da Criança e do Adolescente (SG-
sociais para acolher adolescentes e jovens em situação DCA) (Resolução 113 do CONANDA) (CONSELHO NACIONAL
de vulnerabilidade psicossocial? DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 2006).
Por falar em redes, a família é o primeiro espaço de socia- Esses órgãos são fundamentais no eixo de defesa diante
lização de uma criança e, por isso, tem um papel importante de da violação de direitos de adolescentes e jovens. O objetivo deles
representação do mundo exterior. Vamos refletir um pouco sobre é defender e garantir direitos, podendo, com a aplicação da lei, de-
família, esse grupo social tão importante em nossa sociedade? terminar ações de atendimento e de responsabilização do Estado,
da sociedade e da família. Assim, é importante termos a compreen-
Ao pensar em vínculos familiares e afetivos rompidos, não
são de que, sempre que possível, devemos buscar o diálogo com
podemos deixar de destacar a violência intrafamiliar, problema so-
esses órgãos de defesa. Eles devem estar próximos e acessíveis à
cial complexo que afeta toda a sociedade, atingindo, de forma con-
população. Destacamos aqui a importância do Conselho Tutelar e
tínua, mulheres, crianças, adolescentes e jovens (BRASIL, 2009b).
de romper com a visão tão impregnada na população de que esse
A violência intrafamiliar é a ação ou a omissão de algum órgão desempenha uma função “policialesca”, “repressora” e de
membro da família que causa danos ao outro indivíduo. Esse poder máximo nas intervenções diante da violação de direitos de
tipo de violência contra crianças, adolescentes e jovens viola crianças e adolescentes. Como vimos na história de Caio, não foi
os direitos humanos, prejudicando o bem-estar, a liberdade e a atribuído ao Conselho Tutelar o poder de decisão sobre o afasta-
integridade física e psicológica da pessoa que sofre a violência mento do adolescente do convívio familiar e sobre a guarda provi-
(BRASIL, 2009b; RIBEIRO, 2020). sória, mas à decisão da autoridade judiciária, conforme estabelece
o ECA, em seu artigo 101 (BRASIL, 1990).
O ECA, em seu artigo 50, estabelece que nenhuma
criança ou adolescente será objeto de qualquer forma Você sabia que a promulgação do ECA rompeu com a
de negligência, discriminação, exploração, violência, cultura do acolhimento institucional ao garantir a excep-
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer cionalidade da medida apenas quando esgotadas todas
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos funda- as possibilidades para a manutenção da criança e/ou do
mentais (BRASIL, 1990). Além disso, ampara a denúncia adolescente na família de origem, família ampliada ou
e estabelece os princípios para o seu enfrentamento, as- comunidade? Sabia, ainda, que o ECA assegura que a
sim como para a atenção psicossocial da família. situação de pobreza da família não é motivo suficiente
para o afastamento de criança e adolescente do conví-
A violência precisa ser visibilizada, discutida e combati- vio familiar, conforme artigo 23? (BRASIL, 1990).
da. Cabe a toda a sociedade civil, a agentes públicos, a profis-
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Psicossocial?
clique e
dado e contundente sobre os eventos acesse
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eram simplesmente excluídas da sociedade (BRASIL, 2004). aos pontos de atenção. Além disso, busca garantir a articulação
e integração com as redes de atenção no território, promovendo
Seixas et al. (2021) ressaltam a aposta nos cuidados de
um cuidado pautado pelo acolhimento, acompanhamento contí-
proximidade como estratégia para configurar um cuidado am-
nuo e atenção às situações de urgência (BRASIL, 2017b).
pliado no território, mais próximo da população, presente na vida
cotidiana dos usuários, que articula diferentes atores no território A Rede é composta por diferentes serviços e equipa-
para criar possibilidades de cuidado que atendam às necessida- mentos: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); Serviços Resi-
des particulares de cada sujeito, entendendo que é imprescindí- denciais Terapêuticos (SRT); Centros de Convivência e Cultura;
vel essa compreensão para não sermos cooptados pela lógica Unidade de Acolhimento (UAs); e leitos de atenção integral (em
médico-centrada e para que não haja a retomada do modelo ma- Hospitais Gerais, nos CAPS III).
nicomial.
Serviços Residenciais
O território deve ser entendido não apenas como o bairro Terapêuticos (SRT)
do domicílio do sujeito, mas como um conjunto de referên- Unidade de
Acolhimento (UAs)
cias socioculturais e econômicas que desenham seu proje-
to de vida e sua inserção no mundo (SANTOS, 2007).
Centros de Atenção
Lembra-se do impacto da mudança de território em cada Psicossocial (CAPS)
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CAPS I CAPS II CAPS III Quando estudamos políticas públicas de saúde mental
voltadas para crianças e adolescentes, verificamos uma grande
Diferem-se apenas quanto à ordem crescente de defasagem de atenção a essa população.
porte/complexidade e abrangência populacional
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a fim de suscitar o surgimento de outras possibilidades tera- ção de dependência com a droga. Essa relação do sujeito com
pêuticas em relação ao uso e dependência. a droga não é desconsiderada, mas também não é entendida
como protagonista na intervenção de cuidado. Logo, o cuidado
passa pelo acesso a outros serviços de saúde e por diversas po-
Feedback orientador: líticas públicas, assim como pelo conjunto de profissionais, com
Dessa maneira, a redução de danos não exige abstinência estratégias de intervenção que alcancem os produtores de cui-
dado ao apostarem em novas organizações para a vida desses
como pré-requisito para permanência em programas de
sujeitos.
atenção à saúde, mas busca criar estratégias não coercitivas
para adesão aos serviços, estabelecer uma relação acolhe-
dora dos profissionais com os usuários (Canadian AIDS So-
ciety, 2008), além de incluí-los como partícipes na produção
de cuidado (Souza, 2007).
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ENCERRAMENTO DO MÓDULO
A história “Caio: da camisa do pai aos olhos de jabutica-
ba” nos possibilitou observar como as Redes de Atenção à Saúde
no SUS e a Rede Socioassistencial do SUAS se entrelaçam, se or-
ganizam mutuamente por meio de construções e reconstruções,
que permitem que o cuidado dos indivíduos e das famílias seja
efetivado. A vida de Caio e de sua família é semelhante à vida de
muitos outros brasileiros e brasileiras, marcada por diversas vul-
nerabilidades e pela falta de efetividade das políticas públicas.
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1 Título do material O século perdido
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2 Título do material O contador de Histórias
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3 Título do material Voz da poesia, vozes do poeta: um jovem em conflito com a lei.
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4 Médicos pelo Brasil e as políticas de saúde para a Estratégia
Título do material Saúde da Família de 1994 a 2019: caminhos e descaminhos da
Atenção Primária no Brasil
O propósito deste artigo é contribuir para uma análise desta mais
recente proposta de política de saúde no âmbito da Atenção Pri-
mária à Saúde no contexto do Mais Médicos e das demais políti-
cas de desenvolvimento e qualificação da ESF no país no período
de 1994 a 2019
Sinopse, resumo, contexto, referência
Referência: Anderson MIP. Médicos pelo Brasil e as políticas de
saúde para a Estratégia Saúde da Família de 1994 a 2019: cami-
nhos e descaminhos da Atenção Primária no Brasil. Rev Bras Med
Fam Comunidade [Internet]. 10 de outubro de 2019 [citado 9 de
outubro de 2022];14(41):2180.
O texto contribui para a compreensão da Atenção Primária à
Saúde dentro do SUS. Trazendo uma breve reflexão sobre a
Contribuições do material para o estudo do tema importância dos serviços de saúde numa lógica voltada para
as pessoas, famílias e comunidades, na perspectiva da atenção
integral à saúde.
Link https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2180
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5 Título do material Guia Prático de Matriciamento Saúde Mental
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6 Orientações Técnicas da Proteção Social Básica do Sistema Único
Título do material de Assistência Social – SUAS: Centro de Referência de Assistência
Social – CRAS
Essa publicação, destinada a gestores e trabalhadores do SUAS,
subsidia o funcionamento do CRAS por todo o país, representan-
do mais um fio da extensa rede de proteção e promoção social
que estamos construindo no Brasil. Proteção e promoção social
que, desde o início do governo Lula, foram ganhando espaço
como prioridade, a partir do reconhecimento de que só há desen-
Sinopse, resumo, contexto, referência volvimento se o crescimento econômico for somado à proteção
social, ou seja, que as ações sociais de Estado são fundamentais
para o processo de desenvolvimento de um país.
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7 Título do material O holocausto Brasileiro
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8 Título do material
Caderno do Ministério da Saúde Atenção Psicossocial a Crianças
e Adolescentes no SUS: Tecendo Redes para Garantir Direitos
Documento elaborado para os profissionais que atuam no sistema
de garantia de direitos de crianças e adolescentes, especialmente
os da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Sinopse, resumo, contexto, referência
Referência: Brasil. Ministério da Saúde. Atenção psicossocial a
crianças e adolescentes no SUS: tecendo redes para garantir
direitos / Ministério da Saúde, Conselho Nacional do Ministério
Público. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 60 p.: il.
O documento traz pontos importantes no ordenamento jurídico de
proteção a crianças, adolescentes e jovens. Discorre sobre a Rede
Contribuições do material para o estudo do tema
de Atenção à Saúde (SUS), de Proteção Social (SUAS) e Rede de
Atenção Psicossocial.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_psicosso-
Link
cial_criancas_adolescentes_sus.pdf
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Realização
FIOCRUZ MATO GROSSO DO SUL